Uploaded by rina

Relatório Geológico e Hidrogeológico: Solar de Chupinguaia

advertisement
LAUDOS GEOLÓGICO, HIDROGEOLÓGICO E PERMEABILIDADE DO
TERRENO DO LOTEAMENTO SOLAR DE CHUPINGUAIA
SOLAR DE CHUPINGUAIA EMPREENDIMENTO IMOBILIARIO SPE LTDA
CNPJ n.º 24.890.935/0001-59
EMPREENDIMENTO: LOTEAMENTO SOLAR DE CHUPINGUAIA
ENDEREÇO: LOTE 8-R3, GLEBA LOTE 28, SETOR 10,
GLEBA: CORUMBIARA
CEP: 76990-000
ÁREA DO EMPREENDIMENTO: 125.400 m²
04-07-2017
MUNICÍPIO: CHUPINGUAIA
LOTEAMENTO SOLAR DE CHUPINGUAIA
SUMÁRIO
1.
IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR ........................................................................ 2
2.
IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO .................................................................... 2
3.
INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 2
4.
CARACTERIZAÇÃO GEOLÓGICA E HIDROGEOLÓGICA ............................................. 3
4.1. Geologia regional - Bacia dos Parecis .............................................................................. 3
4.2. Geologia Local ................................................................................................................. 5
4.3. Aspectos hidrológicos regionais ........................................................................................ 6
4.4.
Classificação do Solo .................................................................................................... 7
5.
SONDAGEM A TRADO ................................................................................................... 7
6.
PERMEABILIDADE DO SOLO......................................................................................... 7
7.
DISCUSSÃO DOS DADOS ............................................................................................ 10
ANEXO:
CROQUI DO EMPREENDIMENTO
CNPJ
ART
1
LOTEAMENTO SOLAR DE CHUPINGUAIA
1. IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR
NOME / RAZÃO SOCIAL:
SOLAR DE CHUPINGUAIA EMPREENDIMENTO IMOBILIARIO SPE LTDA
ENDEREÇO: Lote 08-R3, Gleba Lote 28, Setor 10
BAIRRO: Solar de Chupinguaia
CEP:76990-000
MUNICÍPIO: Chupinguaia
TELEFONE: ( 69 ) 3321-3129
E-MAIL: infra@vazdesenvolvimento.com.br
CNPJ n.º 24.890.935/0001-59
END. P/ CORRESPONDÊNCIA: Av. Major Amarante, 4781
BAIRRO: Centro
CEP: 76990-000
CONTATO - NOME: Marcos Castilho
MUNICÍPIO: Vilhena
CARGO: Coordenador de infraestrutura
E-MAIL:
TELEFONE P/ CONTATO: (69)3321- 3129
infra@vazdesenvolvimento.com.br
2. IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
EMPREENDIMENTO: Loteamento Solar de Chupinguaia
ENDEREÇO: Lote 08-R3, Gleba Lote 28, Setor 10
BAIRRO: Expansão Urbana
CEP: 76990-000
MUNICÍPIO: Chupinguaia
ÁREA DO EMPREENDIMENTO: 125.400 m²
COORDENADAS GEOGRÁFICAS * (LAT/LONG) NO SISTEMA GEODÉSICO, SAD-69
Lat.
()
-
1
2
°
3
2
‘
4 9,
4 “ Long ()
-
6 0 °
5 3 ‘
5 6,
8 “
RESPONSÁVEL PELA LEITURA EM CAMPO COM GPS
Nome:__Iede Terezinha Zolinger
Profissão:_Geóloga
Telefone: (69) 3321-1916
3. INTRODUÇÃO
O loteamento Solar de Chupinguaia, parcelamento do Lote 08-R3, Gleba Lote 28, Setor
10, tem área total de 125.400 m², sendo a área dos lotes 77.932,49 m², a área do sistema
viário de 25.019,59 m², área de Equipamentos Públicos de 12.860,49 m². O Croqui em anexo
mostra detalhes da infraestrutura planejada para o empreendimento e o quadro a seguir
quantifica e detalha as áreas do empreendimento.
2
LOTEAMENTO SOLAR DE CHUPINGUAIA
SOLAR DE CHUPINGUAIA
QUADRO GERAL DE ÁREAS
DESCRIÇÃO
ÁREA TOTAL DO TERRENO
ÁREA PARCELÁVEL
QUADRA
QUADRA 01
QUADRA 02
QUADRA 03
QUADRA 04
QUADRA 05
QUADRA 06
QUADRA 07
QUADRA 08
QUADRA 09
QUADRA 10
QUADRA 11
QUADRA 12
TOTAL LOTES
QUANTIDADE LOTES
31,00
38,00
38,00
38,00
19,00
36,00
36,00
36,00
36,00
18,00
18,00
19,00
363,00
ÁREA DAS VIAS
VIAS
PERCENTUAL (%)
100%
100%
ÁREA DE QUADRA E LOTES (M²)
ÁREA (m²)
ÁREA TOTAL (m²)
8.117,67
7.740,84
7.750,30
7.759,94
4.147,05
7.896,00
7.520,00
77.932,49
7.520,00
7.520,00
3.886,32
4.067,84
4.006,53
77.932,49
EQUIPAMENTOS COMUNITÁRIOS / ESPAÇOS LIVRES DE USO / VIAS
25.019,59
25.019,59
PERCENTUAL (%)
62,15%
27,60%
19,95%
LIMITE DA FAIXA SEGURANÇA RODOVIA AO LONGO
DA RODOVIA DR. SALUSTIANO RIBEIRO DA SILVEIRA
9.587,37
7,65%
EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO
LOTE 19 DA QUADRA 12
12.860,49
12.860,49
10,26%
47.467,45
37,85%
125.399,94
100,00%
ÁREA TOTAL DE EQUIPAMENTOS COMUNITARIO /
VIAS / FAIXA DE SEGURANÇA RODOVIA
ÁREA TOTAL PARCELÁVEL
4.
ÁREA(m²)
125.400,00
125.400,00
CARACTERIZAÇÃO GEOLÓGICA E HIDROGEOLÓGICA
4.1. Geologia regional - Bacia dos Parecis
A Bacia dos Parecis está localizada na região centro-oeste do Brasil; na porção
sudoeste do Cráton Amazônico; entre os cinturões de cisalhamento Rondônia e
Guaporé; correspondendo ao Bloco Parecis de Hasuí et al. (1984). Está dividida; de
oeste para leste; em três domínios tectono-sedimentares: o extremo oeste é uma
depressão tectônica; a porção central é um baixo gravimétrico e o extremo leste é uma
bacia interior tipo sag. Durante o Paleozóico a região Amazônica foi afetada por um
evento extensional; quando foram depositados na Bacia dos Parecis; desde o
Ordoviciano até o Eopermiano; as formações Cacoal; Furnas; Ponta Grossa; Pimenta
Bueno e Fazenda da Casa Branca. A Formação Cacoal é composta de
conglomerados; grauvacas; folhelhos e dolomitos; interpretados como depositados em
leques aluviais; deltas e lagos. Os ambientes deposicionais das formações Furnas e
Ponta Grossa; compostas respectivamente de arenitos com seixos e folhelhos; são
interpretados como depositados em ambientes de planície de maré e marinho;
respectivamente. Os conglomerados; folhelhos e arenitos da Formação Pimenta
Bueno; e conglomerados; arcóseos e folhelhos da Formação Fazenda da Casa Branca
3
LOTEAMENTO SOLAR DE CHUPINGUAIA
são interpretados como glacial ou periglacial. Desde o Permiano ao Triássico existe
uma lacuna no registro estratigráfico da Bacia dos Parecis. Durante o Mesozóico a
região Amazônica foi novamente afetada por outro evento extensional; quando
depressões foram preenchidas por rochas vulcânicas e sedimentares. Na Bacia dos
Parecis foram depositados; no Jurássico; os arenitos eólicos da Formação Rio Ávila;
cobertos pelos derrames basálticos das formações Anarí e Tapirapuã. No Cretáceo o
Grupo Parecis; composto de conglomerados e arenitos; foi depositado em ambientes
fluvial e eólico. Corpos kimberlíticos do Cretáceo cortam os sedimentos nas porções
noroeste e sudeste da bacia. A Bacia dos Parecis está coberta discordantemente por
arenitos e pelitos cenozóicos depositados em uma crosta laterítica desmantelada. Os
dados gravimétricos e magnéticos da Bacia dos Parecis foram adquiridos pelo IBGE;
PETROBRAS e CPRM. Os mapas gravimétricos e magnéticos da bacia; obtidos
através de tratamento no software Oásis da Geosoft; mostram uma grande anomalia
negativa que se destaca no interior do Cráton Amazônico; com desvio do campo
regional da ordem de -40 mgal. Após os trabalhos de Teixeira (1993) e Siqueira
(1989); embasados em dados geofísicos e geológicos; a bacia foi dividida; de oeste
para leste; em três domínios tectono-sedimentares: o extremo oeste é uma Fossa
Tectônica de Rondônia; a porção central é um baixo gravimétrico e o extremo leste é a
Bacia do Alto Xingu. O trend estrutural regional de direção leste-oeste; com desvio do
campo regional da ordem de -80 mgal; evidencia o prosseguimento para leste; por
baixo da seqüência mesozóica; dos grabens de Pimenta Bueno e Colorado; os quais
compõem a fossa Tectônica de Rondônia. A existência deste depocentro é suportada
pelo método da Decovolução de Euler; a partir do software da Geosoft; o qual é um
procedimento de inversão que visa obter uma estimativa da profundidade do topo do
corpo geológico que gera a anomalia gravimétrica ou magnética. Desta forma; pôde-se
estimar a profundidade do Embasamento Cristalino da Bacia dos Parecis.
4
LOTEAMENTO SOLAR DE CHUPINGUAIA
So1 - coordenada geográfica:
12°32’49,49’’S 60°53’56,8’’W
Figura 1. Croqui do Loteamento com o local de sondagem a trado e teste de
permeabilidade locado conforme mostra a imagem. O furo So1 na coordenada
geográfica 12°32’49,49’’S 60°53’56,8’’W.
4.2. Geologia Local
A Formação Fazenda da Casa Branca, conforme descrito nas informações
cartográficas do SIGMINE, é a unidade geológica do local do empreendimento.
Esta formação é constituída por conglomerados, arcóseos, ortoquartzitos,
argilitos e folhelhos. Padilha et al.(1974) mapearam esta unidade em Vilhena, Porto
dos Gaúchos e nos vales dos rios Arinos e Teles Pires, como composta por
conglomerados, arcóseos, grauvacas e pelitos, como também o fizeram Ribeiro Filho
et al. (1975) no sul da bacia. Costa et al. (1975) reconheceram a formação na borda
leste da bacia, onde ela é composta por conglomerados, arenitos e arenitos siltosos
com clastos caídos. No setor sudoeste da bacia foram reconhecidos somente o
conglomerado inferior , abaixo dos derrames basálticos (Barros & Pastore Jr., 1974). O
contato inferior dessa formação é com a Formação Pimenta Bueno, ou com o
embasamento cristalino. O contato superior, de acordo com Costa et al.(1975), é uma
discordância erosiva. A espessura da formação no centro da bacia é de 200m,
diminuindo para 40m na localidade de Porto dos Gaúchos (Padilha et al., 1974).
Sobre esta unidade assentam solos lateriticos decorrentes do intemperismo de
uma camada lateritica de aproximadamente 5 metros.
A área do empreendimento localiza-se neste horizonte lateritico. Na sondagem
o solo amostrado, contem argila, de cor marrom avermelhada, com alguns nódulos
amarelados e silte. A sondagem a trado helicoidal tritura a amostra, mas mesmo
5
LOTEAMENTO SOLAR DE CHUPINGUAIA
assim, ocorre a presença de torrões do mesmo material até os três metros furados. O
solo amostrado no loteamento tem características físicas de Latossolo, de origem
laterítica. O topo rochoso ocorre logo abaixo deste manto de intemperismo.
4.3. Aspectos hidrológicos regionais
Quase todos os cursos d’água do estado de Rondônia pertencem a bacia
hidrográfica do rio Madeira, poderoso afluente do Amazonas e um dos maiores rios do
mundo, em volume d’água. O rio Madeira é o mais importante do Estado, é formado
por noventa afluentes, estende-se em terras dos Estados do Amazonas, Acre, Mato
Grosso e República da Bolívia, ocupando uma área de 1.244.500 Km 2. O rio Madeira é
formado pela junção dos rios Beni e Mamoré. É o mais importante afluente da margem
direita do rio Amazonas, tem um curso de 3.240 km. Conforme as características de
seu curso é um rio novo, ainda em formação, classificado com misto, isto é, rio de
planalto e planície. Em seu alto curso é rio de planalto, atravessa a Encosta
Setentrional do Planalto Brasileiro formando numerosas corredeiras e cachoeiras em
consequência do afloramento de rochas cristalinas. Após percorrer esse trecho de
planalto cristalino, penetra na planície Amazônica, a 7 km acima da cidade de Porto
Velho, passando a ser o rio de planície francamente navegável até a sua foz na
margem direita do rio Amazonas.
Os tributários do Madeira que cortam Rondônia podem ser agrupados em sete
grandes bacias hidrográficas. Essas grandes bacias podem ser reunidas em três
blocos distintos, são eles:
- Os afluentes diretos do rio Madeira pela margem direita como o Jí-Paraná, Jamari,
Candeias e Preto;
- Os afluentes do Ji-paraná, o rio mais extenso do estado;
- Os afluentes do sistema Guaporé-Mamoré, que juntos formam a divisa natural (e
internacional) entre Rondônia e Bolívia.
- Há também os integrantes da bacia do rio Roosevelt, considerada uma bacia
secundária, pois apenas parte dela situa-se no estado de Rondônia.
A seguir, apresentam-se as áreas de drenagem das sete principais bacias do estado.
Bacia Hidrográfica
Área ( km2)
Rio Guaporé
9.339
Rio Mamoré
22.790
Rio Abunã
4.792
Rio Madeira
31.422
Rio Jamari
29.102
Rio Ji-Paraná (ou Machado)
80.630
Rio Roosevelt
15.538
Fonte: CREA/RO- Governo de Rondônia / MMA-1999
6
LOTEAMENTO SOLAR DE CHUPINGUAIA
O manancial mais próximo e um igarapé que ocorre ao sudoeste da área do
empreendimento, a 200 metros, sendo, portanto a direção sul de fluxo subterrâneo de
aguas pluviais e de lençóis freáticos. O principal coletor de águas da região é o rio
Anari que é afluente do Pimenta Bueno que se une ao Comemoração formando o rio
Ji-Paraná. Na imagem a seguir observa-se os rios que ocorrem próximos a cidade de
Chupinguaia.
4.4.
Classificação do Solo
O solo que ocorre na área do empreendimento segundo o Projeto
RADAMBRASIL é classificado como Latossolo Vermelho escuro distrófico; solo
mineral, profundo, textura argilosa, possuem alto grau de intemperismo e elevado
teor de oxido de ferro, é plástico e pegajoso.
Em amostras coletadas na sondagem observa-se que trata-se de Latossolo
de origem laterítica. O solo é homogêneo com presença de argila e silte e grãos do
mesmo material. A estrutura e porosa. A cor é marrom avermelhada.
5. SONDAGEM A TRADO
Para o planejamento do programa de sondagem e de teste de permeabilidade
do solo foram consideradas informações preliminares sobre a área, por meio de
localização do ponto em mapas topográfico e de solos e analise das características
locais do terreno.
Foi executado (01) furo de sondagem a trado manual em 4’’, com 3,0 metros de
profundidade. O furo So1 de coordenada geográfica 12°32’49,49’’S 60°53’56,8’’W.
6. PERMEABILIDADE DO SOLO
7
LOTEAMENTO SOLAR DE CHUPINGUAIA
Os principais fatores que influenciam no coeficiente de permeabilidade são: a
granulometria, índice de vazios, composição mineralógica, estrutura, fluído, macroestrutura e a temperatura.
O tamanho das partículas que constituem os solos influencia no valor de “k”.
Nos solos pedregulhosos sem finos (partículas com diâmetro superior a 2 mm), por
exemplo, o valor de “k” é superior a 0,01cm/s; já nos solos finos (partícula com
diâmetro inferior a 0,074mm) os valores de “k” são bem inferiores a este valor.
A permeabilidade dos solos esta relacionada com o índice de vazios, logo, com
a sua porosidade. Quanto mais poroso for um solo (maior a dimensão dos poros),
maior será o índice de vazios, por conseguinte, mais permeável (para argilas moles,
isto não se verifica).
A predominância de alguns tipos de minerais na constituição dos solos tem
grande influência na permeabilidade. Por exemplo, argilas moles que são
constituídas,
predominantemente,
de
argilo-minerais
(caulinitas,
ilitas
e
montmorilonitas) possuem um valor de “k” muito baixo, que varia de 10 a 10 cm/s.
-7
-8
Já nos solos arenosos, cascalhentos sem finos, que são constituídos, principalmente,
de minerais silicosos (quartzo) o valor de “k” é da ordem de 1,0 a 0,01cm/s.
A estrutura ou arranjo das partículas nas argilas são isoladas ou em grupo,
atuam como forças de natureza capilar e molecular e dependem da forma das
partículas. Nas areias o arranjo estrutural é mais simplificado, constituindo-se por
canalículos, interconectados onde a água flui mais facilmente.
O tipo de fluído que se encontra nos poros, nos solos, em geral, é a água com
ou sem gases (ar) dissolvidos. Quanto maior a temperatura, menor a viscosidade
d’água, portanto, maior a permeabilidade, isto significa que a água mais facilmente
escoará pelos poros do solo.
Tabela 1. A tabela apresenta valores típicos do coeficiente de permeabilidade (médios)
em função dos materiais (solos arenosos e argilosos). Consideram-se solos
permeáveis, ou que apresentam drenagem livre, são aqueles que têm permeabilidade
superior a 10-7 m/s. Os demais são solos impermeáveis ou com drenagem impedida.
8
LOTEAMENTO SOLAR DE CHUPINGUAIA
Para obter o coeficiente de permeabilidade do solo, do Loteamento, o ensaio
de permeabilidade à carga variável (NBR-14545/2000/ABNT), foi executado in situ e a
3,0 metros de profundidade.
O furo com 3,0 metros foi revestido com PVC 4’’, O tubo ficou com 80 cm
acima do solo. Foi injetado água até a borda do tubo, para a saturação, por 10
minutos. O coeficiente de permeabilidade vertical é calculado pela formula descrita a
seguir:
Em que:
k = coeficiente de permeabilidade do solo;
D, d = diâmetro do amostrador;
L = altura da amostra do solo;
A = área da amostra do solo;
t = tempo decorrido durante o ensaio;
H1, H2 = alturas inicial e final da lâmina de água.
Altura do corpo de prova
380 cm
Altura inicial da água
380 cm
Altura final da água
230 cm
Temperatura de ensaio
24°C
Tempo de ensaio
994 seg
Diâmetro do tubo
10,0 cm
Diâmetro interno do tubo amostrador
9,8 cm
Raio do tubo amostrador
4,9 cm
K= 3,1416 x 9,8 x 9,8/11 x 9,8 x 1 / 944 x log 380/230
K= 301.787/ 1078 x 0.0010 x 0.21
9
LOTEAMENTO SOLAR DE CHUPINGUAIA
K= 0.279 x 0.0010 x 0.21
K= 0.000050 m³/segundo ou 0,5 x 10-4cm/seg.
A permeabilidade observada para o solo da área do loteamento é alta. O
revestimento de PVC com seção de 100 milímetros e 3,8 metros de altura não reteve
agua. O escoamento indica que o solo encontra-se pouco compactado apesar de
matriz argilosa. A composição de silte e areia fina associada a estrutura porosa do
solo aumenta a permeabilidade do terreno.
7. DISCUSSÃO DOS DADOS
Após analise in locu do terreno do Loteamento e da execução do ensaio de
permeabilidade observa-se que:
- não existem resíduos insalubres de aterro sanitário ou lixão;
- não existem aterramento com restos de construção civil;
- o lençol freático estima-se estar a 30 metros de profundidade, uma vez que não
existem poços do tipo Amazonas e tubular profundo nas imediações para confirmar
este dado;
- o manancial mais próximo está a 200 metros ao sul da área do empreendimento,
sendo, portanto o sul a direção de fluxo subterrâneo de aguas pluviais e de lençóis
freáticos;
- o solo tem origem lateritica, e profundo, poroso, com a presença de argilo minerais.
Em contato com a agua, em amostra de mão, torna-se plástico e maleável;
- recomenda-se a remoção de tocos de arvores primárias, pois com o tempo ocorre o
apodrecimento e a formação de vazios em baixo de estruturas de concreto,
ocasionando recalques. O demonstrativo fotográfico a seguir permite visualizar as
condições atuais do terreno.
5
Fotografias 01 e 02. Vista do terreno do Loteamento. Estas arvores são as
remanescentes, o restante da área está coberto por pasto. Não se observa acumulo
10
LOTEAMENTO SOLAR DE CHUPINGUAIA
de lixos e áreas alagadas. O terreno é natural sem resíduos de construção civil, lixo
doméstico ou industrial.
Fotografias 02 e 03. O local escolhido para a sondagem a trado onde se observa a cor
marrom do solo. A agua foi injetada no furo conforme normas técnicas, sendo usado
tambor de 200 litros para a medição.
Tabela 02. Resumo do Diagnóstico Ambiental.
CRITÉRIOS
SIM NÃO
1. Existe banhado?
X
2. Existe curso d’água?
X
3. Existe nascente?
X
4. Existe reservatório artificial de água (açude, barragem...)?
X
5. Existe lago?
X
6. Existe lagoa?
X
7. Existe morro?
X
8. Existe montanha?
X
9. Existem dunas?
X
10. Existe fauna ameaçada de extinção, em perigo ou vulneráveis?
X
11. Existem locais de refúgio ou reprodução de aves migratórias?
X
12. Existem locais de refúgio ou reprodução da fauna ameaçada de
extinção?
13. Existe vegetação nativa?
X
x
11
LOTEAMENTO SOLAR DE CHUPINGUAIA
14. Existe vegetação exótica?
X
15. Existe vegetação primária?
X
16. Existe vegetação secundária ou em regeneração?
x
16.1.Estágio inicial
X
16.2.Estágio médio
X
16.3.Estágio avançado
X
17. Existem espécies vegetais raras, endêmicas, ameaçadas de extinção?
X
18. Haverá supressão vegetal?
X
19. Existe área de inundação?
X
20. Existe área com risco de erosão?
X
21. Existe risco à estabilidade do terreno?
X
22. Existe Estação de Tratamento de Esgoto no município?
X
IEDE T. ZOLINGER – GEÓLOGA
CREA 6537/D-MT
12
Download