Aula 3 ● Sobe e desce da SELIC ● Inflação e o aumento do petróleo ● Setor Cíclico e não Cíclico ● Carteira de investimento baseada em oportunidades ● Proteção de Carteira Sobe e desce da SELIC Ainda voltando à aula anterior, vamos falar um pouco mais da variação da SELIC e da inflação. No dia 15/06/2022, o COPOM elevou a taxa SELIC para 13,25% ao ano, buscando frear a alta da inflação. Com essa medida, o crédito fica mais caro, dificultando os parcelamentos e desacelerando o consumo. O sobe e desce da SELIC está diretamente ligado ao comportamento da inflação, que, por sua vez, está relacionada com as políticas públicas de crescimento econômico, criação de empregos e aumento de renda. Essa linha sutil entre crescimento e controle inflacionário cria um ciclo econômico muito previsível, que gera as mais diversas oportunidades para o investidor. No gráfico abaixo, vemos a variação da SELIC e do IPCA nos últimos anos: +12% -6% SELIC -16% X +14% +9% -13% Inflação Inflação e o aumento do Petróleo O Brasil é um país continental que optou, muitos anos atrás, pelo modelo rodoviário de transporte e deslocamento. Isso trouxe um fator muito importante para a composição dos custos finais dos produtos, o frete. A variação do valor do barril de petróleo e, consequentemente, dos combustíveis, encarece toda a cadeia produtiva brasileira, diminui a competitividade das exportações e inflacionam, consideravelmente, o valor dos produtos para o consumidor final. Sendo o petróleo uma commodity, as empresas petrolíferas integram os setores cíclicos da bolsa, assim como as mineradoras e o varejo como um todo. Mas o que seria o setor cíclico da bolsa? Alta da Gasolina X Alta das Ações Setor Cíclico São empresas que têm seu desempenho influenciado pelas variações econômicas como: variação da SELIC e variação de câmbio. Exemplo de setores Cíclicos: - Varejo Construtoras Mineradoras Petrolíferas Exemplo de setores não Cíclicos: - Bancos Seguradoras Saneamento Elétricas +12% -6% -16% +14% +9% -13% Setor Cíclico Setor não Cíclico Carteira de investimento baseada em oportunidades Toda carteira de investimentos precisa, necessariamente, de um racional definido para que, em momentos de maior oscilação, seja possível aproveitar as oportunidades que auxiliarão na conquista dos seus objetivos. Como vimos na aula de ontem, a bolsa tem tendências definidas de alta, baixa e lateralização, que é quando ela está andando de lado. Mas, dentro dessas tendências, podemos observar pequenas variações de altas e baixas. Isso faz com que as tendências principais nunca aconteçam em linha reta, criando oportunidades que podem ser usadas na estratégia de compra dos ativos (Trade). Quando se une um racional definido a períodos de grandes oscilações, abrem-se oportunidades únicas de entradas em ativos previamente estudados e, até mesmo, pequenas operações, de curto prazo, com os ativos que já compõem a carteira. Proteção de Carteira Já diz o ditado: é em dias de sol que se compram guarda-chuvas. Com a carteira de ações, é a mesma lógica: as estruturas de proteção devem ser construídas enquanto a bolsa está em alta. As estruturas se assemelham também aos seguros de carros: devem ser renovadas toda vez que vence sua apólice e o dinheiro gasto não volta para você, mas, se acontecer o pior, você tem um benefício. A lógica é usar as opções para proteger sua carteira, comprando um "seguro", que garante o preço dos seus ativos em caso de quedas e que, como guarda-chuva, pode ser revendido para outros investidores quando a chuva começar.