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01 Planejamento E Controle Da Produção

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PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO
Planejamento E Controle Da Produção
O PCP - Planejamento e Controle da Produção (em inglês, Production Planning and Control) consiste
em um processo utilizado no gerenciamento das atividades de produção.
Sistema de gerenciamento dos recursos operacionais de produção de uma empresa, com funções
envolvendo planejamento (o que e quando será produzido), programação (recursos utilizados para a
operação, com ínicio e término de todo o fluxo de trabalho) e controle (monitoramento e correção de
desvios da produção), bem como a determinação das quantidades que serão produzidas, qual o layout da planta para melhor aproveitamento do fluxo de insumos, quais as etapas de cada processo
de manufatura e designação de mão de obra, seja ela humana ou mecânica, para a transformação
das matérias primas passo a passo.
Com a consolidação de todos estes dados, será criada a carta mapa da produção, o chamado PMP –
Plano Mestre da Produção, nas quais estão expostas as diretrizes do processo em geral. Nos dias
atuais existem departamentos especializados apenas no PCP, sendo estes dedicados as atividades
mais operacionais do cotidiano de produção.
Outra característica marcante da evolução do PCP como um todo é a transcendência de tal atividade
do nível operacional para outros níveis essenciais da administração, como, por exemplo, o nível tático, onde a aplicação do PCP determina a arquisição de novos insumos, sejam eles as quantidades
de matérias primas, máquinas ou pessoal, no nível de vendas, onde a provisão de produção torna-se
importante na previsão de oferta e demanda, e no nível financeiro, onde a programação de gastos e
receitas ajuda em uma visão mais ampla do gerenciamento empresarial.
Conceitos Gerais
Quem não planeja, programa e controla o que produz, provavelmente terá dificuldades em alcançar
os índices de produtividade e qualidade que o mercado exige, logo está fadado ao desaparecimento.
Para que isto não ocorra, o empresário deve buscar gerenciar sua empresa de maneira mais objetiva,
dinâmica e eficaz. Portanto, é necessário decidir uma forma de garantir que a sua empresa atinja o
objetivo de produzir com qualidade e produtividade.
A garantia de bons resultados está ligada ao bom planejamento, programação e controle de todo o
processo de produção. Desse modo, torna-se possível atuar corretamente quando ocorrerem desvios, falhas do processo, ou agir em metas traçadas de melhoria de seu produto, para que ele seja
bem aceito. Essa prática também possibilita a diminuição de seus custos operacionais.
Objetivos do PCP
O planejamento pressupõe a necessidade de um processo decisório que ocorre antes, durante e depois de sua elaboração e implementação na empresa.
Portanto a função do PCP requer um modo de pensar que objetive responder a indagações referentes aos diversos questionamentos sobre o que será feito, como, por quem e com que recursos, bem
como onde e quando será executado.
O planejamento de produção define todos estes fatores, a partir do projeto de desenvolvimento do
produto que vai ser manufaturado, fornecendo os dados básicos para o estabelecimento da programação.
O trabalho de planejamento, direta ou indiretamente, afeta toda a organização, por meio de documentos e planos: roteiro de produção, ferramentas e estimativas, etc.
O objetivo global do PCP não envolve somente o planejamento, mas também a programação (definição de quando fazer) e o controle do que foi estabelecido, não deixando que o objetivo final seja desviado do plano, ou ainda, decidindo sobre quaisquer mudanças que possam ocorrer, caso, defeitos
ou falhas do planejado passem a atuar no sistema.
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PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO
O PCP vem para dar suporte à gerência na tomada de decisão, já que está nela os maiores problemas de produção, onde o seu objetivo maior é sempre esquecido, o de gerenciar os meios planejados e não as metas de produção.
As empresas que possuem maior preocupação com o seu PCP ou efetuam algum PCP, conseguem
melhores resultados finais. Além de estarem sempre com os seus planos de melhoria voltados para
onde suas produções prioritariamente exigem.
O PCP consegue dar informações à gerência, e esta tem capacidade de decidir melhor. Além da empresa conseguir uma melhor compatibilização dos produtos entre a produção e as vendas, levando a
um produto capaz de atender ao cliente e a produção, já que neste setor este fato é de suma importância, dada a diversificação que os modelos podem alcançar.
Em suma, o PCP tem como função a organização, padronização e sistematização do processo, levando a empresa a produzir com mais perfeição, segurança, rapidez, facilidade, correção e menor
custo.
Etapas do PCP
O planejamento envolve diversas atividades, das quais destacam-se:
- Previsão da demanda: os métodos estatísticos e subjetivos de previsão de demanda auxiliam os gerentes de produção no dimensionamento da produção e dos recursos materiais e humanos necessários. A previsão de demanda assume um papel ainda mais importante quando a empresa adota uma
estratégia de produção para estoque.
- Planejamento da capacidade de produção: a partir da previsão de demanda de médio e longo prazo
e da análise da capacidade instalada, determina-se a necessidade de adequação (aumento ou redução) da capacidade de produção para melhor atender a demanda no médio e longo prazo.
- Planejamento agregado da produção (PAP): visa determinar a estratégia de produção mais adequada para a empresa. No plano agregado, estão as decisões de volumes de produção e estoque
mensais, contratação (ou demissão) de pessoas, uso de horas-extras e subcontratação, contratos de
fornecimento e serviços logísticos. Usualmente, o horizonte de planejamento é anual com revisão
mensal dos planos. Neste nível de planejamento, as informações de demanda e capacidades são
agregadas para viabilizar a análise e tomada de decisão.
- Programação mestra da produção (PMP): trata-se da operacionalização dos planos de produção no
curto prazo. No programa mestre são analisados e direcionados os recursos (máquinas, pessoas,
matérias-primas) no tempo certo para produzir a quantidade necessária para suprir a demanda de determinado período. Nessa etapa, temos uma definição mais precisa dos itens e quantidades de produção e estoques, com um grau de detalhamento maior que o utilizado no planejamento agregado,
incluindo não apenas previsões de demanda, como também pedidos firmes e ordens abertas de produção e compras.
- Programação detalhada da produção (PDP): é a operacionalização propriamente dita no “chão da
fabrica”. Define como a fábrica irá operar no seu dia a dia. As atividades que envolvem a programação da produção são: administração de materiais, seqüenciamento das ordens de produção, emissão
e liberação de ordens.
- Administração de materiais: planeja e controla os estoques, define o tamanho dos lotes, a forma de
reposição da matéria-prima e os estoques de segurança.
- Sequenciamento: é a determinação da sequência de execução das operações de produção nas máquinas, visando minimizar atrasos, ociosidades e estoques em processo.
- Emissão de ordens: implementa o programa de produção emitindo a documentação necessária para
o inicio das operações e liberando-a quando os recursos estiverem disponíveis.
Em sistemas de produção repetitiva (alto volume, baixa variedade), a programação detalhada é orientada por regras mais simples e visuais como os sistemas de produção puxada tipo Kanban. Por outro
lado, em empresas de produção intermitente (baixo volume, alta variedade), a atividade de
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PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO
programação detalhada torna-se mais complexa, dificultando a sincronização das operações para redução de custos, atrasos e tempos de fluxo das ordens. Neste ambiente, a atividade de programação
pode ser apoiada em software específicos de programação da produção.
- Controle da produção: é a última etapa do PCP e consiste no acompanhamento dos processos produtivos a fim de verificar o andamento da produção conforme o planejado, ou seja, verificar se o que
foi decidido no plano agregado, programa mestre e programação detalhada está sendo realizado. A
partir do apontamento da produção (tempos e rendimentos do processo), o PCP acumula dados atualizados dos processos para utilização nas decisões futuras.
O Que É PCP – Planejamento E Controle De Produção
Todas as pessoas que entram no mundo dos negócios já devem conhecer as necessidades básicas
desse ambiente de empreendimento. Assim, é essencial que se entenda tudo sobre o Planejamento e
Controle de Produção, ou também conhecido como PCP.
Para se ter uma empresa de sucesso é extremamente importante planejar, programar e controla tudo
o que se produz, pois o mercado está cada vez mais exigente. Com isso, o PCP integra o gerenciamento das principais atividades do empreendimento.
Além disso, ele é responsável por todos os recursos operacionais de produção, além de determinar
também as quantidades produzidas, o layout da planta, as etapas dos processos de manufatura e a
qualificação da mão de obra.
Quais As Funções Do Planejamento E Controle De Produção Ou PCP
Uma das principais funções do Planejamento e Controle de Produção ou PCP é seguir um fluxo de
trabalho na intenção de obter melhores resultados, onde podem variar conforme algumas modificações internas na empresa.
Entretanto, de forma geral, o PCP segue uma relação de fluxo que reverencia as etapas de uma produção, que são:
Previsão Da Demanda Ou Previsão De Vendas
Geralmente, realizar uma previsão da demanda é saber o quanto irá vender para com isso calcular a
sua demanda de produção. Além disso, mesmo em casos onde os produtos são feitos sob encomenda, a previsão da demanda é essencial para o conhecimento dos possíveis imprevistos sobre o
processo e as peças.
Assim, este planejamento tende a possuir uma resposta em curto prazo, onde ele prevê questões de
estoque, em médio prazo que equivale a um plano de seis meses a dois anos.
E, por fim, em longo prazo, onde ocorre um planejamento de cinco anos ou mais que envolve ampliar
a capacidade de produção, desenvolver novos produtos ou alterar a linha de outros já existentes.
Com isso, a previsão é algo importante para os demais processos do planejamento e controle da produção, pois é capaz de quantificar os recursos necessários para fabricação, mão de obra, entre outros fatores.
Planejamento De Capacidade Da Produção
Após a previsão da demanda é mais fácil ocorrer uma previsão da capacidade de produção a médio e
longo prazo, onde o planejamento é muito importante para que sejam conquistadas novas aquisições
de máquinas e matérias-primas que não podem ser feitas em curto prazo.
Planejamento Agregado Da Produção
Geralmente, é realizado baseado em um plano de médio em longo prazo ocorrendo a previsão de níveis de produção e estoque. Assim, este pode durar de 6 até 24 meses, dependendo do tamanho e
tipo de produtos fabricados.
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PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO
Além disso, outros aspectos devem ser considerados, como as contratações e demissões de pessoas
para a produção, horas extras, logística, entre outros pontos.
Assim, para realizar este tipo de planejamento utiliza de um grupo de produtos semelhantes e não os
produtos individuais, pois com isso o planejamento irá se tornar muito mais fácil.
Planejamento Mestre Da Produção
O planejamento mestre de produção possui como definição o planejamento em curto prazo, se direcionando para os recursos, máquinas e matérias-primas, conforme a demanda de um período.
Planejamento De Materiais
Neste é realizado uma previsão da quantidade exata de materiais que serão necessários para a produção. Com isso, juntando a previsão de materiais, as necessidades detalhadas no planejamento
mestre e o controle de estoque fixo são plausíveis saber quanto deverá ser comprado de cada material para assim suprir as necessidades de produção.
Assim, este planejamento é vinculado à gestão de estoques, levando sempre em consideração os tipos de estoque existentes na empresa, como produtos acabados, produtos em fase final e matériasprimas.
Além disso, o objetivo deste planejamento é a diminuição de estoque, que faz com que ocorra uma
redução da perda de capital de giro, pois o estoque ocupa o espaço de armazenamento, transporte e
podem ter prazo de validade.
Planejamento E Controle Da Capacidade
Nesta etapa ocorre um planejamento da capacidade produtiva de uma fábrica na hora da realização
de determinada quantidade de produtos, prevendo assim o tempo gasto na fabricação dos mesmos.
Este permite identificar gargalos, programação de produção em curto prazo, estimativa de prazos importantes de entrega, além de facilitar planejamentos futuros através do fornecimento de dados.
Já no caso do controle, este procura acompanhar a capacidade de produção analisando se os objetivos estão sendo cumpridos conforme as previsões na intenção de que sejam feitas adaptações, corrigindo os possíveis problemas.
Portanto, o Planejamento e Controle de Produção ou PCP é uma ótima forma de buscar excelência
na produção de uma empresa, sendo possível reduzir os custos com coisas desnecessárias, fazendo
com a mesma ganhe mais dinheiro.
Planejamento E Controle Da Produção
A utilização adequada do planejamento e controle da produção faz com que a empresa trabalhe de
forma mais otimizada, ou seja, o PCP auxilia o administrador, desde a hora da escolha da matériaprima, até chegar ao produto acabado.
Segundo Chiavenato o planejamento da produção (PP) é vital para o sucesso da empresa fundamenta-se na previsão de vendas como base no que a empresa pretende colocar no mercado e na capacidade de produzir. Com esses dois pontos de fundamentação, o PP programa as máquinas, as
matérias-primas e a mão de obra para extrair desse conjunto de recursos um resultado de produção
que seja compatível com a sua capacidade de produção e com a previsão de vendas, descontando
eventuais estoques de produtos acabados disponíveis.
Sendo assim fica evidente que nenhuma empresa deve funcionar a base do improviso, nada deve ser
feito aleatoriamente. Tudo deve ser planejado antecipadamente para evitar desperdícios, perdas de
tempo, atrasos ou antecipações desnecessárias. Sendo assim planeja-se para as coisas certas e
também para incertas para tornar decisões mesmo sem saber se vai dar certo no futuro.
Para poder funcionar satisfatoriamente, o PCP exige um enorme volume de informações, ou seja,
esta ferramenta recolhe dados e produz informações incessantemente. Portanto trata-se de um
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PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO
centro de informações para a produção. É neste sentido, que o PCP apresenta três fases principais:
projeto de produção, planejamento da produção e controle da produção.
Projeto de Produção: Conhecido como pré-produção ou planejamento de operações, o projeto de produção constitui a primeira fase do Planejamento e Controle da produção, nesta fase procura-se definir
como um sistema de produção funciona e quais as suas dimensões, com o propósito de estabelecer
os parâmetros do PCP. Nesta fase o projeto de produção é relativamente permanente e sofre poucas
mudanças com o tempo, a não ser que ocorram alterações com a aquisição de novas máquinas ou
novas tecnologias.
Planejamento da Produção: O planejamento da produção é vital para o sucesso da empresa, pois se
fundamenta na previsão de vendas como base no que a empresa pretende colocar no mercado e na
capacidade de produzir. Sendo assim o analista de PCP programa máquinas, as matérias - primas e
a mão de obra para extrair deste conjunto recursos um resultado que seja de fato compatível com a
capacidade de produção e com a previsão de vendas, descontando eventuais estoques e produtos
acabados disponíveis.
Controle da Produção: O controle é uma das funções administrativas mais importantes, pois ela consiste em medir e corrigir o desempenho, para assegurar que os objetivos da empresa sejam atingidos. Sendo assim a tarefa do controle é verificar se tudo está sendo feito conforme o que foi planejado e organizado e de acordo com ordens dadas. É processo cíclico e repetitivo, à medida que ele
se repete, a tendência é fazer com que as coisas controladas se aperfeiçoem e reduzam seus desvios em relação aos padrões desejados. Com o passar do tempo e com os repetidos ciclos de produção, a tendência do Controle da Produção é conseguir gradativamente o aperfeiçoamento do processo produtivo.
Conheça Mais Sobre Planejamento E Controle De Produção- PCP
Todos que entram no mundo dos negócios sabem das necessidades básicas desse ambiente. Sendo
uma delas, essencial: o Planejamento do seu empreendimento. Pois bem, planejar é tudo, e deve ser
muito bem pensado em todos os setores, mesmo que nos mais pequenos.
E não tem jeito, ao longo do ano, você provavelmente terá que adaptar o seu planejamento, por
causa da procura do mercado, por exemplo. Mas como ter um maior controle da sua produção?
Para isso, o empreendedor costuma dispor de várias técnicas e ferramentas facilitadoras do seu trabalho, que o auxiliam tanto a curto quanto a longo prazo.
Hoje, vamos falar de uma dessas ferramentas, muito importante no ambiente empresarial, o PCPPlanejamento e Controle de Produção. Leia mais abaixo.
O Que É O PCP?
O Planejamento e controle da Produção, ou PCP como é conhecido no mercado, é mais uma ferramenta de suporte para a tomada de decisões. Seu objetivo principal é o de planejar e controlar o processo de fabricação de mercadorias e ainda a utilização dos recursos necessários para a sua produção.
Para funcionar, o PCP necessita estar integrado, principalmente com os sistemas de: Engenharias,
Compras e Estoque, além dos outros sistemas envolvidos na produção. Veja mais como essa integração acontece abaixo:
Engenharia: Ele precisa receber informações da Engenharia Industrial, para que assim possa programar o funcionamento das máquinas e equipamentos, e então autorizar a produção que estava determinada.
Compras: É necessário suprir os materiais para que a produção ocorra sem faltas ou desperdícios.
Recursos Humanos e Financeiro: O RH também está envolvido no Planejamento e Controle da Produção, pois ele é necessário determinar a quantidade de pessoas que precisam trabalhar no processo de produção. Já o financeiro, está ligado ao PCP para que ele possa fazer um parâmetro da
matéria prima, estoque e o produto já finalizado, tudo através de cálculos financeiros.
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PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO
Vendas: O PCP também se relaciona com a área de vendas, elaborando planos de produção conforme as previsões de venda de cada produto. Além de decidir a quantidade necessária de produção
para que se consiga entregar tudo no seu devido prazo.
Produção: O PCP auxilia no controle dos níveis de produção, ou seja, faz com que a demanda estabelecida esteja pronta no seu prazo predeterminado.
Qual A Sua Importância?
Ter um PCP é um grande facilitador para sua empresa, já que ele ficará responsável pelo controle
dos processos produtivos. Ele estará no controle das atividades de decisão quanto os recursos de
produção, fazendo com que tudo seja executado com os materiais certos, e no tempo e quantidade
adequado. Assim, não haverá nenhum desperdício ou defasagem na sua produção.
O PCP está apto para responder as seguintes perguntas:
O que produzir?
Quanto produzir?
Onde produzir?
Como produzir?
Quando produzir?
Com o que produzir?
Para quem produzir?
Ficou mais do que claro que ter um Planejamento e controle de Produção no seu empreendimento é
essencial para que ele tenha um ótimo desempenho.
Como Funciona O PCP – Planejamento E Controle De Produção
Para ter uma empresa de sucesso, é essencial planejar, programar e controlar o que se produz. O
mercado tem sido cada vez mais exigente e as empresas que não estão dispostas a cumprir essas
três etapas de produção terão muito mais dificuldade de levar o negócio para frente. Uma boa gestão
é fundamental para que a empresa cresça e seja referência no que produz.
Para auxiliar na gestão, existe um processo chamado Planejamento e Controle de Produção (PCP),
que integra o gerenciamento das principais atividades da empresa. O PCP é responsável pelos recursos operacionais de produção, como o planejamento, a programação e o controle. Além disso,
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PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO
também determina as quantidades produzidas, o layout da planta, as etapas dos processos de manufatura e a designação da mão-de-obra. A partir desses fatores, é criado o Plano Mestre da Produção
(PMP), que expõe as diretrizes do processo geral.
Principais Funções Do PCP
O PCP serve para definir diversos fatores que acontecem nos processos que ocorrem antes, durante
e depois da implementação de uma empresa. Basicamente, o PCP deve responder o que será feito,
por quem, como, por que, com que recursos, onde e quando. Para que o planejamento seja efetuado
com sucesso, é necessário que sejam feitos documentos e planos para auxiliar na organização.
Esse plano é responsável principalmente por dar suporte à gerência nos momentos de tomada de decisão. Normalmente as empresas possuem departamentos especializados em PCP, para conseguir
gerenciar problemas específicos de cada setor. O plano não se aplica apenas ao processo de produção, mas também aos níveis tático, financeiro e de vendas.
Etapas do PCP
O Planejamento de Controle de Produção está envolvido em diversas ações da empresa, nos mais
variados setores. Uma delas é a previsão de demanda, que está diretamente relacionada à gestão de
estoque, já que auxilia os gerentes a controlarem os recursos necessários, tanto os humanos quanto
os materiais.
Outra ação muito importante que utiliza o PCP é o planejamento da capacidade de produção, que trabalha com as demandas de médio a longo prazo. A partir dele, é possível determinar a necessidade
de aumento ou adequação da capacidade de produção.
Dentro do PCP, também existe o Planejamento Agregado da Produção (PAP), que serve para selecionar as melhores estratégias de produção da empresa. Nessa etapa, as principais decisões estão relacionadas ao volume de produção e estoque mensal, contrações e demissões de funcionários, horas-extras, serviços de logística e contratos de fornecimento.
Outra etapa bastante comum ao PCP é a Programação Mestra da Produção (PMP), que serve para
operacionalizar os planos da produção em curto prazo. Nessa etapa, os recursos devem ser direcionados no tempo ideal para produção de uma quantidade certa em um período determinado.
Etapas Do Planejamento E Controle Da Produção
As etapas, execução e controle da produção, são comandados por um órgão auxiliar denominado
planejamento e controle da produção (PCP). Este órgão dita normas às linhas de fabricação, visando
a um fluxo ordenado e contínuo do processo produtivo. Ou seja, por meio dele é determinado o que
vai ser produzido, quanto vai ser produzido, como vai ser produzido, onde vai ser produzido, quando
vai ser produzido e quem vai produzir. Isso ocorre devido à utilização eficiente dos meios de produção, dos quais atingem-se objetivos planejados, nos prazos determinados.
Na etapa do planejamento, os planos são feitos, ou seja, determina-se o que deverá ser executado,
respondendo todas as perguntas acima formuladas. Na etapa do controle, determina-se o que foi
feito, obtendo-se respostas efetivas às questões já respondidas na etapa do planejamento. Ou seja, é
determinado o que foi feito quanto foi feito como foi feito, onde foi feito, quando foi feito e quem fez.
As perturbações mais frequentes que ocorrem no planejamento da produção e fazem com que o controle se diferencie do planejamento são a falta ou atraso de material e mão de obra; a falta de máquinas devido a quebras ou a panes; falta de energia, água ou vapor, ou qualquer outro suprimento;
atraso nos tempos de fabricação, devido à ineficiência do trabalhador e/ou da máquina, outras.
O planejamento é dividido em quatro fases. A primeira fase é a determinação dos tipos e quantidades
dos produtos a serem fabricados. A determinação é feita por meio dos pedidos recebidos de clientes,
das previsões de venda, ou de ambos. A segunda fase é o roteiro, onde se faz a leitura das listas das
operações que constituem o processo produtivo do produto, onde determina-se quem fará as operações, onde serão feitas e os tempos de fabricação do produto, em cada operação.
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PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO
A terceira fase é o aprazamento, onde é determinado quando será iniciada a produção, quando terminará e quanto tempo levará. A quarta fase é a liberação que consiste na movimentação dos recursos
utilizados na produção, antes do momento do seu início, conforme os prazos estabelecidos na fase
anterior.
Com o início da produção, começa a fase do controle, que acompanha e segue o desenvolvimento da
produção, com a apuração final dos resultados. O controle apresenta a mesma estrutura do planejamento e as etapas desenvolvidas nesta fase são verificadas na fase do controle.
O planejamento e controle da produção são responsáveis pela movimentação dos recursos que são
necessários ao sistema produtivo, ou seja, à fabricação dos bens. O PCP funciona como órgão de
assessoria à gerência da fábrica, exercendo influência sobre a produção. Nele, todo o processo decisório da produção está centralizado, fazendo planos de fabricação e controlando sua execução prática.
Planejamento E Controle Da Produção
Na indústria, o planejamento e controle da produção tem dois objetivos: a redução de custos e o aumento da eficiência. Há custos envolvidos em toda cadeia produtiva e por isso é preciso estar atento
ao gerenciamento do estoque, planejamento de compras e na previsão dos prazos da produção.
O planejamento e controle da produção tem como objetivo reduzir os custos e aumentar a eficiência
Uma das ferramentas utilizadas é o MRP, ou planejamento das necessidades de materiais. Trata-se
de um sistema que ajuda a equipe de PCP (Planejamento de controle da produção) a manter os estoques e insumos em níveis ideais para que a linha produtiva não pare por falta de materiais.
O software calcula a necessidade futura de componentes a partir do planejamento de produção permitindo ao departamento de compras obter o número ideal de peças e componentes a serem comprados e evitando faltas ou excessos de materiais. Permite ainda que a empresa disponibilize em diferentes momentos, diversos tipos de materiais de forma a assegurar que os itens sejam entregues no
tempo certo, evitando paradas na produção.
Outra ferramenta utilizada é o PMP, ou plano mestre de produção. Com ela a empresa obtém uma
visão detalhada de como conduzir o processo. Este documento tem como objetivo apresentar se a
empresa será capaz ou não de cumprir o prazo estipulado de entrega para o cliente. Leva em consideração os itens que serão produzidos e quando serão produzidos, e consequentemente, faz o cálculo das necessidades finais.
Desenvolver a programação e planejamento da produção pode se revelar uma tarefa complexa. Por
este motivo, faz-se necessária a utilização de softwares para facilitar o cruzamento de dados e consequentemente aumentar a eficiência da empresa. Para conhecer os detalhes destas ferramentas, recomendo a leitura destes dois artigos: Material Requirement Planning e Plano Mestre de Produção
Apesar da utilização de softwares serem bastante comuns, muitas empresas não conseguem fazer
com que o que ocorre no ambiente fabril seja refletido de forma real nos softwares, prejudicando de
certa forma o trabalho da equipe do PCP. Isto acontece devido ao fato de que softwares precisam ser
alimentados constantemente, muitas vezes pelos operadores para assim refletir o que está se passando. Desta forma, o trabalho de apontamento acaba sendo tratado em segundo plano pelo operador, visto que a produção e operação das máquinas é o seu trabalho fim considerado o mais importante.
Para minimizar o fator humano nos apontamentos de produção é necessária a utilização de ferramentas e conceitos de automação industrial. A automação industrial, que vem ganhando força cada vez
mais nas indústrias pode dar uma visão real de tudo que ocorre no chão-de-fábrica ao tomador de decisão, desde que seja utilizada de forma correta.
A maioria das máquinas e equipamentos produtivos atualmente são automatizadas com a utilização
de CLPs (Controladores lógico programáveis) e/ou sistemas supervisórios. Estes sistemas são capazes de gerar toda e qualquer informação de operação e processo necessária. Fazer com que estas
informações tais como quantidade produzida, tempo entre itens produzidos, tempo de máquina
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PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO
operando e tempo de máquina parada alimentem as ordens de produção proporciona um ganho de
desempenho imenso ao PCP.
Kurt Ernst Weil
Em 1962, Ruy Aguiar da Silva Leme, professor catedrático da Escola Politécnica da Universidade de
São Paulo, disse a este resenhista que não havia outro livro igual ao de Burbidge para controle e planejamento da produção, principalmente para empresas que trabalham sob encomenda. Imediatamente, fui comprar tal livro (como o livro estrangeiro era barato, comparado ao salário de professor
adjunto ainda não redistribuído, e como as livrarias tinham estoques naquela época) e não houve engano - o livro era ótimo. Verifiquei que Burbidge tinha outro livro específico sobre produção por encomenda e também o comprei. Assim, os dois livros serviram por anos afora na prática e nas aulas,
principalmente para milhares de meus alunos que devem lembrar-se das críticas de Burbidge ao "lote
econômico" de compras e produção.
Agora, após 20 anos, chega às minhas mãos a primeira edição da tradução para o português e que é
muito bem feita. Infelizmente, não há nenhuma referência a quantas edições, foram feitas na Inglaterra; simplesmente a data do livro em inglês é apresentada como sendo 1978. Realmente, há diferenças entre as duas edições de 1978 e 1962, visíveis pela tradução. Nos anos intermediários difundiram-se técnica*s que começaram com o uso de previsão por meio de média móvel e nivelamento
exponencial e a probabilística (Brown, 1958) para a fixação do estoque mínimo, teoria de serviço etc,
enquanto também o PER T se tornou importante sob a forma de análise de redes. A inclusão de algumas páginas sobre PER T parece ter sido a única concessão, além de uma série de aperfeiçoamentos.
Concessão às técnicas recentes não significa desprezá-las, mas Burbidge passa ao leitor a segurança de que para planejar na pequena e média empresa, para produção sob encomenda na grande
empresa, o método ainda é o preconizado por ele, já que o uso de computador pode ficar caro demais para esse tipo de trabalho. Assim, embora envelhecido, pode ser recomendado sem restrições o
livro de Burbidge para ser usado em nível de graduação em escolas de administração e engenharia,
nos cursos de administração fabril e de produção - planejamento e controle da produção. Para todos
aqueles que estão trabalhando em oficinas, o livro não tem limitação de utilidade: é necessário.
Para o ensino intensivo o livro deve ser, complementado, ainda, por outros que entram em detalhes
sobre planejamento linear (existem diversos em português), planejamento de estoques ou produção
por meio de média móvel, regressão etc, usando programas de máquinas HP ou TI, ou até grandes
unidades IBM, um livro sobre PERT, CPM e análise de redes (também existem em português) e, finalmente, um livro que dá o uso da probabilística industrial, séries de Markov, teoria de serviço (atendimento) etc.
Agora, honestamente, afinal quem, na área de planejamento da produção, precisa dessas técnicas de
pesquisa operacional enumeradas acima? Quase ninguém. Diremos, 1% ou menos. Então a conclusão que se impõe é que o livro de Burbidge é suficiente para quase todas as pessoas que trabalham
na área. E é um livro eficaz, cada cruzeiro gasto nele se paga em pouco tempo. Não há necessidade
de grandes conhecimentos matemáticos, ninguém precisa do título de mestrado em computador,
basta usar os diagramas que Burbidge propõe e o negócio vai andar.
Muitos bons administradores se perdem por impor teorias complicadas de planejamento. Burbidge
não. Assim, sua fama cresceu até do outro lado da chamada cortina de ferro, ou seja, nos países socialistas. Ele já ensinou em quase todos os países da Europa oriental. (Ressaltemos uma observação: país socialista também tem, problema de planejar produção sob encomenda.)
A tradução do livro é excelente, não havendo falhas visíveis. O glossário é útil. Infelizmente, como
sempre acontece em livros traduzidos ou nacionais, não há índice remissivo alfabético, existente na
edição inglesa de 1962, o que, num livro como este, faz falta. A apresentação gráfica é muito boa e ao contrário do observado pelo resenhista ultimamente em brochura nacional - as folhas não se soltam. Capa de bom gosto (acredito que esta frase não é escrita há muitos anos).
Os capítulos 13 a 20 são em parte novos e em parte completamente mudados entre as edições de
1962 e 78. Isso não significa, entretanto, que o livro esteja "moderno", ou melhor, em dia com o progresso da arte. Definitivamente, quem quiser estudar as últimas novidades precisa ler e estudar os
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PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO
volumes publicados recentemente nos Estados Unidos e nos demais países. Falta, por exemplo,
qualquer referência ao método já empregado no Brasil pela Kone-Elevadores de denominar os dias
não de acordo com o calendário gregoriano, mas como um calendário próprio do computador, de números consecutivos, que facilita sobremaneira o planejamento, pois só considera dias úteis.
Então, por exemplo, o computador traduz, se necessário, o dia 2,145 em dia 2 de fevereiro de 1983 e
o dia 2.148 em 6 de fevereiro de 1983. Isso é útil para quem tem de calcular com dias de trabalho
corridos, sem sábados e domingos. Mas só serve para a carga de máquinas em computador: quem
usa o sistema manual, como é comum na pequena e média empresa (que continua usando o computador para folha de pagamento, contabilidade de custos, contabilidade de patrimônio, comissões e estatísticas de vendas e estoques), não precisa nada além do sistema que Burbidge apresenta.
Quando os computadores ainda eram muito caros, um professor fez um teste na Universidade de
Stanford. Mandou planejar a produção pelos mais diferentes sistemas, inclusive pelo computador recém-descoberto da terceira geração; colocou depois os resultados globais de carga de máquina, ociosidade, da mesma, mão-de-obra, custo de planejamento; num custo total de preparação e de máquinas, chegando à conclusão de que com o custo naquela época e o tempo do computador tudo empatava. Hoje, no entanto, com microcomputadores baratos, tal serviço pode ser, sobremaneira, acelerado e aperfeiçoado, custando a carga de máquinas pelo computador muito pouco em relação ao uso
dos planejadores manuais.
Nada disso é contado para dizer que o livro não precisa ser completado futuramente; é para afirmar
que o livro tem utilização garantida em 99% dos casos. Mas poderia ficar mais completo, se Burbidge
tivesse atualizado mais a estrutura ou juntado mais capítulos. Com isso, não teria ficado deformado
ou grande demais; teria sido simplesmente aumentado de umas 150 páginas, incrementando seu
custo de uns 20% e tornando-o insuperável.
Pelo índice, toda a parte 1 do livro pode parecer ao leitor da resenha constituído de generalidades.
Mas, na realidade, todos os assuntos tratados nessa parte são relacionados diretamente com o planejamento, desde a divisão em linha e assessoria até a rotatividade do capital (diria giro). Só considero desnecessário o capítulo sobre tempo (estudo de), por não poder tratar o quê é importante para
o planejamento nas poucas páginas postas à disposição do assunto (prefiro isso a "alocadas"). O sistema de classificação e o cadastro de modificações de plantas são importantes, pois não costumam
ser tratados nos livros comuns.
Então é possível passar às partes 2 e 3. São ótimas, dentro das limitações já estabelecidas. Esgotam
o assunto de planejamento por meio de barras e cronogramas de Gantt. O acompanhamento à empresa interno e externo é muito bem tratado.
Resumindo, recomendo o livro para estudantes, consultores, engenheiros e planejadores na indústria.
Se querem estudar outras teorias, é fácil encontrar livros, mas ninguém vai usá-los como vai usar o
livro de Burbidge.
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