1 FGV - MBA em Gestão Empresarial Gestão Estratégica da Informação v 15.0 – 2005 Prof. André Valle 1/338 Objetivo • Apresentar uma visão estratégica da tecnologia da informação, provendo aos participantes competências para estabelecerem e desenvolverem sua capacidade de planejamento, criação e inovação de estratégias vencedoras, bem como entender e conhecer as melhores ferramentas de tecnologia aplicadas aos negócios como diferencial de sucesso num mercado global e competitivo. 2/338 Bibliografia • CATALANI Luciene et ali. E-Commerce, Rio de Janeiro, Ed. Fundação Getúlio Vargas, 2004. • VALLE, André. Guia de EDI e Comércio Eletrônico. Rio de Janeiro: SIMPRO-BRASIL, 1999 • ALBERTIN, Alberto L. Comércio eletrônico. Rio de Janeiro : Atlas, 2001 • TURBAN, Efraim e WETHERBE, James C. Tecnologia da Informação para Gestão. Rio de Janeiro: Bookman Companhia Editorial, 2004 • MITNICK, Kevin. A arte de enganar. Rio de Janeiro: Pearson Brasil, 2003. • NIELSEN, Jakob. Projetando Websites. Rio de Janeiro: Editora Campus, 2000. 3/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 2 Para refletir… 4/338 “Tudo o que podia ser inventado já o foi.” Charles H. Duell, diretor do Departamento de Patentes dos EUA, 1899 5/338 “Em seis meses a televisão some do mercado. As pessoas vão se cansar de ficar sentadas diante de uma caixa de madeira” Darryl F. Zanuck, presidente da 20th Century Fox, 1946 6/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 3 “Não existe nenhuma razão que justifique uma pessoa ter um computador em casa” Ken Olson, fundador da Digital Equipment Corporation, 1977 7/338 “Penso que há, no mundo, mercado para 5 computadores” Thomas Watson, Presidente da IBM, 1943 8/338 “É uma invenção maravilhosa, mas não passa de um brinquedo” Gardiner Hubbard, sogro de Graham Bell, inventor do telefone, 1876 9/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 4 “Não temos usuário-centricidade. Até que entendamos o contexto – que está muito além da presença – a presença é a mais trivial noção do contexto.” Bill Gates, em 2002, explicando a iniciativa .Net da Microsoft. Ou tentando explicar… 10/338 Estratégia 11/338 O surgimento da Internet • A Internet foi desenvolvida nos Estados Unidos, a partir de uma combinação de projetos governamentais e acadêmicos, com o objetivo de permitir a comunicação de computadores diferentes, e principalmente, possibilitar que diferentes rotas pudessem continuar operacionais no caso de falhas (este objetivo era fundamentalmente militar…) 12/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 5 O surgimento da Internet comercial • A partir de 1991, passou-se a admitir o tráfego comercial na Internet, fato que possibilitou uma grande explosão no seu uso. • Em 1994, a Internet passou a utilizar diversos backbones comerciais, marcando uma nova era para a rede. 13/338 A Internet: Um Pequeno Histórico • • • • 1964 1969 1972 1982 • • • • • • • 1991 1993 1994 1995 1996-2000 2001… 2006… Concepção Início da Internet E-mail Protocolos TCP/IP e adoção do nome Internet WWW Primeiro browser gráfico Mecanismos de busca IPO da Netscape A “bolha” da Internet O trauma e a maturidade Web 2.0 Qual era o cenário há cinco anos... • Não havia dúvida que estávamos no meio da revolução do E-Business, já que este apresentava um crescimento exponencial, alcançando bilhões de dólares de resultado. • Empresários da Internet sendo entrevistados em “talk-shows”, aparecendo em capa de revistas... 15/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 6 O cenário há cinco anos... • Alguns diziam que era um milagre econômico, e vários acreditaram nisso - daí a hiper valorização das chamadas empresas virtuais. • No Brasil, por exemplo, o empresário Marcos Morais vendeu o portal Zip.net por US$ 365 milhões para a Portugal Telecom. • A Starmedia chegou a valer US$ 3 bilhões! 16/338 Nova economia ou exuberância irracional? • O presidente do Banco Central americano, Alan Greenspan, em uma das suas famosas declarações, denominou o “fenômeno” de exuberância irracional! 17/338 O cenário há cinco anos... • Fundos de investimento canalizando bilhões para empresas start-up, e a maior parte dos empreendimentos visando o famoso IPO (Initial Public Offer). • Compare: Yahoo! x Disney Ebay x GM [Veja a valorização de empresas no site http://finance.yahoo.com] 18/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 7 Só que em 2000... ... a “bolha” explodiu! 19/338 Efeitos do estouro da bolha… • • • • Recentemente, o portal Terra, do grupo espanhol Telefónica, fechou por meio bilhão de dólares a venda do site Lycos para a sul-coreana Daum. Com esse negócio, o Terra consumou uma perda de 96%, uma vez que havia pago 12.5 bilhões de dólares pelo Lycos há quatro anos atrás, pouco antes do estouro da bolha da internet. Não é um caso isolado do malogro num investimento na rede. Veja alguns casos de perdas com empresas que têm operações no Brasil. Telecom Italia investiu US$ 810 mi na Globo.com que hoje vale US$ 50 mi Banco Santander investiu US$ 585 mi na Patagon.com que hoje vale US$ 10 mi Portugal Telecom investiu US$ 365 mi na Zip.net que hoje vale US$ 50 mi Fonte: revista Exame ed. 824/ 18 de agosto de 2004 20/338 O que aconteceu depois do estouro da bolha? • Ao invés de enxergar uma grande revolução, a visão do mercado se tornou extremamente pessimista, mais até do que seria razoável. • Há razão para isso tudo ou a reação se tornou exagerada? 21/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 8 Razões para se opor ao pessimismo • O uso da Internet não pára de crescer em todo o mundo. • Empresas migram em massa para a nova tecnologia (sistemas baseados na Web). • Em 2002, o número de transações bancárias realizadas pela Web já tinha ultrapassado as realizadas nas agências. 22/338 O bolso é sensível! Custo da Transação Bancária Valor em Reais Agência R$3,50 Caixa eletrônico automático R$0,70 Internet R$0,13 23/338 O que é e-business? • E-business: tradução literal para negócios eletrônicos. Inclui o e-commerce (comércio eletrônico) e outras tipos de transações, podendo ser realizado com ou sem o uso da Internet (outras redes também podem ser utilizadas para a realização de negócios eletrônicos). E-business E-commerce 24/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 9 A nova fase do E-Business • Nesta nova fase pós-bolha, o foco migra das estratégias de criação de empresas “virtuais” (Amazon, E-bay, Submarino, etc) para estratégias que permitam obter vantagens competitivas sustentáveis para as empresas tradicionais. “Fase Romântica” “Fase Realista” 25/338 Modelos de negócio online • B2C (Business to Consumer): negócios eletrônicos para o consumidor final • B2B (Business to Business): negócios eletrônicos interempresariais • C2C (Consumer to Consumer): negócios eletrônicos entre consumidores finais • C2B (Consumer to Business): negócios demandados pelos consumidores às empresas, que competem para atendê-los • B2E (Business to Employee): iniciativas dentro das empresas para seus funcionários • G2B/B2G/G2C/C2G: interações eletrônicas entre o governo, as empresas e os consumidores finais. 26/338 Os efeitos… • De fato, a grande contribuição de toda essa “(r)evolução” está diretamente relacionada à democratização da informação digital e à grande redução de custos proporcionada pela tecnologia Web para as empresas. • A informação agora é ONIPRESENTE e ACESSÍVEL GLOBALMENTE. • O próximo passo é se ter a rede ONIPRESENTE… 27/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 10 O que nos espera: tendências para o futuro... 28/338 O conceito de escritório está mudando… • Até então, o conceito de escritório estava ligado aos meios de produção necessários (computadores, telefones, fax, etc) – normalmente ligados a fios… • Sem estes recursos, não poderíamos trabalhar… 29/338 Será que não mesmo ? 30/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 11 Wireless World – Um mundo sem fio! • O Wi-Fi (Wireless Fidelity) é a ponta do iceberg; novas tecnologias sem fio interconectarão praticamente todos os novos dispositivos, como automóveis, casas, escritórios e fábricas... • Ou até as pessoas... 31/338 A Internet das “coisas” Já estamos entrando na era M2M (Machine to Machine) 32/338 City Cloud Alguns chamam de City Cloud, outros de Wireless City, outros de Digital City e outros utilizam outros nomes mas não importa que nomes sejam utilizados o importante é que elas já começam a causar rebuliço no mundo e avançam cada vez mais. Amsterdã sem fio Amsterdã é uma cidade respeitosa com o passado mas atrevida com o futuro. Por isso, não é de espantar a notícia de que será a primeira metrópole da Europa a estar inteiramente coberta por tecnologia WiFi. Uma empresa chamada HotSpot Amsterdam começou a espalhar pontos de acesso a redes sem fio por toda a cidade. Ao todo, serão 125 antenas. As sete primeiras, no centro histórico, já estão funcionando. Fonte: O Globo, 20/9/2004 33/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 12 Um cantinho Wi-Fi no interior de SP • Desde que a prefeitura disponibilizou a internet de graça em Sud Mennucci, moradores sentem o gosto de ser mais cosmopolitas Moradora da pequena cidade de Sud Mennucci, a 614 quilômetros de São Paulo, a cabeleireira Elvira Nunes da Silva Martelo nunca teve a oportunidade de conhecer uma metrópole. "No máximo, fui a São Jose do Rio Preto", afirma ela, referindo-se a outra cidade da região noroeste do Estado, com 398 mil habitantes - só como base de comparação a cidade de São Paulo tem mais de 10 milhões de habitantes. Apesar disso, ela não se sente uma provinciana. "Com a internet, eu rodo o mundo", afirma. Na sua casa, Elvira instalou uma antena para receber o sinal de internet via rádio emitido pela prefeitura gratuitamente. Equipado com uma placa Wi-Fi, o computador de mesa da família Martelo fica 24 horas conectado à internet, para que todos usufruam da tecnologia. Alguns clientes de Elvira agendam horário por e-mail ou MSN Messenger. A internet também é útil para que a cabeleireira se atualize profissionalmente. "Aprendo novas técnicas visitando sites especializados", disse. Fonte: Agência Estado 34/338 Já Piraí saiu até na Newsweek! • • • The Humblest Digital City Pirai, Brazil Population: 23,600 Why: For connecting the once remote Fact: In one month this rural town in a low-tech country built itself a wireless network You won't find Pirai in a Fodor's guide. Nor is this poky town of 23,600 inhabitants, whose renown peaked during the 19th-century Brazilian coffee boom, exactly the nerve center of Latin American high technology. But if it were up to Mayor Luiz Fernando de Souza, known to all as Pezo, or Bigfoot in Portuguese, all this will change. Late last year, on the eve of his eighth and final year in office, Souza launched his most ambitious plan ever. He vowed to outfit all municipal facilities, from the town hall to the public schools, with broadband, wireless Internet access. It sounded quixotic at best. Only a fraction of Brazilians had Internet access of any kind. Even now, just 6 percent of the country's 11 million Web users enjoy broadband connections—and barely one in 20 of them has gone wireless. What's more, 90 percent of this vanguard lives in big cities, like Rio de Janeiro. But Bigfoot was never one to think small, and by early this year he'd gone off tilting at transmission towers. 35/338 Isso sem falar da famosa convergência… 36/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 13 Ou será que nosso computador vai ser assim… 37/338 A Nova Era Assíncrona • No passado, as comunicações eram todas síncronas. • Logo, você só poderia se “telecomunicar” com outra pessoa se ela estivesse presente no mesmo momento. • Como o advento das novas formas de comunicação, estamos cada vez mais utilizando formas assíncronas de comunicação: email, correio de voz, etc. 38/338 Mudanças na Indústria… • Antes: comprar um CD • Depois: “acessar” um serviço online de música • Antes: ver TV • Depois: “acessar TV”, vendo o que quer, a hora que quiser… 39/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 14 A mudança de paradigma em relação à área de TI: meio ou fim? 40/338 Marco • Em 1o de maio de 2003, Nicholas G. Carr publicou um artigo na Harvard Business Review chamado “IT Doesn’t Matter”, defendendo que o uso estratégico de Tecnologia da Informação já não mais era uma vantagem competitiva para as empresas... 41/338 A mudança de paradigma em relação à área de TI: meio ou fim? • A tecnologia e adoção da Internet e da Tecnologia da Informação estará estabilizada a partir de 2005 • O resultado é a transformação da Internet de uma “coisa” nova para um recurso onipresente, ou seja, uma “concessionária pública da informação”. • Ou seja, um mecanismo utilizado pelas pessoas para acessar informação e contactar outras pessoas, de qualquer lugar, utilizando qualquer dispositivo. 42/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 15 Características de uma “concessionária de serviços públicos” Serviço Água Medida Rede Accesso Aplicações Torneira Chuveiro Litros Canos Eletricidade kwh Cabos Lampada Transmissão Frequência Torres TV/radio Informação Bits Rede IP PC/fone/TV Luzes Notícias Pesquisa compras, comunicação 43/338 Esta concessionária será: • Onipresente: o acesso à informação estará disponível em qualquer lugar. Como uma tomada na sala, ficaremos surpresos quando não enxergarmos uma conexão de rede na parede, ou mesmo uma conexão sem fio indisponível. • Confiável: o acesso à informação estará sempre disponível, assim como o uso de um telefone ou de uma torneira d’água é parte do nosso dia a dia. • Acessível: o custo do acesso à informação básica será equivalente ao preço da TV aberta: gratuita para quem “assistir” a propaganda. Serviços premium estarão sempre disponíveis, analogamente à TV por assinatura. 44/338 Outsourcing agora é a regra! • Ao invés de se investir pesadamente em infraestrutura de TI, porque não simplesmente contratar mais capacidade? • Não é assim que fazemos em nossos escritórios quando precisamos de mais eletricidade ou mais água? • E os Recursos Humanos? Também são escalonáveis? 45/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 16 O perfil desejado para o profissional nos próximos anos • Atualização e treinamento contínuo: já vivemos a era na qual o diploma universitário já está obsoleto antes mesmo da formatura do profissional. • A tendência é que a validade do conhecimento do profissional será temporária, analogamente aos certificados de qualidade da ISO. • De tempos em tempos será requerido do profissional uma revalidação do seu “certificado”. 46/338 O perfil desejado para o profissional nos próximos anos • Educação continuada: novas técnicas de aprendizado, como por exemplo, o e-learning e a gestão do conhecimento, serão importantes para que o profissional se mantenha permanentemente atualizado. • As pequenas e médias empresas, seguindo o caminho já trilhado pelas grandes corporações, estarão desenvolvendo suas “universidades corporativas”. 47/338 Web 2.0 – padrões e modelos de negócio para a próxima geração de software • Web 2.0 é um termo cunhado pelo editor Tim O”Reilly, descrevendo uma série de novas tecnologias e modelos de negócios emergentes. • A Web como plataforma: há cerca de 10 anos atrás, a Netscape (podemos chamá-la de Web 1.0) também defendia o uso da web como plataforma. • Seu principal produto era um browser (um software desktop), e sua estratégia era utilizar seu domínio neste mercado para alavancar as vendas dos seus softwares para servidor, de alto custo. • Como tanto o browser quanto o servidor web se tornaram commodities, o valor migrou para os serviços prestados através da plataforma web. 48/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 17 Web 2.0 – padrões e modelos de negócio para a próxima geração de software • O Google, ao contrário, sempre se posicionou como uma aplicação web nativa, entregue como um serviço, com os consumidores pagando, direta ou indiretamente pelos serviços. • Nenhum dos defeitos existentes na tradicional indústria de software estão presentes. Não há licenciamento ou venda, apenas uso. Não há a necessidade do desenvolvimento de versões específicas para diversas plataformas, apenas um browser é necessário para acessar os serviços. 49/338 Web 2.0 – padrões e modelos de negócio para a próxima geração de software • Serviços P2P como o BitTorrent demonstram um outro princípio da Web 2.0: todo cliente também é um servidor; arquivos são decompostos em fragmentos que podem ser servidos de diversas localidades; de fato, quando mais popular é o arquivo, mais rápido ele é servido. • Logo, o serviço se torna melhor quanto mais usuários o utilizam. 50/338 Web 2.0 – padrões e modelos de negócio para a próxima geração de software • Outra princípio da Web 2.0: os efeitos de rede advindos das contribuições dos usuários são a chave para o domínio do mercado. • O melhor exemplo disso é a Wikipedia, enciclopédia online, cujos verbetes são adicionados, alterados e melhorados interativamente pelos seus usuários. • A própria Amazon.com também experimenta diversos benefícios do uso da colaboração dos seus usuários, como críticas aos livros, recomendações, etc, tornando-a bem mais atraente que a concorrência. 51/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 18 Web 2.0 – padrões e modelos de negócio para a próxima geração de software • O fim do ciclo de lançamento de software: ao invés de grandes “releases”, o software vai sendo melhorado progressivamente, a ponto de algumas aplicações ostentarem o rótulo “beta” por vários anos, criando o chamado beta perpétuo…. • Cal Henderson, principal desenvolvedor do Flickr.com, ferramenta de armazenamento, busca e compartilhamento de fotos, lança novos releases a cada meia hora…. • Compare com o modelo de negócios das empresas tradicionais, como a Microsoft, que requer que o usuário faça um upgrade do seu ambiente a cada dois ou três anos… 52/338 Web 2.0 – padrões e modelos de negócio para a próxima geração de software • Outra característica importante do Web 2.0 é que ele não mais está limitado à plataforma PC. • De fato, qualquer dispositivo, tal como um gravador pessoal de vídeo (como o Tivo) ou um MP3 player como o iPod pode se beneficiar das aplicações desenvolvidas. • Da mesma forma, teremos telefones, automóveis, etiquetas inteligentes, telefones IP, geladeiras e outros dispositivos fazendo parte da mesma estrutura. 53/338 Web 2.0 – padrões e modelos de negócio para a próxima geração de software • AJAX (Asynchronous JavaScript and XML): trazendo a funcionalidade das aplicações Desktop para o ambiente Web. • É uma técnica de desenvolvimento para a criação de aplicações web interativas. 54/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 19 Infraestrutura 55/338 Registro de Domínio - No Brasil • O que é um nome de domínio ? É um nome que serve para localizar e identificar conjuntos de computadores na Internet. O nome de domínio foi concebido com o objetivo de facilitar a memorização dos endereços de computadores na Internet. Sem ele, teríamos que memorizar uma sequência grande de números. • Qualquer entidade legalmente estabelecida no Brasil como pessoa jurídica (instituições) ou física (Profissionais Liberais e pessoas físicas) que possua um contato em território nacional pode registrar um domínio. 56/338 Registro de Domínio - No Brasil • Para registrar o seu domínio, você deverá se adequar a um conjunto de regras específicas, que variam de país para país. • Por exemplo, no Brasil, o tipo de domínio .com.br (o mais utilizado de todos) somente pode ser registrado por empresas. Um número de CNPJ válido é requerido para a efetivação. 57/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 20 Tipos de domínio no Brasil AGR.BR Empresas agrícolas, fazendas AM.BR Empresas de radiodifusão sonora MIL.BR Forças Armadas Brasileiras NET.BR Detentores de autorização para os serviços de Comunicação Multimídia (SCM), EDU.BR Entidades de ensino superior ORG.BR Entidades não governamentais sem fins lucrativos COM.BR Comércio em geral PSI.BR Provedores de serviço Internet COOP.BR Cooperativas REC.BR Atividades de entretenimento, diversão, jogos, etc... ART.BR Artes: música, pintura, folclore ESP.BR Esporte em geral FAR.BR Farmácias e drogarias FM.BR Empresas de radiodifusão sonora G12.BR Entidades de ensino de primeiro e segundo grau GOV.BR Entidades do governo federal IMB.BR Imobiliárias IND.BR Industrias SRV.BR Empresas prestadoras de serviços TMP.BR Eventos temporários, como feiras e exposições TUR.BR Entidades da área de turismo TV.BR Empresas de radiodifusão de sons e imagens ETC.BR Entidades que não se enquadram nas outras categorias INF.BR Meios de informação (rádios, jornais, bibliotecas, etc..) 58/338 Tipos de domínio no Brasil ADM.BR Administradores LEL.BR Leiloeiros ADV.BR Advogados MAT.BR Matemáticos e Estatísticos ARQ.BR Arquitetos MED.BR Médicos ATO.BR Atores MUS.BR Músicos BIO.BR Biólogos NOT.BR Notários BMD.BR Biomédicos NTR.BR Nutricionistas CIM.BR Corretores ODO.BR Dentistas CNG.BR Cenógrafos ECN.BR Economistas PPG.BR Publicitários e profissionais da área de propaganda e marketing ENG.BR Engenheiros PRO.BR Professores ETI.BR Especialista em Tecnologia da Informação PSC.BR Psicólogos FND.BR Fonoaudiólogos SLG.BR Sociólogos FOT.BR Fotógrafos TRD.BR Tradutores FST.BR Fisioterapeutas VET.BR Veterinários GGF.BR Geógrafos ZLG.BR Zoólogos CNT.BR Contadores QSL.BR Rádio amadores JOR.BR Jornalistas NOM.BR Pessoas Físicas 59/338 Registro de Domínio - No Brasil • A entidade responsável pelo registro de domínios no Brasil é o Registro.br, por delegação do Comitê Gestor Internet Br. • O endereço do serviço é http://www.registro.br/ • Questão importante: relação entre o registro de domínio e a propriedade intelectual da marca. 60/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 21 Questão importante Registro de Domínio Depósito de Marca Registro.br (http://www.registro.br) INPI (http://www.inpi.gov.br) Domínio Marca 61/338 Caso interessante • O escritório de design Cauduro/Martino Arquitetos Associados foi responsável pela criação do nome e do design de uma das marcas mais badaladas na mídia ultimamente, a Intelig. • 0 projeto foi bastante focado em pesquisas sobre o nome e o visual das marcas, com grupos fechados e em nível residencial para checar o potencial visual das seis opções (duas para cada nome) propostas. A mais votada foi a Intelig, com 62% dos votos para o desenho aprovado no projeto final e 8% para a segunda opção. A marca menos votada foi a Dialog com 7% e 3%. Foi feita também uma pesquisa para verificar a aceitação dos nomes, utilizando uma mesma marca genérica para todos os nomes, mais uma vez a Intelig ganhou com 59% dos votos e saiu vencedora também na pesquisa aberta divulgada pela mídia com 373.341 votos dos 915.153 recebidos pela pesquisa global. Unicom ficou com 331.174 e Dialog com 210.638. O vermelho usado em todas as propostas desenhadas tinha como objetivo fugir do habitual azul usado pela concorrência. 62/338 Esqueceram de registrar o domínio… • A Câmara de Férias Cível do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) negou, por três votos a zero, o pedido de agravo de instrumento apresentado pela operadora de telecomunicações Intelig para voltar a ter o direito de utilizar, na internet, os domínios www.intelig.com e www.intelig.net.br. O uso dos domínios estava suspenso desde o início do mês por força de uma liminar expedida pelo juiz da 15ª Vara, Josival Soares de Souza, em favor da empresa pernambucana Inteligência Informática. A Inteligência Informática, que atua no Estado desde 1994 desenvolvendo soluções tecnológicas para empresas como Iberdrola e Petrobras, é proprietária do domínio www.intelig.com.br desde janeiro de 1997. Quando a Intelig entrou no mercado, em 1999, registrou os domínios www.intelig.net.br e www.intelig23.com. O conflito começou quando a operadora passou a utilizar o domínio www.intelig.com, confundindo os clientes de ambas as empresas. Por três vezes, a Intelig fez propostas de compra do domínio à Inteligência Informática. O último valor oferecido foi R$ 150 mil. Não houve acordo. Na liminar expedida pelo juiz Josival Soares de Souza, a Justiça pernambucana concedeu um prazo de 48 horas para que a Intelig retirasse os domínios do ar, podendo utilizar apenas o endereço www.intelig23.com.br, decisão que foi cumprida pela Intelig antes de entrar com o recurso. A multa diária, no caso de descumprimento, chegava a R$ 10 mil. Na ação, a Inteligência Informática pede ainda uma indenização de R$ 1,5 milhão pelos danos sofridos. Nem a Intelig nem a Inteligência querem se pronunciar sobre o assunto. Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) 63/338 Gestão Estratégica da Informação 22 Quem é dono do domínio? !!! 64/338 Quem é dono do domínio? X 65/338 Registro de Domínio - Nos EUA • Nos EUA, a tarefa de registro de domínio é realizada por empresas privadas, como por exemplo a Network Solutions (www.nsi.com) 66/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 23 Para que registrar um domínio nos EUA também? • Veja o caso Tô Sem Banda… http://www.tosembanda.com http://www.tosembanda.com.br 67/338 Quanto custa registrar um domínio? • No Brasil: R$30,00 a cada 12 meses • Nos EUA: US$34,99 por ano Quanto custa depositar uma marca? • Depósito de Pedido de Registro de Marca de Produto ou Serviço (Nominativa): R$ 260,00 68/338 Infraestrutura de TI para a Web A transformação da Web em uma parte integral da infraestrutura corporativa de tecnologia da informação resultou na transformação de suas características básicas: • todas as aplicações agora são 24 x 7 e de missão crítica • todas as premissas sobre planejamento de capacidade se tornam obsoletas (quantas pessoas entrarão no seu site amanhã?) • os riscos de segurança são amplificados 69/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 24 Características importantes • O seu site fora do ar pode significar milhões em prejuízos. • Cada vez mais devemos procurar alta disponibilidade. • Mas o que se entende como alta disponibilidade? 70/338 99% de disponibilidade é um bom número? 71/338 Vamos às contas… 99% de disponibilidade equivale a… 1% de indisponibilidade 1% = 1/100 = 0,01 Multiplicando pelo número de dias do ano e pelas horas do dia Temos que… 0,01 x 365 dias x 24 horas = 87,6 horas por ano 72/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 25 É preciso ressaltar que Alta Disponibilidade acarreta em Altos Custos! Disponibilidade Horas de Downtime Custo Relativo 99,0% 87,6 1,0 99,5% 43,8 2,5 99,9% 8,76 6,0 99,95% 4,380 12,0 99,99% 0,876 16,0 99,995% 0,438 21,0 99,999% 0,0876 25,0 73/338 Mas o prejuízo causado pelo Downtime (tempo fora do ar) também é alto! Segmento Custo Médio /hora (US$) Venda de bilhetes de entretenimento 69.000 Reservas de passagens de avião 89.000 Home Shopping 113.000 Pay-Per-View 150.000 Vendas via Cartões de Credito 2.650.000 Mercados Financeiros 6.450.000 Fonte: Giga Information Group 74/338 Como se obter uma alta disponibilidade sem que isso signifique altos custos? 75/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 26 Internet Data Center: um hotel 5 estrelas para servidores e sites Torres de Refrigeração Tanque de Termo-acumulação Chillers Geradores Tanque de Água Condensada Sala de Baterias Área de Hosting e Colocation M-POP A-POP Fonte: Optiglobe 76/338 O que oferece de infra-estrutura • • • • • • • • • • • • • • • Sensores de movimentação Supervisão de vídeo Alarmes Corpo de seguranças Racks de servidores Backup de geradores Controle de redundância Sistema de prevenção e combate a incêndios Monitoramento de Operações dos servidores e tráfego Sistemas de ar condicionado Alimentação elétrica redundante Controle de interferência e emissão eletromagnética Redundância no backbone de dados e telefônico Balanceamento de carga Sistemas de firewall 77/338 Serviços normalmente oferecidos • Hospedagem de websites – Hospedagem Compartilhada (Shared Hosting) • Espaço lógico nos servidores – Hospedagem Dedicada (Dedicated hosting) • Servidores dedicados alugados ao Data Center para hospedar e rodar aplicações – Colocation • Aluguel da infra-estrutura tecnológica e de telecomunicações – O equipamento é do cliente • Soluções de Segurança • Serviços de Gerenciamento 78/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 27 Duplicação de IDC também é importante IDC 2 IDC 1 79/338 O mercado hoje • Tentando reaver os vultosos investimentos realizados na época da bolha da Internet • Os maiores players são… – – – – – – – – – – – Optiglobe Embratel Telefônica Alog Brasil Telecom Tnext (HP) .comDominio Impsat Dedalus.com Diveo etc... 80/338 Plataformas • O que é uma plataforma? É uma combinação de Hardware, Sistema Operacional e Servidores Web. • O mercado tende a uma polarização entre a Microsoft (com o Windows) e o Linux. 81/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 28 Windows + IIS • A versão 2003 Server é atual geração de sistemas operacionais para servidores da Microsoft, sucedendo o Windows 2000. • Tem como grandes vantagens a grande popularidade, facilidade de uso e a força da marca Microsoft no mercado corporativo. 82/338 Windows + IIS • Apresenta ferramentas muito poderosas de gerenciamento e administração. • Escalabilidade: a versão Advanced Server suporta hardware com até 32 processadores (SMP). • A segurança do Windows ainda é um dos seus pontos fracos, mas é uma área que tem hoje muita prioridade nos planos da empresa. 83/338 Linux – O Retorno dos Jedis • É gratuito - e a maioria dos seus aplicativos também o são. • Código aberto - não é necessário contar com o fabricante para a correção de bugs • É desenvolvido pela comunidade acadêmica, por voluntários, grupos de usuários e pelas empresas distribuidoras • Requer recursos modestos de hardware • Estabilidade a toda prova - é capaz de operar durante meses (até anos!) sem travar 84/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 29 Linux - O Retorno dos Jedis • Cada vez mais empresas o utilizam. • Suporte - através de empresas especializadas (ex. IBM, Dell, HP, as próprias distribuidoras) • Problemas: requer mão de obra mais especializada, preconceito e instalação ainda não totalmente amigável 85/338 Linux - Distribuições São conjuntos de aplicativos que, reunidos ao kernel do Linux, formam o sistema operacional em si. Contém ferramentas de instalação, gerência, particionamento, produtividade, etc. Existem hoje mais de 200 distribuições do Linux. As principais: • RedHat • Conectiva • SuSE • Debian • Mandrake • Slackware • etc... 86/338 O Linux já começa a incomodar a Microsoft... “um sistema operacional aberto não tem só vantagens”87/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 30 Tecnologias de Código Aberto • Um número considerável de tecnologias de código aberto pode ser seriamente considerada como parte operacional de uma infraestrutura sólida de Tecnologia da Informação. • Volvo, TiVo, Alcatel, Samsung e Linksys são empresas que já utilizam o Linux como base para seus PRODUTOS. 88/338 Apoio nos governos… • Um número muito grande de agências governamentais tem implementado softwares de código aberto como base para suas operações. • Normalmente as alternativas de código aberto têm sido selecionadas pelos governos pelo receio de ficarem presos a tecnologias proprietárias, pelo apoio a sistemas e protocolos abertos, pelo fortalecimento da indústria local de software e pela diminuição do custo global em Tecnologia da Informação. • Casos relatados incluem França, Espanha, China, Nova Zelândia, Finlandia, Bolívia, Italia, Austrália, México, Estados Unidos, Japão e Brasil. 89/338 Tecnologia econômica • • • Bons números silenciam críticas. Essa é a aposta do governo federal ao divulgar a economia no ano passado de R$ 28,5 milhões com a adoção de softwares livres na sua estrutura. O valor levantado pelo Comitê Técnico de Implantação do Software Livre contabiliza os recursos que não foram gastos com o pagamento de licenças de programas de computador. A economia representa de 7% a 9,5% do gasto anual do governo federal com pagamento de licenças, que é estimado entre R$ 300 milhões e R$ 400 milhões. Nos próximos anos, o governo planeja levar essa redução a até 80% dos seus gastos com licenças. Para tanto seria necessário treinamento de pessoal, o que consumiria R$ 200 milhões em três anos. Isto é Dinheiro, 30/03/2005 90/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 31 Pontos a observar no futuro • O interesse em softwares de código aberto continuará crescente, tanto no setor privado quanto no público. • A maturidade das soluções vai diminuir o eventual “gap” existente em relação a produtos “comerciais”. • Os governos investirão fortemente neste tipo de solução. • O uso de software livre com suporte comercial não é mutuamente exclusivo e tende a crescer muito. 91/338 O Projeto • Fundado em 1998 por dois estudantes de doutorado da Universidade de Stanford, o Google oferece uma metodologia avançada para a busca de informações na Internet. • Como muitas empresas startups, o Google se viu na situação de conflito sobre como combinar baixos custos, atualização em relação ao mercado e qualidade na implementação da sua infraestrutura de e-business. 92/338 O Projeto Google • Inicialmente o sistema operacional analisado foi o FreeBSD, mas a despeito de sua excelente qualidade e estabilidade, seu desempenho era 10% menor do que o Linux. FreeBSD, BSD, OpenBSD, NetBSD, AIX, HPUX, Solaris, Digital Unix, A/UX, NeXTep, OS X, etc, são todos variações do UNIX Consulte http://www.levenez.com/unix/history.htm 93/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 32 O Projeto Google • Também foram analisados as opções Sun Solaris (Sparc) e Windows NT, que embora proporcionassem um ambiente altamente escalável, tinham fatores limitantes como o custo das licenças e o fato de serem sistemas operacionais proprietários. 94/338 O Projeto Google • Percebendo a sinergia e os baixos custos do desenvolvimento em sistemas de código aberto e o seu sistema proprietário de busca, o Google decidiu-se pela utilização da versão 5.x do Red Hat Linux, como base da sua infraestrutura. • A razão mais importante para a seleção do Red Hat foi que ele satisfez os requerimentos técnicos do Google a um custo menor que uma solução proprietária. 95/338 Comparando os custos... Linux Windows Solaris Servidor Rackable Server $1,100 Dell PowerApp.web 100 appliance server $2,798 Sun Netra T1 $4,495 S.O. Red Hat Linux $179 Windows NT (incluído no custo do servidor) Solaris (incluído no custo do servidor) Custo Total $6,395,000 $13,990,000 $29,950,000 96/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 33 O Projeto Google • Aliado a isso, o fato do Linux ter o código aberto, permitiu o desenvolvimento de uma versão customizada e otimizada do Linux. • Com os servidores representando 90% do custo em infraestrutura de TI, o custo do Linux aliado a servidores genéricos Intel 1U e 2U foi um fator decisivo na escolha. Segundo a Google, a adoção do Windows ou do Solaris teria puxado seus custos para cima. 97/338 O Projeto Google • Em relação aos servidores, a Google resolveu utilizar servidores Intel genéricos, como os da Rackable Systems ou da Kingstar, com 2GB de RAM. • Hoje a empresa mantém mais de 10.000 servidores hospedados em Internet Data Centers como a Exodus e a Frontier/GlobalCenter. 98/338 O Case Amazon.com • Em 2001, a Amazon.com migrou toda a sua infraestrutura de Solaris para Linux. • A economia proporcionada por esta migração foi calculada em cerca de US$17 milhões (- 24%), baseado no uso de software livre e hardware comoditizado. 99/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 34 O Case Amazon.com - Desafios • A Amazon.com encarou diversos desafios na sua migração, pelo fato de possuir um número muito grande de servidores, e experimentar picos sazonais de demanda (ex. Natal). • Além disso, a Amazon.com decidiu que a migração teria que ser concluída em janeiro de 2001, precisando terminar esta tarefa antes do início do período crítico das festas de final de ano. 100/338 O Case Amazon.com - Desafios • A Amazon.com portou todo o seu código Solaris para Linux em cerca de 90 dias, fazendo a migração de 100 servidores por semana. • A migração foi muito facilitada pelo fato dos engenheiros da Amazon já dominarem o Solaris há vários anos. Como tanto o Solaris quanto o Linux são variações do Unix, esta tarefa se tornou menos complicada. 101/338 O Case Amazon.com - Hardware • Utilizando o Linux, a Amazon.com passou a ter a flexibilidade de poder adquirir seus servidores de diversos fornecedores. • Anteriormente, necessariamente tinha de adquirí-los de um único fornecedor de soluções. 102/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 35 O Case Amazon.com - Hardware “Nos encontramos substituindo máquinas de US$60.000 por equivalentes de US$10.000, economizando cerca de US$50.000 por servidor. A maioria das pessoas raciocina que vai economizar US$500 por licença em cada servidor, mas isso é apenas um dos elementos a considerar” Joe Baker – engenheiro chefe do Projeto Linux na Amazon.com 103/338 O Case Amazon.com - Operações • Do ponto de vista operacional, um dos maiores benefícios do Linux foi que nada mudou. • A Amazon.com manteve os mesmos procedimentos e processos que tinha desde a sua fundação. • O suporte 24 x 7, proporcionado pela Red Hat, também foi considerado pela empresa um dos fatores críticos de sucesso para a operação. 104/338 Segurança 105/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 36 E a segurança na Internet ? • Boa parte dos usuários brasileiros ainda tem receio de utilizar a Internet para fins comerciais… • A principal causa é o medo relacionado com a segurança… 106/338 O Problema da Segurança • Quando uma conexão é estabelecida entre dois computadores na Internet (o seu computador e um site, por exemplo), os dados trafegados podem passar por diversos computadores até chegar ao seu destino. • Neste trajeto, pessoas que têm acesso aos servidores utilizados como rota poderiam teoricamente ler, modificar ou mesmo interromper os dados. 107/338 Chegando até a Amazon… 19 nós a partir do seu site… 108/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 37 O Problema da Segurança • Na maioria das vezes, isto é bastante improvável ou mesmo inviável, já que diariamente circulam milhões de mensagens pela Internet. • Caso possível: programas “farejadores”, instalados em nós roteadores, podem interceptar os pacotes trafegados. 109/338 110/338 Capturando a senha do usuário… Nome do usuário: em azul Senha: em vermelho 111/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 38 O Carnivore… Carnivore é um programa do FBI para vigiar correio eletrônico. É a versão digital do “grampo” telefônico. Exige a instalação no provedor de um computador para coletar os dados, ligado a um segundo computador destinado à análise desses dados. Segundo as últimas notícias, teria sido aposentado em 2005… 112/338 O Echelon… • De acordo com o relatório “DRAFT REPORT on the existence of a global system for the interception of private and commercial communications (ECHELON interception system)”, do Parlamento Europeu, o Echelon consiste em um sistema de vigilância global, dirigido pela NSA (National Security Agency) dos EUA e operado com a colaboração de agências similares da Inglaterra, Austrália, Canadá, e Nova Zelândia. Possui uma rede de 25 satélites e tem cinco bases-mãe de operações . • 95% das comunicações mundiais passariam pelos seus computadores. 113/338 O Echelon… • O Echelon poderia virtualmente capturar e analisar qualquer chamada telefônica, e-mail ou transmissão de fax e telex (militar, política, econômica, comercial e particular) em qualquer parte do planeta, não importando o meio de transmissão utilizado (satélite, microondas, celular ou até fibra óptica). • Com auxílio de tecnologias sofisticadas de reconhecimento de voz e de reconhecimento óptico de caracteres (OCR), as mensagens são minuciosamente examinadas à procura de palavras-chave (o chamado "dicionário Echelon"). Ou mesmo direcionada para números ou endereços específicos. 114/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 39 O Echelon no Brasil… • Segundo este mesmo relatório, o Echelon teria sido utilizado pelo governo americano para influenciar a o resultado da concorrência para o projeto SIVAM (Sistema de Vigilância da Amazônia) • Nesta concorrência, a empresa americana Raytheon, com a alegada “ajuda” do Echelon, venceu a concorrência contra a empresa francesa Thomson, que construíra os centros de vigilância do espaço aéreo de Brasília, Curitiba e Recife (Cindacta I, II e III) e tinha expectativas de ganhar a concorrência. 115/338 Como resolver este problema? Para lidar com este problema, os esquemas de segurança aplicados às transações eletrônicas na rede se baseiam em três importantes fatores: • Criptografia dos dados • Autenticidade do site • Garantia de integridade das mensagens 116/338 O que é criptografia? A Criptografia é a ciência e arte de escrever mensagens em forma cifrada ou em código. É parte de um campo de estudos que trata das comunicações secretas, usadas, dentre outras finalidades, para: • autenticar a identidade de usuários; • autenticar e proteger o sigilo de comunicações pessoais e de transações comerciais e bancárias; • proteger a integridade de transferências eletrônicas de fundos. 117/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 40 Esquemas Básicos de Criptografia • Chave Secreta (criptografia simétrica) • Chave Pública/Privada (criptografia assimétrica) 118/338 Chave Secreta (simétrica) • O remetente e o destinatário possuem Texto Claro a mesma chave secreta (a "senha"). • O remetente utiliza a chave secreta para criptografar, e o Texto Cripto destinatário a utiliza para descriptografar a mensagem. 119/338 Chave Secreta (simétrica) • Como o remetente e o destinatário têm que possuir a mesma chave, torna-se necessário que estes a determinem, ou que um determine a senha e envie para o outro. • Se os dois lados estiverem fisicamente separados, pode-se ter problemas de segurança relacionados com esta remessa. • O esquema de chave secreta mais utilizado é o DES (Data Encryption Standard). 120/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 41 Chave Pública/Privada (assimétrica) • A criptografia é implementada pelo uso de dois números, chamados de chaves pública e privada. • A chave privada fica no seu computador, e você não a mostra para ninguém. • Já a sua chave pública é distribuída para quem você quiser. Você necessita de ambas as chaves porque elas são fundamentalmente ligadas. 121/338 Chaves Pública/Privada Chave Privada (Manter em local seguro) Relação Matemática Chave Pública (Divulgar) 122/338 Criptografia • As chaves pública e privada têm a habilidade de criptografar e descriptografar informação, funcionando da seguinte forma: • Outros usuários podem criptografar informações com a sua chave pública e enviar estas informações seguramente para você. • Somente você, com a sua chave privada, pode descriptografar a mensagem recebida. O remetente tem a certeza que a mensagem será lida somente por você e não será alterada. 123/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 42 Criptografia A B (somente B pode ler) Texto Claro Chave Publ B Texto Cripto Internet Texto Cripto Chave Prv B Texto Claro 124/338 Autenticação • Você pode criptografar informações com a sua chave privada e enviar a informação através da rede. • Qualquer um que tenha a sua chave pública (que você distribuiu livremente) pode descriptografar a sua mensagem, e ter certeza que foi você que enviou (autenticada com a sua assinatura digital) e não foi alterada. 125/338 Autenticação A B (B tem certeza que foi A que enviou) Texto Claro Chave Prv A Texto Assinado Internet Texto Assinado Chave Publ A Texto Ass OK 126/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 43 Cripto + Autent A B (somente B pode ler e tem certeza que foi A que enviou) Texto Claro Publ B Prv A Texto Cripto Ass Internet Texto Cripto Ass Prv B Publ A Texto Claro Ass OK 127/338 As chaves podem ser quebradas? • As chaves pública e privada são ligadas por um poderoso algoritmo que, dependendo do tamanho da chave utilizada, pode requerer enormes recursos computacionais para ser quebrado, de forma que ninguém pode decifrar mensagens enviadas para você criptografadas com a sua chave pública e a nenhuma chave pode ser utilizada para simular o envio de mensagens criptografadas com a sua chave privada. 128/338 Como o implementar conexões seguras Navegador PUB PRIV O site possui um par de chaves pública e privada, autenticados pela Autoridade Certificadora (uma espécie de cartório digital) Quando o navegador se conecta ao servidor Web, é gerado um par de chaves. Site PUB PRIV 129/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 44 Troca de chaves públicas Navegador Site PUB PUB PUB PRIV PRIV PUB Cada uma das pontas envia para a outra sua chave pública, que é utilizada para criptografar a sessão. 130/338 O site enviando uma página criptografada para o navegador Navegador Site SEGURO PUB PUB PUB PRIV PRIV PUB 131/338 O navegador enviando uma página criptografada para o site Navegador Site PUB PUB PUB PRIV PRIV PUB SEGURO 132/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 45 O esquema completo Navegador Site PUB PUB PUB PRIV PRIV PUB 133/338 Indicações de ambiente seguro https:// ao invés de http:// Cadeado 134/338 Clicando-se no cadeado… 135/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 46 Aplicações: e-mail seguro O e-mail seguro é a ferramenta ideal para organizações que desejem: • Utilizar intensivamente o correio eletrônico para compartilhar informações estratégicas e sigilosas • Proteger seu ambiente de correio eletrônico contra fraudes e violações • Promover o uso do correio eletrônico como ferramenta de processos críticos de negócios da organização • Diminuir a utilização de documentos em papel aumentando o uso de documentos digitais 136/338 Como confiar em um e-mail? Os sistemas tradicionais de correio eletrônico não oferecem recursos para assinatura de mensagem. Logo: • Identificação do Remetente: é impossível ao destinatário identificar o remetente da mensagem, permitindo a “personificação fraudulenta” – onde alguém se faz passar pelo remetente original. • Integridade dos dados: não permite a identificação de modificações em uma mensagem eletrônica. • Possibilidade de repúdio de mensagens: as mensagens de correio eletrônico não podem ser utilizadas, posteriormente, como comprovação de um compromisso assumido 137/338 Problema na Identificação da Origem Alice envia uma mensagem para Bob. Texto Alice Texto Bob, Bob, Tire o dia de folga Tire o dia de folga Alice Alice Bob Bob, Tire o dia de folga Alice Charlie Fonte: Certisign 138/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 47 Problema na Identificação da Origem Charlie se passa por Alice e envia uma mensagem para Bob. Texto Bob, ?? Não tire o dia de folga Alice Alice Bob, Não tire o dia de folga Bob Bob, Não tire o dia de folga Alice Alice Charlie Bob não pode identificar qual mensagem é autentica (enviada por Alice) e qual foi forjada por Charlie. 139/338 Problema na Identificação da Origem Alice envia uma mensagem assinada para Bob. Texto Texto Bob, Bob, Tire o dia de folga Tire o dia de folga Alice Alice Alice Bob, Tire o dia de folga Alice Bob Charlie 140/338 Garantindo a Identificação da Origem Charlie se passa por Alice e envia uma mensagem para Bob. Texto Bob, Alice Bob, Bob, Não tire o dia de folga Alice Não tire o dia de folga !! Bob Alice Não tire o dia de folga Alice Charlie Bob pode determinar qual mensagem foi enviada por Alice e é autêntica. 141/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 48 Sem criptografia Alice envia uma mensagem para Bob. Texto Texto !! Bob, Bob, Tire o dia de folga Tire o dia de folga Charlie Alice Bob Bob, Tire o dia de folga Charlie consegue ler a mensagem de Alice enviada a Bob. 142/338 Com criptografia: sigilo da mensagem Alice envia uma mensagem criptografada para Bob. Texto Bob, Chave Pública de Bob Chave Privada de Bob Tire o dia de folga Texto Bob, Tire o dia de folga Alice Bob Texto Criptografado Criptografar ?? Khfla5%& %ihI(¨*&¨T UYT&%77 6yxuff7¨$& ¨#ksjhdf Decriptogra far Charlie Charlie não consegue ler a mensagem criptografada, pois não tem a chave privada de Bob. 143/338 Enviando uma Mensagem Criptografar Assinar digitalmente 144/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 49 Exemplo de uma mensagem criptografada 145/338 Recebendo uma Mensagem Garantia de Criptografia e Assinatura Identificação do Remetente 146/338 O que é SPAM? 147/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 50 O que é SPAM? • SPAM é sinônimo de mensagem comercial não solicitada. • Trata-se de uma técnica não aconselhável para se enviar a uma grande quantidade de pessoas, mensagens eletrônicas, normalmente com objetivos publicitários. • O spam é um dos principais problemas corporativos do uso da Internet nos dias de hoje, já que pode significar problemas de segurança e prejuízos para os usuários. • Estima-se que um funcionário que trabalhe usando a Interenet perca mais de 30 minutos do seu trabalho diário somente apagando e filtrando SPAM. 148/338 Custo do SPAM Calculos realizados para as seguintes Informações. Quantidade de Usuários que acessam à Internet 10 Funcionários Valor Mensal da Folha de Pagamento R$ 20.000,00 /Mês Valor Mensal do Faturamento R$ 50.000,00 /Mês Quantidade de dias trabalhados no Mês 22 dias Quantidade de horas trabalhadas no Dia 10 horas O Mau Uso da Internet pode comprometer a Produtividade e o Faturamento 05 % em Tempo em horas para reparar os danos causados por um vírus/hacker 6 horas Uma Invasão pode comprometer a Produtividade e o Faturamento em 25 % Quantidade em Estimada de SPAMs/dia/caixa postal 30 SPAMs/dia/caixa Tempo em Segundos perdido com Cada SPAM 5 segundos Resultados Valor do prejuízo Mensal causado p/ Mau Uso da Internet ¹ R$ 3.500,00 Valor do prejuízo causado por Ataques ² R$ 477,27 Valor do prejuízo Mensal causado pelo SPAM ³ R$ 291,67 Valor Total do Prejuízo que a Internet pode vir a acarretar R$ 4.268,94 Fonte: http://www.brc.com.br/ 149/338 Como combater o SPAM? • Não responda spam • Não clique em nenhum link do spam • Use o filtro oferecido pelo seu provedor ou pela sua empresa • Use um software de filtragem • Preserve seu endereço eletrônico • Tenha e-mails separados: para o trabalho e pessoal • Mantenha sua proteção atualizada • Fique atento às fraudes 150/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 51 Normalmente o SPAM leva ao SCAM… • O SCAM, ou Phishing, é sinônimo da fraude online. • Normalmente, através de uma mensagem de SPAM, o usuário é levado a um site falso que simula, visualmente, todo o funcionamento do site original. • O propósito é fazer o internauta preencher um formulário no site falso, enviando informações pessoais e, sobretudo, financeiras, como números de conta-corrente, cartões de crédito e senhas. 151/338 Promoção Itaú Férias… 152/338 Leva você ao site http://www.promocaoitau.com 153/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 52 O BB se preocupando com seus clientes… 154/338 E disponibilizando seu novo site http://www.bancodobrasil-5.com 155/338 Ou http://www.bbcadastro.com 156/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 53 O Bradesco não ia ficar para trás, certo? 157/338 A Verisign enviando um presente para você… 158/338 Parabéns! Você foi sorteado pelo Silvio Santos… 159/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 54 Ou escolhido para participar do BBB… 160/338 Já a Symantec se preocupa com a sua segurança… 161/338 Conceito de Sistema de Informações 162/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 55 Diversas definições para sistemas de informação… • “um sistema utilizado para coletar, armazenar, processar e apresentar informações para apoiar as necessidades de informações de uma empresa” (Shore). • “um conjunto de procedimentos organizados que, quando executados, provêm informações para apoiar processos de tomada de decisões e controlar a organização” (Lucas). • “um sistema que provê procedimentos para registrar e tornar disponível informação, sobre parte de uma organização, para apoiar atividades relacionadas com a própria organização” (Flynn). • “é um conjunto de componentes interrelacionados utilizados para “sentir”, comunicar, analisar e apresentar informações com o propósito de melhorar nossa capacidade de perceber, compreender, controlar e criar (Laudon). 163/338 Sistemas de Informações • Um Sistema de Informações moderno coleta dados no ambiente em que opera usando recursos de sensoriamento e telecomunicações (entrada), analisa essas informações usando software e hardware (processo), e finalmente apresenta o produto como informação útil (saída). 164/338 Exemplo de SI • Uma grande empresa de varejo interligando suas lojas 165/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 56 Vantagens do uso de SI • • • • • • maior eficiência; maior controle sobre as operações; menores custos; menor quantidade de erros; melhoria dos serviços ao consumidor; melhor planejamento e organização das atividades operacionais e de distribuição; • decisões baseadas em melhores informações; • menor dependência de processos intensivos em mão de obra não especializada. Fonte: Shore 166/338 Benefícios gerados pelos SI • maior eficiência: a automação de atividades pode resultar em três tipos de eficiência: custo, precisão, velocidade. Está mais ligada a fatores organizacionais internos. • garantia da informação correta no lugar correto no momento correto; • análise estatística de dados coletados e transações ; • aumento do conhecimento sobre o ambiente; • provisão de serviços novos ou adicionais; • visão completa dos clientes e consumidores; • aumento da eficiência dos serviços e das operações. Fonte: Flynn e Cortada 167/338 Impactos negativos na estrutura do trabalho • desemprego tecnológico provocado pelo avanço das tecnologias baseadas em microeletrônica e conseqüente introdução de máquinas de controle numérico, robôs e computadores substituindo mão de obra; • isolamento das pessoas provocado pela maior autonomia das pessoas em relação aos serviços de apoio e as possibilidades criadas para o trabalho à distância, até mesmo em grupo; • empobrecimento da função; • intensificação do trabalho; • redução do nível de autonomia; • aumento do controle. 168/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 57 A evolução dos sistemas de informação O progresso do software caracterizou quatro épocas bem distintas. • Dos anos 50 a meados dos anos 60 prevaleceu a aplicação customizada com distribuição limitada. O próprio usuário desenvolvia seu sistema - quase sempre um sistema simples. • Esse processo quase informal não exigia qualquer técnica de projeto, controle de qualidade ou documentação. 169/338 A evolução dos sistemas de informação • Entre meados dos anos 60 e o final da década de 70 vimos chegar os sistemas de tempo real, os bancos de dados, o software produto e as “software-houses”. • A complexidade aumentou. A distribuição atingiu milhões de cópias. A manutenção passou a ser exigida pois os erros tinham que ser consertados e as modificações especificadas pelos usuários precisavam ser introduzidas. • O software passou a ser importante. Seus custos chegavam a atingir 80% do custo total do sistema. 170/338 A evolução dos sistemas de informação • A terceira fase foi até final dos 80 e assistiu o advento do microprocessador e a difusão em larga escala dos computadores pessoais (PCs). • O hardware transforma-se em “commodity”. • O elemento de diferenciação passa a ser o software, é ele que importa. 171/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 58 A evolução dos sistemas de informação • A quarta fase está só começando, mas os sistemas especialistas, a computação paralela, os sistemas de multimídia já introduziram graus de complexidade nunca imaginados. • Os Sistemas de Informação, produto do desenvolvimento de software, passaram por evolução similar ao longo dessas décadas. 172/338 O modelo de Ward • 1a era: processamento de dados: a eficiência era o objetivo principal e a automação de procedimentos operacionais o instrumento. Os sistemas eram orientados para o processamento de transações • 2a era: sistemas de informação gerencial: a eficiência da organização é mantida como objetivo, mas a orientação dos sistemas passa para o fornecimento de informações. A mudança foi facilitada pelo advento dos microcomputadores, das redes e pela introdução das funções de consulta para apoiar os sistemas de suporte à decisão. 173/338 O modelo de Ward • 3a era: sistemas de informação estratégicos: os sistemas são voltados para o aumento da competitividade das organizações, pela mudança que introduzem na natureza ou maneira de conduzir o negócio 174/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 59 ERP 175/338 ERP • Os sistemas ERP (enterprise resource planning) podem ser definidos como sistemas de informação integrados, adquiridos na forma de um pacote de software comercial, com a finalidade de dar suporte à maioria das operações de uma empresa. • São geralmente divididos em módulos que se comunicam e atualizam uma mesma base de dados central, de modo que informações alimentadas em um módulo são instantaneamente disponibilizadas para os demais módulos que delas dependam. • Os sistemas ERP permitem ainda a utilização de ferramentas de planejamento que podem analisar o impacto de decisões de manufatura, suprimentos, finanças ou recursos humanos em toda a empresa. 176/338 ERP • Segundo a TechEnciclopedya (1999), o ERP é “um sistema de informações integrado que serve a todos os departamentos em uma empresa. Tendo sido desenvolvido a partir de indústrias de manufatura, o ERP implica no uso de pacotes de software ao invés de sistemas desenvolvidos internamente ou apenas para um cliente. • Os módulos do ERP podem ser capazes de interagir com outros sistemas da organização, com grau de dificuldade variável, e, dependendo do fornecedor, o ERP pode ser alterado através de programação”. 177/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 60 ERP • Os sistemas ERP possuem uma série de características que tomadas em conjunto claramente os distinguem dos sistemas desenvolvidos internamente nas empresas e de outros tipos de pacotes comerciais. • Essas características, importantes para a análise dos possíveis benefícios e dificuldades relacionados com a sua utilização e com os aspectos pertinentes ao sucesso de sua implementação, são: - são pacotes comerciais de software - são desenvolvidos a partir de modelos-padrão de processos - são integrados - têm grande abrangência funcional - utilizam um banco de dados corporativo - requerem procedimentos de ajuste 178/338 Os sistemas ERP são pacotes comerciais de software • A idéia básica da utilização de pacotes comerciais é resolver dois dos grandes problemas que ocorrem na construção de sistemas através dos métodos tradicionais de análise e programação: o não cumprimento de prazos e de orçamentos. • Segundo Martin (1989), “muito já se escreveu sobre o que há de errado com o processamento de dados hoje em dia, existindo registros de vários anos. A construção de sistemas toma muito tempo e seu custo é muito alto”. • Segundo Gibbs (1994), “em média, os projetos de desenvolvimento de software ultrapassam o cronograma em 50%. Projetos maiores geralmente ultrapassam mais”. 179/338 Desenvolvimento interno ou não? • Diversas alternativas têm sido usadas para tentar resolver esse problema, tais como o uso de novas metodologias de desenvolvimento, a prototipação, a utilização de ferramentas CASE (Computer-Aided Software Engineering) e as linguagens e metodologias orientadas a objeto que têm como objetivo permitir a reutilização de componentes de software. Entre essas alternativas também está a utilização de pacotes comerciais de software. • Brooks (1987) afirma que “a mais radical solução para os problemas da construção de software é não construí-lo mais”. Segundo o autor, “O custo do software sempre foi o de desenvolvimento, não o de replicação. • Dividindo esse custo entre diversos usuários, mesmo que poucos, reduz-se radicalmente o custo por usuário”. 180/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 61 Os sistemas ERP incorporam modelospadrão de processos de negócios • Processos de negócios podem ser definidos como um conjunto de tarefas e procedimentos interdependentes realizados para alcançar um determinado resultado empresarial. • O desenvolvimento de um novo produto, o atendimento de uma solicitação de um cliente, ou a compra de materiais são exemplos de processos. • Segundo Davenport e Short (1990), uma das características dos processos de negócios é o fato de que eles normalmente cruzam fronteiras organizacionais, isto é, as tarefas de um mesmo processo podem ser realizadas por diferentes departamentos em uma empresa. 181/338 Ganho de Escala • Assim como os demais pacotes comerciais, os sistemas ERP não são desenvolvidos para clientes específicos, procurando atender a requisitos genéricos do maior número possível de empresas, justamente para explorar o ganho de escala em seu desenvolvimento. • Portanto, para que possam ser construídos é necessário que incorporem modelos de processos de negócio, obtidos por meio da experiência acumulada pelas empresas fornecedoras em repetidos processos de implementação, ou elaborados por empresas de consultoria e pesquisa em processos de benchmarking. 182/338 Melhores práticas • O termo best practices é utilizado amplamente por fornecedores de sistemas ERP e consultores para designar esses modelos-padrão, mas é preciso certo cuidado quanto ao seu real significado. • O Gartner Group (1998), por exemplo, refere-se a esses modelos-padrão de processos como average practices (práticas comuns). Davenport (1998) afirma que “[no caso dos sistemas ERP] é o fornecedor, e não o cliente, que define o que “melhor” quer dizer” e que “em alguns casos os pressupostos do sistema podem ir realmente de encontro aos interesses da empresa”. 183/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 62 Catálogo de processos • Apesar desse cuidado na definição do termo, é importante salientar o fato de os sistemas ERP disponibilizarem um “catálogo” de processos empresariais criado a partir de um extenso trabalho de pesquisa e experimentação. • O acesso a este catálogo por si só já pode ser interessante para as empresas. Muitas vezes estão incluídos nesse catálogo processos e funções que faziam parte dos planos de desenvolvimento de sistemas da empresa, e que, por alguma razão, ainda não haviam sido implementados. • A adoção de um sistema ERP torna-se então uma oportunidade para que estes processos sejam realmente incorporados aos sistemas da empresa. 184/338 Os sistemas ERP são integrados • Os sistemas ERP realmente integrados são construídos como um único sistema empresarial que atende aos diversos departamentos da empresa, em oposição a um conjunto de sistemas que atendem isoladamente a cada um deles. • Entre as possibilidades de integração oferecidas por sistemas ERP estão o compartilhamento de informações comuns entre os diversos módulos, de maneira que cada informação seja alimentada no sistema uma única vez, e a verificação cruzada de informações entre diferentes partes do sistema. • Um exemplo é a verificação de notas fiscais de entrada, no recebimento, comparando-as com os dados de pedidos de compra e garantindo o recebimento apenas com preços e quantidades corretos. 185/338 Integração • Outra possibilidade é o fornecimento instantâneo de informações, assim que são alimentadas no sistema, para todos os módulos que delas se utilizem. • Segundo Burch e Grudnitski (1989), “a integração é um poderoso elemento no desenho [de sistemas de informação] devido à crescente necessidade de coordenação e sincronização de operações dentro e fora das organizações”, e “as organizações devem ser vistas como sistemas únicos, formados de partes interdependentes que formam um todo unificado. • O objetivo dos sistemas integrados é disponibilizar um fluxo de informações em vários níveis e interdepartamental que possa dar suporte a essa interdependência”. 186/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 63 O ERP não faz milagres! • É importante ressaltar que o fato de um sistema ERP ser integrado não leva necessariamente à construção de uma empresa integrada. • O sistema é meramente uma ferramenta para que este objetivo seja atingido. 187/338 Os sistemas ERP utilizam um banco de dados corporativo • Entre as diversas formas de se desenvolver sistemas totalmente integrados está a utilização de um único banco de dados centralizado, denominado banco de dados corporativo. • Isto interpõe desafios organizacionais significativos para a empresa, entretanto, as dificuldades de implementação são em geral plenamente compensadas pelas vantagens que esta solução traz consigo. • Esta prática em geral é preconizada pelos sistemas ERP. 188/338 Os sistemas ERP possuem grande abrangência funcional • Uma diferença entre os sistemas ERP e os pacotes de software tradicionais é a abrangência funcional dos primeiros, isto é, a ampla gama de funções empresariais atendidas. • Normalmente, no caso dos demais pacotes, apenas uma função empresarial é atendida, possivelmente com maior profundidade do que através da utilização de um sistema ERP. • A idéia dos sistemas ERP é cobrir o máximo possível de funcionalidades atendendo ao maior número possível de atividades dentro da cadeia de valor. • Ainda assim, é claro, existem pacotes especialmente desenvolvidos para o atendimento de determinadas funções empresariais que superam os sistemas ERP no atendimento a essas funções. 189/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 64 Implantação de Sistemas de Informação 190/338 O ciclo de vida de um SI 191/338 O ciclo de vida de um SI • Este modelo é composto pelas etapas de decisão, seleção, implementação e utilização. • As etapas de decisão e seleção ocorrem uma única vez, e as etapas de implementação e utilização ocorrem em sucessivas iterações, muitas vezes simultaneamente. • Cada uma destas iterações representa uma etapa de implementação que conduz, ao seu término, a uma nova fase na utilização do sistema onde mais funções estão implementadas e integradas. • E cada sucessiva etapa de implementação recebe novas demandas e restrições decorrentes da fase de utilização em que o SI se encontra. 192/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 65 O ciclo de vida de um SI • Quanto mais módulos implementados, menores as possíveis variações de parametrização para os módulos que estão sendo implementados, devido às restrições impostas pelos módulos já definidos e em utilização. • Em contrapartida, à medida que mais módulos estão implementados, maior o conhecimento acumulado sobre o sistema e, portanto, maior a facilidade em explorar suas possibilidades. 193/338 Decisão e Seleção • A etapa de decisão e seleção ocorre apenas uma vez. • A empresa deve considerar, na medida do possível, os fatores envolvidos na utilização de sistemas ERP, analisando vantagens e desvantagens do modelo ERP e de cada um dos fornecedores. • Por meio da interação entre o processo de decisão pela utilização de um sistema ERP como alternativa ao desenvolvimento de sistemas e o processo de levantamento das características, funcionalidades e possibilidades de cada um dos diferentes produtos disponíveis chega-se a definição de qual será o pacote implementado. 194/338 Decisão e Seleção • A idéia geral do que pode ser realizado por meio do uso dos sistemas é obtida dos fornecedores, em pesquisas, artigos em revistas e visitas a empresas que já estejam utilizando os sistemas. • À medida que o conhecimento a respeito das possibilidades aumenta, a certeza da decisão por um sistema ERP também. 195/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 66 Decisão e Seleção 196/338 Decisão • A decisão pela utilização de pacotes tem sido associada a uma decisão do tipo “fazer ou comprar” na literatura de análise de sistemas. • A favor desta decisão tem sido geralmente apresentado o argumento da redução de tempo de desenvolvimento e custo. • Contra esta decisão tem sido historicamente apresentada questão da adaptação das funções do pacote às necessidades da empresa. • No caso de sistemas ERP, devido à sua abrangência funcional e seu alto grau de integração, outros aspectos devem ser levados em consideração. 197/338 Decisão • A definição, logo no início do projeto, dos objetivos empresariais da implementação de um sistema ERP é fundamental para o processo. • A implementação de um sistema ERP é um processo longo, que envolve várias partes da organização e que exige a cada momento decisões a respeito de como adaptar à empresa ao sistema ou vice-versa, decisões que transcendem os departamentos, criam novas relações antes inexistentes e desnudam erros e redundâncias em processos. 198/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 67 Decisão • A existência de objetivos que norteiem essas decisões impede que estas sejam tomadas de maneira local, visando apenas à otimização de um determinado departamento. • A fim de se determinarem estes objetivos, as empresas devem proceder a um estudo a respeito dos sistemas ERP, seus possíveis benefícios e potenciais problemas. 199/338 Critérios de decisão • Avaliação de custos e retornos reais previstos - a dificuldade e os custos associados à implementação de sistemas ERP significa que a maioria das empresas deveria analisar este investimento puramente através de seu potencial de redução de custos. • Compatibilidade entre a organização e as características destes sistemas baseando a lógica de seus principais sistemas em pacotes significa, na maioria dos casos, que você pretende fazer negócios baseados na maneira em que o software foi construído 200/338 Seleção • Para a seleção dos pacotes é necessário comparar as alternativas do mercado. Os modelos de comparação de alternativas mediante critérios e pesos é bastante interessante. • Por meio desse processo, primeiro estabelecem-se os critérios que deverão ser utilizados para a comparação e sua importância relativa. • Cada uma das alternativas é avaliada, atribuindo-se notas ao desempenho destas alternativas frente aos critérios analisados. • Aquele fornecedor que obtiver a melhor nota final será o escolhido. 201/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 68 Seleção • Uma variação interessante desse processo é a sua realização em duas etapas. • Na primeira etapa, a de pré-seleção, considera-se o maior número possível de candidatos, mas com um número reduzido de critérios. • Esses critérios devem ser aqueles fundamentais de acordo com os objetivos do projeto, mas devem permitir uma verificação mais rápida. • Nessa etapa de pré-seleção escolhem-se dois ou três fornecedores finalistas (ou mais, dependendo da disponibilidade de tempo para o processo) que serão submetidos a um estudo mais rigoroso na etapa de seleção final. 202/338 Critérios para pré-seleção • Base instalada no país • Faixa de custo • Qualidade e acessibilidade do serviço de suporte • Análise prévia de algumas funções consideradas como “mandatórias” (por exemplo, múltiplas moedas, módulos para conexões com clientes e bancos) • Disponibilidade de ferramentas de customização que permitam adaptar o sistema às necessidades da empresa sem “ferir” a estrutura do software • Posicionamento do fornecedor no mercado. 203/338 Critérios para pré-seleção • É importante envolver as áreas usuárias nessa segunda etapa de maneira bastante intensiva, deixando bem claro que a escolha é de todos. • Esse envolvimento deverá ser feito com a participação de todos em palestras e apresentações realizadas por cada um dos fornecedores participantes e no processo de atribuição de notas a cada uma das alternativas. • Uma forma de se conseguir este envolvimento é a criação de uma equipe de avaliação de pacotes, que deve ter representantes de todas as áreas envolvidas e ser responsável pelo parecer sobre as alternativas selecionadas. 204/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 69 Critérios para pré-seleção • O critério que talvez mereça o maior peso e que, com certeza, exige maior esforço para a sua avaliação é o grau de atendimento aos requisitos dos usuários. • O levantamento desses requisitos equivale à fase de levantamento de requisitos do ciclo de vida de sistemas tradicional. 205/338 Critérios para pré-seleção • É preciso considerar, entretanto, que se trata de um sistema com abrangência muito maior do que um normalmente desenvolvido pelas empresas. • Dessa maneira, a quantidade de requisitos é muito grande, pois envolve a maioria dos departamentos das empresas. • Assim, não é possível realizar esse levantamento de requisitos ao nível de detalhes exigido pelo desenvolvimento tradicional, onde o sistema será desenhado “do zero”. 206/338 Critérios para pré-seleção • Aí se encontra um dos grandes riscos do processo de seleção, pois muitas vezes as empresas consideram óbvios alguns requisitos e imaginam que serão com certeza atendidos pelo pacote. • No momento da implementação verifica-se, com surpresa, que aquela funcionalidade não é atendida. Segundo Martin e McClure (1983), “uma das armadilhas dos pacotes de software resulta do cuidado insuficiente em verificar a adequação do pacote à empresa. • Sutilezas não percebidas na pressa da compra podem aparecer mais tarde, quando se transformarão em severos problemas de manutenção”. 207/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 70 Outros critérios a serem avaliados • • • • Arquitetura técnica Custo Serviço e suporte pós-venda Bem estar financeiro do fornecedor • Visão tecnológica do fornecedor. 208/338 Arquitetura técnica • A arquitetura técnica refere-se às tecnologias empregadas, tais como a utilização de bancos de dados relacionais, a arquitetura cliente/servidor, as interfaces gráficas, as facilidades para extração de informações, a performance, a escalabilidade, etc. 209/338 Bem-estar financeiro e visão tecnológica do fornecedor • Muitas vezes é o critério mais importante na avaliação de um sistema ERP. • Isto porque “dada a consolidação que deverá ocorrer no mercado de ERP nos próximos três anos [e está ocorrendo] e a importância de missão-crítica que esses sistemas tem para as empresas que os utilizam, é simplesmente fundamental saber se a tendência do fornecedor é continuar existindo”. • A visão tecnológica também está relacionada a esse problema. • É importante saber qual o futuro do produto que está sendo adquirido em termos de expansão de funcionalidades e implementação de novas tecnologias. 210/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 71 Um bom contrato é imprescindível • Um bom contrato deve deixar o cliente seguro de que o software será utilizável e manutenível durante seu tempo de vida esperado”, e deve definir claramente a funcionalidade do pacote, a qualidade que deve ser entregue, os serviços de suporte e os processos de manutenção e atualização de versões. • As responsabilidades do cliente e do fornecedor devem ser explicitamente definidas em cada um desses itens. • Aspectos como performance, qualidade da documentação e descrição de todos os elementos necessários para manter o software também devem ser considerados. 211/338 “O fornecedor se compromete a envidar seus melhores esforços para manter o software em boas condições de operação.” 212/338 “o fornecedor manterá um período de resposta de 4 horas às solicitações do cliente. A taxa de manutenção básica inclui atendimento das 8 da manhã às 5 da tarde de segunda a sexta-feira, ...”. 213/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 72 Considerações… • Quanto à terminação do contrato, quando esta ocorre por problemas do fornecedor e não são motivadas pelo não cumprimento dos compromissos do cliente (falência do fornecedor, por exemplo), uma boa estratégia é a inserção de uma cláusula em que o fornecedor se comprometa a disponibilizar todo o código fonte e documentação para o cliente para que este possa dar continuidade ao sistema. 214/338 Etapas genéricas para o processo de seleção • Formação de uma Equipe de Avaliação de Alternativas, que envolva representantes de todas as áreas envolvidas • Levantamento dos requisitos das áreas através da realização de reuniões com os envolvidos • Levantamento dos requisitos empresariais através da realização de reuniões com os níveis mais altos da empresa • Definição dos critérios da pré-seleção • Pré-seleção de alternativas • Definição dos critérios de seleção e seus pesos. 215/338 Definição dos critérios de seleção e seus pesos • Percentual de atendimento dos requisitos levantados sem que seja necessário customizar o pacote • Custos, incluindo custos de licença, hardware, outros softwares necessários, customizações, treinamento, implementação, manutenção • Arquitetura técnica e visão de futuro do fornecedor • Qualidade do serviço de suporte • Saúde financeira do fornecedor e base instalada no país 216/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 73 Definição dos critérios de seleção e seus pesos • Garantias contratuais • Características específicas, tais como pacote internacional, existência de um determinado módulo (p. exemplo exportação), etc. • Análise aprofundada de cada uma dos produtos finalistas e atribuição de notas, realizada por meio de apresentações dos produtos pelos fornecedores, testes e visitas a clientes que já utilizam o sistema • Comparação final das alternativas e decisão final 217/338 Planejamento • Após a seleção do fornecedor, deve-se proceder ao planejamento do processo de implementação. • Alguns passos importantes são a definição do líder do projeto, a formação do comitê executivo, a definição do plano geral de implementação e a estruturação das equipes do projeto. • Uma boa estratégia é a utilização de metodologias de gerência de projetos nesta fase, como a do Project Management Institute (PMI). 218/338 Planejamento • O comitê executivo tem por objetivo desenvolver o plano geral de implementação, definir as equipes do projeto e acompanhar os resultados do projeto como um todo, bem como tomar decisões que possam exigir liberação de recursos adicionais ou mudanças no cronograma. • Esse comitê deve ser liderado por um executivo de alto nível com poder de decisão na organização. • Deve ser composto por executivos das diversas áreas que serão afetadas pela implementação e pelo líder do projeto. 219/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 74 Planejamento • A definição do plano geral de implementação refere-se à elaboração da estratégia de implementação e definição de escopo do projeto. • A primeira decisão a respeito da implementação que se deve tomar é a definição de quais módulos serão implementados, onde serão implementados e em que ordem serão implementados. • Essa definição é também conhecida como estratégia de implementação. 220/338 Planejamento • Existem basicamente duas alternativas: implementação em fases, onde os módulos são implementados sucessivamente,com diferentes datas para início de operação, ou a implementação completa, onde todos os módulos são implementados ao mesmo tempo, com mesma data para início da operação. • Essa última alternativa é conhecida como “big-bang”. 221/338 Planejamento • Na implementação em fases também se pode combinar alguns módulos que serão implementados ao mesmo tempo, em cada uma das fases. • É difícil definir regras simples para a definição da melhor estratégia, pois isso depende dos objetivos do projeto, de restrições ou mesmo possibilidades da arquitetura tecnológica existente, da predisposição pela mudança, dos investimentos que se deseja fazer, dos benefícios que se pretende obter, dos riscos que se deseja correr, entre outros. 222/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 75 Planejamento • A alternativa big-bang só deve ser utilizada caso seja um imperativo para a empresa, pois os riscos são muito altos. • A alternativa em fases é mais segura e permite que a equipe de projeto aprenda com a experiência antes de colocar importantes processos da empresa no novo sistema. • Entretanto, ela exige a construção de interfaces entre o sistema ERP e os sistemas antigos, tarefa que exige recursos, tempo e cujo produto final será totalmente descartado ao final do projeto. 223/338 Planejamento • Se a empresa possui mais de uma unidade de negócio ou localidade, existe ainda uma terceira possibilidade: o projeto piloto, também chamado de “small-bang”. • Por meio dessa alternativa, escolhe-se uma unidade de negócio ou localidade (uma fábrica, por exemplo) de menor porte e importância para o início da implementação. • Dessa maneira é possível obter a experiência da implementação simultânea, sem comprometer demais o negócio. 224/338 Planejamento • Outro elemento importante do plano de implementação, é a definição do escopo de cada uma das fases ou mesmo do projeto como um todo. • Sem essa definição, é muito provável que o projeto incorra em grandes atrasos, devido a pressões para que se aumentem as fronteiras de cada uma das etapas. 225/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 76 Planejamento • Para a estruturação das equipes do projeto, o líder do projeto e o comitê diretivo devem identificar o número de equipes necessárias para a implementação e sua composição. • Uma das maneiras de se montarem essas equipes é mediante a divisão em módulos, formando-se uma equipe para cada módulo, ou grupo de módulos muito próximos. • Uma proporção sugerida é utilização de de 75 % de indivíduos das áreas usuárias e 25 % de profissionais da área de TI. 226/338 Planejamento • Deve-se ter em mente que está se implementando um pacote: não é necessário desenvolvimento. • As decisões tomadas pelas equipes serão basicamente a respeito dos processos de negócio. • Também devem ser previstos os mecanismos para a integração e comunicação entre os times do projeto, tais como reuniões conjuntas, um local comum de trabalho e participação de membros de uma equipe nos trabalhos de outras equipes. • Por se tratar da implementação de um sistema integrado, essa comunicação é fundamental. 227/338 Usuários chave • É comum referir-se aos usuários chamados a participarem do projeto como usuários chave (key-users). • Os usuários-chave são “usuários do futuro sistema, mas, muito mais do que isso, são as pessoas que vão definir como o sistema vai funcionar em todos os seus detalhes. • São tipicamente pessoas que possuem uma certa autonomia em sua área de atuação e lideram naturalmente seus colegas de trabalho”. 228/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 77 Fatores Críticos de Sucesso da Etapa de Decisão e Seleção • Os fatores críticos de sucesso da etapa de decisão e seleção, que também inclui uma etapa de planejamento do processo de implementação, podem ser definidos como: - Comprometimento da alta direção com o processo desde o início - Conhecimento e comunicação para todos os níveis dos benefícios possíveis e potenciais dificuldades dos sistemas ERP 229/338 Fatores Críticos de Sucesso da Etapa de Decisão e Seleção - Entendimento de que será provavelmente necessário mudar a organização - Envolvimento dos usuários desde o princípio e obtenção de seu comprometimento com a alternativa selecionada - Escolha de um líder de projeto que possua habilidades de negociação e gerenciamento de projetos e experiência em realização de mudanças organizacionais 230/338 Implementação • Embora o termo implementação seja normalmente confundido com o ciclo completo, ela é apenas uma das etapas do ciclo de vida de sistemas ERP. • A implementação de um sistema ERP pode ser definida como o processo pelo qual módulos do sistema são colocados em funcionamento em uma empresa. 231/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 78 Implementação • Isso significa dar início à utilização do sistema para processar as transações empresariais, sendo para isso necessário que o sistema ERP tenha sido adequadamente parametrizado, customizado (se necessário), que os dados iniciais tenham sido inseridos no sistema (normalmente são migrados do sistema anterior), que os processos de negócio tenham sido alterados para adaptar-se à utilização do sistema (se necessário)... 232/338 Implementação • ...que o equipamento e software que será utilizado para o processamento (servidores, sistemas operacionais, bancos de dados, redes, microcomputadores) tenham sido adequadamente instalados e configurados, que os funcionários que irão operar o sistema e que os supervisores e gerentes que irão supervisioná-los e extrair informações do sistema estejam adequadamente treinados e que as condições de se obter suporte ou auxílio se necessário tenham sido disponibilizadas de maneira adequada. 233/338 Implementação de SI Fase 1 – Levantamento da Situação Atual (As-Is Picture) • Análise dos processos de negócio atuais • Treinamento das equipes do projeto no pacote • Levantamentos de aspectos específicos do negócio da empresa • Planejamento da conversão de dados Fase 2 – Definição da Situação Desejada (To-Be Picture) • Preparação do ambiente para prototipação • Prototipação • Levantamento das discrepâncias e decisões a respeito de como serão eliminadas (através de mudanças no pacote por parametrização ou customização ou mudanças em procedimentos e controles da organização) • Identificação das interfaces, com outros sistemas ou com os sistemas atuais, caso sejam necessárias • Definição de níveis de acesso, segurança e controle 234/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 79 Implementação de SIG Fase 3 – Configuração, Customização, Testes • Programação das customizações planejadas • Programação das interfaces e programas de conversão • Desenvolvimento dos novos procedimentos e controles • Testes por módulo e testes integrados • Treinamento dos usuários finais Fase 4 – Início da Operação (Going-Live) • Preparação do ambiente de processamento final • Definição do plano para início da operação • Migração dos dados • Início da operação (conversão, “virada”, ou “go-live”) 235/338 Fatores Críticos de Sucesso da Etapa de Implementação • A principal dificuldade dessa etapa é o fato de que se trata de um processo de mudança organizacional, que envolve, ao mesmo tempo, mudanças nas tarefas de indivíduos, nas tarefas e responsabilidades de departamentos e nas relações entre os diversos departamentos. • É uma mudança que ocorre simultaneamente em três níveis: individual, departamental e organizacional. • Do porte e da complexidade dessa mudança e dos conflitos que ela certamente causará entre os envolvidos, decorre a necessidade de uma intensa participação e comprometimento da alta direção 236/338 A etapa de Utilização • Após o processo de implementação, a utilização do sistema passa a fazer parte do dia-a dia das operações. • Estudos sobre a introdução de novas tecnologias mostram a dificuldade em conhecer de antemão todas as suas possibilidades de uso. • Este conhecimento só se daria após certo tempo de uso continuado da tecnologia, através de idéias que surgiriam durante o processo de utilização. • Esta é uma consideração importante para a etapa de utilização de sistemas ERP, pois geralmente não se conhecem todas as possibilidades de uso no momento da implementação, quando grande parte do esforço é utilizada para fazer combinar o pacote com a organização. • Somente após esta etapa é possível vislumbrar novas alternativas e possibilidades de uso na empresa. 237/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 80 A segunda onda • A Deloitte Consulting (1998), apresentando os resultados de uma pesquisa realizada em agosto de 1998 com 64 empresas que já implementaram sistemas ERP e encontram-se na fase de utilização, mostra que muitos benefícios obtidos pelas empresas só foram percebidos algum tempo após o início das operações. • Segundo a pesquisa, o início da operação do sistema (going-live) é geralmente o único objetivo, ou benefício, atingido após a implementação. • Os demais benefícios são obtidos em etapas sucessivas, no que a pesquisa chama de “segunda onda” (second wave) dos sistemas ERP, à medida que a empresa começa a perceber todas as potencialidades da utilização dos sistemas. 238/338 Fatores críticos de sucesso da etapa de utilização • São aspectos como necessidade de implementar as novas releases (ou versões) do pacote liberadas pelo fornecedor, em um processo conhecido como atualização, ou “upgrading”, e necessidades de realizar mudanças na configuração de parâmetros para melhor adaptar o sistema ao uso, num processo conhecido como “ in-flight reconfiguration”(ou reconfiguração “durante o vôo”). • Uma vez implementados, os sistemas ERP mantêm-se em evolução contínua. • As empresas fornecedoras buscam incorporar novas necessidades de seus clientes, corrigir problemas encontrados e apresentar novas e melhores maneiras de executar os processos abrangidos pelos pacotes. 239/338 Fatores críticos de sucesso da etapa de utilização • O processo de implementação de uma nova versão de um sistema ERP não é simples como aparenta. • Cada atualização pode ter complexidade que varia desde a simples mudança de uma tela ou processo até a total mudança no pacote, podendo praticamente ser considerada como uma nova implementação. • A necessidade de gerenciamento e atualização das versões de sistemas ERP é uma das principais dificuldades da utilização de sistemas ERP. 240/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 81 Qual o melhor sistema para o seu negócio? • Aquele que é acessível para o seu negócio. • Aquele que proporciona o melhor retorno custo/benefício. • Aquele que tem ou permite ter maior aderência ao negócio como um todo. • Aquele que atenda, dentro dos processos administrativos convencionais, aos aspectos fiscais e tributários da legislação local. 241/338 Módulos hoje disponíveis na maioria dos “ERPs” 1. Módulos relacionados a operações 2. Módulos relacionados com a gestão financeira/contábil/fiscal 3. Módulos relacionados com a gestão de recursos humanos 242/338 CRM 243/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 82 O que é CRM? • Customer Relationship Management, ou Gerenciamento do Relacionamento com Clientes, é um processo contínuo e evolutivo de comunicação com nossos clientes. • Isso é novo? • No passado, conhecíamos nossos clientes pelo nome, onde viviam, que tipo de serviços necessitavam e quando os necessitavam. • Sabíamos como queriam que esses serviços seriam prestados, como queriam pagar suas contas e quanto de recursos podiam dispor. 244/338 O que é CRM? • Este foi o modelo por centenas de anos… até que a tecnologia nos permitiu produzir bens e serviços em massa, para mercados de massa. • De um dia para outro, esquecemos como praticar a gerência do relacionamento… • Em vez de vender para clientes de forma individual, passamos a lutar por maior participação no mercado. 245/338 O que é CRM? • O CRM é a denominação do conjunto de estratégias, processos e ferramentas, concebidas para viabilizar a utilização das informações a respeito de clientes, advindas das diversas áreas da empresa, transformando-as em ações concretas no sentido de satisfazer e fidelizar clientes, rentabilizando ao máximo as oportunidades de negócios, dentro de cada perfil específico. • Conceitualmente, CRM pode ser entendido como o gerenciamento e a otimização de todas as formas de relacionamento entre a empresa e seus clientes. Fonte: Plusoft Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) 246/338 Gestão Estratégica da Informação 83 O que é CRM? • Sinônimos de CRM: – Marketing One-to-One – Gerência do Relacionamento Corporativo (ERM) – Marketing em Tempo Real – Gerência do Relacionamento Contínuo – Marketing de Relacionamento Possibilitado pela Tecnologia 247/338 CRM como Estratégia Informação Conhecimento Ação Aumento da rentabilidade Redução de custos Recuperação de Receita Fidelização 248/338 Desafios Disseminação da cultura por toda a organização • Integração entre as áreas - visão única do Cliente • Ser instrumento efetivo de fidelização / aumento de lucratividade (cliente leal é mais lucrativo!) • Possibilitar que as informações obtidas sejam transformadas em uma base de conhecimento sobre o cliente e este em ações concretas. • 249/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 84 Case: segmento de saúde • Mudança de visão: os grandes centros de saúde, hospitais, clínicas e laboratórios passam a encarar o antigo “paciente” como Cliente. 250/338 Case: segmento de saúde • A experiência do cliente na utilização dos serviços de saúde é fundamental na construção de imagem da instituição, motivando recomendação, referência, repetição. • O ambiente hospitalar passa a ser comparado com o hoteleiro. Ontem Hoje 251/338 Case: segmento de saúde • Conhecer o cliente, aumentando a aumentar a assertividade: disponibilização de canais de atendimento permite interagir com cliente e tomar ações focadas nas reais necessidades do cliente/paciente • Os canais de comunicação otimizam as operações internas (marcação de exames e cirurgias, agendamentos de consultas, interface com planos de saúde, informações sobre procedimentos précirúrgicos ou pré-diagnose) • Os resultados obtidos incluem a redução de custos com aumento de satisfação, o que gera um melhor resultado. 252/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 85 Case: Hospital 9 de julho • Implantação da Central de Atendimento: 2002 • Foco: desenvolvimento de projetos dirigidos à humanização do ambiente hospitalar • Estrutura: a Central de Atendimento é dividida em duas coordenações : - Central de Serviços - SAC 253/338 Central de Serviços • Marcação de cirurgias • Marcação de exames • Marcação de consultas • Pré-internação 254/338 SAC • Atendimento pessoal • Registro de todas as manifestações efetuadas através de formulários, fax, email, pessoalmente ou pelas visitas aos pacientes internados • Acompanhamento de todos os processos e respostas aos clientes • Visitas aos pacientes internados • Pesquisa pós-internação e tabulação dos dados Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) 255/338 Gestão Estratégica da Informação 86 Business Intelligence 256/338 O cenário • Um dos maiores desafios das empresas atuais é a manutenção de uma base estável de clientes. • No passado, quem conseguisse organizar sua produção com eficiência, reduzir custos e atender bem, frequentemente era levado a uma posição de destaque no seu mercado. 257/338 O cenário • Hoje, com a disseminação de melhores práticas empresariais, normas técnicas e de qualidade, sistemas integrados de gestão, estas condições já não são mais suficientes para garantir uma vantagem competitiva para as empresas. • É necessário, a partir do conhecimento adquirido sobre seus clientes, ser capaz de interpretar seus objetivos, expectativas e sonhos. 258/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 87 O desafio • Existe um elevado grau de insatisfação em relação ao nível de informações disponíveis para a tomada de decisões. • A maior parte destas informações está “dormindo” no Banco de Dados, ou em uma planilha, ou mesmo na gaveta de alguém. • A revista E-Manager fez uma pesquisa e comprovou que apenas 10% dos dados disponíveis são utilizados para auxiliar o processo de tomada de decisões. 259/338 O cenário • Uma das formas de melhorar este cenário chama-se Business Intelligence. • O Business Intelligence pode ser descrito como um conjunto de técnicas, métodos e ferramentas que são utilizadas para a tomada estratégia de decisões por parte da alta gerência da empresa, permitindo a aquisição e manutenção do seu marketshare. 260/338 “A falta de informação leva os executivos a tomarem decisões erradas. O excesso de informações também.” 261/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 88 Business Intelligence • Através do BI, é possível proporcionar a descoberta de padrões em dados, sem a tendenciosidade e a limitação de uma análise baseada exclusivamente na intuição humana. “O sucesso das organizações depende da utilização inteligente da informação disponível.” Peter Druker 262/338 Exemplos de empresas que foram surpreendidas por tendências não previstas em seus planos • No início da década de 90, a Motorola era o maior fabricante de telefones celulares do mundo. • No entanto, optou por continuar a desenvolver a tecnologia analógica, enquanto que o mercado começava a dar sinais de preferência pelos telefones de segunda geração (digitais). • O resultado foi a perda da liderança para a Nokia. 263/338 Características do BI • Extrair e integrar dados de múltiplas fontes • Fazer uso da experiência • Analisar dados contextualizados • Trabalhar com hipóteses • Procurar relações de causa e efeito • Transformar os registros obtidos em informação útil para o conhecimento empresarial 264/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 89 Principais vantagens de um sistema de BI • • • • • • • • • • Antecipar mudanças no mercado Antecipar ações dos competidores Descobrir novos ou potenciais competidores Aprender com os sucessos e as falhas dos outros Conhecer melhor suas possíveis aquisições ou parceiros Conhecer novas tecnologias, produtos ou processos que tenham impacto no seu negócio Conhecer sobre política, legislação ou mudanças regulamentais que possam afetar o seu negócio Entrar em novos negócios Rever suas próprias práticas de negócio Auxiliar na implementação de novas ferramentas gerenciais 265/338 Exemplos de informações valiosas que podem ser obtidas • Identificação sistemática dos clientes mais rentáveis. • Identificação de correlação de vendas entre os diferentes produtos • Identificar diferentes elasticidades de preços nos diferentes produtos, diferentes lojas ou regiões e para diferentes consumidores. 266/338 Principais problemas • Um estudo do IDC relatou diversas questões associadas com 400 implementações de BI em empresas. • O estudo indicou que, de todas as implementações: - 35% foram mal sucedidas - 35% foram "adequadas" - 30% foram bem sucedidas • Além disso, quanto maior a empresa e mais complexo o seu BI, menor a chance da implementação ser bem sucedida, incluindo questões de cronograma e orçamento. 267/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 90 Principais problemas • Os 10 maiores problemas encontrados foram: - restrições de orçamento - qualidade dos dados - entendimento e gerenciamento da expectativa do usuário - mudança de cultura - tempo requerido para implementar - integração dos dados - educação e treinamento - justificativa do retorno sobre o investimento - análise das regras do negócio - apoio da alta gerência 268/338 Casos Interessantes 269/338 Caso: Wal-Mart • O seu sistema de Business Intelligence identificou uma relação entre o consumo de fraldas descartáveis e o consumo de cerveja. • Analisando a informação, verificou-se que quando os maridos iam ao supermercado à noite para comprar fraldas aproveitavam e compravam algumas cervejas. • Constatado o fato, elaborou-se uma estratégia de vendas onde as fraldas ficam próximas às cervejas, induzindo os maridos a comprarem as cervejas. O resultado foi o aumento de vendas das cervejas. Fonte: GUROVITZ, Hélio; O que cerveja tem a ver com fraldas? Exame, 09 abr. 1997. Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) 270/338 Gestão Estratégica da Informação 91 Caso: Banco Itaú • O Banco Itaú, pioneiro no uso de data warehouse no Brasil, costumava enviar mais de 1 milhão de malas diretas, para todos os correntistas. No máximo 2% deles respondiam às promoções. • Hoje, o banco tem armazenada toda a movimentação financeira de seus 3 milhões de clientes nos últimos 18 meses. • A análise desses dados permite que cartas sejam enviadas apenas a quem tem maior chance de responder. • A taxa de retorno subiu para 30%. A conta do correio foi reduzida a um quinto. Fonte: GUROVITZ, Hélio; O que cerveja tem a ver com fraldas? Exame, 09 abr. 1997. 271/338 Caso: rede de farmácias • Outra rede varejista descobriu que a venda de colírios aumentava na véspera dos feriados. • Passou a preparar seus estoques e promoções do produto com base nesse cenário. Fonte: GUROVITZ, Hélio; O que cerveja tem a ver com fraldas? Exame, 09 abr. 1997. 272/338 Caso: Sprint • A Sprint, um dos líderes no mercado americano de telefonia de longa distância, desenvolveu, com base no seu armazém de dados, um método capaz de prever com 61% de segurança se um consumidor trocaria de companhia telefônica dentro de um período de dois meses. • Com um marketing agressivo, conseguiu evitar a deserção de 120.000 clientes e uma perda de 35 milhões de dólares em faturamento. Fonte: GUROVITZ, Hélio; O que cerveja tem a ver com fraldas? Exame, 09 abr. 1997. Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) 273/338 Gestão Estratégica da Informação 92 Caso: Serpro • O Serpro, órgão responsável pelo processamento dos dados do governo federal, já investiu 2 milhões no seu projeto de BI, desenvolvido com a Oracle. • Só consolidou 5% de suas informações, mas já é possível fazer em cinco minutos cruzamentos de dados que antes demandavam quinze dias de trabalho. Fonte: GUROVITZ, Hélio; O que cerveja tem a ver com fraldas? Exame, 09 abr. 1997. 274/338 Caso: Golden Cross • A empresa guarda a ficha médica de cada paciente ao longo do tempo. Também são armazenados detalhes sobre médicos e hospitais. • Descobriu-se, por exemplo, que as pessoas que mais cancelavam o seguro de saúde eram as que menos o usavam. • Iniciou-se, então, uma campanha para manter esses clientes, afinal conquistar um novo cliente pode custar sete vezes mais que manter um cliente antigo. 275/338 Caso: Golden Cross • Ao lançar seu novo seguro para automóveis, a Golden também vai buscar no BI quais são os clientes com chance de comprar uma apólice para carros. • Pode inclusive descobrir se é lucrativo oferecer vantagens para quem tiver dois seguros - de saúde e do carro. 276/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 93 Tecnologias Wireless 277/338 Tecnologias Wireless • De acordo com a Forrester Research, mais de 219 milhões de pessoas, ou 1/3 da população européia, já estará acessando serviços da Internet através de telefones celulares a partir do ano de 2005. • 90% dos sites comerciais europeus pretendem lançar versões acessíveis através dos celulares. • Estes sites oferecerão notícias, conteúdo personalizado, compra e venda de ações e de produtos, reserva de passagens aéreas, etc Cartão, dinheiro ou telefone? O Wireless e-commerce já chegou... • Diversas operadoras no mundo estão implementando soluções de pagamento através do uso de telefones celulares. • O telefone funciona como um terminal de comércio eletrônico, e as compras são debitadas em cartões de crédito, conta bancária ou na própria conta de serviços. • Casos relatados incluem a Telenor Mobil (Noruega), NTT Docomo (Japão) e a Brasil Telecom GSM (Brasil). Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 94 Case: NTT DoCoMo A rede de telefonia NTT DoCoMo lançou um serviço no Japão que permite aos usuários de celulares de terceira geração (3G) pagar contas e sacar dinheiro com os seus telefones. Os próprios aparelhos são dotados de sistemas de segurança para evitar que outras pessoas utilizem o serviço. Dispositivos especiais também podem ser instalados em caixas eletrônicos e nas lojas para permitir compras e saques. 280/338 Principais Aplicações • Serviços baseados em localização – – – – Relatórios de tráfego em tempo real Recomendação de eventos e restaurantes Propaganda customizada Serviços para localização de pessoas 281/338 Principais Aplicações • Soluções Empresariais – Acesso a email e bases de dados – “Informação atualizada através de tecnologia “push” (mensagens SMS e MMS – torpedos) • Serviços Financeiros – Saldos e Extratos bancários – Pagamento de contas – Transferência de fundos • Serviços de Viagem e Turismo – Aquisição e troca de cartões de embarque – Agendamento – Reservas Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) 282/338 Gestão Estratégica da Informação 95 Principais Aplicações • Jogos, Apostas e Entretenimento – Jogos multi-players em tempo real – Download de horóscopos e histórias em quadrinhos – Loterias • “M”- Commerce (Mobile-Commerce) – Comparação de preços instantânea – Ofertas especiais e vendas baseadas na localização 283/338 Convergência de Dispositivos 284/338 Tendências para o futuro - Visão 3G Velocidade de Tx de Dados -kbps 2,000 1G 2G 3G 384 144 Audio Mensagens Texto 128 64 Video Imagens Voz 32 E-Commerce 9.6 0 285/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 96 Novos tipos de terminais 286/338 Negócios Eletrônicos para o Consumidor Final B2C 287/338 O panorama atual • Depois do estouro da bolha, o foco das empresas ligadas ao comércio eletrônico passou a ser fundamentalmente o retorno financeiro. • Hoje, empresas tradicionais somente estão investindo em projetos de comércio eletrônico quando o seu retorno financeiro é claro, ao contrário do passado recente, quando até o medo de se tornarem obsoletas as fez investir cegamente em projetos de comércio eletrônico. 288/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 97 Marco: Amazon lucra pela primeira vez • "Nova York e Seattle, 23 de janeiro de 2002 (Gazeta Mercantil) - A Amazon.com, maior varejista de internet do mundo, registrou lucro pela primeira vez desde a sua fundação, há sete anos. No quarto trimestre de 2001, a empresa registrou lucro líquido de US$ 5,09 milhões. No mesmo período do ano anterior, o resultado havia sido um prejuízo de US$ 545,1 milhões. • Executivos da companhia disseram que melhoras na eficiência e preços dos livros mais baixos contribuíram para que a companhia obtivesse o primeiro lucro líquido da sua história e apresentasse um faturamento recorde." 289/338 O espetáculo do crescimento virtual • No Brasil, as vendas por Internet crescem a passos largos, ao contrário do varejo tradicional, que ultimamente tem registrado índices de retração. • Em 2001, o e-commerce rendeu para as lojas brasileiras 600 milhões de reais. Em 2002, foram 900 milhões, em 2003 chegou a 1,2 bi e em 2004, 1,8 bi. Para 2005, espera-se um faturamento de mais de 2,3 bi Fonte: e-bit 290/338 O espetáculo do crescimento virtual • O volume negociado hoje corresponde a 3,6% do varejo total no país. • Mas estima-se que, em cinco anos, possa chegar a 10%. 291/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 98 O espetáculo do crescimento virtual • Em alguns setores, a migração foi maciça. No setor de passagens aéreas nos EUA, hoje a proporção de vendas online chega a 58%. • No Brasil, a Gol já vende 85% de todo o seu faturamento pela Web. 292/338 Quem é o e-consumidor? • Público total: 4 milhões de pessoas (análise desde 2000) • Taxa de crescimento anual na faixa de 20% • Maioria (71%) entre 25 e 49 anos e cerca de 58% são do sexo masculino • 81% de satisfação com o serviço das lojas virtuais brasileiras • Motivação da compra: o mais importante é o nome da loja 293/338 Volume de pedidos e ticket médio 294/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 99 Influências geográficas • 67% do faturamento gerado por compras na região sudeste, principalmente SP. • Este número é lentamente descrescente, mostrando que novos consumidores estão utilizando a Internet comercialmente. 295/338 A força do interior • Algumas regiões apresentam um número expressivo de vendas sendo realizadas para o interior dos estados, em comparação com as capitais. 296/338 O que ele compra? • • CDs e DVDs encabeçam a lista. Por quanto tempo esta tendência se manterá? 297/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 100 O que ele faz online? 298/338 Influências da Internet 299/338 Comparando… Empresas de venda direta X Empresas tradicionais X Empresas Virtuais (pontocoms) 300/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 101 Empresas de venda direta • Tendem a ser bem sucedidas, pois já efetuavam vendas diretas por telefone ou correio anteriormente ao advento da Internet comercial. • Nestes casos, a Internet veio a ser somente mais um canal de vendas. • Exemplos clássicos: Dell, Gateway, 301/338 Empresas tradicionais • A grande vantagem das empresas tradicionais (e este fato também se aplica às empresas de venda direta) é o fato de muitas optarem pelo compartilhamento de sua estrutura com a "subsidiária" virtual. + Centro de Distribuição 302/338 Alguns elementos necessários para uma operação virtual bem sucedida • Um site funcional e amigável • Um sistema de gestão integrado para vendas • Um Serviço de Atendimento ao Consumidor por telefone • Uma marca reconhecida e bem divulgada 303/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 102 Dispositivos tecnológicos para alavancar vendas • • • • • • • • • • • • Cesta de compras Chat de apoio Call center 1-click ordering Site associado Lista de desejos, casamentos, presentes Goldbox Círculo de compras Novidades e recomendações para você Filtragem colaborativa (vendas cruzadas) Vale presente Venda de usados 304/338 Dispositivos tecnológicos para alavancar vendas • • • • • • • Leilões Buscas por palavra chave Amostra grátis ou demonstração Opinião dos clientes Recomendações livres, indicações Informações sobre compras (“Suas compras”) Alertas e informativos por e-mail 305/338 Serviços oferecidos pelas empresas de Comércio Eletrônico Serviços Atendimento por e-mail Atendimento por telefone Política de privacidade Newsletters Acompanhamento do pedido Histórico de compras Busca interna Carrinho de compras Política de devolução e troca Chat online Percentual 98,5% 94,1% 80,6% 77,6% 75,4% 72,4% 68,7% 61,5% 44,1% 35,1% Fonte: Info 306/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 103 Elementos necessários para uma operação virtual bem sucedida Um site funcional e amigável Empresas de Venda Direta Sistema de Gestão Integrada Serviço Telefônico Marca reconhecid a Precisam Já têm Já têm Já têm Empresas tradicionais Precisam Algumas precisam, outras já têm Algumas precisam, outras já têm Já têm Empresas virtuais (.COMs) Precisam Precisam Precisam Precisam 307/338 Sites têm que ser funcionais e amigáveis • Caso contrário, o consumidor tem duas opções: - Ou desiste da compra - Ou compra no concorrente mais próximo (não se esqueça que ele está a um clique de distância) 308/338 A escala do empreendimento também é importante para sua viabilização • Normalmente a escala contribui diretamente para a lucratividade. • Os sites menores, quando não atrelados a uma empresa tradicional, normalmente não têm escala suficiente para pagar os custos fixos decorrentes da operação de uma operação B2C online. 309/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 104 Questões chave para o mercado B2C • Os canais tradicionais ainda têm enormes vantagens em relação à Internet: proporcionam o contato físico com o produto antes da venda, permitem que o cliente leve o produto para casa na hora da compra e possibilitam a interação com pessoas em um ambiente social. 310/338 Questões chave para o mercado B2C • No entanto, a Internet está se tornando um canal principal para a pesquisa de produtos pelo consumidor, principalmente com itens de alto valor, como automóveis, imóveis, computadores e eletrônicos. 311/338 Questões chave para o mercado B2C • A pesquisa online, já em 1999, influenciou a venda de pelo menos metade de todos os automóveis novos vendidos nos EUA. • No total, estima-se que a pesquisa online impactará até 20% dos produtos vendidos neste ano. 312/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 105 % de participação em relação ao total de vendas ao consumidor final Vendas por Telemarketing Vendas por catálogo Vendas pela Internet Vendas nas lojas Influenciadas pela Internet Não influenciadas pela Internet 2,2% 0,9% 3,6% 93,9% 20,7% 73,2% 313/338 Questões chave para o mercado B2C • Isso em momento algum significa que a Internet vai substituir as lojas ou pedidos por telefone. • No entanto, este valor indica que, hoje, as vendas via Internet já são o segundo maior canal de vendas ao consumidor final. • Além disso, serão um elemento fundamental no processo para vendas realizadas na loja, por telefone ou por um vendedor. 314/338 Recomendações • Para as empresas tradicionais, é imperativo investir no canal Internet, já que os consumidores o estão utilizando, e provavelmente continuarão a utilizar, para pesquisa e compras. • Isso se aplica principalmente para setores que vendem para adolescentes, jovens e executivos, que já incorporaram a Internet como parte de sua rotina. 315/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 106 Negócios Eletrônicos Interempresariais B2B 316/338 Mercados B2B • Conceito: comunidade de empresas compradoras e empresas fornecedoras realizando transações comerciais suportadas por uma infra-estrutura de serviços de e-business. 317/338 Requisitos de um Mercado B2B • Neutralidade e Confidencialidade • Transparência • Contratos, documentos e produtos padronizados • Pré-qualificação dos usuários • Disseminação de preços e informações sobre os produtos • Alcance Global 318/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 107 Efeitos principais de um mercado B2B • • • • Menores custos Menor necessidade de estoques Maior transparência Eliminações de barreiras geográficas e temporais • Remoção de intermediários que não agregam valor 319/338 Modelos B2B 1) Um para Um 2) Um para Muitos 3) Alguns para Muitos 4) Muitos para Muitos 5) Muitos para Alguns 6) Muitos para Um 320/338 Um para Um = EDI (Electronic Data Interchange) • Definição clássica: troca de arquivos entre aplicativos que rodam em computadores de parceiros de negócios usando um formato padronizado 321/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 108 Motivação • No Comércio Internacional, até 28 organizações são envolvidas para uma simples remessa (transportadores, fretadores, corretores, bancos, seguradores, adm. alfandegária, outras agências governamentais, etc) • E mais de 40 transações são criadas para documentar o processo (conhecimentos, cartas de crédito, manifestos, apólices, etc) • O trabalho com papel chega a representar 8% do custo total de um despacho internacional 322/338 Propagação de Erros • Metade de todas as cartas de crédito contém erros de preenchimento, que... ... atrasam embarques ... adicionam custos de armazenamento ... influenciam adversamente no fluxo normal de fabricação e nas cadeias de distribuição e vendas 323/338 Como surgiu o EDI • Primeira aplicação: no suprimento à cidade de Berlim Ocidental durante o seu bloqueio pela União Soviética, na década de 50. Foram realizados 278.000 vôos, suprindo a cidade com cerca de 2,3 milhões de toneladas de comida, carvão, remédios, máquinas pesadas, jornais, equipamentos de construção civil, veículos e suprimentos para casa, atendendo aos 2,5 milhões de habitantes da parte ocidental da cidade. 324/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 109 Como surgiu o EDI • Com os aviões chegando a cada 3 minutos, o processo de descarregamento da carga era mais rapido do que o processo (manual) de preenchimento e verificação dos documentos em papel. • Por causa deste problema, as listas de estoque ficavam rapidamente desatualizadas e em pouco tempo se perdeu o controle da situação. Percebendo que o processo estava se inviabilizando, o exército americano desenvolveu um sistema de manifesto de carga padronizado, que podia ser enviado via telex, teletipo ou mesmo telefone. • Foi a primeira aplicação de EDI no mundo. 325/338 Esquema básico Empresa A ERP Flat File Tradutor Mensagem Rede (Van, ponto a ponto, Internet, etc) Empresa B ERP Flat File Tradutor Mensagem 326/338 Início da Implementação 1) Padrões proprietários de cada empresa 2) Padrões Setoriais: TDCC (Transportes) UCS (Alimentos) ...no Brasil: RND (Automobilístico) CNAB (Bancário) 3) Padrões Regionais ANSI ASC X12 - EUA e Canadá GTDI - Europa 327/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 110 Finalmente, o padrão internacional: UN/EDIFACT • • • • • • • • • United Nations Electronic Data Interchange For Administration Commerce and Transport “Conjunto de Padrões, Diretórios e Orientações para o intercâmbio eletrônico de dados estruturados, em particular aqueles relacionados ao comércio de mercadorias e serviços, entre sistemas de informação automatizados” 328/338 O XML (Extensible Markup Language) • É uma linguagem de descrição para documentos contendo informação estruturada. • Este tipo de documento contém não só conteúdo, mas algum tipo de indicação relacionada com a funcionalidade do conteúdo. 329/338 Exemplo de uma mensagem XML (pedido de compra) <?xml version="1.0" ?> <?xml:stylesheet?> <purchase-order> <header> <po-number>1234</po-number> <date>1999-02-08</date><time>14:05</time> </header> <billing> <company>XYZ Supply Store</company> <address> <street>601 Pennsylvania Ave. NW</street> <street>Suite 900</street> <city>Washington</city><st>DC</st><postcode>20004</postcode> </address> </billing> <order items="1" > <item> <reference>097251</reference> <description>Widgets</description> <quantity>4</quantity> <unit-price>11.99</unit-price> <price>47.96</price> </item> <tax type="sales" > <tax-unit>VA</tax-unit> <calculation>0.045</calculation> <amount>2.16</amount> </tax> ... 330/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 111 O XML pode ser usado para trocar informações entre sistemas…. Isso torna o XML muito apropriado para… Intercâmbio Eletrônico de Dados 331/338 O XML em comparação com o as sintaxes clássicas (X12, Edifact, etc) • A preocupação das sintaxes clássicas sempre foi a compressão do tamanho das mensagens, já que a maioria das VANs (Valued Added Network - Redes de Valor Agregado) sempre cobrou pelo tráfego de dados. • Por este motivo, as mensagens codificadas em sintaxes clássicas sempre foram bastante comprimidas, utilizando códigos para representar valores complexos e fazendo com que todos os meta dados fossem retirados das mensagens, tornando quase que impossível visualizar as informações contidas em uma mensagem. 332/338 O XML em comparação com as Sintaxes Clássicas • Esta complexidade é que torna as aplicações EDI caras de se implementar e de se manter. • Complexidade sempre significa custo alto. 333/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 112 Exemplo de uma mensagem EDI (pedido de compra, X12) ISA*00* *00* *08*61112500TST *01*DEMO WU000003 *970911*1039*U00302000009561*0*P? GS*PO*6111250011*WU000003 *970911*1039*9784*X*003020 ST*850*397822 BEG*00*RE*1234**980208 REF*AH*M109 REF*DP*641 REF*IA*000100685 DTM*010*970918 N1*BY*92*1287 N1*ST*92*87447 N1*ZZ*992*1287 PO1*1*1*EA*13.33**CB*80211*IZ*364*UP*718379271641 PO1*1*2*EA*13.33**CB*80211*IZ*382*UP*718379271573 PO1*1*3*EA*13.33**CB*80213*IZ*320*UP*718379271497 PO1*1*4*EA*13.33**CB*80215*IZ*360*UP*718379271848 PO1*1*5*EA*13.33**CB*80215*IZ*364*UP*718379271005 CTT*25 SE*36*397822 GE*1*9784 IEA*1*000009561 334/338 O XML em comparação com as Sintaxes Clássicas • As mensagens XML, por sua vez, são muito ricas em metadados, tornando-as fáceis de serem implementadas. • Uma mensagem XML bem descrita costuma ser auto-entendível. • Esta simplicidade torna as aplicações XML fáceis de serem desenvolvidas e mantidas. 335/338 O XML em comparação com as Sintaxes Clássicas Sintaxes Clássicas • Otimizado para a compressão das mensagens • Utiliza VANs • A sintaxe EDI pode levar meses para ser implementada • Requer programadores altamente especializados XML • Otimizado para a facilitação de implementação e manutenção. • Utiliza a Internet • Mensagens XML podem ser implementadas em horas. • Requer programadores com formação de mercado (JS, VB, Perl, etc) 336/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 113 1) Um para Um: Electronic Data Interchange (EDI) Empresa A ERP Flat File Tradutor Mensagem Rede Empresa B ERP Flat File Tradutor Mensagem 337/338 2) Um para Muitos • Também chamados de portais corporativos de venda ou catálogos online. • Estes sites hospedam um único fornecedor, que exibe o seu catálogo de produtos e respectivos preços, geralmente fixos. • Exemplos clássicos: http://www.dell.com.br 338/338 2) Um para Muitos • É um canal complementar ou exclusivo para as vendas dos fornecedores • Os compradores utilizam múltiplos web sites de fornecedores • Os clientes são, principalmente, pequenas e médias empresas • Características principais: marca forte, especificação dos produtos, fornecimento de logística Muitos Compradores Um Fornecedor Fonte: Mercado Eletrônico Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) 339/338 Gestão Estratégica da Informação 114 3) Alguns para Muitos • São também chamados de “Shoppings B2B” ou Atacadistas Eletrônicos • Estes portais agregam diversos catálogos de diversos fornecedores de forma a atrair uma maior audiência, utilizando um único formato. Ex. Handy Hardware (http://www.handyhardware.com/) 340/338 4) Muitos para Muitos • Alguns portais criam uma ampla rede de compradores e vendedores. • Nestes portais, tanto pode-se vender quanto comprar. • Normalmente, os esquemas de preço são dinâmicos (baseados em leilões), fazendo com que estes mercados sejam os mais eficientes possíveis. 341/338 4) Muitos para Muitos • São divididos em horizontais e verticais • Vantagens para os vendedores: uma “loja” eletrônica pronta. • Vantagens para os compradores: milhares de produtos, novidades, informações técnicas, reportagens, teste de produtos, logística e outros serviços de valor agregado. 342/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 115 4) Muitos para Muitos - Verticais • Atuação em setores industriais específicos • Trabalham com produtos e serviços especializados • É necessário que o portal tenha conhecimento profundo do setor industrial de atuação Fornecedores do Mesmo Segmento Compradores do Mesmo Segmento Fonte: Mercado Eletrônico 343/338 4) Muitos para Muitos - Horizontais • Atendem a diversos setores da indústria • Trabalham com produtos ou serviços padronizados • São criados para facilitar a compra e venda de produtos/serviços de numerosos fornecedores e clientes • Os benefícios percebidos são praticidade e funcionalidade Fornecedores de Diversos Segmentos Compradores de Diversos Segmentos Fonte: Mercado Eletrônico 344/338 O case dos ursinhos de pelúcia • A fábrica Vermont Teddy Bear, nos EUA, estava se preparando para vender ao comércio 500.000 ursinhos, devido ao dia dos namorados. 345/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 116 O case dos ursinhos de pelúcia • Um tornado, no entanto, levou o teto da fábrica. • O que fazer com a produção, recém finalizada? • O Diretor da Vermont, Jim Tiberius Kirk, ao se deparar com o fato, ficou desesperado. • Afinal, seu prejuízo, no caso de chuva, seria de US$ 2.500.000,00 (US$ 5,00 por peça) 346/338 O case dos ursinhos de pelúcia • Um encontro casual com um amigo, especialista em tecnologia da informação, trouxe uma luz para a resolução do problema… • Colocar todo o estoque à venda em um portal Business to Business, na Internet… 347/338 O case dos ursinhos de pelúcia • Mas qual portal seria adequado para a venda da produção? • Existiria algum portal vertical especializado em ursinhos de pelúcia? • http://www.Bear2Bear.com ?? • Certamente não… • A solução foi então colocar todos os ursinhos à venda em um portal horizontal. 348/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 117 O case dos ursinhos de pelúcia • O resultado não poderia ter sido melhor. Todo o estoque foi vendido em menos de duas horas. • O preço inicial pedido, cerca de US$1,00, certamente chamou a atenção para o produto. • O preço final alcançado foi de US$3,90, perto do que seria pedido normalmente pelos ursinhos. • Uma das vantagens do portal utilizado foi o oferecimento de logística para entrega, logo algumas horas após o encerramento do leilão todos os ursinhos já tinham sido retirados da fábrica. 349/338 5) Muitos para Alguns • Portais como o Covisint (formados por GM, Ford DaimlerChrysler, Renault, Nissan, Peugeot) ou o Agrega (Souza Cruz e Ambev) são formados por gigantes industriais que criam catálogos conjuntos de compra. Muitos Fornecedores Alguns Compradores 350/338 6) Muitos para Um • Estes portais de compras atraem diversos fornecedores, para produtos ou serviços especializados, para um único comprador, de grande porte. Muitos Fornecedores Um Comprador 351/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 118 Se aprofundando no modelo de negócios... • Os primeiros modelos se preocupavam em replicar a dinâmica do mundo real. • Por exemplo, os catálogos eletrônicos (primeira geração de mercados B2B) possuem esquemas baseados em preços fixos. • Os novos modelos se fixam na implementação de preços dinâmicos. 352/338 Os modelos de precificação • Preços fixos • Preços Dinâmicos - Leilões Diretos - Leilões Reversos 353/338 Os modelos de precificação Preço Fixo • O exemplo clássico é o catálogo online. • Este modelo funciona muito bem para a venda de itens de baixo custo que são comprados frequentemente mas em pequenas quantidades. 354/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 119 Mecanismos de fixação dinâmica de preços • O objetivo é juntar todos as potenciais ordens de compra e venda e permitir que estas ordens otimizem os preços • Basicamente os sistemas de leilões funcionam desta forma. 355/338 Os modelos de precificação Leilões Diretos • Neste tipo de leilão o vendedor direciona a ação, listando o item que quer vender e recebe ofertas crescentes para o seu produto. O objetivo é maximizar o preço para o vendedor. • Este sistema funciona especialmente bem para items que são únicos e diferenciados. • É menos favorável aos compradores, já que não existe negociação entre ele e o vendedor. • Existe apenas competição entre todos os eventuais compradores. 356/338 Leilões Diretos • O leilão direto tende a elevar os preços à medida em que se aproxima a sua data de encerramento. Preço Tempo São muito utilizados para a venda de excedentes de produção, estoques encalhados ou desmobilização de ativos. Ex. http://www.superbid.com.br 357/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 120 Leilões Reversos • Os compradores especificam os itens que querem adquirir e diversos vendedores competem para fechar o negócio. • Esta abordagem claramente favorece os compradores, especialmente se existem diversos vendedores aptos a fornecer itens de acordo com os requisitos estabelecidos. 358/338 Leilões Reversos • Nos leilões reversos o preço tende a cair à medida em que se aproxima o encerramento do leilão. Preço Tempo • Este tipo de leilão é muito adotado nos modelos Muitos para Muitos, Muitos para Alguns e Muitos para Um, sempre que efetuam suas aquisições. 359/338 Detalhes Interessantes • Durante um leilão reverso, os fornecedores permanecem anônimos uns para os outros, mas estes podem ver as ofertas que estão sendo realizadas. • Já o comprador tem acesso tanto à identidade quanto à oferta. • Normalmente um leilão deste tipo demora de 1 a 3 horas. 360/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 121 Formas de Obtenção de Receita para um Mercado B2B • • • • • Taxas por transação % do ganho obtido Assinatura Hospedagem Venda ou Licenciamento de Informações • Publicidade e Marketing • Outros serviços de valor agregado 361/338 Serviços de valor agregado • • • • • • Criação e Manutenção de Catálogos Leilão Direto e Reverso Logística, Transporte, Armazenagem Meios de Pagamento Informações Gerenciais Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos 362/338 Cases no Brasil • “O Genexis é formado por comunidades que reúnem laboratórios farmacêuticos, distribuidores, farmácias, hospitais, operadoras de saúde, centros de diagnóstico e terapia e profissionais de saúde, compondo juntos a cadeia completa da indústria de saúde” 363/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 122 Cases no Brasil • Webb: maior concorrente do ME http://www.webb.com.br 364/338 Cases no Brasil • Superbid: especializado em leilões de ativos e estoques encalhados http://www.superbid.com.br 365/338 Cases no Brasil • O Comprasnet é o portal de compras do governo federal. • “No endereço www.comprasnet.gov.br, podem ser vistos os avisos de licitação, as contratações realizadas, a execução de processos de aquisição pela modalidade de pregão e outras informações relativas a negociações realizadas pela administração pública federal direta, autárquica e fundacional”. 366/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 123 O case RemedioWeb Um portal B2B para a compra e venda de medicamentos 367/338 RemedioWeb 368/338 O Problema • Milhares de comerciantes no ramo farmacêutico tem poucas ou até mesmo opções únicas de compras de seus insumos (medicamentos). 369/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação 124 A Solução • Um sistema que permita aproximar, de forma eletrônica, consumidores (farmácias e distribuidores) e fornecedores (distribuidores e laboratórios) 370/338 O Modelo consumidor (farmácia ou distribuidor) cotação Fornecedor (laboratório ou distribuidor) cotação pedido pedido consumidor (farmácia ou distribuidor) pedido cotação consumidor (farmácia ou distribuidor) Sistema pedido cotação pedido cotação Fornecedor (laboratório ou distribuidor) 371/338 Negócios • Receita obtida a partir de cadastro de fornecedores. • Será oferecido um pacote básico com direito a um número determinado de pedidos de cotações 372/338 Prof. André Valle (abvalle@fgv.br) Gestão Estratégica da Informação