A interface entre a engenharia geotécnica e a estrutural Alexandre Duarte Gusmão, D.Sc. Universidade de Pernambuco Gusmão Engenheiros Associados SÃO PAULO – OUTUBRO DE 2014 Apresentação Introdução A relação entre o engenheiro estrutural e a geotecnia Relação pressão-deslocamento de fundações NBR-6122 x NBR-6118 Interação solo-estrutura em edifícios Considerações finais Introdução Edificação SUPERESTRUTURA + INFRAESTRUTURA + TERRENO Projeto convencional ENGENHEIRO GEOTÉCNICO Projeto convencional ENGENHEIRO ESTRUTURAL Projeto convencional ? INTERAÇÃO V1 V2 V3 V4 SOLO-ESTRUTURA V1 V2 V3 V4 ? S1 S2 S3 S4 PROJETO DA SUPERESTRUTURA PROJETO DAS FUNDAÇÕES CLIENTE Objetivo Apresentar alguns aspectos da interface e da interação (??) entre os engenheiros estruturais e os geotécnicos. PONTE DO PAIVA A relação entre o engenheiro estrutural e a geotecnia Metodologia Pesquisa: questões com múltiplas escolhas e resposta única Universo: 28 profissionais Distribuição: 17 de Pernambuco / Alagoas e 11 de São Paulo Resultados G + E = 61% Resultados Resultados Resultados Resultados S + QS = 75% Resultados N + EV = 74% Resultados N + EV = 81% Resultados N + EV = 86% Resultados N + EV = 89% Resultados N + EV = 85% Resultados N + EV = 72% Resultados N + EV = 39% Resultados N + EV = 78% Resultados N + EV = 82% Resultados N + EV = 93% Resultados Aspectos mal resolvidos: 54% de respostas Coeficiente de mola (V / H): 29% Cargas na fundação: 25% Interação solo-estrutura: 18% Outros (gz, empuxos, ligação bloco-estaca): 28% Resultados Comentários: 29% de respostas Capacitação em ISE Divulgação de índices de consumo em projetos de fundações Importância do engenheiro geotécnico Encontro entre profissionais de ambas as especialidades Relação pressão-deslocamento em fundações Fundações superficiais Fundações superficiais RADIER DE CONCRETO PROTENDIDO Radier Capacidade de carga: qrup 0,5 B g nat N g g qrup 0,5 15 18 15,7 0,8 1.696 kPa qrup 1.696 FS 37,7 3 p 45 04 PAVTOS – TERRENO ARENOSO p = 45 kPa Radier Capacidade de carga: qrup Su N c c qrup 25 5,14 1,1 141,4 kPa qrup 141,4 FS 3,1 3 p 45 04 PAVTOS – TERRENO ARGILOSO p = 45 kPa Fundação superficial Estado limite último: em geral os fatores de segurança são bem maiores que a unidade PROJETO É GOVERNADO PELO ESTADO LIMITE DE SERVIÇO (ELS) Coeficiente de reação vertical Recalques: p k s PLACA SOBRE APOIOS ELÁSTICOS pressão recalque Ensaios de placa kv: não linear 9 MN/m3 29 MN/m3 COMPACTA FOFA PLACA D = 620 mm Coeficiente de reação vertical Valores típicos: PLACA DE 30 cm DE DIÂMETRO Coeficiente de reação vertical Efeito da dimensão: b kv k s1 B 0 , 5 a 0,7 EFEITO DA DIMENSÃO DO RADIER – ACI Radier ks1 = 19 MN/m3 b = 0,30 m B = 15 m kv = ks1 . (0,30 / 15) 0,5 = 0,141 . ks1 kv = 2,68 MN/m3 EXEMPLO Radier Kv = 19 MN/m3 Smax = 2,7 mm Smin = 1,7 mm iSORECALQUES Radier Kv = 2,68 MN/m3 Smax = 18,1 mm Smin = 13,5 mm iSORECALQUES Radier Kv = 19 MN/m3 Kv = 2,68 MN/m3 RECALQUE – PERFIL LONGITUDINAL Radier Kv = 19 MN/m3 Kv = 2,68 MN/m3 MOMENTO FLETOR – PERFIL LONGITUDINAL Fundação profunda Módulo de reação horizontal: H y D p K L y p [K] = F.L-2 D D Fundação profunda K: não linear ESTACA HÉLICE CONTÍINUA D = 400 mm – L = 12 m ALBUQUERQUE et al. (xxxx) Fundação profunda Efeito da profundidade: K z K cte K z K nh z Fundação profunda Valores típicos: K = cte ARGILA K (MPa) CONSISTÊNCIA Su (kPa) FAIXA SUGERIDO Média 10 a 20 0,7 a 4,0 0,8 Rija 50 a 100 3,0 a 6,5 5,0 Muito Rija 100 a 200 6,5 a 13,0 10,0 Dura > 200 > 13,0 19,5 ARGILAS PRÉ-ADENSADAS Fundação profunda Valores típicos: K = nh . z nh (MN/m3) SOLO SECA SUBMERSA Areia fofa 2,6 1,5 Areia medianamente compacta 8,0 5,0 Areia compacta 20,0 12,5 Silte muito fofo --- 0,1 a 0,3 Argila muito mole --- 0,55 AREIAS E ARGILAS NORMALMENTE ADENSADAS Carregamento lateral Interação solo-estrutura: modelagem numérica com softwares específicos Carregamento lateral PONTE SOBRE O RIO BAETANTÃ - BA Caso de obra Ponte em Recife: construída em 1921 Fundação existente: estaca (sem informação) Projeto: todo o carregamento é suportado pelas estacas de reforço PONTE 06 DE MARÇO Caso de obra PONTE 06 DE MARÇO PONTE 06 DE MARÇO Caso de obra VALOR TÍPICO nh = 0,55 MN / m3 RETROANÁLISE nh = 1,7 MN / m3 PONTE 06 DE MARÇO Movimentos admissíveis em pontes RECALQUE ABSOLUTO Smax = 100 mm RECALQUE DIFERENCIAL (S / L)max = 1 / 250 (contínua) (S / L)max = 1 / 200 (isostática) (S / L)max = 1 / 500 (conforto) DESLOCAMENTO LATERAL dhmax = 50 mm NBR-6122 x NBR-6118 NBR-6122/2010 Vigência: partir de outubro de 2010 Formato: projeto / execução / controles Convergência com as normas de estruturas: ELU x ELS Valores característicos: aponta na direção dos métodos probabilísticos NBR-6122/2010 AOKI (2005) Sk Sm 1,645 s Sd g f Sk Rd Rk / g m Rk Rm 1,645 R NBR-6122/2010 Método de valores admissíveis: uso de fator de segurança global FATOR DE SEGURANÇA GLOBAL VENTO É AÇÃO PRINCIPAL: + 30% NBR-6122/2010 Fator de segurança global: fundação superficial NBR-6122/2010 Fator de segurança global: fundações profundas semi-empíricos: ≥ 2,0 Prova de carga estática com estacas piloto (ensaios a priori): ≥ 1,6 Métodos NBR-6122/2010 Método de valores de projeto: uso de fatores de segurança parciais FATOR DE MINORAÇÃO FATOR DE MAJORAÇÃO VENTO É AÇÃO PRINCIPAL: + 10% NBR-6122/2010 Fator de segurança parcial: fundação superficial Mas: 2,15 x 1,4 = 3,01 FSg = 3 Resistência característica Uso de métodos semi-empíricos Mas: 1,42 x 1,4 = 1,98 $$ FSg = 2 Resistência característica Uso de prova de carga estática $$ ENSAIOS A PRIORI Mas: 1,14 x 1,4 = 1,59 FSg = 1,6 NBR-6122/2010 Provas de carga estática NBR-6122/2010 Exemplo: shopping center em Olinda Estacas piloto: cravadas a priori Estaca metálica: W310x97 – L = 11,5 m Ensaios: PCE NBR-6122/2010 Ensaios de carregamento dinâmico: RMX: 2.610 / 3.520 / 2.520 kN Média: Rc,med = 2.883 kN CV: 0,192 NBR-6122/2010 Fator de segurança global: Ensaios a priori => FS = 1,60 1,60 . Radm = 2.883 Radm = 1.802 kN NBR-6122/2010 Fator de segurança parcial: n = 3 => 3 = 1,07 e 4 = 1,05 Rc,k = min [(2.883 / 1,07); (2.520 / 1,05)] Rc,k = Rd = 2.400 kN Para NBR-6118/2014 Vigência: partir de maio de 2014 Formato: projeto Estados limites: ELU e ELS NBR-6118/2014 Estado limite último (ELU): Ações permanentes: todas as combinações Ações variáveis: principal + secundárias reduzidas COMBINAÇÃO ÚLTIMA NORMAL NBR-6118/2014 Estado limite último (ELU): Fundação: FS global Ações: gGi e gq unitários Radm ≥ Ak Fd = Ak gGi = 1 gq = 1 NBR-6118/2014 Estado limite último (ELU): Fundação: FS parcial Rd ≥ Ad Fd = Ad NBR-6118/2014 Estado limite de serviço (ELS): Combinações quase permanentes: Combinações frequentes: NBR-6118/2014 Estado limite de serviço (ELS): Fundação: Ações permanentes isoladas: FGi,k Ações combinadas (ex: recalque por adensamento) NBR-6118/2014 Exemplo: shopping center em Olinda Permanente: G = 6.837 kN Acidental: q = 5.705 kN Ação do vento: V = 225 kN Fundação: Radm = 1.802 kN e Rd = 2.400 kN NBR-6118/2014 Estado limite último (ELU): fator de segurança global P + A + V: Ak = 6.837 + 5.705 + 0,6 x 225 = 12.677 kN (y0 = 0,6) Fundação: Radm = 1.802 kN Bloco: n = 12.677 / 1.802 = 08 estacas AÇÃO VARIÁVEL PRINCIPAL: CARGA ACIDENTAL NBR-6118/2014 Estado limite último (ELU): fator de segurança global P + V + A: Ak = 6.837 + 225 + 0,7 x 5.705 = 11.056 kN (y0 = 0,7) Fundação: Radm = 1,30 x 1.802 = 2.343 kN Bloco: n = 11.056 / 2.343 = 05 estacas AÇÃO VARIÁVEL PRINCIPAL: AÇÃO DO VENTO NBR-6118/2014 Estado limite último (ELU): fator de segurança parcial P + A + V: Ad = 1,35 x [ 6.837 ] + 1,5 x [ 5.705 + 0,6 x 225 ] = 17.990 kN (y0 = 0,6) Fundação: Rd = 2.400 kN Bloco: n = 17.990 / 2.400 = 08 estacas AÇÃO VARIÁVEL PRINCIPAL: CARGA ACIDENTAL NBR-6118/2014 Estado limite último (ELU): fator de segurança parcial P + V + A: Ad = 1,35 x [ 6.837 ] + 1,5 x [ 0,7 x 5.705 + 225 ] = 15.558 kN (y0 = 0,7) Fundação: Rd= 1,10 x 2.400 = 2.640 kN Bloco: n = 15.558 / 2.640 = 06 estacas AÇÃO VARIÁVEL PRINCIPAL: AÇÃO DO VENTO NBR-6118/2014 Exemplo: shopping center em Olinda Fundação Ação variável principal Número de estacas CARGA ACIDENTAL 08 VENTO 05 CARGA ACIDENTAL 08 VENTO 06 FS GLOBAL FS PARCIAL NBR-6118/2014 Imperfeições geométricas globais: ação permanente indireta DESAPRUMO NBR-6118/2014 Desaprumo devido a recalque: sempre ocorre nos prédios DESAPRUMO Caso de obra 15 PAVIMENTOS N-SPT 0 10 20 30 40 SAPATA 0 AREIA ARGILOSA COM MATÉRIA ORGÂNICA 10 AREIA FINA SILTOSA COM POUCA MAT.ORGÂNICA 100.00 CARREGAMENTO (%) ESTACAS DE COMPACTAÇÃO (AREIA + BRITA) AREIA MÉDIA E FINA 50.00 0.00 TEMPO (dias) 20 0 ARGILA ORGÂNICA SILTOSA 100 SONDAGEM ANTES APÓS 30 RECALQUE (mm) 0.00 30.00 60.00 RECALQUE MÁXIMO (P31) 90.00 AREIA FINA E MÉDIA MÉDIO MÍNIMO (P3) 120.00 PROF.(m) 40 200 300 400 Caso de obra P1 P2 P5 P4 P3 P7 P6 P8 P10 P9 P11 P14 P15 P17 P18 P23 0 P31 P30 2 4 P19 P21 P24 P29 P16 6 8 P22 P32 P20 P25 P33 P26 P34 Obs.: Os pilares P12, P13, P27 e P28 não existem. ISORECALQUES (mm) Caso de obra P5 P6 P7 P8 P9 P10 71 80 83 88 85 82 wx = 1 / 1.861 wy = 1 / 692 RECALQUES (mm) Caso de obra 17 PAVIMENTOS 100.00 N-SPT 10 20 30 CARREGAMENTO (%) 0 0 AREIA ARGILOSA ARGILA SILTOSA 10 50.00 AREIA FINA SILTOSA 0.00 TEMPO (dias) 0 20 100 0.00 30 RECALQUE (mm) ARGILA SILTOSA SONDAGEM SP-01 30.00 RECALQUE MÁXIMO (P6) MÉDIO MÍNIMO (P1) AREIA MÉDIA E FINA PROF.(m) 40 ESTACAS PRÉ-MOLDADAS DE CONCRETO COM COMPRIMENTO VARIÁVEL 60.00 200 300 400 500 600 Caso de obra wx = 1 / 3.280 wy = 1 / 1.680 P2 P1 P3 P4 P5 P7 P6 P8 P9 P10 P11 P18 P19 P14 P15 P16 P17 P12 P13 P20 P21 P22 P25 P23 0 P24 2 4 6 P26 P27 P28 P29 P30 8 ISORECALQUES (mm) NBR-6118/2014 Desaprumo devido ao recalque: qual o seu efeito na estrutura? Efeito do desaprumo: apenas no ELU ? Interação solo-estrutura em edifícios Projeto convencional ? INTERAÇÃO V1 V2 V3 V4 SOLO-ESTRUTURA V1 V2 V3 V4 ? S1 S2 S3 S4 PROJETO DA SUPERESTRUTURA PROJETO DAS FUNDAÇÕES Efeitos da ISE Hipótese -Apoios são indeslocáveis. Conseqüências considerados -Redistribuição de cargas e esforços. -Pode haver danos nos elementos estruturais. -Amplificação dos efeitos de 2ª ordem (estabilidade global do edifício) -Apoios podem recalcar de maneira -Rigidez da estrutura restringe os recalques independente uns dos outros. diferenciais. -A deformada de recalques medida é mais suave que a estimada convencionalmente. -O carregamento do prédio só ocorre -Aumento dos recalques absolutos com o ao final da sua construção. carregamento do prédio. -Aumento da rigidez da estrutura, com a evolução da construção. -Maior influência dos primeiros pavimentos. Efeitos da ISE Si = S + Si S S = f ( tensão-deformação ) Si = f ( interação solo-estrutura ) RECALQUE MÉDIO COEF. DE VARIAÇÃO ESTIMADO CONVENCIONALMENTE MEDIDO Gusmão (1990) Recalques N-SPT 0 10 20 30 40 SAPATA 0 AREIA ARGILOSA COM MATÉRIA ORGÂNICA 10 AREIA FINA SILTOSA COM POUCA MAT.ORGÂNICA 100.00 CARREGAMENTO (%) ESTACAS DE COMPACTAÇÃO (AREIA + BRITA) AREIA MÉDIA E FINA 50.00 0.00 TEMPO (dias) 20 0 ARGILA ORGÂNICA SILTOSA 100 SONDAGEM ANTES APÓS 30 RECALQUE (mm) 0.00 30.00 60.00 RECALQUE MÁXIMO (P31) 90.00 AREIA FINA E MÉDIA MÉDIO MÍNIMO (P3) 120.00 PROF.(m) 40 200 300 400 Recalques P1 P2 P5 P3 P7 P6 P8 P9 P11 P15 P17 0 P31 P30 P29 2 4 6 8 P10 P5 P14 P11 P2 P7 P6 P22 P32 P25 P33 P26 P34 Obs.: Os pilares P12, P13, P27 e P28 não existem. 0 P21 P31 P30 4 6 8 P22 P32 P20 P25 P33 P26 P34 Obs.: Os pilares P12, P13, P27 e P28 não existem. ESTIMADO SEM ISE MEDIDO S = 79,2 mm S = 82,3 mm CV = 0,189 P16 P19 P24 2 P10 P9 P18 P23 P29 P8 P14 P17 P20 P4 P3 P15 P19 P21 P24 P1 P16 P18 P23 P4 CV = 0,162 Recalque absoluto 120 REDISTRIBUIÇÃO DE CARGA Sest < MÉDIA RECALQUE MEDIDO (mm) Sest > MÉDIA 80 Sest < Smedido (ACRÉSCIMO) Sest > Smedido (ALÍVIO) Smin 40 Smedio Smax Smedio 0 0 40 80 RECALQUE ESTIMADO SEM ISE (mm) 120 DEFORMADA DE RECALQUES Recalque diferencial 50.00 1 / 150 ROTAÇÃO MEDIDA ESTIMADA CONVENCIONALMENTE RECALQUE DIFERENCIAL (mm) 40.00 INÍCIO DE FISSURAMENTO EM PAINÉIS DE ALVENARIA (BJERRUM, 1963) CVest = 0,189 1 / 300 30.00 20.00 1 / 500 10.00 1 / 1000 0.00 0 2 4 6 VÃO ENTRE PILARES (m) 8 10 CVmed = 0,162 Carga dos pilares 1.60 ARest < 1 ARest > 1 Si = recalque do pilar i 1.20 ARest < ARmed (ACRÉSCIMO) ARmed Si AR Sm ARest > ARmed (ALÍVIO) 0.80 Sm = recalque médio Estrutura Rígida: AR → 1 0.40 0.40 0.80 1.20 ARest 1.60 Efeito da seqüência construtiva Seqüência construtiva 1.00 0.80 CV 0.60 0.40 0.20 CV diminui 0.00 0 20 40 60 80 100 CARREGAMENTO (%) BANCO DE DADOS – 20 OBRAS Seqüência construtiva 2.50 ARmax ARmin 2.00 AR 1.50 AR 1 1.00 0.50 0.00 0 20 40 60 80 100 CARREGAMENTO (%) BANCO DE DADOS – 20 OBRAS Primeiros pavimentos 0.60 PRIMEIROS PAVTOS CV 0.40 0.20 0.00 0 100 200 TEMPO (dias) 300 400 Não linearidade geométrica Parâmetro gz: efeitos globais de 2a ordem LIMITE => 1,10 Caso de obra Edificação: 25 pavimentos (H = 70m) Índice de esbeltez de corpo rígido: bx = 3,7 (pequena) e by = 5,1 (mediana) Sistema construtivo: concreto armado Fundação: sapatas isoladas + melhoramento do terreno Borges (2009) Caso de obra Cálculo das reações de apoio sem ISE (Vo): Unidades: kN, m Caso de obra Cálculo dos recalques sem ISE (So): Smed = 56,3 mm CV = 0,135 Caso de obra Cálculo do coeficiente de mola (k): Vo k So Unidades: kN, m, radiano Caso de obra Cálculo dos recalques com ISE (Sf): Smed = 56,7 mm CV = 0,078 Caso de obra Cálculo do gz com ISE: aumento dos valores INDESLOCÁVEL ISE Borges (2009) gz - DIREÇÃO X CASO gz - DIREÇÃO Y IND ISE w IND ISE w 1 1,25 1,45 1 / 5.192 1,18 1,61 1 / 1.312 2 1,14 1,18 1 / 21.100 1,20 1,26 1 / 2.936 3 1,12 1,13 1 / 119.286 1,10 1,11 1 / 103.214 gZ g IND Z b Borges (2009) Considerações Finais Conclusões Apesar de não ser considerada nos projetos, é a ISE quem governa o desempenho da edificação. Os principais efeitos da ISE são a tendência à uniformização do recalques, e a redistribuição de esforços e cargas. O solo está longe de ser uma mola. Conclusões Houve muitos avanços na relação entre a engenharia geotécnica e estrutural. Há muitos desafios a serem vencidos pelos engenheiros estruturais e geotécnicos (juntos). Nada substitui a boa engenharia. Homenagem Jaime de Azevedo Gusmão Filho Muito obrigado pela atenção ... gusmao.alex@ig.com.br