ISSN: 1647-5836 Trabalhos Arqueológicos da U.A.U.M. / MEMÓRIAS Fontes, L. e Roriz, A. (2012) – O traçado da via romana Bracara – Asturica, por Aquae Flaviae, no Concelho de Vieira do Minho Unidade de Arqueologia O TRAÇADO DA VIA ROMANA BRACARA ASTURICA, POR AQUAE FLAVIAE, NO CONCELHO DE VIEIRA DO MINHO RELATÓRIO Luís Fontes e Ana Roriz 21 2012 Trabalhos Arqueológicos da U.A.U.M. / MEMÓRIAS, 21, Braga: Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho Fontes, L. e Roriz, A. (2012) – O traçado da via romana Bracara – Asturica, por Aquae Flaviae, no Concelho de Vieira do Minho TRABALHOS ARQUEOLÓGICOS DA U.A.U.M. / MEMÓRIAS, N.º 21, 2012 R IA S, 21 Editor: UNIDADE DE ARQUEOLOGIA DA UNIVERSIDADE DO MINHO Avenida Central, 39 P 4710-228 Braga ,2 01 2 Ficha Técnica Direcção: LUÍS FONTES E MANUELA MARTINS EM Ó Ano: 2012 M Suporte: EM LINHA .M ./ Endereço electrónico: https://www.uaum.uminho.pt/edicoes/revistas da U .A .U ISSN: 1647-5836 co s Título: O TRAÇADO DA VIA ROMANA BRACARA – ASTURICA, POR AQUAE FLAVIAE, NO CONCELHO DE VIEIRA DO MINHO. RELATÓRIO. Tr ab al ho s Ar qu eo ló gi Autor: LUÍS FONTES e ANA RORIZ Trabalhos Arqueológicos da U.A.U.M. / MEMÓRIAS, 21, Braga: Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho Fontes, L. e Roriz, A. (2012) – O traçado da via romana Bracara – Asturica, por Aquae Flaviae, no Concelho de Vieira do Minho Unidade de Arqueologia ,2 01 2 Trabalhos Arqueológicos da U.A.U.M. / MEMÓRIAS 2012 R IA S, 21 n.º 21 .U .M ./ M EM Ó O TRAÇADO DA VIA ROMANA BRACARA ASTURICA, POR AQUAE FLAVIAE, NO CONCELHO DE VIEIRA DO MINHO s da U .A RELATÓRIO eo ló gi co Luís Fontes e Ana Roriz 2004 s Ar qu Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho Tr ab al ho Os responsáveis do estudo reservam-se todos os direitos autorais, nos termos da legislação aplicável, designadamente os consagrados nos Decreto-Lei nº 332/97 e 334/97, de 27 de Novembro (que regulamenta os direitos de autor e direitos conexos) e a lei 50/2004, de 24 de Agosto (que transpõe para a ordem jurídica nacional a Diretiva nº 2001/29/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 22 de Maio, relativa a direitos de autor e conexos). O presente relatório foi elaborado para informar os trabalhos de limpeza da via antiga no concelho de Vieira do Minho, no âmbito do projeto “Vias Augustas”. Os trabalhos arqueológicos de acompanhamento foram autorizados pelo IPA/Instituto Português de Arqueologia (ofício n.º 08104, de 08.07.2004). Trabalhos Arqueológicos da U.A.U.M. / MEMÓRIAS, 21, Braga: Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho Fontes, L. e Roriz, A. (2012) – O traçado da via romana Bracara – Asturica, por Aquae Flaviae, no Concelho de Vieira do Minho 1. Introdução O presente relatório destina-se a informar a Câmara Municipal de Vieira do 2 Minho (CMVM), relativamente ao traçado da via romana Braga / Chaves na área 21 ,2 01 do concelho de Vieira do Minho. S, Tal solicitação resultou da necessidade de, no âmbito do programa “Vias R IA Augustas”, de que CMVM é parceira, proceder à limpeza dos troços de via antiga EM Ó eventualmente conservados. M Considerando que a Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho .M ./ (UAUM), é responsável pela elaboração do Inventário do Património de Vieira do .U Minho, ao abrigo do protocolo existente entre a CMVM e a Universidade do .A Minho, entendeu-se solicitar à UAUM que orientasse prioritariamente os trabalhos s da U de inventário para a indentificação do referido traçado da via romana. co São os resultados desse trabalho que se apresentam neste relatório, que ló gi inclui, para além da introdução, um segundo capítulo sobre as metodologias de qu eo recolha e análise de dados, um terceiro capítulo em que se apresentam e analisam Ar criticamente os dados recolhidos, um quarto em que se propõe uma restituição do s traçado da via, que se ilustra com fotografias e mapas e um quinto e último Tr ab al ho capítulo com conclusões e recomendações. Os signatários, a Unidade de Arqueologia e a Câmara Municipal de Vieira do Minho, reservam-se os direitos de autoria, ao abrigo dos Decreto-lei n.º 332/97 e 334/97, de 27 de Novembro. Trabalhos Arqueológicos da U.A.U.M. / MEMÓRIAS, 21, Braga: Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho Fontes, L. e Roriz, A. (2012) – O traçado da via romana Bracara – Asturica, por Aquae Flaviae, no Concelho de Vieira do Minho 2. Metodologias Para a recolha de dados seguiram-se dois procedimentos: pesquisa 01 2 bibliográfica e documental e prospecção de terreno. 21 ,2 Procurou recolher-se toda a produção bibliográfica (monografias e revistas) S, relativa ao traçado da via Braga/Chaves, organizando-se um dossiê com todas as Ó R IA referências ao traçado da via romana no concelho de Vieira do Minho. EM Relativamente à documentação, consultaram-se as “Inquirições” do século M XIII, os manuscritos modernos do Arquivo Distrital de Braga e as “Memórias .M ./ Paroquiais” de 1758, com o objectivo de identificar referências directas e/ou .A .U indirectas à existência de uma via antiga entre Braga e Chaves. da U Com base numa primeira implantação cartográfica das referências s identificadas na bibliografia e na documentação, efectuaram-se prospecções de co campo de intensidade média/alta, através das quais, numa primeira fase, se ló gi procurou confirmar a informação previamente recolhida e identificar com detalhe o qu eo traçado da via e, numa segunda fase, detectar vestígios inéditos que pudessem Ar correlacionar-se com a existência de uma via, (registamos não só os vestígios s específicos da antiga estrada Braga – Chaves, como também povoados, pontes, al ho pontões, alminhas, capelas e topónimos, que pudessem testemunhar a sua Tr ab existência). No decurso dos trabalhos de campo exploraram-se também as fontes orais, recolhendo-se informações directamente dos moradores mais idosos nas proximidades dos arqueossítios e nos povoados. Trabalhos Arqueológicos da U.A.U.M. / MEMÓRIAS, 21, Braga: Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho Fontes, L. e Roriz, A. (2012) – O traçado da via romana Bracara – Asturica, por Aquae Flaviae, no Concelho de Vieira do Minho No que concerne à análise dos dados bibliográficos e documentais, procedemos à sua leitura crítica, da qual resultou a selecção dos estudos de referência para confronto com a nossa análise. Relativamente à análise dos dados arqueológicos, consideramos fundamental 01 2 proceder a uma leitura diacrónica de longa duração, para identificar as diversas ,2 estruturas de povoamento e respectivas redes viárias associadas que se 21 organizaram no território em estudo. Nesta perspectiva, tivemos em consideração, S, para além das características específicas da topografia, a proximidade do eventual EM Ó R IA traçado em relação a povoados pré-romanos, romanos e medievais. M Considerando que a bibliografia existente contemplava dois possíveis ./ traçados, um pela vertente Norte e outro pela vertente Sul, alargamos o nosso .M estudo às duas vertentes referidas (freguesias de Tabuaças, Soengas, Caniçada, .A .U Ventosa, Cova, Louredo, Salamonde, Ruivães, Campos, Anjos, Pinheiro, Cantelães Tr ab al ho s Ar qu eo ló gi co s da U e Eira Vedra). Trabalhos Arqueológicos da U.A.U.M. / MEMÓRIAS, 21, Braga: Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho Fontes, L. e Roriz, A. (2012) – O traçado da via romana Bracara – Asturica, por Aquae Flaviae, no Concelho de Vieira do Minho 3. Descrição e análise de dados Do trabalho realizado resultou o agrupamento dos dados em quatro grandes conjuntos, a saber: arqueológicos, documentais, orais e historiográficos. Destacamse, entre todos, os dados arqueológicos, nos quais releva a identificação de novos 01 2 arqueossítios e os dados orais, que permitiram esclarecer a localização de alguns 21 EM Ó Dados arqueológicos R IA S, restituição do traçado original da via antiga entre Braga e Chaves. ,2 topónimos importantes, possibilitando, uns e outros, uma mais fundamentada .A .U .M ./ M Nota preliminar: a listagem dos arqueossítios que a seguir se apresenta foi extraída da base de dados do inventário do património de Vieira do Minho, que está em elaboração. Para facilitar a leitura do traçado, ordenaram-se de acordo com o sentido Braga-Chaves. Das respectivas fichas, seleccionaram-se apenas os campos considerados necessários à identificação, localização e caracterização dos arqueossítios. Quando não se indica bibliografia, significa que não se conhece qualquer referência publicada, pelo que a sua identificação neste trabalho deve ser considerada como inédita. ab al ho s Ar qu eo ló gi co s da U Sítio 133 Caminho do Pousadouro Freguesia TABUAÇAS Longitude 566,4 Latitude 4609,2 Descrição Troço bem conservado da antiga estrada Braga – Chaves, que a população local diz ser o antigo caminho romano. Hoje alcatroada, esta estrada passa pelo meio da povoação, que conserva ainda a malha urbana oitocentista, com inúmeras casas de arquitectura tradicional. Interpretação Troço da antiga estrada Braga-Chaves. Referências Bibliográficas (Capela 1987, 52-57) Tr Sítio 59 Caminho da Rechã Freguesia CANIÇADA Longitude 569,5 Latitude 4611,8 Descrição Este caminho do lugar da Rechã situa-se junto à EN 103 entre o KM 70 e 71. Neste lugar ainda se observam muitas casas antigas de granito, espigueiros e moinhos. Uma das casas apresenta características de ter sido uma taberna, o que Trabalhos Arqueológicos da U.A.U.M. / MEMÓRIAS, 21, Braga: Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho Fontes, L. e Roriz, A. (2012) – O traçado da via romana Bracara – Asturica, por Aquae Flaviae, no Concelho de Vieira do Minho confirma a passagem de uma via. Segundo fontes orais, este caminho já existia quando renovaram a EN, ou seja, a circulação era feita por este caminho. Interpretação Troço da antiga estrada Braga-Chaves. M EM Ó R IA S, 21 ,2 01 2 Sítio 69 Caminho do Penedo Freguesia CANIÇADA Longitude 569,2 Latitude 4611,3 Descrição Neste caminho antigo, junto à EN 103, ainda se conservam alguns afloramentos rochosos com marcas de rodados de carros. O traçado deste caminho segue a morfologia do terreno e passa junto a um ribeiro. Consideramos que este caminho será a continuação do caminho da Rechã. Interpretação Troço da antiga estrada Braga-Chaves. Tr ab al ho s Ar qu eo ló gi co s da U .A .U .M ./ Sítio 122 Outeiro do Crasto Freguesia COVA Longitude 569,5 Latitude 4614,53 Descrição O Outeiro do Crasto apresenta uma topografia bem característica dos povoados fortificados. No entanto, no terreno só conseguimos observar algum espólio da época romana. Não são visíveis quaisquer ruínas de estruturas habitacionais ou de muralhas, admitindo-se que possam conservar-se soterradas nos socalcos das vertentes. No topo foi construída uma capela, à qual se acede por um escadório, inacabado. As fontes documentais também não referem este sítio arqueológico. Interpretação Pelas condições topográficas, pela toponímia e pelo espólio encontrado num dos perfis, consideramos que este outeiro terá sido um povoado antigo, com ocupação romana, tendo-lhe sido atribuída uma cronologia genérica dos últimos séculos a.C. aos primeiros séculos da nossa era. Sítio 187 Caminho das Gavinheiras Freguesia COVA Longitude 571,15 Latitude 4614,1 Descrição O caminho das Gavinheiras passa pelo aglomerado de casas mais antigas, construídas em granito. Neste lugar ainda se pode observar espigueiros, um Trabalhos Arqueológicos da U.A.U.M. / MEMÓRIAS, 21, Braga: Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho Fontes, L. e Roriz, A. (2012) – O traçado da via romana Bracara – Asturica, por Aquae Flaviae, no Concelho de Vieira do Minho sequeiro, um moinho, e a capela de Nª Srª da Begonha. Fontes orais dizem que este caminho era usado antes de alargarem a estrada actual. Interpretação Troço da antiga estrada Braga-Chaves. M EM Ó R IA S, 21 ,2 01 2 Sítio 124 Caminho do Outeiro Freguesia LOUREDO Longitude 572,9 Latitude 4614,59 Descrição O caminho do Outeiro situa-se junto às casas do lugar. Actualmente só serve os moradores locais, tendo sido interrompido com a construção de uma casa. Neste caminho podemos observar casas antigas e alguns moinhos. Segundo a população, antes de "alargarem a Estrada Nacional o caminho era este". Interpretação Troço da antiga estrada Braga-Chaves. Ar qu eo ló gi co s da U .A .U .M ./ Sítio 88 Caminho do Sudro Freguesia LOUREDO Longitude 573,88 Latitude 4614,8 Descrição O caminho antigo do Sudro passa junto às casas mais antigas do lugar, acompanhando a curva de nível. Neste caminho observamos alminhas, espigueiros, casas de arquitectura tradicional, entre as quais duas tabernas, três fontes e uma casa, onde segundo os populares "era uma antiga estrebaria para a muda de cavalos, e o caminho era a antiga estrada Braga – Chaves”. Interpretação Troço da antiga estrada Braga-Chaves. Tr ab al ho s Sítio 102 Caminho da Aldeia Freguesia SALAMONDE Longitude 575,45 Latitude 4615,2 Descrição O caminho antigo que a população chama de "caminho romano" situa-se junto às casas, desenvolvendo-se no sentido Este-Oeste. Neste caminho observa-se casas antigas em granito, algumas das quais datadas dos séculos XVII e XVIII, distinguindo-se algumas antigas tabernas. Interpretação Troço da antiga estrada Braga-Chaves. Trabalhos Arqueológicos da U.A.U.M. / MEMÓRIAS, 21, Braga: Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho Fontes, L. e Roriz, A. (2012) – O traçado da via romana Bracara – Asturica, por Aquae Flaviae, no Concelho de Vieira do Minho da U .A .U .M ./ M EM Ó R IA S, 21 ,2 01 2 Sítio 55 Outeiro da Coroa Freguesia SALAMONDE Longitude 576 Latitude 4615,54 Descrição O Outeiro da Coroa situa-se a cerca de 450 m de altitude e é cercado por linhas de água. A vegetação que domina é apenas herbácea e arbustiva (giestas). Recentemente instalaram linhas de alta tensão, o que provocou parte da destruição do outeiro. Nos perfis recolheu-se cerâmica tipo “castreja”, fragmentos de pavimento argamassado e material de construção romano. Segundo os moradores, ao abrir os alicerces para a construção de uma casa encontrou-se uma mó (dormente e movente) e uma moeda, que se admite ser de tipologia romana, de acordo com descrição feita (uma esfinge e do outro lado o que "parecia uma coroa"). As vertentes estão armadas em largas plataformas, sustentadas por taludes elevados. Não se observam vestígios de muralhas nem alinhamentos de estruturas, mas os muros de divisão de propriedades e alguns muros de suporte de terras incorporam muitos blocos graníticos parcialmente afeiçoados, característicos das construções “castrejas” e romanas. Interpretação Pelas condições topográficas, assim como pelo espólio encontrado e referenciado, este outeiro terá sido um povoado, com uma ocupação que se poderá situar entre os últimos séculos a.C. e os primeiros séculos da nossa era. Tr ab al ho s Ar qu eo ló gi co s Sítio 134 Caminho do Outeiro dos Púcaros / Portela de Rebordelos Freguesia RUIVÃES Longitude 577,4 Latitude 4614,25 Descrição O caminho do Outeiro dos Púcaros situa-se na vertente setentrional da Serra de Cantelães e encontra-se em mau estado de conservação. Mas são ainda visíveis alguns troços pavimentados com lajes graníticas, onde se observam as marcas dos rodados dos carros. Ladeado em quase toda a sua extensão por muros divisórios de propriedade, este caminho atravessa duas pequenas linhas de água, que no Inverno vazam pelo próprio caminho, contribuindo para a sua deterioração. Segundo Argote, são provenientes da Portela de Rebordelos (proximidades do Outeiro dos Púcaros), dois miliários, um que estava num ribeiro, entre um prado, dedicado ao Imperador Cláudio, e um outro, quebrado, que estaria na parede desse mesmo prado, com “cinco palmos de alto, oito de grosso, e só tem estas letras XXXV.” Reproduzimos a seguir as transcrições feitas por Hubner (CIL = 4770 e 4772): Trabalhos Arqueológicos da U.A.U.M. / MEMÓRIAS, 21, Braga: Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho Fontes, L. e Roriz, A. (2012) – O traçado da via romana Bracara – Asturica, por Aquae Flaviae, no Concelho de Vieira do Minho CIL = 4770 TI . CLAVDIVS . AVG . GERMANI PONT . MAX. IMP . ĪĪĪ . TRIB . POT ĪĪĪ . BRAC . AVG CIL = 4772 2 XX ,2 01 XXXIII . Ó R IA S, 21 Interpretação Troço da antiga estrada Braga - Chaves. Referências Bibliográficas (Argote 1734, 574; CIL = 4770/4772) qu eo ló gi co s da U .A .U .M ./ M EM Sítio 127 Caminho de Ruivães Freguesia RUIVÃES Longitude 579,48 Latitude 4615,35 Longitude 578,1 Latitude 4614,5 Descrição Este caminho tem ínicio no lugar de Rebordondo (Portela de Rebordelos), da freguesia de Salamonde e vai até Ruivães. Conserva extensos troços pavimentados com lajeado, atravessando várias linhas de água nos Pontão da Ribeira de Corga de Mendo, Pontão da Ribeira de Chedas e a Ponte de Ruivães, sobre o rio do Saltadouro – ver fichas descritivas a seguir. Interpretação Troço da antiga estrada Braga - Chaves. Tr ab al ho s Ar Sítio 125 Pontão da Ribeira de Corga de Mendo Freguesia RUIVÃES Longitude 578,2 Latitude 4614,4 Descrição O Pontão da Ribeira de Corga de Mendo situa-se na Ribeira do mesmo nome. É uma típica ponte de padieira, formada por grossas e compridas lajes graníticas, dispostas transversalmente ao leito do rio, que vencem em vão único. São visíveis as marcas dos rodados dos carros. Interpretação Pontão que serve a antiga estrada Braga-Chaves no troço entre Salamonde e Ruivães. Trabalhos Arqueológicos da U.A.U.M. / MEMÓRIAS, 21, Braga: Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho Fontes, L. e Roriz, A. (2012) – O traçado da via romana Bracara – Asturica, por Aquae Flaviae, no Concelho de Vieira do Minho R IA S, 21 ,2 01 2 Sítio 126 Pontão da Ribeira de Chedas Freguesia RUIVÃES Longitude 578,5 Latitude 4614,45 Descrição O Pontão da Ribeira de Chedas situa-se na ribeira do mesmo nome. É uma construção com características idênticas às do pontão da ribeira de Corga de Mendo. Interpretação Pontão que serve a antiga estrada Braga-Chaves no troço entre Salamonde e Ruivães. eo ló gi co s da U .A .U .M ./ M EM Ó Sítio 128 Ponte de Ruivães Freguesia RUIVÃES Longitude 578,73 Latitude 4614,72 Descrição Esta ponte, localmente também conhecida por Ponte de Pedra, Ponte Velha ou Ponte da Rês, é uma excelente obra de arte pontística, com um só arco de volta perfeita, em aparelho de cantaria bem esquadriada, bem alicerçado nas margens por dois poderosos arranques. De construção tardo-medieval, como sugerem as escassas siglas gravadas em algumas aduelas do intradorso do arco, deverá ter conhecido remodelações posteriores, como indicia a horizontalidade do tabuleiro. Interpretação Ponte que servia a antiga estrada Braga-Chaves. Referências Bibliográficas (Fontes 1993, 56) Tr ab al ho s Ar qu Sítio 129 Outeiro do Vale Freguesia RUIVÃES Longitude 578,7 Latitude 4615,35 Descrição Pequeno outeiro que domina a vertente sobre a margem esquerda do rio Cávado. Quase no topo da elevação, virada ao lugar de Vale, foi construída uma capela dedicada a Nª Srª da Saúde. No corte do estradão que lhe dá acesso recolhem-se fragmentos de cerâmica de fabrico manual. Não se identificaram quaisquer outros vestígios nas pequenas plataformas que parecem armar o outeiro. Interpretação Pelas características topográficas do local e pela existência de cerâmica, interpretamos este local como um provável povoado. Referências Bibliográficas (Fontes 1999, VM.09) Trabalhos Arqueológicos da U.A.U.M. / MEMÓRIAS, 21, Braga: Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho Fontes, L. e Roriz, A. (2012) – O traçado da via romana Bracara – Asturica, por Aquae Flaviae, no Concelho de Vieira do Minho CIL = 4775 Tr ab al ho s Ar qu eo ló gi co s da U .A .U .M ./ M EM Ó R IA S, 21 ,2 01 2 Sítio 136 Alto de S. Cristovam Freguesia RUIVÃES Longitude 580,2 Latitude 4615,2 Descrição Na banda Norte do alvéolo, ao meio da coroa do outeiro de S. Cristovam, conservam-se vestígios de quatro sepulturas escavadas na rocha granítica - duas completas, de forma antropomórfica bem desenhada e duas incompletas, de que restam o topo das cabeceiras. Destinadas a enterrar adultos, têm os pés orientados para nascente e a cabeça para poente. Nos terrenos contíguos ao afloramento rochoso onde foram escavadas as sepulturas observam-se inúmeros alinhamentos de paredes arruinadas, desenhando edificações de planta rectangular e quadrada. A edificação que ostenta paredes mais espessas que as restantes é considerada pela população local como ruína de uma antiga igreja. Nas proximidades, abandonada contra um muro de divisão de propriedade, encontra-se a taça fragmentada de uma provável pia baptismal. Vários caminhos lajeados ligam este sítio a Ruivães e a Botica. Interpretação Interpreta-se este conjunto de vestígios como ruínas de um povoado medieval, correspondente à sede da extinta paróquia de São Martinho de Vilar de Vacas, referenciada nas Inquirições de 1258 e da qual terá evoluído a actual aldeia de S. Martinho de Ruivães. Da aldeia de São Martinho de Vilar de Vacas pode dizer-se que era sede de um território bastante povoado - no século XIII incluía as aldeias da actual freguesia de Campos. É a este local que se deve reportar a referência de Jerónimo Contador de Argote relativa à existência de dois miliários, que situa “junto à Capella de S. Martinho (…) hum quebrado, e com letras, mas dellas se não pode colher o que dizião; tem dous palmos de comprido, oito de grosso. O outro não denota distância alguma, somente de clara ser mandado pôr por Cesar Augusto.” Reproduzimos a seguir as transcrições feitas por Hubner (CIL = 4775 e 4776): CIL = 4776 CAESAR . AVG . IMP . V . POT III ESAR AVG STR XVIII Trabalhos Arqueológicos da U.A.U.M. / MEMÓRIAS, 21, Braga: Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho Fontes, L. e Roriz, A. (2012) – O traçado da via romana Bracara – Asturica, por Aquae Flaviae, no Concelho de Vieira do Minho Referências Bibliográficas (Argote 1734, 575; CIL = 4775/4776; Peixoto 1967, 370; Barroca 1987, 152-153; Fontes 1999, VM.08; Vieira 2000, 377, 342, 434) gi co s da U .A .U .M ./ M EM Ó R IA S, 21 ,2 01 2 Sítio 130 Alto de S. Cristovam Freguesia RUIVÃES Longitude 580,2 Latitude 4615 Descrição Dispersos pela plataforma superior e vertente NE do Outeiro do Curral, que se estende armada em socalcos pelo alvéolo em direcção à elevação de S. Cristovam, encontram-se abundantes fragmentos de cerâmica de construção tipo imbrex e tegulae, bem como grandes quantidades de blocos graníticos afeiçoados, de tamanho médio, reaproveitados nos muros de divisão das parcelas. No solo das diferentes plataformas identificam-se alguns alinhamentos incipientes de pedras, reveladores da existência de estruturas enterradas e recolhem-se fragmentos de cerâmica doméstica. Interpretação Com base na ergologia dos materiais, interpretamos este conjunto de vestígios como ruínas de um povoado ocupado em época romana. Dominando a encosta que faz a passagem do vale do rio Cávado ao vale do rio Rabagão, o povoado de S. Cristovam revela uma estratégia de implantação claramente relacionada com a passagem da via romana que ligava Bracara Augusta a Asturica por Aquae Flaviae. Referências Bibliográficas (Fontes 1999, VM.08) Tr ab al ho s Ar qu eo ló Sítio 137 Caminho de Santa Leocádia Freguesia RUIVÃES Longitude 580,5 Latitude 4615,6 Longitude 583,92 Latitude 4615 Descrição Caminho antigo que se localiza, no sentido Ruivães - Arco, do lado esquerdo da EN 103, entre Pitões e Santa Leocádia, passando para o lado direito em Escadeirinhas até Cambedo. Este caminho ainda conserva parte dos muros laterais. Dois miliários foram registados por Argote, que os descreve, um como sendo anepígrafe e um outro dedicado ao Imperador Trajano e que diria “ dalli a Aquas Flavias são dez léguas e tres quartos”. Reproduzimos a seguir a transcrição feita por Hubner (CIL = 4783): Trabalhos Arqueológicos da U.A.U.M. / MEMÓRIAS, 21, Braga: Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho Fontes, L. e Roriz, A. (2012) – O traçado da via romana Bracara – Asturica, por Aquae Flaviae, no Concelho de Vieira do Minho IMP . CAES . TRAIANVS AVG P . M . TR . POTE . XX . REFECIT AQVIS . FLAVIS M . P . XLIII ,2 01 2 Interpretação Troço da antiga estrada Braga-Chaves. Referências Bibliográficas (Argote 1734, 573-574; CIL = 4783) ho s Ar qu eo ló gi co s da U .A .U .M ./ M EM Ó R IA S, 21 Sítio 131 Aldeia Velha da Portela Freguesia RUIVÃES Longitude 578,15 Latitude 4612,15 Descrição Dispersando-se por uma área aproximada de 2000 m2 observam-se inúmeras estruturas arruinadas, correspondentes a edificações que desenham plantas rectangulares e sub-circulares, com dimensões próximas dos 2 x 3 metros, alternando com muros delimitadores de espaços maiores, com perímetro de cerca de 30 metros. As paredes foram construídas com lages de granito, montadas em aparelho de mamposteria. A presença de numerosas lages caídas no interior das estruturas sub-circulares parece corresponder ao abatimento de coberturas em falsa cúpula. Interpretação Interpretam-se os vestígios como correspondentes a uma "branda" pastoril, compostas por cabanas e currais, semelhante a outras conhecidas nas serras da Peneda e Soajo. Trata-se portanto de um sítio de ocupação sazonal, com uma cronologia que deverá situar-se entre finais da Idade Média e inícios da Idade Moderna. Os lameiros que terão servido esta branda estão hoje ocupados com uma pequena mancha florestal onde predomina o cedro. Referências Bibliográficas (Fontes 1999, VM.01) Tr ab al Sítio 132 Chã de Arandosa Freguesia VILAR CHÃO Longitude 577,64 Latitude 4610,35 Descrição Neste local encontram-se restos de inúmeras edificações de planta rectangular com cerca de 4 metros de lado, dispostas em bandas contínuas ao longo de um eixo principal orientado NE / SO, que deverá corresponder a um arruamento. Cobrem uma área superior a 500 m2. Conserva-se a parte inferior das paredes, formadas por grandes lages graníticas simplesmente encostadas e fincadas no solo, aproveitando por vezes os próprios afloramentos naturais de rocha. Muitas outras Trabalhos Arqueológicos da U.A.U.M. / MEMÓRIAS, 21, Braga: Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho Fontes, L. e Roriz, A. (2012) – O traçado da via romana Bracara – Asturica, por Aquae Flaviae, no Concelho de Vieira do Minho EM Ó R IA S, 21 ,2 01 2 lages e blocos encontram-se tombados ao longo das paredes, onde se identificam ainda alguns vãos correspondentes às entradas. Não parece conservar-se sedimentação antrópica significativa. Não se recolhe qualquer tipo de espólio. Interpretação Do ponto de vista construtivo, encontramos paralelos para estes vestígios em arqueossítios da serra Amarela, como Chã da Torre e Porto Chão, no Lindoso. Nas construções da branda de Bilhares, Ermida, ou nas brandas da Peneda e do Soajo, do outro lado do rio Lima, bem como nas do vale alto do rio Vez, julgamos encontrar bons paralelos etnográficos para este tipo de aglomerados. Com base nestes paralelismos e valorizando a circunstância da implantação se fazer junto de bolsas de solos agricultáveis, neste caso acompanhada de socalcos, entendemos que estes núcleos de construção (tipo "pardieiros" ou "colmaços") serviriam uma exploração agrícola sazonal do sítio, funcionando como arrecadação e/ou abrigo episódico, bem como currais, também em regime de ocupação temporária. Pode, assim, classificar-se o sítio como "branda agro-pastoril", com uma cronologia que deverá situar-se entre finais da Idade Média e inícios da Idade Moderna. Referências Bibliográficas (Fontes 1999, VM.13; Teixeira 1947, 50-54) Ar qu eo ló gi co s da U .A .U .M ./ M Sítio 139 Caminho de Zebral Freguesia RUIVÃES Longitude 578,29 Latitude 4612,5 Descrição Caminho que ligava as antigas povoações de Espindo e Zebral, encontra-se relativamente bem conservado. Ladeado por muros de propriedade em quase todo o seu percurso, apresenta extensos troços pavimentados com lajes graníticas, nas quais se observam algumas marcas de rodados dos carros. Interpretação Caminho de ligação entre as povoações de Zebral e Espindo, com uma cronologia que pode seguramente recuar-se à Idade Média. Tr ab al ho s Sítio 138 Caminho de Espindo a Cantelães Freguesia RUIVÃES Longitude 578,9 Latitude 4613,3 Descrição Caminho que cruza a serra da Cabreira pelo Cabeço da Vaca e que ligava antigamente as povoações de Espindo e Cantelães, pela vertente Sul da serra de Cantelães. Apresenta alguns pequenos troços pavimentados com lajes graníticas e parte foi sobreposto e/ou cortado por estradões florestais. Interpretação Caminho que ligava as populações de Espindo e Cantelães, com uma cronologia que pode seguramente recuar-se à Idade Média. Trabalhos Arqueológicos da U.A.U.M. / MEMÓRIAS, 21, Braga: Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho Fontes, L. e Roriz, A. (2012) – O traçado da via romana Bracara – Asturica, por Aquae Flaviae, no Concelho de Vieira do Minho ** eo ló gi co s da U .A .U .M ./ M EM Ó R IA S, 21 ,2 01 2 Sítio 141 Ponte de Campos Freguesia Campos Longitude 582,75 Latitude 4613,15 Descrição Construção de um arco de volta perfeita bem alicerçado nas margens graníticas através de parâmetros de aparelho rude em mamposteria de calhaus e blocos graníticos mal afeiçoados. O arco apresenta um aparelho cuidado com aduelas “cúbicas” de modulação regular. O piso do tabuleiro, lageado, assenta ao centro da ponte no extradorso das aduelas do arco, reduzindo a lomba em cavalete do tabuleiro. Com largura inferior a 3 metros, que se apresentava originalmente sem guardas (tem actualmente uma guarda baixa formada por blocos de cimento, que sustentam uma vedação de arame), vence um vão com cerca de 6 metros de comprimento e mais de 3 metros de altura. Grande parte do caminho que da aldeia de Campos segue até esta ponte, apresenta bons troços de pavimento lageado, característica que justificou a fixação do topónimo Ladeira de Campos. Interpretação Esta ponte, relacionável com a rede de comunicações vicinais de Campos, apresenta uma estereotipada “estética medieval”, apesar das suas características construtivas serem mais frequentes em época moderna. Referências Bibliográficas (Fontes 1999, VM.10) qu Do conjunto dos dados supramencionados, destaca-se a existência de Ar povoados pré-romanos na vertente Norte das serras de Cantelães/Cabreira, como ho s sejam os de Outeiro do Crasto (Nossa Senhora da Conceição), Outeiro da Coroa e al Nossa Senhora do Vale. Não se identificam povoados fortificados “castrejos” na ab vertente Sul (os castros de Anissó e de Vila Seca vinculam-se ao vale do Ave e não Tr à vertente da serra da Cabreira). O castro de Linharelhos, a nascente, vincula-se já ao planalto do Barroso, implantando-se estrategicamente sobre o troço inicial do Rabagão. Trabalhos Arqueológicos da U.A.U.M. / MEMÓRIAS, 21, Braga: Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho Fontes, L. e Roriz, A. (2012) – O traçado da via romana Bracara – Asturica, por Aquae Flaviae, no Concelho de Vieira do Minho De igual modo, e também na vertente Norte, registamos para além da romanização dos povoados fortificados acima nomeados, o povoado romano de São Cristóvão, aparentemente fundado ex nihilo, o qual, considerando a sua dimensão e localização, admitimos que possa corresponder a uma mansio que servisse a via (para ser a Salacia mencionada no “Itinerário de Antonino”, haveria 01 2 que corrigir a distância aí indicada). Não se identificam povoados romanos na 21 ,2 vertente Sul. S, Quanto aos vestígios de via antiga correspondente à ligação Braga – Chaves, R IA identificam-se troços mais ou menos extensos na vertente Norte, destacando-se os EM Ó da Rechã, Sudro, Salamonde – Ruivães e de Botica – Paredinha. Apresentam M características construtivas que aceitam a sua inclusão na tipologia viária romana, ./ definindo um traçado contínuo, sinuoso mas suave, progredindo sem declives .M acentuados. A este traçado estão associados os miliários de Portela de Rebordelos .A .U (entre Salamonde e Ruivães), de Ruivães / São Cristóvão (ditos de São Martinho co s da do mesmo tipo na vertente Sul. U de Zebral), e os de Botica - Santa Leocádia. Não se identificam quaisquer vestígios gi Outros troços de caminhos carreteiros lajeados, servindo moinhos, lameiros eo ló e cabanas de pastoreio ou antigos povoados medievais e de época moderna, qu identificam-se nas duas vertentes da serra. Trata-se de testemunhos de redes viárias Ar antigas, de nível vicinal, local ou regional. Admitimos que alguns desses troços ho s possam ter origem pré-romana e/ou romana e muitos outros poderão ter origem ab al medieval. Aos primeiros corresponderão vias de ligação entre os grandes povoados Tr pré-romanos, que poderão ter constituído redes secundárias em época romana, estabelecendo a ligação entre as bacias do Cávado/Rabagão e do Ave, designadamente pela margem direita deste rio até às proximidades de Briteiros, a partir de onde já se poderia navegar até ao litoral. Aos segundos, de cronologia plenamente medieval, correspondem redes viárias locais, estruturadas em torno da sede da Terra de Vieira (o castro/castelo de Vila Seca) e do mosteiro de São João Trabalhos Arqueológicos da U.A.U.M. / MEMÓRIAS, 21, Braga: Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho Fontes, L. e Roriz, A. (2012) – O traçado da via romana Bracara – Asturica, por Aquae Flaviae, no Concelho de Vieira do Minho de Vieira, as quais se articulam com os grandes eixos viários medievais regionais do interior minhoto (Guimarães, Póvoa de Lanhoso e Cabeceiras de Basto). 2 Dados documentais ,2 01 Para este trabalho consideramos as “Inquirições” de 1220 e de 1258, 21 mandadas fazer pelos reis Afonso II e Afonso III, e as “Memórias Paroquiais”, S, correspondentes ao Dicionário Geográfico do Reino de Portugal organizado pelo R IA Padre Luis Cardoso, dando cumprimento ao Inquérito Nacional ordenado pelo rei EM Ó José I em 1758. M As “Inquirições” documentam-nos um povoamento intenso e perfeitamente .M ./ estruturado no território correspondente ao actual concelho de Vieira do Minho, .U relevando, no que respeita ao objectivo do nosso trabalho, a maior densidade de U .A núcleos de povoamento na vertente Norte e a sua rarefacção na vertente Sul, da respectivamente, com 29, (S. Martinho de Soengas, S. Mamede da Caniçada, S. s Pedro de Cela, Louredo, S. Paio de Fornelos, S. João da Cova, Faldrem, Currelo, gi co Penedo, Crasto, Quintães, S. Martinho de Ventosa, Penedo, S. Gens de Salamonde, eo ló Rio Mau, Santo Estevão de Cantelães, Quintães, Fares, Vilar de Vacas/São qu Cristovão, Campos, Lamalonga, Ruivães, Zebral, Frades, Stª Locádia, Espindo, Ar Soutelos, Pinheiro e Quintã), e 19 (Pepim, S. Simão de Real, S. Julião de ho s Tabuaças, Loureiro, S. Paio de Eira Vedra, Villar, Terrafeita, Loureiro, Paço, al Espaio, Chãos, Outeiro, Vieira, Vila Seca, Sanguinhedo, Cortegaça, Stª Maria de Tr ab Pinheiro, Penedos e Tabuadelo), lugares povoados. Consideramos ainda de particular importância as referências a uma via principal apenas na vertente Norte. Trabalhos Arqueológicos da U.A.U.M. / MEMÓRIAS, 21, Braga: Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho Fontes, L. e Roriz, A. (2012) – O traçado da via romana Bracara – Asturica, por Aquae Flaviae, no Concelho de Vieira do Minho Refere-se também alguns limites de propriedades e/ou paróquias, nomeandose muitos topónimos, que persistem na actualidade. As “Inquirições” testemunham-nos também, uma diferente organização administrativa, vinculando-se a vertente Norte a duas circunscrições, os Julgados ,2 01 2 de Penafiel de Soaz e do Barroso e a vertente Sul ao Julgado de Vieira. 21 Relativamente às “Memórias Paroquiais”, recolhe-se informação detalhada S, sobre o povoamento, limites territoriais e rede de comunicações, destacando-se EM Ó R IA especialmente as menções à passagem da “estrada” Braga – Chaves. M Apresentamos a seguir alguns extratos da documentação acima referida, ./ sublinhando-se as passagens que consideramos mais significativos para análise do .A .U .M traçado da antiga via romana Braga – Chaves: U ”(INQ 1258, 1504) “Item, in collatione Sancti Johannis de Cova (...) et subtus co s da carrariam j. leiram et est ibi aliam de vinca (…)”. gi ”(INQ 1258, 1505) “ Item, in collatione Sancti Martini de Ventosa (…) Item subtus qu eo ló viam iij. leiras de quibus dant iij. alqueires panis anuatim (...) Ar ”(INQ 1258, 1511) “ Item, in collatione Sancti Martini de Vilar de Vacas (...) Item, ho s de regalengo de Villa de Zevral (...) Item, dixit quod per lagea et deinde ad petram al de Alguergue de Canadas, deinde ad penedum qui dicitur Testa de Caballo, deinde Tr ab ad molendium de Comite, deinde ad Soverariam Veteram, deinde ad penedum de Revordino, deinde ad Paixom, deinde ad crucem de Fonteelas, deinde ad ad Penedum, deinde sub Gea contra ad Misarela, deinde per Gea (...) (...) Anta de Ligoo usque ad ma(rcum) de Cesares quanti ibi habi(tav)erint in ipsis campis et ibi la(bora)verint, dant Domino Regi an(nuatim) quitam partem tocius fructus (...)” Trabalhos Arqueológicos da U.A.U.M. / MEMÓRIAS, 21, Braga: Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho Fontes, L. e Roriz, A. (2012) – O traçado da via romana Bracara – Asturica, por Aquae Flaviae, no Concelho de Vieira do Minho nota O sítio do povoado de São Cristóvão (Ruivães) veio a conhecer uma importante ocupação medieval, correspondente à paróquia de São Martinho de Vilar de Vacas, que se despovoou no decurso dos séculos XV-XVI, transferindo-se 01 2 para a actual Ruivães. Em São Cristóvão conservam-se as ruínas do primitivo ,2 templo dedicado a São Martinho, a par de vestígios de sepulturas antropomórficas 21 e fragmentos da pia baptismal. É a esta “capela de São Martinho”, já arruinada no R IA S, século XVIII, que se deve reportar o achado de dois fragmentos de miliários Ó romanos, que Argote e depois alguns historiadores, erroneamente, referenciam M EM como “capela de São Martinho de Zebral”. ./ (Capela 2000, 92) “(...) E no rio do arco tem huma ponte de pedra de hum arco da U .A continuada “ S. Vicente de Campos . .U .M que fica na estrada que vai e vem de Braga para Chaves estrada munto (Capela 2000, 94) “A dita freguesia é do termo do Concelho de Ribeira de Soaz co s compreende quatro lugares que são Estrada, Cibrão, São Miguel, Caniçada com o eo ló gi Outeiro.” S. Mamede da Caniçada . Ar qu (Capela 2000, 145) “Não tem privilégios antiguidades nem cousas dignas de s memória, mais do que muitas voltas que da estrada que por aqui vai para Chaves al ho por razão de o monte ter altos e baixos e não correr seguido donde veio a serem ab nomeadas em toda a parte as voltas de Salamonde” S. Gens de Salamonde . Tr (Capela 2000, 164) “(...) Compõe-se de sete lugares esta freguesia: Bouças, Eirós, Quintã, Paredes, Estrada, Correlho e Ventosa (...) Fica este sítio na estrada que vai para Chaves (...)” S. Martinho de Ventosa . Trabalhos Arqueológicos da U.A.U.M. / MEMÓRIAS, 21, Braga: Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho Fontes, L. e Roriz, A. (2012) – O traçado da via romana Bracara – Asturica, por Aquae Flaviae, no Concelho de Vieira do Minho Dados orais As referências orais foram obtidas por interrogatório directo a indivíduos adultos, quase sempre idosos, do sexo masculino e feminino, moradores nas 01 2 localidades e que se contactaram no decurso dos trabalhos de campo. ,2 No Pousadouro, na freguesia de Tabuaças, o caminho antigo é facilmente S, R IA Pousadouro como sendo o sítio onde “os romanos pousavam”. 21 reconhecido pela população, como sendo o “caminho romano” e o lugar de EM Ó Na Rechã a população diz que o caminho mais antigo era o que registamos M como a antiga via Braga – Chaves. O mesmo se passou no lugar do Sudro, onde a ./ população ainda reconhece, não só o caminho antigo, como também, a existência .A .U .M de antigas tabernas que davam assistência aos viajantes. U Os habitantes de Salmonde dizem que o caminho antigo era “a estrada da romana que ía para Chaves”. Quanto à localização da Portela de Rebordelos, esta co s situa-se no limite de Salamonde com Ruivães, conforme identificam os moradores gi de Salamonde, e não em Lamalonga / Campos, onde nenhum habitante idoso eo ló reconhece esse topónimo. Admitimos mesmo que corresponda ao actual topónimo qu Rebordondo, já referido nas Inquirições de 1258 como Revordino, e nas Tr ab al ho s Ar “Memórias Paroquiais”de 1758 como Rebordelos. Trabalhos Arqueológicos da U.A.U.M. / MEMÓRIAS, 21, Braga: Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho Fontes, L. e Roriz, A. (2012) – O traçado da via romana Bracara – Asturica, por Aquae Flaviae, no Concelho de Vieira do Minho Dados historiográficos Dos inúmeros estudos sobre o traçado da via romana Braga - Chaves, entendemos seleccionar para confronto com a nossa análise apenas 3. Todos os outros trabalhos publicados repetem, de forma mais ou menos desenvolvida, esses 01 2 três estudos seleccionados. Alguns outros propõem variantes pontuais de traçado, ,2 sem qualquer base documental, arqueológica ou topográfica. Porque não aportam 21 novos dados ou porque não apresentam propostas cientificamente fundamentadas, S, esses trabalhos não foram considerados aqui. EM Ó R IA Dos três seleccionados apresentamos a seguir a leitura crítica: U .A .U .M ./ M ARGOTE, Frei Jerónimo Contador d’ (1734), – Memorias para a historia ecclesiastica do Arcebispado de Braga. Título I. Da Geografia do Arcebispado Primaz de Braga, e da Geografia Antiga da Provincia Bracarense, Tomo Segundo, Lisboa. da Trata-se do primeiro trabalho sistemático sobre a matéria, que serviu de fonte s a todos os restantes estudos, aí se referenciando pela primeira vez muitos dos ló gi co miliários que marcavam a via ao longo do seu traçado. qu eo O autor refere-se ao assunto em vários pontos da sua obra, composta por Ar vários volumes publicados entre 1732 e 1747, mas é no volume II (Tomo ho s Segundo), publicado em 1734, que aborda o tema mais detalhadamente, entre as Tr ab al páginas 570 e 610. Depois de referir a existência de miliários, de compulsar as fontes antigas, diversos estudos contemporâneos e informação epístolar, especialmente de Álvares de Figueiredo (o Bispo de Uranopolis), Jerónimo Contador de Argote admite a existência de dois traçados para a via Braga/Chaves, um mais antigo (Imperador Augusto) e outro mais recente (Imperador Vespasiano), mas descreve apenas um Trabalhos Arqueológicos da U.A.U.M. / MEMÓRIAS, 21, Braga: Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho Fontes, L. e Roriz, A. (2012) – O traçado da via romana Bracara – Asturica, por Aquae Flaviae, no Concelho de Vieira do Minho traçado, fazendo-o passar pela vertente Norte das serras de Cantelães/Cabreira. No fim do capítulo acaba por transcrever dois traçados, um pela vertente Norte e outro pela vertente Sul, sobre o qual não se debruçou mas que tem o cuidado de referir ser «opinião de uma pessoa inteligente, que por ordem, e à custa do ilustríssimo 01 2 Bispo de Uranopolis, observou com cuidado a sobredita estrada» (p.586-588). ,2 A proposta de Argote procura ultrapassar imprecisões relativamente à 21 localização de miliários e de troços de via, que o próprio autor reconhece, mas que S, se revela incapaz de solucionar, especialmente por desconhecimento da geografia R IA da região. É este desconhecimento que o impede de resolver as deficiências EM Ó decorrentes de tratar informação em terceira mão, pois os dados que utiliza são os M que lhe transmite o Bispo de Uranopolis que, por sua vez, os recebera de ./ estudiosos e informadores locais, como o padre António Machado Villasboas, .M Pedro da Cunha Sottomayor, frei Manuel de Sá ou ainda o capitão de infantaria .A .U António de Araújo de Azevedo (Colecção da Academia Real das Ciências, Ano de da U 1724, n.º XXX, p 6-7 e Ano de 1725, n.º XIII, p 9-10). co s Os erros respeitam especialmente à localização dos miliários na zona de gi Ruivães, como decorre das referências de Argote aos miliários achados próximo de eo ló Campos, mas dados como provenientes da Portela de Rebordelos e aos miliários qu «fora da estrada actual de Braga a Chaves, nas vizinhanças porém dela, e sítios por Ar onde podemos conjecturar rodeava a estrada romana», como sejam, os dois Como já escrevemos acima, a localização da Portela de Rebordelos deve ser Tr ab al ho s miliários localizados em Zebral, «junto à Capella de S. Martinho» (sic). corrigida, pois não se vincula à freguesia de Campos, onde este topónimo é desconhecido, mas sim aos limites da freguesia de Salamonde com Ruivães, como vem mencionado nas Memórias Paroquiais de 1758, (Capela 2000, 146), e onde inúmeros moradores a localizam nas proximidades do Outeiro dos Púcaros. Trabalhos Arqueológicos da U.A.U.M. / MEMÓRIAS, 21, Braga: Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho Fontes, L. e Roriz, A. (2012) – O traçado da via romana Bracara – Asturica, por Aquae Flaviae, no Concelho de Vieira do Minho Por sua vez, em Zebral não existe nenhuma capela de São Martinho, mas sim uma capela de São Pedro, orago já referenciado em 1709 (Index do Arquivo da Sé 1851), e em 1758 (Capela 2000,133). Como é pouco provável que tenha havido engano na identificação do orago, admitimos que esta capela de São Martinho possa corresponder à antiga igreja da paróquia medieval de São Martinho de Vilar 01 2 de Vacas, que posteriormente deu origem a Ruivães e cujas ruínas se conservam no ,2 sítio de São Cristovão, Ruivães. A referência a esta capela como sendo de Zebral S, R IA mais extenso (na Idade Média aproximava-se da Mizarela). 21 será portanto um erro, compreensível pelo facto de o termo de Zebral ser então EM Ó Na perspectiva da identificação da via antiga, o hagiotopónimo São M Cristovão adquire particular relevancia, pois trata-se do santo protector dos .M U .A .U ruínas de São Cristovão em relação à via. ./ viajantes, aspecto que deve ser valorizado na consideração da proximidade das gi co s da CAPELA, Martins (1987) (=1895) - Miliários do Conventus Bracaraugustanus em Portugal, (2ª ed., com introd. José V. Capela), Câmara Municipal de Terras de Bouro, Terras de Bouro. eo ló Martins Capela foi o primeiro investigador com efectivo conhecimento do qu território que tratou das questões relacionadas com a viação romana. Procurou Ar validar as informações no terreno, o que lhe permitiu, considerando a sua larga ho s experiência, confirmar o traçado proposto por Argote, isto é, o traçado da vertente ab al Norte por Salamonde e Ruivães. Rejeitou, assim, todos os outros traçados, com Tr base em critérios de natureza arqueológica e topográfica, como sejam a existência de miliários e a impraticabilidade de traçados pelas cumeadas da serra. BARRADAS A. Lereno, (1956), – Vias romanas das regiões de Chaves e Bragança. Revista de Guimarães, 66 (1-2), Gimarães. Trabalhos Arqueológicos da U.A.U.M. / MEMÓRIAS, 21, Braga: Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho Fontes, L. e Roriz, A. (2012) – O traçado da via romana Bracara – Asturica, por Aquae Flaviae, no Concelho de Vieira do Minho Em 1956, Lereno Barradas publica aquele que consideramos o trabalho mais completo e rigoroso, ainda hoje plenamente válido, sobre o traçado Braga – Chaves. Infelizmente nada acrescenta à parte do traçado entre Braga, Póvoa de Lanhoso e Vieira do Minho, limitando-se o autor a subscrever os traçados 01 2 propostos por Jerónimo Contador de Argote e Martins Capela. ,2 Mas esta aceitação do traçado pela vertente Norte é importante, pois, mais do 21 que qualquer outro investigador, Lereno Barradas teve por base a recolha exaustiva S, de dados arqueológicos relativos à ocupação romana e um minucioso R IA conhecimento do terreno, que percorreu inúmeras vezes. Se, porventura, tivesse EM Ó recolhido dados que lhe permitissem propor um traçado diferente, não deixaria de Tr ab al ho s Ar qu eo ló gi co s da U .A .U .M ./ M o fazer. Trabalhos Arqueológicos da U.A.U.M. / MEMÓRIAS, 21, Braga: Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho Fontes, L. e Roriz, A. (2012) – O traçado da via romana Bracara – Asturica, por Aquae Flaviae, no Concelho de Vieira do Minho 4. Proposta de traçado Com base nos dados arqueológicos, documentais, historiográficos e orais acima expostos, consideramos que o traçado da via romana Braga – Chaves no território do actual concelho de Vieira do Minho, se desenvolvia pela vertente 01 2 Norte das serras de Cantelães e Cabreira, cruzando as freguesias de Tabuaças, 21 ,2 Soengas, Caniçada, Ventosa, Cova, Louredo, Salamonde, Ruivães e Campos. R IA S, A ligação viária Braga - Chaves pela vertente Norte serve povoados “castrejos” romanizados, povoados romanos e um intenso povoamento medieval. EM Ó Está materializado em troços de via antiga, que permitem restituir o traçado M integral e tem associados, pelo menos, seis miliários: 2 na Portela de Rebordelos, ./ no limite Salamonde/Ruivães (Argote 1734, 574; CIL = 4770 / 4772); 2 miliários .U .M ditos de São Martinho de Zebral, que já vimos ser em Ruivães / São Cristóvam .A (Argote 1734, 575; CIL = 4775/4776); e por último, 2 em Botica, (Argote 1734, da U 573 / 574; CIL = 4783). co s O traçado pela vertente setentrional é ainda referenciado na documentação ló gi medieval (século XIII) e moderna (XVIII) e é identificado pela tradição oral como eo “estrada romana”, “estrada das carroças das mulas” ou simplesmente como “antiga s Ar qu estrada de Braga”. ho Nada disto se verifica ou documenta na vertente Sul, concluindo-se que a ab al antiga ligação viária Braga – Chaves nunca teve um traçado pelo lado meridional Tr da serra. Na definição do traçado foi tido em consideração, também, o factor climático. A vertente Norte, apesar da sua orientação, é uma vertente protegida pelo maciço da serra do Gerês. Apresenta-se ainda muito recortada, com muitos Trabalhos Arqueológicos da U.A.U.M. / MEMÓRIAS, 21, Braga: Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho Fontes, L. e Roriz, A. (2012) – O traçado da via romana Bracara – Asturica, por Aquae Flaviae, no Concelho de Vieira do Minho pequenos alvéolos e interfluvios que beneficiam de boa exposição solar e de microclimas amenos. A vertente Sul, menos recortada e apesar da sua orientação, é mais agreste, 01 2 pela sua exposição desabrigada às chuvas e aos ventos frios do planalto barrosão. ,2 Importa assinalar que o traçado proposto evita as neves do Inverno, sendo R IA EM Ó Descrevemos a seguir, detalhadamente, esse traçado. S, 21 transitável todo o ano. M A antiga estrada Braga – Chaves sai do concelho de Póvoa de Lanhoso em ./ Botica de Cima e entra no concelho de Vieira do Minho em Pousadouro, freguesia .M de Tabuaças. Atravessa o lugar, onde ainda se perserva, cruzando com a EN 103 .A .U nas Cerdeirinhas, a Norte desta. Deste ponto, até ao KM 71, a via foi sobreposta U pela actual estrada nacional 103, passando a ser visível a Sul da actual EN, da percorrendo o lugar da Rechã, freguesia da Caniçada, saindo novamente à EN 103 co s ao Km 72. Continua sob a EN 103 até ao lugar do Penedo, freguesia de Ventosa. gi Neste lugar a via inflete ligeiramente à direita onde ainda se encontram troços de eo ló via, tornando a estar sobreposta pela EN 103 até ao lugar das Gavinheiras, qu freguesia de Cova. A antiga estrada entra nas Gavinheiras, à direita da EN 103, Ar percorrendo poucos metros até sair novamente à EN 103, junto à Capela Nª Srª da A via segue sobreposta pela EN 103 até ao lugar do Outeiro, freguesia de Tr ab al ho s Begonha. Louredo, a Sul da actual estrada, onde parte da via se encontra por baixo de habitações, cruzando com a EN 103, junto ao entroncamento que dá acesso ao lugar de Cela. A antiga estrada só é novamente observada no lugar do Sudro, ainda na freguesia de Louredo, situada a Sul da actual EN, estando o incio da via por baixo de casas. A via atravessa todo o lugar e desaparece mais adiante no Trabalhos Arqueológicos da U.A.U.M. / MEMÓRIAS, 21, Braga: Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho Fontes, L. e Roriz, A. (2012) – O traçado da via romana Bracara – Asturica, por Aquae Flaviae, no Concelho de Vieira do Minho cruzamento com a EN 103, que rebaixou significativamente o traçado, sendo visível no talude Sul estratigrafia lenticular horizontal que poderá corresponder ao antigo traçado. A antiga estrada é novamente visível no lugar da Aldeia, Salamonde, onde 01 2 inflete à direita e percorre a parte velha do lugar, saindo à EN um pouco antes da ,2 Capelas das Almas. Sabemos por informações orais que a via passava em frente a 21 esta capela, seguindo novamente pelo que é hoje a EN 103, sendo vísivel junto à S, Casa da Devesa, a Sul da actual estrada nacional. Segue pela portela do Outeiro R IA dos Púcaros, passaria pela Ponte da Mua, tendo sido cortada pela estrada nacional, M EM Ó e segue depois do lado esquerdo da EN. ./ Da Ponte da Mua a via é contínua até Ruivães, passando os Pontões de .M Corga de Mendo e de Chedas. Foi cortada na Quinta da Cruz seguindo até Ponte de .A .U Rês ou Ponte Velha, como é conhecida, saindo novamente à estrada actual, no U centro da povoação. Aqui em Ruivães torna a ter vestígios do lado direito da EN, da por cima da igreja, sendo perceptível até ao aqueduto. Daqui passa para o lado co s esquerdo da EN, onde se vêm alguns troços da via. Em Pitões é sobreposta por gi algumas casas, mas torna a ser obsevável até Santa Leocádia, ainda do lado eo ló esquerdo. Do KM 92 até sensivelmente ao lugar da Paredinha a via é sobreposta qu pela actual estrada, sendo novamente vísivel a Sul da actual estrada, até ao KM 96. Tr ab al ho s Ar De Cambedo até à Ponte do Arco a via encontra-se submersa. Trabalhos Arqueológicos da U.A.U.M. / MEMÓRIAS, 21, Braga: Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho Fontes, L. e Roriz, A. (2012) – O traçado da via romana Bracara – Asturica, por Aquae Flaviae, no Concelho de Vieira do Minho 5. Conclusões e Recomendações Depois de uma análise minuciosa dos dados arqueológicos, documentais e orais e de confrontar todos os dados historiográficos disponíveis, foi proposto um traçado pela vertente Norte, que consideramos corresponder à antiga estrada ,2 01 2 romana Braga – Chaves. 21 Efectivamente, os dados arqueológicos estão presentes, na sua maioria, na S, vertente Norte, da mesma maneira que as fontes documentais apenas nos relatam R IA passagens sobre uma via ou estrada na vertente Norte. Os dados orais apenas Ó referenciam uma estrada romana, também, na vertente Norte, sendo desconhecida EM pela população na vertente Sul. Por último, na historiografia, da qual confrontamos M e analisamos os autores mais relevantes, constatamos que todos os autores aceitam .U .M ./ a passagem de uma via romana na vertente Norte. U .A Apesar de algumas dificuldades decorrentes do desaparecimento da via da antiga sob a actual estrada nacional e de não se conhecer o paradeiro de qualquer s dos miliários referenciados, consideramos ter conseguido defenir com rigor o eo ló gi co traçado da antiga estrada romana Braga – Chaves no concelho de Vieira do Minho. qu Os troços conservados, alguns de grande extensão, justificam a elaboração Ar de uma proposta de classificação patrimonial, que sustente o desenvolvimento de ab al ho s projectos de conservação, estudo e valorização. Nesta prespectiva, recomenda-se: a) Limpeza dos troços conservados, com remoção de depósitos acumulados Tr sobre a via, corte da vegetação arbustiva e remontagem parcial dos muros laterais. b) No troço entre as freguesias de Salamonde e Ruivães, especialmente bem conservado, recomenda-se, se não houver receptividade por parte do proprietário, a expropriação da ligação na Quinta da Cruz, por manifesto interesse público. Trabalhos Arqueológicos da U.A.U.M. / MEMÓRIAS, 21, Braga: Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho Fontes, L. e Roriz, A. (2012) – O traçado da via romana Bracara – Asturica, por Aquae Flaviae, no Concelho de Vieira do Minho c) Alguns dos vestígios arqueológicos conexos à via devem também ser objecto de classificação. Recomenda-se especialmente a renovação da proposta de classificação do povoado de S. Cristovam, correspondente à extinta sede paroquial ,2 01 2 medieval de Vilar de Vacas. U Ana da Costa Roriz Tr ab al ho s Ar qu eo ló gi co s da Luis Fernando de Oliveira Fontes .A .U .M ./ M EM Ó R IA S, 21 Braga e Vieira do Minho, Junho de 2004 Trabalhos Arqueológicos da U.A.U.M. / MEMÓRIAS, 21, Braga: Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho Fontes, L. e Roriz, A. (2012) – O traçado da via romana Bracara – Asturica, por Aquae Flaviae, no Concelho de Vieira do Minho Bibliografia ALARCÃO, Jorge de (1988), Roman Portugal, II, Warminster. 01 2 ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de (1968), Vias Medievais Entre Douro e Minho, Dissertação para Licenciatura em História, Faculdade de Letras do Porto. R IA S, 21 ,2 ARGOTE, Frei Jerónimo Contador d’ (1732), – Memorias para a historia ecclesiastica do Arcebispado de Braga. Título I. Da Geografia do Arcebispado Primaz de Braga, e da Geografia Antiga da Provincia Bracarense, Tomo Primeiro, Lisboa EM Ó (1734), – Memorias para a historia ecclesiastica do Arcebispado de Braga. Título I. Da Geografia do Arcebispado Primaz de Braga, e da Geografia Antiga da Provincia Bracarense, Tomo Segundo, Lisboa .M ./ M BAPTISTA, José Dias (1990), – Via Prima (A Via Imperial Romana de Braga/Astorga). Aqua Flaviae, 3, Chaves. U .A .U BARRADAS A. Lereno, (1956), – Vias romanas das regiões de Chaves e Bragança. Revista de Guimarães, 66 (1-2), Gimarães, pp. 159-241. co s da CAPELA, Martins (1987), - Miliários do Conventus Bracaraugustanus em Portugal, (2ª ed., com introd. José V. Capela), Câmara Municipal de Terras de Bouro, Terras de Bouro. qu eo ló gi CAPELA, José Viriato, e Borralheiro, Rogério (2000), - Vieira do Minho nas Memórias Paroquiais de 1758, Edição da Camâra Municipal de Vieira do Minho e Vieira Cultura e Turismo, E.M. s Ar CIL = HUBNER (E.) Tr ab al ho Collecçam dos Documentos, e Memorias da Academia real da Historia Portugueza, (1724). Ordenada pelo Marquez de Alegrete Manoel Telles da Sylva, secretario da mesma Academia. Na officina de Pascoal da Sylva. Lisboa. (1725). Ordenada pelo Marquez de Alegrete Manoel Telles da Sylva, secretario da mesma Academia. Na officina de Pascoal da Sylva. Lisboa. COSTA, Avelino de Jesus da (2000), – O Bispo D. Pedro e a Organização da Arquidiocese de Braga, (2.ª ed. refundida e ampliada), vol. II, Irmandade de S. Bento da Porta Aberta, Braga. Trabalhos Arqueológicos da U.A.U.M. / MEMÓRIAS, 21, Braga: Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho Fontes, L. e Roriz, A. (2012) – O traçado da via romana Bracara – Asturica, por Aquae Flaviae, no Concelho de Vieira do Minho FONTES, Luis Fernando de Oliveira (1993) - Itinerários do Românico, Região de Turismo Verde Minho, Braga. (1999) – Arqueossítios da Serra da Cabreira, (CD-ROM), CIASC, Vieira do Minho. FREITAS, Bernardino José de, (1890). Memórias de Braga. Tomo I, Braga. S, 21 ,2 01 2 HÉRVAS, José Manuel Roldán, (1975), – Iteneraria Hispania, Fuentes Antiguas de las Vías Romanas en la Península Ibérica, Departamento de Historia Antigua – Universidad de Valladolod, Departamento de Historia Antigua – Universidad de Granada Ó R IA HUBNER (E.), Corpus Inscriptonum Latinarum, II, Berlim 1869, 1892 (suplemento). (=CIL). M EM INDEX DO ARQUIVO DA SÉ (1851), mandado fazer pelo Provisor Manuel Gomes Soares. .U .M ./ (INQ.1220), Portugaliae Monumenta Historica. Inquisitiones, I e II Academia das Ciências, Lisboa, 1888. da U .A (INQ.1258), Portugaliae Monumenta Historica. Inquisitiones, II, Academia das Ciências, Lisboa, 1888. ló gi co s LEMOS, Francisco Sande (2000), - A Via Romana entre Bracara Augusta e Asturica Augusta, por Aquae Flaviae (contributo para o seu estudo), in Revista de Guimarães, Vol. 110, Guimarães. Ar qu eo MONTALVÃO, António, (1971), - Notas sobre vias romanas em terras flavienses, Bragança. ho s PINHEIRO, José Henriques (1895), - Estudo da Estrada Militar Romana de Braga a Astorga, Imprensa Civilização, Porto. Tr ab al SARMENTO, Francisco Martins, (1999). - Antiqua. Apontamentos de Arqueologia. Leitura e organização de António Amaro das Neves. Sociedade Martins Sarmento. SILVA, Armando Coelho Ferreira da (1986), - A Cultura Castreja no Noroeste de Portugal, Museu Arqueológico da Citânia de Sanfins, Paços de Ferreira. TRANOY, Alain (1981, - La Galice Romaine. Recherches sur le nor-ouest de la péninsulu ibérique dans l' Antiquité, Publications de Centre Pierre Paris, Collection de La Masion des Pays Ibériques, Paris Trabalhos Arqueológicos da U.A.U.M. / MEMÓRIAS, 21, Braga: Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho Fontes, L. e Roriz, A. (2012) – O traçado da via romana Bracara – Asturica, por Aquae Flaviae, no Concelho de Vieira do Minho Tr ab al ho s Ar qu eo ló gi co s da U .A .U .M ./ M EM Ó R IA S, 21 ,2 01 2 VIEIRA, J.C. Alves (1925), - Vieira do Minho. Notícia Historica e Descriptiva, União Gráfica, Vieira do Minho. Trabalhos Arqueológicos da U.A.U.M. / MEMÓRIAS, 21, Braga: Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho Fontes, L. e Roriz, A. (2012) – O traçado da via romana Bracara – Asturica, por Aquae Flaviae, no Concelho de Vieira do Minho Figuras 01 2 Fig. 1 - Localização da área de estudo no Noroeste de Portugal 21 ,2 Fig. 2 – Carta 1:25000 com traçado da via romana Bracara – Asturica, por Aquae Flaviae, no concelho de Vieira do Minho R IA S, Fig. 3a – Fotografia aérea à escala 1:12500, com traçado da via romana Bracara - Asturica, por Aquae Flaviae, no concelho de Vieira do Minho EM Ó (metade Oeste) M Fig. 3b – Fotografia aérea à escala 1:12500, com traçado da via romana Bracara - Asturica, por Aquae Flaviae, no concelho de Vieira do Minho Tr ab al ho s Ar qu eo ló gi co s da U .A .U .M ./ (metade Este) Trabalhos Arqueológicos da U.A.U.M. / MEMÓRIAS, 21, Braga: Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho Fontes, L. e Roriz, A. (2012) – O traçado da via romana Bracara – Asturica, por Aquae Flaviae, no Concelho de Vieira do Minho Fotografias Foto 1 – Troço da via antiga Braga - Chaves na Rechã 2 Foto 2 – Antiga taberna junto à via antiga Braga - Chaves na Rechã ,2 01 Foto 3 – Troço da via antiga Braga - Chaves na Rechã S, R IA Foto 5 – Troço da via antiga Braga - Chaves no Penedo 21 Foto 4 – Troço da via antiga Braga - Chaves no Penedo EM Ó Foto 6 – Troço da via antiga Braga - Chaves nas Gavinheiras M Foto 7 – Antiga taberna na via antiga Braga - Chaves, nas Gavinheiras .M ./ Foto 8 – Troço da via antiga Braga - Chaves no Outeiro .A .U Foto 9 – Troço da via antiga Braga - Chaves no Outeiro da U Foto 10 – Casas antigas situadas junto da via antiga Braga - Chaves, no Sudro s Foto 11 – Troço da via antiga Braga - Chaves no Sudro gi co Foto 12 – Troço da via antiga Braga - Chaves no Sudro eo ló Foto 13 – Troço da via antiga Braga - Chaves no Sudro Ar qu Foto 14 – Antiga estrebaria situada na via antiga Braga - Chaves, no Sudro ho s Foto 15 – Troço da via antiga Braga - Chaves no Sudro ab al Foto 16 – Início da via antiga Braga - Chaves na Aldeia Tr Foto 17 – Troço da via antiga Braga - Chaves na Aldeia Foto 18 – Troço da via antiga Braga - Chaves na Aldeia Foto 19 – Parte da via antiga Braga - Chaves na Aldeia Foto 20 – Troço da via antiga Braga - Chaves na Aldeia Trabalhos Arqueológicos da U.A.U.M. / MEMÓRIAS, 21, Braga: Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho Fontes, L. e Roriz, A. (2012) – O traçado da via romana Bracara – Asturica, por Aquae Flaviae, no Concelho de Vieira do Minho Foto 21 – Antiga taberna situada na via antiga Braga - Chaves da Aldeia Foto 22 – Pontão de Corga de Mendo, na via antiga Braga - Chaves (entre Salamonde e Ruivães) Foto 23 – Troço da via antiga Braga – Chaves junto ao pontão de Corga de Mendo 01 ,2 R IA S, Foto 26 – Ponte de Rês 21 Foto 25 – Tabuleiro da Ponte de Rês, sobre a Ribeira do Saltadouro 2 Foto 24 – Troço da via antiga Braga - Chaves, na margem esquerda da Ribeira de Saltadouro EM Ó Foto 27 – Troço da via antiga Braga - Chaves, nas proximidades de Ruivães (margem direita da Ribeira do Saltadouro) Tr ab al ho s Ar qu eo ló gi co s da U .A .U .M ./ M Foto 28 – Troço da via antiga Braga - Chaves, nas proximidades de Soutelo / Paredinha Trabalhos Arqueológicos da U.A.U.M. / MEMÓRIAS, 21, Braga: Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho Fontes, L. e Roriz, A. (2012) – O traçado da via romana Bracara – Asturica, por Aquae Flaviae, no Concelho de Vieira do Minho 01 2 O traçado da via romana Bracara - Asturica, por Aquae Flaviae, no concelho de Vieira do Minho S, 21 ,2 ADENDA R IA Luis Fernando de Oliveira Fontes Tr ab al ho s Ar qu eo ló gi co s da U .A .U .M ./ M EM Ó Ana da Costa Roriz Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho Braga - 2004 Trabalhos Arqueológicos da U.A.U.M. / MEMÓRIAS, 21, Braga: Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho Fontes, L. e Roriz, A. (2012) – O traçado da via romana Bracara – Asturica, por Aquae Flaviae, no Concelho de Vieira do Minho Introdução Nesta adenda ao relatório “O traçado da via romana Bracara - Asturica, 2 por Aquae Flaviae, no concelho de Vieira do Minho”, descrevem-se dois sítios ,2 01 cujas fichas, por lapso, não se incluiram no relatório inicial. 21 Um respeita ao Pontão da Mua, que fazia ligação do Caminho do Outeiro R IA S, dos Púcaros / Portela de Rebordelos, (sítio nº 134) ao Caminho de Ruivães, Ó (sítio nº 127) e um segundo diz respeito ao Miliário da Ponte do Arco, hoje M EM colocado no jardim junto ao paredão da Barragem da Venda Nova. ./ Integram esta Adenda duas fichas descritivas relativas aos Sítios de “Pontão .U .M da Mua” e “Miliário da Ponte do Arco” e 4 Figuras correspondentes à sua Tr ab al ho s Ar qu eo ló gi co s da U .A cartografia às escalas 1:10000 e 1:25000. Trabalhos Arqueológicos da U.A.U.M. / MEMÓRIAS, 21, Braga: Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho Fontes, L. e Roriz, A. (2012) – O traçado da via romana Bracara – Asturica, por Aquae Flaviae, no Concelho de Vieira do Minho Sítio 175 Pontão da Mua Freguesia SALAMONDE Longitude 577,9 Latitude 4614,6 da U .A .U .M ./ M EM Ó R IA S, 21 ,2 01 Interpretação Pontão que fazia a ligação da estrada romana, entre o Caminho do Outeiro dos Púcaros e o Caminho de Ruivães. 2 Descrição A Ponte da Mua, como é conhecida, é de facto um Pontão em granito, do tipo padieira sobre pilares e encostos ciclópicos. O seu estado de conservação é razoável. Actualmente não é transitável. Fazia a ligação da antiga estrada. Tr ab al ho s Ar qu eo ló gi co s Pontão da Mua Pontão da Mua Trabalhos Arqueológicos da U.A.U.M. / MEMÓRIAS, 21, Braga: Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho Fontes, L. e Roriz, A. (2012) – O traçado da via romana Bracara – Asturica, por Aquae Flaviae, no Concelho de Vieira do Minho Sítio 485 Freguesia Longitude Latitude Miliário da Ponte do Arco CAMPOS 584,65 4614,8 01 2 Descrição Coluna em granito de grão médio. Mede cerca de 1,20 m de altura e 0,95 m de diâmetro médio. Não é perceptível qualquer epígrafe, tendo apenas 2 cruzes latinas gravadas em baixo relevo. Está no terreno ajardinado correspondente ao parque de merendas existente junto ao paredão da barragem da Venda Nova. ,2 Interpretação R IA S, 21 Trata-se de um miliário, coluna que, à beira das estradas romanas, indicava, em milhares de passos, as distâncias entre povoações. Pensamos que este miliário é o mesmo que Jerónimo Contador d’Argote, Martins Capela e Hubner descrevem, como miliário anepígrafe, proveniente da Ponte do Arco. M EM Ó No decurso do trabalho encontramos algumas pessoas que sempre viveram em Ruivães e Campos, e que nos informaram que a peça que aqui descrevemos “apareceu aquando das obras da barragem, tendo sido colocado no sítio actual, há cerca de 50 anos” - a Senhora Cândida, que habitou na Venda Nova, lembra-se de sempre ver o miliário no jardim e ainda da antiga Ponte do Arco, hoje submersa, no percurso que fazia para a escola. .U .M ./ Referências Bibliográficas (Argote 1734, 573-574), (Capela 1987, 56), (CIL= 4773 b); (Baptista 1990, 164 - 169) U .A ARGOTE, Frei Jerónimo Contador d’ (1734), – Memorias para a historia da ecclesiastica do Arcebispado de Braga. Título I. Da Geografia do Arcebispado Primaz de co s Braga, e da Geografia Antiga da Provincia Bracarense, Tomo Segundo, Lisboa. gi “(...) Junto ao lugar de Boticas (...), à vista do rio Canhua, estão dous Padroens qu eo ló levantados para parte do Poente, Hum deles não tem letras, (...)”. Ar CAPELA, Martins (1987) (=1895) - Miliários do Conventus Bracaraugustanus em ho s Portugal, (2ª ed., com introd. José V. Capela), Câmara Municipal de Terras de Bouro, ab al Terras de Bouro. Tr “(...) Na extrema N. Desta freguezia jaz ao pé da estrada nova um miliário analphabeto e logo a poucos passos a ponte do Arco de constução romana (...)”. CIL = 4774 b “sine litteris” Trabalhos Arqueológicos da U.A.U.M. / MEMÓRIAS, 21, Braga: Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho 21 ,2 01 2 Fontes, L. e Roriz, A. (2012) – O traçado da via romana Bracara – Asturica, por Aquae Flaviae, no Concelho de Vieira do Minho Miliário da Ponte do Arco Tr ab al ho s Ar qu eo ló gi co s da U .A .U .M ./ M EM Ó R IA S, Miliário da Ponte do Arco Miliário da Ponte do Arco – pormenor das cruzes Trabalhos Arqueológicos da U.A.U.M. / MEMÓRIAS, 21, Braga: Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho Fontes, L. e Roriz, A. (2012) – O traçado da via romana Bracara – Asturica, por Aquae Flaviae, no Concelho de Vieira do Minho Bibliografia 2 ARGOTE, Frei Jerónimo Contador d’ (1732), – Memorias para a historia ecclesiastica do Arcebispado de Braga. Título I. Da Geografia do Arcebispado Primaz de Braga, e da Geografia Antiga da Provincia Bracarense, Tomo Primeiro, Lisboa 21 ,2 01 (1734), – Memorias para a historia ecclesiastica do Arcebispado de Braga. Título I. Da Geografia do Arcebispado Primaz de Braga, e da Geografia Antiga da Provincia Bracarense, Tomo Segundo, Lisboa Ó R IA S, BAPTISTA, José Dias (1990), – Via Prima (A Via Imperial Romana de Braga/Astorga). Aqua Flaviae, 3, Chaves. ./ M EM CAPELA, Martins (1987), - Miliários do Conventus Bracaraugustanus em Portugal, (2ª ed., com introd. José V. Capela), Câmara Municipal de Terras de Bouro, Terras de Bouro. .U .M CIL = HUBNER (E.) Tr ab al ho s Ar qu eo ló gi co s da U .A HUBNER (E.), Corpus Inscriptonum Latinarum, II, Berlim 1869, 1892 (suplemento). (=CIL). Trabalhos Arqueológicos da U.A.U.M. / MEMÓRIAS, 21, Braga: Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho Fontes, L. e Roriz, A. (2012) – O traçado da via romana Bracara – Asturica, por Aquae Flaviae, no Concelho de Vieira do Minho Tr ab al ho s Ar qu eo ló gi co s da U .A .U .M ./ M EM Ó R IA S, 21 ,2 01 2 Fotografias Trabalhos Arqueológicos da U.A.U.M. / MEMÓRIAS, 21, Braga: Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho .M ./ M EM Ó R IA S, 21 ,2 01 2 Fontes, L. e Roriz, A. (2012) – O traçado da via romana Bracara – Asturica, por Aquae Flaviae, no Concelho de Vieira do Minho Tr ab al ho s Ar qu eo ló gi co s da U .A .U Foto 1 – Troço da via antiga Braga - Chaves na Rechã Foto 2 – Antiga taberna junto à via antiga Braga - Chaves na Rechã Trabalhos Arqueológicos da U.A.U.M. / MEMÓRIAS, 21, Braga: Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho EM Ó R IA S, 21 ,2 01 2 Fontes, L. e Roriz, A. (2012) – O traçado da via romana Bracara – Asturica, por Aquae Flaviae, no Concelho de Vieira do Minho Tr ab al ho s Ar qu eo ló gi co s da U .A .U .M ./ M Foto 3 – Troço da via antiga Braga - Chaves na Rechã Foto 4 – Troço da via antiga Braga - Chaves no Penedo Trabalhos Arqueológicos da U.A.U.M. / MEMÓRIAS, 21, Braga: Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho M EM Ó R IA S, 21 ,2 01 2 Fontes, L. e Roriz, A. (2012) – O traçado da via romana Bracara – Asturica, por Aquae Flaviae, no Concelho de Vieira do Minho Tr ab al ho s Ar qu eo ló gi co s da U .A .U .M ./ Foto 5 – Troço da via antiga Braga - Chaves no Penedo Foto 6 – Troço da via antiga Braga - Chaves nas Gavinheiras Trabalhos Arqueológicos da U.A.U.M. / MEMÓRIAS, 21, Braga: Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho M EM Ó R IA S, 21 ,2 01 2 Fontes, L. e Roriz, A. (2012) – O traçado da via romana Bracara – Asturica, por Aquae Flaviae, no Concelho de Vieira do Minho Tr ab al ho s Ar qu eo ló gi co s da U .A .U .M ./ Foto 7 – Antiga taberna na via antiga Braga - Chaves, nas Gavinheiras Foto 8 – Troço da via antiga Braga - Chaves no Outeiro Trabalhos Arqueológicos da U.A.U.M. / MEMÓRIAS, 21, Braga: Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho .A .U .M ./ M EM Ó R IA S, 21 ,2 01 2 Fontes, L. e Roriz, A. (2012) – O traçado da via romana Bracara – Asturica, por Aquae Flaviae, no Concelho de Vieira do Minho Tr ab al ho s Ar qu eo ló gi co s da U Foto 9 – Troço da via antiga Braga - Chaves no Outeiro Foto 10 – Casas antigas situadas junto da via antiga Braga - Chaves, no Sudro Trabalhos Arqueológicos da U.A.U.M. / MEMÓRIAS, 21, Braga: Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho .M ./ M EM Ó R IA S, 21 ,2 01 2 Fontes, L. e Roriz, A. (2012) – O traçado da via romana Bracara – Asturica, por Aquae Flaviae, no Concelho de Vieira do Minho Tr ab al ho s Ar qu eo ló gi co s da U .A .U Foto 11 – Troço da via antiga Braga - Chaves no Sudro Foto 12 – Troço da via antiga Braga - Chaves no Sudro Trabalhos Arqueológicos da U.A.U.M. / MEMÓRIAS, 21, Braga: Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho Tr ab al ho s Ar qu eo ló gi co s da U .A .U .M Foto 13 – Troço da via antiga Braga - Chaves no Sudro ./ M EM Ó R IA S, 21 ,2 01 2 Fontes, L. e Roriz, A. (2012) – O traçado da via romana Bracara – Asturica, por Aquae Flaviae, no Concelho de Vieira do Minho Foto 14 – Antiga estrebaria situada na via antiga Braga - Chaves, no Sudro Trabalhos Arqueológicos da U.A.U.M. / MEMÓRIAS, 21, Braga: Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho Ó R IA S, 21 ,2 01 2 Fontes, L. e Roriz, A. (2012) – O traçado da via romana Bracara – Asturica, por Aquae Flaviae, no Concelho de Vieira do Minho Tr ab al ho s Ar qu eo ló gi co s da U .A .U .M ./ M EM Foto 15 – Troço da via antiga Braga - Chaves no Sudro Foto 16 – Início da via antiga Braga - Chaves na Aldeia Trabalhos Arqueológicos da U.A.U.M. / MEMÓRIAS, 21, Braga: Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho .M ./ M EM Ó R IA S, 21 ,2 01 2 Fontes, L. e Roriz, A. (2012) – O traçado da via romana Bracara – Asturica, por Aquae Flaviae, no Concelho de Vieira do Minho Tr ab al ho s Ar qu eo ló gi co s da U .A .U Foto 17 – Troço da via antiga Braga - Chaves na Aldeia Foto 18 – Troço da via antiga Braga - Chaves na Aldeia Trabalhos Arqueológicos da U.A.U.M. / MEMÓRIAS, 21, Braga: Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho .M ./ M EM Ó R IA S, 21 ,2 01 2 Fontes, L. e Roriz, A. (2012) – O traçado da via romana Bracara – Asturica, por Aquae Flaviae, no Concelho de Vieira do Minho Tr ab al ho s Ar qu eo ló gi co s da U .A .U Foto 19 – Parte da via antiga Braga - Chaves na Aldeia Foto 20 – Troço da via antiga Braga - Chaves na Aldeia Trabalhos Arqueológicos da U.A.U.M. / MEMÓRIAS, 21, Braga: Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho EM Ó R IA S, 21 ,2 01 2 Fontes, L. e Roriz, A. (2012) – O traçado da via romana Bracara – Asturica, por Aquae Flaviae, no Concelho de Vieira do Minho Tr ab al ho s Ar qu eo ló gi co s da U .A .U .M ./ M Foto 21 – Antiga taberna situada na via antiga Braga - Chaves da Aldeia Foto 22 – Pontão de Corga de Mendo, na via antiga Braga - Chaves (entre Salamonde e Ruivães) Trabalhos Arqueológicos da U.A.U.M. / MEMÓRIAS, 21, Braga: Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho .M Foto 23 – Troço da via antiga Braga - Chaves junto ./ M EM Ó R IA S, 21 ,2 01 2 Fontes, L. e Roriz, A. (2012) – O traçado da via romana Bracara – Asturica, por Aquae Flaviae, no Concelho de Vieira do Minho Tr ab al ho s Ar qu eo ló gi co s da U .A .U ao pontão de Corga de Mendo Foto 24 – Troço da via antiga Braga - Chaves, na margem esquerda da Ribeira de Saltadouro Trabalhos Arqueológicos da U.A.U.M. / MEMÓRIAS, 21, Braga: Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho Tr ab al ho s Ar qu eo ló gi co s da U .A .U .M ./ M EM Foto 25 – Tabuleiro da Ponte de Rês, sobre a Ribeira do Saltadouro Ó R IA S, 21 ,2 01 2 Fontes, L. e Roriz, A. (2012) – O traçado da via romana Bracara – Asturica, por Aquae Flaviae, no Concelho de Vieira do Minho Foto 26 – Ponte de Rês Trabalhos Arqueológicos da U.A.U.M. / MEMÓRIAS, 21, Braga: Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho .M Foto 27 – Troço da via antiga Braga - Chaves, nas ./ M EM Ó R IA S, 21 ,2 01 2 Fontes, L. e Roriz, A. (2012) – O traçado da via romana Bracara – Asturica, por Aquae Flaviae, no Concelho de Vieira do Minho proximidades de Ruivães (margem direita da Ribeira Tr ab al ho s Ar qu eo ló gi co s da U .A .U do Saltadouro) Foto 28 – Troço da via antiga Braga - Chaves, nas proximidades de Soutelo / Paredinha Trabalhos Arqueológicos da U.A.U.M. / MEMÓRIAS, 21, Braga: Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho 20 12 Espanha 1, o nh Mi R IA S, 2 Peneda Gerês ma Li EM Ó m me Ho M Cabreira U Marão So us a Tâ me ga Douro eo ló gi co s Corgo da Ave .A .U .M ./ do va Cá Tr ab al ho s Ar qu Atlântico Inventário do Património de Vieira do Minho UAUM 2004 Localização da área de estudo no Noroeste de Portugal Fig. 1 504 596 394 489 492 426 446 507 477 478 517 469 476 594 355 335 478 468 459 567 457 468 499 443 471 503 398 697 405 405 477 457 745 347 413 539 457 485 456 354 753 266 497 589 847 599 422 338 256 308 335 328 345 503 496 438 376 186 172 Louredo 234 771 518 472 635 511 586 129 - Outeiro do Vale 55 - Outeiro da Coroa 504 442 405 364 579 446 383 612 426 175 450 226 206 289 179 299 122 - Outeiro do Crasto 181 451 833 583 827 698 255 283 177 197 632 748 787 641 869 868 382 425 167 365 172 827 824 819 827 842 496 822 834 846 475 829 769 644 618 301 355 409 298 361 811 853 789 442 Caniçada 273 782 714 704 804 676 699 706 652 687 662 59 - Caminho da Rechã 508 676 679 713 668 679 598 597 594 702 557 678 279 535 626 505 586 482 709 701 492 474 448 677 327 346 448 613 672 434 434 411 414 590 457 415 589 425 481 416 531 519 558 512 427 397 568 516 524 577 557 552 589 556 539 593 597 599 546 587 598 603 623 625 624 543 545 546 545 525 579 581 598 609 576 567 587 577 595 528 588 615 570 527 599 627 620 551 383 618 517 552 538 472 468 548 535 534 527 551 519 526 602 579 609 601 605 576 480 641 699 679 919 1055 1086 1013 887 1061 1045 954 1128 928 1165 1135 1105 1123 1001 955 947 1143 938 1052 765 586 656 695 584 495 484 674 668 408 686 674 511 446 517 1029 968 668 1039 1098 923 1077 876 664 1051 1041 909 1032 1002 978 989 1015 985 969 978 1005 1012 983 980 993 1015 1015 1051 991 995 983 1001 977 958 980 986 956 1005 1016 626 878 856 1046 1003 683 Inventário do Património de Vieira do Minho Escala: 1:25000 965 1048 1026 1052 1049 1003 968 1008 1008 1032 1011 1035 934 678 679 597 502496 1031 944 Vilar Chão 1012 1043 1042 681 564 1039 1024 994 772 593 946 964 1028 1026 1116 1073 718 544 989 1032 1061 1003 993 725 978 994 994 1029 1049 1051 709 967 1031 1053 1136 652 552 396 465 1110 1069 981 988 997 1049 1022 934 962 982 999 1107 1014 812 663 471 1160 1126 927 664 922 1011 1099 1054 1049 604 981 946 948 1145 1048 835 534 932 993 905 558 534 1004 1155 930 901 951 941 1021 728 958 959 953 924 726 599 955 1155 569 989 995 1151 1145 919 648 558 991 953 957 1175 1174 985 955 908 946 947 757 553 956 963 953 961 1002 933 994 915 946 701697 627 965 922 1002 979 998 769 599 466 400 953 908 1113 1025 568 551 964 946 912 543 959 951 916 1101 983 566 545 944 912 882 1103 992 951 566 462 936 908 904 957 1119 904 557 933 910 924 1063 1097 969 764 490 421 954 1017 979 636 424 918 945 921 1076 916 694 709 385 897 938 885 917 899 715 456 954 1079 856 675 548 353 475 966 954 132 - Chã de Arandosa 813 643 561 474 412 919 1012 1099 966 1022 723 466 461 407 669 634 659 543 535 877 909 897 905 1106 458 464 489 893 1067 1095 629 445 387 474 516 1074 963 943 533 476 893 889 682 589 415 487 599 898 1058 991 709 469 428 455 611 531 537 544 1158 869 991 976 974 1153 912 891 884 1153 907 553 461 607 898 889 1024 989 1165 903 893 865 1017 540 452 377 505 528 878 776 505 457 514 612 1113 1114 854 892 889 965 1161 876 909 460 467 479 608 564 545 1093 666 479 379 445 488 552 551 559 387 466 532 556 837 803 867 987 904 849 647 526 499 448 486 473 503 549 617 425 389 466 495 465 529 402 445 492 506 526 707 451 610 514 372 389 535 515 535 577 586 467 486 874 921 974 945 1154 1043 544 505 467 385 585 604 609 508 544 534 583 513 516 529 558 577 582 578 487 901 879 1154 1153 605 471 375 556 518 529 567 582 448 533 485 585 567 898 713 601 374 496 896 892 979 1157 628 402 875 869 987 955 804 491 384 520 874 872 899 792 396 507 515 935 1152 497 501 948 879 1119 608 491 877 854 903 665 533 843 875 923 927 719 543 539 385 503 562 936 866 908 618 446 590 396 864 879 1172 374 457 543 539 385 423 487 570 528 931 941 855 819 659 559 548 866 929 392 485 450 823 821 827 829 407 405 806 984 545 533 843 845 883 935 883 556 Vila Seca 499 857 883 937 784 801 878 538 499 406 484 545 552 423 418 489 502 567 536 385 433 448 474 13 - Caminho do Pousadouro 613 560 855 778 858 477 507 458 462 467 516 547 588 617 430 426 416 468 564 405 866 874 845 842 505 416 471 593 412 430 411 413 469 599 626 613 407 507 556 586 608 614 544 489 595 415 409 543 589 Cantelães 419 428 386 877 854 889 844 459 528 864 826 853 548 519 877 775 131 - Aldeia Velha da Portela 469 449 385 428 414 554 536 549 507 538 548 549 589 606 443 Tabuaças 569 536 527 606 617 543 540 540 596 566 584 394 518 542 877 877 551 489 485 858 863 812 906 479 469 407 526 533 537 565 566 487 531 573 536 568 536 519 425 399 395 857 882 805 927 399 530 463 419 409 518 547 457 487 418 411 415 423 534 508 498 611 613 418 408 415 603 548 404 416 405 657 472 439 444 586 609 468 lh os 528 367 468 856 868 847 843 877 ira 389 386 455 432 426 451 446 ab a 429 650 445 447 453 617 654 672 654 qu 648 657 620 559 859 824 890 774 924 Ar 618 384 Tr 343 456 680 750 bre Soengas 248 354 667 861 819 819 675 867 823 141 - Ponte de Campos 864 808 Ca 473 295 849 758 747 695 698 839 853 855 737 795 719 649 846 793 733 802 576 ló 681 687 689 257 556 703 316 265 719 gi 699 617 922 701 834 687 697 609 516 728 705 772 845 719 625 da 369 253 693 588 566 479 697 845 827 815 756 884 869 854 766 763 724 873 623 537 707 859 833 829 683 rra 671 858 786 722 621 868 846 713 723 746 969 868 792 767 668 628 565 613 189 257 609 577 637 404 626 667 837 849 873 866 778 758 719 696 644 718 819 s 308 593 655 633 Se 586 301 191 702 837 879 795 729 712 672 688 612 578 573 672 411 301 734 605 295 172 169 191 794 567 638 685 664 784 667 236 219 779 597 515 459 169 804 617 890 869 738 766 959 743 705 706 462 455 200 788 883 713 715 965 713 886 823 855 838 449 436 838 877 553 197 358 889 886 706 708 203 236 887 825 831 349 281 193 846 892 709 219 899 908 762 839 846 769 69 - Caminho do Penedo 367 863 846 835 767 359 309 919 746 582 291 227 909 748 586 325 235 318 894 Serra de Cantelães 898 886 885 894 878 897 755 641 333 301 902 889 865 818 798 983 882 839 805 948 866 709 611 625 862 Campos 798 806 706 857 632 972 977 934 943 807 788 795 948 909 796 796 799 813 875 879 877 873 856 807 822 805 829 837 896 927 803 806 515 876 Ó 813 878 779 799 406 198 509 422 954 895 411 508 510 866 734 397 446 488 868 785 423 395 856 804 673 831 831 851 802 792 647 749 772 843 587 636 IA 792 406 EM 187 688 634 612 834 834 825 797 647 505 591 836 788 804 749 M 352 483 ./ Ventosa 256 439 534 da 580 786 692 595 636 666 R 339 .M 576 852 672 573 624 646 S, 663 588 .A .U 598 546 466 409 878 855 347 645 575 281 339 456 837 838 668 464 745 528 758 849 U 579 865 853 co 617 Cova 277 526 745 eo 544 625 519 509 697 787 658 555 715 767 706 606 483 527 792 137 - Caminho de Santa Leocádia 664 642 727 812 491 242 637 759 184 183 548 ,2 177 687 21 249 511 579 724 87 - Caminho das Gavinheiras 192 165 554 545 559 622 799 469 598 558 745 773 703 698 615 628 602 545 629 633 619 414 619 541 569 588 674 161 165 474 595 673 417 175 356 557 671 652 292 162 246 636 554 541 Ruivães 605 130 - Alto de S. Cristovam 128 - Ponte de Rés 126 - Pontão da Ribªde Chedas 125 - Pontão da Ribªde Corgo de Mendo 675 634 255 261 134 - Caminho do Outeiro dos Púcaros 552 698 695 592 546 585 656 683 636 633 541 562 623 658 634 648 557 01 2 197 270 492 546 594 615 516 311 347 623 576 626 755 679 638 548 641 603 506 499 448 254 329 506 124 - Caminho do Outeiro 88 - Caminho do Sudro 319 211 Salamonde 515 253 164 731 594 127 - Caminho de Ruivães 585 613 487 298 679 682 645 102 - Caminho da Aldeia 529 252 651 668 588 537 532 407 259 238 596 735 682 694 676 664 696 447 233 645 656 676 651 613 136 - Alto de S. Cristovam 616 576 181 187 328 658 608 545 453 364 611 577 529 657 576 609 503 485 437 625 593 596 585 524 495 414 554 605 615 178 534 613 402 458 415 307 366 448 452 469 457 429 452 474 471 486 383 226 300 256 455 442 425 376 289 221 206 292 238 607 437 443 315 297 844 512 423 399 331 322 329 186 596 443 352 319 323 494 376 313 299 845 586 331 293 861 753 398 390 859 837838 764 413 384 379 365 284 741 738 603 168 399 599 476 428 402 373 415 221 581 842 418 409 426 202 589 499 306 433 307 254 575 578 347 421 362 371 288 567 495 318 412 483 772 577 581 356 431 814 653 628 426 337 468 713 591 349 435 494 465 541 362 323 314 519 474 503 488 456 466 493 512 519 562 585 525 522 502 476 347 362 468 498 496 467 487 497 513 494 546 342 433 491 492 436 498 476 487 489 514 456 364 446 522 488 549 468 433 518 482 507 478 467 471 491 468 565 467 421 486 479 544 344 398 477 558 509 334 434 283 276 539 475 502 429 489 495 478 498 456 501 491 529 969 1013 1021 UAUM 2004 Traçado da Via Romana conservado Traçado da Via Romana submerso Pré - Romano Medieval Traçado da Via Romana desaparecido Estrada Nacional 103 Romano Moderno Traçado da Via Romana Bracara-Asturica por Aquae Flaviae, no Concelho de Vieira do Minho Fig. 2 01 2 ,2 21 S, IA R Ó EM M ./ .M .A .U U da s co gi ló eo qu Ar lh os ab a Tr Escala: 1:12500 Inventário do Património de Vieira do Minho UAUM 2004 a b Traçado da Via Romana Fotografia aérea com traçado da Via Romana Bracara-Asturica por Aquae Flaviae (fotografia falsa cor / SNIG=http://ortos.igeo.pt) Fig. 3a 01 2 ,2 21 S, IA R Ó EM M ./ .M .A .U U da s co gi ló eo qu Ar lh os ab a Tr Inventário do Património de Vieira do Minho Escala: 1:12500 UAUM 2004 a b Traçado da Via Romana Traçado da Via Romana submersa Fotografia aérea com traçado da Via Romana Bracara-Asturica por Aquae Flaviae (fotografia falsa cor / SNIG=http://ortos.igeo.pt) Fig. 3b 01 2 ,2 21 S, IA R Ó EM M ./ .M .A .U U da s co gi ló eo qu Ar lh os ab a Tr Inventário do Património de Vieira do Minho Escala: 1:10000 a Traçado da Via Romana conservado Traçado da Via Romana desaparecido UAUM 2004 Traçado da Via Romana Bracara-Asturica por Aquae Flaviae, no Concelho de Vieira do Minho Fig. 4a 01 2 ,2 21 S, IA R Ó EM M ./ .M .A .U U da s co gi ló eo qu Ar lh os ab a Tr Escala: 1:10000 Traçado da Via Romana conservado b Traçado da Via Romana desaparecido Inventário do Património de Vieira do Minho UAUM 2004 Traçado da Via Romana Bracara-Asturica por Aquae Flaviae, no Concelho de Vieira do Minho Fig. 4b 01 2 ,2 21 S, IA R Ó EM M ./ .M .A .U U da s co gi ló eo qu Ar lh os ab a Tr Escala: 1:10000 Traçado da Via Romana conservado c Traçado da Via Romana desaparecido Inventário do Património de Vieira do Minho UAUM 2004 Traçado da Via Romana Bracara-Asturica por Aquae Flaviae, no Concelho de Vieira do Minho Fig. 4c 01 2 ,2 21 S, IA R Ó EM M ./ .M .A .U U da s co gi ló eo qu Ar lh os ab a Tr Escala: 1:10000 Traçado da Via Romana conservado Traçado da Via Romana desaparecido d Traçado da Via Romana submerso Inventário do Património de Vieira do Minho UAUM 2004 Traçado da Via Romana Bracara-Asturica por Aquae Flaviae, no Concelho de Vieira do Minho Fig. 4d