ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO POLITÉCNICO DO PORTO L Gestão do Património Cultural Gestão Cultural III “Culture Under Sea” Desenho do Projeto de Gestão do Património em Património Arqueológico 11/2022 Politécnico do Porto Escola Superior de Educação André da Silva Couto Desenho do Projeto de Gestão do Património em Património Arqueológico: Centro interpretativo do património arqueológico subaquático do Faial Tipologia Desenho de Projeto Licenciatura em Gestão do Património Cultural Docente: Prof.ª Doutora Maria Inês Ribeiro Basílio de Pinho Porto, Novembro de 2022 ÍNDICE -INTRODUÇÃO Parte 1- Desenho do Projeto de Gestão Cultural 1. Definição do tipo de projeto de Gestão do Património..........................................................5 1.1 Conceito e fases do projeto...................................................................................6 1.2 Variáveis atuantes na Gestão de projetos....................................................................8 1.3 Equipa do Projeto..................................................................................................10 2. Planeamento de Projetos de Gestão do Património......................................................14 2.1 Missão e objetivos do projeto.................................................................................14 2.2 Criação de um plano de trabalho.............................................................................16 2.3 Planeamento de Projeto com Recurso a Suporte Informático................................20 2.4 Estimativa dos prazos do projeto..............................................................................21 3. Ideia do Projeto.......................................................................................................22 3.1 Tipo de Património.....................................................................................22 3.2 Desenho do projeto.....................................................................................23 Parte 2- Projeto de Gestão Cultural I – Apresentação Sumária do Projeto Cultural......................................................................28 1. Identificação do Promotor....................................................................................................28 1.1. Identificação do Promotor Principal .......................................................28 1.2. Identificação de Outros Promotores....................................................................29 1.3. Caracterização da Atividade ................................................................................ 31 1.4. Experiência e Capacidade de Gestão dos Principais Responsáveis da Organização Cultural...................................................................................................35 1.4.1. Experiência dos Promotores nas diversas Áreas do Projeto......................................... 35 1.4.2. Principal motivação de cada Promotor .....................................................................37 1.4.3. Diagnóstico dos Promotores – pontos fortes e fracos...............................................38 2. Forma Jurídica da Organização Cultural Promotora...........................................................39 2.1. Forma Jurídica da Organização Cultural...................................................................40 2.2. Denominação e Localização da Organização Cultural ....................................................41 II - Orientação Estratégica da Organização Cultural .........................................................40 1. Descrição Sumária do Projeto..............................................................................................40 1.1. O que faz.........................................................................................................................41 1.2. Como faz......................................................................................................................42 1.3. Que fatores utiliza .........................................................................................................44 1.4. Como vende.................................................................................................................45 2. Análise e evolução do mercado ....................................................................................46 2.1. Pesquisa de mercado .....................................................................................................46 2.1.1. Definição da natureza do meio envolvente à organização............................................46 2.1.2. Levantamento das influências do meio envolvente (PESTEL) ....................................48 2.1.3. Identificação das influências competitivas-chave (Análise Estrutural - Modelo de Michael Porter).................................................................48 2.1.4. Identificação da posição estratégica/competitiva da organização cultural/do projeto.................................................................................................................49 2.1.4.1. Análise dos concorrentes.....................................................................................49 2.1.4.2. Análise dos fornecedores.........................................................................................49 2.1.4.3. Análise da segmentação dos mercados/consumidores (público-alvo)........................50 2.1.5. Identificação das oportunidades e ameaças (Matriz SWOT) .....................................55 2.2. Plano de Marketing...............................................................................................55 2.2.1. Os produtos/serviços..............................................................................55 2.2.2. O preço .................................................................................................57 2.2.3. A distribuição.........................................................................................57 2.2.4. A comunicação.......................................................................................57 III – Estudo Económico-Financeiro do Projeto......................................................................58 1.Plano de Exploração Previsional .................................................................................58 1.3 Prestações de Serviços...........................................................................................59 1.3.1 Justificação..............................................................................................................59 1.4. Fornecimentos e Serviços Externos ....................................................................60 1.4.1. Justificação..................................................................................................................61 1.5. Gastos com o Pessoal.............................................................................................61 1.5.1 Justificação...............................................................................................................62 1.6. Plano de Investimento ...........................................................................................64 1.6.1. Descrição do Investimento..........................................................................................64 1.6.2. Justificação do Investimento........................................................................................65 1.6.3. Investimento Total........................................................................................................68 1.6.4 Investimento a Amortizar e Cálculo das Amortizações..............................................68 1.7. Plano Financeiro e de Financiamento..........................................................................70 1.7.1 Financiamentos Obtidos não correntes (Empréstimos de Médio e Longo Prazo)…......70 1.8. Análise da Viabilidade Económica-Financeira do Projeto...............................................71 1.9. Orçamento de tesouraria..................................................................................................72 -CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA....................................................................................................................75 Webgrafia.............................................................................................................................75 INTRODUÇÃO O arquipélago dos Açores corresponde a um dos sítios, ao nível mundial, com maior potencial patrimonial nas suas águas. O Património Cultural Subaquático dos Açores consiste numa rede de 30 sítios de mergulho públicos onde se encontram destroços de naufrágios ocorridos entre os séculos XV e XX. Estes sítios são representativos da totalidade do património subaquático dos Açores, que é constituído por mais de mil navios naufragados e inclui cerca de cem sítios arqueológicos subaquáticos identificados. Como açoriano tenho o conhecimento do potencial que este património arqueológico subaquático tem para dar a conhecer o valor histórico que o mar dos Açores esconde e a importância do mesmo para criar um novo produto de turismo cultural que possa abrir novas portas e trazer novos caminhos para a economia regional. Por isso, decidi criar um projeto de criação de um centro interpretativo na ilha do Faial que, seja uma alternativa para preservar e dar a conhecer o património existente no mar dos Açores sobretudo, para aqueles que não têm oportunidade ou capacidade para mergulharem e visitarem os vestígios arqueológicos subaquáticos na costa da ilha do Faial. Sobretudo, o projeto visa tornar o património arqueológico subaquático da região dos Açores num novo produto turístico. A escolha deste tipo de património ou seja, o património arqueológico, que está dentro do património histórico, foi por saber o valor e a importância que o património arqueológico tem para contar a história de algo, de um povo, e os vestígios arqueológicos constituem testemunhos com valor de civilização ou de cultura, portadores de interesse cultural relevante e refletem valores de memória, antiguidade, autenticidade, entre outros e a sua preservação e estudo permitem traçar a história da humanidade e a sua relação com o ambiente. Especificamente, o património cultural subaquático dos Açores, é testemunho do papel dos Açores na história europeia enquanto ponto central e estratégico no oceano Atlântico na navegação transcontinental ao longo de muitos séculos. Os naufrágios dos Açores fornecem provas materiais da expansão dos europeus nos oceanos e dos primeiros passos rumo à globalização do comércio, das ações militares, da migração, entre outros. Estes navios naufragados são apresentados como cápsulas do tempo da história europeia e simbolizam diferentes momentos e diferentes territórios. A dimensão europeia, a natureza transfronteiriça e o papel e o lugar da história europeia estão bem patentes na história deste sítio. As metodologias utilizadas para este trabalho foram a pesquisa bibliográfica, importante para vários dos tópicos ao longo do trabalho, a pesquisa em websites num papel mais secundário, para complementar quaisquer pontos que necessitem de informação não encontrada na anterior pesquisa, a utilização de um software para a gestão do projeto que enumera todas as tarefas e cria a rede Gant e Pert. Por fim, o estudo da matéria lecionada nas Unidades Curriculares de Gestão dos anos anteriores e no presente ano será também importante para relembrar aspetos importantes para o projeto e, obviamente, associados à Gestão Cultural. Este trabalho está organizada em uma parte, o desenho de projeto que se divide em dois capítulos. O Desenho do Projeto incide num primeiro capítulo e na definição do tipo de projeto de Gestão do Património, com uma abordagem ao seu conceito e às suas fases, às variáveis atuantes na sua gestão assim como à equipa de projeto; o segundo capítulo, relativo ao planeamento do projeto, focando aspetos como a missão e os objetivos, a criação de um plano de trabalho, o planeamento com recurso a suporte informático e a estimativa dos prazos. 1.DEFINIÇÃO DO TIPO DE PROJETO DE GESTÃO DO PATRIMÓNIO 1.1 CONCEITO E FASES DO PROJETO Um projeto pode ser definido como uma organização, designada para o cumprimento de um determinado objetivo, e é dissolvida após a sua conclusão. Este carateriza-se por ser temporário, ou seja, ter um início e fim definidos, e obedecer a um plano. A criação dos projetos na unidade curricular de Gestão Cultural III tem como objetivo dinamizar e valorizar o património cultural. Neste seguimento, a gestão de projetos pressupõe o processo de planeamento, execução e controlo de um projeto desde o seu início até à sua conclusão, com vista à consecução do objetivo final num determinado prazo, custo e qualidade através da mobilização de recursos técnicos e humanos. Conceito: Este projeto de Gestão do Património em Património Arqueológico que tem como objetivo a salvaguarda, estudo, promoção, divulgação e preservação do Património Subaquático dos Açores, bem como a divulgação histórica dos acontecimentos que levaram aos naufrágios e, consequentemente aos vestígios arqueológicos. Para tal será necessário o desenvolvimento de atividades e programações que cativem de forma inovadora o público no encontro com o património arqueológico subaquático, mas também com a história e importância por detrás deste bem cultural. Por isso, o centro interpretativo será um espaço interativo que vai utilizar diferentes meios de comunicação de forma a auxiliar e estimular o processo de conexão emocional e intelectual do visitante ao património e a principal estratégia de apresentação seria sobretudo, através de cenografia, exposições e programas multimédia. Para além da exposição permanente, este projeto pretende interligar-se com várias atividades e programações fora do espaço do centro interpretativo como, a parceria com centros de investigação de arqueologia para a realização de um roteiro dos parques arqueológicos subaquáticos dos Açores, marcação de novos sítios arqueológicos subaquáticos e vestígios arqueológicos, entre outros. Também será proposto no projeto a parceria com uma empresa de mergulho para realização de mergulhos às pessoas que queiram visitar os parques arqueológicos do Faial no intuito mais de aproveitar o património arqueológico ao nível do turismo cultural. Neste sentido, dividir-se-á em três fases distintas: a definição do projeto, a sua conceção e o planeamento do mesmo. No que consta à definição do projeto, evidencia-se o objetivo que se quer atingir e define-se a importância relativa ao tempo, custo e qualidade. No que corresponde ao corrente projeto, o objetivo é divulgar o património arqueológico por detrás da história dos naufrágios que aconteceram na costa dos Açores e do Faial e através disto, a criação de um espaço que dê a conhecer mais sobre o património subaquático dos Açores ao público no intuito de preservar e promover o mesmo e a criação de um conjunto de tarefas fora do espaço do centro interpretativo que estão relacionadas com a investigação e preservação mas, também com a promoção do turismo cultural aumentando a perceção do valor cultural deste bem pelos consumidores. Este projeto funcionará como um instrumento de valorização cultural, de forma a garantir a preservação e difusão do património arqueológico e valorização e capitalização do mesmo, ao nível turístico e económico. A fase da conceção envolve a clarificação dos objetivos e definem-se as principais linhas de ação obedecendo os prazos estabelecidos de modo a cumprir satisfatoriamente os objetivos previamente definidos, e serão também identificadas as necessidades. Para isto, realizam-se estudos de viabilidade, reconhecendo-se alternativas e submetendo propostas, para se obter a aprovação necessária para avançar. Nesta fase, também é importante localizar potenciais parceiros para o projeto, públicos ou privados e apoios financeiros, criando protocolos entre estes e instituição, de maneira atingir os objetivos definidos pelo projeto. Nesta fase são identificadas as necessidades do projeto como, a necessidade de encontrar um edifício e adaptálo para se construir lá o centro interpretativo, arranjar apoios financeiros do Governo dos Açores ou mais particularmente da Direção Regional de Educação e Assuntos Culturais e da Câmara Municipal da Horta, conseguir a autorização para se poder retirar alguns vestígios arqueológicos do fundo do mar para serem expostos no centro interpretativo, reunir uma equipa de profissionais competentes e para cada assunto específico e capazes de suprimir as necessidades. Pode-se salientar como parcerias o Centro de Humanidades(CHAM), a Fundação para a Ciência e Tecnologia(FCT), a Câmara Municipal da Horta e a empresa de mergulho Central Sub, entre outras. A fase de planeamento do projeto é a fase na qual se procede ao levantamento das tarefas a realizar, que procederão a uma respetiva ordenação e calendarização. Para além disto, é também nesta fase que se efetuam estudos de mercado, onde se oficializa a criação da organização, analisando-se as questões legais, onde se adquire o espaço da organização, onde se faz um estudo de mercado, onde se define os momentos para implementação de eventos, onde se elabora os estudos de financiamento e obtém-se os fundos essenciais para construir e desenvolver o projeto, criando o orçamento para tal. Para isto é fundamental o apoio da Câmara Municipal da Horta no que toca a adquirir um espaço da organização e do financiamento da Secretaria Regional da Educação e Assuntos Culturais no que toca à análise das questões legais e do financiamento. 1.2 Variáveis atuantes na gestão de projetos A gestão de um projeto engloba um conjunto de variáveis fundamentais que o gestor do património deve ter sempre em conta para o sucesso do mesmo. Só assim será possível obter os melhores resultados possíveis, objetivo que qualquer pessoa ambiciosa deseja. Todos dispõem de uma missão, e de um objetivo final e para isso, existem cumprimentos de tempo, qualidade e custo, assim como limitações a nível de recursos técnicos e humanos. Assim sendo, existe a necessidade de adquirir recursos como: 1. Recursos Humanos e serviços: É também importante escolher, para a colaboração no projeto, o melhor pessoal disponível para cada função necessária. Para tal, é essencial a existência de uma análise dos currículos de cada candidato, tendo em consideração tanto a formação como as capacidades dos mesmos para a respetiva função. Nos serviços, é também importante assegurar que, mais uma vez, existe uma ótima relação custoqualidade. Só assim será possível garantir o sucesso do projeto, através de bons acordos e/ou contratos. Os recursos humanos deste projeto seriam o Gestor do Património, Investigador, Técnicos, Curador, Voluntários, Auxiliar de limpeza, Vigilante, Investigadores e técnicos do Centro das Humanidades e Mergulhadores. Para além dos Recursos Humanos, já referidos anteriormente e que serão aprofundados no próximo subcapítulo, existem outros: • Materiais: Cadeiras(10), mesas(10), vitrinas(10), plintos(5), papel(10 resmas), canetas(30); capas(25); Dossiers(40); Lápis(20); Caixotes do lixo(4); Painéis pladour(10): Placas PVC(40); Armários(4); Prateleiras(8); Paletes de madeira(10); Caixas de propileno canelado(50); Película transparente(200 metros); Pano cru(10 metros). • Técnicos: Scanner(1), impressora(2), computador(3), notebook(2), telemóvel(1), focos de iluminação (50), máquina fotográfica(2) e empilhadora(1). Para além disto, é também necessário que exista na organização um conjunto de técnicas de gestão de projetos, como também os diferentes atributos e pontos fortes/fracos para cada um dos elementos pertencentes à equipa de realização do projeto, das quais devem destacar-se os seguintes: 1. Organização e liderança: Em todos os organismos e para que exista organização no projeto é imprescindível uma liderança. Esta liderança cabe ao Gestor do Património pelo facto de ser um projeto que será gerido por este e não pela instituição onde se insere e porque cabe a ele todas as decisões importantes. Assim sendo, o gestor do património tem então o papel de organizar, liderar e selecionar o pessoal, ser capaz de tomar todo o tipo de decisões, sejam elas fáceis ou difíceis. Também tem de organizar todo o tipo de recursos disponíveis para uma maior rentabilidade durante a atividade e ainda certificar-se de que tudo está a correr conforme planeado durante a execução do projeto. 2. Planeamento e orçamento: Depois de constituída e organizada a equipa de trabalho, é necessário organizar os recursos e tomar decisões. Na medida em que o tempo é um fator importante no projeto, é necessário definir-se prazos e metas a realizar dentro do período de tempo estabelecido. No entanto, estes devem ser prezados para que o projeto esteja finalizado dentro do prazo inicialmente estabelecido, e de modo a que este tenha qualidade. Para que haja esta qualidade, é fulcral que o fator custo-tempo esteja interligado ao longo de todo o projeto, sendo necessário que estes sejam regulados em conjunto. Neste sentido, o Gestor do Património utilizará técnicas de planeamento, sendo que neste projeto passam pelo método de GANTT e PERT. Depois procede-se à realização de um orçamento, distribuindo-o pelas várias áreas necessárias e aproveitando-o ao máximo, tendo sempre em conta a relação custo-qualidade. 3. Financiamento: Uma variante essencial na composição de um projeto passa pelo estudo de financiamento, de maneira a selecionar as melhores formas de financiamento junto dos possíveis colaboradores. O meu projeto será financiado na sua grande parte pela Direção Regional da Educação e Assuntos Culturais e pela Câmara Municipal da Horta, que também tem a função de proteger e dinamizar o seu património. Estes dois grandes apoios podem ser complementados por patrocínios, parcerias, apoios, subsídios ou até lucros obtidos com a realização de eventos culturais. 4. Negociação: O gestor do património deve idealizar com antecedência o género de negociação que tem em vista concretizar de maneira a alcançar acordos que proporcionem efeitos proveitosos. Por este motivo, é então importante que o Gestor tenha criatividade durante o processo de negociação. 5. Contratação de recursos humanos e serviços: A competência do Gestor do Património permite-lhe reconhecer as necessidades dos seus recursos humanos, bem como as competências e qualificações dos mesmos. 6. Informação: O sucesso do projeto envolve um bom sistema de informação de maneira a concretizar as exigências pré-estabelecidas do projeto. O Gestor do Património deve ser flexível, ajustável, e objetivo e informar constantemente os restantes funcionários acerca de assuntos pertinentes para o projeto, e tendo em conta a função que têm que cumprir. Assim, as tarefas serão realizadas de uma forma mais eficaz e produtiva. Através da informação, também é possível exercer um maior controlo sobre o projeto, adaptando-se mais facilmente o Gestor do Património às novas necessidades e dificuldades que, quase inevitavelmente, acabam por surgir ao longo de todo o percurso que acompanha o projeto, do início ao fim. 1.3 Equipa do Projeto A equipa para o projeto será dividida em dois grandes grupos: a equipa interna e a equipa externa e um grupo pequeno: os especialistas técnicos. A equipa interna é formada por indivíduos que estão desde a fase de planeamento até ao controlo e ela cabem as decisões mais importantes acerca das diferentes áreas inseridas no projeto, tendo cada elemento uma determinada área para cuidar. Aqui, o Gestor do Património é a pessoa mais importante e a quem cabe tomar as grandes decisões. A equipa externa são os indivíduos que não estão desde o início até ao fim do projeto ou seja, são subcontratados e aqui incluem-se os outros colaboradores que realizam um trabalho um pouco mais “prático” do que os colaboradores da equipa interna, também eles cumprindo com determinada tarefa atribuída pelo Gestor do Património. Quanto aos especialistas técnicos estes são pessoas especializadas que são chamadas para resolver algum problema no projeto. A equipa para este projeto é a seguinte: Organograma Equipa Interna. Fonte: COUTO, André(2022). Organograma Equipa Externa. Fonte: COUTO, André(2022) Equipa interna Gestor do Património: O gestor do património é um profissional essencial neste projeto e a ele cabem as decisões importantes no projeto, graças à formação que este posto requer como, conservação, divulgação, dinamização, entre outros. Neste projeto caberá ao Gestor definir os objetivos e como será feita a organização deste, terá de definir quais os tipos de recursos a utilizar em qual a metodologia de trabalho e o tipo de informação base que necessitará. Terá ainda, de planear e recrutar os recursos humanos, analisar as diferentes fases do projeto e as suas condicionantes. Terá efetivamente o trabalho de efetuar os orçamentos, de negociar os contratos e de executar e controlar o projeto. Para tudo isto, é necessário ao Gestor possuir três características de extrema importância: liderança, organização e dinamização. Para além de gestor cultural é também o administrador da empresa, o promotor, o responsável pelo marketing e pelas relações públicas, o responsável pelo planeamento e a produção de eventos e das atividades, assim como estará à frente do departamento de recursos humanos e do departamento financeiro. Técnico: O técnico deve ser possuidor de conhecimento acerca da exposição, acompanhando os visitantes e encaminhando-os para as atividades ou seja, informações sobre as exposições, sobre as atividades feitas em conjunto com o centro interpretativo e a promoção do turismo cultural como, a divulgação das atividades de mergulho aos parques arqueológicos subaquáticos, etc. Investigador: O investigador tem como principal tarefa perceber quais as necessidades da população e dos possíveis interessados, recolhendo informação essencial não só a nível da base teórica do património arqueológico subaquático, como também da melhor forma para apresentar os elementos pertencentes ao projeto. Assim sendo, também tem um papel importante no que toca à exposição. Neste projeto, o tipo de investigador é uma pessoa especializada em arqueologia e que estude a história do património arqueológico dos Açores mais aprofundadamente para poder corroborar aquilo que é exposto na exposição. Equipa externa Curador: O Curador será o profissional capacitado que irá estar responsável pela conceção, montagem e supervisão das exposições. Para além disto, outra das suas funções será o de estabelecer relações entre as obras expostas e o público. Vigilância: Em todos os momentos, é necessário pelo menos um vigilante para se assegurar que não existe qualquer tipo de falha de segurança. Isto inclui supervisão ao público e vigilância contra possíveis assaltos. Limpeza: É sempre necessário, no final de cada dia ou até a meio, na hora de pausa, existir uma limpeza no local para se assegurar que este mesmo está apresentável para receber o público. Voluntários: Dois voluntários para apoiar nas diversas atividades e até, se possível, na partilha de informação acerca do património para o público. Em troca, estes funcionários receberiam um elemento para o seu currículo, conhecimento e um momento de estágio curricular. Investigadores Centro das Humanidades(CHAM): Investigadores pertencentes ao Centro das Humanidades, que irão ajudar na realização do roteiro dos parques arqueológicos subaquáticos dos Açores. Mergulhadores: Mergulhadores da empresa Central Sub que irão ser os responsáveis por guiar os turistas aos vestígios arqueológicos subaquáticos. Especialistas técnicos: Os especialistas técnicos seriam por exemplo, um eletricista que vai instalar ou resolver algum problema elétrico ou de iluminação, um técnico informático que vá instalar os computadores, entre outros. 2. Planeamento de Projetos de Gestão do Património 2.1 Missão e objetivos do projeto A missão do projeto é a criação de um centro interpretativo, uma instituição que teria fins lucrativos, que fale do património subaquático dos Açores destacando a importância da história do papel do arquipélago dos Açores como ponto central do oceano Atlântico e consequente palco de vários acontecimentos navais como, náufragos, batalhas, entre outros. O intuito do centro interpretativo é preservar e dar a conhecer o património subaquático dos Açores no geral e depois abordar o património subaquático do Faial em específico através de exposição de vestígios arqueológicos, abordando as caraterísticas e história dos mesmos, através de diversas modalidades de exposição, e de atividades relacionadas à programação e produção cultural como por exemplo, a realização de um roteiro dos parques arqueológicos subaquáticos dos Açores, a realização de expedições de mergulho aos próprios parques arqueológicos na costa do Faial e realização de processos de investigação como, a marcação de novos vestígios arqueológicos e investigação dos mesmos, entre outros. Os objetivos do trabalho são divulgar mais a história do mar dos Açores e do Faial, dando a conhecer a quantidade de naufrágios que há no mesmo pois, maior parte das pessoas do Faial ou dos Açores em geral não têm nem ideia, divulgar a importância do património arqueológico subaquático, dar a conhecer o património existente no mar dos Açores sobretudo, para aqueles que não têm oportunidade ou capacidade para mergulharem e visitarem os parques arqueológicos subaquáticos na costa da ilha do Faial, e numa visão mias ligada a fins lucrativos e ao turismo cultural, criar um novo produto de turismo cultural que possa abrir novas portas e trazer novos caminhos para a economia regional e valorizar e capitalizar esses ativos, ao nível turístico e económico, com parcerias com centros de investigação, e protegê-los, através da criação de ferramentas legais para os devidos efeitos e parceria com uma empresa de mergulho(Central Sub) da ilha do Faial para a realização de mergulhos com turistas aos parques arqueológicos subaquáticos. 2.2 Criação de um plano de trabalho Para a concretização deste projeto e para o início de um plano de trabalho, começou-se por contatar a Direção Regional da Educação e dos Assuntos Culturais sobre a ideia do projeto pois, é quem toma conta na maior parte das vezes destes projetos culturais relacionados com as intervenções arqueológicas subaquáticas, e apresentar as ideias principais para saber se estão dispostos a trabalhar com o projeto e apoiar o mesmo e contatar a Câmara Municipal da Horta também para apresentar a ideia e saber se estão dispostos a ajudar com apoios financeiros. Este contato é da responsabilidade do Gestor do Património. Depois fez-se uma pesquisa aprofundada sobre o património arqueológico e especificamente sobre o património arqueológico subaquático dos Açores para uma melhor compreensão do património aqui presente. Esta pesquisa cabe às funções do investigador. Depois da ideia criada esta pesquisa serviu também para avaliar a potencialidade do projeto através de saber qual a melhor maneira de extrair o potencial positivo deste património e como melhorar os aspetos negativos do mesmo. De seguida, é preciso começar a procurar edifícios na ilha do Faial, preferencialmente na cidade para se poder construir o centro interpretativo. Claro que mesmo que não seja feito um edifício de raiz, adaptar o centro interpretativo a um edifício existente requer algum tempo e custos elevados. Por isso é que o Governo dos Açores, nomeadamente a Direção Regional da Educação e dos Assuntos Culturais e a Câmara Municipal da Horta ajudará com maior parte dos custos. De seguida, e depois das entidades parceiras mostrarem interesse em colaborar connosco podemos passar à fase do planeamento e execução do projeto. Então, é preciso começar a pensar nas atividades a realizar. A atividade principal do projeto é a exposição permanente do património arqueológico subaquático da ilha do Faial mas, também haverá a realização de atividades fora do espaço do centro interpretativo, que estão relacionadas com a investigação e preservação como, a parceria com centros de investigação como o Centro de Humanidades, que é uma unidade de investigação interuniversitária que se especializa em diversas matérias incluindo a arqueologia e envolve a Universidade Nova de Lisboa e a Universidade dos Açores e seria feita uma proposta ao mesmo para, a realização de um roteiro do Património Cultural Subaquático dos Açores pois, o mesmo já fez intervenções arqueológicas subaquáticas noutras ilhas. Como este centro já é financiado pela Fundação para Ciência e Tecnologia(FCT), seria feito uma proposta em conjunto com o Centro de Humanidades para obter financiamento para a realização deste roteiro. E também para o roteiro será pedido o apoio da Direção Regional da Cultura do Governo dos Açores. Outras atividades seriam, a marcação de novos sítios arqueológicos subaquáticos e vestígios arqueológicos na costa do Faial e a parceria com uma empresa de mergulho para realização de mergulhos às pessoas que queiram visitar os vestígios arqueológicos ao largo da costa do Faial. Esta fase de planeamento requer empenho, a otimização dos recursos, um poder de negociação, e ainda requer o acompanhamento de todas as tarefas do projeto para que seja possível corrigir eventuais falhas que possam surgir. Depois de tudo assegurado, o projeto pode ser implementado na prática, abrindo-se as portas ao público interessado. A partir daqui, é necessário exercer-se um controlo rigoroso do projeto para que não surjam imprevistos graves. Para os imprevistos pequenos, é necessária uma rápida atuação da parte do Gestor do Património e de todos os colaboradores para que o projeto prossiga normalmente, sem grandes percalços. No entanto, primeiramente é necessário definir a Estrutura de Decomposição do Trabalho, isto é, definir o pré- planeamento, o planeamento, a implementação e o controlo que irão ser efetuados ao longo de todo o projeto. EDT - Estrutura de Decomposição do Trabalho: Na EDT define-se as diferentes tarefas dentro do pré-planeamento do projeto, planeamento do projeto, implementação e controlo. EDT do Projeto. COUTO, André(2022). EDP - Estrutura de Decomposição do Produto: Na EDP realiza-se a análise de três produtos culturais oferecidos pelo projeto: uma Exposição, um Roteiro e uma iniciativa de mergulhos turísticos aos vestígios arqueológicos subaquáticos e que se organizam da seguinte forma: EDP da Exposição. COUTO, André(2022). EDP do Roteiro. COUTO, André(2022). EDP dos mergulhos dos vestígios arqueológicos subaquáticos da ilha do Faial. COUTO, André(2022). 2.3 Planeamento do projeto com recurso a suporte informático Rede Gantt: Rede Gantt. COUTO,André(2022). Continuação da Rede Gantt. COUTO,André(2022). Rede Pert: Rede Pert. COUTO,André(2022). Para uma melhor visualização, tanto a Estrutura de Decomposição do Trabalho como a Estrutura de Decomposição do Produto encontram-se anexados na pasta “Anexos e Apêndices”, assim como a Rede de GANTT e PERT. 2.4 Estimativa dos prazos do projeto A realização de cálculos relativos aos prazos otimista e pessimista permite-nos determinar o tempo de duração do projeto. Os prazos otimista, pessimista e razoável, são pois a justificação científica para a apresentação do cronograma que define os prazos com base nos recursos existentes. Os cálculos otimistas e pessimistas correspondem às seguintes fórmulas: Estimativa otimista: Prazo otimista + (4 x prazo provável) + prazo pessimista 6 Estimativa pessimista: Prazo otimista + (3 x prazo provável) + 2 x prazo pessimista 6 No meu projeto, decidi optar por seguir a estimativa pessimista e segundo esta estimativa o meu projeto durará em torno de 2 anos e 8 meses. O cálculo para as estimativas dos prazos para este projeto, bem como o gráfico de Gantt e o diagrama de Pert encontram-se anexados ao trabalho, na pasta “Anexos e Apêndices”. O cálculo é apresentado em ficheiro Excel. 3. Ideia do projeto 3.1 Tipo de Património O tipo de património escolhido para este projeto foi o património arqueológico. O património arqueológico segundo a Convenção sobre a proteção do Património Cultural Subaquático da UNESCO “significa todos os vestígios da existência do homem de caráter cultural, histórico ou arqueológico, que se encontrem parcial ou totalmente, periódica ou continuamente, submersos, há, pelo menos, 100 anos”(Diário da República,2012,p.1428). O património arqueológico subaquático é protegido sobretudo, pela Convenção de 2001 referida anteriormente, pela Carta Internacional sobre a proteção e a gestão do património cultural subaquático da ICOMOS de 1996 que estabelecem os princípios básicos para a proteção do património cultura subaquático: “a preservação in situ como opção prioritária; o património cultural subaquático não será objeto de exploração comercial; preservação do património; e por fim promover a formação e a partilha de informação e do conhecimento”(UNESCO,2016,p.9). O património arqueológico tem a capacidade de contar a história de algo, de um povo, e os vestígios arqueológicos constituem testemunhos com valor de civilização ou de cultura, portadores de interesse cultural relevante e refletem valores de memória, antiguidade, autenticidade, entre outros e a sua preservação e estudo permitem traçar a história da humanidade e a sua relação com o ambiente. Especificamente, o património cultural subaquático dos Açores, é testemunho do papel dos Açores na história europeia enquanto ponto central e estratégico no oceano Atlântico na navegação transcontinental ao longo de muitos séculos. “Os Açores, estão historicamente e geograficamente ligados ao mar. Todo o arquipélago, desde a génese do seu povoamento, foi crescendo económica e demograficamente, com base na sua integração nas grandes rotas marítimas, tornando-se num ponto de escala essencial à globalização. Os movimentos expansionistas das potências europeias desenvolveram -se em torno dessas rotas, bem como as revoluções sociais do século XIX, os conflitos bélicos mundiais e as redes comerciais”(BETTENCOURT&BORGES&NETO&PARREIRA,2020,p.285). O património cultural subaquático açoriano presta-se a múltiplas abordagens científicas, com escalas de análise regional ou internacional. Numa aproximação comparativa, os vestígios arqueológicos localizados até à data permitem estudar as dinâmicas portuárias do arquipélago e o seu papel geoestratégico no Atlântico. Especificamente na ilha do Faial, o local principal onde o projeto se dinamizará, a cidade da Horta foi uma das que mais profundamente esteve ligada às rotas dos movimentos expansionistas das potências europeias, pelas excelentes condições de segurança da sua baía, abrigada de intempéries. Este projeto irá trabalhar como principal vertente do património cultural subaquático os naufrágios. Um naufrágio é por definição, a perda de um navio ou embarcação no mar, devido a causas humanas ou meteorológicas mas, o naufrágio torna-se uma cápsula do tempo, enterrada pela areia em questão de dias e esquecida ao longo dos anos. Séculos mais tarde, os arqueólogos levantarão os primeiros restos do naufrágio: calçados, ferramentas, tubos, cerâmica, moedas, pedras de lastro e ossos. “Os naufrágios dos Açores fornecem provas materiais da expansão dos europeus nos oceanos e dos primeiros passos rumo à globalização do comércio, das ações militares, da migração, entre outros. Estes navios naufragados são apresentados como cápsulas do tempo da história europeia e simbolizam diferentes momentos e diferentes territórios. A dimensão europeia, a natureza transfronteiriça e o papel e o lugar da história europeia estão bem patentes na história deste sítio”(Culture and Creativity, União Europeia). 3.2 Desenho do projeto O projeto “Culture under Sea” tem, como grande objetivo, dar a conhecer o património cultural subaquático, ou seja o património arqueológico e alguns dos seus elementos mais importantes a todos os visitantes e interessados. Este projeto seria realizado, numa primeira instância através de uma exposição permanente do património arqueológico subaquático num centro interpretativo na cidade da Horta, na ilha do Faial e depois seria realizado um pouco por todo os Açores através das iniciativas culturais que este projeto irá empreender para além do espaço do centro interpretativo com a realização de um roteiro e de “mergulhos arqueológicos, como já foi dito anteriormente. Neste projeto, será possível observar e aprender mais sobre a história por detrás dos vestígios arqueológicos subaquáticos na exposição permanente. Esta exposição utilizará como principais elementos alguns vestígios arqueológicos trazidos do fundo do mar e contar a história dos mesmos como por exemplo, expor um pedaço de um navio afundado e contar a história do naufrágio. O intuito desta exposição é preservar e dar a conhecer o património existente no mar dos Açores sobretudo para aqueles que não têm oportunidade ou capacidade para mergulharem e visitarem os vestígios arqueológicos subaquáticos na costa da ilha do Faia. Como este projeto não engloba só a exposição, o mesmo levará a cabo uma iniciativa cultural como forma de dar a conhecer todo o património cultural subaquático dos Açores com, a realização de um roteiro dos parques arqueológicos subaquáticos dos Açores. Também, outra iniciativa mais interativa será a proposta de se realizarem mergulhos aos parques arqueológicos subaquáticos da ilha do Faial com a parceria de uma empresa de mergulho(Central Sub). Esta iniciativa é tanto para os locais e turistas poderem conhecer mais sobre o património arqueológico subaquático através de uma experiência divertida. Concluindo, o projeto “Culture under Sea” tem como principais conceitos-base o património e a cultura e por isso o projeto valoriza o valor cultural e arqueológico que o Faial e os Açores possuem e serão assegurados e difundidos através das ideias apresentadas anteriormente. Parte II- Projeto de Gestão Cultural Capítulo I- Apresentação sumária do Projeto Cultural 1. Identificação do Promotor 1.1. Identificação do Promotor Principal Nome: André da Silva Couto Idade: 21 anos Morada: Chão Frio de Cima- Praia do Almoxarife, s/nº Localidade: Horta Código Postal: 9900-453 Concelho: Horta Distrito: Região Autónoma dos Açores Contacto: 926277701 E-mail: andrecouto2001@live.com.pt 1.2. Identificação de outros Promotores Nome: Câmara Municipal da Horta Morada: Paços do Concelho, Largo Duque Avila e Bolama Localidade: Horta Código Postal: 9900-141 Concelho: Horta Distrito: Açores Contacto: 292 202 000 E-mail: geral@cmhorta. Site: www.cmhorta.pt Nome: Secretaria Regional da Educação e Assuntos Culturais Morada: Paços da Junta Geral - Carreira dos Cavalos Localidade: Angra do Heroísmo Código Postal: 9700-167 Concelho: Angra do Heroísmo Distrito: Açores Contacto: 295401100 E-mail: dre.info@azores.gov.pt Site: https://portal.azores.gov.pt/ Nome: Centro das Humanidades- Núcleo dos Açores Morada: Universidade Edifício de Rua da dos Ciências Mãe Açores Humanas de Localidade: Ponta Delgada Código Postal: 9500-321 Concelho: Ponta Delgada Distrito: Açores Contacto: 296650127 E-mail: cham@fcsh.unl.pt cham@uac.pt Site: https://cham.fcsh.unl.pt/home.php Nome: Fundação para a Ciência e Tecnologia Morada: Av. D. Carlos I, 126 Localidade: Lisboa Deus Código Postal: 1249-074 Concelho: Lisboa Distrito: Lisboa Contacto: 213 924 300 E-mail: projetos@fct.pt Site: https://www.fct.pt/ Nome: Central Sub Morada: Zona industrial Santa Bárbara rua F, n.º 36 Código Postal: 9900-408 Concelho: Horta Distrito: Açores Contacto: 292 392 380 966 507 226 E-mail: centralsub@sapo.pt Site: 1.3 Caraterização da Atividade O “Culture Under Sea” tem como base a criação de um Centro Interpretativo do Património Arqueológico Subaquático na Ilha do Faial para dar a conhecer o património cultural que está debaixo do mar e que é pouco divulgado e dado a conhecer ao público e tem em vista a preservação e conservação, dando a conhecer as suas especificidades históricas através da criação do centro interpretativo, este que pretende através do recurso a meios expositivos permanentes e temporários, demonstrações de documentos, vestígios arqueológicos, imagens, sons e recursos multimédia, ir de encontro ao crescente interesse do público e, de uma forma simples e objetiva a inclusão de informação acerca deste Património Arqueológico, enriquecendo material e imaterialmente os visitante e em certa parte, aprofundar o conhecimento referente ao mesmo por parte dos habitantes da ilha do Faial. Neste projeto, aliase estas questões de conservação e preservação e enriquecimento do conhecimento sobre este património a uma comercialização deste produto cultural pois, o centro interpretativo terá fins lucrativos, sendo que a visita ao centro será paga e esta comercialização está ligada sobretudo à proposta de mergulhos turísticos aos vestígios arqueológicos subaquáticos da ilha do Faial porque será uma atividade que tem o objetivo de divulgar e valorizar este património mas, sobretudo, de “vender” uma experiência aos visitantes, que tem como produto principal o património arqueológico. A dinamização do Património Histórico-Militar é importante no desenvolvimento de todo o Projeto, sendo este um grande objetivo. Para que isto seja possível este projeto dispõe de várias parcerias como a Câmara Municipal da Horta, a Secretaria Regional da Educação e dos Assuntos Culturais, o Centro de Humanidades-Núcleo dos Açores e uma empresa de mergulho, a Central Sub, mas também será necessária todo um trabalho à volta das questões legais que serão necessárias para conseguir a aquisição de vestígios arqueológicos subaquáticos para o centro interpretativo e também obter informações acerca de quais as medidas e regras a seguir quando se for mergulhar para observar os vestígios arqueológicos para não haver nada que contribua para o desgaste e que prejudique a conservação do património arqueológico subaquático. De forma a conseguir dinamizar e valorizar efetivamente este património, o projeto tem como base a criação de várias atividades, que se resumem na criação da exposição permanente do centro interpretativo, um roteiro e de uma parceria com uma empresa de mergulho para a realização de mergulhos com turistas ou locais aos vestígios arqueológicos. A exposição permanente tem como objetivo revelar ao público uma parte do património arqueológico que não é tão exposta e por isso não é tão conhecida e dar a conhecer o património existente no mar dos Açores sobretudo para aqueles que não têm oportunidade ou capacidade para mergulharem e visitarem os vestígios arqueológicos subaquáticos. No caso dos Açores, é uma parte muito importante do património cultural pois, os naufrágios que aconteceram na costa dos Açores contam histórias importantes para a história dos Açores ou seja, conta como foi a expansão dos europeus nos oceanos e dos primeiros passos rumo à globalização do comércio, das ações militares, da migração, entre outros. Os navios naufragados são apresentados como cápsulas do tempo da história europeia e simbolizam diferentes momentos e diferentes territórios. Utilizando diferentes modalidades expositivas esta exposição pretende a apresentação de elementos históricos, culturais e socias sobre o património arqueológico subaquático dos Açores numa primeira instância e depois sobre o património arqueológico subaquático existente no Faial. Por isso, na exposição se irá expor documentos com testemunhos, obras escritas sobre o tema, recortes e excertos de jornais, documentos fotográficos e históricos do tema e vestígios arqueológicos como por exemplo, um pedaço de um barco naufragado e que através desse conta toda uma história por trás do barco, como era o barco anteriormente e a história do naufrágio. Neste sentido, esta exposição seria uma mistura de objetos reais e materiais, com material documental. O roteiro será um roteiro do Património Cultural Subaquático dos Açores, que consiste numa identificação e descrição dos mais 30 sítios de mergulho públicos onde se encontram destroços de naufrágios ocorridos entre os séculos XV e XX. Estes sítios são representativos da totalidade do património subaquático dos Açores, que é constituído por mais de mil navios naufragados e inclui cerca de cem sítios arqueológicos subaquáticos. Como açoriano tenho o conhecimento do potencial que este património arqueológico subaquático tem e, por isso acredito que a realização de um roteiro é importante para a preservação e divulgação deste património e também potencializar este património como um produto rentável do turismo cultural, ajudando a economia regional. A realização deste roteiro seria feita através de excursões de mergulho para se fazer registros fotográficos dos sítios arqueológicos e para se ter uma melhor noção do que se está a trabalhar, depois a elaboração de um documento com descrições pormenorizadas de cada sítio arqueológico subaquático com elementos históricos através do estudo e de uma investigação intensiva e posterior divulgação do roteiro ao público. O roteiro será feito em colaboração com o Centro de Humanidades, que é uma unidade de investigação interuniversitária que se especializa em diversas matérias incluindo a arqueologia e envolve a Universidade Nova de Lisboa e a Universidade dos Açores e então, seria feita uma parceria com o Núcleo dos Açores, nomeadamente com a unidade de investigação de Arqueologia Moderna e expansão portuguesa e como este centro já é financiado pela Fundação para Ciência e Tecnologia(FCT), seria feito uma proposta em conjunto com o Centro de Humanidades para obter financiamento para a realização do roteiro. Os mergulhos turísticos aos vestígios arqueológicos subaquáticos pretendem ser excursões de mergulho aos sítios e vestígios arqueológicos em que os turistas ou as pessoas que são interessadas são guiados por mergulhadores profissionais da empresa Central Sub a experienciarem uma “viagem” cultural debaixo do mar. Esta proposta é mais ligada à vertente do turismo cultural e da comercialização porque, o intuito desta atividade é ter fins lucrativos. Nesta atividade é preciso também ter atenção às questões legais e às normas de segurança a se seguir durante as excursões de mergulho pois, apesar de o objetivo ser “vender” e sabe-se que muitas vezes sendo este o objetivo, negligenciam-se outros aspetos importantes como a conservação e preservação, este não será o caso porque, o intuito é não danificar nada deste património arqueológico subaquático. Os mergulhos serão feitos nos sítios arqueológicos subaquáticos que irão ser demonstrados na imagem abaixo. Mapa da cidade da Horta com respetiva localização dos naufrágios visitáveis adjacentes. Fonte: Arqueologia em Portugal,2020. 1.4. Experiência e Capacidade de Gestão dos Principais Responsáveis da Organização Cultural 1.4.1. Experiência dos promotores nas diversas áreas do projeto André da Silva Couto– Gestor do Património Cultural Licenciado em Gestão do Património Cultural, devido à sua formação tem a capacidade de recolher, levantar e inventariar qualquer tipo de património cultural, prestante ainda qualquer outro tipo de serviços relacionados com a cultura e património. Deste modo, ao longo da sua formação desenvolveu competências na área do património através das UC`s associadas da gestão cultural, aplicando conhecimento nas várias dimensões do conceito, através da análise de exemplos em diferentes escalas e localizações e na equação de atividades de gestão, perspetivando os problemas e a necessidade de conservação de exemplos específicos de património. Quanto à tipologia do património que será abordada neste projeto, o património arqueológico, ao longo do curso foram adquiridas competências através de unidades curriculares como, Teoria e Prática do Património e Património arqueológico, que conferiram bases necessárias para que o gestor do património cultural realize um ótimo trabalho nesta área, percebendo qual a importância do mesmo, como o mostrar aos demais públicos e ainda transmitindo aos mesmos, visitantes e curiosos a importância de preservar o mesmo da melhor forma possível e respeitar este tipo de património. Câmara Municipal da Horta(CMH) A Câmara Municipal da Horta tem, como instituição pública e defensora dos interesses máximos da ilha do Faial e concelho da Horta, uma obrigação acrescida no que toca à dinamização da sua cultural e à promoção de eventos ou projetos desenvolvidos no âmbito da cultura e património, projetos estes que contribuam para tal objetivo e crescente conhecimento do concelho e da sua história. A par deste objetivo de fazer crescer o concelho e as suas instituições, a colaboração com este projeto terá também um papel crucial no desenvolvimento da economia da ilha do Faial pois, o centro interpretativo e as excursões de mergulho podem trazer mais turismo cultural e mais rendimentos. Secretaria Regional da Educação e Assuntos Culturais(SREAC) A Secretaria Regional da Educação e Assuntos Culturais como instituição pública, que é responsável pela promoção de eventos ou projetos desenvolvidos no âmbito da cultura, pela inspeção dos assuntos culturais, por dirigir e apoiar os museus e outras instituições culturais dos Açores e colaborar e apoiar especificamente com os projetos do património arqueológico subaquático, a sua colaboração com este projeto é obrigatória e essencial para a promoção do projeto. A sua colaboração também faz sentido pois, o projeto é criativo e inovador o que valorizará o património arqueológico e vai potenciar este património na vertente turística, estudo e investigação, assim como salvaguardar a sua preservação futura, cativando a atenção dos outros arquipélagos como da Madeira, Canárias, entre outros, e a Secretaria Regional de Educação e Assuntos Culturais é imprescindível para que isto seja possível. Centro das Humanidades- Núcleo dos Açores(CHAM) A parceria com a unidade de investigação interuniversitária da Universidade dos Açores e Universidade Nova de Lisboa, o Centro das Humanidades, é lógica porque o mesmo tens profissionais e investigadores qualificados e a sua missão é promover a investigação científica de alto nível, a produção e a difusão do conhecimento no âmbito da História, do Património, da Literatura e da História das Ideias, assim como das formas do pensamento e das culturas, numa escala global, procurando fomentar reflexões e novos contributos para a História dos Açores. As principais razões para a parceria com este centro de investigação são a proximidade, pois como tem o núcleo dos Açores, este centro fica muito mais próximo ao projeto e pelo facto de já terem trabalhado várias vezes em investigações como, “o mapeamento de vários navios em ferro, na Terceira, Pico e Faial”(BETTENCOURT,2017,p.313) e intervenções arqueológicas subaquáticas ao redor dos Açores como, na “baía de Angra, tendo identificado numerosos vestígios no fundeadouro e pelo menos mais quatro prováveis sítios de naufrágio” (BETTENCOURT,2017,p.312). Central Sub(CS) A Central Sub é uma empresa que tem mais de 10 anos de experiências em mergulho nos mares da ilha do Faial. Dispõe de mergulhadores de elevada experiência, possuem embarcações próprias e também todo o equipamento necessário para o mergulho, fotografia e filmagem. No contexto do projeto, a Central Sub é experiente no que toca a mergulhos desportivos com turistas. 1.4.2. Principal motivação de cada um dos promotores na sua realização No que se refere ao Gestor do Património, este tem como principais motivações o facto de este projeto possibilitar a dinamização da cultura e do património da cidade onde reside. Neste caso, ainda existe a motivação extra de o Gestor estar a trabalhar na terra onde mora. Os Açores sempre foram um espaço rico de património arqueológico subaquático mas era muito explorado por equipas de investigadores e mergulhadores estrangeiros e depois com a “publicação da Lei n.º 19/2000 de 10 de Agosto, que atribuiu a tutela do património arqueológico açoriano ao Governo Regional dos Açores” (BETTENCOURT,2017,p.312), os Açores começaram a explorar mais este património, a investigar e a identificar naufrágios por todos os Açores através de várias intervenções arqueológicas subaquáticas. Apesar do tema do património arqueológico subaquático já ser muito trabalhado, nos Açores e no Faial, é preciso mais variedade de projetos, um aproveitamento e uma divulgação melhor. A ilha do Faial ainda tem alguns problemas relacionados com a divulgação da sua cultura, pela fraca divulgação, falta de espaços culturais, etc, e, como tal, tentar inverter esta situação através de um Projeto bem pensado e definido que dinamize o património arqueológico terá de ser a grande motivação do Gestor de Património para este Projeto. Os interesses e as motivações da CMH, da SREAC, do CHAM e da CS, os promotores secundários, mas não menos importantes, terão de ser sempre bastante semelhantes às do Gestor do Património. Para além da dinamização da cultura e do património da região e do concelho, consegue ainda dinamizar os seus espaços e conteúdos (desde espaços, materiais e informações cedidas para a realização deste Projeto) e colaborar, em conjunto, no crescimento económico da zona, apoiando os diversos espaços de cultura existentes, os restaurantes locais, cafés e pequenos comércios. O desenvolvimento do arquipélago dos Açores e do Faial, a dinamização da cultura e a promoção e valorização do património arqueológico subaquático têm de ser um objetivo comum do promotor principal e dos promotores secundários neste projeto. 1.4.3. Breve diagnóstico dos promotores – pontos fortes e pontos fracos Como pontos fortes, o Gestor do Património tem a sua vasta formação das áreas da Cultura e da Gestão de Projetos deste tipo e, ainda tem bastante conhecimento acerca do património e das suas diversas tipologias. Para além disso e, como é natural da ilha do Faial também é conhecedor da sua história, da cultura e das necessidades da localidade em estudo. Este Gestor é também uma pessoa que trabalha sob pressão, com capacidade de organização e boas capacidades ao nível da negociação, importante para o estabelecimento de parcerias e acordos com os diversos promotores mencionados anteriormente. No entanto, o maior ponto fraco é provavelmente a falta de experiência a nível profissional e o pouco currículo na área. Isto devese ao facto de ser licenciado há pouco tempo e, claro que essa falta de experiência desaparecerá na realização e concretização deste Projeto. Os pontos fortes da Câmara Municipal da Horta é que é a instituição que “gere” o concelho da Horta e esse é o seu ponto forte, no que toca ao “Culture under Sea”. A facilidade em conseguir acordos com outras instituições e em disponibilizar um espaço para a construção do centro interpretativo são aspetos extremamente importantes e que fazem da Câmara Municipal um promotor importantíssimo. Também pode ajudar na publicidade do projeto, a cativar o público a visitar a exposição do centro interpretativo, a divulgar o roteiro e ajudar na publicidade das excursões de mergulho. Como ponto fraco, pode existir a dificuldade em disponibilizar o dinheiro necessário para o projeto. No entanto, esse problema deverá desaparecer se tivermos em conta o tipo de projeto a realizar, a dinamização cultural e patrimonial açoriana e faialense e até os benefícios económicos a curto, médio e longo prazo que este evento pode trazer para a ilha e a região. Os pontos fortes da Secretaria Regional da Educação e Assuntos Culturais são que é uma instituição pública muito experiente no apoio e inspeção dos assuntos culturais de todas as ilhas dos Açores e apoia financeiramente quase sempre os projetos culturais, e em específico os que envolvem o património arqueológico subaquático. O ponto fraco é que como é uma instituição pública associada ao Governo Regional dos Açores, apesar de conseguir ajudar o projeto, pode demorar muito tempo e pode envolver muita burocracia. Os pontos fortes do Centro de Humanidades são o facto de ser um centro de investigação com reconhecimento a nível nacional no que toca a área de Humanidades e com bastante experiência na investigação arqueológica, com trabalhos realizados por todos os Açores. Para além disto, a sua localização também confere um ponto a favor, devido ao facto de ter um núcleo nos Açores, que se situa em Ponta Delgada, na Universidade dos Açores. Quanto aos pontos fracos, a limitação do orçamento poderá ser um entrave, no entanto, dado o caráter inovador do projeto, é de acreditar que atrairá investimentos e um público vasto ao projeto. Os pontos fortes da Central Sub são a experiência que têm com excursões de mergulho com turistas, possuem embarcação própria e todo o equipamento necessário para o mergulho, fotografia e filmagem. O ponto fraco pode ser a falta de experiência no que toca a excursões de mergulho a sítios arqueológicos subaquáticos e os cuidados a ter nas mesmas. II. Forma Jurídica da Organização Cultural/Das Entidades Promotoras Do Projeto Promotora 2.1 Forma Jurídica da Organização Cultural/das Entidades Promotoras do Projeto A forma jurídica deste Projeto, designado “Centro Interpretativo do Património Subaquático dos Açores” passa por ser uma organização cultural com fins lucrativos, com interesses culturais, em colaboração com várias instituições. A forma jurídica de organização cultural com fins lucrativos, foi escolhida e designada em prol de dois objetivos, a divulgação e transmissão de conhecimento sobre o património arqueológico e cultura e história dos Açores à ilha do Faial e potenciar este património na vertente turística, tornando-o um produto cultural rentável. Por mais que seja um Projeto que em grande parte apela à cultura e conhecimento da população, que visa alargar e dinamizar os domínios da cultura, aprofundar os conhecimentos das especificidades históricas, culturais e sociais do património arqueológico através de um espaço físico, também é importante utilizar este património como forma de aumentar o turismo cultural da ilha do Faial, dinamizando atividades que têm fins lucrativos. A Câmara Municipal do Faial é um orgão executivo liderado pelo presidente Carlos Ferreira e a responsabilidade pelo pelouro da cultura é da técnica superior Maria Antónia Dias. É uma entidade pública com interesses culturais e é o defensor dos interesses máximos da ilha do Faial e da sua população. A CMH será uma das principais entidades promotoras do projeto por ser o orgão que chefia o concelho da Horta, e que é o local onde a base do projeto, que é o centro interpretativo se instalará. A CMH é detentora de vários edifícios na cidade da Horta que estão abandonados e inutilizados e seria feita uma proposta à CMH para poder construir o centro interpretativo num desses edifícios. Neste projeto, faz todo o sentido a escolha recair para a CMH, por alguns motivos: • Interesse na dinamização da cultura faialense; • Facilidade na cedência de um espaço no centro da cidade da Horta; • Facilidade em ajudar na negociação de parcerias, pelo seu estatuto e importância; 2.2. Denominação e localização da Organização cultural A instituição cultural do centro interpretativo do Património Subaquático dos Açores sob o nome do projeto “Culture Under Sea” irá ter como instalações, um edifício que pertence à CMH, localizado no coração da zona histórica da cidade da Horta, na esquina entre a Travessa de São Francisco e a Rua Conselheiro de Medeiros, mesmo ao lado de uma das mais antigas igrejas dos Açores. Este é um edifício de três pisos, com uma superfície de implantação 352 m2 num lote com 452 m2. Este edifício anteriormente era utilizado como escritórios e arquivos da Câmara Municipal da Horta e atualmente está abandonado e inutilizado. A escolha deste edifício é devido às suas dimensões, o que ajudará na implementação de um espaço de exposição permanente, um espaço para exposições temporárias, um espaço para reserva, salas de escritório para se trabalhar nas atividades anexas ao projeto do “Culture under Sea” e outros espaços secundários. A ideia será com o apoio financeiro da Câmara Municipal da Horta e da Secretaria Regional da Educação e dos Assuntos Culturais, adaptar este espaço ao centro interpretativo. Edifício situado no centro da cidade da Horta que seria o espaço para o centro interpretativo. Fonte: Azores Properties. II. Orientação Estratégica da Organização Cultural 1. Descrição Sumária do Projeto 1.1. O que faz O projeto em Gestão do Património “Culture under Sea” tem como objetivo a criação de um centro interpretativo que fale do património subaquático dos Açores destacando a importância da história do papel do arquipélago dos Açores como ponto central do oceano Atlântico e consequente palco de vários acontecimentos navais através de exposição de vestígios arqueológicos, abordando as caraterísticas e história dos mesmos. Com o mesmo é pretendido através do recurso a meios expositivos permanentes e temporários, demonstrações de documentos, imagens e recursos fotográficos, vestígios arqueológicos, ser um espaço que vá de encontro ao crescente interesse do público e, de uma forma simples e objetiva a inclusão de informação acerca deste Património Arqueológico, enriquecendo material e imaterialmente os visitantes. Na exposição serão expostos objetos e todo o tipo de outros elementos associados ao património arqueológico subaquático, seguindo uma ordem lógica e pertinente. Depois, o projeto teria como outras atividades culturais a realização de um roteiro do património arqueológico subaquático dos Açores, que seria a identificação e descrição de todos os sítios arqueológicos subaquáticos dos Açores em parceria com o Centro das Humanidades. De seguida, a atividade cultural das excursões de mergulho aos vestígios da ilha do Faial será uma atividade que tem em vista mais o turismo através do acompanhamento de turistas por profissionais de mergulho da empresa Central Sub aos vestígios arqueológicos subaquáticos localizados na ilha do Faial. Os objetivos do trabalho são divulgar mais a história do mar dos Açores e do Faial e divulgar a importância do património arqueológico subaquático. Na realização de todo o Projeto podemos contar com promotores ativos e integrantes do mesmo, que serão um ponto forte neste Projeto através da divulgação ao público, pelo prestígio que lhes é atribuído e pelas ajudas fornecidas. 1.2. Como faz As metodologias que serão utilizadas para colocar o projeto em prática foram, a a escolha dos promotores com quem levar o Projeto avante, escolhas óbvias para o desenvolvimento do Projeto e que nos foram muito precisas para a divulgação do Projeto, apoios financeiros, ajuda na investigação e estudo do tema e cedência de espaços e conteúdo para o mesmo. A cooperação dos mesmos e a sua confirmação permitiu-nos garantir um primeiro degrau deste Projeto superado na caminhada para o sucesso do mesmo. A pesquisa bibliográfica é também extremamente importante em todo o evento, pois dela depende o conhecimento mais aprofundado do tema, quais os objetos a apresentar na exposição, como expor e a sua lógica e saber quais as histórias a contar, ou seja conhecer todos os aspetos do tema e saber como foi gerido este património anteriormente, quais as atividades que se necessita desenvolver para melhorar este património, procurar informação histórica, cultural e social e saber como expor. 1.3. Que fatores utiliza Recursos Função Atividades Quantidade -Gestor Património Humanos Técnicos do Todas 1 -Investigador Exposição Excursões mergulho e 1 de -Técnico Exposição 1 -Curador Exposição 1 -Voluntários Exposição, Roteiro 2 e Excursões de mergulho -Auxiliar de limpeza Exposição 1 -Vigilante Exposição 1 -Investigadores CHAM Roteiro 4 -Mergulhadores Excursões mergulho de 5 -Scanner Exposição 1 -Impressora Exposição 1 -Computador Exposição 3 -Máquina fotográfica Exposição 2 Notebook Exposição 2 -Focos de iluminação Exposição 50 -Telemóvel Exposição 1 Materiais -Empilhadora Exposição 1 -Cadeiras Exposição 10 -Mesas Exposição 10 -Papel Exposição 10 -Canetas Exposição 30 -Lápis Exposição 20 -Capas Exposição 15 -Dossiers Exposição 40 -Caixotes do lixo Exposição 4 -Vitrines Exposição 10 -Plintos Exposição 5 -Painéis pladour Exposição 10 -Placas PVC Exposição 40 -Armários Exposição 4 -Prateleiras Exposição 8 -Paletes de madeira Exposição 10 -Caixas polipropileno canelado de 50 Exposição -Película transparente Exposição 200 metros Físicos -Pano cru Exposição 10 metros -Espaço da organização e Espaço da Exposição Todas 1 1.4. Como vende O “Culture under Sea” pode chegar ao público-alvo de várias formas. A primeira é a divulgação do projeto e do centro interpretativo através da afixação de cartazes pela ilha do Faial, e depois numa divulgação mais extensiva a divulgação do projeto através dos websites e redes sociais da Câmara Municipal da Horta e da Secretaria Regional da Educação e dos Assuntos Culturais e também utilizar o sistema de mailing dos mesmos como forma de fazer chegar a publicidade do evento aos demais interessados, a promoção através dos jornais e portais de notícias dos Açores, criação de um site para dar a conhecer o projeto e todas as suas vertentes e trazer mais visibilidade. As outras entidades promotoras do projeto que não foram referidas como o CHAM e o Central Sub também ajudam na promoção e divulgação do projeto através dos seus sites e redes sociais pois, no seus casos beneficiarão muito também porque, é uma promoção do seu trabalho. A entrada para o centro interpretativo e para a exposição seria paga e teria um valor base de 6 euros, sendo que pode variar conforme os visitantes sejam crianças, adultos, idosos, grupos escolares, entre outros. Mediante negociação prévia com escolas e outros estabelecimentos de ensino, o preço por pessoa baixaria ligeiramente, não só por trazerem um grande grupo mas também como forma de facilitar e promover a cultura local aos mais jovens. Quanto às excursões de mergulho, estas teriam o valor de 60 euros, o que pode parecer um valor elevado mas tendo por base um valor normal cobrado por uma empresa de mergulho, acrescenta-se um valor da “experiência” que os turistas terão ao visitar o património arqueológico subaquático e também para não falar que seriam mergulhos demorados com várias viagens também de barco de um sítio arqueológico para o outro. Os valores podem variar conforme o pack escolhido, se é preço de grupo, entre outros aspetos. 2. Análise e evolução do mercado 2.1. Pesquisa de mercado 2.1.1. Definição da natureza do meio envolvente à organização O projeto será desenvolvido no espaço referido anteriormente, que pertence à Câmara Municipal da Horta, que está situado na ilha do Faial e concelho da Horta, a qual pertence à Região Autónoma dos Açores. A ilha do Faial, onde se encontra maior parte do público-alvo tem uma área de “172,43 km²”(Wikipedia), que se divide entre 13 freguesias e tem aproximadamente 15 mil habitantes. O público-alvo seria não só da ilha do Faial mas também dos Açores no geral, pela proximidade das ilhas e porque a divulgação da Direção Regional da Educação e Assuntos Culturais vai incidir sobre todos os Açores e é um fator comum as pessoas viajarem entre ilhas. Por isso, é importante destacar que a Região Autónoma dos Açores tem 9 ilhas, tem uma área total de “2 322 km²”(Wikipedia) e tem aproximadamente “236 440”(Wikipedia) habitantes. Quanto ao património da ilha do Faial, esta tem como principais o café Peter Porto, a baía de Porto Pim, a marina da Horta, igreja da Matriz, centro de interpretação do Vulcão dos Capelinhos, Casa-Museu Manuel de Arriaga, igreja de Nossa Senhora da Graça, igreja de Nossa Senhora do Carmo, Forte de S.Sebastião e casa Scrimshaw, entre outros. Em específico do património cultural subaquático tem segundo a Carta Arqueológica dos Açores(Direção Regional da Cultura dos Açores) o “Pontão 16”, um navio que teve o seu fim de vida e, em sequência disso e por não haver melhor destino, foi afundado e que está situado na entrada Sul da Baía da Praia do Almxoarife, a nau “Nossa Senhora da Luz”, um naufrágio na costa sul da ilha do Faial, à entrada da baía de Porto Pim em 1615, em que durante a noite o mar acabou por atirar a nau contra a costa, matando 150 pessoas, entre passageiros e tripulantes, destruindo ou dispersando parte da carga, o navio de pesca “Viana”, um arrastão de 75 metros de comprimento, que amarrou no Porto da Horta em Abril de 1994, o naufrágio do “Main” um navio a vapor de grande porte construído em ferro, que naufragou na baía de Porto Pim em frente à antiga fábrica da baleia, entre outros. 2.1.2. Levantamento das Influências do Meio Envolvente (Análise PESTEL) Há diferentes fatores externos macro-económicos que mais diretamente influenciam a organização cultural/Projeto como, os fatores políticos, fatores económicos, fatores sociais; fatores tecnológicos; fatores ecológicos e fatores legais. A análise PESTEL consiste num modelo de análise Política, Económica, Social e Tecnológica da envolvente externa do projeto. Neste sentido, e para um próspero desenvolvimento deste projeto, é fundamental analisar o panorama político presente no país e na cidade onde se vai desenvolver o mesmo, no sentido em que o poder político também participa no financiamento da cultura. O panorama político do nosso país, com as eleições legislativas de Janeiro de 2022, estas decorrentes do chumbo do orçamento, o que levou ao presidente da República a anunciar a marcação de eleições para Janeiro de 2022. O resultado destas eleições foi a vitória do Partido Socialista(PS), governado pelo primeiro-ministro António Costa. Quanto ao panorama político no Faial, nas eleições Autárquicas de 2021, Carlos Manuel da Silveira Ferreira pertencente à Coligação “Juntos Pelo Faial” composta pelos partidos PSD/CDS-PP/PPM ganhou as mesmas ficando com o cargo de presidente da Câmara Municipal da Horta e tirando do cargo José Leonardo do Silva do Partido Socialista, que teve um mandato de 8 anos. A situação económica e financeira de Portugal ainda está um pouco afetada pelo período do vírus covid 19 mas agora como quase toda a Europa e o Mundo, a economia de Portugal está muito afetada sobretudo, pela guerra da Ucrânia e Rússia, oque resultou no aumento da inflação e taxas de juro. Os efeitos adversos destes choques têm sido atenuados pelo bom desempenho do mercado de trabalho, pela poupança acumulada durante a crise pandémica e pelas medidas de apoio. Segundo o boletim económico de Outubro de 2022 a “economia portuguesa cresce 6,7% em 2022, continuando a beneficiar da recuperação do turismo e do consumo privado. A evolução da atividade ao longo do ano é marcada pela recuperação do nível pré-pandemia no primeiro trimestre e por um abrandamento posterior, que se traduz numa relativa estabilização do PIB”(Banco de Portugal,2022). Portugal, segundo a Comissão Europeia, será o país da União que terá o maior crescimento económico este ano e em que o desemprego, em junho, teve o melhor registo dos últimos vinte anos». Então, o emprego tem crescido e a taxa de desemprego tem vindo a baixar e os portugueses encontram-se aparentemente com maior disponibilidade financeira para visitar eventos culturais, segundo os dados da Pordata e tendo em consideração algumas medidas mais recentes e estabelecidas pela coligação no poder (aumento dos ordenados mínimos como exemplo principal). O setor cultural sofreu muito durante o período da pandemia locais pois, apesar de se terem encontrado soluções como visitas online, de facto reduziu muito a visita aos locais culturais, levando a um grande atraso no desenvolvimento dos mesmos. Acerca do investimento na cultura no país, o “Primeiro-Ministro referiu que «o Plano de Recuperação e Resiliência prevê um investimento de 243 milhões de euros em património cultural», dos quais «60 milhões vão ser aplicados na cidade de Lisboa e os restantes 183 milhões no conjunto do País»”(República Portuguesa,2022). Especificamente na ilha do Faial, poucos recursos são utilizados em torno da cultura e agora ainda mais pois quase todos os esforços e dinheiro estão concentrados no projeto de requalificação da Frente Mar da cidade da Horta. No que toca ao parâmetro social, é possível identificarmos dados simples como o número de pessoas que a ilha tem e já foi identificado anteriormente. A Ilha do Faial como é um ponto pequeno desenvolve poucas atividades culturais e tem poucas organizações culturais e também pode ter o problema de falta de visitantes pelo facto de ser uma ilha com poucos habitantes e pelo facto de haver pouca adesão dos habitantes aos projetos locais ou organizações culturais porque, é visível que se houver adesão a alguma organização cultural é mais frequente no verão e é por turistas. Este problema do público-alvo pode ser pela falta educação e hábitos culturais. Mas neste projeto para que se possa cativar o público local vai ser preciso uma divulgação e promoção inteligentes. Por fim, no que diz respeito ao âmbito tecnológico, a ilha do Faial apresenta crescentes desenvolvimentos nos últimos anos no que toca à adoção de novas tecnologias. A nível das tecnologias esta região está bem dotada na sua envolvente e, por isso o projeto não irá sentir grandes entraves neste setor. 2.1.3. Identificação das Influências competitivas-chave (Análise EstruturalModelo de Michael Porter) O Modelo de Michael Porter é bastante útil na conceção de ideias base de um Projeto, na medida em que ajuda a precaver possíveis contratempos causados pelos clientes, pelos fornecedores e/ou até pela concorrência (neste caso em questão extremamente improvável de acontecer), ou seja, não existem outras instituições/empresas a apresentar o mesmo tipo de na zona, ou, algo parecido, não existem outros projetos e atividades parecidas como as que vão ser feitas ou um espaço que desenvolva a mesma temática. Concluindo a ideia, existe um produto cultural similar a ser oferecido no mercado local e, portanto, este projeto destaca-se logo dos demais por essa característica que o torna único. Este projeto é diferente pelo facto de englobar várias atividades singulares inovadoras em que algumas dessas atividades podem ter similaridade com outras que já se fizeram nos Açores mas não todas juntas num só projeto. Como tal, os promotores podem encontrar neste Projeto uma oportunidade sem igual, que é a criação de um centro interpretativo do património subaquático dos Açores, uma instituição que não tem em qualquer outra ilha dos Açores e de mostrar o seu produto e fazer parte duma exposição que dinamiza a cultura e o património cultural açoriano num só local com perfeitas condições. O problema deste projeto pode ser a criação de um centro interpretativo com mais qualidade em São Miguel porque, São Miguel é erroneamente e considerada a ilha mais conhecida e importante dos Açores e quase sempre quando surge uma ideia boa noutra ilha. São Miguel tem que tentar fazer melhor e tem possibilidades para isso pois têm muito mais poderio financeiro e económico do que o resto do arquipélago. Mas se isso ocorrer é necessário tentar combater ou com preços mais atrativos ou com atividades de maior qualidade também para garantir uma melhor lealdade dos consumidores ao nosso projeto, e manter e aumentar as parcerias. Por esse exato motivo, o projeto terá em constante atenção a relação qualidade/preço dos nossos produtos, a ligação com as necessidades dos clientes, e a satisfação total dos consumidores e das parcerias que irão colaborar connosco. 2.1.4. Identificação da posição estratégica/ competitiva da Organização Cultural/do Projeto 2.1.4.1. Análise dos concorrentes Devido ao facto de este projeto ser único na área, não existe qualquer tipo de competição ou sequer de organizações que possam tentar rivalizar com este projeto. Mesmo se tivermos em conta possíveis organizações associadas apenas à área das exposições, não encontramos nenhum equipamento museológico ou cultural do património arqueológico subaquático e este projeto oferece um serviço único pois oferece um profundo conhecimento da história do património cultural subaquático dos Açores. Existem poucas instituições ou espaços culturais que ofereçam o mesmo tipo de produto que este. No entanto, para prever, evitar e superar situações que possam comprometer a continuidade do espaço e das atividades do projeto “Culture under Sea”, é importante estar atento aos concorrentes que possam influenciar o nosso projeto. 2.1.4.2. Análise dos Fornecedores Os fornecedores, a CMH, SREAC, o CHAM e a CS, irão ajudar na maior parte com recursos económicos e financeiros e consequentemente com os recursos materiais, técnicos e recursos humanos. A CMH ajudará com o espaço para o centro interpretativo e com ajuda financeira para construção do mesmo, a SREAC ajudará com recursos financeiros e económicos e com a divulgação e promoção do projeto, o CHAM irá ajudar no estudo e investigação e terá os seus próprios recursos para os mesmos, o que irá ajudar no projeto pelo facto de não se ter de disponibilizar recursos para o CHAM e a CS irá ajudar com recursos humanos e com recursos materiais e técnicos para as excursões de mergulho pois já têm o seu próprio material. 2.1.4.3.- Análise da segmentação dos mercados/dos consumidores (público-alvo) A Análise de Segmentação dos Mercados/dos Consumidor consiste num estudo de procura para caraterizar com rigor os potenciais consumidores/público-alvo, através de uma informação quantitativa e dados de caráter mais qualitativo. É mediante a definição do público-alvo que depois se descobre como se vai fazer a promoção do evento através da publicidade. O públicoalvo deve estar bem definido pois é ele que vai formar o grande núcleo de frequentadores das atividades dinamizadas pelo projeto. O público-alvo deste projeto deve ser analisado por meio de caraterísticas como, a faixa etária, os hábitos de consumo, localização geográfica, renda mensal, nível de escolaridade, objetivos e necessidades e devido à era tecnológica em que vivemos, o comportamento nas redes sociais, de forma a que se possa dizer que se conhece bem o público-alvo que queremos satisfazer. Para isso, o gestor terá de elaborar uma estratégia que consiga que a cultura seja um bem que possa chegar a todas as classes sociais e, ao mesmo tempo, ter em conta vários critérios vulgarmente utilizados na segmentação de mercado para se encontrar o público-alvo mais acertado, correto e com maior probabilidade de visitar o evento, a exposição e de certa forma, que transmita o conhecimento e o Projeto ao próximo. Existem vários critérios e tipos de segmentação possíveis para qualquer projeto do tipo como, a segmentação demográfica, a segmentação geográfica, que incluem critérios como a idade, zona de residência, rede mensal, e no caso dos Açores estas segmentações são as mais importantes pelo os Açores serem um local um pouco restringido, a segmentação psicográfica que envolve “valores, atitudes, interesses e estilos de vida dos consumidores. Este tipo de segmentação é utilizado quando os comportamentos de compra estão diretamente relacionados com a personalidade ou com o estilo de vida dos consumidores”(CAMPOS,2021,p.40). Por fim, optei também pela segmentação comportamental, que “é definida com base nos comportamentos de compra dos indivíduos, tais como a frequência e o volume de compra” (CAMPOS,2021,p.40). No caso da segmentação psicográfica, decidi destacar só o critério da personalidade dos consumidores e na segmentação comportamental decidi destacar os hábitos de consumo. As segmentações enumeradas anteriormente foram as que escolhi para definir o meu público-alvo. Assim sendo: Critérios Descrição Idade Descrição 0-5 Crianças ainda totalmente dependentes dos pais com necessidades especificas e sem grau de compreensão suficiente para fruir de serviços culturais. 6-10 Crianças normalmente a frequentar o pré-escolar com necessidade de estímulo cultural e de saber mais. 11-15 Crianças ou pré-adolescentes desde o 1º ao 3º ciclo de aprendizagem com uma maior falta de atenção mas mais facilmente motivadas por estas iniciativas 16-20 Adolescentes normalmente a frequentar o ensino secundário com maior capacidade de atenção, observação e desenvolvimento crítico 21-49 Adultos com um maior grau de interesse, conhecimento e espírito crítico que conseguem fruir ao máximo de serviços culturais. 50-64 Adultos com um maior grau de interesse, conhecimento e espírito crítico que conseguem fruir ao máximo de serviços culturais. 65+ Adultos com um maior grau de interesse, conhecimento e espírito crítico que conseguem fruir ao máximo de serviços culturais. Zona de Residência Descrição Região Autónoma dos Açores Residentes dos Açores ou mais especificamente ilha do Faial Fora dos Açores/ Portugal Continental Indivíduos que residem em áreas geográficas fora dos Açores sobretudo, Portugal Continental e que desconheçam a localização do Espaço. Estrangeiros Turistas que visitem os Açores e a ilha do Faial Rendimento Mensal Descrição 740-800 Pessoas com rendimentos mensais desde 740 euros, que é o salário mínimo dos Açores e 800 euros 800-1500 Pessoas com rendimentos mensais entre os 800€ e os 1500€ 1500+ Pessoas com rendimentos mensais acima dos 1500€ Personalidade Descrição Conservadora Pessoas mais velhas que viveram sempre nos Açores e que têm um pensamento retrógrado Liberal Pessoas mais novas, destas duas últimas gerações que têm um pensamento mais aberto a novas ideias Hábitos de consumo Descrição Indivíduos ativos culturalmente Pessoas que têm hábitos culturais e frequentam regularmente espaços e eventos culturais Indivíduos inativos culturalmente Pessoas que não têm hábitos culturais ou porque não foram educados assim e por isso, não têm interesse, ou porque não têm conhecimento suficiente sobre o assunto Relativamente às idades foi feita uma seleção e divisão de pessoas por faixa etária, na zona de residência dividiu-se por residentes dos Açores, residentes de Portugal Continental e turistas. Quanto ao rendimento mensal, teve-se em conta como o rendimento mensal mínimo o salário mínimo dos Açores que é um bocadinho mais elevado que o do resto de Portugal. Nas personalidades e hábitos de consumo, um pouco pelo conhecimento e experiência do gestor do património, que é natural dos Açores, definiu-se dois grupos de pessoas com personalidades diferentes ou seja, pessoas mais velhas que viveram toda a sua vida nos Açores e nunca saíram do arquipélago e por isso, têm um pensamento retrógrado e as pessoas mais jovens que como saem mais dos Açores e conhecem lugares novos, dando-lhes outra visão sobre o mundo e sobre a cultura, têm um pensamento mais aberto. Assim sendo, apesar de se ter destacado várias faixas etárias, o público-alvo deste projeto seria, pessoas com a idade compreendida de 6-15 anos, onde seriam crianças que visitariam o centro interpretativo em visitas de estudo através de uma parceria com as escolas, as pessoas de 16-20 anos, que poderiam participar também em visitas de estudo mas já com idade suficiente para também visitarem sem ser na escola e as pessoas entre os 21-65+ anos, com rendimentos de mensais de pelo menos 740 euros, residentes dos Açores ou turistas estrangeiros, pessoas jovens que sejam mais liberais mas, também pessoas mais conservadoras, tentando com o projeto transformar um pouco o seu pensamento. Por fim, indivíduos ativos e não ativos culturalmente de forma, a incentivar ainda mais as pessoas que já frequentam os espaços culturais e incentivar com iniciativas novas as pessoas que não frequentam. Segundo a pesquisa de mercado, existem aproximadamente 33 museus de arqueologia em Portugal, que representa segundo o Instituto Nacional de Estatística em 2020 nos museus que entraram para a estatística, 8,2% dos 414 museus. Quanto aos visitantes, os museus de arqueologia receberam 7,1% dos visitantes do total de “5,7 milhões de visitantes dos museus”(Instituto Nacional de Estatística,2020,p.112) ou seja, houve nos museus de arqueologia um total de “405,4 mil visitantes”(Instituto Nacional de Estatística,2020,p.113). Especificamente, na R.A dos Açores, teve um “1,2%”(Instituto Nacional de Estatística,2020,p.114) do total de visitantes. É importante destacar que estes dados são relaivos a 2020 ou seja, durante a pandemia por isso, pode haver muita diferença a partir do fim da pandemia mas eram os dados mais recentes e já serve como base para esta pesquisa de mercado. Assim, segundo esta pesquisa, este projeto pretende atingir como quota de mercado 0.2% dos 7.1% dos visitantes totais dos museus de arqueologia em Portugal e dos 1.2% de visitantes na R.A dos Açores. Apesar que este projeto terá visitantes nas atividades desenvolvidas fora do espaço do centro interpretativo de património arqueológico subaquático, a criação do centro interpretativo é a ideia principal e por isso, a pesquisa de mercado foi feita só em torno deste mercado de museus de arqueologia em Portugal para se saber o que o centro interpretativo pretende atingir ao nível do número de visitantes. Tendo em consideração o mercado, este projeto e a ideia do centro interpretativo é uma ideia inovadora no mercado pois irá ter uma exposição muito mais interativa, interessante e menos informativa do que os museus de arqueologia, irá valorizar o património arqueológico subaquático no seu todo, pretendendo explorar todas as suas vertentes, terá um preço mais reduzido do que maior parte do que os museus arqueológicos em Portugal e as atividades que o projeto irá desenvolver são muito inovadoras e não são feitas iguais em qualquer outro museu de arqueologia. Assim, este projeto pretende valorizar o património arqueológico subaquático, de maneira a se destacar dos demais no mercado. 2.1.5. Identificação das oportunidades e ameaças (Matriz SWOT) A matriz SWOT destina-se a identificar as relações mais relevantes entre as principais tendências externas, previamente identificadas, relativamente à previsível evolução do contexto e os resultados de um estudo efectuado ao diagnóstico interno da organização cultural. Esta matriz normalmente culmina com um laborioso trabalho de análise dos desafios do contexto e das capacidades do Projeto cultural (pontos fracos e pontos fortes) para lhes fazer frente. No fundo pretende-se avaliar que pontos fortes nos ajudam diretamente a explorar esta oportunidade e que pontos fracos nos causam obstrução a explorar uma determinada oportunidade. Fazer uma lista para os quatro tópicos principais da análise SWOT é extremamente importante, na medida em que ajuda não só a ter uma visão mais realista do Projeto, como também na prevenção de certas dificuldades que possam ser encontradas no caminho. Também permite ter uma maior e melhor consciência e conhecimento do mercado à nossa volta. Assim: Forças: • Ideia nova no mercado; • Equipa de projeto multidisciplinar e polivalente dedicada e com vontade de levar o Projeto ser um sucesso. • Infraestruturas bem localizadas e de ótima qualidade • Empreendedorismo, dinamismo, dedicação e força de vontade; • Experiência, interesse e visibilidade das entidades que apoiam o projeto; Fraquezas: • Meio envolvente reduzido e com pouca população; • Limitação orçamental • Problemas de logística nas atividades a desenvolver fora da ilha do Faial Oportunidades: • Dinamização da cultura e património arqueológico subaquático dos Açores; • Promoção da proteção do património e enaltecimento para a importância da sua passagem para as gerações atuais e futuras; • Experiência profissional adquirida; • Fomento da democratização da cultura dos residentes; • Fortalecimento da oferta cultural da região; • Parcerias com diferentes instituições e promotores que serão importantes para todas as atividades a desenvolver Ameaças: • Ligeira instabilidade financeira causada pela Guerra da Ucrânia-Rússia • Surgimento de produtos culturais similares no mercado local (improvável, mas possível). 2.2. Plano de Marketing 2.2.1. O(s) Produto(s)/O(s) Serviço(s) Os produtos e os serviços que este projeto oferece são a exposição do património arqueológico subaquático no centro interpretativo, a produção de um roteiro dos parques arqueológicos subaquáticos dos Açores e as excursões de mergulho aos sítios arqueológicos subaquáticos da ilha do Faial. A exposição será feita no centro interpretativo, no local já referido anteriormente, terá diversas salas com diversos vestígios arqueológicos e outras coisas. A escolha das peças será determinada sobretudo pelo facto de se conseguir autorização para retirar alguns vestígios arqueológicos que se encontram debaixo do mar ou pedir empréstimo a organizações ou outros museus que tenham este tipo de peças que agregam à exposição. Aqui, tanto o curador como o investigador devem estar presentes e tentar fornecer informações sobre a exposição, a história e uma informação mais técnica e teorizada do assunto. As peças encontrar-se-ão dispostas da maneira que o curador achar mais indicado, tendo em conta o seu conhecimento e experiência na área da montagem e desmontagem de exposições. O roteiro realizar-se-á por todos os Açores pois, será um processo de estudo, investigação e identificação de todos os parques arqueológicos subaquáticos presentes em cada ilha. Neste caso será feita uma identificação de cada parque, será posto por ordem cada um transformando assim numa viagem pelo património arqueológico subaquático dos Açores e irá se descrever pormenorizadamente cada um dos sítios. Isto é muito importante porque geralmente aquilo que se promove nas visitas de turistas a naufrágios é apenas um ou dois sítios e não uma escala que envolva o arquipélago todo e a criação deste roteiro irá possibilitar dar a conhecer os sítios arqueológicos todos e assim Por fim, será feito um documento pormenorizado com cada local e cada detalhe sobre os mesmos. Este serviço será feito em conjunto com o Centro das Humanidades, o Núcleo da Universidade dos Açores e estarão presentes o gestor do património, os voluntários, o investigador e os investigadores do CHAM. Quanto às excursões de mergulho, estas vão acontecer somente na ilha do Faial e consiste em excursões de mergulho aos parques arqueológicos subaquáticos da ilha do Faial. A empresa de mergulho Central Sub será bastante informada sobre o tema para que não levem os turistas aos vestígios arqueológicos subaquáticos e não deem nenhuma informação sobre os mesmos por isso, previamente ao início desta atividade o gestor do património e o investigador do projeto fornecerão todas as informações históricas sobre os locais para que os mergulhadores da Central Sub expliquem as mesmas aos turistas ao chegar aos locais. As excursões serão feitas primeiro por barco até ao local com as explicações anteriores e depois os mergulhadores irão acompanhar os turistas no fundo do mar. Neste serviço participarão como já foi dito anteriormente o gestor do património e o investigador no planeamento do projeto, os mergulhadores da Central Sub e poderão intervir algum técnico e voluntário do projeto para ajudar no enriquecimento da experiência para não ser só somente os mergulhadores. 2.2.2. O Preço O preço do produto e dos serviços culturais disponibilizados pelo projeto estarão sempre em conformidade com os gastos que serão necessários para a realização dos mesmos, a margem de lucro do espaço, assim como o nível de vida do público alvo do projeto. O preço de entrada para o centro interpretativo seria de 6 euros, sendo que pode variar conforme os visitantes sejam crianças, adultos, idosos, grupos escolares, entre outros. Mediante negociação prévia com escolas e outros estabelecimentos de ensino, o preço por pessoa baixaria ligeiramente, não só por trazerem um grande grupo mas também como forma de facilitar e promover a cultura local aos mais jovens. Quanto às excursões de mergulho, estas teriam o valor de 60 euros, o que pode parecer um valor elevado mas tendo por base um valor normal cobrado por uma empresa de mergulho, acrescenta-se um valor da “experiência” que os turistas terão ao visitar o património arqueológico subaquático e também para não falar que seriam mergulhos demorados com várias viagens também de barco de um sítio arqueológico para o outro. Os valores podem variar conforme o pack escolhido, se é preço de grupo, entre outros aspetos. 2.2.3. A Distribuição Todos os produtos e serviços referidos anteriormente estarão distribuídos tanto no centro interpretativo no caso da exposição, localizado na ilha do Faial, que será também o “centro de operações do projeto” e, no caso das excursões de mergulho também na ilha do Faial. No caso do roteiro este será distribuído no geral por cada ilha dos Açores pois será feito um trabalho em cada uma delas se for necessário. 2.2.4. A Comunicação A divulgação de todo o projeto será feita através da afixação de cartazes pela ilha do Faial, e depois numa divulgação mais extensiva a divulgação do projeto através dos websites e redes sociais da Câmara Municipal da Horta e da Secretaria Regional da Educação e dos Assuntos Culturais e também utilizar o sistema de mailing dos mesmos como forma de fazer chegar a publicidade do evento aos demais interessados, a promoção através dos jornais e portais de notícias dos Açores, criação de um site para dar a conhecer o projeto e todas as suas vertentes e trazer mais visibilidade. As outras entidades promotoras do projeto que não foram referidas como o CHAM e o Central Sub também ajudam na promoção e divulgação do projeto através dos seus sites e redes sociais pois, no seus casos beneficiarão muito também porque, é uma promoção do seu trabalho. Para melhor saber como e que conteúdo apresentar no ato de informar o publico, o investigador deve realizar um pequeno inquérito a pessoas dentro dos critérios pré-definidos para o públicoalvo; assim, e só depois de se analisarem as respostas de vários inquéritos, o investigador e o gestor do património saberão melhor o que deve ser comunicado, como e de que forma. Este inquérito também poderá ser usado para se melhorar o tentar saber mais sobre determinado aspetos relativos ao projeto e sobre as suas EDP`S. III – Estudo Económico-Financeiro do Projeto III.1) PLANO DE EXPLORAÇÃO PREVISIONAL 1.3 Prestação de Serviços Classe Classe 7Rendiment os Conta Subconta Especificação Serviço A Exposição Custo 101 760€ 72- Prestação de Serviços Excursões mergulho de Serviço B Total Prestação Serviços 407 040€ de de ---------------------- --------------------- 508 800€ Serviço A Exposição Taxa de Serviço B Crescimento Reais da Prestação de Serviços Excursões mergulho 11.9% de Total da Prestação de Serviços durante -------------------os 32 meses do projeto 8.15% 20.05% 1.3.1 Justificação O projeto “Culture under Sea” têm como grande base o que já foi referido anteriormente por várias vezes: uma exposição, um roteiro e mergulhos turísticos. O bilhete para a visita da exposição terá o custo de 6€, e as excursões de mergulho terão o custo de 60€ e prevê-se um total de proveitos e ganhos à volta dos 508 800€ durante os 2 anos e 8 meses em que o projeto estará em vigor. Para obter estes valores, na conta da prestação de serviços para o cálculo de dos serviços, calculei através da multiplicação do valor do serviço, com o número de médio de visitantes que a exposição teria por mês, com o número de meses que o projeto estaria em vigor e por fim multipliquei pela taxa média de inflação em Portugal(10.6%) ou seja, as contas foram assim: Serviço A- 6 x 50 x 32 x 10.6=101 760€; Serviço B- 60 x 20 x 32 x 10.6= 407 040€. Na contabilização da taxa de crescimento real da prestação de serviços, para os serviço A e B, calculei a taxa média de crescimento anual das vendas dos serviços e subtraí pela taxa de inflação ou seja, Taxa de Crescimento Real = Taxa de Crescimento - Taxa de Inflação. Para chegar ao valor da taxa média de crescimento anual, calculei o valor de vendas que os serviços teriam em cada ano e do valor de vendas por exemplo do primeiro ano calculei qual era a percentagem que esse valor representava no valor total de vendas durante todos os anos do projeto e por fim, essa percentagem subtraí pela taxa média de inflação de Portugal que é 10.6% e assim deu 11.9% de taxa de crescimento real para o serviço A e 8.15% no serviço B. A taxa de crescimento real da prestação de serviços do projeto é de 20.05%. 1.4 Fornecimento e Serviços Externos Classe Conta Subconta Publicidade propaganda Energia fluidos Especificação e Cartazes, banners, panfletos flyers Classe Gastos e e Eletricidade, água e Combustíveis Comunicações 62Fornecime 6- nto e Serviços Externos Custo Internet telemóvel 400€ 260€ x 32 meses e 160€ x 32 meses Seguros Deslocações, estadias e transportes Total do Fornecimento e Serviços Externos durante os 32 Seguro Obras de Arte 1200€ x 32 meses Deslocações entre-ilhas 9000€ 56 580€ meses projeto do ------------------ 1.4.1 Justificação Quanto aos fornecimentos e serviços externos, a organização terá uma despesa associada à necessidade de promover o evento através de panfletos, flyers, cartazes e banners, que serão distribuídos um pouco por toda a ilha do Faial, em estabelecimentos por toda a cidade e até distribuídos diretamente às pessoas e também nas deslocações do projeto para outras ilhas. Esta publicidade e propaganda terão um custo de 400€. Este custo estará dividido entre um total de 20 cartazes, 300 panfletos, 300 flyers e 5 banners. A energia e fluidos ou seja, as despesas de eletricidade e água serão de 230 euros em média por mês. Quanto às comunicações (Internet e Telemóvel), estas corresponderiam ao pagamento de 160 euros por mês. Nos seguros, o projeto pagará um seguro de obras de arte neste caso para proteger as obras( património arqueológico) do centro interpretativo no que toca ao transporte, incêndio, inundação, roubo, entre outros. O projeto terá de se deslocar várias vezes entre as ilhas dos Açores sobretudo, para a realização do roteiro por isso, o projeto terá despesas relativas a deslocações, estadias e transportes que representam 5000 euros no fornecimento e serviços externos. Nesta conta do Fornecimento e Serviços Externos não foi incluído subcontratos, honorários e serviços especializados porque, estes parâmetros já foram tratados nos gastos com o Pessoal. Quem entra neste parâmetro é o vigilante, que será um subcontratado da empresa Securitas por ser a empresa mais utilizada na ilha do Faial e a auxiliar de limpeza que será também um subcontrato de uma empresa externa. Nos gastos com Pessoal já foi abordado os seus salários na subconta Remunerações, daí não ter sido abordado neste ponto para não haver repetição nem provocar erros nas contas. Todos os cálculos associados a essas despesas foram realizados com base nos preços atualmente praticados e foi feita uma pesquisa dos mesmos, tendo por base uma estimativa dos recursos que seriam necessários durante os 32 meses de duração do projeto. O total estimado do Fornecimento e Serviços Externos é de 56 580€. 1.5 Gastos com Pessoal Classe Conta Subconta Especificação Gestor Património Remunerações do pessoal Custo do 900€ x 32 meses Investigador 800€ x 32 meses Técnico 800€ x 32 meses Curador 900€ x 32 meses Vigilante 850€ x 32 meses Auxiliar limpeza Subsídio férias Benefícios pósemprego Subsídio Natal de 740€ x 32 meses ( (Valor Bruto x 12 meses) / (40 horas sem anais x 52 semanas) ) x 8 horas x 2 dias x número de meses de trabalhados de 100% do salário bruto Taxa de segurança social sobre as remunerações dos trabalhadores Segurança Social 23,75% 63Gastos Classe 6com Gastos Pessoal Seguro Acidentes Trabalho de de Total de gastos com pessoal durante os 32 meses do projeto 2% da massa salarial ------------------ 243 031€ 1.5.1 Justificação O projeto “Culture under Sea” obriga à contratação de um Gestor do Património durante todo o período do projeto, requerendo um ordenado base para os 6 meses. Também serão necessários um Técnico, um Investigador e um Curador para se reunirem as informações e condições necessárias para saber mais sobre o possível desenvolvimento do projeto e, posteriormente, para o acompanharem e colaborarem com o Gestor nas suas diversas fases. A limpeza e a vigilância serão subcontratados de empresas destes ramos. O voluntário escolhido não terá qualquer tipo de custo (estágio curricular ou apenas experiência profissional). O projeto financiado pela Câmara Municipal da Horta e pela Direção Regional da Educação e Assuntos Culturais pagará o salário bruto de cada funcionário, os benefícios pós-emprego como o subsídio de férias e subsídio de natal, a taxa da segurança social e o seguro de acidentes de trabalho. No quadro acima, foi feito o cálculo dos valores que representam o subsídio de férias, subsídio de natal, taxa da segurança social e seguro de acidentes de trabalho e o que estes implicam em cada remuneração do pessoal. O cálculo do subsídio de férias foi feito com esta fórmula: (Valor Bruto x 12 meses) / (40 horas sem anais x 52 semanas) ) x 8 horas x 2 dias x número de meses trabalhados. O subsídio de natal foi fácil de calcular porque quase sempre representa 100% do valor bruto, a menos que o funcionário não tenha completado um ano de trabalho. A taxa da segurança social sobre as remunerações do pessoal foi calculada através do Salário Bruto x 23,75%, que é a taxa normal da segurança social, que a organização cultural tem de pagar mensalmente. O seguro de acidentes de trabalho representa 2% da massa salarial. O valor representado do total de gastos com pessoal é referente aos 32 meses do projeto e foi calculado através duma soma de tudo. 1.6 Plano de Investimento O Plano de Investimento consiste na descrição e escalonamento temporal dos investimentos previstos. Destes irão fazer parte as despesas em ativos fixos tangíveis e intangíveis e também o fundo de maneio. Neste plano de investimento irá se abordar os ativos fixos tangíveis e intangíveis que se vão utilizar no projeto, os respetivos valores de investimento, o respetivo montante gasto por mês e por fim, o cálculo das amortizações. Este escalonamento temporal e descrição dos investimentos é muito importante para a correta elaboração do Plano de Financiamento. 1.6.1 Descrição do Investimento O investimento inicial deste projeto vai depender dos valores que a Câmara Municipal da Horta e a Direção Regional da Educação e dos Assuntos Culturais irão dispor e estes valores vão ser discriminados nos pontos seguintes. Os investimentos serão utilizados para adquirir os recursos e bens necessários à atividade da organização cultural. O primeiro investimento será nas infraestruturas do centro interpretativo ou seja, nas obras de adaptação de um edifício já existente à ideia do centro interpretativo. Para isto será preciso todo um trabalho em conjunto com um arquiteto e engenheiro, estes funcionários da Câmara Municipal da Horta, para obter um edifício moderno e adaptado à ideia do projeto. Neste investimento, os custos vão ser todos da Câmara Municipal, que ajudará muito pois irá dispor recursos financeiros e os seus trabalhadores para a construção do centro interpretativo. Depois da construção do centro interpretativo, será necessário um investimento em recursos materiais e técnicos, sendo estes Cadeiras, Mesas, Vitrines, Plintos, Papel, Canetas, Painéis de pladur, paletes de madeira, empilhadora, caixa de poliproplileno, Placas PVC, Scanner, Impressora, Computador, Máquina fotográfica, Focos de iluminação, Telemóvel, entre outros. Acredito que será também necessário comprar um transporte para o projeto, nomeadamente uma carrinha. Quanto aos ativos intangíveis, aqui será incluído as licenças que serão necessárias para a realização de trabalhos arqueológicos subaquáticos e recolha de bens do património cultural subaquático a obter do Ministério da Cultura e do Instituto Português da Arqueologia, segundo o “DL n.º 164/97, de 27 de Junho”(Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa) e depois licença para obtenção de autorização para trabalhos arqueológicos pelo Conselho do Governo Regional dos Açores, segundo o “Decreto Legislativo Regional n.º 27/2004/A de 24 de Agosto”(Diário da República, 2004). 1.6.2 Justificação do Investimento Classe Conta Subconta Edifícios outras Construções Equipamento básico Classe 4Investimen 43- Ativos Fixos tos Tangíveis Especificação Custo e Construção do Centro interpretativo ---------------- Vitrines(10) 5000€ Plintos(5) 400€ Painéis pladour(10) Placas PVC(40) 200€ Focos de iluminação(50) 4000€ Máquina fotográfica(2) 1100€ Equipamento de Armários(4) Armazenagem 1500€ Prateleiras(8) 400€ Paletes de madeira(10) 1000€ Caixas de polipropileno canelado(50) Película transparente( 200 metros) 1100€ 40€ Pano cru(10 metros) 300€ Empilhadora(1) Equipamento Cadeiras(10) Auxiliar e Administrativo Mesas(10) Papel(10 resmas) 500€ 800€ 1500€ 70€ Canetas(30) 15€ Lápis(20) 15€ Capas(15) 30€ Dossiers(30) 70€ Caixotes lixo(4) do 16€ Equipamento de Scanners(1) Informática 300€ Impressoras(1) 400€ Computador(3) 1000€ Notebook(2) 1200€ Telemóvel(1) 200€ Equipamento de Transporte Carrinha(1) Depreciações Acumuladas 20 000€ ------------------ 42 000€ Ativos Intangíveis Classe Conta Subconta Classe 444Ativos Estudo Investimento Projetos Intangíveis s Especificação Custo Licenças: Portaria n.º 269/78; Portaria nº 195/79; licença do e Conselho do Governo Regional dos Açores -------------------- Quanto ao escalonamento temporal, o primeiro investimento vai ser logo nos ativo intangíveis, ou seja, na obtenção das licenças e isto vai corresponder aos primeiros dois meses do projeto. Depois, do centro interpretativo estar construído irá se investir em todo o que diz respeito ao equipamento básico, auxiliar e administrativo, de transporte, equipamento de armazenagem e equipamento de informática e isto será feito a partir do 4º mês do projeto. No 7º mês do projeto irá se investir em uma carrinha, no que toca ao equipamento de transporte. 1.6.3 Investimento Total O investimento total em ativos fixos tangíveis e intangíveis é de 42 000 euros, sendo que no caso dos ativos intangíveis não há valor monetário porque são licenças. 1.6.4 Investimento a Amortizar e Cálculo das Amortizações Ativos tangíveis fixos Taxa amortização de Vida útil Valor de desvalorização a cada ano Edifícios e outras Construções Equipamento básico(9600 €) Equipamento de Armazenagem(4840 €) Equipamento Auxiliar e Administrativo(2516 €) 5,00% 20 anos -------------------- 14,28 % 7 anos 1370 € 14,28 % 7 anos 691,152 € 10,00 % 10 anos 252,6 € Equipamento de Informática(3100 €) 25,00 % 4 anos 775 € 5,00% 4 anos 1000 € Vida útil Custo Equipamento de Transporte(20 000 €) Ativos intangíveis Taxa amortização de Estudo e projetos 33,33 % 3 anos ---------------- Justificação Este cálculo das amortizações consistiu sobretudo em saber quanto desvalorizará por cada ano cada ativo fixo tangível e intangível. No quadro acima, pode-se ver o total que será investido para cada ativo, a taxa máximas de amortização, a vida útil estimada de cada um e o valor de desvalorização do ativo a cada ano por exemplo, a cada ano do projeto o equipamento básico terá uma desvalorização de 1370 euros sobre o valor de 9600 euros que foi investido inicialmente. Para se obter estes valores fez-se um cálculo do valor total investido em cada ativo com a taxa de amortização e obteve-se os valores acima representados. 1.7. PLANO FINANCEIRO E DE FINANCIAMENTO Este projeto necessitará de muitos meios e recursos pela magnitude do projeto e variedade de atividades que irá dinamizar e apesar do financiamento que irá obter da Câmara Municipal da Horta e da Secretaria Regional da Educação e dos Assuntos Culturais, sabe-se que os fundos de que se dispõem são sempre escassos em relação aos fins a que se pretende atingir mas, vai caber ao projeto e à sua equipa encontrar a maneira mais inteligente de utilizar estes fundos financiados. No caso deste projeto, o plano financeiro e de financiamento será constituído sobretudo, por capitais alheios. 1.7.1 Financiamentos Obtidos não correntes (Empréstimos de Médio e Longo Prazo) A análise económico-financeira deste projeto tem em consideração todos os estudos que interessam ou causam impacto ao projeto “Culture under Sea” nos anteriores capítulos ou seja, os estudos de mercado, segmentação e concorrência direta ou indireta. O total de investimento necessário para a criação do “Culture under Sea” foi calculado com base na recolha de todos os fatores necessários e obrigatórios à sua laboração. O financiamento inicial será feito pela CMH para a construção do centro interpretativo e será em torno de 150 000 euros(Ver Orçamento de tesouraria em anexo). Depois da construção do centro interpretativo a SREAC irá financiar o resto do projeto para a aquisição de todos os ativos fixo tangíveis e intangíveis referidos anteriormente, que é o material que vai ser utilizado para a exposição permanente do património arqueológico subaquático dos Açores no centro interpretativo e, no caso dos ativos intangíveis a obtenção das licenças, e vai financiar os serviços que o projeto irá fornecer, que já foram ditos anteriormente, a realização do roteiro e das excursões de mergulho. No caso do roteiro, só irá financiar os custos relacionados às deslocações que serão preciso fazer às outras ilhas pois, como já foi dito anteriormente no desenho do projeto, a realização do roteiro será feita em conjunto com o Centro das Humanidades(CHAM) e o mesmo já é financiado inteiramente pela Fundação para a Ciência e Tecnologia(FCT), então será feito uma proposta do projeto com o CHAM para o pedido de ajuda e financiamento ao FCT para a realização deste roteiro. Apesar de não se poder constatar um valor exato de financiamento por parte do FCT porque o CHAM é inteiramente financiado pelo mesmo, o financiamento do FCT também entra para este projeto e é importante referir que este financiamento irá cobrir todos os custos de material necessário para os trabalhos arqueológicos subaquáticos. Por fim, o papel do financiamento da SREAC irá ter um papel sobretudo, de um capital de entrada para o início de atividade do projeto, já que numa fase inicial o mesmo não irá ter receitas suficientes para se sustentar. O investimento da SREAC irá ser distribuído durante os primeiro dois anos do projeto e irá ser de 350 000 euros(Ver em orçamento de tesouraria em anexo) As receitas previstas com a elaboração deste projeto, dependente na sua totalidade através do dinheiro que entra em caixa com a venda de bilhetes de entrada para o centro interpretativo e da venda das excursões de mergulho trazem uma boa margem de lucro para o projeto e uma alta probabilidade de sucesso, tendo em conta todos os fatores anteriormente referidos e os estudos realizados durante a preparação do projeto. 1.8 Análise da Viabilidade Económico-Financeira do Projeto Todo o plano desenvolvido nos pontos anteriores permite analisar a viabilidade do seu plano em todas as suas componentes e este ponto, que é a análise da viabilidade e rentabilidade do projeto, serve de seguimento aos mesmos, para perceber se o projeto é uma boa decisão de investimento. Este projeto só irá para a frente por causa do financiamento e investimento da CMH e da SREAC e, por isso, estas entidades são as grandes impulsionadoras do projeto por perceberem que este projeto é inovador e quer aproveitar o património arqueológico subaquático como um novo produto para incentivar o turismo cultural. Este projeto como já foi dito anteriormente irá ter fins lucrativos e irá obter rendimentos próprios após o apoio da CMH e da SREAC, como capital de entrada para o início de atividade do projeto. Através do estudo realizado no capítulo III (Estudo Económico-Financeiro do Projeto), o cálculo entre as contas dos gastos com o pessoal, ativos fixos tangíveis e intangíveis e a conta dos rendimentos nomeadamente, os fornecimentos e serviços externos, afirma que o projeto irá ter um lucro, durante o período de 2 anos e 8 meses, de 167 189€. Assim sendo, e novamente tendo em conta todos os tópicos abordados anteriormente, pode-se concluir que o “Culture under Sea”(Centro interpretativo do património subaquático dos Açores) possui as bases necessárias para ser um projeto viável, tanto a nível económico como financeiro e segundo a análise da viabilidade económico-financeira do projeto as receitas líquidas de despesas associadas ao Projeto compensam a despesa resultante do custo desse Projeto. Para também perceber melhor a análise de viabilidade o projeto também é importante ver o Orçamento de Tesouraria em Anexo. 1.9 Orçamento de tesouraria O orçamento de tesouraria que foi feito e que está em anexo é o comum orçamento anual de tesouraria por isso, os valores vão ser relativos só a um ano de projeto ou seja, de outubro de 2022 a outubro de 2023, neste caso 13 meses, e não são correspondentes aos abordados anteriormente nos quadros das contas de gastos e rendimentos ou seja, vão ser valores consideravelmente menores do que os valores relativos ao período definido para o projeto que é 2 anos e 8 meses. Neste orçamento de tesouraria expus tanto os recebimentos (financiamentos e serviços prestados) como pagamentos(Gastos com pessoal, fornecimento e serviços externos e ativos fixos tangíveis e o orçamento de tesouraria começa com o saldo inicial onde no caso deste projeto começa sempre com o valor dos financiamentos por parte da CMH e SREAC, que são subtraídos pelos pagamentos, dando no fim do orçamento o Saldo Final ou seja, o Saldo Final é o Saldo Inicial+Recebimentos-Pagamentos. No caso deste projeto, o orçamento de tesouraria concluiu que, no prazo de 13 meses que o projeto irá ter um lucro de 167 392€. CONCLUSÃO Em suma, este trabalho do desenho do projeto abordou na definição do projeto de gestão do património o conceito e fases do projeto, as variáveis atuantes na gestão de projetos, qual a equipa do projeto, no planeamento de projetos de gestão do património a missão e objetivos do projeto, qual o plano de trabalho, o planeamento do projeto no software e manual e, por fim, na ideia do projeto o tipo de património abordado no desenho do projeto e o desenho do projeto. Resumindo, o desenho do projeto com as ideias-base, o conceito e objetivos do projeto, a missão do projeto, a estimativa dos prazos e criação de gráficos e organogramas serve como um préplaneamento do projeto. Este projeto de Gestão do Património em Património Arqueológico tem como principal objetivo a divulgação, promoção, preservação e conhecimento do património arqueológico subaquático dos Açores e da ilha do Faial, sendo que optei pela criação de um Centro Interpretativo para expor este património arqueológico e assim dar a conhecer o mesmo. De acordo com o que foi feito no Desenho de Projeto, o mesmo pode avançar e ser bem-sucedido, através de financiamento por parte das entidades da Direção Regional de Educação e Assuntos Culturais e da Câmara Municipal da Horta. Como gestor do projeto omeu objetivo é utilizar as técnicas de gestão e teorias científicas para cumprir com as tarefas que tem a meu cargo. Este projeto contribui bastante para a gestão do património. Todo ele é pensado com alguns objetivos predelineados que vão de encontro aos melhores interesses que um Gestor do Património deve ter, se quiser ser bem sucedido e cumprir com a sua tarefa da melhor maneira possível: dar a conhecer o património (neste caso, património arqueológico), dinamizá-lo, enriquecer culturalmente todos aqueles que se cruzem com o mesmo e apelar à sua proteção, para que todos nós possamos usufruir dele no futuro. Todos os projetos possuem algumas limitações que devem ser ultrapassadas para que tudo corra conforme planeado. Neste caso, a primeira limitação foi encontrar ideias que pudessem agregar ao projeto para o mesmo ter conteúdo suficiente. Depois uma das maiores limitações do projeto foi saber como funcionar com o software e saber quais as tarefas a levar cabo no projeto. De seguida, um dos entraves foi o planeamento da programação cultural ou seja, quais as atividades a se estabelecer para além da exposição do centro interpretativo. Por fim, será como na grande parte dos eventos culturais deste género, conseguir cativar um bom número de pessoas para o visitarem. No entanto, e para se ultrapassar o entrave, isto obriga a um maior empenho no que toca à área do Marketing Cultural e uma maior criatividade no que toca aos conteúdos presentes no projeto. Para concluir, acredito que este projeto tenha as bases suficientes e as ideias gerais para ter sucesso e penso que é uma ótima iniciativa de preservação e dinamização do património arqueológico subaquático dos Açores. A elaboração deste projeto de Gestão do Património em Património Arqueológico foi bastante interessante e produtiva e possibilitou-me perceber como funciona na sua grande parte um projeto de gestão do património, os seus problemas e como achar soluções para resolvê-los. Para além de estar a rever matéria aprendida nos últimos três anos (durante as UC’s de Gestão Cultural), é também muito bom poder aplicá-la num trabalho que, para todos os efeitos, pode mesmo existir na prática. Para além disto, demonstrou-me qual o serviço do gestor do património e as suas competências e como deve planear e pensar diariamente na conceção dos seus projetos para que tudo corra conforme estabelecido previamente, utilizando técnicas de gestão e teorias científicas para cumprir com as tarefas que tem a seu cargo. BIBLIOGRAFIANÃO EXISTEM ORIGENS NO DOCUMENTO ATUAL. ALEIXO, Teresa(2010). O ARQUEOTURISMO NO DOMÍNIO DO PATRIMÓNIO NÁUTICO E SUBAQUÁTICO. Dissertação de Mestrado. Lisboa: Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril. Disponível em: https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/2387/1/2010.04.004_.pdf. BETTENCOURT, José & BORGES, Luís& NETO, José & PARREIRA, Pedro(2020). Arqueologia em Portugal: estratégias de promoção do património cultural subaquático nos açores o caso da ilha do faial (pp.285-296). Associação dos Arqueólogos Portugueses. Lisboa. Disponível em: https://run.unl.pt/bitstream/10362/114906/1/Art2.12_IIICAAP.pdf. BETTENCOURT, José(2017). Os naufrágios da baía de Angra (ilha Terceira, Açores): uma aproximação arqueológica aos navios ibéricos e ao porto de Angra nos séculos XVI e XVII. Tese de Doutoramento. Disponível em: https://www.academia.edu/42354376/Bettencourt_2017_tese_de_doutoramento. CAMPOS, Ana(2021). Caracterização da Segmentação dos Consumidores do Retalho Alimentar Online: Como adaptar a comunicação ao público-alvo?. Dissertação de Mestrado. Porto: Universidade Católica do Porto. WEBGRAFIA Culture and Creativity(2021). Património Cultural Subaquático dos Açores (Portugal). Comissão Europeia. 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