Um Litema Etico Seis meses mais tarde, Carla notou que Jack Um dilema ético' Carla teve certeza de que havia algo errado quando Jack voltou à mesa. Ele trabalhava no departamento de contabilidade da Aker & Aker se comportava de maneira estranha. Chegava tarde e saia cedo. Certo domingo, Carla foi até o escrit6rio pegar umas pastas e encontrou Jack copiando programas de computadorque a A&A usava em servios de auditoria e consultoria, Umas duas semanas depois, em um jantar, ouViu por acaso uma conversa, na qual alguém dizia que Jack estava fazendo servigos de consultoria para algumas pequenas empresas. Na manhãde segunda-feira, perguntou-se lhe o que ela ouvira era verdade. “Sim, Carla, é verdade. Tenho alguns clientes, para os quais fago trabalhos ocasionais”, há 17 anos, tendo começado na empresa logo após formar-se. Durante esse período, recebera várias promoções. Era funcionário extremamente leal à empresa. Esse foi o motivo por que Carla resses entre vocé e a A&A?”, perguntou Carla, sob suas ordens. Formara-se entre os 10 primeiros alunos de sua classe e passara no exame da “Não”, respondeu Jack. “Entenda, esses clientes não estão, tecnicamente falando, na drea de mercado da A&A. Além do mais, eu estava fora designada, dois anos antes, para trabalhar CPA!, na primeira tentativa. Escolhera a A&A, em vez de uma das Big Six — a seis maiores empresas contábeis dos EUA —, porque ela era a maior e a melhor em Smallville, Ohio, onde o marido, Frank, dirigia uma fábrica de máquinasferramenta. Ela e o marido tinham acabado de comprar uma cása nova quando as coisas co- meçaram a ficar estranhas com seu chefe, Jack. “O que foi que houve, Jack?”, perguntou. “Bem, mais cedo ou mais tarde você vai aca- bar sabendo. Recusaram meu pedido de ser sócioda firma. Você pode imaginar uma coisa des- sas? Nos últimos 10 anos, venho trabalhando 162 17 horas por dia, e tudo o que a administração tem para me dizeré ainda não chegou a hora, queixou-se Jack. “E o que mais eles disseram?”, perguntou Carla. Jack ficou vermelho ¢ respondeu, em tom explosivo: “Disseram: ‘espere mais alguns anos’. Eu fiz tudo que eles me pediram. Sacrifiquei muita coisa e, agora, querem que eu espere mais al- guns anos. Isso não é justo.” “E 0 que vocé vai fazer?”, quis saber Carla. *Não sei 7 confessou Jack. “Simplesmente, não sei.” respondeu Jack. “Vocé não acha que há um conflito de inte- máquina da companhia? Se as para à igreja na stou roubando, & também é uma ladi discutir isso. Eu não estou prejudicando a A&A e, quem sabe, talvez no proximo ano eu me tome sócio e possa deixar esse trabalho à e nada mais dis- se. Não podia arriscar-se a contrariar o chefe e poremrisco as notas que ele lhe daria na avalia- ção de desempenho. Ela e Frank tinham também contas a pagar. Sabia também que, se deixasse a firma, não conseguiria outro emprego com o mesmo saldrio. Mudar-se para outra cidade não era uma opção, por causa do negécio de Frank. Não tinha prova material que pudesse levar aos s6cios da empresa, o que significava que seria sua palavra contra a palavra de Jack, e ele tinha 17 anos de servigo na companhia. contando com aquela promogio para poder pagar algumas contas inesperadas. Meu filho mais mogo resolveu estudar em uma universidade particular, o que representa uns 20.000 délares a mais de despesas por ano. Além disso, o plano de saúde da A&A “Nem quero pensar nisso. Além do mais, dentro de seis meses, se eles não descobrirem, poderei abrir minha própria empresa.” “Como assim?”, perguntou Carla. s pessoas só tomam decisões éticas quando reconhecem que há um componente ético em um dado problema ou situação. Um agente de seguros da State Farm, por exemplo, poderia estar reagindo 2 pressão da administração para vender novas apólices e, sem sa- ber, praticando “requentamento”." A State Farm de que Jack estivera usando em proveito próprio programas de computador da A&A. “Isso “Roubo?” A voz de Jack tornou-se mais. calma. “Da mesma forma como você usa os lefones do escritório para fazer interurbanog pessoais? Ou como voce resolveu apresentar- se como voluntéria para ajudar nossa igreja e | | 4. Discuta quaisquer informagdes adicionais das — | quais vocé pensa que necessitard, antes de tomar sua decisão. * Este caso é rigorosamente hipotético. Qualquer semelhança com pessoas, companhias ou situações reais é mera coincidência. 5 4& a conflitos entre as filosofias morais pessoais e desmentiu acusações de que seus agentes, praticando conduta antiética, requentassem apólices, mas foi condenada a pagar uma indenização de 200 milhões de dólares.! O primeiro passo para compreender a ética nos negócios, portanto, consiste em reconhecer que essas questões existem. A questão ética é um problema, situação ou oportunidade que exige da pessoa ou da empresa uma escolha entre vários curNz é roubo”, disse ela. alternativas. os valores do individuo, os valorese as atitudes Não seja ingênua, Carla. Você veio aqui naquele domingo. Você sabe.” Carl se adeu conta de cada uma delas. certos ou errados, éticos ou antiéticos. Geralmente, essas questdes surgem devido problemas médicos. E nem queira saber quanto isso custa. A tinica maneira que tenho para pagar essas despesas é fazer algum trabalho extra, Carla. “Não vão te mandar embora?” 1. Quais as questões éticas nesse caso? 2. Suponhamos que você seja Carla. Discuta suas opções e quais poderiam ser as consequências s0s de ação, que terdo que ser avaliados como não cobre alguns dos meus fora do expediente. “Mas, e se a A&A descobrir?”, perguntou Questões/Exercícios 3. Suponha que você seja Jack. Discuta suas noite.” Carla encerrou a discussdo 27 da organização em que ele trabalha e da sociedade em que ele vive. No mundo dos negécios, o que ndo falta são conflitos éticos. As atividades de uma empresa para atingir seus objetivos nos negécios podem colidir com o esforgo de seus empregados para alcangar seus próprios objetivos pessoais. Assim também, o desejo dos consumidores, de comprar produtos seguros ¢ de qualidade, pode chocar-se com o desejo dos fabricantes de obter lucros suficientes. O desejo de um gerente de contratar empregados de quem ele gosta pode ir de encontro à intenção da empresa de contratar os candidatos mais bem-qualificados e com o objetivo da sociedade de oferecer igual oportunidade a membros de grupos minoritdrios e a mulheres. As caracteristicas do trabalho ou da função e a cultura da organizagio e da sociedade em que ela atua 28 uestoes Liicas no Mundo dos Negocios podem, também, criar esses problemas. Uma vez sejam eles identificados, qualquer que seja o seu tipo, individuos e organizagdes tém que Classificagdo das Questées Eticas minadas adiante. Por dltimo, estudaremos a importância do reconhecimento da existéncia de questdes éticas na organizagdo. decidir como resolvé-los. Muitas dessas questdes sdo solucionadas por meio de agdes judiciais coletivas, como no caso da indenizagio Origens do conflito ético paga pela State Farm, mencionada no boxe Um Como as questdes éticas fregiientemente surgem de conflitos, é útil examinar as causas dilema ético. O bom conhecimento das questões éticas, freqiientes no mundo dos negécios, ajuda a identificé-las é resolvé-las quando acontecem. Neste capftulo, vamos estudar algumas das questões éticas que podem ocorrer no mundo dos negécios. Focalizaremos de infcio situagdes e relacionamentos que podem gerar conflitos éticos. Em seguida, discutiremos quatro tipos dessas questdes: conflitos de interesse, honestidade e eqilidade, comunicagdes e relacionamentos dentro da empresa. Questdes especificas relacionadas com os participantes e com as áreas de atividade das empresas serdo exa- Figura 2.1 dos conflitos éticos. Gerentes e funciondrios muitas vezes sofrem os efeitos de uma tensio entre suas convicgdes éticas pessoais e as obrigagdes que assumiram para com as organizações em que trabalham. Muitos empregados adotam no trabalho padrdes éticos diferentes daqueles que aplicam em sua vida particular. Esse conflito agrava-se quando eles acham que a empresa estd estimulando uma conduta antiética, ou exercendo pressão sobre eles para que a pratiquem. A Figura 2.1 mostra que mais de 25% dos empregados acreditam que essa pressão é real e que eles Convicgdes dos empregados de que as empresas em que eles trabalham estimulam a conduta antiética. FHabela 2.1 Principais causas de acomodações éticas. 1. Concretizar objetivos financeiros ou empresariais fortemente ambiciosos 2. Aceitar pressdes programadas 3. Ajudar a empresa para que consiga sobreviver 4. Racionalizar, considerando que outros fazem a mesma coisa 5. Resistir a pressdes competitivas 6. Salvar empregos Fonte: Ethics Resource Center/Society for Human Resource Management, 1997. Business Ethics Survey. Reproduzido com permissio. fazem concessdes para cumprir programagi cumprir metas da empresa e ajudd-la a sobreviver. Quando os gerentes da Beech-Nut, por exemplo, disseram aos empregados que eles tinham que melhorar a rentabilidade da empresa ou perder o emprego, eles passaram a utilizar o servigo de fornecedores que não vendiam ingredientes 100% naturais. Os rétulos, por conseguinte, não descreviam corretamente os ingredientes do produto. Portanto, a qualidade foi comprometida para atender a metas de lucro a curto prazo e manter o emprego.? Conforme mencionamos no Capitulo 1, a mentira, o roubo e o assédio sexual encabegam a lista de infragdes de natureza ética. Esses mesmos problemas vém à tona nos contatos da empresa com clientes, fornecedores e concorrentes. Conduta antiética entre esses grupos acaba freqiientemente em agdes judici Outras pesquisas sondaram o abismo existente entre a maneira como a alta administração da empresa e os consumidores véem essas questdes, no que interessa aos fatores de forte influéncia para a conduta ética, e as reagdes das pessoas quando descobrem um comporta- Sim, freqaentemente 1% Nio sabe 7% Fonte: Ethics Resource Center/Society for Human Resource Management, 1997, Business Ethics Survey. Reproduzido com permissdo. 29 mento antiético no local de trabalho{ A Tabela 2.2 mostra as principais influéncias sobre a conduta ética naempresa. A Tabela 2.3, logo adiante, apresenta as principais razdes por que os empregados fecham os olhos a esse tipo de comportamentq. As preocupagdes com o grupo (medo de não ser considerado um bom companheiro de equipe) segue-se o medo da indiferenga dos patrdes. Entre outras consideragdes ligadas à cultura da empresa, há entre os empregados o medo de represélias, de indiferenga da empresa e da falta de confianga. Classificagao das questoes éticas As pesquisas podem proporcionar uma visão geral bastante útil de muitas questdes éticas pendentes de solução nas empresas. Um passo construtivo que se poderia dar para identific4-las e solucioné-las seria classificaras que são relevantes para a maioria das empresas. Nesta seção, classificaremos tais questdes no tocante a conflito de interesses, honestidade e eqiiidade, comunicagdes e relacionamentos dentro da organizagio. Embora não seja exaustiva, a classificagio fornece, de fato, uma idéia geral de algumas das questdes enfrentadas por executivos. CONFLITO DE INTERESSES Existe um conflito de interesse quando o individuo tem que optar entre promover seus préprios interesses, os interesses da empresa ou os interesses de algum outro grupo. A fim lo, os empregados precisam separar ses particulares e os negécios da Nos Estados Unidos e no Canadd, em geral se reconhece que os empregados devem recusar propinas, pagamento por servigos pessoais e presentes ou favores especiais de pessoas que têm esperanga de assim influenciar o resultado de uma decisio. Não obstante, como AZUESIVES LS SU cabela 2.2 1. 2. 3. 4. 5. 6. NU IMUNUU UUS IVEKULIVS Classificagdo das Questões Eticas — Fatores que influenciam a conduta ética. O problema de pagamento de comissõ: existe também na indústria privada. Na indústria de petróleo, por exemplo, as comissões e propinas tornaram-se mais dispendiosas do que os roubos e assumem a forma de carros esportivos, drogas e favores de prostitutas, bem como grandes somas em dinheiro. Três ex-executivos da MCI Communications Corporation confessaram-se culpados de sonegação de impostos e participação em um esquema de pagamento de comissões em dinheiro, ao tempo em que trabalhavam na companhia. Os vendedores eram obrigados a fazer pagamentos aos executivos para obter negócios com a MCI. Um empregado confessou ter recebido 72.000 délares em dinheiro, não declarados ao imposto Valores pessoais Atitude/conduta do chefe Atitude/conduta da alta administração da empresa Ambição para progredir Pressões por melhor desempenho no trabalho Nenhuma ameaça de punição 7. Amigos/colegas Fonte: Ethics Resource Center/Sociery for Human Resource Management, 1997. Business Ethics Survey. Reproduzido com permissão. será visto neste livro, o suborno ¢, em vários paises, um modo aceitdvel de fazer negocios. O suborno tem sido ligado à queda de mui- tos gerentes, legisladores ¢ servidores públicos. Em um escindalo de suborno, por exemplo, a Lockheed Martin, reconhecendo culpa, admitiu ter feito pagamentos questiondveis, de mais de 30 milhdes de délares, no Egito. O processo judicial trouxe também a público a maneira como os executivos da Lockheed Martin usavam documentos falsos para ocultar as propinas pagas a funciondrios egipcios. Os subomos eram classificados como “pagamento de indenização por término de relação de trabalho™ ou “honorários diversos”, alguns dos quais no valor de 1,8 milhão e 3,3 milhdes de délares pagos a marido e mulher que faziam parte do governo cgipcio. Em conseqiiéncia, outras companhias, como a General Electric e a Teledyne, concordaram em pagar indenizagdes por suas atividades no Egi- to, Taiwan e Oriente Médio, com o resultado de que muitos funciondrios públicos ¢ empre- abela 2.3 Quando um funciondrio público recebe uma propina, isso acontece geralmente porque a empresa quer algum favor, talvez a possibili- de renda. Outro recebeu 60.000 délares.” Em outra situação, um empregado de um sindicato na cidade de Nova York admitiu participagio em um esquema de pagamento de comissoes, com o qual distribuiria gratuitamente perus aos dade de influenciar a legislagio que pos afetd-la. Distribuir propinas entre legisladores e servidores públicos, portanto, constitui uma questão de ética empresarial. A Fuji Heavy Industries Ltd. foi investigada por subornar um servidor piiblico, em uma situagio que — como alegado — envolveu o pagamento de 5 mi- membros do sindicato durante certos feriados. Apresentou ao sindicato contas inflacionadas de despesas, pedindo reembolso, no total de quase 50.000 délares em comissdes, em um periodo de quatro anos.* Exemplos como esses mostram que € geral o problema de conflito de interesses. Esses conflitos são motivo de grave preocupagio quando dificultam a concorréncia livre e leal entre as empresas. Ihdes de ienes a um membro da Camara dos Representantes, para autorizar a empresa a trabalhar em um projeto de desenvolvimento de um substituto do US-IA, uma embarcação anfibia de busca e salvamento.’ O problema do suborno ¢ especialmente grave na China, onde, segundo estimativas, pagamentos a funciondrios piblicos consomem parte considerdvel dos 111 bilhdes de délares gastos em compras.® HONESTIDADE Razdes para ndo denunciar má conduta observada. Além disso, os eX&tutivos não devem, sabendo Medo de não ser considerado um bom componente da equipe Não acreditar que medidas corretivas sejam aplicadas Receio de vinganga ou represdlia do chefe ou da alta administragio Ninguém liga para a ética empresarial. Por que eu faria isso? Não acreditaque a empresa mantenha a denúncia em sigilo Fonte: Ethics Resource Center/Society for Human Resource Management, 1997. Business Ethics Survey. Reproduzido com permissdo. E EQUIDADE Honestidade implica veracidade, integridade e confiabilidade. Eqiiidade ¢ a capacidade de ser justo, imparcial. Ambas devem fazer parte dos atributos morais dos executivos de empresas. No minimo, espera-se que eles cumpram todas as leis e regulamentos aplicdveis. o que fazem, prejudicar cmmes. consumidores e empregadof usando de expedientes como P 1. 2. 3. 4. . gados de empresas perderam também o emprego.* fraude, apresentação enganosa de produto e coação. Nem prejudicar os concorrentes. A PepsiCo, Inc., por exemplo, acusou a The CocaCola Company de “criar obstéculos às suas operagdes”. Achou a PepsiCo que a rival pra- 31 ticava conduta anticompetitiva ao suspender o fornecimento de seus produtos a lanchonetes que vendiam a Pepsi.” Embora, no mundo dos negdcios, sejam muito os que agem visando ao seu préprio interesse financeiro, as relagdes éticas nessa esfera devem ser fundamentadas na lealdade, na justiga e na confianga. Os compradores devem poder confiar nos vendedores; os credores têm que confiar nos que lhes tomam empréstimos. A omissão em satisfazer a essas expectativas ou cumprir leis e padrões destrói a confiança e torna difícil, senão impossivel, manter relações comerciais.' As idéias de eqiiidade, no entanto, são às vezes moldadas por interesses adquiridos. Uma ou ambas as partes em uma relação podem considerar um ato desleal ou antiético porque teve um resultado menos vantajoso do que esperava. Uma quantidade cada vez maior de empresas da indústria farmacêutica está anunciando na televisão medicamentos que devem ser vendidos com receita médica. A maioria dos médicos consultados (84%) disse que preferia comunicação direta da empresa a eles sobre os medicamentos, e não publicidade dirigida aos pacientes. Uma das maiores preocupações dos médicos é que os pacientes formem uma idéia errônea dos benefícios que o medicamento pode trazer. À UpJohn Pharmaceuticals, por exemplo, promove o Xanax na televisão e na imprensa escrita, sugerindo que esse medicamento, vendido apenas com receita, pode ajudar na eliminação de ansiedade grave e distúrbios ligados a pânico. Embora vantajosa para a empresa, a publicidade direta aos consumidores cria problemas éticos sobre o que é justo e apropriado.'! Surgem também questões de eqilidade e honestidade porque a atividade empresarial é às vezes considerada um “jogo”, pautado por regras próprias, e não pelas normas da sociedade. Eric Beversluis sugere que a improbidade é um problema porque as pessoas costumam raciocinar da seguinte maneira: 1. As relações nas empresas são um subconjunto de relações humanas, regido por s W A UV TERULIVS regras préprias que, em uma sociedade de mercado, envolvem concorréncia, maximizagio de lucros e promogdes no emprego. 2. A atividade empresarial, portanto, pode ser considerada um jogo, do qual as pessoas participam, e que é compardvel, em certos aspectos, a esportes competitivos como o basquete ou o boxe. 3. As regras comuns e a moralidade não são observadas em jogos como o basquete e o boxe. (E se o jogador de basquetebol fizesse com os outros o que gostaria que os outros fizessem com ele? E se um pugilista decidisse que é errado machucar outra pessoa?) 4. Logicamente, portanto, se a atividade empresarial é um jogo como o basquetebol e o boxe, então as regras éticas comuns ndo se aplicam a ela.'? Esse tipo de raciocfnio leva muitas pessoas a conclufrem que nos esportes, na guerra e nos negécios, vale tudo. Na verdade, vários livros comparam os neg6cios a uma guerra — como, por exemplo, o Como Nadar com os Tubaroes sem ser Comido, de Harvey Mackay, ¢ o Marketing de Guerrilha, de Conrad Levinson. O tema comum nesses livros é que ataques de surpresa, luta de guerrilhas e outras téticas de guerra são necessdrias para vencer a batalha pelo dinheiro do consumidor. Essa mentalidade de nos-negécios-como-na-guerra pode promover a idéia de que a eqiiidade e a honestidade sdo dispensdveis nos negécios. Muitos argumentam, contudo, que a atividade empresarial não é um jogo, como o futebol ou o boxe. Como não são financeiramente auto- suficientes, muitas pessoas tém que participar do jogo mesmo contra sua vontade. Por isso mesmo, a ética empresarial precisa não só dei- xar claro quais são as regras que se aplicam ao jogo-dos-negéeios; mas também formular as regras que levem em conta o caréter involunt4rio da participagdo de alguns.!? Classificação das Questões Éticas A falta de regras ou o cumprimento displicente delas abre espago para o comportamen- to antiético ¢ até mesmo o estimulam. A Tabe- la 2.4 mostra que, na maioria dos casos, quando identificam casos de má conduta, os empregados descobrem que a reagio da empresa não € positiva nem eficaz. Em conseqiiéncia, muitos acham que não há vantagem em “bancar o bom moço”. COMUNICAGOES Comunicagiio significa transmissão de informagdes e compartilhamento de significado. Questdes éticas em comunicagio abrangem mensagens publicitdrias e informagdes sobre seguranga do produto, poluigio, condigdes de trabalho dos empregados, além de outras situações. Comunicagdes falsas e que induzem a erro podem destruir a confianga dos consumi dores na empresa. Mentir, uma grande questio ética na esfera das comunicagdes, talvez seja um grave problema nos Estados Unidos. A mentira causa problemas éticos nas comunicagde: dentro e fora das empresas, porque destr6i confianga. gentes de mensagens publicitdrias podent criar problemas éticos que precisam ser resolvidos nos tribunais. A Jenny Craig, Inc., uma empre- 1. Adotou-se uma medida corretiva. 2. Foi iniciada uma investigação. 3. Recebi uma resposta imediata e satisfatéria. 4. Não aconteceu coisa alguma. 5. Minhas preocupagdes ficaram comigo mesmo 6. Meu relatório não foi levado a sério. 7. Jamais recebi qualquer informação sobre o resultado. 8. A investigação não foi conclusiva. 9. Não me deram uma resposta imediata ou satisfatória. 10. Achei que estava sendo vitima de retaliação ou vingança 11. Houve uma manobra para encobrir o fato. Commission quanto à acusação de que fazia publicidade enganosa, passando a acrescentar aos seus anúncios a ressalva de que, no caso de muitas pessoas, a perda de peso era temporéria.'s As questdes sobre rétulos são ainda mais obscuras. A palavra light ¢ o prefixo super, por exemplo, foram usados em uma variedade tdo grande de maneiras que o consumidor talvez não saiba exatamente o que eles significam e que diferengas importantes eles indicam entre tamanhos e tipos de produ:o\, Aparentemente, as empresas mantém vivo o problema redefinindo as palavras. Temos agora, por exemplo, produtos “light” e “extralight”, bem como extragrande, extra-extra grande, supergrande € gigante. Essa tendéncia tornou-se uma dor todos os demais à venda no mercado. A Federal Trade Commission [Comissdo impossíveis." As vezes, interpretações diver- Classificação de reações das empres sa que vende produtos para controle de peso, entrou em acordo com a Federal Trade A publicidade falsa e enganosa constitui uma questdo de suma importincia nas comunicações. Os abusos em publicidade podem variar de alegagdes exageradas e ocultamento de fatos a mentiras deslavadas. Alegagdes exageradas são aquelas que não podem ser provadas, €omo no caso em que um comercial diz que certo analgésico ou xarope para tosse é superior a Federal de Comércio] vem monitorando rigorosamente os aniincios de empresas que vendem vitaminas e suplementos minerais e vegetais. Como quase metade dos americanos faz uso de suplementos alimentares, os comerciantes são estimulados a dizer exatamente o que o produto pode fazer, e ndo insinuar resultados Fabela 2.4 Fonte: thics Resource Center/Society for Human Resource Management, 1997, Business Ethics Survey. Reproduzido com permissio. de cabega de muitos milhdes de délares para W pm sianta. S va os fabricantes de roupas. No caso de roupas femininas, por exemplo, o tamanho 38 era muito menor em 1942 do que é hoje. Além disso, o tamanho 38 de um fabricante pode ser diferen- te do tamanho 38 de outro. O conceito de número como medida padrão na inddstria de rou- pas não é maisverdade.' A publicidade ¢ a comunicagio direta de vendas podem induzir ainda a erro quando oculta fatos na mensagem. Por exemplo, um vendedo ioso por fechar um negócio de segurosaúde pode citar uma enorme lista de doengas cobertas pela apélice, mas deixa de dizer que ela não cobre algumas doengas comumente seguradas. Na indústria de telefones, a AT&T proces- sou a Business Discount Plan (BDP), acusan- do-a de fraude e logro rotineiro por empurrar para os consumidores seu servigo de telecomunicagdes. Empurrar, nesse caso, significa mudar o servigo de telefone do cliente sem a sua autorização. A AT&T acusou a BDP de dar aimpressio de que estava ligada a cla. Como parte do acordo final, a BDP teve que enviar carta aos clientes confessando que não era afiliada 2 AT&T." Essa conduta enganosa cria problemas éticos, porque as mensagens transmitidas omitem todas as informagdes de que os consumidores necessitam para tomar boas decisdes de compra. Comunicagdes como essas deixam os clientes frustrados e irados, pois eles percebem que foram enganados. Além disso, prejudicam a credibilidade e a reputagio da firma vendedora. Outra forma de abuso de publicidade envolve declarages ambiguas, cujas palavras são tão anédinas que o espectador, leitor ou ouvinte tem que inferir que mensagem o anunciante quer ALUESIVES LI 34 10 UG UUS IVEGUCIVS transmitir. Essas palavras sdo inerentemente vagas ¢ permitem que o anunciante negue qualquer intengdo de enganar. Nesse particular, o verbo ajudar € um bom exemplo, (tal como em expressdes como “ajuda a prevenir j da a combater”, “ajuda vocé a sentir-se...”)." Os consumidores podem considerar esses anúncios antiéticos, porque eles ndo transmitem todas as informagGes necessdrias para uma boa decisdo de compra ou os enganam nal como com o cliente, que pagou por um trabalho original preparado especificamente para suas necessidades. A maioria das empresas, grandes e pequenas, comega com a visão de uma pessoa ou grupo de pessoas, que reinem recursos com vistas a fornecer algum bem ou servigo. Os funcionais da empresa Para ajudá-lo a compreender e reconhecer questdes éticas, vamos examinar os principais participantes e dreas funcionais da empresa dos quais podem emergir problemas dessa natureza. A Figura 2.2 mostra os principais stakeholders e as fungdes da empresa. Os participantes são os proprietdrios, os empregados e os clientes. As principais dreas funcionais em todas empresas compreendem admi- Figura 2.2 proprietdrios (ou acionistas, nas sociedades anônimas), mostrados no alto do circulo interno na Questoes éticas relacionadas com participantes e dreas conduta com clientes, fornecedores, subordina- Principais stakeholders e fungdes da organizagio. tentar dar ao leitor uma PROPRIETARIOS tanto com o individuo que redigiu o plano origi- A categoria final das questoes éticas, os relacionamentos na empresa, diz respeito a dos, superiores, colegas e terceiros. Empregados que têm formação ética esforgcam-se por manter o sigilo nos relacionamentos, cumprir obrigagdes e responsabilidades e evitar uma pressão inaceitdvel sobre outras pessoas, que poderiam levé-las a agir de maneira antiética. Uma das questdes nesse tipo de relagdes é o plágio, ou aproveitar o trabalho de alguém e Até mesmo práticas consideradas padrões dentro da indústria podem ser consideradas antiéticas por estranhos. A Internet e os provedores de serviços a grande distância, por exemplo, foram acusados de aproveitar-se dos con- participante ¢ de cada função. Figura 2.2, geralmente fornecem ou obtém os recursos — em geral, dinheiro vivo ou crédito — para iniciar e desenvolver a empresa. Os proprietdrios podem administré-la pessoalmente ou contratar gerentes profissionais para rea- lizar esse trabalho. S NA EMPRESA que pagar por esse fato em perdas de vendas. Nesta seção, vamos visão de algumas caracteristicas éticas de cada redondamente. RELACIONAMENTOS nistração, marketing, contabilidade e finangas. apresentd-lo como seu, sem dar o devido crédito ou compensagio ao autor. Um funciondrio encarregado de redigir um plano estratégico para um cliente, por exemplo, poderia copiar o plano preparado por um colega para outro cliente. Plagio dessa natureza é desleal e desonesto, Os proprietdrios têm uma obrigagdo para com a sociedade. Durante dois anos consecutivos, a Weyerhaeuser ganhou o prémio de prevengiio de poluigio da American Forest & Paper Association’s Environment and Energy Achievement. A fibrica de polpa de madeira da Weyerhacuser na Gedrgia reduziu em 41% a poluição por dejetos sólidos, em 32% as emissões de aparas de papel e em 13% o despejo de poluentes no ar. Em contraste, a Loui: Pacific, a maior produtora americana de tábuas substitutivas de compensados, recebeu uma multa de 5,5 milhões de dólares, nos termos da Clean Air Act [Lei do Ar Puro], por emissões maiores do que as permissíveis em sua fábrica no Colorado. À mesma companhia foi multada em mais 31 milhões de dó por mentir, fal: ficar documentos e instalar “gatilhos” em equipamento de monitoração da emissão de poluentes."* Muitos proprietários mostram preo- cupações com o meio ambiente, ainda que mui- tos sequer percebam a sua importância para as empresas ou resolvam ignorar as leis ambientais porque julgam que cumpri-las é dispendioso demais. Os proprietários que não compreendem as questões éticas que seus clientes ou a sociedade em geral consideram importantes podem ter sumidores, somando telefonemas ou acesso à Internet de menos de um-minuto ao minuto seguinte. Pessoas de fora consideram essa prática uma cobranga abusiva aos clientes. Já as empresas a consideram formação de prego com base no volume.?º Essas e outras priticas, tais como aceitar presentes, dar dinheiro a compradores estrangeiros ou aceitar cortesias de viagens estão sendo julgadas antiéticas pelos consumidores, como se pode avaliar pelas queixas apresentadas ao governo. Quando ocorrem esses fatos, em geral a reação é criar legislagdo adicional. FINANGAS Sendo os responséveis pelo fornecimento de recursos financeiros a empresa, os proprietdrios e a área de finangas figuram no primeiro segmento da Figura 2.2. As vezes, os proprie- térios são obrigados a tomar empréstimos de amigos ou instituições financeiras para dar inicio a um negécio, ou podem aceitar proprietdrios adicionais — s6cios ou acionistas — para obter recursos. A maneira como esses recursos são obtidos e utilizados pode suscitar questões éticas ou mesmo legais. A formação de pregos é uma drea critica, determinada em parte pelos gerentes financeiros. Segundo noticias divulgadas pela imprensa, os conluios e acordos de fixação de pregos tém sido rotina há mais de uma década em um mercado de 2,3 trilhGes de délares. Nos Estados Unidos, a Archer Daniels Midland (ADM) foi condenada por duas acusagdes de fixação de pregos de dcido citrico (usado em refrigerantes, alimentos processados, detergentes, têxteis e produtos quimicos) e de lisina (adicionada 2 ragdo de aves e suínos) e pagou multa de 100 milhdes de délares. No Canad4, uma ação judicial semelhante resultou em multa de 16 .. [N uuu uvs megucivs milhes de d6lares. A ADM reconheceu culpa quanto a acusagdo de conluio para fixagio de pregos e alocação de mercado (divisio do mercado entre um número limitado de produtores — o que configura atividades antitruste).?' Outras questdes dizem respeito à maneira como as posigdes financeiras das empresas são comunicadas aos investidores atuais ou potenciais, órgãos do governo e outras partes interessadas. Os documentos financeiros contém informagdes importantes, à vista das quais os investidores e terceiros baseiam decisdes que podem envolver milhdes de délares. Se esses documentos incluirem informagdes inexatas, seja isso feito intencionalmente ou não, o resultado pode ser ações judiciais e penalidades criminais. A Unido Européia e os EUA estio cooperando para minimizar atividades antitruste por parte de empresas multinacionais. Como resultado, pafses vendedores podem solicitar que sejam realizadas investigagGes em empresas sediadas em outros paises, suspeitas de pratica deatos antitruste. Essa cooperação permitiu que as operagdes européias da ADM fossem investigadas por suspeita de fixagio abusiva de pregos no mercado de aminodcidos. As organizações e as pessoas continuam interessadas em investimentos socialmente responsdveis. Esses investimentos duplicaram em quase dois anos, enquanto os fundos de investimentos analisados, no que tange a padrdes éticos, aumentaram de 55 para 144, administran- do ativos no valor de 98 bilhdes de délares. O fundo de maior crescimento em 1997, o Social Investment Forum, teve um aumento de 85% em dois anos.” A tendéncia para investimentos ditados por motivos de consciéncia está cres- cendo e mudando. Muitos investidores acham ções na Birmânia — Motorola, Apple, HewlettPackard, Heineken, J.Crew, Kodak e PepsiCo — estão sendo criticadas por seu ativismo social, porque se recusaram a continuar tolerando a indiferença dos birmaneses na proteção dos direitos humanos. Investidores socialmente responsáveis exigem das empresas que melhorem suas politicas de contratagio de pessoal, tomem iniciativas para preservagio do meio ambiente e estabelegam outras metas socialmente desejiveis.? As pressdes econdmicas feitas por investidores estrangeiros que exigem comportamento ético e socialmente responsavel são um forte incentivo para mudangas na mentalidade dos negócios. Outra questdo financeira controvertida é se os bancos devem ser julgados responséveis por saberem ou não se grandes depósitos em dinheiro estão sendo “lavados™ para esconder o' envolvimento dos depositantes com o narcotré- fico. A necessidade da sociedade de fazer cumprir a legislação antidroga pode chocar-se com os desejos dos bancos de manter o sigilo das operagdes de seus clientes. Embora os bancos americanos tenham concordado em exercer controle mais rigoroso nesse particular, os operadores antiéticos ¢ ilegais driblam esse controle usando transferéncias a cabo. A Price Waterhouse, que mantém 56.000 empregados em 119 paises, foi acusada de lavar, na Colôm- bia, dinheiro do tréfico. De acordo com um auto de confisco, “ao eleger [sic] trocar pesos colombianos por délares americanos no cimbio negro, os funciondrios da Price Waterhouse S.A. sabiam que estavam infringindo leis colombianas e tinham razão para acreditar que os dólares americanos que recebiam em troca provavelmente. eram receita da venda de drogas nos Estados Unidos.” que não é suficiente investir em empresas ou fundos “bons cidaddos”. Em vez disso, procuram empresas ativistas sociais, que vão além das responsabilidades legais e éticas e levam es dos dos : seus principais sa. Podem ter que tomar decisdes sobre servi- em geral. As empresas que encerraram opera- ços que consideram antiéticos. Jeffrey Wigand, ex-executivo da fabricante de cigarros Brown ' stakeholders, da comunidáde e da sociedade FUNCIONÁRIOS Os empregados, mostrados no círculo interno da Figura 2.2, realizam o trabalho da empre- AZUESIVES LALCUS INEIULIUTIUUUS COM E UNTOPUNTES € ATCAS E UNCIONAIS AU Empresa & Williamson Tobacco Corporation, com doutorado em endocrinologia e bioquimica, acredi- tava que fosse possivel fabricar um cigarro mais seguro. Alegou, no entanto, que a Brown & Williamson discordou da sua pesquisa e suspendeu o apoio que lhe vinha dando. Julgava cle que a companhia estava escondendo do público o fato de que os cigarros são perigosos para a saúde, A empresa mandou-o embora e ele acredita que o que a Brown & Williamson faz ¢ antiético.º Vários fabricantes de cigarros e: tdo enfrentando a possibilidade de ter que p: gar grandes indenizagdes a clientes e estados, como conseqiiéncia dos riscos para a saúde associados ao uso do tabaco. Chefes de seção talvez não queiram também que empregados lhes digam a verdade, especialmente se ela for prejudicial aos seus superiores ou à empresa. Albert J. Meyer, pro- fessor que fazia a escrita da pequena faculdade em que lecionava contabilidade, ficou desconfiado quando descobriu uma transferéncia bancária de 294.000 d6lares, da Spring Arbor College para a Heritage of Values Foundation, Inc. Seu superior lhe disse que a Heritage of Values Foundation era ligada a um consultor que Ihe havia sugerido que usasse a fundação para investimentos na New Era Philanthropy e que o dinheiro destinava-se a esse fim. A New Era, criagdo de John G. Bennett, Jr., aproveitava-se de igrejas e filantropos em 37 uma nova cas , no valor de 620.000 dolares, que pagou em dinheiro vivo. Albert J. Meyer comegou a investigar as atividades da New Era, reunindo documentos financeiros ¢ telefonando para pessoas que ha- viam feito investimentos. Logo descobriu que a New Era não passava de um esquema Ponzi. Reiteradas vezes, tentou alertar a Spring Arbor College, sem resultado. Mesmo que não tivesfaculdade, per- Em outro caso, em uma firma de valores mobilidrios de Nova Jersey, trés executivos declararam-se culpados de acusagdes de que ha- viam enganado 1.700 investidores, em aproximadamente 115 milhões de délares, em um esquema Ponzi. Os empregados estavam aplicando juros em leasing de material de escrit6rio que já havia sido vendido ou estava para ser vendido aos investidores.? Furtos e sabotagem praticados por funciondrios sdo outros dois problemas que às vezes as empresas tém que enfrentar. A sabotagem cometida por empregados em geral é uma ocorréncia de vez tnica e feita por uma pessoa a quem foi injustamente negada uma promogio ou um aumento de saldrio. Ao contrério da sabotagem, o furto por parte de empregados pode ser uma ocorréncia rotineira. Na agéncia Pinkerton Security Investigation Services, Marita Juse, conhecida como Tammy Gonzalez, foi contratada pelo departamento de contabilidade para fazer trans- um gigantesco esquema Ponzi." Em esquemas desse tipo, os investidores são pagos com odinheiro de outros e nada de tangivel é produzido nem financiado. Bennett dizia às igrejas que tinha outros doadores, andnimos, que dariam a contrapartida de suas contribuigdes, permitindo às igrejas um retorno de 100% de seus investimentos. Não havia, porém, nenhum doador anônimo e Bennett não investia o dinheiro dem de cancelar a senha de um antigo superior. Em vez de T isso, passou a usd-la. No periodo de dois anos, Juse desviou mais de 1 na forma tradicional. Mesmo tendo informado milhão de délares da firma. Foi condenada a 27 à Receita Federal americana que ndo recebia saldrio, a Securities and Exchange Commission [SEC],"" acusou-o de desviar 4,2 miltides de meses de prisão.” dólares para fins pessoais, como a compra de feréncias via cabo. Certo dia, ela recebeu or- Podem surgir também situagdes em que um empregado sabe que o chefe está assediando sexualmente uma colega, mas não tem meios de provar o crime. Dizer o que sabe tornará as coisas piores para ele? E o que acontecerá com a colega, a vítima? Situações como essa criam dilemas éticos que a empresa tem que resolver. As dificuldades são agravadas se os empregados temerem perder o emprego se protestarem ou disserem o que sabem. Em outras situações, as empresas compreendem a importância da ética e esforçam-se por resolver o problema, adotando sistemas detalhados. Se, contudo, os sistemas não têm como base a integridade que a empresa deseja manter, eles geralmente se transformam em parte do problema. A Merrill Lynch, reconhecida pelas revistas Fortune, Business Week e Working Mother por ter programas progressistas dirigidos aos empregados, foi condenada em um processo de discriminagio, movido por oito funciondrios e ex-funciondrios. A empresa estd instituindo agora um programa para solucionar futuras alegagdes, o qual utilizar4 as opções de arbitragem e de solução de litigios fora da esfera judicial. Preocupada com a qualidade da vida no trabalho de seus empregados, a Merrill Lynch esforga-se por adotar uma pos- tura sensivel aos interesses deles.”! ADMINISTRAGAO Os administradores de empresas tém responsabilidade ética e legal de gerir o negécio de acordo com o interesse dos proprietérios. Virias questdes éticas dizem respeito as obrigagdes deles com os proprietdrios, em especial na érea de absorgdo de uma empresa por outra, de fusões e de compra forgada por parte de um concorrente.(Quando uma empresa enfrenta a pos: idade de ser comprada ou absorvida por outra ou por um individuo, os deveres dos administradores dos atuais proprietdrios podem entrar em conflito com seus inte- resses e objetivos pessoais (seguranga no em- prego, renda e poder). Sua lealdade à empresa € aos proprietdrios e acionistas pode ser posta em-dúvida. ‘Uma equipe de administragio poderia tentar bloquear uma absorgio que beneficiaria os acionistas, mas reduziria o poder de- les e talvez pusesse em risco seus cargos. Os administradores têm também que enfrentar decisdes sobre o pagamento de propina a investidores de risco, ou seja, individuos que adquiriram um grande interesse na firma e que não revenderdo suas agdes exceto com uma bonificagdo especial. Se essa “bola” não for Paga, o investidor de risco pode assumir o controle e vender os ativos da companhia pega por pega, o que possivelmente teria por resultado a d 0 de muitas pessoas. (0 principal objetivo da administração é cumprir as metas da empresa, organizando, dirigindo, planejando e controlando as atividades dos empregados) Os gerentes e os funcionários figuram no mesmo segmento na Figura 2.2 porque os administradores são aqueles que organizam e motivam os empregados para que cumpram as metas da empresa. Como orientam e dirigem as atividades dos empregados, os gerentes influenciam as questões de natureza éti- ca que surgem nas empresas. A administração deve cuidar também das questões éticas relativas a disciplina, dispensa, discriminação em suas várias formas, saúde e segurança, privacidade, benefícios extras aos empregados, uso de drogas e de álcool no local de trabalho, impacto da empresa sobre o meio _ ambiente, códigosde ética e auto-regulamentação, relações com comunidades locais, fechamento de fábricas e dispensa temporária de pessoal. Se essas questões não fossem resolvidas, os empregados e as comunidades irão reagir com hostilidade. No México, as mulheres, antes de serem contratadas, são submetidas a exame médico para se verificar se estão grávidas. A General Motors, a maior empregadora privada no México, aboliu essa regra por sentir-se constrangida com tal política.”? Os gerentes precisam balancear cuidadosa mente seus deveres entre os proprietários ou acionistas — que os contratam para que cumpram as metas da empresa — e os empregados, que deles esperam orientação e liderança. Além disso, têm que levar em conta os desejos da sociedade em relação a boas condições de trabalho, produtos seguros, respeito ao meio ambiente e oportunidades para os excluídos.' Emendas à Lei dos Direitos Civis, por exemplo, concedem ao autor da ação judicial indenizações por discriminação quanto a sexo, deficiências físicas, religião ou raça. Essas emendas podem estimular nas empresas mais promoções de mulheres e de membros de minorias, ou excluídas. Outra área de problemas éticos potenciais para os gerêntes é a da preocupação do público com questões ligadas à privacidade e ao acesso a dados. Cada vez mais as informações estão sendo armazenadas em computadores. Essas informações vêm sendo vendidas, e muitos grupos de defesa dos direitos do consumidor preocupam-se com a violação da privacidade. Um número cada vez maior de companhias vem comprando, vendendo e manipulan- do essas listas para selecionar possíveis consumidores de produtos ou serviços específicos. Alguns consumidores consideram uma invasão de privacidade que muitas empresas saibam que artigos compraram em uma loja, conheçam seu estado de saúde mental ou física, e que medicamentos estão tomando. Hoje, é difícil para os administradores estabelecer um equilíbrio ético entre as necessidades dos proprietários, dos empregados e da sociedade. CONSUMIDORES Nenhuma empresa pode sobreviver a menos que os consumidores comprem os seus produtos. Por isso mesmo, o papel mais importante de qualquer empresa é satisfazer os consumidores. Para isso, a empresa necessita descobrir o que eles querem e de que precisam e, em seguida, criar produtos que atendam a es- sas necessidades. Ao tentar satisfazer aos consumidores, a empresa tem que levar em conta niio só as suas necessidades imediatas, mas também os seus desejos de longo prazo. Embora todos queiram energia cficiente e a baixo custo para usar em casa e nos automéveis, ninguém quer que a energia seja gerada por meios que poluam a dgua e o ar, exterminem a vida silvestre ou causem doengas ou malformagdes congénitas em criangas. Os consumidores também esperam alimentos nutritivos em grande quantidade, a baixo prego e em forma conveniente, mas não que, nesse processo, os produtores prejudiquem ou exterminem a fauna e a flora. Por exemplo, muitos consumidores passaram a boicotar o atum industrializado porque os golfinhos estavam sendo mortos no processo de pesca. Por motivo similar, como reação a protestos públicos, grandes fabricantes de produtos de beleza suspenderam testes de cosméticos em que eram empregados animais. Organizagdes de proteção a0 consumidor, como a liderada pelo ativista Ralph Nader, tém tido &xito ao obrigar as empresas a suspenderem atividades consideradas antiéticas ou prejudiciais ao ser humano e a0 meio ambiente. Freqiientemente, as empresas fazem recalls quando a seguranga do produto équestionada. Aproximadamente 10 milhdesd¢ cercadinhos para criangas foram recolhidos pela Kolcraft, Graco and Pride-Trimble Corp. por causa do risco potencial que as criangas corriam de serem estranguladas por seus componentes. Desde 1982, oito criangas morreram vitimas de correntes de chupetas ou roupas frouxas que se prenderam nos rebites dos cercadinhos.” As empresas, de modo geral, querem satisfazer os consumidores preocupados e mostram-se dispostas a introduzir as mudangas solicitadas, para apazigué-los e evitar perdas devidas a boicotes e publicidade negativa. Quando a Sears resolveu cortar, com efeito retroativo, os beneficios de aposentadoria dos empregados, os prejudicados organizaram piquetes, protestaram ¢ incitaram a um grande boicote & loja. A publicidade negativa desse tipo prejudica não só as vendas a curto prazo da empresa, mas também a fidelidade a longo pra20 do consumidor. Nos últimos anos, contudo, alguns dilemas ambientais demonstraram a natureza delicada da ética nas empresas. Por exemplo, hectares de florestas devem ser preservados para salvar da extinção a rara coruja pintada? Se sim, Como Reconhecer uma Questão Etica famílias que moram em pequenas cidades como Port Angeles e Forks, Washington, perderiam seus empregos e comunidades inteiras poderiam desaparecer. As taxas de suicídios, o con- sumo excessivo de álcool, os maus-tratos de cônjuges e a violência contra crianças poderiam aumentar. Ou, como sintetizou o assunto um desenho feito por uma criança de sete anos: “Uma coruja precisa de 800 hectares de terra para viver. Por que eu não posso ter um quarto para viver?"* Problemas semelhantes existem em relação a outras espécies em perigo, tais como o leão-marinho, o alce, o urso cinzento e o cabrito montês. Os consumidores estão se tornando cada vez mais conscientes de questões relativas à de segurança. Tratem elas de bactérias perigosas em frutas e hortaliças ou do risco de lesões na pele por exposição excessiva aos raios solares, a conscientização quanto 2 saúde e à segurança em muitas categorias de produtos está aumentando. Testes de colisão realizados pelo governo dos Estados Unidos, por exemplo, mostraram que os passageiros de automóveis têm três vezes mais probabilidade de morrer quando atingidos por caminhões leves. As taxas de mortes aumentam muito quando os carros são atingidos por camionetes esportivas ou por caminhões de tamanho maior. A Ford, sabendo disso, está acompanhando com atenção os testes realizados pela National Highway. Traffic Safety Administration [Administração Nacional de Segurança de Tráfego em Rodovias], que poderão dar origem a recomendações para ajus- tar a carroceria e a altura dos caminhões e utilitários. A Ford destaca ainda a importância de proteção contra impactos nas laterais e dos airbags* MARKETING Marketinge ciientes figuram no mesmo segmento na Figura 2.2 porque todas as atividades do marketing concentram-se em satisfazer os —-clientes A-palavra marketing abrange as atividades destinadas a prover os clientes de bens ¢ serviços satisfatórios. Inicialmente, os espe- cialistas n área compilam informações e conduzem pesquisas de mercado para descobrir o que os consumidores querem. Em seguida, criam os produtos, estabelecem preços para eles, promovem-nos e distribuem-nos onde e quando consumidores querem comprá-los. Podem surgir questões éticas em relação à segurança, à publicidade e à venda dos produtos, à fixação do preço ou aos canais de distribuição que os levam do fabricante ao consumidor. Algumas firmas levam a extremos o conceito de oferta-demanda. Quando a Pfizer lançou o Viagra, tratamento para impotência, o preço desse medicamento, vendido sob receita médica, era de 7 dólares o comprimido. Muitos consumidores munifestaram preocupação quanto ao alto preço do remédio. A despeito de a Pfizer ter tido grandes despesas de pesquisa e desenvolvimento, a fixação do preço do Viagra em tais níveis cria preocupações éticas. Múuitos grupos de médicos começaram a pôr em dúvida os benefícios da ressonância magnética no tocante a quaisquer diferenças importantes que elas poderiam trazer para os pacientes, sugerindo que esse equipamento talvez seja apenas uma máquina de fazer dinheiro. Para pôr essa questão em perspectiva, um equipamento destinado a esse diagnóstico custa aproximadamente 1.200 dólares por chapa, ao passo que a tomografia computadorizada, mais antiga e amplamente usada, custa 500 dólares por chapa.** As ultras-sonografias uterinas tam- bém tiveram seu valor contestado. Calcula:se que 75% dos 39.000 ginecologistas e obstetras dos EUA têm esse equipameto e realizam eles mesmos os exames. Ou, como reconheceu um médico, fazer 30 a 40 ultras-sonografias a 150 dólares cada acrescentou 60.000 dólares à sua renda anual.” CONTABILIDADE O campo da contabilidade mudou drasticamente na' última década. Antes, os profissio- nais desse ramo mostravam uma mentalidade de tipo clube fechado: os contadores que se tor- navam CPAs pouco se importavam com a concorréncia. Hoje, esses profissionais anunciam suas habilidades ou resultados de curto prazo em um ambiente no qual a concorrência aumentou e o número total de horas trabalhadas e remuneradas caiu devido às inovações tecnológicas. As pressões que se exercem sobre os contadores incluem as seguintes: tempo, redução de honorários, solicitações de pareceres sob medida por parte dos clientes, a respeito de condições financeiras ou para pleitear pagamentos mais baixos de impostos, e concorrência cada vez maior entre os profissionais. Devido a essas pressões e aos problemas que elas geram, algumas firmas de auditoria vêm passando por dificuldades financeiras. As “Oito Grandes” empresas de auditoria foram reduzi- das a “Seis Grandes”. Em seu cotidiano, os contadores enfrentam ainda outras questões relativas a normas e regulamentos complexos, de cumprimento obrigatório, excesso de informações, taxas de contigência e pagamento de comissões. A vida do CPA está repleta de regras e dados que devem ser interpretados corretamente. Como resultado, eles precisam seguir um rigoroso código de ética, que defina suas responsabilidades para com os seus clientes e o interesse público. O código também discute os conceitos de integridade, objetividade, independência ¢ cuidado com prazos. Por último, descreve o campo de ação do contador e a natureza dos serviços que, por motivos éticos, devem ser prestados. Nessa última parte do código, os honorários dependentes do serviço e as comissões são tratados de maneira indireta. Como o código prescreve padrões, seria razoável supor que os contadores tivessem uma compreensão razoavelmente clara das práticas éticas e antiéticas, mas, que parece, não é isso o que acontece. Dif. rentes tipos de questões éticas ocorrem a dife_rentes contadores, tais como as questões llgadas 2 auditoria, aos impostos a pagar e à ati dade de contadores que trabalham na adminis—tração das empresas. o Como reconhecer uma questão ética Embora tenhamos descrito um bom número de relacionamentos e situações que podem dar origem a questões éticas, na prática pode ser difícil reconhecer casos específicos. Ignorálos constitui um grande perigo em todas as fir- mas, sobretudo se a atividade no mundo dos negócios for considerada um jogo no qual não se aplicam as regras comuns de tratamento justo das partes interessadas. Às vezes, as pessoas que aceitam essa idéia fazem coisas não apenas antiéticas, mas também ilegais, com o objetivo de melhorar sua própria posição ou potencializar os lucros ou metas da empresa. A Tabela 2.5 fornece exemplos de situações que a empresa pode enfrentar no que diz respeito a empregados e clientes. Um modo de verificar se uma conduta ou situação especifica tem um componente ético é perguntar a outras pessoas que estão no mesmo ramo de negócios o que pensam a respeito € se a aprovam. Outra maneira seria apurar se a empresa adota politicas especificas para essa questio. Uma atividade aprovada pela maioria dos membros da empresa, se for também habitual no setor econdmico, é provavelmente ética. A questio, atividade ou situagio que possa resistir a uma discuss@o aberta, na qual tomem parte vários grupos, tanto dentro quanto fora da empresa, e sobreviver sem mácula, provavelmente não constitui problema ético. Quando engenheiros e projetistas na Ford Motor Company discutiram o tipo de protegio a ser usada no tanque de combustivel do modelo Pinto, houve consenso na empresa, mas eles não levaram em conta o desejo piiblico de seguranga máxima, Em conseqiiéncia, mesmo que nio ticreditado que a questão implicava uma dimensdo ética, a Ford errou em não submeter 0 assunto ao exame público. (Como se viu depois, o tipo de protegio do tanque usado no Pinto resultou em vérios incéndios e mortes quando os carros estiveram envolvidos em colisdes com impacto na traseira.) Fabela 2. Questões éticas e no local de trabalho. tAs questões éticas podem ser classificadas e ualro L'lk,b()fiíls Conflito de interesses Comunicagdes dentro da empresa Relacionadas com clientes Subomo de servidores públicos para obtenção de contratos Prejudicar a segurança ¢ a qualidade do produto para baixar o custo Apresentação enganosa de características e atributos do produto Prometer entrega que não poderia ser feita no prazo marcado Relacionadas com empregados Sistema de quotas, que leva empregados a darem mais valor ao ganho pessoal do que às necessidades do cliente Exigéncia de horas extras e trabalho em fins de semana, sem pagamento adicional Monitoragio da secretária eletrénica e do e-mail do empregado Omissão em educar os empregados sobre problemas de saúde e seguranga no local de trabalho Fonte: Debbie Thome LeClair, O. C. Ferrell ¢ John Fraedrich, Integrity Management (Tampa, Fla.: University of Tampa Press, 1998), p. 29. Uma vez que se reconhega a existéncia de um problema e se possa discuti-lo livremente com outras pessoas, o individuo pode iniciar o processo de tomada de decisio ética, abordado no Capitulo 5. Se ele acredita que não pode discutir com colegas ou superiores o que está fazendo, há uma boa probabilidade de que uma questão ética esteja em jogo. Neste capítulo, procuramos tornar o leitor mais consciente de alguns problemas de natu- reza ética que podem surgir na empresa. Não foi nossa intenção definir se certos atos são éticos ou antiéticos, mas apenas mostrar que eles merecem discussdo e avaliagdo de natureza moral. Entretanto, o fato de uma situagdo ou atividade ainda não estar esclarecida quanto à ética não significa que o comportamento das pessoas envolvidas seja necessariamente antiético. A questão ética é simplesmente uma situação, um problema ou mesmo uma oportunidade que requer ponderagio, discussdo ou investigag@io para determinar o impacto moral de uma decisio. Dada a natureza dindmica do mundo dos negécios, novas questoes éticas surgem o tempo todo. No préximo capitulo, defini- remos e examinaremos várias filosofias morais ora usadas para avaliar se certas atividades são conflito de inlt_rt,sst.s. âmentos dLner da umprcsa Existe confli: interesses quando uma pessoa é obrigada plher entre promover seu interesse pessoal teresses da emp! ou de algum grupo. tidade diz respeito a veracidade, à intee A confiabilidade. Eqiiidade € a capade ser justo, cquitativo, imparcial. Questélacionadas com eqiiidade e honestidade com fregiiencia porque muita gente dita que o mundo dos negécios ¢ um jogo regras proprias, não regido pelas regras jug.se aplicam à sociedade. A comunicagio se a transmissdo de informagdes e ao comhamento de significado. Comunicagdes ou que induzam a erro podcm minar a marketing estendem-se à escolha de produtos | seguros, confidveis, de alta qualidade, a pre- | gos razodveis, e que não prejudiquem nem os | compradores nem o meio ambiente. Peritos- | contadores situam-se também nesse reino e enfrentam pressdes tais como concorréncia, | publicidade e ambiente de trabalho cada vezi menor. Questdes sobre sobrecarga de dados, | honorérios dependentes do desempenho e co- | missdes colocam a profissdo em situagdes de | risco ético. ento dos empregados entre si e incluem bém a conduta com clientes, fornecedores, Uma boa regra empfrica é que a atividade aprovada pela maioria dos membros da empresa e habitual no setor é provavelmente ética. Uma questão, atividade ou situação que resis- te a uma discussdo aberta e sobrevive sem entre os deveres dos administradores com de uma questão ética, pode discuti-la livremen- | te e pedir orientação e opinides de terceiros, a pessoa ingressa no processo de tomar uma de- | cisão ética. proprictérios e seus proprios interesses e a paragdo da propriedade do controle do negóAs de natureza financeira abrangem, entre mécula provavelmente não ocasiona um pro- | blema ético. Quando reconhece a existéncia | éticas ou antiéticas e para resolver dilemas. flitos entre as filosofias morais e valores do Pesquisadores descobriram que conflitos €ticos surgem com maior freqiiéncia nas relações das empresas com clientes, fornecedores; empregados e outros, e como resultado de certas práticas empresariais, tais como distribuir presentes, pagar comissões ¢ praticar discriminação na formagdo de pregos, Exccuu_v&s e ———individuoeos vatores e atitudes das empresas em que ele trabalha e a sociedade em que ele são de natureza ética e que gostariam de elimi- académicos reconhecem que essas questoes nar muitas préticas antiéticas. | | | | bém em termos dos principais participantes inções da empresa. As questdes éticas reonadas com a propriedade incluem confli- Resumo do capitul A questão ética é um problema, situação ou oportunidade que-exige que um individuo ou uma empresa se decidam entre vérios cursos de ação que precisam ser avaliados como certos ou errados, éticos ou antiéticos. Geralmente, essas questdes surgem por causa de con- outras, os investimentos socialmente responsdveis e a exatiddo dos documentos financeiros divulgados. Os empregados enfrentam essas questdes quando recebem ordens de cumprir | tarefas ou missdes que consideram antiéticas. Os administradores influenciam diretamente as questdes que surgem na empresa, uma vez que | a eles cabe orientar e motivar os empregados. As que dizem respeito a consumidores €| Termos importantes questão ética conflito de interesses honestidade eqiiidade comunicagio relagdes dentro da empresa esquema Ponzi Uma Situagao da Vida Real á clientes o melhor produto, ao melhor preJoseph Freberg está trabalhando há 18 meses na Alcon. Ao sair da faculdade, iniciou carreira em uma firma do Sudeste, a Cala Industrial, que se especializaem compressores de ar. Devido ao bom servigo realizado na Cala, foi convidado para trabalhar na Alcon, em Omaha, como gerente de vendas. Os seis primeiros meses na empresa foram difíceis. Trabalhar com vendedores mais velhos do que ele, esforçar-se por conhecer bem os territórios de venda do seu pessoal e ajustar-se à cultura empresarial da nova firma custaram-lhe 15 horas de trabaTho diário, seis dias por semana. Nesses seis meses, comprou também uma casa, que foi mobiliada pela noiva. Ellen levou a sério a incumbência e decidiu quase tudo, desde a cor dos tapetes até o estilo das cortinas. Ellen aceitara um emprego de corretora na Trout Brothers e parecia trabalhar ainda mais do que Joseph. Aqueles longos dias, porém, estavam produzindo resultados. No mo‘mento, Ellen cuidava de algumas contas importantes e estava sendo notada pela turma “certa” nas áreas mais ricas de Omaha. Os custos da nova casa haviam excedido gia. As coisas vão se endireitar depois de al- trés mil quilometros de distincia, em direges opostas. Joseph compreendeu que a Alcon era uma empresa do tipo patemal, com bons beneficios extras e um enorme potencial de crescimento. Havia identificado as pessoas de quem queria ser amigo e aquelas que devia evitar na companhia. Os vendedores pareciam tolerá-lo, e as vezes chamavam-no de “Joezinho”, por causa da idade, mas o pes- Ao fazer uma checagem rotineira do pessoal de vendas, Joseph descobriu que Carl estivera dando comissdes a alguns clientes. O volume de vendas de Carl era responsével por uma parte substancial do movimento da companhia e ele fora treinador da empresa na de durante vérios anos. Carl, além parecer pequeno em comparagio com o que missões”. Parecia que, quando os tempos bons, a prética tornava-se inaceitdvel, quando ficavam ruins, ela cruzava sor- iramente a fronteira do aceitdvel. E havia uestio de sua chefe, Kathryn, a vice-pre- #3%idente. Joseph sabia que ela tinha tendéncia fuzilar os portadores de més noticias. Lemou-se de uma histéria que ouvira sobre um grente de vendas que foi procuré-la para explicar um erro em uma proposta feita por um seus vendedores. Kathryn chamou à sua enga toda a forga de vendas e demitiu o dedor na hora. Em seguida, sorrindo, disse gerente de vendas: “Este foi o scu segunerro; sendo assim, tenho esperanga de que sa obter uma boa recomendação do deento de pessoal. Vocé tem duas semapara arranjar emprego em outra compaa." Daf em diante, o pessoal do escritério lou um apelido para ela — a Predadora. Tentando resolvero problema que enfrenva, Joseph, em sua reuniio mensal com arl, abordou o assunto. Carl respondeu: À (@ H soal vendia e ele subia lentamente a escada de biciosos. Além disso, Ellen vivia circulando rem guiando este carro — ¢ também quando comegarmos a receber na nossa casa, logo {~que-nos-casarmos—;-0-aluguel-do carro vai jàs esporddicas quanto à politica “nada de A dos dois, e os dois casais de sogro ¢ sogra a vendas para tornar-se o número um na companhia. pe com isso. Quando meus clientes me vi- , mas todos sabiam que elas, em última ise, prejudicam a concorréncia leal e que, fim, acabam por prejudicar a qualidade e últar em aumento de pregos para os clienConversando com alguns veteranos da #Alcon, Joseph descobriu que houve campa- - gum tempo”, disse Ellen, olhando para um Rolex na vitrine de uma loja. Após o casamento, as coisas entraram na rotina — uma rotina febril, dadas as carreiras © orgamento de despesas e os planos para o casamento tornavam-se cada vez mais amdo apartamento onde morava para a nova casa e desta para o emprego. Todas essas viagens haviam acabado com seu carro. Em vista disso, resolveu alugar um carro que transmitia a imagem de sucesso. “Ellen, vocé não acha que uma Mercedes está um pouco acima dos nossos padrdes? Quanto vocé vai ter que pagar?”, perguntou Joseph. “Não se preocu- ;” Não havia mengdo especifica a comis- vou estar ganhando”, disse Ellen, 4 em tom sonhador, passando os 4 dedos pelos cabelos de Joseph e dando-lhe um beijo no rosto, Passado o casamento e terminada a lua-de-mel, os extratos de conta corrente de Joseph e Ellen pare- H ciam uma capa de toureiro — vermelha. “Não se preocupe, Joseph, vai dar tudo certo. Você i tem um bom emprego. Eu tenho um bom emprego. Nós somos jovens e temos ener- isso, era genro da vice-presidente da em- presa. Joseph comegou a fiscalizar com mais atengdo outros vendedores e descobriu que, embora Cari parecesse ser o maior infrator, trés de seus dez subordinados faziam a mes- ma coisa; No dia seguinte, consultou o ma= nual de politicada empresa e leu: “Nossa com- o “Vocé já está neste negécio por tempo sufi- 45 ciente para saber que isso acontece o tempo todo. Não vejo nada de errado nesse costume, se ele aumenta as vendas. Além do mais, eu tiro o dinheiro da minha comissão. Você sabe que, neste exato momento, estou fazendo um tremendo esforço para pagar contas médicas altíssimas. Consegui também uma autorização tácita de 14 de cima, mas eu, fosse vocé, nio falaria disso a ninguém. Joseph sabia que a estrutura da cadeia de comando na companhia tornava muito perigoso procurar diretamente um vice-presidente para levar esse tipo de informagéo. Enquanto pensava se devia ficar calado, tornar piiblico o caso, declarar que aquilo era uma infragio que contrariava a politica da empresa, ou conversar com Kathryn sobre a situação, o telefone tocou. Era Ellen: “Queri- do, imagine só o que aconteceu. Kathryn, a sua chefe, resolveu me escolher como sua nova corretora. Isso não é fantdstico?" O que Joseph deve fazer? Questées/Exercicios 1. Quais são os problemas de Joseph? 2. Coloque-se no lugar de Joseph e discuta suas altemativas. 3. De que outras informações você acha que vai precisar, antes de tomar uma decisão? 4. Discuta em que freas da empresa se situam os problemas éticos nesse caso. * Este caso é rigorosamente hipotético. Qualquer semelhança com pessoas, companhias ou situações reais é mera coincidência. QUESIOES EMCUS NU IMUNUU UVS IVEGULIVS 2. As principais questões éticas nas emipresas são as relacionadas com CAPÍT conflitos de interesses, honestidade e .equidade, comunicações e relacionamentos internos. 3. Os três principais stakeholders da empresa são os proprietários, os fomecedores Sim — Não e os empregados. 4. Os investimentos em empresas e fundos socialmente responsáveis aumentaram — Sim — Não típica do setor, ela provavelmente FILOSOFIAS MORAIS À ÉTICA NOS NEGÓCIOS nos últimos anos. 5. Se uma atividade é aprovada pela maioria dos membros da empresa, e é também APLICANDO o 46 — Sim ética. “[PamISOE 9 u eIA ‘vsadua S p eso) 9 onuap suvaqe soossnastp e antnasqos anb o "eong TPEIOPISUOD feso3 tma apupiane Vun WIS steuesaiduia seançad se eunuexa anb wo> 1081 o 0w waq 'sesasdura sep auied s0d taa enpuos 9P STA aTuatu[fviDos SoJuaLNSAAU! nevsadxa sens noaaça PEPII0S e “soue soumpn stop sou uresearidop staarsuodsas srediouud son SO 0BEN "E + “sawatço so 2 sopedaidusa so 'souproudosd so ous ssaproyannis dun sens 9 sena sagasanh sessa o1xa1 ou efaaoy WIS Z “Sewsat ST sonnafgo so a e emd 52 sesasduro seu engnue einpuos ap sesnea srediouud sy N T SVLSOASEY sazinanp se 'sagssasd OBJETIVOS Fompreender como’as filosofias * morais se aplicam & tomada Ue decisões individuais e coletivas nos negécios bomparar e contrastar filosofias morais empregadas no ambiente empresarial halisar a teleologia, a deontologia € as perspectivas relativistas tudar a ética da virtude como filosofia para compreender a ética nos negécios Discutir o impacto das filosofias de justica sobre a ética empresarial Tóricos Definição de filosofia moral, 49 Perspectivas da filosofia moral, 51 Teleologia, 52 Deontologia, 55 A perspectiva relativista, 57 Ética da virtude, 57 Determinação do que é justo, 59 . .C A PÍTILL O 1/ FORMULACAODE UM PROGRAMA ETICO EFICAZ OBJETIVOS Tóricos iConhecer e compreender os sete requisitos mínimos para um programa de ética Um programa eficaz de cumprimento mpreender o papel dos códigos de B¥iica na identificação de áreas de féisco importantes para a empresa & Entender o papel da alta fidministração Responsabilidade dos gerentes de alto nível pelo cumprimento dos programas éticos e a delegação de autoridade, 166 Comunicação eficaz de padrões éticos, 168 " . ó É E o e Implantação de sistemas de monitoração, auditoria êntificar os pontos fundamentais do Aprimoramento contínuo do programa de cumprimento de normas éticas, 172 g ncluinda tipas s obletivox;das " 160 da empresa para o êxito de programas de ética inamento eficaz em assuntos éticos, É. de normas éticas, Códigos de ética e padrões de cumprimento, 162 O código de ética da Texas Instruments, 164 progromes Examinar a monitoração, a auditoria e a implementação de padrões de ética cumprimento de padrões éticos, 171 A influéncia dos valores pessoais nos programas de ética, 174 Auditoria quanto ao cumprimento de normas éticas, 175 Compreender o papel do aprimoramento continuo do programa de cumprimento de normas éticas Tornar-se consciente quanto ao objetivo e a implementagdo de auditoria de cumprimento de. normas. éticas . S : " g FOrMUIACAO UE UM 1 rugrama GUU gy Um Dilema Etico ‘Wendy, a chefe de Victoria, havia lhe falado sobre a préxima conquista potencial da KI: os sas outras lojas." “Quero que vocês compreendam que, quando iniciarmos operações nesses estados, teremos para a Koke desde que se formara em finanças e marketing pela Pacif West University. .A Koke International (KI) era a líder em fran- quias de lojas de consertos domésticos nos Estados Unidos. A KI começara com um grupo de pequenas lojas no Noroeste do Pacífico dos co empresas de primeiro nivel, com cadeias de À “Nossas lojas mais novas ainda vão preci- bons preços. Podia cobrar menos porque rece- blitz na midia deve comegar um més antes da franqueadas, vamos precisar fazer o possivel para que tudo corra bem”, observou Wendy. “Vicky, vocé completou a andlise dos pregos os custos de marketing por uma quantidade maior de lojas, o que lhe conferiu ainda mais cobrados pelas lojas de consertos domésticos na vizinhanga?" vantagem. Com o cultivo ativo da imagem da marca, juntamente com alguns avanços tecno- tas lojas vão ser extremamente competitivas em | 50% do mercado. A empresa, na verdade, realizara um trabalho tão bom ao posicionar-se em seu campo de atividade que, em artigos publicados na mídia especializada, era descrita como a Microsoft de melhorias nas casas. A opinião corrente era que “a KI vai continuar a ser uma empresa muito lucrativa, com concorrência di%, eta menor-do-que a esperada, em um mercado de crescimento lento e alta margem de lucro no futuro.” e não por ser excessivamente gentil. h — “De modo que, o que vamos fazer é o seguinte”, continuou ela em voz mais baixa: i * pessoal. Em 18 meses, quando esses emprega- | dos carissimos tiverem treinado os outros, ar- ranjaremos uma maneira de nos livrarmos deles. Ed, vocé vai ter que trabalhar os banqueiros que atendem os cinco grandes concorrentes. Veja se também podemos fazer negéeios com eles. E verifique que informagdes vocé conse- ; gue extrair. Vicky, como vocé é a mais nova aqui, vou encarregd-la da tarefa de resolver o proble- “Sim, e vocé não vai gostar da noticia. Mui- ma dos pregos. Quero que me apresente uma estratégia excepcional de fixação de pregos para cada uma das 20 lojas, que invariavelmente terão que cobrar pregos mais baixos do que a con- relação aos pregos normais que cobramos. Em alguns casos, parece que elas têm uma vantagem sobre nós”, respondeu Victoria. “Ed, de quanto, em fluxo de caixa e reservas, vocé pôde calcular que vamos necessitar para enfrentar nossos cinco principais concorrenBem, Wendy, 20 que parece, cortar bastante nossos pregos durante pudermos sei me- ses a um ano, conseguiremos levar quas¢: to- dos, exceto a Home Designs, a uma quabe-faIéncia, contanto que nossa campanha promo- nal não faga alguma besteira.” tenhamos que perder dinheiro em tudo que as 05." Um dos membros mais novos do grupo per- guntou: “Se tivermos sucesso, esse fato não vai nos transformar em um monopélio nessa 4rea? Não temos que nos preocupar com questões antitruste?” Wendy ergueu um pouco as sobrancelhas e disse: “Aqui, nós nio mencionamos a palavra monopólio como se houvesse alguma coisa de errada com ela. O governo precisou de décadas para quebrar o monopélio da AT&T e a Microsoft é a proxima na lista. Nós estamos no varejo. Ninguém jamais teve esse tipo de pro- blema em nosso ramo. Quando vierem a tratar do que estamos fazendo, todos nés já estaremos aposentados.” “Frank, você vai contratar esses elementos-chave, dando-lhes um aumento de 50% de salário. E vai manter os sindicatos longe do resto do inaguração festiva das 21 novas lojas. Com todo de concorrentes no mercado. Expandindo-se rapidamente, a KI conseguiu também distribuir Em decorrência, a KI conquistara uma fatia de É nhia, esse capital de risco investido por nossas. À bufa também para criar outra barreira à entrada Seguiu-se um longo siléncio. Wendy era co- nhecida pelo temperamento explosivo e por rifar rapidamente seu pessoal quando as coisas não safam como planejara. Ela fora a primeira mulher a chegar aquele alto posto na compa- lojas, e que a maior delas é a Home Designs.” “O alto escaldo da empresa quer atacar, em primeiro lugar, o Maine, New Hampshire e sar de quatro meses para ficarem prontas e a matização e um portal no mercado eletrônico, suas ações em bolsa subiram à estratosfera. i em primeiro lugar, que reconhecer que só hé cin- vencer a concorrência oferecendo qualidade e lógicos, como o estoque just-in-time, auto- ; correntes e, para isso, quero soluções!” Um dos presentes tomou a palavra: “Temos, * a dominar os mercados onde se instalava e a bia de seus fornecedores grandes descontos [ tões sobre as maneiras como vamos eliminar os concorrentes.” 250 franquias espalhadas por grande parte do país e do Canadá. A Koke International passou por quantidade. O conceito de franquia contri- A essaaltura, Wendy deu um murro na mesa |--e berrou: “Estou cansada de ouvir relatérios {,..negativos. Nosso trabalho é expulsar os con- de ser implacáveis. Eu gostaria de ouvir suges- ‘Vermont ¢, em seguida, langar um ataque secuninterrompeu-o À dário aos outros dois estados Victoria. Estados Unidos e, nesse momento, contava com lojas venderem. Os franqueados concordardo Éóh que está muito longe do que pagamos em nos- com seu quadro mais graduado de auxiliares, tratégia da companhia. Ela vinha trabalhando des de atrair e contratar o pessoal-chave das ãonosco. logo que Ihes explicarmos os resulta- disse Wendy em uma sessão de planejamento 1 :ações de seus atos, bem como as da es- corréncia nos primeiros 18 meses, mesmo que “Fiz, mas muitos não aceitario, a menos que oferegamos um aumento de 50% nos salérios, o “Este é o último grande mercado potencial”, Victoria começou a imaginar quais seriam as “O que me diz sobre pessoal, Frank? Fez sua pesquisa habitual para verificar as possibilida- estados do Maine, Vermont, New Hampshire, Connecticut e Massachusetts, na Nova Inglaterra. * 159 48 $E 0550 objetivo neste livro é incentivar vocé a pensar no impacto que suas decisdes éticas têm sobre a empresa e a sociedade. bora não existam métodos universalmente Questies/Exercicios 1. Identifique as questdes que Victoria precisa conhecer. 2. Discuta as implicages de cada uma das decisdes que Vicky pode tomar. 3. Discuta a questão dos monopdlios se eles são certos ou errados. * Este caso é rigorosamente hipotético. Qualquer semelhanga com pessoas, companhias ou situações reais é mera coincidéncia. aceitos para tratar da ética no mundo dos negocios, as empresas fariam bem em criar estruturas e cultura interna para fomentar esse tipo de conduta e adotar estratégias que inclufssem tal tipo de consideragio. No Capitulo 1, dissemos que, na década de 1990, a Federal Sentencing Guidelines for Organizations estabeleceu o modelo de elaboragdo de programas €ticos nas empresas. Essas diretrizes desbra- 160 Formulação de um Programa Etico Eficaz varam terreno virgem ao codificar em lei incentivos às empresas para que instituíssem programas internos de cumprimento de normas éticas, com vistas a impedir má conduta por parte dos funcionários. Neste capítulo, por isso mesmo, utilizaremos a estrutura, ou modelo, sugerido por esse diploma legal para impedir casos de má conduta. O modelo para desenvolvimento de um programa eficaz é con: tente com uma recente pesquisa sobre como melhorar as tomadas de decisões éticas e com o processo de tomada de decisão descrito no Capítulo 5. Empresas e gerentes têm que assumir responsabilidade e assegurar, diariamente, que os padrões sejam corretamente implementados. Esse enfoque, contudo, não está imune a controvérsias. Há aqueles que pensam que iniciativas éticas devem emergir naturalmente da cultura da empresa e que contratar bons funcio- nários limitará a conduta condenável. Acreditamos, contudo, que um sistema de cumprimento obrigatório, feito sob medida, pode ajudar os empregados dos mais diversos níveis a compreender o que é comportamento aceitável. Neste capítulo, fomecemos uma visão geral de como os gerentes podem criar um programa ético. Em primeiro lugar, definiremos o que é um programa de cumprimento obrigatório. Em seguida, estudaremos fatores de importância crucial para o desenvolvimento de tal programa: códigos de ética e padrões de cumprimento de normas; responsabilidade da alta administração pelo cumprimento do programa e delegação de autoridade; comunicações eficientes e programas de treinamento; instituição de sistemas para monitorar, auditorar e fazer cumprir os padrões; e o esforço necessário para continuar a aprimorá-los. (Veja no Quadro 8.1 uma lista de requisitos míninos para cumprimento do disposto na Federal Sentencing Guidelines for Organizations.)' Em seguida, discutiremos o papel dos valores pessoais na empresa e sugeriremos um modelo de auditoria de cumpri—-—mento de-normas -que-pode-ser-usado para avaliar a eficácia da companhia nessa área. Neste capítulo, o termo cumprimento se relaciona com a empresa, no âmbito de instituir Um Programa Eficaz de Cumprimento de Normas Eticas e exigir o cumprimento de suas políticas sobrê ética. Não pretendemos sugerir que o objetivóf é controlar as convicções morais e a ética p soal de cada indivíduo que trabalha na org; zação. Quando tentarem avaliar personalidadt e convicgdes pessoais que poderiam influeny ciar as decisdes cabela 8.1 Requi tos minimos para programas de uunpnmcnm de nort Padrões e procedimentos, tais como códigos de ética, razoavelmente capazes de identificar e prevenir má conduta 2. Pessoal de alto nivel responsável pelo cumprimento dos programas de étic: Nenhuma autoridade discricioniria substanci: é delegada a individuos que tém propensi para má conduta 4. Comunicagio eficaz de padrões e procedimentos mediante programas de treinamento em ética Instituição de sistemas para monitorar, realiz ditoria e comunicar casos de má conduta . Exigéncia coerente do cumprimento de padrões, códigos e punições 7. Aprimoramento continuo do programa de cumprimento de normas éticas -Adaptadoda U.S. Sentencing Commission, Federal Sentencing Guidelines À sal (St. Paul, Minn.: West Publishing, Capitulo 8. éticas no trabalho, as compa nhias deverdo ter enorme cuidado, para evil infringir os dircitos basicos e as convicgdes¢ cas individuais. Pode haver conflitos quando g convicgdes e as atividades do funciondrio fof rem incompativeis com as politicas da comp nhia sobre ética. Se o individuo pensar que of sistemas de cumprimento de normas na emp! são deficientes ou dirigidos de maneira imps pria, talvez seja necessdrio adotar algum tipd aberto, claro, de solugdo de conflitos para eh minar essas divergéncias. -se vulnerdveis não só a problemas éticos que a pratiquem; ou seja, avaliar suas princi- também a violações da Iti, se seus empre- pais áreas de risco e elaborar um programa sob medida que atenda ao critério fundamental de fidos ignorarem como tomar a decisão certa. eficácia. As diretrizes, além disso, tornam a empresa responsável por mau comportamento de cada um de seus empregados. Um programa eficaz de cumprimento de normas éticas Um programa ético deve ajudar a reduzir a Em todo este livro, enfatizamos que, & dida que gerentes e empregados enfrentam, § necessidade de tomar decises cada vez complexas, as questdes éticas ocupam o & meiro plano nas preocupagdes da empresa. Co freqiiéncia, as decisdes são tomadas em bientes coletivos com diferentes sistemas de lores, pressdes competitivas e interesses polít cos que contribvem para a possibilidade de i conduta. Uma pesquisa mostrou que quase 50% dos trabalhadores sentem presso para agir ¢ forma ilegal ou antiética. Nesse levantamentog a atividade mais condendvel do ponto de vi: ssibilidade de penalidades ou reação pública gativa a casos de má conduta. O dever de star contas e a responsabilidade pela conta imprépria cabem 2 alta administragiio da npresa. A empresa precisa de um programa ico eficaz, que assegure que todos os empredos compreendam os valores e cumpram as liticas e c6digos de conduta que criam um clitico. Como todos nós somos origindrios de s empresariais, educacionais e familiares fliferentes, não se pode supor que sabemos qual onduta apropriada quando ingressamos em Biima nova organizagio ou assumimos um cargo. * Se a cultura proporcionar recompensas ou Woportunidades de prética de conduta antiética, jor falta de interesse da geréncia ou omissão :m cumprir os requisitos mfnimos constantes ético foi observada na indústria de computzd res e software (66%), seguida por publicidadg e marketing (60%). Alguns dos percentuais m: baixos estavam ligados à área jurfdica (35%) à de finangas ¢ seguros(40%).! Em outro le-# iiida Federal Sentencing Guidelines for Orga- vantamento, 47% de gerentes de recursos hu; manos disseram que se sentiam pressionadosg por empregados ou por outros administradores idanizations (Tabela 8.1), a companhia pode ficar ljeita a penalidades e A perda de confianga a fugir dos-padrdes-éticos da empresa a fim dÉ alcangar objetivos comel ? Nos casos el que são muito grandes as oportunidades de pra} ticar conduta repreensivel, as organizagdes tol finto ao público. O principal objetivo das direrizes federais é incentivar a empresa a avaliar i5cos, efetuar um servigo de automonitoragiio trabalhar ativamente para impedir conduta giitictica, punindo empregados ou stakeholders No âmago da Federal Sentencing Guidelines for Organizations encontramos a filosofia do “prêmio/punição”. Empresas que agem para impedir má conduta podem receber “prêmios”, evitando penalidades caso ocorra alguma violação. A punição pode vir em forma de multas e ficar em regime de observação durante algum tempo. Isso implica a presença de inspetores que observam e acompanham o empenho da empresa por implementar o cumprimento das normas e por comunicar à Federal Sentencing Commission o progresso que obteve para evitar a repetição de tais casos?O governo considera as empresas agentes morais, responsáveis pela conduta de seus empregados. Em outras palavras, a empresa é tratada como se fosse uma pessoa. A aplicação de penalidades à empresa é pautada por quatro considerações. Em prim ro lugar, a Corte de Justiça ordena que a empresa corrija qualquer dano causado pela infração. Em segundo, se agiu basicamente com finalidade criminosa, multas são aplicadas em níve! suficiente para privá-la de todos os seus ativos — ou, em outras palavras, para forçar o fechamento da empresa. Em terceiro, as multas ba- 162 Formulação de um Programa Ético Eficaz Lodigos de Etica e Padrões de Cumprimento pabilidade da empresa; por exemplo, conduta será muito mais eficaz do que um có digo imposto apenas como reagdo a ela. P alta administração participou da inf mau comportamento ocorreu com freqiiéncia. responsabilidade civil, o tribunal tem que con 48 S -se na gravidade das infrações e na cul- Em quarto, o regime de observação é conside- cluir que atos ou comportamento antiéticos d rado sentença apropriada à ré quando a ra que ela tomará as devidas providén impedir má conduta futura.’ A Federal Sentencing Guidelines for Organizations estabelece que os tribunais apliquem multas mais altas nos casos de empresas que toleram habitual- empregados ocorreram fora da esfera de sel deveres e responsabilidades. De acordo com principiode responsabilidade indireta, a empr é responsével pela conduta de seus empreg: dos na execução didria de seus deveres. mente má conduta e as atenuem ou deixem de co, é possivel quando um empregado € acusa3 do de má conduta, Os dez principais tipos dg aplicé-las aquelas que adotam fortes programas de cumprimento de normas ¢ que traba- Iham diligentemente para cumprir padrões legais e éticos. Uma empresa não pode ter sucesso cumprindo única e exclusivamente as disposições éticas e o estabelecido nas diretrizes; sua administragdo deve esforgar-se para criar altos padrdes éticos que sirvam de obstdculos a condutailegal. A companhia precisa querer ser uma boa pessoa juridica e reconhecer a importancia da ética para atividades bem-sucedidas no mundo dos negócios. Em outras palavras, precisa aspirar a desenvolver uma cultura ética. Até a promulgagio da Federal Sentencing Guidelines for Organizations, os tribunais de Justiga careciam de jurisprudéncia sobre se deviam ou não considerar as empresas responsdveis pela má conduta dos empregados. Mesmo com o melhor programa ético, não havia beneficios especificos por um trabalho sério de fiscalização do cumprimento do programa, incluindo a supervisio eficaz dos empregados. Atualmente, as organizagdes ganham crédito por programas que atendem aos rigorosos padrdes estabelecidos pela lei. A eficécia do programa é determinada pelas regras que ele contém e pela implementag@o: o programa tem que prever com eficácia o risco ligado a uma dada linha de negécios e deve tornar-se parte da cultura da empresa. o program'u eficaz pode ajudar a firma a evitar responsabilidade civil, mas cabe-lhe o ônus de provar que tal programa efetivamente existe. O programa elaborado na ausência de má conduta. Não são gleal e honesto”. A companhia precisa dar orieng ncias correntes entre as empresas, com seus pectivos c6digos de ética. Os empregados podem adotar filosofias T0V4Vel que cles tenham dificuldade de saber R conduta antiética comunicados por empregado & discriminagdo, consung bo, mentir aos chefes, de drogas ou de álcool, procedimentos contábé duvidosos, violação de leis ou regulamentdj tf cebimento de presentes ou de outros agradosj tais como jantares, custeio de divertimentosf viagens etc.* Os encarregados de ética na em presa precisam estar cientes dessas infraçõe ¢ instruir oso empregados quanto uanto à politica; i aos procedimentos da organização. O sisten judicidrio ou a U.S. Sentencing Commissiof empresa pela conduta do individuo. Se contrif buiu para a infração ou não demonstrou a devid diligência para evitá-la, a empresa pode ser cong denada. O teste de um programa dessa nature: é freqlientemente avaliado em comparagdo corm o padrão vigente na respectiva área de neg cios, com os padrões comunitários ou com a aceig tação da conduta da firma por públicos impol tantes, incluindo empregados e clientes. Cédigos de ética e padrões de . cumprimento . A conduta ética pode ser incentivadá “pelof estabelecimento de padrdes de conduta i na em um clima ético. A elaboração do cédigo neces- que é conduta aceitével na companhia. Os cdigos de ética — ou declaragdes sita do concurso do presidente da empresa, da diretorda e dos gerentes graduados que o implementardo. A assessoria juridica da empresa deve ser consultada para assegurar que o cddigo avalia corretamente as principais dreas de risco e que problemas legais potenciais fo- formais do que a empresa espera em matéria conduta — informam aos funcion4rios que ipos fªº comportamento são aceitáveis ou im- róprios. HAbela8.2 Codigos de ética de empresas. 1. Sua empresa tem credo corporativo formal, escrito? c6digo de ética formal, escrito? 34% 1% declaração de valores formal, 2 5 avaliam, em investigação, a responsabilidade d litica da empresa quanto a certas préti O cédigo precisa refletir o desejo da alta administragio de que a empresa cumpra os valores, as regras e as politicas que sustentam hiporais diferentes e ter origens e formagdes diÀ n 2 & gyersas. Sem politicas e padrões uniformes, é incluem assédio sexual, mentir em relatérios 6if falsificar registros, conflitos de interesse, ro presa. Os padroes podem assumir a forma d códigos de ética ou de declaragdes sobre a p aceitáveis códigos de natu- reza geral, no nível de “não prejudicar” ou “ser Um teste do programa, sobo aspecto juridy ambientais e infração de proibições sobre Muitas empresas instituíram códigos ou politicas rigorosas relativas à ética, bem como estratégias para fiscalizar o cumprimento delas. Embora não solucionem problemas éticos, os cédigos fornecem, de fato, regras e diretrizes aos empregados. Eles podem abranger uma .gmndc variedade de situagdes, desde operações internas até apresentagdes de produtos por vendedores e priticas de revelação de aspectos financeiros. ques veis. O código deve ser especifico o bastanie para poder, razoavelmente, coibir má considerar a companhia inocente em casos des 163 ç p 2. Quando foram adotados esses documentos? pA 3% Credo — A Cédigo Declaragdio de valores ;’ 185 s i 2 345 215 4 315 135 cc 22 15,5 8 Sdfanos 3. Eles são comunicados apenas aos empregados? tento it e e 4.0 código de ética escrito de sua empresa enfatiza informações pertinentes à indústria versus questões gerais? o código? inclui sanções por violar contém orientação especifica 53% % Sim 36% 80 = 4% 20 R — sobre dar/receber presentes? 84 16 e Extraido de Eight Exemplary Ethics Statements, de Patrick E. Murphy. ©1995, by University of Notre Dame 5. Usado com permissão do editor: ram, tanto quanto possível, previstos. O código que omite atividades específicas de alto risco nas operações diárias da empresa será inade- quado para manter padrões capazes de prevenir má conduta. Walter W. Manley II elaborou um programa em seis etapas para implementação dos códigos, como se pode ver na Tabela 8.3. Nos Estados Unidos, a Texas Instruments (TD) um tem com COUIROS UE LICE € FUATOES UE Cumprimento Formulagdo de um Programa Etico Eficaz 164 ganhou reconhecimento geral por instituir dos melhores códigos de ética de que se noticia. A companhia, aliás, foi premiada três grandes troféus de ética: o David C. Lincoln Award for Ethics and Excellence in Business, o American Business Ethics Award e o Bentley College Center for Business Ethics Award. Setenta e três por cento dos empregados da TI julgam que a companhia adota uma postura muito séria sobre ética e integridade.’ Por isso mesmo, vale a pena examinar com atenção a maneira como a TI implementa seu dimentos internos, leis e regulamentos baixas dos pelo governo, relagdes com clientes, fornex cedores e concorrentes, aceitagio de presen-: tes, viagens, entretenimento de vários tipos; forte reputação constitui um patriménio vital... ¢ todos compartilhamos uma responsabilidade pessoal para protegé-la, preservé-la e realçá-la. Nossa reputagio é uma parceira forte, embora d A reputagio da TI depende, acima de tudo, O CÓDIGO DE ETICA DA TEXAS INSTRUMENTS Grande empresa multinacional, a Texas Instruments fabrica computadores, calculadoras ¢ outros produtos de alta tecnologia. Seu c6digo lembra o de muitas outras empresas. Trata de questdes relativas a politicas e proce- FHabela 8.3 premiaram-nos com uma reputagio invejável no mercado moderno... uma reputagio de integridade, honestidade ¢ confianga merecida. Essa manter o sucesso dos negécios a longo prazo & que todos os seus empregados são responsés veis pela manutengio da integridade da comszl panhia. das que sos atos decisdes que tomamos e de todos os atos pessoalmente praticamos, a cada dia. Nosvalores definem como avaliaremos nossos % e nossas decisdes... e como conduziremos : nossas atividades. Trabalhamos em um ambien- te diffcil, exigente e que está sempre mudando. ,, Juntos, estamos construindo um ambicnte de " trabalho com base na integridade, em inovagdes, e comprometido com altos valores. Em conjun- Implementagdo de cédigos de ética. Seis passos para implementagio eficaz de códigos de ética R Distribuir o código de ética a todos os empregados, subsididrias ¢ companhias coligadas. . Ajudaros empregados na interpretação ¢ compreenso da aplicação e intenção do codigo. . Especificaro papel da geréncia na implementago do c6digo. Informar os empregados da sua responsabilidade de entender o c6digo ¢ Ihes explicar os abjetivos gerais do mesmo. 5. Criar mecanismos para apresentação de queixas. 6. Conter uma conclusão ou declaragio final, tal como a que mostramos a seguir, da Cadbury Schweppes: er está coletivamente nas mãos de vocés. O orgulho pelo que fazemos é importante da companhia — O carft comecemos por merecer esse orgulho pela maneira como pomos em ação as convicgdes aqui contidas. Fonte: Adaptadode Walter W. Manley II, The Handbook of Good Business Practice, 1992, p. 16. Reproduzido có permissio da Intermatianal Thomson Publishing Lid. medidas disciplinares, quando necessárias. A uma boa decisio de cada vez. fazer isso da maneira correta. Nossos padrdes trabalhos de natureza pessoal, nas relagdes con programa. do código por meio de servigos de auditoria ¢ novo século... ou a aceitar as agdes de importincia critica... e datos, prestagdes de contas de verbas de presentagio e de despesas proprias do cargo pagamentos a empresas, conflitos de interesse} investimento em suas agdes, trato de informa! ções ligadas a direito de propriedade de infoi mações, processos e segredos do negócio, util zação do seu pessoal e do seu patrimônio e funciondrios e com órgãos do governo e no cui primento de normas. O c6digo enfatiza que to, estamos levando nossa companhia para um Estamos dispostos a tomar as decisões dificeis contribuigdes para partidos politicos ou candi 105 silenciosa, em todos os nossos relacionamentos empresariais. Compreendendo e aplicando os valores apresentados nas péginas que se seguem, todos podemos dizer a nés mesmos e aos nossos colegas: “Esta é uma boa companhia, e uma das razões disso € que eu trabalho aqui.” Tal como a maioria dos c6digos, o daTl exige k que os empregados cumpram as leis. Em muitos casos, além disso, a TI espera que sigam : padrdes éticos mais estritos do que os contidos na legislagdo. Embora algumas leis estaduais .ou municipais permitam que empresas contri¢ buam para candidatos a cargos politicos ou serVidores eleitos, o c6digo estabelece que “nenhum recurso financeiro da companhia pode ser isado para fazer contribuições politicas de qualÉ quer natureza, a qualquer candidado politico ou 'detentor de cargo, em qualquer instincia de & governo — nacional, estadual, ou municipal. É Esta regra deve ser cumprida mesmo que as função de auditoria interna avalia vários aspectos da ética, incluindo o cumprimento de diretrizes, procedimentos e regulamentos, o uso econômico e eficiente dos recursos da empresa e os controles internos dos sistemas de administração. Além disso, declara que “qualquer empregado que violar os padrões éticos da TI estará sujeito a ação disciplinar, o que poderá incluir repreensão verbal, repreensão escrita, observação de comportamento por um dado período, suspensão ou dispensa imediata.” Criado em 1987, a Comissão de Ética da TI supervisiona todas as atividades do escritório de ética. Esse ato é legal? B contribuigdes sejam permitas por leis locais.” E Está de acordo com nossos valores? b vai também além das leis federais que profbem discriminagdo contra minorias e exige dos em& pregados que tratem com dignidade e respeito f todos os colegas de trabalho. “As horas que E passamos no trabalho são mais agraddveis e mais gratificantes quando demonstramos res' peito por todos os nossos companheiros, indeE pendentemente de sexo, idade, credo religioso, origem racial, deficiéncia al ou posição na empresa. Se você o praticar, vai sentir-se mal? O código não ¢ uma resposta hipéerita à ibreocupagdes da sociedade quanto a ética emcompanhia impde o cumprimento À comissão é constituída de oito gerentes de alto nível, que estudam e aprovam a política, os procedimentos, as publicações e as iniciativas relativas ao melhor cumprimento de normas. Com o objetivo de assegurar que os empregados entendam o que é ética no mundo dos negócios e os padrões éticos que se espera que cumpram, a TI publicou um livreto com o título “Cornerstone” [pedra fundamental]. É u do o formato de perguntas e respostas para explicar possíveis questões éticas e a maneira como os empregados devem resolvê-las. Os empregados recebem ainda um panfleto que contém um “teste rápido de ética” para ajudálos quando tiverem dúvidas sobre situações e comportamentos específicos: Como ficaria se este ato fosse divulgado nos jornais? Se você sabe que é errado, não o pratique! Se não tem certez: pergunte. Continue a perguntas até obter uma resposta. Por último, o panfleto fornece um número de telefone de chamada gratuita (1-800-33ETHIC), para o qual os empregados podem ligar, permanecendo anônimos, comunicando incidentes de conduta antiética ou simplesmente fazendo perguntas.” Formulação de um Programa Etico Eficaz 166 Os programas ¢ o apoio da TI deix am claro o compromisso intenso da empresa para com seus funcionários: * Política de “porta aberta” para todos os gerentes (qualquer nível) * Nenhuma retaliação, vingança, discriminação ou perseguição * Treinamento obrigatório em assuntos de assédio sexual * Exigência de 40 horas anuais de treinamento em ética * Apoio educacional de origem exte * Promoções internas * Apoio a obras da comunidade * Redes de desenvolvimento na carreira. Carl Skooglund, vice-presidente e diretor de ética da empresa, observa, a propósito: ... descobrimos há algum tempo que empregados novos e recém-admitidos acreditavam que pouco tinham a ver com a reputação ética da TI, porque não estavam em posições em que pudessem tomar decisões importantes. Todos os empregados, no entanto, tomam decisões diárias — como, por exemplo, ao debitar o tempo gasto na tarefa ou usar ativos da companhia — e podem criar problemas éticos se tomarem decisões erradas. Por essa razão, um programa eficaz de comunicação de conduta ética precisa abranger todo o espectro de empregados, de uma maneira obrigatória, contínua, começando imediatamente após a contrataçãe A Texas Instruments diz claramente aos empregados o que deles esperam e esclarece-os sobre os comportamentos inaceitáveis. Ao impor, com toda a seriedade, o cumprimento dos códigos, a TI deu os passos lógicos necessários para proteger sua excelente reputação de conduta ética e responsável. Se ficarem obscuros esses padrões de comportamento, os empregados, às vezes, baseiam suas decisões na conduta observada em colegas e na gerência. O uso de recompensas e castigos como acessórios do cumprimento dos códigos e diretrizes da empresa controla as oportunidades de-uma possível REPUSAVIIAUUE UUS UETEMES UE AUO NIVEL PEIO TUMpPrimento... conduta antiéticae reforça nos empregados a VE aceitação dos padrões prescritos. d) Habela 8.4 Reunindo- Mane 10/ de um CEO comuni nformalmente com gerentes e empregados e conversando com eles sobre o programa de ética da empresa. Responsabilidade dos gerentes Usando termos e expressões espontâneas, e não discurso “enlatado” de alto nível pelo cumprimento Ilustrando o modelo de conduta ética com histórias de sucesso e, nos casos de violações éticas, dizendo o que dos programas éticos e pela delegação de autoridade Aplicando de cima para baixo os mesmos padrões de comportamento e disciplina — sendo firme e claro em suas evitar, tomadas de decisão. Elogiando o funcionário que identificou e solucionou um problema ético, por ter tomado a atitude certa, ainda que por esse motivo deixasse de cumprir um objetivo financeiro. Um programa que exige cumprimento normas éticas pode ser significativamente re forçado se a um gerente graduado ou a um 4 comissdo for atribuida a sua implementagiio supervisão. O programa deve envolver a al administragdo ou o proprietdrio da empre: embora cada encarregado, gerente ou empres gado tenha que ser responsével, dar todo o apoi e exigir o cumprimento do programa. A Tabel 8.4 mostra algumas maneiras pelas quais o exe cutivo-chefe da empresa pode apoiar o progr: a ¢ 0s gerentes que o executam. Aproxima damente 40% dos encarregados de ética est; subordinados diretamente ao presidente do con; selho da empresa e cerca de 10% se subord nam a um vice-presidente executivo ou vice Promovendo gerentes eticamente conscientes e responsáveis. Conversando a intervalos regulares com os empregados, ouvindo suas opiniões sobre políticas, supervisão etc. : William T. Redgate e Michael Rion, “CEO Support Is Critical in Preventing Ethical Breaches in the Workplace™, É Eihikos (maio-junho, 1998): 9-13. * Elaborar, revisar e divulgar o código de ética. ' * Instituir um sistema eficaz para comunicar atodos os padrdes exigidos pela empresa. * Estabelecer sistemas de “auditoria e controle, a fim de verificar a eficécia do pro- grama. presidente sénior. Não obstante, 59% acharj$ que têm acesso livre a0 CEO.º O gerente def alto nivel encarregado da execugio do progr: ma recebe muitas vezes o titulo de coordena; dor, encarregado de ética ou inspetor de p: drdes. Nas grandes empresas, um ou mais gerentes seniores são nomeados para agir comQ:g encarregados ou inspetores de normas, embo ra se espere também que toda a alta adminis*g tração dê apoio irrestrito e tome parte no p cesso. As vezes, a estrutura inclui uma comi são especial de gerentes seniores e/ou a direto N e . ria para supervisionar o programa. Muitas d: 100 rusdocea:det revieta. Forfund criaramio g0 de cacamregado de élica. A grande mai º desses cargos surgiu nos últimos cinco anos 2 Esses encarregados geralmente têm as sagum : tes responsabilidades: 3 = * Coordenar o cumprimento do pr com a alta administração, a du'c!ona e ORI gerentes graduados. Sy * Conceber meios consistentes de cumprimento dos cédigos e dos padrões. * Rever e modificar o programa para aumentar a sua eficécia. i Independentemente de como seja feita a 1 isão d i e—" vupcr;/lsao é pm%ram;.l ";ap(: anie que os e rentea oncairegadosicie'a ACaptemiD/piogre: ... objeúvps, 80 lamz\nho'e 8 bistória da rempresa. Comigual importância, cabe-lhes es:]ud:u' a nc.ccssxdadc de componentes especiais ojcumprimenty, tendozem; vistaa bisiorlada fempresa no nivel legal, os padrões do ramo e fas consideragdes sobre regulamentagiio 1 K . porventura aplicável. Aproximadamente 70% é dos encarregados de ética mantêm contatos regulares com o departamento jurídico da com- panhia. .Sess_ema e quatro por cento estabeleg coram ligações estreitas com o setor de recuros humanos e 57% o fizeram com o setor de úditoria." Se houver alto risco decorrente da natureza da firma, é preciso dar atenção espe- cial a esses assuntos e incluir no programa as medidas preventivas aconselhdveis. Além disso, sem um gerente eficiente a cargo do pro- grama, será impossivel organizar o aprendiza- do na empresa e manter os registros que documentam o que foi feito para cumpri-lo. Em um levantamento, os membros da Ethics Officer Association descreveram seu trabalho como orientado mais por consideragdes administrativas do que legais. Muitos sentiam forte responsabilidade por um sistema de comunicagdes que abrangesse todos os niveis da empresa, a avaliação de riscos e as iniciativas éticas eficazes e de alta qualidade. Além disso, tampouco pensavam que a Federal Sentencing Guidelines for Organizations houvesse transformado o cargo deles apenas em verificagio de uma lista de sete itens. Em vez disso, consideravam-se gerenciadores de um processo de comunicação interativo e coordenado." Os gerentes de alto nfvel que supervisionam o programa precisam ser responsdveis e jamais delegar autoridade discriciondria substancial a individuos que sabidamente praticam má conduta. Informagdes constantes da ficha funcional dos empregados, resultados de auditoria interna, opinides de gerentes e quaisquer outros dados disponiveis precisam ser usados para apurar a probabilidade de que os gerentes cometam atos que indiquem mau comportamento. Uma investigagio cuidadosa precisa ser feita também antes da contratação de indivíduos que foram julgados culpados de infrações graves, se a empresa souber — e deveria saber— dessas condenações. Se for descoberto algum ato de má conduta passada — por exemplo, se o indivíduo em questão foi condenado por crime doloso ou dispensado por má conduta por outra firma — , a responsabilidade será da empresa, se lhe delegar autoridade. Os encarregados de ética têm obrigação de impedir que indivíduos nessas condições exerçam cargos de autoridade. Comunicação eficaz de padrões éticos — Comunicagao Eficaz de raaroes ENcos Formulagdo de um Programa Etico Eficaz Peter Drucker, o guru da administração, prevê que a empresa do futuro estará fundada em conhecimentos e comunicações e será constituída principalmente de especialistas que dirigirão e ajustarão seu desempenho por meio de feedback recebido de colegas e clientes. Como parte de tal evolução, Drucker entende que os empregados serão ligados por uma visão e um conjunto de valores comuns, e não por tarefas e produtos especificos.'? Sem comunicações apropriadas, nenhum gerente poderá motivar empregados nem coordenar seus trabalhos. A comunicação que parte dos altos executivos mantém a empresa em um curso ético, cabendo-lhes ainda providenciar para que o clima seja compatível com os objetivos gerais da companhia. A comunicação é importante para prover padrões e orientar atividades éticas que integrem em um todo as áreas funcionais. O vicepresidente de marketing, por exemplo, precisa comunicar-se com gerentes regionais de vendas e outros funcionários que trabalham nessa área para certificar-se de que todos concordam com o que a empresa considera atividades condenáveis, tais como pagamento de propinas, conluios de preços e técnicas de vendas enganosas. Os altos executivos, além disso, têm ques municar com os gerentes do nível operacional (em produção, vendas ¢ finangas, por exemplo) e insistir para que os padrdes éticos gerais sejam observados por todos. Quando enfrentou cZabela 8.5 usagdes de uma de suas franqu das, de que estava praticando discriminação, alta administragdo da Wendy’s Internationa aproveitou a oportunidade, para comunicar empresa e ao público seu compromisso cofy a diversidade étnica, e contou em pormenofes B 168 sua história nesse particular. Como resultado quase um terço dos novos franqueados dã Wendy's são membros de minorias e mais um quarto de antigas lojas própriasda emp foi vendido a esses grupos. A Black Enterprig Magazine reconheceu que a empresa é un das maiores franqueadoras com franqu: negros, nos Estados Unidos. Devido ao tral lho de comunicação da alta administração e d midia, foi fortalecida a compreensão geral, il terna e externa, das iniciativas de diversifi ja descoberto ou ndo, o ato continua sendo antiético; Bronte: Os principios éticos podem ser implemen- Bireinamento. Debates conduzidos nos programas transformam-se às vezes em foros de opi- uma comissão de ética pode resolver conflitoX Assim, os — empregados ficam habilitados a bascar suas - decisões no conhecimento de opções, e não nas situagdes. Para ter suces- As iniciativas de treinamento e comunica- so, o programa precisa educar os funcionários — ção precisam refletir as características próprias Hbela 8.6 nadas para resolvê-las, Um programa efeti excerto de um manual da companhia intitul Ethical Choices e fomece indicações de cói -'j — sobre estruturas e modelos éticos formais para iões pessoais sobre o que deve ou não ser fei- * emoçõe: to em determinadas las e resolvé-las em situagdes ambfguas. Al disso, deve-se dar a eles instrução sobre corif pedir ajuda de gerentes e outras pessoas desi flitos de interesse. A Tabela 8.6 oferece W. Manley 11, The Handbook of Good Business Practice, 1992, p. 87. Rey pm«lu'nln com dos nas empresas por meio de programas de — analisar questdes dessa natureza. toes éticas e lhes fomecer meios de enfrentd objetivo de implementar padrões e eliminar corf Adaptado de Walter tpermissão da International Thomson Publishing Lid. tância ajudar os empregados a identificar qu comissão de boas práticas empresariais, corr Ajudar o empregado a identificar as dimensões éticas de decisões na empresa Dar a0 empregado meios de resolver problemas éticos. Ajudá-lo a compreender a ambigdidade inerente a situações éticas. Tomd-lo consciente de que seus atos definem a postura ética da empresa tanto interna quanto externamente. Proporcionar orientação para identificar gerentes ou outros que possam ajudar na soluçã de conflitos éticos. Eliminar a convicção de que conduta antiética poder ser justificável, salientando que: « 0 ato antiético jamais serve aos melhores interesses da companhia; ¢ *+ a firma é considerada responsável pela má conduta de seus empregados. lista de fatores de importincia crucial para; bom treinamento ético. É da mais alta imporg comunicações abertas. A fim de promové-la§3 em seus vários níveis, a empresa criou umi Pontos fundamentais para o bom treinamento ético. * forgar os limites do que é ético resulta em conduta antiética; ção na empresa.” A Tabela 8.5 contém urkiy pode reduzir conseqiiéncias de natureza cri nal, civel e administrativa, mclumdo multas, nalidades, julgamentos, p de licitações de órgãos públicos e fiscalizag da empresa por órgãos do poder judicidrio. programa ineficaz, que gere publicidade ne; tiva sobre atos antiéticos na empresa, pode o sionar queda do valor de suas ações.!* 169 Principios básicos do Citicorp (Comissão de Boas Práticas Empresariais) quanto a padrões éticos e diretrizes sobre conflito de interesses. O Citicorp conquistou reputação de excelência e integridade enquanto alcançava notável sucesso em suas atividades. Com o objetivo de salvaguardar nossa história de integridade, devemos ser extremamente cuidadosos em inossos negócios com clientes, os quais também observam altos padrões de integridade. De modo algum podemos aceitar qualquer plano de negócios ou propostas individuais que possam prejudicar a reputação do Citicorp, missão de Boas Práticas Empresariais A Comissão de Boas Práticas Empresariais é parte de um programa permanente do Citicorp para evitar situações em que nossos interesses pessoais possam entrar em conflito ou pareçam colidir com os interesses da empresa ou de seus clientes. Os membros da Comissão determinam se existe ou não conflito de interesses em uma dada situação e aconselhanos e ajuda-nos em todas as ocasiões em que porventura surjam. Se tivermos alguma dúvida se um desses conflitos ocorre, ou se uma situação cria uma dúvida razoável sobre sua existência, devemos comunicar os fatos a um chefe de É serviço e pedir orientação. Se o chefe tiver dúvidas, el, por sua vez, deve pedir orientação à Comissão. As questões devem ser encaminhadas ao presidente da Comissão ou ao secretário, por meio do escritório do Secretáriado Corporativo. f Nenhum desejo há de indagar sobre os assuntos pessoais de qualquer funcionário, além do ponto que mantenha o nome do Citicorp acima de qualquer suspeita e impeça censuras ao seu pessoal. Todos temos que cumprir a parte gque nos cabe para mantermos nossos altos padrões, revelando imediatamente, ou submetendo a exame, quaisquer Esituações que possam transformar-se em um possível conflito de interesses. 'onte: Ethical Choices, Citicorp, p. 6. Reproduzido com permissdo. ¥mplantacdo de sistemas de smonitoragdo, auditoria e da êmpresa: porte, cultura, valores, estilo de gerência e recursos humanos. É importante que os programas estabeleçam uma distinção entre ética pessoal e ética empresarial. Para que seja eficaz, o treinamento deve começar obrigatoriamente com uma fundamentação, um código de ética, uns procedimentos para identificar esses assuntos, uma participação do pessoal operacional e administrativo, e prioridades do nível executivo em matéria de ética, que devem ser comunicadas aos empregados."* Gerentes de todos os departamentos devem participar da elaboração do programa. A Tabela 8.7 mostra os vários tipos de treinamento em ética entre os quais os gerentes podem escolher. O Ethics Resource Center fornece programas interativos de treinamento em CD-ROM, tratando de segurança ambiental e local de trabalho sadio, isento de drogas, explicando o Foreign Corrupt Practices Act [Lei de Práticas Corruptas em Operações no Exterior], comentando segurança e assédio sexual. Pesquisas realizadas entre as 100 maiores empresas norte-americanas, da revista Fortune, revelaram que 95% de seus empregados declararam estar satisfeitos com o treinamento recebido.' Entre os objetivos do programa poderia fi- gurar o aumento da compreenso pelo empregado a respeito dos problemas éticos e a capacidade de identificé-los, informação sobre os procedimentos e regras aplicáveis nesses casos e indicagdo de pessoas para contato, que poderiam ajudé-los a resolver os problemas. A fim de sensibilizar os funciondrios para esses Fabela 8.7 consiste em minicasos que tratam de dxle a éticos de grande importancia e fornecem solug Venficar o cumprimento de programas i! -a comparar o desempenho do funciondrio m os padrões éticos da empresa. Isso pode feito mediante observagdo da conduta dos mpregados e de um enfoque proativo de lidar fom problemas éticos. O programa eficaz utilia recursos de investigagio e de comunicagio. podem escolher as melhores. Nem todhs sa soluges são claras. Na verdade, algumas apenas parcialmente corretas. Por meio de int ragdes no grupo e conversa com o facilitdg do treinamento, o jogo ajuda os empregados compreenderem melhor o que é um problen s ético e como resolvé-lo."” vezes, auditoria e andlise externas das ativiides da companhia são úteis para estabelecer énos i de cumprimento. decisdes éticas são influenciadas pela cul da empresa, por colegas e chefes, além de stz lo pela oportunidade de praticar conduta inl ceitável."* Todos os trés tipos de influéncia A existéncia de um sistema interno que perjita aos empregados comunicar casos de má snduta é muito útil para monitorar o comporento. Muitas firmas mantém linhas telefô- regras e dos procedimentos pode fortalecer p igual a cultura da empresa ¢ a postura ética (& colegas e chefes. Essa conscientização, aléil disso, prepara os empregados para resistira o tunidades de praticar conduta antiética e reduzy probabilidade de mau comportamento. A exi téncia de regras e procedimentos e a exigénd da empresa de que eles sejam cumpridos tam as préticas antiéticas. Se adequada e cu dosamente concebido, o treinamento pode ass& sig gurar que todos na empresa: 1) identifiquem tuações que podem envolver tomadas de deGig i sões éticas; 2) compreendam os valores e cul avali a habilitados estejam 3) e ra da empresa; o impacto de decisdes sobre a companhia, 142 : da sua estrutura de valores.'” Micas de discagem direta especialmente para s vezes chamadas de as de socorro, para oferecer apoio aos fun®iondrios, além de uma oportunidade de comucarem suas preocupagdes nesse particular. bora haja sempre a preocupagdo de que alfuém possa dcscrcvcr mal uma situação ou usar ds por cxcmpla criou a sua e, como não beu nenhum telefonema durante muito temu reeducar os empregados sobre a fidade dessa ajuda, a garantia de anonimato a maneira de acessá-la. Após o treinamento, umentou o uso da linha.?º Formas de treinamento em ética. Palestras " Vídeos CD-ROM/CD-ROM pprimento de padrões éticos ções alternativas, entre as quais os jogado interativo Simulações Jogos Casos Manuais Material baseado na web -. como esse funcionário trata uma situação fificil do pontode vista ético. Muitas organiza{8 ÇÕES, por exemplo, utilizam a técnica de repreento de vendedores e gerentes. Questões éti- podem ser incluídas no roteiro, que deverá filmado, se possível, para que os participane seus chefes ou gerentes de nível mais elelo possam avaliar os resultados do dilema. Questionários que avaliam como os empregados vêem a empresa, os seus chefes, os colegas e a si mesmos sob o ângulo ético — bem como a classificação de empresas do mesmo ramo quanto às práticas éticas ou antiéticas — podem servir como critérios em uma avaliação permanente da conduta. Em seguida, se for constatado que aumentou a quantidade de casos de comportamento antiético, a gerência pode ter uma melhor compreensão dos tipos de práticas condenáveis que possam estar ocorrendo, e por quê. Nesse caso, talvez se faça necessária, uma mudança no treinamento. Quando a General Dynamics Corp., por exemplo, foi flagrada faturando em excesso contra o gover- no dos Estados Unidos em contratos com o Departamento de Defesa, a companhia divulgou uma declaração de vinte páginas, intitulada “Padrões de Negócios e Conduta”, que distri- buiu entre seus 100.000 empregados. Além disso, criou uma comissão, constituída de membros da diretoria, para reestudar a política ética, e um grupo executivo para supervisionar a sua execução.?' A ação corretiva implica premiar empregados que cumprem as políticas e os padrões da empresa e punir os que não o fazem. Quando os empregados os cumprem, essa conduta deve ser premiada com reconhecimento público, gratificações, aumento de salário ou outros meios. De igual modo, quando eles se desviam, devem ser repreendidos, transferidos, descontados no salário, suspensos ou mesmo despedidos da organização. Se a empresa quiser manter uma conduta ética, suas políticas, suas regras e seus padrões terão que ser incluídos em um sistema de cumprimento obrigatório. Manter uma cultura ética pode tornar-se difícil se a alta administração não der todo apoio a tal comportamento. Veja-se, por exemplo, o caso da California Micro Devices Corp., fabricante de componentes de semicondutores. Dois de seus ex-executivos participaram de um esquema ilegal para aumentar artificialmente o valor das ações da companhia. Ambos foram condenados a um mínimo de dois anos de prisão e, além disso, multados em 100.000 dólares cada, e obri- 172 Formulagdo de um Programa Etico Eficaz gados a se desfazer de ações no valor de 2 milhões de dólares.?º Se a alta administração se comporta de maneira condenável, como Ocorreu com esses executivos, provavelmente será difícil criar e manter um clima ético. com tipos particulares de infração. Em alg\m; casos, a companhia é obrigada a comunicar conduta comprovada a um representante desig+ nado do governo ou de um órgão regulamenta Reduzir esse tipo de conduta é uma meta que em nada difere de procurar elevar os lucros. Se o progresso não estiver sendo conseguido pára criár e manter uma cultura ética, a companhia precisa descobrir por que e tomar medidas corretivas, seja aumentando o rigor no cumprimento dos padrões vigentes, seja elevan- Federal Sentencing Guidelines for Organizati por ter em vigor um programa efetivo de cus primento de normas.” do-os a níveis mais altos. Se for dinamicamen- a fim de candidatar-se a créditos, nos termos d Aprimoramento continuo do programa de cumprimento de normas éticas A exigência de cumprimento invariável e a necessária ação disciplinar são essenciais para programa efetivos. O encarregado de ética ou de implementação do programa é em geral responsável pelos sistemas disciplinares no âmbito de toda a organização, executando todas as ações disciplinares iniciadas pela companhia por violações de seus padrões. Uma quantidade cada vez maior de empresas está incluindo o cumprimento de normas éticas nas avaliações e no boletim de merecimento dos empregados. Durante as aferições de desempenho, a empresa pode pedir aos empregados que assinem um documento declarando que leram as diretrizes que estão em vigor na companhia sobre suas políticas éticas. A companha precisa também investigar sem demora quaisquer_casos -conhecidas - ou.s uta.O empregado designado, freqilentemente o encar- regado pela ética, terá, que fazer uma reco- mendagao ¥ alta administragdo sobre como lidar Habela 8.8 173 Declaração de Missão e de Aspiragoes da Levi Strauss. Declaragiio de Missão da Levi Strauss A missão da Levi Strauss & Co. é manter sucesso comercial responsével como companhia globalizada de venda de vestuários caracterizados por sua marca. Temos que manter equilibradas as metas de alta rentabilidade, retomo de investimentos, posição de lider no fmercado, e produtos e servigos de qualidade superior. Conduziremos nossos negécios de modo ético e demonstraremos lideranga ao cumprir nossas responsabilidades para com as comunidades e a sociedade. Nosso ambiente de trabalho será seguro, produtivo, caracterizado por tratamento justo, trabalho em equipe, comunicagdes abertas, tação de contas de cada pessoa por seus atos e oportunidades de crescimento e desenvolvimento. Declaragio de Aspirações Todos queremos uma companhia da qual sintamos orgulho e com a qual tenhamos um compromisso, em que € 10dos os funciondrios encontrem oportunidade de contribuir, aprender, crescer e progredir com base no mérito, e não J& em politica ou background. Queremos que o nosso pessoal se sinta respeitado, tratado com lealdade, que seja ouvido ¢ participantc. Acima de tudo, descjamos a satisfação trazida por amizades e realizações, vida pessoal e profissional equilibradas e satisfação em nossas atividades. te aplicado e transformado em parte da cultura, o código poderá ser eficaz para melhorar a conduta ética interna. Se for simplesmente uma maquiagem, e não parte autêntica da cultura, o código pouco conseguirá. O esforço para impedir esses tipos de comportamento são importantes para as relações a longo prazo da empresa com empregados, clientes e comunidade. Se não for iniciada uma ação corretiva contra conduta definida como inaceitável, em termos de empresa e sociedade, tal tipo de comportamento, ao que tudo indica, persistirá. Aprimoramento Continuo do Programa de Cumprimento de Normas Eticas 3 Bnhia, fechar a brecha que possa existir entre principios priticas e atualizar alguns de nossos valores para que reflitam as circunstâncias do mundo moderno. empresariais, usando os recursos disponívei: levando em conta as limitagdes porventura exi! qual o desempenho ético interno pode monitorado, controlado e aprimorado. A capacidade da organizagiio para planejá e implementar padrões éticos depende em i i onfiança: lideranga que sirva de exemplo de franqueza, abertura a influências, compro550 com o sucesso de terceiros, disposição de reconhecer nossas contribuições para a solução problemas, responS | fsabilidade pessoal, trabalho de equipe e confiança. Temos não só de servir de modelos de tal conduta, mas ensinar os te da sua estrutura de recursos e de atividat para alcançar os objetivos éticos de, man eficiente e efetiva. Desde a sua fundação,& 1850, o fabricante de vestuários Leyi Strai & Co. comunica aos empregados seus valo — o que a firma representa e aquilo em que 05 seus funciondrios acreditam, bem como a ti dição de sempre tratar com fidelidade e pre cupar-se com a satisfação dos consumidores A “Declaragio de Missão” e a “Declara (ver Tabela 8.8) estabelece:de Aspiragde: como a organizagio deve ser administrada. AS, atitudes e o comportamento do pz:ssoal têm q\l ser.orientados por um compromisso comp: Ihado com.a’ empresa, e não por uma ques! de obediéncia-a autoridade tradicional da administrag@io. Estimular a diversidade de: pectativas, opinioés divergentes e habilitar!il úonndn—euhonewdademmnpaudn.eniolvpnnudl Reconhecimento: liderança que proporcione maior reconhecimento — tanto financeiro quanto emocional — do m trabalho de individuos e equipes que contribuam para o nosso sucesso como empresa. O reconhecimento deve tributado a todos os que déem a sua contribuição: os que criam e inovam e também os que ininterruptamente tam das funções dos négócios no dia-a-dia. Práticas éticas de gerência: liderança que seja símbolo dos padrões reconhecidos de conduta ética. Temos que Ser claros sobre nossas expectativas e exigir o cumprimento desses padrões em toda a empresa. Comunicações: liderança que seja clara sobre a Companhia, a unidade, os objetivos e as metas individuais. Nosso pessoal deve saber o que deles esperamos e receber feedback oportuno e honesto sobre seu desempenho e as aspirações na carreira. Delegação: liderança que aumente a autoridade e a responsabilidade dos que estão mais próximos de nossos fprodutos e clientes. Insistindo na importância da responsabilidade, confiança e reconhecimento de mérito na Einpresa, podemos aproveitar e liberar as habilidades do nosso pessoal. [PFonte: Levi Strauss & Co. Reproduzido com permissdo. 174 Auauoria Yuanto ao Cumprimento de Normas Eticas Formulagao de um Frograma Elico kficaz ternamente as pessoas ajudam a alinhara lide- Auditoria quanto ao rança da empresa com os empregado: Se a empresa chegar à conclusão de que seu desempenho não é satisfatório em termos éticos, talvez seja conveniente verificar como certos tipos de decisões são tomadas. A empresa descentralizada, por exemplo, pode ter necessidade de centralizar decisões importantes, mesmo que apenas por pouco tempo, de modo que a alta administração se assegure de que elas são éticas. A centralização pode reduzir as oportunidades de gerentes de nível inferior e de empregados tomarem decisões impróprias. A alta administração poderá, em seguida, concentrar-se em aprimorar a cultura interna e instilar novos valores éticos, oferecendo prêmios por conduta positiva e punindo o comportamento negativo. Em outras organizações, a descentralização de decisões importantes pode constituir a melhor maneira de solucionar problemas éticos, de tal modo que geren- tes de níveis inferiores, conhecedores das forças operantes no ambiente empresarial e na cultura local, possam tomar mais decisões. Seja a função de ética centralizada ou descentralizada, a principal necessidade consiste em delegar autoridadede maneira tal que a empresa possa obter comportamento ético de seus empregados. A influência dos valores pessoais nos programas de ética Os valores das empresas u.ndLm a dominar a maioria das culturas organizacionais, particularmente na auséncia de valores éticos individuais. Embora participem das decisocs, os valores pessoais sdo apenas um dos componentes fundamentais que orientam decisoes, ações e politicas das empresas. Os valores da companhia, da maneira traduzida em procedimen- tos e politicas, tendem a impulsiond-la para determinadas metas e ao longo de certas trajetó- rias. Assim, o 6nus da conduta ética relacionase com os valores e as tradigoes da empresa, e não apenas com os individuos que tomam e executam as decisdes.” ais e cultura da empresa na ética nos negécis umprimento O argumento da “maçã podre” — a ldéla d ¢ descrevia o processo de tomadas de decião ética. Embora não explicasse exatamente ;omo isso acontece, o modelo fornecia, de fato, Biima boa idéia geral que pode ser útil na implenentagiio de uma auditoria do cumprimento de flormas. A auditoria do cumprimento de antiéticas, dependendo do desenvolvnmcn moral de cada uma, e implica que as empt pouco podem fazer para influenciar o com tamento delas. Se o principio da maçã verdadeiro, entio as empresas deverão tentgf identificar esses individuos e evitar contratá-] flormas éticas é uma avaliagdo sistemética do frograma de ética da empresa, medindo-lhe o lesempenho e a eficácia. É especialmente útil “ a destacar os principais fatores que influen- A idéia do barril podre é que nele há alguti a maneira como são tomadas as decisões. A cultura da empresa, incluindo colegas, chee gerentes de nível mais alto e sistemas foris de recompensa e castigo, exerce uma inHuência importante sobre o comportamento dos coisa que estraga as maçãs boas. Em ouí palavms acultura da empresa influencia nc tura da empresa que os envolve, incluindo colgl gas, superiores e o sistema de recompe; A empresa poderia influenciar o compo Fabela 8.9 empregados. Compreender as questdes éticas levantadas em um trabalho de auditoria pode ajudar na elaboragio de códigos e de outros programas para obter boa conduta. Da auditoria de cumprimento de padrdes €ticos mostrada na Tabela 8.9 constam exemplos de procedimentos que poderiam ser usados para avaliar as preocupagdes éticas da empresa e seus mecanismos de controle. A auditoria deve fornecer um levantamento sistemético e objetivo das condigdes éticas reinan- tes. Tal como uma auditoria contdbil, a auditoria de ética pode ser mais útil se alguém com experiéncia e de fora da empresa realizaro trabalho. Note-se que as questdes sob o titulo “Questdes ligadas à empresa”, na Tabela 8.9, ndo prescrevem agdes élicas normativas especificas. Em vez disso, concentram-se nos mecanismos que tornam ética a empresa. As ques- Auditoria de cumprimento de normas éticas. uestões ligadas à empresa* duta e desestimulem a m4 conduta. Esse que é favordvel ao emprego de c6digos de ca e programas de treinamento. éticas No Capitulo 5, apresentamos uma estrutura que a culpa pelo compommenlo antiético g i ou, entdo, demiti-los.” de normas 175 NAO ' Pessoas com alto desenvolvimento cogni vo moral ¢ seguidoras de bons principios dem a agir de modo mais €tico do que out Contratá-las, portanto, poderá elevar o tom —‘u 1. A companhia tem um c6digo de ética razoavelmente capaz de prevenir má conduta? 2. Há alguém com n grande autoridade administrativa responsável pelo programa de cumprimento de normas éticas? NAO 3. Há mecanismos que evitem delegagio de autoridade a pessoas com propensio para má ot NÃO 4. A empresa adota padrões e procedimentos de comunicação eficazes, mediante programas de treinamento de seus empregados? desm NAO 5. A empresa comunica seus padrdes éticos a fornecedores, a clientes, e a terceiros significativos o een ARl TelaçÕeS que empregados que esperam punições ngo 3 sas comportam-se de maneira mais corrg Essa descoberta implica que a cultura inteq produza grande impacto sobre as tomadas:{i3 decisdo. A companhia que quiser promo) comportamento ético poderá adotar ambos OS; NÃO 6. Os manuais e documentos que orientam as operagdes contém mensagens éticas sobre conduta NAO 7. Há na empresa comunicagdes formais ou informais sobre procedimentos e atividades que são NAO 8. A administração dispde de um mecanismo para identificar questões éticas que envolvam co da empresa ¢ aprimorar as tomadas de cisão ética em base didria. É também verdagy apropriada? considerados conduta ética aceitável? empregados, clientes, comunidade e sociedade? enfoques, como tentar contratar pessoas NAO padroe: almente aceitose criar um clin interno sadio. Em outras palavras, o sister funcionará melhor se houver boas maçí bons barris. Tanto maçãs como barris p provavelmente resultarão em problemas, cos. NAO NÃO 9. Há um sistema que permita aos empregados denunciar um comportamento antiético? 10. Há na empresa coeréncia na exigéncia de cumprimento de padrões e aplicagdo das punigdes? 11. Há comissã departamento, equipe ou grupo com a função de tratar de questões éticas na empresa? 12. São feitas tentativas para aprimorar sempre o programa de cumprimento das normas éticas? NÃO jUma grande quantidade de respostas afirmativas indica que a empresa tem mecanismos de controle e procedimentos 0s. Formulagio de um Programa Etico Eficaz 176 Habela 8.9 Resumo do Capitulo Auditoria de cumprimento de normas éticas (continuagdo). Exemplos de questões especificas que poderiam ser monitoradas em uma auditoria de ética** 1. Há sistemas e procedimentos operacionais para que os empregados mantenham conduta ética SIM NÃO mesmo fora do trabalho? 2. É necessário que os empregados infrinjam normas éticas da companhia para fazer seu trabalho? SIM NÃO SIM NÃO 3. Há um ambiente de fraude, repressão ou encobrimento relativos a questões que seriam embara: çosas para a companhia? práticas gerenciais participativas que permitam a discussão de questões éticas? Faltam 4. SIM NÃO de compensação (premiação) inteiramente dependentes do desempenho? sistemas Há 5. SIM NÃO SIM NÃO 6 Háassédiosexual? SIM NÃO SIM SIM NÃO NÃO SIM NÃO SIM NÃO SIM NÃO SIM NÃO 11.Os produtos são descritos de maneira que induza a erro, com impacto negativo ou com limitações não reveladas aos consumidores? 12. Documentos e materiais de outras companhias, protegidos por direito autoral, estão sendo usados sem a devida autorização? 13.Asverbasde representação, diárias etc. são infladas? SIM NÃO 14.Sãocobrados preços excessivos aos consumidores? SIM ou na premiação? 8 Asúnicaspreocupações com impacto ambiental são as exigidas pela legislação? 9. Nas atividades da empresa, falta preocupação com os sistemas de valores éticos da comu: 10.Mensagens enganosas ou que induzem a erro são usadas em promoções de vendas? NÃO 15.Hácópianão autorizada de programas de computador? As respostas afirmativas indicam as possíveis questões éticas a examinar. tões especificas a monitorar na auditoria ética são fornecidas como exemplo, com perguntas que contém avaliagdes normativas de comportamen- to. As empresas devem participar de seus instru- mentos de auditoria, a fim de certificar-se de que as questdes decisivas que enfrentam foram inclufdas no levantamento. A alta administração preci- -muuu—— sa envolver-se na escolha das questões normati que devem ser avaliadas, baseadas em sua d jada perspectiva ética. Nos casos em que fo encontradas situações que déem margem a p cupações, a auditoria poderá ajudar a empres instituir códigos de ética e políticas que sirv: diretrizes para a conduta de seus funcionários Resumo do capitulo O programa eficaz de cumprimento de normas éticas requer: c6digos de ética e padrdes de cumprimento de normas; pessoal de alto nivel responsével pela exccugdo.do programa e por delegação de autoridade; programas eficazes de comunicagdo ¢ treinamento; sistemas para monitorar, realizar o trabalho de auditoria ——mrmmmn ¢ exigir o cumprimento dos padrões; e o esí —Ív 0 necessário para aprimorar continuamer programa de cumprimento de normas étic: O programa deve contribuir para redu: possibilidade de que ocorram penalidades denadas pela esfera legal ou por reação pú ca negativa à má conduta. A alta admi o da empresa cabe prestar contase ser res- *ponsável por casos de má conduta em s - vidades. A organização precisará de um programa eficaz para assegurar que todos os s 8 funciondrios compreendam os valores vigentes ftno mundo dos negócios e cumpram as pohuc S códigos de conduta que criam um cli O principal objetivo da Federal Sentencing uidelines for Organizations é incentivar as oranizagdes a avaliarem riscos e, em seguida, ¢ automonitorarem e agirem ativamente para impedir atos antiéticos e punirem os emprega0s ou stakeholders que os praticarem. As re: nsabilidades da empresa, segundo esse diplotma legal, sdo pautadas em quatro considera¥coes. Em primeiro lugar, qualquer dano causado pela empresa ou seus prepostos deve ser feorrigido da melhor maneira possivel. Em seindo, se a organizagdo operar orientada prinEipalmente por finalidade criminosa, as multas Hevem ser estabelecidas em nivel suficientefiticnte alto para privé-la de todos os seus atiB/ 0s. Em terceiro, as multas devem corresponder Bigravidade da infragdo e à culpabilidade da ipresa. Em quarto, a colocação em regime iado é apropriada para a empresa réu quanassegura que ela tomará providências para ipedir más condutas futuras. “A conduta ética pode ser incentivada com a io de padrões, em particular os códigos éuca. Várias organizações os adotam. Esses ligos são declarações formais sobre o comporto esperádo dos empregados. Sem políticas es uniformes, os funcionários terão difitlidade de saber qual o comportamento aceitável à a companhia. O código precisa ser instituído Mo parte do desejo da alta administração de toda a empresa cumpra os valores, as regras a5 políticas que criam um clima ético. Há seis passos na implementagio eficaz dos igos de ética: distribuigdo geral do cédigo o pessoal; ajuda na interpretagio e na preensdo de sua aplicação e intengio; ecificação da função da geréncia na implegitacio; informagdo aos empregados dos tivos do cédigo e de sua responsabilidade 177 em entendé-los; estabelecimento de um mecanismo para recebimento de quei: e de: ção final. O programa de cumprimento pode ser muito melhorado se houver um gerente de alto ní- vel ou uma comissão encarregada pela administração da empresa de supervisioná-lo. Todos os encarregados, gerentes e empregados são responsáveis pela observância do progra- ma e por sua implementação. Os gerentes que o supervisionam devem cuidar para não dele- gar autoridade discricionária substancial a pessoas que têm propensão para má conduta. A comunicação efetiva pelos altos executivos mantém a firma no curso ético, cabendo-lhes providenciar para que o clima seja compatível com os objetivos gerais da organização. A comunicação é importante em todas as tentativas de estabelecer padrões éticos que facilitem a integração entre as áreas funcionais da empresa. O treinamento em ética é fundamental, porquanto ajuda os empregados a identificarem questões delicadas e lhes dá meios de enfrentálas e resolvê-las. Aos funcionários cabe pedir a gerentes ou a colegas designados a ajuda de que necessitarem para solucionar problemas. O cumprimento do programa implica comparar o desempenho dos empregados com os padrdes éticos da empresa. Pode ser aferido por meio do comportamento do pessoal e por um método proativo de lidar com questões éticas. A ação corretiva envolve premiar empregados que cumprem as politicas e normas da empresa e punir os que as ignoram. Cumprimento € ação disciplinar coerentes são necessdrios para que o programa funcione em base continua. A capacidade da organizagio de plancjar e implementar padrdes éticos em suas atividades depende em parte dos seus recursos estruturais e das atividades que ela empreende para atingir objetivos éticos de maneira eficiente e eficaz. Embora sejam parte das tomadas de decisões éticas, os valores pessoais são também 178 Formulagdo de um Programa Etico Eficaz apenas um dos componentes que as orientam, juntamente com os atos e politicas da empresa. O ônus da conduta ética relaciona-se também com os valores e tradigoes da empresa, e não apenas com os individuos que tomam concretamente as decisdes ¢ as executam. A teoria do “maçã podre/barril podre” pode ajudar Uma Situagdo da Vida Real a explicar a relação entre os valores pessoai; € a cultura da empresa, na ética no mundo do; m_gocms cas é um levantamento sistem: da condigdo ética da empresa ¢ pode ser mal objetiva se for realizada por terceiros. Termos importantes códigos de ética teoria da “maçã podre/barril podre” auditoria de cumprimento de normas étic: implementagio | operações. Sua secretdria, Ramona, providencia para que os relatérios sejam preparados corretamente, que as contas sejam pagas e ‘ que Jim aprenda bem as larcfns que lhe compo quc se tornou o que se chama de “parte | dos méveis e utensflios”. Os trés capatazes de Jim, todos já no limiar da casa dos 40 l anos, mantém as coisas funcionando bem azeitadas. A esposa de Jim, Elaine, estd tendo problemas para adaptar-se ao norte do É Estado de Nova York. Conversando com À| outras esposas de gerentes, soube que a “sen- e S Jim, agora em seu quarto ano na Cinco Corporation, completou o programa de treinamento em geréncia da companhia e, trés meses atrds; foi nomeado-gerente de fébrica. A Cinco Corporation tem fébricas de processamento.de polpa de madeira, para produção de papéis de vérias texturas, usando árvores geneticamente modificadas, de crescimento répido. A fábrica de Jim, a menor e mais antiga da Cinco, Tocaliza-se no norte do Estado de Nova York, nas proximidades de uma pequena cidade. Emprega entre 100 e 175 operdrios, a maioria residente na cidade préxima. A fébrica, na verdade, orgulha-se de ter empregados cujos pais e avós ali trabalharam também. Todos os anos, a Cinco patrocina um piquenique no dia 4 de julho, Independéncia americana, para o qual convida todos os moradores da A politica da empresa é dar inteira liberdade no trató com dos, com a comunidade e com cidade. aos gerentes os empregaa propria fá- brica: Seu-principal critério de desempenho é o lucro, e os empregados estio absolutamente conscientes desse fato. processamento de polpa de deira, a Cinco localiza-se nas antiguidade da fébrica, grandg parte do seu equipamento ¢f ultrapassada. Em conseqiiénci há necessidade de mais tempo, dinheiro para produzir papel /n destacar na fébrica do norte de Nova Yo poderd ser transferido para outra maior e moderna. Como resultado da tradição, riada de gerentes e se mostram cndum_gzd e indiferentes a mudangas. Além dlsa’ brica. Em uma das muitas salas, havia qua- Certa manhã, ao chegar ao escritório Jim vendo," disse-lh¢ Chuck, “a fébrica nunca |f te ndo ultrapassa dois anos. Em um grande f estéica. “O que aconteceu?”, perguntou. “Vocé vai ter que ligar para a EPA”, responKideu cla. “Nada de realmente importante. Ralph Rl Hoad pediu que vocé ligasse para ele.” Ao & fazer a chamada, Ralph disse-lhe que o despejo de dejetos no rio ultrapassava as diretris da Environmental Protection Agency PA) [Agéncia de Proteção Ambiental] e que aria um pulo até 14 na semana seguinte para discutir o assunto. Jim desligou e pediu a amona os resultados de coleta de amostra seguinte, comparou os testes do dia terior com os dos últimos seis meses e tam- ouco encontrou discrepancia em relação aos droes da EPA. Mas, enquanto continuava a examinaros dados, algo que não notara antes se destacou nos impressos de computador. fodos os testes haviam sido feitos durante perfodos de trabalho da primeira e da se- .gerentes, incluindo Jim. ... Em seu curto perfodo de geréncia, Jin aprendeu muito com os operdrios sobre'i ligou para ele, o homem mostrou-se também evasivo e disse-lhe que não se preocupasse — que Ralph lhe explicaria tudo. Naquela noite, Jim resolveu fazer uma inspeção in loco e submeter a teste a dgua de despejo. Ao chegar ao rio, teve certeza, pelo cheiro, que havia algo errado. Imediatamente, voltou à fébrica e exigiu que lhe explicassem o que estava acontecendo. Chuck, o terceiro capataz, levou-o para o subsolo da fá- não encontrou Ramona com sua habitual pose como a chamava, geralmen- co adota h4 muito tempo a politica de i seu novo pessoal nessa fábrica, a fim de a balho e as instalagdes fabris com eficiénci Segundo a mesma tradição, o gerente que; ele chamasse o terceiro capataz. Quando Jim tro grandes tanques de armazenamento. Chuck explicou-lhe que, quando o manômetro de pressão chegava a certo nfvel, um operário do terceiro tumo abria a vélvula e permitia que os rejeitos quimicos se misturassem com o conteúdo do tanque. “Como vocé está É tenga de prisão”, | calenddrio que afixou na parede da cozinha, ela risca cada dia que passa. Uma situagdo da vida real’ 179 inda turmas. Jim chamou à sua sala os ca- dos dois turnos e perguntou se eles iam o que estava acontecendo. Ambos derespostas muito evasivas e sugeriram que foi modernizadd para atender aos padrdes da EPA, de modo que tivemos que desviar para aqui o material poluente. Duas vezes por semana, nés o despejamos no rio.” “Quem é que sabe disso?”, perguntou Jim. “Todos que precisam saber”, respondeu Chuck. Ao voltar para casa, Jim conversou com Elaine sobre a situação. A reação dela foi: “Isso significa que estamos entalados aqui? Porque, se estivermos, eu não sei o que vou fazer.” Jim sabia que todos os gerentes anteriores deviam ter enfrentado 0 mesmo problema. E também que não haveria provisdo no orgamento, pelo menos durante mais dois anos, para instalar o equipamento exigido pela EPA. Na manha seguinte, examinou os relat6- rios enviados à EPA e notou, surpreso, que a fébrica sempre alegara cumprimento das normas. Deveria ter havido, e sido divulgadas, adverténcias e multas, mas nada encontrou. Naquela tarde, Ralph Hoad chegou, conforme prometido. Conversou sobre o tempo, sobre caga e pesca, ¢ em seguida disse: “Jim, eu sei que vocé é novo aqui. Pego desculpa por não ter vindo aqui antes, mas não vi ra230 para isso, porque seu antecessor cuidou dos meus interesses até este mês.” “O que vocé quer dizer com isso?”, perguntou Jim. “Ramona lhe explicaré tudo. Não há motivo 180 Formulação de um Programa Etico Eficaz para preocupações. Sei que ninguém na cidade quer que a fábrica seja fechada, e eu, menos ainda. Este velho lugar está cheio de recordagdes. Passo por aqui para lhe fazer uma visita dentro de uns dois meses”. Com essas palavras, Ralph despediu-se e saiu. Jim chamou Ramona e lhe pediu uma explicação sobre o que Ralph dissera. Ela lhe mostrou na contabilidade uma despesa de 100 dólares, a titulo de pagamentos diversos. “Fazemos isso todos os meses”, disse. “Há quanto tempo isso vem acontecendo?”, quis saber Jim. “Desde que foram baixadas as novas regras da EPA”, respondeu Ramona. E prosseguiu, para esclarecer as alternativas de que Jim dispunha. Ou ele continuava a pagar alternativa é a melhor para sua carreira, 0 último gerente que foi contra o sistema p b se vocé não pode dirigir a fábrica da G no norte do Estado de Nova York vocé pode dirigir coisa alguma. A coisa é assim, 1. Identifique as questdes éticas e legais que Jim disse Ramona: “A sede só est4 interessada EM UMA ECONOMIA precisa conhecer. 2. Discuta as vantagens e desvantagens de cada decisio que ele possa tomar. GLOBALIZADA 3. Identifique as pressdes que criaram as questõê éricas e legais. 4. Qual a estrutura de poder e a posição de lideranga de Jim na fábrica? a Ralph, o que não era 14 muito dinheiro, ou recusava-se a fazer isso, o que implicaria pagamento de multas impostas pela EPA ¢ o possfvel fechamento da fébrica. Ou, como A ÉTICA EMPRESARIAL Questies/Exercicios Tóricos semelhanga com pessoas, companhias ou situações À reais é mera coincidéncia. Concepções da ética e negócios internacionais, em lucros. Agora, a menos que vocé queira ar o relativismo cultural como modelo de ética empresarial globalizada valiar o papel das empresas : iidendo às pergunias a seguir. Confira seu desempenho para verifi n‘at contido neste capítulo. Htinacionais na ética empresarial Xdminar as tentativas de criar um — Sim Borjunto universal de ética para negócios globalizados 2. A prestação de contas por atos praticados e a responsabilidade por conduta Sim correta na empresa cabem 2 alta administragdo. 3. O cumprimento de normas éticas pode ser aferido pela observagio dos empre- fomar conhecimento de questões éticas mundiais Sim 4. O principal objetivo do treinamento em ética é ajudar os empregados a Sim to de normas pode ser considerado eficaz se atender aos sete requisitos minimos de observancia rigorosa dos mesmos. gados e pela investigação e mecanismos de comunicação de irregularidades. identificarem questdes desse tipo. 5. A auditoriade ética destina-se a verificar a eficdcia de iniciativas de natureza ética. — Sim “euresfosd ou sojuauresoutaus eed 2 031po> 0 sedsojas esed mq “tnuog "ung °g "ogSezieÃo É 2GS seang sagstoap sep oraedun o 1apuaaduros ouros uiaq "esasdua ep sesãas Sep 9 emipno ep “sasofes sop orsuaadatos WIQUIE) seu “ouaUMAuOsA! 95 OTU AJOAUT “osst anb ap sreuu 0L F[ “OBN p "SeurauT ORSUITEAL 9 OFSLIONUOW § BULIOU E SEU ‘BUPSSIIAN 95-LLIO) BUWIINXD OEÍCIONUOUI E 'ooni-ojuaneuodusos o esmd ORINGUUVY Snb SEANBIONY SE 9 BNe pras anh o ureumaiatap. esasdara vu soAnnANa SO “UMS 7 “esaxduma eu prevotsung onh 0 sestuaA emd “sowmuyu sousmbas sassop W[ TEA 9 SOJIANTA(O 9195 SA MUY STIIOU 3p ouanruduamo 9p Zesta euressosd mum “o8N T SVLSOJSAA 184 A cultura como um fator nos negócios, 186 Adaptando sistemas éticos à estrutura global: o relativismo cultural, 189 A empresa multinacional, 189 Um código de ética universal, 193 Problemas éticos ao redor do globo, 198 Discriminação por motivo de sexo e raça, 198 Direitos humanos, 199 Discriminação de preçó, 200 O suborno e a Lei de Práticas Corruptas no Exterior, 201 Produtos nocivos, 204 Poluição, 205 Questões éticas geradas pelos meios de telecomunicação, 206 Wi g Lo LTI Um Dilema Etico IO = 44 ac contra a politica da empresa, mas, uma vezg Mm a 1. dilema ético’ Sid era funciondrioda Dun and Ready (D&R) Company, responsdvel pela monitoragio da bolsa de valores japonesa, com a função de determinar padrões e identificar agdes que poderiam vir a ser bons investimentos. Sid fora en- viado para Téquio, como um dos dez representantes da empresa, por ser descendente de ja- poneses e fluente na lingua. Sendo relativamente novo na firma, disseram-lhe que, se precisasse de informagdes, perguntasse à sua chefe, Glenna. Ela trabalhava há dez anos na D&R e não se sentira muito feliz de ser enviada para servir em Téquio por causa das barreiras culturais. Glenna disse-lhe que procurasse conhecer corretores, traders ¢ outros tipos de profissionais japoneses importantes nesse ramo de negócio. Gragas a suas raizes culturais, Sid descobriu que se fundia facilmente com os costumes locais. No Japão, cerimonial e troca de favores constituem um estilo de vida. Sid descobriu que, observando o modo de vida japonés e aperfeigoando-se no idioma, tornava-se para sua com- panhia não só uma fonte de informagdes sobre a bolsa japonesa e seus profissionais, mas também útil a japoneses que quisessem investir no mercado americano. Descobriu ainda que os ja- poneses preferiam bater um papo com ele a vir a0 escritério conversar com Glenna. Entre seus deveres figurava levar clientes a bares, restaurantes e locais de entretenimento. Certo dia, um funciondrio do govemo, que f P;\ssmm -se vdnu\ meses e os mbrcvwen s favores pareciam ser o costume no Japãe eles poderiam fazer um pouco de “contabilid, óprios recursos. Isso, por seu turno, levou do de suas influéncias, Glenna conseguiu q mprava ¢ vendia ações com a finalidade exssa de aumentar sua renda. Essa prática era a torrar algumas de suas contas — esses funciondrios jogassem em dez dos ma exclusivos campos de golfe dos Estados Uni dos. Mais tarde, vérios deles comentaram elite financeira do Japão como Sid fora p isto é, nidos. Ron ignorava o que Sid estava fazenHlo, já que se concentrava exclusivamente em tativo. 'cortar despesas. Seis meses depois, Glenna foi transferida dd) No mês anterior, um grupo de importantes clientes da D&R deu uma festa para uns pouErcos corretores favoritos em um dos inferninhos locais. Após os costumeiros brindes e converjogada fora, alguém sugeriu que um cartel volta para os Estados Unidos. Os boatos e que as despesas com o escritério estavam al demais, com retornos medfocres. Seu substif to, Ron, tampouco gostou de ser enviado © Japio. Na primeira semana no trabalho, dis d 40 pessoal que iria reduzir sua estada em Tó quio cortando radicalmente as despesas e iponês poderia estar interessado na D&R. Sid spondcu com cautela ¢ nada mais foi mencio- nado. Várias semanas depois, em outra festi- mentando a produtividade. Ron era do tipo qug “‘reza pela cartilha”. Infelizmente, as regras: aha, Sid e dois outros importantes funcionrios companhia não haviam acompanhado as dades das diferengas culturais. Após dois ses de chefia de Ron, sete do quadro inicial d¢ dez empregados haviam pedido demissão oy Questoes/Exercicios 1. Quais são as questdes éticas nesse caso? 2. Que filosofias morais eram usadas por Sid, Glenna e Ron? clima ético melhor? 5. Identifique as pressdes que ocasionaram o surgimento das questdes éticas. 6. Discuta a estrutura de poder ¢ a posigio de lideranga de Sid na D&R e quais elas poderiam ser em uma nova D&R. Naquela semana, Ron havia anunciado que um favor, sugerindo-lhe que comprasse e ve 'a sede estava satisfeita com a produtividade do desse certas ações. A informagdo deu res ‘grupo de Téquio. “E apenas uma questão de dos e Sid ganhou de Ron uma pausa para respi: tempo, antes de eu ser transferido daqui e, quan«to mais longe de Téquio, melhor”, disse. O esji-:crit6rio sabia que, se Ron tivesse sucesso, seu rar. Mais ou menos na mesma época, alguns d clientes japoneses de Sid perderam um volum par descrever a prética seguida por algumas grnn des corretoras japonesas, de absorver mfonnpl mente parte das perdas de seus melhores cl icn- o tes. Quando estivera em Tóquio, Glenna usára próximo cargo seria o de vice-presidente. O es- * Este caso é rigorosamente hipotético. Qualquer ... semelhanga com — pessoas, companhias critério informou ainda a0 grupo que represen- ou situagdes 3 “tantes da empresa chegariam a Téquio na sema- coincidência. reais é mera j À de paises esforga-se por industrializar-se e comternacionalmente. Devido a essas ten- vérias vezes ativosda companhia para financiar esses descontos. Mas, uma vez que tudoyj déncias, aumenta também o nimero de comS progressos nas comunicações, apropriados, que foram assinados por RoOn; sem: na tecnologia e no transporte fizeram o mundo encolher, disso saber o que fazia. resultando uma nova economia, alguns colegas preenchcram os formu das pelo cartel, Sid teria que agir sem demora. 4. Discuta as vantagens e desvantagens de cada uma das decisdes que Sid poderia tomar. i panizada companhia e uma “promessa tácita” de que ele poderia escolher qualquer lugar no inundo como futura base de trabalho. sião, um de seus contatos no governo retrib nuou que ele e alguns outros colegas gostariam bém, contudo, que alguém sabia que trés membros do grupo tinham conversado com as pessoas erradas, da maneira definida pela D&R. Ou, quem sabe, um dos trés havia dedurado os outros dois. Se queria reunir as informagdes pedi- i tornd-1a indolor, o cartel precisava de algumas B informações delicadas. A recompensa de Sid por parte do grupo que Sid estava cultivando, i de jogar golfe em alguns famosos campos americanos.-Sid compreendeu-o que cles queriam e passou o pedido a Glenna, que lhe disse que fazer um favor desse tipo seria normalmente fiou que isso significava que menos pessoas teriam que trabalhar mais. Poderia significar tam- $da D&R foram informados de que era iminente a fornecê-las seria um alto cargo na nova e reor- os Estados Unidos. Sid mal conseguia sobreviver. Nessa a D&R por alguma empresa no Japio e querem que investiguemos o caso”, disse, e acrescentou com um sorriso tenso: “Vai haver algumas mudanças por aqui na préxima semana.” Sid descon- 3. Quais seriam algumas das opgdes de controle que a D&R poderia ter usado para criar um ibsorção da sua empresa por outra. Mas, para sido despedidos. Nenhum foi transferido p nos e pediram um desconto— termo usado ] “Parece que eles ouviram boatos de uma possivel absorção hostil contra decriativa”. “Em Roma, como os roman considerével de dinheiro em mercados americ na seguinte. 183 lobalizada. Uma quantidade cada vez maior panhias com negécios fora de seus países de origem. Essas atividades e todas as transagdes comerciais através de fronteiras nacionais formam a arena dos chamados negécios globais, aproximando pessoas e pafses com culturas, valores, leis e padrdes éticos diferentes. A pes- 184 f Loncepgoes da Llica e Negocios Internacionais A Etica Empresarial em uma Economia Globalizada soa que atua nessa esfera precisa compreender não só os valores, a cultura e os padrões éticos de seu país, mas ser sensível também aos vigentes em outras nações. Muitas vezes, concebemos os valores de nosso país como sendo universais. Nos Estados Unidos, por exemplo, há forte orientação para o cumprimentode preceitos legais e, quando as. operações, norte-americanas,se, expandem pelo globo, supõe-se que esse mesmo padrão existe em toda parte. Em outras terras e culturas, porém, algumas leis são freqilentemente interpretadas de acordo com a situação, em contextos especificos, podendo ser seguidas ou ignoradas, dependendo do meio econdmico vigente ou das vantagens oferecidas pelas empresas a comunidades ou pafses. Dada a aceitação dessas considerages “situacionais” no tocante 2 lei, as agéncias regulamentadoras tendem a ser menos rigorosas. Em conseqiiéncia, elas e as empresas funcionam em maior harmonia. Na verdade, em alguns pafses, as relações entre agéncias regulamentadoras e empresas podem ser mais importantes do que os contratos ou o préprio sistema legal na prescrição de comportamento. Daf a empresa multinacional enfrentar condições mais complexas na maneira como tem que definir e lidar com Concepgoes da ética e negdcios ; . 171% 2 6% 'I % o : e . 37% 44% 9% % 45% 15% 10% 1% 7% n% CEO 6% Consumidor CEO 74% fése em posição privilegiada em integridade re- ard constatou que altos níveis de corrupdefi ão constituem ?bsláculos a investimentos es- " . " p lares de honorérios pela visita. O relicenciaix geiros. A diferença entre a taxa cambial empresas estrangeiras que fazem negécios to de venda do produto deve ser solicitado, R cada dois anos. Se a licenga inicial caduca, das as remessas do produto ficam em q o 4% JAbela 9.2 ;. Menos corrupto llcA . 9% % Como homens de negécios percebem a corrupção em diversos paises. Mais corrupto 1. Dinamarca (1)* 1. Camardes (-) 2. Paraguai (-) 3. Honduras (-) 4. Nova Zelândia (4) 4. Tanzânia (-) 1 Pesquisa recente mostra que, nos Estadog Unidos, há a concepção de que as comp 5. Islândia-) 5. Nigéria(1) americanas são diferentes “delas”. A Tabelã 6. Canadá (5) 6. Indonésia (7) 9.1 compara a maneira de encarar a situagi no tocante à ética empresarial de empres: americanas e seus concorrentes estrangeiro: 7. Cingapura (9) 8. Países Baixos (6) 9. Noruega (7) 7. Colômbia(3) 8. Venezuela (9) 9. Equador (-) Outras pesquisas mostram que companhiag$ 10 Suíça (11) 10. Rússia (4) de empresários. Os países escandinavos % 1 percentuais entre países de baixa corrupção, como Cingapura, e um mais corrupto, como México. Na China, onde são relativamente altos tanto os investimentos externos como a corrupção, um enorme volume de investimentos foi feito por chineses que residem no exterior e que 2. Finlândia (2) 3. Suécia (3) multinacionais e os problemas éticos por elas - no exterior pode variar em até 20 pontos importadores de computadores na Ucrinia australianas, canadenses, chinesas e tailandes diferem das americanas em matéria de €ti 6% ! velou que 71% deles pagavam propinas a ciondrios do governo.? tural. Em seguida, examinaremos as empresas culturais ¢ o relativismo cul- ) 'Países do Terceiro Mundo 8% % versity Kelley School of Business. que passar por inspegdes e outros obstécul para obter acesso ao mercado. Antes de produto ser posto a venda, uma equipe de petores do governo precisa visitar a fábrica on despesas de viagem da equipe e até 10 mil í Nio sabem 32% 10% “Fonte: “Comparison of the Corporate Ethics of American Companies with Foreign Competitors” (Tabela 3, p. 42), 'extraído de Gene R. Laczniak, Marvin Berkowitz, Russell G. Brooker e James P. Hale, “The Ethics of Business: teproduzido de Business Horizons, janeiro/fevereiro, 1995. Copyright 1995 Indiana mproving or Deteriorating? Quando viajam, os homens de negócios n‘ tam as vezes diferentes modos de operação exterior. Quando fazem negécios na Ucréni A Tabela-9:2relaciona-os países consider: mais e menos corruptos, com base na opini diferenigas J —Piordoque 33% 2% Coasimide Outros pafses industrializados — Consumidor 4 " 21% si% " S rar a sua capacidade de tomar decisdes éticas} custo de 200 a = 300 d6lares por artigo. Um-lej vantamento feito pelo Banco Mundial ents ia : nacionais podem criar conflitos éticos e melho internacionais Melhor do que Semelhante a ‘Consumidor CEO ender como as atividades das empresas in dem e crescem com a expansão global, as empresas passam a ter um poder imenso. Empora empreguem apenas 0,05% da populagio mundial, as 500 maiores empresas industriais do mundo controlam 25% da produgdo econdmica ho planeta. Mais de 20 companhias tém um valor econdmico superior ao Produto Nacional Bruto (PNB) da Hungria, da Irlanda ou da Vamos estudar em primeiro lugar as diferentes maneiras de conceber a €tica empresa- Grupo ceremos soluções absolutas para essas ques? tões. Nosso objetivo é ajudar você a compreá tena e são submetidas a teste de laboratério Venezuela.! Em virtude do seu tamanho ¢ do Comparação sobre como os CEOs e os consumidores americanos percebem a ética empresarial de seu país em relação à dos concorrentes estrangeiros. B Pais comparado com último, focalizaremos alguns dos grandes pro blemas éticos globais. Como antes, não ofe situações éticas e legais. A medida que se fun- seu poder econdmico, bem como da diversidade dos pafses onde operam, é muito dificil monitordlas, influenci4-las e, às vezes, control4-las. Fabela 9.1 enfrentados. Discutiremos também um conjun: to universal, ou comum, de principios éticos que ora estão sendo aceitos em redor do globo. Por 155 B R Nota: Os Estados Unidos figuram em 17º lugar, junto com a Áustria, entre os menos corruptos. 0s parênteses indicam a classificação em pesquisa anterior; um travessão dentro dos parénteses indica que o país não gurou nela. The Transparency International 1998 Corruption Perceptions Index”, hitp://www.transparency.de/documents/ 186 4% I A Etica Empresarial em uma kconomia Glovatizada têm ligações no país, o que pode ajudá-los a ladear leis e regulamentos. Devido à corrup- ção, investidores de muitos países industrializados evitam a China.* No mundo dos negócios, a percepção de que “nós” diferimos “deles” é chamada critério de auto-referência (CAR). O CAR é uma referéncia inconsciente aos nossos próprios valores culturais, experiências e conhecimentos. Quando confrontados com um conjunto de fatos, reagimos com base no conhecimento acumulado durante a vida inteira e que, em geral, se radica na.nossa cultura de origem. Nossas reações se fundamentam em significados, v: lores e símbolos que dizem respeito à nossa cultura, mas que talvez não tenham a mesina para os naturais de outras. relevân distintas intas sobre quee atividades s S empresariajs são aceitdveis ou antiéticas. A Figura 9.1 mostra a” maneira de entender a situagao de uma amos-. y FHigura 9.1 LU um « s nus sV 10/ Maneiras como os chineses véem a aceitabilidade de aumentar lucros à custa da ética nos negécios. tra de cidadãos chineses sobre a aceitabilidade} de aumentar lucros ao custo da ética nos tie; cios. Menos de um tergo disse que era aceita: vel transgredir a ética em troca de lucros, um Aprovam 28% número ligeiramente maior opinou que não e uma quantidade semelhante permaneceu neu< tra. Por isso mesmo, quando realiza negéci internacionais, a pessoa encontra valores, cren= ças e idéias que podem divergir das suas em| razio de diferengas culturais. Essas diferengas incluem as que observa-i mos na fala e na.linguagem corporal. Proble mas de tradução para outro idioma tornam fre: giientemente dificil para quem faz negécio: |— — Não responderam 6% expressar exatamente o que tem em ment A cultura como um fator nos negócios Quando, por exemplo, uma pesquisa de marke ting solicitou informagdes sobre a produção Se quisermos examinar as tomadas de decisão ética na arena global, teremos que focalizar as causas de conflitos entre pessoas e empresas. Um dos conceitos mais difíceis de compreendere aplicar no ambiente empresarial é o de cultura. Uma vez que costumes, valores e padrões éticos variam de uma pessoa para outra,' de companhia para companhia, e mesmo de sociedade para sociedade, as questdes éticas decorrentes de atividades de empresas presa, dados sobre a produg@o de pequenos dis* cos de metal usados na construgio civil p: encanamentos hidréulicos. O que se queri: eram informagdes sobre méquinas de lavar rouí pa. Analogamente, a Pepsico, Inc., teve pr blemas com tradugdes de um de seus slogans; publicitérios, “Figue Vivo com Pepsi”. Na Al manha, a frase foi traduzida por “Saia da Cova na Asia, tornou-se “Traga seus Ancestrais do; surgem nas operagdes nos seus paises de ori- ram. O significado de “nova’ no México é “Nada multinacionais freqiicntemente diferem das que gem. Questdes caracteristicamente internacionais relacionam-se muitas vezes com diferen- cas entre culturas. Por isso mesmo, é impor- tante definir e analisar o conceito de cultura na medida em que se aplica ao ambiente global. Cultura é definida como tudo que há ao nosso redor, criado por seres humanos, tanto coisas tangfveis quanto conceitos e valores ndotangiveis. Lingua, religido, leis, politica, tecnologia, educação, organizagio social, valores gerais e padrdes éticos são inclufdos nessa definigdo. Todas as nagdes têm uma cultura prépria e diferente e, em conseqiiéncia, convicções Fonte: Kristen Day, 1997):4. anual alemã de lavadoras, recebeu, com sur: ME abandonaram a mesa de negociagdes e acaba- É ram vendendo o banco a outro grupo.® i Mundo dos Mortos™.* Quando o carro Nova É foi langado no México, as vendas se arrasta-§ É : feito”. Embora possam ter seu lado engragado, os disparates de comunicagio freqilentemente À ofendem ou irritam outras pessoas, torpedeiam § importantes transações e mesmo prejudicam! relagdes empresariais ‘espago pessoal — a distincia a que a pessoa *se sente confortdvel quando conversa com outambém de uma cultura para outra. : Os empresdrios americanos e britanicos prefetem espago mais amplo do que os sul-americanos, os gregos e os japoneses. Essa diferenga ipode constranger algumas pessoas de culturas ‘diferentes quando em negociagdes. A Tabela 9.3 contém exemplos de brindes com presen- ber uma opção por 30 dias para comprar um $ banco do Oriente Médio, o banco compfrador americano sugeriu, em francés, que os emprés- timos fossem postos em uma conta bloqueadat [escrow account], que é uma prética américa: nários do banco local, insultados ¢ perturbados Diferengas culturais quanto a linguagem corporal também podem dar origem a mal-entendidos. Essa linguagem muda, geralmente inconsciente, é um modo de comunicagio por meio de gestos, posturas e expresses faciais. Em muitos lugares, inclinar a cabega para cima ¢ para baixo significa dizer “sim”. Na Albénia, o significa * e, na Gr-Bretanha, expressa apenas que a pessoa estd ouvindo, não necessariamente que estd concordando. Um gesto comum, o de apontar com um dedo, é consi- “derado muito grosseiro na Asia e na Africa. O internacionais. Ao rece: na comum. Em francés, contudo, escrow é tra duzido como trapaceiro, vigarista. Os funciéy 'hinese Perceptions of Business Ethics”, International Business Ethics Review (outono-inverno, S Etes, o que pode ser interpretado como indeli- cado ou mesmo antiético em certas regiões do mundo. A maneira de encarar o tempo pode também mudar de um país para outro. Os americanos dão vaior à rapidez, ao passo que os empresários de outras terras podem chegar à mesa de negociações de maneira mais relaxada. Uma firma americana perdeu um contrato na Grécia por tentar impor seus costumes aos negociadores locais, ao estabelecer um prazo limite para a reunião. Os gregos consideram um insulto e uma grosseria esse tipo de limite.” Os americanos, por outro lado, podem considerar uma questão ética a incapacidade de cumprir obrigações contratuais na data aprazada. Quando as empresas transferem funcionários, diferenças em culturas podem transformarse em passivos. Em conseqiiéncia, grandes empresas como a General Motors gastam miIhares de dólares por família, a fim de certificar-se de que os empregados que envia ao exterior estão culturalmente preparados. Costumes aparentemente inócuos em um país podem A Etica Empresarial em uma Economia Globalizada 188 Fabela 9.3 A Empresa Multinacional Padrdes aceitos para se presentear em algumas regides e paises. Japio « Não abra um presente na presença de um colega japonés, a menos que solicitado a fazé-lo, e não espere que ele”: oabra. * Evite fitas e laços como partes do embrulho de presente. Laços, tal como os conhecemos, são considerados feios e as cores das fitas têm outros significados. * Não ofereça um presente que se pareça com uma raposa ou uma marmota. À raposa é um simbolo de fecundidade ¢, a marmota, de esperteza. Europa * Evite rosas vermelhas e flores brancas, nimeros pares, e o número 13. Não embrulhe flores em papel. * Não se arrisque a dar impressão de subomo gastando muito no presente. B tumes de outras culturas. les professam o relati Uma questio critica ligada a diferengas culturais é a de definir quais valores e padrões étifécos têm precedência em negociações e trans: ficoes comerciais. Quando fazem negócios no BEexterior, devem os empresários impor seus vajores, padrões éticos e mesmo leis aos memros de outras culturas? Ou devem adaptá-los fiao pais onde estão negociando? Como acontecom tantas questdes éticas, não há resposta fAcil para essas perguntas. ção de que, sem excegdes, uma única cultur: define para todo o globo o que é comportamen to ético. Para cles, não pode haver padrdes éti cos, exceto o da cultura em que é feita a tran ‘Adaptando sistemas éticos a estrutura global: Mundo árabe A vantagem dessa convicgio é que o: que a adotam podem sempre ajustar a ética i cultura estrangeira particular. Mas há uma des. vantagem: podem entrar em conflito com seu: préprios padrões morais individuais e, talvez, com os valores de sua cultura e seu sistema legal. A medida que os negécios tomam-se mais globais ¢ proliferam as empresas multinacionais aumentam as possibilidades de conflito ético. A Figura 9.2 apresenta detalhes de um Cédige Internacional de Etica para Homens de Negé- * Não dé um presente logo que conhecer a pessoa. Isso pode ser interpretado como subomo. cios Canadenses. Elaborado com a colabora- * Não dê a impressão de que procurou uma maneira de dar o presente quando a pesson está sozinha. Deixard má impressão, a menos que a conhega bem. Dê a lembranga na presenga de outras pessoas, em relacionamentos ção de Errol Mendes, professor na Universidade de Ottawa, o cédigo conta com 13 signatdrios, incluindo a ALCAN Aluminum e a Canadian Occidental Petroleum. menos pessoais. América Latina Encira o pagamento de propinas ou “lubrificando fas engrenagens comerciais” e outras préticas * Não dê presentes até que se tenha desenvolvido um relacionamento algo pessoal, a menos que seja dado para manifestar agradecimento pela hospitalidade. * Presentes devem ser dados durante encontros sociais, e não durante o horério de expediente normal. « Evite as cores preta e púrpura, ambas associadas à Quaresma. fcondendveis, eles estdo usando de relativismo tcultural: o conceito de que a moralidade varia de uma cultura para outra, uma vez que prátis comerciais são definidas como certas ou erradas segundo a cultura. No Japão, por exem- China fplo, é costume discriminaras mulheres. “Eu não * Jamais crie um problema ao dar um presente — tanto pública quanto privadamente. * Presentes devem ser dados em particular, com exceção de presentes coletivos de cerimônia, em banquetes. Valores religiosos diferentes podem também reriarproblemas éticos nos negócios internacio- Irelativistas culturais acham que, desde quc a timinação por motivo de sexo está em con- nais. Antes de uma cadeia britânica de vend de hambúrguer entrar no mercado indiano; pesquisa prévia indicou um problema. A cl dominante na Índia é predominantemente hindt e seus membros se abstêm de comer carngi bovina por motivos religiosos. Mesmo que o licou que, na cultura chinesa, presentear com uantia correspondente a 3% das vendas é o : costume e, portanto, considerado ético. Mas, quando o comprador pediu 6% e essa informa- tras religides na fndia permitam o consumo carne bovina, der ninguém As empresas, tram idêntica a firma britinica preferiu não ofe e não usá-la nos hambúrguei contudo, nem sempre demon consideração pelos valores e cos; As empresas multinacionais (EMN) são pessoas juridicas que operam em escala global e sem quaisquer lagos importantes com uma tinica nação ou regido. Não é raro, por exemplo, encontrar uma empresa multinacional com sede no México, que opere na Venezuela, em Porto Rico e nos Estados Unidos, dominando Esta brochura está fora de circulação. ser ofensivos ou mesmo perigosos em outros. Um empregado da GM, por exemplo, destacado para o Quênia, convidou seus gerentes para um jantar de negócios em um restaurante de Nairobi, esperando que as esposas também comparecessem. No Quênia, porém, as mulheres casadas entendem que restaurantes são lo_caisfregiientados por prostitutas, e são conhecidos pela baixa moral do ambiente.® A empresa multinacional que era culturalmente aceitdvel, ou ético. É' Como acontece com todas as filosofias, os lativistas seguem um continuum. Alguns de- esses mercados com seus produtos. As EMNs representam o nivel mais alto de compromissos empresariais internacionais e caracterizam-se por uma estratégia global de investimentos, produção e distribuição."º Delas são exemplos, entre outras, a Shell Oil Company, a General Electric Co., a Siemens, a IBM, a Lever Bros., a Renault e a Exxon Corporation. Devido a seu tamanho e poder financeiro, as multinacionais foram alvo de muitas criticas por motivos éticos, a0 mesmo tempo em que se debatia acaloradamente o impacto que elas produzem sobre os pafses onde operam. Os sindicatos trabalhistas americanos, por exemplo, argumentam que é desleal que elas transfiram empregos para o exterior, onde os saldrios são 190 A ENCA EMpresariat em uma eoonviia vvn Código de ética internacional para empresas canadenses. T cgura 9.2 A Empresa Multinacional = CÓDIGO DE ÉTICA INTERNACIONAL PARA EMPRESAS CANADENSES PRINCÍPIOS A. No tocante a projetos comunitários e proteção ambiental, nós: « faremos todo o esforço em nossa esfera de influência para garantir uma parcela justa dos beneficios aos stakeholders que recebem o impacto de nossas atividades; + manteremos consulta séria e transparente com todos os stakeholders e tentaremos integrar nossas ativi empresariais às comunidades locais, como boas pessoas jurídicas; * providenciaremos para que nossas atividades sejam compatíveis com proteção ambienta! sadia e práticas conservação da natureza; * proporcionaremos oportunidades valiosas de criação de tecnologia, treinamento e aumento das qualificag de pessoal na nação anfitriã. B. No que diz respeito a direitos humanos, nós: * apoiaremos e promoveremos, em nossa esfera de influência, a defesa dos direitos humanos internacionalmente aceitos; * de modo algum nos tornaremos cúmplices de abusos dos direitos humanos. C. No que interessa & conduta empresarial, nós: * não faremos pagamentos e subomos ilegais e impróprios e evitaremos participar de todas e quaisquer práticas empresariais corruptas; © * cumpriremos todas as leis e conduziremos nossas atividades de maneira transparente; * agiremos para que as atividades de empreiteiros, fornecedores e prepostos sejam compatíveis com esses » principios. Fgura 9.2 Código de ética internacional para empresas canadenses (continuação). CONVICÇÕES Acreditamos que: * podemos fazer a diferença em nossa esfera de influência (os nossos stakeholders); * as empresas devem assumir um papel de liderança por meio do cumprimento de princípios éticos nos negócios; * govemos nacionais têm a prerrogativa de conduzir seus assuntos públicos e legais de acordo com seus direitos soberanos; * todos os govemos devem cumprir tratados intemacionais e outros acordos que se comprometeram a respeitar, incluindo as dreas dos direitos humanos da justica social; * embora refletindo diversidade e diferengas culturais, devemos conduzir nossos negócios em todo o mundo de modo compativel com o que praticamos no Canadá; * 0 setor empresarial deve demonstrar liderança ética; * podemos facilitar a geração de riqueza e uma partilha justa dos beneficios econômicos; * nossos princfpios contribuirio para melhorar as relagdes entre o governo canadense e os govemos dos paises anfitrides; * relagdes francas, honestas e transparentes são fundamentais para o nosso sucesso; *+ as comunidades locais devem participar das tomadas de decisão em questoes que as afetem; * processos envolvendo múltiplos stakeholders precisaro ser iniciados para buscar solugdes eficazes; * 05 confrontos devem sér moderados por diplomacia; * a maximização de riqueza para todos os stakeholders será melhorada pela solução de questões pendentes de direitos humanos e justiça social; * fazer negócios em outros países é bom para o Canadá e vice-versa. Quanto a direitos dos funciondrios, saúde e seguranga, nós: : « garantiremos que a saúde e a seguranga dos trabalhadores serão protegidas: trabalho; de local no expressão de e associação de « lutaremos pela justiga social e promoveremos a liberdade 1 * cumpriremos os padroes de trabalho universalmente aceitos, incluindo os relativos à exploragio de u—.\bn.lh? infantil. APLICAÇÃO daí Os signatários deste documento se comprometem com a sua implementação em suas organizações, por meio os e valores os convicções, as visão, a com compatíveis sejam elaboração de códigos operacionais e práticas que princípios aqui estabelecidos. CÓDIGO DE ÉTICA INTERNACIONAL PARA EMPRESAS CANADENSES p nt As empresas canadenses tém uma presença global reconhecida por todos os stakeholders como economicamebém compensadora para todas as partes interessadas, reconhecida como ética, social e ambientalmente responsávél, recebida pelas comunidades onde operamos e que facilita o desenvolvimento econômico, dos dircitos humahos e dá comunidades em um ambiente estável de operações. VISÃO 191 VALORES Valorizamos: * direitos humanos e justiça social; * maximização de riqueza para todos os stakeholders; * operação de uma economia de livre mercado; * ambiente de negócios que desestimule o subomo e a corrupção * responsabilidade dos govemos perante o público; *igualdade de oportunidades; * um código claro de ética e práticas empresariais; * proteção da qualidade do meio ambiente e sua defesa eficaz; * beneficios para a comunidade; * boas relações com todos os stakeholders; * estabilidade ¢ melhoramento ininterrupto de nosso ambiente operacional. É Fonte: Errol Mendes, Human Rights Research and Education Center, University of Ottawa. Reproduzido com permissdo. ais baixos. Outros criticos acusaram-nas de utilizar recursos para reduzir a carga de trabai 10, aumentando o desemprego nos países onde — têm fábricas. E não faltaram os que disseram — que elas aprofundam o desnível entre as na— ções ricas e as pobres, além de usar e destinar A Etica Empresarial em uma Economia Globalizada 192 mal os recursos escassos. O tamanho e o po- der financeiro permitem-lhes controlar a oferta — de moeda, o emprego ¢ mesmo a existéncia econdmica de paises menos desenvolvidos. Em alguns casos, as EMNs controlam culturas e pafses inteiros. Várias nações da América Central e as economias baseadas na borracha, da Maláisia e Libéria, dependem quase inteiramente de companhias como a Firestone Tire & Rubber Co. e da United Fruit Company. Também ocorrem problemas com joint-ventures, tais como entre a Borden ¢ a japonesa Meiji Milk Products, ou entre o conglomerado familiar italiano dos Agnellis ¢ a Perrier, companhia francesa que explora água mineral, que os Agnellis tentaram controlar. Quando o público francés soube da tentativa de compra e a inteng@o dos italianos, a joint-venture foi considerada inaceitdvel, por motivos culturais." Alguns criticos acreditam que o porte € o poder das multinacionais criam questdes éticas relacionadas com a exploragio de recursos naturais e humanos. Uma das questdes € se elas devem poder pagar pregos baixos pelo direito de extrair minerais, madeira, petrleo e outros recursos naturais e, em seguida, vender a pregos muito mais altos os produtos em que essas matérias-primas foram usadas. Em muitos casos, apenas uma pequena fragdo do preço de vendas final desses recursos volta para beneficiar o pafs de origem. Essa queixa levou vérios pafses produtores de petréleo a formar a Organização dos Paises Exportadores de Petróleo (OPEP) na década de 1960, com o objetivo de controlar a receita do 6leo produzido =S nessas " terras. As multinacionais são ainda acusadas de explorar os mercados de trabalho dos países anfitrides. Embora algumas tenham sido alvo de criticas por pagar saldrios baixos, a questão ética do saldrio justo é mais complicada. As vezes, elas pagam salfrios mais altos do que são capazes de fazer as empresas locais; além disso, as firmas queixam-se de que 05 balha- dores mais produtivos e mais hébeis são por elas_atrafdos. Algumas medidas foram toma- Um Cddigo da Etica Universal das para limitar essas praticas. Muitas multina. tratam menos gente do que fariam as firmas cionais, por exemplo, estão tentando ajudar na SR organizagio de sindicatos trabalhistas e na profaemulgação de leis sobre saldrio minimo. Além Zi disso, os governos 1ocais para fabricar o mesmo produto. E, dadas as suas economias de la, podem negociar também taxas fiscais mais baixas. Ao manipu- anfitrides estabelecera &. lar transferéncias impostos de importação para aumentaro prego de pagamentos entre filiais, ‘podem pagar menos impostos em todos os pai- que as multinacionais cobram por s ses. O resultado geral de tudo isso é que elas tos e para reduzir os lucros dessas empresas (SSESE concorrem deslealmente. Muitas companhias Impuseram também impostos sobre as expor-Z É americanas que fabricam equipamento pesado tagdes a fim de forgé-las a compartilhar mai f (entam vender máquinas de construção civil a de seus lucros. Os impostos sobre importaga visam a beneficiar a indústria local, como font companhias estrangeiras que constroem grandes estradas, represas e complexos de servi- de suprimento da multinacional que fabriqueg produtos no pafs. Se esses impostos elevam o Eços de utilidade pública. Argumentam que esse ‘equipamento tornard possivel completar mais custos dessas empresas, poderdo levé-las cobrar pregos mais altos ou aceitar lucros maif baixos, embora esses efeitos não sejam os ob jetivos básicos da legislagdo. Muitas compas nhias, incluindo Coca-Cola, Du Pont, Hewlett:8 cedo os projetos, em beneficio do país. Algumas nagdes menos desenvolvidas contra-ataK cam dizendo que a compra desses equipamenftos esgota as suas reservas de moeda forte na É cconomia e aumenta o desemprego. Algumas Mart endossam o critério de responsabilid em seus negócios no exterior. Essas empi f longo prazo, contratar operdrios para as obras de construgdo civil do que comprar pegas de Packard, Levi Strauss & Co., Texaco ¢ WalÊ nagdes, como a fndia, acreditam que é melhor, ap6iam um sistema de recursos de base gl NE denominado Business for Social Responsibility; cquipamento pesado. O pais, dessa maneira, antém na economia as moedas fortes e cria [Empresas pela Respoasabilidade Social]. Esã entidade acompanha o aparecimento de probl novos empregos, que aumentam a qualidade de vida mais do que se os projetos fossem concluí- mas e tendéncias, fornece informagdes sob dos mais cedo. lideranga empresarial ¢ melhores préticas d negócios, organiza seminários cducaciopais de treinamento e ajuda a elaborar instrumen É. ' préticos de implantação de ética empresari As atividades das multinacionais podem: origem também a problemas de concorrénci; desleal. Devido à sua natureza diversifica á elas podem tomar empréstimos, comprometeri do todas as fontes locais de capital, pouco so brando para as empresas nacionais. Foram ac sadas também de não arcar com uma parcelg justa do custo do desenvolvimento social. Fi que companhias locais não tém meios de quirir e não podem implementar por falta dg operdrios especializados. As EMNs, dess@ maneira; tornam-se-mais-produtivas -¢-pod pagar salérios mais altos a seus empregadd Devido 2 tecnologia avangada, contudo, cdf Embora as EMNs nio sejam necessariamente antiticas, seu tamanho e seu poder parefcem muitas vezes ameagadores aos pafses menos desenvolvidos. Os problemas éticos que elas enfrentam tém origem em exigéncias confflitantes feitas por pontos de vista opostos. Di- fferenças culturais podem ser tão importantes St quanto diferengas em interesses econdmicos. i Grandes e poderosas como são, elas precisam de um cuidado extra para tomar decisdes étique ndo apenas alcancem seus objetivos mas beneficiem também os paises onde fabricam ou vendem seus produtos. Até mesmo a EIBM e outras EMNs de primeira linha enfrengitam conflitos éticos. A reputação da IBM, por fpxemplo, ficou maculada na Argentina por um legado suborno pago a funcion4rios do gover0 para obter um contrato de 249 milhGes de fl6lares para informatizar o Banco Nación, es- 193 tatal ¢ o maior do pais. Um juiz federal argentino mandou prender quatro funciondrios da IBM. A empresa, embora alegasse não ter praticado má conduta, prometeu que seus funcionários prestariam depoimento, nos termos de um tratado bilateral americano-argentino. Se for comprovado que as alegagdes têm fundamen- to, a IBM ficard sujeitaa processo nos termos da Foreign Corrupt Practices Act.” Por isso mesmo, nos Estados Unidos, a prética de pagamento de comissdes tornou-se uma decisio de cunho social, e não apenas empresarial. Um cédigo de ética universal Muitos teóricos vém tentando formular um conjunto de padrdes éticos globalizado, ou uni- versal. Da Tabela 9.4 constam seis livros e documentos que apresentam um modelo de valores compartilhados em todo o mundo — tais como veracidade, integridade, eqiiidade e igualdade. Quando aplicados a negécios em escala global, esses valores se transformam em um c6digo universal de ética. A Caux Round Table™ [Mesa-Redonda de Caux], realizada na Sufga com a colaboragio de lfderes empresariais de outros pafses europeus, do Japão e dos Estados Unidos, elaborou um código internacional de ética (ver Tabela 9.5). Os valores compartilhados pressupsem que todos nés temos direitos e responsabilidades que devem ser respeitados quando fazemos negécios. Estudando-se muitas das leis promulgadas ao redor do mundo, torna-se claro que grande parte dos valores descritos no códi£0 proposto pela Mesa-Redonda de Caux já foram incluidos na legislagdo de vérios paises. A fraude, por exemplo, tem uma definigio universal. Muitas indústrias de transformagiio, contudo, foram prejudicadas pelo uso fraudulento de suas marcas registradas — isto é, pela falsi- ficagio ou representagio ambigua de um pro- duto como sendo o de companhia. “A gistradas é um dos rápido crescimento nome de marca de uma granfalsificagio de marcas recrimes econdmicos em mais e de maiores conseqiiéncias Um Cédigo da Etica Universal A Ética Empresarial em uma Economia Globalizada 194 cJabela 9.4 Fabela 9.5 Ética gerencial global. Religides do Parlamento Mundial de 1993 Michael Josephson Declaragio de uma Estado da Califérnia Manual de... Educação Moral e Civica... Não-violência (amor) 1 pela vidavid Respeito Moralidade Verdade Mais Fácil Dizer do que Fazer — : Veracidade Honestidade Solidariedade Veracidade Tolerância i el iguais Direitos it Patriotismo Auto-estima Integridade Empatia Inegridade Ética Global oot com pinepios Cardter Tem Importancia. Etica: Cumprimento de promessas Lealdade Respeito pelos outros Responsabilidade mp s Moralidade sexual Conduta exemplar Fau" illiam J. Bennett 0 Livro das Virtudes Thomas Donaldson Fundamental International Rights Rushworth W. Kidder Valores Compartithados para um Mundo em Crise Autodisciplina Movimento fisico Amor Compaixão Propriedade, posse Veracidade Confiabilidade . Carinho Respeito & família, à propriedade Cidadania MU Respossabilidade ? Amizade Tortura, nunca i p Eqidade Liberdade Unidade * Congem Perseverança i Honestitace Seguranga fisica Expressão e associação Educagio mínima * E Tolerância Responsabilidade Respeito pela vida Fé Subsistência Trabalho Lealdade Fonte: Tabela “Global Management Ethic: Nio-discriminagio Participação pol de Andrew Sikula, Sr. Applied Management Ethics, 1996, p. 127. em todo o mundo”, disse um membro da diretoria da International Trademark Association. De acordo com um estudo de quatro anos efetuado em 40 países, a indústria de calçados e vestuário perdeu 22% de vendas, ou 2,1 bilhr?cs de délares, por falsificação ou infração das leis que regulam-o0-uso de marcas registradas."" A Tabela 9.6 mostra as perdas em vendas de cada pais, devido à protegdo inadequada dos direitos de marca. — Se há um conjunto universal de ética, pó que homens de negécios tém prob.lemn_s pa compreender o que é ético e an_liéuca‘z A re: posta reside, em parte, na maneira como esses” i direitos e responsabilidades básicos s ‘usados : ú < ou postos em prática. Quando alguém. cultura fala em integridade ou demócfâcia, 0| ouvintes sentem-se trangiiilizados. Mas, logo € esses conceitos são explicados, as diferençã vêm à tona. No Japão ¢ nos Estados Unidóf Prin 195 0s de ética empresarial aprovados pela Mesa-Redonda de Caux. Principio |. As responsabilidades das empresas: além dos acionistas, para os stakeholders O valor de uma empresa para a sociedade esté na riqueza e nos empregos que ela gera, e nos produtos e ; serviços que ela fomece aos consumidores, a um preço É razoável, compativel com a qualidade. Paraá criar tal i Cºonômica e viabilidade. À sobrevivência, porém, não é ; um objetivo suficiente. As empresas têm um papel a desempenhar no É aprimoramento da vida de todos os seus clientes, consumidores e acionistas, ao compartilhar com eles a é riqueza que criam. Fomecedores e concorrentes têm o direito de esperar que a empresa honre suas obrigagdes em um espírito de honestidade e lealdade. Como cidadã responsável de comunidades locais, nacionais, regionais e globais onde opera, a empresa participa da modelação do futuro dessas comunidades. R Principio 2. O impacto social e econdmico das empresas: voltadas para a inovagdo, a justiça e a comunidade é mundial Princípio 4. Respeito às regras Para evitar atritos comerciais e promover o comércio livre, condições iguais para a concorrência e tratamento leal e equitativo de todos os participantes, as empresas devem respeitar as regras internacionais e as internas do pais. Além disso, cumpre a elas reconhecer que certos tipos de comportamento, embora legais, podem ainda trazer consequências adversas. Princípio 5. Apoio ao comércio multilateral As empresas devem apoiar os sistemas de comércio multilateral do GATT/Organização Mundial de Coméreio e acordos internacionais semelhantes. Cabelhes cooperar com os esforços por promover a liberalização progressiva e judiciosa do comércio = aliviar as medidas internas que irresponsavelmente prejudicam o comércio global, ao mesmo tempo prestando o devido respeito aos objetivos da política nacional de cada país. Princípio 6. Respeito ao meio ambiente Empresas que se estabelecem em países estrangeiros para desenvolver, produzir ou vender devem também contribuir para o progresso social desses pafses, criando - empregos produtivos e ajudando a elevar o poder aquisitivo de seus cidadãos. Devem ainda contribuir NE para os dircitos humanos, a educação, o bem-estar social É c o aumento da vitalidade dos países onde operam. As empresas devem contribuir para o desenvolvimento econômico e social não só dos países onde se instalam, mas também para a comunidade mundia! em geral, por meio do uso eficaz e prudente de recursos, de concorrência livre e leal, e da ênfase em inovações na tecnologia, nos métodos de produção, em marketing e É em comunicações. Princípio 3. Conduta empresarial além do espírito da lei, voltada para o espírito de confianga Enquanto aceitam a legitimidade dos segredos do as empresas devem reconhecer que a sinceride, a franqueza, a veracidade, a fidelidade a promessas é ¢ a transparência contribuem não só para a sua própria credibilidade, mas também para a tranquilidade e a B eficiéncia das transações comerciais, sobretudo em nível internacional. A empresa deve proteger ¢, nos casos possíveis, melhorar o meio ambiente, promover desenvolvimento sustentável e impedir o uso predatório de recursos naturais. Princípio 7. Evitar operações ilicitas A empresa ndo deve participar nem tolerar suborno, lavagem de dinheiro nem outras préticas corruptas. Na verdade, deve buscar colaboração com outras empresas para elimind-las. Não deve negociar armas e materiais usados em atividades terroristas, tráfico de drogas ou outras atividades do crime organizado. Principio 8. Clientes Acreditamos que todos os clientes devem ser tratados com dignidade, corprem ou não diretamente nossos produtos e serviços, ou os adquiram de alguma outra maneira no mercado. Assim, somos responsáveis por: * fomecer aos nossos clientes produtos e serviços da mais alta qualidade, compatíveis com suas necessidades; Um Cddigo da Etica Universal A Ética Empresarial em uma Economia Globalizada 196 Fabela 9.5 Habela 9.5 Princípios de ética empresarial aprovados pela Mesa-Redonda de Caux (continuação). Principios de ética empresarial aprovados pela Mesa-Redonda de Caux (continuagao). * fomentar mercados abertos para comércio e tratá-los com lealdade em todos os aspectos de nossas transações comerciais, incluindo um alto nivel de servigo e medidas para Ihes remediar qualquer insatisfagdo; empreender todos os esforgos para assegurar que a saúde e a seguranga de nossos clientes, bem como a qualidade do meio ambiente, sejam mantidas e melhoradas pelgs nossos produtos e serviços; « garantir o respeito à dignidade humana nos produtos oferecidos, em marketing e publicidade; * respeitar a integridade da cultura de nossos clientes. Principio 9. Empregados Acreditamos na dignidade de todos os empregados e no respeito aos seus interesses. Assim, somos responsáveis por: * fomecer empregos e salários que melhorem suas condições de vida; * criar condições de trabalho que respeitem a saúde eadignidade de todos; « ser honestos nas comunicações com eles e abertos na troca de informações, limitados apenas por restrições legais ou de natureza competitiva; « ouvire, quando possível, agir de acordo com as sugestdes, idéias, pedidos e queixas dos empregados; « iniciarde boa fé as negociagdes, quando surgirem conflitos; « evitar práticas discriminat6rias e garantir igual tratamento e oportunidades em áreas tais como sexo, idade, raga e religido; * promover na prépria empresa a contratagio de individuos com deficiéncias fisicas em locais de trabalho onde possam ser realmente úteis; * proteger os empregados. no local de trabalho, de doengas ou ferimentos que possam ser evitados; * incentivar e ajudar os empregados a desenvolverem qualificagdes importantes ¢ conhecimentos — transferfveis; » sersensíveis.a probleinas sérios de desemprego frequentemente associados a decisdes empresa- com os govemos, com grupos de riais trabalhar empregados e com outros órgãos para resolver essas situagdes. investimentos; Principio 10. Proprietdrios/investidores promover comportamento competitivo que seja Acreditamos que deve ser honrada a confiança em social e ambientalmente benéfico e demonstrar respeito mútuo aos nossos concorrentes; evitar procurar ou participar de pagamentos questiondveis de favores para obter vantagens nós depositada pelos nossos investidores. Assim, somos responsáveis por: « adotar técnicas de administração profissionais ¢ ; r justo e competitivo um gura diligentes para asse ; proprictarios nossos de s investimento dos retomo competitivas; respeitar direitos de propriedade intelectual e de produtos tangfveis; * revelar informagdes relevantes aos nossos propries; tários/investidores, sujcitas apenas a requisitos , das à concorréncia; legaise restriges liga * respeitar pedidos, sugestdes, queixes e decisdes . formais de nossos proprietdrios/investidores. Princípio 11. Fornecedores Nossas relações com fomecedores e empresas subcontratadas devem basear-se no respeito mútuo. Pa isso, assumimos a responsabilidade de: * procurar agir com equidade e veracidade em tod as nossas atividades, incluindo formação de preços, licenciamentos e direitos de vender; egurar que nossas atividades empresai ntas de coerção ou litígio desnecesfomentar estabilidade a longo prazo na relação com os fomecedores, em troca de valor, quali competitividade e confiabilidade; compartilhar informagdes com forecedores e * integrá-los em nossos processos de plancjam to; + pagar os fomecedores as faturas em tempo oportuno e de acordo com termos acordados de coméreio; buscar, estimular e preferir fomecedores e empresas subcontratadas cujas práticas de emprego respeitem a dignidade humana. Principio 12. Concorrentes Acreditamos que a concorréncia econdmica leal constitui um dos requisitos básicos para aumentar a-— riqueza das nações ¢, em última andlise, para tomar possível a justa distribuição de bens ¢ serviços. Em consequência, assumimos a responsabilidade de: * recusar a adquirir informagdes comercias por 3 * conservar, proteger ¢ aumentar os ativos dos proprietdrios/investidores; . 197 meios desonestos ou antiéticos, tais como a espionagem industrial. * reconhecer a obrigação legítima de governos com a sociedade em geral e apoiar políticas e práticas públicas que promovam o desenvolvimento humano por meio de relações harmoniosas entre empresas e outros segmentos da sociedade; colaborar com as forças na comunidade que se dediquem à elevação dos padrões de saúde, educação, segurança no local de trabalho e bem- estar econômico; * promover ¢ estimular desenvolvimento sustentável e desempenhar um papel de lideranga em preservar e melhorar o ambiente físico e conservar 0s recursos da Terra; 1 É Principio 13. Comunidades B Acreditamos que, como pessoas juridicas globais, podemos contribuir para as forgas de reforma e dircitos humanos em ação nas comunidades onde operamos. É Assim, somos responsdveis por: * respeitar os direitos humaros e as instituições democriticas e promové-las em todos os casos possíveis; * apoiar a paz, a segurança, a diversidade e a integração social; * respeitar a integridade das culturas locais; e ser uma boa empresa cidadã por meio de donativos a obras beneficentes, contribuição para projetos educacionais e culturais, e estimulo à participação dos empregados em assuntos cívicos e comunitários. Fonte: Reproduzido com permissão do Business Ethics Magazine, 52 S. 10 St. # 110, Minneapolis, MN 55403. por exemplo, dá-se grande valor à honestidade. K Parte da honestidade é posta em pritica, ou tornada tangivel, por meio da confianga. No B Japão, os bancos demonstraram a mesma conP fianga contratando burocratas aposentados como auditores, executivos e presidentes. Essa prética é conhecida como amakudari, ou “descidos dos céus”. O fundamento 16gico nesses É casos era que tais homens mereciam tamanha confianga, que nada de antiético aconteceria aos bancos. A relação entre regulados e reguladores torna-se obscura quando os reguladores confiam implicitamente em seus antigos supeE riores. Nos Estados Unidos, pode-se confiar em antigos superiores, mas entende-se também que deve haver uma separagdo entre os que regub lam ¢ os que são regulados.'s Embora a honestidade, a caridade, a virtude e boas obras para com os outros possam ser qualidades aceitas universalmente, as diferengas em sua implemen& tação podem causar problemas. Com o objeti- vo de minimizar tais problemas, analistas, professores universitários tas coreanos trabalham atualmente para pro- mover melhores práticas globais e programas éticos mais rigorosos nas empresas do país. Ou, como disse o diretor-executivo da Federação das Indústrias Coreanas: “As empresas e os líderes políticos coreanos estão se tornando cada vez mais conscientes do impacto direto dos padrões éticos sobre os lucros das empresas e sobre a produtividade da nossa economia."'® O impacto de iniciativas éticas sobre a rentabilidade da empresa será discutidoem mais detalhes no Capítulo 10. Na próxima seção, estudaremos alguns problemas éticos comuns que surgem quando as empresas operam internacionalmente. Nossa lista não deve ser considerada completa, mas apenas uma amostra da complexidade das tomadas de decisão ética na arena global. . A Etica Empresarial em uma Economia Globalizada 198 Fabela 9.6 Problemas Eticos ao Redor do Globo Em muitas nações do Oriente Médio, mu‘lheres empresdrias constituem uma raridad Comumente, nesses paises, elas são obrigadas k a usar vestimenta especial e a esconder o ros- Prejuizos das indústrias de roupas e calgados, por pais, devido a falsificagdes ¢ infragdo de direitos de marca. Perda de 25% ou mais: Argentina — Brasil | | (j“m ºm,m;h F sa ee Índia É .to. Em piiblico, podem ser fisicamente separ; :‘:q:::l:.mwm F“:’ i ó Espantia E' das dos homens. Uma vez que muitos desses É povos prescrevem apenas papéis ndo-empreariais a mulheres, companhias que negociam /. com fimias da regido encontram problemas em É empregd-las como vendedoras. Na verdade, Perda de 20% a 25%: Canadá Itdlia Cingapura Chile Cortia do Sul Suécia 5 Malisia cmp—” Geécia — Hungria H | | i Israel Africa do Sul : tão ética que se coloca nesses casos é se as D empresas estrangeiras devem respeitar os va- b RINGEGN — ! firmas_ estrangeiras que as empregam. A ques- Taiwan Tailândia . Indonésia i uma companhia da regido pode recusar-se a negociar com v.endcdoras ou olhar de viés para B8 aa Unid Estados Perda de 14 a 19%: TR Hong Kong® S Bélgica D Suíça Pany Reino Unido Alemanha Unidos .ver suas carreiras e contribuir para os objetivos , da empresa. A alternativa seria tentar manter suas préprias idéias de igualdade social, sabendoqueas vcr!dcdoms pmvnvchncn!c não teriam & sucesso, devido às normas culturais dessas so- cledades,, Graves problemas éticos que complicam as atividades das empresas na esfera internacional incluem a discriminag@o por motivo de sexo e raga, discriminag@o nos pregos, suborno, produtos nocivos, mio-de-obra forgada, a Foreign Corrupt Practices Act, os cartéis e as telecomunicagdes. DISCRIMINAGAO POR MOTIVO DE SEXO é vista também no telhado de vidro existente no Japdo, quando se trata da participagdo de cob reanos de origem japonesa nos negécios. DIREITOS HUMANOS O interesse das empresas pelos direitos huÉ manos surgiu na década de 1990. Reportagens f nos jornais descrevendo a exploração de trabaIhg infantil, o pagamento de baixos salários e os busos em fábricas no exterior contribuíram para abrir caminho nos mundos empresarial'e’ _o;g d co, as mulheres raramente são prommlu;*ns — Conforme apontamos leis americanas profbem pratiquem discriminação raga, na religido ou em no Capitulo 4, vérias que empresas do pafs com base no sexo, na deficiéncia fisica, em ) a, onde não se concede naturalização a Loperdrios turcos, mesmo que alguns deles se‘jam residentes de segunda geração. E pode ser determinados meios étnicos jamais são vidos. No Japão, embora estejam come cargos de alto nivel.” Embora o Iapm% temodelar nossa atitude sobre o que se pode 'tonsiderar comportamento aceitável nas empresas. A Levi Strauss & Co. foi a primeira multinacional a discutir questdes de direitos hu0s em seu c6digo de conduta. A compa- tornado ilegal a disci sexo, a legislação não prevé qualquer pcnah‘ de."s ) Alids, ela ocorre também visivelmente na Ale- decisdes de contratagdo, dispensa e promogdol O problema da discriminação, contudo, não s& limita aos Estados Unidos. No Reino Unido, indianos foram tradicionalmente relegados a0 empregos de remuneragdo mais baixa e meno$ig desejados. Os aborigines australianos são h longo v.empo v(umas de discriminagiiasqcklsl & E RACA o A discriminagio racial tem sido um problema amplamente debatido nos Estados Unidos. Sales.” PR Newswire, 6 de maio de 1998. ! | para negociar vendas, negando, dessa maneira, É às suas empregadas a oportunidade de promo- * Ao tempo desse estudo, Hong Kong ainda fazia parte da Comunidade Britânica. Fonte: “Study Shows Global Counterfeiting Activity in the Apparel and Footwear Industries Eating Away at Company Problemas éticos ao redor do globo lores do Oriente Médio e enviar apenas homens PR nhia encerrou um investimento de 40 milhdes 199 de dólares na China em protesto contra as condições dos direitos humanos no pais. A Gap contratou uma firma independente para monitorar sua fábrica em São Salvador, após acusações de desrespeito aos direitos humanos."? Como parte importante de sua missão social, a Starbucks passou a dar prioridade à melhoria de vida de seus empregados nas fazendas de café. Devido à caréncia mundial do produto e de preocupagdo auténtica com os empregados, a Starbucks está ajudando a financiar creches ¢ escolas nas fazendas, e concedendo bolsas de estudoa filhos dos empregados na Guatemala e na Costa Rica. Além disso, está visitando fornecedores para descobrir o que pode ser feito para melhorar a qualidade de vida dos seus empregados.®® Organizagdes que enfrentam problemas de direitos humanos as vezes tomam, para aumentar a sua rentabilidade, decisões de curto pra20 que terão implicagGes negativas a longo prazo. O programa noticioso 48 Hours langou no ar uma matéria sobre o uso pela Nike de empresas subcontratadas no Vietname, que pagavam saldrios extremamente baixos ao pessoal e eram| acusadas de maltraté-los fisicamente. A Walt, Disney tem uma subcontratada no México, a H. H. Cutler, cujos empregados não dispdem de dgua potével e o saldrio médio por 48 horas semanais de trabalho é de apenas 27,27 délares. Embora muitos argumentem que não se pode avaliar saldrios pagos em outros países comparando-os com o custo de vida norte-ame- ricano, em Acuna, onde funciona a H. H. Cutler, os alimentos para sustento de uma familia pe- quena custam 30 d6lares semanais.?! Na Nicardgua, a Centex trabalha como subcontratada para a Wal-Mart, a Kmart e a JC Penney. Seus operdrios ganham em média | 11,04 délares por semana, quando o leite para alimentar duas criangas não custa menos que 4 dólares semanais. Na Repiiblica Dominicana, onde a Victoria's Secret tem subcontratadas, o trabalhador médio ganha 5,68 délares por di: enquanto uma ceia modesta para uma familia custa 5,36 délares.™ 200 A Ética Empresarial em uma Economia Globalizada As empresas enfrentam agora preocupações com o tratamento dado a minorias e às mulheres, bem como questões ligadas ao tra- Problemas Éticos ao Redor do Globo — minar beneficios, exigir trabalhos em horas e — tras e combater tentativas de organização de % — sindicatos. Os operários da fábrica de bolsa 201 Quando as empresas vendem produtos fora — ríodo de cinco anos, o preço médio pago por de seus países, os custos de transporte, impos- — quilo de salmão inteiro caiu de 10 dólares para b tos, tarifas e outras despesas podem elevar o — cerca de 4 d6lares.® O Chile é o maior fome- — cedor estrangeiro de salmão a restaurantes e prego de tais produtos. Não obstante, quando | balho infantil e aos direitos dos trabalhadores. — Liang Shi ganhavam 13 centavos de dólar | Os desafios são cada vez maiores por conta — hora, ao passo que o salário de subsistênc; = nessa parte do país era de 87 centavos pó * cionais, surge um problema ético. A remarca- - tados Unidos de mais de 111 milhões de dóla- triais e as empresas subcontratadas. Um estudo mostrou que elas estavam ligadas a melho- — hora. São as empregadas dessa fábrica quy = produzem as bolsas Kathie Lee, vendidas pel é ção dos preços dessa maneira é às vezes denof minada extorsão. Essa prática pode referir-se - res. Ao inundar o mercado com salmão barato, — criado em tanques, tornou dificil a pescadores das diferenças culturais entre elas e os indus- também a cobrar taxas excessivamente altas — americanos conseguirum lucro razoável por seu é; durante um certo período, devido a carências ; ocasionadas pela situação vigente — quando, : por exemplo, fornecedores de madeira aumen- — produto.”* O dumping pode ocorrer por várias razões. Cobrar pregos baixos permite à companhia en- As EMNs deveriam considerar a leicomoo — gócios internacionais é a discriminação d * Em Paris, durante os jogos da Copa do Mundo, - ca ocorre quando o mercado interno para o pro- pafses do Terceiro Mundo. Alguns indicadores importantes de qualidade de vida; como as taxas de sobrevivéncia de recém-nascidos, a ex- Wal-Mart.* tam os preços sob pretexto de ajudar as vítimas — trar rapidamente em um mercado e capturar i; de terremotos, que tentam reconstruir a vida. — uma fatia considerável dele. As vezes, a práti- pectativa e vida e a alfabetização melhoraram — países também cria problemas éticos. Uma que tão freqiientemente debatida na esfera dos i com os investimentos das EMNs.” Í : os hotéis foram acusados de aumentar os pre- — duto é pequeno demais para sustentar um nível mínimo de comportamento aceitável e ainda — preço, que ocorre quando uma firma cobra pre 4 i H ; esforçar-se por introduzir melhorias na qualidade de vida dos trabalhadores. A compreensão .da cultura de cada país levará a aprimoramentos que serdo considerados valiosos. Na —Pesreunião anual da Human Rights Survey quisa sobre direitos Humanos —, o diretor-executivo-da Hyman Rights Watch — Proteção dos Direitos Humanos — mencionou trés dire- ços diferentes a diferentes grupos de consumi— dores. Essas diferenças serão legais se não ré- duzirem substancialmente a concorrência ouse; puderem ser justificadas com base nos custo * — por exemplo, o custo dos impostos e tarifas? - de importagdo associados à venda de produtos — em outro pafs. A discriminagio de prego, nó entanto, pode ser um problema ético, o mes: trizes que os gerentes podem levar em conta — mo ilegal, nas seguintes condiges: 1) a prética Em primeiro — viola as leis de qualquerum dos dois pafses; 2) para promover os direitos humanos. lugar, é preciso incentivar o diálogo franco en- ESA * o mercado não pode ser dividido em segmen. H eficiente de produção. Em outros casos, produtos tecnicamente obsoletos e não mais vendáveis no pafs de origem são despejados no exterior. É difícil provar essa pritica, mas até mes— mo a suspeita de que ela possa estar sendo usada pode resultar na imposição de quotas de im— portação, prejudicando outras firmas inocentes. Diferengas de prego, extorsdes e dumping criam problemas éticos porque alguns grupos de consumidores são obrigados a pagar mais — do que o preço justo por produtos ou forçam preocupações com os direitos humanos emcada — a prática produz insatisfação extrema nos con: constam na categoria de necessidades vitais, país onde operam. À Anistia Internacional pode — sumidores. mesmo que haja uma grande demanda deles e — cional, devido aos custos adicionais de tarifas, fornecer essas informações. Finalmente, elas Quando um mercado é artificialmenté divi devem adotar o padrão legalem vigor, mas procurar mell!onn: e adotar um‘enfi?que de.“mcIhores práticas”'. Padrdes aceitos internacionalmente em todos os pafses devem ser a sua meta dido em segmentos que cobram preços dife rentes, talvez surja uma desigualdade que não pode ser explicada por custos adicionais, crian do, dessa maneira, uma questio ética. ‘Em al nesse particular* guns casos, essas políticas de formação de pre- teressadas em direitos humanos do que antes, a ocorrer continu am abusos em todo mundo. A National Labor:Committee — Comissão Na- * nação de preços que prejudica a concorrência cional do Trabalho — realizou um estudo das ! ,fi, . que exploram Sondigdes de oficin as a mão-de- — é proibida pela Robinson-Patman Act [Lei Robi 0 d .Emna Chin a e descobriu que companhias ame- — as decises judiciais sobre ilegalidade baseiam: ricanas estão reduzindo o padrãode vida de seus — se em precedentes ou considerações de equis | empregados locais ao pagar salários baixos, eli- = uma questão complicada de marketing interna- É eles não tenham substitutos. impostos, custos de armazenagem na alfândega e burocracia. Ainda assim, as empresas devem ter o cuidado de cobrar pregos que recuperem despesas legftimas e produzam um lucro razoável, enquanto concorrem lealmente com Em contraste, quando as companhias cobram preços altos por produtos vendidos no mercado interno e os vendem em mercados estmngenros a pregos que não cobrem os custos de exportação, a prética é conhecida como dumping (ven- outras. : daa pregos inferiores ao custo, a preço de li- O SUBORNO E A LEI DE PRATICAS — decidir que elas reduzem substancialmente a < iz quidação). O dumping será ilegal se prejudicar concorréncia. Nos Estados Unidos, a discrimi- Ex . a concorrência, firmas e empregados em ou- í [Í ções principais.” A maioria dos pafses tem leis que profbem a cobranga de pregos exorbitan- — — - 38 vida, o que inclui alguns medicamentos. Essas — deslealmente os concorrentes a cobrar menos leis, porém, não se aplicam a produtos que não — por eles. A formação de preços é certamente Embora as empresas paregam hoje mais in- - ços podem ser julgadas ilegais quando a Justica *sa { ; 0s até 200%, mesmo que tivessem concorda' do em não remarcá-los em mais de 25%.* Acu' sações semelhantes foram feitas a hotéis de , Sydney, por conta das Olimpfadas de 2000. Algumas pessoas que trabalhavam na organização dos jogos pagaram por um hotel de trés É estrelas 550 délares de didria, 45 dólares pelo café da manhã e 75 dólares pelas duas refei- tes por produtos necessários à preservação da tre gerentes e empregados. Em segundo, mem- - tos; 3) o custo de segmentar o mercado excede bros das EMNs devem conhecer as questões e — a receita da discriminação de prego legal; e 4) " — supermercados, com exportações para os Es- . DISCRIMINAÇÃO DE PREÇO O prego de produtos vendidos em outrd; ras em direitos políticos e liberdades civis em | 0 aumento excede os custos das despesas adi- * dade. SR CORRUPTAS NO EXTERIOR Em muitas culturas, pagar suborno — co- tros países. Torna-se ilegal em muitos paises se . reduzir substancialmente a concorrência. O —nhecido também como pagamentos por faci- Departamento de Comércio dos Estados Uni- * lidades — é uma prática aceita nos negócios. dos chegou à conclusão de que vérias empresas pesqueiras chilenas faziam dumping com No México, essa pritica é conhecida como la — mordida. Os sul-africanos chamam-na de dash. o salmão no mercado americano. Em um pe- - No Oriente Médio, na Índia e no Paquistão, a GS NAA s bakssheesh, a gratificação dada por um superior, é largamente usada. Os alemães denominam-na schimengeld, dinheiro para lubrificar, ao passo que os italianos usam o bustarella, que é um envelope pequeno. A Tabela 9.7 descreve os principais tipos de suborno e como eles podem ser chamados na comunidade empresarial internacional. Companhias que operam internacionalmente devem saber que o suborno constitui uma questão ética e esse costume é mais comum em alguns paises do que em outros. Entre 100 operagdes globais envolvendo suborno, 80% foram perdidas por empresas americanas.” Na Indonésia, os saldrios dos servidores públicos sdo tão baixos que estimu- lam o suborno como fonte de sobrevivéncia.! Propinas ou pedido de pagamento de comi Zabela9.7 estdo fregiientemente ligados a grandes proj tos de construção civil, capital de giro e em gran? des contratos de fornecimento de commodities, e equipamentos. Act [FCPA — Lei das Práticas Corrupf no Exterior] proibe que empresas anieri nas oferegam ou fagam pagamentos a sei res de governos estrangeiros com o objetivo d obter ou manter negócios no exterior. As enjd presas que violarem as disposigoes da FCPAY podem ser multadas em até 2 milhdes de dó res, enquanto seus executivos e sujeitos até cinco anos de prisdo ou multa de 10.000 dólares, ou ambas as penas. A lei, no entant tolera pequenos pagamentos “para lubrificar’ amovimentagio de papéis a funciondrios buro; & FTODIEMAS ENCOS UO KEAOr ao IIODVO criticos de governos ou ministérios estrangei. Esses pagamentos são isentados dos rigoJes da lei devido às pequenas somas em jogo e a suposição de que são usados para convencer os contemplados a cumprir suas fungdes norais, e ndo para fazer algo de grande imporg tancia que facilite a distribuigdo de novos bens e servigos. & — Entre 1977 e 1980, apenas dez casos foram flevados a julgamento. Nenhuma condenagdo à risdo foi decretada e houve apenas uma mul, de 50.000 délares. Alguns criticos dizem que, mbora a FCPA tenha sido elaborada para foEmentar tratamento justo e igualitdrio, ela coloca tas firmas americanas em desvantagem no amnternacional. A FCPA aplica-se apenas a tempresas americanas. Nenhuma outra nagio pds essas restrigdes às suas companhias que €atuam no exterior. Se trés companhias — digamos, dos Estados Unidos, Franga e Coréia -— tivessem concorrendo para a construgio de uma represa no Egito, as empresas francesa e coreana poderiam subornar funciondrios egip- Principais tipos d Pagamentos facilitadores Comissdes de intermedidrios Desembolso de pequenas somas em dinheiro ou espécie, como gorjetas ou presentes a funciondrios subaltemos de govemos para acelerar o despacho de remessas, documentos ou outras atividades de rotina. Exemplos: na Índia, nenhum produto circula se a mão do funciondrio não for molhas , a distribuição da bustarella. (um envelope com uma pequena quantia em dinheiro) ajuda a promover com maior eficiência a entrada e saída de produtos do país. : Nomeação de intermediários (agentes e consultores) para facilitar as vendas de maneira não-rotineira e pagamento de gratificações e comissões excessivas aos mesmos, não comensuráveis com os servigos comerciais normais que realizam. Frequentemente, o intermediário pode pedir que parte da comissão ou toda ela seja depositada em um banco num terceiro pafs. Exemplo: o pagamento de 30 milhões de dólares em honorários feitos pela Northrop Corporation a agentes e consultores estrangeiros, parte dos quais foi usada para comprar funcionários do-governo a fim de conseguir decisões favoráveis sobre a compra de aviões e outros equipamentos militares. Contribuigdes politicas A cios na'tentativa de obter o contrato, mas seria legal para a firma americana proceder da mesna maneira. A questio do suborno, portanto, B contrapde os valores de uma cultura — a desa- provagiio do suborno pelos Estados Unidos — i@ a0s de outra. ¥ Quando a FCPA foi promulgada, a Securities and Exchange Commission (SEC) criou um programa voluntário de revelagio de atitudes to¢ madas. A FCPA foi proposta porque uma investigação da SEC em meados da década de É 1970 revelou que 400 companhias americanas É reconheceram ter feito pagamentos duvidosos Contribuigdes que assumam a forma de extorsão, porque violam costumes ¢ leis locais. Além disso, pagamentos que, embora não ilegais, sejam feitos com o objetivo especifico de obter favores, direta ou indiretamente. Exemplo: o pagamento de 3 milhdes de dólares feito em 1971 pela Gulf Oil Corporation ao Partido Republicano [ ou ilegais, em valor superior a 300 milhdes de Democritico da Coréia do Sul, por motivo de intimidagio e ameagas. délares, a funciondrios de governos, politicos ou Desembolsos em dinheiro Pagamentos feitos a pessoas importantes por meio de fundos ficticios, ou de alguma %. partidos politicos estrangeiros. Em 1988, a outra maneira, geralmente em um terceiro país (por exemplo, depósitos em bantos f g Omnibus Trade and Competitiveness Act suigos); para obter isenção de impostos, um contrato de vendas, conseguir tra 10 preferencial à custa de um concorrente, ou por outras razdes. Exemplo: o & (OTC) limitou o alcance da FCPA nos seguinmento de 2 milhdes de dólares pela United Brands a funcionários públicos tes casos: lobby, “razões para saber”, facilitar hondurenhos pela redução do imposto de exportagio sobre a banana, depositados em 3 « pagamentos, defesa justificada e derrota da um banco suíço. Emenda Eckhardt. A Emenda Eckhardt impeFonte: Peter J. LaPlaca, org., The New Role of the Marketing Professional (Chicago: American Marketing Association, 3 dia gerentes graduados de usar agentes ou 1978), pp. 138-145. ¥ empregados como bodes expiatórios quando 203 fossem pagas propinas. A nova legislação torna ainda mais difíceis as acusações em juízo, reduzindo o poder e a aplicabilidade da FCPA em ambientes globais de negócios. Apoio subseqiiente à Foreign Corrupt Practices Act veio por meio de um tratado global, a “Convenção sobre o Combate ao Suborno de Servidores Priblicos Estrangeiros em Transagdes Comerciais Internacionais”, assinado por 34 nagdes. Patrocinada por alguns dos maiores países do mundo, a maioria dos signatdrios é de membros da Organizagdo de Cooperagdo e Desenvolvimento Econdmico (OCDE). O tratado exige que os signatdrios tornem crime a ação de qualquer pessoa “oferecer, prometer ou desembolsar vantagens pecunidrias ou de qualquer outra natureza... a funciondros publicos estrangeiros”, com a finalidade de obter “negécios ou outras vantagens impréprias na conduta do comércio internacional.” A punigdo deve ser rápida e efetiva, servir como obstéculo a futuras infragoes e será determinada pelo pafs no qual a companhia opera.”? A Tabela 9.8 descreve vérios tipos de fatores que ajudam a explicar por que pessoas oferecem e aceitam suborno. Muitos empresérios consideram o suborno um custo necessério para a realizagdo de negócios em certos pafses. Vérias multinacionais foram multadas nos termos da FCPA. As companhias podem receber multas de até 2 milhdes de d6lares ou, de acordo com a Alternate Fines Act — Lei das Multas Alternativas —, pagar duas vezes o valor de seus ganhos. A General Electric foi multada em 70 milhGes de délares por atividades em Israel, pela FCPA. Com o objetivo de obter o contrato de fornecimento de trés avides cargueiros C-130, um vice-presidente da Lockheed Martin subornou um membro do Parlamento egipcio. Esse executivo foi condenado a 18 meses de prisio e o custo total para a Lockheed Martin chegou a 24 milhdes de dólares.” A Tabela 9.9 mostra algumas consideragdes decisivas que as empresas precisam avaliar na questão de suborno. Logo que uma empresa comega a oferecer suborno em um pafs, outros 204 " , ” Nocivos Produtos A Ética Empresarial em uma Economia Globalizada abela Causas de suborno. . Equiparar-se ao suborno pago pela concorrência Falta de treinamento apropriado da força de vendas para evitar subomo Pressão da empresa para cumprir quotas de venda cabela 9.8 Uma questdo ética semelhante é a da ex- a maneira correta de agir. Contato: Fraud Section, Criminal Division, Justice Department, P.O. Box 28188, McPherson Square, Washington, D.C. 20038, telefone 001 202 5140651 Fonte: Reproduzido com permissdo, de Business Ethics, PO. Box 8439, Minneapolis, MN 55408, . telefone 001 612 8790695. outros países, especialmente nos menos des: volvidos. O volume de vendas no exterior fabricantes excede o volume de vendas int ateriais úteis. Usando mão-de-obra barata, conseguem obter lucro. Com o baixo preço do Ktrabalho no Cambodija, no Vietname e no Laos, o comércio mundial de lixo continuará a infligir danos a longo prazo a outros povos. der produtos que são considerados prejudicit à saúde em seu pafs de origem. cf Às vezes, produtos que não são nocivos em sumidores consideram bom o fumo, tanto como economicamente. Argumentam que a pmidores em outros, devido ao analfabetismo, às Nos paises subdesenvolvidos, muitos dústria de fumo cria empregos, estimula a egf nomia e os consumidores gostam de fun Muitos citam ainda as taxas de baixa long dade para descontar os riscos para a satide fumo. A longo prazo, contudo, 2 medida q industrialização melhorar o padrão de vida ses pafses, elevando a taxa de longevidade, ¢ poderão mudar de idéia sobre o fumo. Comy pessoas viverdo mais, os riscos para a saú comegardo a custar mais a elas e a0 gove em termos de tempo e dinheiro, ¢ os proble: éticos aumentardo. ses pafses e suas comunidades não cor o conteiido desse lixo. Embora a Africa se tornando socialmente inaceitével nos Esta- América Latina tenham proibido o oox_x‘:érc lixo, isso não aconteceu na Repiiblica Popilly da China. Empresas desse pafs compram o 1S para extrair metais residuais, plésticos e outr& para vender cigarros e derivados do tabaco em B descarga), causa doengas. Além disso, fumar cigarros estd hos EUA, as companhias auméntam esforgos em conta. deve levar em 4. Custos associados a demonstragdes ou outros ligados ao cumprimento de um contrato são permitidos (desde que não haja intenção de corromper). 5. Nos EUA, o Departamento de Justisa proporcionará consultoria ou esclarecimentos se a firma tiver dúvidas sobre portação de produtos de fumo para .paises menos desenvolvidos. As vendas de cigarros nos Estados Unidos estdo caindo devido a regulamentos estritos e à comprovagio de que o fumo dos Unidós. À medida que declinam as vendas i que a empresa sobre suborno 2. Se a intenção for corromper, haverd conseqiiéncias, mesmo que o dinheiro não tenha mudado de mios (uma promessa, acordo ou oferecimento constituem suborno). 3. Há alguma oportunidade de fazer pagamentos para facilitar as coisas, como pequenas somas p: onseguir que sejam ultimados procedimentos normais burocráticos (permissoes, segurança dada pela policia, carga/ Produtos nocivos Em nagdes industrializadas avangadas, os governos proibiram a venda de certos pmdutlos considerados prejudiciais. Algumas companhias com sede nessas nagdes, porém, continuam a vendé-los em outros pafses onde a venda ainda é legal. Virios pesticidas, como o Velsic Phosvel e 02 4-D (que contém dioxina), por cxcmpl&?, foram proibidos nos Estados Unidos mas continuam a ser vendidos direta ou indiretamente a outros pafses. Há suspeitas de que esses produtos qufmicos sejam cancerfgenos ou mutagénicos. Seus fabricantes argumentam que, dada a caréncia de alimentos em certas nagdes, os beneficios do uso dos pesticidas para aumeptar o rendimento das lavouras compensam o risco para a saúde. Os lucros constituem mais uma motivagio, claro. Consideragdes |. Pagamentos a intermedidrios podem acarretar consequências caso se tenha consciência de que à intenção é subormar. Acreditar que pagar subomo é simplesmente um custo de negociar no exterior Considerar o subomo uma prática aceita em alguns países Pressão do vendedor para receber subomo Envolvimento político nas tomadas de decisão Demonstrar agradecimento por transações comerciais Ober ingresso em novos mercados Superar grandes concorrentes paises esperario o mesmo tratamento, qualquer que seja a sua cultura. 9.9 205 jum pafs tornam-se prejudiciais para os consu- fínás condições de higiene ou a valores cultu- ais. A Nestlé, por exemplo, produz marcas de Nleites em pó usadas como alimentação suplefmentar para bebês que foram testadas e julgaseguras quando usadas corretamente. Quangdo a companhia langou os produtos em paises ricanos como alternativa à amamentagio, nães locais rapidamente o adotaram. Contudo, jcom o tempo, as taxas de mortalidade infantil subiram extraordinariamente. Os pesquisados descobriram que, devido s altas taxas de alfabetismo, muitas mães não conseguiam guir as instrugdes para o emprego correto da rmula. Além disso, freqiientemente a 4gua Emisturada a0 pó era totalmente impura. Além 550, para economizar, mies pobres dilufam a (6rmula mais do que o adequado, reduzindo o alor nutricional do alimento. A Nestlé foi c g$ada pela propaganda agressiva; para desestifnular a amamentagdo, usou amas-de-leite, ppresentando esse costume como primitivo frente a seus produtos. Sob forte pressio de órgãos internacionais e boicote de grupos de consumidores, a Nestlé concordou em suspen- der a propaganda da férmula de leite em pó. Revisou também o rétulo do produto ¢ o material educativo, com vistas a mencionar os peri£0s do uso incorreto da férmula e as vantagens da amamentagdo natural.* Apés certo periodo, contudo, a companhia voltou às priticas anteriores. Em 1996, a Organizagio Mundial de Saúde reativou o boicote. Portanto, até mes- mo produtos tradicionalmente seguros e devi damente testados podem criar problemas éticos, quando o vendedor deixa de avaliar com precisiio os mercados externos ou de reagir corretamente a problemas de saúde ligados a seus produtos em certos mercados. PoLuigio Embora haja limites as implicagdes de numerosas violagSes de cardter legal ou ético no caso de abusos contra o meio ambiente, seus efeitos têm enormes consegiiéncias. Por isso mesmo, vérios paises trabalham atualmente em colaboração para criar aliangas e padrões de responsabilidade ambiental. Os 15 paises da União Européia assumiram o compromisso de, por volta de 2008-2012, estar com os niveis de diéxido de carbono e metano 8% abaixo dos 206 A Etica kmpresarial em uma kconomia Globalizada perfis de 1990.” Nos Estados Unidos, as emis- sões de dióxido de carbono, a maior causa do efeito estufa, subiram 8% em comparagdo com o perfodo anterior de sete anos.* Tentando defender a qualidade do seu ar e da sua dgua, alguns paises estio tomando medidas legais contra firmas poluidoras. No México, por exemplo, empresas que ndo reduzam as emissões ou neguem acesso a inspetores durante alertas provocados por picos de poluição do ar podem sofrer sangdes legais.”’” Em outras situações, entidades externas, como a Greenpeace, langam alertas contra paises que praticam abusos ambientais. A Greenpeace acusou Israel de desafiar a convengdo internacional e despejar dejeto tóxico no Mediterrineo. Contudo, em alguns paises, como a Austrélia, alguns grupos conseguiram, por intermédio de lobistas, que seus governos clevasscm‘os padrdes de emissdo. Suas emissdes per capita, derivadas do consumo de energia e de proces- sos industriais, subirdo de 21 toneladas métricas por habitante para 26 em 2010, tornando o país o maior poluidor do mundo em gás d_e estufa. Um membro do Australia Institute disse, a propésito: “Se estivessem conscientes dos fatos, outras nagdes não teriam concordado com a exigência da Austrélia de aumento das emissões, mas, sim, exigido que cortissemos as nossas mais do que em outros pafses.™” Para que possam prosperar globu]mçnlc. as empresas devem formar acordos conjuntos, como o North American Free Trade Agreement (NAFTA) [Associação Norte-Americana de Livre Comércio] entre os Estados Unidos, o Canadá e o México, e estabelecer padroes razodveis de emi s, que devem ser seguidos por todos os seus membros. Muitas iniciativas de controle de poluigio produzem bons resultados em prazo relativamente curto ¢ resultam em efeitos positivos a longo prazo para a rentabilidade das empresas. Em contraste, o des- cumprimento de regulamentação ambiental traz, além de custos financeiros, riscos para a saúde da populagdo. Um exemplo de custos financeiros por violagio de regulamentagio ambiental Produtos Nocivos A velocidade das comunicagdes globais afeocorreu com a Honda, que foi acusada de des- 3% É tou também a industria da alta costura. As imiligar equipamento de monitoração de poluição; [ tações sempre foram um problema nessa drea, em 1,6 milhão de carros. A companhia:pagou , iz com as “ofertas imperdiveis” geralmente enmulta de 17,1 milhões de dólares por violar fitrando no mercado alguns meses depois dos U.S. Clean Air Act [Lei do Ar Puro, america originais por meio de uns poucos varejistas. A na]. Além disso, concordou em pagar 12,6 mi ¥ situação, porém, mudou drasticamente, Uma lhões em indenizações na Justiça civel e inve: i foto tirada em um desfile de modas em Milão tir4,5 milhões para implementar vários progra mas ambientais.“º QUESTÕES ÉTICAS GERADAS PELOS MEIOS DE TELECOMUNICAÇÃO Com o advento dos satélites, da popularizag ção do correio eletrdnico e da Internet, infor mações podem ser conseguidas em questão d segundos, e não mais que semanas. A sob: carga de informações e a conseqiiente redi ção na velocidade da Internet estão se tornan; do mais comuns em todo o planeta. Com a fz cilidade de acesso às informações surgiram bém problemas éticos, que podem diferir gundo o pafs, mas sem barreiras geográfi ou temporais. As leis de direito autoral, É pode ser mandada por via eletronica na mesma oite para uma fébrica de Hong Kong. No dia seguinte, uma amostra do vestido é enviada pelo [Federal Express a uma sala de exposição em #Nova York que atende a varejistas. Lojas enmendam essas “interpretações” de baixo pre0 para suas coleções de marcas privadas e, algumas vezes, até exibem ao mesmo tempo as Eversões mais caras dos costureiros famosos. iComo a concorrência nos shopping-centers é Wiferrenha e as mercadorias da moda são alta- fmente perecíveis, a indústria tornou-se forte- imente competitiva. Alguns criadores combatem essas imitações processando os infratores e lançando versões mais baratas de seus modelos, antes que alguém o faça. Atividades financeiras questionáveis, como Nlavagem de dinheiro, tornaram-se mais fáceis 207 com as telecomunicagdes globais. Lavagem de dinheiro significa que recursos recebidos ilegalmente são transferidos ou usados em uma transagdo financeira, de modo a ocultar-lhe a origem ou a propriedade, quando não para fac; litar uma atividade “ilegal”. Essa operagio, no entanto, pode ser legal, dependendo dos paises envolvidos e da maneira como interpretam as leis uns dos outros. Há uma década, moedas como délares, francos ou libras esterlinas teriam que ser transferidas fisicamente. Hoje, traficantes de drogas e outros criminosos movimentam fundos via cabo e cheques enviados a outros paises. Acusagdes de lavagem foram feitas contra funciondrios de bancos mexicanos. Ha- via preocupagiio geral de que os controles bancdrios ndo fossem cumpridos, a despeito das declarações do presidente do México de que seu país se tomard mais respeitador das leis. Muitos mexicanos estão perdendo a confianÇa nos esforgos dos banqueiros para se confor- marem a normas €ticas.> Com o México se tornando um parceiro importante no NAFTA, há necessidade de que suas empresas passem a aceitar os padrões éticos compartilhados pelos Estados Unidos e pelo Canadá. === Resumo do capitulo cccm impor o cumprimento de leis específicas. Es: mem boletins exibem comumente material proteg; Os negécios globais envolvem o desenvolpor direito autoral. A Walt Disney, ?_H & : cluem diferengas idiomáticas, linguagem corpovimento, a promoção, a formação de preços e Block e a maioria das empresas noticiosas já'g ral, maneira de encarar o tempo e religido. a distribuição de bens e serviços através de fronestão achando difícil proteger seus materi: SE Segundo o relativismo cultural, a moralidateiras nacionais. O individuo que opera nessa Advogados que representam essas companhiaSy de varia de uma cultura para outra e as prétifárea precisa não só compreender os valores, dizem que processos judit ¢ cas empresariais são definidas como certas ou s culturas e os padrées éticos de seu pais, mas nas contra grandes provedores de servigosii por cada uma. erradas i também ser sensivel aos de outros paises. Culcomo a America On-line. “O ciberespago é t303 Multinacionais são empresas que operam em tura ¢ definida como tudo que é criado por sevasto que há um indice de taxa de risco”, dissei escala global, sem lagos sélidos com qualquer res humanos no ambiente — tanto itens tangium advogado.*' Muitas companhias, como 4 nação ou regiio. Devido ao seu tamanho e poViacom e a Time Warner, preocupams5¢, pois " #:Veis quanto conceitos ndo-tangiveis, incluindo der financeiro, que detém, elas podem produzir linguag em, legislaç ão, religido, politica, tecnolosabem que o melhoramento da tecnologia proum impact ia, educaçã o poderoso sobre os paises onde opeo, entidades sociais, valores gerais duzird um impacto ainda mais forte sobre a ram, o que talvez dé origem a problemas éticos. g padroes éticos. Todas as nações tém cultura fração do direito de propriedade, A gt‘nsu'!q ; própria, decorrendo daf as diferentes opinides Quando aplicados aos negécios globais, cerà tográfica, por exemplo, leme que novosi Figobre que atividades empresariais sio aceitdtos valores compartilhados — tais como veradispositivos que tiram cópias digitais de film eis ou antiéticas, Diferengas culturais que criam cidade, integridade, eqiiidade e igualdade — estimulem alguns empresários a vendê-los kproblemas éticos nos negócios constituem um c6digo universal de ética. AÀ internacionais inInternet. 208 Uma Situagio da Vida Real A Ética Empresarial em uma Economia Globalizada —— Mesa-Redonda de Caux criou também um código de ética internacional. Na esfera internacional, questões éticas graves consistem em discriminação por motivo de sexo e raça, direitos humanos, discriminação de preço, subornos, pagamentos facilitadores, produtos nocivos, poluição e telecomunicações. Embora as leis dos Estados Unidos profbam empresas americanas de praticar discriminação no emprego, em outros países ela é frequentemente justificada, alegando-se normas e valores culturais locais. Aumentou o interesse das multinacionais em procurar resolver ativamente questões como a exploração do trabalho infantil, baixos salários e abusos em processos fabris subempreitados no exterior. Elas precisam dar continuidade a esse esforço para com- preender as questões dos direitos humanos em cada país onde operam. A discriminação de preço cria um problema ético e pode ser ilegal quando a prática em questão viola as leis de ambos os países; quando o mercado não pode ser segmentado ou o custo da segmentação excede a receita extra produzida pela discriminação iegal de preços; ou quando a prática deixa o consumidor insatisfeito. Quando as companhias vendem produtos fora de seus países de origem, os custos de transporte, suprimentos, impostos, tarifas e outras despesas podem elevar os seus preços. Mas, quando o valor cobrado no exterior excede os custos plenos associados à exportação, surge a questão ética da extórsão. Nos casos em que vendem produtos no mercado interno a preços mais altos, ao mesmo tempo que os vendem no tos de exportação, de dumping. Discriminação de preços, exto: são e dumping criam problemas éticos porqué ter ou conservar negócios. 8 Uma situação da vida real’ George Wilson, gerente de ope- Estados Unidos, e os infratores H rações da fábrica da ComCo em ficam sujeitos a multas. Até o mo- O Omnibus : sidente da empresa, Jake Lamont, ligou para lhe dizer que as compras de milho il no mercado futuro estavam em alta, o que acabaria por aumentar os custos totais da pro- cance da FCPA e eliminou o caráter de am ça de sanções decorrentes de acusação com provada e aplicabilidade da mesma aos nef dução. Além disso, uma nova companhia, a cios internacionais. Abco Snack Foods, havia comegado a venIt der flocos de milho a pregos competitivos na drea de mercado da CornCo. A Abco, aliás, ram a cooperar para minimizar os efeitos n tivos da poluigdo e exigir responsabilidade biental. Acordos e agdes cooperativas inte já demonstrava sinais de estar corroendo a i fatia de mercado da CornCo. Jake estava | preocupado, achando que os custos de produgdo de George não seriam competitivos com os da Abco — e, portanto, a lucrativi- dade cairia. Jake já Ihe havia pedido que des- Os progressos nas telecomunicagdes a varam problemas ligados a infragGes de di autoral e cópia nZo-autorizada de modelos cobrisse maneiras de cortar os custos. Se não pudesse, avisou Jake, comegariam as dis- alta costura. Tornaram também mais fécil: recurso a atividades financeiras questiondvé — notadamente a lavagem de dinheiro, q implica transferir ilegalmente dinheiro recel do, ou usando-o em transagdes financeiras ocultar a sua origem ou propriedade, quandt não para financiar atividades ilegais. i pensas de pessoal. ' George passou um pente fino pelo MeioOeste e finalmente encontrou milho barato. Mas, quando os vagões ferroviários comeH çaram a chegar, um dos químicos da comf panhia comunicou a presença de aflatoxina — elemento tóxico causado por mofo em : decorrência de armazenagem inadequada, causador de câncer do fígado em animais de laboratério. Como o milho é moido e trans- formado em farinha, contudo, era pratica- Termos importantes mente impossivel detectar visualmente a pre- extorsão senca da aflatoxina. George sabia que, mis- critério de auto-referéncia cultura dumping relativismo cultural pagamentos facilitadores no produto final, como, segundo ouvira di- - relativismo.ético. empresas multinacionais (EMNs) discriminação de pregos Foreign Corrupt Practices Act (FCPA) . Omnibus Trade and Competitiveness Act (O zer, outros faziam. De acordo com a lei americana, é proibido utilizar milho contaminado com aflatoxina em produtos comestiveis nos lavagem de dinheiro mento, no entanto, ninguém foi julgado culpado. Nenhuma lei, lho e produzir flocos vendidos pela ComCo nos Estados | Unidos e em outros países. Vários (FCPA) proíbe que empresas americanas reçam ou façam pagamentos a servidore: governos estrangeiros com a finalidade de 209 turando o milho contaminado com o milho sadio, reduziria a concentragio da aflatoxina porém, proibe a exportagio do milho contaminado para outros paises. George sabe que, por causa da concorréncia, se não usar o milho contaminado, os custos de produgio ficardo altos demais. Ao conversar com Jake, o chefe perguntou: “Do milho que compramos, que percentual estd contaminado?” “Mais ou menos 10%", respondeu George. “Eles provavelmente sabiam que o milho tinha esse problema. Foi por isso que conseguimos pregos tão bons.” Jake pensou por um momento e disse: “George, telefone para os silos suspeitos, reclame e exija um desconto de 50%. Se concordarem, compre tudo que tiverem em estoque.” “Mas, se fizermos isso, o percentual de contaminagdo vai aumentar”, retrucou George. “Quanto a isso, tudo bem. Quando as misturas comegarem a ficar altas, deixamos de vendé-las no mercado americano e as exportamos.” Jake lhe disse ainda: “Lembre-se de que no México não há multas por milho contaminado.” George soube que outra pessoa, Lee Garcia, gerente de operagdes da divisio de cereais para o café da manhã, certa vez usou farinha de trigo contaminada. “Isso mesmo. E dai? Eu tenho familia para sustentar e prestações da casa para pagar. Para mim, não havia alternativa. Eu tinha que fazer isso ou me arriscar a ser demitido”, disse Lee. quanto George pensava no problema, vá as tomaram conhecimento de suas alternativas. Muitas notas apareceram na caixa de sugestões da fábrica, como estas, por exemplo: “Use o milho ou todos nós seremos de- | — “Processe o milho e exporte-o para o | Méxicor É errado usar esse milho!™ Quando George hesitou frente à sugestão de Jake, este lhe disse: “George, eu compre- endo o problema. Já estive em situação semelhante antes... exatamente como você. Mas temos que olhar para o quadro mais amplo. Centenas de trabalhadores desempregados. que, quanto mais flocos de milho forem pro. » duzidos para o mercado americano, máior o lucro da companhia e mais alta a sua gratificação. Quanto a dar um “visto', estou cho- cado pelo simples fato de você sugerir umg. coisa dessas. George, você é o gerente di operações. Você é o responsável pelo que acontece na fábrica. As coisas A ÉTICA E O Certo, a FDA diz que a aflatoxina é perigosa, que faça, é melhor fazer n: mas estamos falando de ratos que comem apenas essa mistura durante a vida toda. Se o taminado tem que ser misturado com alguy caso for descoberto... e daí? A companhia porque, como vejo a situação, o milho con ma coisa, e quanto mais €% i ORGANIZACAO recebe uma multa, o químico inspetor da FDA leva uma repreensão por ter feito besteira e os negócios continuam, como sempre.” “Isso é tudo que pode acontecer?”, perguntou George. “Claro, não se preocupe”, trangiiilizou-o Jake. Mas era a assinatura de George, e não a de Jake, que estava nos documentos de entrega dos vagões com a carga contaminada. “Muito bem, se eu fizer isso, vocé dird em que percentual de aflatoxina eu devo parar e dará um “visto' na papelada?”, perguntou George. “Escute aqui”, respondeu Jake, “esse problema é seu. Lembre-se de Questoes/Exercicios 1. Discuta a questão empresarial de venda de produtos duvidosos em vários mercados. 2. Discuta as notas encontradas na caixa de sugestões no tocante à decisão a ser tomada. Essas sugestões devem influenciar tal decisão?: 3. Identifique as pressdes responsáveis pelo surgimento de questões éticas e legais. * Este caso é rigorosamente hipotético. Qualquer semelhanga com pessoas, empresas ou situações é mera coincidência. Lot ohn DESEMPENHO DA s 15 AfaioAa dus PatsEs &k Tores SÍsiêinas de cumprimento de normas éticas ou — Sim ofientação legal. 2. O critério de auto-referéncia é uma referéncia inconsciente aos valores culturais, à experiência e aos conhecimentos do próprio indivíduo. — Sim 3. Diferenças culturais relacionam-se também com diferenças na linguagem corporal? Sim 4. As empresas multinacionais têm um país de origem identificável, mas operam globalmente. 5. Pagamentos facilitadores são aceitáveis nos termos do Foreign Corrupt Practices Act. 95 “unS "s “ov18as 10 syed sonbrenb twos SoAREATUBIS So3e] WL opu sreuoraeum n sesaxduro sy 0NN *p . “semin $21u313J1p 3p seossad anua OFLIAY e umeiouanur satumsoo so 9 SONGFY 50 “Teossad oóedsa O s € "epia e avwenp soureuaunuado anh ou aseq uos SONBEIY “ums 7 “OESENIIS € W0 OPIOJE I S SEP” “osdimar 396 wapod sta| se *sasyed sonno ur “eatnugooma eansadsad vum 9 TS ‘OEN T SVISOdSAA, . OBJETIVOS Topicos Deixar evidente que os sistemas de valores éticos melhoram o desempenho da empresa Relagdo entre ética e desempenho da empresa, 215 A confianga como parte da ética empresarial, 216 A ética contribui para a qualidade da empresa, 218 A ética e a satisfagiio do cliente, 219 A ética contribui para a dedicação do empregado 2 empresa, 221 Etica e aumento dos lucros, 223 Papel da ética no desempenho econdmico das nagdes, 224 A importancia da reputação na criação do valor da empresa, 225 Mostrar a relação entre ética, É satisfação do consumidor, qualidade da empresa e fidelidade dos funciondrios Indicar a relação entre cidadania É empresarial e desempenho financeiro \ Discutir a relagdo entre instituições sociais que upoiam sistemas éticos geradores de confianga ¢ a | prosperidade econômica das nações é Avaliar a relação entre a reputação da firma e sua posição econômica 370 Apêndice B: Códigos de Ética de Empresas sas áreas de produção, bem como no nível ad- ministrativo. Recomendamos encarecidamente que você use esses recursos sempre que tiver dúvida ou preocupação que não possa ser facilmente resolvida em seu grupo de trabalho ou com o seu chefe imediato. Além disso, se precisar de informações so- bre como entrar em contato com o encarregado local de ética — ou desejar conversar sobre Envie fax para: 001-805-381-1482 Passe um e-mail: Corporate.Ethics@lmco.com Quando entrar em contato com o encarregado local de ética ou com a divisdo Corporate Office of Ethics and Business Conduct: uma preocupação sua com o Departamento de * Ética e Conduta Empresarial da empresa —, pode usar um dos seguintes meios confidenciais de informação: Vocé será tratado com dignidade e respeito. * Sua comunicagdo serd protegida da melhor maneira possivel. Ligue para: & * 001 800-LM ETHIC (011-800-563-8442) Quem tem deficiéncia de fala ou audição: 001-800-441-7457 Suas preocupagdes serdo cuidadosamen- te estudadas e, se não forem resolvidas * 310 North Westlake Blvd., Suite 200 Lembre-se: jamais haverd penalidade por uso do telefone de ajuda; ninguém que exerga uma posição de autoridade poderá deté-lo: se tentar fazer isso, estard sujeito a agdo disciplinar e, inclusive, a Westlake Village, CA 91362 demissão. Escreva para: Office of Ethics and Business Conduct Lockheed Martin Corporation * no momento em que telefonar, vocé será, posteriormente, informado do resultado. Vocé não precisa se identificar. APÊ Códigos de Ética de Empresas Brasileiras E Globo Cabo, 375 BCP, 379 BD, 389 373 recursos que estão disponiveis quando a clarifi- Globo Cabo cação se fizer necessdria. Operadora de TV por assinatura Obrigado por fazer parte na construção e manutengdo da nossa exceléncia organizacio-| nal, contribuindo para um ambiente ético e so-| cialmente responsdvel. Guia de conduta ética A Diretoria Executiva Apresentação 03 de janeiro de 2000 Prezado colega, Este documento, Guia de conduta ética, é dirigido a você e a todos os colaboradores da Globo Cabo. É um compromisso que assumimos em adotar os mais elevados padrões éticos em todas as nossas ações e em todos os nossos relacionamentos. A Globo Cabo é uma presenga lider de mercado e nos orgulhamos desta posição. Sabemos que a reputagio de uma empresa resulta da imagem que transmite à comunidade e que o respeito que obtém dos clientes, mercado e sociedade decorre de fatores como a exceléncia nos servigos, a inovagio, a valorizagdo dos seus recursos humanos, a gestão eficaz de seus ativos e a contribuição para o desenvolvimento econômico e social Estaremos do pafs. E nos dias de hoje, advém Introdug¢ao Este Guia de Conduta é um compromisso, que a Globo Cabo/NET (Operadoras que tra- balham com as marcas NET, VIRTUA e outras geridas pela empresa Globo Cabo S/A), com seus colaboradores, adotam na prética cotidiana de seu trabalho e de seus negécios. Al partir da identificagdo das expectativas daqueles que se relacionam com a empresa defini-| ram-se parimetros de conduta ética para a Globo Cabo/NET e seus colaboradores no que diz, respeito às nossas decisdes, práticas e relagdes| com clientes, colegas de trabalho, fornecedores, investidores, governo, merca-| do e sociedade. determinados a A importancia de estabelecer claros padrdes de conduta se insede uma dimensdo ainda mais amre em um momento especial da pla: aquelas empresas que desejam Globo Cabo/NET, qual seja, o de inser excelentes e respeitadas por totodas as ocasides ¢ o dos, devem, também, ser éticas e oportunidades, sem tegrar e smlon'um os esforços l‘{e todos os públicos no desenvolviexceção. socialmente responsáveis, consmento do negécio, considerando a cientes de seu espírito público e cocultura, os principios e valores — munitário. já expressos no documento Direções organiEstamos explicando formalmente a conviczacionais da Globo Cabo — assim como as| ção de que nossa posição de excelência passa, normas e as leis que regem as atividades eminequivocadamente, pelo exercício permanente presariais e a conduta das pessoas na sociedados nossos valores organizacionais e dos prinde. Avanga-se, também, na consolidagio da cipios éticos aqui estabelecidos. Globo Cabo/NET como uma empresa de exceAssim, esperamos que você faça uso consIéncia, integra e socialmente responsével na tante deste documento no seu dia-a-dia como condução dos seus negócios e processos. J um instrumento de orientação de como deveCom o claro propésito, portanto, de nortear | agir sempre eticamente, com honestidade, respeito ¢ responsabilidade social, em mos nortear nossa conduta nos negócios, usan- do o senso comum e aplicando sempre as diretrizes deste guia, sem hesitar na utilização dos nossas decises, agdes e relagdes com-os vários piiblicos da companhia, este Guia de conduta, traduz a expectativa de construirmos uma em-| 374 Apéndice C: Códigos de Ética de Empresas Brasileiras É importante lembrar que a ndo observin- presa que se pauta pela Ética, no seu mais amplo sentido, por meio da aplicação e consideração dos conceitos de justiça, respeito e responsabilidade, sempre segundo os critérios esta- cia das diretrizes e condutas aqui recomenda- ¢ das pode implicar a tomada de medidas disci-, plinares por parte da empresa, inclusive a de- '; belecidos nas normas organizacionais e nas Leis missão. do país. Tenha sempre à mão este documento! VALIDADE E ABRANGÊNCIA E lembre-se: a ética, assim como a excelén- Com este Guia de conduta, a Globo Cabo/ NET espera traduzir a todos os seus públicos uma concepção moral do sentido da sua exis- cia, são valores que se formam e se fortalecem na prética do cotidiano. tência, a qual deve ser compartilhada por todos Principios éticos os que fazem parte desta companhia. Os principios morais e o padrão de conduta aqui estabelecidos são vélidos para todos os nfveis hierérquicos da organizagdo e formalizam o entendimento de como vamos conduzir nossos relacionamentos e operagdes. COMO INTERAGIR COM ESTE GUIA Os princfpios éticos definidos pela Globo Cabo/NET devem nortear todas as nossas decisdes e serem aplicados a todos 0s nossos relacionamentos com clientes, fornecedores, investidores, colaboradores, governo ¢ socieda- de. São eles: * Honestidade O Guia de conduta da Globo Cabo/NET esté organizado de modo a facilitar a assisténcia e a adoção dos princfpios aqui contidos nas decisdes, préticas e relagdes da empresa e de seus colaboradores. Os princfpios universais listados a seguir são ple- namente adotados pela Globo Cabo/NET e devem inspirar a ação da empresa e de sens colaboradores com todos os seus ptiblicos. Este guia é parte integrante do contrato de trabalho. No caso de haver dividas sobre a conduta mais * Transparência Toda a empresa e seus colaboradores tém o dever ético de conhecer e aplicar as leis referentes & condugdo do negécio. Cada colaborador, em sua respec- e decisdes empresariais, das ‘mais simples às mais complexase estratégicas. Para entrar em contato com o Comité de Eticada Globo Cabo, vocé poderd escrever para o e-mail comitEtica@globocabo.com.br. A confidencialidade-do-contrato-serd garantida, sem, entretanto, permitir-se o anonimato. sas relações. Em todos os nossos relacionamentos praticamos a retidão e a sinceridade, entregando o que foi prometido, cumprindo as políticase normas estabelecidas e agindo com base nos ideais da verdade, justiça e integridade moral. A honestidade se fortalece no hábito. A corrupção deve ser sempre repelida, a fim de que sejam resguardadas a integridade das pessoas € a coesão da equipe de trabalho. RESPEITO ÀS PESSOAS É responsabilidade fundamental da Globo Cabo/NET e de seus no hébito. Não usamos de Conhecer o negécio e as leis aplicdveis Ser honesto é ter mais que uma virtude; é inspirar segurança é integridade. Portanto, sempre cum: primos o combinado, honrando nossa palavra e compromissos assumidos. Em hipótese alguma enganamos colegas, clientes ou parceiTOS, € exigimos o mesmo em nos- sinergia entre toda a diversidade contida na empresa. A honestidade se fortalece Responsabilidade HONESTIDADE 375 colaboradores tratar com respeito todas as pessoas nas relações inexpedientes ou ternas e externas, independenteinstrumentos duvidosos mente do cargo ou posição que em beneficio próprio ouda organização. ocupem. A cortesia e o respeito dientes ou instrumentos duvidosos ” orientam nossas ações, consideranpara beneficiar a organizagdo no do as diferenças individuais e o esmercado. paço alheio, assegurando o tratamento justo às pessoas. Como uma empresa de serviços, preRESPEITO ÀS LEIS zamos a qualidade no atendimento e no relacionamento entre as pessoas. Um dos alicerces da Globo Cabo/NET ¢ a sua orientação para conduzir seus negócios com Respeitamos os prazos, as condições e os base nas leis vigentes, com destaque às leis de compromissos assumidos com aqueles com defesa do consumidor, às leis de ordem econôos quais nos relacionamos. mica, tributária, trabalhista e previdencidria. Para entender as necessidades e respeitar Não nos utilizamos da fungio ou cargo profissional para obtenção de beneficios pessoais ou para préticas coercitivas, nem de expe- * comportamento em todas as iniciativas profissionais bo Cabo. lem favorecimentos. Respeito s leis Respeito as pessoas pautar nosso fia imediata ou com o Comité de Etica da Glo- A postura íntegra, reta e imparcial conduz nossos negócios e relações em todas as situagoes. Não aceitamos relacionamentos que nos deixem em situagdes embaragosas ou vantagens que visem influenciar nossa tomada de decisdes e que manipu- * * Estes princfpios devem adequada a ser seguida, recomen- * — da-se que o colaborador, ou quem nessa situação se encontrar, procure orientações e esclarecimentos no Insite, em sua che- Globo Cabo tiva área, deve estar informado e atento quanto a qualquer alteragio das leis, normas e regulamentos. Respeitar as normas e politicas internas os direitos dos colaboradores, clientes, investi- dores e sociedade, a Globo Cabo/NET adota em suas relações os princípios de justiça e equidade, os quais se fundamentam em critérios de imparcialidade nas tomadas de decisões e nas atitudes, sem qualquer Sempre competimos no tipo de discriminação. A igualdade mercado por meio de de direitos e oportunidades é precondutas éticas. Sempre servada, bem como o respeito às honramos os idéias e à diversidade. compromissos fiscais, trabalhistas e legais. Nunca nos envolvemos direta ou indiretamente As normas e politicas internas de ligações têm como principal objetivo tornar (qualquer tipo o ambiente de trabalho mais seguro, agraddvel e respeitdvel para todos. Esse conjunto de regras e procedimentos busca não apenas o respeito à individualidade mas, também, tornar a Globo Cabo/NET um modelo de organizagdo para o mercado. Outra importante finalidade das normas e politicas intérnas é estabelecer critérios claros de relacionamento entre as 4reas, de direitos e deveres dos colaboradores, de modo a criar com a prática irregulares de pirataria). A Globo Cabo/NET valoriza o ser humano e busca o aprimoramento contínuo de seus colaboradores, considerando as diferenças € a qualidade do ambiente do trabalho. O respeito às pessoas implica a aceitação de sua individualidade e características. Espera-se, porém, a observância e preservação da boa imagem da empresa, sobretudo quando esta for ameaçada por exposições ou exibições pessoais que transgridam as práticas, normas e políticas da Globo Cabo/NET. Apéndice C: Cédigos de Etica de Empresas Brasileiras RESPONSABILIDADE O comportamento responsável exige identificação e comprometi- Nioagimos de forma a desqualificar, intimidar ou causar constrangimento. Realizamos nosso trabalho em equipe através da cooperação mútua e do respeito às características individuais. mento com metas estabelecidas. A Globo Cabo/NET e seus colaboradores estão comprometidos com a realização de sua missão, com a prática dos seus valores organizacionais e com o atingimento de suas metas e objetivos. Cada colaborador deve ser um agente consciente de seu papel profissional e de suas responsabilidades para com os resultados de excelência esperados. A Globo Cabo/NET e seus colaboradores utilizam de forma re: ponsável o espago público para a realização de suas atividades e zelam pelo patrimônio do cliente e da comunidade no momento da instalação e manutenção de seus pro- dutos e serviços. Administram, igualmente, de forma eficiente os recursos e capital aplicados pelos com discernimento com as informações a que temos acesso, e em especial com aquelas que fazem parte do nosso A conduta responsivel exige compromisso com a exceléncia em tudo o que fazemos, das coisas mais simples às mais fundamentais. Da mesma forma, requer-se A boa preservagio e o uso zeloso dos materiais e equipamentos é condição basica para a exceléncia na prestagio de nossos servigos. A conduta individual no exercicio da profissão também contribui para a imagem da organizagdo. Operadora de telefonia celular, banda B, da Região Metropolitana de São Paulo (municipios com prefixo 11) e dos seguintes Estados do Nordeste: Alagoas, Pernambuco, Paraiba, Rio Grande do Norte, Ceard e Piaui. A Ética e Vocé TRANSPARÊNCIA cuidado, zelo e resguardo com a marca, a imagem e o patrimonio da empresa. VaLores BCP Caro funciondrio, Vocé desempenha um papel importante para que possamos construir e fortalecer sempre a nossa reputagio de uma empresa pautada pelos mais elevados padrões éticos. A construção da nossa imagem depende fundamentalmente da integridade de cada um de nés e da qualidade dos servicos que prestamos. Esses são os fatore: gariar a credibi sicos dos clientes, funciondrios, te, com a informagio correta. Credibilidade e transparéncia Garantir a credibilidade junto aos seus vérios fornecedores, con- terizados pela transparéncia, simplicidade, colaboração e clareza. confianga e o respeito nestidade, a integridade e a Etica nos negécios € na nos a conduta profissional. “A Etica e Você" foi criado com o objetivo de tornar claro o entendimento sobre esse va- Globo Cabo/NET busca a melho- Colocar sempre as necessidades dos clientes em primeiro lugar, atendendo-os rapidamen- piiblicos, desenvolvendo relacionamentos carac- Somos nós que fazemos a BCP ¢ temos a responsabilidade de zelar pela reputagio e imagem da empresa, ainda mais considerando que a BCP foi constituida a partir de empresas extremamente prestigiadas e pautadas por elevados padrdes éticos. Queremos ser a melhor empresa de telecomunicagdes do Brasil e, para isso, temos que cultivar a transparéncia, a ho- A comunicagio é uma ferramenta essencial para o trabalho. A Compromisso com os clientes que nos permitirdo an- correntes, governo e do público em geral. formagdes enganosas. ria continua na comunicação interna, permitindo aos seus colaboradores e às dreas da empresa maior interação e eficécia dentro do sistema organizacional. S Revolucionar a maneira como as pessoas e as empresas se comunicam, oferecendo soluções inovadoras em telecomunicagdes, superando assim as expectativas de seus clientes, funciondriose acionistas. A transparéncia implica na transmisséo clara e precisa das caracteristicas, pregos e beneficios dos nossos produtos e servigos aos clientes e piiblico em geral, no tempo adequado, e sem omissões ou in- Temos atitudes adequadas e condizentes com os valores e principios da Globo Cabo/NET. Dizemos averdade. Missio BCP BCP Relações transparentes são a base da confianga mútua. Aquilo que se conhece, respeita-se; e o que se esconde, desconfia-se. A Globo Cabo/NET fundamenta as relações com seus pú= blicos na sinceridade e franqueza, Estamos comprometidos bases da transparéncia. Adotar com a excelência em todas esta postura implica agir com claS nossas ações. reza, objetividade e respeito, a fim Estabelecemos relação de se evitar subterfigios, interpreresponsável junto aos clientes, fomecedores, dúbia e inverdades. Ao reparceiros, investidores, velar algo, nos atemos a informagoverno e comunidade. ção e não A interpretagio de fatos Refletimos antes de decidir. de que não temos conhecimento — . nem confirmago. investidores. Preservamos a confidencialidade e lidamos dia-a-dia. 377 == 376 lor que integra nossa cultura empresarial. Esperamos que vocé se identifique com ele, ali- nhando a sua conduta aos valores, à visão e à Pensamento Inovador Pensar sempre 2 frente, de forma estratégi- ca e inovadora. Etica nas atitudes e ações Seguir elevados padrões éticos em tudo o que fazemos. Respeito aos funcionários Tratar todos os funcionérios e suas idéias com respeito e dignidade, dando-lhes autonomia e reconhecendo a iniciativa e a realizagdo. Otimizagio de recursos Utilizar todos os recursos disponiveis com Presidéncia discernimento e eficiéncia, buscando a excelência operacional. issdo, Visdo e Valores BCP Visão BCP Ser amelhor empresa de Telecomunicagdes do Brasil. Assumir riscos Respeitando os valores e principios da BCP, para que possamos realizar nossa missão e atingir nossa visdo. 378 BCP Apêndice C: Códigos de Etica de Empresas Brasileiras Sempre que houver dúvidas sobre a aplica- Índice * Introdução * Como avaliar potenciais * Relacionamento entre funcionários * Conflitos de interesse «Negéciosilicitos * Informagdes confidenciais e privilegiadas * Relacionamento corn empresas públicas e órgãos governamentais « Atividades e contribuições políticas * Concorrência * Recursos corporativos * Comunicação externa « Cumprimento do código * Responsabilidades * Termo de recebimento Introdução “A Ética e Você” visa a ajudá-lo realizar o seu trabalho da melhor maneira possível, evitando qualquer ação ilícita que possa comprometer você ou a BCP ou, ainda, prejudicar nos- sos clientes, fomecedores, concorrentes, autoridades governamentais, sociedade, imprensa e companheiros de trabalho. Procura estabelecer parâmetros que perinitirão aos funcionários ção do “A Ética e Você", consulte seu gestor ou o Departamento de Recursos Humanos. Diretores e gerentes devem encaminhar “A Etica e Você” às suas equipes de trabalho e discuti-lo com os seus subordinados. Por exercerem cargos de liderança devem ser exemplos de comportamento ético. Esta é uma forma de assegurar que a empresa como um todo está empenhada na observância absoluta dos padrões éticos que buscamos preservar. Ao final deste livreto, você encontrará um documento denominado “Termo de Compromiss0". Ele deve ser preenchido, assinado e devolvido ao Departamento de Recursos Humanos. Como avaliar potenciais conflitos Se vocé tiver dúvidas envolvendo questdes éticas sobre determinada ação ou decisdo, pergunte-se, por exemplo, se o que vocé estd fazendo: * * Violaalgumalei civil ou principios da BCP. * E justo com todos os envolvidos a curto e longo prazos. * — Poderá prejudicar alguma das partes en- volvidas, favorecendo indevidamente a outra. conduzirem-se nos seus relacionamentos internos e externos, auxiliando-os em situações po- Elegal e autorizado. tencialmente difíceis e delicadas. * Todos os funcionários e terceiros que prestam serviços à BCP, devem compreender e * Compromete seus valores éticos pessoais. * Causaria problemas a vocé se fosse publicado na primeira página do jornal. seguir “A Ética e Vocé", além da política estabelecida pela companhia. A BCP respeita e cumpre todas as leis e regulamentos que envolvem nossos negócios e que regem o nosso país, atitude esta que cada funcionário deve ter. “A Ética e Você" prevê uma variedade de situações e dilemas éticos, mas é impossível antecipar todas as situações que um funcioná- " rio possa vir a enirentar. Portanto, a BCP confia e espera contar com bom senso de todos. Afetao respeito que vocé sente por si mesmo. Relacionamento entre os funciondrios Para a companhia, os funciondrios são os seus clientes internos e devem ser tratados com o mesmo respeito e dignidade com que os clientes externos são traiados. A BCP preocupa-se em desenvolver ¢ aprimorar uma convivéncia profissional harmoniosa, dentro de um ambiente integro, justo e de respeito mútuo. Entende que a valorizagio do ser humano é nossa meta permanente. A qualidade do nosso clima interno constitui um dos pilares para o nosso sucesso. O RESPEITO AOS DIREITOS HUMANOS É PRIORITARIO |. Não serd permitida qualquer atitude de discriminagio, seja por raga, cor, nacionalidade, religião, sexo, orientação sexual, idade, estado civil, deficiéncia fisica, posigdo social e nivel hierarquico. 2. É proibido qualquer tipo de intimidação no local de trabalho. 3. O funciondrio que sentir-se vitima ou presenciar atitudes de discriminação/intimidação na empresa, deve informar imedia- tamente ao séu gestor ou ao Departamento de Recursos Humanos. São exemplos de comportamentos antiéticos: assédio sexual, suborno, chantagem emocional, difamação, violência verbal ou não verbal. A BCP preocupa-se com a saúde e segurança de seus funcionários. As comissões da CIPA e do Ambulatório Médico estão sempre de prontidão para cuidar deles. Porém, é responsabilidade de cada funcionário seguir as orientações e normas que as comissões recomendam, bem como contribuir avisando quan- do perceber alguma irregularidade. Conflitos de interesses A BCP preza a qualidade da relagio com seus funciondrios e valoriza a posigdo de confianga que cada um tem. Devem, portanto, ser evitados conflitos entre interesses pessoais e os da companhia que comprometam essa relação e posigdo. Um conflito de interesses é qualquer situagdo que comprometa nosso discernimento ou capacidade de conduzir os negécios da melhor forma para a companhia, ou seja, qualquer oportunidade de ganho pessoal, por 379 meio de negócios efetuados pela companhia ou relacionados as suas atividades. É essencial que aqueles que se relacionam com a BCP sintam-se tratados de forma idônea, com imparcialidade e objetividade. Isto significa que não pode haver favoritismos. Em to- das as relações, as decisões devem estar basea- das em fatos, evitando assim a influência de opinides pessoais, interesses ou sentimentos. À seguir, relacionamos normas referentes às situações de conflitos mais comuns. No caso de outras situações que possam surgir ou quando houver dúvidas consulte seu gestor ou o Departamento de Recursos Humanos. PR N1 S, VANTAGENS E FAVORES 1. Nas negociações e relações, tanto internas como externas — especialmente nas relações com clientes, fornecedores, au- toridades governamentais e concorrentes —, nenhum funcionário deve utilizar sua posição na empresa para obter vantagem pessoal ou para terceiros, em de- trimento dos interesses da companhia. 2. A relação entre funcionários, especialmente entre gestores/funcionários, não deve envolver trocas de favores que se- jam consideradas ou possam ser vistas como obrigação ou compromisso pes- soal. 3. Presentes, gratificações, entretenimentos, tratamento preferencial, qualquer tipo de vantagem e favores oferecidos por pessoas ou organizações que se relacionam com a BCP não podem ser aceitos pelo funcionário e nem, indiretamente, pelos seus familiares, salvo pequenas cortesias eticamente aceitas pelas préticas comerciais, cujos valores estejam de acordo com a politica estabelecida pela companhia. 4. Da mesma forma, nio devem ser efetuados quaisquer tipos de pagamentos ou ações a terceiros com os quais a empresa esteja buscando estabelecer uma re- Jou Apenune . LU S u L ser lação de negócios e que tenham por ob- 5. O funciondrio deve comunicar à compa- 2. Eimportante que o funciondrio comuni- jetivo obter indevidamente preferéncias para a BCP. Presentes, cortesias ¢ entretenimentos para clientes e terceiros devem estar dentro das politicas adotadas pelacompanhia. nhia, formalmente, caso tenha familiares que imediatamente ao gestor ou Departamento de Recursos Humanos, quando houver evidéncias de ele testemunhar Observagio. O funciondrio deve ser especialmente cuidadoso ao aceitar/prestar pequenos favores que possam conduzir a outros maiores. Deve também assegurar-se de estar com- pletamente familiarizado com “A Ética e Vocé”, para que ninguém, dentro e fora da empresa, pense ser possivel influenciar uma decisio ou sinta-se no direito de receber, esperar ou requerer tratamento diferenciado. INVESTIMENTOS PESSOAIS, POSIÇÕES E ATIVIDADES PARALELAS 1. Nenhum funciondrio deve ter outro emprego, atividade paralela ou empresa que possa interferirem seu desempenho profissional, prejudicando o eficiente exercicio de suas responsabilidades na companhia ou que entre em conflito com os interesses da empresa. 2. O funciondrio que pretender assumir posição de diretoria ou de lideranga em outras empresas, associagoes ou entida des de classe deverd comunicar, por es crito, a0 seu gestor, e obter aprovagio da BCP. 3. A empresa não se opõe à participagio dos funciondrios em organizagoes filan- trópicas, civicas, religiosas, politicas ou sociais, desde que não oferegam confli- tos com os interesses da BCP, nem com s responsabilidades do funciondrio. 4. uc LINpresus L UIIENU vel a prestagio de serviNão ¢ admi: ços ou investimentos financeiros de um funciondrio da companhia — qualquer que seja o seu nivel hierdrquico — em empresas que concorrem com a BCP no mercado de vendas e servigos de telecomunicagdes. que trabalhem para empresas concorrentes ou empresas que tenham negécios alguma atividade ou atitude ilicita por com a BCP. 6. Não ¢ permitido ao funciondrio utilizar os bens da empresa e as horas de trabalho para atividades alheias aos interesses da companhia. 7. O funciondrio não deve utilizar o nome da BCP indevidamente, agindo como representante da companhia em negécios alheios a sua função e responsabilidade. 8. Não é permitida a comercializagio de produtos pelos funcionários dentro das instalagdes da BCP. 9. A arrecadagiio de dinheiro só é permitida em situagdes usuais como listas de casamento, aniversdrio de colegas, nascimento de filho. Em qualquer outra cir- cunstancia, deverd ser solicitada autorização prévida ao Departamento de Re- cursos Humanos, a fim de evitar eventual conflito de interesses com a BCP. parceiros da BCP. Informagaes confidenciais e privilegiadas Todo funciondrio da companhia, em maior ou menor grau, tem conhecimento de informações confidenciais e segredos comerciais, tais como dados de clientes através do Sistema de Gestão de Clientes; pregos e condigdes para determinados clientes; desenvolvimento de servigos inteligentes; planos estratégicos ou de marketing; operagdes com outras empresas; informagdes confidenciais sobre outras empre- sas; dados de funciondrios etc. Uma informação passa a ser pública somente no momento em que ela é comunicada oficialmente à imprensa ou divulgada diretamente pela BCP aos clientes e fornecedores. Em caso de dúvida NÃO divulgue ne- Negécios ilicitos Para preservar e proteger nossos valores e padrdes éticos, foram estabelecidas as seguin- tes normas que devem ser rigorosamente observadas: 1. Eexpressamente proibido parte de outro funciondrio, terceiros ou o envolvimento — direto ou indireto — de qualquer funciondrio da BCP em negécios ilicitos, tais como: comercializagdo ou habilitagio de linh#'sem a documentagio e direitos legais; venda direta ou indireta de apare1hos que não possuem o selo BCP; escoIha de niimero de telefones; indicação a clientes de lojas que não scjam agentes autorizados ou lojas da BCP, ou mesmo outros procedimentos contrérios as condições e leis estabelecidas pelo Governo ou pela companhia. nhuma informação até certificar-se de que não há problemas em fazê-lo. Devemos ser cautelosos com as informações confidenciais, atentando para as determinações abaixo: INFORMAÇÕES CONFIDENCIAIS E SEGREDOS COMERCIAIS 1. O funcionário não deve fornecer suas senhas (telefone, acesso à rede, acesso aos sistemas etc.) a ninguém, a não ser com autorização expressa de seu gestor. 2. Aoimprimir ou copiar um documento, o funcionário deve retirá-lo imediatamente da máquina copiadora ou impressora, evitando assim o manuseio desse material por pessoas não autorizadas. 3. É dever do funcionário evitar comentar informações confidenciais e segredos co- 381 merciais com familiares e pessoas do cir- | culo social, principalmente pessoas do ramo. 4. Dentro da empresa, o funciondrio só po- derá compartilhar essas informagdes e | segredos comerciais com outros funcio- | nérios que delas precisem para desem- | penhar suas fungGes na companhia. 5. O funciondrio deve ser cauteloso ao fa- | zer comentdrios sobre os negócios da! empresa em locais piblicos, tais como taxis, elevadores, restaurantes, shoppings etc. 6. Nenhum funciondrio poderd acessar o SGC (Sistema de Gestio de Clientes) e qualquer outro Sistema da empresa, para consultar ou alterar dados em beneficio/ interesse préprio ou de outra pessoa, a menos que faga parte de sua função e tenha a devida autorização de seu gestor. A simples consulta de extratos de ligações, bem como dados cadastrais de qualquer assinante para meios particulares, constitui quebra de sigilo garantido pela Lei Geral de Telecomunicagdes e legislações especificas civeis e criminais. INFORMAGOES PRIVILEGIADAS, NAO DISPON{VEIS AO PUBLICO EM GERAL — OPERACOES FINANCEIRAS 1. É vedado ao funcionário comprar, vender ou recomendar a compra e venda de agdes e titulos da BCP ou de qualquer fornecedor ou parceiro de negécios da companhia, quando de posse de informações ainda ndo disponiveis ao público, independentemente de terem sido obti- | das interna ou externamente. | 2. Cabe ao funciondrio não divulgar e pro- | teger qualquer informação que possa in- fluenciar decises de investimento de | terceiros. São exemplos dessas informa- | goes: resultados operacionais ou finan- | ceiros da BCP; aquisigdes em estudo ou | Apêndice C: Códigos de Ética de Empresas Brasileiras 382 venda de um negócio substancial ou outras transações comerciais significativas; desenvolvimento de um novo serviço ainda em segredo; divisão de ações ou recapitalização; resgate ou compra de seus próprios títulos pela empresa; mudanças significativas na administração da empresa; abertura de novos negócios. Relacionamento com empresas públicas e órgãos governamentais Tendo como valores a transparência, a inte- gridade e a responsabilidade, a BCP é totalmente contrária a qualquer tipo de corrupção comercial e subornos. 1. Nenhum funcionério da BCP pode oferecer ou pagar comissdes, beneficios ou doagdes, diretamente ou por meio de intermedidrios, às antoridades e representantes governamentais ou a terceiros, com o objetivo de influenciar decisdes governamentais, obter vantagens ou agilização no trimite e na aprovagiio de Processos. BCP 1. O funcionário da BCP não deve fazer Coordenação de Relações Governamentais antes de tomar qualquer iniciativa, Funcionários contatados por estes órgãos comentários a terceiros sobre equipamentos ou serviços de concorrentes, diretos ou indiretos, que não estejam baseados em fatos comprovadamente reais ou que também devem comunicar a Área de Relações Governamentais. tenham por objetivo denegrir ofensiva- Atividades e contribuições políticas regularidades que, inadvertidamente, pos- trocar informações com os concorrentes diretos ou indiretos da BCP — como, A BCP é politicamente neutra e respeita o direito de seus funcionários participarem do processo político, independentemente do partido de sua escolha. Entretanto, a companhia não faz nenhum tipo de contribuição política e determina as seguintes regras: por exemplo, na definição de preços de produtos e serviços em qualquer negociação (seja envolvendo clientes, fornecedores ou terceiros) ou em estratégias de marketing —, com exceção, em situações especiais, recomendadas e autorizadas pela Diretoria. 1. O funcionário não pode utilizar o horário de trabalho e nem recursos e bens da sam ser cometidas pela BCP. Não tendo a BCP o prop6sito de cometer qualquer irregularidade, caso ocorra essa situação, . não poupard recursos para corrigi-la legalmente. 3. Damesma forma, são vedados pagamentos com a intenção de induzir um funcioMfiopdbfiooan&)a{mireom suas obrigagdes ou realizé-las incorretamente. 4. Todos os contatos da BCP junto aos governos e e empresas públicas devem ser realizados com o consentimento da Coonienaçio de Relações Governamentais. tos que tiverem pleitos ou assunms de trabalho a tratar com esses órgãos devem entrar em contato com a senso. O mesmo cuidado vale também para os direitos autorais e marcas de outras organizações. Comunicação externa A BCP considera extremamente importante a comunicação externa, entendendo ser obrigação da companhia fornecer as informações pertinentes a cada um de seus públicos com clareza, verdade e responsabilidade. Para tanto, é necessário que o funcionário da BCP obedeça às seguintes normas: 1. Palestras, conferências, apresentações, publicações, entrevistas, comentários e empresa, inclusive a marca comercial, para campanhas políticas ou auxílio a qualquer candidato, devendo abster-se de qualquer atividade partidária nas instalações da empresa. Recursos corporativos A BCP entende que cada funcionário é responsável pelos bens da companhia, sejam eles tangíveis (mobiliário, equipamentos, veículos, dinheiro etc.) ou intangíveis (informação, marcas, invenções, pesquisas, métodos, direitos autorais etc). 2. As diferenças de opiniões políticas/partidárias devem ser respeitadas e ninguém deve fazer uso das mesmas para influen- É OBRIGAÇÃO DO FUNCIONÁRIO: qualquer funcionário. 3. É proibido efetuarou oferecer, em nome da BCP, qualquer contribuição a mo mentos partidérios, a comités politicos, candidatos ou a ocupantes de cugos‘ piiblicos eletivos. A contribuição pessoal: mada Digital, Conferência Digital, Transferência Digital, Chamada em Espera Digital etc.) com responsabilidade e bom mente a imagem do concorrente. 2. Nenhum funcionário pode colaborar nem ciar o desenvolvimento da carreira de 2. Não é admissivel pagar propinas a funcionérios piblicos visando contornar ir- 383 1. Proteger, cuidar e gerenciar adequada- mente todos os bens da companhia. s por parte do funcion4rio é livre, desde; que ndo seja feita nem parega ser feita cor%os recursos ou bens da empresa. Concorrência A BCP respeita as leis do mercado e da livre concorrência, procedendo de forma a obter o respeito e a consideração de seus concorrentes e governo. Essa conduta, juntamente. ª; com as-legislações. antitruste-federais e esta 2. Evitar a utilização dos bens da empresa — instalações, veículos, equipamentos, valores, tecnologia, conceitos, estratégia de negócios, planos e informações sobre as atividades da companhia, bem como as horas de trabalho para atividades alheias aos interesses da BCP. São con- qualquer outra forma de comunicação com o público externo, em que se exponham conceitos, planos, resultados, estratégias, nome e imagem da BCP s6 podem ser realizadas pelo Departamento de Comunicagdo Institucional ou a quem este indicar, com o devido consentimento da Diretoria, especialmente quando se tratar de comunicagio com a imprensa. 2. Trabalhos escolares sobre a BCP, bem como o fornecimento de material, informagdes para que terceiros os fagam, nio poderão ser realizados sem o acompanhamento do Departamento de Comunicagdo Institucional. Relatérios de estágio precisam da aprovação de Recursos Humanos em conjunto com a 4rea qual o estagidrio estd vinculadg. siderados também recursos pertencen- tes à BCP: materiais de escritório, fax, xerox, telefone, e-mail, Intranet, Internet ete. 3. Utilizar nossa marca corporativa (BCP) € nossas marcas comerciais/direitos autorais (Olho Mágico, Caixa Postal Digital, Caixa Postal Digital Gold, Passa-Cha- Cumprimento do cédigo Todos os funciondrios da BCP tém a responsabilidade de reportar ao seu gestor ou ao Departamento de Recursos Humanos qualquer conduta ilegal, duvidosa e não ética da qual tomem conhecimento. O relato de situagdes pre- vistas no “A Etica e Você” tém caráter confi- Bser dencial. É proibido também omitir informações código, coraje outros a fazê-lo contra qualquer outro funcionário que tenha notificado uma po: 0 ao código. so ou fraudulento. Espera-se de todos os funcionários integri- * Qualquer funcionário que, em determina- dade moral, atitudes e comportamentos éticos. Eventuais situações que, embora não transgridam diretamente “A Ética e Você”, mas pos- mento de uma violação feita por seus sobre situações que desrespeitem este bem como prestar informações de caráter fal- das circunstâncias mento inadequado, devem ser reportadas ao providências para relatar e corrigir a ocorrência. gestor ou ao Departamento de Recursos Humanos para obtenção de orientação. Responsabilidades A BCP poderá, quando julgar necessário, emitir instruções ou normas complementares sobre assuntos não abrangentes neste manual LIDERANÇAS * * Você". Todos os funcionários receberão anualmen- * te o formulário “TERMO DE COMPROMISSO”, que deverão preencher, assinar e encaminhar ao gestor que, por sua vez, o enviará ao Depar- * tamento de Recursos Humanos. AÇÃO DISCIPLINAR O desrespeito ao “A Etica e Você" * ou à le- gislação e aos regulamentos pertinentes sujeitará o funcionário a ações disciplinares, podendo resultar inclusive na sua demissão por justa causa e/ou em processo penal. Tais ações dependerão das circunstâncias do fato e serão aplicadas em conjunto pelo Departamento de Recursos Humanos e o Depar- * * Serão tomadas ações disciplinares contra: Ética e Você". * — Qualquer funcionário que deliberadamente deixe de notificar violações ao código ou omita informações relevantes sobre uma violação. * Qualquer funcionário que promova retaliações, direta ou indiretamente, ou en- * Divulgar toda ¢ qualquer alteragio no “A Etica e Vocé” a todos os funciondrios. Assessorar liderangas e funcionérios no esclarecimento de dividas. * para todos os Garantiraleitura e compreensão do conteúdo do código. * Garantir cardter confidencial das informações recebidas. Divulgar informages/materiais sobre o tema través dos Departamentos de Co- Em caso de divida, comprometo-me a procurar a ajuda de meu gestor antes de tomar qualquer atitude que possa vir a ser prejudicial para a empresa, mesmo que não seja essa a minha intengdo. Da mesma forma, assumo o compromisso de comunicar ao meu gestor qualquer situagio ou conflito de interesse dos quais tenha conhecimento™. Relaciono abaixo informagdes que, na minha opinido, devem ser mencionadas e que pos- sam entrar em conflito com o conteúdo do “A Etica e Você Nome: municagio Interna e de Educagio e Desenvolvimento. Garantir que os funcionários obedeçam às especificações do “A Ética e Você”", Termo de compromisso Orientaros funcionários sobre ações ou situações que representem eventuais dúvidas ou dilemas éticos. e entendo que ele resume informagdes contidas nas politicas de Recursos Humanos, as quais Procurar o Departamento de Recursos Humanos para esclarecer dúvidas sobre as quais não tenha resposta. Comunicar ao Departamento de Recursos Humanos/Diretoria eventuais casos de infrações ao “A Ética e Você”. tamento Jurídico. * “ Qualquer funcionário que autorize, dirija, aprove ou participe de violações ao “A Divulgar “A Ética e Vocé" DEPARTAMENTO DE RECURSOS HUMANOS * membros da sua equipe. ou com finalidade interpretativa do “A Ética e quanto & sua conduta. deveria ter conheci- subordinados e não tomou as devidas sam configurar uma “aparência” de comporta- bem como fatos, ocorréncias ou viola- ções ao “A Ética e Voc * Zelar para que não haja qualquer divida Obter anualmente dos integrantes da sua equipe um certificado por escrito em que seja assegurado o conhecimento, a divulgação e aplicação do “A Ética e Vocg” nas áreas sob sua responsabilidade. n FUNCIONARIOS * Ler, entender e cumprir as normas do * Discutir com o gestor eventuais situações ou dilemas éticos. * Comunicar ao gestor situagdes que representem dilenia ético/conflito de inte= resse das quais tenham conhecimento, Etica e Você”. “A Departamento “Eu recebi uma cópia do “A Etica e Você' tenho obrigagdo de ler, conhecer e cumprir. E, por estar de acordo com o descrito neste documento, devolvo este Termo de Compromisso devidamente preenchido e assinado. 385 Data: Assinatura /. /. 387 Becton Dickinson —— . Produção e suprimento de dispositivos e sistemas médicos para uso por profissionais de saiide, hospitais, laboratórios de anátises clínicas, instituições de pesquisa, indústria e público em geral. Guia de conduta no trabalho e Por favor fique a vontade e leia este material cuidadosamente e na integra. O comportamento ético e legal é dever de cada um na BD: “Assumimos responsabilidade pessoal”. Desde 1887, a BD vem construindo uma reputagio de qualidade, integridade e boa vontade que é a chave de nosso sucesso. A manutenção de nosso bem mais valioso é uma questio de grande importincia em nosso progresso continuo, e uma responsabilidade que todos nés compartilhamos. Edward J. Ludwig nos negócios Presidente mundial Abril 2000 Caros colegas da BD: A BD sempre se manteve nos mais altos padrões de conduta empresarial. Nosso comprometimento vai além do cumprimento à lei, incluindo uma crença empresarial de que o melhor meio de ser uma grande Companhia e distribuir valores a nossos clientes, funcionários, acionistas e comunidades é sermos leais, honestos e éticos em nossas práticas empresarials e comportamento profissional no trabalho. Os Valores Essenciais da BD fornecem nossa diregdo bésica: “Fazemos o que é certo”. Este Guia foi elaborado para definir e explicar as expectativas da BD quanto ao comportamento ético e legal por parte de cada funciondrio — uma obrigagio que ¢ de fato uma condigio de seu emprego. O Guia fornece informagdes e orientagdes sobre situagdes que podem nos desafiar em nossas transagdes de negécios. Se qualquer aspecto do Guia ndo estiver claro para vocé, ou se vocé tiver diividas sobre alguma situação que vocé possa estar enfren- tando, há vérios modos de buscar auxflio. Primeiro e mais importante, vocé deve sentir-se confortdvel para discutir suas preocupagdes com seu superior. Se por qualquer razio vocé não desejar fazer isso, vocé pode entrar em contato com o Diretor de Etica e Priticas Empresariais ou vdrias outras pessoas disponiveis para auxilid-lo. Finalmente, vocé pode entrarem contato com “ETHICS HELPLINE" confidencial da BD, conforme descrito neste Guia. indice Introdugdo * Nossa politica básica: “fazemos o que é certo” * Um documento vivo * Uma condição para manutenção do emprego * Responsabilidade pessoal pela obediência às s Valores essenciais * Agimos em harmonia * Fazemos o que É certo * Procuramos sempre melhorar * Aceitamos responsabilidade pessoal Politicas de condução de negócios na BD * Questões de local de trabalho * Igual oportunidade de empregô * * Assédio * Violência no local de trabalho * Confidencialidade das informações do funcioná- rio * Uso da tecnologia de informação * Privacidade * Conflitos de interesse * Investimentos e interesses financeiros * Informação privilegiada * Relações empresariais com membros da família ou parentes *Trabalho fora da BD * Participação em atividades civicas, políticas e voluntárias « Afiliações em organizações * Cordialidade nos negócios e relação cliente/forne- cedor Becton Dickinson * Almoços, jantar acomodações . entretenimento, transporte, * Presentesem negócios * Descontos, abatimentos, créditos e subsídios * Política de compras e relações com fomecedores * Transagdes com governos e agentes de governo * Práticas corruptas no exterior (FCPA) * Pagamentos ou reembolsos a agentes do governo * Precisão dos livros e registros * Ações de agentes e representantes * Contribuições políticas * Atividades de lobby * Impostos, tarifas e taxas * Relações com concorrentes * Antitruste * Informação competitiva * Propriedade intelectual e informação confidencial * Qualidade e regulamentação de dispositivos médicos * Saúde, segurança e meio ambiente * Lei intemacional de coméreio * Anti-boicote * Participagio exigida em “boicotes” * Desvio * Exportagio * Precisão das informagdes financeiras e outras Aconselhamento * Departamento de Etica e Préticas Empresariais e BD ETHICS HELPLINE * Nãoretaliação * Informação sobre ética e política na intranet BD Informação e progresso *Treinamento * Auditorias periódicas e certificações Introdução A BD sempre buscou pessoas competentes, profissionais que tomam as decisões certas em situações difíceis. O modo pelo qual conduzimos os negócios e como tratamos aos outros, é o que definirá a BD para o restante do mun- do. É importante para * pacientes que serão tratados com a ajuda de nossos produtos, * clientes que servimos e aos fornecedores com quem fazemos transagdes, * — nossos funciondrios no mundo, * * acionistas que investiram seu dinheiro co- nosco e comunidade onde vivemos e trabalhamos que a BD seja conhecida pela qualidade de seus produtos, pela integridade de seus funciondrios e seus altos padrdes de conduta empresarial, Somos uma companhia mundial e o mundo fica mais complexo a cada dia. Nem sempre é fácil decidir o que é “certo”. Leis e préticas comerciais variam em diferentes paises. O Guia de Conduta no Trabalho e nos Negécios define e explica as expectativas básicas da BD com relação a0 comportamento pessoal e profissional que cada um e todos nés no mundo inteiro devemos seguir. Possivelmente, nenhum documento como este poderia descrever cada problema ou dilema que vocé pode encontrar em seu trabalho. Mas os Valores Essenciais da BD, este Guia, sua geréncia e os recursos de especialistas da empresa como os Departamentos de Recursos Humanos, Juridico, Relações Insti- tucionais e Etica, devern ser uma bússola para ajudar a seguir o caminho certo. Como estas questdes são importantes, cria- mos o Departamento de Etica e Práticas Em- presariais como recurso especfico para que vocé entre em contato, discutindo suas preocupagdes ou pedindo conselhos. Uma série de contatos locais de ética estd também disponfvel para ajudá-lo na BD. O Departamento de Etica e Préticas Empresariais mantém uma pági- na na Iittranet BD para fornecer informagdes mais detalhadas e referéncias sobre áreas particulares da lei e da politicada Companhia. Para ajudé-lo adicionalmente, a BD montou também o “ETHICS HELPLINE". Nossa PoLITICA BASICA: “FAZEMOS 0 QUE É CERTO” i É politica da BD obedecer a todas as leis e regulamentagdes relacionadas a seus negécios em todo o mundo e além disso, agir de modo ético e honesto em todos os momentos. Vocé nunca deve “supor” ou “entender nas entrelinhas” que a BD em algum momento deseje que vocé viole a lei ou aja de modo não ético em seu trabalho, mesmo que solicitado ou ordenado a vocé por seu superior. UM DOCUMENTO VIVO Se houver algo neste Guia que vocé não compreenda, ou se vocé achar que questdes importantes não foram discutidas, por favor, traga-as à atenção da Companhia do modo mais confortével para vocé. Os diferentes meios pelos quais vocé pode fazer isso estdo explicados na seção “Aconselhamento”. Este Guia serd atualizado periodicamente para estar sempre em dia com o desenvolvimento dentro e fora da BD. Queremos refletir verdadeiramente seus comen- tdrios ¢ valores. UMA CONDICAO PARA MANUTENGAO DO EMPREGO Respeitar os principios deste Guia é uma condição para a manutengdo do seu emprego na BD. Você nunca desenvolver4 sua carreira na BD violando estes princípios — vocé pode até mesmo encerrd-la. Qualquer funciondrio que não atender aos padrdes da conduta empresarial definidos e explicados neste Guia e qualquer gerente ou supervisor que tentar punir algum funciondrio por levantar questdes ou tentar seguir os principios deste Guia estaré sujeito a punigo, incluindo a demissão. RESPONSABILIDADE PESSOAL PELA OBEDIÊNCIA ÀS LEIS Comportamento ético significa mais do que obedecer 2 lei — mas comega com isso. Cada umde nós deve aprenderas exigéncias legais e regulatérias bésicas pertinentes a nossos car- £os, porque a obediéncia às leis ¢ regulamenta- ções é responsabilidade de cada um e de todos os funciondrios BD. 389 BD Propésito. Ajudar as pessoas a viverem vidas mais sauddveis. Meta. Tornarmo-nos a organizagio mais conhecida por eliminar o sofrimento desnecessdrio e a morte por doengas e, fazendo isso, sermos uma das companhias de melhor desempenho no mundo. Valores essenciais 1. Agimos em harmonia. Respeitamos a dignidade e os sentimentos das pessoas. Nos esforgamos para criar um ambiente de trabalho que seja de amizade e de camaradagem: um bom lugar para se trabalhar. Consultamos uns aos outros, partilhamos idéias e aceitamos aqueles que querem fazer uma contribuigio para 0 nosso progresso. Reconhecemos o valor de envolver pessoas certas no processo de tomada de decisdes e acreditamos que as melhores decisdes são tomadas depois de terem sido bem discutidas. Acreditamos que conflitos podem e devem ser resolvidos de maneia profissional e cordial. 2. Fazemos o que é certo. Temos um compromisso de manter o mais alto padrão de exceléncia em tudo o que fazemos: para nossos clientes, nossos acionistas, nossas comunidades enós mesmos. Orgulhamo-nos de trabalhar para uma empresa de cuidados com a satide cujos produtos e servigos influenciam as vidas das pessoas. Nosso senso de realizagio está em fazermos o que é certo — não o corriqueiro. Somos confidveis, honestos e sinceros no que fazemos. Nós cumprimos nossas promessas e se cometemos um erro, corrigimos. 3. Procuramos sempre melhorar. Qualidade superior é o “alicerce” de nossa organização. Sobre ela, buscamos continuamente desenvolver, fabricar ¢ fornecer novas gerações de produtos e servigos, melhores que os anteri- ores e que-os dos nossos concorrentes. Estu- damos nosso progresso e aprendemos conosco mesmo e com os outros, como fazer as coisas Apéndice C: Cédigos de Etica de Empresas Brasileiras com mais eficácia. Nosso compromisso com a qualidade vai além de servir bem nossos clientes, e inclui o modo como lidamos com as pessoas. Como fazemos as coisas é tão importante para nós quanto o que fazemos. 4. Aceitamos responsabilidade pesso- al. Consideramos o envolvimento pessoal e o dever, tanto um direito como um privilégio e aceitamos responsabilidade pessoal por tudo o que fazemos. A reputação da empresa é como se fosse a nossa própria e queremos utilizar com sabedoria o nosso tempo e os recursos da Companhia. Esperamos ter acesso às ferramentas e informações necessárias para participar nas decisões que refletirão em uma única reputação individual e coletiva. Políticas de condução de negócios na BD orientagdo sexual, ou elegibilidade para servigo militar ou ser veterano de guerra. Mau tratamento ou discriminagdo contra um colega é inaceitdvel. Esperamos o mesmo comportamento para todos os visitantes, incluindo contratados e empregados tempordrios em nossas instalações. Se vocé tiver alguma dúvida ou problema com seu trabalho ou local de trabalho, consulte o Departamento de Recursos Humanos. Assédio. A BD tem orgulho de seu ambiente de trabalho profissional e está comprometida com a manutenção de um ambiente de trabalho livre de preconceito e assédio. Não toleramos assédio de funciondrios por qualquer ra730, seja ela relacionada à raga, nacionalidade, sexo ou outro fator. Nossa politica de assédio profbe especificamente o assédio sexual, incluindo investidas sexuais não aceitas, solicitagdes através de “fa- vores sexuais” e outras condutas verbais, fisi- QUESTOES DE LOCAL DE TRABALHO Somos uma Companhia heterogénea, colocando junto homens e mulheres de diferentes nacionalidades, ragas, religides e concepgdes politicas em todo o mundo. Para nos tornarmos a grande Companhia que desejamos ser, deve- remos ser capazes de trabalhar em harmonia com nossos colegas em toda a BD e sempre tratar cada um deles com justiga, dignidade e respeito. A BD estd comprometida com um ambiente de trabalho que respeite os direitos e diferengas culturais de todos os funcion4rios em todo mundo e sem comportamentos que possam ofender a dignidade de algum colega. Devemos sempre tratar cada um com respeito e justiça em todas as nossas relações de trabalho — com colegas, membros da equipe, aqueles a quem supervisionamos e colegas de outras partes da BD. Igual oportunidade de emprego. Como parte de nosso comprometimento com um local _de trábalhode qualidade, é nossa politica não nar ou candidatopor nenhum empregado discrimi idade, raga, religião, credo, cor, sexo, deficién- Gia, nacionalidade, descendéncia, estado civil, cas ou visuais ligadas ao sexo, conforme descrito em nossa politica. Aplicamos essa politica em toda a BD, não apenas em paises com proi-' bigdes legais especificas contra o assédios sexual. Qualquer funciondrio que se envolver em assédio estard sujeito a punigdo, chegando inclusive à perda do emprego. Todos os funciondrios BD compartilham uma responsabilidade pessoal na manutengdo de um ambiente de trabalho livre de discriminag@o éassédio. Qualquer funcionrio que acredite ter sido constrangido por assédio, ou que tenha visto alguém passar por isto, deverd relatar o fato imediatamente a seu superior ou ao Departamento &,Recursos Humanos. Os t‘um:iondrioss que tenham alguma restrição, podem entrar em' contato'com a BD ETHICS HELPLINE. To? dos os relatos de assédio serão investigados e, quando apropriada, 2 ação corretiva será tomada. Esteja seguro de que a BD profbe retaliis. ação contra qualquer um que tenha rela!adç;, assédio ou que coopere com alguma investi; ção. Não permita que uma situação inadedi da continue, omitindo-se. Becton Dickinson Violência no local de trabalho. A é BD tanto, não toleraré tais condutas. Infelizmente, nenhuma organizagio estd imune a este risco. Todos os funciondrio BD tém a obrigagio de conter qualquer comportamento como tal. Se vocé observar ou passar por alguma experiéncia ou ameaga de comportamento desta natureza por alguém nas dependéncias da BD ou ocupando um cargo na BD, relate imediatamente a0 seu superior ou gerente local. Confidencialidade das informagdes do funciondrio. A BD estd comprometida com a manutengio da confidencialidade das informações pessoais fornecidas por vocé ou outros à Companhia. Restringiremos o acesso a essa informag@o e só a usaremos conforme necessário para propésitos empresariais legitimos, tal como a administrag@o dos programas de recursos humanos. Nossa manutengio e uso de dados e informagGes pessoais cumprird em todos 0s aspectos, as leis das jurisdigdes onde operamos. Uso da tecnologia de informação. A BD estd comprometida com a disponibilidade da tecnologia de informação para seus funcionrios, em todo mundo. Todos precisamos ter acesso a essas ferramentas aprendendo a us4-las efe tivamente para aplicar nossa criatividade e iniciativa no avango da BD. Junto com este poder e flexibilidade, todos nés precisamos estar conscientes de certos limites e expectativas sobre como devemos usar este recurso com respon- sabilidade. A tecnologia da informação continuard a se desenvolver rapidamente e, periodicamente, as exigéncias especificas das politicas da BD precisarão também evoluir. Mas há alguns conceitos enraizados em nossos Valores Essenciais que fornecem a base: 1. Este é um recurso compartilhado. Todos precisamos assumir responsabilidade individual pelo uso deste recurso com- 391 partilhado, com prudéncia, para protegé- comprometida com a manutenção de um ambiente de trabalho livre de violência, ameaças de violência, abuso físico ou verbal, intimidação e outros comportamentos não-apropriados e, por- lo. Por esta razão, a BD estabeleceu padrdes e expectativas para abordar tais preocupagdes tais como virus de computador e “correntes” entre pessoas. 2. Esta é uma ferramenta empresarial. A BD está fazendo um investimento substancial em tecnologia de informagio para criar um poderoso conjunto de ferramentas empresariais. Estas, ndo são destinadas a uso como diversio, nem para conduzir atividades não relacionadas à BD. A BD reconhece que e-mail e Internet estdo tornando-se ferramentas primordiais de comunicagio ¢ que todos nós precisamos de alguma flexibilidade para us4-los ocasionalmente para assuntos pessoais urgentes. Entretanto, todos nés precisamos limitar este uso, respeitando as restrigdes especificas estabelecidas pela BD, relativas ao uso ndo empresarial. El 390 Esta é uma poderosa ferramenta de comunicagdo, que deve ser usada com responsabilidade. Comunicagio via email ¢ Internet pode se espalhar rápida e amplamente. Por este poder, precisamos todos ser cautelosos, para evitar mal uso, ou prejuizos involuntários. Isto significa que todos os nossos comunicados devem tratar outras pessoas com dignidadee respeito, livres de comentdrios ofensivos, incômodos e insultantes. Além disso, precisamos compartilhar a responsabilidade em proteger as informagdes confidenciais da BD, evitando a discussão pública não autorizada de atividades e desenvolvimentos internos da BD. Tais comunicados, mesmo se bem intencionados, podem produzir grande prejuizo competitivo e também expor a BD — e nós, pessoalmente — às penalidades legais relativas ao mau uso de informação confidencial e mani- pulação de preços de ações. Privacidade. A BD se reserva o direito de fazer auditorias e investigações nas fábricas e Apéndice C: Codigos de Etica de Empresas Brasueiras 392 escritórios da empresa. Todos os funcionários devem estar conscientes de que escritórios e facilidades de computadores, tais como e-mail não são consideradas privadas e estão sujeitas * seja concorrente, ou compre da BD, ou seja distribuidor de nossos produtos; * — pendênciade novos produtos ou aprovações/não aprovações regulatórias; ou * fornega produtos ou servigos para a BD, se vocé influenciar a compra destes produtos ou servigos; ou * — publicidade antecipada, favorável ou não. a auditoria. CONFLITOS DE INTERESSE Todos nós precisamos evitar conflitos de interesse. Isto significa que não devemos nos colocar em situações que possam nos forçar a escolher entre nosso próprio negócio ou interesse financeiro e os interesses da BD. Aqui estão alguns princípios básicos para guiar sua conduta neste campo: Sempre agimos para o melhor da BD. Nunca permitimos que interesses financeiros pessoais comprometam ou pareçam comprometer nossa lealdade e dedica- ção aos interesses da BD. Revelamos conflitos potenciais, erros, buscamos conselho no lado da cautela. Em alguns momentos, conflitos potenciais de interesses podem surgir, a despeito de nossos melhores esforgos. Por exemplo, sua esposa pode trabalhar para um concorrente, ou algum parente pode assumir algum cargo em algum dos fornecedores da BD. Tais situações podem ndo ser um problema, desde que vocé revele tal conflito potencial de interesse de acordo com nossa Politica de Conflito de Interesses, de modo que a BD tenha a informag@o para deci- dir se existe realmente conflito de interesse. Investimentos e interesses financeiros. Vocé tem permissdo para investir em titulos da BD. Vocé também pode investir ou ter outros interesses financeiros em outros negécios empresariais (incluindo Companhias de propriedade pública ou particular ou outras formas de organizagiio), com certas restrigdes. Como regra geral, nem você nem um membro imediato de sua familia poderio investir ou ter qualquer participagdo financeira em qualquer organização que, provavelmente ou com certeza: | Becton Dickinson * seja uma joint venture ou parceiro empresarial. Entretanto vocé pode investir em tais organizações no seguintes casos: 1. Vocé pode investir num fundo mútuo sem que vocé tenha influéncia nas decisdes especificas de investimento. ou 2. Seu investimento ¢ modesto e de rotina bancária. ou 3. A gerência da Companhia, antecipadamente, decide que esta participação financeira não prejudica, nem parece prejudicar sua lealdade e dedicação aos interesses da BD. A violação destas exigências legais pode submeter você a reembolso de lucros, grandes penalidades monetárias adicionais e, em casos graves, possível responsabilidade criminal, incluindo pena de detenção. A BD estabeleceu “períodos de interrupção”, quando muitas transações relacionadas à compra e venda de títulos da BD ou execução de opções de ações da BD ficam proibidos e todos os funcionários deverão obedecer. Se você precisar de orientação nessa área, você deverá consultar o Departamento de Recursos Humanos. Relações empresariais com membros da família ou parentes. Membros de sua família ou seus parentes podem trabalhar ou ter relações empresariais com a BD. Entretanto, você deve evitar certas situações e relações: * Você não poderá agir como corretor, repre- sentante, ou intermediário de terceiros em nenhuma transação com a BD. Informação privilegiada. Você não poderá vender, nem comprar título da BD, ou títulos de qualquer outra organização, com base em informação material que não esteja disponível ao público em geral, mas que você conhece devido ao seu trabalho na BD, nem poderá fornecer tal informação “privilegiada” a outra pessoa que possa lucrar com ela. Isto inclui transferências,para o fundo de ações da BD no programa GSIP. Tal informação “privilegiada” pode incluir, por exemplo, o conhecimento sobre: * — resultado ou projeções de resultados fi- ” nanceiros não divulgados; * — planos ou resultados de negócios co! denciais; * "T transações, aquisições ou desistências d negócios promissores; Você nunca poderá supervisionar, nem influenciar a contratação, promoção, indenização, atribuições de trabalho ou avaliação de desempenho de algum membro de sua família que trabalhe para a BD. * — Você deverá consultar seu superior sobre qualquer decisão dentro de sua área de responsabilidade, que afete a relação empresarial na BD com qualquer organização que empregue um membro da família ou parente. * — Você deve tomar um cuidado especial para evitar revelação de informações confidenciais de ou para um membro da família ou parente. Trabalho fora da BD. Você pode ter um trabalho fora, ou manter seu próprio negócio. Entretanto: * Vocé nio poderá trabalhar como proprietário, empregado ou consultor de qualquer organização que concorra com a 393 BD, distribua seus produtos, nem seja parceiro empresarial ou de “joint venture”, nem qualquer organização que venda para a BD, ou provavelmente o faça se você influenciar a compra de seus produtos ou serviços. * Seu trabalho externo não deve impedir vocé de dedicar o tempo exigido de trabalho e esforços para com as suas responsabilidades da BD, e isto deverá ser revelado ao seu superior antecipadamen- te. * — Vocênão poderá usar as instalações, pessoal, material ou serviços da BD para suportar seu trabalho fora. Participação em atividades cívicas, políticas e voluntárias. Você pode participar de atividades cívicas, políticas e voluntárias de sua escolha, desde que você o faça fora do horário de trabalho, usando seus próprios recursos. Afiliações em organizações. Você pode servir como dirigente, ou equivalente, em organizações externas, incluindo organizações filantrópicas e associações. CORDIALIDADE NOS NEGÓCIOS E RELAÇÃO CLIENTE/FORNECEDOR A BD dispensa transações empresariais obtidas através do uso impróprio de cortesias em negócios. Você não deve oferecer entretenimento, nem oferecer presentes a fornecedores, clientes ou outras pessoas com quem você negocie e elas não devem esperar tal tratamento de você. Nós nunca pagamos, nem aceitamos subornos ou propinas, nem criamos a impressão ou suspeita de podermos ter feito isso. Você deve estar atento a esta questão. Em alguns momentos, você poderá precisar usar seu melhor julgamento quanto aos tipos de cortesias adequados, mantendo os seguintes princípios básicos em mente: Nós compramos e vendemos somente com base em qualidade, desempenho e preço. 394 Permitimos cortesias empresariais razoáveis e costumeiras para manter as relações pessoais necessárias à condução das atividades de negócios. Não consideramos cortesias de negócios um pré-requisito de classificação nem item de compensação. presente não for aceitdvel nos costumes locais, vocé deverd encaminhé-lo 2 BD para doagio como caridade e notificar o remetente de que vocé o fez com uma explicação da politica da Companhia. Nós cumprimos as restrições legais e políticas em cortesias empresariais que se apliquem aindivfduos e organizações com quem negoci- sidios. Descontos, abatimentos, créditos e sub- amos. Estes princípios também se aplicam às transações com prestadores de serviços de saúde, profissionais e instituições. Almoços, jantares, entretenimento, transporte, acomodações. Você poderá oferecer ou aceitar almoços e jantares de negócios, entretenimento, transporte e acomodação, se diretamente ligados à função empresarial ou atividade que está no interesse da BD e se a natureza, local e custos forem considerados típicos e adequados no ambiente de negócios. Entretenimento de natureza sexual ou sensual nunca é adequado. Presentes em negócios. Você pode oferecer e aceitar presenlcs modestos quandn adequado, para estabelecer ou manter uma relação comercial em nome da BD. * Becton Dickinson Apêndice C: Códigos de Ética de Empresas Brasileiras Presentes não devem influenciar, tentar influenciar, nem parecer influenciar decisões específicas em negócios. * Presentes “modestos” são itens promocio- nais ou comemorativos ou outros itens considerados de valor nominal e adequa- Descontos, abatimentos, créditos e subsfdios podem ser ofertas ou pagamentos legitimos-para ou de clientes, contanto que: * estejam de acordo com a lei, sejam razoáveis, competitivamente justificáveis, documentados e feitos à entidade original demonstrada no acordo ou fatura; * * ção a-estas precaugdes, a menos que você te- - nha obtido aprovação antecipada do Departa- mento Jurídico. Política de compras e relações com fornecedores. Negociamos com muitos fornecedores. Nossa política é a de selecionar fornecedores somente com base no preço, qualidade e desempenho ou adequação de seu produto ou serviço em benefício geral da BD. Isto significa que você deverá: . * * DINHEIRO NUNCA É APROPRIADO. ca devem ser oferecidos nem aceitos. Você deve recusar educadamente qualquer oferta de um presente não adequado, ou devol-———vereducadamente qualquer.presente inadequado qué vocg receber, com uma explicagio da politica da Companhia. Se a devolugdo de um nenhum pagamento seja feito a agentes e/ou empregados. Estas precaugdes são necessérias para assegurar o cumprimento com vários controles de câmbio e regulamentagdes de impostos dentre outras. Vocé não deverd abrir qualquer exce- do na prática empresarial local. Presentes em dinheiro ou equivalente nun- sejam feitos no pafs de origem da entidadee sempreobedecer às políticas de compras aplicáveis; isto inclui políticas que possom, afetar nossas decisões individuais ém áreas como viagens, compras de equipamentos de informática e de escritório Por favor, consulte o Departamento Juri- funciondrio ou através de alguém não ligado à dico ou de Compras para orientagio nestas dreas. BD. A FCPA também torna ilegal estabelecer TRANSAGOES COM GOVERNOS E AGENTES DE GOVERNO Transagdes com agentes de governos não são as mesmas que com particulares. Isto é verdadeiro quando o governo age como cliente, fornecedor ou regulador. Por exemplo, nos EUA, o governo federal requer que todos os seus contratados fornegam informagdes de custos e pregos detalhados, algo que outros clientes ndo esperam de nós. A falha em manter tal informação imprecisa e desatualizada é ilegal ¢ pode sujeitar a BD e individuos a graves penas. Vocé deve obter aconselhamento legal antes de entrarem contato com o governo, especialmente nos EUA. Cortesias empresarias ou entretenimento que podem ser adequados quando se estd negociando com particulares, como o pagamento de almogo ou jantar, freqiientemente não sio adequados nem legais ao lidar com agentes do governo. Desnecessério dizer que presentes e cortesias ndo adequados para particulares também não são adequados para agentes do go- pagamentos são também geralmente ilegais sob as leis do pais onde o suborno é pago ou aceito. Pagamentos ou reembolsos a agentes de goyerno. Vocé nunca poderá oferecer dinheiro, favores ou qualquer outra coisa de va- lor a agentes de governo, a fim de influenciar ou recompensar uma decisão oficial, diretamen- te ou através de intermedidrio. Se for solicitado dinheiro, favores ou qualquer outra coisa de valor a vocé, por um agente de governo ou em nome dele, a fim de influen- ciar ou recompensar uma decisão oficial, diretamente ou através de intermedidrio, vocé deve relatar imediatamente ao seu superior. * tante do governo, agente eleito, candida- zação individualmente. * Não contribufmos com fundosde campanha para candidatos e campanhas politicas individuais. * nunca aceitar suborno ou propina. zer alguma outra forma de suborno a qualquer agente de governo em todo mundo, ¢ a fim de obter, ou manter negécios. Isto é verdadeiro se o pagamento for feito diretamente por algum Aexpressio “agente de governo” é aplicada muito amplamente na lei dos EUA e na maioria das leis locais que se aplicam 2 corrupgdo piblica. Basicamente, ela se aplica ao funciondrio ou represen- to ou empregado de empresa estatal, que esteja numa posigdo de influenciar uma decisdo comercial ou regulatéria que afete a BD ou qualquer afiliada ou organi- cisdo oficial. rejeitar acordos paralelos (ou seja, um acordo para manter outro fornecedor fora , do negécio) e a manter a qualidade de nossas relagdes — e de nossos produtos. dinheiro a terceiros ou intermedidrios, instraindo-os a ndo dizer para onde ird o dinheiro. Tais de valor, diretamente ou através de intermedidrios, a agentes de governo para influenciar ou recompensar alguma de- * Negociar somente com mérito, nos ájuc situagdes onde haja ignorancia deliberada de pagamentos ilegais, por exemplo, oferecendo verno. Não oferecemos dinheiro, favores, nem nada Priticas corruptas no exterior (FCPA). Uma lei americana, a FCPA (Foreign Corrupt Practices Act), torna ilegal para uma empresa americana‘ou qualquer de suas subsididrias mundiais ou afiliadas, pagar em dinheiro ou fa- etc. 395 Vocé pode fazer pagamentos ou reem-bolsos a agentes de governo por despesas de refeiges, entretenimento, transporte ou acomodagdes ligadas à promoção do produto ou ao desempenho do contrato, mas apenas se forem permiti- dos nos EUA e leis locais e se estiverem dentro dos limites da politica local de transagdes com clientes particulares e co- merciais. * Ao mesmo tempo, vocé pode Istâncias receber como de agentes de governo para “facilitagio de pagamento” em conexão com o de- de rotina (por legais aplicáveis e politicas da Compa- exemplo, processamento de solicitagoes nhia, incluindo nossos padrões de conduta empresarial ética em suas negociagdes sempenho de atos oficiais de registro, emissão e carteiras de motorista, vistos, passaportes ou desembaraços alfandegrios). Vocé é desencorajado a agir de tal forma. Vocé somente poderd fazer tais “facilitages de pagamentos” se: 1. O pagamento for aprovado antecipadamente pela geréncia local em consulta ao Departamento Juridico, conforme necessdrio, para proteger os interesses da Companhia e ser for permissivel sob a lei aplicével; 2. Quando forem quantidade e tipo de pagamento tipicos nos costumes e préticas locais e 3. Quando a transação for precisamente relatada nos registros da empresa. Precisdo dos livros e registros. Sob a FCPA, a BD deverá manter registros e livros financeiros precisos. Isto significa que, se tais pequenos pagamentos tiverem que ser feitos, todos os langamentos financeiros deverdo refletir a natureza, quantidade e prop6sito das quantias gastas. Isto também significa que vocé nunca deverd estabelecer qualquer tipo de “verbas de suborno™ ou qualquer outra quantia de dinheiro não langada nos livros da BD. Ações de agentes e representantes. Vocé deve ser diligente para cvitar pagamentos impréprios por agentes ou representantes em nome da BD. * * Becton Dickinson Apenaice C: Codigos de Etica de mpresas Brasileiras 396 Vocé dever4 analisar o histérico e qualificações dos agentes e representantes para venda e distribuigdo dos produtos BD. Esta andlise deveré incluir a reputação da organizagio e seus principios de priticas empresariais €ticas e presença de alguma ligagdo (financeira, famili- em nome da BD. * A geréncia local deverá investigar qualquer transação não usual ou acordos, tais como niveis extraordindrios de comissão, solicitagSes de pagamentos em moedas diferentes ou locagGes num terceiro pafs, ou categorias não bem documentadas e definidas de reembolso de despesas. Para assegurar que o objetivo da transação seja legitimo, é recomendével a utilização de controles para impedir pagamentos impr6prios, assegurando que o objetivo da transação seja legitima. Contribuigdes politicas. Vocé pode fazer contribuigdes pessoais a candidatos politicos, lor ao cliente. A depreciagdo de um concorren- * tir. Em nossas transações com concorrentes, devemos sempre nos lembrar em nos comportarmos com os outros como gostaríamos que * te não é um modo aceitdvel para a BD compe- Se comportassem conosco. Antitruste. Em todo mundo, os esforços nos negócios da BD devem obedecer às leis antitruste e de competição dos vários países. Tais leis são elaboradas parara assegurar que as empresas possan: competir com lealdade. Elas proíbem acordos, ou ações que restrinjam o mercado ou reduzam a competição, tais como acordos para: * — controlar preços entre concorrentes; * dividir produtos, territórios ou mercados; * boicotar certos fornecedores ou clientes; * limitara produgdo ou venda de produtos. partidos ou organizagdes de sua escolha. A BD pode, com aprovagdo antecipada da geréncia local e em cumprimento a todas as limitações legais aplicdveis e requisitos de declaragdo, fazer contribuigGes a partidos politicos ou organizagdes ou a fundos politicos de associação industrial. Atividades de lobby. N6s conduzimos atividades legitimas de lobby e de informagdo para promovera legislagdo, regulamentagdes e politicas de governo favordveis a nossos interesses, diretamente e através de associagdes industriais. Relatamos tais atividades de lobby e de informação as autoridades adequadas. Impostos, tarifas e taxas. Respeitamos e obedecemos as leis de vários pafses onde operamos-ésyrelagiio à taxação das atividades da Companhia, tarifas e outras obrigagdes ou taxas relativas a atividades de importagio e exportagiio. Assumimos responsabilidade pessoal pela notificagio ¢ pagamento de impostos relacionados a funciondrios e renda da BD. ar ou outra) com agentes de governo. RELAGOES COM CONCORRENTES Vocé deve solicitar aos agcnlcs e representantes, através de contrato por escrito, que obedegam todas as exigéncias quer competir fabricando produtos superiores, vendendo-os a um prego justo e agregando va- Concorréncia é a alma do negécio. A BD "” % A maioria das leis antitruste e de competição proíbe também o uso de uma posição dominante no mercado para tirar um concorrente do negócio, independente das forças naturais de mercado. Leis antitruste e de competição não são exatamente as mesmas no mundo. Portanto, você deve consultar o Departamento Jurídico quando diante de uma ação a ser tomada, a qual possa ocasionar alguma questão antitruste. Informação competitiva. Uma parte importante da competição é o conhecimento do que seu concorrente está fazendo. Ao mesmo tempo em que é importante obter informação competitiva, você deve sempre observar os seguintes principios no caso de vocé fazé-lo: * Métodos ilegais (invasio ou roubo) não devem jamais ser usados. * Nenhuma informagdo considerada ou identificada como confidencial deve ja- mais sex aceita sem o conhecimento da parte que a detém e sem a autorizagio especifica da BD. 397 Nenhum método ilegal ou desonesto deve Jjamais ser usado. Antigos empregados de concorrentes não devem ser contratados a fim de dar acesso a conhecimento patenteado. Vocé deveré consultar o Departamento Juridico para orientagdo adicional nesta drea. PROPRIEDADE INTELECTUAL INFORMAGAO CONFIDENCIAL E Cada um de nés tem a responsabilidade de assegurar que bens da Companhia, incluindo informagdes confidenciais, sejam usados apenas para interesses da BD. Vocé não deve usar instalagdes da BD, materiais, equipamentos ou servigos para qualquer propésito não relacionado a nosso negócio sem aprovagio antecipada. “Bens" significam mais que prédios ou móveis. A maioria das informagdes que vocé concebe ou desenvolve como parte de seu trabaIho é propriedade — ou seja — é um bem valioso da BD. Tal informagdo pode incluir estratégias técnicas, financeiras, de emprego, planos empresariais, documentos, bases de dados ou desenhos. Tenha em mente que grande parte de nossas informagdes confidenciais são armazenadas eletronicamente. Vocé deve proteger os dados eletronicos tão cuidadosamente quanto protege qualquer documento em papel. Vocé deve ter o cuidado de não dividir informagdes de propriedade da Companhia com outros, incluindo colegas, a menos que eles necessitem conhecé-la por um motivo legitimo do negdcio. Revelagdo não autorizada pode destruir seu valor e causar danos injustos a outros fora da BD. Lembre-se também que a revelação não intencional (por exemplo, em converdiscretas em locais públicos tais como avides, elevadores ou restaurantes) pode ser igualmente prejudicial à BD. Assim como valorizamos e protegemos nossas informagGes e segredos comerciais, é também nossa politica e prática respeitar os segredos comerciais e direitos de propriedade intelectual de outros. Respeitamos patentes, direi- Apêndice C: Códigos de Ética de Empresas Brasileiras 398 tos autorais, marcas registradas, segredos comerciais e outros direitos de propriedade intelectual detidos por outrem e buscamos obter licengas, se necessário, para evitar a violação destes direitos na condução de nossos negócios. Nunca plagiamos nem publicamos material * conduzindo estudos clinicos com os produtos, de acordo com os padrões regulamentares e éticos; * registrando adequadamente todos os produtos, submetendo informações verdadeiras e completas; sem os créditos adequados. * Alguns de vocês pódem ter vindo de outras empresas e alguns de vocês deixarão a BD para trabalhar para outros em sua carreira. Se você deixar a BD, não leve consigo qualquer informação confidencial da BD e nem a revele a seu novo empregador. Do mesmo modo, se você vier de outra empresa, você não deverá revelar informação confidencial do empregador ante- sistema de qualidade; * rotulando, anunciando e promovendo adequadamente nossos produtos e * respondendo às queixas e indicadores de potenciais problemas, tomando ações corretivas adequadas a tempo. riorà BD. Você deverá pedir orientação ao Departamento de Recursos Humanos no caso de algu- ma dúvida nesta área. QUALIDADE E REGULAMENTAÇÃO DE DISPOSITIVOS MÉDICOS Fabricamos produtos de tecnologia utilizados para diagnosticar e tratar pacientes em todo o mundo. Para ajudar no diagnóstico é tratamento preciso, estes produtos precisam ser seguros e eficazes para seu uso pretendido. A Food and Drug Administration dos EUA e agéncias semelhantes em outros pafses e regiões estabeleceram exigéncias para assegurar a seguranga e eficécia dos produtos médicos. Conforme citado em nossa Polftica de Qualidade Corporativa, a polftica da BD é a de obedecer às exigéncias, onde quer que tenhamos negécios. A BD adotou esta política não só para mostrar que gerenciamento de qualidade é qualidade de produto estão dentre nossos mais importantes valores, mas também para impedir violações regulamentares. Devemos auxiliar na manutenção da qualidade dos produtos. Prestar atenção à qualidade é bom para o paciente, para a BD e bom para nossa satisfação pessoal com nosso trabalho. A falha em atender às exigências de qualidade de produto pode exporo paciente a algum possível perigo, pode êxpor a BD e você a sérias penas civis e criminiais e mesmo A pena de detenção. Se ti- ver questões ou dúvidas nessa área, entre em contáto com o Departamento de Regulatory Affairs. SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE Nosso trabalho é fabricar produtos de tec- nologia médica que sejam seguros e eficazes para as pessoas que os usam. É também nosso trabálho nos certificar que ao fazer isso, não prejudicaremos nossos colegas, comunidades, ou meio ambiente. A Política Corporativa de Seguranga ¢ Meio Ambiente declara nossas metas: * Oferecer um ambiente de trabalho seguro e sadio; * — * fazendo declarações precisas nos produtos, suportando-as com testes de produto e estudos clínicos, quando adequado; aderindoa práticas regulamentares e geralmente aceita de boas práticas de produção e de laboratório e exigências de * Obedecer aos padrdes legais mfnimos exigidos e estabelecer nossos préprios, onde as regulamentagdes forem inade_quadas ou inexistentes; Minimizar o uso e descarga de substncias perigosas, promovendo a reciclagem de recursos. Becton Dickinson Nos últimos anos, governos de muitos paises estabeleceram leis muito rigidas e complexas regulando preocupagdes de saúde, seguranga ¢ meio ambiente. Estas leis carregam penas civis e criminais graves, para as empresas e para os individuos. E também importante que vocés notifiquem a BD de qualquer lesão grave no local de trabalho, descarga de substancias perigosas no meio ambiente ou qualquer outra situação que apresente risco de lesdo ou descarga. Em mui- tos casos, devemos relatar tais eventos às autoridades governamentais rdpida e precisamente. Esta informação também ajudaré a impedir que tais incidentes acontegam ou se repitam. Se ocorrer liberação ou lesdo, ou se vocé não estiver certo de como lidar com uma determinada situagdo, entre em contato com o Departamento de Recursos Humanos para maiores informagdes. LEI INTERNACIONAL DE COMERCIO Negociamos em todo mundo. Muitas vezes, ações tomadas em um pafs podem criar uma exposição legal da BD sob as leis de outro pafs, particularmente sob as leis dos EUA. As mais importantes delas são: (1) Anti-boicote. Um boicote ocorre quando uma pessoa, grupo ou pafs se recusa a fazer negécios com certas pessoas ou paises. As leis anti-boicote dos EUA geralmente não permitem que empresas americanas e suas subsididrias cooperem com qualquer boicote internacional, a menos que tenha sido aprovado pelo Governo dos EUA (por exemplo, sangdes econdmicas impostas pelas Nações Unidas). As empresas americanas e suas subsididrias mundiais devem notificar ao Gover- no americano qualquer solicitagio que receberem para se engajar num boicote. (2) Participação exigida em “boicotes”. A lei americana ocasionalmente requer que as empresas americanas participem de boicotes a pafses determinados. A BD 399 deve cumprir estas leis. Fregiientemente, esta é uma questdo muito técnica e complicada, particularmente quando pode afetar as operagdes da BD fora dos EUA. Consulte sempre o Departamento Juridico antes de qualquer transagdo num pais que esteja numa lista de boicote. (3) Desvio. Em muitas áreas do mundo, a BD coloca pregos e vende produtos a clientes com base nas representagdes deles sobre o canal de comércio e pafs, drea ou regido onde a mercadoria serd usada ou revendida. Um “desvio” ocorre quando um comprador quebra estas representagdes para nés (por exemplo, vendendo produtos supostamente destinados ao Oriente Médio nos EUA). Desvios dificultam a obediéncia regulamentar pela interferéncia com nossa capacidade de rastrear nossos produtos ou em obedecer às exigéncias de exportação e, dependendo do prego de revenda, pode sujeitar a BD a responsabilidade perante leis antitruste e anti-dumping de vários pafses. Na Unido Européia, por outro lado, a politica pública limita rigidamente as medidas que uma empresa pode tomar para parar ou limitaro desvio e esta politica é cumprida com sangdes substanciais. Se for solicitado a vocé que desvie um produto, ou se vocé souber de um caso de desvio, entre em contato com o Departamento Juridico. (4) Exportação. Alguns de nossos produtos contém tecnologia sofisticada. Tal tecnologia, assim como os dados e o knowhow que os suportam podem estar sujeitos a leis e regulamentagdes de controle de exportagdo nos EUA e em outros pai- ses. Estas leis impoem penalidades graves para a BD e para os individuos envolvidos em qualquer violagdo. Entre em contato com o departamento adequado para orientação em qualquer momento em que vocé tiver que honrar um 400 Apéndice C: Códigos de Etica de Empresas Brasileiras boicote, tornar-se ciente de algum desvio ou considerar a exportação de produto regulamentado. PRECISÃO NAS INFORMAÇÕES FINANCEIRAS E OUTRAS Cada um de nós registra ou prepara informações de algum tipo durante nosso trabalho: relatórios financeiros, relatórios de prestação de contas, solicitações de registro, contas de despesas e assim por diante. Muitas pessoas den- tro e fora da BD contam com tais relatórios para serem corretas e precisas — elas incluem nossos auditores independentes, seus colegas, nossos acionistas, agências de governo e nos- sas comunidades. “ETHICS HELPLINE", conduzida por um contratado independente, disponivel a todos os funciondrio mundialmente, 7 dias por semana, 24 horas por dia. Todas as questdes para o Informação e progresso “HELPLINE" são encaminhadas ao Diretor de Como vocé pode perceber a partir das informagdes deste Guia, apenas seu bom senso e sua boa intengdo nem sempre poderio assegurar que vocé agirá com ética obedecendo 2 lei. Este é o motivo pelo qual a BD oferece treinamento a todos vocés sobre os principios deste Guia e a alguns de vocés em assuntos mais detalhados, tais como antitruste, seguranca e meio ambiente, emprego, regulamentagio de dispositivos, relacionados mais especificamen- das imediatamente). O Escritério de Etica responder4 diretamente à questão ou fard o encaminhamento adequado, de modo que a Companhia possa acompanhar e responder. Nenhuma ação serd tomada contra vocé por trazer tal assunto à atenção da BD, independente do resultado. E vocé pode levantar tais questoes sem dar seu nome, se vocé assim o desejar. O “HELPLINE" está disponivel a todos os inglés, servigos de tradugdo estarão disponiveis. Todas as questdes serão mantidas em sigilo. Vocé poderá acompanhar a situagio de sua pergunta através do HELPLINE. de investimento e a outros. Você não deve e A BD deseja que vocé saiba que pode le- Aconselhamento A BD não pode satisfazer os princípios definidos e explicados neste Guia, sem sua ajuda. Você pode ter questões ou encontrar situações não abordadas por este Guia. Se você sentir que está sendo pressionado a violar a lei, ou se observar algo que o preocupe, traga à atenção da BD. Você pode fazê-lo através de seu superior, sua gerência local, e dos Departamentos de Recursos Humanos, Jurídico e de Ética e Práticas Empresariais. DEPARTAMENTO DE ÉTICA E PRATICAS EMPRESARIAIS E BD ETHICS HELPLINE ma Se você não estiver confortável com algudessas opções, a BD estabeleceu o TREINAMENTO Etica e Priticas Empresariais em 24 horas (exceto em emergéncias, que são encaminha- A BD estabeleceu procedimentos de prestação de contas para proteger os bens da empresa e assegurar a precisão e confiabilidade de seus relatórios financeiros, de modo que possam ser analisados por auditores externos. Podemos ter obrigações igualmente importantes de relatar informações não-financeira precisamente às agências regulatórias, à comunidade nenhum colega funcionário deverá jamais pedir que você desvie-se do comprometimento da BD de declarar as informações necessárias verdadeira e precisamente. Becton Dickinson funciondrios mundialmente. Se vocé não fala Valores Essenciais BD Guiade Conduta no Trabalho e nos Negócios * Exigênciaslegais Todos os funcionários deverão estar familiarizados com nossos Valores Essenciais, com as cldusulas do Guia de Conduta no Trabalho e nos Negécios e com outras politicas da Companhia, além das exigéncias legais que se aplicam a suas responsabilidades e papéis. * Obter auxilio e aconselhamento Contatos locais portantes 4reas. Além disso um grupo de fun- ciondirios em posições gerenciais e outras posições estratégicas serdo questionados a cada ano, para conferir seu entendimento e obediéncia aos principios deste Guia e politicas relacionadas à BD. Todos nós temos muitas obrigagdes em nosso dia-a-dia. Mas este treinamento somente * Departamento de Etica e Priticas Empresariais Se vocé necessitar de auxilio ou aconselhamento, discuta a questão com seus colegas, seu gerente local, Departamento de Recursos Humanos ou o Departamento de Etica e Préticas Empresariais (EUA). Se vocé tiver alguma preocupagdo ou observar possfveis problemas de cumprimento ou de ética, levante a questão com seu superior ou geréncia local. * Liderar através do exemplo As pessoas seguirdo o que fizermos, não o que dissermos. será eficaz se vocé estiver presente para ouvilo e, as auditorias e processo de certificagio somente serdo eficazes com sua ajuda. Se vocé INFORMAGAO SOBRE ETICA E POLITICA NA for um gerente, vocé serd responsével por assegurar que sua equipe comparega às sessdes de'treinamento e fornega respostas honestas a qualquer solicitação de auditoria ou pedido de certificagio. Abril 2000 INTRANET BD . O Departamento de Etica e Préticas Em- presariais mantém uma pégina na Intranet BD que oferece maiores informagdes sobre as po- liticas e diretrizes descritas neste Guia. Isto inclui referéncias a documentos mais detalhadas de politicas, links para outros sites, “Perguntas & Respostas” e “Guia Répido de Referéncia”. Conhecer nossas responsabilidades * * * Para medir nossos progressos, a BD con- vantar qualquer questão ou expressar qualquer preoclnpaqio sobre qualquer questio ética ou legal sem temor de que serd punido ou perderd seu emprego, contanto que esteja agindo de boa fé. “Boa fé” não significa que vocé deve estar certo — mas significa que vocé deve estar falando a verdade conforme vocé a conhega e acredita. * treinamento sobre como aplicar alguns dos princípios bésicos do raciocinio ético para auxiliar a abordar questdes éticas no trabalho, discuti-las com colegas e resolvé-las. duzirá também auditorias continuas nestas im- NAO RETALIAGAO Nosso papel te a seus trabalhos. Além disso, a BD oferece AUDITORIAS PERIODICAS E CERTIFICAGOES 401 — Becton Dickinson Industrias Cirúrgicas Ltda Departamento de Etica ¢ Préticas Empresariais Rua Alexandre Dumas, 1976 — Chicara Sto. Antônio Fone (0XX 11) 5185-9827 e 5185-9829 Fax: (0XX 11) 5185-9985 CEP 04717-004 — São Paulo — SP — Brasil