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Resumos

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Macroeconomia: conceito e âmbito
1. Introdução à macroeconomia
A macroeconomia é o estudo do desempenho das economias nacionais como um todo e
das políticas que afetam o seu desempenho. Trata-se:
ο‚·
ο‚·
ο‚·
Análise dos comportamentos agregados dos agentes económicos.
Análise de grandes mercados: bens e serviços; monetário; cambial; fatores
produtivos.
Três variáveis centrais: o PIB; a inflação; o desemprego.
O Produto Interno Bruto (PIB) per capita
PIB – valor dos bens e serviços produzidos dentro das fronteiras de um país num
determinado período de tempo (normalmente 1 ano).
PIB efetivo, PIB potencial e ciclo económico
PIB efetivo – valores do PIB estatisticamente
registados, Y.
PIB potencial (natural) – tendência de longo
prazo, valor em relação ao qual a economia
oscila, π‘Œ 𝑃 .
Ciclo económico – flutuações da atividade
económica em torno de uma tendência de
longo prazo.
O ciclo económico
O desvio da economia face ao seu nível potencial designa-se por hiato do produto (output
gap) = π‘Œ − π‘Œ 𝑃 . Mede-se em percentagem.
Recessão – período entre pico e cava (a atividade económica declina).
Expansão – período entre cava e pico (a atividade económica aumenta).
1
Classificação de variáveis
Variável pro-cíclica (face ao PIB) – em média, desloca-se mantendo uma relação positiva
com o PIB durante o ciclo económico (aumenta se o PIB diminui).
Variável contra-cíclica (face ao PIB) – em média, desloca-se mantendo uma relação negativa
com o PIB durante o ciclo (diminui se o PIB aumenta, aumenta se o PIB diminui).
Variável a-cíclica (face ao PIB) – não apresenta nenhum padrão definido de movimento faze
ao ciclo do PIB.
Modelos Macroeconómicos
Os objetivos dos modelos macroeconómicos são:
ο‚· Análise da economia (“barómetro”) – análise positiva (Nível da produção, do
emprego, dos preços, da balança corrente…).
ο‚· Correção da economia – análise normativa (Política económica direcionada para
estimular o PIB, diminuir o desemprego, a inflação, o défice externo…)
Componentes dos modelos macroeconómicos
Agentes
económicos:
famílias,
empresas,
estado, exterior
Representados por
funções
macroeconómicas:
consumo,
investimento,
procura da moeda
2
Interagem em
mercados
agregados:
de bens e serviços,
monetário e
financeiro, cambial,
fatores produtivos
(trabalho)
Variáveis endógenas vs. Variáveis exógenas
Variáveis exógenas:
ο‚·
ο‚·
Não são explicadas pelo modelo, mas afetam o funcionamento do sistema
económico.
Valores determinados exogenamente.
Variáveis endógenas:
ο‚·
ο‚·
São determinadas pelo modelo (funcionamento do sistema económico).
Estão dependentes de valores de variáveis exógenas.
Variáveis stocks vs. Variáveis fluxo
Variáveis stocks – grandezas económicas medidas num determinado momento do tempo
(t0; t1; t2; …). Exemplos: stock de capital, stock de moeda, stock de mão- de-obra.
Variáveis fluxo – grandezas económicas medidas entre dois momentos do tempo (t1 – t0; t2t1; …). Exemplos: investimento, consumo, exportações, PIB.
Variáveis nominais vs. Variáveis reais
Na medição e agregação da atividade económica os preços são usados para converter
volumes em valor.
Variáveis nominais – grandezas económicas medidas numa moeda a preços correntes.
Exemplos: PIB, Consumo, Exportações.
Variáveis reais – grandezas económicas medidas numa moeda a preços constantes.
Exemplos: PIB, Consumo, Investimento.
Para converter variáveis nominais em variáveis reais usam-se índices de preços:
π‘‰π‘Žπ‘Ÿπ‘–á𝑣𝑒𝑙 π‘…π‘’π‘Žπ‘™ =
π‘‰π‘Žπ‘Ÿπ‘–á𝑣𝑒𝑙 π‘π‘œπ‘šπ‘–π‘›π‘Žπ‘™
𝐼𝑛𝑑𝑖𝑐𝑒 𝑑𝑒 π‘ƒπ‘Ÿπ‘’çπ‘œπ‘ 
3
Política Económica
Intervenção de instituições públicas no funcionamento da economia:
ο‚·
ο‚·
Governo
Banco Central
Objetivos:
ο‚·
ο‚·
ο‚·
Melhorar a performance da economia (no curto prazo e no longo prazo)
Promover a estabilidade económica (inflação, desemprego)
Promover a justiça e equidade social
Política económica e estabilidade
Política económica e crescimento económico
4
Medir agregados macroeconómicos
2. Agregados da contabilidade nacional
Uma entidade fundamental
Contabilidade Nacional – sistema para medir a atividade económica e as suas componentes,
expondo as relações entre produção, despesa e rendimento.
Variável macroeconómica central: o PIB, a quantidade de bens e serviços produzidos no
espaço geográfico de um país num determinado período (um ano)
O PIB pode ser definido e medido pelas óticas da despesa, da produção e do rendimento,
todas equivalentes. A identidade fundamental da contabilidade nacional:
Produção = Despesa = Rendimento
O PIB pela ótica da despesa
O PIB como o somatório da despesa total em bens e serviços finais produzidos
internamente:
Y = C + I + G + NX
Y = PIB = produção total
Procura Interna
C = despesa em consumo
I = Investimento
G = aquisições de bens e serviços pelo Estado
NX = exportações líquidas = exportações – importações
O PIB pela ótica do rendimento
O PIB como o somatório dos rendimentos de fatores produtivos aplicados no país:
5
O PIB pela ótica da produção
O PIB na ótica da produção (interna)
PIB = ∑ VAB
Ao calcular o PIB pela ótica da produção, é necessário diferenciar:
ο‚·
ο‚·
bens e serviços finais.
bens e serviços intermédios.
Técnica do valor acrescentado – o valor da produção de cada empresa é subtraído do custo
dos bens intermédios e dos serviços adquiridos pela empresa.
Problemas na medição do PIB
ο‚·
ο‚·
ο‚·
ο‚·
ο‚·
captar o setor informal (ilegal)
captar as atividades sub-declaradas (fuga de impostos)
captar a troca direta e a auto-produção
medir a atividade do Estado (imputada)
medir os efeitos negativos da produção (poluição)
PIB vs. Produto Nacional Bruto (PNB)
Território vs. Origem dos fatores produtivos.
PIB – produção em território nacional independentemente da nacionalidade dos fatores
produtivos que nesta participam.
PIB = Y = C + I + G + NX
PNB – produção por fatores produtivos nacionais independentemente do território em que
é realizada. (PNB = Despesa Nacional)
PNB = PIB + RFP = Y + RFP
RFP – rendimentos líquidos de ativos aplicados em diferentes países
Rendimento disponível
Rendimento disponível (das famílias)
YD = PNB – T + TRI + TRX
TRI – Transferências do Estado para as famílias
TRX – Transferências externas
6
Assim:
YD = Y + RFP – T + TRI + TRX
PNB
Poupança e riqueza
Poupança privada e poupança pública
Poupança privada (SP) - parcela do rendimento disponível que não é utilizada em despesa.
SP = YD – C = Y + RFP – T + TRI + TRX – C
Poupança pública (Sg) – montante que o Governo tem disponível para gastar deduzido das
transferências para as famílias e da despesa pública:
Sg = T – TRI – G
A poupança pública corresponde ao saldo orçamental (BG) que é normalmente negativo
(défice):
= BG
Poupança nacional
A poupança nacional (S) é a soma da poupança privada com a poupança pública:
Poupança nacional e balança corrente
Substituindo Y = C + I + G + NX na expressão anterior:
Assim:
S = I + BC
7
Tendo-se utilizado a definição de balança corrente:
BC = NX + RFP + TRX
Medir o desemprego
Taxa de desemprego e taxa de atividade
Força de trabalho (=população ativa) – indivíduos em idade ativa com capacidade para
trabalhar e que manifestaram o desejo o fazer, podendo estar empregados ou
desempregados.
Taxa de atividade – mede o peso da força de trabalho/população ativa na população total:
π‘‡π‘Žπ‘₯π‘Ž 𝑑𝑒 π‘Žπ‘‘π‘–π‘£π‘–π‘‘π‘Žπ‘‘π‘’ =
πΉπ‘œπ‘Ÿçπ‘Ž 𝑑𝑒 π‘‘π‘Ÿπ‘Žπ‘π‘Žπ‘™β„Žπ‘œ
π‘ƒπ‘œπ‘π‘’π‘™π‘Žçãπ‘œ π‘‘π‘œπ‘‘π‘Žπ‘™
Taxa de desemprego – mede a proporção da população ativa (força de trabalho) que está
desempregada:
π‘‡π‘Žπ‘₯π‘Ž 𝑑𝑒 π‘‘π‘’π‘ π‘’π‘šπ‘π‘Ÿπ‘’π‘”π‘œ =
𝑁úπ‘šπ‘’π‘Ÿπ‘œ 𝑑𝑒 π‘‘π‘’π‘ π‘’π‘šπ‘π‘Ÿπ‘’π‘”π‘Žπ‘‘π‘œπ‘ 
πΉπ‘œπ‘Ÿçπ‘Ž 𝑑𝑒 π‘‘π‘Ÿπ‘Žπ‘π‘Žπ‘™β„Žπ‘œ
Medir a inflação
Diferentes indicadores para a inflação
Existem diferentes medidas do nível de preços que se podem utilizar para medir a inflação.
Estas medidas designam-se por índices de preços:
O índice de preços no consumidor:
ο‚·
ο‚·
ο‚·
média dos preços de um conjunto de bens e serviços de consumo.
a escolha do cabaz de consumo é dinâmica, adaptando-se às alterações das
preferências dos consumidores.
é um índice do nível de vida.
O deflator do PIB:
ο‚·
calcula-se comparando o PIB nominal com o PIB real
π·π‘’π‘“π‘™π‘Žπ‘‘π‘œπ‘Ÿ π‘‘π‘œ 𝑃𝐼𝐡 =
8
𝑃𝐼𝐡 π‘›π‘œπ‘šπ‘–π‘›π‘Žπ‘™
∗ 100
𝑃𝐼𝐡 π‘Ÿπ‘’π‘Žπ‘™
ο‚·
é mais abrangente comtemplando preços das diferentes componentes da despesa.
A taxa de inflação
A taxa de inflação é a variação no nível de preços e calcula-se com base num dos índices
disponíveis:
É usual ser apresentada sob a forma de percentagem
A função IS
3. Componentes da despesa/procura agregada
Componentes da procura agregada
Os componentes da despesa/procura agregada são:
ο‚·
ο‚·
ο‚·
ο‚·
Consumo (C)
Investimento (I)
Despesa Pública (G)
Exportações líquidas (NX)
Procura/despesa agregada (D):
D = C + I + G + NX
Consumo privado
A função consumo:
Quanto aumenta o
consumo face a um
aumento do YD οƒž
9
ΔC
ΔY disp.
Investimento
A função investimento:
Assim:
Despesa Pública
A despesa pública é uma variável exógena e representa-se por:
Os impostos dependem do nível de atividade económica, sendo proporcionais ao
rendimento ou produto:
As exportações líquidas
As exportações líquidas são dadas por:
As exportações líquidas e a taxa de juro real
A taxa de juro real afeta as exportações líquidas através do seu efeito sobre a taxa de
câmbio.
Taxa de câmbio – o preço de uma moeda externa (divisa) em termos da moeda nacional.
10
O aumento da taxa de juro interna atrai investimentos (aplicações financeiras) estrangeiros
o que aumenta a procura por moeda nacional (euro) e provoca a valorização da moeda
nacional (euro).
O aumento do valor da moeda nacional torna as exportações líquidas mais caras (as
exportações ficam relativamente mais caras e as importações ficam relativamente mais
baratas), reduzindo-as.
↑r
aumenta valor da moeda nacional
↓ NX
Equilíbrio no mercado de bens e serviços
Equações de identidade
Há três equações de identidade no mercado de bens e serviços:
ο‚·
A identidade da despesa/procura agregada:
D ≡ C + I + G + NX
ο‚·
A identidade entre produção (e rendimento) e despesa:
Y≡D
ο‚·
A definição de rendimento disponível:
YD ≡ Y – T
O equilíbrio no mercado de bens e serviços
O mercado de bens e serviços está em equilíbrio quando a quantidade total produzida (Y)
iguala a procura (despesa) agregada (D):
Y≡D
Substituindo a expressão da despesa agregada na equação anterior:
Y = C + I + G + NX
Substituindo nesta cada uma das equações de comportamento anteriormente definidas e
o rendimento disponível:
Arrumando a equação anterior, obtém-se a expressão:
11
E resolvendo em ordem a Y, obtém-se:
A função IS
Pontos sobre a função IS representam pontos de equilíbrio do mercado de bens e serviços.
Pontos fora da função IS representam pontos de desequilíbrio do mercado de bens e
serviços.
Fatores que deslocam a IS
Deslocações da função IS
ο‚·
ο‚·
ο‚·
ο‚·
Alterações em qualquer um dos componentes autónomos da IS (ordenada na
origem, Δ€) provocarão a sua deslocação.
Considere-se um aumento das despesas públicas, Δ > 0
O produto agregado aumentará no seguinte montante:
O aumento de G faz aumentar a procura agregada levando ao aumento do produto
(Y) → a IS desloca-se para a direita
12
ο‚·
ο‚·
ο‚·
Uma diminuição de teria um efeito equivalente
Um aumento da despesa pública desloca a função IS para a direita
O produto agregado aumenta para cada nível da taxa de juro
ο‚·
ο‚·
Um aumento dos impostos desloca a função IS para a esquerda
O produto agregado diminui para cada nível da taxa de juro
O multiplicador (keynesiano) da procura autónoma
No curto prazo, um aumento da procura autónoma faz aumentar o produto de equilíbrio:
em que montante?
οƒ˜ Num montante superior ao do aumento em Δ€
Este efeito designa-se por multiplicador da procura autónoma
Algebricamente, o multiplicador:
13
οƒ˜ Onde c, t < 1, logo 1/ (1 – c(1 – t)) > 1
Um choque na procura agregada é amplificado (multiplicado) pelos efeitos que tem na
componente da despesa.
O mercado monetário, a função MP e a função AD
4. Taxas de juro reais e taxas de juro nominais
A equação de Fisher
O Banco Central define (controla) a taxa de juro nominal, i.
Ao determinar a taxa de juro nominal, pretende definir indiretamente a taxa de juro real, r.
De acordo com a equação de Fisher as duas taxas relacionam-se através da taxa de inflação,
π:
r=i–π
Taxas de juro reais, nominais e inflação esperada
O Banco Central não conhece a inflação, mas tem uma estimativa para a inflação esperada,
π𝑒 .
Assim, a equação de Fisher pode ser apresentada como:
π‘Ÿ 𝑒 = i − π𝑒
οƒ˜ Efeito Fisher: para uma determinada taxa de juro real, se a inflação esperada
aumenta, as taxas de juro nominais também aumentam.
Quando o Banco Central altera a taxa de juro nominal (i), para que esta alteração tenha
impacto na taxa de juro real (r), é necessário que a taxa de inflação (π) permaneça
constante.
Os preços devem permanecer fixos no curto prazo.
A regra de política monetária
A regra de política monetária (função MP)
O Banco Central controla a taxa de juro nominal (i) para controlar a taxa de juro real (r).
A escolha da taxa de juro real tem por objetivo controlar a taxa de inflação (π).
Função MP – qual a taxa de juro real escolhida pelo Banco Central para controlar a taxa de
inflação, π:
14
A curva MP
Curva MP: o Banco Central aumenta r sempre que π aumenta
Ver equação de Fisher: r=i-π
Se π ↑ οƒž ↑ r
Existem 2 tipos de política
monetária: expansionista e
contracionista.
A política monetária expansionista
consiste em aumentar a oferta de
moeda reduzindo assim a taxa de
juro e estimulando investimentos.
A política monetária
contracionista consiste em reduzir
a oferta de moeda, aumentando a
taxa de juro e reduzindo os
investimentos no setor privado.
O princípio de Taylor
Taylor (1993) – as autoridades monetárias aumentam as taxas de juro nominais por um
montante superior ao do aumento da taxa de inflação:
Δi > Δπ
οƒ˜ As taxas de juro reais aumentam quando a taxa de inflação aumenta (função MP):
Δπ → Δr
Se as autoridades monetárias diminuíssem r sempre que π aumenta (não seguissem o
principio de Taylor), verificar-se-ia uma espiral inflacionista:
Deslocações da curva MP
A regra de política monetária pode ser revista, passando a ser mais restritiva ou mais
expansionista.
A política monetária torna-se mais restritiva quando o Banco Central aumenta r para cada
nível da taxa de inflação
15
οƒ˜ Para tal, tem de aumentar
οƒ˜ A MP desloca-se para cima
A política monetária torna-se mais expansionista quando o Banco Central diminui r para
cada nível da taxa de inflação
οƒ˜ Para tal, tem de diminuir
οƒ˜ A MP desloca-se para baixo
A curva MP desloca-se sempre que o Banco Central revê a sua regra de política monetária,
aumentando ou diminuindo
A função procura agregada
A função MP relaciona a inflação com a taxa de juro.
A função IS relaciona a taxa de juro com o produto de equilíbrio.
Combinando as duas curvas é possível relacionar a procura agregada/o produto com a taxa
de inflação: a função procura agregada (AD).
A procura agregada relaciona o nível do produto e a taxa de inflação.
16
A função procura agregada: determinação gráfica
A função procura agregada: determinação algébrica
Parte-se da função IS:
οƒ˜ Onde
Substitui-se a função MP na IS:
Obtendo-se a função AD:
Fatores que deslocam a função procura agregada
Fatores que deslocam a IS também deslocam a AD e no mesmo sentido:
οƒ˜
οƒ˜
οƒ˜
οƒ˜
οƒ˜
Consumo autónomo
Investimento autónomo
Despesa pública
Impostos
Exportações líquidas autónomas
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οƒ˜ Fricções nos mercados financeiros
Fatores que deslocam a MP deslocam a AD:
οƒ˜ A política monetária restritiva contrai a AD (deslocação para a esquerda)
οƒ˜ A política monetária expansionista expande a AD (deslocação para a direita)
Fatores que deslocam a função procura agregada: alterações na IS
Fatores que deslocam a função procura agregada: alterações na MP
18
O mercado monetário e a determinação da taxa de juro
Oferta real de moeda
O Banco Central fixa a taxa de juro através de intervenções no mercado monetário,
definindo a oferta de moeda.
A oferta real de moeda iguala a oferta nominal de moeda ( ) a dividir pelo nível geral de
preços ( ) (fixo):
Procura real de moeda
A procura real de moeda (Md/P) depende:
οƒ˜ Da taxa de juro nominal, i, o custo de deter a moeda
οƒ˜ Do rendimento/produto real, Y, o benefício de deter moeda
Procura real de moeda:
O equilíbrio no mercado monetário
O equilíbrio no mercado monetário resulta do confronto entre procura real de moeda e
oferta real de moeda:
19
Um aumento da procura de moeda
Quando Y aumenta, a procura da moeda aumenta.
No novo equilíbrio do mercado monetário, a taxa de juro aumenta.
A procura por moeda
consiste na procura total
por dinheiro para dois
diferentes usos:
ο‚· Moeda como ativo
ο‚· Moeda para transações
Um aumento da oferta de moeda
Quando a oferta de moeda aumenta, a taxa de juro diminui.
20
A Oferta de Moeda
5. Principais agregados monetários
O agregado com maior teor de liquidez é M1, podendo ser usado diretamente em
transações comerciais:
M1 = CM + DO
CM – notas e moedas em circulação (circulação monetária)
DO – depósitos à ordem
M2 = M1 + DP
DP – depósitos a prazo
M3, massa monetária:
M3 = M2 + acordos de recompra + títulos com maturidade inferior a 2 anos
Resumidamente, moeda define-se por:
M = moeda em circulação + depósitos bancários
A criação monetária
Intervenientes na criação monetária
Banco Central (BC) – agência governamental que supervisiona o sistema bancário e é
responsável pela política monetária. (controla a massa monetária em circulação)
21
Bancos ou instituições que aceitam depósitos (OIM) – intermediários financeiros que
aceitam depósitos de indivíduos e instituições que concedem empréstimos.
Depositantes – indivíduos e instituições que detêm depósitos nos bancos.
O balanco do Banco Central
Como é feito o controlo da oferta de moeda pelo Banco Central?
Reservas legais e
excedentárias das OIM. É
passivo porque o dinheiro
não é do BC
Divisas
O total do passivo do Banco Central equivale à base monetária ou moeda de primeira
ordem:
BM = CM + RT
A base monetária e o coeficiente de reservas legais
Base monetária – (moeda de primeira ordem) – conjunto das responsabilidades do banco
central.
As reservas totais (RT) podem ser:
οƒ˜ reservas legais – impostas pelo Banco Central que define o coeficiente de reserva
legal, rr, a percentagem do total de depósitos detidos pelos bancos comerciais que
não pode ser emprestada.
οƒ˜ Reservas excedentárias, re – a percentagem de depósitos que os bancos escolhem
deter e não emprestar.
Fontes criadoras da base monetária
BM ≡ ativos do BC
O Balanço das Outras Instituições Monetárias
22
Os bancos comerciais são intermediários financeiros: recolhem fundos dos depositantes e
concedem empréstimos aos seus clientes.
Transformação de maturidade: tomam passivos de curto prazo que usam para adquirir
ativos de longo prazo.
οƒ˜ Risco de corrida bancária
A Síntese Monetária
A soma algébrica dos balanços do Banco Central e das OIM resulta no balanço consolidado
do setor monetário, a Síntese Monetária.
O total do passivo da síntese monetária equivale à massa monetária ou moeda de segunda
ordem:
M = CM + DT
O multiplicador monetário
A criação de moeda de 2ª ordem
Sempre que o sistema bancário detiver reservas excedentárias tentará conceder
empréstimos a terceiros.
A concessão de empréstimos dá origem à criação de moeda de segunda ordem.
Este processo designa-se por multiplicador monetário.
O multiplicador monetário
A relação entre BM e M:
23
𝑀
𝐢𝑀 + 𝐷𝑇
=
𝐡𝑀
𝐢𝑀 + 𝑅𝑇
Dividindo o lado direito da expressão por DT:
𝑀
𝐢𝑀/𝐷𝑇 + 1
=
𝐡𝑀
𝐢𝑀/𝐷𝑇 + 𝑅𝑇/𝐷𝑇
Preferência do público por
Assim:
moeda legal =
𝐢𝑀
𝐷𝑇
A política monetária
Instrumentos de política monetária
Instrumentos de política monetária do Banco Central:
οƒ˜ controlo do rácio de reservas legais, rr
οƒ˜ operações de mercado aberto (open market) – compra e venda de títulos/ativos ao
sistema bancário
οƒ˜ facilidades permanentes – cedência e absorção de liquidez ao/do sistema bancário
O objetivo do Banco Central é o controlo da taxa de juro que afeta o produto agregado:
Política monetária → i → r → Y
O rácio de reservas legais
Ao controlar o rácio de reservas legais, o Banco Central está a alterar diretamente o
multiplicador monetário:
↓ rr οƒž ↑ οƒž ↑ M
↑ rr οƒž ↓ οƒž ↓ M
24
Operações de mercado aberto
As operações de mercado aberto afetam a base monetária:
Compra ativos οƒž ↑ BM οƒž ↑ M
Vende ativos οƒž ↓ BM οƒž ↓ M
As facilidades permanentes
As facilidades permanentes são controladas através das taxas de juro praticadas nestes
empréstimos/depósitos e afetam a base monetária:
↓ Taxas FP οƒž ↑ BM οƒž ↑ M
↑ Taxas FP οƒž ↓ BM οƒž ↓ M
A Curva de Phillips e a Função Oferta Agregada
6. A curva de Phillips
Phillips (1958): estudo empírico sobre a relação entre desemprego e taxa de crescimento
dos salários no Reino Unido entre 1861 e 1957
οƒ˜ períodos de desemprego baixo associados a crescimento acelerado dos salários
25
οƒ˜ períodos de desemprego elevado associados a crescimento lento dos salários
Variação dos preços
A curva de Phillips
οƒ˜ relação negativa entre taxa de inflação e taxa de desemprego
οƒ˜ usada para definir objetivos de política ao longo da década de 1960: trade-off
inflação-desemprego
A curva de Phillips aumentada pelas expectativas
A partir da década de 1970, a curva de Phillips deixa de ser uma regularidade empírica.
Para Friedman e Phelps isto acontece porque:
οƒ˜ No curto prazo, os trabalhadores negoceiam salários reais em vez de salários
nominais
οƒ˜ Salários e inflação aumentam com a inflação esperada
οƒ˜ No longo prazo, os preços e os salários ajustam-se (são flexíveis) e o nível de
desemprego situa-se no seu nível natural ou de pleno-emprego
οƒ˜ A taxa de desemprego de longo prazo é a taxa natural de desemprego que não
depende da taxa de inflação
A curva de Phillips deve incluir as expectativas da inflação (πœ‹ 𝑒 ) e a taxa natural de
desemprego (Un), sendo dada por:
ou de pleno emprego, é aquela que permite verificar que πœ‹ = πœ‹ 𝑒
26
A curva de Phillips aumentada pelas expectativas
οƒ˜ no curto prazo, a inflação relaciona-se negativamente com o gap (hiato) do
desemprego
οƒ˜ no longo prazo, o desemprego estabiliza no seu nível natural, U = Un e a inflação é
igual à inflação esperada, π = πe
A curva de Phillips de curto prazo é negativamente inclinada: trade-off inflação-desemprego
A curva de Phillips de longo prazo é vertical indicando que não há trade-off entre inflação e
desemprego
Quanto maiores as expectativas para a inflação, mais alta estará a curva de Phillips de curto
prazo
As expectativas dos agentes
adaptam-se ao nível da
inflação, deixando de haver
trade-off entre inflação e
desemprego. A economia
estabiliza no seu nível de
desemprego natural, 4% e
todos os ajustamentos que
ocorrerem são de natureza
nominal
As curvas de Phillips de curto e longo prazo
Se a taxa de desemprego
aumenta, οƒž o consumo
das famílias diminui οƒž a
taxa de inflação diminui
A curva de Phillips com choques de oferta
Nas décadas de 1970 e 1980, choques no preço do petróleo sugerem que outros fatores
podem afetar a relação entre inflação e desemprego
A curva de Phillips foi revista para incorporar estes fenómenos:
Os choques do lado da oferta afetam a inflação através dos custos de produção
27
Um modelo para as expectativas
Uma hipótese simples para as expectativas da inflação é assumir que são adaptativas
(backward-looking):
A curva de Phillips com expectativas adaptativas:
A curva de Phillips como variação da inflação (aceleracionista)
A expressão anterior pode ser vista na forma de variação de inflação:
Curva de Phillips aceleracionista
οƒ˜ A inflação só estabiliza quando o desemprego for igual a Un
οƒ˜ Un designa-se por NAIRU: non-accelarating inflation rate of unemployment
A lei de Okun
Okun (1962) sugeriu a existência de uma relação empírica entre o hiato do desemprego e o
hiato do produto, conhecida como lei de Okun:
Um aumento do produto acima do seu nível de pleno emprego leva a uma diminuição do
desemprego abaixo do seu nível natural
οƒ˜ O desemprego é uma variável contra-cíclica
28
No entanto, θ < 1 porque as empresas praticam labor hoarding: quando Y aumenta, em vez
de contratarem mais trabalhadores, estes trabalham mais horas
A lei de Okun para Portugal
A função AS
Da curva de Phillips à função AS (de curto prazo)
A função oferta agregada (AS) representa a quantidade de produto produzido e oferecido
numa economia para cada taxa de inflação
Pode ser obtida a partir da curva de Phillips, nesta substituindo a lei de Okun:
Substituindo
Com expectativas adaptativas para a inflação
29
A curva de oferta agregada de longo prazo
No longo prazo, o produto oferecido (Y) depende dos fatores produtivos existentes na
economia, trabalho (L) e capital (K), e do estado da tecnologia (A):
Y = AF (K,L)
Estes fatores não dependem da taxa de inflação e situam o produto ao nível potencial ou
natural
A função AS de curto prazo e de longo prazo
A AS de longo prazo obtém-se
quando o produto está no seu
nível potencial Y = Yp
Fatores que deslocam a função AS de curto prazo
A inflação esperada, Δπe
Choques nos preços, Δρ
Um hiato do produto (Y – Yp) persistente
οƒ˜
οƒ˜
οƒ˜
οƒ˜
οƒ˜
Um aumento do hiato do produto (Δ(Y – Yp)) acelera a inflação (Δπ)
Dá-se um deslocamento ao longo da função AS
Como consequência, a inflação esperada do período seguinte aumenta (Δπe)
Com o aumento de πe, a curva AS desloca-se para cima
O processo só cessa quando o produto regressar ao seu nível potencial
30
Deslocamentos da AS de curto prazo
Fatores que deslocam a função AS de longo prazo (LRAS)
Aumentos de capital, ΔK
Aumentos da oferta de trabalho, ΔL
Saltos na tecnologia existente, ΔA
A diminuição da taxa de desemprego natural, Un
Deslocamentos da função AS de longo prazo
O produto potencia, Yp aumenta
31
O equilíbrio entre procura agregada e oferta agregada
7. Resumo das funções AD e AS
AD – relação (negativa) entre a taxa de inflação e o nível de produto quando o mercado de
bens e serviços está em equilíbrio.
οƒ˜ Quando a taxa de inflação aumenta, as autoridades monetárias aumentam a taxa
de juro, contraindo a procura de bens e serviços:
Fatores que deslocam a AD:
Fatores que deslocam a AS de curto prazo:
Fatores que deslocam a AS de longo prazo:
Equilíbrio AD-AS
O equilíbrio geral na economia ocorre quando a procura agregada (por produto) iguala a
oferta agregada (de produto).
Graficamente, corresponde à interseção entre as curvas da procura agregada e da oferta
agregada
Distingue-se a oferta agregada de longo prazo da oferta agregada de curto prazo,
considerando-se dois tipos de equilíbrio:
οƒ˜ equilíbrio de curto prazo
32
οƒ˜ equilíbrio de longo prazo
Equilíbrio de curto prazo
As funções AD e AS de curto prazo intersetam ao nível do produto de equilíbrio, Y = Y*, e da
taxa de inflação de equilíbrio, π = π*.
Produto efetivo
Equilíbrio de longo prazo
As funções AD e AS de longo prazo intersetam-se ao nível do produto potencial, Y = Yp, e da
taxa de inflação de equilíbrio π = πe = π-1
Os equilíbrios de curto prazo e de longo prazo podem não coincidir
οƒ˜ O produto efetivo não está ao nível do produto potencial
O equilíbrio de curto prazo pode ocorrer acima ou abaixo do produto potencial
οƒ˜ hiato do produto positivo ou negativo
33
Equilíbrio de curto prazo acima do produto potencial
Assuma-se um equilíbrio de curto prazo superior ao produto potencial: Y1* > Yp (AS é dada
por AS1)
O desemprego está abaixo da taxa de desemprego natural: U < Un e os salários aumentam
(curva de Phillips)
οƒž As empresas aumentam os seus preços
A inflação sobe acima do seu nível inicial: π > π1
No período seguinte, as expectativas da inflação, πe, são revistas em alta devido à subida
da inflação οƒž a curva AS de curto prazo desloca-se para cima, de AS1 para AS2
Enquanto Y > Yp, salários e preços continuarão a aumentar, fazendo deslocar a AS para cima
O processo repete-se até que Y = Yp, isto é, a economia atinge o equilíbrio de longo prazo
34
Equilíbrio de curto prazo abaixo do produto potencial
O equilíbrio de curto prazo está abaixo do produto potencial: Y1* < Yp (AS é dada por AS1)
O desemprego é superior à taxa natural de desemprego: U > Un e a inflação desce abaixo
do seu nível inicial: π < π1
As expectativas da inflação, πe, são revistas em baixa devido à descida da inflação οƒž
deslocando a curva AS de curto prazo para baixo de AS1 para AS2
Enquanto Y < Yp, a inflação esperada diminui, deslocando a AS para baixo
O processo repete-se até que Y = Yp, se dê equilíbrio de longo prazo
Mecanismo de auto-correção: a AS de curto prazo desloca-se (para cima ou para baixo) para
conduzir a economia para o seu pleno-emprego (produto potencial)
35
Choques de procura
Um choque positivo da procura
Alterações ao equilíbrio: choques de procura
Parte-se do equilíbrio de longo prazo
Consumidores mais otimistas aumentam o consumo autónomo, deslocando a AD para a
direita (de AD1 para AD2)
Na interseção entre AS1 e AD2, o produto de equilíbrio está acima do produto potencial, Y >
Yp e a inflação aumenta
Entra em funcionamento o mecanismo de auto-correção da economia até que AS = AS3 e o
produto regresse ao nível potencial
O efeito de curto prazo de um choque de procura é um aumento do produto e um aumento
da inflação
O efeito de longo prazo do choque de procura é a subida da inflação, mas a economia
regressa ao seu nível potencial, Yp
36
Choques da oferta
Um choque temporário (negativo) da oferta
Parte-se do equilíbrio de longo prazo
Aumenta o preço das matérias-primas, deslocando a AS para a esquerda, de AS1 para AS2
Na interseção entre AS2 e AD1, o produto de equilíbrio está abaixo do produto potencial, Y
< Yp e a inflação aumentou
οƒ˜ estagflação
A capacidade produtiva da economia (a LRAS) permanece igual
O mecanismo de autocorreção vai fazer o ajustamento ao longo da AD 1 de volta para o
ponto de equilíbrio inicial
O efeito de curto prazo de um choque temporário de oferta é uma quebra do produto e um
aumento da inflação
No longo prazo: o produto e a inflação regressam ao seu equilíbrio inicial, Yp e π1
37
Um choque permanente da oferta
Parte-se do equilíbrio de longo prazo
Um choque permanente (negativo) da oferta desloca a LRAS para a esquerda, de LRAS1 para
LRAS2
οƒ˜ Por exemplo, devido a legislação mais restritiva
A inflação aumenta imediatamente, deslocando a AS para a esquerda, de AS1 para AS2
No novo equilíbrio (AD1 e AS2) verifica-se Y > Yp
Enquanto o hiato do produto for positivo, a AS desloca-se para a e para cima até intersetar
a AD e a LRAS2
Diminui o produto potencial e a inflação aumenta
O efeito de curto prazo de um choque permanente da oferta é uma quebra do produto e
um aumento da inflação
No longo prazo, o produto potencial reduz-se e a inflação aumenta, ambos de forma
permanente
Política de estabilização macroeconómica no modelo AD-AS
8. Resumo das funções AD e AS
A política macroeconómica tem como objetivos:
38
οƒ˜ Estabilizar a atividade económica para controlar o nível do desemprego
οƒ˜ Estabilizar a inflação num valor relativamente baixo
Os decisores de política escolhem a menor taxa de desemprego para a qual a inflação não
se altera: a taxa natural de desemprego, Un
Teoricamente, a este nível da taxa de desemprego, o produto converge para o seu nível
potencial e o hiato do produto (Y – Yp) é nulo
A política económica que visa estabilizar o produto no seu nível potencial é designada por
política de estabilização
Política macroeconómica de estabilização da inflação
Porquê controlar a inflação?
οƒ˜ Para os economistas, a inflação reduz o crescimento económico e tem custos sociais
O objetivo de política dos bancos centrais é assim a estabilidade de preços: a inflação baixa
e estável
οƒ˜ O objetivo não é definido como inflação zero nem como um nível exageradamente
baixo para evitar a inflação negativa e deflação
O banco central escolhe uma taxa de inflação alvo (πt), ligeiramente superior a zero
A política monetária procura minimizar o hiato da inflação
π - πt
Para alguns bancos centrais, a estabilidade de preços não é o objetivo prioritário, sendo
colocada ao mesmo nível que o desemprego
Estabilização da inflação e estabilização da atividade económica
Política monetária e taxa de juro real de equilíbrio
A taxa de juro real natural ou de equilíbrio, r* é a taxa de juro que vigora quando:
οƒ˜ a economia está ao seu nível de equilíbrio de longo prazo (Yp)
οƒ˜ a taxa de inflação é consistente com a estabilidade de preços (πT)
οƒ˜ Portando, é a taxa de juro de equilíbrio de longo prazo
O Banco Central define a sua regra de política monetária, representada pela função MP que,
por sua vez, determina a procura agregada, AD
39
οƒ˜ Para controlar a inflação, o Banco Central altera a taxa de juro
Política de estabilização após um choque de procura
Ajustamento automático e um choque de procura
Política de estabilização
No curto prazo, é possível usar a política par eliminar o hiato do produto e o hiato da
inflação.
οƒ˜ política orçamental expansionista (G↑ ou T↓) que expande a AD
οƒ˜ leva tempo a decidir e executar
οƒ˜ política monetária que reduz a taxa de juro através da redução da taxa de juro real
autónoma
οƒ˜ estimula o investimento e aumenta o produto para cada nível da inflação
40
Política de estabilização após um choque de procura
Após um choque negativo de procura, o produto e a inflação diminuem
O Banco Central faz uma política monetária expansionista, alterando a regra da política
οƒ˜ Diminui
e a MP desloca-se para baixo
A função AD desloca-se de AD2 para AD1 e a economia retorna ao ponto de equilíbrio inicial
A taxa de juro de equilíbrio diminui para cada nível de inflação
A política monetária não tem qualquer efeito sobre a taxa de juro de equilíbrio (de longo
prazo)
Após um choque de procura não há qualquer trade-off entre os dois objetivos da política
macroeconómica de estabilização: a estabilização da inflação e a estabilização da atividade
económica
Política de estabilização após um choque de oferta
Ajustamento automático a um choque permanente de oferta
41
Estabilização da inflação após um choque permanente de oferta
O choque contrai o produto, mas deixa-o acima do seu novo nível potencial e aumenta a
taxa de inflação
A autoridade monetária pode manter a inflação ao seu nível alvo e contrair a procura
agregada
οƒ˜ Conduz a AD para AD3 onde interseta a LRAS ao nível da inflação alvo, πT
O banco central aumenta a componente autónoma da taxa de juro ( ), levando a taxa de
juro de r*1 para r*3
οƒ˜ A curva MP desloca-se de MP1 para MP3
No novo ponto de equilíbrio, o hiato do produto é nulo (Y=Y p), a inflação está ao nível alvo
(π= πT), mas a taxa de juro aumentou (↑r)
Após um choque permanente da oferta não há qualquer trade-off entre os dois objetivos
da política macroeconómica de estabilização: estabilização da inflação e estabilização da
atividade económica
Ajustamento automático a um choque temporário de oferta
42
Estabilização da inflação após um choque temporário de oferta
Se o Banco Central pretender estabilizar a inflação no curto prazo (nível πt) deverá subir a
taxa de juro
οƒ˜ A curva MP desloca-se para cima e a taxa de juro passa para r3
οƒ˜ O efeito é a contração do investimento e da procura agregada
O produto fica abaixo do nível de pleno-emprego (Y3<YP) o que provoca a deslocação da AS
para AS1
οƒ˜ O novo ponto de equilíbrio (ponto 4) ficaria abaixo do ponto 3 e seria uma situação
de inflação abaixo da inflação alvo.
Para manter a inflação alvo, πt, as autoridades terão que fazer com que a AD regresse a AD1
οƒ˜ A MP regressa a MP1
οƒ˜ A economia passa para o ponto 5
Com Y2<Yp, a AS desloca-se para AS1
Estabilizar a inflação após um choque temporário negativo da oferta conduz a economia a
afastar-se do seu equilíbrio de longo prazo
43
Estabilização da atividade económica após um choque temporário de oferta
Se a autoridade monetária pretender estabilizar a atividade económica no curto prazo
deverá expandir a AD até AD3
A curva MP desloca-se para baixo até MP3
O hiato do produto volta a ser nulo
Como contrapartida a inflação sobe para π3
Estabilizar a atividade económica após um choque temporário negativo da oferta conduz a
maior inflação
Quão ativa deverá ser a política de estabilização?
Política ativa ou não ativa
Não ativistas:
οƒ˜ os preços e os salários são suficientemente flexíveis e o mecanismo de autocorreção
é rápido
οƒ˜ a ação do governo para eliminar o desemprego é desnecessária
Ativistas:
οƒ˜ o mecanismo de autocorreção é demasiado lento porque os preços e os salários são
viscosos
οƒ˜ são necessárias políticas ativas para eliminar o desemprego
Política e lags
Há hiatos que impedem a resposta imediata das autoridades monetárias aos problemas
44
οƒ˜
οƒ˜
οƒ˜
οƒ˜
οƒ˜
Hiato de dados
Hiato do reconhecimento
Hiato legislativo
Hiato de implementação
Hiato de eficácia
Os não-ativistas consideram que estes intervalos são uma razão adicional para defender a
não utilização de políticas ativas de combate ao desemprego.
Modelo AD-AS e taxa de juro nominal
9. A regra de Taylor
Taylor propõe que o Banco Central controle a taxa de juro a partir de:
οƒ˜ uma referência base de 2%, o nível histórico dos EUA
οƒ˜ o hiato da inflação (π-π*) (ponderado)
οƒ˜ o hiato do produto (Y-Yp) (ponderado)
Se se atribuir a mesma importância ao controlo da inflação e do produto, cada ponderador
será ½
Os hiatos expressam-se em percentagens
A regra de Taylor para a taxa de juro real com ponderadores iguais para Y e π:
E para a taxa de juro nominal (usando a equação de Fisher)
A prática: a regra de Taylor e a taxa de juro da reserva federal americana
45
A inflação como um fenómeno monetário
Manipulando a componente autónoma ( ) da política monetária, as autoridades podem
definir qualquer nível da inflação como o seu alvo de longo prazo
Assuma-se uma economia em equilíbrio com taxa de juro r1*, produto ao nível potencial,
Yp, e inflação ao nível π1T
O Banco Central pretende aumentar a inflação alvo para π3T
οƒ˜
οƒ˜
οƒ˜
οƒ˜
Altera a regra de política monetária para MP3, diminuindo a taxa de juro
A procura agregada aumenta, deslocando-se a função AD para AD3
A AS desloca-se para cima
Dá-se um novo equilíbrio ao nível da taxa de inflação desejada pelo BCnulo
Neutralidade da política monetária
Um aumento na inflação-alvo
Política monetária com taxa de juro limitada
Um limite inferior para a taxa de juro nominal
Para o banco central, a taxa de juro nominal pode ter como limite inferior o valor zero
Com a economia em recessão, o banco central desce a taxa de juro até esse limite: o zero
lower bond (ZLB)
Até este limite a curva MP é positivamente inclinada
À esquerda deste limite a MP é negativamente inclinada porque a taxa de juro real aumenta
(fica menos negativa) para níveis menores de inflação
Pela equação de Fisher:
46
i=r+π
Assim:
A função política monetária com limite para a taxa de juro
Procura agregada
A alteração da regra política monetária pelo ZLB tem consequências sobre a função procura
agregada
A função AD é semelhante à função AD anteriormente estudada até ao limite zero da taxa
de juro nominal
Até esse nível (ponto 2), a diminuição da taxa de juro provoca aumento do investimento e
do consumo no mercado de bens e serviços
Quando a inflação desce para valores muito baixos, a taxa de juro real sobe (para valores
menos negativos), contraindo a procura agregada (ponto 1)
A curva de procura agregada passa a ter uma inclinação positiva para valores muito baixos
da inflação
47
A função procura agregada com limite para a taxa de juro
O desaparecimento do mecanismo de autocorreção com zero lower bound
Assuma-se que ocorre um choque negativo e muito acentuado da procura
Em resposta, o Banco Central ajusta a taxa de juro nominal tornando-a nula, o que conduz
à situação de zero lower bound
A oferta agregada interseta a procura num ponto em que Y < Yp
No mercado de trabalho, o desemprego está elevado fazendo diminuir os salários, pelo que
as empresas baixam os preços, diminuindo a inflação e a inflação esperada
A oferta desloca-se para baixo para AS2
O produto e a inflação voltam a descer e a oferta agregada desloca-se para AS3
Não ocorre ajustamento e gera-se uma espiral deflacionista
Y < Yp οƒž π↓ οƒž r↑ οƒž Y↓ οƒž Y << Yp οƒž π↓ οƒž r↑ οƒž Y↓
48
Por não ser possível diminuir a taxa de juro, a política monetária expansionista convencional
não pode ser utilizada
O Banco Central utiliza política monetária não convencional
οƒ˜ Provisão de liquidez
οƒ˜ Compra de ativos
οƒ˜ Gestão de expectativas
Relembrando que a taxa de juro dos projetos de investimento é dada por
ri = r +
As medidas da política monetária não convencional tentam atuar sobre
mercado financeiro
, as fricções do
Política monetária não convencional
Provisão de liquidez
οƒ˜ Uma secagem súbita dos mercados de crédito pode causar a situação de crise
descrita
οƒ˜ Para contrariá-lo, o banco central tenta injetar liquidez no sistema tentando fazer
descer e a taxa de juro ri
οƒ˜ A AD desloca-se para a direita
Compra de ativos
οƒ˜ Diminuição dos spreads de crédito através da compra de ativos
49
οƒ˜ O banco central compra ativos, aumentando o seu preço e diminuindo as suas taxas
de juro
οƒ˜ Tentativa de diminuir as taxas de juro de longo prazo, aplicadas nos projetos de
investimento
Estas políticas visam deslocar a procura agregada para a direita, fazendo-a intersetar a
oferta agregada ao nível do pleno-emprego
Efeito da política monetária não convencional
Gestão de expectativas
Outra forma de fazer política monetária (não convencional) consiste no banco central se
comprometer a manter a taxa de juro baixa
Isto deverá causar a diminuição das taxas de juro de longo prazo, de
a AD para a direita
e de ri, deslocando
οƒ˜ A taxa de juro de uma obrigação de longo prazo aproxima-se de uma média das
taxas de juro das obrigações de curto prazo esperadas durante o período de vida da
obrigação de longo prazo
οƒ˜ O compromisso do Banco Central pode contribuir para descer as taxas de juro de
curto prazo esperadas no futuro e assim descer a taxa de juro de longo prazo
A gestão de expectativas pode ainda operar via oferta agregada através das expectativas
para a inflação
οƒ˜ Se as expectativas para a inflação aumentaram, enquanto a taxa de juro nominal for
nula, a taxa de juro real diminui e a oferta agregada desloca-se para cima
50
Política orçamental, défice e dívida
10. Défice público e dívida pública
Recorde-se que o défice público corresponde à diferença entre receitas públicas e despesas
públicas
οƒ˜ Despesas públicas
οƒ˜ Despesas com bens e serviços que podem ser correntes (Gc) ou de investimento
(GI):
G = Gc + GI
οƒ˜ Transferências (subsídio de desemprego, Segurança Social, etc.)
οƒ˜ Pagamento de juros da dívida pública
οƒ˜ Receitas públicas
οƒ˜ Impostos diretos
οƒ˜ Contribuições para a Segurança Social
οƒ˜ Impostos indiretos
Todos os anos, o governo tem que saldar o seu défice, o que é feito através da emissão de
títulos de dívida pública (ΔB)
A restrição orçamental do Governo
51
A dívida pública
A dívida pública é um bom indicador do nível de endividamento de um país e mede-se em
relação à capacidade desse país saldar a dívida, o que é dado pelo rendimento gerado no
ano.
Mede-se a dívida em percentagem do PIB, isto é, o rácio do valor nominal da dívida em
relação ao PIB nominal:
B
%
Y
Dois fatores podem fazer variar este rácio:
οƒ˜ Os défices que fazem aumentar a dívida e assim o seu numerador
οƒ˜ O crescimento do PIB nominal (crescimento do PIB e da inflação) que faz aumentar
o seu denominador
Crises de dívida soberana
As crises de dívida soberana emergem quando a dívida pública se acumula para lá de um
nível que leva os investidores a duvidarem da capacidade dos governos as pagarem
Quando o risco aumenta, os investidores deixam de financiar as obrigações públicas
O preço das obrigações cai, enquanto aumentam as suas taxas de juro
Aumenta o juro das novas obrigações emitidas
Como consequência, aumenta o défice público e em seguida a dívida
Δ Dívida/PIB οƒž Δ Risco de incumprimento οƒž Δ Pagamento de juros οƒž Δ Défice οƒž Δ
Dívida/PIB οƒž Δ Risco de incumprimento οƒž Δ Pagamento de juros οƒž Δ Défice οƒž …
Política orçamental e a economia no curto prazo
Política orçamental e fiscal e procura agregada
52
Assuma-se uma diminuição da procura agregada para AD1, onde Y1 < YP
O governo tem duas alternativas de política para aumentar a procura agregada: aumentar
a despesa; diminuir os impostos
Nos dois casos, a AD desloca-se para AD2
O produto aumenta para YP e a inflação aumenta para π2
O multiplicador da despesa: ΔY/ΔG
O multiplicador dos impostos: ΔY/ΔT
Multiplicadores fiscais e taxa de juro com limite inferior
Inicialmente a economia está abaixo do pleno-emprego
οƒ˜ Caso 1: a curva de oferta agregada de curto prazo AS1 interseta a curva de procura
agregada AD1 no ponto 1, onde AD1 tem declive negativo
οƒ˜ Caso 2: a curva de oferta agregada de curto prazo AS’1 interseta a curva de procura
agregada AD1 no ponto 1’, onde a AD tem declive positivo
Uma política orçamental e fiscal expansionista desloca a curva AD para a direita, para AD2
53
οƒ˜ Caso 1: a economia desloca-se para o ponto 2 e o produto aumenta para Y2
οƒ˜ Caso 2: a economia desloca-se para o ponto 2’ e o produto aumenta para Y2’
οƒž O multiplicador fiscal é muito maior quando a economia já atingiu o limite inferior da
taxa de juro nominal (ZLB)
No caso 1, perante o aumento da inflação gerado pela política orçamental expansionista, as
autoridades monetárias aumentam a taxa de juro
Isto contrai o investimento e contribui para um aumento pequeno do produto
No caso 2, perante o aumento da inflação gerado pela política orçamental expansionista, as
autoridades monetárias mantêm a taxa de juro nominal
Isto diminui a taxa de juro real, estimulando o investimento e contribui para um aumento
maior do produto
Política orçamental e oferta agregada
As alterações nos impostos podem afetar a oferta agregada de curto prazo e de longo prazo
Considere-se uma economia co m produto dado por Y1, inferior ao produto potencial, YP
Ocorre uma diminuição temporária nas contribuições para a Segurança Social
Ao se reduzir os custos de produção (custos salariais), reduz-se a inflação e desloca-se a AS
de AS1 para AS2
54
Ao aumentar o rendimento disponível, aumenta a despesa de consumo e a procura
agregada que se desloca para a direita de AD1 para AD2
A economia regressa ao seu nível de pleno-emprego, YP e a inflação poderá não ter subido
Supply-side economics (análise do lado da oferta) e a política fiscal
Supply-side economics e cortes nos impostos
Os efeitos sobre a oferta agregada de cortes nos impostos são ampliados
Os cortes contribuem ainda para aumentar a procura agregada
Uma redução nos impostos sobre o rendimento desloca a AD de AD 1 para AD2 e incita a
mais investimento e mais esforço no trabalho, afetando positivamente a oferta agregada
A oferta agregada de longo prazo aumenta de LRAS1 para LRAS2
A inflação diminui, deslocando a AS para baixo, de AS1 para AS2
Os cortes nos impostos têm fortes efeitos expansionistas
O produto potencial aumenta e a inflação
Défice público equilibrado: expansionista ou contracionista?
Existe a ideia de que a redução do défice é contracionista
Conduzir o défice público ao equilíbrio seria contracionista por causar uma redução da
procura agregada
Para alguns autores, equilibrar o défice pode ter benefícios futuros, sobretudo se as
medidas adotadas para o reduzir forem sustentadas
55
O governo evitará subir os impostos no futuro com o objetivo de pagar o défice
Esta redução de impostos provocará o equivalente a um choque positivo de oferta
Taxas de câmbio e política económica internacional
11. Taxa de câmbio
Taxa de câmbio nominal
As trocas internacionais e os movimentos internacionais de capitais envolvem moedas de
diferentes países
No mercado cambial troca-se moeda nacional contra moedas estrangeiras (divisas)
Taxa de câmbio nominal E: montante de unidades de moeda nacional necessários para
adquirir uma unidade de moeda estrangeira
É o preço de uma divisa em moeda nacional
Flutuações na taxa de câmbio nominal
A taxa de câmbio varia em função da procura e oferta de divisas
Estas variações recebem as seguintes designações:
A taxa de câmbio real
Taxa de câmbio real: valor da moeda nacional expresso em termos dos bens e serviços que
poderão ser adquiridos em termos internacionais com uma unidade de moeda nacional
Por vezes também designada termos de troca
56
Taxas de câmbio no curto prazo
A taxa de câmbio no curto prazo é determinada pela oferta de divisas (Ds) e pela procura de
divisas (Dd):
Ds = Dd
Resulta daqui uma taxa de câmbio de equilíbrio (E*) e um montante de divisas
transacionado (D*)
A procura de divisas
Operações cambiais que geram compra de divisas contra venda de moeda nacional
οƒ˜
οƒ˜
οƒ˜
οƒ˜
Compra de ativos estrangeiros por nacionais
Depósitos em contas bancárias no exterior
Transferência de rendimentos para o exterior
Etc.
As importações de bens e serviços (N) são a principal componente da procura de divisas
Quando a taxa de cambial nominal aumenta (a moeda nacional deprecia), as importações
tornam-se relativamente mais caras
As importações dependem assim negativamente da taxa de câmbio, logo:
A procura de divisas depende negativamente da taxa de câmbio
57
A oferta de divisas
Operações cambiais que originam venda de divisas contra compra de moeda nacional
οƒ˜
οƒ˜
οƒ˜
οƒ˜
Compra de ativos nacionais por estrangeiros
Depósitos em contas bancárias nacionais por estrangeiros
Transferências de rendimentos do exterior
Etc.
As exportações de bens e serviços (X) são principal componente da oferta de divisas
Quando a taxa de câmbio nominal aumenta (a moeda nacional deprecia), as exportações
tornam-se relativamente mais baratas
Assim:
A oferta de divisas depende positivamente da taxa de câmbio
Regime de câmbios flexíveis
Alterações ao equilíbrio em câmbios flexíveis
Em câmbios flexíveis, o mercado cambial funciona sem intervenção do Banco Central, a
autoridade cambial da economia
A taxa de câmbio é perfeitamente flexível
58
Taxas de câmbio e análise AD-AS
Efeitos de uma apreciação cambial
Uma diminuição exógena em E faz diminuir as exportações líquidas e o produto:
Dois efeitos no modelo AD-AS:
1. Para cada nível da inflação, uma apreciação cambial resulta na contração da procura
agregada (a AD desloca-se de AD1 para AD2)
2. A apreciação equivale a um choque temporário positivo da oferta: as importações
ficam relativamente mais baratas e a inflação diminui (a AS desloca-se de AS1 para
AS2)
Tipicamente, o choque da oferta é inferior ao choque da procura:
οƒ˜ Y e π diminuem
AD-AS e apreciação cambial
Política de estabilização
O Banco Central pode adotar uma política de estabilização, diminuição a taxa de juro
Com isto diminui o retorno dos ativos nacionais, logo a procura por ativos nacionais, e a
moeda nacional deprecia-se
59
A depreciação aumenta o preço das importações e a curva AS regressa a AS1
A diminuição da taxa de juro aumenta o investimento e a procura agregada
A economia poderia regressar ao ponto de equilíbrio inicial
Taxas de câmbio e política de estabilização
A política monetária consegue responder ao desequilíbrio gerado pela taxa de câmbio
Uma apreciação cambial é contracionista, diminuindo Y e π
οƒ˜ A política monetária expansionista é eficaz
Uma depreciação cambial é expansionista, aumentando Y e π
οƒ˜ A política monetária contracionista é eficaz
Intervenção no mercado cambial
Câmbios fixos: aumento na procura de divisas
O Banco Central pode escolher intervir no mercado cambial
Escolhe manter a taxa de câmbio fixa e intervém no mercado cambial sempre que se
verifiquem pressões sobre o valor da taxa de câmbio
Quando a procura de divisas aumenta, o Banco Central vende divisas (F A) para manter E
fixa e diminui as suas reservas externas
60
Quando a oferta de divisas aumenta, o Banco Central compra divisas (F A) para manter E
fixa aumenta as suas reservas externas
Com esta intervenção, a taxa de câmbio não se altera
Câmbios fixos e sistema monetário
Para manter a taxa de câmbio fixa, o Banco Central compra e vende divisas contra moeda
nacional
Quando intervém no mercado cambial afeta o sistema monetário
Por exemplos, o Banco Central vende ativos externos às OIM:
Como resultado, a oferta de moeda contrai e a taxa de juro interna aumenta
Para evitar os efeitos monetários, o Banco Central deverá proceder a uma esterilização
61
RESUMO:
Função IS
Função MP
Função AD
62
Função AS
63
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