03.04.2024 PLANO, DIAGNÓSTICO E FASES DE TRATAMENTO Plano de tratamento: a decisão está condicionada: ● Prática baseada em evidências (associar a melhor informação disponível). ● Experiência clínica do profissional. ● Preferências do paciente e sua família (usar linguagem apropriada e decisão compartilhada). ● Seja realizado de forma sistemática. ● Conjunto de todas as informações obtidas. ● Dividido em fases. ● Grau lla e nível de evidência B. Fases do tratamento: FASE SISTÊMICA FASE DE URGÊNCIA FASE PREPARATÓRIA FASE RESTAURADORA FASE DE MANUTENÇÃO Fase sistêmica: Condições de saúde geral (anamnese). Abordagem multi e interdisciplinar. Medidas profiláticas e terapêuticas ( pré-trans-pós operatórias). ● Abordagem multi e interdisciplinar. ● Controle das alterações sistêmicas, como cardiopatias, diabetes, hemofilia, doença renal crônica, transplantes, entre outras, que possam demandar cuidados adicionais, ou mesmo que requeiram intervenções prévias ao atendimento odontológico em si. Fase da urgência: situações priorizadas, geralmente por causarem dor, terem prognóstico desfavorável se não interceptadas imediatamente ou ter impacto muito relevante na estética. ● Quadros infecciosos agudos e traumas. ● Dentes anteriores com lesão de cárie - impacto estético. Fase preparatória: educar e motivar o paciente e seus pais. Envolve o controle das doenças bucais, etapa fundamental para o sucesso da abordagem da criança e seu núcleo familiar. - Etapa preventiva: - Profilaxia. - Mapa de higiene: IP e ISG. - Orientação de higiene. - Análise do diário e orientação da dieta. - Aplicação tópica de flúor. - Selantes oclusais. - Atividade de cárie. - Sem contato oclusal. - Isolamento absoluto possível. - Terapêutico X preventivo. Uso de selantes oclusais: Selantes resinosos e ionoméricos Indicações: molares com sulcos profundos; com alta retentividade de biofilme dental; principalmente em pacientes de alto risco; em processo eruptivo. ● adequação do meio bucal (fase preparatória). ● urgência (também da fase preparatória). PUFA: pulpa indo para necrose, úlceras, fístula, abcessos. Na história geral: a. História médica Na história geral Foi avaliado o uso atual de medicamentos ou condições sistêmicas do paciente que possam causar hipossalivação. Os pacientes diagnosticados com hipossalivação foram automaticamente classificados como de alto risco. b. Radiação de cabeça e pescoço Os pacientes submetidos à radioterapia para tratamento de câncer de cabeça e pescoço foram classificados como de alto risco para o desenvolvimento de cárie por causa dos efeitos colaterais ou de sequelas do tratamento. c. Consumo de açúcar A alta ingestão de bebidas e alimentos açucarados é um fator de risco para o desenvolvimento de lesões de cárie. Para esta avaliação, um recordatório alimentar de 24 horas DEVE SER utilizado, nesse tipo de recordatório o dentista pergunta ao paciente sobre a alimentação feita um dia anterior da pesquisa (um dia de alimentação normal). A frequência de consumo de açúcar entre as refeições foi avaliada por meio de alimentos açucarados, considerando alto consumo quando a ingestão desses alimentos foi maior de quatro vezes entre as principais refeições por dia. d. Exposição ao flúor A baixa exposição de flúor também é um fator de risco. A exposição de flúor inadequada foi considerada quando o responsável relatou a não utilização de dentifrício fluoretado ou a utilização de dentifrício com concentração inferior a 1000 ppm de flúor durante a escovação da criança. e. Nível socioeconômico A avaliação da condição socioeconômica que a criança está inserida foi feita por meio da observação dos dados sobre grau de escolaridade do responsável e da estrutura domiciliar. No exame intraoral: 1.PUFA: pacientes com presença de qualquer sinal clínico de PUFA (polpa exposta, ulceração, fístulas e abcessos) foi considerado alto risco. 2.Experiência de cárie: A presença de restauração foi considerada um fator de alto risco de cárie. 3. Placa espessa e visível Presença de camada espessa e visível de biofilme foi um fator de risco de cárie. 4. Dentes molares permanentes parcialmente erupcionados. 5. Presença de dente molar (primeiro ou segundo) parcialmente erupcionado (sem contato com o antagonista) e sem presença de selante foi considerado alto risco. 6. Presença de hipoplasia ou defeito de esmalte; 7. Presença de defeito de esmalte dificultando a remoção de placa foi considerado fator de risco. Critérios para definição do risco de cárie do paciente Baixo: sem nenhum dos fatores de risco apontados na investigação do paciente. Moderado: um ou até dois fatores de risco que não seja experiência de cárie. Alto: quando houve a presença de PUFA ou condição sistêmica que causasse hipossalivação, quando o paciente apresentou experiência de cárie (restaurações), ou então, a combinação de três ou mais fatores de risco. Sistema Internacional de Classificação e Manejo de Cárie (ICCMS) Os princípios do ICCMS são baseados em evidências científicas e incluem elementos chaves, que ligam fatores importantes para uma boa conduta em relação à doença. Esses elementos incluem a síntese de informações para classificação de risco de cárie baseado no histórico geral e intraoral do paciente, classificação da lesão de cárie e a sua atividade, e indicação da tomada de decisão de tratamento baseado no risco. ● A associação desses componentes propicia orientar um plano de tratamento ● personalizado de acordo com a necessidade individual de cada paciente. Quando chamar a criança ao retorno? FOTO Selamento de lesões ativas de cárie: O número de bactérias tende a diminuir por falta de nutrientes (Massara et al., 2002; Wambier et al., 2007) • Remoção total nas paredes laterais da cavidade. • Remoção de toda a dentina cariada amolecida da parede pulpar, até o momento em que o tecido dentinário começa a ser retirado em lascas ou escamas. • Selamento da cavidade. Materiais: IRM: função anti-inflamatória. Material biocompativel - "reendurecimento da dentina afetada" OLE - usado quando tem um pouco de dor - propriedades bactericidas e anódinas CA (OH)2 - desinfeta, bacteriostática, bactericida, esclerose dentinária CIV - propriedades adesivas, liberação de flúor, redução da microinfiltração, não forma dentina reacionária, remineraliza e adesão química. Estudo in vivo - pré-escolares Avaliaram a quantidade de unidades formadoras de colônias de S. mutans na saliva antes e após a AMB (24h e 7 dias) Em relação a três tipos de materiais: óxido de zinco eugenol, CIV e diamino fluoreto de prata. Após 24 horas houve redução significante, mas após 7 dias o grupo do CIV manteve a redução, como também após 6 meses apresentou maior retentividade em relação ao OZE. Adequação com CIV: Melhora a resposta pulpar Diminuição de microrganismos Remineralização da dentina afetada Condições para mudança de hábito Condicionamento ao tratamento dentário Fase Preparatória Etapa de Adequação do meio bucal -Drenagem de abscessos -Exodontias -Terapia pulpar Fase restauradora Restaurações Proteses Ortodontia Cirurgias Programadas Após fase restauradora FASE DE MANUTENÇÃO: Retorno conforme o risco do paciente e sua necessidade. Fase de Manutenção Pós Tratamento: -Radiografias interproximais a cada 6 meses -Radiografias periapicais (controle de trauma e terapias pulpares) • 1, 2, 6 meses, 1 ano, anualmente -Motivação de higiene oral e dieta -Reavaliação do diário alimentar -Profilaxia + ATF (idade- risco-atividade) Conclusão: ● O exame clinico e planejamento do tratamento em odontopediatria é uma fase muito ampla; ● Baseado nas melhores evidencias disponíveis recomenda-se que o exame clínico deve ser realizado de forma sistemática para que todos os dados pertinentes ao entendimento e manejo do caso sejam coletados e registrados; ● Deve sempre partir dos aspectos gerais para os específicos ● Uma anamnese bem realizada é de fundamental importância: nos auxilia no correto diagnóstico individualizado de cada paciente para adotar a escolha do tratamento; ● ● ● Diante do diagnóstico podemos interferir diretamente nos fatores etiológicos da cárie dentária, bem como elaborar um plano de tratamento individualizado para cada paciente de acordo com o risco que ele apresenta; Coletar o maior número de informações de cada paciente, torna-se fundamental para um correto diagnóstico e para estabelecermos o risco desse paciente vir a desenvolver lesões cariosas. A atuação do CD nos fatores causais, possibilita que o risco do paciente seja reduzido, a doença controlada e com isso grande parte dos procedimentos odontológicos possam ser realizados por meio de um plano de tratamento. 10.04.2024 Doenças pulpares a serem avaliadas: Hiperemia: sem sintomatologia. Pulpite reversível. Pulpite irreversível Necrose. Terapia pulpar radical ou exodontia: ● Quantidade de raiz para instrumentar (reabsorção maior nas raízes palatinas e linguais). ● Dente decíduo não usamos guta (usamos somente pastas obturadoras). ● Ambos terão acompanhamento. ● Depois da TPR ainda pode ir para a exo > não pode dar garantia. ● Deixar claro que precisa de cuidados bucais em TPR > prognóstico de 18 meses. ● TPR > pulpite irreversível ou necrose. ● Tratamento pulpite reversível: ART. ● Capeamento pulpar direto em decíduo dá muito insucesso > contaminação, erro de diagnóstico. Pulpotomia: tira somente a parte coronária da polpa, não é tão efetiva cientificamente. Pulpectomia: se divide em biopulpectomia, necropulpectomia - estágio 1: não está no trabeculado ósseo. - estágio 2: está no ápice, periodonto. Instrumentação (manual ou mecanizada) ou uso pasta obturadora (LSTR). - Óxido de zinco e eugenol. PROVA 2 15.05.24 Extração seriada na última aula. DISCREPÂNCIAS TRANSVERSAIS Pode ser mordida cruzada anterior, posterior e total. O que pode causar em boca: Com o passar dos anos pode levar a DTM, predisposição a inflamação, perda óssea, recessão gengiva. Presente em até 20% da população > não se autocorrige. É a condição oclusal no qual 1 ou mais dentes estão anormalmente posicionados por vestibular ou lingual (mais frequente - da arcada superior). Pode estar presente em qualquer maloclusão de angle. Anterior: dos incisivos. ● dentária (dento-alveolar): posição errada do dente. ● esquelética ou classe III verdadeira: comprometimento ósseo. ● funcional ou pseudo-classe III: também chamada de muscular, onde a relação molar é classe I mas o paciente desvia funcionalmente a mandíbula. Posterior: canino para trás. ● dentária: deslocamento dentário pra V ou L. ● funcional (ou muscular): em MIH encontra interferência oclusal e desvia a mandíbula. ● esquelética: atresia da maxila (disfunção óssea). Observamos por evidência clínica: Anterior: se durante a manipulação da mandíbula levando de MIH para RC anteriormente, se fica topo a topo é dentária, se não, esquelética. Posterior: sai de MIH para RC levando devagar e a criança morde, geralmente são dentária ou funcional, topo a topo dos dois lados. - Medidas de McNamara: menor distância entre cérvico-palatina de molares (< 31mm é esquelético, 32 a 36 mm é dentária, acima de 36 normal). Quanto ao número de dentes: 1. unitária. 2. segmento. 3. total: sempre será esquelética. Quanto ao tecido envolvido: 1. dentária ou dentoalveolar. 2. esquelética. A cruzada posterior pode ser: - unilateral ou bilateral. A bilateral não tem grande desvio de linha média, já a unilateral possui. Mesmo que seja unilateral, tem que ter diagnóstico diferencial. A prevalência da mordida cruzada na decídua é de 7 a 18% o que se repete na mista e permanente. A cruzada posterior unilateral é a de maior predominância, geralmente associada a um desvio funcional, quando vai em RC se torna bilateral, tendo que expandir a arcada. imagem importante, observar côndilos! expande dos dois lados para os côndilos ficarem em aspecto normal. A grande maioria é dentária. FATORES ETIOLÓGICOS - Injúria traumática do incisivos decíduos - Retenção prolongada de dente decíduo - Perda prematura de dente decíduo - Falta de espaço no arco - Hábito de morder o lábio superior - Posição funcional protrusiva - Hereditariedade - Pacientes com fissura palatina - Hábitos bucais - Interferências oclusais AULA 2 Tratamento das mordidas cruzadas (FALTA) AULA 3 Mordidas cruzadas anteriores Ativa 1 vez por dia e depois de 30 dias fratura a maxila. Depois entra com a máscara facial que joga a maxila para frente. É um aparelho ortopédico. Tratamento universal da classe III em ortodontia preventiva: expansão rápida da maxila com disjuntor e tração reversa com máscara. Máscara sky hook é usada por 12 meses no mínimo. Mentoneira não trata classe III, apenas contém. Mordida cruzada posterior é canino para trás. Cúspides cêntricas ocluem em estática no sulco central, num sistema tampa de caixa. Síndrome de Brodie é a invertida. Geralmente as cruzadas posteriores unilateral são comuns em síndromes Palato Ogival. Caninos pontiagudos desgastamos. força leve, expande de 30 em 30 dias. expande o tamanho de uma coroa ou 5mm de cada lado. 30 a 90 dias descruza as mordidas.