ESCATOLOGIA – O QUE É? Muito mais que... Morte Juízo Inferno Paraíso... ESCATOLOGIA – O QUE É? Eskhaton/eskhata ◦ As realidades últimas do ser humano e do mundo ◦ Para onde vamos? ◦ Qual o destino do ser humano e do mundo? ◦ O que nos espera? ◦ O que podemos esperar? Escatologia ◦ Teologia da esperança ◦ Teologia do compromisso ESCATOLOGIA – O QUE É? Vaticano II – Constituição Apostólica Gaudium et Spes, 259 A esperança escatológica não diminui a importância das atividades terrestres, mas antes apóia seu cumprimento com motivos novos. Faltando, ao contrário, o fundamento divino da esperança da vida eterna, a dignidade humana é prejudicada de modo gravíssimo. ESCATOLOGIA – O QUE É? CNBB – CATEQUESE RENOVADA (n. 279) A caminhada terrena da comunidade cristã não se faz na incerteza, pois já possuímos na esperança aquilo que possuiremos em plenitude na consumação da história. Por isso, embora peregrinos, caminhamos com segurança. AS MUITAS FORMAS DE ESPERANÇA AS ESPERANÇAS RELIGIOSAS Transmigração das almas Reencarnação Volta à aldeia dos antepassados A Terra sem-males O Bem Viver Ressurreição … AS MUITAS FORMAS DE ESPERANÇA AS ESPERANÇAS UTÓPICAS O Comunismo O Livre mercado O “fim da história” A ESPERANÇA CRISTÃ Esperança ou medo? … as almas do Purgatório … almas penadas … missa de sétimo dia … com minha mãe estarei A ESPERANÇA CRISTÃ Esperança ou medo? No que se refere à condição do homem depois da morte, o perigo das representações imaginativas e arbitrárias é de se evitar com muito cuidado, pois seus excessos constituem, em grande parte, às dificuldades que seguidamente encontra a fé cristã. É necessário entender o seu senso profundo, evitando também o risco de atenuá-los demasiadamente, o que equivale seguidamente de esvaziar de sua substância as realidades que eles designam. Nem as Escrituras nem os teólogos não nos oferecem suficientes luzes para uma representação justa do além. (Carta da Congregação para a Doutrina da Fé a todos os bispos “Recentiores episcoporum synodi”, 17 de maio de 1979) DE ONDE VIEMOS? A ESPERANÇA CRISTÃ – DE ONDE VIEMOS? O MUNDO É BOM! CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA 295 Acreditamos que Deus criou o mundo segundo a sua sabedoria (124). O mundo não é fruto duma qualquer necessidade, dum destino cego ou do acaso. Acreditamos que ele procede da vontade livre de Deus, que quis fazer as criaturas participantes do seu Ser, da sua sabedoria e da sua bondade: «porque Vós criastes todas as coisas e, pela vossa vontade, elas receberam a existência e foram criadas» (Ap 4, 11). «Como são grandes, Senhor, as vossas obras! Tudo fizestes com sabedoria» (Sl 104, 24). «O Senhor é bom para com todos e a sua misericórdia estende-se a todas as criaturas» (Sl 145, 9). A ESPERANÇA CRISTÃ – DE ONDE VIEMOS? O MUNDO É BOM! CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA 299. Uma vez que Deus cria com sabedoria, a criação possui ordem. «Dispusestes tudo com medida, número e peso» (Sb 11, 20). Criada no Verbo e pelo Verbo eterno, «que é a imagem do Deus invisível» (Cl 1, 15), a criação destina-se e orienta-se para o homem, imagem de Deus (132), chamado ele próprio a uma relação pessoal com Deus. A nossa inteligência, participante da luz do intelecto divino, pode entender o que Deus nos diz pela sua criação (133), sem dúvida com grande esforço e num espírito de humildade e de respeito perante o Criador e a sua obra (134). Saída da bondade divina, a criação partilha dessa bondade («E Deus viu que isto era bom [...] muito bom»: Gn 1, 4. 10. 12. 18. 21. 31). Porque a criação é querida por Deus como um dom orientado para o homem, como herança que lhe é destinada e confiada. A Igreja, em diversas ocasiões, viu-se na necessidade de defender a bondade da criação, mesmo a do mundo material (135). A ESPERANÇA CRISTÃ – DE ONDE VIEMOS? O MUNDO É BOM! CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA 314. Nós cremos firmemente que Deus é o Senhor do mundo e da história. Muitas vezes, porém, os caminhos da sua Providência são-nos desconhecidos. Só no fim, quando acabar o nosso conhecimento parcial e virmos Deus «face a face» (1 Cor 13, 12), é que nos serão plenamente conhecidos os caminhos pelos quais, mesmo através do mal e do pecado, Deus terá conduzido a criação ao repouso desse Sábado (158) definitivo, em vista do qual criou o céu e a terra. A ESPERANÇA CRISTÃ – DE ONDE VIEMOS? O MUNDO É BOM! Gn 1 A ESPERANÇA CRISTÃ – DE ONDE VIEMOS? O SER HUMANO É BOM!... CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA 356. De todas as criaturas visíveis, só o homem é «capaz de conhecer e amar o seu Criador» (216); é a «única criatura sobre a terra que Deus quis por si mesma» (217); só ele é chamado a partilhar, pelo conhecimento e pelo amor, a vida de Deus. Com este fim foi criado, e tal é a razão fundamental da sua dignidade. A ESPERANÇA CRISTÃ – DE ONDE VIEMOS? O SER HUMANO É BOM!... CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA 362. A pessoa humana, criada à imagem de Deus, é um ser ao mesmo tempo corporal e espiritual. A narrativa bíblica exprime esta realidade numa linguagem simbólica, quando afirma que «Deus formou o homem com o pó da terra, insuflou-lhe pelas narinas um sopro de vida, e o homem tornouse num ser vivo» (Gn 2, 7). O homem, no seu ser total, foi, portanto, querido por Deus. A ESPERANÇA CRISTÃ – DE ONDE VIEMOS? O SER HUMANO É BOM!... CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA 374. O primeiro homem não só foi criado bom, como também foi constituído num estado de amizade com o seu Criador, e de harmonia consigo mesmo e com a criação que o rodeava; amizade e harmonia tais, que só serão ultrapassadas pela glória da nova criação em Cristo. A ESPERANÇA CRISTÃ – DE ONDE VIEMOS? O SER HUMANO É BOM!... SALMO 8 2.Ó SENHOR, nosso Deus, como é glorioso teu nome em toda a terra! Sobre os céus se eleva a tua majestade! 3. Da boca das crianças e dos lactentes te procuras um louvor contra os teus adversários, para reduzir ao silêncio o inimigo e o rebelde. 4. Quando olho para o teu céu, obra de tuas mãos, vejo a lua e as estrelas que criaste: 5. Que coisa é o homem, para dele te lembrares, que é o ser humano, para o visitares? 6. No entanto o fizeste só um pouco menor que um deus, de glória e de honra o coroaste. 7. Tu o colocaste à frente das obras de tuas mãos. Tudo puseste sob os seus pés: 8. todas as ovelhas e bois, todos os animais do campo, 9. as aves do céu e os peixes do mar, todo ser que percorre os caminhos do mar. 10. Ó SENHOR, Senhor nosso, como é glorioso o teu nome em toda a terra! PARA ONDE VAMOS? DEUS NOS CHAMA PARA A SALVAÇÃO - AT A aliança de salvação com Abraão – Gn 17,1- 20 terra e descendência A aliança de libertação com o Povo de Israel – Ex 3, 7-8 liberdade e fartura: uma terra onde mana leite e mel! A Nova Aliança – Jr 31,31-34; Ez 16,59-63; Ez 36, 25-38; Is 11,6-9; Is 61,1-9 um Novo Céu e uma Nova Terra (Is 65,17ss) DEUS NOS CHAMA PARA A SALVAÇÃO - NT Rm 6,3-11 Rm 8, 14-39 Mt 18,12-24 Mc 2,14-19 Lc 15,1-32 DEUS NOS CHAMA PARA A SALVAÇÃO - NT Rm 6,3-11: a ressurreição de Cristo é a garantia de nossa salvação Rm 8: a salvação é para todo ser humano e para toda a criação Mt 18,12-24: a salvação é em primeiro lugar para a ovelha que está perdida Mc 2,14-19: são os doentes que precisam de médico Lc 15,1-32: resgatar o perdido é a alegria de Deus A MORTE A MORTE Que atitude teríamos se soubéssemos que morreríamos amanhã? Que atitude deveríamos ter? Por que a morte nos assusta? Por que tanto medo e tantos tabus diante da morte? A MORTE Catecismo da Igreja Católica 1007. A morte é o termo da vida terrena. As nossas vidas são medidas pelo tempo no decurso do qual nós mudamos e envelhecemos. E como acontece com todos os seres vivos da terra, a morte surge como o fim normal da vida. Este aspecto da morte confere uma urgência às nossas vidas: a lembrança da nossa condição de mortais também serve para nos lembrar de que temos um tempo limitado para realizar a nossa vida: A MORTE Catecismo da Igreja Católica 1010. Graças a Cristo, a morte cristã tem um sentido positivo. «Para mim, viver é Cristo e morrer é lucro» (Fl 1, 21). «É digna de fé esta palavra: se tivermos morrido com Cristo, também com Ele viveremos» (2 Tm 2, 11). A novidade essencial da morte cristã está nisto: pelo Batismo, o cristão já «morreu com Cristo» sacramentalmente para viver uma vida nova; se morremos na graça de Cristo, a morte física consuma este «morrer com Cristo» e completa assim a nossa incorporação n'Ele, no seu ato redentor. A MORTE Catecismo da Igreja Católica 1011. Na morte, Deus chama o homem a Si. É por isso que o cristão pode experimentar, em relação à morte, um desejo semelhante ao de S. Paulo: «Desejaria partir e estar com Cristo» (Fl 1, 23). E pode transformar a sua própria morte num ato de obediência e amor para com o Pai, a exemplo de Cristo. O JUIZO O JUÍZO: O ENCONTRO COM O AMOR DE DEUS O juízo individual na hora da morte O juízo universal no “fim dos tempos” JUIZO: O ENCONTRO COM O AMOR DE DEUS Mais importante de saber o que nos espera, é saber quem nos espera para o julgamento! JUIZO: O ENCONTRO COM O AMOR DE DEUS O julgamento para a salvação São João 3,17: Pois Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele. O juízo é de Deus: Mt 13,24-30 Somos nós que decidimos da nossa salvação ou perdição: ΩLc 16,19-31 ΩMt 25, 31-46 Os sofredores deste mundo serão nossos juízes: Mt 25, 31-46 JUIZO: O ENCONTRO COM O AMOR DE DEUS Catecismo da Igreja Católica 1038. Será «a hora em que todos os que estão nos túmulos hão-de ouvir a sua voz e sairão: os que tiverem praticado o bem, para uma ressurreição de vida, e os que tiverem praticado o mal, para uma ressurreição de condenação» (Jo 5, 28-29). Então Cristo virá «na sua glória, com todos os seus anjos [...]. Todas as nações se reunirão na sua presença e Ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos; e colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda. [...] Estes irão para o suplício eterno e os justos para a vida eterna» (Mt 25, 31-33.46). JUIZO: O ENCONTRO COM O AMOR DE DEUS Catecismo da Igreja Católica 1039. É perante Cristo, que é a Verdade, que será definitivamente posta descoberto a verdade da relação de cada homem com Deus. O Juízo final revelará, até às suas últimas consequências, o que cada um tiver feito ou deixado de fazer de bem durante a sua vida terrena: Então, Ele Se voltará para os da sua esquerda: "Na terra, dir-lhes-á, Eu tinha posto para vós os meus pobrezinhos, Eu, Cabeça deles, estava no céu sentado à direita do Pai – mas na terra os meus membros tinham fome: o que vós tivésseis dado aos meus membros, teria chegado à Cabeça. Quando Eu coloquei os meus pobrezinhos na terra, constituí-os vossos portadores para trazerem as vossas boas obras ao meu tesouro. Vós nada depositastes nas mãos deles: por isso nada encontrais em Mim"» Santo Agostinho). JUIZO: O ENCONTRO COM O AMOR DE DEUS Catecismo da Igreja Católica 1040. O Juízo final terá lugar quando acontecer a vinda gloriosa de Cristo. Só o Pai sabe o dia e a hora, só Ele decide sobre a sua vinda. Pelo seu Filho Jesus Cristo. Ele pronunciará então a sua palavra definitiva sobre toda a história. Nós ficaremos a saber o sentido último de toda a obra da criação e de toda a economia da salvação, e compreenderemos os caminhos admiráveis pelos quais a sua providência tudo terá conduzido para o seu fim último. O Juízo final revelará como a justiça de Deus triunfa de todas as injustiças cometidas pelas suas criaturas e como o seu amor é mais forte do que a morte. JUIZO: O ENCONTRO COM O AMOR DE DEUS Catecismo da Igreja Católica 1041. A mensagem do Juízo final é um apelo à conversão, enquanto Deus dá ainda aos homens «o tempo favorável, o tempo da salvação» (2 Cor 6, 2). Ela inspira o santo temor de Deus, empenha na justiça do Reino de Deus e anuncia a «feliz esperança» (Tt 2, 13) do regresso do Senhor, que virá «para ser glorificado nos seus santos, e admirado em todos os que tiverem acreditado» (2 Ts 1, 10). RESSURREIÇÃO A RESSURREIÇÃO – NASCER PARA UMA VIDA NOVA Catecismo da Igreja Católica 646. A ressurreição de Cristo não foi um regresso à vida terrena, como no caso das ressurreições que Ele tinha realizado antes da Páscoa: a filha de Jairo, o jovem de Naim e Lázaro. Esses fatos eram acontecimentos milagrosos, mas as pessoas miraculadas reencontravam, pelo poder de Jesus, uma vida terrena «normal»: em dado momento, voltariam a morrer. A ressurreição de Cristo é essencialmente diferente. No seu corpo ressuscitado, Ele passa do estado de morte a uma outra vida, para além do tempo e do espaço. O corpo de Cristo é, na ressurreição, cheio do poder do Espírito Santo; participa da vida divina no estado da sua glória, de tal modo que São Paulo pode dizer de Cristo que Ele é o «homem celeste». A RESSURREIÇÃO – NASCER PARA UMA VIDA NOVA Ler: 1Cor 15 A RESSURREIÇÃO – NASCER PARA UMA VIDA NOVA A ressurreição na morte o encontro pessoal com Deus A ressurreição final a Parusia a segunda vinda de Cristo O CÉU: A SALVAÇÃO INTEGRAL Diretório Geral para a Catequese, n. 102 Jesus, ao mesmo tempo, ensina que Deus, com seu Reino, oferece o dom da salvação integral, liberta do pecado, introduz na comunhão com o Pai, concede a filiação divina e promete a vida eterna, vencendo a morte. Esta salvação integral é ao mesmo tempo imanente e escatológica já que tem certamente seu começo nesta vida, mas que terá realização completa na eternidade. O CÉU: A SALVAÇÃO INTEGRAL Evangelii Nuntiandi (Paulo VI), n. 9 Tudo isso começa durante a vida do mesmo Cristo e é definitivamente alcançado pela sua morte e ressurreição, mas deve ser perseguido, pacientemente, no decorrer da história para vir a ser plenamente realizado no dia da última vinda de Cristo, que ninguém, a não ser o Pai, sabe quando acontecerá. O CÉU: A SALVAÇÃO INTEGRAL Gaudium et Spes, n. 320 Depois de propagarmos na terra, no Espírito do Senhor e por sua ordem, os valores da dignidade humana, da comunidade fraterna e da liberdade, nós os encontraremos novamente, limpos, contudo, de toda a impureza, iluminados e transfigurados, quando Cristo entregar ao Pai o Reino eterno e universal. O CÉU: A SALVAÇÃO INTEGRAL Catequese Renovada, n. 252 A nossa comunidade transforma-se num lugar onde, vivendo a fé, nos educamos para fazer a história, para levar eficazmente com Cristo a história do nosso povo até o Reino. Cremos que o projeto de Deus a nosso respeito é que sejamos construtores da história. O CÉU: A SALVAÇÃO INTEGRAL Catecismo da Igreja Católica 1043. A esta misteriosa renovação, que há-de transformar a humanidade e o mundo, a Sagrada Escritura chama «os novos céus e a nova terra» (2 Pe 3, 13). Será a realização definitiva do desígnio divino de «reunir sob a chefia de Cristo todas as coisas que há nos céus e na terra» (Ef 1, 10). 1044. Neste «mundo novo», a Jerusalém celeste, Deus terá a sua morada entre os homens. «Há-de enxugar-lhes dos olhos todas as lágrimas; a morte deixará de existir, e não mais haverá luto, nem clamor, nem fadiga. Porque o que havia anteriormente desapareceu» (Ap 21, 4). O CÉU: A SALVAÇÃO INTEGRAL DA HUMANIDADE Catecismo da Igreja Católica 1045. Para o homem, esta consumação será a realização final da unidade do gênero humano, querida por Deus desde a criação e da qual a Igreja peregrina era «como que o sacramento». Os que estiverem unidos a Cristo formarão a comunidade dos resgatados, a «Cidade santa de Deus» (Ap 21, 2), a «Esposa do Cordeiro» (Ap 21, 9). Esta não mais será atingida pelo pecado, pelas manchas, pelo amor próprio, que destroem e ferem a comunidade terrena dos homens. A visão beatífica, em que Deus Se manifestará aos eleitos de modo inesgotável, será a fonte inexaurível da felicidade, da paz e da mútua comunhão. O CÉU: A SALVAÇÃO INTEGRAL DA CRIAÇÃO Catecismo da Igreja Católica 1046. Quanto ao cosmos, a Revelação afirma a profunda comunidade de destino entre o mundo material e o homem: Na verdade, as criaturas esperam ansiosamente a revelação dos filhos de Deus [...] com a esperança de que as mesmas criaturas sejam também libertadas da corrupção que escraviza [...]. Sabemos que toda a criatura geme ainda agora e sofre as dores da maternidade. E não só ela, mas também nós, que possuímos as primícias do Espírito, gememos interiormente, esperando a adopção filial e a libertação do nosso corpo» (Rm 8, 19-23). 1047. Assim, pois, também o universo visível está destinado a ser transformado, «a fim de que o próprio mundo, restaurado no seu estado primitivo, esteja sem mais nenhum obstáculo ao serviço dos justos» (645), participando na sua glorificação em Jesus Cristo ressuscitado. O CÉU: A SALVAÇÃO INTEGRAL DA CRIAÇÃO Catecismo da Igreja Católica 1048. «Ignoramos o tempo em que a terra e a humanidade atingirão a sua plenitude, e também não sabemos como é que o universo será transformado. Porque a figura deste mundo, deformada pelo pecado, passa certamente, mas Deus ensina-nos que se prepara uma nova habitação e uma nova terra, na qual reinará a justiça e cuja felicidade satisfará e superará todos os desejos de paz que se levantam no coração dos homens». O INFERNO O INFERNO: A IMPOSSIBILIDADE DE AMAR A DEUS Catecismo da Igreja Católica 1033 Não podemos estar em união com Deus se não escolhermos livremente amá-Lo. Mas não podemos amar a Deus se pecarmos gravemente contra Ele, contra o nosso próximo ou contra nós mesmos: «Quem não ama permanece na morte. Todo aquele que odeia o seu irmão é um homicida: ora vós sabeis que nenhum homicida tem em si a vida eterna» (1 Jo 3, 14-15). Nosso Senhor adverte-nos de que seremos separados d'Ele, se descurarmos as necessidades graves dos pobres e dos pequeninos seus irmãos. Morrer em pecado mortal sem arrependimento e sem dar acolhimento ao amor misericordioso de Deus, significa permanecer separado d'Ele para sempre, por nossa própria livre escolha. E é este estado de auto-exclusão definitiva da comunhão com Deus e com os bem-aventurados que se designa pela palavra «Inferno». O INFERNO: A IMPOSSIBILIDADE DE AMAR A DEUS Catecismo da Igreja Católica 1035. A principal pena do inferno consiste na separação eterna de Deus, o único em Quem o homem pode ter a vida e a felicidade para que foi criado e a que aspira. O INFERNO: A IMPOSSIBILIDADE DE AMAR A DEUS Catecismo da Igreja Católica 1036 As afirmações da Sagrada Escritura e os ensinamentos da Igreja a respeito do Inferno são um apelo ao sentido de responsabilidade com que o homem deve usar da sua liberdade, tendo em vista o destino eterno. Constituem, ao mesmo tempo, um apelo urgente à conversão: «Entrai pela porta estreita, pois larga é a porta e espaçoso o caminho que levam à perdição e muitos são os que seguem por eles. Que estreita é a porta e apertado o caminho que levam à vida e como são poucos aqueles que os encontram!» (Mt 7, 13-14). O INFERNO: A IMPOSSIBILIDADE DE AMAR A DEUS Catecismo da Igreja Católica 1037 Deus não predestina ninguém para o Inferno. Para ter semelhante destino, é preciso haver uma aversão voluntária a Deus (pecado mortal) e persistir nela até ao fim. Na liturgia eucarística e nas orações quotidianas dos seus fiéis, a Igreja implora a misericórdia de Deus, «que não quer que ninguém pereça, mas que todos se convertam» (2 Pe 3, 9). O PURGATÓRIO O PURGATÓRIO: A PURIFICAÇÃO PARA DEUS Catecismo da Igreja Católica 1030 Os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não de todo purificados, embora seguros da sua salvação eterna, sofrem depois da morte uma purificação, a fim de obterem a santidade necessária para entrar na alegria do céu. O PURGATÓRIO: A PURIFICAÇÃO PARA DEUS Catecismo da Igreja Católica 1031 A Igreja chama Purgatório a esta purificação final dos eleitos, que é absolutamente distinta do castigo dos condenados.