Uploaded by pietracampagnoli

ProcedimentosInvasivosemNeonatologiaePediatria

advertisement
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do
Documento
Título do
Documento
MANUAL
PROCEDIMENTOS INVASIVOS EM
NEONATOLOGIA E PEDIATRIA
MA.UTIPN.001 - Página 1/32
Emissão: 28/7/2023
Versão: 1
Próxima revisão:
28/7/2025
PROCEDIMENTOS INVASIVOS EM
NEONATOLOGIA E PEDIATRIA
Cópia eletrônica não controlada
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2023, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do
Documento
Título do
Documento
MANUAL
PROCEDIMENTOS INVASIVOS EM
NEONATOLOGIA E PEDIATRIA
MA.UTIPN.001 - Página 2/32
Emissão: 28/7/2023
Versão: 1
Próxima revisão:
28/7/2025
SUMÁRIO
1. OBJETIVOS .......................................................................................................................................3
2. RESPONSABILIDADE.........................................................................................................................3
3. ÂMBITO DE APLICAÇÃO...................................................................................................................3
4. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÃO.....................................................................................3
❖ Pericardiocentese....................................................................................................................3
❖ Cateterismo venoso umbilical .................................................................................................5
❖ Paracentese.............................................................................................................................7
❖ Punção intraóssea ...................................................................................................................9
❖ Punção lombar.......................................................................................................................13
❖ Punção transfontanelar.........................................................................................................15
❖ Punção suprapúbica..............................................................................................................17
❖ Toracocentese.......................................................................................................................18
❖ Drenagem pleural..................................................................................................................21
❖ Punção percutânea para cateterização arterial.....................................................................24
5. REFERÊNCIAS.................................................................................................................................28
6. HISTÓRICO DE ELABORAÇÃO/REVISÃO .........................................................................................31
SIGLÁRIO
DGC – Divisão de Gestão do Cuidado
DMED – Divisão Médica
ECG - Eletrocardiograma
EPI - Equipamento de proteção individual
HC-UFTM – Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro
HIC - hipertensão intracraniana
IO - Intraóssea
MA – Manual
PEBMED - instituição de pesquisa médica e serviços tecnológicos da área da saúde
POP – Procedimento Operacional Padrão
RT – Responsável Técnico
SECAD – Portal de atualização continuada para profissionais de saúde
SF - Soro fisiológico
STPC - Setor de Paciente Crítico
Three-way - Torneira de três vias
UPLAG – Unidade de Planejamento, Gestão de Riscos e Controles Internos
Uptodate - Base de informações médicas, baseada em evidências, revisada por pares
UTI – Unidade de Terapia Intensiva
UTIPN – Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica e Neonatal
Vigihosp - Ferramenta de gestão de riscos voltada para a qualidade e segurança do paciente
Cópia eletrônica não controlada
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2023, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do
Documento
Título do
Documento
MANUAL
PROCEDIMENTOS INVASIVOS EM
NEONATOLOGIA E PEDIATRIA
MA.UTIPN.001 - Página 3/32
Emissão: 28/7/2023
Versão: 1
Próxima revisão:
28/7/2025
1.
OBJETIVOS
•
Padronizar as técnicas de realização de procedimentos invasivos no atendimento aos
pacientes neonatais e pediátricos internados no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do
Triângulo Mineiro (HC-UFTM).
•
Definir atribuições/responsabilidades do time assistencial, dar suporte teórico e operacional
às capacitações em educação permanente e otimizar os recursos disponíveis.
•
Apresentar os materiais necessários para a realização deste procedimento.
2.
RESPONSABILIDADE
•
Responsável pela prescrição: médico.
•
Responsável pela execução: médico e residente médico sob supervição do professor e/ou
responsável (no caso da punção intraóssea, segundo Resolução 648/2020 do Conselho Federal de
Enfermagem, procedimento pode ser realizado por enfermeiros capacitados).
3.
•
ÂMBITO DE APLICAÇÃO
Clientes neonatos e pediátricos hospitalizados no HC-UFTM.
4. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÃO
❖
Pericardiocentese
Punção percutânea para drenagem de derrame pericárdico (líquido inflamatório, sangue ou plasma
no espaço pericárdico).
Diagnóstica: em casos de pericardite e derrame pericárdico relacionado a doenças infecciosas.
Terapêutica : visando tratar Tamponamento Cardíaco.
Materiais
•
Para lactentes: Abocath com agulha de 22G com 2,5 cm de comprimento ou agulha de
punção liquórica;
•
Para crianças maiores: Abocath com agulha de 16 a 18G com 7,5 cm de comprimento;
•
Anestésico local com Lidocaína a 2% sem vasoconstritor;
•
Seringas de: 5, 10 e 20ml;
•
Torneirinha de 3 vias (Three-way) entre a seringa e a agulha;
•
Equipamento de proteção individual (EPI): gorro, máscara, óculos de proteção, capote
estéril, luvas estéreis;
•
Clorexidina alcóolica e degermante;
•
Gazes estéreis;
•
Monitorização com eletrocardiograma (ECG);
•
Ecocardiograma para guiar o procedimento (opcional);
•
Kit de parada cardiorrespiratória: carrinho de reanimação disponível.
Cópia eletrônica não controlada
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2023, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do
Documento
Título do
Documento
MANUAL
PROCEDIMENTOS INVASIVOS EM
NEONATOLOGIA E PEDIATRIA
MA.UTIPN.001 - Página 4/32
Emissão: 28/7/2023
Versão: 1
Próxima revisão:
28/7/2025
Técnica
•
Pode ser realizada à beira do leito, guiada por ecocardiograma, ou na sala de hemodinâmica,
guiada por radioscopia. Caso esses métodos não estejam disponíveis, realizar o procedimento
guiado pelo ECG.
•
Posição: decúbito dorsal com inclinação da cabeceira de 30 a 45° em relação ao leito.
•
Já possuir acesso venoso periférico.
•
Caso seja necessário, utilizar um sedativo (midazolan) e analgésico (fentanil).
•
Monitorizar ECG, oximetria de pulso e pressão não invasiva.
•
Suplementar alto fluxo de oxigênio. Se o paciente não estiver intubado, deve-se separar
material para intubação e deixá-lo disponível caso o paciente piore. O ambu deve ter sido testado e
estar montado no leito acoplado no fluxômetro. O carrinho de reanimação deve ficar na beira do
leito pelo risco de arritmia e parada cardiorrespiratória com o procedimento.
•
Identificar o apêndice xifoide do paciente e degermar a região ao redor do apêndice xifoide
num raio de 10 cm, com clorexidina degermante.
•
Colocar gorro, máscara e óculos. Após degermação de suas próprias mãos com clorexidina
degermante, colocar o capote e as luvas estéreis.
•
Guiar-se preferencialmente por ecografia, cuja sonda deve ser encapada com plástico estéril,
identificando a área do derrame.
•
Acoplar torneira de três vias na agulha de pericardiocentese, acoplar seringa de 3 mL de
lidocaína 2% perpendicular à agulha e seringa de 20 mL vazia na direção da agulha.
•
Introduzir a agulha de pericardiocentese num
ângulo de 45° na pele, apontando para o mamilo
esquerdo e sendo guiado pela ecografia/ECG.
•
Avançar a agulha lentamente, fazer botão
intradérmico com a lidocaína, sempre aspirar antes de
injetar o anestésico (não injetar anestésico se vier
sangue ou líquido).
•
Continuar avançando com a agulha em aspiração
até que se aspire fluido pericárdico. Coletar material
para análise.
Atenção! No caso de ser guiado pelo ECG, o contato da
agulha com a parede ventricular é indicado
principalmente por extrassístoles ventriculares ou
padrões de corrente de lesão por irritação ventricular
como mudanças no segmento ST, inversão da onda T e
alargamento do QRS. Na presença dessas alterações,
deve-se recuar lentamente a agulha e verificar se o
traçado do ECG normaliza. Caso não melhore, deve-se
retirar completamente a agulha.
Figura 1 – Técnica Pericardiocentese.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Pericardiocentese#/media/Ficheiro:Pericardiocentesis.jpg
Cópia eletrônica não controlada
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2023, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do
Documento
Título do
Documento
MANUAL
PROCEDIMENTOS INVASIVOS EM
NEONATOLOGIA E PEDIATRIA
MA.UTIPN.001 - Página 5/32
Emissão: 28/7/2023
Versão: 1
Próxima revisão:
28/7/2025
Contraindicações
•
Dissecção aórtica;
•
Para pericardiocentese por punção de agulha subxifoidiana: se o derrame pericárdico for
loculado é de difícil acesso;
•
Presença de sangramento ativo, se for pericardiocentese diagnóstica ou eletiva.
Complicações
•
Pneumotórax;
•
Laceração de artéria ou veia coronária;
•
Laceração de epicárdio ou miocárdio;
•
Lesão de grandes artérias;
•
Pneumopericárdio;
•
Perfuração diafragmática;
•
Punção de peritôneo;
•
Punção esofageana com consequente mediastinite;
•
Fistula cutânea;
•
Infecção local.
Acompanhamento
•
Após realização do procedimento, fazer radiografia de tórax no leito e, se possível, ecografia
hemodinâmica, para avaliar possibilidade de complicações pelo procedimento.
•
Investigar e tratar a causa do Tamponamento Cardíaco.
❖
Cateterismo venoso umbilical
Indicações
•
Acesso vascular de emergência em ressuscitação neonatal;
•
Administração de fluidos e medicamentos, glicose hipertônica e de nutrição parenteral;
•
Coleta de exames laboratoriais;
•
Exsanguinotransfusão;
•
Monitorização da pressão venosa central.
Materiais
•
EPIs: luvas estéreis, touca, máscara cirúrgica, avental estéril;
•
Berço aquecido ou incubadora;
•
Foco de luz;
•
Mesa auxiliar;
•
Monitor cardíaco e oximetria de pulso;
•
Cateter estéril (3,5 F < 1500 gramas - g e 5 F > 1500 g) monolúmen e multilúmen;
•
Solução de clorexidina alcoólica e clorexidina aquosa 0,2% para os recém-nascidos menores
de 1000 g;
Cópia eletrônica não controlada
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2023, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do
Documento
Título do
Documento
MANUAL
PROCEDIMENTOS INVASIVOS EM
NEONATOLOGIA E PEDIATRIA
MA.UTIPN.001 - Página 6/32
Emissão: 28/7/2023
Versão: 1
Próxima revisão:
28/7/2025
•
Gazes estéreis;
•
Bandeja de cateterismo umbilical estéril: campos; duas pinças hemostáticas não denteadas
curvas; tesoura de sutura; laço umbilical; porta agulha; fio de sutura mononáilon 3,0; bisturi;
torneira de 3 vias; seringas de 3ml e 5ml com agulhas; gazes;
•
Seringa de 10ml preenchida com solução de soro fisiológico (SF) 0,9%;
•
Soro glicosado a 10%;
•
Material de coleta sanguínea (quando indicado).
Técnica
•
Paciente deverá ser posicionado em decúbito dorsal com as extremidades superiores e
inferiores presas.
•
Vestir máscara cirúrgica e touca. Lavar membros com cloredixina 2% com auxílio de escova
cirúrgica. Secar com compressa estéril. Vestir avental cirúrgico.
•
O quanto do cateter será necessário inserir pode ser dado pela fórmula: 3 x peso (kg) + 9 cm
dividido por 2; ou por 2/3 da distância ombro-cordão umbilical.
•
Um assistente deve pinçar o cordão umbilical bilateralmente e puxá-lo para fora do campo
estéril.
•
Limpar o cordão umbilical e pele circundante com solução de clorexidina alcoólica.
•
Cobrir o paciente com campos estéreis deixando os pés e a cabeça visíveis.
•
Realizar anteparo hemostático: seja por gaze estéril ou seja por fio nylon 3,0 ao redor do
cordão umbilical. Cortar o cordão umbilical horizontalmente com o bisturi, deixando visível 1-2 cm
da pele.
•
Identificar os vasos presentes no cordão, habitualmente duas artérias e uma veia, sendo o
vaso de maior calibre e parede mais fina.
•
O assistente deverá estabilizar o cordão com duas pinças aplicando certa tração para
melhorar a exposição do vaso onde será introduzido o cateter.
•
Remover os coágulos presentes na luz da veia.
•
Introduzir suavemente o cateter no lúmen do vaso até a distância anteriormente calculada.
•
Aspirar suavemente. Quando houver um fluxo sanguíneo estável, fixar o cateter na posição.
•
Radiografia simples de abdome e do tórax devem ser solicitadas para garantir posição
adequada do cateter. A localização
ideal é em T9-T10, à direita da coluna
vertebral, dentro da veia cava inferior.
Figura 2 – Técnica Cateterismo Venoso
Umbilical. Fonte: UPTODATE, 2020
Cópia eletrônica não controlada
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2023, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do
Documento
Título do
Documento
MANUAL
PROCEDIMENTOS INVASIVOS EM
NEONATOLOGIA E PEDIATRIA
MA.UTIPN.001 - Página 7/32
Emissão: 28/7/2023
Versão: 1
Próxima revisão:
28/7/2025
Contraindicações
✓
Absolutas:
•
Onfalite;
•
Defeitos na parede abdominal;
•
Enterocolite necrosante.
✓
Relativas:
•
Peritonite.
Advertências
O cateter deve ser removido após 7 dias de uso para diminuir risco de infecção; observar
ao longo do procedimento sinais de descoloração dos membros inferiores.
❖
Paracentese
A paracentese é aplicável nas seguintes situações clínicas: coleta de líquido ascítico para
exames laboratoriais (diagnóstica); determinar se há sangramento intra-abdominal ou se ocorreu
rompimento de alguma víscera; remoção terapêutica de líquido ascítico (alívio de desconforto
abdominal e respiratório).
Materiais
•
EPIs (capote estéril, máscara cirúrgica, gorro e luva estéril);
•
Agulhas 21 G ou 23 G;
•
Clorexidina degermante;
•
Clorexidina alcoólica;
•
Anestésico local lidocaína ou xilocaína a 2% sem vasoconstritor;
•
Seringa de 3 mL;
•
Duas seringas de 20 mL;
•
Pinça ou Kelly para usar para antissepsia;
•
Gazes estéreis;
•
Recipiente estéril para coleta de líquido.
Técnica
•
Posicionar o paciente em posição supina, com elevação de 30°.
•
Degermação da pele da região abdominal do paciente, onde será feito o procedimento com
clorexidina degermante.
•
Determinar um dos locais de inserção da agulha, se na linha média, a 2cm abaixo do umbigo,
ou no quadrante inferior esquerdo, lateralmente ao músculo reto abdominal — se possível, utilizar
ultrassonografia para melhor determinar o sítio de punção; quando optar pelo quadrante inferior,
deve-se ter muito cuidado com o baço.
•
Injetar anestésico local infiltrando a pele e tecidos mais profundos.
•
Inserir agulha acoplada a uma seringa (com pressão negativa na seringa, deve-se apontar a
agulha em direção cefálica, em um ângulo de 45°, mantendo o trajeto em Z) usando a técnica do
Cópia eletrônica não controlada
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2023, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do
Documento
Título do
Documento
MANUAL
PROCEDIMENTOS INVASIVOS EM
NEONATOLOGIA E PEDIATRIA
MA.UTIPN.001 - Página 8/32
Emissão: 28/7/2023
Versão: 1
Próxima revisão:
28/7/2025
trajeto em Z (esticar a pele 1 a 2cm caudalmente do ponto de inserção da agulha).
•
Aspirar a amostra do líquido ou retirar a quantidade de líquido desejada.
•
Cobrir com curativo oclusivo a agulha.
Figura 3 – Técnica Paracentese. Fonte: http://www.portalsecad.com.br/artigo/8329
Precauções
•
Não remover grande quantidade de líquido rapidamente, em razão do risco de hipovolemia
e hipotensão (remover o volume total de 50 a 80mL/kg em paracentese de alívio);
•
Evitar locais de cicatrizes cirúrgicas, pois as bridas e as aderências aumentam o risco de lesão
das alças intestinais nesses locais;
•
Procedimento deve ser realizado com bexiga vazia, para evitar perfuração;
•
Nunca realizar o procedimento sobre área com celulite.
Contraindicações
✓
Absolutas:
•
Coagulação intravascular disseminada;
•
Instabilidade hemodinâmica;
•
Perfuração intestinal;
•
Instabilidade respiratória.
✓
Relativas:
•
Íleo paralítico associado à distensão intestinal importante (aliviar a distensão, se possível);
•
Coagulopatia (INR > 1,5 – transfundir plasma previamente);
•
Infecção de parede abdominal;
•
Trombocitopenia (plaquetas < 100.000/mm );
•
Cirurgia recente no trato intestinal (menos de 1 mês).
Cópia eletrônica não controlada
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2023, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do
Documento
Título do
Documento
MANUAL
PROCEDIMENTOS INVASIVOS EM
NEONATOLOGIA E PEDIATRIA
MA.UTIPN.001 - Página 9/32
Emissão: 28/7/2023
Versão: 1
Próxima revisão:
28/7/2025
Complicações
•
Sangramentos;
•
Infecção secundária (peritonite secundária e infeccção de sítio de punção);
•
Punção de víscera complicando com perfuração e pneumoperitôneo.
❖
Punção intraóssea
Indicações
•
Necessidade emergencial de acesso vascular rápido quando as outras tentativas de acesso
venoso falharam;
•
Reanimação cardiopulmonar;
•
Choque hipovolêmico;
•
Coleta de sangue e medula óssea para exames;
•
Administração de medicamentos, sangue e hemoderivados, agentes inotrópicos e
vasopressores, líquidos e eletrólitos.
Materiais
•
Mesa auxiliar;
•
EPIs: avental descartável, máscara cirúrgica, gorro, luvas estéreis;
•
Campo cirúrgico estéril;
•
Gazes esterilizadas;
•
Solução antisséptica clorexedine alcoólica;
•
Lidocaína 2% sem vasoconstritor;
•
Seringas de 3, 10 e 20 ml;
•
Agulha intraóssea (diâmetro 18 preferencialmente ou 20), agulha de aspiração de medula
óssea, ou improvisação com agulha ou scalp de maior diâmetro possível, de acordo com a idade e
tamanho do paciente (calibre 18 no mínimo);
•
Seringa de 10mL preenchida com SF 0,9%.
Posicionamento adequado do paciente
Apoiar o osso a ser puncionado em uma superfície firme, mantendo o local de punção o
mais próximo possível de onde o profissional estiver. No procedimento da tíbia proximal (local mais
apropriado na maioria das vezes), posicionar a perna com ligeira rotação externa e leve flexão de
perna, preferencialmente, com um coxim posicionado na parte posterior da fossa poplítea.
Avaliação do local da punção
Palpar a tuberosidade anterior da tíbia e localizar região plana na medial e inferior a sua
face anterior localizada de 1 a 3 cm (cerca de um dedo de largura); Em adolescentes e adultos
esqueleticamente maduros, o local recomendado é 2 cm medial e 1 cm acima da tuberosidade tibial.
Cópia eletrônica não controlada
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2023, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do
Documento
Título do
Documento
MANUAL
PROCEDIMENTOS INVASIVOS EM
NEONATOLOGIA E PEDIATRIA
MA.UTIPN.001 - Página 10/32
Emissão: 28/7/2023
Versão: 1
Próxima revisão:
28/7/2025
Técnica
•
Estabilizar a perna sobre uma superfície firme e não colocar a mão em sua parte posterior.
•
Localizar a tuberosidade anterior da tíbia e o ponto de inserção da agulha, cerca de 1 a 2 cm
abaixo e medial a esse ponto anatômico.
•
Inserir a agulha através da pele sobre a superfície anteromedial da tíbia, perpendicular à tíbia
com a agulha apontada para baixo, evitando-se assim atingir as placas de crescimento.
Figura 4 – Técnica Punção intraóssea. Fonte: UPTODATE, 2020
Figura 5 – Técnica Punção intraóssea. Fonte:
PEBMED, 2017
•
Usar movimentos de torção com pressão leve e firme.
•
Continuar inserindo agulha pela região cortical do osso até sentir perda da resistência à
medida que a agulha entra no espaço medular.
•
Conectar a seringa e aspirar. A presença de sangue (medula óssea) na seringa caracteriza o
sucesso do procedimento, mas por vezes não há saída de medula óssea e, ainda assim, o
posicionamento está correto. Outro ponto que sugere adequado posicionamento da agulha é ela
Cópia eletrônica não controlada
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2023, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do
Documento
Título do
Documento
MANUAL
PROCEDIMENTOS INVASIVOS EM
NEONATOLOGIA E PEDIATRIA
MA.UTIPN.001 - Página 11/32
Emissão: 28/7/2023
Versão: 1
Próxima revisão:
28/7/2025
permanecer reta e firme sem apoio, mesmo se for feito discreto balanço lateral da mesma,
entretanto, deve-se fixá-la para garantir o acesso.
•
Infundir soluções cristaloides. A infusão deverá ocorrer sem bloqueios e a presença de
edema na parte posterior pode significar que a agulha penetrou na parte cortical posterior do osso.
•
Fixar o acesso à pele do paciente colocando compressa de gaze bilateralmente à agulha para
dar sustentação e prender com esparadrapo. Também deve-se prender o equipo venoso na pele do
paciente para evitar que o mesmo pese sobre a agulha de inserção intraóssea (IO) e desloque-a.
Locais alternativos de punção
O acesso intraósseo é um opção devido à presença de veias que drenam a medula óssea
de ossos longos. Essas veias não colapsam devido à estrutura da matriz óssea e permitem a infusão
de soluções no intuito de tratar choque hipovolêmico. Os lugares mais comumente acessados são:
✓
Tíbia proximal - veia poplítea;
✓
Fémur - ramos da veia femoral;
✓
Tíbia distal (maléolo medial) - veia safena magna;
✓
Úmero proximal - veia axilar;
Como alternativas, tem-se: para crianças mais velhas e adolescentes, a parte distal do
fêmur (2 a 3 cm acima do côndilo externo) e da tíbia (próximo ao maléolo medial); para diversas
idades, crista ilíaca anterossuperior, ilíaca póstero superior e crista ilíaca.
Figuras 6 e 7 – Punção intraóssea, lugares alternativos de punção. Fonte: PEBMED, 2017
Cópia eletrônica não controlada
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2023, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do
Documento
Título do
Documento
MANUAL
PROCEDIMENTOS INVASIVOS EM
NEONATOLOGIA E PEDIATRIA
MA.UTIPN.001 - Página 12/32
Emissão: 28/7/2023
Versão: 1
Próxima revisão:
28/7/2025
Toda medicação passível de administração endovenosa pode ser administrada por via
IO e sua administração deve ser seguida de infusão de 10 mL de SF 0,9%. Verificar o local com
frequência em busca de sinais de edema e deslocamento da agulha. As agulhas IO foram feitas para
uso emergencial e de curto prazo. Elas devem ser substituídas por acesso venoso definitivo após,
no máximo, 24 horas.
Contraindicações
✓
Absolutas:
•
Fraturas ou lesões por esmagamento próximo ao local de acesso;
•
Condições de fragilidade óssea (exemplo: osteogênese imperfeita);
•
Local do acesso infectado;
•
Mesmo local de tentativa anterior de acesso intraósseo.
✓
Relativas:
•
Osteoporose ou osteopenia;
•
Cistos ósseos.
Complicações
•
Infiltração (extravasamento de fluidos);
•
Infecção (osteomielite, celulite, abscesso e/ou sepse);
•
Fraturas ósseas;
•
Necrose tecidual;
•
Lesão da placa de crescimento ósseo;
•
Síndrome compartimental;
•
Embolia gordurosa (rara);
•
Hematomas.
Cópia eletrônica não controlada
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2023, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do
Documento
Título do
Documento
MANUAL
PROCEDIMENTOS INVASIVOS EM
NEONATOLOGIA E PEDIATRIA
MA.UTIPN.001 - Página 13/32
Emissão: 28/7/2023
Versão: 1
Próxima revisão:
28/7/2025
Figura 8 – Punção intraóssea, locais para inserção intraóssea. Fonte: PEBMED, 2017
❖
Punção lombar
•
Auxilia no diagnóstico de patologias infecciosas, neurológicas e oncológicas (coleta de
amostra de líquor para análise, medida da pressão liquórica, diagnóstico e avaliação de hemorragia
subaracnoidea).
•
Possibilita o tratamento de algumas doenças por meio de administração de fármacos por via
intratecal (alívio da pressão intracraniana, aplicação de fármacos analgésicos para anestesia,
aplicação de fármacos para outras situações, como quimioterápicos e antimicrobianos).
Materiais
•
Mesa auxiliar;
•
EPIs: avental descartável, máscara cirúrgica, gorro, luvas estéreis;
Cópia eletrônica não controlada
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2023, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do
Documento
Título do
Documento
MANUAL
PROCEDIMENTOS INVASIVOS EM
NEONATOLOGIA E PEDIATRIA
MA.UTIPN.001 - Página 14/32
Emissão: 28/7/2023
Versão: 1
Próxima revisão:
28/7/2025
•
Escovas degermantes de clorexidine;
•
Gazes estéreis;
•
Compressas estéreis;
•
Campo cirúrgico estéril;
•
Agulha espinhal de 22G - preferida em pediatria. Caso não haja a agulha específica nos
neonatos e lactentes, pode-se utilizar agulha estéril 0,7x25 mm calibre 22 (agulha preta);
•
3 frascos estéreis para coleta do líquor;
•
Clorexidine alcoólica;
•
Seringas de 3ml e 10ml;
•
Agulha 40X12;
•
Lidocaína 2% sem vasoconstritor;
•
Fita microporosa.
Técnica
•
Realizar a monitorização do paciente e as precauções universais. Avaliar a necessidade de
sedação e a presença de anormalidades anatômicas que possam prejudicar o exame.
•
Posicionamento adequado do paciente:
✓
em crianças menores, posição de decúbito lateral em que um ajudante posiciona o paciente
com anteflexão forçada da cabeça sobre o peito e contenção dos membros inferiores em flexão
("posição fetal"), possibilitando a abertura do espaço intervertebral onde será coletado o material;
✓
em crianças mais velhas, utilizar a posição sentada com a anteflexão forçada da cabeça.
Figura 9 – Punção lombar, locais de punção. Fonte: http://www.portalsecad.com.br/artigo/8329
•
Avaliar o local da punção. Os terceiro e quarto espaços lombares são os preferidos. Com o
paciente já na posição desejada palpa-se a borda superior da crista ilíaca traçando uma linha
imaginária dessa altura com o ponto que se une a linha média da coluna vertebral. Normalmente,
essa altura corresponde à quarta vértebra lombar e o local acima dessa vértebra deverá
corresponder ao local ideal para coleta do líquor.
•
Se não conseguir puncionar adequadamente esse espaço na 1ª tentativa, poderá tentar no
espaço inferior.
Cópia eletrônica não controlada
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2023, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do
Documento
Título do
Documento
MANUAL
PROCEDIMENTOS INVASIVOS EM
NEONATOLOGIA E PEDIATRIA
MA.UTIPN.001 - Página 15/32
Emissão: 28/7/2023
Versão: 1
Próxima revisão:
28/7/2025
•
Fazer antissepsia do local. Fazer higienização da área de pelo menos 10 cm de diâmetro com
gazes embebidas com clorexidina alcoólica. Estabelecer como ponto de partida o sítio de punção e
realizar movimentos circulares excêntricos nunca retornando com a mesma gaze no local já
passado.
•
Aplicação do anestésico local. Infiltrar o local da punção com agulha adequada bem como
planos um pouco mais profundos com lidocaína a 2% sem vasoconstrictor.
•
Introduzir a agulha na linha média da coluna vertebral, com bisel paralelo ao eixo axial,
visando lesar menos fibras na região correspondente à cauda equina (L3–L4, L4–L5 ou L5–S1),
através do espaço correspondente à linha imaginária traçada na altura da crista ilíaca (L4–L5);
progredir lentamente, após a introdução na pele, até vencer uma delicada resistência; retirar o
mandril e verificar a saída de líquido cerebrospinal; caso não ocorra, girar a agulha lentamente; se
essa tentativa falhar, reintroduzir o mandril, introduzir mais a agulha ou, eventualmente, retirá-la e
tentar nova punção.
•
Coletar o líquor nos tubos ou potes estéreis (geralmente, coleta-se 20 gotas de líquor em
cada tubo para análise laboratorial).
•
No término do procedimento, o mandril é repassado na agulha e o conjunto é retirado em
movimento único.
•
Aplicar pressão local para evitar escape liquórico por 3 a 5 minutos e realizar curativo local
com gaze e fita micropore.
Contraindicações
✓
Absoluta:
•
Hipertensão intracraniana (HIC), em razão do risco de herniação. Na HIC a criança apresenta
alteração do estado mental (Escala de Coma de Glasgow <13), sinais neurológicos focais, edema de
papila, convulsão focal. Sendo assim, a tomografia computadorizada de crânio deve ser realizada,
previamente à punção.
✓
Relativas:
•
Instabilidade hemodinâmica;
•
Coagulopatias.
Complicações
•
Cefaleia pós-punção;
•
Dorsalgia;
•
Lesão neurológica medular (a medula termina aproximadamente na altura da vértebra L1;
sendo assim, caso houver puncão ao redor de L4-L5, essa lesão não é factível);
•
Infecção;
•
Herniação cerebral;
•
Hematoma espinhal.
❖
•
Punção transfontanelar
Possibilita o alívio temporário de hipertensão intracraniana por hidrocefalia ou coleções
Cópia eletrônica não controlada
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2023, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do
Documento
Título do
Documento
MANUAL
PROCEDIMENTOS INVASIVOS EM
NEONATOLOGIA E PEDIATRIA
MA.UTIPN.001 - Página 16/32
Emissão: 28/7/2023
Versão: 1
Próxima revisão:
28/7/2025
intracranianas.
•
Possibilita a coleta diagnóstica de líquor.
Materiais
•
Mesa auxiliar;
•
EPIs: avental descartável, máscara cirúrgica, gorro, luvas estéreis;
•
Foco de luz;
•
Bandeja de pequena cirurgia ou dissecção venosa;
•
Escovas de degermação;
•
Solução antisséptica – clorexedine alcoólica ou aquosa;
•
Campos estéreis;
•
Gazes esterilizadas;
•
Seringa 5, 10 e 20 ml;
•
Scalp 23 e 25G;
•
Micropore.
Técnica
•
A posição adotada é a de decúbito dorsal, com a imobilização da cabeça.
•
A agulha deve penetrar perpendicularmente ao plano da cabeça, junto ao ângulo externo da
fontanela, até alcançar o ventrículo lateral.
•
A distância que a agulha deve percorrer o córtex depende da espessura dessa camada.
Quando o ventrículo é atingido, aspirar e verificar a drenagem do liquor.
•
Realizar a coleta do líquor para envio ao laboratório ou realizar a retirada do líquor
necessário à descompressão temporária de HIC.
•
Retirar o scalp, comprimir suavemente a região e realizar curativo local.
Figura 10 – Punção transfontanelar, técnica.
Fonte: https://kasvi.com.br/liquido-cefalorraquidiano-fatores-pre-analiticos-analise/
Contraindicações
•
Sinais de herniação cerebral (mídriase ipsilateral, coma, hemiparesia contralateral,
bradicardia, respiração irregular, hipertensão);
Cópia eletrônica não controlada
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2023, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do
Documento
Título do
Documento
•
•
•
MANUAL
PROCEDIMENTOS INVASIVOS EM
NEONATOLOGIA E PEDIATRIA
MA.UTIPN.001 - Página 17/32
Emissão: 28/7/2023
Versão: 1
Próxima revisão:
28/7/2025
Baixo escore de coma de Glasgow;
Sinais neurológicos focais ou comprometimento cardiorrespiratório;
Coagulopatia descompensada.
Complicações
•
Infecções (ventriculite);
•
Drenagem excessiva de líquor que pode ocasionar hemorragias e geração de pressão que
podem deslocar a estrutura do parênquima cerebral.
❖
Punção suprapúbica
Indicação
•
Crianças com suspeita de infecção do trato urinário, que não possuem controle esfincteriano
adequado e que apresentam sinais de toxemia e degradação clínica em que será indicado
antibioticoterapia de amplo espectro.
•
Usualmente aplicável a crianças de 2 meses a 2 anos de idade.
Materiais
•
Mesa auxiliar;
•
EPIs: avental descartável, máscara cirúrgica, gorro, luvas estéreis;
•
Campo cirúrgico estéril;
•
Gazes esterilizadas;
•
Solução antisséptica – clorexedine alcoólica ou aquosa (para neonatos menores de 1000g);
•
Lidocaína 2% sem vasoconstritor;
•
Campo cirúrgico;
•
Seringas de 3ml e 5ml;
•
Abocath números 24, 22 e 20;
•
Tubo estéril para coleta de material;
•
Micropore.
Preparação
O local de inserção da agulha é na linha média, aproximadamente 1 a 2cm acima da
sínfise púbica;
•
Realizar limpeza da região com solução antisséptica;
•
Pode-se anestesiar a região em que será realizada a punção com anestesia local por meio da
lidocaína ou da aplicação de anestésicos tópicos.
Técnica
•
O paciente é imobilizado na posição supina e com a perna em posição de rã. Esta posição
permite a estabilização adequada da pelve. A abertura uretral pode ser ocluída imediatamente
Cópia eletrônica não controlada
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2023, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do
Documento
Título do
Documento
MANUAL
PROCEDIMENTOS INVASIVOS EM
NEONATOLOGIA E PEDIATRIA
MA.UTIPN.001 - Página 18/32
Emissão: 28/7/2023
Versão: 1
Próxima revisão:
28/7/2025
antes da inserção da agulha, pois o procedimento estimula a micção em muitas crianças. Isso é feito
comprimindo a uretra peniana em meninos ou aplicando pressão uretral no meato em meninas.
•
Uma agulha é conectada a uma seringa de 3 ou 5 ml é inserida 1 a 2 cm acima da sínfise
púbica. A agulha deve ser angulada de 10 a 20 graus no sentido cefálico e avançada sob pressão
negativa até o retorno da urina. A agulha deve ser parcialmente retirada e redirecionada em um
ângulo mais perpendicular ao plano frontal se a tentativa inicial for malsucedida.
Figura 11 – Punção suprapúbica, posição e estabilização da pelve
Figura 12 – Punção suprapúbica, técnica
http://repocursos.unasus.ufma.br/nefro_autoinstrucional/curso3/und3/15.html
Complicações
•
Complicações menores: hematúria microscópica;
•
Complicações maiores, como hematúria macroscópica e abscesso da parede abdominal
anterior, são raras. A perfuração intestinal pode ocorrer se uma alça do intestino recobre a bexiga,
mas a pequena punção raramente leva à peritonite. A perfuração intestinal (ou outra víscera) pode
ser evitada se a ultrassonografia no local de atendimento for usada para guiar o procedimento e se
não for realizado em crianças com distensão abdominal, visceromegalia, depleção de volume ou
anomalias congênitas do trato gastrointestinal ou geniturinário.
❖
Toracocentese
Objetiva dar saída contínua a coleções líquidas e/ou gasosas do espaço pleural por um
dreno colocado através da parede torácica, restaurando a pressão no espaço pleural e a função
cardiopulmonar normal.
Indicação
Está indicada nos casos de derrame pleural e pode ser utilizada para fins de:
•
Alívio no pneumotórax hipertensivo;
•
Diagnóstica (hemotórax, transudatos pleurais, exsudatos pleurais, empiemas pleurais,
pneumotórax (espontâneo, traumático, entre outros);
Cópia eletrônica não controlada
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2023, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do
Documento
Título do
Documento
MANUAL
PROCEDIMENTOS INVASIVOS EM
NEONATOLOGIA E PEDIATRIA
MA.UTIPN.001 - Página 19/32
Emissão: 28/7/2023
Versão: 1
Próxima revisão:
28/7/2025
•
Terapêutica (melhora da insuficiência respiratória, tratamento de fístula broncopleural,
realização de pleurodese).
Materiais
•
Mesa auxiliar;
•
EPIs: avental descartável, máscara cirúrgica, gorro, luvas estéreis;
•
Bandeja de pequena cirurgia ou dissecção venosa;
•
Campo cirúrgico estéril;
•
Gazes esterilizadas;
•
Solução antisséptica – clorexedine alcoólica ou aquosa (para neonatos menores de 1000g);
•
Lidocaína 2% sem vasoconstritor;
•
Seringas de 3, 10 e 20 ml;
•
Agulhas 40x12 e 13x4,5;
•
Abocath ou Jelco 24, 22, 20, 18 – selecionar calibre e comprimento conforme tamanho da
criança e espessura estimada da parede torácica;
•
Scalp 25;
•
Three way;
•
Material para obtenção de selo d’água: ampola de água destilada, frasco de água destilada,
equipo macrogotas;
•
Tubo estéril para coleta de material;
•
Micropore.
Técnica
•
Monitorização do paciente com oxímetro de pulso e monitor de frequência. Além disso, é
importante estar disponível material de suporte ventilatório (sonda de aspiração, fonte de oxigênio,
máscara adequada e dispositivo de ventilação manual), caso seja necessário.
•
Posicionamento do paciente: paciente sentado, com o tronco levemente anteriorizado e os
braços levantados, normalmente amparados por uma mesa ou outro tipo de apoio. Entretanto, em
crianças, essa posição quase nunca é viável, seja pela pouca colaboração da criança, seja por conta
da situação clínica ou da depressão causada pela sedoanalgesia sistêmica. Sendo assim, deve-se
elevar ao máximo o decúbito do leito, tentando mimetizar a posição sentada, para que o conteúdo
do espaço pleural a ser retirado se posicione gravitacionalmente no terço inferior do tórax, sobre o
diafragma. Elevar o membro superior do lado a ser abordado, deixando o flanco e região axilar
expostos. Conter esse membro mecanicamente ou manualmente, com o auxílio de um outro
profissional.
•
Antissepsia com o uso de solução degermante (clorexidina aquosa ou alcoólica) para
limpeza da pele, além de paramentação do profissional.
•
As crianças devem ser sedadas e imobilizadas.
•
Anestesia local com soluções de lidocaína sem vasoconstritor, tanto para realizar a
anestesia da pele e tecido subcutâneo, quanto para anestesiar a musculatura intercostal, no trajeto
por onde será introduzida a agulha.
Cópia eletrônica não controlada
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2023, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do
Documento
Título do
Documento
MANUAL
PROCEDIMENTOS INVASIVOS EM
NEONATOLOGIA E PEDIATRIA
MA.UTIPN.001 - Página 20/32
Emissão: 28/7/2023
Versão: 1
Próxima revisão:
28/7/2025
•
A punção é feita na altura do quinto ou sexto espaço intercostal, na linha axilar média ou
posterior. Esse ponto pode variar conforme as condições clínicas, o posicionamento do paciente ou
a indicação da ultrassonografia quanto ao maior volume do conteúdo pleural.
•
Introduzir a agulha perpendicularmente à pele, lembrando de buscar sempre a borda
superior da costela inferior do respectivo espaço intercostal, para não lesionar o feixe vásculonervoso. Procurar introduzir a agulha lentamente, para minimizar o risco de lesionar o pulmão, uma
vez que, vencidas as camadas da pele e musculatura, a perda da resistência é imediata e a agulha
pode progredir inadvertidamente. Com a saída de conteúdo pleural pela agulha, parar
imediatamente a progressão da mesma. Caso esteja utilizando um dispositivo de cateter sobre a
agulha, retirar a agulha e manter o cateter posicionado. Conectar em seu cateter um intermediário
que permita a regulagem manual da saída do conteúdo pleural, sem a entrada de ar (por exemplo,
uma torneira de 3 vias). Realizar o esvaziamento do tórax, conforme seu julgamento da situação
clínica.
Figura 13 – Toracocentese, técnica. Fonte: https://whitebook.pebmed.com.br/conteudo/toracocentese
•
Ao final do procedimento, há duas opções: retirar a agulha e realizar um curativo
compressivo (no caso de punção de alívio de um derrame pleural, por exemplo); ou conectar o
cateter a um equipo e colocar a outra extremidade em um frasco com selo d’água (lembrando de
retirar as válvulas do sistema) até que uma drenagem cirúrgica seja realizada (no caso de um
pneumotórax, por exemplo).
•
Para o tratamento do pneumotórax hipertensivo, a agulha pode ser introduzida no 2º espaço
intercostal (do lado acometido) na linha hemiclavicular. A agulha não deve ser conectada à seringa.
Quando perfurar a pleural, pode-se ouvir a saída de ar sobre pressão.
•
Solicitar Rx tórax, tanto para avaliar o resultado do procedimento, como para procurar e
documentar a ocorrência e, especialmente, a ausência de complicações. Documentar o
procedimento no prontuário do paciente.
Cópia eletrônica não controlada
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2023, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do
Documento
Título do
Documento
MANUAL
PROCEDIMENTOS INVASIVOS EM
NEONATOLOGIA E PEDIATRIA
MA.UTIPN.001 - Página 21/32
Emissão: 28/7/2023
Versão: 1
Próxima revisão:
28/7/2025
Contraindicações
✓
Não há contraindicação absoluta para a toracocentese.
✓
Relativas: discrasias sanguíneas, quantidade muito pequena de derrame e infecção da pele
no local da punção.
Complicações
•
Sangramento;
•
Edema pulmonar de reexpansão;
•
Pneumotórax;
•
Disseminação tumoral;
•
Lesão de víscera abdominal;
•
Lesão vasculonervosa.
❖
Drenagem pleural
Objetiva dar saída contínua a coleções líquidas e/ou gasosas do espaço pleural por um
dreno colocado através da parede torácica, restaurando a pressão no espaço pleural e a função
cardiopulmonar normal.
Indicação
•
Derrame pleural: derrame metapneumônico; empiema pleura; hemotórax; hidrotórax;
quilotórax; pós-toracotomia;
•
Todo pneumotórax e hemotórax traumático;
•
Ferimento toracoabdominal penetrante;
•
Profilaticamente, em pacientes com fraturas de costela ou ferida penetrante, sem evidências
de pneumotórax, que vai ser submetido à ventilação mecânica;
•
Casos selecionados de derrame pleural neoplásico;
•
Casos selecionados de quilotórax.
Materiais
•
Mesa auxiliar;
•
EPIs: avental estéril, máscara cirúrgica, gorro, luvas estéreis;
•
Foco de luz;
•
Bandeja de pequena cirurgia ou dissecção venosa;
•
Escovas de degermação;
•
Solução antisséptica – clorexedine alcoólica ou aquosa (para neonatos menores de 1000g);
•
Campos estéreis;
•
Lidocaína 2% sem vasoconstritor;
•
Gazes esterilizadas;
•
Dreno de tórax compatível com o tamanho da criança e a finalidade (n° 8 a 40);
•
Sistema de drenagem torácica;
•
Fio de sutura mononylon 4.0, 3.0;
Cópia eletrônica não controlada
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2023, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do
Documento
Título do
Documento
MANUAL
PROCEDIMENTOS INVASIVOS EM
NEONATOLOGIA E PEDIATRIA
MA.UTIPN.001 - Página 22/32
Emissão: 28/7/2023
Versão: 1
Próxima revisão:
28/7/2025
•
Seringa 3 e 5 ml;
•
Agulhas 40x12 e 13x4,5;
•
Lâminas de bisturi;
•
Soro fisiológico ou água destilada para preenchimento do sistema de drenagem (volume
suficiente para manter submerso o tubo longo);
•
Fita adesiva e micropore.
Técnica
•
Posicionar o paciente em decúbito dorsal, com cabeceira do leito elevada a 30° ou
completamente deitado (180°) e elevar o membro ipsilateral para melhor exposição da parede
lateral do tórax;
•
Avaliar local da punção, comparando a radiografia de tórax ou ultrassonografia com o exame
físico na hora de escolher o espaço intercostal a ser drenado. A localização ideal está cerca de 1 a 2
cm abaixo do aparecimento da macicez à percussão torácica. Geralmente o derrame é acessível
através do quarto ou do quinto espaço intercostal na linha axilar média.
•
Degermação da pele 10 cm de diâmetro ao redor do local onde será colocado o dreno
torácico com esponja de clorexidina degermante e paramentação adequada com EPIs.
•
Antissepsia do local com clorexidina alcoólica e cobrir a área com campo estéril.
•
Anestesiar local com lidocaína 2% por planos: pele, perióstio da costela superior e da inferior,
englobando o feixe vasculonervoso situado em seus bordos inferiores; aspirar o êmbolo antes de
injetar o anestésico, a fim de evitar administração do conteúdo no intravascular.
•
Fazer incisão de pele com aproximadamente 2 cm no quinto espaço intercostal, na linha
axilar anterior ou média, sendo realizada a dissecção com pinça Kelly curva, divulsionando
delicamente os planos musculares, abrindo-se a pleural parietal.
•
Observar refluir gás ou conteúdo líquido (exsudato, transudato, sangue, linfa, entre outros)
ao adentrar na cavidade pleural; lembrar que a confirmação de que foi atingido o interior da
cavidade torácica se dá pela manobra digital, onde o dedo indicador da mão de dominância é
introduzido no orifício, podendo-se sentir o parênquima pulmonar ou a presença de estruturas
estranhas como vísceras, epíplon, aderências pleurais, liberando-as para o correto posicionamento
do dreno.
•
Inserir o dreno torácico no canal usando a pinça de Kelly como guia. Introduzir o dreno no
sentido posterossuperior e observar sempre que a sua última fenestra deverá ficar 3 cm na cavidade
pleural.
•
A fixação é feita com ponto em “U” circundando o dreno, dando um nó sobre a pele, sendo
com o restante do fio, realizada uma fixação em “bailarina” nele. Conectar o dreno no sistema de
drenagem, deixar a extremidade do equipo do dreno imersa 2 cm abaixo do selo d'água feito com
soro fisiológico. Realizar curativo do local incisado e fazer fixação com esparadrapo largo aderido à
pele e outro passando por cima do dreno. Os aparelhos de sucção em selo d'água devem estar
posicionados 100 cm abaixo do paciente para evitar fluxo retrógrado do líquido.
•
Observar oscilação do dreno e realizar radiografia de tórax para avaliar sua posição.
Cópia eletrônica não controlada
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2023, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do
Documento
Título do
Documento
MANUAL
PROCEDIMENTOS INVASIVOS EM
NEONATOLOGIA E PEDIATRIA
MA.UTIPN.001 - Página 23/32
Emissão: 28/7/2023
Versão: 1
Próxima revisão:
28/7/2025
Figura 14 – Drenagem pleural, técnica. Fonte: https://whitebook.pebmed.com.br/conteudo/toracostomia
Figura 15 – Drenagem pleural, tamanho de dreno torácico, conforme idade (peso).
Fonte: https://whitebook.pebmed.com.br/conteudo/toracostomia
Contraindicações
✓
Não existem contraindicações absolutas.
✓
Relativas: paciente com aderências; coagulopatia não corrigida (corrigir antes do
procedimento ou se for intervenção urgente ou emergente, não atrasar drenagem para correção
de coagulopatia).
Complicações
•
Sangramentos;
•
Obstrução do tubo por coágulos;
•
Edema pulmonar por reexpansão;
•
Enfisema subcutâneo;
•
Infecção do líquido pleural;
Cópia eletrônica não controlada
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2023, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do
Documento
Título do
Documento
•
•
•
•
•
MANUAL
PROCEDIMENTOS INVASIVOS EM
NEONATOLOGIA E PEDIATRIA
MA.UTIPN.001 - Página 24/32
Emissão: 28/7/2023
Versão: 1
Próxima revisão:
28/7/2025
Laceração do pulmão e tecidos adjacentes;
Pneumotórax;
Hemotórax;
Infecção local;
Dor.
Cuidados com o doente drenado
•
Após o procedimento, verificar se houve expansão pulmonar, clínica e radiográfica;
•
Trocar diariamente o frasco, anotando o volume e o aspecto do material drenado;
•
Verificar constantemente as conexões;
•
Manter o frasco de drenagem num nível inferior ao do dreno de tórax;
•
Não fixar a extensão do dreno ao leito do paciente;
•
Não pinçar o dreno para transporte, apenas mantê-lo num nível mais baixo que o tórax.
Retirada do dreno
•
O dreno será retirado quando não estiver mais cumprindo as funções pelas quais foi
colocado, isto é, quando cessar o débito de drenagem (frasco limpo ou com mínimo débito em 24
horas), parada da osciliação da coluna de água, tendo ainda havido melhora do quadro clínico e da
ausculta pulmonar, comprovada radiograficamente.
•
Nos casos de pneumotórax, o dreno só será retirado quando estiver fechada a fístula aérea
do parênquima pulmonar; para uma maior segurança na retirada após o fechamento da fístula,
pode-se realizar o pinçamento do dreno por um período de 6 a 12 horas, fazendo uma radiografia
em seguida e, se não houver pneumotórax , retirar o dreno.
Técnica de retirada do dreno
•
Retira-se o curativo.
•
Realiza-se a antissepsia ao redor do dreno.
•
Secciona-se o fio de fixação na pele.
•
Pede-se para o paciente parar de respirar, se criança com capacidade.
•
Traciona-se o dreno com um único golpe para evitar a entrada de ar pelos vários orifícios.
•
Oclui-se rapidamente o ferimento da pele com gaze embebida em lidocaína geleia ou
pomada antibiótica, aplicando-se esparadrapo sobre o ferimento. Pode-se também passar um
ponto prévio para fechar o ferimento.
•
Esse curativo só deve ser trocado após 48 a 72 horas, para se evitar a entrada de ar na
ausência de aderência nas bordas da ferida.
❖
Punção percutânea para cateterização arterial
Materiais
•
EPIs (avental descartável, luvas esterilizadas, máscara cirúrgica, gorro e óculos de
proteção/protetor facial);
Cópia eletrônica não controlada
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2023, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do
Documento
Título do
Documento
MANUAL
PROCEDIMENTOS INVASIVOS EM
NEONATOLOGIA E PEDIATRIA
MA.UTIPN.001 - Página 25/32
Emissão: 28/7/2023
Versão: 1
Próxima revisão:
28/7/2025
•
•
•
•
•
•
•
Suporte de soro;
Mesa de apoio;
Bandeja de curativo;
Gazes esterilizadas;
Clorexidine alcoólica 0,5%;
Pequeno campo cirúrgico esterilizado;
Abocath:
✓ > 40kg = nº 20;
✓ Lactente e pré-escolar = nº 22 -24;
✓ Neonatos = nº 24
•
Kit descartável de transdutor de pressão arterial esterilizado;
•
Suporte/placa do domo (local onde o diafragma do equipo transdutor de pressão é
posicionado);
•
Bolsa pressórica;
•
Régua niveladora;
•
SF 0,9% (250 mL);
•
Seringa 5ml;
•
Agulha 40x12;
•
Soro Fisiológico 0,9% 10ml;
•
Bomba de infusão contínua;
•
Heparina sódica (se prescrito pelo médico);
•
Monitor com módulo e cabo para a monitorização de pressão arterial invasiva;
•
Fita hipoalergênica ou transparente semipermeável, esterilizada e com boa adesividade.
Conceitos anatômicos
•
Checar a existência de circulação colateral;
•
Optar pelo lado não dominante;
•
Utilizar as seguintes artérias na ordem de preferência: radial, ulnar, pediosa, tibial posterior,
femoral.
•
Artérial radial – palpável na face radial e anterior do punho, 1 a 2 cm proximal à dobra do
punho;
•
Artéria femoral – palpável no triângulo femoral, 1 a 2 cm do ligamento inguinal.
Preparo
•
Se artérial radial, Teste de Allen modificado (descrito no próximo tópico);
•
Posicionamento adequado do paciente e localização tátil e visual dos pontos de referência
anatômicos para orientação da punção vascular;
•
Estabilização do local a ser puncionado;
•
Conectar SF ao equipo de monitorização invasiva e pressurizar a 200 a 300 mmHg (considerar
manter infusão contínua a 3ml/h com esta pressurização);
•
Conectar o cabo ao monitor e ao transdutor de pressão do equipo;
Cópia eletrônica não controlada
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2023, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do
Documento
Título do
Documento
MANUAL
PROCEDIMENTOS INVASIVOS EM
NEONATOLOGIA E PEDIATRIA
MA.UTIPN.001 - Página 26/32
Emissão: 28/7/2023
Versão: 1
Próxima revisão:
28/7/2025
•
Preencher todo o equipo de monitorização e extensão com SF 0,9%;
•
Colocar suporte do transdutor da pressão alinhado com o eixo flebostático (ponto de
referência no tórax utilizado como linha de base para o posicionamento do transdutor,
representando o posicionamento do átrio pela intersecção do 4º espaço intercostal com a linha
axilar média);
•
Zerar o sistema e o monitor;
•
Higienização das mãos;
•
Antissepsia com clorexidine alcoólica 0,5% por 30 segundos com movimentos de vai e vem;
•
Se necessário anestesia local, está será realizada, exclusivamente pelo médico, e com a
menor dose possível de anestésico local, tendo cuidado de espalhá-lo ao redor da artéria (evitar
vasoespasmo).
Técnica
•
Artéria Radial
✓
Teste de Allen Modificado - verifica a viabilidade da artéria ulnar, responsável pela circulação
colateral da artéria radial. É uma variação mais simples do Teste de Allen, o qual analisa o fluxo
sanguíneo tanto da artéria radial quanto da artéria ulnar. Sua aplicação é feita à beira do leito. Com
o antebraço do paciente na posição alta e o punho cerrado, pressionar as artérias radial e ulnar até
ocluir o fluxo sanguíneo; manter a mão do paciente elevada para que o sangue contido nos vasos
da mão drene. Solicitar que o paciente abra e feche a mão repetidas vezes a fim de facilitar o
escoamento do sangue. Abaixar a mão do paciente e pedir para ele abri-la, sendo que, neste
momento, a palma deve estar pálida. Retirar o dedo que estava pressionando a artéria ulnar, mas
manter a pressão sobre a artéria radial. Se o Teste de Allen modificado for positivo, a circulação
colateral, representada pelo fluxo sanguíneo da artéria ulnar, deve reperfundir os vasos da mão em
menos de 10 segundos (geralmente em 6 segundos), fenômeno este identificado pelo retorno da
coloração avermelhada à palma da mão. Se o Teste de Allen modificado for negativo, o retorno da
coloração avermelhada da palma da mão demora mais do que 10 segundos, indicando que a
circulação colateral da artéria radial não está íntegra. Este resultado contraindica a realização de
punção na artéria radial, pois caso ocorra obstrução do fluxo sanguíneo como complicação, não
haverá irrigação sanguínea suficiente para a mão.
✓
Posicionamento do paciente – mão com leve dorsiflexão do punho, preferencialmente do
membro não dominante (com auxílio de coxim);
✓
Palpação da artéria ao longo do percurso até que ela penetre no retináculo flexor 1 cm
proximal à prega do punho;
✓
Introduzir agulha da punção no ponto demarcado, com bisel para cima, em um ângulo de
30º a 45º em relação à pele;
✓
Após a punção da artéria com refluxo de sangue, deve-se reduzir o ângulo para 15º;
✓
Manter a mão firme, retirar a seringa e observar características do sangue, que deve fluir
livre e pulsátil. No caso de punção com Abocath®, neste ponto, já conectar o mesmo ao sistema
pressurizado;
✓
Observar a curva de pressão arterial no monitor;
✓
Fixar o cateter específico com sutura em suas aletas;
Cópia eletrônica não controlada
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2023, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do
Documento
Título do
Documento
MANUAL
PROCEDIMENTOS INVASIVOS EM
NEONATOLOGIA E PEDIATRIA
MA.UTIPN.001 - Página 27/32
Emissão: 28/7/2023
Versão: 1
Próxima revisão:
28/7/2025
✓
Curativo (na ausência de kit específico, fixar apenas com curativo);
✓
Rechecar a adequada curva de pressão.
•
Artéria Femoral
✓
Posicionamento do paciente – decúbito dorsal horizontal com leve rotação lateral do
membro a ser manipulado;
✓
Palpar a artéria no triângulo femoral, em posição lateral à veia femoral;
✓
Introduzir agulha da punção no ponto demarcado com direcionamento cranial, com bisel
para cima, em um ângulo de 30º a 45º em relação à pele;
✓
Após a punção da artéria, observar fluxo pulsátil e vermelho-vivo;
✓
Conectar o cateter ao sistema pressurizado já preenchido com soro;
✓
Observar a curva de pressão arterial no monitor;
✓
Fixar o cateter específico com sutura em suas aletas;
✓
Fazer curativo oclusivo;
✓
Rechecar a adequada curva de pressão.
Contraindicações
•
Infecção local;
•
Ausência de circulação colateral no sítio de posicionamento do cateter;
•
Doença vascular periférica grave envolvendo o leito arterial desejado;
•
Lesão traumática proximal ao sítio de inserção;
•
Coagulopatia não corrigida;
•
Presença de sopros ou pulso reduzidos;
•
Presença de aneurismas no local;
•
Trombo local;
•
Cirurgia vascular pŕevia no sítio;
•
Queimadura ou dermatite no sítio de punção;
•
Provável necessidade de trombolíticos ou uso prévio recente.
Características do sítio ideal
•
Adequada circulação colateral;
•
Fácil acesso para punção e cuidados de enfermagem;
•
Não promover dobras ou obstrução do cateter já inserido;
•
Não ser desconfortável ou distorcer a curva de pressão com a movimentação do paciente;
•
Reproduzir fielmente a curva de pressão da aorta central;
•
Ser livre de contraindicações.
Complicações
•
Vasoespasmo arterial;
•
Trombose arterial;
•
Embolização distal e proximal;
•
Hemorragias;
Cópia eletrônica não controlada
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2023, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do
Documento
Título do
Documento
•
•
•
•
•
•
•
MANUAL
PROCEDIMENTOS INVASIVOS EM
NEONATOLOGIA E PEDIATRIA
MA.UTIPN.001 - Página 28/32
Emissão: 28/7/2023
Versão: 1
Próxima revisão:
28/7/2025
Formações aneurismáticas e fístulas arteriovenosas;
Necrose distal (extremidades);
Infecção local;
Neuropatia, compressão do nervo mediano;
Injeção inadequada de medicações;
Punção de vaso arterial indesejado;
Síndrome compartimental.
Observações importantes para todos os procedimentos
✓
Descrever em prontuário do paciente.
✓
Reportar eventos adversos e/ou queixas técnicas no Vigihosp (ferramenta de gestão de
riscos voltada para a qualidade e segurança do paciente).
5. REFERÊNCIAS
Moura AR. Procedimentos cirúrgicos na unidade de terapia intensiva. In: Associação de Medicina
Intensiva Brasileira; Dal-Pizzo F, Amorim FF, organizadores. PROAMI Programa de Atualização em
Medicina Intensiva: Ciclo 15. Porto Alegre: Artmed Panamericana; 2018. (Sistema de Educação
Continuada a Distância, v.3).
Mattar APL. Procedimentos de emergência em pediatria. In: Sociedade Brasileira de Pediatria;
Simon Junior H, Pascolat G, organizadores. PROEMPED Programa de Atualização em Emergência
P:ediátrica: Ciclo 2. Porto Alegre: Artmed Panamericana; 2019. (Sistema de Educação Continuada a
Distância, v.4).
PERICARDIOCENTESE. Pebmed,2020. Disponível em:
https://whitebook.pebmed.com.br/conteudo/pericardiocentese. Acesso em: 28 de ago. de 2020.
Procedimentos pediátricos: Acesso intraósseo. Pebmed, 2020. Disponível em:
https://whitebook.pebmed.com.br/conteudo/cateterizacao-da-veia-umbilical. Acesso em: 06 de
set. de 2020.
Sharon R Smith, MD. Vascular (venous) access for pediatric resuscitation and other pediatric
emergencies. Post TW, ed. UpToDate. Waltham, MA: UpToDate Inc. https://www.uptodate.com
(Accessed on September 07, 2020.) Literature review current through: Aug 2020. | This topic last
updated: Feb 07, 2020.
Moura AR. Procedimentos cirúrgicos na unidade de terapia intensiva. In: Associação de Medicina
Intensiva Brasileira; Dal-Pizzo F, Amorim FF, organizadores. PROAMI Programa de Atualização em
Medicina Intensiva: Ciclo 15. Porto Alegre: Artmed Panamericana; 2018. p. 109-45. (Sistema de
Educação Continuada a Distância, v.3).
Mattar APL. Procedimentos de emergência em pediatria. In: Sociedade Brasileira de Pediatria;
Simon Junior H, Pascolat G, organizadores. PROEMPED Programa de Atualização em Emergência
P:ediátrica: Ciclo 2. Porto Alegre: Artmed Panamericana; 2019. p 99-131. (Sistema de Educação
Continuada a Distância, v.4).
PARACENTESE. Pebmed,2020. Disponível em:
https://whitebook.pebmed.com.br/conteudo/toracocentese. Acesso em: 28 de ago. de 2020.
Procedimentos pediátricos: Acesso intraósseo. Pebmed, 2020. Disponível em:
Cópia eletrônica não controlada
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2023, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do
Documento
Título do
Documento
MANUAL
PROCEDIMENTOS INVASIVOS EM
NEONATOLOGIA E PEDIATRIA
MA.UTIPN.001 - Página 29/32
Emissão: 28/7/2023
Versão: 1
Próxima revisão:
28/7/2025
https://whitebook.pebmed.com.br/conteudo/acessointraosseo. Acesso em: 06 de set. de 2020.
Catherine E Perron, MD. Intraosseous infusion. Post TW, ed. UpToDate. Waltham, MA: UpToDate
Inc. https://www.uptodate.com (Accessed on September 07, 2020.) Literature review current
through: Aug 2020. | This topic last updated: Nov 25, 2019.
Bery, Breno. Série Especialidades na Pediatria. PortalPed, 2017. Diposnível em:
https://www.portalped.com.br/especialidades-da-pediatria/urgencia-e-emergencia/emergenciadoutor-nao-ha-acesso-venoso/. Acesso em: 07 de set. de 2020.
Luck R.P., Haines C., Mull C.C. Intraosseous Access. The Journal of Emergency Medicine, Volume 39,
Issue 4, October 2010, Pages 468-475
HIRSHHEIMER, M.R.; CARVALHO. W.C.; MATSUMOTO. Terapia Intensiva Pediátrica e Neonatal- 4ª
edição. Rio de Janeiro: Atheneu, 2018.
VOLK, Sidney. Série Procedimentos em Pediatria: a Punção Lombar. PortalPed, 2018. Disponível em:
https://www.portalped.com.br/especialidades-da-pediatria/medicina-intensiva/serieprocedimentos-em-pediatria-a-puncao-lombar/ . Acesso em: 28 de ago. de 2020.
Mattar APL. Procedimentos de emergência em pediatria. In: Sociedade Brasileira de Pediatria;
Simon Junior H, Pascolat G, organizadores. PROEMPED Programa de Atualização em Emergência
Pediátrica: Ciclo 2. Porto Alegre: Artmed Panamericana; 2019. p 99-131. (Sistema de Educação
Continuada a Distância, v.4).
Martins ALV, Corrêa AR, Carvalho FB.Hipertensão intracrianana no paciente grave. In: Associação de
Medicina Intensiva Brasileira; Dal-Pizzo F, Amorim FF, organizadores. PROAMI Programa de
Atualização em Medicina Intensiva: Ciclo 17. Porto Alegre: Artmed Panamericana; 2020. p. 11-36.
(Sistema de Educação Continuada a Distância, v.2).
PUNÇÃO LOMBAR. Pebmed, 2020. Disponível em:
https://whitebook.pebmed.com.br/conteudo/toracocentese. Acesso em: 28 de ago. de 2020.
Lalit Bajaj, MD, MPHJoan Bothner, MD. Urine collection techniques in infants and children with
suspected urinary tract infection. Post TW, ed. UpToDate. Waltham, MA: UpToDate Inc.
https://www.uptodate.com (Accessed on August 30, 2020.) Literature review current through: Aug
2020. | This topic last updated: May 07, 2020.
Nader Shaikh, MDAlejandro Hoberman, MD. Urinary tract infections in infants and children older
than one month: Clinical features and diagnosis. Post TW, ed. UpToDate. Waltham, MA: UpToDate
Inc. https://www.uptodate.com (Accessed on August 31, 2020.) Literature review current through:
Aug 2020. | This topic last updated: Jan 14, 2020.
COLOGNA, Adauto José. Cistostomia. Medicina (Ribeirao Preto. Online), [S.L.], v. 44, n. 1, p. 57-63,
30 mar. 2011. Universidade de Sao Paulo, Agencia USP de Gestao da Informacao Academica
(AGUIA). http://dx.doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v44i1p57-62.
TOSIF, Shidan; BAKER, Alice; OAKLEY, Ed; DONATH, Susan; BABL, Franz e. Contamination rates of
different urine collection methods for the diagnosis of urinary tract infections in young children: an
observational cohort study. Journal Of Paediatrics And Child Health, [S.L.], v. 48, n. 8, p. 659-664, 27
abr. 2012. Wiley. http://dx.doi.org/10.1111/j.1440-1754.2012.02449.x
POLLACK, Charles V.; POLLACK, Emily S.; ANDREW, Michael E.. Suprapubic Bladder Aspiration Versus
Urethral Catheterization in Ill Infants: success, efficiency, and complication rates. Annals Of
Cópia eletrônica não controlada
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2023, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do
Documento
Título do
Documento
MANUAL
PROCEDIMENTOS INVASIVOS EM
NEONATOLOGIA E PEDIATRIA
MA.UTIPN.001 - Página 30/32
Emissão: 28/7/2023
Versão: 1
Próxima revisão:
28/7/2025
Emergency Medicine, [S.L.], v. 23, n. 2, p. 225-230, fev. 1994. Elsevier BV.
http://dx.doi.org/10.1016/s0196-0644(94)70035-4.
TOBIANSKY, R; EVANS, N. A randomized controlled trial of two methods for collection of sterile urine
in neonates. Journal Of Paediatrics And Child Health, [S.L.], v. 34, n. 5, p. 460-462, out. 1998. Wiley.
http://dx.doi.org/10.1046/j.1440-1754.1998.00272.x.
GOCHMAN, Robert F; KARASIC, Raymond B; HELLER, Michael B. Use of portable ultrasound to assist
urine collection by suprapubic aspiration. Annals Of Emergency Medicine, [S.L.], v. 20, n. 6, p. 631635, jun. 1991. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/s0196-0644(05)82381-9.
HIRSHHEIMER, M.R.; CARVALHO. W.C.; MATSUMOTO. Terapia Intensiva Pediátrica e Neonatal- 4ª
edição. Rio de Janeiro: Atheneu, 2018.
VOLK, Sidney. Série Procedimentos: Realizando a Toracocentese. PortalPed, 2019. Disponível em:
https://www.portalped.com.br/especialidades-da-pediatria/medicina-intensiva/serieprocedimentos-realizando-a-toracocentese/ . Acesso em: 28 de ago. de 2020.
Moura AR. Procedimentos cirúrgicos na unidade de terapia intensiva. In: Associação de Medicina
Intensiva Brasileira; Dal-Pizzo F, Amorim FF, organizadores. PROAMI Programa de Atualização em
Medicina Intensiva: Ciclo 15. Porto Alegre: Artmed Panamericana; 2018. p. 109-45. (Sistema de
Educação Continuada a Distância, v.3).
Mattar APL. Procedimentos de emergência em pediatria. In: Sociedade Brasileira de Pediatria;
Simon Junior H, Pascolat G, organizadores. PROEMPED Programa de Atualização em Emergência
Pediátrica: Ciclo 2. Porto Alegre: Artmed Panamericana; 2019. p 99-131. (Sistema de Educação
Continuada a Distância, v.4).
TORACOCENTESE. Pebmed,2020. Disponível em:
https://whitebook.pebmed.com.br/conteudo/toracocentese. Acesso em: 28 de ago. de 2020.
TORACOSTOMIA. Pebmed,2020. Disponível em:
https://whitebook.pebmed.com.br/conteudo/toracocentese. Acesso em: 28 de ago. de 2020.
Moura AR. Procedimentos cirúrgicos na unidade de terapia intensiva. In: Associação de Medicina
Intensiva Brasileira; Dal-Pizzo F, Amorim FF, organizadores. PROAMI Programa de Atualização em
Medicina Intensiva: Ciclo 15. Porto Alegre: Artmed Panamericana; 2018. (Sistema de Educação
Continuada a Distância, v.3).
Mattar APL. Procedimentos de emergência em pediatria. In: Sociedade Brasileira de Pediatria;
Simon Junior H, Pascolat G, organizadores. PROEMPED Programa de Atualização em Emergência
P:ediátrica: Ciclo 2. Porto Alegre: Artmed Panamericana; 2019. (Sistema de Educação Continuada a
Distância, v.4).
Cópia eletrônica não controlada
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2023, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do
Documento
Título do
Documento
MANUAL
PROCEDIMENTOS INVASIVOS EM
NEONATOLOGIA E PEDIATRIA
MA.UTIPN.001 - Página 31/32
Emissão: 28/7/2023
Versão: 1
Próxima revisão:
28/7/2025
6. HISTÓRICO DE ELABORAÇÃO/REVISÃO
VERSÃO
1
DATA
21/3/2023
DESCRIÇÃO DA AÇÃO/ALTERAÇÃO
Revisão e atualizaçao dos Procedimentos Operacionais Padrão (POPs) e
transformação em Manual (MA)
Elaboração dos POPs – versão 1
Pericardiocentese
Fernanda Brandão Berto Resende, Anália Oliveira Soares, médicas assistentes da Unidade de Terapia
Intensiva (UTI) Neonatal e Pediátrica
Leda Maria Prado Palis, médica residente em UTI Neonatal e Pediátrica
Thaís Fonseca Guimarães, enfermeira assistencial na UTI Neonatal e Pediátrica
Cateterismo venoso umbilical
Fernanda Brandão Berto Resende, Anália Oliveira Soares
André Pedroza Francisco, médico residente em UTI Neonatal e Pediátrica
Marcela de Oliveira Alves, enfermeira assistencial na UTI Neonatal e Pediátrica
Paracentese
Fernanda Brandão Berto Resende, Anália Oliveira Soares
Monique Passos Ribeiro Duarte, médica residente em UTI Neonatal e Pediátrica
Punção intraóssea
Fernanda Brandão Berto Resende, Anália Oliveira Soares, André Pedroza Francisco
Ana Paula Silva Fialho, enfermeira, responsável técnica (RT) da UTI Neonatal e Pediátrica
Punção lombar e transfontanelar
Fernanda Brandão Berto Resende, Anália Oliveira Soares, Monique Passos Ribeiro Duarte
Maraisa Paula Silveira Durães, enfermeira assistencial da UTI Neonatal e Pediátrica
Punção suprapúbica
Fernanda Brandão Berto Resende, Anália Oliveira Soares, André Pedroza Francisco
Camila Pansani, enfermeira assistencial na UTI Neonatal e Pediátrica
Toracocentese e drenagem pleural
Fernanda Brandão Berto Resende, Anália Oliveira Soares, Monique Passos Ribeiro Duarte
Emmanuelle da Cunha Ferreira, enfermeira assistencial na UTI Neonatal e Pediátrica
Punção percutânea para cateterização umbilical (15/3/2021)
Fernanda Brandão Berto Resende, Anália Oliveira Soares, Leda Maria Prado Palis
Cinthia Lorena Silva Barbosa Teixeira, enfermeira assistencial na UTI Neonatal e Pediátrica
Orientações
Thais Santos Guerra Stacciarini, RT do Serviço de Educação em Enfermagem/Divisão de Enfermagem
Validação
Fabiana Jorge Bueno Galdino Barsam, Pávila Virgínia de Oliveira Nabuco, Valéria Cardoso Alves Cunali,
Eliene Machado Freitas Felix, médicas diaristas da UTI Neonatal e Pediátrica
Ana Paula Silva Fialho, enfermeira (RT da UTI Neonatal e Pediátrica
Raquel Elisabete Ribeiro Romani, médica intensivista pediatra
Caetano Galvão Petrini, chefe da Unidade Materno Infantil substituto
Rodrigo Juliano Mollina, chefe do Setor de Vigilância em Saúde e Segurança do Paciente substituto
Raquel Bessa Ribeiro Rosalino, responsável pela Unidade de Vigilância em Saúde e Qualidade Hospitalar
(no POP Punção percutânea para cateterização umbilical)
Registro, análise e revisão
Ana Paula Corrêa Gomes, chefe da Unidade de Planejamento
Aprovação
Ivonete Helena Rocha, chefe da Divisão de Gestão do Cuidado (DGC)
Taciana Fernandes Araújo Ferreira, chefe da DGC substituta (no POP Punção percutânea para cateterização
umbilical)
Cópia eletrônica não controlada
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2023, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
Data: 12/2/2021
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO
HOSPITAL DE CLÍNICAS
Tipo do
Documento
Título do
Documento
MANUAL
PROCEDIMENTOS INVASIVOS EM
NEONATOLOGIA E PEDIATRIA
MA.UTIPN.001 - Página 32/32
Emissão: 28/7/2023
Versão: 1
Próxima revisão:
28/7/2025
Continua
6. HISTÓRICO DE ELABORAÇÃO/REVISÃO
VERSÃO
1
DATA
21/3/2023
DESCRIÇÃO DA AÇÃO/ALTERAÇÃO
Revisão e atualizaçao dos Procedimentos Operacionais Padrão (POPs) e
transformação em Manual (MA)
Revisão e atualização – versão 2
Paracentese em Pacientes Neonatais e Pediátricos
Leda Maria Prado Palis, médica intensivista da UTI Pediátrica e Neonatal (UTIPN)
Validação
Cintia Machado Dutra, chefe da UTIPN substituta e chefe do Setor de Paciente Crítico (STPC)
Raquel Bessa Ribeiro Rosalino, chefe da Unidade de Gestão da Qualidade e Segurança do Paciente
Registro, análise e revisão
Ana Paula Corrêa Gomes, chefe da Unidade de Planejamento, Gestão de Riscos e Controles Internos
(UPLAG)
Aprovação
Patrícia Naves de Resende, chefe da Divisão Médica (DMED)
Data: 15/3/2023
Elaboração do Manual
Leda Maria Prado Palis, médica da UTIPN
Validação
Fabiana Jorge Bueno Galdino Barsam, chefe da UTIPN
Cintia Machado Dutra, chefe do STPC, em 8/5/2023
Luciana Paiva Romualdo, chefe do Setor de Gestão da Qualidade
Mariana Salomão Braga, chefe da DMED substituta, em 17/5/2023
Registro, análise e revisão
Ana Paula Corrêa Gomes, chefe da UPLAG
Aprovação
Colegiado Executivo
Data: 28/7/2023
Cópia eletrônica não controlada
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
® 2023, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Todos os direitos reservados
www.Ebserh.gov.br
Download