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Introdução à Geografia Física: Conceitos e Domínios

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Capítulo 1 – Introdução à Geografia Física
Dakir Larara Machado da Silva1
Apresentação
Caros alunos,
Esse capítulo aborda, inicialmente, as ideias que fundamentam a
Geografia Física, sobretudo a partir da sua construção histórica. Em seguida,
discutimos o embasamento do conceito de Geossistema, elemento
fundamental para as análises na Geografia Física. Por fim, analisamos e
introduzimos os fundamentos dos grandes domínios do Planeta Terra, palco
dos estudos em Geografia Física. Boa leitura e bons estudos!
1
Doutor em Geografia pelo PPGEA/UFRGS. Professor Adjunto do Curso de Geografia da Universidade
Luterana do Brasil, Canoas, RS.
1. A Ciência Geográfica – uma caracterização inicial
A Geografia (do grego geo, “Terra”, e graphein, “escrever”) é a
ciência que estuda a relação entre a sociedade e a natureza, ao longo do que
chamamos de espaço geográfico. Podemos dizer que os elementos da
sociedade, por exemplo, representam os sistemas econômicos, políticos,
culturais, sociais entre outros. Já os elementos da natureza correspondem
aos sistemas e processos da dinâmica física do nosso Planeta, como por
exemplo, o sistema atmosférico, climático, geológico, geomorfológico
(relevo), pedológico (solos), biogeográfico dentre outros.
O estudo de como todos esses sistemas interagem e se interrelacionam é feito pela Geografia. Portanto, esta é uma ciência de suma
importância para conhecimento dos aspectos da sociedade humana, bem
como dos processos e dinâmicas da natureza. Entender como esses
elementos se interconectam faz da Geografia uma ciência apaixonante tanto
para quem a pratica, como para aqueles que estão iniciando os primeiros
contatos com o conhecimento geográfico.
2. Um Breve Histórico da Geografia Física
Tradicionalmente a Geografia Física era vista como o estudo
unificado de um número de Ciências da Terra (por exemplo, Geodésia,
Astronomia, Geologia, Climatologia, Hidrologia), que permitiria ter uma ideia
geral do meio que circunda o homem. Nesta visão, ela seria somente um
conjunto de princípios básicos das ciências naturais, incluindo as influências
ambientais. O objetivo final seria a obtenção de um quadro unificado do
ambiente natural do homem em qualquer lugar do Planeta.
A construção histórica da Geografia Física remonta ao século XIX na
Alemanha. Poderíamos iniciar uma reflexão a partir do geógrafo alemão,
Alexander Von Humboldt, na parte inicial de sua obra Cosmos (1845-1862),
para o qual existia duas disciplinas que tratavam da natureza: uma a Física,
que estudava os processos físicos, a outra a Geografia Física, que estudava
a interconexão dinâmica dos elementos da Natureza através de uma visão
integrada, idealizada a partir do conceito de paisagem.
A ideia de Geografia Física de Humboldt contrapõe-se às
concepções de outro geógrafo alemão, Karl Ritter (quando, no ano de 1850,
escreve sobre a organização de espaço na superfície do globo e sua função
no desenvolvimento histórico), e também à Friedrich Ratzel, em seu texto El
território, la sociedad y el estado, de 1898, assim como à de Vidal La Blache
(geógrafo francês). Em artigo escrito em 1899, diz:
“o geógrafo estuda na hidrografia uma das
expressões em que se manifesta a região e
atua de igual maneira com a vegetação, com as
moradias e os habitantes. Não deve ocupar-se
destes distintos temas de estudo nem como
botânico nem como economista” (La Blache,
1982).
A busca da articulação entre natureza e sociedade não foi algo
simples para os geógrafos. A bem da verdade, construir uma ciência de
articulação na época em que surgiu oficialmente a Geografia pareceria ser
como remar contra a maré, pois neste período a visão de ciência dominante
privilegiava a divisão entre ciências da natureza e da sociedade. Embora as
ciências de caráter integrativo tenham tentado se expressar nesse momento,
a exemplo da Ecologia com Haeckel em 1886, e da Geografia desde antes
com Humboldt e Ritter na década de 1950 a história de seus
desenvolvimentos não é expressiva. Ao contrário da integração, o que
prevaleceu no final do século XIX e durante mais da metade do século XX foi
a fragmentação. Disto resultou algo comum aos geógrafos: o esfacelamento
da Geografia e, em particular, de uma parte desta denominada Geografia
Física em diferentes campos do conhecimento. A Ecologia, por sua vez, fica
encoberta, sendo revigorada com o surgimento da ideia de Ecossistema com
Tansley em 1935.
A fragmentação científica do século passado é, sem dúvida, a força
que promove o primeiro impacto na existência da Geografia Física. Ainda que
na prática os geógrafos tenham seguido o caminho da especialização, é
importante lembrar que, em nível teórico, renomados geógrafos tentaram a
análise integrada do meio físico percorrendo conceitos como os de
Paisagem, inicialmente, Geossistema ou Sistemas Físicos, posteriormente,
na busca desta articulação. Este caminho é retomado nos anos 70,
exatamente no período em que emerge a discussão ambiental e com ela o
resgate da Ecologia e da ideia de relação entre os organismos e seu
ambiente.
A emergência da questão ambiental vai definir novos rumos à
Geografia Física. Esta tendência e a necessidade contemporânea fazem com
que as preocupações dos geógrafos atuais se vinculem à demanda
ambiental. Desta forma, não abandonam a compreensão da dinâmica da
natureza, mas cada vez mais não desconhecem e incorporam a suas
análises a avaliação das derivações da natureza pela dinâmica social. Esta
demanda social e científica exige um repensar da Geografia, das suas velhas
formas de abrangência. Para muitos geógrafos parecerá estranho pensar a
inexistência da Geografia Física. Achamos, no entanto, que esta deva ser
uma discussão a ser feita. Cabe ainda pensar: que trabalhos elaborados na
ótica ambiental dizem respeito exclusivamente à Geografia Física? A
particularidade da questão ambiental é ser interdisciplinar por natureza. Isto
exigiu dos geógrafos que escolheram trabalhar nesta perspectiva uma
revisão de seus fundamentos, não sendo mais possível encarar estes
estudos como exclusivamente de cunho natural.
Cabe ainda dizer que visualizar a tendência de superação da
dicotomia Geografia Física versus Geografia Humana neste momento
histórico não pode ser confundido com o abandono do conhecimento da
natureza em Geografia. O conhecimento da natureza sempre esteve
presente na preocupação analítica dos geógrafos.
No mundo contemporâneo, as questões relativas à natureza
continuam fundamentais. O que queremos dizer é que se a natureza assume
importância analítica para a ciência, isso se deve em grande parte à sua
deterioração ou à sua importância na construção de novos recursos e/ou
mercadorias a partir, inclusive, de sua possível reprodução em laboratório
através da biotecnologia. Tais fatos exigem destas temáticas, mais
recentemente, uma concepção diferenciada daquela rotulada de Geografia
Física.
Dentro desse quadro, não só se redefine a Geografia como se
redefinem todas as áreas que deram suporte às análises geográficas. Aqui
me refiro à Geomorfologia, à Biogeografia, à Climatologia etc. Estas também
reformularam suas análises, privilegiaram algumas abordagens e algumas
escalas de análise em detrimento de outras.
Tais transformações dizem respeito ao contexto econômico e social
contemporâneo, em que o desenvolvimento da ciência e sua relação direta
com a tecnologia permitem perceber que, no estágio atual, a apropriação da
natureza se produz, não só em escala macro. Também em escala micro esta
recria, transfigura e modifica a dinâmica da natureza, exigindo não só novos
métodos de trabalhar a relação natureza/sociedade, mas também novas
formas de conceber o que é natureza e o que é sociedade.
Contemporaneamente, concebemos a Geografia Física como o
estudo da organização espacial dos geossistemas, uma vez que essa
organização é expressada pela estrutura conferida da distribuição e arranjo
espacial dos elementos que estruturam o universo do sistema do Planeta
Terra, os quais são resultantes da dinâmica dos processos atuantes e das
relações entre os seus múltiplos elementos. Esta área do conhecimento da
Geografia busca subsídio em métodos de outras ciências, incorporando-os e
adaptando-os à lógica geográfica. A Geologia, Pedologia, Biogeografia,
Botânica, etc. lhe servem metodologicamente.
3. O Geossistema
De forma geral, a Geografia Física tem tentado trabalhar com a
dialética 2 da natureza, mas a teoria geral sistêmica (TGS) 3 tem-se
configurado como método mais eficaz em seus trabalhos contemporâneos.
Tentativas pormenorizadas da teoria dos sistemas têm sido implementadas
na Geografia soviética, norte-americana e sobretudo a inglesa, influenciadas
diretamente pela tendência “Sistêmico-Quantitativo”, e como consequência
produziram-se
tendências
metodológicas
oriundas
desta
base,
confeccionando o estudo da paisagem, os estudos ecossistêmicos,
geossistema4 e a ecogeografia, só para citar os mais importantes.
A Geografia Física ou da natureza possui duas características
básicas: (1) sua proximidade com as ciências naturais e (2) direcionada
atenção às alterações do conjunto natural do planeta, com proximidade da
Ecologia e Geografia Humana. Contudo, a Geografia Física é uma parte da
ciência denominada Geografia e, por isto, é subjugada às ciências humanas,
quer com enfoque dicotômico, Geografia Física versus Geografia Humana,
quer como aspecto importante de uma geografia global, de caráter não
enciclopédico. Embora haja dificuldades, parece necessário manter o
princípio de uma Geografia global, simultaneamente física e humana,
incumbida de dar conta da complexidade das interações na superfície do
globo entre fenômenos que dependem das ciências da matéria, da vida e da
sociedade.
O campo de ação da Geografia Física é amplo e complexo. Podemos
destacar, por exemplo, que ela analisa as condições naturais, sobretudo na
2
Dialética é a arte do diálogo, a arte de debater. Dialética é um debate onde há ideias diferentes, onde
um posicionamento é defendido e contradito logo depois. Para os gregos, dialética era separar fatos,
dividir as ideias para poder debatê-las com mais clareza. A dialética também é uma maneira de
filosofar e seu conceito foi debatido ao longo de décadas por diversos filósofos, como Sócrates, Platão,
Aristóteles, Hegel, Marx, e outros.
3
A palavra sistema denota um conjunto de elementos interdependentes e interagentes ou um grupo de
unidades combinadas que formam um todo organizado. Sistema é um conjunto de coisas ou
combinações de coisas ou partes, formando um todo complexo ou unitário. (Chiavenato, 2000, p. 545).
De acordo com Chiavenato (2000) a TGS surgiu com trabalhos de biólogo alemão Ludwig Von
Bertalanffy. A TGS não busca solucionar problemas ou tentar soluções praticas, mas produzir teorias e
formulações conceituais para aplicações na realidade empírica.
4
Um Geossistema, um Sistema Geográfico ou Sistema Natural é sempre uma unidade natural com os
elementos abióticos (não vivos como os elementos químicos presentes nos solo e atmosfera, por
exemplo) que interligados e interdependentes formam uma estrutura que se reflete de forma clara
através da fisiologia e da dinâmica de uma paisagem. interpretação da estrutura e processos do espaço geográfico. Além disso, nos
estudos geossistêmicos, incorpora e considera os seus subsistemas naturais
e todas as influências dos fatores socioeconômicos, atuando, ainda, em
planejamentos territoriais e regionais, no planejamento socioambiental e no
ensino. O objetivo básico e fundamental da Geografia Física é o estudo dos
geossistemas, como já mencionamos anteriormente, pois eles fornecerão as
informações sobre os processos da dinâmica da natureza, possibilitando o
planejamento para o uso prudente do espaço geográfico.
Em todo Geossistema circula energia e matéria. Como fontes de
energia podemos citar: a energia solar, a mais importante, da qual dependem
todas as demais fontes e forças que agem sobre a dinâmica do sistema; a
energia hidráulica responsável pelos processos erosivos, transporte e
deposição de sedimentos; energia eólica resultado da diferença do gradiente
(diferença) da temperatura e da pressão das massas de ar contribuindo para
o transporte de sedimentos, de polens e/ou de substâncias poluidoras;
energia gravitacional fácil de ser observada em áreas de forte declive quando
ocorrem deslizamentos e movimentos de massa de solo; energia fóssil como
o petróleo e seus derivados (gasolina, óleo diesel, gás) utilizados em motores
de combustão para movimentar toda frota de veículos, Bioenergia que é o
acumulo e a circulação do carbono na biosfera através das cadeias tróficas; e
energia animal e humana pelo emprego da força muscular.
A dinâmica do geossistema pode ser medida em diferentes intervalos
de tempo que vão desde minutos, quando variam elementos climáticos, dias,
com variação de estados de tempo atmosférico (tempo meteorológico),
meses com variações na fenologia5 da flora e fauna, dos ciclos e regimes
hidrológicos, além de atividades econômicas (tempo cíclico) ou em milhares
ou milhões de anos que se refletem na pedogênese (formação do solos) e
morfogênese do relevo (tempo geológico).
Podemos concluir que o Geossistema é um sistema natural,
complexo e integrado onde há circulação de energia e matéria e onde ocorre
exploração biológica, inclusive aquela praticada pelo homem. Considerando o
5
Ramo da Ecologia que estuda os fenômenos periódicos dos seres vivos e suas relações com as
condições
ambientais,
tais
como temperatura, luz e umidade.
A migração
das
aves e
a floração e frutificação de plantas são exemplos de fenômenos cíclicos estudados pela fenologia.
planeta Terra como um Geossistema, podemos então dizer que qualquer
alteração em algum de seus componentes, que ultrapasse seu limite de
resistência, pode desestabilizá-lo e levá-lo a uma readaptação para um novo
estado de equilíbrio. Essa análise pode ser aplicada para o estudo dos
impactos ambientas e para a emergência da relação sistema socioeconômico
e sistema ambiental físico.
Assim, através da análise de sistemas e sua complexidade, pode-se
criar e fundamentar conhecimentos sobre a natureza e sua estrutura, os
elementos que a compõem, saber a maneira como uns influenciam os outros,
o papel e função de cada um dos componentes e como o homem e suas
atividades modificam a organização espacial de um dado território (VEADO,
1998). Entendendo-se como a natureza funciona pode-se também buscar
resolução para os problemas que o ser humano enfrenta.
Através desta análise também fica claro o papel da Geografia em
compreender os mecanismos atuantes no espaço para, a partir daí, poder
organizá-lo e planejá-lo, visto que tal depende das características físicas,
sociais e econômicas, inter-relacionadas, pertinentes a tal espaço, como
supramencionado.
4. Os Grandes Domínios da Terra
A superfície do nosso Planeta corresponde a uma extensa área de
aproximadamente 500 milhões de km2, onde interagem quatro grandes
domínios e sistemas: atmosfera, hidrosfera, litosfera e biosfera. Também
chamadas de geoesferas, esses quatro grande domínios não configuram-se
como unidades/dimensões independentes, mas sim esferas que se interrelacionam e interagem permanentemente.
A atmosfera é uma fina e tênue capa gasosa que circunda o nosso
Planeta que é mantida pela força gravitacional gerada por ele. Composta por
gases que se originaram, seja pela crosta e interior terrestre, seja pelos
fluxos respiratórios produzidos desde o surgimento da vida na Terra, a baixa
atmosfera pode ser considerada um fato único nos Planetas que estruturam o
Sistema Solar, é composta basicamente por gases como o nitrogênio,
oxigênio, argônio, gás carbônico, vapor d’água e gases residuais.
A hidrosfera corresponde ao conjunto de águas exteriores (águas
oceânicas e marinhas) e interiores (águas continentais doce rios, lagos e
lagoas). Cabe salientar que a parte da hidrosfera que encontra-se em estado
sólido é chamada de criosfera, composta pelos mantos e campos de gelo,
calotas glaciais, geleiras, plataformas de gelo e banquisa, por exemplo. A
água desse domínio/esfera encontra-se em três estados físicos: líquido,
gasoso e sólido (massas de gelo polares, continentais (geleiras) e marinhas).
A litosfera é constituída pela crosta continental/oceânica e pela
camada mais resfriada do manto composta de rocha frágil e quebradiça,
marcando a linha tênue que separa a litosfera e a astenosfera6. Tal esfera
apresenta espessura de 60-150km, sendo mais espessa sob os continentes e
mais fina sob os oceanos.
A biosfera refere-se à porção do planeta Terra capaz de reunir
condições de ordens física e química para sustentar o fenômeno da vida,
resultando na presença de organismos metabolicamente ativos. Podemos
dizer que esta esfera é o resultado interseção de todos domínios do sistema
Terra. A biosfera vem evoluindo desde a origem do nosso Planeta há 4,5
bilhões de anos, ocasionando novas condições ambientais que geraram ao
longo desse gigantesco transcorrer de tempo geológico inúmeros e
sucessivos processos de extinção e ressurgimento da vida. No contexto do
Sistema Solar, tal fato é, de forma inequívoca, único e exclusivo do nosso
Planeta.
5. Atividades Complementares
1) Como podemos fundamentar a ideia de Geografia Física?
2) Como evoluiu a ideia da Geografia Física ao longo dos tempos?
3) Atualmente, quais são os campos de investigação da Geografia Física?
6
A astenosfera é a camada plástica e macia situada abaixo da litosfera. As rochas da astenosfera
encontram-se quase em ponto de fusão, possuindo resistência que aumenta à medida que se
eleva a profundidade.
4) Como podemos conceituar a ideia de Geossistema e de que forma ele se
relaciona com os estudos da Geografia Física?
5) Quais são os grande domínios da Terra e como eles se relacionam com a
biosfera?
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