Uploaded by João Vitor Cosmo Martinkoski

Escatologia

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ESCATOLOGIA – O QUE É?
Muito mais que...
 Morte
 Juízo
 Inferno
 Paraíso...
ESCATOLOGIA – O QUE É?
 Eskhaton/eskhata
◦ As realidades últimas do ser humano e do mundo
◦ Para onde vamos?
◦ Qual o destino do ser humano e do mundo?
◦ O que nos espera?
◦ O que podemos esperar?
 Escatologia
◦ Teologia da esperança
◦ Teologia do compromisso
ESCATOLOGIA – O QUE É?
Vaticano II – Constituição Apostólica
Gaudium et Spes, 259
A
esperança escatológica não diminui a
importância das atividades terrestres, mas
antes apóia seu cumprimento com motivos
novos. Faltando, ao contrário, o fundamento
divino da esperança da vida eterna, a
dignidade humana é prejudicada de modo
gravíssimo.
ESCATOLOGIA – O QUE É?
 CNBB – CATEQUESE RENOVADA (n. 279)
 A caminhada terrena da comunidade cristã
não se faz na incerteza, pois já possuímos na
esperança aquilo que possuiremos em
plenitude na consumação da história. Por
isso, embora peregrinos, caminhamos com
segurança.
AS MUITAS FORMAS DE ESPERANÇA
AS ESPERANÇAS RELIGIOSAS
 Transmigração das almas
 Reencarnação
 Volta à aldeia dos antepassados
 A Terra sem-males
 O Bem Viver
 Ressurreição
…
AS MUITAS FORMAS DE ESPERANÇA
AS ESPERANÇAS UTÓPICAS
 O Comunismo
 O Livre mercado
 O “fim da história”
A ESPERANÇA CRISTÃ
Esperança ou medo?
 … as almas do Purgatório
 … almas penadas
 … missa de sétimo dia
 … com minha mãe estarei
A ESPERANÇA CRISTÃ

Esperança ou medo?
No que se refere à condição do homem depois da morte, o
perigo das representações imaginativas e arbitrárias é de se
evitar com muito cuidado, pois seus excessos constituem, em
grande parte, às dificuldades que seguidamente encontra a fé
cristã.
 É necessário entender o seu senso profundo, evitando também
o risco de atenuá-los demasiadamente, o que equivale
seguidamente de esvaziar de sua substância as realidades que
eles designam.
 Nem as Escrituras nem os teólogos não nos oferecem
suficientes luzes para uma representação justa do além.
 (Carta da Congregação para a Doutrina da Fé a todos os bispos
“Recentiores episcoporum synodi”, 17 de maio de 1979)

DE ONDE VIEMOS?
A ESPERANÇA CRISTÃ – DE ONDE VIEMOS?
O MUNDO É BOM!
CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA
295 Acreditamos que Deus criou o mundo segundo a sua
sabedoria (124). O mundo não é fruto duma qualquer
necessidade, dum destino cego ou do acaso. Acreditamos que
ele procede da vontade livre de Deus, que quis fazer as criaturas
participantes do seu Ser, da sua sabedoria e da sua bondade:
«porque Vós criastes todas as coisas e, pela vossa vontade, elas
receberam a existência e foram criadas» (Ap 4, 11). «Como são
grandes, Senhor, as vossas obras! Tudo fizestes com sabedoria»
(Sl 104, 24).
«O Senhor é bom para com todos
e a sua misericórdia estende-se
a todas as criaturas» (Sl 145, 9).
A ESPERANÇA CRISTÃ – DE ONDE VIEMOS?
O MUNDO É BOM!
CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA
299. Uma vez que Deus cria com sabedoria, a criação possui ordem. «Dispusestes
tudo com medida, número e peso» (Sb 11, 20). Criada no Verbo e pelo Verbo
eterno, «que é a imagem do Deus invisível» (Cl 1, 15), a criação destina-se e
orienta-se para o homem, imagem de Deus (132), chamado ele próprio a uma
relação pessoal com Deus. A nossa inteligência, participante da luz do intelecto
divino, pode entender o que Deus nos diz pela sua criação (133), sem dúvida
com grande esforço e num espírito de humildade e de respeito perante o
Criador e a sua obra (134). Saída da bondade divina, a criação partilha dessa
bondade («E Deus viu que isto era bom [...] muito bom»: Gn 1, 4. 10. 12. 18. 21.
31). Porque a criação é querida por Deus como um dom orientado para o
homem, como herança que lhe é destinada e confiada. A Igreja, em diversas
ocasiões, viu-se na necessidade de defender a bondade da criação, mesmo a do
mundo material (135).
A ESPERANÇA CRISTÃ – DE ONDE VIEMOS?
O MUNDO É BOM!
CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA
314. Nós cremos firmemente que Deus é o Senhor do
mundo e da história. Muitas vezes, porém, os caminhos
da sua Providência são-nos desconhecidos. Só no fim,
quando acabar o nosso conhecimento parcial e virmos
Deus «face a face» (1 Cor 13, 12), é que nos serão
plenamente conhecidos os caminhos pelos quais, mesmo
através do mal e do pecado, Deus terá conduzido a
criação ao repouso desse Sábado (158) definitivo, em
vista do qual criou o céu e a terra.
A ESPERANÇA CRISTÃ – DE ONDE VIEMOS?
O MUNDO É BOM!
Gn 1
A ESPERANÇA CRISTÃ – DE ONDE VIEMOS?
O SER HUMANO É BOM!...
CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA
356. De todas as criaturas visíveis, só o homem é
«capaz de conhecer e amar o seu Criador» (216); é
a «única criatura sobre a terra que Deus quis por si
mesma» (217); só ele é chamado a partilhar, pelo
conhecimento e pelo amor, a vida de Deus. Com
este fim foi criado, e tal é a razão fundamental da
sua dignidade.
A ESPERANÇA CRISTÃ – DE ONDE VIEMOS?
O SER HUMANO É BOM!...
CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA
362. A pessoa humana, criada à imagem de Deus, é um
ser ao mesmo tempo corporal e espiritual. A
narrativa bíblica exprime esta realidade numa
linguagem simbólica, quando afirma que «Deus
formou o homem com o pó da terra, insuflou-lhe
pelas narinas um sopro de vida, e o homem tornouse num ser vivo» (Gn 2, 7). O homem, no seu ser
total, foi, portanto, querido por Deus.
A ESPERANÇA CRISTÃ – DE ONDE VIEMOS?
O SER HUMANO É BOM!...
CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA
374. O primeiro homem não só foi criado bom,
como também foi constituído num estado de
amizade com o seu Criador, e de harmonia
consigo mesmo e com a criação que o rodeava;
amizade e harmonia tais, que só serão
ultrapassadas pela glória da nova criação em
Cristo.
A ESPERANÇA CRISTÃ – DE ONDE VIEMOS?
O SER HUMANO É BOM!...
SALMO 8
2.Ó SENHOR, nosso Deus,
como é glorioso teu nome em toda a terra!
Sobre os céus se eleva a tua majestade!
3. Da boca das crianças e dos lactentes te procuras um louvor contra os teus adversários, para
reduzir ao silêncio o inimigo e o rebelde.
4. Quando olho para o teu céu, obra de tuas mãos, vejo a lua e as estrelas que criaste:
5. Que coisa é o homem, para dele te lembrares, que é o ser humano, para o visitares?
6. No entanto o fizeste só um pouco menor que um deus, de glória e de honra o coroaste.
7. Tu o colocaste à frente das obras de tuas mãos. Tudo puseste sob os seus pés:
8. todas as ovelhas e bois, todos os animais do campo,
9. as aves do céu e os peixes do mar, todo ser que percorre os caminhos do mar.
10. Ó SENHOR, Senhor nosso, como é glorioso o teu nome em toda a terra!
PARA ONDE VAMOS?
DEUS NOS CHAMA PARA A SALVAÇÃO - AT
 A aliança de salvação com Abraão – Gn 17,1-
20  terra e descendência
 A aliança de libertação com o Povo de Israel –
Ex 3, 7-8  liberdade e fartura: uma terra
onde mana leite e mel!
 A Nova Aliança – Jr 31,31-34; Ez 16,59-63; Ez
36, 25-38; Is 11,6-9; Is 61,1-9  um Novo
Céu e uma Nova Terra (Is 65,17ss)
DEUS NOS CHAMA PARA A SALVAÇÃO - NT
 Rm 6,3-11
 Rm 8, 14-39
 Mt 18,12-24
 Mc 2,14-19
 Lc 15,1-32
DEUS NOS CHAMA PARA A SALVAÇÃO - NT
 Rm 6,3-11: a ressurreição de Cristo é a
garantia de nossa salvação
 Rm 8: a salvação é para todo ser humano e
para toda a criação
 Mt 18,12-24: a salvação é em primeiro lugar
para a ovelha que está perdida
 Mc 2,14-19: são os doentes que precisam de
médico
 Lc 15,1-32: resgatar o perdido é a alegria de
Deus
A MORTE
A MORTE
 Que atitude teríamos se soubéssemos que
morreríamos
amanhã?
Que
atitude
deveríamos ter?
 Por que a morte nos assusta? Por que tanto
medo e tantos tabus diante da morte?
A MORTE
Catecismo da Igreja Católica
1007. A morte é o termo da vida terrena. As nossas vidas
são medidas pelo tempo no decurso do qual nós
mudamos e envelhecemos. E como acontece com todos
os seres vivos da terra, a morte surge como o fim
normal da vida.
Este aspecto da morte confere uma urgência às nossas
vidas: a lembrança da nossa condição de mortais
também serve para nos lembrar de que temos um
tempo limitado para realizar a nossa vida:
A MORTE
Catecismo da Igreja Católica
1010. Graças a Cristo, a morte cristã tem um sentido
positivo. «Para mim, viver é Cristo e morrer é lucro» (Fl
1, 21). «É digna de fé esta palavra: se tivermos morrido
com Cristo, também com Ele viveremos» (2 Tm 2, 11). A
novidade essencial da morte cristã está nisto: pelo
Batismo, o cristão já «morreu com Cristo»
sacramentalmente para viver uma vida nova; se
morremos na graça de Cristo, a morte física consuma
este «morrer com Cristo» e completa assim a nossa
incorporação n'Ele, no seu ato redentor.
A MORTE
Catecismo da Igreja Católica
1011. Na morte, Deus chama o homem a Si. É
por isso que o cristão pode experimentar, em
relação à morte, um desejo semelhante ao de
S. Paulo: «Desejaria partir e estar com Cristo»
(Fl 1, 23). E pode transformar a sua própria
morte num ato de obediência e amor para
com o Pai, a exemplo de Cristo.
O JUIZO
O JUÍZO: O ENCONTRO COM O AMOR DE DEUS
O juízo individual
 na hora da morte
O juízo universal
 no “fim dos tempos”
JUIZO: O ENCONTRO COM O AMOR DE DEUS
Mais importante de saber o que nos espera,
é saber quem nos espera para o
julgamento!
JUIZO: O ENCONTRO COM O AMOR DE DEUS
O julgamento para a salvação
 São João 3,17: Pois Deus enviou o seu Filho ao mundo,
não para condenar o mundo, mas para que o mundo seja
salvo por ele.
 O juízo é de Deus: Mt 13,24-30
 Somos
nós que decidimos da nossa salvação ou
perdição:
ΩLc 16,19-31
ΩMt 25, 31-46
 Os sofredores deste mundo serão nossos juízes: Mt 25,
31-46
JUIZO: O ENCONTRO COM O AMOR DE DEUS
Catecismo da Igreja Católica
1038. Será «a hora em que todos os que estão nos
túmulos hão-de ouvir a sua voz e sairão: os que
tiverem praticado o bem, para uma ressurreição de
vida, e os que tiverem praticado o mal, para uma
ressurreição de condenação» (Jo 5, 28-29). Então
Cristo virá «na sua glória, com todos os seus anjos
[...]. Todas as nações se reunirão na sua presença e
Ele separará uns dos outros, como o pastor separa
as ovelhas dos cabritos; e colocará as ovelhas à sua
direita e os cabritos à sua esquerda. [...] Estes irão
para o suplício eterno e os justos para a vida
eterna» (Mt 25, 31-33.46).
JUIZO: O ENCONTRO COM O AMOR DE DEUS
Catecismo da Igreja Católica
1039.
É perante Cristo, que é a Verdade, que será definitivamente posta
descoberto a verdade da relação de cada homem com Deus. O
Juízo final revelará, até às suas últimas consequências, o que cada
um tiver feito ou deixado de fazer de bem durante a sua vida
terrena:
Então, Ele Se voltará para os da sua esquerda: "Na terra, dir-lhes-á,
Eu tinha posto para vós os meus pobrezinhos, Eu, Cabeça deles,
estava no céu sentado à direita do Pai – mas na terra os meus
membros tinham fome: o que vós tivésseis dado aos meus
membros, teria chegado à Cabeça. Quando Eu coloquei os meus
pobrezinhos na terra, constituí-os vossos portadores para
trazerem as vossas boas obras ao meu tesouro. Vós nada
depositastes nas mãos deles: por isso nada encontrais em Mim"»
Santo Agostinho).
JUIZO: O ENCONTRO COM O AMOR DE DEUS
Catecismo da Igreja Católica
1040. O Juízo final terá lugar quando acontecer a vinda
gloriosa de Cristo. Só o Pai sabe o dia e a hora, só
Ele decide sobre a sua vinda. Pelo seu Filho Jesus
Cristo. Ele pronunciará então a sua palavra definitiva
sobre toda a história. Nós ficaremos a saber o
sentido último de toda a obra da criação e de toda a
economia da salvação, e compreenderemos os
caminhos admiráveis pelos quais a sua providência
tudo terá conduzido para o seu fim último. O Juízo
final revelará como a justiça de Deus triunfa de
todas as injustiças cometidas pelas suas criaturas e
como o seu amor é mais forte do que a morte.
JUIZO: O ENCONTRO COM O AMOR DE DEUS
Catecismo da Igreja Católica
1041. A mensagem do Juízo final é um apelo à
conversão, enquanto Deus dá ainda aos
homens «o tempo favorável, o tempo da
salvação» (2 Cor 6, 2). Ela inspira o santo
temor de Deus, empenha na justiça do Reino
de Deus e anuncia a «feliz esperança» (Tt 2,
13) do regresso do Senhor, que virá «para ser
glorificado nos seus santos, e admirado em
todos os que tiverem acreditado» (2 Ts 1, 10).
RESSURREIÇÃO
A RESSURREIÇÃO – NASCER PARA UMA VIDA NOVA
Catecismo da Igreja Católica
646. A ressurreição de Cristo não foi um regresso à vida terrena,
como no caso das ressurreições que Ele tinha realizado antes da
Páscoa: a filha de Jairo, o jovem de Naim e Lázaro. Esses fatos
eram acontecimentos milagrosos, mas as pessoas miraculadas
reencontravam, pelo poder de Jesus, uma vida terrena «normal»:
em dado momento, voltariam a morrer. A ressurreição de Cristo
é essencialmente diferente. No seu corpo ressuscitado, Ele passa
do estado de morte a uma outra vida, para além do tempo e do
espaço. O corpo de Cristo é, na ressurreição, cheio do poder do
Espírito Santo; participa da vida divina no estado da sua glória,
de tal modo que São Paulo pode dizer de Cristo que Ele é o
«homem celeste».
A RESSURREIÇÃO – NASCER PARA UMA VIDA NOVA
 Ler: 1Cor 15
A RESSURREIÇÃO – NASCER PARA UMA VIDA NOVA
A ressurreição na morte
o encontro pessoal com Deus
A ressurreição final
a Parusia
a segunda vinda de Cristo
O CÉU: A SALVAÇÃO INTEGRAL
 Diretório Geral para a Catequese, n. 102
 Jesus, ao mesmo tempo, ensina que Deus, com
seu Reino, oferece o dom da salvação integral,
liberta do pecado, introduz na comunhão com
o Pai, concede a filiação divina e promete a vida
eterna, vencendo a morte.
 Esta salvação integral é ao mesmo tempo
imanente e escatológica já que tem certamente
seu começo nesta vida, mas que terá realização
completa na eternidade.
O CÉU: A SALVAÇÃO INTEGRAL
Evangelii Nuntiandi (Paulo VI), n. 9
Tudo isso começa durante a vida do mesmo
Cristo e é definitivamente alcançado pela sua
morte e ressurreição, mas deve ser perseguido,
pacientemente, no decorrer da história para vir
a ser plenamente realizado no dia da última
vinda de Cristo, que ninguém, a não ser o Pai,
sabe quando acontecerá.
O CÉU: A SALVAÇÃO INTEGRAL
Gaudium et Spes, n. 320
Depois de propagarmos na terra, no Espírito do
Senhor e por sua ordem, os valores da
dignidade humana, da comunidade fraterna e da
liberdade, nós os encontraremos novamente,
limpos, contudo, de toda a impureza,
iluminados e transfigurados, quando Cristo
entregar ao Pai o Reino eterno e universal.
O CÉU: A SALVAÇÃO INTEGRAL
Catequese Renovada, n. 252
A nossa comunidade transforma-se num lugar
onde, vivendo a fé, nos educamos para fazer
a história, para levar eficazmente com
Cristo a história do nosso povo até o Reino.
Cremos que o projeto de Deus a nosso
respeito é que sejamos construtores da
história.
O CÉU: A SALVAÇÃO INTEGRAL
Catecismo da Igreja Católica
1043. A esta misteriosa renovação, que há-de transformar
a humanidade e o mundo, a Sagrada Escritura chama «os
novos céus e a nova terra» (2 Pe 3, 13). Será a realização
definitiva do desígnio divino de «reunir sob a chefia de
Cristo todas as coisas que há nos céus e na terra» (Ef 1,
10).
1044. Neste «mundo novo», a Jerusalém celeste, Deus terá
a sua morada entre os homens. «Há-de enxugar-lhes dos
olhos todas as lágrimas; a morte deixará de existir, e não
mais haverá luto, nem clamor, nem fadiga. Porque o que
havia anteriormente desapareceu» (Ap 21, 4).
O CÉU: A SALVAÇÃO INTEGRAL DA HUMANIDADE
Catecismo da Igreja Católica
1045. Para o homem, esta consumação será a realização
final da unidade do gênero humano, querida por Deus
desde a criação e da qual a Igreja peregrina era «como
que o sacramento». Os que estiverem unidos a Cristo
formarão a comunidade dos resgatados, a «Cidade santa
de Deus» (Ap 21, 2), a «Esposa do Cordeiro» (Ap 21, 9).
Esta não mais será atingida pelo pecado, pelas manchas,
pelo amor próprio, que destroem e ferem a comunidade
terrena dos homens. A visão beatífica, em que Deus Se
manifestará aos eleitos de modo inesgotável, será a fonte
inexaurível da felicidade, da paz e da mútua comunhão.
O CÉU: A SALVAÇÃO INTEGRAL DA CRIAÇÃO
Catecismo da Igreja Católica
1046. Quanto ao cosmos, a Revelação afirma a profunda comunidade de
destino entre o mundo material e o homem:
Na verdade, as criaturas esperam ansiosamente a revelação dos filhos de
Deus [...] com a esperança de que as mesmas criaturas sejam também
libertadas da corrupção que escraviza [...]. Sabemos que toda a criatura
geme ainda agora e sofre as dores da maternidade. E não só ela, mas
também nós, que possuímos as primícias do Espírito, gememos
interiormente, esperando a adopção filial e a libertação do nosso
corpo» (Rm 8, 19-23).
1047. Assim, pois, também o universo visível está destinado a ser
transformado, «a fim de que o próprio mundo, restaurado no seu
estado primitivo, esteja sem mais nenhum obstáculo ao serviço dos
justos» (645), participando na sua glorificação em Jesus Cristo
ressuscitado.
O CÉU: A SALVAÇÃO INTEGRAL DA CRIAÇÃO
Catecismo da Igreja Católica
1048. «Ignoramos o tempo em que a terra e a
humanidade atingirão a sua plenitude, e também não
sabemos como é que o universo será transformado.
Porque a figura deste mundo, deformada pelo
pecado, passa certamente, mas Deus ensina-nos que
se prepara uma nova habitação e uma nova terra, na
qual reinará a justiça e cuja felicidade satisfará e
superará todos os desejos de paz que se levantam
no coração dos homens».
O INFERNO
O INFERNO: A IMPOSSIBILIDADE DE AMAR A DEUS
Catecismo da Igreja Católica
1033
Não podemos estar em união com Deus se não escolhermos livremente
amá-Lo. Mas não podemos amar a Deus se pecarmos gravemente
contra Ele, contra o nosso próximo ou contra nós mesmos: «Quem
não ama permanece na morte. Todo aquele que odeia o seu irmão é
um homicida: ora vós sabeis que nenhum homicida tem em si a vida
eterna» (1 Jo 3, 14-15).
Nosso Senhor adverte-nos de que seremos separados d'Ele, se
descurarmos as necessidades graves dos pobres e dos pequeninos
seus irmãos.
Morrer em pecado mortal sem arrependimento e sem dar acolhimento
ao amor misericordioso de Deus, significa permanecer separado d'Ele
para sempre, por nossa própria livre escolha.
E é este estado de auto-exclusão definitiva da comunhão com Deus e
com os bem-aventurados que se designa pela palavra «Inferno».
O INFERNO: A IMPOSSIBILIDADE DE AMAR A DEUS
 Catecismo da Igreja Católica
1035. A principal pena do inferno consiste na
separação eterna de Deus, o único em
Quem o homem pode ter a vida e a
felicidade para que foi criado e a que aspira.
O INFERNO: A IMPOSSIBILIDADE DE AMAR A DEUS
Catecismo da Igreja Católica
1036
As afirmações da Sagrada Escritura e os ensinamentos da
Igreja a respeito do Inferno são um apelo ao sentido de
responsabilidade com que o homem deve usar da sua
liberdade, tendo em vista o destino eterno.
Constituem, ao mesmo tempo, um apelo urgente à
conversão: «Entrai pela porta estreita, pois larga é a
porta e espaçoso o caminho que levam à perdição e
muitos são os que seguem por eles. Que estreita é a
porta e apertado o caminho que levam à vida e como
são poucos aqueles que os encontram!» (Mt 7, 13-14).
O INFERNO: A IMPOSSIBILIDADE DE AMAR A DEUS
Catecismo da Igreja Católica
1037
Deus não predestina ninguém para o Inferno.
Para ter semelhante destino, é preciso haver uma
aversão voluntária a Deus (pecado mortal) e
persistir nela até ao fim.
Na liturgia eucarística e nas orações quotidianas dos
seus fiéis, a Igreja implora a misericórdia de Deus,
«que não quer que ninguém pereça, mas que todos
se convertam» (2 Pe 3, 9).
O PURGATÓRIO
O PURGATÓRIO: A PURIFICAÇÃO PARA DEUS
Catecismo da Igreja Católica
1030
Os que morrem na graça e na amizade de
Deus, mas não de todo purificados, embora
seguros da sua salvação eterna, sofrem
depois da morte uma purificação, a fim de
obterem a santidade necessária para entrar
na alegria do céu.
O PURGATÓRIO: A PURIFICAÇÃO PARA DEUS
Catecismo da Igreja Católica
1031
A Igreja chama Purgatório a esta purificação
final dos eleitos, que é absolutamente
distinta do castigo dos condenados.
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