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Economia Portuguesa 1986-1999

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Economia Portuguesa:
1986 - 1999
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Panorama mundial
• 1987 - Crise financeira: Black Monday
• 1989 - Queda do muro de berlim
• 1990 – União das duas Alemanhas
• 1991-93 - Crise na Suécia, Finlândia e México
• 1992 - Guerra na Bósnia-Herzegovina
• 1993 - Crise na Rússia
• 1995 – Fim da guerra na Bósnia-Herzegovina
• 1997 - Crise asiática
• 1998 – Vladimir Putin torna-se presidente da Rússia
depois da demissão de Yeltsin.
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Panorama mundial
Período de forte crescimento económico ligado à
época dourada da Internet e tecnologias de
informação.
Vaga tecnológica responsável por ganhos de
produtividade significativos ao nível das empresas,
reestruturando a sua forma de funcionamento.
Crises financeiras durante este período acabaram por
não ter efeitos muitos significativos, especialmente
nos países desenvolvidos
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Europa
• 1986 – Adesão de Portugal e Espanha.
• 1987 – Início do programa Erasmus
• 1987 – Assinatura do Acto Único Europeu (mercado
único)
• 1993 – Criação do mercado único
• 1992 – Assinatura do Tratado de Maastricht (em vigor em
1993 - UEM)
• 1995 – Adesão de Austria, Finlândia e Suécia.
• 1999 – Adopção do Euro (cambial)
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Portugal
• Adesão à CEE – significativa entrada de fundos
comunitários.
• Forte investimento público.
• Aposta nas infra-estruturas viárias
• Forte crescimento do sector da construção
• Rápido crescimento do país – convergência real com
as economias da CEE.
• Privatizações em sectores-chave
• Terciarização da economia Portuguesa.
• Crescimento do Estado Social
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Portugal
• Governo Cavaco Silva – desde Outubro 1985 com
maioria relativa.
• Maioria absoluta em Julho de 1987
• Revisão constitucional de 1989
• Reforma fiscal: IRS e IRC
• Liberalização da comunicação social
• Governo do PS – Guterres – 1995 a 1999
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Privatizações (alterações legais)
• 1988 – Privatização até 49% do capital
• 1989 – Segunda revisão constitucional:
• Redução da carga ideológica
• Redução do papel do Estado na Economia
• Redução da planificação da Economia
• Abolido o princípio da irreversibilidade das
nacionalizações
• Diminuição do âmbito da reforma agrária
• 1990 – Lei quadro das privatizações
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Privatizações – objectivos
• Modernização das empresas
• Aumento da competitividade
• Redução do peso do estado na economia
• Reforço da capacidade empresarial nacional
• Reestruturação sectorial e empresarial da economia
• Desenvolvimento do mercado de capitais
• Aumento das receitas do estado
• Redução do peso da dívida pública
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Privatizações – exemplos
• Banca (Banco Totta e Açores, Banco Português do
Atlântico, BANIF, Banco Fonsecas & Burnay, Crédito
Predial Português, etc.)
• Seguradoras (Aliança, Tranquilidade, Império, etc.)
• Telecomunicações (PT, CTT)
• Energia (Petrogal, EDP)
• Estradas (Brisa)
• Outros (Cimpor, Tabaqueira, Quimigal, Rodoviárias,
etc.)
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Forte dinâmica do mercado bolsista
• Lei “Sapateiro” - 1991: reforço da regulação (criação da CMVM)
• Privatizações em força a partir de 1989
• Realização maciça de OPV’s (privatizações e empresas privadas):
• Só em 1986 e 87, 88 novas empresas entraram na Bolsa
• Participação forte do sistema financeiro
• Entrada significativa de investimento estrangeiro
• Clima económico favorável
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Duas fases de crescimento do PIB:
1ª Fase:
• Até 1993 – crescimento rápido:
• Forte investimento interno e externo
• Taxa média de crescimento real do PIB de 5,7% entre
1986 e 1991.
• Redução do desemprego
• Aposta nas infra-estruturas rodoviárias
• Privatizações
• Transferências da EU
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Duas fases de crescimento do PIB:
2ª Fase:
• Após 1993 – marcado pela necessidade de convergência
nominal derivada da entrada no SME (Sistema Monetário
Europeu) e com vista à entrada na UEM:
• Desvalorização do escudo controlada – moeda torna-se
mais forte.
• Crises financeiras
• Portugal adere ao mecanismo de taxas de câmbio europeu
e à liberalização dos movimentos de capitais em 1992.
• Maior controlo sobre aumentos salariais
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UEM - Convergência
Critérios de convergência - adesão à UEM (União Económica e
Monetária):
• Taxa de inflação: máximo 1,5% acima da performance média
das 3 melhores economias
• Défice público: máximo 3% do PIB
• Dívida pública: máximo 60% do PIB
• Taxa de juro: máximo de 2%
Critérios de base nominal: sacrifício da economia real para alcançar
objectivos nominais
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UEM - Convergência
Política de convergência nominal pós-1993:
• Reduz a inflação de forma significativa.
• Reduz as taxas de juro
• Escudo torna-se uma moeda mais forte
• Privilegia-se o nominal em detrimento do real
Impactos desta situação:
• Aumento do crédito bancário, nomeadamente do crédito á
habitação.
• Boom imobiliário
• Aumento significativo do consumo e das importações
• Aumento do desemprego para patamares superiores
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Nível de vida
Convergência real com a Europa (nível de vida relativo):
• Passa de 52,7% em 1986 para 67,8% em 1999
Impactos na qualidade de vida da população
• Aumento do poder de compra
• Melhorias das infra-estruturas
• Melhoria das condições de vida
• Menores níveis de desemprego
• Litoralização e urbanização
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Comércio Internacional
Contas externas:
• Maior abertura internacional
• Défice comercial de bens em crescendo:
• Aumento do poder de compra
• Valorização ou pelo menos redução da
desvalorização do escudo.
• Estagnação do peso da indústria
• Acesso fácil ao crédito
• Dependência energética
• Aumento da dependência agrícola –
reestruturação na agricultura / terciarização
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Comércio Internacional
Contas externas:
• Importância crescente da balança de serviços
associada uma maior terciarização da economia: papel
bastante relevante do turismo
• Saldo negativo global da balança comercial com
tendência significativa para o agravamento.
• Forte dinâmica do sector turístico a contrabalançar
saldo negativo da balança comercial de bens
(contabilizado apenas a partir de 1996)
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Novo paradigma de comércio internacional
Portugal entra na União Aduaneira e depois no Mercado
Único Europeu:
• Redução do peso de países tradicionais:
• UK
• EUA
• Outros
• Aumento do peso da Europa Continental:
• Espanha
• Alemanha
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Tendências demográficas
Alterações demográficas:
• Aumento da esperança de vida
• Redução da taxa de natalidade
Impacto ao nível da pirâmide etária com uma inversão da mesma,
passando gradualmente a base a ser mais estreita do que o topo.
Forte problema de sustentatibilidade natural
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Tendências demográficas
Saldo natural em diminuição para valores bastante reduzidos
Movimento de emigração líquida vai diminuindo até 1993
Importância de um saldo migratório positivo a partir de 1993, motivado
por:
• Forte crescimento da economia.
• Criação de postos de trabalho
• Aumento dos salários
• Estado social
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Segurança Social
Forte pressão sobre o sistema de segurança social:
• Envelhecimento da população
• Aumento da imigração
• Alargamento das coberturas e apoios
Lei de Bases da Segurança Social de 1984:
• Objectivos:
• Garantir a proteção dos trabalhadores e das suas famílias
perante a incapacidade para o trabalho, desemprego e morte.
• Proteger socialmente as pessoas que se encontrem em
situação de pobreza.
• Financiamento assegurado pelas contribuições dos beneficiários,
entidades empregadoras e pelo Estado.
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Segurança Social
Lei de Bases da Segurança Social de 1984:
• Regime geral: cobre obrigatoriamente os trabalhadores por conta
de outrém e os trabalhadores independentes.
• Regime não contributivo: realiza proteção social em situações de
carência económica ou social não abrangidas de forma efectiva pelo
regime geral.
• Acção Social: pretende evitar situações de carência, disfunção e
marginalização, promovendo a integração na comunidade.
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Segurança Social
Impacto:
• Crescimento significativo das despesas com Segurança Social a
um ritmo superior ao crescimento do PIB:
• Crescimento pronunciado de todas as rubricas em termos
absolutos.
• Peso elevado das pensões.
• Surgimento de novas rubricas:
• 1996 – criação do Rendimento Mínimo Garantido (mais
tarde chamado de RSI – Rendimento Social de Inserção)
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Reforço do papel importante do Estado na estruturação da Educação
Nacional
Importância de tornar o ensino mais moderno, de forma a acompanhar o
resto do mundo desenvolvido.
Publicação da Lei de Bases do Sistema Educativo (1986):
• Um nível básico de 9 anos (mínimo obrigatório).
• Um nível secundário de 3 anos.
• Um nível superior.
• Permissão para a expansão e liberalização das universidades
privadas.
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Linhas orientadoras - Educação
Criação de um processo de educação mais moderno
Resolução dos problemas de analfabetismo e abandono escolar
Conduzem:
• Forte investimento em infra-estruturas
• Forte investimento em pessoal qualificado (docentes)
Despesas elevadas com a educação
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Saúde
Ponto de partida:
•1979 – criação do SNS – direito constitucional aos cuidados de
sáude, prestados por um sistema geral, compreensivo e
gratuito.
•Década de 80 – forte crescimento do sector privado e o
desenvolvimento de subsistemas, tendo como base o
empregador:
• Contratação de médicos e enfermeiros.
• Aumento da capacidade instalada
• Aumento das despesas
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Saúde
Consciencialização para um crescimento rápido e substancial das
despesas no sector.
Lei de bases da Saúde (1990):
• O SNS deixa de ser visto como único prestador.
• O Estado promove o desenvolvimento do sector privado e dá
incentivos à expansão do seguros privados de saúde.
• Os cuidados prestados pelo SNS passam a ser
“tendencialmente gratuitos” – prevê-se a possibilidade da
introdução de taxas moderadoras.
• Admite-se a hipótese de gestão privada em unidades de
saúde públicas.
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Saúde
Problema do aumento significativo e contínuo das despesas
mantém-se:
• Alteração do estatuto do SNS em 1994: abertura de todas as
áreas à iniciativa privada.
• Estabelecimento de taxas moderadoras em 1992.
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Saúde
Problema do aumento significativo e contínuo das despesas
mantém-se :
• Concessão de gestão dos hospitais públicos a empresas
privadas (Hospital Amadora-Sintra - 1995):
• Contrato de adjudicação.
• Utilização de regras do direito privado na contratação e
compras.
• Base de contratação era a Administração Pública: outros
hospitais locais perderam pessoal.
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Saúde
Problema do aumento significativo e contínuo das despesas
mantém-se :
• Implementação de regras de gestão privadas em hospitais
públicos, com gestores públicos (Hospital de São Sebastião
(1996)).
• Privatização da forma de gestão (instrumentos do direito
privado), mas sem haver transferência da gestão para uma
entidade privada.
• Coexistem dois regimes de contratualização: público e
contrato individual de trabalho.
• Mecanismos de remuneração incluem incentivos.
• Liberdade de aquisição de bens e serviços a
fornecedores (negociação individual)
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Contas públicas
Dívida e défice público relativamente controlados apesar do seu
crescimento significativo em termos absolutos.
• Forte contratação de funcionários públicos: 1983, 516.000 e são,
em 2001, mais de 716.000
• Expansão do Estado Social
Principal facto a contribuir para o controlo das contas públicas:
• Forte crescimento do PIB
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