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Projeto de Gestão do Património em Património Arqueológico André da Silva Couto (1)

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ESCOLA
SUPERIOR
DE EDUCAÇÃO
POLITÉCNICO
DO PORTO
L
Gestão do Património Cultural
Gestão Cultural III
“Culture Under Sea”
Desenho do Projeto de Gestão do
Património em Património
Arqueológico
11/2022
Politécnico do Porto
Escola Superior de Educação
André da Silva Couto
Desenho do Projeto de Gestão do Património em Património
Arqueológico: Centro interpretativo do património arqueológico
subaquático do Faial
Tipologia Desenho de Projeto
Licenciatura em Gestão do Património Cultural
Docente: Prof.ª Doutora Maria Inês Ribeiro Basílio de Pinho
Porto, Novembro de 2022
ÍNDICE
-INTRODUÇÃO
Parte 1- Desenho do Projeto de Gestão Cultural
1. Definição do tipo de projeto de Gestão do Património..........................................................5
1.1 Conceito e fases do projeto...................................................................................6
1.2 Variáveis atuantes na Gestão de projetos....................................................................8
1.3 Equipa do Projeto..................................................................................................10
2. Planeamento de Projetos de Gestão do Património......................................................14
2.1 Missão e objetivos do projeto.................................................................................14
2.2 Criação de um plano de trabalho.............................................................................16
2.3 Planeamento de Projeto com Recurso a Suporte Informático................................20
2.4 Estimativa dos prazos do projeto..............................................................................21
3. Ideia do Projeto.......................................................................................................22
3.1 Tipo de Património.....................................................................................22
3.2 Desenho do projeto.....................................................................................23
Parte 2- Projeto de Gestão Cultural
I – Apresentação Sumária do Projeto Cultural......................................................................28
1. Identificação do Promotor....................................................................................................28
1.1. Identificação do Promotor Principal .......................................................28
1.2. Identificação de Outros Promotores....................................................................29
1.3. Caracterização da Atividade ................................................................................ 31
1.4. Experiência e Capacidade de Gestão dos Principais Responsáveis da Organização
Cultural...................................................................................................35
1.4.1. Experiência dos Promotores nas diversas Áreas do Projeto......................................... 35
1.4.2. Principal motivação de cada Promotor .....................................................................37
1.4.3. Diagnóstico dos Promotores – pontos fortes e fracos...............................................38
2. Forma Jurídica da Organização Cultural Promotora...........................................................39
2.1. Forma Jurídica da Organização Cultural...................................................................40
2.2. Denominação e Localização da Organização Cultural ....................................................41
II - Orientação Estratégica da Organização Cultural .........................................................40
1. Descrição Sumária do Projeto..............................................................................................40
1.1. O que faz.........................................................................................................................41
1.2. Como faz......................................................................................................................42
1.3. Que fatores utiliza .........................................................................................................44
1.4. Como vende.................................................................................................................45
2. Análise e evolução do mercado ....................................................................................46
2.1. Pesquisa de mercado .....................................................................................................46
2.1.1. Definição da natureza do meio envolvente à organização............................................46
2.1.2. Levantamento das influências do meio envolvente (PESTEL) ....................................48
2.1.3. Identificação das influências competitivas-chave (Análise Estrutural - Modelo de
Michael Porter).................................................................48
2.1.4. Identificação da posição estratégica/competitiva da organização cultural/do
projeto.................................................................................................................49
2.1.4.1. Análise dos concorrentes.....................................................................................49
2.1.4.2. Análise dos fornecedores.........................................................................................49
2.1.4.3. Análise da segmentação dos mercados/consumidores (público-alvo)........................50
2.1.5. Identificação das oportunidades e ameaças (Matriz SWOT) .....................................55
2.2. Plano de Marketing...............................................................................................55
2.2.1. Os produtos/serviços..............................................................................55
2.2.2. O preço .................................................................................................57
2.2.3. A distribuição.........................................................................................57
2.2.4. A comunicação.......................................................................................57
III – Estudo Económico-Financeiro do Projeto......................................................................58
1.Plano de Exploração Previsional .................................................................................58
1.3 Prestações de Serviços...........................................................................................59
1.3.1 Justificação..............................................................................................................59
1.4. Fornecimentos e Serviços Externos ....................................................................60
1.4.1. Justificação..................................................................................................................61
1.5. Gastos com o Pessoal.............................................................................................61
1.5.1 Justificação...............................................................................................................62
1.6. Plano de Investimento ...........................................................................................64
1.6.1. Descrição do Investimento..........................................................................................64
1.6.2. Justificação do Investimento........................................................................................65
1.6.3. Investimento Total........................................................................................................68
1.6.4 Investimento a Amortizar e Cálculo das Amortizações..............................................68
1.7. Plano Financeiro e de Financiamento..........................................................................70
1.7.1 Financiamentos Obtidos não correntes (Empréstimos de Médio e Longo Prazo)…......70
1.8. Análise da Viabilidade Económica-Financeira do Projeto...............................................71
1.9. Orçamento de tesouraria..................................................................................................72
-CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA....................................................................................................................75
Webgrafia.............................................................................................................................75
INTRODUÇÃO
O arquipélago dos Açores corresponde a um dos sítios, ao nível mundial, com maior potencial
patrimonial nas suas águas. O Património Cultural Subaquático dos Açores consiste numa rede
de 30 sítios de mergulho públicos onde se encontram destroços de naufrágios ocorridos entre
os séculos XV e XX. Estes sítios são representativos da totalidade do património subaquático
dos Açores, que é constituído por mais de mil navios naufragados e inclui cerca de cem sítios
arqueológicos subaquáticos identificados. Como açoriano tenho o conhecimento do potencial
que este património arqueológico subaquático tem para dar a conhecer o valor histórico que o
mar dos Açores esconde e a importância do mesmo para criar um novo produto de turismo
cultural que possa abrir novas portas e trazer novos caminhos para a economia regional. Por
isso, decidi criar um projeto de criação de um centro interpretativo na ilha do Faial que, seja
uma alternativa para preservar e dar a conhecer o património existente no mar dos Açores
sobretudo, para aqueles que não têm oportunidade ou capacidade para mergulharem e visitarem
os vestígios arqueológicos subaquáticos na costa da ilha do Faial. Sobretudo, o projeto visa
tornar o património arqueológico subaquático da região dos Açores num novo produto turístico.
A escolha deste tipo de património ou seja, o património arqueológico, que está dentro do
património histórico, foi por saber o valor e a importância que o património arqueológico tem
para contar a história de algo, de um povo, e os vestígios arqueológicos constituem testemunhos
com valor de civilização ou de cultura, portadores de interesse cultural relevante e refletem
valores de memória, antiguidade, autenticidade, entre outros e a sua preservação e estudo
permitem traçar a história da humanidade e a sua relação com o ambiente. Especificamente, o
património cultural subaquático dos Açores, é testemunho do papel dos Açores na história
europeia enquanto ponto central e estratégico no oceano Atlântico na navegação
transcontinental ao longo de muitos séculos. Os naufrágios dos Açores fornecem provas
materiais da expansão dos europeus nos oceanos e dos primeiros passos rumo à globalização
do comércio, das ações militares, da migração, entre outros. Estes navios naufragados são
apresentados como cápsulas do tempo da história europeia e simbolizam diferentes momentos
e diferentes territórios. A dimensão europeia, a natureza transfronteiriça e o papel e o lugar da
história europeia estão bem patentes na história deste sítio.
As metodologias utilizadas para este trabalho foram a pesquisa bibliográfica, importante para
vários dos tópicos ao longo do trabalho, a pesquisa em websites num papel mais secundário,
para complementar quaisquer pontos que necessitem de informação não encontrada na anterior
pesquisa, a utilização de um software para a gestão do projeto que enumera todas as tarefas e
cria a rede Gant e Pert. Por fim, o estudo da matéria lecionada nas Unidades Curriculares de
Gestão dos anos anteriores e no presente ano será também importante para relembrar aspetos
importantes para o projeto e, obviamente, associados à Gestão Cultural.
Este trabalho está organizada em uma parte, o desenho de projeto que se divide em dois
capítulos. O Desenho do Projeto incide num primeiro capítulo e na definição do tipo de projeto
de Gestão do Património, com uma abordagem ao seu conceito e às suas fases, às variáveis
atuantes na sua gestão assim como à equipa de projeto; o segundo capítulo, relativo ao
planeamento do projeto, focando aspetos como a missão e os objetivos, a criação de um plano
de trabalho, o planeamento com recurso a suporte informático e a estimativa dos prazos.
1.DEFINIÇÃO DO TIPO DE PROJETO DE GESTÃO DO PATRIMÓNIO
1.1 CONCEITO E FASES DO PROJETO
Um projeto pode ser definido como uma organização, designada para o cumprimento de um
determinado objetivo, e é dissolvida após a sua conclusão. Este carateriza-se por ser temporário,
ou seja, ter um início e fim definidos, e obedecer a um plano. A criação dos projetos na unidade
curricular de Gestão Cultural III tem como objetivo dinamizar e valorizar o património cultural.
Neste seguimento, a gestão de projetos pressupõe o processo de planeamento, execução e
controlo de um projeto desde o seu início até à sua conclusão, com vista à consecução do
objetivo final num determinado prazo, custo e qualidade através da mobilização de recursos
técnicos e humanos.
Conceito: Este projeto de Gestão do Património em Património Arqueológico que tem como
objetivo a salvaguarda, estudo, promoção, divulgação e preservação do Património Subaquático
dos Açores, bem como a divulgação histórica dos acontecimentos que levaram aos naufrágios
e, consequentemente aos vestígios arqueológicos. Para tal será necessário o desenvolvimento
de atividades e programações que cativem de forma inovadora o público no encontro com o
património arqueológico subaquático, mas também com a história e importância por detrás
deste bem cultural. Por isso, o centro interpretativo será um espaço interativo que vai utilizar
diferentes meios de comunicação de forma a auxiliar e estimular o processo de conexão
emocional e intelectual do visitante ao património e a principal estratégia de apresentação seria
sobretudo, através de cenografia, exposições e programas multimédia. Para além da exposição
permanente, este projeto pretende interligar-se com várias atividades e programações fora do
espaço do centro interpretativo como, a parceria com centros de investigação de arqueologia
para a realização de um roteiro dos parques arqueológicos subaquáticos dos Açores, marcação
de novos sítios arqueológicos subaquáticos e vestígios arqueológicos, entre outros. Também
será proposto no projeto a parceria com uma empresa de mergulho para realização de mergulhos
às pessoas que queiram visitar os parques arqueológicos do Faial no intuito mais de aproveitar
o património arqueológico ao nível do turismo cultural.
Neste sentido, dividir-se-á em três fases distintas: a definição do projeto, a sua conceção e o
planeamento do mesmo. No que consta à definição do projeto, evidencia-se o objetivo que se
quer atingir e define-se a importância relativa ao tempo, custo e qualidade. No que corresponde
ao corrente projeto, o objetivo é divulgar o património arqueológico por detrás da história dos
naufrágios que aconteceram na costa dos Açores e do Faial e através disto, a criação de um
espaço que dê a conhecer mais sobre o património subaquático dos Açores ao público no intuito
de preservar e promover o mesmo e a criação de um conjunto de tarefas fora do espaço do
centro interpretativo que estão relacionadas com a investigação e preservação mas, também
com a promoção do turismo cultural aumentando a perceção do valor cultural deste bem pelos
consumidores. Este projeto funcionará como um instrumento de valorização cultural, de forma
a garantir a preservação e difusão do património arqueológico e valorização e capitalização do
mesmo, ao nível turístico e económico.
A fase da conceção envolve a clarificação dos objetivos e definem-se as principais linhas de
ação obedecendo os prazos estabelecidos de modo a cumprir satisfatoriamente os objetivos
previamente definidos, e serão também identificadas as necessidades. Para isto, realizam-se
estudos de viabilidade, reconhecendo-se alternativas e submetendo propostas, para se obter a
aprovação necessária para avançar. Nesta fase, também é importante localizar potenciais
parceiros para o projeto, públicos ou privados e apoios financeiros, criando protocolos entre
estes e instituição, de maneira atingir os objetivos definidos pelo projeto. Nesta fase são
identificadas as necessidades do projeto como, a necessidade de encontrar um edifício e adaptálo para se construir lá o centro interpretativo, arranjar apoios financeiros do Governo dos Açores
ou mais particularmente da Direção Regional de Educação e Assuntos Culturais e da Câmara
Municipal da Horta, conseguir a autorização para se poder retirar alguns vestígios
arqueológicos do fundo do mar para serem expostos no centro interpretativo, reunir uma equipa
de profissionais competentes e para cada assunto específico e capazes de suprimir as
necessidades. Pode-se salientar como parcerias o Centro de Humanidades(CHAM), a Fundação
para a Ciência e Tecnologia(FCT), a Câmara Municipal da Horta e a empresa de mergulho
Central Sub, entre outras.
A fase de planeamento do projeto é a fase na qual se procede ao levantamento das tarefas a
realizar, que procederão a uma respetiva ordenação e calendarização. Para além disto, é também
nesta fase que se efetuam estudos de mercado, onde se oficializa a criação da organização,
analisando-se as questões legais, onde se adquire o espaço da organização, onde se faz um
estudo de mercado, onde se define os momentos para implementação de eventos, onde se
elabora os estudos de financiamento e obtém-se os fundos essenciais para construir e
desenvolver o projeto, criando o orçamento para tal. Para isto é fundamental o apoio da Câmara
Municipal da Horta no que toca a adquirir um espaço da organização e do financiamento da
Secretaria Regional da Educação e Assuntos Culturais no que toca à análise das questões legais
e do financiamento.
1.2 Variáveis atuantes na gestão de projetos
A gestão de um projeto engloba um conjunto de variáveis fundamentais que o gestor do
património deve ter sempre em conta para o sucesso do mesmo. Só assim será possível obter os
melhores resultados possíveis, objetivo que qualquer pessoa ambiciosa deseja. Todos dispõem
de uma missão, e de um objetivo final e para isso, existem cumprimentos de tempo, qualidade
e custo, assim como limitações a nível de recursos técnicos e humanos. Assim sendo, existe a
necessidade de adquirir recursos como:
1. Recursos Humanos e serviços: É também importante escolher, para a colaboração no
projeto, o melhor pessoal disponível para cada função necessária. Para tal, é essencial a
existência de uma análise dos currículos de cada candidato, tendo em consideração tanto
a formação como as capacidades dos mesmos para a respetiva função. Nos serviços, é
também importante assegurar que, mais uma vez, existe uma ótima relação custoqualidade. Só assim será possível garantir o sucesso do projeto, através de bons acordos
e/ou contratos. Os recursos humanos deste projeto seriam o Gestor do Património,
Investigador, Técnicos, Curador, Voluntários, Auxiliar de limpeza, Vigilante,
Investigadores e técnicos do Centro das Humanidades e Mergulhadores.
Para além dos Recursos Humanos, já referidos anteriormente e que serão aprofundados no
próximo subcapítulo, existem outros:
• Materiais: Cadeiras(10), mesas(10), vitrinas(10), plintos(5), papel(10 resmas), canetas(30);
capas(25); Dossiers(40); Lápis(20); Caixotes do lixo(4); Painéis pladour(10): Placas PVC(40);
Armários(4); Prateleiras(8); Paletes de madeira(10); Caixas de propileno canelado(50); Película
transparente(200 metros); Pano cru(10 metros).
• Técnicos: Scanner(1), impressora(2), computador(3), notebook(2), telemóvel(1), focos de
iluminação (50), máquina fotográfica(2) e empilhadora(1).
Para além disto, é também necessário que exista na organização um conjunto de técnicas de
gestão de projetos, como também os diferentes atributos e pontos fortes/fracos para cada um
dos elementos pertencentes à equipa de realização do projeto, das quais devem destacar-se os
seguintes:
1. Organização e liderança: Em todos os organismos e para que exista organização no
projeto é imprescindível uma liderança. Esta liderança cabe ao Gestor do Património
pelo facto de ser um projeto que será gerido por este e não pela instituição onde se insere
e porque cabe a ele todas as decisões importantes. Assim sendo, o gestor do património
tem então o papel de organizar, liderar e selecionar o pessoal, ser capaz de tomar todo
o tipo de decisões, sejam elas fáceis ou difíceis. Também tem de organizar todo o tipo
de recursos disponíveis para uma maior rentabilidade durante a atividade e ainda
certificar-se de que tudo está a correr conforme planeado durante a execução do projeto.
2. Planeamento e orçamento: Depois de constituída e organizada a equipa de trabalho, é
necessário organizar os recursos e tomar decisões. Na medida em que o tempo é um
fator importante no projeto, é necessário definir-se prazos e metas a realizar dentro do
período de tempo estabelecido. No entanto, estes devem ser prezados para que o projeto
esteja finalizado dentro do prazo inicialmente estabelecido, e de modo a que este tenha
qualidade. Para que haja esta qualidade, é fulcral que o fator custo-tempo esteja
interligado ao longo de todo o projeto, sendo necessário que estes sejam regulados em
conjunto. Neste sentido, o Gestor do Património utilizará técnicas de planeamento,
sendo que neste projeto passam pelo método de GANTT e PERT. Depois procede-se à
realização de um orçamento, distribuindo-o pelas várias áreas necessárias e
aproveitando-o ao máximo, tendo sempre em conta a relação custo-qualidade.
3. Financiamento: Uma variante essencial na composição de um projeto passa pelo
estudo de financiamento, de maneira a selecionar as melhores formas de financiamento
junto dos possíveis colaboradores. O meu projeto será financiado na sua grande parte
pela Direção Regional da Educação e Assuntos Culturais e pela Câmara Municipal da
Horta, que também tem a função de proteger e dinamizar o seu património. Estes dois
grandes apoios podem ser complementados por patrocínios, parcerias, apoios, subsídios
ou até lucros obtidos com a realização de eventos culturais.
4. Negociação: O gestor do património deve idealizar com antecedência o género de
negociação que tem em vista concretizar de maneira a alcançar acordos que
proporcionem efeitos proveitosos. Por este motivo, é então importante que o Gestor
tenha criatividade durante o processo de negociação.
5. Contratação de recursos humanos e serviços: A competência do Gestor do
Património permite-lhe reconhecer as necessidades dos seus recursos humanos, bem
como as competências e qualificações dos mesmos.
6. Informação: O sucesso do projeto envolve um bom sistema de informação de maneira
a concretizar as exigências pré-estabelecidas do projeto. O Gestor do Património deve
ser flexível, ajustável, e objetivo e informar constantemente os restantes funcionários
acerca de assuntos pertinentes para o projeto, e tendo em conta a função que têm que
cumprir. Assim, as tarefas serão realizadas de uma forma mais eficaz e produtiva.
Através da informação, também é possível exercer um maior controlo sobre o projeto,
adaptando-se mais facilmente o Gestor do Património às novas necessidades e
dificuldades que, quase inevitavelmente, acabam por surgir ao longo de todo o percurso
que acompanha o projeto, do início ao fim.
1.3 Equipa do Projeto
A equipa para o projeto será dividida em dois grandes grupos: a equipa interna e a equipa
externa e um grupo pequeno: os especialistas técnicos. A equipa interna é formada por
indivíduos que estão desde a fase de planeamento até ao controlo e ela cabem as decisões mais
importantes acerca das diferentes áreas inseridas no projeto, tendo cada elemento uma
determinada área para cuidar. Aqui, o Gestor do Património é a pessoa mais importante e a
quem cabe tomar as grandes decisões. A equipa externa são os indivíduos que não estão desde
o início até ao fim do projeto ou seja, são subcontratados e aqui incluem-se os outros
colaboradores que realizam um trabalho um pouco mais “prático” do que os colaboradores da
equipa interna, também eles cumprindo com determinada tarefa atribuída pelo Gestor do
Património. Quanto aos especialistas técnicos estes são pessoas especializadas que são
chamadas para resolver algum problema no projeto.
A equipa para este projeto é a seguinte:
Organograma Equipa Interna. Fonte: COUTO, André(2022).
Organograma Equipa Externa. Fonte: COUTO, André(2022)
Equipa interna
Gestor do Património: O gestor do património é um profissional essencial neste projeto e a
ele cabem as decisões importantes no projeto, graças à formação que este posto requer como,
conservação, divulgação, dinamização, entre outros. Neste projeto caberá ao Gestor definir os
objetivos e como será feita a organização deste, terá de definir quais os tipos de recursos a
utilizar em qual a metodologia de trabalho e o tipo de informação base que necessitará. Terá
ainda, de planear e recrutar os recursos humanos, analisar as diferentes fases do projeto e as
suas condicionantes. Terá efetivamente o trabalho de efetuar os orçamentos, de negociar os
contratos e de executar e controlar o projeto. Para tudo isto, é necessário ao Gestor possuir três
características de extrema importância: liderança, organização e dinamização. Para além de
gestor cultural é também o administrador da empresa, o promotor, o responsável pelo marketing
e pelas relações públicas, o responsável pelo planeamento e a produção de eventos e das
atividades, assim como estará à frente do departamento de recursos humanos e do departamento
financeiro.
Técnico: O técnico deve ser possuidor de conhecimento acerca da exposição, acompanhando
os visitantes e encaminhando-os para as atividades ou seja, informações sobre as exposições,
sobre as atividades feitas em conjunto com o centro interpretativo e a promoção do turismo
cultural como, a divulgação das atividades de mergulho aos parques arqueológicos
subaquáticos, etc.
Investigador: O investigador tem como principal tarefa perceber quais as necessidades da
população e dos possíveis interessados, recolhendo informação essencial não só a nível da base
teórica do património arqueológico subaquático, como também da melhor forma para
apresentar os elementos pertencentes ao projeto. Assim sendo, também tem um papel
importante no que toca à exposição. Neste projeto, o tipo de investigador é uma pessoa
especializada em arqueologia e que estude a história do património arqueológico dos Açores
mais aprofundadamente para poder corroborar aquilo que é exposto na exposição.
Equipa externa
Curador: O Curador será o profissional capacitado que irá estar responsável pela conceção,
montagem e supervisão das exposições. Para além disto, outra das suas funções será o de
estabelecer relações entre as obras expostas e o público.
Vigilância: Em todos os momentos, é necessário pelo menos um vigilante para se assegurar
que não existe qualquer tipo de falha de segurança. Isto inclui supervisão ao público e vigilância
contra possíveis assaltos.
Limpeza: É sempre necessário, no final de cada dia ou até a meio, na hora de pausa, existir
uma limpeza no local para se assegurar que este mesmo está apresentável para receber o
público.
Voluntários: Dois voluntários para apoiar nas diversas atividades e até, se possível, na partilha
de informação acerca do património para o público. Em troca, estes funcionários receberiam
um elemento para o seu currículo, conhecimento e um momento de estágio curricular.
Investigadores Centro das Humanidades(CHAM): Investigadores pertencentes ao Centro
das Humanidades, que irão ajudar na realização do roteiro dos parques arqueológicos
subaquáticos dos Açores.
Mergulhadores: Mergulhadores da empresa Central Sub que irão ser os responsáveis por guiar
os turistas aos vestígios arqueológicos subaquáticos.
Especialistas técnicos: Os especialistas técnicos seriam por exemplo, um eletricista que vai
instalar ou resolver algum problema elétrico ou de iluminação, um técnico informático que vá
instalar os computadores, entre outros.
2. Planeamento de Projetos de Gestão do Património
2.1 Missão e objetivos do projeto
A missão do projeto é a criação de um centro interpretativo, uma instituição que teria fins
lucrativos, que fale do património subaquático dos Açores destacando a importância da história
do papel do arquipélago dos Açores como ponto central do oceano Atlântico e consequente
palco de vários acontecimentos navais como, náufragos, batalhas, entre outros. O intuito do
centro interpretativo é preservar e dar a conhecer o património subaquático dos Açores no geral
e depois abordar o património subaquático do Faial em específico através de exposição de
vestígios arqueológicos, abordando as caraterísticas e história dos mesmos, através de diversas
modalidades de exposição, e de atividades relacionadas à programação e produção cultural
como por exemplo, a realização de um roteiro dos parques arqueológicos subaquáticos dos
Açores, a realização de expedições de mergulho aos próprios parques arqueológicos na costa
do Faial e realização de processos de investigação como, a marcação de novos vestígios
arqueológicos e investigação dos mesmos, entre outros.
Os objetivos do trabalho são divulgar mais a história do mar dos Açores e do Faial, dando a
conhecer a quantidade de naufrágios que há no mesmo pois, maior parte das pessoas do Faial
ou dos Açores em geral não têm nem ideia, divulgar a importância do património arqueológico
subaquático, dar a conhecer o património existente no mar dos Açores sobretudo, para aqueles
que não têm oportunidade ou capacidade para mergulharem e visitarem os parques
arqueológicos subaquáticos na costa da ilha do Faial, e numa visão mias ligada a fins lucrativos
e ao turismo cultural, criar um novo produto de turismo cultural que possa abrir novas portas e
trazer novos caminhos para a economia regional e valorizar e capitalizar esses ativos, ao nível
turístico e económico, com parcerias com centros de investigação, e protegê-los, através da
criação de ferramentas legais para os devidos efeitos e parceria com uma empresa de
mergulho(Central Sub) da ilha do Faial para a realização de mergulhos com turistas aos parques
arqueológicos subaquáticos.
2.2 Criação de um plano de trabalho
Para a concretização deste projeto e para o início de um plano de trabalho, começou-se por
contatar a Direção Regional da Educação e dos Assuntos Culturais sobre a ideia do projeto pois,
é quem toma conta na maior parte das vezes destes projetos culturais relacionados com as
intervenções arqueológicas subaquáticas, e apresentar as ideias principais para saber se estão
dispostos a trabalhar com o projeto e apoiar o mesmo e contatar a Câmara Municipal da Horta
também para apresentar a ideia e saber se estão dispostos a ajudar com apoios financeiros. Este
contato é da responsabilidade do Gestor do Património.
Depois fez-se uma pesquisa aprofundada sobre o património arqueológico e especificamente
sobre o património arqueológico subaquático dos Açores para uma melhor compreensão do
património aqui presente. Esta pesquisa cabe às funções do investigador. Depois da ideia criada
esta pesquisa serviu também para avaliar a potencialidade do projeto através de saber qual a
melhor maneira de extrair o potencial positivo deste património e como melhorar os aspetos
negativos do mesmo.
De seguida, é preciso começar a procurar edifícios na ilha do Faial, preferencialmente na cidade
para se poder construir o centro interpretativo. Claro que mesmo que não seja feito um edifício
de raiz, adaptar o centro interpretativo a um edifício existente requer algum tempo e custos
elevados. Por isso é que o Governo dos Açores, nomeadamente a Direção Regional da Educação
e dos Assuntos Culturais e a Câmara Municipal da Horta ajudará com maior parte dos custos.
De seguida, e depois das entidades parceiras mostrarem interesse em colaborar connosco
podemos passar à fase do planeamento e execução do projeto. Então, é preciso começar a pensar
nas atividades a realizar. A atividade principal do projeto é a exposição permanente do
património arqueológico subaquático da ilha do Faial mas, também haverá a realização de
atividades fora do espaço do centro interpretativo, que estão relacionadas com a investigação e
preservação como, a parceria com centros de investigação como o Centro de Humanidades, que
é uma unidade de investigação interuniversitária que se especializa em diversas matérias
incluindo a arqueologia e envolve a Universidade Nova de Lisboa e a Universidade dos Açores
e seria feita uma proposta ao mesmo para, a realização de um roteiro do Património Cultural
Subaquático dos Açores pois, o mesmo já fez intervenções arqueológicas subaquáticas noutras
ilhas. Como este centro já é financiado pela Fundação para Ciência e Tecnologia(FCT), seria
feito uma proposta em conjunto com o Centro de Humanidades para obter financiamento para
a realização deste roteiro. E também para o roteiro será pedido o apoio da Direção Regional da
Cultura do Governo dos Açores. Outras atividades seriam, a marcação de novos sítios
arqueológicos subaquáticos e vestígios arqueológicos na costa do Faial e a parceria com uma
empresa de mergulho para realização de mergulhos às pessoas que queiram visitar os vestígios
arqueológicos ao largo da costa do Faial. Esta fase de planeamento requer empenho, a
otimização dos recursos, um poder de negociação, e ainda requer o acompanhamento de todas
as tarefas do projeto para que seja possível corrigir eventuais falhas que possam surgir. Depois
de tudo assegurado, o projeto pode ser implementado na prática, abrindo-se as portas ao público
interessado.
A partir daqui, é necessário exercer-se um controlo rigoroso do projeto para que não surjam
imprevistos graves. Para os imprevistos pequenos, é necessária uma rápida atuação da parte do
Gestor do Património e de todos os colaboradores para que o projeto prossiga normalmente,
sem grandes percalços.
No entanto, primeiramente é necessário definir a Estrutura de Decomposição do Trabalho, isto
é, definir o pré- planeamento, o planeamento, a implementação e o controlo que irão ser
efetuados ao longo de todo o projeto.
EDT - Estrutura de Decomposição do Trabalho:
Na EDT define-se as diferentes tarefas dentro do pré-planeamento do projeto, planeamento do
projeto, implementação e controlo.
EDT do Projeto. COUTO, André(2022).
EDP - Estrutura de Decomposição do Produto:
Na EDP realiza-se a análise de três produtos culturais oferecidos pelo projeto: uma Exposição,
um Roteiro e uma iniciativa de mergulhos turísticos aos vestígios arqueológicos subaquáticos
e que se organizam da seguinte forma:
EDP da Exposição. COUTO, André(2022).
EDP do Roteiro. COUTO, André(2022).
EDP dos mergulhos dos vestígios arqueológicos subaquáticos da ilha do Faial. COUTO, André(2022).
2.3 Planeamento do projeto com recurso a suporte informático
Rede Gantt:
Rede Gantt. COUTO,André(2022).
Continuação da Rede Gantt. COUTO,André(2022).
Rede Pert:
Rede Pert. COUTO,André(2022).
Para uma melhor visualização, tanto a Estrutura de Decomposição do Trabalho como a
Estrutura de Decomposição do Produto encontram-se anexados na pasta “Anexos e Apêndices”,
assim como a Rede de GANTT e PERT.
2.4 Estimativa dos prazos do projeto
A realização de cálculos relativos aos prazos otimista e pessimista permite-nos determinar o
tempo de duração do projeto. Os prazos otimista, pessimista e razoável, são pois a justificação
científica para a apresentação do cronograma que define os prazos com base nos recursos
existentes.
Os cálculos otimistas e pessimistas correspondem às seguintes fórmulas:
Estimativa otimista: Prazo otimista + (4 x prazo provável) + prazo pessimista
6
Estimativa pessimista: Prazo otimista + (3 x prazo provável) + 2 x prazo pessimista
6
No meu projeto, decidi optar por seguir a estimativa pessimista e segundo esta estimativa o meu
projeto durará em torno de 2 anos e 8 meses. O cálculo para as estimativas dos prazos para este
projeto, bem como o gráfico de Gantt e o diagrama de Pert encontram-se anexados ao trabalho,
na pasta “Anexos e Apêndices”. O cálculo é apresentado em ficheiro Excel.
3. Ideia do projeto
3.1 Tipo de Património
O tipo de património escolhido para este projeto foi o património arqueológico. O património
arqueológico segundo a Convenção sobre a proteção do Património Cultural Subaquático da
UNESCO “significa todos os vestígios da existência do homem de caráter cultural, histórico ou
arqueológico, que se encontrem parcial ou totalmente, periódica ou continuamente, submersos,
há, pelo menos, 100 anos”(Diário da República,2012,p.1428). O património arqueológico
subaquático é protegido sobretudo, pela Convenção de 2001 referida anteriormente, pela Carta
Internacional sobre a proteção e a gestão do património cultural subaquático da ICOMOS de
1996 que estabelecem os princípios básicos para a proteção do património cultura subaquático:
“a preservação in situ como opção prioritária; o património cultural subaquático não será objeto
de exploração comercial; preservação do património; e por fim promover a formação e a
partilha de informação e do conhecimento”(UNESCO,2016,p.9).
O património arqueológico tem a capacidade de contar a história de algo, de um povo, e os
vestígios arqueológicos constituem testemunhos com valor de civilização ou de cultura,
portadores de interesse cultural relevante e refletem valores de memória, antiguidade,
autenticidade, entre outros e a sua preservação e estudo permitem traçar a história da
humanidade e a sua relação com o ambiente. Especificamente, o património cultural
subaquático dos Açores, é testemunho do papel dos Açores na história europeia enquanto ponto
central e estratégico no oceano Atlântico na navegação transcontinental ao longo de muitos
séculos. “Os Açores, estão historicamente e geograficamente ligados ao mar. Todo o
arquipélago, desde a génese do seu povoamento, foi crescendo económica e demograficamente,
com base na sua integração nas grandes rotas marítimas, tornando-se num ponto de escala
essencial à globalização. Os movimentos expansionistas das potências europeias
desenvolveram -se em torno dessas rotas, bem como as revoluções sociais do século XIX, os
conflitos
bélicos
mundiais
e
as
redes
comerciais”(BETTENCOURT&BORGES&NETO&PARREIRA,2020,p.285). O património
cultural subaquático açoriano presta-se a múltiplas abordagens científicas, com escalas de
análise regional ou internacional. Numa aproximação comparativa, os vestígios arqueológicos
localizados até à data permitem estudar as dinâmicas portuárias do arquipélago e o seu papel
geoestratégico no Atlântico. Especificamente na ilha do Faial, o local principal onde o projeto
se dinamizará, a cidade da Horta foi uma das que mais profundamente esteve ligada às rotas
dos movimentos expansionistas das potências europeias, pelas excelentes condições de
segurança da sua baía, abrigada de intempéries.
Este projeto irá trabalhar como principal vertente do património cultural subaquático os
naufrágios. Um naufrágio é por definição, a perda de um navio ou embarcação no mar, devido
a causas humanas ou meteorológicas mas, o naufrágio torna-se uma cápsula do tempo, enterrada
pela areia em questão de dias e esquecida ao longo dos anos. Séculos mais tarde, os arqueólogos
levantarão os primeiros restos do naufrágio: calçados, ferramentas, tubos, cerâmica, moedas,
pedras de lastro e ossos. “Os naufrágios dos Açores fornecem provas materiais da expansão dos
europeus nos oceanos e dos primeiros passos rumo à globalização do comércio, das ações
militares, da migração, entre outros. Estes navios naufragados são apresentados como cápsulas
do tempo da história europeia e simbolizam diferentes momentos e diferentes territórios. A
dimensão europeia, a natureza transfronteiriça e o papel e o lugar da história europeia estão bem
patentes na história deste sítio”(Culture and Creativity, União Europeia).
3.2 Desenho do projeto
O projeto “Culture under Sea” tem, como grande objetivo, dar a conhecer o património cultural
subaquático, ou seja o património arqueológico e alguns dos seus elementos mais importantes
a todos os visitantes e interessados. Este projeto seria realizado, numa primeira instância através
de uma exposição permanente do património arqueológico subaquático num centro
interpretativo na cidade da Horta, na ilha do Faial e depois seria realizado um pouco por todo
os Açores através das iniciativas culturais que este projeto irá empreender para além do espaço
do centro interpretativo com a realização de um roteiro e de “mergulhos arqueológicos, como
já foi dito anteriormente.
Neste projeto, será possível observar e aprender mais sobre a história por detrás dos vestígios
arqueológicos subaquáticos na exposição permanente. Esta exposição utilizará como principais
elementos alguns vestígios arqueológicos trazidos do fundo do mar e contar a história dos
mesmos como por exemplo, expor um pedaço de um navio afundado e contar a história do
naufrágio. O intuito desta exposição é preservar e dar a conhecer o património existente no mar
dos Açores sobretudo para aqueles que não têm oportunidade ou capacidade para mergulharem
e visitarem os vestígios arqueológicos subaquáticos na costa da ilha do Faia. Como este projeto
não engloba só a exposição, o mesmo levará a cabo uma iniciativa cultural como forma de dar
a conhecer todo o património cultural subaquático dos Açores com, a realização de um roteiro
dos parques arqueológicos subaquáticos dos Açores. Também, outra iniciativa mais interativa
será a proposta de se realizarem mergulhos aos parques arqueológicos subaquáticos da ilha do
Faial com a parceria de uma empresa de mergulho(Central Sub). Esta iniciativa é tanto para os
locais e turistas poderem conhecer mais sobre o património arqueológico subaquático através
de uma experiência divertida.
Concluindo, o projeto “Culture under Sea” tem como principais conceitos-base o património e
a cultura e por isso o projeto valoriza o valor cultural e arqueológico que o Faial e os Açores
possuem e serão assegurados e difundidos através das ideias apresentadas anteriormente.
Parte II- Projeto de Gestão Cultural
Capítulo I- Apresentação sumária do Projeto Cultural
1. Identificação do Promotor
1.1. Identificação do Promotor Principal
Nome: André da Silva Couto
Idade: 21 anos
Morada: Chão Frio de Cima- Praia do
Almoxarife, s/nº
Localidade: Horta
Código Postal: 9900-453
Concelho: Horta
Distrito: Região Autónoma dos Açores
Contacto: 926277701
E-mail: andrecouto2001@live.com.pt
1.2. Identificação de outros Promotores
Nome: Câmara Municipal da Horta
Morada: Paços do Concelho, Largo Duque
Avila e Bolama
Localidade: Horta
Código Postal: 9900-141
Concelho: Horta
Distrito: Açores
Contacto: 292 202 000
E-mail: geral@cmhorta.
Site: www.cmhorta.pt
Nome: Secretaria Regional da Educação e
Assuntos Culturais
Morada: Paços da Junta Geral - Carreira dos
Cavalos
Localidade: Angra do Heroísmo
Código Postal: 9700-167
Concelho: Angra do Heroísmo
Distrito: Açores
Contacto: 295401100
E-mail: dre.info@azores.gov.pt
Site: https://portal.azores.gov.pt/
Nome: Centro das Humanidades- Núcleo
dos Açores
Morada:
Universidade
Edifício
de
Rua
da
dos
Ciências
Mãe
Açores
Humanas
de
Localidade: Ponta Delgada
Código Postal: 9500-321
Concelho: Ponta Delgada
Distrito: Açores
Contacto: 296650127
E-mail: cham@fcsh.unl.pt
cham@uac.pt
Site: https://cham.fcsh.unl.pt/home.php
Nome: Fundação para a Ciência e
Tecnologia
Morada: Av. D. Carlos I, 126
Localidade: Lisboa
Deus
Código Postal: 1249-074
Concelho: Lisboa
Distrito: Lisboa
Contacto: 213 924 300
E-mail: projetos@fct.pt
Site: https://www.fct.pt/
Nome: Central Sub
Morada: Zona industrial Santa Bárbara rua
F, n.º 36
Código Postal: 9900-408
Concelho: Horta
Distrito: Açores
Contacto: 292 392 380
966 507 226
E-mail: centralsub@sapo.pt
Site:
1.3 Caraterização da Atividade
O “Culture Under Sea” tem como base a criação de um Centro Interpretativo do Património
Arqueológico Subaquático na Ilha do Faial para dar a conhecer o património cultural que está
debaixo do mar e que é pouco divulgado e dado a conhecer ao público e tem em vista a
preservação e conservação, dando a conhecer as suas especificidades históricas através da
criação do centro interpretativo, este que pretende através do recurso a meios expositivos
permanentes e temporários, demonstrações de documentos, vestígios arqueológicos, imagens,
sons e recursos multimédia, ir de encontro ao crescente interesse do público e, de uma forma
simples e objetiva a inclusão de informação acerca deste Património Arqueológico,
enriquecendo material e imaterialmente os visitante e em certa parte, aprofundar o
conhecimento referente ao mesmo por parte dos habitantes da ilha do Faial. Neste projeto, aliase estas questões de conservação e preservação e enriquecimento do conhecimento sobre este
património a uma comercialização deste produto cultural pois, o centro interpretativo terá fins
lucrativos, sendo que a visita ao centro será paga e esta comercialização está ligada sobretudo
à proposta de mergulhos turísticos aos vestígios arqueológicos subaquáticos da ilha do Faial
porque será uma atividade que tem o objetivo de divulgar e valorizar este património mas,
sobretudo, de “vender” uma experiência aos visitantes, que tem como produto principal o
património arqueológico.
A dinamização do Património Histórico-Militar é importante no desenvolvimento de todo o
Projeto, sendo este um grande objetivo. Para que isto seja possível este projeto dispõe de várias
parcerias como a Câmara Municipal da Horta, a Secretaria Regional da Educação e dos
Assuntos Culturais, o Centro de Humanidades-Núcleo dos Açores e uma empresa de mergulho,
a Central Sub, mas também será necessária todo um trabalho à volta das questões legais que
serão necessárias para conseguir a aquisição de vestígios arqueológicos subaquáticos para o
centro interpretativo e também obter informações acerca de quais as medidas e regras a seguir
quando se for mergulhar para observar os vestígios arqueológicos para não haver nada que
contribua para o desgaste e que prejudique a conservação do património arqueológico
subaquático. De forma a conseguir dinamizar e valorizar efetivamente este património, o
projeto tem como base a criação de várias atividades, que se resumem na criação da exposição
permanente do centro interpretativo, um roteiro e de uma parceria com uma empresa de
mergulho para a realização de mergulhos com turistas ou locais aos vestígios arqueológicos.
A exposição permanente tem como objetivo revelar ao público uma parte do património
arqueológico que não é tão exposta e por isso não é tão conhecida e dar a conhecer o património
existente no mar dos Açores sobretudo para aqueles que não têm oportunidade ou capacidade
para mergulharem e visitarem os vestígios arqueológicos subaquáticos. No caso dos Açores, é
uma parte muito importante do património cultural pois, os naufrágios que aconteceram na costa
dos Açores contam histórias importantes para a história dos Açores ou seja, conta como foi a
expansão dos europeus nos oceanos e dos primeiros passos rumo à globalização do comércio,
das ações militares, da migração, entre outros. Os navios naufragados são apresentados como
cápsulas do tempo da história europeia e simbolizam diferentes momentos e diferentes
territórios. Utilizando diferentes modalidades expositivas esta exposição pretende a
apresentação de elementos históricos, culturais e socias sobre o património arqueológico
subaquático dos Açores numa primeira instância e depois sobre o património arqueológico
subaquático existente no Faial. Por isso, na exposição se irá expor documentos com
testemunhos, obras escritas sobre o tema, recortes e excertos de jornais, documentos
fotográficos e históricos do tema e vestígios arqueológicos como por exemplo, um pedaço de
um barco naufragado e que através desse conta toda uma história por trás do barco, como era o
barco anteriormente e a história do naufrágio. Neste sentido, esta exposição seria uma mistura
de objetos reais e materiais, com material documental.
O roteiro será um roteiro do Património Cultural Subaquático dos Açores, que consiste numa
identificação e descrição dos mais 30 sítios de mergulho públicos onde se encontram destroços
de naufrágios ocorridos entre os séculos XV e XX. Estes sítios são representativos da totalidade
do património subaquático dos Açores, que é constituído por mais de mil navios naufragados e
inclui cerca de cem sítios arqueológicos subaquáticos. Como açoriano tenho o conhecimento
do potencial que este património arqueológico subaquático tem e, por isso acredito que a
realização de um roteiro é importante para a preservação e divulgação deste património e
também potencializar este património como um produto rentável do turismo cultural, ajudando
a economia regional. A realização deste roteiro seria feita através de excursões de mergulho
para se fazer registros fotográficos dos sítios arqueológicos e para se ter uma melhor noção do
que se está a trabalhar, depois a elaboração de um documento com descrições pormenorizadas
de cada sítio arqueológico subaquático com elementos históricos através do estudo e de uma
investigação intensiva e posterior divulgação do roteiro ao público. O roteiro será feito em
colaboração com o Centro de Humanidades, que é uma unidade de investigação
interuniversitária que se especializa em diversas matérias incluindo a arqueologia e envolve a
Universidade Nova de Lisboa e a Universidade dos Açores e então, seria feita uma parceria
com o Núcleo dos Açores, nomeadamente com a unidade de investigação de Arqueologia
Moderna e expansão portuguesa e como este centro já é financiado pela Fundação para Ciência
e Tecnologia(FCT), seria feito uma proposta em conjunto com o Centro de Humanidades para
obter financiamento para a realização do roteiro.
Os mergulhos turísticos aos vestígios arqueológicos subaquáticos pretendem ser excursões de
mergulho aos sítios e vestígios arqueológicos em que os turistas ou as pessoas que são
interessadas são guiados por mergulhadores profissionais da empresa Central Sub a
experienciarem uma “viagem” cultural debaixo do mar. Esta proposta é mais ligada à vertente
do turismo cultural e da comercialização porque, o intuito desta atividade é ter fins lucrativos.
Nesta atividade é preciso também ter atenção às questões legais e às normas de segurança a se
seguir durante as excursões de mergulho pois, apesar de o objetivo ser “vender” e sabe-se que
muitas vezes sendo este o objetivo, negligenciam-se outros aspetos importantes como a
conservação e preservação, este não será o caso porque, o intuito é não danificar nada deste
património arqueológico subaquático. Os mergulhos serão feitos nos sítios arqueológicos
subaquáticos que irão ser demonstrados na imagem abaixo.
Mapa da cidade da Horta com respetiva localização dos naufrágios visitáveis adjacentes. Fonte:
Arqueologia em Portugal,2020.
1.4. Experiência e Capacidade de Gestão dos Principais Responsáveis da
Organização Cultural
1.4.1. Experiência dos promotores nas diversas áreas do projeto
André da Silva Couto– Gestor do Património Cultural
Licenciado em Gestão do Património Cultural, devido à sua formação tem a capacidade de
recolher, levantar e inventariar qualquer tipo de património cultural, prestante ainda qualquer
outro tipo de serviços relacionados com a cultura e património. Deste modo, ao longo da sua
formação desenvolveu competências na área do património através das UC`s associadas da
gestão cultural, aplicando conhecimento nas várias dimensões do conceito, através da análise
de exemplos em diferentes escalas e localizações e na equação de atividades de gestão,
perspetivando os problemas e a necessidade de conservação de exemplos específicos de
património. Quanto à tipologia do património que será abordada neste projeto, o património
arqueológico, ao longo do curso foram adquiridas competências através de unidades
curriculares como, Teoria e Prática do Património e Património arqueológico, que conferiram
bases necessárias para que o gestor do património cultural realize um ótimo trabalho nesta área,
percebendo qual a importância do mesmo, como o mostrar aos demais públicos e ainda
transmitindo aos mesmos, visitantes e curiosos a importância de preservar o mesmo da melhor
forma possível e respeitar este tipo de património.
Câmara Municipal da Horta(CMH)
A Câmara Municipal da Horta tem, como instituição pública e defensora dos interesses
máximos da ilha do Faial e concelho da Horta, uma obrigação acrescida no que toca à
dinamização da sua cultural e à promoção de eventos ou projetos desenvolvidos no âmbito da
cultura e património, projetos estes que contribuam para tal objetivo e crescente conhecimento
do concelho e da sua história. A par deste objetivo de fazer crescer o concelho e as suas
instituições, a colaboração com este projeto terá também um papel crucial no desenvolvimento
da economia da ilha do Faial pois, o centro interpretativo e as excursões de mergulho podem
trazer mais turismo cultural e mais rendimentos.
Secretaria Regional da Educação e Assuntos Culturais(SREAC)
A Secretaria Regional da Educação e Assuntos Culturais como instituição pública, que é
responsável pela promoção de eventos ou projetos desenvolvidos no âmbito da cultura, pela
inspeção dos assuntos culturais, por dirigir e apoiar os museus e outras instituições culturais
dos Açores e colaborar e apoiar especificamente com os projetos do património arqueológico
subaquático, a sua colaboração com este projeto é obrigatória e essencial para a promoção do
projeto. A sua colaboração também faz sentido pois, o projeto é criativo e inovador o que
valorizará o património arqueológico e vai potenciar este património na vertente turística,
estudo e investigação, assim como salvaguardar a sua preservação futura, cativando a atenção
dos outros arquipélagos como da Madeira, Canárias, entre outros, e a Secretaria Regional de
Educação e Assuntos Culturais é imprescindível para que isto seja possível.
Centro das Humanidades- Núcleo dos Açores(CHAM)
A parceria com a unidade de investigação interuniversitária da Universidade dos Açores e
Universidade Nova de Lisboa, o Centro das Humanidades, é lógica porque o mesmo tens
profissionais e investigadores qualificados e a sua missão é promover a investigação científica
de alto nível, a produção e a difusão do conhecimento no âmbito da História, do Património, da
Literatura e da História das Ideias, assim como das formas do pensamento e das culturas, numa
escala global, procurando fomentar reflexões e novos contributos para a História dos Açores.
As principais razões para a parceria com este centro de investigação são a proximidade, pois
como tem o núcleo dos Açores, este centro fica muito mais próximo ao projeto e pelo facto de
já terem trabalhado várias vezes em investigações como, “o mapeamento de vários navios em
ferro, na Terceira, Pico e Faial”(BETTENCOURT,2017,p.313) e intervenções arqueológicas
subaquáticas ao redor dos Açores como, na “baía de Angra, tendo identificado numerosos
vestígios no fundeadouro e pelo menos mais quatro prováveis sítios de naufrágio”
(BETTENCOURT,2017,p.312).
Central Sub(CS)
A Central Sub é uma empresa que tem mais de 10 anos de experiências em mergulho nos mares
da ilha do Faial. Dispõe de mergulhadores de elevada experiência, possuem embarcações
próprias e também todo o equipamento necessário para o mergulho, fotografia e filmagem. No
contexto do projeto, a Central Sub é experiente no que toca a mergulhos desportivos com
turistas.
1.4.2. Principal motivação de cada um dos promotores na sua realização
No que se refere ao Gestor do Património, este tem como principais motivações o facto de este
projeto possibilitar a dinamização da cultura e do património da cidade onde reside. Neste caso,
ainda existe a motivação extra de o Gestor estar a trabalhar na terra onde mora. Os Açores
sempre foram um espaço rico de património arqueológico subaquático mas era muito explorado
por equipas de investigadores e mergulhadores estrangeiros e depois com a “publicação da Lei
n.º 19/2000 de 10 de Agosto, que atribuiu a tutela do património arqueológico açoriano ao
Governo Regional dos Açores” (BETTENCOURT,2017,p.312), os Açores começaram a
explorar mais este património, a investigar e a identificar naufrágios por todos os Açores através
de várias intervenções arqueológicas subaquáticas. Apesar do tema do património arqueológico
subaquático já ser muito trabalhado, nos Açores e no Faial, é preciso mais variedade de projetos,
um aproveitamento e uma divulgação melhor. A ilha do Faial ainda tem alguns problemas
relacionados com a divulgação da sua cultura, pela fraca divulgação, falta de espaços culturais,
etc, e, como tal, tentar inverter esta situação através de um Projeto bem pensado e definido que
dinamize o património arqueológico terá de ser a grande motivação do Gestor de Património
para este Projeto.
Os interesses e as motivações da CMH, da SREAC, do CHAM e da CS, os promotores
secundários, mas não menos importantes, terão de ser sempre bastante semelhantes às do Gestor
do Património. Para além da dinamização da cultura e do património da região e do concelho,
consegue ainda dinamizar os seus espaços e conteúdos (desde espaços, materiais e informações
cedidas para a realização deste Projeto) e colaborar, em conjunto, no crescimento económico
da zona, apoiando os diversos espaços de cultura existentes, os restaurantes locais, cafés e
pequenos comércios. O desenvolvimento do arquipélago dos Açores e do Faial, a dinamização
da cultura e a promoção e valorização do património arqueológico subaquático têm de ser um
objetivo comum do promotor principal e dos promotores secundários neste projeto.
1.4.3. Breve diagnóstico dos promotores – pontos fortes e pontos fracos
Como pontos fortes, o Gestor do Património tem a sua vasta formação das áreas da Cultura e
da Gestão de Projetos deste tipo e, ainda tem bastante conhecimento acerca do património e das
suas diversas tipologias. Para além disso e, como é natural da ilha do Faial também é
conhecedor da sua história, da cultura e das necessidades da localidade em estudo. Este Gestor
é também uma pessoa que trabalha sob pressão, com capacidade de organização e boas
capacidades ao nível da negociação, importante para o estabelecimento de parcerias e acordos
com os diversos promotores mencionados anteriormente. No entanto, o maior ponto fraco é
provavelmente a falta de experiência a nível profissional e o pouco currículo na área. Isto devese ao facto de ser licenciado há pouco tempo e, claro que essa falta de experiência desaparecerá
na realização e concretização deste Projeto.
Os pontos fortes da Câmara Municipal da Horta é que é a instituição que “gere” o concelho da
Horta e esse é o seu ponto forte, no que toca ao “Culture under Sea”. A facilidade em conseguir
acordos com outras instituições e em disponibilizar um espaço para a construção do centro
interpretativo são aspetos extremamente importantes e que fazem da Câmara Municipal um
promotor importantíssimo. Também pode ajudar na publicidade do projeto, a cativar o público
a visitar a exposição do centro interpretativo, a divulgar o roteiro e ajudar na publicidade das
excursões de mergulho. Como ponto fraco, pode existir a dificuldade em disponibilizar o
dinheiro necessário para o projeto. No entanto, esse problema deverá desaparecer se tivermos
em conta o tipo de projeto a realizar, a dinamização cultural e patrimonial açoriana e faialense
e até os benefícios económicos a curto, médio e longo prazo que este evento pode trazer para a
ilha e a região. Os pontos fortes da Secretaria Regional da Educação e Assuntos Culturais são
que é uma instituição pública muito experiente no apoio e inspeção dos assuntos culturais de
todas as ilhas dos Açores e apoia financeiramente quase sempre os projetos culturais, e em
específico os que envolvem o património arqueológico subaquático. O ponto fraco é que como
é uma instituição pública associada ao Governo Regional dos Açores, apesar de conseguir
ajudar o projeto, pode demorar muito tempo e pode envolver muita burocracia. Os pontos fortes
do Centro de Humanidades são o facto de ser um centro de investigação com reconhecimento
a nível nacional no que toca a área de Humanidades e com bastante experiência na investigação
arqueológica, com trabalhos realizados por todos os Açores. Para além disto, a sua localização
também confere um ponto a favor, devido ao facto de ter um núcleo nos Açores, que se situa
em Ponta Delgada, na Universidade dos Açores. Quanto aos pontos fracos, a limitação do
orçamento poderá ser um entrave, no entanto, dado o caráter inovador do projeto, é de acreditar
que atrairá investimentos e um público vasto ao projeto. Os pontos fortes da Central Sub são a
experiência que têm com excursões de mergulho com turistas, possuem embarcação própria e
todo o equipamento necessário para o mergulho, fotografia e filmagem. O ponto fraco pode ser
a falta de experiência no que toca a excursões de mergulho a sítios arqueológicos subaquáticos
e os cuidados a ter nas mesmas.
II. Forma Jurídica da Organização Cultural/Das Entidades Promotoras Do
Projeto Promotora
2.1 Forma Jurídica da Organização Cultural/das Entidades Promotoras do Projeto
A forma jurídica deste Projeto, designado “Centro Interpretativo do Património Subaquático
dos Açores” passa por ser uma organização cultural com fins lucrativos, com interesses
culturais, em colaboração com várias instituições.
A forma jurídica de organização cultural com fins lucrativos, foi escolhida e designada em prol
de dois objetivos, a divulgação e transmissão de conhecimento sobre o património arqueológico
e cultura e história dos Açores à ilha do Faial e potenciar este património na vertente turística,
tornando-o um produto cultural rentável. Por mais que seja um Projeto que em grande parte
apela à cultura e conhecimento da população, que visa alargar e dinamizar os domínios da
cultura, aprofundar os conhecimentos das especificidades históricas, culturais e sociais do
património arqueológico através de um espaço físico, também é importante utilizar este
património como forma de aumentar o turismo cultural da ilha do Faial, dinamizando atividades
que têm fins lucrativos.
A Câmara Municipal do Faial é um orgão executivo liderado pelo presidente Carlos Ferreira e
a responsabilidade pelo pelouro da cultura é da técnica superior Maria Antónia Dias. É uma
entidade pública com interesses culturais e é o defensor dos interesses máximos da ilha do Faial
e da sua população. A CMH será uma das principais entidades promotoras do projeto por ser o
orgão que chefia o concelho da Horta, e que é o local onde a base do projeto, que é o centro
interpretativo se instalará. A CMH é detentora de vários edifícios na cidade da Horta que estão
abandonados e inutilizados e seria feita uma proposta à CMH para poder construir o centro
interpretativo num desses edifícios. Neste projeto, faz todo o sentido a escolha recair para a
CMH, por alguns motivos:
•
Interesse na dinamização da cultura faialense;
•
Facilidade na cedência de um espaço no centro da cidade da Horta;
•
Facilidade em ajudar na negociação de parcerias, pelo seu estatuto e importância;
2.2. Denominação e localização da Organização cultural
A instituição cultural do centro interpretativo do Património Subaquático dos Açores sob o
nome do projeto “Culture Under Sea” irá ter como instalações, um edifício que pertence à
CMH, localizado no coração da zona histórica da cidade da Horta, na esquina entre a Travessa
de São Francisco e a Rua Conselheiro de Medeiros, mesmo ao lado de uma das mais antigas
igrejas dos Açores. Este é um edifício de três pisos, com uma superfície de implantação 352 m2
num lote com 452 m2. Este edifício anteriormente era utilizado como escritórios e arquivos da
Câmara Municipal da Horta e atualmente está abandonado e inutilizado. A escolha deste
edifício é devido às suas dimensões, o que ajudará na implementação de um espaço de
exposição permanente, um espaço para exposições temporárias, um espaço para reserva, salas
de escritório para se trabalhar nas atividades anexas ao projeto do “Culture under Sea” e outros
espaços secundários. A ideia será com o apoio financeiro da Câmara Municipal da Horta e da
Secretaria Regional da Educação e dos Assuntos Culturais, adaptar este espaço ao centro
interpretativo.
Edifício situado no centro da cidade da Horta que seria o espaço para o centro interpretativo.
Fonte: Azores Properties.
II. Orientação Estratégica da Organização Cultural
1. Descrição Sumária do Projeto
1.1. O que faz
O projeto em Gestão do Património “Culture under Sea” tem como objetivo a criação de um
centro interpretativo que fale do património subaquático dos Açores destacando a importância
da história do papel do arquipélago dos Açores como ponto central do oceano Atlântico e
consequente palco de vários acontecimentos navais através de exposição de vestígios
arqueológicos, abordando as caraterísticas e história dos mesmos. Com o mesmo é pretendido
através do recurso a meios expositivos permanentes e temporários, demonstrações de
documentos, imagens e recursos fotográficos, vestígios arqueológicos, ser um espaço que vá de
encontro ao crescente interesse do público e, de uma forma simples e objetiva a inclusão de
informação acerca deste Património Arqueológico, enriquecendo material e imaterialmente os
visitantes. Na exposição serão expostos objetos e todo o tipo de outros elementos associados ao
património arqueológico subaquático, seguindo uma ordem lógica e pertinente. Depois, o
projeto teria como outras atividades culturais a realização de um roteiro do património
arqueológico subaquático dos Açores, que seria a identificação e descrição de todos os sítios
arqueológicos subaquáticos dos Açores em parceria com o Centro das Humanidades. De
seguida, a atividade cultural das excursões de mergulho aos vestígios da ilha do Faial será uma
atividade que tem em vista mais o turismo através do acompanhamento de turistas por
profissionais de mergulho da empresa Central Sub aos vestígios arqueológicos subaquáticos
localizados na ilha do Faial. Os objetivos do trabalho são divulgar mais a história do mar dos
Açores e do Faial e divulgar a importância do património arqueológico subaquático. Na
realização de todo o Projeto podemos contar com promotores ativos e integrantes do mesmo,
que serão um ponto forte neste Projeto através da divulgação ao público, pelo prestígio que lhes
é atribuído e pelas ajudas fornecidas.
1.2. Como faz
As metodologias que serão utilizadas para colocar o projeto em prática foram, a a escolha dos
promotores com quem levar o Projeto avante, escolhas óbvias para o desenvolvimento do
Projeto e que nos foram muito precisas para a divulgação do Projeto, apoios financeiros, ajuda
na investigação e estudo do tema e cedência de espaços e conteúdo para o mesmo. A cooperação
dos mesmos e a sua confirmação permitiu-nos garantir um primeiro degrau deste Projeto
superado na caminhada para o sucesso do mesmo.
A pesquisa bibliográfica é também extremamente importante em todo o evento, pois dela
depende o conhecimento mais aprofundado do tema, quais os objetos a apresentar na exposição,
como expor e a sua lógica e saber quais as histórias a contar, ou seja conhecer todos os aspetos
do tema e saber como foi gerido este património anteriormente, quais as atividades que se
necessita desenvolver para melhorar este património, procurar informação histórica, cultural e
social e saber como expor.
1.3. Que fatores utiliza
Recursos
Função
Atividades
Quantidade
-Gestor
Património
Humanos
Técnicos
do Todas
1
-Investigador
Exposição
Excursões
mergulho
e 1
de
-Técnico
Exposição
1
-Curador
Exposição
1
-Voluntários
Exposição, Roteiro 2
e Excursões de
mergulho
-Auxiliar de limpeza
Exposição
1
-Vigilante
Exposição
1
-Investigadores
CHAM
Roteiro
4
-Mergulhadores
Excursões
mergulho
de 5
-Scanner
Exposição
1
-Impressora
Exposição
1
-Computador
Exposição
3
-Máquina fotográfica
Exposição
2
Notebook
Exposição
2
-Focos de iluminação
Exposição
50
-Telemóvel
Exposição
1
Materiais
-Empilhadora
Exposição
1
-Cadeiras
Exposição
10
-Mesas
Exposição
10
-Papel
Exposição
10
-Canetas
Exposição
30
-Lápis
Exposição
20
-Capas
Exposição
15
-Dossiers
Exposição
40
-Caixotes do lixo
Exposição
4
-Vitrines
Exposição
10
-Plintos
Exposição
5
-Painéis pladour
Exposição
10
-Placas PVC
Exposição
40
-Armários
Exposição
4
-Prateleiras
Exposição
8
-Paletes de madeira
Exposição
10
-Caixas
polipropileno
canelado
de
50
Exposição
-Película transparente Exposição
200 metros
Físicos
-Pano cru
Exposição
10 metros
-Espaço da
organização e Espaço
da Exposição
Todas
1
1.4. Como vende
O “Culture under Sea” pode chegar ao público-alvo de várias formas. A primeira é a divulgação
do projeto e do centro interpretativo através da afixação de cartazes pela ilha do Faial, e depois
numa divulgação mais extensiva a divulgação do projeto através dos websites e redes sociais
da Câmara Municipal da Horta e da Secretaria Regional da Educação e dos Assuntos Culturais
e também utilizar o sistema de mailing dos mesmos como forma de fazer chegar a publicidade
do evento aos demais interessados, a promoção através dos jornais e portais de notícias dos
Açores, criação de um site para dar a conhecer o projeto e todas as suas vertentes e trazer mais
visibilidade. As outras entidades promotoras do projeto que não foram referidas como o CHAM
e o Central Sub também ajudam na promoção e divulgação do projeto através dos seus sites e
redes sociais pois, no seus casos beneficiarão muito também porque, é uma promoção do seu
trabalho.
A entrada para o centro interpretativo e para a exposição seria paga e teria um valor base de 6
euros, sendo que pode variar conforme os visitantes sejam crianças, adultos, idosos, grupos
escolares, entre outros. Mediante negociação prévia com escolas e outros estabelecimentos de
ensino, o preço por pessoa baixaria ligeiramente, não só por trazerem um grande grupo mas
também como forma de facilitar e promover a cultura local aos mais jovens. Quanto às
excursões de mergulho, estas teriam o valor de 60 euros, o que pode parecer um valor elevado
mas tendo por base um valor normal cobrado por uma empresa de mergulho, acrescenta-se um
valor da “experiência” que os turistas terão ao visitar o património arqueológico subaquático e
também para não falar que seriam mergulhos demorados com várias viagens também de barco
de um sítio arqueológico para o outro. Os valores podem variar conforme o pack escolhido, se
é preço de grupo, entre outros aspetos.
2. Análise e evolução do mercado
2.1. Pesquisa de mercado
2.1.1. Definição da natureza do meio envolvente à organização
O projeto será desenvolvido no espaço referido anteriormente, que pertence à Câmara
Municipal da Horta, que está situado na ilha do Faial e concelho da Horta, a qual pertence à
Região Autónoma dos Açores. A ilha do Faial, onde se encontra maior parte do público-alvo
tem uma área de “172,43 km²”(Wikipedia), que se divide entre 13 freguesias e tem
aproximadamente 15 mil habitantes. O público-alvo seria não só da ilha do Faial mas também
dos Açores no geral, pela proximidade das ilhas e porque a divulgação da Direção Regional da
Educação e Assuntos Culturais vai incidir sobre todos os Açores e é um fator comum as pessoas
viajarem entre ilhas. Por isso, é importante destacar que a Região Autónoma dos Açores tem 9
ilhas, tem uma área total de “2 322 km²”(Wikipedia) e tem aproximadamente “236
440”(Wikipedia) habitantes.
Quanto ao património da ilha do Faial, esta tem como principais o café Peter Porto, a baía de
Porto Pim, a marina da Horta, igreja da Matriz, centro de interpretação do Vulcão dos
Capelinhos, Casa-Museu Manuel de Arriaga, igreja de Nossa Senhora da Graça, igreja de Nossa
Senhora do Carmo, Forte de S.Sebastião e casa Scrimshaw, entre outros. Em específico do
património cultural subaquático tem segundo a Carta Arqueológica dos Açores(Direção
Regional da Cultura dos Açores) o “Pontão 16”, um navio que teve o seu fim de vida e, em
sequência disso e por não haver melhor destino, foi afundado e que está situado na entrada Sul
da Baía da Praia do Almxoarife, a nau “Nossa Senhora da Luz”, um naufrágio na costa sul da
ilha do Faial, à entrada da baía de Porto Pim em 1615, em que durante a noite o mar acabou por
atirar a nau contra a costa, matando 150 pessoas, entre passageiros e tripulantes, destruindo ou
dispersando parte da carga, o navio de pesca “Viana”, um arrastão de 75 metros de
comprimento, que amarrou no Porto da Horta em Abril de 1994, o naufrágio do “Main” um
navio a vapor de grande porte construído em ferro, que naufragou na baía de Porto Pim em
frente à antiga fábrica da baleia, entre outros.
2.1.2. Levantamento das Influências do Meio Envolvente (Análise PESTEL)
Há diferentes fatores externos macro-económicos que mais diretamente influenciam a
organização cultural/Projeto como, os fatores
políticos, fatores
económicos, fatores
sociais; fatores tecnológicos; fatores ecológicos e fatores legais. A análise PESTEL consiste
num modelo de análise Política, Económica, Social e Tecnológica da envolvente externa do
projeto.
Neste sentido, e para um próspero desenvolvimento deste projeto, é fundamental analisar o
panorama político presente no país e na cidade onde se vai desenvolver o mesmo, no sentido
em que o poder político também participa no financiamento da cultura. O panorama político do
nosso país, com as eleições legislativas de Janeiro de 2022, estas decorrentes do chumbo do
orçamento, o que levou ao presidente da República a anunciar a marcação de eleições para
Janeiro de 2022. O resultado destas eleições foi a vitória do Partido Socialista(PS), governado
pelo primeiro-ministro António Costa. Quanto ao panorama político no Faial, nas eleições
Autárquicas de 2021, Carlos Manuel da Silveira Ferreira pertencente à Coligação “Juntos Pelo
Faial” composta pelos partidos PSD/CDS-PP/PPM ganhou as mesmas ficando com o cargo de
presidente da Câmara Municipal da Horta e tirando do cargo José Leonardo do Silva do Partido
Socialista, que teve um mandato de 8 anos.
A situação económica e financeira de Portugal ainda está um pouco afetada pelo período do
vírus covid 19 mas agora como quase toda a Europa e o Mundo, a economia de Portugal está
muito afetada sobretudo, pela guerra da Ucrânia e Rússia, oque resultou no aumento da inflação
e taxas de juro. Os efeitos adversos destes choques têm sido atenuados pelo bom desempenho
do mercado de trabalho, pela poupança acumulada durante a crise pandémica e pelas medidas
de apoio. Segundo o boletim económico de Outubro de 2022 a “economia portuguesa cresce
6,7% em 2022, continuando a beneficiar da recuperação do turismo e do consumo privado. A
evolução da atividade ao longo do ano é marcada pela recuperação do nível pré-pandemia no
primeiro trimestre e por um abrandamento posterior, que se traduz numa relativa estabilização
do PIB”(Banco de Portugal,2022). Portugal, segundo a Comissão Europeia, será o país da
União que terá o maior crescimento económico este ano e em que o desemprego, em junho,
teve o melhor registo dos últimos vinte anos». Então, o emprego tem crescido e a taxa de
desemprego tem vindo a baixar e os portugueses encontram-se aparentemente com maior
disponibilidade financeira para visitar eventos culturais, segundo os dados da Pordata e tendo
em consideração algumas medidas mais recentes e estabelecidas pela coligação no poder
(aumento dos ordenados mínimos como exemplo principal).
O setor cultural sofreu muito durante o período da pandemia locais pois, apesar de se terem
encontrado soluções como visitas online, de facto reduziu muito a visita aos locais culturais,
levando a um grande atraso no desenvolvimento dos mesmos. Acerca do investimento na
cultura no país, o “Primeiro-Ministro referiu que «o Plano de Recuperação e Resiliência prevê
um investimento de 243 milhões de euros em património cultural», dos quais «60 milhões vão
ser aplicados na cidade de Lisboa e os restantes 183 milhões no conjunto do País»”(República
Portuguesa,2022). Especificamente na ilha do Faial, poucos recursos são utilizados em torno
da cultura e agora ainda mais pois quase todos os esforços e dinheiro estão concentrados no
projeto de requalificação da Frente Mar da cidade da Horta.
No que toca ao parâmetro social, é possível identificarmos dados simples como o número de
pessoas que a ilha tem e já foi identificado anteriormente. A Ilha do Faial como é um ponto
pequeno desenvolve poucas atividades culturais e tem poucas organizações culturais e também
pode ter o problema de falta de visitantes pelo facto de ser uma ilha com poucos habitantes e
pelo facto de haver pouca adesão dos habitantes aos projetos locais ou organizações culturais
porque, é visível que se houver adesão a alguma organização cultural é mais frequente no verão
e é por turistas. Este problema do público-alvo pode ser pela falta educação e hábitos culturais.
Mas neste projeto para que se possa cativar o público local vai ser preciso uma divulgação e
promoção inteligentes.
Por fim, no que diz respeito ao âmbito tecnológico, a ilha do Faial apresenta crescentes
desenvolvimentos nos últimos anos no que toca à adoção de novas tecnologias. A nível das
tecnologias esta região está bem dotada na sua envolvente e, por isso o projeto não irá sentir
grandes entraves neste setor.
2.1.3. Identificação das Influências competitivas-chave (Análise EstruturalModelo de
Michael Porter)
O Modelo de Michael Porter é bastante útil na conceção de ideias base de um Projeto, na medida
em que ajuda a precaver possíveis contratempos causados pelos clientes, pelos fornecedores
e/ou até pela concorrência (neste caso em questão extremamente improvável de acontecer), ou
seja, não existem outras instituições/empresas a apresentar o mesmo tipo de na zona, ou, algo
parecido, não existem outros projetos e atividades parecidas como as que vão ser feitas ou um
espaço que desenvolva a mesma temática. Concluindo a ideia, existe um produto cultural
similar a ser oferecido no mercado local e, portanto, este projeto destaca-se logo dos demais
por essa característica que o torna único. Este projeto é diferente pelo facto de englobar várias
atividades singulares inovadoras em que algumas dessas atividades podem ter similaridade com
outras que já se fizeram nos Açores mas não todas juntas num só projeto.
Como tal, os promotores podem encontrar neste Projeto uma oportunidade sem igual, que é a
criação de um centro interpretativo do património subaquático dos Açores, uma instituição que
não tem em qualquer outra ilha dos Açores e de mostrar o seu produto e fazer parte duma
exposição que dinamiza a cultura e o património cultural açoriano num só local com perfeitas
condições. O problema deste projeto pode ser a criação de um centro interpretativo com mais
qualidade em São Miguel porque, São Miguel é erroneamente e considerada a ilha mais
conhecida e importante dos Açores e quase sempre quando surge uma ideia boa noutra ilha.
São Miguel tem que tentar fazer melhor e tem possibilidades para isso pois têm muito mais
poderio financeiro e económico do que o resto do arquipélago. Mas se isso ocorrer é necessário
tentar combater ou com preços mais atrativos ou com atividades de maior qualidade também
para garantir uma melhor lealdade dos consumidores ao nosso projeto, e manter e aumentar as
parcerias. Por esse exato motivo, o projeto terá em constante atenção a relação qualidade/preço
dos nossos produtos, a ligação com as necessidades dos clientes, e a satisfação total dos
consumidores e das parcerias que irão colaborar connosco.
2.1.4. Identificação da posição estratégica/ competitiva da Organização Cultural/do
Projeto
2.1.4.1. Análise dos concorrentes
Devido ao facto de este projeto ser único na área, não existe qualquer tipo de competição ou
sequer de organizações que possam tentar rivalizar com este projeto. Mesmo se tivermos em
conta possíveis organizações associadas apenas à área das exposições, não encontramos
nenhum equipamento museológico ou cultural do património arqueológico subaquático e este
projeto oferece um serviço único pois oferece um profundo conhecimento da história do
património cultural subaquático dos Açores. Existem poucas instituições ou espaços culturais
que ofereçam o mesmo tipo de produto que este. No entanto, para prever, evitar e superar
situações que possam comprometer a continuidade do espaço e das atividades do projeto
“Culture under Sea”, é importante estar atento aos concorrentes que possam influenciar o nosso
projeto.
2.1.4.2. Análise dos Fornecedores
Os fornecedores, a CMH, SREAC, o CHAM e a CS, irão ajudar na maior parte com recursos
económicos e financeiros e consequentemente com os recursos materiais, técnicos e recursos
humanos. A CMH ajudará com o espaço para o centro interpretativo e com ajuda financeira
para construção do mesmo, a SREAC ajudará com recursos financeiros e económicos e com a
divulgação e promoção do projeto, o CHAM irá ajudar no estudo e investigação e terá os seus
próprios recursos para os mesmos, o que irá ajudar no projeto pelo facto de não se ter de
disponibilizar recursos para o CHAM e a CS irá ajudar com recursos humanos e com recursos
materiais e técnicos para as excursões de mergulho pois já têm o seu próprio material.
2.1.4.3.- Análise da segmentação dos mercados/dos consumidores (público-alvo)
A Análise de Segmentação dos Mercados/dos Consumidor consiste num estudo de procura para
caraterizar com rigor os potenciais consumidores/público-alvo, através de uma informação
quantitativa e dados de caráter mais qualitativo. É mediante a definição do público-alvo que
depois se descobre como se vai fazer a promoção do evento através da publicidade. O públicoalvo deve estar bem definido pois é ele que vai formar o grande núcleo de frequentadores das
atividades dinamizadas pelo projeto. O público-alvo deste projeto deve ser analisado por meio
de caraterísticas como, a faixa etária, os hábitos de consumo, localização geográfica, renda
mensal, nível de escolaridade, objetivos e necessidades e devido à era tecnológica em que
vivemos, o comportamento nas redes sociais, de forma a que se possa dizer que se conhece bem
o público-alvo que queremos satisfazer.
Para isso, o gestor terá de elaborar uma estratégia que consiga que a cultura seja um bem que
possa chegar a todas as classes sociais e, ao mesmo tempo, ter em conta vários critérios
vulgarmente utilizados na segmentação de mercado para se encontrar o público-alvo mais
acertado, correto e com maior probabilidade de visitar o evento, a exposição e de certa forma,
que transmita o conhecimento e o Projeto ao próximo. Existem vários critérios e tipos de
segmentação possíveis para qualquer projeto do tipo como, a segmentação demográfica, a
segmentação geográfica, que incluem critérios como a idade, zona de residência, rede mensal,
e no caso dos Açores estas segmentações são as mais importantes pelo os Açores serem um
local um pouco restringido, a segmentação psicográfica que envolve “valores, atitudes,
interesses e estilos de vida dos consumidores. Este tipo de segmentação é utilizado quando os
comportamentos de compra estão diretamente relacionados com a personalidade ou com o estilo
de vida dos consumidores”(CAMPOS,2021,p.40). Por fim, optei também pela segmentação
comportamental, que “é definida com base nos comportamentos de compra dos indivíduos, tais
como a frequência e o volume de compra” (CAMPOS,2021,p.40). No caso da segmentação
psicográfica, decidi destacar só o critério da personalidade dos consumidores e na segmentação
comportamental decidi destacar os hábitos de consumo. As segmentações enumeradas
anteriormente foram as que escolhi para definir o meu público-alvo. Assim sendo:
Critérios
Descrição
Idade
Descrição
0-5
Crianças ainda totalmente dependentes dos pais
com necessidades especificas e sem grau de
compreensão suficiente para fruir de serviços
culturais.
6-10
Crianças normalmente a frequentar o pré-escolar
com necessidade de estímulo cultural e de saber
mais.
11-15
Crianças ou pré-adolescentes desde o 1º ao 3º
ciclo de aprendizagem com uma maior falta de
atenção mas mais facilmente motivadas por estas
iniciativas
16-20
Adolescentes normalmente a frequentar o ensino
secundário com maior capacidade de atenção,
observação e desenvolvimento crítico
21-49
Adultos com um maior grau de interesse,
conhecimento e espírito crítico que conseguem
fruir ao máximo de serviços culturais.
50-64
Adultos com um maior grau de interesse,
conhecimento e espírito crítico que conseguem
fruir ao máximo de serviços culturais.
65+
Adultos com um maior grau de interesse,
conhecimento e espírito crítico que conseguem
fruir ao máximo de serviços culturais.
Zona de Residência
Descrição
Região Autónoma dos Açores
Residentes dos Açores ou mais especificamente
ilha do Faial
Fora dos Açores/ Portugal Continental
Indivíduos que residem em áreas geográficas fora
dos Açores sobretudo, Portugal Continental e que
desconheçam a localização do Espaço.
Estrangeiros
Turistas que visitem os Açores e a ilha do Faial
Rendimento Mensal
Descrição
740-800
Pessoas com rendimentos mensais desde 740
euros, que é o salário mínimo dos Açores e
800 euros
800-1500
Pessoas com rendimentos mensais entre os
800€ e os 1500€
1500+
Pessoas com rendimentos mensais acima dos
1500€
Personalidade
Descrição
Conservadora
Pessoas mais velhas que viveram sempre nos
Açores e que têm um pensamento retrógrado
Liberal
Pessoas mais novas, destas duas últimas
gerações que têm um pensamento mais aberto
a novas ideias
Hábitos de consumo
Descrição
Indivíduos ativos culturalmente
Pessoas que têm hábitos culturais e
frequentam regularmente espaços e eventos
culturais
Indivíduos inativos culturalmente
Pessoas que não têm hábitos culturais ou
porque não foram educados assim e por isso,
não têm interesse, ou porque não têm
conhecimento suficiente sobre o assunto
Relativamente às idades foi feita uma seleção e divisão de pessoas por faixa etária, na zona de
residência dividiu-se por residentes dos Açores, residentes de Portugal Continental e turistas.
Quanto ao rendimento mensal, teve-se em conta como o rendimento mensal mínimo o salário
mínimo dos Açores que é um bocadinho mais elevado que o do resto de Portugal. Nas
personalidades e hábitos de consumo, um pouco pelo conhecimento e experiência do gestor do
património, que é natural dos Açores, definiu-se dois grupos de pessoas com personalidades
diferentes ou seja, pessoas mais velhas que viveram toda a sua vida nos Açores e nunca saíram
do arquipélago e por isso, têm um pensamento retrógrado e as pessoas mais jovens que como
saem mais dos Açores e conhecem lugares novos, dando-lhes outra visão sobre o mundo e sobre
a cultura, têm um pensamento mais aberto.
Assim sendo, apesar de se ter destacado várias faixas etárias, o público-alvo deste projeto seria,
pessoas com a idade compreendida de 6-15 anos, onde seriam crianças que visitariam o centro
interpretativo em visitas de estudo através de uma parceria com as escolas, as pessoas de 16-20
anos, que poderiam participar também em visitas de estudo mas já com idade suficiente para
também visitarem sem ser na escola e as pessoas entre os 21-65+ anos, com rendimentos de
mensais de pelo menos 740 euros, residentes dos Açores ou turistas estrangeiros, pessoas jovens
que sejam mais liberais mas, também pessoas mais conservadoras, tentando com o projeto
transformar um pouco o seu pensamento. Por fim, indivíduos ativos e não ativos culturalmente
de forma, a incentivar ainda mais as pessoas que já frequentam os espaços culturais e incentivar
com iniciativas novas as pessoas que não frequentam.
Segundo a pesquisa de mercado, existem aproximadamente 33 museus de arqueologia em
Portugal, que representa segundo o Instituto Nacional de Estatística em 2020 nos museus que
entraram para a estatística, 8,2% dos 414 museus. Quanto aos visitantes, os museus de
arqueologia receberam 7,1% dos visitantes do total de “5,7 milhões de visitantes dos
museus”(Instituto Nacional de Estatística,2020,p.112) ou seja, houve nos museus de
arqueologia um total de “405,4 mil visitantes”(Instituto Nacional de Estatística,2020,p.113).
Especificamente,
na
R.A
dos
Açores,
teve
um
“1,2%”(Instituto
Nacional
de
Estatística,2020,p.114) do total de visitantes. É importante destacar que estes dados são relaivos
a 2020 ou seja, durante a pandemia por isso, pode haver muita diferença a partir do fim da
pandemia mas eram os dados mais recentes e já serve como base para esta pesquisa de mercado.
Assim, segundo esta pesquisa, este projeto pretende atingir como quota de mercado 0.2% dos
7.1% dos visitantes totais dos museus de arqueologia em Portugal e dos 1.2% de visitantes na
R.A dos Açores. Apesar que este projeto terá visitantes nas atividades desenvolvidas fora do
espaço do centro interpretativo de património arqueológico subaquático, a criação do centro
interpretativo é a ideia principal e por isso, a pesquisa de mercado foi feita só em torno deste
mercado de museus de arqueologia em Portugal para se saber o que o centro interpretativo
pretende atingir ao nível do número de visitantes.
Tendo em consideração o mercado, este projeto e a ideia do centro interpretativo é uma ideia
inovadora no mercado pois irá ter uma exposição muito mais interativa, interessante e menos
informativa do que os museus de arqueologia, irá valorizar o património arqueológico
subaquático no seu todo, pretendendo explorar todas as suas vertentes, terá um preço mais
reduzido do que maior parte do que os museus arqueológicos em Portugal e as atividades que
o projeto irá desenvolver são muito inovadoras e não são feitas iguais em qualquer outro museu
de arqueologia. Assim, este projeto pretende valorizar o património arqueológico subaquático,
de maneira a se destacar dos demais no mercado.
2.1.5. Identificação das oportunidades e ameaças (Matriz SWOT)
A matriz SWOT destina-se a identificar as relações mais relevantes entre as principais
tendências externas, previamente identificadas, relativamente à previsível evolução do contexto
e os resultados de um estudo efectuado ao diagnóstico interno da organização cultural. Esta
matriz normalmente culmina com um laborioso trabalho de análise dos desafios do contexto e
das capacidades do Projeto cultural (pontos fracos e pontos fortes) para lhes fazer frente. No
fundo pretende-se avaliar que pontos fortes nos ajudam diretamente a explorar esta
oportunidade e que pontos fracos nos causam obstrução a explorar uma determinada
oportunidade. Fazer uma lista para os quatro tópicos principais da análise SWOT é
extremamente importante, na medida em que ajuda não só a ter uma visão mais realista do
Projeto, como também na prevenção de certas dificuldades que possam ser encontradas no
caminho. Também permite ter uma maior e melhor consciência e conhecimento do mercado à
nossa volta.
Assim:
Forças:
•
Ideia nova no mercado;
•
Equipa de projeto multidisciplinar e polivalente dedicada e com vontade de levar o
Projeto ser um sucesso.
•
Infraestruturas bem localizadas e de ótima qualidade
•
Empreendedorismo, dinamismo, dedicação e força de vontade;
•
Experiência, interesse e visibilidade das entidades que apoiam o projeto;
Fraquezas:
•
Meio envolvente reduzido e com pouca população;
•
Limitação orçamental
•
Problemas de logística nas atividades a desenvolver fora da ilha do Faial
Oportunidades:
•
Dinamização da cultura e património arqueológico subaquático dos Açores;
•
Promoção da proteção do património e enaltecimento para a importância da sua
passagem para as gerações atuais e futuras;
•
Experiência profissional adquirida;
•
Fomento da democratização da cultura dos residentes;
•
Fortalecimento da oferta cultural da região;
•
Parcerias com diferentes instituições e promotores que serão importantes para todas as
atividades a desenvolver
Ameaças:
•
Ligeira instabilidade financeira causada pela Guerra da Ucrânia-Rússia
•
Surgimento de produtos culturais similares no mercado local (improvável, mas
possível).
2.2. Plano de Marketing
2.2.1. O(s) Produto(s)/O(s) Serviço(s)
Os produtos e os serviços que este projeto oferece são a exposição do património arqueológico
subaquático no centro interpretativo, a produção de um roteiro dos parques arqueológicos
subaquáticos dos Açores e as excursões de mergulho aos sítios arqueológicos subaquáticos da
ilha do Faial.
A exposição será feita no centro interpretativo, no local já referido anteriormente, terá diversas
salas com diversos vestígios arqueológicos e outras coisas. A escolha das peças será
determinada sobretudo pelo facto de se conseguir autorização para retirar alguns vestígios
arqueológicos que se encontram debaixo do mar ou pedir empréstimo a organizações ou outros
museus que tenham este tipo de peças que agregam à exposição. Aqui, tanto o curador como o
investigador devem estar presentes e tentar fornecer informações sobre a exposição, a história
e uma informação mais técnica e teorizada do assunto. As peças encontrar-se-ão dispostas da
maneira que o curador achar mais indicado, tendo em conta o seu conhecimento e experiência
na área da montagem e desmontagem de exposições.
O roteiro realizar-se-á por todos os Açores pois, será um processo de estudo, investigação e
identificação de todos os parques arqueológicos subaquáticos presentes em cada ilha. Neste
caso será feita uma identificação de cada parque, será posto por ordem cada um transformando
assim numa viagem pelo património arqueológico subaquático dos Açores e irá se descrever
pormenorizadamente cada um dos sítios. Isto é muito importante porque geralmente aquilo que
se promove nas visitas de turistas a naufrágios é apenas um ou dois sítios e não uma escala que
envolva o arquipélago todo e a criação deste roteiro irá possibilitar dar a conhecer os sítios
arqueológicos todos e assim
Por fim, será feito um documento pormenorizado com cada local e cada detalhe sobre os
mesmos. Este serviço será feito em conjunto com o Centro das Humanidades, o Núcleo da
Universidade dos Açores e estarão presentes o gestor do património, os voluntários, o
investigador e os investigadores do CHAM.
Quanto às excursões de mergulho, estas vão acontecer somente na ilha do Faial e consiste em
excursões de mergulho aos parques arqueológicos subaquáticos da ilha do Faial. A empresa de
mergulho Central Sub será bastante informada sobre o tema para que não levem os turistas aos
vestígios arqueológicos subaquáticos e não deem nenhuma informação sobre os mesmos por
isso, previamente ao início desta atividade o gestor do património e o investigador do projeto
fornecerão todas as informações históricas sobre os locais para que os mergulhadores da Central
Sub expliquem as mesmas aos turistas ao chegar aos locais. As excursões serão feitas primeiro
por barco até ao local com as explicações anteriores e depois os mergulhadores irão acompanhar
os turistas no fundo do mar. Neste serviço participarão como já foi dito anteriormente o gestor
do património e o investigador no planeamento do projeto, os mergulhadores da Central Sub e
poderão intervir algum técnico e voluntário do projeto para ajudar no enriquecimento da
experiência para não ser só somente os mergulhadores.
2.2.2. O Preço
O preço do produto e dos serviços culturais disponibilizados pelo projeto estarão sempre em
conformidade com os gastos que serão necessários para a realização dos mesmos, a margem de
lucro do espaço, assim como o nível de vida do público alvo do projeto.
O preço de entrada para o centro interpretativo seria de 6 euros, sendo que pode variar conforme
os visitantes sejam crianças, adultos, idosos, grupos escolares, entre outros. Mediante
negociação prévia com escolas e outros estabelecimentos de ensino, o preço por pessoa baixaria
ligeiramente, não só por trazerem um grande grupo mas também como forma de facilitar e
promover a cultura local aos mais jovens.
Quanto às excursões de mergulho, estas teriam o valor de 60 euros, o que pode parecer um valor
elevado mas tendo por base um valor normal cobrado por uma empresa de mergulho,
acrescenta-se um valor da “experiência” que os turistas terão ao visitar o património
arqueológico subaquático e também para não falar que seriam mergulhos demorados com várias
viagens também de barco de um sítio arqueológico para o outro. Os valores podem variar
conforme o pack escolhido, se é preço de grupo, entre outros aspetos.
2.2.3. A Distribuição
Todos os produtos e serviços referidos anteriormente estarão distribuídos tanto no centro
interpretativo no caso da exposição, localizado na ilha do Faial, que será também o “centro de
operações do projeto” e, no caso das excursões de mergulho também na ilha do Faial. No caso
do roteiro este será distribuído no geral por cada ilha dos Açores pois será feito um trabalho em
cada uma delas se for necessário.
2.2.4. A Comunicação
A divulgação de todo o projeto será feita através da afixação de cartazes pela ilha do Faial, e
depois numa divulgação mais extensiva a divulgação do projeto através dos websites e redes
sociais da Câmara Municipal da Horta e da Secretaria Regional da Educação e dos Assuntos
Culturais e também utilizar o sistema de mailing dos mesmos como forma de fazer chegar a
publicidade do evento aos demais interessados, a promoção através dos jornais e portais de
notícias dos Açores, criação de um site para dar a conhecer o projeto e todas as suas vertentes
e trazer mais visibilidade. As outras entidades promotoras do projeto que não foram referidas
como o CHAM e o Central Sub também ajudam na promoção e divulgação do projeto através
dos seus sites e redes sociais pois, no seus casos beneficiarão muito também porque, é uma
promoção do seu trabalho.
Para melhor saber como e que conteúdo apresentar no ato de informar o publico, o investigador
deve realizar um pequeno inquérito a pessoas dentro dos critérios pré-definidos para o públicoalvo; assim, e só depois de se analisarem as respostas de vários inquéritos, o investigador e o
gestor do património saberão melhor o que deve ser comunicado, como e de que forma. Este
inquérito também poderá ser usado para se melhorar o tentar saber mais sobre determinado
aspetos relativos ao projeto e sobre as suas EDP`S.
III – Estudo Económico-Financeiro do Projeto
III.1) PLANO DE EXPLORAÇÃO PREVISIONAL
1.3 Prestação de Serviços
Classe
Classe 7Rendiment
os
Conta
Subconta
Especificação
Serviço A
Exposição
Custo
101 760€
72- Prestação
de Serviços
Excursões
mergulho
de
Serviço B
Total
Prestação
Serviços
407 040€
de
de
----------------------
---------------------
508 800€
Serviço A
Exposição
Taxa
de Serviço B
Crescimento
Reais
da
Prestação de
Serviços
Excursões
mergulho
11.9%
de
Total
da
Prestação
de
Serviços durante -------------------os 32 meses do
projeto
8.15%
20.05%
1.3.1 Justificação
O projeto “Culture under Sea” têm como grande base o que já foi referido anteriormente por
várias vezes: uma exposição, um roteiro e mergulhos turísticos. O bilhete para a visita da
exposição terá o custo de 6€, e as excursões de mergulho terão o custo de 60€ e prevê-se um
total de proveitos e ganhos à volta dos 508 800€ durante os 2 anos e 8 meses em que o projeto
estará em vigor.
Para obter estes valores, na conta da prestação de serviços para o cálculo de dos serviços,
calculei através da multiplicação do valor do serviço, com o número de médio de visitantes que
a exposição teria por mês, com o número de meses que o projeto estaria em vigor e por fim
multipliquei pela taxa média de inflação em Portugal(10.6%) ou seja, as contas foram assim:
Serviço A- 6 x 50 x 32 x 10.6=101 760€; Serviço B- 60 x 20 x 32 x 10.6= 407 040€. Na
contabilização da taxa de crescimento real da prestação de serviços, para os serviço A e B,
calculei a taxa média de crescimento anual das vendas dos serviços e subtraí pela taxa de
inflação ou seja, Taxa de Crescimento Real = Taxa de Crescimento - Taxa de Inflação. Para
chegar ao valor da taxa média de crescimento anual, calculei o valor de vendas que os serviços
teriam em cada ano e do valor de vendas por exemplo do primeiro ano calculei qual era a
percentagem que esse valor representava no valor total de vendas durante todos os anos do
projeto e por fim, essa percentagem subtraí pela taxa média de inflação de Portugal que é 10.6%
e assim deu 11.9% de taxa de crescimento real para o serviço A e 8.15% no serviço B. A taxa
de crescimento real da prestação de serviços do projeto é de 20.05%.
1.4 Fornecimento e Serviços Externos
Classe
Conta
Subconta
Publicidade
propaganda
Energia
fluidos
Especificação
e Cartazes,
banners,
panfletos
flyers
Classe
Gastos
e
e Eletricidade,
água e
Combustíveis
Comunicações
62Fornecime
6- nto
e
Serviços
Externos
Custo
Internet
telemóvel
400€
260€ x 32 meses
e
160€ x 32 meses
Seguros
Deslocações,
estadias
e
transportes
Total
do
Fornecimento
e
Serviços
Externos
durante os 32
Seguro Obras de
Arte
1200€ x 32
meses
Deslocações
entre-ilhas
9000€
56 580€
meses
projeto
do ------------------
1.4.1 Justificação
Quanto aos fornecimentos e serviços externos, a organização terá uma despesa associada à
necessidade de promover o evento através de panfletos, flyers, cartazes e banners, que serão
distribuídos um pouco por toda a ilha do Faial, em estabelecimentos por toda a cidade e até
distribuídos diretamente às pessoas e também nas deslocações do projeto para outras ilhas. Esta
publicidade e propaganda terão um custo de 400€. Este custo estará dividido entre um total de
20 cartazes, 300 panfletos, 300 flyers e 5 banners.
A energia e fluidos ou seja, as despesas de eletricidade e água serão de 230 euros em média por
mês.
Quanto às comunicações (Internet e Telemóvel), estas corresponderiam ao pagamento de 160
euros por mês.
Nos seguros, o projeto pagará um seguro de obras de arte neste caso para proteger as obras(
património arqueológico) do centro interpretativo no que toca ao transporte, incêndio,
inundação, roubo, entre outros.
O projeto terá de se deslocar várias vezes entre as ilhas dos Açores sobretudo, para a realização
do roteiro por isso, o projeto terá despesas relativas a deslocações, estadias e transportes que
representam 5000 euros no fornecimento e serviços externos.
Nesta conta do Fornecimento e Serviços Externos não foi incluído subcontratos, honorários e
serviços especializados porque, estes parâmetros já foram tratados nos gastos com o Pessoal.
Quem entra neste parâmetro é o vigilante, que será um subcontratado da empresa Securitas por
ser a empresa mais utilizada na ilha do Faial e a auxiliar de limpeza que será também um
subcontrato de uma empresa externa. Nos gastos com Pessoal já foi abordado os seus salários
na subconta Remunerações, daí não ter sido abordado neste ponto para não haver repetição nem
provocar erros nas contas.
Todos os cálculos associados a essas despesas foram realizados com base nos preços atualmente
praticados e foi feita uma pesquisa dos mesmos, tendo por base uma estimativa dos recursos
que seriam necessários durante os 32 meses de duração do projeto. O total estimado do
Fornecimento e Serviços Externos é de 56 580€.
1.5 Gastos com Pessoal
Classe
Conta
Subconta
Especificação
Gestor
Património
Remunerações
do pessoal
Custo
do 900€ x 32 meses
Investigador
800€ x 32 meses
Técnico
800€ x 32 meses
Curador
900€ x 32 meses
Vigilante
850€ x 32 meses
Auxiliar
limpeza
Subsídio
férias
Benefícios pósemprego
Subsídio
Natal
de 740€ x 32 meses
( (Valor Bruto x
12 meses) / (40
horas sem anais
x 52 semanas) )
x 8 horas x 2 dias
x número de
meses
de trabalhados
de 100% do salário
bruto
Taxa
de
segurança social
sobre
as
remunerações
dos
trabalhadores
Segurança
Social
23,75%
63Gastos
Classe 6com
Gastos
Pessoal
Seguro
Acidentes
Trabalho
de
de
Total de gastos
com
pessoal
durante os 32
meses
do
projeto
2% da massa
salarial
------------------
243 031€
1.5.1 Justificação
O projeto “Culture under Sea” obriga à contratação de um Gestor do Património durante todo
o período do projeto, requerendo um ordenado base para os 6 meses. Também serão necessários
um Técnico, um Investigador e um Curador para se reunirem as informações e condições
necessárias para saber mais sobre o possível desenvolvimento do projeto e, posteriormente, para
o acompanharem e colaborarem com o Gestor nas suas diversas fases.
A limpeza e a vigilância serão subcontratados de empresas destes ramos. O voluntário escolhido
não terá qualquer tipo de custo (estágio curricular ou apenas experiência profissional).
O projeto financiado pela Câmara Municipal da Horta e pela Direção Regional da Educação e
Assuntos Culturais pagará o salário bruto de cada funcionário, os benefícios pós-emprego como
o subsídio de férias e subsídio de natal, a taxa da segurança social e o seguro de acidentes de
trabalho. No quadro acima, foi feito o cálculo dos valores que representam o subsídio de férias,
subsídio de natal, taxa da segurança social e seguro de acidentes de trabalho e o que estes
implicam em cada remuneração do pessoal. O cálculo do subsídio de férias foi feito com esta
fórmula: (Valor Bruto x 12 meses) / (40 horas sem anais x 52 semanas) ) x 8 horas x 2 dias x
número de meses trabalhados. O subsídio de natal foi fácil de calcular porque quase sempre
representa 100% do valor bruto, a menos que o funcionário não tenha completado um ano de
trabalho. A taxa da segurança social sobre as remunerações do pessoal foi calculada através do
Salário Bruto x 23,75%, que é a taxa normal da segurança social, que a organização cultural
tem de pagar mensalmente. O seguro de acidentes de trabalho representa 2% da massa salarial.
O valor representado do total de gastos com pessoal é referente aos 32 meses do projeto e foi
calculado através duma soma de tudo.
1.6 Plano de Investimento
O Plano de Investimento consiste na descrição e escalonamento temporal dos investimentos
previstos. Destes irão fazer parte as despesas em ativos fixos tangíveis e intangíveis e também
o fundo de maneio. Neste plano de investimento irá se abordar os ativos fixos tangíveis e
intangíveis que se vão utilizar no projeto, os respetivos valores de investimento, o respetivo
montante gasto por mês e por fim, o cálculo das amortizações. Este escalonamento temporal e
descrição dos investimentos é muito importante para a correta elaboração do Plano de
Financiamento.
1.6.1 Descrição do Investimento
O investimento inicial deste projeto vai depender dos valores que a Câmara Municipal da Horta
e a Direção Regional da Educação e dos Assuntos Culturais irão dispor e estes valores vão ser
discriminados nos pontos seguintes. Os investimentos serão utilizados para adquirir os recursos
e bens necessários à atividade da organização cultural. O primeiro investimento será nas
infraestruturas do centro interpretativo ou seja, nas obras de adaptação de um edifício já
existente à ideia do centro interpretativo. Para isto será preciso todo um trabalho em conjunto
com um arquiteto e engenheiro, estes funcionários da Câmara Municipal da Horta, para obter
um edifício moderno e adaptado à ideia do projeto. Neste investimento, os custos vão ser todos
da Câmara Municipal, que ajudará muito pois irá dispor recursos financeiros e os seus
trabalhadores para a construção do centro interpretativo. Depois da construção do centro
interpretativo, será necessário um investimento em recursos materiais e técnicos, sendo estes
Cadeiras, Mesas, Vitrines, Plintos, Papel, Canetas, Painéis de pladur, paletes de madeira,
empilhadora, caixa de poliproplileno, Placas PVC, Scanner, Impressora, Computador, Máquina
fotográfica, Focos de iluminação, Telemóvel, entre outros. Acredito que será também
necessário comprar um transporte para o projeto, nomeadamente uma carrinha. Quanto aos
ativos intangíveis, aqui será incluído as licenças que serão necessárias para a realização de
trabalhos arqueológicos subaquáticos e recolha de bens do património cultural subaquático a
obter do Ministério da Cultura e do Instituto Português da Arqueologia, segundo o “DL n.º
164/97, de 27 de Junho”(Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa) e depois licença para obtenção
de autorização para trabalhos arqueológicos pelo Conselho do Governo Regional dos Açores,
segundo o “Decreto Legislativo Regional n.º 27/2004/A de 24 de Agosto”(Diário da República,
2004).
1.6.2 Justificação do Investimento
Classe
Conta
Subconta
Edifícios
outras
Construções
Equipamento
básico
Classe 4Investimen 43- Ativos
Fixos
tos
Tangíveis
Especificação
Custo
e Construção do
Centro
interpretativo
----------------
Vitrines(10)
5000€
Plintos(5)
400€
Painéis
pladour(10)
Placas PVC(40)
200€
Focos
de
iluminação(50)
4000€
Máquina
fotográfica(2)
1100€
Equipamento de Armários(4)
Armazenagem
1500€
Prateleiras(8)
400€
Paletes
de
madeira(10)
1000€
Caixas
de
polipropileno
canelado(50)
Película
transparente(
200 metros)
1100€
40€
Pano
cru(10
metros)
300€
Empilhadora(1)
Equipamento
Cadeiras(10)
Auxiliar
e
Administrativo
Mesas(10)
Papel(10
resmas)
500€
800€
1500€
70€
Canetas(30)
15€
Lápis(20)
15€
Capas(15)
30€
Dossiers(30)
70€
Caixotes
lixo(4)
do
16€
Equipamento de Scanners(1)
Informática
300€
Impressoras(1)
400€
Computador(3)
1000€
Notebook(2)
1200€
Telemóvel(1)
200€
Equipamento de
Transporte
Carrinha(1)
Depreciações
Acumuladas
20 000€
------------------
42 000€
Ativos Intangíveis
Classe
Conta
Subconta
Classe 444Ativos Estudo
Investimento
Projetos
Intangíveis
s
Especificação
Custo
Licenças:
Portaria
n.º
269/78; Portaria
nº
195/79;
licença
do
e
Conselho
do
Governo
Regional
dos
Açores
--------------------
Quanto ao escalonamento temporal, o primeiro investimento vai ser logo nos ativo intangíveis,
ou seja, na obtenção das licenças e isto vai corresponder aos primeiros dois meses do projeto.
Depois, do centro interpretativo estar construído irá se investir em todo o que diz respeito ao
equipamento básico, auxiliar e administrativo, de transporte, equipamento de armazenagem e
equipamento de informática e isto será feito a partir do 4º mês do projeto. No 7º mês do projeto
irá se investir em uma carrinha, no que toca ao equipamento de transporte.
1.6.3 Investimento Total
O investimento total em ativos fixos tangíveis e intangíveis é de 42 000 euros, sendo que no
caso dos ativos intangíveis não há valor monetário porque são licenças.
1.6.4 Investimento a Amortizar e Cálculo das Amortizações
Ativos
tangíveis
fixos Taxa
amortização
de Vida útil
Valor de
desvalorização a
cada ano
Edifícios e outras
Construções
Equipamento
básico(9600 €)
Equipamento
de
Armazenagem(4840
€)
Equipamento
Auxiliar
e
Administrativo(2516
€)
5,00%
20 anos
--------------------
14,28 %
7 anos
1370 €
14,28 %
7 anos
691,152 €
10,00 %
10 anos
252,6 €
Equipamento
de
Informática(3100 €)
25,00 %
4 anos
775 €
5,00%
4 anos
1000 €
Vida útil
Custo
Equipamento
de
Transporte(20 000 €)
Ativos intangíveis
Taxa
amortização
de
Estudo e projetos
33,33 %
3 anos
----------------
Justificação
Este cálculo das amortizações consistiu sobretudo em saber quanto desvalorizará por cada ano
cada ativo fixo tangível e intangível. No quadro acima, pode-se ver o total que será investido
para cada ativo, a taxa máximas de amortização, a vida útil estimada de cada um e o valor de
desvalorização do ativo a cada ano por exemplo, a cada ano do projeto o equipamento básico
terá uma desvalorização de 1370 euros sobre o valor de 9600 euros que foi investido
inicialmente. Para se obter estes valores fez-se um cálculo do valor total investido em cada ativo
com a taxa de amortização e obteve-se os valores acima representados.
1.7. PLANO FINANCEIRO E DE FINANCIAMENTO
Este projeto necessitará de muitos meios e recursos pela magnitude do projeto e variedade de
atividades que irá dinamizar e apesar do financiamento que irá obter da Câmara Municipal da
Horta e da Secretaria Regional da Educação e dos Assuntos Culturais, sabe-se que os fundos de
que se dispõem são sempre escassos em relação aos fins a que se pretende atingir mas, vai caber
ao projeto e à sua equipa encontrar a maneira mais inteligente de utilizar estes fundos
financiados. No caso deste projeto, o plano financeiro e de financiamento será constituído
sobretudo, por capitais alheios.
1.7.1 Financiamentos Obtidos não correntes (Empréstimos de Médio e Longo Prazo)
A análise económico-financeira deste projeto tem em consideração todos os estudos que
interessam ou causam impacto ao projeto “Culture under Sea” nos anteriores capítulos ou seja,
os estudos de mercado, segmentação e concorrência direta ou indireta. O total de investimento
necessário para a criação do “Culture under Sea” foi calculado com base na recolha de todos os
fatores necessários e obrigatórios à sua laboração. O financiamento inicial será feito pela CMH
para a construção do centro interpretativo e será em torno de 150 000 euros(Ver Orçamento de
tesouraria em anexo). Depois da construção do centro interpretativo a SREAC irá financiar o
resto do projeto para a aquisição de todos os ativos fixo tangíveis e intangíveis referidos
anteriormente, que é o material que vai ser utilizado para a exposição permanente do património
arqueológico subaquático dos Açores no centro interpretativo e, no caso dos ativos intangíveis
a obtenção das licenças, e vai financiar os serviços que o projeto irá fornecer, que já foram ditos
anteriormente, a realização do roteiro e das excursões de mergulho. No caso do roteiro, só irá
financiar os custos relacionados às deslocações que serão preciso fazer às outras ilhas pois,
como já foi dito anteriormente no desenho do projeto, a realização do roteiro será feita em
conjunto com o Centro das Humanidades(CHAM) e o mesmo já é financiado inteiramente pela
Fundação para a Ciência e Tecnologia(FCT), então será feito uma proposta do projeto com o
CHAM para o pedido de ajuda e financiamento ao FCT para a realização deste roteiro. Apesar
de não se poder constatar um valor exato de financiamento por parte do FCT porque o CHAM
é inteiramente financiado pelo mesmo, o financiamento do FCT também entra para este projeto
e é importante referir que este financiamento irá cobrir todos os custos de material necessário
para os trabalhos arqueológicos subaquáticos. Por fim, o papel do financiamento da SREAC irá
ter um papel sobretudo, de um capital de entrada para o início de atividade do projeto, já que
numa fase inicial o mesmo não irá ter receitas suficientes para se sustentar. O investimento da
SREAC irá ser distribuído durante os primeiro dois anos do projeto e irá ser de 350 000
euros(Ver em orçamento de tesouraria em anexo)
As receitas previstas com a elaboração deste projeto, dependente na sua totalidade através do
dinheiro que entra em caixa com a venda de bilhetes de entrada para o centro interpretativo e
da venda das excursões de mergulho trazem uma boa margem de lucro para o projeto e uma
alta probabilidade de sucesso, tendo em conta todos os fatores anteriormente referidos e os
estudos realizados durante a preparação do projeto.
1.8 Análise da Viabilidade Económico-Financeira do Projeto
Todo o plano desenvolvido nos pontos anteriores permite analisar a viabilidade do seu plano
em todas as suas componentes e este ponto, que é a análise da viabilidade e rentabilidade do
projeto, serve de seguimento aos mesmos, para perceber se o projeto é uma boa decisão de
investimento.
Este projeto só irá para a frente por causa do financiamento e investimento da CMH e da
SREAC e, por isso, estas entidades são as grandes impulsionadoras do projeto por perceberem
que este projeto é inovador e quer aproveitar o património arqueológico subaquático como um
novo produto para incentivar o turismo cultural.
Este projeto como já foi dito anteriormente irá ter fins lucrativos e irá obter rendimentos
próprios após o apoio da CMH e da SREAC, como capital de entrada para o início de atividade
do projeto. Através do estudo realizado no capítulo III (Estudo Económico-Financeiro do
Projeto), o cálculo entre as contas dos gastos com o pessoal, ativos fixos tangíveis e intangíveis
e a conta dos rendimentos nomeadamente, os fornecimentos e serviços externos, afirma que o
projeto irá ter um lucro, durante o período de 2 anos e 8 meses, de 167 189€.
Assim sendo, e novamente tendo em conta todos os tópicos abordados anteriormente, pode-se
concluir que o “Culture under Sea”(Centro interpretativo do património subaquático dos
Açores) possui as bases necessárias para ser um projeto viável, tanto a nível económico como
financeiro e segundo a análise da viabilidade económico-financeira do projeto as receitas
líquidas de despesas associadas ao Projeto compensam a despesa resultante do custo desse
Projeto. Para também perceber melhor a análise de viabilidade o projeto também é importante
ver o Orçamento de Tesouraria em Anexo.
1.9 Orçamento de tesouraria
O orçamento de tesouraria que foi feito e que está em anexo é o comum orçamento anual de
tesouraria por isso, os valores vão ser relativos só a um ano de projeto ou seja, de outubro de
2022 a outubro de 2023, neste caso 13 meses, e não são correspondentes aos abordados
anteriormente nos quadros das contas de gastos e rendimentos ou seja, vão ser valores
consideravelmente menores do que os valores relativos ao período definido para o projeto que
é 2 anos e 8 meses. Neste orçamento de tesouraria expus tanto os recebimentos (financiamentos
e serviços prestados) como pagamentos(Gastos com pessoal, fornecimento e serviços externos
e ativos fixos tangíveis e o orçamento de tesouraria começa com o saldo inicial onde no caso
deste projeto começa sempre com o valor dos financiamentos por parte da CMH e SREAC, que
são subtraídos pelos pagamentos, dando no fim do orçamento o Saldo Final ou seja, o Saldo
Final é o Saldo Inicial+Recebimentos-Pagamentos. No caso deste projeto, o orçamento de
tesouraria concluiu que, no prazo de 13 meses que o projeto irá ter um lucro de 167 392€.
CONCLUSÃO
Em suma, este trabalho do desenho do projeto abordou na definição do projeto de gestão do
património o conceito e fases do projeto, as variáveis atuantes na gestão de projetos, qual a
equipa do projeto, no planeamento de projetos de gestão do património a missão e objetivos do
projeto, qual o plano de trabalho, o planeamento do projeto no software e manual e, por fim, na
ideia do projeto o tipo de património abordado no desenho do projeto e o desenho do projeto.
Resumindo, o desenho do projeto com as ideias-base, o conceito e objetivos do projeto, a missão
do projeto, a estimativa dos prazos e criação de gráficos e organogramas serve como um préplaneamento do projeto.
Este projeto de Gestão do Património em Património Arqueológico tem como principal objetivo
a divulgação, promoção, preservação e conhecimento do património arqueológico subaquático
dos Açores e da ilha do Faial, sendo que optei pela criação de um Centro Interpretativo para
expor este património arqueológico e assim dar a conhecer o mesmo. De acordo com o que foi
feito no Desenho de Projeto, o mesmo pode avançar e ser bem-sucedido, através de
financiamento por parte das entidades da Direção Regional de Educação e Assuntos Culturais
e da Câmara Municipal da Horta. Como gestor do projeto omeu objetivo é utilizar as técnicas
de gestão e teorias científicas para cumprir com as tarefas que tem a meu cargo.
Este projeto contribui bastante para a gestão do património. Todo ele é pensado com alguns
objetivos predelineados que vão de encontro aos melhores interesses que um Gestor do
Património deve ter, se quiser ser bem sucedido e cumprir com a sua tarefa da melhor maneira
possível: dar a conhecer o património (neste caso, património arqueológico), dinamizá-lo,
enriquecer culturalmente todos aqueles que se cruzem com o mesmo e apelar à sua proteção,
para que todos nós possamos usufruir dele no futuro.
Todos os projetos possuem algumas limitações que devem ser ultrapassadas para que tudo corra
conforme planeado. Neste caso, a primeira limitação foi encontrar ideias que pudessem agregar
ao projeto para o mesmo ter conteúdo suficiente. Depois uma das maiores limitações do projeto
foi saber como funcionar com o software e saber quais as tarefas a levar cabo no projeto. De
seguida, um dos entraves foi o planeamento da programação cultural ou seja, quais as atividades
a se estabelecer para além da exposição do centro interpretativo. Por fim, será como na grande
parte dos eventos culturais deste género, conseguir cativar um bom número de pessoas para o
visitarem. No entanto, e para se ultrapassar o entrave, isto obriga a um maior empenho no que
toca à área do Marketing Cultural e uma maior criatividade no que toca aos conteúdos presentes
no projeto.
Para concluir, acredito que este projeto tenha as bases suficientes e as ideias gerais para ter
sucesso e penso que é uma ótima iniciativa de preservação e dinamização do património
arqueológico subaquático dos Açores.
A elaboração deste projeto de Gestão do Património em Património Arqueológico foi bastante
interessante e produtiva e possibilitou-me perceber como funciona na sua grande parte um
projeto de gestão do património, os seus problemas e como achar soluções para resolvê-los.
Para além de estar a rever matéria aprendida nos últimos três anos (durante as UC’s de Gestão
Cultural), é também muito bom poder aplicá-la num trabalho que, para todos os efeitos, pode
mesmo existir na prática. Para além disto, demonstrou-me qual o serviço do gestor do
património e as suas competências e como deve planear e pensar diariamente na conceção dos
seus projetos para que tudo corra conforme estabelecido previamente, utilizando técnicas de
gestão e teorias científicas para cumprir com as tarefas que tem a seu cargo.
BIBLIOGRAFIANÃO EXISTEM ORIGENS NO DOCUMENTO ATUAL.
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L
Projeto de Gestão do Património em
Património Arqueológico
Centro interpretativo
Gestão Cultural III
Gestão do Património Cultural
ESCOLA
SUPERIOR
DE EDUCAÇÃO
POLITÉCNICO
DO PORTO
Download