PSIQUIATRIA 2 Prof. Thales Thaumaturgo| Dependencia Química INTRODUÇÃO PROF. THALES THAUMATURGO Seja bem-vindo, Estrategista! Falaremos, neste resumo, sobre os principais tópicos em Dependência Química, tema mais prevalente da Psiquiatria nas provas. Não se preocupe em decorar critérios dos diferentes transtornos desta aula. Concentre-se especialmente nas principais características de cada transtorno e em seu respectivo tratamento. Sugiro ainda que você entenda uma “dependência química”, independentemente da droga de abuso, não através dos critérios formais propostos pelos manuais diagnósticos, mas sim como uma síndrome que faz com que o indivíduo tenha grandes prejuízos em todos os campos de sua vida, fazendo com que ele “orbite” ao redor do uso da droga ou da recuperação de seus efeitos maléficos. Dê uma atenção especial ao tratamento da síndrome de abstinência alcoólica, ao tratamento psicofarmacoterápico do tabagismo e aprenda sobre “Prochaska e DiClemente” e sobre o questionário Cage. Bons estudos! /estrategiamed Estratégia MED @estrategiamed t.me/estrategiamed @thales.thaumaturgo Estratégia 2 MED PSIQUIATRIA Dependência Química Estratégia MED SUMÁRIO 1.0 ESTÁGIOS MOTIVACIONAIS DE "PROCHASKA E DICLEMENTE" 1.1 MANEJO IDEAL DE UM PACIENTE DEPENDENTE QUÍMICO 2.0 DROGAS DEPRESSORAS DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL 2.1 ETANOL 4 4 5 5 2.1.1 METABOLIZAÇÃO DO ETANOL 5 2.2 INTOXICAÇÃO ALCOÓLICA 5 2.3 ABSTINÊNCIA ALCOÓLICA 7 2.3.1 DELIRIUM TREMENS (DT) 7 2.3.2 TRATAMENTO DA SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA ALCOÓLICA (SAA) 7 2.4 DEPENDÊNCIA ALCOÓLICA 8 2.4.1 TRATAMENTO DO ALCOOLISMO 8 2.4.2 “EFEITO ANTABUSE” DO DISSULFIRAM 9 2.5 ANSIOLÍTICOS, HIPNÓTICOS E SEDATIVOS 10 2.5.1 INTOXICAÇÃO POR ANSIOLÍTICOS, HIPNÓTICOS E SEDATIVOS 10 2.5.2 ABSTINÊNCIA DE SEDATIVOS, HIPNÓTICOS OU ANSIOLÍTICOS 11 2.6 OPIOIDES 11 2.7 INTOXICAÇÃO POR OPIÓIDES 12 2.7.1 ABSTINÊNCIA E DEPENDÊNCIA DE OPIOIDES 3.0 DROGAS ESTIMULANTES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL 12 13 3.1 INTOXICAÇÃO POR ESTIMULANTES 14 3.2 ABSTINÊNCIA E DEPENDÊNCIA DE ESTIMULANTES 15 3.3 TABAGISMO 15 3.3.1 ABSTINÊNCIA E DEPENDÊNCIA DE TABACO 4.0 DROGAS PERTURBADORAS 4.1 MACONHA 16 18 18 4.1.1 INTOXICAÇÃO POR MACONHA 19 4.1.2 ABSTINÊNCIA E DEPENDÊNCIA DE MACONHA 20 5.0 LISTA DE QUESTÕES 21 6.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 22 7.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS 22 Prof. Thales Thaumaturgo | Resumo Estratégico | 2023 3 PSIQUIATRIA Estratégia Dependência Química MED CAPÍTULO 1.0 ESTÁGIOS MOTIVACIONAIS DE "PROCHASKA E DICLEMENTE" Muito cobrado em provas, conhecido como “os estágios motivacionais de Prochaska e DiClemente”, é um modelo teórico comportamental para avaliar o grau de motivação do paciente dependente químico, independentemente da droga utilizada, e realizar seu tratamento para alcançar a abstinência, passando por alguns níveis de classificação. Prochaska e Diclemente Estágios Motivacionais Características Pré-contemplação (I won’t) O usuário não cogita mudança e nem se preocupa com o assunto. Contemplação (I might) O paciente assume que tem um problema, é ambivalente e considera mudar. Preparação (I will) Começa a planejar mudanças, cria condições, revisa tentativas prévias. Ação (I am) Implementa mudanças verdadeiras, engaja-se com seu objetivo e dedica tempo a ele. Manutenção (I have) Processo de continuidade da abstinência, para manter os ganhos e prevenir recaídas. Recaída Falha na manutenção, com retomada do hábito ou comportamento anterior – retorno a qualquer dos estágios anteriores. 1.1 MANEJO IDEAL DE UM PACIENTE DEPENDENTE QUÍMICO É fundamental, independentemente do tipo de droga consumida, abordar o paciente como um todo, com práticas motivacionais, psicoterápicas, avaliar comorbidades e, em casos selecionados, iniciar um psicofármaco. Motivar o paciente Medicação Métodos psicoterápicos Prof. Thales Thaumaturgo | Resumo Estratégico | 2023 Lesão Muscular Diagnosticar e tratar comorbidades Apoio social e familiar 4 PSIQUIATRIA Estratégia Dependência Química MED CAPÍTULO 2.0 DROGAS DEPRESSORAS DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL 2.1 ETANOL O etanol é absorvido entre 10% a 30% no estômago e o restante durante seu trajeto no intestino delgado. Após a absorção, o etanol é capaz de cruzar rapidamente a barreira hematoencefálica, a barreira placentária e as membranas celulares, promovendo seus efeitos citotóxicos. No sistema nervoso central (SNC), liga-se aos receptores de ácido gama aminobutírico (GABA) e causa o bloqueio de receptores NMDA excitatórios de glutamato, promovendo sedação a nível central. Fonte: Shutterstock. 2.1.1 METABOLIZAÇÃO DO ETANOL Álcool desidrogenase Etanol Acetaldeído desidrogenase Acetaldeído Ácido Acético 2.2 INTOXICAÇÃO ALCOÓLICA A intoxicação alcoólica, na maioria das vezes, apresenta um broncoaspirações, observando o paciente por algumas horas. curso autolimitado, durando apenas algumas horas e resolvendo- Além disso, em todos os casos, está indicado o uso de tiamina, se por completo sem deixar quaisquer consequências físicas preferencialmente por via parenteral, para garantir plena absorção relevantes. O manejo clínico do paciente agudamente intoxicado da vitamina. Seu uso justifica-se como prevenção do surgimento da envolve interromper o uso da substância, manter o indivíduo em síndrome de Wernicke-Korsakoff (SWK). um ambiente calmo, posicioná-lo em decúbito lateral, para evitar Prof. Thales Thaumaturgo | Resumo Estratégico | 2023 5 PSIQUIATRIA Estratégia Dependência Química MED Critérios da Intoxicação por álcool, adaptados do DSM-5 A Ingestão recente de álcool. B Alterações comportamentais ou psicológicas clinicamente significativas e problemáticas desenvolvidas durante ou logo após a ingestão de álcool. C Um (ou mais) dos seguintes sinais ou sintomas, desenvolvidos durante ou logo após o uso de álcool: 1 Fala arrastada. 2 Incoordenação. 3 Instabilidade na marcha. 4 Nistagmo. 5 Comprometimento da atenção ou da memória. 6 Estupor ou coma. American Psychiatric Association, 2014. Prof. Thales Thaumaturgo | Resumo Estratégico | 2023 6 PSIQUIATRIA Dependência Química Estratégia MED Os pacientes etilistas podem desenvolver um quadro agudo de encefalopatia conhecido como síndrome de Wernicke-Korsakoff, caracterizada por amnésia, confabulações (criação de falsas memórias), alucinações, oftalmoparesia, ataxia e confusão mental, sendo considerada uma emergência médica. A causa é decorrente da deficiência de tiamina e seu tratamento consiste na reposição dessa vitamina, preferencialmente por via parenteral. Caso os pacientes agudamente intoxicados se apresentem com agitação psicomotora, agressividade ou com sintomas psicóticos agudos, o uso do antipsicótico típico haloperidol pode ser empregado pela via intramuscular para controle dos sintomas. 2.3 ABSTINÊNCIA ALCOÓLICA A síndrome de abstinência alcoólica (SAA) é representada por sintomas como tremores, que são geralmente as primeiras manifestações clínicas, ansiedade, irritabilidade, alterações de atenção, náuseas, febre, taquipneia, taquicardia e alterações de pressão arterial. Em pacientes dependentes, mas com história de consumo de menores quantidades de álcool etílico, os sintomas podem aparecer somente após as 24 horas da interrupção, e nos casos graves iniciam-se após cerca de 6 horas. 2.3.1 DELIRIUM TREMENS (DT) Em uma pequena parcela dos pacientes, ocorre o agravamento da SAA, podendo manifestar crise convulsiva, sintomas psicóticos, como alucinações auditivas ou visuais e prejuízo agudo no seu nível de atenção e consciência, além de tremores intensos, em um quadro que chamamos de Delirium Tremens (DT). O DT trata-se de uma complicação do quadro de síndrome de abstinência grave e, geralmente, surge entre o segundo e o terceiro dia após o início dos sintomas. O DT demonstra uma mortalidade de 5% até 25%, sendo maior especialmente em pacientes idosos ou naqueles indivíduos com comorbidades clínicas ou comorbidades psiquiátricas. 2.3.2 TRATAMENTO DA SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA ALCOÓLICA (SAA) O tratamento da SAA é realizado com reposição de tiamina (para evitar SWK) associada ao uso de benzodiazepínicos de longa duração, como diazepam e lorazepam. Prof. Thales Thaumaturgo | Resumo Estratégico | 2023 7 PSIQUIATRIA Estratégia Dependência Química MED 2.4 DEPENDÊNCIA ALCOÓLICA Segundo a CID-10, são necessários, no mínimo, 3 dos 6 critérios a seguir, durante um ano ou mais, para diagnosticar a síndrome de dependência alcoólica. Mas, não se preocupe em decorar critérios. Atente-se especialmente ao prejuízo funcional que a droga causa na vida do indivíduo, os prejuízos no trabalho, na vida social e nas relações interpessoais, pois um paciente com dependência química “perde o controle” de sua vida. Ou seja, observe se o uso da substância e suas consequências tomaram conta da vida do indivíduo, prejudicando sua capacidade de tomar decisões. Critérios para diagnóstico da síndrome de dependência, adaptados da CID-10 1 Forte desejo ou compulsão para consumir a substância. 2 Dificuldades em controlar o consumo da substância. 3 Sintomas de abstinência quando a substância é cessada ou reduzida ou, ainda, melhora da abstinência se o uso da substância for retomado. 4 Evidências de tolerância, como necessidade de aumento progressivo de dose para que se atinja efeito desejado. 5 Aumento do tempo necessário para se recuperar do uso da substância. 6 Persistir com o uso apesar das evidências de prejuízo à saúde. 2.4.1 TRATAMENTO DO ALCOOLISMO O tratamento da dependência de álcool baseia-se em práticas psicoterápicas, como grupos de ajuda mútua, e na prescrição de fármacos que ajudam a reduzir a fissura em consumir a droga ou que reduzam o prazer sentido pelo paciente ao consumir a substância ou, então, causem efeitos aversivos e desagradáveis caso o álcool seja ingerido. Fonte: Shutterstock. Prof. Thales Thaumaturgo | Resumo Estratégico | 2023 8 PSIQUIATRIA Estratégia Dependência Química MED Principais fármacos envolvidos no tratamento da dependência alcoólica, mecanismo de ação, dosagens terapêuticas, efeitos colaterais (EC) e contraindicações Acamprosato 333 mg Mecanismo: agonismo GABAérgico e antagonismo glutamatérgico. Doses terapêuticas: entre 1332 mg ao dia até 1998 mg ao dia. EC: diarreia, vômitos, prurido. Contraindicado em insuficiência renal ou hepática. Dissulfiram 250 mg Mecanismo: inativação da enzima acetaldeído desidrogenase e acúmulo de acetaldeído. Doses terapêuticas: entre 250 mg ao dia até 500 mg ao dia. EC: precordialgia, taquidispneia, rubor facial, letargia, tontura, convulsões e risco de morte. Contraindicado em epiléticos, insuficiência hepática ou renal, cardiopatia grave. OBS: paciente deverá concordar com o uso e assinar o TCLE. Naltrexona 50 mg Mecanismo: antagonismo opioide, reduzindo o prazer de consumir álcool. Dose terapêutica: entre 25 mg ao dia até 50 mg ao dia. EC: náuseas, vômitos, tontura. Contraindicada em insuficiência hepática. 2.4.2 “EFEITO ANTABUSE” DO DISSULFIRAM Dissulfiram inativa o acetaldeído desidrogense Álcool desidrogenase Etanol Acetaldeído Efeito Antabuse RASTREAMENTO DO ALCOOLISMO - QUESTIONÁRIO CAGE O questionário CAGE é uma ferramenta rápida de rastreio de problemas relacionados ao uso de álcool e é composto de 4 perguntas, sendo muito cobrado nas provas: 1. (Cut down) Você já tentou diminuir ou cortar a bebida? 2. (Annoyed) Você já ficou incomodado ou irritado com outros porque criticaram seu jeito de beber? 3. (Guilty) Você já se sentiu culpado por causa do seu jeito de beber? Fonte: Shutterstock. 4. (Eye-opener)? Você já teve que beber para aliviar os nervos ou reduzir os efeitos de uma ressaca? Prof. Thales Thaumaturgo | Resumo Estratégico | 2023 9 PSIQUIATRIA Estratégia Dependência Química MED O CAGE tem sensibilidade e especificidade superiores a 80% na detecção de problemas relacionados ao uso de álcool quando duas ou mais das quatro perguntas formuladas forem afirmativas. 2.5 ANSIOLÍTICOS, HIPNÓTICOS E SEDATIVOS Aluno Estrategista, agruparemos aqui algumas drogas correlatas que apresentam efeitos depressores sobre o sistema nervoso central, dentre elas os benzodiazepínicos, as imidazopiridinas, também conhecidas como drogas “Z”, e os barbitúricos. Fármacos benzodiazepínicos e barbitúricos atuam como agonistas dos receptores de ácido gama-aminobutírico (GABA) tipo A, reduzindo a excitação neuronal através de sua ligação nos receptores alfa 1 e 2, levando a um estado de depressão central. As drogas “Z” (como o zolpidem) também são agonistas dos receptores GABA-A, contudo, bloqueiam seletivamente a subunidade alfa 1. Fonte: Shutterstock. 2.5.1 INTOXICAÇÃO POR ANSIOLÍTICOS, HIPNÓTICOS E SEDATIVOS A apresentação clínica da intoxicação por essas substâncias é muito semelhante, também similar à intoxicação por etanol, com critérios diagnósticos idênticos, segundo o DSM-5, devido à ação comum de todas essas substâncias como depressoras do sistema nervoso central. O DSM-5 ainda sugere que, para a avaliação do diagnóstico diferencial entre intoxicação por hipnossedativos e etanol, deve ser levada em consideração a presença de odor alcoólico. Critérios da intoxicação por ansiolíticos, hipnóticos e sedativos, adaptados do DSM-5 A Uso recente de um sedativo, hipnótico ou ansiolítico. B Alterações comportamentais ou psicológicas. C Um (ou mais) dos seguintes sinais ou sintomas, desenvolvidos durante ou logo após o uso de álcool: 1 Fala arrastada. 2 Incoordenação. 3 Instabilidade na marcha. 4 Nistagmo. 5 Comprometimento da atenção ou da memória. 6 Estupor ou coma. American Psychiatric Association, 2014. Prof. Thales Thaumaturgo | Resumo Estratégico | 2023 10 PSIQUIATRIA Estratégia Dependência Química MED O manejo da intoxicação aguda por essas substâncias varia conforme a gravidade do quadro: • Intoxicações de leve a moderada intensidade: garantir a monitorização e observação clínica por algumas horas pode ser suficiente, pois o quadro será resolvido assim que os efeitos da droga ingerida passarem. • Intoxicações graves: proteger a via aérea, descontaminação gástrica, estabilização clínica de intercorrências como arritmias, parada respiratória, hipotermia, convulsões, hipotensão grave e choque. Para as intoxicações graves por benzodiazepínicos ou drogas “z”, o antídoto específico flumazenil poderá ser empregado. Já nos casos de intoxicações por barbitúricos, não há um antídoto específico , e o tratamento é de suporte. 2.5.2 ABSTINÊNCIA DE SEDATIVOS, HIPNÓTICOS OU ANSIOLÍTICOS A síndrome de abstinência desses fármacos inicia-se entre 1 dia após a suspensão do fármaco, para aqueles usuários de medicações de meia-vida curta, como o alprazolam ou zolpidem, ou mesmo após 5 dias a 10 dias da suspensão de drogas de meia-vida longa, como o diazepam ou o fenobarbital. Podem ocorrer tremores, insônia, ansiedade, tensão muscular, irritabilidade e, em casos graves, sintomas psicóticos e crises convulsivas. O manejo de uma crise de abstinência e da dependência é similar, com a utilização de um benzodiazepínico de longa duração, como o diazepam, para reduzir os sintomas agudos e evitar o agravamento da síndrome de abstinência, que pode ser fatal. Após a estabilização clínica, deve-se reduzir lentamente a dosagem da droga empregada, cerca de 10% a 20% ao dia, ou mesmo ao longo de semanas ou meses, no caso de pacientes que são considerados dependentes graves ou de longa data. 2.6 OPIOIDES Opiáceos NATURAIS, Opioides SEMISSINTÉTICOS, extraídos diretamente que são parcialmente do ópio: modificados: • HEROÍNA • ÓPIO (DIACETILMORFINA) • MORFINA • OXICODONA • CODEÍNA • HIDROXICODONA • TEBAÍNA • OXIMORFONA • HIDROXIMORFONA Prof. Thales Thaumaturgo | Resumo Estratégico | 2023 Opioides SINTÉTICOS: • METADONA • MEPERIDINA • PETIDINA • FENTANIL • TRAMADOL 11 PSIQUIATRIA Estratégia Dependência Química MED Os opioides são drogas analgésicas, hipnóticas e sedativas e podem ser divididos em 3 classes: naturais, semissintéticos e sintéticos. Até hoje foram descobertos ao menos quatro diferentes receptores de opioides: Mu (m) – promove analgesia, sedação, depressão respiratória e constipação. Kappa (k) – promove analgesia, sedação, alterações no humor. Delta (s) - promove analgesia e alterações no humor Épsilon (e) – provavelmente produz sedação. 2.7 INTOXICAÇÃO POR OPIÓIDES Depressão respiratória Aluno Estratégia, fique muito atento à tríade clássica da intoxicação por opioides, composta por depressão respiratória, rebaixamento do nível de consciência ou coma e miose. O manejo clínico de uma intoxicação aguda por opioides Miose Coma geralmente deve ser realizado em ambiente hospitalar, com o rápido estabelecimento de medidas de suporte à vida e uso do antídoto específico naloxona. Opioide As demais drogas depressoras do sistema nervoso central podem cursar com quadro clínico semelhante durante uma intoxicação aguda, contudo, a contração pupilar ou miose é tipicamente causada por opioides. 2.7.1 ABSTINÊNCIA E DEPENDÊNCIA DE OPIOIDES A síndrome de abstinência pode iniciar-se 6 horas a 18 horas após o último consumo da substância, atingindo seu auge no 2º ou 3º dia. Sua duração pode variar de 10 a 15 dias, mas, em casos graves ou inadequadamente tratados, pode estender-se por vários meses. Prof. Thales Thaumaturgo | Resumo Estratégico | 2023 12 PSIQUIATRIA Estratégia Dependência Química MED Critérios da abstinência de OPIOIDES, adaptados do DSM-5 A Presença de qualquer um dos seguintes: 1 Cessação (ou redução) do uso pesado e prolongado de opioides. 2 Administração de um antagonista de opioides após um período de uso de opioides. B Três (ou mais) dos seguintes sintomas: 1 Humor disfórico. 2 Náusea ou vômito. 3 Dores musculares. 4 Lacrimejamento ou rinorreia. 5 Midríase, piloereção ou sudorese. 6 Diarreia. 7 Bocejos. 8 Febre. 9 Insônia. American Psychiatric Association, 2014. Tanto a síndrome de abstinência quanto a dependência por opioides devem ser tratadas com o uso de metadona, um opioide sintético com meia-vida longa, na dosagem diária entre 20 mg e 120 mg. Após a estabilização clínica, a metadona deve ser reduzida lentamente. Clonidina, um agonista adrenérgico, pode ser útil para redução da intensidade dos sintomas da abstinência. CAPÍTULO 3.0 DROGAS ESTIMULANTES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL As anfetaminas, cocaína e o crack são drogas estimulantes do SNC e exercem seus efeitos tóxicos ao promoverem o aumento do tônus de monoaminas como a dopamina, serotonina e a noradrenalina, que ativam o circuito de recompensa cerebral no sistema límbico, causando sensação de prazer e bem-estar, podendo levar à dependência física e psicológica. Fonte: Shutterstock. Prof. Thales Thaumaturgo | Resumo Estratégico | 2023 13 PSIQUIATRIA Estratégia Dependência Química MED 3.1 INTOXICAÇÃO POR ESTIMULANTES Aluno Estratégia, pense assim: pacientes agudamente intoxicados por drogas estimulantes estarão “estimulados”, ou seja, estarão agitados, falantes, desinibidos social ou sexualmente, eufóricos ou irritados, com taquicardia, com aumento de sua pressão arterial e temperatura, suando, com tremores e com dilatação da pupila. Critérios da intoxicação por ESTIMULANTES, adaptados do DSM-5 A Uso recente de uma substância tipo anfetamina, cocaína ou outro estimulante. B Alterações comportamentais ou psicológicas. C Dois (ou mais) dos seguintes sinais ou sintomas: 1 Taquicardia ou bradicardia. 2 Dilatação pupilar. 3 Pressão arterial elevada ou diminuída. 4 Transpiração ou calafrios. 5 Náusea ou vômito. 6 Evidências de perda de peso. 7 Agitação ou retardo psicomotor. 8 Fraqueza muscular, depressão respiratória, dor torácica ou arritmias cardíacas. 9 Confusão, convulsões, discinesias, distonias ou coma. American Psychiatric Association, 2014. O tratamento de um paciente agudamente intoxicado por drogas estimulantes baseia-se no manejo ambiental, deixando o paciente em local calmo e seguro, e no uso de benzodiazepínicos, melhorando não apenas os sintomas psiquiátricos, mas também reduzindo a ativação autonômica que causa a hipertensão e a taquicardia. Caso o paciente também se apresente com alucinações ou delírios, o uso de um antipsicótico, preferencialmente o haloperidol, poderá ser empregado. Aluno Estratégia, é muito importante lembrar-se de que betabloqueadores devem ser evitados durante a intoxicação por cocaína, pois podem causar uma piora da hipertensão, chamada de “hipertensão paradoxal”, devido ao bloqueio exercido pelos betabloqueadores sobre os receptores B2 que medeiam a vasodilatação. Caso seja necessário, um nitrato poderá ser administrado. Prof. Thales Thaumaturgo | Resumo Estratégico | 2023 14 PSIQUIATRIA Estratégia Dependência Química MED 3.2 ABSTINÊNCIA E DEPENDÊNCIA DE ESTIMULANTES Os sintomas típicos da síndrome de abstinência de estimulantes são principalmente representados por sintomas psíquicos, como ansiedade, humor deprimido ou irritável, lentificação psicomotora e alterações do sono. Podem surgir em poucas horas após o último uso em usuários pesados, atingindo um ápice em cerca de 2 dias até 4 dias, com duração de semanas a até vários meses, especialmente em dependentes que usam as substâncias por via injetável. Critérios da abstinência de ESTIMULANTES, adaptados do DSM-5 A Cessação (ou redução) do uso prolongado de substância tipo anfetamina, cocaína ou outro estimulante. B Humor disfórico e duas (ou mais) das seguintes alterações: 1 Fadiga. 2 Sonhos vívidos e desagradáveis. 3 Insônia ou hipersonia. 4 Aumento do apetite. 5 Retardo ou agitação psicomotora. American Psychiatric Association, 2014. O manejo dos sintomas agudos da síndrome de abstinência de estimulantes é baseado principalmente em medidas ambientais, como repouso, alimentação e hidratação adequadas, manter o paciente perto de seu núcleo familiar ou de apoio para ser monitorado e incentivado. Em caso de sintomas importantes de ansiedade ou insônia, o uso de um benzodiazepínico poderá ser indicado por curtos períodos, geralmente nas primeiras semanas, quando os sintomas ansiosos, a fissura e as alterações do apetite e do sono são mais intensos. 3.3 TABAGISMO A dependência por tabaco é uma das mais prevalentes de todo o mundo e a principal causa de morte evitável do mundo. Estimativas apontam que, embora sejam cada vez mais difundidas as informações sobre os malefícios do tabagismo, mais de um bilhão de pessoas fumam regularmente no mundo, causando mais de 5 milhões de mortes de fumantes ativos e passivos, sendo mais Fonte: Shutterstock. Prof. Thales Thaumaturgo | Resumo Estratégico | 2023 de duzentas mil mortes apenas no Brasil. 15 PSIQUIATRIA Dependência Química Estratégia MED 3.3.1 ABSTINÊNCIA E DEPENDÊNCIA DE TABACO Os sintomas de abstinência de tabaco surgem geralmente quando um fumante pesado tenta reduzir seu consumo, ou quando um dependente de tabaco tenta parar de fumar. Os principais sintomas são irritabilidade, ansiedade, insônia e alteração no humor, que se iniciam em até algumas horas após a última tragada, atingindo auge dentro de 1 até 2 dias, e podem durar por vários meses. O tratamento do tabagismo tem como “pedra fundamental” o emprego de uma técnica de psicoterapia, chamada de abordagem cognitivo-comportamental (TCC), que funciona como um fio condutor para uma mudança de comportamentos e crenças arraigadas na experiência de vida do paciente, sua relação com o cigarro, as situações que o levam a fumar e o uso do cigarro como “válvula de escape”. E quando indicar o uso de um medicamento para abandonar o tabagismo? Segundo a publicação Abordagem e Tratamento do Fumante – Consenso de 2001 do Ministério da Saúde, poderá ser indicado o uso complementar de um medicamento nos seguintes casos: 1 - Fumantes pesados, ou seja, que fumam 20 ou mais cigarros por dia*; 2 - Fumantes que fumam o 1º cigarro até 30 minutos após acordar e fumam no mínimo 10 cigarros por dia; 3 - Fumantes com escore do teste de Fagerström igual ou maior do que 5, ou avaliação individual, a critério do profissional; 4 - Fumantes que já tentaram parar de fumar anteriormente apenas com a abordagem cognitivo-comportamental, mas não obtiveram êxito devido a sintomas da síndrome de abstinência; 5 - Não haver contraindicações clínicas. O emprego de medicamentos tem como objetivo minimizar os sintomas da síndrome de abstinência do cigarro e aumenta em cerca de 3 vezes as chances de sucesso no tratamento. O fármaco de escolha deve ser empregado por um período de 3 meses, podendo seu uso ser prolongado por mais tempo se ainda houver sintomas de abstinência ou alto risco de recaída. Atualmente o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza 2 tipos de medicamentos como primeira linha de tratamento, o antidepressivo atípico bupropiona e a terapia de reposição de nicotina (TRN). Consideramos também como primeira linha de tratamento, apesar de não ser disponibilizado pelo SUS, o fármaco chamado vareniclina, uma medicação com ação nicotínica. Como segunda linha de tratamento podemos utilizar outro antidepressivo, dessa vez um tricíclico, a nortriptilina, e a clonidina, um medicamento de ação agonista de receptores adrenérgicos. Prof. Thales Thaumaturgo | Resumo Estratégico | 2023 16 PSIQUIATRIA Dependência Química Estratégia MED Principais drogas de primeira linha utilizadas no tratamento do tabagismo Bupropiona 150 mg Dosagem máxima: 450 mg ao dia Paciente não precisa parar imediatamente o tabagismo para iniciar o uso. Recomenda-se cessar o tabagismo no oitavo dia. Início com 150 mg ao dia, por 3 dias, aumentando para 300 mg no quarto dia. Principais contraindicações: história de convulsão ou traumatismo craniano, transtornos alimentares, gestantes*. Efeitos colaterais: anorexia, insônia, taquicardia, ansiedade, cefaleia. Vareniclina 0,5 mg e 1 mg Dose máxima: 2 mg ao dia Paciente não precisa parar imediatamente o tabagismo para iniciar o uso. Recomenda-se cessar o tabagismo no oitavo dia. Início com 0,5 mg ao dia, aumentando para 0,5 mg duas vezes ao dia no quarto dia. No sétimo dia, administrar 1 mg duas vezes ao dia. Principais contraindicações: insuficiência renal grave, gestantes*. Efeitos colaterais: náusea, alterações do sono, diarreia, vômito. Adesivo de Nicotina 7 mg, 14 mg, 21 mg Dosagem máxima: 42 mg ao dia Paciente deve interromper o tabagismo ao iniciar esse medicamento. Na semana 1 a 4: adesivo de 21 mg a cada dia. Na semana 5 a 8: adesivo de 14 mg a cada dia. Na semana 9 a 12: adesivo de 7 mg a cada dia. *Pacientes que fumam menos do que 20 cigarros ao dia podem começar com 14 mg. Principais contraindicações: infarto agudo do miocárdio há menos de 15 dias, lesões dermatológicas no local da aplicação do adesivo, gestantes*. Efeitos colaterais: lesões de pele no local da aplicação, náuseas, vômitos, cefaleia. Goma de Nicotina 2 mg ou 4 mg Paciente deve interromper o tabagismo ao iniciar esse medicamento. Semana 1 a 4: 1 de goma de 2 mg a cada 1 a 2 horas. Semana 5 a 8: 1 goma de 2 mg a cada 2 a 4 horas. Semana 9 a 12: 1 goma de 2 mg a cada 4 a 8 horas. *Em fumantes pesados ou naqueles com sintomas de abstinência, a goma de 4 mg poderá ser utilizada. Principais contraindicações: infarto agudo do miocárdio há menos de 15 dias, úlcera péptica, gestantes*. Efeitos colaterais: náuseas, vômitos, cefaleia, dor na mandíbula, aftas. Sobre o tratamento medicamentoso nas gestantes, temos uma situação que deve ser avaliada individualmente. É correto afirmar que o tratamento deve ser, preferencialmente, não medicamentoso. Contudo, o que é pior para gestante e seu filho, o tabagismo ou o tratamento? É muito provável que o tabagismo seja mais prejudicial do que qualquer um dos medicamentos de primeira linha, cabendo ao médico e à paciente decidirem utilizar ou não os medicamentos durante a gestação. Prof. Thales Thaumaturgo | Resumo Estratégico | 2023 17 Estratégia Dependência Química PSIQUIATRIA MED Outra pergunta clássica sobre o tratamento do tabagismo é sobre os pacientes cardiopatas: Segundo as Diretrizes Clínicas na saúde suplementar - Tabagismo: “o tratamento dos pacientes cardiopatas deve seguir as recomendações gerais para o uso de tratamento farmacológico. O uso da terapia de reposição de nicotina (TRN) foi questionado inicialmente, mas estudos recentes mostram que não há evidência de aumento do risco cardiovascular com o uso da medicação. Precaução no uso de TRN em pacientes portadores de condições cardiovasculares específicas, como período pós-infarto imediato (duas semanas), com arritmias graves e com angina instável está mantida nas informações sobre o produto.” Quanto ao estado “pós-infarto”, a bupropiona e a vareniclina podem ser iniciadas mesmo em pacientes infartados. Nos casos em que houve falha no tratamento mesmo após emprego adequado da abordagem cognitivo-comportamental com uma das medicações de primeira linha, a associação de medicações pode ser utilizada. Estudos recentes demonstram redução de sinais e sintomas da síndrome de abstinência e um aumento nas taxas de sucesso terapêutico, especialmente com a combinação de fármacos de primeira linha, como por exemplo Bupropiona + TRN, ou adesivo transdérmico de nicotina + goma de nicotina. CAPÍTULO 4.0 DROGAS PERTURBADORAS 4.1 MACONHA A maconha possui centenas de canabinoides, sendo o delta 9 tetra-hidrocanabinol (THC) seu principal princípio ativo, responsável por suas propriedades psicoativas e alucinógenas. O THC liga-se a receptores canabinoides endógenos chamados de receptores de anandamida, que significa “felicidade suprema”, ou simplesmente receptores CB, que podem apresentar ações alucinógenas, estimulantes ou sedativas, dependendo da dose utilizada pelo indivíduo, tempo transcorrido desde o uso e também da sensibilidade do usuário. Por sua vez, o canabidiol (CBD) aparenta Fonte: Shutterstock. Prof. Thales Thaumaturgo | Resumo Estratégico | 2023 desempenhar atividades sedativas e ansiolíticas. 18 PSIQUIATRIA Estratégia Dependência Química MED 4.1.1 INTOXICAÇÃO POR MACONHA A maconha é considerada uma droga perturbadora porque pode causar distorções perceptivas, alucinações auditivas e visuais, desconfianças, delírios, dentre outros sintomas. Quanto maior a concentração de THC, mais intensas as manifestações, que podem durar por até 12 horas. Critérios da intoxicação por MACONHA, adaptados do DSM-5 A Uso recente de Cannabis. B Alterações comportamentais ou psicológicas. C Dois (ou mais) dos seguintes sinais ou sintomas, desenvolvidos no período de duas horas após o uso de Cannabis: 1 Conjuntivas hiperemiadas. 2 Apetite aumentado. 3 Boca seca. 4 Taquicardia. American Psychiatric Association, 2014. Apesar de ser uma droga muito popular, barata e com ampla distribuição dentro do território nacional, a maconha não é responsável por quadros graves de intoxicação ou overdose. Isso se explica porque seus receptores CB podem ser encontrados nos núcleos da base, no cerebelo, nos hipocampos, dentre outras áreas do encéfalo, contudo, são pouco presentes no tronco encefálico, o que justifica a ausência de depressão respiratória ou cardíaca após o seu consumo. A intoxicação por maconha é um quadro autolimitado, envolve baixa gravidade e não incorre em risco iminente de morte ao usuário devido à intoxicação. Como manejo clínico, além da abordagem comportamental, mantendo o paciente em um local calmo e seguro. O uso de propranolol tem-se demonstrado útil no tratamento dos pacientes agudamente intoxicados, por melhorar a ansiedade, reduzir a taquicardia e a pressão arterial, e também melhorar a hiperemia conjuntival. Em pacientes agitados ou pouco colaborativos, benzodiazepínicos podem ser empregados. Prof. Thales Thaumaturgo | Resumo Estratégico | 2023 19 PSIQUIATRIA Dependência Química Estratégia MED 4.1.2 ABSTINÊNCIA E DEPENDÊNCIA DE MACONHA Os sintomas de abstinência de maconha são principalmente psicológicos, normalmente leves ou moderados e autolimitados. Limitamse a alterações do humor, irritabilidade, surgimento de ansiedade, alterações do sono e mudanças no apetite, que, geralmente, se iniciam em até 3 dias após a parada do consumo e duram por até 4 semanas nos usuários mais intensos. O uso breve de benzodiazepínicos para redução da ansiedade ou melhora do sono pode ser proposto para os poucos pacientes que procuram por ajuda médica. Nos pacientes que fazem o uso da maconha por vários anos, especialmente naqueles que iniciaram ainda durante a infância ou a adolescência, período em que está em curso o neurodesenvolvimento, tem-se discutido a ocorrência de prejuízos cognitivos permanentes, capacidade atencional prejudicada e déficits de memória, especialmente devido à presença de receptores CB nos hipocampos. Além disso, estudos recentes têm associado o uso crônico de maconha com a redução volumétrica de hipocampos e da amígdala. O tratamento de manutenção da dependência, assim como na maioria das outras drogas, baseia-se na mudança de estilo de vida, suporte familiar, adesão a métodos psicoterápicos e participação de grupos de ajuda mútua, como o Narcóticos Anônimos. Prof. Thales Thaumaturgo | Resumo Estratégico | 2023 20 PSIQUIATRIA Estratégia Dependência Química MED Preparei uma lista exclusiva de questões com os temas dessa aula! Acesse nosso banco de questões e resolva uma lista elaborada por mim, pensada para a sua aprovação. Lembrando que você pode estudar online ou imprimir as listas sempre que quiser. Resolva questões pelo computador Copie o link abaixo e cole no seu navegador para acessar o site https://bit.ly/2M1Br83 Resolva questões pelo app Aponte a câmera do seu celular para o QR Code abaixo e acesse o app Baixe na Google Play Baixe na App Store Baixe o app Estratégia MED Aponte a câmera do seu celular para o QR Code ou busque na sua loja de apps. Prof. Thales Thaumaturgo | Resumo Estratégico | 2023 21 Estratégia Dependência Química PSIQUIATRIA MED CAPÍTULO 6.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. CLASSIFICAÇÃO DE TRANSTORNOS MENTAIS E DE COMPORTAMENTOS DA CID- 10: Descrições Clínicas e Diretrizes Diagnósticas. Porto Alegre: Artes Médicas, 1993. 2. Kaplan, Sadock BJ, Sadock VA et al. Contribuições das ciências socioculturais In: Sadock BJ, Sadock VA, Ruiz P. Compêndio de Psiquiatria: ciência do comportamento e Psiquiatria clínica. 1 1. ed. Porto Alegre: Artmed; 2017. p. 139-45. 3. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais [recurso eletrônico] : DSM-5 / [American Psychiatric Association ; tradução: Maria Inês Corrêa Nascimento ... et al.] ; revisão técnica: Aristides Volpato Cordioli ... [et al.]. – 5. ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre: Artmed, 2014. 4. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica : o cuidado da pessoa tabagista / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2015. 154 p. : il. (Cadernos da Atenção Básica, n. 40) 5. Dependência química : prevenção, tratamento e políticas públicas [recurso eletrônico] /Organizadores, Alessandra Diehl, Daniel Cruz Cordeiro, Ronaldo Laranjeira. 2. ed. – Porto Alegre: Artmed, 2019. 6. LARANJEIRA, Ronaldo; NICASTRI, Sérgio; JERONIMO, Claudio and MARQUES, Ana C. Consenso sobre a Síndrome de Abstinência do Álcool (SAA) e o seu tratamento. Rev. Bras. Psiquiatr. [online]. 2000, vol.22, n.2 [cited 2020-11-17], pp.62-71. Available from: <http://www. scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462000000200006&lng=en&nrm=iso>. ISSN 1809-452X. https://doi. org/10.1590/ S1516-44462000000200006. 7. Diretrizes Clínicas na Saúde Suplementar – Tabagismo. AMB/ANS/SBPT e outras, 2011. 8. Abordagem e Tratamento do Fumante - Consenso 2001. Rio de Janeiro: INCA, 2001 9. PORTARIA Nº 761, DE 21 DE JUNHO DE 2016 - Valida as orientações técnicas do tratamento do tabagismo constantes no Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas - Dependência à Nicotina. 10. II Levantamento domiciliar sobre o uso de drogas psicotrópicas no Brasil : estudo envolvendo as 108 maiores cidades do país: 2005 / E. A. Carlini (supervisão) [et. al.], -- São Paulo : CEBRID - Centro Brasileiro de Informação sobre Drogas Psicotrópicas: UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo, 2006. 11. SUKYS-CLAUDINO, Lucia et al . Novos sedativos hipnóticos. Rev. Bras. Psiquiatr., São Paulo , v. 32, n. 3, p. 288-293, Sept. 2010 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462010000300014&lng=en&nrm=iso>. access on 17 Jan. 2021. https://doi.org/10.1590/S1516-44462010000300014. CAPÍTULO 7.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS Chegamos ao final deste resumo, Estrategista. Espero que os tópicos tenham ficados claros e que o ajudem na hora da prova. O conteúdo completo você encontra em nosso livro digital, além de centenas de questões respondidas no nosso banco de questões! Pode contar comigo! Professor Thales Prof. Thales Thaumaturgo | Resumo Estratégico | 2023 22 PSIQUIATRIA Dependência Química Prof. Thales Thaumaturgo | Resumo Estratégico | 2023 Estratégia MED 23