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BALBINOT (2010) - INSTRUMENTAÇÃO E FUNDAMENTOS DE MEDIDAS

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Volume 1
Capitulo O
Breve História da
Capítulo 1
Conceitos de Instrumentação
Capítulo 2
Fundamentos de Estatística,
Volume 2
Capitulo 8
Instrumentação
Incerteza de Medidas e Sua
Propagação
Capítulo 3
Conceitos de Eletrônica
Analógica e Eletrônica Digital
Capítulo 9
Efeitos Ffslcos Aplicados em
Sensores
Introdução à Instrumentação
Óptica
Capitulo 10 Medição de Força
Capitulo 11
Medição de Deslocamento,
Posição, Velocidade, Aceleração
e Vibração
Capitulo 4
Sinais e Ruldo
Capitulo 12 Medição de Pressão
Capitulo 5
Medidores de Grandezas
Capitulo 13 Medição de Nfvel
Elétricas
Capítulo 6
Medição de Temperatura
Capítulo 7
Procedimentos Experimentais
Capitulo 14 Medição de Fluxo
Capitulo 15 Fundamentos sobre Medição de
Umidade, pH, Viscosidade e
Ruido Acústico
Capitulo 16 Procedimentos Experimentais
Capitulo O Breve História da
Instrumentação 1
0. 1
0.2
0.3
0.4
0.5
Introdu ção !
HistóricodaMediçilodo Tempo 2
Histórico da Mcdiçilo dc Pcsose Mcdidas2
Histórico do Barômetro)
Histórico do Termômet ro 4
Capitulo 1
Conceitos de Instrumentação 6
l.l
1.2
1.3
1.4
1.5
lntrod ução6
O Método Cicmílico 6
Grandczas Fisicas7
Unidadesdc Mcdida8
Definições c Conceitos 9
1.5. 1 Sensoresetransdutores9
1.5.2 Instrumento ele medição li
1.6 AlgarismosSign ificativos25
1.7 Resposta Dinâm ica 25
1.8 Tr.msfonnada de Laplace 26
1.9 Transformada ln \'crsadcLaplace28
1.1 O Análise de Sistemas de Ordens Zero. Primeir.a e
Segunda29
Exercícios32
Bibliognlfia34
Capitulo 2
2.1
2.2
2.3
2.4
Fundamentos de Estatistlca,
Incerteza de Medidas e Sua
Propagação 36
lntroduçào36
Mcdidasdc TcndênciaCentral 36
2.2. 1 Média36
2.2.2 Mcdiaua37
2.2.3 Moda 37
2.2.4 Média ge()lnétrica e média harmôn ica 37
2.2.5 Rai z média quadrática (rool metm squt1re) 39
Medidas de Dispet"Sao40
Conceitos sobre Probabilidade e Estatística 40
2.4.1 Fundamcmossobreprobabilidades41
2.4.2 Distribuiçõesestatlsticas42
2.5
Correlação. Correlação Cruzada. Autocorrclação.
Autocovari~1ncia c Covari!incia Cruzada 5 I
Conceitos sobre l nferê nc i~L Estatíst ica c Dcterminaç:lo
doTamanhodaArnostra52
2.7 Estimativadalnccrtct.adc Medida59
2.7.1 Avaliaçàodaincertet.ademedidadeestimativas
de en trada 60
2.7.2 lnccnez~1 de medida expandida 68
2.7.3 Excmplospr.lticosdedetemtinaçãode
inccrtezas-padrilo70
2.7.4 Aval iação da incerteza utili za rnio o método de
MontcCarlo75
2.8 Uma hu roduçiloàRcgress3o Li ncar8l
2.8. 1 Regres~olinear81
2.8.2 Ajusteclccurvaspormfnimosquadrados
generali zado84
2.9 Fund<~mentos sobre Análise de Variância &4
2.9. 1 Análiscclcvariância:classificaç3osimples86
2.9.2 Análise de variância: classificaç3o dupla 90
Exercícios93
Bibliografia95
2.6
Capítulo 3
3.1
3.2
3.3
3.4
3.5
3.6
3.7
Conceitos de Eletr6nlca
Analógica e Eletr6nlca Digital 96
lmroduçào96
Resistorcs,Üip~Lcüorcse lndutorcs96
3.2.1 Re sistores96
3.2.2 Capacitorcs97
3.2.3 lndutores98
Rc visàodeAnáliscdeCircuitos98
3.3. 1 Análise de circuitos pelo m~todo das malhas 99
3.3.2 Análise de ci rcuitos pelo m~todo dos nós 99
3.3.3 Teorema da superposição 100
3.3.4 Tooremadclllé\'cnin 100
3.3.5 Blocos de circuitos 101
3.3.6 Amplificadores e realimentação ~gati\·a 101
Diodos 102
Transistores Bipolares 105
Transistor de Efeito de Campo (FET) 109
Amplificadores Operacionais -OPAMPs I li
3.7. 1 CoofigurJção: amplificador inversor 113
\"iii
Sumário
3.7.2
3.7.3
3.7.4
Configuração: amplificador não inversor 113
lmpcdância de emrada 114
Resposta em frequência de um amplificador
opemcionalll4
3.7.5 Circuitoslincaresbásicoscomamplificadorcs
operacionais 115
3.8 ConceilossobreSisternasDigit:,is 118
3.8.1 SistcmasanalógicOS\'ersussistcmasdigitais 118
3.8.2 Álgebra booleana c portas lógicas 121
3.8.3 Famílias lógicas 122
3.8.4 Sistemas digitais 125
3.8.5 Tópicossobresistemasscqucnciaisl26
3.8.6 Sistemasmicroproçessados 132
3.8.7 PorlasdeUOeinterfaccs 133
3.8.8 lmerfacese sistemasremotos 138
3.8.9 Instrumentação virtual 141
Exercícios 141
Bibliografia 145
Capitulo 4
4.1
4.2
4.3
4.4
4.5
4.6
4.7
4.8
Sinais e Ruldo 146
Sinais 146
Introdução ao Domínio do Tempo 148
Introdução ao Domínio de Frequêocia 149
Análise de Fourier 150
4.4.1 Séries de Fourier 150
4.4.2 Aintcgra1dcFourier 157
4.4.3 Transformada rápida de Fourier- FFT 160
FundmncntossobreRuídoeTécnieasdc
Minimizaçâo 166
4.5.1 Caracterizaçãodorofdo 166
4.5.2 Tipos de ruído intrínseco ou iuerentc 168
4.5.3 Formas de infiltração do ruído 172
4.5.4 Proccdimcntosparareduçãodcrufdocm
cabcamento 172
4.5.5 Minimização do roído pelo aterr:amemo 175
4.5.6 O rufdo intrínseco dos componentes
eletrônicos 176
4.5.7 Notasgemisdeboaspráticaspamreduçãodo
roído 181
Sistemas de Aquisição de Dados 186
4.6.1 Princfpiosbásicos 186
4.6.2 Principaisarquiteturasdosconvcrsorcsdigital
para analógico (DAC ou D/ A) c conversores
analógico para digital (ADC ou A/D) 194
Filtros Analógicos 207
4.7.1 Conccitosbásicos207
4.7.2 l'riocipaisclassesdefiltros209
4.7.3 Resposta em frequência210
4.7.4 Projeto de filtros passivos: uma introdução 212
4.7.5 Projctodefiltrosativos: umaintrodução219
FiltrosDigitais220
4.8.1 TransformadaZ222
4.8.2 Operadorcsbásicos224
4.8.3 Filtros nãorecursivoscfihrosrecursivos225
4.8.4 PlanoZ225
4.8.5 Caractcristicasdosfiltrosdcrcspostaimpulsiva
finita-FIR226
4.8.6
4.8.7
4.8.8
4.8.9
FiltroHanning226
Filtro polinomial 226
Filtro/10/ch{rcjeita-bandaou passa-faixa)227
Carncterfsticasdosfiltrosderespostairnpulsiva
infinita- JJ R227
4.8.10 Métodos de desenvolv imento p:m• filtros
dcdoispolos228
4.11.11 Uma introdução aos filtros adaptativos 229
Exercfcios230
Bibliogmfla233
Capitulo 5
Medidores de Grandezas
Elétricas 234
5. 1
Galvanômetros e Instrumentos Fundamentais 234
5.1.1 lnstrumentosanalógicos234
5.1.2 lnstromentosdigitais236
Mcdidoresde Tensâo237
5.2.1 Vohímetroanalógico238
5.2.2 Voltímetro digita1240
5.2.3 Voltfmetrovetorial240
5.2.4 Mcdidoresdetensãoeletrônkos241
5.3 Medidores de Corrente 243
5.3. 1 Amperímetro analógico 243
5.3.2 Amperfmctrodigital246
5.3.3 Amperímetros do tipo alicate 246
5.3.4 Mcdidorcsdccorrente clctrônicos247
5.4 ~kdição de Resistência Elétrica. Capacitãncia e
lndutilncia249
5.4.1 Mediç:1o dere;;istênciaelétrica249
5.4.2 Circuitosemponte254
5.5 Oscilosçópios259
5.5.1 Osciloscópiosanalógicos259
5.5.2 Qsçiloscópiosdigitais262
5.6 Medidores de P01êncía Elétrica e Fator de
Potência 264
5.6. 1 Mediç!io de potência em circuitos OC 265
5.6.2 Wattímctro analógico 265
5.6.3 Método dos três voltímetros 265
5.6.4 Wattímetros térmicos 266
5.6.5 Wanímetros eletrônicos 266
5.6.6 Medição do fator de potência 269
5.6.7 Mcdidorcsdeenergi~elétrica272
Excrcfcios276
Bibliografia278
5.2
Capitulo 6
6.1
6.2
6.3
Medição de Temperatura 279
lmrodução279
EfeitosMccânicos280
6.2. 1 TcmlÕmetros de ex~nsão de líquidos em bulbos
dcvidro280
6.2.2 Tem,õmctrosbirnetálicos280
6.2.3 Termômetros manomêtricos 281
Termômetros de Resistência Elétrica 282
6.3.1 Termômetros metálicos - RTDs 282
6.3.2 Tcrmistorcs286
Sumário
6.4
Tcmmparcs29 1
6.4.1 lntrodução29 l
6.4.2 Princfpiosfulldamcntais292
6.4.3 Os principais tcmlOparcs comerciais 294
6.4.4 Medição da tensão do tem1opar 296
6.4.5 Compensação da jum a fria (jun HI de
rcfcrência)296
6.4.6 Alguns exemplos de circuitos condicionadores 304
6.5 Tcnnômctros de Radiação 305
6.5.1 Rad iação térmica 306
6.5.2 Corpo negro c cmissividadc 306
6.5.3 Tennômc tros infr.tvennelhos e pirômetros 309
6.5.4 Tipos de tem1ômctros de radiação 3 I I
6.5.5 Dete<: torcs ou ~nsorcs de mdi açiío térmica 313
6.5.6 Tennopares infrJvcrmclhos 315
6.5.7 Campo de visào e razão distância/alvo 3 16
6.5.8 Medidores de tcmpcr.ttum unidimensionais e
bidirncnsionais - tcrmógr.tfos3 17
6.6 Medidores de Temperatura com Fibras Ópticas 320
6.6. 1 Sistcmadcscnsorc:uncnt o distribuído dc
temperatura - DTS 32 1
6.7 Scnsores Scmicondutores pam Temperatura 323
6.7.1 lnt rod uç1io323
6.7.2 Camctcristi ca V X /dajunçii.OJHr 323
6.7.3 Scnsordeestadosólido324
E:tercícios326
Bibliografi a 330
Capítulo 7
7. 1 Lab. I 7. 1.1
7. 1.2
7.1.3
7. 1.4
7. 1.5
7. 1.6
Procedimentos Experimentais 331
Util iza~iio de l nslrumentos de MOOi~ão de
Gmndc:tasEh!lricas33 1
Objcti\'OS331
Conceitos teóricos ad icionais 33 1
Bibliogrnfiaadiciona133 1
Materiaisecquipamcn tos33 1
Proced imentose:tpcrimentais33 1
Qucstõcs333
R egrrt~ão Linea r e l'ro 11aga~ão de
lncc rte;o:us333
Objcti vos333
Conccitostcóricosadi cionais333
Bibliog rafiaadiciona1 333
Mmeri:tiseequiparnentos 333
Proccdiment osexpe rimentais334
Ques tõcs335
7.2 La b. 27.2. 1
7.2.2
7.2.3
7.2.4
7.2.5
7.2.6
7.3 La b. J - I'rojctodcE:tl)(' r irncn tos335
7.3. 1 Objetivos335
7.3.2 Materiaiseequipamcntos335
7.3.3 Procedi mentosc:tperimemais335
7.3.4 Questões336
7.4 Lab. 4 - Utlti1.a~iio do Osciloscópio 336
7.4. 1 Objetivos336
7.4.2 Cooceitos teóricos adicionais 336
7.4.3 Bibliografiaadicional336
7.4.4
7.4.5
7.4.6
1.3 Lab. 5 7.5. 1
7.5.2
7.5.3
7.5.4
7.5.5
7.5.6
Matcriaiseequipamcntos336
l>rocedimentos experimcmais 336
Questões337
Conl'i!itos de •:Jetricidade 337
Objeti\'OSJ37
Conceitos teóricos ad icionais 337
Bibliografia adicional 337
M:ueriaiseequipamcntos337
Procedimentos experimentais 338
Questões338
7.6 La b. 6 - Ul ili ~a~ãu de Indicadores 338
7.6. 1 Objetivos338
7.6.2 Conccitostcóricosadicionais338
7.6.3 lli bliogr.tfiaadi cional338
7.6.4 Matcriaisecquiparncntos338
7.6.5 Proccdimento~expcrimentais339
7.6.6 Questõcs340
7.7 La b. 7 - Font es de Tcnsiíu c Foull'S de Co rre nte 340
7.7. 1 Objetivos340
7.7.2 Conceitos teóricos adicionais 340
7.7.3 Bibliogmfia:tdiciona1340
7.7.4 Materiais e equip:unentos 340
7.7.5 Proced imen tos experi mentais 340
7.7.6 Questões34 1
7.8Lab.8 7.8. 1
7.8.2
7.8.3
7.8.4
7.8.5
7.8.6
Filt rosAnalógicos34 1
Objetivos341
Conceitosteóricosadicionais342
Bibliografiaadicional 346
M:ueriaiseequipamentos346
Procedimentos experimentais 346
Questões347
7.9 Lab. 9 - Amplilicadores de l nstrumt' nlaçiio 347
7.9.1 Objetivos347
7.9.2 Conccitosteóricosadicionais347
7.9.3 llib1iogmfiaadicional347
7.9.4 Materiaiseequipamerrtos347
7.9.5 Proccdiment osexpcrimentais347
7.9.6 Questõcs348
J•ont cs 1mra ll•l cdi ~ão de Rcsist or~
Ca1mci torlos c Indolores 348
Objetivos348
Conceitos teóricos lldicionais 348
llibliografia adi cional 348
Materiaiseequipamentos348
Procedimentos experimentais 348
Qucstões349
7.10 La b. 10 7. 10. 1
7. 10.2
7.10.3
7.10.4
7.10.5
7. 10.6
7. 11 Lab. 11 7. 11 .1
7. 11 .2
7. 1\ .3
7. 11 .4
7. 11.5
Sistemas Combinacionais e
Setlueuciais349
Qbjcti\'OSJ49
Bibliogrnfiaadiciona1349
Materiaiseequipamentos349
Procedimentos experimcmais 349
Questões350
ix
7.12 Lab. 12 7.12.1
7.12.2
7.12.3
7.12.4
7.12.5
7.12.6
Porta Pa ral ela (IEEE I284-A) como
EntradaeSaídaJSO
Objctivos350
Conccitostcóricosadicionais350
Bibliografiaadiciona1354
Matcriaisccquipamentos354
Procedimcntnscxpcrimentais354
Questões356
7.13 Lab. 13 - ADC de Sou 12 Bits Interfaceado com a
Po rta l'a ralelaJS6
7.13.1 Objctivus356
7.13.2 Conceitosteóricosadicionais356
7.13.3 Bibliografiaadiciona1357
7.13.4 Matcriaisccquipamentos357
7.13.5Procedimcntnsexpcrimentais357
7.13.6 Questões360
7.14 Lab. 14 7.14.1
7.14.2
7.14.3
7.14.4
7.14.5
Procedimentos Básicos para Uso da
Fer ra menta La bVIEW 7 Ex press 36 1
Objctivos361
Conccitosteóricosadiçionais361
Bibliografiaadicional368
Matcriaisccquipamentos368
Procedimcntoscxpcrimentais368
7.15 La b. 15 - Séries de Fourier c Análise no Domínio de
Frequência 371
7.15.1 Objetivos37l
7.15.2 Con<.:citostcóricosadicionais371
7.15.3 Bibliografiaadicional371
7.15.4 Materiaiseequipamentos371
7.15.5 Proccdimentosexperimcmais37l
7.15.6 Qucstões372
7.16 Lab. 16 - Controle de Porta.~ de Ent r ada e Saída
pelo La bVI EWJ72
7.16.1 Objetivos372
7.16.2 Conccitostcóricosadicionais372
7.16.3 Acessandoapor1aparale1a374
7.16.4 Bibliografiaadicional374
7.16.5 Materiaisccquipamcntos374
7.16.6 Procedimentosexperimentais374
7.17 Lab. 17 - Filtros Digitais375
7.17.1 Objetivos375
7.17.2 Conceitosteóri cosadicionais375
7.17.3 Bibliografiaadicional375
7.17.4 Materiaiseequipamentos375
7.17.5 Procedimcntoscxpcrimentais375
7.17.6 Questõcs375
7.18 Lab. 18 - Utilil.llção de Sm sorcs de Temperatura 378
7.18.1 Objctivns378
7.18.2 Conceitosteóricosadicionais378
7.18.3 Bibliografiaadicional378
7.18.4 Materiaisccquipamcntos378
7.18.5 Procedimentosexperimentais378
7.18.6 Qucstões378
7.19 La b. 19 - Condicionadores de Temperatura 379
7.19.1 Objetivos379
7.19.2 Conccitostcóricosadicionais379
7.19.3 Bibliografiaadiciona1379
7.19.4 Matcriaisecquipamentos379
7.19.5 Procedimcmocxpcrimental379
7.19.6 Questões379
Índice38 1
A filhinha de um amigo. quando falava ao telefone na casa dos
avóscmscuanivcrsáriodc trêsanos.scdistraiucomoscolcguinhas e sai u andando com o telefone no ouvido. O fio do telefone.
ao ser puxado. acabou por derrubar um vaso da mesinha. Obarolho atraiu os adultos, que correram ao mesmo tempo, olhando
paraelacomardereprovação.Eeladisse.assimbemderepente sem precisar pensar: '"Também, vovô. você amarrou o telefone na parede!"
Ninguém mais sabe por que temos que "discar" um número
no telefone. porque ''batemos" o currículo no computador. o que
é CRT. LP. lctrasct. régua de cálculo, Enciclopédia Britânica.
papel vegetal.tintananquim.ploller.régua-tê.telexouempréstimointerbibliotcca
É exatamente o que parece: nosso meio ambiente ficou digi tal num intervalo muito curto. em apenas uma geração. As pessoasmaisidosastiveramqucseacostumarapagarcontaspcla
lnternet.oe-mailchegaesaipelocelular.avitrolavirouwalkman e depois iPod. o llop-disk virou pen-drive cada vez menor
c com maior capacidade. c prcdsamcme a cada seis meses. comprovando a lei de Moore. meu filho nx:lama que o computador
deleestá"umacarroça".
Esse efeito digital alavancou empregos nesta área no mundo
todo e apareceram as engenharias da computação. de software e
de tecnologia da informação. Mas ao mesmo tempo essa corrcriadigitalesvaziouoanalógicoctirouaatcnçãodediseiplinas
comoinstrumentação.sensoresetransdutores.
O som c a imagem são entes analógicos. O som. para entrar
ou sair do processador, passa pelos transdutores no microfone
ou no alto-falante do telefone celular. por exemplo. A imagem
dacâmeradigi tal.antesdescrproccssada.écaptadacmsuaformaanalógica:osinaldafibraóptica.antesdcvirarbytcs.écaptado analogicamcnte. n~o interessa se é datacom. tclecom ou TV
a cabo. As moderníssimas bioprótcscs. ou próteses biônicas. ne cessitam de interfaces biológico-digital paraunirossinaisanalógicos dos nervos com os sinais digitais dos processadores.
Sim.omundoànossavoltaéanalógico.esemprcserá.Semprc que desejarmos nos contactar com fenômenos nmurais ou
tecnológicos ou exercer algum tipo de efeito no mundo teremos
que aceitara "analogicidade"do mundo e utili7_aratuadorcsou
sensorcs.convertendoodigitalparaoanalógicoevice-versa.As-
sim. sempre haverá espaço para a engenharia de instrumentação
clctrônicaanalógicacsensorcs,quc,apcsardcsercmárcascm
extinção de profissionais. s~o também áreas em grande crescimento tecnológico. com uma demanda enorme para andar pari
passu com um mundo cada vez mais nano da tecnologia digital.
Esta é a razão deste livro. escrito por doi s jovens defensores
do mundo analógico. com larga experiência em instrumentação
elctrônicacaomesmotcrnpoconscicntesdaprcmentcnecessidadedea instrumentação evoluir na mesma velocidade da tecnologia digital
Olivrofoiescritoparaestudantes.técnicoseengenheirosde
instrumentaç~o. cobrindo uma grande gama de sensores e interfaces. O leitor certamente encontmrá aqui a explicação de suas
dúvidascomrelaçãoatransdutoresesensores.Seoleitorforum
curioso em instrumentaç~o. também encontmrá aqui exemplos
eaplicaçõcsdousodepraticamentctodososscnsoresutili7_ados
pela indústriahoje.desdeaáreadeóleoegásatéaárcadeautomaçãoeprocessos.
Olivroseiniciacomapanccstatísticadecrrosedacxatidão
das medidas. uma disciplina que. apesar de omissa nos cursos
decngenhariaelétrica.mostr.t-se hojcdegrandeimportânciana
área de scnsorcs. E o porquê é muito simples: medir é justamcnteoquetodosensorfaz. mas sem o conhecimento de seu erro
como saberemos se medimos certo? A partir daí o livro leva o
leitora um passciopcloconccitodaclctrônicaanalógica.com
dezenasdeexemplosdecircuitospráticosdecorno interfacear
umtransdutoroudecomoprocessareletronicamcntcscussinais
de saída. Nascquênciacntramosnaturalmcntcnostransdutorcs
esensorespropriamcntcditos.capftulosessesquecobrem praticamente todos os tipos de scnsores científicos e industriais hojeemusopcloplancta
Unindo esses conceitos com a parte experimental. na qual
dezcnasdccxpcrimcntossàodescritosc sugeridos como exercícios de laboratório. esta obra toma-se uma referência cornpletaeimpresc indfvelnabibliotecadeumcursotécnico.dau niversidadcounasuabibliotecaparticular.
Prof.Marceloi\lartins Werncc k
Laboratório de Instrum entação e Fo111nica- UFRJ
\'e râode2010
Aconstanteevoluçãotecnológicatornaanecessidadedeconhecimentosagregadosemdiferemesáreasumrequisitoimprescindível. Atualmente. não basta ao profissional da área das engenharias dominar um único campo do conhecimento. É preciso
saber integrar minimamente recursos de apoio. seja de informáticasejadeuutrdsengenharias.
A instrumentação é um exemplo de área do conhcdmcnto
que é fomtada por vários campos da engenharia ou das ciências
Essacaracteristicaéenfatizadapeluscrescentesavançosnainformáticaenaclctrônica.oqucfa7.comqucscnsoresctransdutoressetomemcada vezmaisprecisosedependentesdessas
tecnologias. Comuconsequência.éexigidodousuário umconhccimcntopréviodoassunto.
Nos mais diversos campos da ciência e engen haria. procedimcntosdecontrolc.mediçõcseautomaçàodeprocessostradicionalmente utilizam sensores de temperatura, pressão. fluxo e
nível.entreoutros.salientamloaimportilnciadainstrumentação
nodiaadiadaspessoas.Naáreadac ngcnhariabiomédica.seja
ern um leito de UT l. seja em uma clínica médica. sensores ou
equipamentos baseados na instrumentação estão em uso. beneficiandoasaúdeeoconfortodapopulaçãomundial.
Este Hvroédestinadoaestudantesdeengenharia(níveisde
graduação epós-graduação)doscursosde instru mentaçãoemedidas. A proposta é que seja uma referência bibliográfica em
línguaportuguesaquecobreosseguintestópicos:fundamentos
desensores.condicionadores.assimcomutécnicasdeprocessamcntosdcsinaisanalógicoscdigitais
Estaobra.emfunçãodaabrangênciadaárea.foidivididaem
dois volumes. os quais se caracterizam por uma abordagem
tcórica cpráticaadcquadatantoainiciantcsqua ntoaprofissionaisdaárea
Obra em dois volumes. pode ser utilizada principalmente
nasáreasdecngcnhariaefísica. OVolumcl trata de princípios
edefinições.análisedeerros.fundamentosdeestatística.técnicasexperimcntais. análise de sinais c ruído. elctrônicaanalógicacclctrônicadigital,mediçõcsdcvariávciselétricas.scnsoresecondicionadoresde temperatura eaindaumcapítulode
laboratóriosenvolvendoostemasabordados.separadosemmódulos
O Volume 2 aborda tópicos como medição de pressão. mediçàodetluxo.mcdiçãodenível.mediçãodeforça.rncdiçãodc
deslocamento. velocidade. aceleração. rnediçào de vibrações.
medição de campos elétricos c magnéticos. além de mais um
capítulodeprocedimentosexperimentais
Por ser uma proposta abrangente. procura fornecer detalhes
qucintcrcssematodasasáreas.Sendoassim.circuitoseletrônicosdecondicionamento.bemcomotécnicasespecíficasdetralamento. podem ser direcionados aos cursos afins
Sugere-seque. paracursosdasengenhariasdc modo geral,
os Capítulos I e 2 sejam abordados na íntegra. O Capítulo 3.
apesardcscrumarcvisàodaárcadceletrônica.éútilnaexplanaçãodealgunsscnsorescscuscondicionarncntoscdcvc,portanto. ser utilizado de acordo com o critério do professor. O
Capítulo 4 aborda ass untos genéricos corno análise de sinais
no domínio de frequência e a utilização de algumas ferramentas computacionais. mas também trata de assuntos específicos
daáreadccngcnhariaelétrica,taiscomotécnicasdcsupressão
de ruído. e pode ser utiliwdo de acordo com as necessidades
do curso. Os Capítulos 5 e 6 apresentam detalhes de se nsores
etécnicasdcmediçãodcgrandezaselétricasetcrnperatura.Os
autores acreditam que esses capítulos possam ser utilizados na
íntegraparaqualquercurso.umavezquetratamdeassuntos
de interesse genérico das engenharias. O Capítulo 7. o último
doVolurne I. é composto de umasériedesugcstõesdeexperimentos em ambiente de laboratório. para que todos os tópicos
abordados possam ser aplicados c comprovados em aulas práNestasegundaediçãurevisada.foramincorpuraduscunceitus
importantes orientados pelo Vocabulário Internacional de Metrologia (V IM). A seção que relata o cálculo de incertezas de
medidas c sua propagação também foi substancialmente modificada. Foram acrescentados vários exemplos práticos. além de
um te xto mais completo sobre o assunto.
Também furam adicionadas informações aos tópicos que estão associados a interferência c ruído em sistemas de medidas,
aossistemasdeaquisiçãodesinais.dentreváriosoutros.Apesar
dcaestruturaoriginal daobratcrsidomantida.muitosassuntos
foram aprofundados c, quando possível. mualiwdos segu ndo
normasepadronizaçõesuniversaisvigentes
É importante reafirmar que o objetivo deste livro é fornecer
uma referência em língua ponugucsa. no contexto de um curso
semestral.capazdeauxiliardemaneiraeficaz.simplesedireta
estudantes ou profissionais que trabalham com instrumentação
c medidas
Prcfácioà2!Ediçiio
Por fim, cabe esclarecer que os autore> não assumem qualquer
responsabilidade por danos ou prejuízos causados em função de
aplicaçõesinadequadasdesugestõesapresentadasnestelivro.A
fim de aperfeiçoar nosso trabalho, pediríamos por gentileza o
xiii
contato dos leitores pam apontamentos relacionados a possíveL'\
falhas. propostas de melhorias c dentais discussões
Os Amores
Agradecimentos Particulares
Ao finalizar este projeto, niio poderia deixar de registrar meus
sinceros agradecimentos: aos meus pais Valmir e Maria Elizabcth (em memória). irmãos (Ricardo e L nian) e minha companheira c esposa A manda. Palavras são insuficientes para registrar
a importância dessas pessoas. portamo de ixo apenas o registro
de seus nome1;. Aos inesquecíveis mestres da minha vida acadêmica. em especial às professoras NcdaGonçalvcsc Maria Luí~a
(Faculdade de Matemática - PUCRS). aos professores Valmir
Balbinot e Wi eser (Faculdade de Matemática - PUCRS). aos
profcssorcs JuarclSagcbin.ArnaralcDarioAzcvcdo(Faculdade de Engenharia- PUCRS). Aos grande s mestres e incentivadores na área da pesquisa: professores Alberto Tamagna. Álvaro
Sallcs, Milton Antônio Zaro (Faculdade de Engenharia - UFRGS),
Renovo meu agradecimento a todos que por intermédio dos seus
exemplos. dedicação e auxilio influenciaram diretmnente a rea~
lizaçãodcstcprojcto
Aos meus pais Pedro c Adélia, aos meus irmãos h•orcma e
Lucas. em espec ial a esse pelas conversas e dicas proveitosas
sobreváriosdostcmasabordadosnolivro
Mai s uma vez devo demonstrar meu rcçonhecimento c grati~
dão aos bons professores que tive oportunidade de conhecer ao
longo de minha vida acadêmica, aos colegas de profissão. aos
alunos e ex -alunos. Agradecimento especial a Alexandre Lago
e Milton Zaro. professores cujo tra!XIIho respeito e admiro profundamente. Aos profcssorcsAhamiroAmadco Susin c Renato
professora Berenice A nina Dcdavid c Rubem Ribeiro Fagundcs
(em memória) da Faculdade de Engenharia - PUCRS. A todos
osestudantes.alunoseex·alunos.comdestaqueaosexcelemes
bolsistas de Iniciação Científica Carlos, Diogo c Jairo, pela parceria em di~·ersos projetos. Ao colega Valner João Brusamarello,
pela parcerianestelivro.Aprovei totambémpararessaltarque:
estudame de ciêtrcitlS exaws de1•e aprender tr gostar de trprender
(aprender a aprender) e, portanto. ser autodidata. ter curiosidade e busctlr infomwÇtJes nas nwis dil'er.mJ fomes. Utilizando
pa{al'ras do grande me.\·tre meu pai. ··ser eslrrdtmte e ntío apenas
aluno"
Prof. Dr, Aiexandre 1\albinot
Machado de Brito, pelos bons exemplos e influência. Registro
também um agmdecimento especial aos colegas Eng. André
Bianchi. Leandro Souza c Adroaldo Lima. pelas preciosas contribuições e boa vomadc em ajudar. Ao colega Alexandre Balbinot.cornquerncornpartilhoaautoriadestaobra.expressominha
satisfação em contar com sua dedicação e competência desde o
início do projeto
Por fim. faço um ;~gradecimento especial a minha esposa.
Rita Becco. pelo suporte, carinho e compreensão dedicados à
elaboraçãodestasegundaediçãodo livro.
P mf. Dr. Valner Joã o Brusamarellu
Agradecimentos de Ambos os Autores
A equipe da LTC, em especial ao Prof. Bcnmrdo Severo c Carla
Caldas Nery. pela menção especial aos autores. Aos colegas Lu iz
Carlos Gertz e Rafael Comparsi Laranja pela coautoria nos ca-
Captivc Airc Systcms, Cclcsco. Emerson Proccss Managcmcnt,
Endevco Corporation. Flometrics. Hayashidenko Corporation.
lcos Excelcc Lida .. l ndubr.1s lndúsuia e Comércio Ltda .. Kobold
pítulos sobre força c vibrações. Aos estudantes de engenharia
lnstrumcnts Inc., Minipa. Positck Ltda .. Lichnc lntcrnational
(muitos atualmente formados). em especial Alceu Ziglio. Carlos
Radtkc. Diogo Kocnig. Fábio Bairros. Fernando César Mordiato. Gerson Figueiró da Silva. Jairo Rodrigo Tomaszewski. Leandro Fernandes. Márcio Wentz. Maximiliano Ribeiro Cõrrea e
Tiago Fernandes Borth. Davenir Fernando Kohlrausch. Éverson
Magioni. Ismael Bordignon. Juliano Rosslcr. Márcio de Olivcira Dal Bosco. Rafael Luis Turcatel. Leandro Corrêa. lrineu Rodrigucs. César Leandro AgostinL Cássio Susin. lgor Costela.
lrineu Rodrigues. Carlos Frassini Júnior. Francisco Martins.Guslavo Rech. Luciano Rosa. entre outros - pela ajuda e participação
em muitos dos projetos apresentados nesta obra. Além dos agradecimentos pessoais. não podemos deixar de registrar nossos
agradecimen tos às empresas: Analog Deviccs. Brüei& Kjaer.
Corporation. Lion Precision. Maxim lmegrated Products Inc ..
Microchip Tcchrmlogy Inc .. MicroStrain Inc .. Mitutoyo Sul América, National lnstruments, National Semiconductors. O hmic
lnstruments Corponuion. Omega. Sh-Hardware. Shangai Genuine Trading Corpomtion Ltda .. KENCO Engineering. RMS lndústria de Equipamentos Eletrônicos Lida .. Rücgcr S.A .. Scnsorex Corporation. Tektronix. Texas lnstruments. Them10teknix
Systcms Ltda .. Vishay lntcrtechnology Inc.. Endrcss+ Hauscr
Controle e Automação Ltda .. MTS Sensor Technologie Gmb H
& Co. KG. Inte rli tek Electronics. Yokogawa. WM Berg. pela
colaboração. liberação de uso de imagens, circuitos c referências
específicas de componentes qualificando nosso livro
Come ntá rios e Sugestões
Apesar dos melhores esforços dos autores. do editor e dos revisores. é inevitável que surjam
erros no tex to. Assim. sào bem-vindas as comunicações de usuários sobre correções ou sugestões referentes ao conteúdo ou ao nível pedagógico que auxiliem o aprimommcn to de
edições futuras. Os comentários dos leitores podem ser e ncaminhados à LTC - Livros
Técnicos e Científicos Editora Lida .. uma editora integrante do GEN I Grupo Ed itori al Nacional. no endereço: Travessa do Ouvidor. li - Rio de Janeiro. RJ - CEP 20040-040 ou
aoendereçoeletrônicoltc@grupogen.com.br.
t 0.1
Introdução - - - - - - -
A história da
instrumcn ta~'no,
assim como qualquer olllro tema
envolvendo tec nologia. está rclacionad:l aos desenvolvimentos
equestion:uncmosdcépocas passndas.Asinvençõesquedealguma rnaneim rcvolucion:trJm o estilo de vida das pessoas. ou
mcsmoaquelcspequcnosinvelltOSquefacilitaramalgumpi"Qcesso. trouxeram av;mço
11. ciência. bem como nos meios de se
medirem gr..mdezas físicas. Esse breve histórico çobre alguns
instrumcmos que for.1111 im!X'rtantes para o desenvolvimento das
sociedades e da ciência, bem como da tecnologia. De modo al-
gum esse assunto 6 esgotado. Desde tempos muito amigos. em
queanccessidadcimpcliusociedadesadesenvolveremprocessos
simpleseúteisàsuasubsistência.mfostemposatuais.emque
muitos gênios pro! agonizaram a cena por grandes realizações e
descobertas. a ne<:essidade de medir quase sempre esteve preNos dias at ua is. toda descober1a científica necessita de compro\'ação experimental. Gerolrnente o processo de comprovação
leva à necessidade de medição de gr.mde1.as que remetem às teoria.~ e leis que fundamentam a ciência. Emretamo, alguns milhares de anos atrás as prioridades eram diferentes. A observação
permitia verificar que o tempo passava e de alguma maneird as
propri edades c limáti cas eram cíclicas. A observação também
permitia concluir que c~ist iam períodos favoráveis tanto para o
plantiocornoparaa co lhcitadccu hurasagríco las.Tambémcra
possível observar que os dias eram cfclicos. de modo que prova\'elmcnteotcmpoterii.rnotivudoumadasprirncirasnecessidadcs
de medição.
t 0.2
ou absorvida nastransiçõcsqufinticasentrcestadosdecncrgia
dc:ltomosemolé<:ulas.
Durantcmuitotcmpo.asnccessid:tdcs hurnanasrelacionadas
àrnediçãodotcmpoatcndiam apcnasafinsnômades,oucntão
ao conhecimento das estações do ano para otimizar o plantio c
a colheita das culturas agrkolas. Essas necessidades eram perfcitarnenteatendidaspclacontagcmdasfascsdaLua,edurante
muito tempo essa foi a maneira de medir os períodos.
À medida que o homem foi se agrupando em comunidades c:
vilas.surgiramcerirnÕiliasrcligiosas.e tomou-scnecessáriauma
medida mais refinada do tempo. As primeiros c ivilizações concentraram-se em tomo do Mediterr.inCQ, onde: surgirom os primeiros dispositivos paro medição de tempo.
O primeiro dispositivo de que se tem registro paro a medição
do tempo foi og11ómmr. que surgiu por volta de 3500 a.C. E~se
instrumento con siste em uma barro •·enical. na qual o Sol projeta uma sombra. O comprimeruo dessa sombrn. ponamo. era
relacionado ao tempo. A Figura 0.1 ilustra uma vareta para projeçàodesotnbrn.
Por volta de 800 a.C., já er~m utilizados instrumentos mais
precisos. Um desses instrumentos ern o smrdür/, um relógio de
Histórico da Medição do
Tempo-----------------------
Ape&ar de apresentar uma dificuldade de definição filosófica. o
tempo é. nos dias atuais. a quantidade ffsica mais preci&amentc
medida do ponto de vista físico. Pode-se afinnar que existem
duas escalas de tempo referenc iais fundamentais e independentes: aescaladetempodinãmica.queébaseadanaregularidade
de movimentodoscorposcelcstes fixos em suas órbitas pelas
leis da gravitação. e a escala de tempo atômica. a qual é baseada
nafrequêndacaracterísticadaradiaçàoeletromagnéticaemitida
Figura0.1
Varctadeprojeçâodesombra.
2
CapftuloZero
Figura 0.3
Figura 0.2
Relógio de sol.
sol utili zado pelos egípcios. O relógio con~i~tia em uma base
extensa ligada a uma esuutura. Aba~ continha 6 divisões de
tempo. e era colocada na direção leste-oeste. com a cruz no lado
lestcpelamanhãcocstcpelatank:.Asombr.l dacruzprojetada
na base iodicavao horário. A Figura0.2 mostra um S1111dial. e a
Figura 0.3 mostra outra configuração de relógio de sol.
Provavelmente. o mais preciso desses disposi tivos foi o relógio desenvolvido pelos caldeus. tribo de Moisés considerada o
primeiro povo a dividir a noite e o dia em 12 hora~ cada. Os relógios de sol hemisféricos da Babilônia. aparentemente inventados pelo astrônomo Barosus em aprollinmdamente 300 a.C .. eonsistiarncmumblococúbieo.noq ua l existi aum:lcntradahemisftrica. À entrada era fixado um ponteiro cujo final era preso no
centro do espaço hemisférico. A trajetória traçada pela sombra
do ponteiro era aproximadamente um arco dn:ular cujos comprimento c posição varia\·am de acordo com as estações. Um
n6meroapropriadodean:oseradesenhadonasuperficíeinterna
do hemisf<!rio. Cada arco possuía 12 divisões. Cada dia. desde
o s urgimento até o pôr do sol. tin ha 12 intervalos iguais, ou horas. Uma vez que a duração do dia varia de acordo com a estação.
cssashor.tserJmvari ávcis.
Os gregos desenvolveram e construíram relógios de sol de
cornplellidnde considerável entre 300c 200 a.C.. incluindo instrumentos co m indicadores de horas vcrtic:tis. horizontais ou
inclinados. Os romanos também utilizaram relóg ios de sol. e
alguns era m portáteis. Os árabes melhoraram o desig11 desses
relóg ios c. no início do século X III d.C.. constru(ram tais instrumentos sobre superfícies cilfndricru; ou cônicas. e ntre outras. O
instrumento de medição do tempo continuou C\"Oluindo. Começaram a ser desenvolvidos mecanismos de relógios cujo princípio de funcionamento era baseado no tempo de eochimento de
um \"O]ume de água com vazão constante.
O primeiro relógio público. cujo funcionamen to era baseado
ernurnrnecanismoquercpetemovinrcntosiguaisernespaçosde
tempo iguais, foi co nstruído e insta lado em Mililo (Itália) em
1335. Aproximadamente no ano 1500surgiram relógios portátei s
baseados em molas. e em 1656 surgiram os primeiros relógios
baseados em pêndulos.
Outra conliguraçikl de relógio de sol.
A subdivisão do dia em 24 horas. da hora em 60 minutos e
do minuto em 60 segundos é de origem antiga. mas css:ts subdivisões tomarnm-se de uso gera l em aproximadamente 1600d.C.
Quando o aumeuto da precisão dos relógios ]e\·ou à adoção do
di a solar médio. o qual conté m 86.400 segundos. o segu ndo solar médio tomou-se a unidade de tempo básica.
O segundo. conforme o atual Sistema Internacio nal (S I) de
medidas. foi definido em 1967 corno 9.192.ó3 1.770 ciclos de
radiaçàoassociadaàtrans içãoentrcníveisdeestadodoátomo
de césio 133 . O nUmero de ciclos foi escolhido para fazer o
comprimento do segu ndo corresponder tão próximo quanto
possh·el ao padrlo definido anterionnente: 1/86.400 do dia
solarm&Jio.
4 0.3
Histórico da Medição de
Pesos e Medidas - - - - - - - Com a organizaçilo das pessoas em sociedade. começaram a
surgirrnciosdcpcrrnutacmoedasc.assi rn. ocomén:io.Édese
espcrar.portanto.que padrõesdevarnsurgirpamqucexistauma
referência de medida
Outr.1s necessidades - como. por exemp lo. na arquitetura. a
execução de projetos corno ru; pirâmides - evidenciam que os
egípcios possufam havia muito tempo um sistema de pesos e
medidas. Escri turas e gravuras em tumbas de pessoas medindo
grãos deixam claro que esse po\'O jã havia organizado um sistema de unidades.
A hi stória sugere que aprollimadamcnte 5.000 unidades e padrõcsdcmcdidasnísticascinrprecisascramutil izados.Emalgum ponto da hi stória. homens, principalmente comen:i:mtes,
faziam suas referências com medidas de panes do corpo. Assim.
um com primento ou altura podia ser definido em número de
rnàos.JXrltnosoupassos.Curiosamente.o sistetn:linglêsfoibaseado nessas medidas: pé. polegada. A Tabela 0.1 mo~trJ. algumas
curiosidadcscmrclaçãoàsunid:tdcsdcmedidas.
As primeiras tentati,•as de medidas tinham b;tsicamente dois
elementos principais: um era a sua unidade ou então sua defini ção em relação à aplicação daquela medida. Dessa forma. distâncias eram dadas em passos ou dias de ca\·algada. e um acre
foi pensado como a ãrea de terra que podia ser trJ.balhada por
11111 homem em um dia. O outro elemento era que essas uni dades
fosscnrbasc;~dasern unidadesconhecidascomopés(/ut) .mãos
(lwm/-sp<m.~).
entre ou tras
lssoserviamuitobemparaamaioriadaspropostas.nras des-
decedosevcrificouanecessidadedepadronizaç~o.Porellemplo.
no antigo Egito. o côwulo era conhecido corno a distância do
Breveliistórindnlnstrumentação
Tabela 0.1
3
Curiosidades sobre padrões de medidas
Século X
Reis saxões Edgar e llcnriquc r definiram uma jarda (yard) como a distância da ponta do nariz ao dedo polegar
SéculoXIIJ
Eduardo I: definições
3grJ:o'idecevada= r polegada
12polegaJa'i= I pé
3 pé~= r jarda (Jan/ou ulna)
5 Y,jarda~ = I vara (também igoal aocomprimentodoeombinaJodo'i 16 pés esquerdo~ do~ primeiro'< 16 homens a
'iaíremdaigrejanodomingo)
40 var.ll' X 4 varas = I acre (também a área com que um homem munido de um machado p<J<le trabalhar I dia)
Ricardo Cora<;·ào de Leilo- primeira documenta<;·ào de padronização de medidas
colovelo à ponta do dedo médio da mão (essa medida foi provavelmente aumentando em termos absolutos ao longo do tempo
devido à variação da estatura humana). Em 2500 a.C. foi pa dronizado corno côvado mestre real. feito de granito negro com
525 rnrn de comprimento, aproximadamente o comprimento do
antebraço de um homem. O côvado real podia ainda ser dividido
em ?larguras de mãos. as quais. por sua vez. podiam ser divididas em 28 larguras de dedos. A Figura 0.4 mostra alguns padrões
provavelmente adotados no antigo Egito.
Após a ocupação dos persas. foi adotado o côvado persa. de
63.85 em. Medidas de dimensões grandes como comprimentos de
terra tomaram diferentes formas. O comprimento do re111en duplo
eraigualàdiagonaldoquadr.illo.ccadaladomediaumroytllcubir
Esta medida era 74.07 em e podia ser dividida em quarenta pequenas unidades de 1.85 em cada. Outra medida para terra era a medida da corda (conhecida como w ou me!t-w) de lOOcôvados rl'ais.
e uma área podia ser medida por um ~·etjat. o qual media 100 côvados quadr.tdos (mais tardechamadodet/rollra). Uma medida de
comprimcntoaindarnaioréochamadoril"er-unit.Aparentemcntc
esta medida consistia em 20.000 côvados. ou cerca de I 0.5 km
NaGrã-Bretanha. ape;;ardeterhavidoumasériedetentativas
dcpadronização.otrabalhornaiscmbasadocsustcntadosurgiu
apenas no século XIV. quando foi publicado o seguinte texto:
""( ... ]ordena-scque3gràossecosearrcdondadosdecevadafazcm urna polegada; I 2 polegadas fazem um pé; 3 pés fazem uma
ulna. e 5Vz ulnas fazem 1 rod [ .. .]".A ulna mais tarde tornou-se
ajardaefoipadronizadacomoadistànciaentreduasmarcasem
urnabarrademetal
Autilizaçãodesementescornounidadesbásicasdepesoteve
lugarespccialnodesenvolvimentodemedidasdepcsosdurante
muito tempo e em muitas cultur.ts. Na Inglaterra. três sistemas
depesopers istiram:ogrãotinhaumafunçàomuitoútilescrviu
a todas essas três unidades. de modo que podia ser convertido
deumaparaoutra
O sistema métrico su rgiu oficialmente na França em 1799.
com a seguin te declaraç~o de in tenção:"'( ... ] ser para todas as
pessoas em todos os tempos .. :·. A principal ideia era que todas
asunidadesfosscmdependentesdefatosnaturais.Onretmfoi
dcfinidocomoadécimamilionésimapancdc 14dacircunfcrência da Terra (do Polo Norte à linha do equador) passando por
Paris. Para essa medida. Jean -Baptiste Joseph Delambre ( 17491822) foi o astrônomo que comandou a pane norte de uma expedição meridiana e Pierre François André Méchain (1744-1804)
comandouapartesul.Esscsastrônomosfizeramasmedidascom
um instnnncntodenominadocírculo repetidor, inventado pelo
físico Jean Charles de Borda ( 1733-1 799)
O grama foi definido corno o peso de um centímetro cúbico
de água pura.
Quando meios mais precisos de medição de comprimento
começaram a surgir. foi revelado um erro na definição do metro
Issolevouàprocuradenovospadrõcs.agoramaisrobustosque
os primeiros. Inicialmente o metro foi definido como a medida
deumabarradeplatinacomadimensãoexmadadefiniçâo.
Essencialmente. os novos métodos baseados em fenômenos
físicos só podem ser observados em laboratórios espccialrnente
equipados. Hojeometroédefinidocomoadistânciapercorrida
por um feixe de luz no vácuo em ~ de segundo. Isso é
consideravelmcntcmaisprecisoqucduasmarcascmumabarra
e. além disso. pode ser replicado.
t 0.4
Figura 0.4
Padrões de un idade adO(ados no antigo Egito
Histórico do Barômetro - - -
Em urna carta. datada de 1630. Giovan Batti sta Baliani perguntou a Galileu Galilei por que um sistema de transporte de água
4
CapfTuloZcro
que ele havia projct:~do não funciona'':!. Esse sistema consistia
em um simples amnjo hidr.lulico. no qual um duto de água de,·eria carregar o líquido sobre urna ladeira de 21 m. O sistema
denomin:~v:~-sc sn,lum. c era b:lscado em uma bomba de sucção
de ar de maneira semelhante às bomb:ls atuais.
No entanto. na época acreditava-se que as bombas criavam
vácuo. e. como a "natureza odeia o vácuo··. a água era impelida
a OCUp;lf o espaço evacuado. Acreditava-se que não ha.via limite
dealturaparafa7.crumacolunadeáguasubir.GalileuinvC!;tigou
a situação e concluiu que os limites d:~ bomba de sucção eram
de li m de colu11a. Acima dessa altura a força do vácuo era illsuficienteparasuport ar:lCOiunadcágua.
Galileuçompartilhouapreocupaçàoquantoaoprobleiii:l.COm
seu disdpulo Torricclli. Torricclli. então. projetou um experimento conduzido por seu disdpulo Vincenzo Viviani em 1643.oqual
provou que o ar tem peso. Eles havimn çonstroído um protótipo
de um barúmetrode mercúrio. De inicio Torricelli utilizou água.
rnaseranecessárioumtubodevidromuito longo(l8m).S ubstituindoaágu;1pormcrcúrio.<JUC àtcmpera tumarnbiente é líquidoecujadcnsidadcéaproximadmnentcl3vet.esmaiorqueada
água. ele reduziu o tubo par:1 aproxinmdamentc 90 çm.
O instrornento de Torricelli consistia em um tubo de vidro
longo com uma das extremidades fechada. O tubo era preençhido com mercúrio e em seguida invertido em urna base que também continha mercúrio. A Figura 0.5 mostrJ o esquema do insTrumcntodcTorricclli.
Em vez de sair completamente do tubo. a altura da coluna se
estabilizava em um nÍ\'el de aproximadamente 76 em. Pequenas
nutuaçõcs eram observadas. c hoje se sabe que eram devidas a
pequenas nutuações n:l temperawra c na pressão atmosférica.
Torricelli çoncluiu que a toluna de mercúrio se estabilizava devido ao peso ou à press!lo que o ar exercia na base do experiComo açontoce muitas vezes em ciência. uma linha de raciocínio ocorre em lugares diferentes aproximadamente na mesma
Figura 0.6
época. Existem evidências de que pelo menos outros dois pesquisadores também desenvolveram um barômetro. DocumenTação histórica sugere que o rnnterniitico italiano Gaspar Bcni tambémtrabalhounoproblemaqueprcocupnvaGalileueconstruiu
um barômetro alguns anos antcsdeTorricelli. Oticntista filósofo francês René Descartes descreveu um experimento de um
sistema para a detennim1ç~o da pressão atmosférica em 163 1.
mas não existem evidências de que tenha algum dia çonstruído
oststema.
Em 1648. o matemático francês Blaise P.Jscallançou a teoria
de que a pres!õão atmosférica cafa em altitudes acima do nível
do mar. Em seu experimento. um barômetro foi levado ao topo
de uma mootanha a 1.490 111 do nível do mar. e obser.'ou-se que
açolunadcmercúriocaiua8.6cm. Durantcaproximadarncmc
20 anos após esse fato. o desenvolvi meu to do b:lrômetro foi lento. Foi quando. em 1665. o cientista inglês Robcrt Hooke crioo
obarômctrodcescalacircular. A partirdccntãoobarômetro
passou por um século de grnndes progressos. A Figura 0.6 mos~
tra um barômetro de escala drcu lar.
Ousodapala\'rabarômetroparadescn:vcroinstromcmode
medida de pressão é atribuída oo ciemista inglês Roben Boyle.
que em l669descreveu planos par-.1 acoustruçãode um barômetro poniitil. O conceito de barômetro $em líquido foi primeiramente lançado pelo materniitieoGottfried Wilhehn Leibniz. por
volta de 1700.AprimcirJI"CI"lõàodcssaideiafoiconstroídapclo
cientista francês LucicnVidic.autordoschmnadosbarômctros
aneroidcs metálicos. Esse novo instrumento não apresentava o
problema de hal"cr urn lfquido que poderia derramar por todo o
instrumento pelo fato de ser selado. Isto fczçorn que se tomasse o primeiro barúrnetro portátil. Dessa forma. ele tomou-se um
instrorncntocomumeextcnsamcnteutilizadonasárcasrclaçionadasàrncteorologia.
Atualmente. os barômetros 11neroidcs foram substitufdos por
sensorcselctrônicos.osquais.quandoconcctadosa mitroprocessadores. se tomam precisos e bastame flcxfvcis a uma série
de aplicações na medição de pressão
t
Figura 0.5
Bar6mctrl)dc:Torricelli
Barômetro de escala cin:ular.
0.5 Histórico do Termômetro - -
Os primeiros termômetros eram chamados de tcrmoscópios. e.
enquamoalguusinventoresdcsenvolveramversõesdesseinstrumento ao mesmo tempo. o in,·entor italiano Samorio Samorio
( 156 1- 1636) foi o primeiro a atrescentar urna escala numérica
Brevcl-listórindn lnstrurnentação
ao iustrumcnto (por esse motivo. alguns autores citam Santorio
cornoinventordoprirneirotermômetro)
Em 1596. Galileu Galilei inventou um termômetro de água
rudimentar. Esse instrumento permitiu que. pela primeira vez.
variaçõesdetemperall.lrapudessemserlidas.Em 1714.Gabriel
Fahrenheit inventou o primeiro termômetro de mer.:úrio. iustrumcntoqucéutilizadomualmcntc
Apesar de Galileu ser aclamado por muitos autores como o
inventor do primeiro termômetro. o instrumento não media a
tcmpcratura - apenasindkavadifcrcnças.Porissooinstrumento desenvolvido por Galileu de~·e ser denominado terrnos .:ópio. O pre.:un;or do termômetro é um instrumento sem escala.qucapenasindicavaasdifcrençasdctcmperaturacsópodia
mostrar se a temperatura estava acima. abaixo ou igual. Não
permitia. portamo. que uma temperatura fosse reg istrada para
futura referência. O tcrmoscópio foi largamente utilizado por
um grupo de pesquisadores em Veneza. incluindo Galilcu.
Até o início do século XV II. não existiam maneiras de medir
ouquantifkarcalor.Santorio( l561-1636) irwcntoualguns instrumentos: um medidor de vento. um medidor de escoomento
de água. o puliilógio. c um termoscópio. o precu rsor do termô metro. Em 1612. ele aplicou pela primeira vez uma escala nu mérica ao seu termoscópio. e é considerado o inventor do termômetro. O instrumento de Santorio era um termômetro de ar.
Tinha baixa precisão. e os efeitos da variação da pressão atmos férka ainda não eram compreendidos na época
O primeiro termômetro líquido em vidro fechado, bastante
conhecido awalmeme. foi produzido em 1654 por Ferdinando
11(1610-1670).duquedaTos.:ana.Seutcrmômetroerapreenchido com álcool, c, apesar de representar um avanço significativo.
ele não tinha boa precisão e não utilizava uma escala padrão.
Em 1714. Daniel Gabriel Fahrenheit (1686- 1736). cientista
alemão. inventou o termômetro de mercúrio. A expansão do
merctírio. associada a melhoramentos no vidro. levou a um incremento significativo na precisão dos termômetros. Em 1724.
Fahrenheit introduziu aesealadetcmperaturaquc levaria seu
nome. Utilizou os novos pontos fixos de temperatura para fazer
um padrdo de seu novo instrumento. Fahrcnhcit dividiu os pontos de congelamento e fervura da água em 180 divisões. Trinta
5
c dois (32) foram escolhidos para o ponto mais baixo. de modo
que não haveria valores negativos nem abaixo daquele ponto
(menores medidas .:onseguidas por ele em seu laboratório. .:om
umamisturadcgclo.salcágua).Algumasvczcssugcriu-se quc
Fahrenheittcriadivididosuaescalaern IOOgrausutilizandoa
temperatura do sangue (in.:orretamente medida) e o ponto de
congelamentodaágua,oqucnãoévcrdade
Em 1731. o francês René Antoinc Ferchauld de Réamur (1683 1757) propôs uma escala de termômetro no qual o oorepresentava o ponto de congelamento c 80° o ponto de fervura. A csealadeRéarnurnãoémais utilizadaatualmente
Em 1742. o astrônomo sueco Andcrs Cclsius ( 1701-1744) sugeriu um termômetro com 100 divisões entre os pontos de congelamento e de fervura da água. Celsius escolheu 0° para o ponto de fervura e too• para o pouto de congelamento. Um ano mais
tardc.ofrancêsJcanPierrcCristin(l683-1755)invcrtcuaescalaCelsiusparaproduziraescalacentígradautilizadaatualrnente (O •c para o ponto de congelamento c 100 oc para o ponto de
fervura). Em 1948.dccomumaeordo. aesealadctcmpcratura
adaptadaporCristinfoiadotadapclaConfcrencia lntcrnacional
de Pesos c Medidas. Passou a ser conhecida como escala Cclsius.
e é utilizada atualmente
Em 1848. Lord William Thomson Kclvin deu sua contribuição. Desenvolveu a idcia de temperatura absoluta. a qual é eonsideradaasegundaleidatennodinâmiea.edcsc nvolvcuateoria
dinârni.:a do calor. Em sua teoria. Kelvin propôs que a temperatura de oo absoluto (O K) seria a menor temperatura possível.
àqualqualquermovimenlodepartículasatômicascessaria. Kelvindefiniuqueavariaçãode I gr.tu Kelvinseriaequivalenteà
variação de 1 grau Cclsius. Atualmente, o grau Kclvin é a uni dadepadrãoparamedidadetempcratura.
Si r William Thomson. bar.lo Kclvin de Largs. Lord Kelvin da
Escócia (1824-1907), estudou na Universidade de Cambridgc c
rnaistardetornou -seprofessorde FilosofiaNaturalnaUniversidadc de Glasgow. Entre outros feitus seus podem-se citar a dc;;cobcrta do efeito Joulc-Thomson dos gases, seu trabalho no primeiro cabo para telégrafo transatl~ntico, a in~·cnçâo do galvanômetro de c;;pelho. o gravador sifão. um sistema mecânico par.t
prcvisãodcmaréseomelhommcntodabtíssolaparanavios.
4 1.1
Introdução - - - - - - -
Ao oontr.1rio do que muitas pessoas acreditam. a palavra INSTRUMENTAÇÃO significa muito mais do que sugere. Na verdade. a
maioria dos cursos de instrumentação deveria ter em seu título um
oome genérico o suficiente para relacionar a mediçOO de grandezascmqualquerprocesso.AinstnutJCillaç11oestápresente.por
exemplo, em uma instalação elétrica. na simples medida da tensão
elétrica de uma residência (220 V ou 110 V). Está presente no
controle do sistema que está gcr.mdocssa tensão - seja, por exemplo. na medição da velocidadedaturbinaquegirndcvidoàforça
da:!guacmurnahidrclétrica.sejamrnvésdamcdiçãodaprcssiio
do v:1por e m uma usina tennelétrica ou no controle das reações
nucleares que ocorrem em uma usina nuclear. A medição dos processoséq ucdetcnninaospadrõesepcnnitequc s.:jamreferenciadas ullidadcsàsdivcrsasgrnndezas.
A imponância da Instru mentação poderia ser resumida em
umafrase: ''Amediçãoéabasedoprocessoexperimental."'Scja em um processo que deve ser controlado, seja em pesquisa ou
ctnumalinhadcproduçãodentrodeumaindústri a.oprocesso
damediçãodegrandczasfísicasffundamental.
As técnic as experimentais têm mudado profundamente nos
últimos anos devido ao desenvolvimento de instrumentos eletrônicosecontroladoresimeligentesdeprocessos. Essa tendência
dcvesemamcr,c.pamatenderàdcmanda.oopcradordcveestar
familiarizndocom os princípios básicos de instrumentação e as
idcias que governam o seu desenvolvimento e a sua utilização
Obviamente. o conhecimento de muitos prindpios de instrumentação é necessário pam realizar um experimento bem-sucedido.
eessafarnzãopelaquala experimentaçãodcverespeitarproccdimentos. experimentais cri teriosos. beneficiando-se de uma
bem-planejada metodologia. Ao projetar um experimento. o indivfduoprecis.ascrcap1l7.deespecificara variável físicaeconheçcr as leis da física. Depois é neçessário o projeto ou a aplicação de algum instnnnento, quando !;trá necessário o conhecimento dessa aplicação. Por fim. para analisar os dados. o individuo deve combinar as carnctcrísticas do processo físico que
está se ndo medido com as limita'fÕCS dos d:tdos coleuulos.
Antcsdeiniciaroprocedimento.oexpcrimentalistaprecisa
conhecer o processo. bem como estimar as incertezas das medi -
das tolcr:ívei s p:m1 o bom andamento do sistema como um todo.
Oobjetivo docxpcrimentoditaráaprecisãonecessária.oscustos. bem como o tempo que deve ser empregado nessa tarefa.
Uma calibrnção de um termômetro de men;úrio pode ser considernda um processo relativamente simples c que depende de
tempo e equipamemos limitados. Por outro lado. medir a tcmpcmturadeumjatodcg;isa l60CI °Ccomprecisãoen,·olveria
muito mais cuidados. Medições executadas por labor:noristas
inexperientes frequentemente supõem que um expcrimelllo é
f<kil de ser exeçu tado. "ntdo de que precisam é conectar alguns
fios e ligaroinstrumentopar.l.queosdadosoomeccmaserarmazcnados. Mal sabe m que um instrumento que faz pane do
processo pode estar nwndando dados ermdos ou com nh•eis de
erros dema si11do altos. que podem comprometer todo o expcrimcmo.
Além disso. mesmo que todos os instrumentos estejam fun~
cionando perfeitame nte. se os dados não forem tratados corretamcmc. ou. ainda. se não fi1.ercm parte de um processo de coleta projetado adequadamente. o experimento poderá estar perdido. Enfim. um ca uteloso planejamento dos procedimentos experimentais f um ponto de extrema importância.
4 1.2 O Método Cientifico - - - Paraque umcicmistn investigueosfenôme11osda nntureza. f
preciso que e le cot1heça os processos envolvidos. Depois de
levantar todas as informações possíveis sobre o fenômeno. o
experiment;ldordeverámedirvari:íveisqueestàorelacionadas
a esM: fenômeno. Com as infonnações colhidas. scr:i const roída
uma hipótese que segue um rnciocínio lógico e coere nt e com
a observação e a base de dados sobre o fenômeno. Veja a Figurai. I.
A realização de uma medida é considerada um experimento. e os procedimentos adotados de'"e rão seguir uma metodologia. Esse método deve envolver a formação da base de
conhecimentos. a realizaçâodeexperimentoscontroladose
sua avaliação. É importante ressaltar que a necessidade de
um mé todo é importante não só para a confiabilidade da me dida. m:ts também pa ra que ela possa ser repetida por qualquer pessoa.
Conceitosde lnstrumentação
7
4 1.3 Grandezas Físicas - - - - Asgmndezasfísicassàoasvariáveisouquantidadesqueseriio
rncdidas.Siiosinônirnasasexprcssõcsvariávcldc medida. variá~
vel de instrumentação e variável de processo. Essas variáveis
podem ser os objetivos diretos ou indiretos de urna determinada
medida. Um exemplo de medida indireta é a detecção da de for~
mação mccãnica causada por uma força. quando o objetivo é
dcterminar aintensidadedaforçaaplicada
Segundo o Vocabulário Internacional de Tennos Fundamentais
c Gerais de Metrologia (V IM )'. grand eza é dclinida como: " Propriedadcdeumfcnômcno,de urncoJVOOUdeu masubstànciaque
se !X'de exprcssarquantitativamente sob a fonna de um número e
de uma referência." O ,·alor de uma gr.J.ndcza represen ta a "expressiioquantitativadeumagrandezaespccífica,geralrnentcsob
a fonna de uma unidade multiplicada por um número".
Essas variáveis !X'dem ser classificadas em re lação a suas
caracteristicasfísicasconforrneTabcla 1.1.
O método para executar a medição de uma dctcnninada grandezaébastantevariáveledependedefatorescomo:custos.pos-
'Documento produzido fl"loJCGM (Joim Cmnmilru focO~<itluin Mnrology),
lliPM - IJ1<r<au lm~ nwiÜIIUll du Pt>id>
Mr.<uff.<. tEC - Imrmaritmal Elt!Cimuciln ica/ C<muni.uitm. IFCC - ll!t~m"·
rional Fedaarion o/Ciürirol Chrmi.<lry <llull.<r/>oralol)' Mediân~. ILAC - In ·
l~marr'onal fn/>oraiOI)' Arrmlimtion CooMmlion. ISO - /nternmional OT}Ja ·
ni:;mion for Smn,/allfi;ntion. IUPAC - lm.,matiorw/ Union of Pu"' a11d App/r'"d
Chemistr-y, IUPAP - lrrtemmiona/ Union ofPu"' and Applie1/ PJ.ysics c OIML
-/nternmiona/OT}Janr'zntionofUga/Metro/ogy
o qual t fonna<lo por organiz.açÕ<'S ron>o
t'1
Figura 1.1
Tabela 1.1
Pmcedimentn genérico de método científico
Classificação das variáveis por características físicas
Exemplos
Variáuistérmiws - relacionadaãcondiçãoouãcaracterísticado
material. Dcpcndcdacncrgiaténnicadomatcrial.
Tempcratura,tcmpcraturadiferencial.calorespcdfico,entropiae
\'ÍJriá;·ei;· demdiaçiia - rclacionadasàcmissi\o,propagação,rcflcxi\o
eabsorçãodecncrgiaatravésdoespaçooumravésdemaleriais
Emissãn. absorçàocpmpagaçãocorpuso::ular.
Radiaçãonuclcar. Radiaçãocletromagnélica:(infrai'Crmdho,luz
visível.uhraviolcta).RaiosX.raioscósmicoseradiaçiiogama.
Variáveisfmométrkascvariáveisacústkas
Variá;·eisdefarÇil - relacionadas à alteração de
Peso,forçatotal.mnmentndctorque,tens;iomecânica.forçaJX>r
unidadcdeárea,pressâo,pressâodiferencialevácuo
repou~oou
de
movimento dos corpos
Taxa de mriáwis - relacionadas à taxa com que um corpo ou uma
\'ariál·clmedidascafastaouscaproximadeumdcterrninadoponto
dcreferênciaouàlaxaderepcliçàodeumdeterminadoevento.O
tempo é >empre um componente da medida de taxas
cntalpia
Vazâodcumdctcrrninadofluido,fluxodcmassa,acclcração.
frcquéncia.vclocidadclinear.vcloc idadcangularevibraçilo
Variáwisdeqlumrülmle - relacionadasàsquantidadesdematerial
existentedentrodelimitesespccfficosouqucpassasobreumponto
numdctcnnioadopcríodo
Massa e peso a uma gravidade local. Vazão integrada num tempo,
volumc,espessuraemolsdcmaterial.
\'ari<h·eis depropriedadesfísicas - relacionadasàspropricdades
fhica_,dematcriais(excetopropriedadesrelocionadasàmassaou
composição química)
Densidade,umidade,viscosidade,consisténcia,caract{'TÍSticas
estrutumiscomodu<'libilidade,dureza.plasti<·idade.
Variá>"<'isd.,comt>asiçlloqufmim - relacionadasàspropriedades
químicaseàanális.cdcsubstãncias.
Medidas quantitativas de CO,, CO. H,S. NO,. S. SO,. C, H,, Cll 4 , pll,
quahdadedoareváriossol•·cntescqufmicos,entreoutros.
\'Ílfiá;·ei;·c/élricllS - rclacionadasàsvariaçõcsdcparlmctros
elétricos
Tcnsâo,correntc.resistência.coodutãncia.indmftncia.capacitftncia.
impedância
8
CapítuloUm
sibilidades físicas. incerteza. tempo. entre outros fatores. Devesedeixarelaroqueeadaprocessotemsuaspeçuliatidadeseque
aspectos econômicos bem como o tempo envolvido na medição
são secundários quando o objetivo é coletar dados confiáveis.
ldealmcnte.busea-seo ,·alo r ,·erdadeiro (deumagrandeza).
ou. conforme o VIM. o valor compath·el com a definição de
umadadagrandezaespeçílíea.Éumvalorqueseriaobtidopor
uma medição perfeita. e. portanto. valores verdadeiros são. por
natureza. indeterminados. Entretanto. pode-se utilizar o \'aior
conve ncional, o qual eo11siste 110 valor atribuído a uma grandeza por acordo para uma dada finalidade
Em um determi11ado locaL o valor atribuído a uma gr.mdeza.
por meio de um padrJo de referência, pode ser tomado como um
valor verdadeiro convencionaL Por exemplo. o CODATA' ( 1986)
recomendou o valor para a constante de Avogad ru como
6,0221367 X IQllmol ' .Ovalorvcrdadeimcom·enciollaléàs
vezesdenominadovalordesignado.mclhorestimativadovalor.
valorconvencionalouvalordereferência.Frequentemente. um
grandenúmeroderesultadosdemediçõesdeumagrandezaé
ulilizadopamestabelecerum va lorverdadeiroeonvencional.
41 1.4
Unidades de Medida- - - -
A criação do sistema métrico decimal na época da Revolução
Francesaetambémactiaçãodedoispadrõesdeplatinaparaa
unidade do metrocdoquilogr.tmaem 22 dejunhodc 1799 constituíram o primeiro passo para o desenvolvimento do Sistema
Internacional de Unidades atual.
Em 1832. Gauss promoveu a aplicação do sistema métrico.
sustentandoqucesseseriaumsistemaconsistenteparaaaplieaç5o nas ciências físicas. Gauss foi o primeiro a fazer medidas
absolutas da força magnética da Terra com base no sistema métrico. As unidades milímetros. gramas e segundo foram utilizadas
para as grandezas de comprimento. massa e tempo. respectivamente. Alg uns anos mais tarde. Gauss e Weberestenderam essas
medidasparaineluirofcnômenoelétrico.
Essas aplicações no campo da eletricidade e eletromagnetismo foram bastante desenvolvidas na década de 1860. com
Maxwell e Thontson liderando a Associação Britânica para o
Avanço da Ciência (BAAS). Formularam um requerimento pam
umsistemadeunidadcscocrcntccomunidadcsbásicascdcrivadas. Em 1874 a BAAS introduziu o CGS. um sistema de uni dades baseado em três unidades: centímetro. grama e segundo.
utilizando prefixos variando em uma faixa de miem (10- 6) a
mega ( l<t) pam expressar submúltiplos e múltiplos decimais. O
desenvolvimento seguinte da física como uma ciência experimental foibascadoncsscsistcma
As dimensões do sistema de unidades CGS nos campos de eletricidade e magnetismo provaram ser inconvenientes. Assim. na
década de 1880. a BAAS c o comitê da Comissão Internacional de
Eletticidade(IEC)aprovamm um conjunto de unidndespr;iticas.
Entre elas. estavam o ohm. o volt e o ampere para a resistência elétrica,atensãoelétricacacorrenteelétrica.respeçtivamentc
Depois do estabelecimento da convenção do metro. em 20 de
maio de 1875. o Comité Internacional de Pesos e Medidas (CIPM)
' CODATA - Commillee "" Dm" for Scie11ce ~"'/ Teclmology
conccntrou-senaconstruçãodcnovospmtótiposparaospadrões
metro e quilograma como unidades básicas de comprimento e
massa. Em 1889. a Conferência Gemi de Pesos e Medidas (CG PM)
sancionouessespmtótipos. Juntamcntccomo>cgundo.cssasunidades constituíram um sistema similar ao CGS. tendo. porém.
como unidades básicas o metro. o quilograma c o segundo.
Em 1901, Giorgi mostrou que é possível combinar as unidades
desse sistema (metro. quilograma. segundo) com as unidades elétricas para formar um sistema simples e coerente de quatro uni dades.eaquartaunidadeseriadenaturc7.aelétrica,comooohm
ouoampCre.possibilitandoqueasequaçôesdoele1romngnetismo
pudessem ser reescritas de forma r.tcionalizada. A proposta de
Giorgiabriuocaminhoparaumgrandenúmerodenovosdescnvolvimentosnaáreadaeiêneiaexpetirnental
Atendendo a uma solicitação internacional em 1948. a CGPM.
em 1954.aprovouainclusãodoampCre.dokclvincdacandela
comounidadesb;isícasdecorremeelétrica.temperaturatermodinàmicaeintensidadedeluminosidade,respectivamentc.Onome do Sistema Internacional de Unidades (SI} foi adotado em
l960.eem 1971 a versàontualdoS I foicompletadandicionando o moi para a unidade de quantidade de matéria. Dessa forma.
onúmcrototaldeunidadesbásicasésete
As unidades consistem em bases que têm por função tomar
univcr:saisosresultadosdemcdidasrealizadascmqualqucrpartcdomundo. Sem urna padronização de unidades. o comércio
deprodutosseriaumverdadeirocaos.
O Sistema Internacional de Unidades (S I) é adotado na maioriadospaíses.apesardeemalgunslugaresaindaexistircmdifi culdadcs de implantação como. por exemplo. nos EUA. onde
ainda utiliza-se o pé (ft) como unidade de comprimento c a libra
comounidadedeforça
A Tabela l.2mostraasunidadesfundamentaisdoSI.
Todas as demais unidades de medida podem ser determinadas
emfunçàodessasunidadesbásicas.
As unidad es de medidas são. ponanto.grandezasespeçíficas. definidas c adotadas por convenção. com as quais outras
grandezasdemesmanaturezasãocompamdasparaexpressar
suasmagnitudesemrelaçãoàquelagrandeza.Essasunidadcs
têm nomes c símbolos aceitos por convenção.
A mcdiçiio consisteemumconjun1odeopemçõesquetêmpor
objetivo detern1inar um valor de uma gr.tndcza. e a metmlogia é
a ciência da medição. A metrologia abrange todos os aspcçtos tcóricosepn'iticosrelativosàsmcdições.qualquerquesejaaincertcza.emquaisquercamposdaciénciaoudatccnologia
Tabela 1.2
Unidades fundamentais do SI
Comprimento
<egundo
Tempo
quilograma
,,
ampCre
~elvin
Temperaturatermodin:1mica
"ml
Quantidade de matéria
mo!
Conceitosde lnstrurnentação
Para efetuar um01 boa medição, é necessário o conhecimento
do(s) fenômcno(s) físico(s). Em outras palavras. o experimentalista necessitadas basescientílieas relacionadas aessesfenômenos físicos. como. por exemplo:
4 o efeito temKK:létrico. utilizado para a nlCdição da tempcrallira:
4 o efeito Josephsoo. utili7..ado para a medição da diferença de
potencial elétrico:
I o efei to Doppler. uti lillldo para a medição da \'e locidade:
I o efeito Rmnan. utili7..ado para medição do número de ondas
das\'ibruções molecularcs:en treoutros.
Os mé todos de llll>dh;iio consistem nas descrições genéricas
de sequências lógicas de operações adotadas na execução das
medições. c o llroCl>dime nlo de m t>d içâo é uma descrição detalhada de um01 medição de acordo com um ou mais pri ncípios
de mediçUo e com um d;tdo método de med ição. baseada em um
modelo de med ição e inc luindo qualquer cálculo para se obte r
um resultado de medição. Um procedimemo de medição é usuahnc nteregistntdoemurndoc umento.quea lgumasvezesédenomi nado procedime nto de medição (ou método de medição) c
que nonnalmcntc tem detalhes suficientes para permitir que um
operadorcxt><:utcamediçUosem informações adicionais.
Os métodos de medição podem ser qualificados de várias
maneiras. corno. por exemplo. método por substituição. método
d iferencial. método ""de zero"" entre outros.
O objeto da medição é a grandeza cspedfica submetida a essa medição, e é denomi nado me nsura ndo. A especificação de
um mensurando pode requerer informações de outr.1s grandezas
como tempo. temperatura ou pressão. As grandc1..as que afetam
o resultado da ntediçilo do mensurando slo denominadas grandezas de inOuência. Por exemplo:
I a tcmperaturd de um micrômetro usado na medição de um
comprimento:
I afrequêncianantediçliodaamplitudedeumadiferençade
potencial em corrente altcm:•da:
I a concentração de bilirrubina na medição da concentração de
hemoglobina em uma amostra de plasma sanguíneo huma~
Frcqucntcmcntedá-seonomcdcsinuldemediçâo àgrandezaqucreprcscn taomcns urandoaoq ual estáfuncionalmentc
re lacionada. como por exemp lo o sinal de saída elétrico de um
transdu torde prcss~o.
t 1.5 Definições e Conceitos - - Nesta seção silo apresentados corn.:eitos relacionados à instrumentação em gemi. Esses conceitos podem ser relativos a instrumentos de medi das comuns ou a sistemas complexos. encontmdos em ambientes específicos de controle de processos.
4 1.5.1
Sensores e transdutores - -
Sensores naturais
São os .sensores cncontmdos em organismos vivos e que geralmente respondem na fonna de biossinais (div ididos em sinais
9
bioclétricos. biomagnéticos. bioquímicas. biomccânicos. bioacústicos e bi()-ópticos) a C\"entos biológicos caracterizados por
ati\'i dadcsdcnaturel..aelétrica.químicaoumccãnica
No COTJXI humano sào c:n<:ontr.Jdos os sensorcs (denominados
nessa área de receptores) para os nossos sentidos de ' 'islo. au dição.mto.olfatoepaladar.
Os olhos slo senSOfl"s naturais de: \'isào constituídos porestruturascomplcxas.os quai s.emtemlOs deresolução.faixadi nâmica. controle autom:ltico de: foco, controle automático de
entrad.a de lul, abertura angular e eficiência de operação em di\"ersostiposdcambicntcs. superamqualquersensoreletrônico
de lu;o; disponf\'c l atualmente. Os receptores especializados. posicionados na retina. são os bastonetes e os cones que desenvol vem pote nciais gcmdorcs e as células ganglionares iniciam os
impulsos ncr\"osos cn\'ii!dOS através da retina ao nervo óptico.
ao q u ia~ma óptico. ao trato óptico. ao tá larno e à área visual no
córtex cercbr;tl do lobooccipital.
Osom éumaoscilnçãodepressilo(noar.iigunououtromeio)
O ouvido hu mano é um poderoso scnsordc som que possui uma
f~ i xa de nproxirnadmncmc 20 Hz a 20000 l·lz. As ondas sono ras
pe netram no mcato acústico externo c atingem a membrana do
límp:tnu (com área ~proxim:tdamcntc circu lar de 50 a 90 mm'
com 0.1 rnrn de espessunt. Essa mcmbmna é capaz de detectar
um des locamento mfn irno de 10 1 mm). Após a passagem da
onda sonom pelo tímpano, ela tr:tfega por diversas estruturas
especializadas(ossfculos.janeladovestíbulo. membrana vesti bular. rampa do tímpano) até atingir a membrana espiral basilar
e por consequência estimu lar os cílios tlO órgilo espiral. Após.
um impulso ner.'QSO é iniciado. Apenas como observação. essa
estrutum denominada orelha tam!Xm está diretamente relaci()nada ao equ ilíbrio estático e dinâmico do corpo humano. Os
órgãos receptare.~ do equi líbrio (chamados de aparelho vestibular)estàoposicionadosnaorelhaintema.
Para mais detalhes sobre rufdo acústico e seu impacto na audição. ' "crificilr o Capftulo 15 do Volume 2 desta obrn.
Asscnsaçõescutâneassàoclassificad1semsensa~ láte is
(tato c prcssi"io) e se ns:•~ té rmicas (sentido de frio c calor).
EssasscnsaçõcssUooblidasatr.n-ésdosreceptorescutâneos(dendritosdencurôniossensitivosquetransmitemcsscssinaisaocórtcx ccrebml do lobo paricnt<1l) distribuídos em regiões do corpo
humano. como, por exemplo, ápice da língua. lábios. extremidade
dosdcdos, palm a~damiio.p l :rntasdopé.entreoutrasregiõcs den­
samcnte povood ~s por esses receptores especializados
Cabe observar que grande área do c6r1ex cerebral é destinada ao
proccssarncntodcsinaisdcsensoreamcntoprescntcsna~ pontas dos
dedosenosl:lbios.Scnsibilidadcpar~te m pemt uraeforrnasfísicas
dcobjctossãocxcmplosdesinaisdcsaídadcssesscnsores.
A sensação ou camcteri1.:.u;ão do ulfatu ou odor é devida aos
receptores especial i U~dos localizados na porçilo superior da cavidade do nariz. ou seja. neurônios especializados com dcndritos
em uma extremidade. Esse dendrito é interligado a cílios olfatóriosque reagem aos odores doare. porconsequência. est imulam
os receptores olfatórios que sikl os responsá\·eis por transmitir
os impulsos ao nervo olfmório, oo bulbo olfatório. ao tmto olfatóriocàáreaolfatória nocór1cx cerebral.
O palada r. ou sensi bilidade gustmória. é devido aos receptores gustatórios loca lizados nos calículos gustatórios. Esses ca-
10
Capf!uloUm
lículos (locali7..adosnaselcvaçõesdalínguadcnominadaspapilas)
comêm os receptores gustatórios c os pelos gustmório que estão
em comato com a s uperfície da língua amwé.~ de uma abertura
denominada poro gu>tatório (nome dado à abertura nos calículos
gust:uórios).Essesreceptoressósãoestimuladosquandoassubstânciasestilodissolvidasnasaliva.pennitindoassimapenelr<~çãu
das:tliva nosporosgustatórios.Aocoutatodasubstància,dissolvida na saliva. com os pelos gustatórios. ocorre um potencial
ger.~dor e, por conscquêocia. um impulso nervoso que é cond uzido aos nervos cranianos. medula oblonga (bulbo). tálamo e
área gustatória primária no cónex cerebral do lobo parietal.
Sensores industriais
Em dispositivos para medição de vari áveis ffsicas em siste mas
genéricos. a infonnação. em geral. também é trnnsmitida e processada na forma elétrica
Qualquersensoré um conversor de energia. Ni'lo importa o que
tentamtosmcdir.semprehaver.ítrJnsferênciadcencrgiaentreo
objeto medido e o scnsor. O processo de scnsoreamc nto é um caso particular de transmissão de infonnação, com transferência de
energia. Essa energia pode fluir para ambos os sentidos (do objeto para o sensor ou do sensor para o objeto). e esse fato reflete-se
oo sinal de safda. que pode ser positi\·o ou negati\"Q.
O tra nsd utor é um disposi ti,·o que converte um sinal de uma
forma física para um si nal correspondente de outra forma física.
Ponanto. também se trata de um coo,·ersor de energia. De fato.
é impor1ante certificar-se de que o sistema a ser medido não é
pcnurbado pelo processo de medida. Na maioria das vezes. apesar de o transdutor alterar o processo. essa ~theraçilo é conside~
radainsignificantc.dadaaeseulhaadcquad:1domesmo
Ap:tl:wr.L"'tra nsdutor""implicaqueasquamidudesdeentrada
c salda ni"lo são do mesmo tipo. A di stinção entre transdutor de
cntrada(sinalfisicolsinalclétrico)clmnsdutordcsalda(sinalclélricollliJI'/ayouatuador)éutilizadaalgumasve7.es.Ostransdutoresdccuuadasàoutilizadosparadctectarsinais.eoquaotoostranstlutores de saída são utilizados para gerar movimcmos mecânicos
ou executar uma ação. c nesse caso são denominados a!uadores.
Um atuador pode ser descrito como um dispositivo com a função
invcr.;adeumsensor;gcraln\Cntcconvcnerncncrgiaelétricacm
outra fonna de energia. Por exemplo, um motor cooverte energia
elétrica em energia mecânica. Outro exemplo interessante a ser
citado é ocaso do efei to piezoclétrico. uma vez que esses materiais
possucm:tplicaçõcscomotransdutorcsdesaidacdccntmda(vcja o Capítulo 8 do Volume 2 desta obra).
Ostennos sensoresc transdutores sãodcfi nidosporvários
autores dt fom1a diferente. e essa é uma questão que ainda precisa de unifom1idade. Instituições corno o NIST (Nmimral lnstillflt- of Stmulanl a11d Tuh11ology) e o BIPM (811rea11 flllt'matiomrl dt's Poit/s t'l Mt's!lres), entre outras. possuem entre sua.~
funçôesllatividadedcnonnali7.açãoeunifomlizaçilodcproccdimcniOS c tcnnos relacionados a ntedidas de fonna gemi. Nesse sentido. silo gemdos documemos com o intuito de servirem
comorefcrênciaoomundointeiro.•
•
Ne.l!~
obn. op~oo-se por adolaras defmiç&sdo Vocallul:!rio lntrmocional de
terniO\Ig<:r•isefundan~en~aisdeMetrologia(VIM).porsuain>ponâociarabran
~oct~.eaindaporoc,..,ditannosq~>r~necrss.irioquc<ISr""."nosconrriLos.._
jamodoca<k:>snasdife"'ntr<átea<elug=s.
Segundo o VIM. transduto r dt' med ida é um dispositi\·o
utili7.ado em medições que fornece uma grandeza de salda que
tem uma correlação especifica com a grandeza de e ntrada. Po de- se citar como exemplos: tennopar. transformador de corrcnte.extensômetroderesistênciaelétrica(straill-gtwgl').ele!rodo de pH. entre outros (para mais detalhes sobre esses sensorcs. veja os demais capítulos de ste Volume c o Volume 2
desta obra).
Segundo o VIM. se nsor é um elemento de um sistema de
medição que é diretmnente afetado por um fenômeno. corpo ou
subst!incia que contém a grandeza a ser medida. Podem-se citar
como exemplos: o elemento de platina de um termômetro do
tipo RTD. rolor de on1a turbina para medir vazão, !Ubo de Bourdon de um manômetro. boi a de um instrumento de medição de
nfve l, fotocélula de um espectrofotômctro. entre outros. Em al guns campos de aplicaçiío é usado o lt! rmo dcii'("!Or para esse
Detector éutndispositivoou subst!inciaquc indica a presença de urnfcnômenoscmprequc um limi 3rdc mobilidade
dcumagr3ndczaécxccdido.semncccssariamcntcfornccerum
valor de uma grandeza associada. Pode-se citareorno exemplos:
detcctordcvazamentodehalogênio.papel tornassol.entreoutros. Uma indicaçiío pode ser obtida somcme quando o \"alor
da grandeza atinge um dado limite. denominado limite de detecção do detector.
É importante classificar os sensorcs segundo algum critério
parnquescjapossfvelestudá-losdeformamaisorganizada.Considerando a necessidade de uma fonte de alimcmaçllo. os sensorcssãoclassificadoscm passivosouativos.
Umsc nsor p:lssim nàoncccssitadecnergiaadicioualcgera
umsinalclétricocmrcspostaaumcMímuloextcrno. isto é, o
cstímulodccntmdaéconvcnidopcloscnsorcmurnsinaldcsaida.
Nos sensores passivos. a potência de safda tem origem na entra~
da. Tcnnopares e sensores piezoelétricos são exemplos de SC IIsorespassivos.
Os se nsores ath·os requerem uma fonte de energia cxtcma
para soa operação. o qual é chamado de sinal de excitação. Esse
si nal é modificado pelo seosor para produzir o sinal de saída
Sensores ativos lldicionam energia ao ambiente de medida como
panedoprocessodemcdição.
Nos sensores ativos. a maior p3rte da potência de saída
vcrndcumafontcauxiliar.Aentradaapcnascontrolaasaida.
Os sc nsorc s ativos silo ils vezes cham:tdos de paramétrieos
devido iis s uas propriedad es de mud;mça de rcsposw a um
efeito externo. c essas propriedades podem ser subseque mernentc convertidas em sinais elétricos. Pode-se dize r que um
par!imelro do senso r modula o sinal de excitação c essa modulação transporta informação do va lor medido. Por exemplo.
o tcnnistor é um rc sistor sensor de temperawra. Fazendo
passar uma corrente poorelc(sioal dee xci taçllo), soa resistência pode se r medida monitorando-se as variações de corrente ou tcn silo nesse tcrmistor. Essas variações (apresentadas
em ohms. neste exemplo) relacionam-se dire tamente a tem peratura ~ttravés de funções conhecidas dcuominada s funções
de transferência. Outro exe mplo de um scnsor ativo é um
cxlcnsômctro de resistência elétrica cuja variaçiíodc rcsistênciac stádire tamenterelacionadacomavariação dedeformação mecânica. Para medir a resistência de um seosor, uma
Conceitosdelnstrumentação
correnteelétrica(ou tensão)deveseraplicada por uma fon te externa.
Em relação à saída. os sensores podem ser analógicos ou digitais. Em sensorcs com saída analógica, ela é contínua no tem po. A infonnação é geralmente obtida da variação da amplitude
ou magnitude. Sensores com saída no domínio do tempo são
geralmente considerados analógicos. Scn.~orcs nos quais a saída
é uma frequência variável s5o denominados quase digitais porqueémuitofácilobterumasaídadigitalapartirdeles(contando
pulsos determinado tempo). A saída de um sensor digital assume
a forma de passos discretos ou estados. Sensorcsdigitais não
requercmumconversoranalógico digitalesuasaídaémaisfácil
detransmitirqucsensorcsanalógicos. Saídasdigitaissãotambémgeralmentemaisrepetitivaseeonfiáveis.
Considerando o mod o de ope ração. os sensorcs são geralmente classificados em: se nso res de den exão ou de ponto nulo (ou ponto de zero). Nos sensores de deflexão. as quantidades
medidas produzem um efeito físico que gera em alguma parte
do instrumento um efeito similar, mas oposto ao qual érclaci~r
nado. Por exemplo. em um dinamômetro a força é medida pela
deflexàodamola.quesemoveatéalcançaropontodeequilíbrio
Odeslocarnentodessa rnolaéproporcionalàforçaaplicada
Sensores de ponto nulo tentam prever a de flexão do ponto de
zero aplicando um efeito conhecido que se opõe à quantidade
queestásendornedida. Existem umdeteetordedesbalançoe
algum meio para restabelecer esse balanço. Em uma balança de
pratos, por exemplo. a colocaçiio de uma massa provoca o dese quilíbrio. Énecessárioentãocolocarum peso conhecido cali brado no outro prato para buscar o equilíbrio novamente e se
obteramedida.Osistemadcmedidascompontonuloouneutro
é geralmente mais repetitivo porque o efeito oposto conhecido
pode ser calibrado contra um padrão de alta qualidade.
A Figura 1.2 mostra uma fotografia de um termopar e extensômetrodercsistênciaelétrica
1•1
Figura 1.2
11
A Figura 1.3 mostm a.~ fotos de um encoder e de uma célula
de carga
ti 1.5.2
Instrumento de medição - -
Conforme o VIM. instrumento de medição consiste em
um dis positivo ut ilizado para realizar as medições. individualmente ou em conjunto com di spositivo(s) complementar(es).
Um instrumento de medição pode ser um sistema mecânico.
eletromecânico ou eletrônico que integra um ou mais sensorcs
e/ou um ou mais transdutores a dispositivos com fun'<ões especílicasdeprocessamentodedeterminadavariável
Exemplosdeinstrumenws·
Paquímnro: instrumento utilizado pnrn medições dimensi~r
nais.
Amperímetro: instrumento utili~.ado para medições de correntes elétricas
Termômnro: instrumento utilizado para medições de temperaturas.
Medidor de pH: instrumento utilizado pnra carncterização da
acidez,akalinidadeeneutmlidadedesoluções.
A Figum 1.4 mm;tra a foto de um paquímetro e um ternlôme-
<m
Os instrumentos podem npresentar um mostrador ou indicador. A indicação de um instrumento pode ser analógica
(contínua ou descontínua) ou digital. O instrumento de medição é denominado analógico quando o sinal de saída ou a
indicaçiioéumafunçãocontínuadomcnsurandooudosinal
deentrada.Oinstrumentodemediçãoédenominadodigital
quandoforneceumsinaldesaídaouumaindicaçãoemforma digital. Os termos "analógico" e "digital"" siio relativos
àformadeapresentaçãodosinal de sa(daoudaindicaçãoe
(~
(lt)TermopartipoKe(b)extensôtnetrodcrcsistênciaelétrica
12
Capítulo Um
Figura 1.3
(a).(b)EIIcO<lere(c).(d)eéluladeearga
Figura 1.4
(a) Paquímetro e (b) termômetro
Conceitosdclnstrumemação
não ao princípio de funcionamento do instrumento. O instrumento de medição ainda pode fornecer um reg istro da
indica{fàO analóg ico (linha contínua ou descontínua) ou digital.
e
•
e
13
O instrumento de medição é denominado totalizadorquando
detemlinaovalordomensurando.pormeiodasomadosvalores
parciais dessa grandeza. obtidos. simultânea ou consecutivamente,de umaoumais fomes
Exemplos-------------------------
Plataforma ferroviária de pesagem totalizadora
Medidor totalizador de potência elétrica
Também pode ser denominado instrumento de medição integrador quando determina o valor de um mens umndo por integração de urna grandeza em função de urna outra. como por
exemplonocasodeummedidordeenergiaelétrica
A pane do instrumento de medição que apresenta uma indicação
é denominada dispositivo mostrador ou indicador. Esse tenno
pode incluir o dispositim no qual é apresentado ou alocado o valor
de uma medida materializada. O conceito de m1.•dida materializ.adaéatribufdoaumdispositivodes1inadoareproduziroufomeccr.
de m;meira permanentedur.mte seu uso. um ou m;ús valores wnhecidos de uma dada gmnde1...a de um ou mais tipos. como uma massa: urna medida de volume (de um ou vários valores. com ou sem
escala): um rcsistor elétrico padrJo: um bloco padr.lo: um ger.tdor
desinalpadrJo:ouumrnaterialdercfcrência,cntreoutros.
Um dispositivo most rado r a nalógico fornece uma "'indicação
analógica"". enquanto um dispositivo indicador di gital fornece
uma ""indicação digital"". É denominada indicação semidigital a
formadeapresentação.tantopormeiodcumindicadordigital
no qual o dígito menos significativo se move cominuamente.
permitindo a intcrpolação.quantopormeiodeurn indicador digital. complementado por uma escala e índice.
A pane fixa ou móvel de um dispositivo mostmdor. cuja posição em relação às marcas de escala permite detcm1inar um
valor indicado. é denominada índice. Por exemplo: ponteiro.
ponto luminoso. superfície de um líquido. pena de registrador.
A escala do instrumento consiste no conjunto ordenado de
marcas.associadoaqualquernumera{fào.quefazpartedeum
dispositivo mostrador de um instrumento de medição. Cada marca é denominada marca de escala. Para uma dada escala. o comprimento da escala é o comprimento da linha compreendida entre a primeira e a última marca. passando pelo centro de todas
as marcas menores. A linha pode ser real ou imaginária. curva
ou reta. O comprimento da escala é expresso em unidades de
comprimeuto. qualquer que seja a unidade do mensurando ou a
unidademarcadasobreaescala.
A faixa de indicação consiste no conjunto de valores limitados
pelas indicações extremas arredoudldas ou aproximad'lS. obtidas
com um posicionamento p;uticular dos controles de um instrumento de medição ou sistema de medição. Para um mostrador analógico.
podeserchamadodefaixadeescala.Afaixadeindicaçãoécxpressanas unidades marcada.~ no mostrador. indeperxlentementeda unidade do rncnsur.llldo, e é nonnalmcnte estabelecida em tcnnos dos
seus limites inferior e superior. por exemplo: 100 °( a 200 °C.
Apartedeumaescalacompreendidaentrcduasmarca;;sucessivasquaisqucrsedcnomina di visãode escala,eadistância
entre duas marcas sucessivas qua isquer. medidaaolongoda linha do comprimento de escala. é o comprimento de uma divisão
A diferença entre os valorcsdaescalacorrespondentesaduas
marcassucessivaséconhecidacomovalordeumadivisão.
A escala na qual o comprimento de uma divisão está relacionado com o valor de uma divisão correspondente IX'r um coeficiente de proporcionalidade constante é denominada escala linear. Uma escala linear cujos valores de uma divisão são constantes é denominada ··escalarcgular··
Em uma escala n~o linear, cada comprimento de uma divisão
estárclacionadocomovalordeumadivisãocorrcspondentepor
um coeficiente de proporcionalidade. que o~o é constante ao
longo da escala. Algumas escalas não lineares possuem nomes
especiais. como ··escala logarítmica"'. "'escala quadrática"". A Figura 1.5 mostra dois gráficos com a mesma indicação e a escala
doeixodasabscissasdiferente.Nográli<.:o 1.5(ll),aescalaélinear,e nográfico I.S(b)élogarítmico.
/
I
/
Figura1.5 (u)Eixo
das abscissas linear e
(b)eixodasab-;ciss.as
I'i
(~
logarítmico
14
CapítuloUm
GEJ
t
fato.comojáfnicitado,ovalorverdadeirode uma
mcdiçãoépornaturezaindctcrminado.umavczquc
elesomentescriaobtidoporumamediçãoperfeita
As imperfeições das medições dão origem aos
erros. Pormenores que sejam. os erros sempreestarJ.o presentes em procedimentos experimentais. Da
mesma mancim que o valor verdadeiro. é impossível
dcterminarumcrroexatamcntc,sendoessc.ponanto,urnconceitoidealizado
Segundo o VIM. o erro de medição é a diferença entre o valor medido de uma grandeza e um valor dereferência.Quandoe:l:isteumúnicovalorde
rcfcrênc ia.oqueocorrcscmprcqucumacalibração
é realizada por meio de um padrão com um valor
medidoecomincertezademediçãodesprezíve].ou
ainda se um valor convencional é fornecido. é possível conhecer o erro de medição. Caso se suponha
Figura 1.6 E~ernplodaestruturadeurn instrumento de medição típico
que um mensurando é representado por um único
valor verdadeiro ou umconjuntodevalorcsvcrdadcirosdefaixadesprezível,oerrodcmediçãoédesconhecido
Quando o valor verdadeiro não pode ser determinado. utilizaNo termômetro clínico. a fai~a de indicação não inclui o va- se, na prática. um valor verdadeiro convencional. Quando for
lor zero. Nesse caso a escala é denominada escala com zero su- necessário distinguir"erro"de ··erro relativo", o primeiro é
primido.Escalasnasquaispartedafaixadeindicaçãoocupaum também denominado erro absoluto da medição. Esse termo nào
comprimento da escala que é desproporcionalmente maior do deve ser confundido com valor absoluto do erro, que é o móqucoutraspancssãodcnominadascscalascxpandidas.
dulo do erro
Outro termo muito utilizado em instrumentação é condicioO Guia Eurochem'/C lTAC' "Determinando a Incerteza nas
nador de sinais. dispositivo que converte a saída do scnsor ou Medições Analíticas" (2002 - versão brasileim 2• ed.) afirma
transdutor em um sinal elétrico apropriado para o dispositivo de que o erro é constituído por dois componentes principais. de noapresentação ou controle. O condicionador de sinal é um termo minadosaleatórioe sistemático.
genérico que pode ser composto por filtros. amplificadores. fonO ermaleatório consistcno resultadodeumamediçãometes de tensão e/ou corrente. entre outros. A Figura 1.6 mostra um nos a média que resultaria de um infinito número de medições
es.:1uema típico de um instrumento de medição contendo um domesmomensurandoefetuadassobcondi\'õesderepetitividascnsor. umcondicionadordesinaiseum mostrador ou visuali- de. Erro aleatório é igual ao erro menos o erro sistemático. Uma
zador. Nessa estrutura. pode-se observar também que é possível vez que apenas um número finito de medições pode ser feito. é
adicionar funçõesespecíficas.principalmentesenocondióona- possível apenas determinar uma estimativa do erro aleatório.
mcnto existir um sistema digital. como um microcontrolador. EsseégcralmcnteoriginadoporvariaçõcsimprcvisívcisdcgranPor exemplo. é possível disponibilizar uma saída com a análise dezasqueinfluemnorcsultadodamedição. Esscsefeitosaleatóriosdãoorigemavariaçôel;emobscrvaçôel;repctidasdomenno domínio frequência (FFT do sinal de entrada).
sumndo. Em bom esse erro não possa ser eliminado. ele pode ser
reduzido aumentando-se o número de observações ou ensaios.
41 1.5.2.1 Características de instrumentos
O erro sistemático éamédiaqueresuharia deuminfinito
de medição - - - - - - - - - - número de medições do mesmo mensurando. efetuadas sob conAlgunsdostem\Osutilizadosparadescreverascaracteristicas dições derepetitividade. menos ovalorverdadeirodomensude um instrumento de medição são igualmente aplicáveis a dis- rando. Erro sistemático é igual ao erro menos o erro aleatório.
positivos de medição, transdutorcs de medição ou a um sistema Analogamente ao valor verdadeiro, o erro sistemático e suas
de medição. e por analogia podem. também. ser aplicados a uma causas não podem ser completamente conhecidos. Para um insmedida materializada ou a um material de referência. O sinal de trumento de medição, o erro sistemático é denominado tend~n­
entrada de um sistema de medição pode ser chamado de estímu- cia. A tendência de um instrumento de medição é normalmente
lo e o sinal de safda pode ser chamado de resposta. O termo estimada pela média dos erros de indicação de um número apro"mensur.mdo" significa a grandeza aplicada a um instrumento priadodemediçõesrcpetidas.
de medição
O erro sistemático. ponanto. é um componeme de erro que.
Aoseexecutaramediçãodeumavariável.utiliza-seurnins- no decorrer de um número de análises do mesmo mensurando,
trumento. Como esse instrumento foi construído com componentes reais. c, além disso. o procedimento é realizado em um
' EUROCHEM ~ uma rede de <.><gani>_açõcs na hrtJ!Xi 4ue !Cnl por objctiw>esambientesujeitoaalteraçõesdevari:iveisnãocontroladascomo tal:>cle<:er um sistema de mS!TCahi lidll<lc intem ao; ional de medidas e pmn><wer
umidade.temperatura.influênciadecamposeletromagnéticos. rráticas pam gamn!ir a qualidadcnaárcadaQuímica
entreoutros,édeseesperarqueamedidanãosejaperfeita. De ' CITAC - Coop<'rtUÍOii 011 lnt<'matimw l Tmuabilil)' i n AnalyliH" Ch<'<nÍS/1')'
00
'
Cooccitosdelnstrun~ntPÇik>
Flgura1.7
Tonla<l.adetempodoperíododo:ompénduloutili1ando
um croo(l n ~tro.
permanece constante ou varia de forma prcvisfvcl. EsM: erro é
independemc do número de medidas. Esse CITQ wmbém não pode ser totalmente eliminado. mas pode ser significa ti vamente
red uzido se o cfei1o for quamilicado e aplicado um fator de correção. Os instrument os e sis1emas de medição são geralmente
ajustados ou calibrados milizando padrões de medição e mmeriaisderefcrência para sccorrig irerrossistcmáticos.Siioexcmpios comuns desse 1ipo de erro o e!TQ espúrio ou grosseiro. os
quai s são gemdos por falha humana ou nwu funcionamento do
equipamento. Medições com e!TQS desse tipo devem ser dcscartadn sassimqucclcs foremdetectndos(nãoscdcvc temarincorporá-losà mHíliseestatísticadosdados).lnfclizmcnte.nemsemprc esses erros são fáceis de ser de1cc1ados. e. portamo, rccomenda-seexecutarlestesparavalidaçi'lodosdados
Por exemplo. a Figura 1.7 mostra uma pessoa medindo o período de um pêndulo com um cronômetro. c essas medidas são
rcali1.adas várias \"ezes. Erros oo infcioe 00 1érmioo das tomadas
de tempo. na estimativa de divisão das escalas. ou pequenas irregu laridades no movintento do pêndu lo ca usarão variações oos
resultados das sucessivas medidas e silo exemplos de erros aleatórios. Entretanto. se além di ssoocro nômc tro está atrasando
(devido a um defeito de fabricação) I seg undoacada5 horas.
lodos os resultados medir.:io tempos me no res. Esse é um erro
sistcm.itico.A Figura 1.8mostrao resulludodcssas med ições
emunw escala simplificada
O erru no zero de um instrum ento de lll t>d içiio consiste no
CITQ no ponto de controle de um insmuncnto de medi ção em que
o valor medido especificado é zero.
(a)
Valor verdadeiro
(b)
Figura 1.8 Série de medidas: (li ) com erro aicmório apenas e (b)
comcrroaicatóriomaisosistemáti co.Cadntr.IÇOindicao,-,sultadodo:
uma medida.
15
Após a definição de erros. é apropriado definir a ineerte:t.a
de medição. Tr.ua-sc de um parâmetro nào negativo. associado
aon:sultadodeumamt'diçào.quecaracteri7.aadispcrsàodos
va lores que podem ser fundamemadamcntc atribuídos a um men surando. O parâmetro pode ser. por exemplo. um desvio padr.:io
(ou um múltiplo dele). ou a metade de um inte rvalo correspondenteaumaprobabilidadcdeabrangênciaestabclccida. Aincertez.a de medição com preende. em geral. muitos componentes
Alguns desses componentes podem ser estimados co m base na
distribuiçãocstatlstica(paramaisdetalhes,lciaoCapítulo2)dos
resultados das séries de medições e podem ser caracteri:t.ados
por um desvio padrlo t.lpcrimental. Os outros componentes. que
tan1bém podem ser carac1crizados por desvio padrlo. são avaliados por meio de di stril:luição de probabilidades assumidas.
baseadas t\3 experiê ncia o u em outras infonnações. Entende-se
que o resultado da medição é a melhor estimativa do va lor do
mensurando e que todos os componentes da incerteza, incluindo
aqueles rc~ultantes dos efeitos sistemáticos, cotnoos componen tes associadosacorrcçõcscpadrões dcreferência.contribucm
paraadispcrsilO. l>c\·c-se observarqucaincerteza niioési nônimo de e rro. Enquanto o e rro é definido como a diferença entre um valorindivid ual eovalor verdadeiro.ou seja. um valor
úni co. a incerteza assume uma faixa de valores. A principio. o
valor de um e rro conhecido pode ser uti li7.ado para corrig ir um
rcsultado.AincenezanàoscrYeparacorrigirumresulul(lo.mas
simpararepresent:troresu ltado (desdeq uemmuidososprocedimentosuniformcs).
O resullndo de uma med ição ronsiste no valor atribu ído a
um me ns urando obtido por medição co mpletado por todas as
outras inform;•çõcs pertinentes disponfvei s. Qua ndo um rcsultadoédado.devc-sc indic:tr.daramente.secle screfcrc·
t àindicaçilo;
t aoresultado nilocorrig ido;
t aoresultadocorrigido:
t c se com:sponde ao valor médio de várias medi ções.
Uma ex prcsslo completa do resultado de uma medição incl ui
informações sobre a ince rteza de medição. A correção consiste
em adicionar um va lo r algebricamente ao resultado não corrig i-
do de uma medição para compensar urn CITQ sistemáti co. A correção é igual ao erro sistemático esti mado com sinal trocado.
Urna vez que o e!TQ sistemático n5o pode se r perfeitamente conhecido. a co mpcns~ção n~o pode ser completa.
Existem vários outros termos que relacionam os e rros e a inccrtcza~omstrumento:
Exatidão de um ins trumento de mediçiio é a aptidão de um
instnmtentoparaf()!TICÇerrespostaspróximasaumvalor\"crdadeiro. e nquanto exa tid ão de medição é o grau de 0011cordãncia
emre um valor medido e um valor verdadeiro do mensurando.
Exatidão de medição não é uma grandeza. é um conceito qualilati\"oquc não deve ser expresso numericamente. Uma medição
é dit a maiscxotaquandoécaractcrizadaporuma incerteza de
medição menor. O VIM c hama a atenção de que o tem\0 predsão n~o deve ser utilizado como exatid~o. Obse rve que o te nno
exatidão está direturnente relacionado a ambos os erros ci t~dos
antcriorm cl\te: sisternáticoealcatório
Usua lme nt csãoatribuídosíndicesdeclassede inst rumentos
demedi çãoquesatis fazemacertasexigCncias mctrológicasdes-
16
CapítuloUm
ti nadas a con-;ervar os erros demro de limites especificados. Uma
classe de e1Catid ão é usualmente indicada por um número ou
símbolo adotado por convenção e denominado índice de classe.
As classes de instrumentos atendem a requisitos metrológicos
com o objetivo de manter as incertezas de medição dentro de
limitesespedlicadossobl'undiçõesdefuncionamentuespedlicadas
Apesar de ser citado em muitas referências. o tenno precisão
de medição possui algumas pewliaridades. A ven;;iu brasileird.
em língua portuguesa (VIM 2007), disponibili7..ada pelo Jnmctro
(Portaria lnmetro n" 029 de 1995). niio apresenta definiçiio para
esse termo. Nu entamu. um documento na forma de uma nota
técnica de 712008, constituindo uma tradução dos Capítulos I a
5 do JCG M 200:2008 (Joint Committee for Guides in Metrology) Vocabulário Internacional de Metrologia - Conceitos Fundamentais c Gerais c Termos Assoc iados (V IM), terceira edição) reintroduz esse conceito. Esse documento técnico foi desenvolvido pelos profissionais da Divisão de Metrologia Meçànica (]) IM EC) da Diretoria de Metrologia Científica e Ind ustrial (D lMC I) do In metro- 2008. Assim. a precisão de medição
édefinidacomoograudeconcordânciaemreindicaçõesouvalorcs medidos. obtidos por medições repetidas, no mesmo ou em
objeto similares. sob condições especificadas. A preüsão de medição é usualmente e:~:pressa na forma numérica por meio de
medidas de dispers.:io corno o desvio padrão, a variância ou o
coeficientedevariação,sobcondiçõesdemediçãoespeüficadas.
Essas "condições especificadas" podem ser, por c:~:emplo, as condições de repetith·idade, as condições de precisão intermediária ouas condições de reprodutibilidade.
A condição de repetith·idade consiste na condição de medição em um conjun1o de condições que compreende o mesmo
procedimento de medição. os mesmos operadores. u mesmo sistema de medição, as mesmas condições de operação c o mesmo
local.assimcomomediçõesrepetidasnomesmoobjetoouem
objetus similares duram e um curto período de tempo. E a repetitividade demedição édcfi nidacomoaprecisãodemedição
sobumconjuntodecondiçõesderepetitividade.
A condição de predsão intermediária consiste na condição
de medição em um conjurno de condições que compreende o
mesmo procedimento de medição. o mesmo local e medições
(a)
repetidas no mesmo objeto ou em objetos similares. ao longo de
um período extenso de tempo. mas pode incluir outras condições
que envolvam mudanças. E a precisão intermediária de medição é definida como a precisão de medição sob um conjunto de
condiçõesdeprecisãointermediária
A cond ição de medição em um conju nto de condições que
comprcçndediferenteslocais.difcrentesoperadores.diferernes
sistemasdemediçãoemediçõesrepctidassobreomesmoobjetu ou sobre objetos similares é definida com condição de rt'produtibilidade. E reprodutibilidade de medição é definida como
aprecisãodemediç5osobumconjuntodecondiçõesdercprodutibilidade.
O VIM ainda define o termo \·eraeidade de medição corno
o grau de concordância entre a média de um número infinito
de valores medidos repetidos e um valor de referência. Como
não é uma grandcw, a veracidade não pode ser expressa numericamente.Ainda.averacidadeestárelacionadademaneira
inversa ao erro sistemático, porém não está relacionada ao erro aleatório
A Figura I .9 ilustra as definições de exatid~o e precis~o com
autilizaçãodeumalvoeoresultadodelançamentosdedardos
ouurnoutroprojétil.
A repetiti vidade de um instrumento é, portanto. a aptid~o
de um instrumento de medição em fornecer indicações muito
pró:~:imas, em repetidas aplicações do mesmo mensurando. sob
asmesmaswndiçõesdemedição.
Muitas vezes é utilizado na metrologia o termo tolerância
Essetermoquantificaasdiferençasqueexistem em umadeterminadacaracterísticadeumdispositivodosistemademedição, de um dispositivo para outro (do mesmo tipo ou dentro
de uma linha de dispositivos), em função do processo de fabricaçãu.Atolerânciapodeserconsideradaresultantedevariáveisespúriasdefabricaçãocdeveentrarnacomposiçãoda
incerteza esperada para a medida. se for considerada a substituição do dispositivo no instrumento sem efetuar procedimentos de calibração c ajuste. A tolerância é determinada
pelo fabricante. normalrnenle por amostragem na linha de
produção dos dispositivos. e é representada na forma de incerteza. Otermo"tolcrância"nãodeveserutililadoparadesignar erro máximo admissh ·el: valor extremo do erro de
(b)
''i
Figura 1.9 llustraç!iodosconccitosdccxatidãoeprccis!io:ocns.aiodafigura(a)érnaiscxatodoqueocns.aiodafigura(b)cqucémaisexatodoqueoensaiodafigura(c).Adispersàodocnsaio(a)émcnordu<Jucadispers.àoducnsaiudafigura(b)e<Jueémenorduqucadispersilo
do ensaio (c). Punamo. pode-se caraçterizar <JUantitativamente <jUe o en~aio (a) é mais preci~o do <JUe o en'lllio (b) e <JUC e.<te é mai~ pr~-çi'iQ do
queoensaio(c).
Conceitosdclnstrurnentação
medição. com respeito a um valor de referência conhecido.
aceitoporespecificaçõesouregulamentosparaurnadadamedü,:ão. instrumento de medição ou sistema de medição.
A resolução é definida como a menor variação da grandeza
queestásendomedida.quecausaumavariaçãoperceptívelna
indit:ação t:orrespondente. O termo resolução de um dispositivo
e
17
mostrador consiste na menor diferença entre indicações desse
dispositivo que !XJ'(Ie ser significativamente percebida. Para um
dispositivo mostrador digital ou mesmo para um registrador. a
resolução consiste na variaçãodagrandczadc indicação ou de
registro.quandoodfgitomenossignificativovariade uma uni dade.
Exemplo - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Se a resolução de um determ inado voltímetro digital é de 1 mV. isso signifiCa que o dígito menos significativo na escata é da unidade
de mv, ou seja, para o dígito menos significativO ser alterado, a variaçOO mínima na entrada deve ser de 1 mv.
A Figura 1.10 mostra um termômetro com resolução de
O.l 0 C.
O limiar de mobilidade consiste na maior variação no estímulo (grandeza medida) que não produz variação detectável na
resposta (indicação) de um instrumento de medição. se ndo a
variação no sinal de entrada lenta c uniforme. O limiar de mobilidade !XJ'(Ie depender. por exemplo. de ruído (interno ou extemo) ou de atrito. Pode depender. também. do valor do estímulo.Essctcrmodcfinca limitaçãopcrccptívcl na entrada do dispositivo de medida
Por exemplo. em um mostrador digital com a indit:ação do
tipo X.XXX unidades. é necessária urna variação da grandeza
de entrada de no mínimo 0.001 unidade na entrada para se perceber alguma mudança (desconsidera ndo-se possíveis interferências externas)
Olimiardernobilidadedefineareso1uçãodeentrada.earesolução do mostrador. a resolução da saída. Considerando a Figura l . ll ,esses parãrnctros!XJ'(Icm ser definidos quantitativa-
e
crnquedx..., represcntaavariaçãomínimanaentradapcrceptívcl
nasaidaouresoluçãodccn trada.dy..n reprcscntaornaiorsalto
da medida em resposta a urna variação infinitesimal do mensurando ou resolução de saída. FE, c FE, representam os fundos
dcescaladeentradaedesafda.rcspcctivamente
Sensibilidade (S): é a razão da variação na saída (ou resposta
ouindicação)pclavariaçãodacntrada(oucstímuloougrandcza
rncdida).Observa-sequeasensibilidadeseráurnaconstantese
acurvaderespostaforlinear.Casot:ontrário.seráurnadeterrninadafunção(comoilustraaFigura 1.12).
"'
S= -
;,
c no limite:
S = ~.
crnqucd.5reprcscmaavariaçàonasaída
cdeavariaçãonacntrada
Detalhe
Figura 1.10
TerrnômctrocornresoluçãodcO.I "C
Figura1.11 Cur,·aderespostadeurnsistemagenéricocorndctalhes
dareo;oluçàoelirniardernobilidade
18
CapítuloUm
l'
Flgura1.12
Exemplosde
funçõe><letmnsferêociacom:
(a)-;enú bili<la<lecon stantc
S "' Sc(b)sensibilidade
l __
'"
i.
S=-7
1•1
(b)
Pode-secalculara sens ibilidadeparaumarelaçãosaídat·ersus
entrada linear do tipo:
y = A,x,
Sx, =
=A, = conSI<UJte
X 1.Xl, XJ •···
ernqueSx,éasensibilidadedosistemaparaavariaçãodeuma
oumaisdasvariáveisx,. x 2
.x,.
e
+ A,x;) + A,x~.~, ·
+A ~~, + A ~~,+
.i!f.._l
ar,
Da me sma forma. para uma relação saída t•ersus entrada não
linear do tipo y = A,x, (I
A FigurJ. 1.12 moslr.l um exemplo de curva de resposta linear e
um exemplo de curva nào linear oom as respectivas sensibilidades
O valorpontualda sensibilidadepodedependerdo valor do
estímulo
Exemplo - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - mvrc. Isso s ignifica que, para cada "C variando na entrada, a saída apresenta 1O mv
A sensjbilidade de um termômetro pode ser 10
de variação na tensão
Geralmente a resolução evidencia as limitações do hardware.
corno o número de dígitos de um rnultírnetro ou o número de
bits de um conversor analógico digital. enquanto a sensibil idade
e
evidencia a característica do sensor ou transdutor. limitado pela
sua própria natureza. como por exemplo a variação da res istênc ia em fum,:ão da tem peratum de um sensor do tipo PTIOO.
Exemplo - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Seia um conversor analógico dig~al de 8 bits com faixa de entrada de O a 5 V Considerando que possuímos um termômetro linear uti~­
zando um PT100 devidamente condiCionado, cuja saída varia linearmente de O a 1 V para uma variação de temperatura de O a 100 "C,
calcule a resolução em "C imposta pejo sistema
A resolução do conversor AD (R,;) (pa ra mais deta lhes verifiq ue o Capítulo 4 deste volume) pode ser calcu~da por
R..., = ; :_--:1
=~=0,0196~ 1
Como o problema diz que a faixa de saída de O a 1 V tem re lação linear com faixa de variação detempera1urade0a 100 "C, podemos
mootar uma regra de proporcionalidade simples
1 V-'> 100"C
0,0196--'>X"C
Assim. X pode ser calculado: X .. 0 .0 196 · 100 .. 1.96 "C.
Observa-se. nesse caso. que a resolução <lesse sistema é de
1.96 °C.Naprátka.esseresultadodernonstraquearesoluçãoé
muito pobre c que melhorias devem ser feitas. Por exemplo. po deriamos amplificar o si nal do termô metro por 5 para utili zar
toda a faixa de cntra<la <lo conversor AD. ou então aumentar o
seun úrnerode bits.
Lineuridude: parâmetro que indica o máximo desvio de uma
curva representando a relação sa ida 1·ersus entrada da reta que
Conceitosdclnstrurnentação
melhor descreve os pontos reais. Geralmente a linearidade é obtida levantando-se uma curva média que representa o comportamento do instrumento. Depois disso uma reta é então ajustada
(paramaisdetalhcssobreajustesdecurvasverifiqueoCapítulo
2 deste vol ume). de modo a adequar esses pontos à nova equação. A rcpetitividade c a linearidade de urn sistema de medição
sãofigurasdcméritofundamcntais paraaconfiabilidadedamedida. A linearidade pode ser quantificada por:
Li nearidade %= 100 · Dif-;:.E,
em que Drf..., indica a maior distância entre a reta e a curva real e
FE, indicaofundodeescaladasaída.Observa-seq uealigurade
mérito linearidade só tem sentido se aplicada a um sistema projetado para ser linear. Em casos em que o sistema de medição possui re.>posta não linear. pode-se dclinir a conformidade: parâmetro que indica o máximo desvio da relação saída l'ersus entrada
do instrumento em relação a uma curva de referência. Analogamente ao caso linear. a conformidade pode ser calculada JXW
Conformidade % = 100 · Dif;/,:E,
A Figura LI) ilustraasdcliniçõcsdc linearidadcccoufor-
midadeparasistemasdemedidasgenéricos
A faixa nominal (ra11ge) consiste na faixa de indicação já
definida neste capítulo, a qual se pode obter em uma posição
especifica dos controles de um instru mento de medição. Quando
olimitcinfcriorézcro.afaixanominalédelinidaunicamcntc
em termos do limite superior, por exemplo: a faixa nominal de
OVa 100 Véexpressacomo"'JOOV"'
A diferença. em módulo. entre os dois limites de uma faixa
nominal é denominada amplitude da faixa n01nin al (normalmente chamada de span ). Para urna faixa nominal de - 10 V a
+ 10 V. a amplitude da faixa nominal é 20 V. O valor máximo da
escalaédenominado fundodeescala.
Valornominal éovalorarredondadoouaproxirnadodeurna
caractcrístieadcuminstrumemodcmcdiçãoqucauxilianasua
utilização. Pode-se citar como exemplos: 100 n. como valor
marcado em um resistor padrJo: l L como valor marcado em um
.y. ... . . .
o.t_
___ .-·
.---·
.-·
__..
____
Histcresc % = 100 · Hist _,j {cE,
em que Hüt..., é a histerese máxima e FE, é o fundo de escala
da medida.
Zona morta: intervalo máximo no qual um estímulo (grandeza
de entrada) pode variar em ambos os sentidos sem produzir variação na resposta (indicação) de um instrumento de medição
A zona mona pode depender da taxa de variação. A zona mona
algumas vezes pode ser deliberadamente ampliada. de modo a
prevenir variações na resposta para pequenas variações no estímulo. Geralmente é expressa em pcrçentagem da faixa total.
"""'"" . . . . . . . / i
-.\'./>
.. -··
Sinal
_/
19
recipiente volumétrico com uma só indicação: 0.1 mol/l. como
aconcentraçãodaquantidadcdematériadeurnasoluçãodcácido clorídrico. HCl. 25 °C como ponto pré-selecionado de um
banhocontroladotcnnostaticamentc
Oconjuntodevaloresdeummensurandoparaoqualseadmite que o erro de um instrumento de medi(fào se mantém dentrodoslirnitcscspeciliçadosdenomina-se faixademedi çãoou
tra balho. A Figura 1.14 ilustra a faixa de medição ou trabalho
deumsistemademediçãogenérico.
Os çonçcitos de faixa nominal c amplitude são usualmente
empregadosnacaracterizaçãodetransdutores.sensoresoumesmo de instrumentos, sendo muitas vezes possíveL através de
ajustes. fazer-lhes mudanças. Um instrumento pode apresentar
váriasfaixasdeatuação,geralmenteparagarantirquearesolução da medida seja otimizada. Por exemplo. ao se mt--dir uma
resistência de 4 700 11 çom um muhímetro convencional de 3 c
J/2dígitos(vejadetalhes noCapítulo5destaobra).deve-seutilizar a escala cujo valor de fundo seja o mais próximo c superior.
Nesse caso. 20 k!l. Se a csçala de 200 kíl for esçolhida. a reso-lução da medida será bem mais pobre (4.70 para a escala de 20
kíle4.7paraacsçaladc200kíl).
Histerese: propriedade de umclernemosensorcvidenciada
peladcpendênciadovalordesaídanahistóriadeexcursõcsantcriorcs.pamumadadacxcursiiodaentrada.Ahistcrcscquantitica a máxima diferença entre leiwras para um mesmo mcnsurando.quandocsteéaplicadoapartirdcurnincrcmentooudccrememo do estímulo. Pode ser quantiliçada por·
Dif
50.-.al
..--··
..-··
;:j..
,,,
(b)
Flgura1.13 (a)llustr...,,ilodalinearidadcc
(b)ilu<tr->çàodaconforrnidade
20
CapíwloUm
ao sistema. Como re.~uhado, o 7.Cro será deslocado. Pode-se citar como exemplo a deri\·a dos
semicoTKlutores: um amplificador de instrumentação da Burr-Bmwn INA lOI tem especificado
um clrift máximo de 0.25 mvrc.
Estabilidade: aptidãodt: um instnuncntode mcdiçàoemconservaroonstantcssuascamctcrística~
metrológicas ao longo do tempo. Quando a estabilidadeforestabclecidaemrelnçàoaurnaoutr.t
grandezaqucnãootcmpo,issodcvcscrcxplicitamcnte mencionado. A estabilidade pode ser
quantificada de várias maneiras. por e;.:cmplo:
t pelo tempo no qual a característica metrológica varia de u•n valor detemtinado:
t ou ern tennos da variaçilodc uma caracterís-tica em um determinado período de tempo.
Figura 1.14
l l u~traçào da
Fa11111 de l1'ltdiçlo
Fundo de escala
de .,tfllda
de entrada FE,
faixa de medÍ\'ilo ou trabalho de um ~istema genérico.
AFigurnl.l5mostraexemplosdegráficosdchistcreseezonamona.
Derh•a (drift): mudança indesejável e lenta de uma característica metrológica de um instrumento de medição que ocorre com
o passar do tempo. causada por fatores ambientais ou intrínsecos
. ,..
C onfiubilidade: pardmetro que qu:rntifica o
período de tempo em que o instrumento fica
livre de falhas em funçilo de diferentes fatores
especificados.
Rela ção sinal/ru íd o (SN R-signaf lo noist ratio): é uma figura
de mérito que define a ratiioentre as potências do sinal e do ruído
totalpresentesncsscsinal.
do sinal
SNR • lO· Iog -potênc.ia
[ potênc•a do ruído
l
A unidadc,ncssecasoéod B .
Geralmente é melhor obtermos uma ra7~1o s inal/rufdo maior
que OdB (OdB indica que a amplitude do sinal e a do rufdo sào
iguais). Como exemplo. imagine que você está assistindo a uma
panidadefutcbolaovivoemumestádio.escutandoatrnnsrniss.ão
por um rádioAM. É preciso que o sinal do n:ldio seja mais intenso (para o seu OU\·ido) que o ruído causado pe la torcida. caso
contrário ser.i impossível entender o que o locutor está falando.
Para um si nal •~I) com um \"alor RMS ,.._..,. a SNR pode ser
de-finida como:
(•)
..........
;-
"/.
"/.
;r /.
;r/.
;r/.
.:/.
Entrada
(b)
Figura 1.15
Exemplosdc(a) histerese e(b) zo11a mona.
em que I'IIH.~<S é o valor RMS do rufdo. A un idade tam~m é dadacmdB.
Alternativamente. pode-se definir a SNR corno a razão entre
os vaiOTI!s(nnsou depico)entreosinaldeinten.!sseeorufdo
introduzido no processo. Nesse caso. o resultado é adimcnsional.
eessenúmeroquantificaaintluênciaemumsinaldeimcrcsse
por um detcnninado rufdo (sinal indesejado sobreposto oo sina l
de intcresse).A Figura 1. 16mostra um exemplo de um si nal sobrcpostocomrufdo.
As condições d e util il.aç-lo de um ittStrumt'nto silo as condições de uso para as quais as característica~ metrológicas especificadas de um instrumento de nlCdiçãose mantêm dentro de limites
especificmJos.Ascondiçõcsdeutil izaçãogcrnlmcntecspccificam
faixasouvaloresaceitávcisparaomcnsurandoepltrJasgmnde7.as
de influência. ao passo que as condições limites cons istem nas
condiçõcsextrcmasnasquaisuminstrumcntodemcdiçàoresiste
Conceitosdclnstrumcntação
21
çõesdcusoprescritaspamcm;aiodcdcsempenhodcum instru-
rnento de medição ou para imercomparação de resuhados de medições.Ascondiçõesdereferêm:iageralmcnteinclucmosvalores
de referência ou as faixas de referência para
..
-~,~~~~~~.---7--~~~
Figura 1.16
Sinaldcbaixafrequênciasobrcpostocom!llídodcal-
lafrequência
sem danos e sem degrudaç~o das características metrológicas espt--cificadas. As condiçõc;; limites para armazenagem. transporte
c operação podem ser diferentes. As condições lim ites podem in-
cluir valores lirnitesparaornensurundoeparaasgrandezasde
innuência. Finalmcntc,ascondiçõcsdercferênciasãoascondi-
e
a~
grandezas de in-
fluênciaqueafetamoinslrumentodemedição
Cadeia de medição: série de elementos de um sistema de mediçãoqueeonstituiumúnicocaminhoparaosinaldoscnsoraté
a sarda. Por exemplo: urna c~deia de medição eletroacús!ica comprecndeosinalsonoro.ummicrofone.atenuador.filtro.amplificadorevoltfmetro
Sistema de medição: conjunto de um ou m~is instrumentos de
medição c frequentemente outros dispositivos. compreendendo.
se necessário. reagentes c insumos. montado c adaptado para
fomecerasinforrnaçõesdestinadasàobtençãodosvaloresrnedidos. conforme intervalos recomendados parJ. a;; grandezas de
tiposcspccifkados
l'adrõcs: consistcrncrngrandezasreferênciasparaqucinvcstigadorcs em todas as panes do mundo possam compamr os resultadosdosscuscxpcrimcntoscrnbascsconsistentes.Opadrão
consiste em uma medida materi~lizada. instrumento de medição.
matcrialdc rcfcrênciaousistcmademcdiçãodcstinadoadefinir.
realizar. conservar ou reproduzir uma unidade ou urn ou mais
valoresdeumagmndezaparaservircomoreferência.Segundo
o V IM. é a realização da definição de uma dada gmnde7_a, com
urn valor detemtinado e uma incerteza de medição associada.
utilizada.,omoreferência.
Exemplos-------------------------
•
Padrão de massa de 1 kg com uma incerteza-padrão associada de 3 ,..g.
•
Resistor-padrão de 100 n com uma incerteza-padrão associada de 1 ,..n.
e
Padrão de frequência de césio com uma incerteza-pad rão associada de 2 X 10 "·
•
EJetrodo de referência de hklrogênio com um valor associado de 7,072 e uma incerteza-padrão associada de 0.006
Em 1983. a definição do metro foi mudada para a dist5ncia na
1. Um c011junto de medidas materializadas similares ou instrumentos de med ição que, utilizados em conjunto, constituem um
padrão coletivo.
2. Umconjuntodepadrõesdevaloresescolhklosque, individualmente ou combinados. formam uma série de valores de grandezas de uma mesma natureza é denominado coleção-padrão.
AFigura 1.17 mostraafotodepadrõesdepcsos.
O desenvolvimento tecnológico fornece condi ções de melhorias constarnes nos sistemas padrões de grandezas. O padrão do
metro foi inicialmente definido como um décimo de milionésimo
d~distânciaentreoPoloNorteeoequador. Posteriorrnente(pela detecção de um erro de medida na distância proposta). o metro foi definido. no !11/errwtiona/ Hurem• oj aHghtsand fl1e<w•resernSêvres.na Frunça.cornoocomprirnentodeum~barrade
platina-iridiada mantida sob condições muito precisas. Em 1960.
o metro padrão foi redefinido em termos do comprimento de
onda: I metro = 1.650.763.73 comprimentos de onda. no vácuo.
da radiação correspondente à transição entre os níveis 2p 1O c
5d5doátomodecriptônio86
qual a luz viaja no vácuo em 72"99.792.458 segundo. Para essa
medida.foiutilizadaaluzdeum/trser de l·le-Ne
Todo instnunento deve ter suas medidas comparadas com um
padnloparaqueelastenhamasu<rinl'ertezarelacionadaconhecida
Existem diferentes tipos de padrões. confonne descrito a seguir:
Padrão internacional: padrão recouhecido por um acordo internacional.tendol'omopropósitosuautilizaçãomundial.
Padrão naci onal: padrão reconhecido por uma decisão nacional
para servir. em um país. corno base para atribuir valores a outros
padrõesdagrandezadomesmotipu.
P..1.drdo primário: padrão estabelecido com auxílio de um procedimento de medição primário ou criado como um artefato. escolhido por convenção. Esse padr:io é amplamente reconhecido como tendo as mais altas qualidades metrológicas e cujo valor é
aceitosemreferênciaaoutrospadrõesdemesmagrandeza
Pndrão secundário: padrão cujo valor é estabelecido por comparação a um padrãoprimáriodeurnagrande1_adomesmoti-
po.
Padrão de referência: padrão. geralmente tendo a mais alia
qualidade metrológica di sponível em um dado local ou em uma
22
CapítuloUm
Figura 1.17
dada organizaç~o. designado para a calibraç~o de outros padrões
de grandezas do mesmo tipo.
Padrão de trabalho: padr~outilizadorotineirarnenleparacali ­
braroucontrolarrnedidasmaterializadas.instrumentosdemediçiio ou sistema~ de mediçiio.
Observações:
1. Um padrão de trabalho é geralmente calibrado por comparação
aumpadrãodereferência.
2. Umpadrãodetrabalhoutilizadorotineiramenteparaassegurar
queasmediçõesestàosendoe)(ecutadascorretamenteéchamadodepadrãodecontrole.
l'adriiode transferê ncia: padriioutilizadocornointemtediário
paracompamrpadrões
Observação:
Ae)(pressào"disposjtivodetranslerência"deveseruti lizadaquandoo intermediãrionãoéumpadrão
l'adriioitineranle: padr.:io.algurnas vezesdeconstruçiioespecial. pam ser transportado entre locais diferentes. Por e)(emplo:
padrão de frequê11cia de césio, portátil. operado por bateria
Um importante conceito dentro da instrumentação é a H.aslreabilidade: propriedade de um resultado de medição em que
tal resultadopodeestarrelacionadoaumareferênciaatravésde
Padrlíes depews
umacadeiaillintemtptaedocumentadadecalibrações.cadauma
comribuindopamaincertezademediçiio.
O conceito é geralmeme expresso pelo adjetivo rastreável. e
uma cadeia contínua de comparações é denominada cadeia de
rastrcabilidade.Arastrcabilidademetrológicarequcrumahierarquiadecalibraçãoestabelecida
Os padrões podem ser ei!COntrados geralmen te em laboratórioscrcdenciadospclolnmetro (lnstitutoNacionaldeMctrologia,
NomtalizaçãoeQualidade lnduslrial ).
A cunsen•:11; iiodc um padriioconsistenucunjuntodeuperaçõesnecessáriasparaprcscrvarascaractcrísticasme!Tológicas
deurnpadrão.dentrodelimites apropriados.
Cabe observar que normalme11te as operações incluem calibração periódica, armazcnamcmo em condições adequadas c
utilizaçãoeuidadosa.
Outro conceito importante é comparabilidade: propriedade
de um conjunto de resultados de medição correspondentes a um
mensurandoespecificadotalqueovalorabsolutodadiferençados
valores medidos de todos os pares de resultados de mediçào seja
menor que um certo rnúhiploescolhidoda incertela-padrão dessa
diferença.
A compatibilidade metrológica substitui o conceito tradicionalde'manter-sedemrodoerro'.jáquercpresentaocritériode
decisão se dois resultados de medição referem-se a um mesmo
mensurando ou niio. Se em um conjunto de medições de um
mensurando. considerado constante. um resultado de medição
niio é compatível com os demais. ou a medi{fiiO niio foi correta
Conceitosdc lnstrumemação
Figura 1.18
23
HierJrquia do sistema metrológico e ilustração dos conceito~ de m>lfcabilidade e compambiiidadc.
(por exemplo. sua inccnaa de mediçi'io foi avaliada como mui topequcna)ouagr.mdezamcdidavariouentremcdições.
Obscrva-:s.cquc.cnquantoarnslreabilidadeéum\'elorvcnical. a comparnbilid:1dc é horizontal. A Figura 1.18 ilustra os
conce itosdcrastrcabilidadeecornparabilidadc.
Um resultado de medição com boas caracteristicas metrológicas tem aceitação. conliabilidadc. credibilidade e universa lid ade.
1\la tt>ria l dt> n.'ferincia (M R): material suficientemente homogêneo e est~h·cl em re lação às propriedades específicas. preparado
para se adequar a uma utilização pretendida numa medição ou na
atribuição de um \"alore uma ioccrtc1.a associada a um outro material. Essa ioceneza não é uma incrrtCl:llde medição. Os materiais
de referência com ou sem valores atribuídos podem ser utilizados
paraoontrolaraprocisàodemcdição.enquantoapenasosmateriais
de referência com valores atribuídos podem ser utilizados para a
calibmçãoouoparaocontroledavcracidadc
Um matlllial de referência pode ser uma substância pura ou uma
mistura, na forma de gás, liquido ou sólido. Exemplos são a água
utilizadanaca libraçâodeviscoslmetros,safiracomoumcalibmdor
dacapacidadecalorificaemcalorlmetriaesoluçõesutilizadasparacal ibraçâoemanélisesqulmicas.
1\Iaterial de rt"f~rt:ncin ~rtilkndo (MRC): mntcrial de rcfcrênda
acompanhado por um certifi cado. com um ou mais valores de propriedades. e certificados por um procedimento que estabelece 51Ja
rastrcabilidadcàobtcBÇàoexatadaunidadcnaqualosvaloresda
propriedade são cxpn.-ssos. Cada valor certifiCado é acompanhado
porurnaincertezaparo~umnívcldcconliançaestabelecido.
Observações:
1. Os MRC são geralmente preparados em lotes, para os quais o
valor de cada propriedade considerada é determinado dentro
de limites de incerteza estabelecidos por medições em amostras
representativas de todo o lote.
2. As propriedades certificadas de materiais de referência certificados são, algumas ~ezes, obtidas convenientemente e de forma conliável quando o material é incorporado em um dispositivo fabricado especialmente. como, por exemplo: uma subs·
tância de ponto triplo conhecido em uma célula de ponto triplo.
um vidro com densidade óptica conhecida dentro de um filtro
de transmissAo, esferas de granulometria uniforme montadas
na lâmina em um microscópio. Esses dispositivos também podemsercoosideradosMRC.
3. Todos os MRC atendem à definição de "padrões" dada no "'Vo·
cabulário Internacional de Termos Fundamentais e Gerais de
Metrologia (VIM)" .
4, Alguns MR e MRC têm propriedades QUe, em razão de não serem correlacionado$ com uma estrutura qulmica estabelecida
ou por outras razões. não podem ser determinadas por métodos
de
~içAo
físicos e químicos exatamente definidos.
Tais materiais incluem certos materiais biológicos como as
vacinas parn as quais uma unidade internacional foi detcnninada
pela Orgauização Mundial de Saúde (OMS).
O Instituto Nacional de Metrologia. Nonnali zação e Qualidade lndustrial - lnmetro.' já citado ncstecapíwlo. é uma autarquiafcderal.vinculadnaoMinistériodol)cseuvolvimento. lndústria e Comércio Exterior. que mua como Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Me trologia, Norma li zação c Qualidadeindustrial(Contnetro),colegiadointenninisterialqueéo
ó rgão nomlativo do Sistema NaciotHll de Me trologia. Normali7.açãoeQualidade lndustriai(Sinmctro).
DentreaseompctêtiCi:IScatribuiçõestlo lnmctrodestacam-se:
t executaras!XJlíticasnacionaisdemctrologiaedaqualidade:
t verilicar aobservãnciadasnonnastécnicase legais. no que
se refere às unidades de medida, métodos de medição. medi·
das materializadas. instrumentos de medição e produtos prémedidos:
4 manter e cooser.·ar os padrões das unidades de medida. assim
como implantar e manter a cadeia de rastreabilidade dos pa-
' Tuood:o Hoonepace of"'ãlllOO tnmttruhttp:llwww.inmetro.,ov.br.
24
t
t
t
t
t
CapítuloUm
drõcsdas unidades de medida no país. deforma a torná-las
harmônicasinternarnenteecornpatfveisnoplanoin!ernacional. visando, em nfvel primário.àsuaaccitaçàounivcr:sale.
em nível secundário. à sua utilização como suporle ao setor
produtivo, com vistasàqualidadedebcnsescrviços:
forlalecer aparticipaçàodopaísnasatividadesinternacionais
relacionadas com metrologia e qualidade, além de promover
o intercâmbio com entidades e organismos estrangeiros e internacionais;
prestar suporte técnico e administrativo ao Conselho Nacional
de Metrologia, Nonnalização c Qualidade Industrial (Conmetro). assim como aos seus comitês de assessoramento. atuandocomosuaSccrctaria Executiva;
fomcntarautilizaçàodatémicadcgcstàodaqualidadcnas
empresas brasileiras;
plancjarccxecutarasatividadcsdecrcdcnciamentodclaboratóriosdecalibraçãoedeensaios.deprovedoresdccnsaios
de proficiência. deorganismosdecenificação, de inspeção.
detreinamentoedeoutros. necessários ao desenvolvimento
dainfra-estrutumdeserviçostecnológicosnoPaís:e
coordenar. no âmbito do Sinmctro. a cenificação compulsória c voluntária de produtos. de processos, de serviços e a
certificaçãovoluntáriadepessoal.
Os padrões citados anteriormente são utilizados para a cali braçâo: conjunto de opemçõcs que estabelece. sob condições
especificadas. arelaçãoemrcosvalores indicados por um instrumento de medição ou sistema de medição ou valores representados por uma medida materializada ou um material de referência,eosvalorescorTCspondcntesdasgrandcmsestabelecidos
por padrões
1. O resultado de uma cal ibraçâo permite tanto o estabelecimento dos valores do mensurando para as indicações como a determinaçãodascorreçõesaseremaplicadas.
2. Uma calibração pode, também, determinar outras propriedades
metrológicas, como o efeito das grandezas de infl uência
3. O resultado de uma ca libração pode ser registrado em um documento,algumasvezesdenominadocertificadodecalibração
ourelatóriodecalibraçâo. AFigura 1.19mostraumce<1ificado
docalibraçãodeurnacelerômetrodaBrüei &Kjaer.
Os dispositivos de referência devem ser mantidos em ambien tes com temperatura e umidade '-'Ontroladas. entre outros. A Figura 1.20 mostra um esquema de uma máquina utilizada para
ealibrarmanômctrosdeprcssão.
Como exemplo, a fim de calibrar um sensor de temperatura.
ele deve ser comparado com um dispositivo padrão através de
procedimento experimental definido em normas. Com esse procedimento. a incerteza poderá ser avaliada e o instrumento ou
sensorclassificado.
Calibration Certificate
o
100Hr.
10g
10_58,.VIM"0
100Hr,
..... ....
103.5 ..vrg
...
]l l l lil____
l l l l l l l lil l l l l l~
•
a
_ ... ___
.,.
__
,_,.,.,......
·-·--
Figura 1.19
-
..,.
-
~~ ~
'T
,_-=:.=..-::::=:::·:.7...~:::0=--·-·"'--"
..
..._
,. , n
- · ··~- ·
...
--•·•--•"'
Exemplo de um cenificado de calibração de u1n acelerômetro da empre>a Brüel & Kjaer. (Cone> ia de Brüel & Kjaer.)
Conceitosdclnstrumcntação
Figura 1.21
Figura 1.20 E>qucma d~
máquínau@zadanacalibração
de manômetros industriais.
Aoperaçãodecalibraçãodetenninaráondeasgraduaçõesda
escala devem ser colocadas em um instrumento analógico ou a
faixadeurninstrumentodigitai.Ainda.ajustaráasaídaparaal cançar um determinado valor com uma detenninada tolerância
ou conferirá c ccnificar.i o erro do instrumento.
Asociedadernodemaéextremamentedependentedeprocessos
decalibração.Asatividadesdodiaadiaexigemqueoserrusenvolvidos nos serviços c produtos em geral estejam dentro de limites preestabelecidos. Um consumidordevetergarantidoqueas
unidades de volume de combustível tenham o mesmo gmu de
confiabilidadc em qualquer pane do mundo. Esse mesmo consumidor deve ter assegurado o fato de estar pagando o mesmo preço
por um determinado prodmo pesado em qualquer balança de um
mesmo estabelecimento comercial. Esses são apenas exemplos da
grandediversidadedesituaçõesque dependem decalibraç5o.
t 1.6 Algarismos Significativos - A Figum 1.21 representa uma régua cuja menor divisão é de l
crn.graduadacrncentímetros medindo uma barra. Podc-seobservarqueocomprirnentodabarraestácertamentecornpreendido entre 4 c 5 em. Qual seria o algarismo que viria depois do4?
Apcsardcamcnordivis:lodacscaladaréguaser 1 crn.érazoávelfazerumasubdivisãomentaldointervaloentre4e5crnpara
avaliar o algarismo procumdo. que pode ser, por exemplo. o 7
Dessa maneira representa-se o resultado corno 4.7. O algarismo
4 dessa medida foi obtido com certeza. enquanto o 7 não. Outr.r.s
pessoas poderiam ter lido4.8 ou 4.6. Na leitura 4.7. o algarismo
7 foi avaliado crnpiricamentc. N5o se tem certcz.a do algarismo
7. por isso ele é duvidoso. Não teria sentido algum tentar avaliar
o algarismo que vem depois do 7. Para isso. ter-se-ia que imaginar uma subdivisão maior (centésimos da menor divisão) do que
aquela já utilizada (décimos da menor div isão). Par.r. a maioria
dascscalas.éaccitávclaavaliaçãoatédécimosdamcnordivisão
da escala. Portanto.sealguérnlcr4.73paraa medida da Figura
I .21 não estará agindo corretamente. pois o último algarismo da
mcdidaécornpletamcntcdcstituídodcsentido.
Comoregragcral.deve-scapresentararnedidacomapenas
os algarismos de que se tem certeza mais um único algarismo
25
Medição de uma barra com uma régua graduada
duvidoso.Essesalgarismossãodenorninadosalgarisrnossignificativosdamcdida
Aabordagemanterioraplica-seainstromentosanalógicos.nos
quaissetemumindicadorsedeslocandosobreumaescala.No
ca\o de instrumentos digitais, não é possível afimmr nada além
do que é mostrado no visor. Um exemplo de incoerência seria registrar a medida de um voltímetro digital que mostra 5.32 V como
5.324.Nessecaso.oalgarismo4éumaincoerência,umavezquc
a própria incerteza do instrumento pode ser maior que 0.004
Esse tipo de erro é comum em situações em que são feitas várias
rncdidasccalculadaamédia.Nessecaso,dcvc-seobcdcceràincertezadoinstrumcntocconsideraracasadecimaladcquada.
É importante salientar que. em uma medida. os zeros à esqucrdadonúmero,istoé. oszerosqu e posicionamavírgula,
níiosíio signifi cat in tS. Paracsclarecercssesconccitos.analisc
os exemplos que seguem:
t a medida 0.023 em tem .'\Ornente dois algarismos significativos:
t arncdida0.348stcmapenastrêsalgarismossignificativos:
t a medida 0.004CXXlO m tem cinco algarismos significativos
f 1.7
Resposta Dinâmica - - - -
Uma medida de urna grandeza física é chamada de dinâmica
quando ela varia com o tempo. Em um processo de pesagem de
alirnentos.feitousualrncntcnosrnercados,urnabalançacstáconectada a um sistema que recebe a informação do produto. c
como saída. além do peso, imprime o preço. entre outras informações. Nesse processo. o atendcme coloca o produto sobre a
b~lança.celaestabilizaemumarnedidarelativaaopesodopro­
duto. Nesse caso. diz-se que a carga. no caso o produto. é constante.ouinvanantenotcmpo
Existem. entretanto. muitas situações que requerem informações
fréissobrcavariaçàodacarganotcmpo.Nocxcmploantcriorcssa
informação seria relativa ao instante entre o momento no qual o
produto é colocado na balança até que a medida esteja estabilizada.
Geralrncnteoproccssodemcdidasdinâmicasémaisrigoroso.principalrnente no que diz respeito ao instrumento. uma vez que camcterísticaspeculiarcsserdorteeel;sárias. Purexemplo.avibr.tçàode
umarnáquinapodcserdctcrtadacomumabarracngastada,dcsdc
queelaoonsigavibrarnamesrnafaixadefreqnênciadamáquina
(porém não entr.mdo em ressonância). ger.tndo ioccrtez.as que fi.
quem no máximo dentro das tolcrJncias exigidas pelo processo.
As características dinâmicas dos sistemas de medidas possibilitam a análise do comportamento desses sistemas no domínio
frcquência. denominada resposta em fre<juência. Ou então possibilitam a análise de parâmetros no tempo corno o tempo de
reS(HJSia e o fator de amortecimento do sistema. A Figura 1.22
ilustraessestrêsparâmetros
Os sistemas podem ser separados em duas grandes famílias
distintas: lineares e não lineares. Apesar de existirem muitos
26
CapíwloUm
'[L_ 'lc_ lc_
wr
w
ts
(b)
(a)
t
t
(c)
Flgura 1.22 (a) Rc5post.a em frcquência (w. ~ma a frcquência de cone). (b) tempo de ~5post.a (tJ c (r) fator de amorteciniCiliQ de um
si5tema genérko (quanto maior o fator de amortcçimemo. menon:s as rn;cilações em tomo do valor fin.al).
problcmasrcaisq uecnvolvcm sistcrnasnãolincarcs.priorim-sc
a simplicid:tdc, e na maioria das vezes um modelo linear é adotado,rncsmocom algumaspequcnasimpcrfciçõcs.
Sistemas lincaressãoaqueles nosquaisnscq uações domode los11olineares. Uma equação diferencial é linear se os seus
cocficierucssãoconstantesouapcrmsfuuçiloda variável indepcndeute. A conscquência mais importante é que o princípio da
superposição pode ser aplicado em um sistema linear. Ele estabelecequc.seduasentr.JdasL, eL,.estabelcx-emduassaídasS,
e S1• então quando a entrada for (L, + L,.) a safda pode ser decomposta em urna soma de efeitos (S,) + (S 2). Ainda. se a entrada for K(L 1 + 4). então a saída será k(S, + SJ. A Figura 1.23
mostra um diagrama de blocos em que é mostrado o princípio
do teorc rna da superposição em um siste ma linc:tr.
Um sistema genérico pode ser desc rito em termos de sua
equaçãodiferencialcornumavariável gera l .l·(t)como:
Ir,
7if +
u,_,
~;:~7 + ... + " ' ~ + lt0x = /(1)
em queft..t) é uma função estímulo. A ordem do sistema é dcfinidapelaOf'dcmdaequaçãodiferencial.
Um sistema de orde m zero é do tipo: t~r = ft..l). Apenas o
cocficientCI'oé diferente de zero
Um sistemadeprin~eiraordemédotipo:
111
~ + a0 x = /(1).
emqueapcnasoscocficiemesa0 e a , silodifcrc ntcsde7.cro.
Um sistema de segunda ordem é do tipo: u, ~ +
· dr
dx
a, d/+ tt0 X = / (t). onde apenas os coeficientes tr 1• a, c a 0 são
diferentes de 7.ero. Apesar de muitos sistemas reais possufrem
ordens a11as, na maioria dos ca<;os eles são modelados matematicamcnt ccomcquaçõcs difercnciaisprioriza ndo as implkidadc
Scndoassim.napr:itica.amaioriadossistemaséntodcladacom
equações de orde m zero a dois. Um modelo de segu nda ordem
égeralrncntesuficiente.considerando suaslimitações. paradescre\·er a m~1ior pane dos siste mas físicos de uma gama consideráve-l de aplicações.
No estudo do componamento dinâmico dos sistemas, é co-mum fazcr-seaan:'ilise da funçio de transr('r{lncia. Essa análise é importante. uma vez que representa matematicamente a.~
característi cas do sistema. A função de tran sferência para um
sistema linear T(w) 6 definid01 como a re lação da safda S(w) pelaentradaE(w):
T(w) = S(w),
E(w)
Uma vez que os sistemas são modelados com equações diferenciais a análise pode ser feita em todos os instantes de tempo
desde (r) O até (I)""· Entretanto. geralmeme utiliza-se o domínio
frcquência em vez do domínio tempo. pois facilita o tratamento
matemático. Além da fac ilidade de tratar equações diferenciais
na forma de equações algébricas. o domínio frcq uência pennite
visualizarcomclare7.aos limites de velocidade ou frequêocia
Por exemplo. se for necessário medir a velocidade angular de
um eixo de motor a lO 000 rpm. é importante que o scnsor uti lizado co nsiga rncdi r velocidadessupcriores.Essa6umainformação fác il de ser observada em um gráfico no domfnio frequência.AFigura 1.24mostr.tareprescntaçilodeu m sinalnodomíni o tempo c no correspondente domínio frequência.
11 1.8 Transformada de Laplace- -
Figura 1.23
Sistema linear.
A Transformada de Laplace (TL) é frequentemente util izada na
rcsoluçàodeequações diferenciais.lssoscdel'e principalmente
ao fato de que as TL tr.msfonnam operações de diferenciação e
integração em oper.tçõcs algébricas. Funções como se nos, cossenos. ex ponenciais. entre outras. têm sua tmnsforrnada em forma de relações de polinômios. Além disso, a TL traduz urna
resposta fiel do tran sitório, assim como do regime pennauentc.
A variável .~ representa uma frequência complexa (f + jw c se
aplica à maioriadassituaçõcsreais, uma l'cz queclaconvergc
Conceitosdclnstrumemação
27
... ..., .......... ""' ......... ...,
I(Hz)
(b)
Figura 1.24
Rcprescmaçiio de um sinalftt) • scn(w,t) + scn(w,l) no: (a) domínio tempo c (h) no domínio frequência
para excitações que iniciam em 1 =O. como a funç~o salto unitárioquepodeservistanaFigum 1.25
de
Tabela 1.3
Transformadas de Laplace de algumas
;:
'";;o
"Oo;
õe:;::'- - - - - - - - - - - -
~~~~i~~-s~~:~~~: ~~::~s~~~p~~~~t:~:r~~a~:~~:~Tom~~da
ftt)
F(s)
A TL é definida como·
j(t) = .5(1)
F(s) = 1
JI < O=> j (t) : O
11 > 0=> /{1) : 1
em queftl) é a função no domínio tempo. a qual se descjaconheccrnodomíniofrcquência,F(s)éatransforrnadadcLaplacc
de Jtt) e suma variável complexa do tipo u + iw.
Observa-se que a Tmnsformada de Laplace é definida de O a
""·portanto muitas funções não podem ser analisadas. Entretanto. todos os sistemas reais se iniciam em 1 = O.
Aaplicaçàodaspropriedades(vejaa Tabcla lA) juntamente
com uma tabela de Transfom1adas de Laplace de funções (veja
a Tabela 1.3)sãosuficientespamsercsolverumasériedeproblcmascnvolvcndocquaçõesdifercnciais
/(1) =I
F(s) • ;
f'(s)=~
j(l) = «-"'
/(1)
=te "'
F(s) '"' - ' -,
(s+at
:w'
j(l) • SCilwl
F(.•)= ·•'
/(1) =OOS«JJ
F(s) "' s' :...,,
j(l) - ,.
(<l)SahounitáriodctcnsJoc(b)suacquivalênciade
umachaveemsériecomumafonte
Figura 1.25
+n~r•
ftt) = ,.(' "'
F(s) • (s
j(t) • r "' scnwr
f'(s)= (s + ,,'f + .,l
F(s) • (s
+sa~' <1+ w'
28
CapítuloUm
Tabela 1.4 Propriedades da TL
Propriedade
M
1-"(.i)
aJ,(t)+u,j,(t)
a,F,(s) +u,F,(s)
H~l
ftat)
Deslocamento no tempo
ftl - a)u(t - 11)
,.
Deslocamento na frequência
<' "Jlt)
F(s + a)
<!!_
;-1-"(s)-.ftO- )
Di fcrenciaçãonotcmpo
"'
d' f
~ F(s)
s'F(s) -s.ftO- )- f(O- )
dt'
d' f
n o-)
--;;;
.v'P(.<) - .r'JtO- ) - .if'(O- ) -
'.!..L
s"l'(s) - s"-' J(O- ) - .<"- 'f(O- ) -
Integração no tempo
k(')"'
~P(s)
Di fcrenciaçãonafrequência
t.ftt)
-f,F(s)
lntegraçàonafreçuência
m
JF(sj(/s
dt"
Periodicidade no tempo
'
~
JtO• )
!~~sP(.<)
Valor final
fi•)
:~;F(s)
Convoluçilo
f,(l)*/,(1)
P,(.<)· F,(.<)
se~
pors, frorsleassimpordiame.Porexcmplo.acquação
das tensões em um circuito RLC série excitado por uma fonte de
tensão constante do tipo salto unitário pode ser descrita JXlr.
- E+ Ri(t) +L
t/:2) + --J: j i(t)dt = O ~ domfnio ;- ~
~ Rl (s) + úl(s) + 15~) = ~
em que /(s) representa a transformada de La place da corrente
i(l). Nesse caso. observe que a natureza do capacitor provoca
' (0- )
f;(s)
f{t) • j{t + 111)
Setodasascondiçõesiniciaiss;lonulas.entãoa Tr.msfurmadade
Laplace da equação diferencial é obtida simplesmente substituindo-
f"
umaintegraldei(t).enquamooindutorprovocaaderivadai(r).
Nesse exemplo.
fi
representa a Transformada de Laplace do
saltounitáriodaexcitaçãonotempo.
~
1.9
Transformada Inversa de
Laplace - - - - - - - - - - Oprocessomaternáticodetmnsforrnarurnaexpressãododornínio s para o domínio tempo é chamada de tmnsformada inversa
de Laplace (TIL). Esse processo é impo11an1e. uma vez que a
resolução no domínio frequência da resposta dos sistemas pode
simplificarsignificativamcntcoscálculos.Entrctanto. umavez
Conceitosde lnstrumentação
resolvida a equação. geralrnente6. nccessário \'Oitarparaodornínio tempo. Para isso. utiliza-se a TIL:
I
C
1
•o•/"
[/(s}) = /(t) = 21Tj • .L F(s) · e -"ds.
Os limites de integração da transformada inversa denotam
os limites da região de eon\•crgênda. utili7.ados na própria definição da transformação diret a (s =- CT1 + jw). em que a esco-lha da pane real é limitada por pomos si ngulares. A aplicação
di retadessaequaçãoen\·olvea necessidadcdcalgumconhecimc nto sobre 3nâlise romp lexa. Por outro lado. na maioria das
aplicações práticas utili 1.a-se um método de decomposição da
eq uaçiioalgébricacm semfrnções parciaisquete m funções
conhecidas no domínio tempo (a Tabela 1.3 lista algumas dessas funções).
t 1.1 O Análise de Sistemas de
Ordens Zero, Primeira e Segunda No sistema de ordem ze ro, :1 re~posta ou saída do sistema é dada por:
Deve-se destacar que. modcladodctalhadamcntc. es.<;e sistema
poder.'\ apresentar características bastante diferentes de um sistema de ordem zero. Podem. por exemplo. ser evidenciadas innuências parasitas romo indtnâncias e capacitâncias. não linearidades.cntrcoutrns.Entretanto.namaioriadas\'czesaaplicaçiio
detenninacl a necessidade de um modelamento mais afinado. e
o exemplo da régua potenciométrica. na maioria das \ 'CZCS, permite o caminho m:lis simples.
O sistema de primeira ordem pode se r definido corno·
ernquea,eíloSllococficicntcsconStantesej( r) é afunçl\oestímulo.
Nesse caso. pode-se mostrar que:
X(í1 1s + a 0) :: F(s) e<~ função de transferência:
I
X( s)
.l = ..!../(t)
1-"(s)
"•
=~ - = ~ e ainda. considerando-se a
íl 1s+110
s + ao
"•
A variávclxseguir.ia função de excitação j(l) instantaneamente com um fator
..!...
denominado se nsi bilidade estática .
"•
Dessa forma. um instrumento de ordem zero representa um desempenho dinâmiro ideal. De fato. nesse tipo de sistema não é
necessáriorcso]\•ereq uaçõesdifercnciais. uma vez que apenas
ocoeficientet'o6.difercme dezero.
Uma régua potenciométriea é Ulll tipo de tra nsdutor de
deslocamento uti lizado largame nt e em mngts da ordem de
milímetros a centenas de milfmc tros. Esse tipo de transdutor
pode a princípio ser modelado como um s istem a de ordem
função excitação /(1) =
=O
lrJt << O=/(t)
O=/(t) = . pode-se \'erificar
1
na Tabela \ .3 a sua TL 1-"(s) = ; e dessa fonna X(s) pode se r
evidenciada:
I
X(s )
=! · ~ c nesse pont o pode-se fazer a abordas s
+ (\,
"•
gcrn de frações pardais ron hecidas para que a resposta possa
g
0,7
I
0 ..
~
<•I "
1•1
29
zero (arigor cxistemrestriçõesparasistcmascom\'Clocida dcs altas). Conforme pode ser visto na Figura 1.26, a saída
tem uma dependência com a e ntrada traduzida por uma cons-
(b)
Figura 1.26 (11) Régua potenciométrica e (b) resposta resistência l'f'r.JIIS tempo (n X 1).
30
CapfluloUm
ser anali sada no dom(nio tempo. A equação pode se r descrita
X( s) =
~ +-
8
- . e m que A e 8 serão de1ermi nados
s+ ' na,
s
(a)
porequivalênciaàequaçãoorigin:~l:
Ass+(:::)Bs
=
s(•: ~)·
a,
que
!
""'""'*" .. --Siol-<111~e daquipode-seobservar
"•
A + B ~O
!'
;u
!'
A~ = ~ eassirn
ti'
a,
I
A
= ~.11 -- ~~ X(s) • .....!!2.. - "•
"•
.<
I
'-'•- =
(<+'",,,)
·.
=.,,,. x( ~ - .-~ J
em que
!i é c h~mado de co nsta ntt' d<' tempo. que como todo
"•
o tenno exponencial caractcri7.a a resposta do sistema de primeir.~ ordem. Em outras p;llavras. esse sistema te m um atraso em
rclaçãoàfunçãodcestímulo.
Uma mcdi~· ãode temper..lturo com um sensordo tipo PTIOO
pode se r modelado. simplificadamcnte. por um sistema de primeira ordem. Esse ti po de sensor tem urna saída de resistência
elétrica em fu nção d3 temperatura. Considerando que ele seja
pcrfeitamcntelinear.dependeráexclusivamemedatransferência
de calor pela massa que compõe o sensor. Dessa fonna. se o estímul o considerado for um salto de temperatura instantâneo. a
resposta pode ser vista na Fig uro 1.27. onde também é apresen tado um modelo elétrico do sistema. A massa aquedda é modelada pela capaci t1lncü•. enqua nto o nuxo de calor é limitado por
umaresistência.Obscrva-sequeaprincipalcaracterísticadessc
tipo de sistema é um atr.•so da safda e m re lação ao estímulo da
entrada. No caso do IYf I00. ele apresentou um atraso ou delay
até que a respost:tda safd11 Sccstabili 7.ae rn um valor relativo ao
estímulo da entrada.
Um sis te ma de segunda ordem pode ser escrito da seguime
forma:
.,
(b)
ténni, o: (ll) equi1·alentc elétrico e (b) respostaaosaltodctcmiX'rnWrn
Figura 1.27
om q•o
Si~tema
w.' • "'11,
Novamente cons iderando que /(1) =
X(s)
l
F (s) • 110 s 1
X( s )
w}
=.;
(a função
w}
=
s(s 1 + 2Çw,s + w. 1 )
I I
00
<+ 2/w,
ea
re..~posta
l
.v 1 + 2§w,s + w. 1 =
+-(<+~.::t•+ w,'-
• F(s)
+ 2Çw.s + w. 1
=O
\tf t >< 0O~f(t)
~ /(t) = .
1
degrau é muito utili~da na prthica e é usu~lrncnte a princi pal
função de análise de resposta dos sistemas reais). Dessa forma.
novamente pode-se isolar X(.v) e buscar na Tn bela 1.3 uma fomm
de frações parciuisconhcc id:tspar:lde te nninaratran sfonnada
invcr:sadcLaplacc.Vcrifica-scqueaseguitllc cs trutura éco nhccidaepodeseraplicadaao proble rna:
I[I
+ " •s + a,_.) X(s)
2a~ ~"o ti:
pode-se verificar na Tabe l:1 1.3 a s ua TL F(s)
=~ s
(tlzS
-:-'T,;--
w. éafrcquência angulareÇ.o fa tor deamorta-:ime tll O
c.aplica ndoas propricdades daTL:
A funç1lo de transferência pode ser evidenciada como:
o Ç•
final no domfnio tempo:
(< +:J; + w,'
]t
Conccitosde lnslrunw:ntPÇik>
31
É impor1antc salicmar que esta resposta é definida apenas
para 1 > O(domínio da TL). A resposta do problema evidencia
que c:tiste uma frequência amortecida w~ç ujas funções sinusoidai s osçilarlo. Além disso. ainda e)[iste um fatur de a mortecimenlo f responsável pelo vrershoo1 assim çomo pelo tempo de
estabiliz:1çàoda respostados istcma
Um exemplo de apliçaçào de un1 sistema de segu nda nrdçm
é o dinamômetro. Ele ~XX~e ser mode lado simplilkadameme por
um sistema massa mola. que por sua vez tem um equivalente
elétriço RLC confonnc evidendado pcln Figura 1.28.
O dinanômctro pode ser mode lado pela equação:
2,Forças=M~
c a resposta no domfnio tempo:
dessnforma.
2, Forças=M~
...<:.,
emque.J;éa força de excitação.C•• o çocficicn te den trito visçoso e K. a co nsta nt e de Hooke (da mo la). Aplica ndo a Transformada de Laplaçe. tem-se:
X (s)
'"'(~)··
~M - ""iMJ
c
J - j• l.ll
.<(<) • - -
K
~
+
I
f;(s ) = Ms '
+C~s+ K
Considerando a c:tdtação /,(1)"'"
em que
l
t<O=/,(t)= O
'
=
t > O=J.(t) = I
=f;(.f) = ~- !XX~c-screescrevcracquação
•
__
'"vK" scn (Hc'
J
~
v' -4MK
....::..a.._
M
K
,.,jK;·
C
w; = M,f=
2
Osgráfioosdarespostano
te mpo para diferentes f podem ser vistos na Figura 1.29.
Na Figunt 1.29 pode m ser observadas três situações caracteristiças:
AmOI"tecedor
(a)
(b)
Figura 1.28
(a)
1
4M 2
(<)
Dinamônw:tro. (h) esquema musa niQia e (c) equi,·alente elétrico
32
Capítulo Um
Figura 1.29 Resposta no domínio tempo para um sistema de segunda ordem com diferentes fatores de amortecimento
Sistema subamortccido: O < Ç < I: nessa s itu~ç5o. existe um
m•erslwor.cacstabilizaçàodosistcmapodcscrrápida.
Sistema criticamente a morteddo: Ç = l: nesse caso ocorre a
si tu~ç~o limite. em que a resposta inicia uma tendência expo-
Sistema supcramortecido: Ç> I: a respost~ do sistema é lenta.
scmo\'erslwor.
Observa-se que à medida que Çdi rninui tende-se a um Sistema sem
nencialcrescentesemocorrênciadeorerJhoot.
decaem e consequcntememe o sistema osci la indetenninadamente.
amortccimento: Ç =O:nessecaso.ascornponentessinusoidaisn~o
escala registrasse 12 V. com base note~toaprcscntado. quais os
possfveisproblcmasquepodcriamestarocorrcndo(considcrcquc
osensorestcjafuncionandopcrfcitamente)?
17. Oquc vocêsugerepararcsolverosproblemasdoexercícioanterior?
9. Defina ra~treabilidadc c compa.mbilidade
tO. Oquesãopadrões?Paraqucscr.·cm?
li . Oque éumacadeiademed ição?
t2. Oqucéumsistcmadcmcdição?
13. Definahistereseewnamorta
t4. Quaisasdiferençasenlre: padrões primário. se<:undário.derefcrêndaedetmbalho?
tS. Umscnsordctcmpcrmuratcmumarcspostadc J mVf'C. Umam plilicadordeganhoiOOéentàomnntado.cumruídodefundode
lOmVpodeserevidenciado.Pergunla-se:qualasensibilidadedn
sistcma?QualarelaçàosinaUruído?
16. No mesmo sistema. considere que a fai~a de operação é de O a
IOO"CequeosensordáumarespostadeOVaO"C.Dessaforma.
atensãodefundodcescalaseria IOV.Perguma-sc:scofundodc
t8. A tempcmtummfnimaque umccrtoterrnômetmconsegue le r é de
O "C c máxima de 95 "C. Esse tennf\metm tem um mostmdor di gital (display ) de 2 dfgitos ~em pomo flutuante (mostra. apcna'
númerosintcims). Pergunta-sc
a. Qualafaixadeoperdçàode<seinmumemo?
b. Qualovalordospa11?
c. Qual a resolução desse termômetro (limitada pelo diSJ>Ia)·)?
19. Considerequcoseguinteerrocomeceaocorrcr:umvalorde5 "C
está somado em todas as tcmperatums. a tempemtura mínima é
mostrada como 5 "C e a máxima como 105 "C. Como se classifica
esse erro?
20. Umsensordcprcssãoterncomosafdaacorrcntei.sabendoqucela
variou di= 250 mA pam uma \'aria<;iio de pressão de 10 bar. Calculeasensibilidadedessesensor
2 t. Quaisasvantagcnsdcurnscnsorcomrcspostalinearernrelaçãoa
umscnsorcomrespo,lanàolinear?
22. Sabendoqueumabalançatcrnurnazonamonade JOOgramas.
traceográficodeumaenlradadcpcsosdeOa IOOOgramas(eixo
X) •ws"sasafda(ei~o Y)qucapresentaazonamona
Conceitosdc lnstrumcntação
2J.Pcriodicarncntcosinstrurncntosdcvernscrcalibradosparacvitar
qucerrosmaiorcsqucoscsperadosscintroduzamnasmcdidas
Descrevaumpmceswdecalibnu;àogenéricQ
24. A Figura l.30mostraumsinal:(a)compostopelasornadosinal
represcntadoem(b).comumruídorepresemadocrn(c).Calculca
rel:u;àosinaVruídoparaQsinalde(a)
25. Quantosalgarismossignificativostêrnasscguintesmcdidas?
a.l23.555
b.l256,90
c. 1256.900
d.0.0012569
c.O.l2569
26. Cite um
c~empl o
33
extcnsôrnctroderesistênciaclétrica.cornporxloumacéluladecarga
para medir movimentos vibratórios de baixa frequêocia(deslocamento). Que tipo de si"ema é es.o;e? Fa<;a uma modelagem simplifi<·ada
dessesistcmap;lmumestímulodeforçaPeasaídadiscinciad.
29. Sejaumsistemagcnéricocomascguintefunçàodctransferência
!-~(.<) = Ts 1+ . Determine a resposta ao sallo unitário para esse
1
sistema com T= L T= 2. T= 3. T= 4. T= 5
JO. SejaosistemarncdinicodaFigural.33.Considereasscguintescoo-
diçiiesiniciais:posiçàoinicial!.emx(O)=O. '·elocidadeinicialzem
*=0. ama.ssaM= 1 kg.aconstantedamola K = 1.5%. e a
de sistema de ordens zero. primeira e segunda
constante do amortecimento B = 2 NYm· A equaçàodcssc sistema
27. Um fomo resi;,tivo tem um estímulo de ten.l.ào elétrica (excita<;ào)
earespostaconfom1eaFigura 1.31. Determinca funçãodctran~­
ferênciadessesistema
é
28. A Figum 1.32 mostr.J uma barra enga.wula CQm um sensor do tipo
umestfmulodeforçadotiposahounitâriooufi.r) • J.<.(I).
M~+B~+Kx=O.
-o· 25 o
Detennincarespostadesscsisternaa
O.OOS0.010.0150.020.0250.030.03e0.0<0.0<50.DI!
t(S]
(c)
Figura 1.30
(11) Soma do sinal mai'i ruído. (b) sinal e (c) ruído
34
Capítulo Um
Respostaaosako
\
\
Resposta {temperatura)
\ stlmulo
f (S)
Figura 1.31
Estímulo e resposta de um fomo resisti1·o relativo ao Exereído 27
Extens6metro
~:·
Figura 1.32
Célula de carga relativa ao Exercício 28
4 BIBLIOGRAFIA - - - - - - - BOLTON. W lnslrumemllçlio e com role. São Paulo: Hcmus. 1997
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35
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Boca Raton, FL: CRC Pre~s. 1999
Fundamentos de Estatística,
Incertezas de Medidas e Sua Propagação
t 2.1
Introdução - - - - - - - -
Todo procedimento de medição consiste em detenninar expetimentalmenteumagrandczafísi'-'a.Ateoriadcincertezasauxilia
na dctcmJinação do valor que melhor representa uma grandeza,
embasado nos valores medidos. Além disso. auxilia na determi nação. com bases em probabilidades. de quanto esse valor pode
scafastardovalor vcrdadciro.oqualcaractcrizaainccnczadcssamedida.
Utiliza-se o tcrmo incr rte za-pad riio paracspccificaradispcrsão das medidas em torno da melhor estimativa. calculada
como o desvio padr5o dessa estimativa (corno ser:i visto no decorrcrdcstecapítulo.cssctcrrnodifcrcncia-sedodcsviopadrão
da amostra)
Na prática. existem muitas fontes possí"eisde incertezas.
incluindoadefiniçãoincompletadomensurando. amostragem
não representativa. conhecimento incorreto das influências am·
bientaisou a própria medição incorreta dessas condições. resoluçãofinitadosinstrumento<;,valoresinexatosdcreferências.
valores inexatos de constantes utilizadas no algoritmo. entre
porumeletrogoniôrnetroparaseavaliaraarticulaçãodobraço
(Figurd2.1):
40" 60" 50° 50° 30° 60° 40° 30° 30°
40° 50° 300 ]Ü 0 60° 50° 20° 50° 20°
30° 40° 40° 50° 70° 70° 80° 40° 60° 50°
Qualéarnédiadeãngulos!XJraesseensaio'! Asmedidasdetendência ccntrdl mais comumente empregadas são a denominada média aritmética (nonnalrnente chamada apenas de média). a mediana
eamoda.Éimportanteressaltarqueexistemoutrostiposdemédias
etodassàocorretasquandousadasnocontextoadcquado.
Por definição. a média aritmética (X) é a soma de todos os
valores
(t.x,)
fx,
X = l : L _ = X,+ X,+ X,+ .. + X.
Osobjetivosdestecapítulo são: compreender o significado
deparâmetrosdetendênciacemral.dedispersãoemumconjunto de dados. assim como outms ferramentas matemáticas que
possibilitem a cmnpreensão do significado da incerteza de medidasede s uapropagação.
J (
~
4 2.2 Medidas de Tendência
Central - - - - - - - - - - 1 2.2.1
36
\
Média - - - - - - - - -
Existem diferentes tipos de médias para fins espedficos. Quando utilizada. é necessário avaliar o tipo de média conveniente
paracaracterizarofenômenoestudado.
Usando uma definição simplificada. o termo média caracteriza o valor mais típico ou o valor mais esperado em uma dada
coleção de dados ou eventos. Considere uma coleção de dados.
28 no total. que pode representar. por exemplo, o ângulo dado
dcumdadoensaiooudcumacolcçãodcdados
divididapelonúmerototal dedados(ll)'
Figura 2.1
E<boçode um eletrogoniômetm posidonado para a\·aliar
osângulosenvolvidos cmdetertninadosmovin;cntosdcumbraço
FundamentostleEstatfstica.Jrl(.-ertezasdeMcdidaseSua Propagaçâo
37
Para o exemplo dado. a média é
28
A média aritmética pamcsse exemplo é de 44.64°. ConsidemnrJo..se os algarismos significativos. dc\·e-sc descanar o 0.04
(eoosidcre que. nesse equipamento. a variação de ângulos é de
lo em ! 0 - !l'soluçãodoinstrumento).
~
2.2.2
Mediana, - - - - - - - -
Repre senta o valor médio do conj unto de dados ordenados em
ordem de grnndcza. ou seja. a rnédi:• ;lritmética dos dois valores
centrais. A Figum 2.2 mostrJ a distribuição dos dados do ensaio
comoelctrogoniômctro.Anulisandoafigura.perccbe-scqucl4
valoresseencontramcntre0° c40° c 14 valoresest~oentre 50°
c900. Portanto, a mediana é dada por:
M~-diana -
40+50
90
- = T = 45°
2
emque40° e50° reprcS<!ntarnosvalorcscentrais.
~
2.2.3
Moda - - - - - - - - -
A moda é definida r;:omo o valor que ··mais frequentemente ocorre"" no coujunto de dados. Fac ilmente se percebe. pela distribuição da Figura 2.2. que a moda é o ângulo de 50".
Para o mesmo conjunto de dados forJm eneontrJdos três diferentes tipos de medidas de tendência cemml: a média aritmética igual a 44.6°. a mediana dc45 ° e a moda de 50°. Em diversas situações experimemais, a média não é um pardmetro útil
paro avaliação do conjunto de dados. cspedalrncntc se um ou
Figura 2.3 Fonnas de onda e sua> com:;;pondcmcs m~dias aritméticas:(a)senoe(b)ondaquadr.tda
dois dados são ··muito grandes·· ou "muito pequenos" quando
comparados ao restante dos dados.
Um excelente exemplo do cuidado que se deve ter ao utiliT..ar
a média para avaliação de um conjunto de dados é esboçado na
Figura 2.3. que mostm fonnas de onda nonnalmente utilizadas
em ciências exatas.
As formas de onda mostrodas na Figura 2.3 represemam e\'entos diferemes. mas têm a mesma média aritmética. Sendo assi m.
na avaliação de experimentos ou de fenômenos. de\'e-se Ulilizar
com muito cu idado esse pardmetro e todos os demais. para e\•itar conçlusões equivocadas.
A média é um par.lmetro mais inten.:ss.antc quando o IO(c de
dados medidos é simétrico. ' A mediana é muitas vezes utilizada
quando o dado é altamente assimétrico. Já a moda pode ser usada para responder questões do tipo: qual é a causa mais comum
da mortandade de pe ixes em um aquário?
X X X X X X
X X
t 2.2.4 Média geométrica e média
harm6nlca - - - - - - - - - Amédiagcométrica ém uita§vezcsutilizadaquundoosdados
são assimétricos, 2 como por exemplo em diversos estudos da
' Sn>,.lria: a máli a. a •noda~ a mo\liana
>io romcidcmes.Os~"""'"'
a ... guir
::;'::'n:' pc><.jçOO rdaoi•·asda málil.o:L:i mediana cda moda.rom~~~mplos
~- ~'Assim~tna (..,I>Ç<lot<desvoadils)pode·Jc
Figura 2.2
I:Jiemplo de uma distribuiç:lo de dados
uUhlllfa ..,laojjo~mpfric:a:
MMia- Moda • J (MMoa- Mediallll).
38
Capíwlo Dois
. ..,..,
utilizada(ml)
rntante(ml)
"'
128
64
64
64
32
32
Tabela 2.1 Dados do exemplo ela dosagem de um
medicamento
Par11o.rtili~ar(ml)
600
f:
eo..,.m
512
256
128
l:
32
área biológka. A média geométrica (MG) paro um conjunto de
dados (11)~dada por:
MG =
;jx, X X~
Gr:lfJCO para o exemplo da dosag<'m de um medicamento.
Figura 2.4
X ... X X,
Consid.::rcaseguintcsituaçiio:cmumd.::lcnninadoexperimcnto. é u1ili zndo um medicamento de uso restrito cuja embalagem
contém 512 rnl. A ap licação leste desse produto é realizada em cincodiaseacadadiaéutilizadaa lllC!adedados.agcm restante. A
T3bcla 2.1 apresenta os dados organizados para esse experimento.
Rclcmbrondo. a média aritméti ca da dosagem par.a aplicar
por dia é dada por:
ix,
X =~
X•
5
-
Vibração de um chassi durante um mês
Vibraçáo(aceleraçiio emmls')
1
2.29
1.98
1.56
X,+ X~+ ~ 1 +
2.()..1
... + X.
~X,= X, +X, + XJ + X. + Xl =
512
Tabela 2.2
5
+ 256 + 128 + 64 + 32
5
Corno exemplo. seja um ensaio para se detcnninar a vibra~ão
dumntc 1mês(Tabcla2.2).
deumchu~ s i
~ 1%
e a média geométrica. na pr.ilica. é dada nonnahnente em Iogaritmos:
MG = JO{.. ..I~.r ....lri-':'.Jr,}+ .....
1•1)
A média aritmético desse experimento é dada por:
X • t,x,
X,+ X,+ Xl+ ... +X. •
"
n
2.29 + 1.98; 1.56 + 2,04
iil
1.97n){,
MG = IO(""'ml·""'~l·~•l:II•""'MI•Ior! J>IJ iil 128.
c a média harmôn ica é dada por:
A Figura2.4apresentaográlicoparnesses dados
A média h:mnônica (MH) para um conjunto dedados (n)édada
por:
MH
[i±] [+ + +~ +f]
"
"
["' +"'!.~ . . +-""-]
X,
X.
X
=
"
~(-1 -+-,---'-~--1 -+-1 ~a i.93'X1
2.29
e geralmente é utilizada quando os dados do experimento envolvem nv.õc:s. como. por exemplo. metros por seg undo. Em algumas situações. podem ser atribuídos pesos (também chamado de
pondcr.açilo)w, diferenlesàsparcelas:
MH
1
MJ/ = ~ ~[.X,. !_ + ...!._~
... +...!...
X
X
1.98 4 1.56
2.04
A relaçilo entre as médias aritmética. geom~trica e hamlônica para um conjunto de dados positivos é dada por:
MH :s; MG :sX
Éirnponantcnovumcn teobservarqueexistemdi\"e rsas rnedidasdc tendêncü1 central e que todas sãocorrc!aS(]U:lndousadas nocontexloadcquado.
FundamcntosdeEstatística.locertczasdeMcdidaseSnaPropagação
41 2.2.5
(root
Raiz média quadrática
mean square) - - - - - - - -
Nas ciências biomédicas, na física c na engenharia, é muito comurnousodeoutrasmedidasdetendênciacentralquepossucrn
significado especial em determinadas aplicaçOes. Dentre elas
dcstaca-scaraizmédiaquadrática(rms)
Considere a seguinte fonna de onda (Figura 2.5) obtida por
um gerador de funções (ou comumente denominado gerador de
sinais). A média dessa função é a área da fom1a de onda divididapelosegmentodesejado:
39
ou valor eficaz: nesse caso. seria denominado corrente eficaz ou
correntcnns. Considere o sinal senoidal daFigura2.6.qucrepresentaaformadeondadatensãosenoidal.
Atensàonnsdatcnsàosenoidalédadapor·
sendo V...., ovalorm1s, To intervalo de tcmpocntre/ 1 ct,c V(t)
a função tensão elétrica variante no tempo. Para esse seno (onda
nàoretifícada),ovalorefícazou nnsé·
')
X=r ,,x(r)llt
onde .~(1) representa a tensão elétrica. no caso
A rnédiarrnséamplamenteutilizadaemcircuitoselétricos.
na análise de sinais biomédicos. naanálisedevibraçõesdeestruturaseemdiversasoutrasaplicações.l'araavaliarosignifícado físico. considere uma corrente se noidal (AC) que circula
por uma resistência elétrica durante um tempo Tdissipando uma
dada potência.
Nessa mesma resistênóa e para o mesmo intervalo de tempo.
uma corrente contínua (DC) circulou dissipando a mesma potência. Portanto. o valorefetivodessacorrente alternada deve
ser igual ao valorda.,orrente.,ontínua para que a potência dis sipada seja a mesma. O valor efetivo é chamado de valor rms.
Considere urn circuito dcoominado retificador de meia onda.
apresentadona Figura2.7.
Nesse circuito o diodo (dispositivo apresentado no Capítulo
3) atua convertendo urna tensão na entrada AC (V,.) em uma ten-
Amplitude
''"""
etélfica(V]
+~~
~,._,.,
Flgura2.5
Fonnadc ondaparacxcmplificaramédiaquadrática
·O i
Figura 2.7
Esboçodoretificadordemciaonda
Figura 2.6
40
Capí1Ulo Dois
s.ãode saída DC pulsante(V- ).A frequêociade saída é a mesma
daentrada.eatensãomlsédadapor
v_= ~('<V<r)) 2 dr
v = J-'- f"(Vsen(9}>1tlt - Jr_cl -f.-v-,~-,, (-o)d-9
-
211"
v_
G
-f
211"
'
G'
IX!r.l o retificador de meia onda.
t 2.3 Medidas de Dispersão -
Figura 2.9 Curva de diMribuiçilo normal
Em todas as medições ocorrem v~'riaçõcs. independentemente do
tipodeexpcrimentoqueestej:t scndoavaliado.ouseja.em um
processode rnediç!lomuitaspodc rn scras fontcs deincencza
Suponha o processo de mediç!lo d:t massa de um determinado lote de um tipo de compone nte eletrônico. Em um dado projeto. a especificação IX!r:l esse componente eletrônico é de uma
massa de 1.45 g: mas qu~tndo uma amostra de 30 comtJOnemes
idênticos é pesada adequadamente. os resultados obtidos são
indicadosnaTabela2.3enaFigura2.8.
É importante obse!'•ar que todos os capacitores .são idêmicos.
porém existe dispers!lo de dados em tomo da massa desejada
Percebe-sequeosdadosseguemumacurvafamiliarna área
das ciências e teçnologia. denominada curva de distribuição
norm al (\•eja a Seção 2.4). que possibilita \"cri ficar a frcquência
da oconincia de um determ inado dado e a medida da dispersão
U6
1.18
1.20
1.26
1.26
1.30
1.41l
1.41l
1.40
1.40
1.43
1.50
1.53
I.Ol
1.60
1.62
1.65
1.30
1.70
os capacitores.
dos dados. Duas das propriedades de medidadedispcrsàode
dados são a variância (if) e o desvio padrão (if) p~ma uma popu·
laçãodedados. na qual a variância (ul)édada por
i;(x,- R)'
ul
•..i=L___
N
eodesviopadrào(u)éaraizquadradadavariânciadcfinidopor:
em que X1 representa os dados. X. a média aritmética do conjumodedados eN.o tOial de dados do conjunto. Para uma amostra pequena de dados. no lugar de tF é utilizado si. no lugar de
ué utili zados e N - I no denominador.
Tabela 2.3 Amostra da massa (gramas) dos
30 capacitores idênticos
1.40
par~
1.30
1.33
1.35
1.>0
1.50
1.50
1.70
1.70
1.81
i;(x,- R)'
sl
-..t:L___
N - 1
•=Jt(x,- x)'
N - 1
41 2.4 Conceitos sobre
Probabilidade e Estatistica - - - -
Figura 2.8 Gr.ifíC(l<'m b:uTas par11 rn; o;apadto~s
A população sobre a qual é neccss:l rioobter cooclusões é representada por amostras experimentais. Considere. por ell:emplo. a
tarefa de determinar a resistência elétrica de todos os resistores
fabricados por uma indt1stria em um dado mês. Evidcmcmc me.
em geral. n:'lo é \'Í:!\"el medir todas as resistências de todos os
resistores. mas sim de um conjunto signific:tti\"O denominado
amostra. No caso de indústrias dosetorcletrocletrônico. as amos-
Fundamentos de Estatística. lnccnczas de Medidas e Sua l'ropólgaçOO
tras podem ser representada~ por componentes, ao passo que.
nas ciências biológicas. consistem em iTKiivfdoos que podem ser
plamas.animais.cél ul as.órgãos, tccidosetc.
Nos exe mplos citados anterionnente. as amostras são di ferentes, pois as populações evidentemente também o são. As
amostras se rvem para a caracterizaç~o da população. como por
exemplo peso, volume, área. com primento. co ncc1Uração de um
produto. pH. parâmetros elétricos. e ntre outros. de uma dada
população. Em co ndições ideais. a amostra dc uma população
deve ser escolhida aleatoriamente parJ ser significati va: por
exemplo. a média da amostra (média amostrJ I) de\'C representar
a melhor e5tinmti \·a da média da popu lação. Portanto. é nccess:irio estabelecer que a média da amostra seja confiável como
uma estimati\'a da média da população.
A confiabilidade de uma média amostrai está diretamen te
re lacionada com a variabilidade das medições iTKiividuais e com
o número dessas medições. É necessário. portamo. algum processodcmedidadavariabilidadc.
t 2.4.1 Fundamentos sobre
probabilidades - - - - - - - - Por definição. es paço a mostra i é o conjunto de todos os resul·
tados possh·eis de um experime nto aleatório e en•nt o é o subcoojunto do espaço amostrai. Por consequência, a proba bilidade de ume,·en to E. que ocorre dcm maneirns diferentes.em um
total de 11 modos possí,·eis igualmente prováveis. é dada por:
I' =
P( E) = ~
sc ndo i'(E)tambémchamadadeprobabilidadedeocorrênciado
eve nto E. Sendo assim. a prolxlbilidade de nilo ocorrência do
event o E é
q = P(E) =
11
~ ~~~ = l - ~ = I - P(E).
Ax iomas de proba bilidades: se o espaço amostrnl é indicado
por U e o evento por E em um experimento aleatório. e ntão
P(U) = I;
Q s P(E) S l ;
P(0) = 0:
P{l) = I - I'( E).
Regras de probabilidades:
{a) rt>gru dn adiçíio de dois eventos E, e ~(ou d1 união de dois
C\'Clltos: E, U E.J: P(E, U E,.,j = P(E,) + P( f:_..)- P(E, n E.j;
{b) sedois eventosE, eE., nãoapresemamime~ào(E, n E.,=
0 ). são chamados de t \·entos m utu a mt ntt t~cl ude ntes ou
exclusi\·os. Portanto. P(E, n EJ = 0: I'(E, U EJ = P(E,) +
/'{E1) - P(E, n E1) = P(E,) + P(EJ ;
(c) prob11 bilidade condicional P{E/ E,): a probabilidade condicionaldeumeventoE,,dadoqucurneventoE, ocorreu.é
obtida por
I
)
P(E, n E, )
PE,IE, = ~ ·
parJI'(E,) > O;
41
(d) regra d a multipl icação de dois eventos E 1 e E1 (ou da intersecção de dois e\·entos: E, U E,):
(e) regra da 11roha bilidad t lotal paradoise"entosE, e E,:
I'( E1 )
= P(E n E,)+ f'(E n Ê,) •
1
• I'(I:."/E1) X P(E1)
1
+ P{E/E,) X I'(F,):
(I) inde pendência: se a probabilidade condicional P(E.JE,) =
P(E1 ), por consequência. o e\•ento E, nào afeta a probabil idadedoevemoE1.Doise,·e ntoss.ãoindependcntes se qualqucr
uma das seguintes afimtações for verdadeira: P(E,IE:) =
P(E,): /'(E/ E ,) = P( E1 )eP(E , n E1) = P(E,) X I'(EJ .
Teorem a de n ayes: permite calcular a probabilidade condi cional en tre even tos:
parai'(E1) > 0.
A d ist ri buição de probabilidade de uma vari áve l aleatória
X é uma descrição das probabilidades associadas com os valores
possívcis deX.Pordefinição.paraumava rián•l a lea tória dis·
ereta X. com \'alores possíveisx1,x1..... x. sua função de proba bi li d llde é dadapor:
/(.f;) = P(X = x,)
sc ndoj(.t.)dcfinidacomoumaprobabilidade.ouseja.j(x,) 2: O
paratodo .t 1 e t. j(x,) o= l
Função d ist ribui ção c umulati va: por definição, a fun ção distribui ção c umulati va em um valor de X é a soma das probabilidades em todos os pontos menores ou igual a X. Po rtanto. para
um a \'arián•l aleató ria discN\a X a função di stribuição cu mu lati\·aédada por:
F(x) "' P(X s x) = ?;. t<x, ).
As mesmas definições são util izadas para variáveis aleató rias cont fnua s. ou seja. a função d e nsidad e de llrOb u bilid ad e ftx) de uma va rhhcl a leató r ia co ntfnuu ta mbé m pode se rutili za dap1Jradetcrminarprobabilidadesco nforme se
seg ue·
jf(x }dx = P(tl < X < b )
ca funçiiodis tribui çãocum ul at im dcuma,•a riá\·cl a leatória
co ntínu a X. com fu AÇão densidade de probabilidadefi:x) é dada
"""
f(x) = P(X s x) =
j f(u)tlu.
para -co < x < oo, Assim sendo. a função distribuiç~o ç umulativa P{.l) pod<: ser relacionada à função densidade de probabilidadc/(.t) c pode ser usada para obter probabilidades·
42
CapítuloDois
P(a < X < b)
-J.
t 2.4.2
=I
f(x)dx
=I
.wces.m ou falha. Se X = 1 indicar o resultado sucesso e X = O
f(x)dx -
representara falha. então as funçõe s probabilidades podem ser
represent~das por:
f(x)dx = F(b ) - F (a)
j{ l ) =P(X= l ) =p
j{O) = P(X = O) = 1 - p
Distribuições estatísticas - -
A seguir são apresentadas as princi pais distribuições que normalmente os dados obti dos experimentalmente seguem. Em ger~L a deterrnina'iào experimental dos d~dos ou ensaios permite
gcrarhistogramaslutilizadosparaaproximaroudeterminara
função dislribuiçào que melhor descreve o experimento. Com a
em que o parâmetro p (O < p < I) indica a probabilidade do rcsultadosucesso.Seemeadatentativaindependenteaprobabilidadep pennancçcrconstantc, o experimento aleatório é denominado
experimento bh1omial. cuja função distribuição binomial com
parâmetros/' (O< p < 1) e n (u = { l. 2. 3.... })é dada por:
f(x)
= ( : )p' ( l -
p)'-' .
fun'iào d istribuiçãodeterminada.el~éut i lizadaparainterpretar
os dados do experimento correspondente
parax = O. 1.
41 2.4.2.1
em
Distribuição binomial - - - -
Considere um experimento aleatório, de n tentativas independentes, cujos resultados possívei s possam ser rotulados como
'HistogramafumarepresemaçãográficadadisltiOOiçãodefrequêndas(\'~jaas
Figura• 2.8 e 2.!0) de um de.enninado evento oo experimento. Nonnalmenle
represemadocomoumgráficodebarrasvel1icais_ BasicanJ<:nlefumgráfiCO
rompo>loporretângulO!Oj ustapo>l"'""queaba"'d<cada umdebcorre<pon deliO int<;f\'alodeda's.c c a su a atlur~lrcsrcctiva f.-eq uênçia
e
que ("x ] ~ "-'- :
x!(n - .r) !
f(.l) =
sendo assim.
p' 1 - p l·-· = [-"'- ] p' Il-p l·-·
(x")I
x!(n - x)!
Amédia,_.. eavariânciaa"-pamumavariáve1aleatóriabinomia1
Xcornparâmetros pens:io:
1-1 = E(X) = np
a"- = V(X) = np(l - p)
Exemplo -------------------------
Considere que os veículos de uma determinada montadora apresentam 30% de sin istros em função de p roblemas relacionados
ao projeto de sua suspensão. Uma amostra aleatória de 35 desses veícu los foi se lecionada. Seja X a variável que represen ta o
número desses veícu los com problemas, en tão X é uma variável aleatória b inomial com parâmetros {n. p) = (35.30%). Suponha
que o interesse seja determinar a probabilidade de que cinco ou menos veículos apresentem esse prob lema, ou seja, qual a probabilidadeP(X :s 5)?
Para solucionar essa questão, basta lembrar·se do seguinte conceito:
F(x) • P(X :s x) • .~, f(x).
sendo f( x ) =
(~ )p' (t -
p)""' a função distribuk;ão
'I• I
binom~l. ou seja,
~ P(X "i ~ L 'l•,l ~
'·~'
I(")p·l,_ pr·
X
F(S) • P(X :s 5) • P(X • 5) + P(X • 4) + P(X • 3) + P(X • 2) + P(X • 1) + PÇ( • O)
sendo:
P(X = 5) • f(5) "' (
35
5
Jo 30' (1'
0.30)~ 0 = [~]0.
30'(1- 0.30)-.
51(35 = 5)!
P(X .. 4) • 1(4) "' (
e assim sucessivamente.
~ Jo.30•(1- o.30J"'-•
Fu ndamcntosdc Estalística.locertczasdc Mcdidasc Su a Propagação
43
Deixamos a cargo do leitor comparar seu resu ltado com a simulação realizada no Matlab:
\ S i mulação do exemp l o u sa ndo a função densidade cumulat i va
,.,. \ b inomial (b i nocd f )
:>>
prob l • bino cdf( 5 ,3 5,0 . 3)
p rob l • 0.0269
>>
,.,. \ ou u sando a f u nção densidade de probabilidade b i nomial
,.,. \ (b ino pd fl
,.,. prob2 • sum(b i nopdf(0:5,35,0 . 3))
prob2 • 0 . 0269
Sendo assim, a probabilidade de q ue cinco ou menos veículos apresentem esse problema é de apenas 0,0269, ou seja, 2 ,69%. Apenas como exemplo, a Ftgura 2.10 apresenta a função densidade de probabilidade pare esse exemplo com p = 15%, p = 30%, p =
60%ep = 90%
:>:> x •O : S ;
pd fl • b inopd f (x, 35 , 0 .1 5) ;
>>
n • 3S P • tS'Yo
'·' r-~~--'------,
0,18
_
-:-----
0,0016
0.16
0,014
0,14
~
0,012
-
0,12
~
0,01
0,1
0,008
'·"'
0,006
0,02
0,002
'·"'
'·"'
,,,
><10..
n a 3S p • SO'Yo
x 10""'
3,5
,---,,5
~
~
) ,5
'
'·'
'·'
,.
'·'
n a 3S p • 90%
-
'·'
,.
'·'
0,6
0,5
J
)b)
Figura 2.10
p=90%.
Funções den.<idadede probabil idade pa.m o cxemplodo'iveículo• (n = 35): (ll) CQm p = 15%cp = 30%e(b) comp = 60%e
44
Capítulo Dois
,.,. pdf2 • b inopdf(x ,35,0 .30) 1
,.,. subplot(l,2 , 1 ) ,bar(x,pdfl,l,
,.,. title('n • 35, p • 15 \ ') 1
>> xl abel ( 'X' ), ylabel ('f(X)'
,.,. axis square1
»
subplot (1, 2 , 21, bar (x,pdf2, 1,
,.,. title('n • 35, p • 30\'l;
» xlabel I 'X') , ylabel ( ' f(X)'
,.,. axis squar e ;
,.,.
,.,.
»
,.,.
,.,.
,.,.
,.,.
»
,.,.
,.,.
'w')
I1
'w'
I
I;
pdfl • binopdf(x,35,0.60) 1
pdf2 • binopdf(x,35,0.90) 1
subplo t (l,2,1) ,bar(x,pdf l, l, 'w' )
titl e(' n • 35 , p • 6 0 \ 'l;
xlabel ('X'), yl 3bel ( 'f (X) 'I;
axis square ;
subplot(L2 , 2) ,ba r(x,pdf2,L 'w ')
title('n • 35 , p • 9 0 \ ');
xlabe l ( 'X' ), yl<~bel ( 'f (X)' I;
axis square;
Apenas, como exemplo, a
F~ura
2.11 apresenta a função densidade de probabilidade comp • 30% ep • 60% para 4 veículos.
3
'·"
'·''
0,3
~0,25-
-
'
,,
0, 15
0,05
0,05
, I
,---
n
Figura 2.11 Funções densidade de probabilidade para quatro veículos (n = 4) do problema amerior com p
denmdo-scP(X :S 5))
til
2.4.2.2
Distribuição de Poisson - - -
A função distribuição de probabilidade de Poisson é dada por·
f(.t)=
e-.:~·,
parax =O. 1.2.3 ...
com parâmetro A (A> O). que representa eventos aleatórios no
tempo
=
30% e com p
=
60% (consi -
A média e a variância de um processo de Poisson sào dadas
por
E(.t) = A = V(x)
Por definição. um experimento aleatório é chamado de processo de Poisson se os eventos ocorrem ao acaso ao longo do
intervalo de sua duração, como por exemplo o número de alunos
quefaltaramduranteumsemestreouonúmerode defeitosno
comprimento de um cabo coaxial
FundamcntosdcEstalística.locertczasdcMcdidascSuaPropagação
e
45
Exemplo -------------------------
No preparo deste capitulo, foi executado o verificador de Oflografia e gramática para avaliar os erros tipográfiCos apresentados pelo
editor de texto. CoosK!ere que os erros por página. nessa revi são. seguem o processo de Poisson com A • 0. 15. Determine a probabilidade de que uma página tenha no mínimo cinco erros.
Para soluciOnar essa questão, basta lembrar- se do seguinte conceito: F( x ) = P(X s x ) =
,~, f(x),
tribuição de Poisson. Foi solicitada a probabilidade para no mínimo cinco erros. ou seja, P(X
P(X
Como P(X = 4) = f{4) =
P( X = 3) = f(3) =
~
~
sendo f{x)
=e-~:·
5), ou seja,
5) - 1 - P(X < 5) - 1 - [P(X - 4) + P(X - 3) + P(X - 2) + P(X - 1) + P(X - 0)]
e--<l· ':~· 15• ,
e--{1,'~~· 1 5 '
e assim sucessivamente até P(X = O) = t(O) =
e--{1,'~~·
1 50
,~"0,15' + ,~"0,15' +
PX~5)=1 (
4!
3!
e --<l·'"015 2
e -o.'"015'
e --<l·'"015°
[+ -'- + --'- + --'2!
1!
O!
'<"o
,~."o
- '15'
- +' 15'
-+
P(X2:5) = 1 -
[
l
= e-o.'":
+ e~;'0, 15 ,
+ e --<J6,
l
+e-""' a 5,5858 · 10 '
015
.
2
Por simulação no Matlab
>> prob • 1 - poisscdf(4,0 . 15 1
pro b "' s .s ssse-007
A F1Qura 2.12 apreseota a função distribuição de Poisson para
,1.
= 0,15 e
,1.
= 0.20
0,18 r - 0 ,16
0 ,14
0,06
0,06
0,12
â
0,1
0,06
0,,
Figura 2.12
Funções densidade de probabilidade para um processo de Poisson com
,1. =
0,15 c
,1. =
0.20
a função dis-
46
Capítulo Dois
41 2.4.2.3 Distribuições gama e
exponencial - - - - - - - - - A funç~o gama f (r) é definida por:
terminado evento ocorrer ou para modelar os tempos entre
eventos indcpcndcmcs. como por exemplo o tempo cmrc chamadas telefônicas em uma central telefônica. A funçãodistribuiçàocumulativaparaadistribuiçàocxponcncialédada
por:
F(x) =
parar > O
Resolvendo-se essa integral por panes
ccomdcfiniçàofinitaobtém-scacxprcssão
f (r) = (r - I) f (r - I) e com r inteiro:
f (r) = (r - 1)!.
A função densidade de probabilidade
gama. com par~mctros A > O c r > O (r é
umnúmeminteim).édadapor:
l
o
' ·' < O
._.
I - e- :x <!: O
Oistribuiçtog.ama
f(x) = A' x ,..'e-'-' .
f ( r)
parax > O,commédiaevariància·
Jl- = E(X) = f
0.6
//
~o.s
1:
0 ,4
,' j
o.a , :
,,
0.2 1----
u 1 = V(X) = f,Comocxcmplo.aFigura2.13aprcsentaalgumasfunçõesdensidadedeprobabilidade
gama para valores de A = r = I:A = r =
2eA =r= 3.
Na distribuição gama com A = r = I
temosadistribuiçàoexponcncial(vejaaFigura 2.13 - linhacinza). .:asoespccial do
proçcssodePoisson.dcfinidapor:
0.1 _.·
o~,--~,.,~~~7--7--~~~~,~.,~~~•.,~~
Figura 2.13 Funções densidade de probabilidade gama com parâmetros A= r= t (linha cinza): A = r = 2 (1 inhatraccjada)eA : r : )(linha pontilhada)
,,. ,---------.---Orn="c;· ibu"<'
o' ='c:-''=-'""="=;'"=------------,
""
flx) = Ae- -''.
paraO s x <""
CUJamédiaevariànciasàodefinidaspor:
~L = E(X) = ±
u1
= V(X)
=f,.
Umcasocspccialdafunçàodistribuiçào
gamaéadistribuiçãoqui-quadradacompa rãmetrosiguaisaA= l/ler= 1/2.1.3/2.
2•... conformcilustraaFigura2.14.
De forma geral. a distribuição exponendal pode ser usada para modelar a
quantidadcdctcmpoqucfaltaatéumde-
Flgura2.14 Funçàodcnsidadcdcprobabilidadcqui-quadrada (casocspccialdafunção
distribuiçãogama) çomparJmetro'A = lf2cr = lf2(1inhacinlll)eA = lf2er = l (linha
tracejada)
FundamcntosdcEstalística.locertczasdcMcdidascSuaPropagação
e
47
Exemplo -------------------------
Considere que o tempo entre entradas de alunos em uma determinada sala segue uma distribuição exponeocial com média de 38 segundos. Qual é a probabilidade de que o tempo entre entradas de alunos seja met10f ou igual a 25 segundos?
Como a distribuiçãO segue uma tendência exponeocial, ou seja.
F(x)=
Jo
:x <O.
l t -e-"' :x;e,O
a média entre entradas é de A = 1/38 e a probabilidade roiertadaé P(X s 25), ou seja
P(X s 25)=1 - e-'" =1 - e·HF "' 0.482
ou.viaMatlab:
»
cdf
cdf • expcdf
= 0.4821
(25,38)
Como exempk>, a Figura 2.15 apresenta a função distribuição exponeocial f(x) para A= 1/38 ex de O a 0,2
OistribuiçAoel<pOilellCiaJ
0,02
Figura2.15
4 2.4.2.4
0,04
0,06
0,08
0,1
0,12
0,14
0,16
O,ta
0,2
ExernplodefunçàodensidadedeprobabilidadeexponeocialcornA= l/38.
Distribuição de Weibun - - -
Apresenta diversas aplicações na área da engenharia. como por
exemplo em ensaios de fadiga. em sistemas que apresentam falhas em relação ao tempo (normalmente componentes mecânicos
eelctrocletrônicoscujonúmerodefalhasaumenta,diminuiou
se mantém constante com o uso), análisedeconfiabilidadede
processos. entre outros.
Afunçàodensidadedeprobabilidadeédadapor·
F(x) = I
Amédiaeavariânciasâo·
p. = E(X) = S·f'(l+i)
(Tl V(XJ =<h(l +~)-sl [r(l +i)]'
=
sendo
para x > O. com pan1metro de fonna {3 > O e de escala li > O. A
funçàodistribuiçàocumulativaé·
r obtido por r(r)=
(r -
I)
r(r
r (r) = (r- I)!
-
1). mas JXlra r intei-
48
e
Capítulo Dois
Exemplo -------------------------
Supooha que o tempo de falha. em horas ele uso. ele eleterrninadas engrenagens mecânicas. pode ser moclelado ~a distribuição de
Weibull com parâmetro de zem ou de fonna f1 • 1/2 e parâmetro de escala l:i • 10000 horas. Determinar o tempo médio de uso das
engrenagens até elas falharem e a probabilidade de que durem no mínimo 2.000 horas de uso.
Logo, o tempo médio de uso dessas eng renagens é de
"~
E(X)
~
8 · r [1
+il~
l~
10 0CXJ X+ + *
100CXJ X r(3)
~ 100CXJ X (3 - 1)! ~ 100CXJ X
2!
1-l = E(.X) = 10000 x 2 = 20000horas.
e a probabilidade de que as engrenagens durem no mín imo 2 000 horas de uso é de·
F(x) • 1
P(X > 2 000)
= 1-
F(2000) =
_,·{if
-{~f"' 0,3606 .. 36,1%
1-e
Sendo assim, aproximadamente 36,1% das engrenagens duram no m ínimo 2 000 horas. No Matlab·
»
cdf • weibcdf ( 2000,10000A -0 .5,0. 51
AFigura2.16apresentaafunçãodistribuiç5ocumu lativaF(x)
para o exemplo amerior, e a Figur.1 2.17. a função distribuição
de Wcibullflx) para diferentes valores dos parâmetros (3 c/)
t 2.4.2.5
Distribuição normal - - - -
Ao realizar medições seguindo rigoroso procedimentoexperimentalecomdiversasclasses.provavelmenteacurvaque
melhor aproxima o comportamento dos dados da maioria dos
fenúmenos físicos é a chamada curva norma l ou gaussiana.
cujafunçãodensidadedeprobabilidadeédefinidapelaexpressão
Pode-se agru]Xlr as medições em classes de tmnanho. proceder
à contagem do número em cada classe e plotar um histograma
dafrcquêneia mostrando como as medições estão distribuídas
Portanto. o histograma de frequências pode ilustrar a correspondente distribuição de probabilidade de um dado experimento.
f(x) =
-;;:n; e~ .
1
para - oo<x<oo
Função di ~trihuição cumulmiva f'(.r) para o exemplo anterior. em que o eixo
Xreprescntatotaldchoras
Figura 2.16
FundamcntosdcEstalística.locertczasdcMcdidascSuaPropagação
49
0,9
Flgura2.17 Funçàodcnsidadcdcprobabilidadcj{x)dcWcibullpara8 o: f3 o: I (linha
<·inza),8= 3.4ef3=2(1inhalracejada)e8=4.5ef3 =6,2(linhaponlilhada)
sendo X(-""< X<"") a média aritmética (dos dados individuais x) - ou seja. o ponto em que a distribuição é simétrica eu(u>O)odesviopadrJ.o - ouseja.amedidadavariabilidadedamcdidarelacionadaàmédia.
A média (ou valor esperado) c a variânda de uma distribuição
normal são determinadas por:
X= E(X) e d' = V(X). O ponto interessante é que a distribui ção normal é completamente definida por esses dois panimeNa prática. raramente é conheddo o desvio padrão da população u, mas é possível estimá-lo pela determinação do desvio
pndrãodaamostras
, ~ J I x' - (~:)']
,, - 1
A Figura2.18apresentaacurvanormalparadiferentesvalores
de méd iacdcdesviopadrJ.o.
Seoprocessoforverdadeiramentealeatórioecorresponder
a uma distribuição nonnal. o valor registrado pode ser a média.
seguidodavariâneiaoudodesviopadrJ.odoeonjuntodcdados
Qualquer medida pode ou não ser a média. e 68% de todos os
valores encontram-se no intervalo entre -I ue +I rr. 95%, entre
o intervalo -2ue +2u.e99.7%, crttre o intervalo -3ue +3u
(vejaa Figura2.19)
Percebe-seque o denominador é dado
por n - I. porém para a média da população X odcnmninadorcorretoélt:naprática no entanto a média é estimada. ou seja.éamédiadaamostrap..Seexistemn
'"'""do o~~~.''""""" - I
valoresdexsiioindepcndentesde X. Em
outras palavras. existem somenten- I
graus de liberdade. Apesar de ser mais
conhecida. aexpressiioparaodcsviopadràoanterioréraramenteutilizadaemsistemas computacionais. Nesses casos. os
algoritmos são implementados com a expressão a seguir. gerando erros computa-
Figura 2.18 Fun_,ilodcnsidadede probabilidadcgaussianaparadifcrentesvalorcs de
média e dcdc<vio padrJo: 11- = 1 = u(linhacinza), 1'- =O eu= I (linha pontilhada), 1'- = 2
eu=0.5(1inhatraçoeponto)el'-= I er:r=0,5(1inhatracejada)
50
CapítuloDois
Nornmlmcntcafunçiiodistribuiçãocumulativadcumavariávcl
aleatória nonnal padrão é dada por:
Geralmenteessesvaloressàotabcladosparapcrmitiraobtenção
ráp idadosvaloresdesejados. ouseja.
Figura 2.19
Desvio padrão e sua relação co•n a média na curva
Se uma variá~·el aleatória norma l a .T = l e f.l. =O. essa variáve l édenomin;tda padr.1o(variávcl aleatória normal padrão)
indicadaporZ:
Z
</>(z) =
~eif( -Jr) + ~
= x-f.l..
e utiliza a função 1Wm1n/j(x. f.l., ff) para detemtinar <!>(~)
if
e
As tabela~ padrões fornecemos valoresde <J:>(z)para valores
deZ. Algumas ferramentas computacionais utilizam a chamada
função erro para determ inar o cálculo da função distribuição
cumulativa(<!l(z))paraumavariávclalcatórianormalpadriio(Z)
Por exemplo. o Matlab utiliza a função erro (er.J(x)) para determinar•l•(z):
Exemplo -------------------------
Considere que em um estudo biOlógiCo sejam realizadas diversas med idas do diâmetro da pata de ratos de laboratórk>. Considere que
esses diâmetros seguem uma distribuição normal com uma média de 10 mm e uma variância de 4 mm. Determine qual a probabilidade de a medida exceder 13 mm, ou seja, P(X > 13)
Calculando e simulando no MaUab, temos (veja a
F~gura
2.20):
,.,. sigma • 2;
,. ,. specs • ( 13,25 ) ;
,.,. prob a n ormspec(specs,mu,sigma)
prob • 0.0668
Sendo assim, a probabil idade P(X > 13) é de aproximadamente 0.0668
0,2,-----==""'====='---------,
0,16
0,16
0,14
j0,12
';
O,t
00,08
0,06
0,0<
0,02
0~
0 ----~----~~~~~--~~--~
Figura 2.20
Curva distribuição nonnal para o c.xemplo anterior.
FundamcntosdcEstalística.locertczasdcMcdidascSuaPropagação
t 2.5 Correlação, Correlação
Cruzada, Autocorrelação,
Autocovariãncia e Covariãncia
Cruzada ---------------------Quando o experimento desenvolvido envolve um conjunto de
dados. por exemplo. x e y, e deseja-se avaliar a relação entre os
doisconjuntosdcdados.é interessante utilizar parâmetros que
dcterminemograudevariaçàoentrexey.
Um dos padmctros mais utilizados para avaliar o grau de
dispcrsão,cntrcdoisconjuntosdcdados (xcy),ou dois sinais
.~(l)ey(l). é acorrelaç:io(r). que é dada na fom1a analógica
r.,. (ô)
=+I
r.,. (m) =
poc·
y(l) X x(t + ô)dt
.!_ iy(k) X
x(k
11 •=•
r=~Jx(t)Xy(t)<:lt
51
naFigura2.22.qucaprcscntadifercntcsamostras(sinaisdigitais)
com a correspondeme aproximação linear (para mais detalhes.
verificaraSeção2.8.noCapítulo2.sobreregressâolinear)eseu
corrcspondcntccocficientc dccoJTCiação(r)
Quando a correlação é realizada pelo deslocamento no tempo
de uma forma de onda em relação à outra. é realizada a denominada correlação cruzada r_,. para sinais analógicos (r..,(S)) c
digitais(r,,(m)):
+ m)
sendoôavariáveldeslocamentoutilizadaparadeslocarx(t)em
rela'<ãoay(r). Paraexemplificarodeslocamcmonotempo.analisca Figura 2.23.A Figura2.23((1) apresema dois cossenos.
sendo um deles deslocado no tempo e a Figura 2.23(b) o deslocamcmo no tempo. demonstr.mdo que essas formas de onda são
enafonnadigital por:
r = .!.ix(k)Xy(k)
n,.,
em que Trcprcsentao intervalo de duração
do sinal analógico dado em segundosen a
quantidadedeamostrasdosinaldigital.
CabcobservarqucousodoparJ.metroeorrelaçãoimplicaanormalizaçãodossinaisdada por:
emqued'rcpresentaavariânciadossinais
ouconjuntodedadosxeyer__,,,...,.acorrelação normalizada. Lembrando que a variânciaparasinaisanalógicosedigitaisédeterminada por:
~
u
u
u
u
u
u
u
u
Tompo
u'
~ +)[.<0) - :c[' d'
u ' ~-'-i;(,,
n-1 ,_1
• .• ,-~----------------,
- x)'
emque _"f rcprcscntaamédiadossinais.
O coeficiente r..,._,,,_,. pode apresentar valoresquevariamde + l a - l.representando
dois sinais idênticos ou dois sinais exatamente opostos. respectivamente. Para exemplificara importância do par;1metro correlação. a
Figura2.21aprc!>entaalgunsexcmplosdcsinaisana lógicos.A Figura2.21(a)dernonstra
queosinalsenoecosseno demesmafrequênciasàosinaisdcscorrclacionados(r = 0). O
exemplodaFigura2.21(b)apresentaacorrelação do sinal seno com uma onda triangular
qucdcmonstraqueacoJTClaçàoéalta.ouseja. esses dois sinais ~presen1mn ~lta similaridadc(r=o0,988).0utrocxcmplocncontra-sc
CorretaçAo (r): 0,988
· 1 .s L
0 -e0 .,,----:,,,=--o,7.,---coo'cA-0,c.5,----:0 .o6 ----o07.r---coo'o.8-~__J
Tompo
Exemplos de sinai' e sua C<.>m:laçJo r: (a) sinal <;.eno e cos>eno .'lào descom:tacionadose(b)altacorrelaçâoentreosinalsenoeondatriangular
Figura 2.21
52
CapítuloDois
, _ - 0,99143
, _ -0,83783
o.
ill
l.!
~.o
•.o
3.5
' ·'
Eixo X
• .~
Eixo X
, _ - 0.54525
•
w.
3.0
u
•.o
•.~
s.o
5.5
s.o
Eixo X
similares. Assim. uma das aplicações da correção cruzada é o
alinhamento de fonnas de onda similares.
Também é possível deslocar uma função em relação a ela
mesma em um processodenorninadoautocorrelação r""'(.S). A
autocorrelação descreve corno um determinado valor. em um
dado tempo. depende dos valores em outros tempos. Em outras
palavras. descreve a correlação do sinal com porções dele mesmo em outros tempos. Para obter a correspondente função de
au tocorrclação. bastasubstituirnacorrclaçãocruzada r"' uma
dasvariáveis.porexernplo,x = y:
+
[x(t) X x(t
C-" (.S) =
r.. (m)
=.!.n,_,
Í. x(k) X x(k + m).
AFigura2.24aprcsentaexernplosdcformasdeondaesuascorrcspondentesfunçôcs dcautocorrelação.A funçãodcautocorrclaçãodosinalclctrorniográfico(EMG)dcscorrelacionarapidameme - característica de sinais aleatórios (conforme também
esboçaa Figura2.25)
Outramedidautili7.adapamdescrcvcradispersãocntrcconjuntos de dados é a função de autOCO\'ariâ ncia (C"'(ô)). que
pode ser utilizada como medida da memória do desvio de um
sinal ao redor de seu nível médio. Suas expressões para sinais
analógicos e discretos são:
Í[-~(t) - X(()][ x(t + ô) -
T,
C"" (m)
C., (ô) =
=
_.!._
X(t)]Jr
=.!. Í [x(k) - :rJ[.t(k + m) - X]
" •-•
Similarmcntc,a covariânciacruzada C.,(ô)éumamcdidada
similaridadedodesviodedoissinaissobresuasrespectivasmédiase é definida por:
+ O)dt
r... (O)
Amostrasdecnsaioscocoefícicntcde
Figura 2.22
correlação r
C"' (m)
+[[>it) -
YW][x(l + O) - X(t)]dt
=; t,[>ik) - .Y(f)][x(k
+ m) -
X([)}
4 2.6 Conceitos sobre Inferência
Estatística e Determinação do
Tamanho da Amostra - - - - - Experimentos, de forma geral. podem ser analisados usando-se
doisprocedimentosestatísticos.teste de hi]JÓtcsesou intervalos
de confiança. que serão abordados de forma resumida neste capítulo(paramaisdctalhes. sugerimos ao leitor que consulte as
referênciasbibliográfieaslistadasaofinaldesteeapftulo).
FundamcntosdcEstalística.locertczasdcMcdidascSuaPropagação 53
~
u
u
u
u
u
u
u
u
u
u
u
u
Tempo(s}
~
u
u
u
u
Tempo(s}
Figura 2.23
Dois cossenos: (a) com um dos cossenos deslocado no tcmiX' c (b) deslocamento no tCIHIX> ajustando os dois sinais.
lmagincqucvocêestejaimercssadoemdeterminarecompararatransmissibilidadedavibrJÇàodedoisassentosautomotivos.
constituídosdcmateriaisdifcremes,atravésdoaparatoc)(pcrimental cujo esboço se encontra na Figura 2.26 (para mais deta lhessobrcscnsoresadcquadosaessctipodeensaioleiaoCapítulo ll duVulume ll de;;taubra).
H0 :j.t, =p., --t Hipótescnula
H,: j.t- 1 p., ---Jo Hipótese alternativa
*
Teste de hipóteses
x.,. . x,.,
Nesse exemplo, a conjcrtura poderia estabclcrer que a média
aritmétieadastransmissibilidadesdavibraçãodcambososassentos
éigual(oquercprcscntariaqucosassentusdcmateriaisdifercntcs
apresentam o mesmo comportamento dinâmico em relação à faixa
defrequêociadacstJ\llurae)(perimentaldaFigura2.26).ouseja:
n,
Considere quex , ,.
representam as observações do
primeiro tipo de assen to c.~21 •• ~, •• ,
as observações do
segundo tipo de assemo. Um C)(emplo de um teste de hipótese
em relaçãoaoe)(perimentoanterior(Figura2.26) seriaestabe lrx:cralgumaconjccturJsobrcalgumparãmctrodadistribuição
de probabilidade ou algum parâmetro que descreva o modelo do
e)(pcnmento.
x,,,. n,
scndoH0 cfl, ashipótesesestabclccidasparaesseexpcrimemo
ej.tasmédiasaritméticasdascorrespondentestransmissibilidadcs da vibração dos dois tipos de a;;sentos au tomotivos.
Para verificar se a hipótese é aceita ou é rejeitada, é necessário realizar um teste estatístico adequado. Uma das etapas essenciaiséaespccificaçàodoconjuntodcdados(dcnominadorcgião
críticaourcgiãodcrcjciçãoparaotcstcsclccionado)paraotcstcestatístico.
54
CapítuloDois
-1\J :~
..~rv
15
. " o
0 .1 0.2 0 .3
O.~
··~
0.5
O.& 0 .7
O.& M
1
·500 .<10() ·300 ·200 ·1 00
O
100 200 300 400 500
·~
...
M
'·'·''
02
.o;
.
.· .
'r
..
·500.<10()·300 ·200 · 100 o 100200300400500
Oe$b:a......,10rw:>l..-.p<>(n)
Figura 2.24
Sinal senoidal c sinal elclromiográfico e >uas correspondentes funçiks de aut<>CtJrrclaçào
, ;~-
'·'
'·'
'·'o
,
..•..
.
' -
.
..
·500.<10()·300·200·100
o
100200300400500
,;~
'·'·''
'·'
..•.,.
o
.
. 500.<10().30() .20().100
' ' .
o
100200300400500
o..toca"*""no~(n)
Figura 2.25
Sinais detmmiogclficos e suas correspondente> funçõe s de autocorrelaçilo
FundamentosdcEstalística.locertczasdeMcdidaseSuaPropagação
55
Figura 2.26 Diagrama de um possível aparato experimental para dctenninar a transmissibilidadc da vibração de doi s assentos automoti1·os
De forma gemi. se o teste nulo (H,)) é rejeitado quando é verdadeiro. ume rrod e tipol ocorreu:easoeontrário.seahipótese H0 nãoé rejeitada quando é falsa. um erro do tipo li ocorreu.
As probabilidades condkionais desses dois tipos de erros são
representadasdefomlaclássicapor:
a:= P(Erro 7ipo/) = P(Rejeita H,/H0 é Verd(l(/eim)
{3 = P(Erro 1ipoll) = P(Fallwpara rejeiutrH,JH0 é Falsa).
sendo
X1
amostra.
por:
e
X1
Muitas vezes se especifica a potência do teste (Por) dada por:
s,
Teste t para dois ensaios
Vamos supor que os dois tipos de assento seguem uma distribuiçàonormalcommédiasJ.L1CJ.L1CVariâncias u ,' cu: . Umtcsteestatísticoparacompararasrnédias(considerandoumexperimento completamente aieatorizado):
11 1 e 11 1•
os tamanhos da
2
,
Po1 = I - {3 = P (Rejeita H,JH0 é Falsa).
Normaimenteseespccificaumvalordeprobabilidadedoerrotipo l.clwmad:~den(veldesignificânciadoteste.eentiiose
reaiizaumteste(porexemplo.otestet)talqueaprubabilidadc
do erro tipo li é pequeno.
e
as médias das :~mostras.
s;. uma estimativa da vmiância u,' = u; = u obtida
(11 1 -l)s~
11
1
+ (11
+n 2
-l)s'
2
emques: es; sãoasduasvariânciasindividuaisdasamostras
Par.t determinar quando rejeitar Ho- pode-se l'omparar 10 à distribuiçàotcomn1 + n,- 2gmusdc liberdade (GDt)c ao nível
de significância ou erro da distribuição. Se jt01 > l~·í,.,+.,-l ' a
hipóteseH0 érejeitada.ouseja.amédiadasduasamostrasédiferente. Porém se H 0 é verdadeira. 10 é distribuída como
j10j < r%-.,••, 2 c os valores de t 0estão no intervalo -1<~-í,.,••, 2
e+th.,+•,-' ·
Exemplo -------------------------
Consjdere os seguintes valores, obtidos no ensaio da Figura 2.26, apresentados na Tabela 2.4
Tabela 2.4
Resultados do ensaio dos assentos
Assent oseutomotivos
Média aritmética (i )
VariAnc ia indiYidual desamostras (s>)
t4,75 Hz
0.213
12,3S Hz
0,254
Ouantidadedeensaios(n)
56
CapítuloDois
Considerando-se que as variâncias são aproximadamente sim ilares. podemos então utilizar o seguinte teste de hipóteses
Ho: /L, = 1-'1
H,: /L,* 1-'1
Para esses resu ltados·
n, + n2
-
2 • 12 + 12 - 2 • 22 e selecionando o
niv~
de sign ificânc ia
a • 0,05. logo
10 > /0 ·~{ , . , _ , . logo, a hipótese nula H 0 :
/L, •
IL2 será rejeitada se 10 > lo.=Z> ou se / 0 < - 10 .=, 22 . Consultando a t~ da distribuição I {veja a T~ 2.5 - para verificar uma
tabela com mais níveis de sign ificância, consultar referências citadas no final deste capitu lo).~ obtemos para esses dados a =
0.025eGDL
=
22·
10 > 10.=2 • 2.074
10 < -10 .o:>U2 • -2,074
Portanto, a hipótese nula H0 :
Tabela 2.5
.,,
= 112 será rejeitada se 10
> 2.074 ou se 10 < -2.074
Pontos percentuais da distribuição t
NíveldeSígnifíd ncía(uJ
liberdade(GDL)
0,25
0,05
I
1.000
6.314
12.7!X>
31.821
63,657
0.816
2.920
4,303
6,965
9,925
0.765
2.353
3.182
4.541
5.841
0,741
2.132
2.776
3.747
0.727
2.015
2.571
3.365
'·""
0,727
1,943
2.447
3.1 43
3.707
0,711
1,895
2.365
2,998
3.499
0,706
1,860
2,306
2,896
3,355
0,703
1,833
2,262
2,821
3.250
0,700
1.812
2.228
2,764
3,169
0,697
1.796
2,201
2.718
3,1!X>
0,695
1.782
2.179
2.681
3,055
0,694
1.771
2.160
2.650
3.012
2.977
12
13
0,692
0,025
0,01
0,005
4.032
1.761
2.145
2.624
0.691
1,753
2.131
2.602
0.690
0,689
1.746
2.120
2.583
2.921
1.740
2.110
2.567
2.898
0,688
1.734
2,10 1
2.552
2,878
0,688
1,729
2,093
2,539
0,687
1.725
2,086
2,528
2,845
21
0,686
1.721
2,080
2,518
2,831
22
23
0,686
1.717
2.074
2.508
2.819
0,685
1.714
2.500
2.807
"
0,685
1,711
2,492
2.797
"
""
18
2.947
2,861
1,708
2.1169
2.0M
2.060
2.485
2.787
0,684
1,706
2.056
2.479
2,779
0,684
1.703
2.052
2.473
2.771
0,683
1.701
2,048
2,467
2,763
0,68 3
1.699
2,045
2,462
2,756
0,683
1,697
2,042
2.457
'"
0,681
1,684
2,021
2.423
2,704
60
0,679
1.671
2.IXXI
2,390
2.660
120
0,677
1,658
1,980
2.358
2.617
0.674
1,645
1.960
2.326
2.576
25
26
0,684
2,750
' Di•uibuição 1: ~uma distribuição de probabil idade teórica, simétrica e semelhante à curva !IOfmal padrão. O únioo par:lmetro que a define e carocteriza a sua forma~ o nún~<ero de gmusde liiHrdtuü (GDL) -quanto maior fores~ par.ln~<etro, mais pró•in~a da oon11al a curva da di"ribuição '..,m
FundamcntosdcEstalística.locertczasdcMcdidascSuaPropagação
57
Obtendo-se 10
s' _ (n, - 1)s~ + (n, - 1)s~
•
n, + n2
2
J-•,
I~
0
s
1
1
-+-
• n,
n,
• (12 - 1) x 0,213 + (12 - 1) x 0,254 • .
0 2335
12 + 12 2
s. =Jü.23.35 =0,4832
~ 1475-12,35 ~ --2_,4_ _ "" 1217
1
1
0,4832 - + 12 12
0,4832 X 0,4082
'
Portanto, a hipótese nulaH0:/-l, = 111 será rejeitada se 10 > 2,074 ou se 10 < - 2,074; sendo aSSim, 10 > 2,074. 12,17 > 2,074, logo,
a hipótese H 0:j.l, = 111 foi rejeitada. ou seja, para o ensaio dos dois assentos automotivos as médias aritméticas são diferentes
Intervalos de confiança e determinação do
tamanho da amostra
Umadasgrandcsprcocupaçõcsdo]Xlntodcvistacxperimcntalé
como detenninar o tamanho da amostra. ou seja. como res]Xlnder
à seguinte pergunta: "Quallfl!J wnoJ/roJ 011 ensaios derem ser rell/i'wdos fXIro garo•Uir um bom significado estatfstico dos meus d(ldos."" A resposta a essa pergunta n~o é simples. ]XliS depende do
tipo de experimento. do planejamento estatístico do experimento (a
última seção deste capítulo apresenta conceitos sobre pla{}Cjamcnto
estatísticodeexperimentos).dospar;1metrosouefeilosquescr:to
estimados e do desvio padràoexpcrimental da média 1 desses efeitos,
qucdependedavariabilidadeintrínsecadoexperitncnto.daexatidào
do experimento e do tamanho da amostm. Neste tópico s;1o apresentados alguns dos procedimentos utilizados pam dctcnninar o
tamanhodaamostra.Casonecessitcdeoutroprocedimcnto.coosultarasrefcrêm:ias apresentadasnulinaldestecapítulu.
O inlenalo de eonlian ça para a média TJ é dado por X :!: e.
sendo
B
= z"-i
X-!};;
o erro máximo. Logo. o tamanho da
amostra,ouseja,aquantidadedccnsaiosouamostrasn.édada por:
- Xul'
n = [~
sendozavariávelaleatórianormal.auníveldesignificftn<.:ia.rr
o desvio padrão e B o erro máximo usando .i' para estimar a
médialj.
CabcobservarqueovalordCI!êarrcdondadoparaopróximo número inteiro. Essa expressão considera que a amostragem
é aleatória e que n é grande (n :2: 30).tal que a distribuição
normal pode ser usada para definir o inten·alo de confia n ça .~
Para tamanho de amostras pequeno (n < 30). a distribuição f
é usada
2
Porém. para usarmos a equação n = ( "-! BX rr
J.
é neces-
sário especificar os valores de F:. o: (ou I -o:. que é chamado de
intervalo de confiança) e u. Os valores mais utilizados de I - o:
sãodadospela Tabela2.6.
Cabe observar que o valor mais empregado de 1 - o: é 0,95.
ou seja. o intervalo de confiança de 95% que corresponde ao
z=
I,96.Com z=2.0aequação
n =
(
2.0Xu)'
-,-
11 = (~]' fica:
4Xu'
= ~quecorrcspondcaointcrvalodc
confiauçade0,955.ouseja.95.5%.
Tabela 2.6 Valores usuais de intervalo de confiança
(1 - o:) para determinação do tamanho da amostra
lnte.va lodeconflança(1
n)
Variável aleatória nonnal(z)
0.997
3,0
0,99
2.56
0,955
2,0
;~~::~o~ad=i::;.mcy~~·,.~•"éo"::;~~;::~:~q::;::
0,95
1,96
~~JOS=~z:,re:c~~:~':.d~e.::::•:od.,~:~ ;!':~·;x~~~:~~~:
;::
0,90
;.:__ _ _ _ ___;;
1.1>1
"--------
média.Ponanto,es,..parâmetropode,..rpequenoaumentando-,..ondmerode
repetições. Esse mesmo conceito~ definido como erro padr:Io em algumas referências da área de Estall<tica, como em (Montgomery e Runger. 2003)
' lnten•alo<leconfiança(t - n)illdicaque temosumnívet<leconfiança(n)<le
e
queam<'diaseeocontranes,..inten·alo.
Exemplo -------------------------
Determ ine o tamanho da amostra considerando um experimento em que est imamos a média de um processo com erro máximo de 8
Suponha que o intervalo de coofiança é de 95% e que é necessária uma amostra grande.
58
CapítuloDois
Determinando o tamanho da amostra com (
~-, f:x u } sendo 1 -
a
=
95%, z
=
1,96 e
f;
=
8. Cabe observar que normalmente
o desvio padrão é desconhecido, JX)is o ensaio não foi realizado em função de não termos determinado o número ou tamanho da
amostra. Uma boa solução é realizar ak]umas med~ões aleatórias, ou seja, alguns ensaiOs aleatórios e determinar o desvio pad rão
est imado indicado por s , isto é. para esse exemplo, dez medições aleatórias foram realizadas para estimar o desvio padrão: 450. 458.
437. 425, 399. 405, 407, 409. 469, 461 . A média aritmética obtida é 432. e o desvio padrão:
I! =(~ )'
= ( 1.%
~ 26.4 r =41,83 queéarredondadoparaopróximointeiro, ou seja, 42amostras sãonecessáriasnes-
seexperimento.
Para uma quantidade pequena de amostras (n
< 30) e assumindo que a média das amostras segue uma distribuiÇão aproximadamen-
te normal se utiliza a distribuiÇão t para determinar o intervalo de conMnça. Nesse caso, a equação é f: =
'"í
X
-f,;· Gabe
observar
que o vakx da distribuição t diminui com o aumento den , como destaca a Tabela 2 .7. Porém. de forma geral, uma boa ~ução para
uma quantidade de amostras 10 ::s n ::s 25 é utilizar uma aproximação para r de 2.2 ou 2. 1. Para uma quantidade de amostrasn > 25.
sugere-se o aumento dessa quantidade para 30 ou 35 (caindo na condição de amostra considerada grande - uso da d istribuição normal-exemploanterior).
Tabela 2. 7
Alguns valores ap roximados da dist ribuição t
confiança de 95%
(;;= O. o;-;=
·12.7
Jii
1.00
25
e
intervalo de
" - t.,
xj;;
12,7 X s
3,05 X s
4.30
15
versus va lores de n com
0,025 ) - verificar Tabela 2.5 (com GOL ou a = 0,025)
3,18
1.73
1,84X s
2.78
2.00
1,39x s
2.57
2.24
1,15 X s
2.45
2.45
I,OOXs
2,36
2.65
0,890X s
2.31
2.83
0.816Xs
2.31
3.00
0,770X .<
2,23
3,16
0.706Xs
2. 13
3.87
0.550X.<
2.09
4,48
0.466Xs
2.06
5.00
0,412 X s
Exemplo -------------------------
Suponha outro experimento com 15 amostras preliminares de média aritmética 291,3 e desvio pad rão s = 63. Determine o intervalo
de confiança de 95%
Como a amostra é pequena (n < 30), o intervalo de confiança será obtido usando a d istribuição
de confiança de 95% (1 - a = 0.95), ou seja, com a = 0,05:
t
(t,$.,;}- 15 amostras e intervalo
FundamcntosdeEstatfstica, lrl(.' ertczasdeMcdidascSua Propagaçâo
59
e · r~l x-J;; - r~-;; x"fs=rOIJZ'> x-fs ao 2.13X16.2811134,67
logo, o iltervalo ele conliaoça para a média TJ. para esse experimento prelrnnar, é dado por X:!: e: 291.3 :!: 34,67. Portanto, essa
méOa encontra-se no intervalo ele 256,63 a 325,97.
Uma boa questão seria a pergunta: qual o tamanho da amostra para estimar a média com :!: 17 unidades? Considerar uma
amostra grande (rt ~ 30) e intervalo de confiança de 95%.
Com tamanho da amostra rr ~ 30 e sendo I - a "" 95%, temos a variável aleatória nonnal: ~ • I .96. O tamanho da amostra rr é obtido por:
n=(z.. , &
xur - ( 1 ·~; 63 r a 52.70. ou seja. 53 amostras são necessárias. Como já foram realiz~das :mtccipad~rnen­
te 15 amostras, rc~tu m 38 a sere m rcali7.ad~s par<~ completarmos
as53necessárias.Cabeobse rv~rqucas53amostrasestàobase­
adas na estimat iva do desvio padnlo s = 63. portanto, após as
53 amo~tra.~. o desvio padrJo ntu ali 7.ado pode ser maior ou me nor do que 63. Sendo assim. as 53 amostras podem fomecer um
erro esti mado nm ior ou menor do que as 17 unidades supostas
amerionncttte. Ponanto. o número de amostras precisa ser ajustado (a tr.ll'és dos procedimentos apresemados neste tópico) para se obter um experimento adt-quado.
Nosdoisexemplosnnte riores.osdcsvioopadrõcs utilinKioo
nos cálc ulos dos taman hos das amostras foram estimados a partirdeensaiospn:liminarcs dosexperimentos.
Outro procedimento utili 7.ado para a uxi liar na determinação
dotamanhodaamostraéau til izaçãodas cu n ·ascaracterísticas
de OJM' Ta("ãO (tambétn chamadas de CUf\'as OC) para um dado
teste. São mu ito usadas em projeto de çxperi mcntos ç podem sçr
consultadasnas r.::ferê nc i t~sbib li ográficas destecapftulo.
41 2. 7
Estimativa da Incerteza de
Medida - - - - - - - - - - Aoprocedcrcomumcns:tiocxpcrimcntai]XJm executaramedi ção de uma quantidnde ou mens urando. é necessário dcfmir um
intervalo no qnal ocorrem a ~ possíveis di spersões em tomo da
mclho r cs timatiw comsu:Jsrespectivasprobabilidadcs(asq uais
também devem ser especificadas). Esse parJ.mctro depende das
condiçõesambicntais.dahabilidadedooperndor.doinstrumento. entre ou tros. Confom1c desc,:rito no Capftulo I. esse parâmetro denomina -se incertC7.1l da med ição e é represen tado como;
em que Q é a mel hor estimativa da quamidade medida e óQ a
inccncz.a- padrJo. calculada de acordo t-om procedimentos normalizados. os quais poss ibilitam gt~ran tir uma probabilidade de
abrangência. É interessa nte relatar também que. uma ' 'ez que
uma quantidade ou mensum ndopos.sui umainceneza. umprocedimento adequado dC\'Cr.i ser seguido ao associar essa quantidade a outras qua ntidades. Por exemplo, a associação série de
doi s rcsistorcs é feita somando-se seus valores 110minais: entre-
tanto, a incen ezaassociadaà rcsistênci:Jcquivalente devese r
a\"nliada segu ndo metodologia que produza um resultado metrológicaeestatist ieamc ntcválido.
E.~ta seção segucos proccdime ntoserecomcndações dodo­
cumento EA-4102 E(prt'ssion ofthe U11certairtl)' ofMeiiJIIrt'menl
in Ct1Ubrmio11. publicado pf'io Eu ropt'tm co-opemtiorr for A ccredita tion (EA ). Muitas defini("õeS e exe mplos desta seção são
reproduzidos com perm iss;.lo da EA (detentora dos di reitos autora is do documento ci tado). O trmamcnto desta seção também
es tá de acordo com o Cuide to r/te Erpressiort of Uu cerwinty irt
Meastlrt'IIU'nt, do qual particip:m1 instituições co mo BIPM.lEC.
IFCC, ISO. IUPAC, IUPAP c OIML. Aqui. serão aprcsc,: ntadas
rcgrasgcraisparnavaliar eexpress:traincenczacmmt'didasque
podem ser seguidas na maioria dos campos de medidas físicas.
Os labomtórios de calibn•çào, ou laboratórios de testes. ao
realizarcmsuasprópriascalibraçõcs.dcvcmaplicarutnproccdimentoparaestimaraincene7.ade mcdida.Nessescasos.dc\"ese tentar identificar todos os componentes de inceneza e fazer
uma estimat iva razoável do men surd ndo. l)e,·c-se ai nda ter cuidado para que a fonnade publicar os resultados niklproduza
uma impressão errada dessa inccne1.a. Uma estimativa rnzoável
pode ser baseada no conhecimento do desempenho do mé todo.
bem como no escopo de medida. c deve fazer uso de. por cxemplo.experiência préviaevalidaçàodcdados.
A melhor capacidade de mcdiçOO de uma determinada quantidade é definida como 3 menor inceneza de nll'dida que um laboratório pode alcançar. Isso é rcali1.ado desempenhando rotinas de
calibraçOO de padrões de medida próximos do ideal com a intençãodedcfinir.dctenninar.conscrvarou reprodu7.i r uma unidade
dessaq uantidatieouurnoumaisdeseusvalores.Ouainda executarrotinasdccalibraçâo dein stru mentos dcmedidasaproximadamcnteideais.projctadosparJtnedir ess.a<lUantidadc
A avaliação da melhor capacidade de medida de laboratórios
dc ea libraçàoacred itadosdc,·eserbascadacrnmétodosdcscri tos
em docume ntos. porém deve ser s uponada o u confim1ada por
evidências experim entai s.
Aincenczadeumrcsultadodeumamedidarenctcafaltade
con hecimento compl eto do valor do nrcn sun mdo. O conhecimento completo requer uma quantidade infinita de infom1açào.
Fenômenos que contribuem para a incen c7.a c assim para o fato
de que o resu ltado de urna medida nào pode ser caracterizado
por um valor úni co são chamados de fo ntes de inc<:nezas. Na
prática. ex istem muitas fontes de possíwis inccnczas em um
mensurando. inclui ndo·
a. defi niçào incompleta ou imperfeita do mensurando:
b. amostra não represen tativa - a nrnostra medida pode não represen tar o mensurando definido:
c. efeitosdecondiçõesambiemaisconht'Cidosmas inadequados
ou medidas imperfeitas dos mesmos;
60
Capflulo Dois
d. erro humano na leitura de instnunentos analógicos:
e. resoluçãodoinstrum.::ntofini ta:
f. valor inexuto de padrões de medida e materiais de referência;
g. \'alor in.::xmo de constuntcs e outros parâmetros obtidos de
fontes externas e utili7.ados em algoritmos de redução de dados;
h. aproximaçõc5 c suposições incorporadas no método de medidaeproccdimcmos:
i. variações em observações repetidas do mensurando aparentemente sob as mesmus condi ções.
Essas fontes não sãonccess~triamc ntc indepernientes.
O rcsulmdo de um a medida está completo apenas se contém
o valor atribuído ao mensurando e a incerteza de medida associada a esse valor. Todasas quantidadcsqucnãosãoexatarncllte conhecidas são tratad as como v~triáveis aleat órias. incl uindo
as quantidades que podem afetar o mensurando
Como já foi defi nida no Ütpítulo I . a incerteza de medida é
um p~trâmctro associado co m o resultado de uma medida que
caracteriza a di spcrsUo dos valores que podem razoave lmente
seratribuídos~to me11surando.
Os mensurandos sUo as quantidadesparticularess uje itasà
medida. Em uma calibroç ~o. gera lmen te é utilizado apenas um
mens ur.mdo ou a quantidade de saída Yq uc depende do número
dasquantidadesdeemradaX 1 (i = 1.2..... n)deacordocoma
relação funcional Y • /(X,, X1, .... X. ).
A fut~ç5o/represcnta o procedimento de medida e o método
de avaliação. Descreve como os valores de saída são obtidos das
quantidades de entrada X,. Na maioria dos casos será uma expressão analítica. mas pode ser um grupo de expressões que incluem correções e fatores de corn:çllo para efei tos sistemát icos.
e dessa forma levam a uma re laçllo mais complicada que geralmente não é escrita explicitamente COnM) uma fullÇão. Além disso.jpodc ser detenn inada experimentalmente ou existe apenas
como um algoritmo computacional que deve ser avaliado numericamente. ou. ainda. pode ser uma combinação de todos.
O grupo de grarniel<IS de entrada X, pode ser dividido em duas
categorias de acordo com a mancirJ com que cada um dos valoresdagrandczaesuasincerte7.asassociadasforumdeterminada s:
gmnde7-'!Souqu:mtidadescujaincerte7.aassociadaeestimada é diretament e determinada na medida corrente. Esses valores podem se r obtidos. por exem plo. em observações simples ou julgamentos base~tdos em observações. Podem envolvcradctcmlinaçãodccorreçõespara lciturasde instrumcmosassimcomoparncorrcçnodeoutrusquantidadesou
gmndezas. como tcmpcr.uurJ ambiente, pressão barométrica
ou umidade;
b.
gra t~deZ<~souquantidadesc uja incertezaassociadaeestirna­
da é ancJiiada 11. medida por fontes externas corno quantidade!;
associadascompadrõesdccali braçãodemedidas,materiais
de refcrê11cia certificados ou dados de re ferência obtidos de
manuais.
Uma estimati\'U do mensumndo Y, denotada por )'. pode ser
obtida utilizando-se estimat ivas de entrada X, para os valores da
quantidade de entrada}' - f(x,, x2 x1 .... xJ. Os valores de entra-
dasãuasrnelhuresestimati\PJs.osquaisfornrncorrigidosparaos
efeitosmaissigni ficativos.Oucnt5oascorreçõesnecess:'iriasforam introduzidas cmno quantidades de entrada separndas.
Para uma \'ariávcl aleatória. a variânciade sua distribuição
ou o seu desvio padrão é utilizado conM) medida de dispersão
OOs va lores. A incertel<l-padrlo de medida assoc iada com a estimativa de !illÍda ou resultado de medida y , denotado por u(y). é
o des\•io padrão da melhor estimativa de Y. Deve ser detennina do da esti mati\'it das variáveis de entrada x, (das variáve is de
entrada X;) e suas incertc7.as-padrão associadas r#(x,). A incencza-padrlo associada com u1na estimativa possui a mesma dimensão que a estimati va. Em alguns caSOli ~~ incerte1.a- padrJo de
medida relativa pode ser apropriada. a qual é a inccrtc7.a-padrão
de medida associada com urna estimati va di vidida pelo módulo
dessa estimati va. e assim é adimensional. Esse concei to não podcserutiliwdoseaestimativaforzcro.
u(x)
""=R
A incerteza de I em em I km iudicari~L uma medida bastante
repeti tiva. Entretanto. uma incerteza de I em em 3 em indicaria
uma estimativa muito pobre. Nesse caso. a ince rt eza relativa
produz um resultado mais claro. Uma ~cz que a i11certeza rclau(x)
tiva na fonna fracionai
l-:;f
é geralmente um número muito
peque11o. nonnalmentc ele é multiplicado por 100. ex pressando
urnvalorpcrcentualdaincerte7.a.
41 2 . 7.1 Avaliação da Incerteza de
medida de estimativas de entrada- A incerte7.a de medida associada com as estirnati\•as de entrada
é ava liada de acordo com o 1ipo A ou tipo B de avaliação. A avaliação da ioccrteza-padrão do tipo A é o método de avaliação da
incertc7.a por meios estatísticos de uma série de observações
Nesse caso a inccrtcl<l- padrlo é o desvio padr:lo experimental
da média (ou melhor esti mativa). o qual segue um procedimento ou urna análise apropriada. A avaliação do ti po B da incerteza-padrão é o método de ava liaçiio da incerteza por me io de
qualquer outro método al ém d~t análise estatística da série de
observações.Ncssecasoaavaliaçãodainccrteza-padrãoébascada em algum outroconhceimcnto cie ntífi co.
Avaliação da Incerteza-padrão do tipo A
A avaliação da iocertc7.a-padrJo do tipo A pode ser aplicada quando algumas observações independentes forJm exec utadas pam
umadasgrandezasdcentrJdasobasmes mascondiçõesdemed ida.Se e:c.istir resoluçãosuficientenoprocessode rnedida. e:c.istirá
umadispcrsàooucspalharnento\'ÍSÍ\'C]nosvaloresobtidos
Assum indo que a medida ntpct ida da quantidade de entrada X,
éa quantidadeQ.cornllobser.·açõesestatisticamemei ndependcmes (12 > 1). a cstimativ-J da quantidade Q é q. a média aritméticadosvaloresindividuaisobser.•OOosqJ(j - 1.2 .... ,11)
FundamcntosdcEstalística.locenczasdeMcdidascSuaPropagação
A incerteza de medida associada com a estimativa
q
é ava-
liada de acordo com um dos seguintes métodos:
a.umaestirnativadavariânciadadistribuiçãodeprobabilidades
éobtidacomavariãnciacxperimcutals'(q)dosvalorcsq,quc
sàodadospor-
Sua raiz quadrada positiva é denominada desvio padrão
cxperimcutal damédia(comojâcomentadouestccapítulo)
A mclhorcstirnativadavariãnciadarnédiaaritmética q é a
variânciaexperimentaldamédiadadapor
s'(q)= s!,;q)
e
61
A inccttcza-padrâo u(q) associada com a estimativa de
entrada
dia:
q
é o próprio desvio padn1o experirnemal da mé-
u(q)=s(q)
Observeque,quandoonúrnerondcrepetiçõesdernedidas
é baixo. (n < IO)aconfiabilidadedaavaliaçâodaincerteza
do tipo A deve ser considerada. Se o número de observações
nâopodeseraurnentado.outrosrneiosdeavaliaçãoda incertezadevemserconsiderados.
b. quandournacstirnativadcinccrtczaéoriginadadcrcsultados
e dados anteriores, pode ser expressa corno urn desvio padrJo
Contudo. quando um intervalo de confiança é dJdo com um
uívcldcconfiJIIÇa( :!:ll ap%).cntâosedividcovalorapelo
ponto de percemagern apropriado da distribuição Nom1al para
o nível de confiança dado para o câkulo do desvio padnlo.
Exemplo -------------------------
uma especifiCação diz que a leitura de uma balança está dentro do intervalo de :!:0,2 mg com um nível de conf1311Ça de 95%. A partir
das tabelas padrões de pontos de percentagem sotxe a distribu ição normal, calcula-se um illlefValo de confiança de 95%, usando-se
um valor de 1,96 u. O uso desse valor lido dá uma incerteza de 0,2/1,96 '"' 0,1.
Para umJ medida que é bem .:araderizada e sob um rígido
controlccstatístico.umacstirnativacornbinadadavariâncias!
pode caraderizar a dispersão melhor que o desvio padrão obtido
deumnúmcrodeobscrvaçõeslimitado.Nessecaso.ovalorda
quantidade de emrada Q é definido corno a média aritmética q
deumpequenonúmerondeobscrvaçõesindepeudentes.eavariância da média pode ser estimada por:
em que
'
,, ~
(,, - I)>,' +(.., - l)>i + +(,, -lj.>i
(,, 1)+(-., l) + ... +h I)
corntr,representandoonúrncrodearnostrasdogru]XIkdcrnedidas e o desvio padrão experimental respectivo.
s,.
Avaliação da incerteza-padrão de medidas do tipo B
A avaliação da incerteza-padrão do tipo B é a avaliação da in ceneza assoc iada com umJ estimativa x1 de uma quantidade de
cntradaX,porqualqucrmciodifcrcntcdaauálisecstatísticada
série de observações. A inceneza-padrão u(x;) é avaliada por
julgamento científico baseado em informação disponível ua variabilidade possível de X,. Valores pencnccmcs a essa categoria
podem ser originados de
-
medidasexecutadaspreviamentc;
- experiênó a com conheórnen to geral do componamento e
propricdadcsdcmmcriaiscinstrumcntosrelcvantcs:
- especificações de fabricantes:
- dadosdecalibraçõeseoutroscenilicados:
- inccttczasoriundasdc referências bibliográficas corno manuais ou semelhantes.
O uso apropriado de infonnação dis]XIn(vel para a avaliação
da inccncza do tipo B de medidas é baseado crn experiência c
conhecimento geral. Trata-se de uma habilidade que pode ser
adquirida com a prática. Uma avaliação bem fundamentada da
inceneza de medição do tipo B pude ser tão confiável quanto
uma incerteza do ti]XIA, especialmente em situações de medidas
ernqueurnJavaliaçãodotipoAestábaseJdaapenasemurnnúmcropequcnodcobscrvaçõcsindependentcs.Osscguintescasos
devem ser discernidos·
a. quandoapenasumvalorúnicoéconhccidoparaaquantidadc
X,. Porexemplo.umvalorresultantedeumJmedidaprévia.
um valordcrcfcrênciadalitcratumouumvalordccorrcção
podem ser utilizados como x,. A incerteza-padrão u(x;) asso-ciadJ com x, deve ser adotadJ quando fornecida. Se forem
disponibilizados dados confiáveis. a inccncza deve ser calculada. Caso contrário. se os dados não estão disponíveis. a
incenezadeveseravaliadacombJsenaexperi ênóa:
b. quando uma distribuição de probabilidades podcscrassumidaparaumaquantidadeX,.baseadanatcoriaouexperiência.
então o valorespentdoearaizquadradada variânc iadessa
distribuição podem ser estimados c representados por x, c a
inceneza-padrãoassociadau(x.).
62
CapíwloDois
Se apenas os '-alares limitessupcriore inferior ti , e a~ podem
ser estimados para os valores da quantidade X1 (por e1templo. espedficações do fabricante de um instrumcmo de medida. uma
fai1ta de tcmpcrnturn. um arredondamento ou truncamento resu ltante de umarcduçãonutomáticndedados).umadistribuiçãode
probubilidadcscomdcnsidadedcprobabilid:ldcsconstantesentre
cssesdoislimitcs(distribuiçàodeprobabilidadcsrctangular)dcvc
serassumid;t para a poss(vel variabilidade da quarnidade deentmda X,. Assim. a estimativa da entr.lda pode ser definida por:
1/(.l,} =~(a, - ti
t
parao quadrado da inccrteza-padnlo. Se a diferença entre os
valores limites forde2a. a equação anterior pode ser reescrita
u 1 (x,)=~ll 1 .
A distribuição retangular' é uma dc.o;;crição razo;hd rm termos
de probabilidade de urn conhecimento inadequado sobre urna
quantidade X, na ausência de qualqueroutrn informação além de
seus limitcs dc variabilidade. Mas, se c1tistc a certeza de que os
valorcs das quantidadesemquest5oestBornais pró1tirnosaocentro do intervalo do que nos seus limites. urna distribuição triangular' seria um modelo melhor. Por outro lado. se os valores
concentrnm-scmaispróxirnosdoslimites quenocentro,então
urnadistribuiçãocornformadeUscriarn1tisapropriada.
'll do>lrii>Joçlorcllon~ularde\-.:seruriti>.adll quando um ~nlfocadoououlra ..s­
pedf~eao,-lof.,.,...,.,os timi ~tSstm espox ifocarc;; n i•e!Ode<'Ofl fW>Ça. E..mpkl
25 ml :!: O.~mt.
Ne>sc c....,~ feol.O um. e,;rima~ i,.,. >Oba forma de uma bou mh o11U1 (:!:o) sem
.., lerronhrcomo:ntOdo forma10 da d i" rii>Jiçlo. f\ oncene~;a f.,...k-u tadacoooo
ll(x)• "Ê·
E.ump/o tlr rltili::tlftlo de rmrll distribr.r'f110 rt'Umgultrr: um fra.~­
co volumétrico grou A de 10 ml é certificado em uma faiu de
:!:0.2 ml.A incertcza-padrJo f de oy.fj= O.I2 ml.
Exem11lo de uriliwp1o tle umtl distribuiçtio tritm gular: um
frasco volumétrico grau A de 10 ml é certificado em uma fai xa de ± 0.2ml.masasvcriticaçõcsinternasdcrotinarnostram
que valores extremos são raros. A incerteza-padrão é de
o.y,/6 =o. os ml.
Quando urna estimativa tem de ser feita na base de julgamento. pode-se es timar diretamente como um desvio padrão. Se isso
n5o for possível. emão a estimati\'a do desvio máximo de\·e ser
feita. o que é perfeitamente razoável na prática. Se um valor menorforconsidcrodosub!>tancialmcntc mai s provável,cssaestirnativadevese rtratadacornodescriti vadeumadi stribuiçãotriangular.Senilohouvcrbaseparascacrcditarqueé mai s prová\'el
urncrromcnorqueumerromaior.aestim:llivadcvescrtratada
cornurnadistribuiçãoretangular
Incerteza combinada
Seja umadctcnninadaquantidadedc saída Yquedcpcndedas
quamidadesde cntradaX,. Sabemosquenapráticaobtc remos
uma estimativa y que depende da estimativa das quantidades de
entrada x,. as quais são determinadas por um dos métodos descritos anteriormente. Subentende-se então que a d ispersão dos
valores das quantidadesdcentrada(ou a variabilidade) causar.'i
urna dispersllo nos valores das quantidades de safda. de modo
que y pode ser escrita como:
)' :!:
u(y) = j(x, :!: u(x 1) . x 2 :!: u(x 2),
•• ,x,
:!: u(x,))
AFigura2.27mostraumarcprcscntaçãodadispersãodaestimativadaquantidadcdesaídayesuaincerte7.au,(y) ernfunção
das estimativas das quantidadesdeentrada x, e suas incertezas
u(x;).
Uma das maneiras mai s utilizadas para determinar a inccneza de saída 11(.)') f aproximar a função f com uma função linear
arrnvés dassé ries de Taylor. Essalincarização simplilicaaaná lise da incerteza. com o ônus de introduzir um erro de apro1timação.
ConsidcrJndoQumaquantidadcdcpendcntcdas quantidadcs
x,. y,. ::,..... asquaispossuemdistribuiçõesdcerrosgnussianas
com de~v ios padrões u,. u,. u,. ... e valores médios verdadeiros
'fldi~rii>JiçJoo rriangutar de>-.:oerurihzada quandoain fonnaçJoo di •ponf,-.,tem
,-.,taçko a X t ""'""" ti mirada que para uma di~rii>JiçJoo rcra.~gut ar. Valofes pro~ i •nos deX slo maisl'fO'·;h-.:i• doqut pró~i """" dos limnos. É fei ra uma esri-
""""" 5Gb uma fai.u mú.im:o de ( !:<r) <bmuo por uma do>Crii>J..,-Joo sinll!trica. A
incenca~nkuladarom ll(x)~-!J6-
·~t"'"/
!
-
u(x, )
Figura2.27
x,
X
ll.eprese nlaçãodainceneudesalda cmfunçãodava-
riabilidadedas \-ariih'ei s dc c ntrada.
FundamcntosdcEstalística.locertczasdc McdidascSuaPropagação
1'-x· 1'-,· JJ.,.
. rcspcrtivameme. a grandeza Q pode ser calculada
pontualmenteparaqualquerconjuntode variáveis ou.
Q, = Q(x,, y,.
z,, ... )
ObservequeQrcpresentaaleiouafunç~odagrandezadesaída
Considerando agom uma série de ]XlntOS calculados com
perimentos temos
11
63
ex-
iQ,
iil nQCi. J,l,. ..)+~ Í (x, - i)+ ~Í (>·,- .Y) +
,_,
ih,_,
ay ,_,
emfunçàodasgrandezasdeentrada.
As variâncias das quantidades de entrada podem ser calculadaseom:
+ '* ~(,,
- ')+
No limite. com n _,. .,., os trê s últimos termos se anulam, pois o
valorrnédiodasvariáveisédefinidocomo·
(r!= ~ t,<x, - JJ..,f
Sabe-seaindaqueovalormédiovcrdadcirodaquantidadeQé
definidoeomo:
º·· "" Q(x. r. z....).
Cada resultado de Q, pode ser expandido em séries de potências
dos desvios
Q, ""Q(JJ.,. JJ.,, JJ., .... ) +
+~( z, -
JJ.,)+ ...
~(x,- JJ.,) + ~b·.- 1'-, ) +
+ ~~(x, -JJ.. )' + ~W(y, -
1'-, ): +
uma vez que ele foi definido anterionnente como Q,.. =
!~~ ;
t,Q,.
Verilka-se dessa forma que o primeiro termo da
expans~odasséries.emsetr.Jtandodeanálisedeincertezas.in­
dica a estimativa do valor 11ominal da quantidade Q pam asestimativasdas quantidades deentrada i.)'. Z, ..
AvariânciaparaadistribuiçàodosQ, édefinidacomo
+~~(z, -f'J + ..
ernqueasderivadasparciaisdevemsercalculadasparaw= f',..
De maneira geraL se os termos de diferenças (w, - JJ.J""' u.,
podem ser aproximados por uma constante da ordem de um desvio padrão. e os tennos de ordens superiores (ordem> I ) são
desprezíveis nessa condição:
Utili zando a aproximação até a primeira ordem para
Q, (i. y, z.... ). obtém-se:
(Q, - Q_ )'
~r~J<x,JJ., ) iii O
ih:'
+
11
para dx, = (x, - f<,)""' u , e (11 > I) (estendendo-se para todas
asoutrasvariáveisdeentrada y,,z, .... ).então pode-se afirmar
que a quantidade Q(JJ.,, ~'-•• 1'-z• ... )é lema do ]Xlntode vista de
propagação de incertezas. Essacondiçãoéalcançadaquandoa
primeira derivada é praticamente constante com variações da
ordem de um desvio padrão. Em outras palavras, co11siderando
a função Q(x). ela pode ser aproxinwda por urna reta dentro de
intervalosdaordemdeu, .
Assim. a equação anterior pode ser reescrita de forma simplificada:
Q, "" Q(JJ., JJ., , JJ., , ...) +
~(x, - JJ., ) + ~()',- JJ., ) +
(ilQJ
a~
;;;,(~)'(x,- X)' + (%?-)'()', -
2
(z.- Z)'
'
+ ... 2~~(x
ax ay '
2~~(x,
)')' +
- i )(y - )')
- .i )( z:,- !)
'
+
+ -·
E assim pode-se deduzir que:
+
'º]'.t<z,- -'
z)'
[ik
àQàQ "
+ ... 2ã:;"ã:Y' ~(x,- x)(y,- y) +
2~~ ~(x, -
X)(z; - Z)
+
Considerandoqueavariànciaédefi11idacomo·
+~(z:, -JJ., ) +
e a mesma dedução pode ser aplicada para os valores médios
Q,;;;, Q(i.
y, Z•...) + ~(x, - i) + ~(y, - }') +
e ainda que podemos definir a mvarifmcia entre um par de variáveiscmumgro]Xlindcfinidodevariáveis·
u :_ • cov(v. w) =
+ ~(z1 -Z )+.
~ t. (v1 - v~ )(w1 - w., )
em que v.. e w.. são as médias das populações.
64
CapítuloDois
Expcrimemalmente. a covariância pode ser estimada por:
Existem alguns casos em que a função modelo é fortemente não
linear ou alguns dos coeficientes de sensibilidade variam. Nessas
equações devem-se incluir termos de ordens elevadas.
em que V c W são as médias das n amostras.
Considernndo um mírnero de experimentos n muito grande
,_,. oo e fazendo as substituições na equação anterior para as
variànciasecovariàncias, temosa equaçâogeral para a propagaçiiodeince rlezas·
2
!:____
x,.
+2u,(eQJ[eQJ +2u,(eQJ[eQJ +
+'u (eQJ(eQ) +
i)y
- "
i)y
i)y
r7y
iiy
u.(y) = c,u(x,).
emquec,é definidocomoocoeficientedesensibilidadeassociadocomaestimativadeentradax,.istoé.aderivadaparcial da
função modelo f em relação às entradas X,, avaliado na estimativa de entrada confomte mostrado anteriormente·
(ax )' +tT' (ay'º)' + tT:. (JQJ'
ay + .. +
(T~= (T; !!!l..
A quantidade u,lv) (i = l. 2. . N) é a contribuição para a incerteza-padrJoassociadacomaestimativadesaíday.resultado
da incerteza-padrão associada com a estimativa de entrJ.da x,
i)y
C-
'
·
=!!!_
=!!LI
ilx
ax
'
' x,-., ..x. -·~
Oscoeficientesdcsensibilidadedescrevemaextensãocomque
aestimativadesaídayéinfluenciadapcla~variaçõesdaestimati­
Asúltimasparcelasdoladodireitodaigualdadesãoutilizadas
quandoasquamidadesdeentradasãoconsider.tdasdependemes.
Se as estimativas de entrada são independentes. todas as covariâncias serão zero. Dessa fonna. a equação anterior é colocada
de uma forma mais simples:
Essa;; equações permitem calcular a incerteza mais provável da
quantidadeQemfunçãodasincertezasdecadaumadasestimativasdeentrndax,.
Todas as gr.tndezas físicas. quando medidas. devem serrepresemadas por um valor numérico. uma incerteza e uma unidade(seagrandezanãoforadimensional).
Assim.paraquantidadesdeentmdaindepcndentes.oquadrado da inccrteza-padrào associada com a estimativa de saída é
dada por:
e
vadeentradax,. Essescoeficientessãoavaliadoscomaderivada
parcial da função modelo f com a equação descrita anteriormeme
ou utili7_ando métodos numéricos. Nesse cam, calcula-se a variaçâonaestinwtivadesaídaydevidoàvariaçãonaestinwtivade
entradax,de + u(x 1) e - rl(x 1) edivide-scadifercnçaresultantepur
2u(x,). Esse método é particulanncnte útil quando não existe nenhumadescriçâonwtem:iticaconfi:iveldarelaçâo
De fato. algumas vezes pode ser mais apropriado enconmrr a
variaçãonacstimativadesaídaycomumcxpcrimento,repctindosc as medidas de entrada em x 1 ::': u(x.-) (u(x,) é sempre positivo). A
contribuiçãou(y)pudesernegativaoopusitiva.dependendodosinal
dococficicntedescnsibilidadec,. Osinaldeu(y)devcscrlevado
emcontanocasodequantidadesdeentradndependcntes.
Esscsprocedimentosgeraisaplicam-secasoasincertezasestejamrclacionadasaparlmetrosindividuais.parâmctrosagmpados. ou ao método como um todo. Contudo. quando uma contribuição de incerteza está associada ao procedimento como um
todo é, em geral. ex pressa como um efeito no resultado final.
Nessescasos.ouquandoaincertezasobreumpar.1metroéexprcssa diretamente em termos do seu efeito sobre y. o coeficientedesensibilidadeày/Oxéigual a 1.0.
Exemplo -------------------------
Um resultado de 22 mg/1 mostra um desvio padrão medido de 4 ,1 mg/1. A incerteza-padrão assoc~da a essa medida nessas condições é de 4, 1 mg/1. O modelo implícito para a medição, desprezando outros fatores em prd da clareza, é:
Y
= (resu ltado calculado)
;gual al,O
+ e, em que e representa o efeito da variação aleatória sob as cond~ões de medição e,
Se a função modelo f é a soma ou diferença das quantidades de entrada X,
f(X,, X2 ,
,
X1.,)
=
tP,X,
a estimativa de saida é dada pela correspoodente soma ou diferença das quantidades estimadas de entrada
y
=
t,P,X1
portanto, ilylax é
FundamcntosdcEstalística. l ocertczasdc M cdidascSua Propagação
65
em que os coeficientes de sensibilidade são p, e então
Ou. mais explicitamente, se y • lp + q + r + ... ), a incerteza-padrão combinada u(y) é dada por
u(y(p, q, r ... )) = Ju(pf
e
+
u(q)'
+ ...
Exemplo -------------------------
Para y • lp - q
tanto:
+ r) os valores são p • 5,02. q • 6,45 e r •
y
=
9 ,04 com incertezas·padrão ulp) • 0. 13, u(q) • 0,05 eu(!! • 0,22. Por·
5,02 - 6,45
+ 9,04
=
7,61
2
u(y) = Jo.1 3 + 0,05 2 + 0.22' - 0.2ú
e
Exemplo -------------------------
Con~dera-se o cálcuk> de uma resistência equivalente composta por dois resistores R, = 1 kl1 .:!: 5%, R2 = 1 O k O :!: 1%. Veja que a
incerteza-pad rão é tomeóda em sua forma relativa percentual.
y= Req =R, + R2
u(R,) • 50 e u(R,) "' 100
o
o
Os coefiCientes de sen~bilidade podem ser calculados por
iiReq =
aR,
1
qReq • 1
aR,
u(y) = u (Req) = ((1 X 50)" + (1 X 100)"]'""' 11 1,8 0
Req
= 1100:!: 111,8 0 .
Se a função modelo f é um produto ou quociente da quantidade de entrada x,
A estimativa de sak!a novamente
éo
Os coefiCientes de sensibilidade são
produto ou quociente correspondente da estimativa de entrada
nesse caso. e ainda, se as incertezas -padrão
r~ati vas w(y) -
u(X e w(x) -
são usadas. pode-se escrever·
w 2(y) ..
t, p,'w2(x,).
Ou. mais explicitamente, se y .. 1p x q x r x ... ) ou y = pl(q x r x . ..), a incerteza-padrão combinada é dada por
u(y)=y
(~)'+(~r + .
em que ulp)Jp, u(q)Jq etc. são as incertezas nos parâmetros. expressas como incertezas -padrão relativas.
u(x
66
e
Capítulo Dois
Exemplo -------------------------
Parayi,op/qrj os valores sàoo • 2.46, p • 4,32, q ., 6.38 e r • 2,99, com incertezas-padrão deu(o) • 0,02, u(p) • 0.13, u(q) • 0. 11
e u(r) • 0,07. Logo:
y • (2.46
u(y) • 0.56x
X
4,32V(6,38
X
2.99) • 0,56
(~)'
+(~)'
+(~)'
+ (~)'
• 0.024
2,46
4,32
6,38
2,99
eExemplo -------------------------
Considere que a superfície total do paralelepípedo da Figua 2.28 deve w calculada. Os resultados das medidas das dimensões são dados
jllltamerltecomasncertezas·padrãoassociadas:x = (100:!: 1%)rrm. comprimentoy = (300:!: 3%) mmealtuaz = (25:!: 2)mm
L7
LI_
L
- - ti
rzr.
i
1
-
Paralelepípedo com dimcnr.ôes x.
Figura 2.28
y c:
A função que descreve a superfk:ie total é calculada com
y=S=2xy + 2xz + 2zy
asineertezas-padrãofornecidasdasvariáveissào
u(x)= 1 mm
u(y) =9mm
u(z) = 2mm
Calculando·se os coetiçielltes de sensibilidade com as derivadas parciais tem -se·
~=
2y + 2z = 600 + 50 = 650
,,
2x + 2z • 200 +50 • 250
'"
~•
*" •
2x + 2y • 200 + 600 • 600
U(y) • [(650 X
S
tf
+ (250 X 9jZ + (800 X 2)'J 'r.l
ôo
2836,36
= 80 000,00 ::!: 2836,36 mm'
SeduasquantidadesX1eXtsãocorrclacionadasemalgumgrJu,
isto é, se elas são mutuamente dependentes de alguma maneim,
suacovariâneiatambérndevesereonsideradaurnaeontribuiçiio
para a inceneza. O julgamento para levar em coma os efeitos das
corrclaçõcsdepcndcdoconhccimcmodoprocessodemcdidac
dojulgamento dadcpendênciarnútuadasquantidadesdeentrada
Emgeral , deve-scteraconsciênciadequedesprezarcorrclaçõcs
de gmndczas de cntmda entre quantidades de cntmda pode levar
a avaliação incorreta da inceneza-padrJo do mensurando.
SeduasquantidadesX,eXtsão dependentcs. elassiio"urrelacionadaseacovariiindadasestimativasdcssasduasvariáveis
x,ex, pode ser calculada por:
r1(x, x,) = u(.(1)u(x,)r(x1, x,) pam i
*k
Essacovariilnciadeveserconsideradaumacontribuiçãoadicional de incerteza. O seu grau de correlação é caracterizado pdo coeficiente de correlação r(x,, x,), em que i
k c
lri :S I
*
FundamcntosdeEstatfstica.Jrl(.-er1czas deMcdidas cSua Propagaçâo
NocasodenparesindcpendentcsdcobscrvaçõcssimultâncasrcpetidasdeduasquantidadesPeQ.acovariânciaassociada
com a média aritmética p e q é dada por:
l('fi,ii) - 11(111-
l)t.(l,, - PXq, - ii)
Os graus de oom:taç:lo dos fatores que innuenciam oo sistema ou processo devem ser baseados na experiência. Quando
existe correlação. aequaçilo:
,,:(y) ..
t.~~:(y)
dcvesersubstituldapor:
"
" ' (y) = f; t'/u' (x.)
+ 2 "'"
f1~ c, c, u(.l 1 • A" 1 )
em que c1 c c1 ~ào o~ coeficientes de sensibilidade. ou
rhyl •
_, , = q,- ! ,
Xz• q ,-~z
lnctne-:.as-ptulnio e comrüitrcitu: as estimativas
~, e ~~ e q, são
consideradas não correiacionadas porque elas foram determinadasemmedidasdiferentes.Asincertc7.aS-padriloeacovariâoc ia
associada com as estimativas .r, e .t 1 s!\o calculadas. Assumindo
queu(z,) = rr(~ 1 ) = 11(! ).
rr 2(.r,) • ul(q.) + ul(:)
rr l(.t 1) = u1(q.) + u1(:)
u1(.l 1•. ( 1) "' rr 2(q,)
ococficientedecorrclaçãodeduzidodcssesrcsultadosé:
t,r1} (y)+2~t u 1 (y);, (y)r(x,.x,)
comu,(J•)rcprescntandoascontribuiçõcsnainccneza-padràoda
estimativadesafduy.resuhantedaincertc;w-padrlodaestimativadeentradax1conformc·
r(x,.x, ) •
X, •
g,(Q,. Q,. ... QJ
XI= g,(Q,. Q,. ... QJ
apesardequealgumasdessasvariávcisnâo ncccssariamentc
aparecem nas mesmas funções. As estimativas de entrada x, ex,
das quantidades de entrJda estar~o com:lacionadas até alguma
extensão. mesmo que as estimativas qiJ - I. 2.... , L) sejam não
corrclacionadas. Nesse caso. acovllriância u(x,,x,)associada
comasestimativas.( 1 e.t1 édadapor:
u(x1 .x1 ) = ~ c.,c 11 r1 2 (q 1 )
em que c 11 e c 21 são os coeficientes de sensibilidade deduzidos
da.~ funçõesg , eg 1• Uma vez que apenascsses temJOsoontribuem
~ra a soma. na qual os coeficientes de se nsibilidade não desaparecem. a rovariância é zero se nenhuma variá\"el é comum às
funçõesg , eg1•
O exemplo seguinte demonstra correlações existentes entre
valores atribuídos a dois padrões. os quais são calibrados cootra
amesmarcferi!ocia-padr.lo.
Problt mtl de mt'tlillll: os dois padrões X , c X, são comparados
com as referêndas-padrào Q, por meio de um sistema de medi-
u'(;;:(=-~ '(z)
SeusvaloresvariamdcOa + I. dependendo das inccrte;ws-padrâou(q.)eu(!).
Ocasodeseritopelasequações:
u,(y ) • c,u(x1)
Deve ser notado que a segunda parcela dos termos nas equações anteriores pode assumir unt valor negativo. Na prática. quantidades de entrada são gcr-Jlmen te correlacionadas devido ao
mesmo padr.lo de refcri!n.cia ffsico. instrumento de medição.
dado de referi!ncia 00 mesmo o método de medida tendo uma
inccrte7.asignificativautili7.ada naa,~Jiiaç:lodeseus valore!i.
Suponha que duas quantidades de entrada X, c X, estimadas
por x 1 e .l 1 dependem das variáveis de entrada independentes
Q,(l = 1,2, ...• L)
67
da capa7. de determinar a diferença : nos seus ,-alore.~ com uma
incerleza-padràoassociadnri(: ).Ovalor q, dareferi!ncia-padrlo
é ronhecido com a incenew-padrlo u(q,).
/l.f()(/1!/o mattmótico: as estimativas de entrada x, e x1 dependem
do ' 'ator de q, da rcferên.cia-padr.lo e das diferenças observadas
z, ez1 dcacordoromasrelaçõcs:
X,
=g,(Q ,. Q,.
xl •
... QJ
g,<Q,. Q,. ... QJ
é uma ocasião em que a inclusão de correlação na avaliação da
iocerteza-padr-."io do mensurando pode ser evitada pela escolha
apropriada da função modelo. Introduzindo diretamente as variál•eisindependentesQ1ecomasubstituiçãodosvaloresdas
variáveis originais de X, e X1 é gerada uma oova função mode lo
quenàocontémas,·ariá,·eis correlacionadasX, eX1.
Entretanto. existem casos em que a correlação entre duas
quantidades de entmda X, e X2 não pode ser e\'Ítada. por exemplo, utilizando o mesmo instrumento de med ida ou a mesma
rcferi!ncia-padràoparadetemlinarasestimacivasx,ex,.emque
ascquaçõesdetmnsforrnaçàoparJnovasvariáveisindependcntes não estão disponfveis. Ainda. se o grau de correlação não é
exatamente conhecido. pode ser útil ~~v~Liiar ~~máxima innuência
que essa correlação pode ter por unm rmorgem estimada acima
da inccrtcza-padr~o do mensurando com:
u 1 (y) .:S (I11 1 ()')i + lr1 1 ()') 1) 2 + u;(y)
em que u,(y) é a con tribuição
d~1
incerte;w-padrào de todas as
quantidadcsdeentradarestantesconsidemdasn~ocorrelaciona­
dM.
Essa equação é laeilmente generalizada para casos de alguns
grupos com duas ou mais quantidades de entrada correlacionad.,
Nesse caso, uma soma do pior caso rcspecti,·o deve ser
introduzida para cada grupo de quantidades nãocorrelaci()nadas.
68
CapítuloDois
Acovariânciaassociadacomascstimativasdasduasquantidadcs de entrada X, c X, pode ser considerada zero ou tratada
como insignificante se:
a. as quantidades deemmda X1e Xt são independentes. por exemplo. porque elas têm sido repetidamente mas não simultancamenteobservadasemdiferentesexperimentosindependentesouporquercpresentamquantidadesdedifcrentesavaliaçõcsqueforamfcitasindepcndcntcmentc,ouse
b. as quantidades de entrada X, e X, podem ser tratadas como
constantes. ouse
c. asinvestigaçõcsnãofomççcminformaçõcsindicandoapresençadeeorrelaçãoentreasquantidadesdeentradaX, eX,.
Aanálisedaincertezaparaumamedidadeveincluirumalista
dctodasasfontes deincertezajuntamentccomasincertczasdc
rnedidaspadrJoassociadaseos seus métodos de avaliação. Para
medidas repetidas. o número n de observações também deve ser
analisado. Para que seja feito da maneira mais clara possível. é
rccorncndadoaprcsentarosdadosrclcvantes paraessaanálisena
fonna de uma tabela. Nessa tabela. todas as quantidades devem
ser referenciadas por um símbolo X, ou um outro identificador.
Paracadaumdeles.aorncnosaestimativa x,, aincertezadcmedida padr~oassociada u(x,). os coeficientes de sensibilidade c, e
asdifcrcntcscontribuiçõcsdcincertc7.au,{y)dcvcmsercspccificados.Adirnens:1odccadaquantidadedevetambémserespccificada com seus valores numéricos em uma tabela
Um exemplo fonnal desse arranjo é dado na Tabela 2.8. aplicado para o caso de quantidades de entrada não oorrelacionadas. A
irx:erteza-padr~oassociadacom o resultado de medida u(l•)dada nu
cantoinferiordircitodatabclaéaraizquadradadassomasdosquadradosdctodasas contribuiçõesdeincertezadacolunadadireita.
41 2. 7.2 Incerteza de medida
expandida - - - - - - - - - - De acordo com o EAL. foi deódido que os laboratórios de calibraçào acreditados por membros do EAL devem utili7.ar urna incertezademedidaexpandida U.obtidarnultiplicando-seaincerteza-padrâo da saída e;;timada 11(}•) por um fator de cobertura k:
U=ku(l•).
Nos casos em que o mensumndo possui uma di stribuição normal
c a incerteza-padrão associada com a estimativa de saída tem
confiabilidade suficiente. o fatordecobenurak = 2deve ser
utilizado. Essa expan.~ão da incerteza correspondc a um nível de
confiança de aproximadamente 95%. Essas condições atendem
àmaiuriadasnecessidadesduscasosencontradosemtrabalhos
decalibmção.
A hipótese de uma distribuiç5o normal não pode sempre
ser facilmente confirmada experimentalmente. Entretanto. nos
casos em que alguns componentes de incerteza (por exemplo
N ~ 3). obtidos de distribuições de probabilidade bem componadasdequantidadesindependentes.comdistribuiçõesnurmais.oudistribuiçõesrctangularcs.contribucmparaainccrte za-padr5oassociadacomaestimativadesaídacaracterizada
por quantidades comparáveis. as condições do teorema do Limite Central são obtidas, então pode-se assumir com um alto
graudeaproximaçâoqueadistribuiç5odaquantidadede saídaé normal.
Aconfiabilidadedaincerteza-padrãoatribuídaàestimativadesafdaédeterminadapelo seugraudeliberdadeefetiva.
Entretanto, o crité rio de confiabilidadc é sempre alcançado
se nenhuma das contribuições de incertezas-padrão é obtida
por avaliações do tipo A baseadas em menos que dez observações
Seumadessascondições (di stribuiçàononnalouconfiabilidadesuficiente) nâoéalcançada.ofaturdecuberturapadrâo
k = 2 pode resultar em um nível de confiança menor que 95%.
Nessecaso.afirndegarantirque um valordeincertezaexpandida seja definido e que corresponda ao mesmo fator de cobertura, de distribuição de probabilidade normal, outros procedimentos devem ser seguidos. O uso aproximado do mesmo nível
decunfiançaéessencialsemprequedoisresultadosdemedidas
devamscrcomparados. lstoé.quandoaavaliaçãoderesultados
comparativos de dois laboratórios diferentes é feita ou quando é
necessáriaagar.mtiadeumae;;pecificaçâo
Mesmo que uma distribuição normal possa ser assumida, podeaindaocorrerqueaincerteza-padràoassociadacomaestimativadcsaída tenhaconfiabilidade insuficiente. Se. nesse caso.
não é possível aumentar o número de medidas repetidas n ou
utilizar uma avalütçào de incertezas do tipo Bem ••ezdo tipo A
de confiabilidade pobre. outro método deve ser utilizado
Tabela 2.8 Esquema de um arranjo ordenado das quantidades estimadas,
incertezas-padrão, coeficientes de sensibilidade e cont ribuição de incertezas
usadas na anãlise de incertezas de uma med ida
Quantidade
Incerteza -padrão
Contribuição da
incerteza -padrão
x,
""'
u(x 1)
""'
X,
u(x,
u,()-)
x.,.
u(x v)
11,,()")
x,
u ,()")
u(•·)
Fundamentos de Estatística. lnccnezas de Medidas e Sua Propagação
Fatores de cobertura deduzidos de graus de
liberdade efetivos
Levar em conta a confiabilidadc da inccneza-padrJo u(y) da estimativa de saídaysignifi ca interpretar o quanto é \'erdade que
u(y) est ima o desvio padrão assoc iado ao resultado da medida.
Para uma cstimath•a do desvio padrão de uma disuibuição nOI"mal.osgrausdelibcrdadcdessaestimativa.osquaisdependem
do tamanho da amostra na qual é baseado. são uma medida da
confiabilidadc. Similanncnte. uma medida adequada da confiabilidadc da inceneza-padrllo associada com uma estimativa de
saídaestárt:lacionadaaoseugraudelibcrdadeefetim••.r oqual
é aproxinmdo por uma combinação apropriada dos graus de liberdadeefetivosdesuasdiferentescontribuiçõesdeincenezas
u,(y).
O procedimento para ca lcular um fator de cobertura k apropri~do qu~ndo as condições do tcorem3 do Limite Central são
atendidas é o seguinte:
69
fator de coberturu k que corresponde a uma probabilidade de
abrangência de apro~imadamente 95%.
Em certificaüos de ca libro~ç5o. o resultado completo de me didas COflsistindo nas estimativas y do mensurando. a incertem
e~pandidaassociada Ué dada na fomta(y::!: U).juntamentecom
uma nota explanatória que detalha como foi obtido o fator de
cobertura. k = 2. para uma distribuição gaussiana ou o método
utilizadoparaob!:eraprobabilidadedeabrangência(quegeralmenteéde95 %).
O valor numérico da medida da incerte7.a deve ser dado para
no máximo dois algarisn10s. O va lor numérico do resultado do
mensurundo deve. na sua fonna final. ser arredondado ao meoor
algarismo sign ificativo da inccrte7.aexpandida atribuída ao resultado da medida. Em outros pa lavras. o valor numérico do resultado da mediç~o deve ser arredondado no mesmo algarismo
significativodainccrtaacxpandidaatribufdaaessamedida.
Paraoprocessodearredondamento.3sregrasusua isdearredondamcntodenúmerosdevem scr seguid~ts(p(tramaisdetalhes
obter ~ incertez~ · p:tdr.lo associada com a estimmiva de saída;
b. estirnarogmu de liberdade efetivo v<f da incerteza-padr;1o
u(y)associadacorn a estimativa de saídaydaequaçiiode
Welch-Sauerthwaite:
sobre (lrrcdondmncn tos. veja a norma ISO 3 1-0:1992 no seu
AnexoS).
Basicamente. para o truncmncnto de números menores que 5
éadotadooarredondamcntoparnonúmerologoabaixo.enquanto pam o truncamento de números maiores que 5 é adotado o
arredondamento pam o número logo acima. Como segue no
exemplo:
sendo u,(y) (i = I. 2, ... N) as contribuições para a incertezapaddio associada com a estimath·a de saída y resultante da
inccnc7..a-padrão associada com as est imati vas de entrada x,.
as quai s são consideradas estat isticamente mutuamente indepcndcntes.e••1éogruudelibcrdadeefctivodascomribuições
u,(y) da inccrteza-padrllo.
Paraoscasosent qucnacasadetruncamentoaparecero5.
geralmente escolhe-se o 1•:Lior par mais próximo (abaixo ou acima). porém também é aceito o arredondamento para o próximo
valor superior (é o que aconte<:e na maioria dos computadores).
como. por exemplo:
a.
6,965499 __,. 6.965
7.7656111-7.766
Para uma inccrteza-padrllo u(q) obtida de uma avaliação do
tipo A. os gra us de liberdade sao dados por ''• = n - I. É mais
problemático assoc iar os gr.1us de liberdade com uma incertezapadrão r•(x,) obtidos de uma avaliação do tipo B. Entretanto. se.
porexernplo.oslirnitesinferior esupcriora Cti , são estimados.
eles devem ser escolhidos de m:mciruque a probabilidade da
quamidadeemquestilofor:tdoslirnitesédefatoextremamente
pequena. Se esse procedimento é seguido. o grau de liberdade
da inccrte7.a-padriío u(x 1) obtid:t da avaliação do tipo B !Xl'dc ser
considcmdov,....,.oo.
Deve-se entUo obter o fator de cobertura k da Tabela 2.9. que
ébaseadacmumadistribuiçUo1avaliadaparaum nívcldeconfiançade95.45%.Se••# niloéinteiro.queégeralmentcocaso.
deve-setrunc~r ••<f pam o inteiro inferior.
Paraoscasosc mqueauti li7.aç:iodeumadistribuiçãononnal
nlo pode ser justificada. a informaçlo da distribuição de probabilidadesdaestimativade saCda de\·eserutili7_ada para obter o
Tabela 2.9
53.124500-.. 53.124
76.327500- 76.328
55.134500- 55.135
Cabe observar que. se o arredondamento faz com que o valor
nurnéricodaincerteza-padr-Jo seja red ulidoa urn va lor abaixo
de5 %.oarrcdonda rnentoparnumvalorsupcriordeveser utili~do
Procedimento passo a passo para o cálculo da
incerteza
a. Exprcssarcrntcrmosmatcm:lticosadepe ndênciadomensu mndo (qu:mtidadc de safda) Y nas quantidades de entrada X,.
No caso de uma comparaç~odiretn de dois padrões. a equação
pode ser bastante s imples. por exemplo. Y =X, + X,:
b. identificare aplicar todas as correções significativas:
c. listar toda.o;; as fontes de incerte7.a na forma de análise da in-
Fatores de cobertura k para diferentes graus de liberdade efetivos v..
''<I
1.:
7
13.97
-1.53
3.3 1
2.87
2.65
2.52
2.43
2.37
10
20
so
2.28
2.13
2.05
2.00
70
CapítuloDois
d. calculara incerteza-padrão u((j) pammedidasrepetidasdas
quantidades:
e. para valores únicos. por exemplo. resultantes de medidas prévias.correçãodevaloresou valorescoletadosem literatura.
deve-se adotara inceneza-padrJo. se ela for fornecida. ou
calcular de acordo com procedimento já exposto nesta seção
Se não existem dados disponíveis dos quais a inceneza possa
serdeterminada.especificarumvalordeu(x.)combasesem
experiência científica;
f. paraquantidadesdeentradaernquea d istribuiçãodeprobabilidades é conhecida ou pode ser aproximada. calcular o
valoresperadoeainceneza-padràou(x1).Seapenasoslirnítes
superiores forem fomccidos ou podem ser estimados. calculara incerteza-padrãou(x.) utilizando a distribuição de probabilidades mais adequada;
g. ealeularparacada quantidadedeentradaX,acontribuiçào
u,(l") paraaincenezaassociadacom aestimativadaquantidadedesaídaresultantedaestimativadeentr.tdax,esornar
seus quadrados. confonnc descrito antcriomlente para obter
o quadrado da inceneza-padrào u(y) do mensurando. Deve-se
obscrvar que.seasquantidadesdeentradasãoconhecidase
correlacionadas.deve-seentãoaplicaroprocedimentoadequado.confonneabordado nesta seção:
h. calcularaincenezaexpandidaUmultiplicandoaincertezapadrão u(\') associada com a estimmiva da sarda por um fator
decoberturakadequado.conformedescritoanterionnente :
expressar o resultado da medida representando a estimativa
do mensurandodasaídaycom a incenezaexpandidaassociada Ueofatordecobenurak
t 2. 7.3 Exemplos práticos de
determinação de incertezas-padrão - Calibração de uma massa de valor nominal de 10 kg
Acalibraçi"lOdeurnamassadevalornorninaldelükgérealizada
pela comparação com um padrào de referência (OIL M classe F2)
dornesrnovalornorninalutilizandoumamassadecomparaçãocujas
caractcrísticasdedescmpcnhoforamprcviamentcdetemünadas.
A massa convencional m x é obtida de:
t Comparadores- Om.
ôm<: uma avaliação prévia da rcpeti tividadedadiferençademassaentreduasmassasdemesmo valor nominal produz uma estimativa de um desvio
padrão de 25 mg. Nenhuma correção é aplicada ao comparador.emquevariaçõesdevidasàexcentricidadeeefeitos magnéticos estimados possuem limites retangulares de
::'::lOmg:
t Flutuaçãodevidoaoar - óB: nenhuma correção é feita para
os efeitos de flutuação devidos ao ar. Os limites de desvios
são estimados em :':I X lO 6 dovalornominal:
t Correlação: nenhumadasquantidadesdeentradaéconsiderada possuir correlação com alguma extensão significativa.
Medidas
Três observações de diferenças na massa (veja aTabela2.10).
emre a massa desconhecida e o padrão, são obtidas utilizando-se
o método da substituição com o esquemaABBA ABBA ABBA
(para este exemplo. massa convencional padr~o. desconhecida.
desconhecida. padr:io). A Tabela 2.11 apresenta o resumo da incenezaparaesseexemplo
Das medidas:
Média aritmética: 8,. = O. 020 g
Estimativa do desvio padrão (obtido da avaliação anterior):
sP(ó,. ) = 25mg
Incerteza-padrão: u(ô,. ) = s(5., ) =
= 14.4 mg.
Tabela 2.1 O Três obsetvações de diferenças na massa
Diferença
observada
+O.Olüg
sendo
Desconhecida
ms amassaconvencionaldopadrão:
Ólnn a deriva (drift) do valor do padr~Kl desde sua tíltima calibração:
&nadifercnçaobsetvadaentreamassadesconhcridaeopadrào:
Ômç acorreçâoparaexcentricidadeeefeitosmagnéticos:
0/Jacorrcçãoparaflutuação.
+ 0.020g
+0.025g
+0.015g
+ 0.01 g
+ 0.025g
+0.050g
Considercasseguintessituações·
t l'adràodereferência - m 1: ocenificadodecalibraçãoparaa
referência padrão fornece um valor de IO000Jl05 g com uma
inceneza expandida associada de 45 mg (com um fator de
cobcnurak = 2);
t Deriva do valor do padrão - Om,: o deslocamento do valor do
padràodereferênciaéestimadodesuaúltimacalibra'iàoem
zero com ::'::15mg;
*
A Tabela 2.1 I mostra a incerteza combinada para m , de
29.3mg.
A incerteza expandida, para esse exemplo. é: U = k X u(m) =
2 X29.3mg""59mg
Ponanto, a massa medida de massa nominal de lO kg é
l0.(XX)()25kg ::':: 59mg.Aincertezademedidaexpandidaresultantcéa inccncza-padrão.multiplicadapclofatordccobcnura
k = 2. para o qual a distribuição normal corresponde a uma cobcnur.tdeprobabilidadedeaproximadamente95%.
+ 0.055g
Padrlo
+0.020g
+0.03g
+ 0.025g
+0.045g
l)esc<.>nh~·óda
+ 0.040g
+0.020g
+ 0.02g
FundamcntosdcEstalística.locertczasdcMcdidascSuaPropagação
Tabela 2.11
Resumo da incerteza de
Quantidade
Incerteza-padrão
x,
u~>:J
10000.005g
22.5mg
'"'"
,_
O.OOOg
8,95mg
0,020g
14.4mg
&,,
O.OOOg
5.77mg
SB
o.ooog
5,77mg
~~~~:ção da
Distribuição de
probabilidades
Retangular
1.0
"""
1.0
8,95mg
22.5mg
1.0
14.4mg
Hemngubr
1.0
5.77mg
Retangular
1.0
5,77mg
l0000.025g
29.3mg
Calibração de um resistor-padrão de valor
nominal de 10 kfi
A resistêocia de um resistor-padr;1oé detenninada por substituição
direta utilizando-se um multímctro digital de 7 c 1/2 d ígitos
(DMM) em sua escala de resistência e um resistor-padrãode mesmo valor nominal que o item a ser calibrado como uma referência
padrão.Osresistoressàoimcrsosemumbanhodcóleo.oqualse
encontra no interior de um agitador a uma temperatura de 23 °C
monitorado por um tem1ômetro de vidro imerso no centro. Os
rcsistorcsdevcmsercompletamcmecstabili7.adosantcsdamcdida. Os conectares dos tenninais de cada resistor são conectados
aos terminais do DMM. Sabe-se que a corrente de medida na escala de 10 kfl do DMM de 100 JJ.A é suficientemente baixa para
evitar problemas de autoaquecimento dos resistores. O procedimentodemedidautilizadotambémgarantequeosefeitosderesistências externas podem ser considerados insignificantes.
A resistência é dada por:
Rx = (Rs
+
óR"
+
óRrs) rçr - ôRn:
em que
Rs éaresistênciadercferência:
ôR"éodrift(ou deriva) da resistênciadereferênciadesdesua
últimacalibraçào;
ôRrséavariaçãodaresistênciadereferênciarelacionadaatemperatura:
r = &amzàodaresistênciaindicada(oíndiceisignifica''in-
Ro
dicada")paraosrcsistoresdcsconhecidosedcrefcrência:
r <: é o fator de correção para tensões parasitas e resoluç5o do
instrumento:
fiRn:é a variaçàodorcsistordcsconhccido relacionada com a
temperatura
banho de óleo é monitorada utili7.ando-sc um tcnnômetro calibrado em 23.00 °C. Levando em conta as características metrológicas do termômetro utilizado e os gmdientes de temperatura
nobanhodcóloo.cstima-sequcatcmperaturacoincidaooma
monitorada com ±0.055 K. Assim. o valor desconhecido 5 X
10-"K-' docoelicientedetemperatur.t(TC)doresistordereferência dá um limite de ±2.75 mfl para o desvio de seu valor de
resistência de acordo com a calibração. devido a um poss(vel
Oesvio da temperaturJ. de operação. A literaturJ. do fabricante
estimaqucoTCdorcsistordcsçonllccidonàocxccda 10 X 10-"
K-'.assima variaçàoderesistênciaéestimadaem ±5.5 mO:
t Medidas de resistência (rç): uma vez que o mesmo DMM é
utili7.adoparaobservarR;xcR;so ascontribuiçõcsdcinccrtc7.a
s5ocorrelacionadas.porémoefeitoreduzaincerteza.e.assim.
considera-scnecessárioapenaslevaremcontaadiferençarelativanaslciturasdercsistênciasdcvidoaefcitossistcmáticos
comotensõesparasitaseresoluçãodoinstrumento.osquaisse
estima possuírem um limite de 0.5 X lo-• para cada leitura. A
distribuiçàodcresultadosparaarazàorcétriangularcomum
valor esperado de IJXXXJOOOelimitesde ± l X 10-";
t Correlação: as quantidades de entrada não são consideradas
correlacionadascomalgumgraudeextensãosignificativo.
AsTabelas2.12e2.13apresemamasmedidasreali7.-adaseo
resumo da in.:erteza R.~·
Das medida.~:
Média aritmética: r = 1.0000105:
Desvio padrlo experimental: ~(r)= 0.158 X 10-":
Incerteza-padrão:
11(r)=s(I')=O,l 58
~ 10-o =0,0707X
10-".
Cinco observações real izadas para a razão r
~~~~~:~::r~~ri:~:~~::;:::~:~~:~~>~:~~~:a~:~6~~~;; ::_~'_ _ _ _ _ __.:::l.OOOO:: : : : ,.,==- - ~~c~fi~~1~~f;~o:~;c cobertura k
4
t Correções devido a temperatura (ÔRrs. óRn:): a temperatura do
Tabela 2.12
Considerando que:
t
71
(m.J
= 2) em uma temperatura
~~:;~r~~ ;;~~~~~i~~~~~: ~ ::~:ú~ti~~:i~:~~:r;~~~~~~ti~n~~
UXXlOl0 7
8
da. de seu histórico de calibraç5o. em + 20 mn com desvios
dc±IOmfl:
:'-- - - - - - - - - "
,.oooo
='-'
103:----_ _ __
72
CapítuloDois
Tabela 2.13
Resumo da incerteza de Rx
Quantidade
Incerteza-padrão
x,
R,
IOCXXX.JS30
""'
'""
'""
0,0200
Hmfl
o.OOJn
1.6mfl
M .,.
u,{y)
1.0
2.smn
Retangular
1.0
5,8ml1
Retangular
1.0
1.6ml1
OJXXlfl
3.2mfl
Retangular
1.0
3.2ml1
I.<XXXXXXJ
0.41 x to·•
Triangular
IOOOJO
4.1 mfl
I.OO:XliOS
0.07 X 10 •
Nom1al
IOOOJ!l
0.7m!l
IOOOJ,I780
R,
~~~:z~ção da
Distribuição de
probabilidades
2.5mn
8,33ml1
A Tabela 2. 13 mostra que a incerteza combinada de R, é
8.33m0.
Sendoassim.aincertezaexpandidaédadaJXlr
U = k X u(Rxl = 2 X 8.33 mil
iii
17m0.
Portanto. o valor medido do resistor nominal de lO kO. a uma
c uma corrente de medida
tcmpemtura de medida de 23.00
de 100 p,A é (10000,178 ± 0.017) 0
Ain.,enezademedidaexpandidaresultanteéainceneza-padrào. multiplicada pelo fator de cobertura k = 2. para o qual a
d istribuição normal corresJXlnde a uma cobertura de probabilidadedeaproximadamente95%.
oc
Observações:
Ovalordaresistênciadesconhecidaeodaresistêociapadrãosão
aproximadamente iguais. Com a aproximação linear usual dos desvios, os valores que causam as indicações do DMM R" e R., são
dados por:
R:• R._ ( l+~) eRs' • R,.(t +~)
Com R sendo o valor nom inal dos resistores, õFV e liAs' são os
desviosdesconhec idos.Arazàode resistêocia deduzidadessas
expressões é:
comarazãodaresistêocia indicadaparaoresistordescoohecido
lldllrllfllrência
r=!1._
"·
eofatordecorreção(aproximaçãolineardosdesvios)
rc =I + SR, ' ~tiR ' .
UmavezqUIIIId~erençadosdesviosécoosidllradllna~~qui!Çáo,
cootlibuiçôescorrelacionlldasdeefe~ossistemáticos resu~llrltesde
escalas internas do DMM não influenciam o resuHado . A incerteza-paÓ"ãodofatOfdecorreçâoédeterrninadaapenaspordesviosnãocorrelacionados resu~antes cie efe~os par~tas e peta resolução do DMM
Port11nto. assumindoqueu(SR,') = u(SRs') = u(SR'), temos que:
u'{rc) = 2u>~R').
Calibração de um multi metro digital em 100 VDC
Como parte de uma calibração geral. um multímetro digital
(DMM ) é "alibrado par.t uma emr.tda de 100 V,<. utilizando-se
um calibrador multifuncional como um padrão de trabalho. O
seguinte procedimento de medida é utilizado: os tenninais de
saídadocalibradorsãoconectadosaosterminaisdeentradado
DMM utilizando cabos de medidas adequados. O calibrador é
ajustado em 100 Vnc. e deJX!iS de um período adequado de estabilização o valor indicado no DMM é registrado. O erro de in dicação do DMM é calculado utilizando-se as leituras do DMM
eosajustesdocalibrador.
Deve ser percebido que o erro de indicação do DMM que é
obtido utilizando esse procedimento de medição inclui o efeito
de offset e também os desvios de linearidade.
O erro de indicação Ex do DMM a ser calibrado é obtido de
Ex = V.x - Vs + ôV.x - ôV5
em que
V.x é a tensão elétrica indicada pelo DMM (o índice i significa
indicação);
V5 éatensãoelétricager.tdapelocalibrador;
ólt,xéacorreçãodatensãoindicadadevidoaresoluçãofinitado
DM M:
8V1 é a correção do calibrador de tensão devido às seguintes características:derivadesdeaúltimacalibração;desviosresultantesdeefeitoscombinados deoffset,nãolinearidadeediferenças
no ganho: desv ios na temperatura ambiente: desvios na tensão
dealimentação;efeitosdecargaresultantesdaentrada deresistênciafinitadoD MMascrcalibrado
Cabeobscrvarque,devidoàlimitaçãonaresoluçãode indicação do DM M. não foi observada dispersão nos valores observados.
Oprocedimcntodecalibraçãofomcceu:
t As leituras do DMM (V....) : o DM M indica a tensãodc 100,1
Voe quando o ajuste do calibrador é de 100 Voe. A lei tura do
DMMéconsideradaexata:
t Padrão de trabalho (V, ): o certificado de calibraçãodocalibrador multifuncional diz que a tensão gerada é o valor indicado
nocalibrador.eainceneza relativacxpandidaassociadade
medida é de IV = 0,00002(comumfatordecoberturak = 2).
FundamcntosdcEstalística.locertczasdcMcdidascSuaPropagação
4
4
4
4
resultandoumaincel1e7_arclativaexpandidademcdidaassociada com o ajuste de I00 v,>e de U = 0.002 Voc (fator de
coberturak = 2):
Resolução do DMM a ser calibrado (OV,x): o dígito menos
significativo dodisp/ay do DMM corresponde a 0.1 V. Cada
leitura do DMM possui uma corr(!{,:ãO dev ido à resolução linita do display. a qual é estimada em 0,0 V com limites de
::':Q,OS (istoé.metadedamagnitudedodigitomenos significativo):
Outras correções (OV5 ): a incertcz_a de medida associada com
asdiferentes fontesécoletadadasespecificaçôesinfonnadas
pelofabricantedocalibrador.E>>asespecificaçôesdizemque
atcnsãogcradapelocalibmdorcoincidecomoajustedeescaladocalibradordentrode ::!:(0.0001 X V5 + I mV)~sob as
seguintescondi çõesdemedida:atemperaturaambienteestá
entre a faixa de 18 °Ca 23 °C;a tensão de alimentação do
calibrndorestádentrodafaixade210Va2SOV:acargaresistiva dos terminais do calibradoré maior que 100 kfl. Além
di sso. o calibrador foi calibrado no último ano:
Umavezqueessascondiçõesdemedidasâoatendidas.ea
históriadecalibraçàodocalibradormostraqueasespecificaçôes do fabricante são confiáveis, faz-se então awrreçào a
ser aplicada na tens~o gerada pelo cali brador de 0.0 V .:om
:!: 0.011 V:
Correlação: asquantidadesdeen t radanãos~oconsideradas
correlacionadascomalgumgraudeextensãosignificativo.
Observações:
Se a situação de medida for tal que uma das contribuições de incerteza pode ser identificada como dominante, por e xemplo, o
tenno com fndice 1. a incerteza-padrão a ser associada com oresultado da med ida y pode ser escrita como:
u(y)=Ju:(y) + u!(Y)
em que uR(y)
=~
indicaacon tribuiçãoda incerteza total
dos termos não dominantes. Desde que a razão da contribuição
das incertezas totais u,.(y) dos termos não dominantes com a contribuiçâodaincertezau,(yjnâosejamaiorque0,3,aequaçâoanterior pode ser apro~<.imada por
A Tabela2.14apresenta oquadro-resumodaincertel.ildeEx.
Para esse exemplo, pode-se concluir que·
4 incertcz_aexpandida:ainccrtezademedidapadrãoassociada
com o resultado é claramente dominada pelo efeito da resolução finita do DMM. A distribuição final não é normal. mas
essencialmente retangular. Portanto. o método de graus de
liberdadeefetivosnâoéap licá~·el. Ofatordeeoberturaapropriadoparaumadistribuiçãoretangularécalculadodarelação
U = k u(Ex) = 1,65 · 0,030 V • 0.05 V (ver observação
a segui r):
4 portanto.oerrodeindicaçàomedidodovoltímetrodigitalem
100 Vocé de (0,10 ::': 0.05) Voc.
73
Orcsultadodaincertezaexpandidade medidaéaincertcza-padr5ode medida multiplicada pelo fatordeeobertnradednzido
dcumadistribuiçãodepmbabilidadesconsidcradarctangular
paraumaeoberturadeprobabilidadede95%.
O método para o cálculo do fator de cobertura é claramente
re\a.:ionadoaofatodequeaincertezademedidaassociadacom
o resultado é dominada pelo efeito da resolução finita do DMM
Issoser;i verdadeiroparaaealibraçãodetodosos instrumentos
indicadorcsdebaixaresoluçào.umavezqucaresoluçàofinita
éaúnicafontcduminantenuquadroresnmodasin.:crtezas(vejaaTabcla2.14)
u(y) ..
u,{y)[H.!(~J']·
2 u,(y)
Oerrorel ativodeapro~<.imaçáoémenorque1 x 10-' .Avariaçãomáximarelativanaincerteza-padrãoresultantedofatordentro
doscolchetesnãoémaiorque5%.Essevalorestádentrodatolerãncia aceitável para arredondamentos matemáticos de valores
de incerteza
Sob essas condições, a distribuição dos valores que podem ser
razoavelmente atribu ídos ao mensurando é essencial mente idénhcaàdistribu içãoresultantedacontriboiçàodominanteconhecida
Dessadensidadededistribu içãol'{y)aprobabilidadedecobef"tura
p pode ser determinada para qualquer valor da incerteza de medidaexpand idaUpelarelaçãointeg ral·
p(u) - :['f<Y')d}'"
'Ummé1odolargamemeu1ilizadoparaaaprcsemaçãodacxa1idãodeins1run~en
1osden~edidacnl<lm~shulsoo manuaiscon siS1eemfornecerasespecifocações
timi1eem1ermosde""ajuS1edeescala'". Paraocatibfadordesseexempto.seria
:!:(0.0\ %doajuS1edeescata + I mV)
Tabela 2.14
Ainversãodessarelaçãoparaumadadaprobabilidadedecobertu ra resu ltanarelaçãoentreaincertezadernedidaexpandida
Resumo da incerteza de Ex
Quantidade
Incerteza-padrão
x,
v
""'
~~:~:~ção da
Distribuição de
probabilidades
v.
v,
100,1
IOO.OV
0,001
w.
O,OV
0,029V
Retangular
av,
o.ov
0.0064V
Re1~ngul ~r
E,
O, I v
v
"·"'
LO
1.0
LO
0.001
v
0,029V
0.0064V
74
CapíwloDois
e a cobettura de probabilidade U • Ulp) para uma dada distribuição de densidade W'j. utilizando essa relação, o !ator de cobertura pode finalmente ser expresso por.
k(p) ~~­
u(y)
No caso do volt/metro d igital, a contribuição da incefleza dominantaresultantedaresoluçãofinitadaindicaç!ioé
u,.,,(E~): 0,029
V.
em que a contribuição para a incerteza lotai dos termos não
dominantes é u.,(EJ • 0,0064 V. A razão relevante é
~ - 0,22.
u.,.,IE,J
Dessa foona, a distribuição de valores qoe podem ser razoavelmente atribuldos como erros de indicação é essencialmente retangular.Acoberturadeprobabilidadesparaadistribuiça:oretangular
é linearmente relacionada com a incerteza de medida expandida
(com a sendo a metade da largura da distribuição retangular)
em que
l;.é aindicaçàodopaquímetro:
/,é ocomprimentodosblocospadrão;
Ls é o compri mem o nominal do bloco padr:lo:
ii éamédiadococficientedeexpansàotérmicado paqu(metro
e do bloco padrão:
~1 éa diferença de temperatura entreo paquímctroco bloco
padr:lo:
ô/"'é a correçl\odevidoaresoluçãofinitadopaquímctro:
ô/_.. é a com."Çliodcvido a efe itos mecânicos corno força de medida aplicada. erro de Abbe. e rros de paralelismo e planicidade
das faces de medida.
Considcrnndoasscguimcscarnçterísticas:
t Padrões de trabalho(/,.
p • ~.
Resolvenclo essa relação para a incerteza de medkla expandida
U e Inserindo o resu~ junto com a expressão da incerteza de
medida padrão relacionada com a distribuiçãO retangular, tem-se a
'''''''"
k(pJ=p../3.
Para um fator de cobertura de probabilidade de 959(., o !ator de
coberlurarelevanteéentãok - 1,65.
t
Calibraçlio de um paquímetro com escala de
Vernler ou N6nlo
Urn11 eSCltla de Vemier de um paquímetro (veja a Figur.t l.4(a))
feita de aço é calibrada contra blocos de medida. tambt"m de aço,
utilizados como padrlo de trabalho. A fa ixa de medida do paquímetro é de 150 mm. O intervalo de lcitum é de 0.05 mm (a
escala principal é de I mm. c o inter'\'a]o da escala de Vcmicr é
de 1n0 nun). Alguns blocos padr:lo com comprimento nominal
na faixa de 0.5 a 150 mm são utilizados na ca libro~çào. São selecionados de fomm a que os pontos de med ida são espaçados em
distâncias iguais (por exemplo: O mm. 50 nun. 100 mm. 150 mm)
mas produzem valores diferentes na escala de Vemier. isto é. 0.0
mm. 0.3 mm. 0.6 mm. 0.9 mm.
Este exemplo utiliza o ponto de ca li braçllo de 150 mrn para
rnedidadedirnensõesexternas.Antesdacalibração.são feitas
algumasverificaçõesdascondiçõcsdopaquírnctro: \'Crificaçào
dapossibilidadedeexisti?nciade errodeA bbc.' 0 qualidadedas
faces de medida dos encostos (planicidade. paralelismo. esquadro)efunçõcsdomccanismodetr.l\'a.
O erro de indicação Ex do paquímetro a uma temperatura de
referêndat0 • 20 °Céobl:idodan:lação:
Ex = la -15 +L,·;; ·.li + &a + &_..
'"l>mstAI>hc.fuoldadordaZciS'.C"udouumcrroadkioootquondoocixoda
n....Ji\'llonllo<:Qincidt•'Onluci•odoin,.rumcnlu.E;.. cfcito~•Ptid,·cla.oflll·
QUimclruct)fi\'Cnciunat quanduoei•o<k"-"" instruon<niQ nu nco~u inci<kromu
ei>o<bpoç:oemm.-diçtu
t
t
t
L, ): os com primentos dos blocos de
referênciautilizadoscomopadr-lo.juntamcntecomsuasi ncenezas de medida expandidas associadas. são fornecidos no
ceni fic;tdo de ca libra~~o. Esse cenificado confirma que os
blocospadrãoatcndcmaosrcquerirnentosda iS03650.grau
l.istoé.ocomprirnentocentral doblocopadrãoestá dentro
de :!:0.8 ~rn nocomprirnemo nominal. Para os comprime ntos
dos blocos padriio. se us valores nominais são utilizados sem
COtTeÇão. utili1.andoos limites de toler.inciacomoimer;alo
de\·ariabilidadeinfcrior csuperior:
Temperatura (~t. ii): depois de um tempo de estabili1.ação adequado. as temperaturas do paquímetro e do bloco padrão são
ig uais dentro da faixa de :!:2 oc_ A média do coeficiente de expans.llotérnlica f 11.5 X 10- 6 "C- 1. A inccne1.a na média do
coeficiente de exp;m~1o ténnica. bem corno a di ferença doscoeficicntesdeexpans;loténnica. éconsider.Jd1tinsignific;mte:
Resoluç!lodopaquímctro(lila):ointerva lodaescaladcVcrnier é de 0.05 mm. Ass im. estima-se que as variações devido
à resolução fini ta possuem limite retangular de :!:25 ~m:
Efeitos mecânicos (ôl..): esses efeitos incluem a força de medida aplicada. erro de Abbc e efeitos de folgas. Efei tos adicionais podem ser causados pelo fato de que as faces de medida dos encostos não estão perfeitamente planas. não pam~
leia~ e não perpendiculares ao corpo do instrumento. Por
questõcs dcsimplificaçào.apenasafaixadevariaçãototal.
iguala :!: 50p.méconsidemda:
Correlação: nenhumad:~sq uantidades de entrada écons ide­
rada correl~lcio nad a com alguma extensão significa ti va.
Asmedidas(/ 1K)sllorepctidasalgumasvezesserndetectar
ne nhurnadispersilonasobservações.Assim.a inceneza devidoàrepetitividadelimitadaniiotcmcontribuição.Orcsultadode medida paraoblocopadrllode l50mm é 150. 10mm.
A Tabela 2. 15 aprese nta o quadro-resumo do cálculo da inceneza ôlxdesteexemplo.
l1tcene1.a expandida desse experimento: a inceneza de medida associada com o resultado é claramente dominada pelos efeitos combinados da força de medida e da resolução finita da escala de Vcrnier. A distribuição final não é normal. nms essencialrnentetrapczoidal(resultadodaconvolução deduasdistribuições
retanguhtres), comumarazllof3=0.33dametadeda largurada
regi~o plana até a metade da largura do intervalo de variabilidade. Ponanto. o método de gmus de liberdade efetivos n~o se
FundamcntosdcEstalística.locertczasdcMcdidascSuaPropagação
Tabela 2.15
Quantidade
Incerteza-padrão
x,
.,'"
Distribuição de
probabilidades
Coeficiente de
sensibilidade
Contribuição da
Incerteza
l50,l0nun
""'
150,0mm
0.46J.tm
Retangular
- 1.0
- 0.46J.tm
1.15 K
Retangular
1.7,..Mk·'
2,Üj.<IH
l5J.tm
Retangubr
1.0
29J.tm
Retangular
1.0
M,x
&.
Ex
75
Resumo da incerteza de fix
"·"'
O. lOmm
ap lica. O fator de cobertura apropriado pam essa distribuição
trupczoidaldevaloresédek= 1.83.Assim:
U = k · u(Ex) = 1.83 · 0.033 mm :.. 0.06 mm
Para esse e:~:pcrimentu. o resultado final indica que em 150 mm
a inceneza de indicação do paquímetro é (0,10 ± 0.06) mm. A
inceneza de medida e:~:pandida é a inccneza-padr5o da medida
muhiplicadapclofatordecoberturak = l.83.oqual fui deduzido de uma distribuição de probabilidadesconsidcradatrapczoidal.paraumacoberturadeprobabilidadedc95%.
O métodoutilizaduparacalcularufatordecoberturaé clammcntcrclacionadoaofatodequeaincene:z.adcmedidaassociadacomoresultadoédominadaporduasin1luências:oscfeitos mecânicos e a resolução finita da escala de Vemier. Assim.
nãoscjustificaconsidcraradistribuiçãodeprobabilidadesda
quantidadedesaídanonnal.Umavezqueprobabilidadcsedcnsidades de probabilidades na pr.ítica podem apenas ser determinadasde3% a5 %, adistribuiçãoéesscncialmcntctrapcwidal.
obtidapclaconvoluçãodcduasdistribuiçõcsrctangularesassociadascomascontribuiçõcsdominantes.Asmetadesdalargura
da base c do topo do trapézio simétrico resultante são 75 11m e
251-'-m.respcctivamente.Opcrcentualde95% daáreadotrapczoide está dentro do intervalo de :!: 60 11-m em tomo do eixo de
simctria.corrcspondendoak = 1.83.
Para mais detalhes referentes aos procedimentos matemáticos
desse exemplo. consulte o documento E:A-0/42 Expre.uion of
the U11certai11ty of Meas11reme11t ;, Calibratio11 .
41 2. 7.4 Avaliação da incerteza
utilizando o método de Monte Carlo Duruntc a avaliação da incerteza de medição, pode acontecer que
fontcssignificativasdcerropasscrndespcrccbidas.ernraziiodo
conhecimento limitado du avaliador. Nesse caso. a amplitude da
faixa de incerteza pode ser menor que aquela que deveria ser
declarada paruquea rastreabilidade não seja prejudicada. Em
outras situações. a incerteza pode ser sobrestimada. em virtude
desuposiçõcscxccssivamentcconscrvativassobrcamagnitudc
dos erros prováveis
O Guia para a Expressão da Incerteza de Medição (GUM). uma
dasrcfcrênciasutili:z.adasncstaobra,estabelcceregrasgcraispara
avaliare expressar a incerteza de medição. O método de avaliação
de incertezas. proposto por ele. toma por base a propagação de
151-'m
29j.liH
331-'m
incertezas através do modelo matemático da medição. como visto
nascçiioantcrior.Apcsardcreprescntarumconscnsodacomunidadeintemacionalparaexpressaraincertezadernediçiio.constituindo.a\sim, arcfcrênciapamaavaliaçãodeincerte7_a,ométodo
aprescntaalgunsproblcmaspráticos,comoporexemplo
t complexidadcconccitual:
t nttessidade de construir um modelo matemático da medição:
t além disso, nasuaformulaçãomaisusual,ométodorequer
condições de linearidade do modelo. além da distribuição
nonnal da variável aleatória que representa os valores possíveis do mensurando
O último exemplo é um caso em que ocorrem detal hes que
aumentam a complexidade do método.
Uma alternativa é a utilização do método ou simulações de Monte Carlo (MMC ou SMC)_Os matemáticos John Von Neumann c
StanislawUlamsiioconsideradososprincipaisautoresdatécnica
deS MC. Jáantesde l949foramrcsolvidosváriosproblemasestatísticos deamostragcrnaleatóriaernpregando-scessatécnica.
Entrctanto.pclasdificuldadesdcrcalizarsimulaçõcsdcvariávcis
aleatórias à mão. a adoção da SMC como técnica numérica universaltornou-sercalmcntcdifundidacomachegadadoscomputadores. A avaliação da incertel'.:l de medição usando a técnica de SMC
é realizada em duas fases. A primeira consiste em estabelecer u
modelo de medição. ao passo que a segunda envolve a avaliação
do modelo. As diferenças fundamentais entre o método clássico e
a SMC estão no tipo de infonnaçào descrevendo a~ gr.mde:z.as de
cntrudacnafonnacmqueessainfonnaçãoéproccssadaparusc
obter a incertel'.:l de medição. No métOOo clássico. cada variável
deentradadcvescr camcterizadapclafunçãodensidadcdcprobabilidade (pdj). sua média e desvio padr.lo e os graus de liberdade
Na SMC. esse último par:Jmctm não é envolvido nos cálculos. tornando-scdesnecess.1rioporémnâoirrelevantenaanáliscdosresultados.NaSMC.ofonnatodadistribuiçãodesaídaéobtidoapartir da avaliação do modelo matemático por meio da combinação
deamostrasalcatóriasdasvariávcisdccntruda.rcspcitandoasrcspectivas distribuições. Assim. a SMC produz a propagaçãodastx/fs
das grandezas de cntrnda atmvés do modelo matemático da medição. fomttendo como resultado urna pdf que descreve os valores
do mcnsurundo condizentes com a informação que se possui. Por
isso.éconhttidocomumétododapropagaçiiodedistribuições.
A utilizaçãodcssatécnicanametrologia,contudo,nãoénova. e já existe um suplemento ao Gu ia (GUM Suppll, 2004),
76
CapítuloDois
que busca estabeleceras bases paraumacorretaaplicaçãoda
SMCnaavaliaçãodeincertezas.
Uma vantagem do método de Monte Carlo é que ele produz
umaaproximaçãodafunçãodedistribuiçãoparaomensurando
Dessa distribuição. quaisquer parlmetros estatísticos. incluindo
o resultado da medição. a incerteza de medição padrão associadacarespcctivaprobabilidadcdc abrangência, podem ser obtidos. Outra vantagem é que o método não depende da natureza
do modelo. isto é. pode ser fortemente não linear ou ter um núrncrograndcdcvariávcis.
As desvantagensresidemnocar:iternuméricoqueessatécnica impõe. particularmente a sua natureza computacional intensiva. É também ncccss:iriaumaavaliaçàocuidadosadaqualidadedosgeradores denúrnerospseudoaleatóriosutilizados
NaSMCmudelosmatem.:ilicosnãolineares.distribuiçõesassirnétricasdasgrandczasdeinfluência,eomribuiçõcsnàononnais
dominantes.eorrelaçõesentregrandezasdcinfluênciaeoutrasdificuldades para a aplicação do método clássico não pR-cisam rece-
bcr atenção especial. De maneira similar. considcmções sobre a
norrnalidadedaestimalivadesaídaeaaplicabilidadcdafómlulade
Wekh-Satterthwaite tomam-se desnecessárias. No entanto. a qualidadedosresultadosobtidosdcpcnderádosscguimesfatores·
4 representatividade do modelo matemático:
4 qualidadedacaracterizaçãodasvariáveis deenlrada:
4 caraderísticas dogcradurdenúmcrospseudoalcatóriosutilizado:
4 núrnerode simulações realizadas:
4 procedimentodedefiniçãudointervalo deabr.mgência.
O número de mcdi~Wsimuladaspos;;ui forte influência ooerro
amostrai esperado para as estimativas obtidas por SMC. Na Figura2.29.épossívelobservaroefeitode M sobredistribuiçãoempfrica de uma variável distribufda oorrnal, com média 11. = l e desvio
padrJou = l.Osgráficossupcriorcsaprescntarnohistograma
(àesquerda)eacorrespondentedistribuiçãodefrcquênciasacumuladas (à direita). obtidos com uma amostm de tamanho M = 100.
0,9
0,8
jo.7
~0.6
go.5
~0.4
g-o.J
'
"
02
O,l
1.5
2.5
{O)
0,9
"St0,8
i'·'
~0,6
&!0.5
i0,4
10.3
0,7
O,l
,,,
Figura 2.29
-1'<.,--::';--::;C<''i---.:.:--:-__,,.--,;-"'--;----,'.
Efeito do número de medições simuladas (M) na curva de distribuição gerada: (11 ), (b) M
(d)
=
100 e (c) . (d) M
=
100 <XXl
Fundamcmos de Estatística, lnccnczas de Medidas e Sua l'ropólgaçOO
Os gcificos inferiores mostrnm O!'i resultados de uma simulação n.:ali7.adacom uma amostra bem maior,/11 • 100(0).
Observu-sequeadistribuiçãodefreq uêndasacumuladas fica fonentente afetada com a redução do tamanho da amoSU'll. A
intcnsidade doroídoamostral e an.:duçàona:unplitudedosvalorçsobtidossãosignificativasquandosctrJbalhacomamostras
detamnnhoreduzido. lsso tudoafctadrasticarne nteacapacidadc de defini r com exatid~o os valores da variável qu e correspondem a uma dada probabilidade, panic ul~nne iH e com relação a
probabilidades próximas aos valores Oc I, nos quais a~ amostras
nteoorcsnprcsc ntam valorcscsparsos.
Embora os gr.ificos da Figura 2.29 descrevam o componamentode uma variáve l isolada (uma das grandez.as de influência.
por exemplo). o fenômeno é si milar quando se trata de uma \'ari:ível originada da combinação matemática de virias varii,·cis
aleatórias (e ntre o utras, o valor do mensurando). Assim. o auntc nto do valor de M produzici uma diminuição do ruído amostrai. resuhando em estimativas mais confiáveis do \'alordo mensunmdo e daincenezademediçàoassociad:r.
lnfctizmcntc,aampliaçãodotamanhodaamostraMtrazconsigo um aumento nos requisitos sobre o hardware usado na simulação c. consequentemente. um acréscimo no tempo nece ssário para se dispo!' do resultado. Pam defi nir o número de simul a<,'ÕCS, deve-se fazer um balanço entre a qualidade dos resultados desejada e as disponibilidades de hardware e de tempo.
Entretanto. cabe lembrar sempre que o erro amostrai de sim ulação não é a úni ca fonte de desvios potenciais na aná lise de inceneza por SMC. Em particular. modelos mat emáticos pouco
rcpresentativosegrandezasdeinfluênciamalcarJcterimdaspodcrn ge rar desvios bem maiorçs e mais difíceis de se rem detec tados. Nn solução desses problema~ mal defntidos, aumemar
mdic:ilme nte o número de simulações M parn red uzir o erro
amostrJI pode não trazer o retorno espcr~do.
A maior flexibilidade do método de avaliação de inceneza
po!'Sl\ ICpennitcq ueclc scjausadopara secstimara ineerteza
co mbinada expa ndida. em situações e m que a distribuição que
represe nta os va lores possíveis do mensurando n5o é normal.
Nesses casos. a solução de multiplicar o desvio padrJoestimado
porumdeternJinadofatordeabrangênciadei:otadescrválida,
pois resu lta em inccnezas pouco realistas.
Qunndoa di stribuiçãodavariivclquereprese nta os va lores
possíveis do mensu rando é simétrica. é possível u~ar o recurso
deordcn:rrovetordesaídadomenorpantomuiorvaloreidcntific~•r os limites do intervalo de abr.rngência por meio da contage mdosscuselementos.
Esse método revela-se inadequado quando a distribuição de
safdanãoési mé trica.Nessescasos.écotl\'eni ente apli caroprocedi mcnto recomendado para a est imação do imervalo de abrangência mínimo. eonfonne GUM Suppl (2()()..1).
Combinaçao de distribuições
Serilomostrados,comalgun sexemplossimples.osefcitosocorridoscornoperaçõesemdistribuições.
a. Considereinicialmenteduasdistribuiçõesretangularesiguais.
Nessceaso.considera-sequeasduas di stribuiçõesretangulares do modelo matemático relativas às variáveis X c Z têm
a mplitudes iguai s. dentro do imcrvalo [0: 1[. A convoluç~o
77
das duas distribuições pode ser calculada, resul!ando orna
distribuiçãodeprobabi lidadedesaída triangular.Oresult:tdo
dessa simulação pode ser obserYado na Figura 2.30 - nesse
exem plo foram utilizadas 100 000 sim ulações.
Algumas bibliografias (Souza e Ri beiro, 2006) mostmm
aiudauma cornparaç:lodosresultados daapli eaçào daLe ide
Propagaçàode lncenezaseomaquclesquercsultamd1taplicação do MMC, corno ilustra a Tabela 2.16.
Pode -se observar no exemplo com distribuições retangulares que o mé todo clássico sobrestima o intervalo de confiança
em ambos os casos, mas paniculanncnte nos 99% de probabilidadedeabrangência.Asdiferençaspercentuais emreos dois
métodoss3ode3% cde 1 5%.~ti\·anll:nte.
b. Considere duas distribuições retan gulares oom amplitudes
diferentes (X com um interYalo [0: I [ e Z com um intervalo
[O: 2.5)). A eonvo lução das duas di stribuições o rigi na uma
di stribuiç ilo de probabilidades de saídatrapc 7.oidal.Oresultado da sinrulação desse caso pode ser visto na Figura 2.31
Nesse exemplo foram utilizadas 100 000 simulações.
Novamente, a co mpamçãodos resultados obtidos pelo mé todo clássico com aqueles que resultaram da aplicação do
MCM pode ser observada na Tabela 2. 17.
Nessesegundocaso.asdiferençassãoaindamaisacentuadas. agora com diferenças de 8% e de 21 % entre o método
clássico (GU M) e o MMC para as probabilidades de abrangência de 95% e 99%. re.~peçlivamente.
c. Considere três distribui ções retangulares (X oom um intervalo [O; 1[. Zcom um intervalo [0: 2.5] e Ycom intervalo[ O; 1])
Aconvoluçãodessasdistribuiçõesresultaemumadistribuição
dc probabilidades desaídaqucscaproxinmdadistribuição
norm:tl. Ne~~e exemplo foram utilizadas I00 000 simulnções,
eorcsultadoémostradonaFigura2.32.
Pode-se veri ficar nesse caso uma aproximação à forma guussiana De fato, com a so111a de quatro ou cinco distribuições. a
curv-Jgemda. naprática.podeser consideradau ma gaussiana.
Novamente. a comparação dos resultados obt idos do métododissieo {GUM) com aqueles que resultam da aplicação
do MMC pode ser observada na Tabela 2.18.
O exemplo da calibração de um multfmetro digital
O caso de es tudo envol\'endo a calibmção de um multíme tro di gital {reponc-sc 11 seç1loa n1erior para 11 de sc rição das variáveis
envolvidas nesse modelo) na escala de 100 Vuc tcm como modclonmtcmit ico:
t.'x =
V..,- V, + ôV" - ôV,.
Tabela 2.16 VaiOfes comparativos do caso da soma
entre duas distribuições retangulares com o método
clássico da aplicaçao da lei de propagação de incertezas
com o MMC, utilizando 500 000 simulações
Clássico
I.OOOO
= _
MMC
0,9994
_
'é
l.ó00!
=-
2. 1066
1.5543
1.8002
78
Capí1UloDois
Figura 2.30 O resulcado da soma
dcduasdiscribuiçõcsn:cangulares
(considerando-selOO<nlsimulações)
oom o mesmo incer\"alo 10; li ~ uma
di scribuição triangular.
Fundamentos de Estatística. lnccnezas de Medidas e Sua Propagação
Flgun~2.31
79
01\"Sllltadodasomadedu-
asdistribuiçõesi'C'!Mgulan::scomointn'\'alo
(0: l )e [O; 2.S](coosidelafld<>.se 100000
simul3ç&s) ~ umadistribuiçlotrnpewida1
80
Capítulo Dois
Tabela 2.17 Valores comparativos com o método clássico da aplicação da lei de propagação de
incertezas com o MMC, utilizando 500 000 simulações
MMC
1.7500
"3,0-+70
"-
0.7507
2J941
3,1858
Figura 2.32 Resultado da soma de três distribuições retangulares. utilizando o MMC com X, com um intervalo [O: 11. X, com um intervalo
[0:2.S[eX, comumintervalo[O: !)),considerando-se lOOOOOsimulações
Tabela 2.18 Valores comparativos com o método clássico da aplicação da lei de propagação de
incertezas com o MMC, utilizando 500 000 simulações
ClássiÇQ
2.2500
"3.2502
"4,2784
2.2496
3,0582
3,6551
Aplicando-se o método de Monte Carlo com 500 000 simulações.
oerrodeindicaçãodomultímetrodigital resultou no valor de
0.100 V. com um intervalo de confiança de 95% de [0.050: 0.1511
(Souza e Ribeiro. 2006)
A fonna da distribuição é essencialmente trapezoidal. como
pode ser observado na Figura 2.33 (nessa figura foram utilizadas
100000 simulações). sendo a distribuição retangular uma aproximação possível (como indicado na seção amerior). mas seria
umaaproximaçãogrosseiraassurnirumadisttibuiçãogaussiana
(nonnal) para esse tipo de problema.
A utilizaçãodosmétodosdeanáliseda incerteza não deve ser encarada como uma receila válida para todas as situações. O método de Monte Carlo é uma ferramenta que podeserutilizadacomvantagemcmsituaçõesemqueascon-
dições do método convencional não são atendidas. como por
exemplo:
4 o modelo matemático do procedimento de medição apresentaumaacentuadanãolinearidade:
4 adistribuiçãodeprobabilidadedagmndezadesaídaafasta-se
significativamentedacurvanonnal
O método da SMC também é particulannente útil quando modelosmatemáticoscomplexosestãoenvolvidos,nosquaisédificil
ou inconvenientedetenninarasderivadas parciais exigidas pelo
método clássico. ou quando a grandeza medida não pode ser cxplicitamenteexpressaemmzãodasgmndezasdeinfluência.
A utilização de ferramentas computacionais. na metrologia
ciemíficaeindustrial.temsidocadavczmaisaccita.Asativida-
FundamcntosdcEstalística.locertczasdcMcdidascSuaPropagação
81
Figura2.33 Distribuiçãodavariáveldesaídaparaoexcmplodacalibraçâodornultfrnctrodigital (gcrada
cornlOOOOO sirnulaçõcs).
dcsmetrológicasvêmsendofortcmeotebencficiadaspelaaquísição de dados e pelo processamento de resultados via sistemas
digitais.comaconscquentereduçãodotmbalhorotineiroedos
errosgrosseiros.aspectosessesinevitáveisquandograndesquanti dades de números precisam ser manipuladas. Além disso. a
rápidaevoluçãodasarquiteturascomputacionaistemdisponibilizado aos metrologistas poderosas ferramentas de cálculo que
viabilizam a execução da SMC a um custo razoá"el e em tempos
compatíveis com a dinâmica do serviço metrológ ico.
t 2.8 Uma Introdução à Regressão
Linear-----------t 2.8.1
Regressão linear - - - - -
Em muitos experimentos envolvendo variáveis X e Y. uma das
variáveis pode ser controlada pelo investigador. Em tais circunstânc ias. a utilizaçãodosrnétodosderegressãoéapropriadapara
avaliararelaçãoentreavariávelindependente(fatorcausal)ea
variável dependeme (resposta possível) em um dado ensaio.
A equação da reta Y = a+ bX. em que b indica o gradiente
ea,opontocmqucalinhacnnaocixo Y(Figura2.34).
O parâmetro b é denominado coeficiente de regressão e pode
ser determinado por:
l(X-X)X(Y-Y)
:EX
Y-~
~ X ' - (~X)'
:E(X - X)'
N
e a pode ser estimado pela substituição do valor calculado de b
na equação·
a = Y-b·X.
Um dos métodos para testar se a regressão é significativa é
analisara variação de YcrndoiscomJX)nentes.taiscomo
Variação total de Y(soma dos quadr..tdos) = ~y'
(Lx·l'l'
Variaçãoestirnadapelaregressão=~
Variação não estimada =
Li - (L~~;l')'
Esse método pode ser convertido para a variância residual
dada!Xlr:
( Y,- Y)
Portanto. par..t se testar a significãncia da regressão. pode-se
estimarquandoovalordc h desvia significativamente de 7.Cro
através de:
I
1,0
X
VariáYellndapendenta X
Figura 2.34
Regressão linear.
= bX
~.
.
Considereoensaioparaavaliaroefeitodaternperaturaern
um produto alimentício que absorve água no aquecimento
(Tabela2.19).
82
Capí1UloDois
Tabela 2.19 Dados da variação de temperatura e
absorção de água
Tempcratura ("C)
Quamidadeddgua(mg)
lj
20
2S
30
279J
2924
3175
3340
3576
Nesse ensaio. a cempcracura foi conlrolada (lambém çhamado de facor çoncrol:h ·el) C)(pcrimentalmence (cinco eventos
ouníveis:.N = 5)erepresencadapclavariávelindependenteX.eaquancidadedeáguadoalimenlo é reprcsentadapela
variável dependence Y (a Figura 2.35 representa os dados obtidos.eaFigura2.36,aregressão linearparaosdadosdesse
ensaio)
Comabasedcdndos eosscguintcsvaloresdasexpressi'\es:
Figura 2.36 Regresslloparaosdadosdoe>cperimente>d:JTabela 2.19
N=S
:EX = ( I5 + 20 + ... + 35) = 125
LX" = {151 + 2Ql + ... + JSI) • 3 375
:ix 1 = :EX 1
1
(YX)
-
= 3375 - ~ = 250
= 3 16 1,8 - (39.6 X 25) = 2 17 1.8
N
5
H = (2 794 + 2924 + ... + 3576) • 15809
:Etz = (2 7941 + 29241 + ... + 35761) "' 50380213
Y y 1 = ~Y :_ ('i;) - 50 380213 - ( 15 ~09 )
1
Y • a + bX
Y= 217L8 I 39.6X
Y • 39.6 ·X + 217 1.8
1
=395316.8
:EX· Y = J(l5 X 2749) + (20 X 2 924) + ... + (35 X 3 576)] =
= 405 125
:Ex .)'= 'i.XY - ('i.X)~('i.Y) • 405125 - 125 x 515809 =
= 9900
Obtém-se a equação que melhor se aproxima da base de dados
do experimemo para avaliar o efeito da temper.ttur.t em um
produto alimelllício que absorve água no aquedmemo (veja a
Tabela 2.19). ou seja. a reta Y = 39.6 X + 2 171.8 (•·eja a
Figum2.36).
Para testar a significância da regressão pode-se cakular a variãocia residual com o apoio da tabela da discribuição 1 (parte
apresemada na Tabela 2.20 - para mais detalhes sobre essa distribuição.•·erificarTaOela2.Se o textorelocionado):
s,
•
9900
= 250 = 39.6
=___!__
x[r,.1_ ('i'i.xl
.ry)~ )
N - 2
, - I X [ 395316.8 -9900'
s.·=
- - ) • 1092.3
5- 2
250
t = bX
T..,..,eratura("C)
Figura 2.35
Rdaç3o dos dados ex pcrinwntais: temperatura ,-.-rsus
quantidade de ág ua.
B
= 39.6X
50
~
- - = 18,945
I 092.3
Como valor de /obtidodaequaçàoanterior(l = 18.945)
e com 3 graus de liOerdade (N - 2 = 5 - 2 = 3), basta cru·
zaressesvaloresnaTabela2.20para scobtc r aprobabi lidade.
Caso não seja possível selecionar o valor C)(ato de 1 na Tabela 2.20. basta selecionar o valor que mais se aproxima do valor calculado para te. !)Orconsequência. dctcnninar a probabilidade para esse cruzamento de dados (ver o negrito na
Tabela 2.20). Porta nt o. para esse exemplo. a probabilidade é
de I' < 0.0005.
Para obler valores com 95% de confiança. ou seja. eom nível
de significâocia a de 0.05:
"
Y :!: I Xs.x
Jl
( X' - i )l
N+ ~
FundamcntosdcEsta1ística.1ocertczasdc McdidascSuaPropagação
Tabela 2.20
Pontos percentuais da distribuição
Nfveldeslgnlflcâncla(a)
Graus de
liberdade
12
83
t"
0,40
0,01
o,oos
I.OOJ
3,078
'·"'
6.314
0,02S
0.325
12.706
31,1}21
63.657
'·"""
127.32
318.31
0,289
0,816
1,886
2,920
4.303
6,965
9,925
14,089
23.326
0,277
0,765
1,638
2.353
3,182
4,541
5,841
7.453
10.2JJ
12,'124
0,271
0,741
1.533
2.132
2,716
3.747
4,604
5.598
7,173
8.610
0,267
0,727
1.476
2,015
2,57 1
3,365
4,032
4,773
5,893
6,869
0.265
0.727
1.440
1.943
2.447
3.143
3.707
4.3 17
5.208
5.959
0,263
0,711
1,415
1.895
2,365
2,998
3,499
4,019
4,785
5.408
0.262
0,706
1.397
1,860
2.306
2.896
3.355
3,833
4.501
5,041
0,261
0,703
1,383
1,833
2,262
2,821
3,250
3,690
4,297
4,781
0.260
0.700
1.372
1,812
2.228
2.764
3.169
3.581
0,260
0,697
1,363
1.796
2,201
2.718
3.106
3.497
4,025
0.259
0,695
1.356
1.782
2. 179
2.681
3.055
3.428
3.930
4,318
0,259
0,694
1,350
1.771
2,160
2,650
3,012
3,372
3,852
4,221
0.258
0,692
1.345
1,761
2,145
2.624
2.977
3.326
3.787
4,140
0,258
0,691
1,341
1.753
2,131
2,602
2,947
3,286
3,733
4,073
0.258
0,690
1.337
1,746
2.120
2.583
2.921
3.252
3,686
4,015
0,257
0,689
1,333
1.740
2,110
2,567
2,898
3,222
3.646
3.965
0,257
0,688
1.330
1.734
2.101
2.552
2,878
3,197
3.6 10
3,922
0,257
0.688
1,328
1.729
2,093
2.539
2,861
3.174
3.579
3.883
0,257
0.687
1,325
1.725
2,086
2.528
2,845
3,153
3,552
3,850
0,256
0.683
1,310
1,697
2,Q.t2
2.457
2,750
3,030
3,385
3,646
0,255
0,681
1,303
1,6S4
2,021
2.423
2,7Q.t
2,971
3,307
3,551
0,254
0,679
1,296
1.671
2.001
2,390
2.660
2,915
3,232
3,460
0,254
0,677
1,289
1,658
1,980
2,358
2,617
3,373
0.253
0,674
1.282
1,645
1.960
2.326
2.576
'·""'
3.160
3.090
3.291
0,10
'·""'
636,62
0,001
3 1.598
4.587
2.807
4,437
Y
em que
éovaloreslimadode YeX' éovalorparticu1ardeX
Para esse intervalo de confian ça. temos o: "' 0.05 (I - 95 % =
1 - 0.95 "' o:) c. de acordo com os dados do exe mplo. 3 graus
deliberdade.Scndoassim.cruzandoessesdados naTabeln2.20.
é possível determ inar o valor de 1 para 95% de confiança c 3
grausdelibcrdadc(vcjaa Tabcla2.20):
I~ "' lo_, =
e do cálcu lo anterior da
vari~nc i a
2.353
residual:
Portanto:
substituindo X' com us valores de temperatura ("C) do exemp lo
anterior, ou seja. valores de I 5 oc a 35 "C com variaçào de 5 oc
em 5 °C (veja Tabela 2.19). Substituindo o valor de 15 °C:
Y±2.353X33.05X
.!. + 115 5
y ± 60.2
25
250
)'
84
Capíwlo Dois
As constantes da reta de mínimo quadrado Y • a + bX são
calculadaspelaresoluçãodosistema(equaçOesdcoominadas
equaçõesnornmisdareta):
f
!Y=a·N+b·!X
l~XY = a·J:X+b·!X 1
ou podem Sl.!robtid;,s pela resolução de:
IY ·!X' - !X· !XY
N ·!X '
(!X) 1
As cun<tS CracC'jadas represencam o imcn'1!1o de coofiançadosdados.
Figura 2.37
O mesmo procedimento é válido para os outros valores de X'
(vejaocsboçodaFigura2.37).
b
• 2.8.2 Ajuste de curvas por minimos
quadrados generalizado - - - - - O proccdimcmo amcrior para ajustar curvas é vá lido para
relaçõessignificativamentelineares.Ou scja.énecessáriaa
utili;caç:io da curva de ajuste Y = a + bX para melhor adaptação dos dado~ (a mesma consideração pode ser feita para
ajustes baseados em parnbolas. curvas do 3°. 4" ou de 11 graus
em qu e objcti\•amen te se procura uma melhor cun·a que se
ajuste aos dados experimentais). Considere. por exemplo. a
Figum2.38.querepresentaosdadosdeumdetcrminadoexperimcnto (representados pelos poncos, ou pares ordenados
(x ,:y 1)a(x,:y,)).
Os desvios ou erros ind icam a qualidade do ajuste gerado. No método dos MQ a melhor curva de ajuste é aquela que possui a propriedade de apresentar o mínimo valor de
1
(0, + Oi+ Di+ ... + o;) -origemdonorncdométodoempregado. A forma de onda com essa propriedade é denominada
curva dos mfnimos quadrados: ponanto. se uma reta de ajuste
apresentacssapropriedade.édenominadarctadcmínirnoquadrado. O mesmo é válido para ouuw;; curvas.
N~ ~~,- ~~~~y
quesãoasequaçõcsaprcsemadasnaseç:loanterior.
O procedimento é similar para outras expre.~sões, corno por
exemplo a parábola de mínimo quadrado Y - a + b ·X + C·X'.
cujasconstantessilodadaspelasequaçõesnonnaisdapambola·
!
!Y - a·N+b·};X+c·};Xl
};XY = (/·!X + b · !X' + c· !XJ
Y • a·!X 1 +b· :i:X 1 +c · :Ex•
};Xl ·
Deixamos eomoexercfcio a obtenção das constantl'S para outras expressões.
f 2.9 Fundamentos sobre Análise
de Variãncia 12 - - - - - - - - Adifcrençucntreduasmédiasdcdoiscnsaiospodescrtestudapor
comparação. Porém.nuprática.existeanecessidadcdccxaminar
a~ diferenças entre as médias de diversos ensuios. Nào é apropriado examinar separadamente o significado est3tistico. por exemplo,
apenas pelo teste 1. c sim utilizando procedimentos estmlsticos experimentais denominados projeto de experimetttos (oonnalmcnte conltecido pelo tenno em inglês d esign a11d llllllf)·sis of experim enls). Existemdivcrsastécnicasparaanalisara\'ariaçãocntre
dadoscxperimcntais.destocando-seosprocedimcntosdenomina.dos análise de variância (também chamado apenas de ANOVA).
Apesardonomedessatécnica.aanális..!devariâncianãoenvolvc a análise de vuriância de dados simplesmente. c sim o
panicimmmcnto do quadrado das somas (!x'l) para fornecer algumasvariânciascstimadasque devamscrcomp:tradas.
Os conceitos e ml!todos empregados na área de projeto de cxperirnentosauxili:mtnafomlulaçãodasrespostasparaMscguintes questõe.~. que surgem de um experimento bem planejado:
4 Qual a finalidade dessa medida (por que medir)?
4
Oqucmedir?Quai ~as hipótcscs?
4 Qual o método estatístico a ser utilizado para validar os dados?
• Quais os fatores controláveis do ensaio? Quantos níveis?
Quantidade de ensaios (arnostms)?
x, x,
Figura 2.38
x.
Aju!M de curvas por mfnimos quadrados
"C~«>otci!orlcnhaanece"idadc<koutro proccdimcniOfX!radctcnninaro
tamanhodaatooslra.oomoporoxcmploousodascur'"•scaractcrl,lka,(<"ul">"OS
OC). su~:erimo> q"" eo<tsuttc b obrasdc Momgomeryc Run,erdtodas nas Oibtiogr.lfias dc.,.eoapfluk>.
FundamentosdeEstatfstica,lrl(.'er1czasdeMcdidaseSuaPropagaçâo
85
~STRUMENTAÇÃO
Analisare interpretar
Coleta dedado&
~-
Figura 2.39
Diagrama de blocos par.a um experimcmo eficiente
4 Qual(is)a(s)variávcl(is)deresposta?
4 Qual procedimento eJtperimetttal deve ser utilizado ou desen\'Oivido para reali7.nr as medições?
4 Qual o significado cst:uístko dos resultados'!
4 Qual o modelo matemático que representa esse ensaio?
De forma geral.
~
possfvel afinnar que um bom tr.abalho experimemal obrigatoriamente deve ter um e)(cclcnte projeto de
eJtperimen tos. O di agrama de blocos da Figura 2.39 apresenta a
imponância e a relação de um bom planejamento experimental
naáreadainstrumentuçBo.
Para exemplificar. imagine o desenvolvimento de um sistema
experimental, naárcadain~trumcntaçãobiomtdim.par.acaractc­
rizarochamado pcrfodo de sill!nciou de pacienteseom problemas
na art iculação temporomand ib\thtr. Com certeza. para um bom
projetode eJtpcrime ntos,divcrsasq ucstõcs dcvcmM:rfomtuladas
e respondidas antes. dur.mte ou no ttm1ino do e)(pcrimcnto (muitasvezesemdiver.;osoutrosexpcrimentos-nommlmenteadaptadosouapctfeiçoodosemfunçàodosn:sultadosameriorcs).Seguemalgumas questõesreferemesaessee)(emplo
4 Qual afinalidadedessamedida(porquemedir)?
Essa proposta s urgiu do interesse em desenvolver um método
para beneficiar o diagnóstico e o tr.atamento de paciemes com
' 'Opcri<ldo dl< ~iltiiCio dooo. mll;culosdo ml~m> ~nWJgatóno l um> ~"""""rís­
•ica dowlldode contraçlodos m!lsculo'l damasl•gaçlo 'lu>ndoo.,...iwt
~ionado.Caracleril•·"' por ...,. unupane•nal" .. d:o ati•·ida<kdttrica""'
ronl~ dolmU 'ICUioo datJta.l.llgaçjo- p:ar:om.>I(RSdl;talllcs.ronsultaroVo­
lume2deslaoln,capílulo l'routl.n-.cnlos F-•P<"""'"Iai•- Lab. 33.
distúrbios do sistema mastigatório - paniculamw:nte a disfuAÇào
da aniculação temporomandibular (ATM ).
4 O que medir? Quais as hipóteses?
Com ccneza ~ possí\·el nfim1arque não adianta medir abwlwamente nada se n5o conhecemos nada sobre a área em estudo.
pois provavelmente não s.aberemos o que medir e principalmente de que forma! Ponanto. existe a nece55idadc de formar uma
base de co nh ecimrnlos. seja ane)(ando à equipe profissionais
da área (nesse exemplo. profissionais da área da saúde) e/ou cstudandooassuntoabordado.
Com a fonnaç:lo de uma base cieutífica sólida sobre o assun to. normalmente são c riadas hipóteses e elaborado procedimcntose)(pcrirnentaisqucir.lopcrmitirarealizaçãodasmcdiçõcs
- para comprovação ou n1io da.~ hipóteses criadas (algumas vezes
são realizados ensaios cxp lormórios p<~ra gemr a base de conhcdrncmos).
Nesse exemplo. a hipótese clabomda foi: o período de si/é/rcio eJtá relacimwdo à11 di.iftmçJts da ATM (articulti[iio temtHJ·
rommrdibular)?
4 Qual o métodoeslatfsticoa serutilizadop;u11 validar os dados?
Em função da possibilidade de gernr um estudo mais completo
(custo benefício). optou-se por um projeto de eJtperimentos do
tipo fatorial completo.
• Quais os fatores comrol:h•eis do ensaio? Quantos níveis?
Quamidade de ensaios (an'M>Str·as)?
- Pessoas com problemas na ATM (grupo õe escudo) e pessoas sem problemas na ATM (grupo controle):
86
Capflulo Dois
Biossinais (miogmfia) derivados dos músçulos mas~ter e
temporal - obl:idos do equipamento eletrom iógrafo (para
m:lis detalhes. consultar o Volume 2 desta obra);
- Sinal do impacto na CVM (contração \'Oiumária máxima)
para gerar o período de s ilêncio:
- Cabe observar que as instalações dos equipamentos. eletrodos no pac iente c obtenção dos si nais devem seguir rigorososprocedimemosexperimcntaise.senecess:írio.ser
e xecu tados proccdimcmos de treinamento do operador.
-
Para realizar esse experimemo. foi elabor.ado o sistema mostrado no d iagrama de blocos da Figura 2.40. Eletrodos são posicionados nos músculos massetcr e temporal ( lados direito e
esquerdo) c ligados no clctromiógr.afo (equipamento desenvolvido para esse experimento- basicamente é constituído por circuitos e letrônicos :amplificadores e filtros projetados de fonna
adcq uadaaessaaplicaçào). Umacél uladecargacilínd rica(pontc comp leta - veja o Volume 2 desta obra) foi desenvolvida e
adapwd:t a um sistem:L rnnssn-moln. formando o martelo com
célu la dccargadaFigura2.40.0ssinaisdosmúscu los massctcr
c tempora l silo obtidos pelo e let romiógrafo com o paciente em
contração \'olum<'iria mállima (nesse exemp lo. o máximo aperto
dosdcn tcs).Conjuntamentc.sàogcmdassequênciasdcimpactos
no rnaxilar inferior com o martelo com célula de carga. pennitindoassirnacamcteri7.açãoda forçadeimpacto q ueacabagerando o período de silêncio. E...scs s inais (derivados do clctromiógrafo e do marte lo com célula de carga) silo digitalizados pela
placa AOC (ou AIO) c processados por progrnma apropriado (a
anál ise dos sinais miogr:!ficos pennitc dctcnninar a duração do
período de silêncio).
t Qual(is)a(S)\·ari1h·el(is)deresposta?
Nesse ensaio. é detenninar a duroçliodo período de silêncio (duraçãoda inati\•idadeclétricano s inalmiográfico).
Após a realização dos ensaios c o correspondente processame nto dos dados. foi detcmtinado que:
• a variáve l de resposta é significativa (tempo de duraçi'lo do
período de s ilêncio):
• o grupo controle t·u-sats grupo de pacientes com problemas na
ATM é significath·o. ou seja. o período de silêncio pode ser
utilizadoexperimcntalmcnteparacarocterizaradisfunção.
t 2.9.1 Análise de variincia:
classificação simples - - - - - - Esse método consiste em uma comp;LraçOO entre duas estimativas
dcvariânciac é bascadoemalgumasprcmissas:
I. teste de hipóteses: hádifercnçassignificativascntreosgrupos
ounãohádifercnçassign ilicativas;
2. comparaçõescn trcasmédias dltsarnostras;
3. ex istência de a penas l v:rrillvc l de resposta c I fator co ntroláve l a váriosniveis(nívcis li xos.porexcrnp lo. lO valores de
capad torcs o u a níveis aleatórios, por exem plo. 3 pessoas
participa ntcs dcumcnsaiocscolhidasalcatoriamcntc).
Scahipótcsefor nula.nãohádifcrcnçassignilicativascntreos
grupos.eamtiloentrecssasduasestimativasépróximadaunidadc. Na prática. igualamos a rJ71lo ao parlmctro estatístico F
(tabcladcdistribuiçãof)10 .qL1Cpen nitecstimaraprobabilidadc
deahipótesescrnulaOllnào(essasrazõessliobaseadasnasméd ias dos quadr.Jdos). Cmno exemplo. cousiderc os resultados de
um experimento genérico com k tmtarncntos e " repetições 011
amostr.Ls para cada tratamento. Os resultados e cálculos necessários para esse proccdimcntos5o fornecidos na Tabe la 2.21
em que:
t Qualprocedimemoexperimentaldeveser utilizadoOlldcscnvolvido para realizar as medições?
Nesse exemplo, foi utilizada uma A NOVA fatorial.
t Qua l osignificadocstatfsticodosresuhados?
TI=
L<Xu + x,, +
Tl =
L (xr, + x l, + .. + X. 1) •
.. + x.r ) -
t,x.,:
t.x.,;
e assim sucessivamente até
T,= L (X 11 +X11 + ..
+x. )=t,x.:
N , éututaldeensaiosourepetiçõesde mrodonívc ll ;eassim
sucessivame nte até
N,.quereprescnw ototal decnsaiosou repetiçõcsdcntrodollive l k;
X,
é a média aritmética do ní\'el A 1 do fator A-
X,
=
21.:
N,
"AdisuibuiçjoF.oudb.lribuio;àodttls bt r-SIM'do-<or .tuLilizada~malguM
~>teseslalisticosC<lRIOr>aaniilosede•"llrilnocia.AfullÇl<lden<i<bdtdeprobabi­
t~~dadapor:
o~'fJ-,_)-;'t- •
/(11) • s(ol.fJl) x(oll+fJ)•··•·, por:u >O.~ oefJ..,grausdetibn-­
Figura 2.40 Diagrama de blocos do aparato experimental projelado
paraesliec:xemplo
dadeeBafunçloobnodadapor: B(<d>) • .J~x"-'(1-ll't-'dx.
FundamentosdeEstalística.locertczasdeMcdidaseSuaPropagação
Tabela 2.21
simples
Análise de variância- classificação
87
em que Xd rcprescma cada um das repetições ou amostms do
cxpcrimemo levada ao quadrado. ou seja.
Tratamentoslcom 1 f~t<.>< controláve l com A , a A , niveis]
Número de repetições
A,
A,
A,
A,
X,
x., x.,
X,.
x, x, x,.
x,. x, x,.
x.
x,.
Totais gerais
x.. X,, x.,
r, r, r,
x.
r,
r,.
Tmaldeensaio'<
N,
N,
N,
N,
N,.
M~diasdostmtamentos
x,
X,
x,
x,
X,.
em que:
MQúro= ~
(N,. - k)
X, é a média aritmélica do nível A 1 do fator A----+ X,
e assim sucessivamente alé o último nível. ou seja.
=f;:
X, =
7::·
Ostotaisgeraissãoobtidospelasseguimesexpressões
~t
N,
1
= Í:, (T, +T, + T1 +. + T,)= t,T,:
= Í:, (N, + N2 + N1 +. + N,) = t,N,
assim como a média aritmélica geral·
X,.
={t·
Após esses cálculos iniciais. deve-se obler o termo de correção (TC), ou seja. o quadrado da soma de todos os valores de X
divididos pelo númerololal de valores. calcularas somas dos
quadrados tola] (Srn<o~). entre os tralamcmos (Sr,..,) c par..t o erro
(SF.,.,).cprccnchcra Tabela2.22·
TC =
ST- ' =
Tabela 2.22
F~ =~
(T,. )'
N ,.
k represenla o tola] de níveis do falor A. por exemplo. um ensaio com o fator conlrolável com níveis A,. A1 c AJ o k = 3. c
N,. rcprcscnlaototaldcrcpcliçõcsouarnostrasparaofatorA
Não é possível comparar somas quadradas direlamenle. porlantoosgrausdcliberdadcsãoncccssáriosparapcrmiliressa
comparação
Opróximopassoéverificarashipóteses.ouseja.seexislcmounãodifcrcnçassignificalivascntrcoslratamcnlos.Para isso será utilizada a dislribuição F. Com o F,."",_ (veja a
Tabela 2.22). deve-se comparar seu va lor com o obtido da
labcladcdistribuiçãoF(consultarTabcla2.23).dcnominado
aqui F'""""""
cmquc(N,.-k).(k-l)rcprcscntamosgrausdcliberdadedo
erro e dos tratamemos de um dado ensaio. O padrnetro a representaonívcldcsignificânciaouocrrodadislribuição:porexempio, para urna tabela de distribuição F com a = 0.05 o erro seria
de 5%. ou seja. urna certeza ou nível de confiança de 95%. P:~ra
facilitarousodesse proccdimcnlocmscuscxpcrimcmos.forncccmososvalorcsd:~distribuiçãoFcomnívcldcsignificânciadc
5%. ou seja. a = 0.05 - veja a Tabela 2.23 (pam outros níveis
dcsignificância.consullarasrcfcrênciasdceslatísticacitadas
no final deste capítulo)
•~ (X,,,' )-TC
1
Projeto de experimento ANOVA- classificação simples
Fontedeveriação
Soma dos quadrados
Tratamento~
'~
Graus de liberdade
Médias quadradas
MQ,..,
Sr~
N,. -k
s,_,
N,.- 1
MOer..
F,
88
CapítuloDois
Tabela 2.23
Percentuais da distribuição F com nivel de significância de 5% (o:
Graus de
liberdade do
denominador
Grausdeliberdadadonumeradof(k
=
0,05)
11
(N,.- k)
161.4 199,5 215.7 224.6
2~U
234.0 236.8 238.9 240.5 241.9 2ü9 245,9 248.0
2~9.1
2:\I:U 251.1 252.2 253.3 2>t.3
=-~--~~~~----------
5,12
3.63
3.~s
'·"
4,49
3.01
2.S5
4,2S
2,00
3,29
3,23
3.01
2.42
2,37
2.32
2,2<>
2.30
2.69
2,27
2.90
2,S6
2,24
2,19
2,01
2,06
i,SI
2. 11
2,09
I.S9
i,S4
1,6S
3.23
2,.,
e Exemplo - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Um determinado experimento foi elaOOrado para investigar o efe~o de um remédio para tratamento das barbatanas em uma espéôe
de peixe (amostra: quatro peixes da mesma espécie). Cada peixe recebeu três repetições do remédio. Os resuHados obtk:los estão
represer1tados na Tabela 2.24 em termos da quantidade em J.<9 encontrada no intestioo desses animais. Analise esses dados verifK:an·
doarelaçãoentreeles
FundamcntosdcEstalística.locertczasdcMcdidascSuaPropagação
Tabela 2.24
89
Dados obtidos do experimento: peixes e reméd io para barbat anas
Espécledepelxe
Repetições
2.35
2.04
1.58
1.25
2,14
1,87
1.89
1,24
2.24
1.99
1.56
1.18
Esse experime11to apresenta um fator controlável apenas, ou seja, a espécie de peixes a quatro nÍVeis (quatro elementos ela mesma
espécie). Foram realizaelas três repetições do remédio por peixe. Portanto, é um experimento chamado de classifK:a.ção simples. pois
possui apenas um fator cont rolável. Todos os outros fatores possíveis são considerados não controláveis e estão inseridos no erro do
experimento. Cabe observar que a existência de outros fatores que apresentam infiuência significativa ou possam ter influência signifi·
cativa deve ser cont rotaela com critérios científicos. técniCos e econômiCos. A Tabela 2.25 apresenta parte da solução segu iela de todos
os cálcuk:ls necessários para a criação ela NolOVA apresentada na Tabela 2.26 (se necessário. consultar a Tabela 2.22) e. por consequência, da avaliação do experime11to.
Tabela 2.25
Solução para o experimento dos peixes e remédio para barbatanas
Peixes(! fatorcontrolávelcom A, aA,nlveis)
Número de
repetições
158
1,25
2.14
1.87
1.89
1.24
2.24
1.99
156
1,18
6,73
'·"
5,03
3,67
21.33
2.24
1.97
1,68
1,22
1.78
2.04
2.35
Tratamentos totais
l'otaldecnsaios
lllédiasdos tratamcntos
Totais gerais
l2
Tratame11tostotais:
T, • ::i:(X11 +X,+
+X,,) • ::!:(2 ,35 + 2,14 + 2.24) • 6.73
T, • ~(2,04 + 1,87 + 1,99) • 5.90
r, ..
~( 1 ,58
T, ""
~( 1 ,25
=
+ 1,89 + 1,56) .. 5.03
+ 1,24 + 1,18)"" 3,67
+ T,+ T3 + ... + TJ =
~(6.73 + 5,90 + 5,03 + 3,67) = 21,33
T,.
= ~(T,
N,. = (N, +N,+ N,+
+ N,) =
~(3
+ 3 + 3+ 3) = 12
x.. -f:; - 2 ~·~ • l78
TC =
(~.)' = (2 l 33l' = 37 91
12
N,.
S,,_ •
I. (Xn/ J-
TC •
L
"... ,
'
l
Z35' + 214' +
+ 2,24 2 ; 2,04 2 + -37,91
[ + ... + l18'
s,_- 39.73-37,91
- 1,82
+ ~] - rc= L (6,73'
+ +3,67') 3"'3
s
= L [ !.Z.. + !l...+!l_ + ..
T""
N,
N,
N3
' N,
s,, .,
L( ·~ '
6 3 + ... + 3·~7 ' )- 37.9 1 - 39.62- 37.91 .. 1.11
Stno =
s-- S r, = 1.82 -
1.71 =0,11
rc
90
Capítulo Dois
Tabela 2.26
ANOVA para os dados obtidos do experimento: peixes e remédio para barbatanas.
Fonte de variaç ão
Somados quadraclos
Grauscleliberdacle
Médias quadradas
1,71
0.57
k- 12
4- R
0.11
N,.
1.82
N,. - I • 12- I • I I
MO
r"'
MO
-
41.45
0.01375
=~ =.J..:.!...=~=057
(k - 1)
(4 - 1)
3
'
=~=__!l!.!_=.2:2..!=o.o1375
(N,. - I<)
F
-
(12-4)
8
= ~ = .....2E_=41,45
MO-
0,01375
ConsuHando a tabela de distribuição F (Tabela 2.23)
Como F-.-, ) F. ou seja. 41,45) 4,07. A hipótese é sign ifiCativa . Portanto. há d iferenças s~niftcatrvas entre os grupos. Assim.
cada peixe da mesma espécie apresentou comportamento d~erente com relação à dosagem do remédio para barbatanas. Dependendo do experimento, do resuHado esperado e da experiência da equipe, podem ser realizados novos ensaios e estudos levando-se em
COilsideração ou1 ras variáveis COiltroláveis (fatores COiltroláveis). Nesse ensaio. por exemplo, ~-se aval~ a dosagem recomendada
de reméd io em função do tamanho do peixe, seodo assim. o tamanho do peixe selecionado seria um fator controlável no estudo
Após a comprovação de que os dados são signifiCativos é possível realizar comparação múltipla de médias.
ti 2.9.2 Análise de variãncia:
classificação dupla
e assim sucessivamente até·
Esse método consiste em uma comparação entre dois fatores, scndoquen(veisoutratamenlosdosdoisfaloressâoanalisados.e sua
interação também. Por exemplo. seja um experimento qualquer
cmqucquatroopcradoresdifcrcntes(csscéofatorA com quatro
nfveis. ou seja. os quatro operadores) utilil'.am um mesmo tipo de
instrumento analógico (por exemplo. um voltímetro analógico)
para medir a tensão elétrica de um novo componente eletrônico
fabricado com três novas composições de materiais (esse é o fator
Bcomtrêsníveis. ouseja.astrêsnovascomposições demateriais)
Nesscex perimento.éneçessárioavaliararelaçãodooperador.do
material e da interação operador-material na obtenção da tensão
elétricae.portamo.verificarseessesdadossãosignificativos.Essetipodeexperimentoreçebeonomedeprojetodeexperimentos
fatorial: são projetos que se '-'ar.tcteri zam pela economia e por
pcnnitiremavaliara~ interaçõcsemreosfatorescontrolâveisdo
experimento. Além di sso. é importante observar que são mais efi "ientes estatisticamente quando apresentam o mesmo número de
repetições em cada tratamento. Os resultados c cálcu los neçcssários para esse procedimento são fornecidos na Tabela 2.27.
TL é
TPp. = :i:(Xp.,
0
+ Xp.: +
+ x ;>..).
somatório das linhas·
TL ,. = :i:(TP, ,
TLu, = :i:( TPl ,
+ TP,l +
+ TP ")
+ TP:l +
+ TPv)
+ TPI' +
+ TPp)
c assim sucessivamente até·
1Lp = 'i.(JP,,
TCéosomatóriodascolunas
TC; 1 = L (TP 11
TCfl = 'i.(TP 11
+
+
TP11 +
TP11 +
+ TP,1)
+ TPr.)
e assim suces sivamente até
TCi' = L(TP ,.
+ TP11 + ... +
TP" )
e7Tp. éosomatóriototal.
Apósesscscálculosiniciais.dcvc-scobtcrotcrmodccorrcção(TC)e as somas dos quadrados total (Sr...,). entre os tratamentos A e B (SAr..., e SBr...,) e a interação entre os dois fatores
(SA /h,.,)epreenchcra Tabcla2.28
Em que
Em que:
TPrepresentaos totaisdcntrodascélulasdostratamentos.ouseja.
o somatório das repetições dentro de uma determinada célula
jrepresentaototaldenfveisdoFatorA.k.ototaldenfveisdo
fatorB.enfo .aquantidadederepetiçõcsde'-'ada'-'élula:
TP, = L(X 11 1
TP, = :i:(X,
+ X112 + ... +X,,)
+ X, + +X, ,)
TC = ( ITJ.):
j · k·IJJ.
FundamcntosdcEstalística.locertczasdcMcdidascSuaPropagação
Tabela 2.27
B,
B,
x,,
A,
A,
B,
x,,
x,.,
x,.,
x,,
x,,
Xm
X,.,
x,.
x,.
x,.
x,.
TPu
TP.,
TP,
TP"
x,,
x,
x,
x,
x,,
x,
x,.,
x,
x,
x,
x,.
X~
x,.
X~
X;u
x,,
xJ"
x,.,
X;n
Xm
X1,,
Xm
x_..,
x_..,
X;,.
X~
X~
xp
TP1,
TP,~
TP;.
TP_..
TC1,
rc,
TC;,
rc,
x,,
x,..,
Totais
B,
x,,
x,,
X,,
x,,
Tabela 2.28
x,.,
x,
Somados quadrados
Graus de liberdade
.'i'A ,,..
)
Médias quadradas
l
SB ,..,
MQA,,..
Fa, _
MQB,..,
Fb,........,
Fab-.....,
lnteraçãoAB
SAB ,..
(j - l ) · (k- I)
MQAB ,..,.
E=
Se,..
j · k·(n,.- I)
MQ,,.,,
s,_
(j·k·,,.)-1
L, (TC -)1
= -'
-• - ' - - TC =
SB
' ""
j · njl.
TL,.
Tabela ANOVA para o projeto fatorial (dois fatores controláveis)
Fonte de variação
•
91
Análise de variãncia- classificação dupla
l
[(TC
(TC ,)' + ... +
- ' ,)'
- + -'·j·n,.
+~
j·tr,.
j ·n_..
- TC
f ,r,l'
n,.
SABT,., = ~ - TC - SAT,.. - SIJ,,.. =
m)'
(m )'
n_..
, _..
(rr )']-
(
o [ -"-+-"-+
... + - ' n_..
TC - SA,""- SB,""
92
CapítuloDois
s r,.., = SA r,.., + snT,., + SABr,., +
MQA ,,..
s~""
Fab-..w
=~A~~
=
ME~:~~
O procedimento para verificação se os fatores A . B c intcraçàoAB
s:io sign ificativos é o mesmo do descrito no tópico anterior. ou
seja. pela comparação do F,. _, com o F.,...,. Portanto. se:
Fa,w_, ) F...,...,
MQABr,..
=
_~~(; _I)
(j
o fator A é significativo no experimento, c se
Fb,~ ) F"""w,
MQ~,., =
j .k
.S(~~~ -
o fator IJ é significativo no experimento c
I)
Fab~ )F~
F(l- =A:z::
Fh, • ..w =
a interação do fator A com o fator B é significativa no experi mento
O F""",_ (veja Tabela 2.23) é obtido da mesma forma que no
tópico anterior. porém deve-se levar em conta o grau de liberdadedofatorqueestá sendo anali sado.
~1~:
e Exemplo - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - um determinado aquarista solk:~ou que se avaliassem as cond~ões químk:as (principalmente o pH) de aquários de água doce com
injeção eletromecãnk:a de CO, e sem injeção de CO, (fator A) utilizado para o crescimento das plantas. Cada aquário contém uma das
seguintes espécies de peixes (fator 8): o popular disco (Symphysodon discus), a bótia palhaço (/3olia macracanthus), o cascudo panaque (Panaque migrolinea/us), o neon (Paracheirodon axelrod1) e o gato invertido (Synodonlis nigriventris). Os resu ltados encontrados
para o pH estão resumidos na Tabela 2. 29
Tabela 2.29
Com CO,
Exemplo do ensaio de pH para os pei xes do exemplo
..
..
..
..
..
6,2
7,0
7.•
7.4
7.2
65
6.0
6.3
14.1
14,6
12,8
12,3
7,2
7.3
7,0
6,8
6.7
6.6
6.5
'·'TP •
Sem CO,
12,3
6.8
6.9
TL • 66.1
6,7
TP= 13.7
14.5
13.8
13.3
13.2
TL
TC :o 26,0
28.6
28.4
26.1
25.5
rr ..
Com a utilização das expressões fomecklas anteriormente. é
Tabela 2.30
6.3
possrv~
= 68.5
134.6
construir a ANOVA - veja Tabela 2.30 {com n;. • 2)
ANOVA para o exemplo do ensaio de pH para os peixes do exemplo
Fonledeva riaçlio
Somados quadrados
Graus de liberdade
Sit,., .. 0,29
'
SB,_ - 2.13
'- '
Médias quadrada s
MQA,,..., 0.29
Fu-.-..• 29
MQB,,.. - 0.53
Fb- - -53
lntcraçâoAB
Sil.B,... • 0.67
(j - l )·(k - 1) • 4
MQAB, ... • 0.17
Fub-.-..• 11
Errrr
Sc,.. -0.15
j ·k· (rr_.
MQ-
!
1)- lO
-0.01
Verif.cando a tabela de distribuição F:
Fa-.-, )F29 ) F1i·'"(n,
,)y, ')• = F,"',~rL> =
4,96
como 29) 4,96, o Fator A é signifiCativo. ou seja, a injeção de co, ou a não inieçâo de C02 é significativa com relação ao parâmetro
pHdosaquários
FundamentosdcEstalística.locertczasdeMcdidaseSuaPropagação
93
Fb__, )F53) Fb,<M;O.OO = 3,48
como 53 ) 3.48, o fator B é signifJCativo. ou seja, os drterentes tipos de aquários com peixes de espécies diferentes são sign incativos
com relação ao parâmetro pH dos aquários.
Fab-.-, )F17)Fab1a;•;<>P!l = 3.48
como 17 ) 3,48, a interação ootre os fatores A e B é sign ifiCativa com relação ao pH dos aquários .
Cabe observar que existem diversos out ros métodos: classrticação
ferências apresentadas r.o final deste capítulo
tri~a,
quadrados latinos etc., que podem ser consu ltados nas
re-
curnfatordccobcnuraK • 2. Dcseja-sccalcularapotênciadissipadade trêsmodosdiferemes
a.
v'
P=R
b. P • RP
Qualdosrnodos
amedianadoseguimeconjunlodcdados:5:6:4:3:2:
S. Dctennineamodadosdados:5:6:4:3:4;2:4:7:2:9e4
6. Considere que você recebeu um prêmio de R$480,00 com o qual
acabouviajando.Acadadiadeviagemmcêgasta lf2dovalor.
Tabulees>e>valores,apresemeumgráfi<·opamesseconjuntode
dadosccalculeamédialogarítmica
7.
Osseguitttesprcços~lococontmdosparaccnafrutaoopcríododc6
semanas . Calcular a média aritmética c a média ltannônica dos seguinteS dados: R$1.96: RS2.05: R$1.75: R$1.94: R$2.25e R$2,10
8. Encon\reovalorrmsparauma>enoidcqueapre>entaumatcnsiío
depicode45.3V.
9. Um amplificador tem um sinal de salda de 3,6 V nns quando um
sinalnaenlmdasenoidaldeO,I VnnseslápreS<.'nte. De\ennineo
ganho em decibéis
10. Osscguintesdadosforamobtidoscomumvoltímetro.Calcule: {a)
a\cnsâornédia.(b)avarifmcia,(c)odesviopadrjo.Osdadossâo
4,35:6.21:5.02:3.99:3.02:6.00:4.77:3.30:4.05:5.43:3.45:1,99:
6,15:5.75:2.98:5.43:2.22:3.49:4.00:4.40:5.20: 5.70:7.01:8.10:
4.33:4.00:5.20:4.65:4.34:3.90:5.45e6.90
11. Pretende-semediravelocidadccomqueumcorpopaneapósser
comprimidocontraumamola:fazcndoacncrgiapotcncial(k·:t'f2)
igualàenergiacinélica,quandoocorpocomeçaaadquirirmovi·
n;ento(m · ,~/2). pode->eeS<:rever
±Kx' ±mv' ou x •·J!f
=
=
Ofabricantedamoladi7. queaconstanteeláslicaé K = lO· Nlmm
:! 5%. Des~a maneira. necessil a-se de um di~positivo para medir
x{daordcmde IOcm)eamassa"m .. (daordemdc IOOg).Ocncarrcgadosolicitouacornpradcurnpaqufmctrocornrcsoluç!iodc
0,1 mm e uma balan<;·a de 0,1 g. Comente a solicitação docrn:arregadolevando->ecmcontaateoriadcpmpagaçiíodcincertet_as
12. Aplica-se uma tensão V • 100 ·V :!: l %a um rcsistordcR •
lO· n :! 1%, sendo acorrente medida igual a I = lO ·A :! 1%.
Considere,nes>ecaso.asincenczascomumadistribuiçãonomml
~·ocêconsidcrarnaisadequado?Porquê?
13. Oraiodcumapcçacilíndricamede(segundocatálogo){6.0:!0,2)
mm. e sua altura é (20 :!: I) mm. Dctcrmin.c. considerando uma
probabilidadcdcabrangênciadc95%:
a.aárea\rans\'Crsaldapcça:
b.oseuvol umc.
14, Dadosdoisresistorcs,cotntolerânciasfornecidasR 1 = (20:!:
4)· !1.R, • (300:!2)· !1.dctermineovalordaresistênciacquivalcntc,considcrandoumaprobabilidadedcabrangênciadc95%,
quandn:
a. Osresislnresesliverememsérie:
b_ Osresistoresestiverememparalelo
15. Urnabarradecobrcrel:mgular.dernassaM • (I35 :! l) g.possui
cornprirnen\Oll = (80 :! l)nnn,largurab : (10 :! l)mmeallum
h= (20:!: 1) mm: seu momcnto de inércia I em tomo de um eixo
ccntral eperpcndicularàfaceobé: I= M(a;l+b'). Considere os
dados com distribuK;ües normais e fator de cobenum K = 2. Detennin.c
a. ovalordnmomenlodcinércia:
b.adensidadcdabarra
16. Noscxcrcíciosas.cgu ir.detcrmineFearespcctivaincertezacombinada, sendo A • (25 :! 1). B • (lO:! 1). C • (25 :! 5) omid
Resolvaesteexercícioutilitandonmémdoclássicn.<·onsidemndn
doiscasos:A.lleCcomdistribuiçõesnormaiscfatordccobcnura K = 2. Considere 1ambém o caso de A. B c C possuírem distri buiçõcsrc\angularcsecomparcosresultados.Dcpois.rcpitaocxcrcícioulilizandooMMC.Sugcstilo:utilizcoMatlab.
a. F=A ·8 111 :
b. f' =3A }i
-*:
c. F • I n(A) + (BC)' .
17. Dispõe ->e de um amperímetro de NA ={lO:!: 1) fi (valores limi te de tolerância), de um volt ímetro RV ={ I krl:!: 10%) {valores
limitcdctolcrãncia)edcurnafontedeE • 6.00V :!: 3%cornprobabilidadcdeabrangênciadc95%(considcreumadistribuiçilonormai). Descja-sedelerrninaraprnên<·i adissipadanoresismrquandn
este e~tá ligado à fonte . Desenhe o circuito adequado c anali>e a
incenczafinaldamcdida
94
CapfluloDois
IM. UmtcnoopanipoK( :!:0.7S%d:l medid:l)rstáforncccndoumatempcmturJ d:l ordem de 700 "C e eMá ocopl:klo a um milivollírnetro
Dias
Acelcração(,_)mls'
analógico de fundodcescala 100 mV.da.«Se 2%. [)e,;preundoerms
detcmpcr.Uuraambil'nk:.cabosctc .• qualfainccrtczanakiturad:l
tempcratur<t do fomo? R!'SOI\-a l'$k: problema utilizando o método
clássico de propagaçllo de incencus erornpare com o MMC.
19. A deformação e<'m qualquer ponto de uma lâmina triangular de base b • ( 100.00:!: 0.02) mm. t: • (2.00:!: 0.02) mm c '"altura (em
n:laçllo!lbaseb)h • (100.0:!:0.2) nun.qu:mdoMJbmctidaaflcxiío.
famcsmaernqualqucrpontod:llârninacpodeserC'alculadapoc
;~,
Adiçioperoenlual
.,..
:!: 10% éornód ulodeclasticidadcdo
material c a força aplicada~ F • 10.0 kgf :!: 2%. Detcnnineadcform~ç:lo c a n:si)C(!tiva inccncu combinada com probabilidade
deabmngêndadc9S%.Considen:que todosessesdadosforam
medidosesua.>i nccnnasscgucm umadistribuiç!lononnalcom
fatordccobenur.tK • I. Repitaoc:llculoutilizandooMMC.
20. Um terreno tem dimcn;;õcs de SOpor ISO rn. A iocCriC'-~ na dimensão
20%
25%
Verifique se
2 1. Um importante par!lmetrocm motores f torque T. o qual f definido
como força •·czes a distnncia (F x •{). Em um teste de motor. foi
medida a força aplicada f ' • 10 :!: IN (atra1·ésde um dinamômetro) em uma bam de I :!: O. I m. Calcule o Iorque resultante com a
sua incenczacombinada
21. Umcorpolemumama.<saM • l kg :!: lO% c uma velocidade
~ :!: 10% (YalO«'s de inccnna tipo B determinados
com base na c~pcri~ocia do operador. ponamo com diSlribuiç:lo
n:cangular). Calcule a ei1C'rgia cint:cica e a incerteza com uma probabilidadedcabr.lngênciadea. 68%eb.9S% relacionadaaesse
corpo. saiJc,ndoque:
E, • tMv'.
26.7
29.7
o~
Aelllatltncla.itcompresaâo
25.4
24.5
29.2
JQ.L
41.3
45.4
39.8
41.0
38.7
33.0
36.4
44.6
39.9
41.1
4ú.8
29.7
32.2
33.0
32.2
dados obtidos sno significativos
rdtosdclabomtóriopamc~amimtrocfcitodaconcentraçãodcgli­
Dias d e inoculação
IOmg/1
4.9
8.4
9.8
11.1
20mg/1
5.8
8.1
9.1
12.2
21. Um expcrimenlo en\'oh·eu crês pessoa.~ diferentes com 12 cipos de
pn.>dutO!iparadetcnninaradosagcmadcquadadeumdcccrminado
produto para uma parcela da populaçikl. Dctcnninc se as ''llriá•·cis
sãosignificati•·as.
A
tudadosecompan:osresuhados.
sem·olvidoum cstudoupcrimentalpararelocionaropcsocacapacidatk pulmonar (CP) (c,timada por um cspin)mctro) de 20 alu nas com idades entre 18 c 24 anos. Os resultados obtidos cncontram-senatabelaaseguir:
23.0
cose.Verifiqucosignificadocstatisticodessesdados
Utilize ambos os métodos es-
23. EmumadisciplinaintrodutóriadeEngcnbariaBiomédica.foide-
17.5
26. Emumaindúst riafannacê utica.umdadopmdutofoitestadocom
dc.'iOédcO,Oim.C:tlculeüiiiCCrterucornbinadacmqueadirnensào
dciSOmdL'\"eserniL-didaparaaincencl.at<JCaldaiin:an:>osejamaior
que I<Xl%do\'"Jior..cadimcnsiíodc ISOmfosseexata.Considcre.
nestcca.o;o,dislriOOW,OOnonnaiscumfatordccobenuraK=l
V • 100 ·
13.0
25. Um engenheiro bi{.lfnt:dico está leslando a resÍSl~ncia à compressão
de Jli'Ó'~d:larticulaç3odojoclbocom a adiçiklpcn:cntual de uma
110\'llliga metálica. Os resultados oblidos mcontram-.o;.e a seguir:
6Fh
~:= Ebt:'
em que E • 21000·
7.7
Plote ~scs dados em um gr.ifico c examine a reg=sllo com um
intcrv.:tlodccoofiançadc95%.
c
2-I..S 23.4 21.2l5.720.llJ.6 13.8 t9.820.t 24.6 2t.023.3
2~.2 H.l 29,3 t8,9 t9,3 18.6 15.7 20.0 20.5 25.6 t9.9 B.l
20.2 17.8 1S.t 17.6 20.4 23.0
20.9 t8..S o..s t6.6 20.0 19.4
1g_6 2t.7 t9.7 22.8 19.5 lU
t4J 21.6 20.1 21.4 t8,9 11.5
17.8 21.1
N.l 19.9
12.1 19.9
10.120,4
20.6 N.O t9,9 B..S
21.6 n.9 t9.9 no
t9.9 n.s 2t.O 14.5
t9.9 B.8 2t,t 24,6
28. Três circuitos rcsi.~tii'OS fornm montados com quatro configuraçks
difen:ntesutilitando-sequatro<lifcrcmcsresistorcs.Verifiqueseo
valordctcnsllodctcrminado~ sig nificmivo.
Rasls tores
P~so(kg)
55.4 5S.2 49.0 73.4 63.5 6(),7 59.4 62.3 62.4
3.87 3.26 4.1J
l't!so(kl)
2.!4
3.44 2.78 2.913,33
50,S
3,20 2.17
Configurações
5.1
4.5
8.0
1.8
15
'-'
6.0
6.2
6.1
7.2
4.0
32.4
l.!J 2.37 2.98 2.45 2.15 3,01 },04 3..'i8 2.64 2.59
4.9
•. 8
•. 9
6.0
5.9
6.5
1.9
1.5
7.2
7.4
7.2
1.3
5.0
5. 1
6.5
6.1
1.0
'·'
S.2
1.0
1.0
1.1
7.0
5.0
5.1
5.3
6.9
6.8
1.2
1.0
1.0
7.0
6.9
6.9
6.8
56.5 41.5 S4.0 50.8 49,7 46,3 57.4 6(),1
6(J,.'i
Em uma fcrramcnla gráfica. piOic ~se: gr.ifico e wrifique sua
significânciapclotálculodococficicnccderorrclação.
24. Atabelaaseguirapresencaosdadosdcurndelerminadoensaiode
•·ibr.içãoem um assento I'Cicular. O assento foi pmicionado~
uma mesa vibralória q~ oucila alcacoriamcnle. Medidas do nh~l
dcvibrnçOOjumoaoapoioparaascoscasforamoblidasapanirdo
l"diadoensaioeposu:ri0fi11Cntededoisemdoisdias:
'·'
7.2
FundamcntosdcEstatística.locertczasdcMcdidascSuaPropagação
29. Umaequipcdccngcnhcirosfoiconlratadapara vcrificaratrans·
missibilidadcdavibraçàorelacionadaàcoluna,·ertebraldemotoristaspmfissionais _ Nesseensaioforamutili!.adnscincovekulos
Tipos de assentos
--:--;:---;;--:--cLO
0.9
Asscnto2
Assento)
95
pcsadoscomtrêstiposdcasscntos.Ycrifiqucscosresultadosobtidosnoensaiosãosignificativos
0.9
0.7
LS
'-'
'-'
'·'L9
0.8
L2
LO
l.2
1.2
1.2
L3
'-'
0.9
L'
L7
L3
2.0
2.2
L9
L9
L7
L8
L8
2.,
25
2.0
2A
2.2
2.,
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t 3.1
Introdução - - - - - - -
A instrumentação moderna está dclinilivnrnente lignda à eletrônica. Apes<tr de os princípios físicos de fundonamento dos sensorcsscmantcrcrnill:lltcmdos.astécnicasdccondicionamcnto
e processamento de pequenos sinais têm acompanhado a evolução da eletrônica. Atualmente os fornecedores de componentes
clctrônicosdisponibilizarndispositivosencapsuladoscomdivcrsas etapas de condiciouamento. Algu ns sensores. inclusive. já
são disponibilizados com sua s:~fda processada de forma digitaL
São disponibili1.ados também os chamados ..sensores intcligcntes ... diferenciadospclas funçõesecarncterísticasapresentadas
devido à alta tecnologia eletrônica embutida.
Neste capítulo scrJo apresenlados conceitos básicos de eletrônicaanalógicaedigital.oquepossibilitaaestudantesdedifcremes áreas o acesso a componentes fundamentais que estão
prescmes na maioria dos processos de medidas.
4 3.2 Resistores, Capacitores e
lndutores - - - - - - - - - Esses componentes também silo. muitas vezes. identificados pelas siglas R. L. C e constituem os elementos fundamentais da
eletrônica. São conhecidos como componentes passivos.
ti 3.2.1
Reslstores - - - - - - -
Osrcsistorcssilooomponernesquc dissipamenergiaporefeitojoulc.Par.laimplcmcntaçàodccircuitos,utili7.am-seresistorcslincares
que ol:xxlcçcm à lei de Ohm. segundo a qual a unid:lde do rcsistor
é o oltm (0 ). a tensão é o I"Oh (V) e a com:me é o ampêre (A):
~ = r.
Os resiswrestêmscusvalores.suas toler.incias.suaspotências c seus tipos determinados pelas aplicaçiics. como. porexcmplo.cargascmcircuitosatii'OS.circuitosdcpolari7.ação.circuitos
dercalimcntaçUo.divisorcsdctensãoefoudecorrente.taiscomo
elementos de medida de corrente, entre outros. Os valores comerciais típicos disponíveis estão em uma faixa de 0.01 n até
10' 1 n com toler.indas entre 0.005% e 20% c potências de 1116
a250W.
Os resistores podem ser construídos a partir de um segmento
de fio resistivo enrolado sobre lllll material isolante. Esses resiston:.~ silo utili1.ados onde há o manejo de altas potência~. e estão
disponí1•eis no mercado com potências típicas de 2 W a 250 W.
Os resistores mais usados em eletrônica são os n:s istores de
carbono. construídos a partir de uma camada de tinta mis!Urada
com carbono e aplicada sobre um núcleo isolante. A coocentraçàodacamadaresistiva.suaespessuraesuacomposiçào dctcrminam os valores dos resiston:s. e seu tamanho está relacionado
1:1 po1ência dissipada pelo componente. Nas extremidades do cilindro isolante são montados os terminais que são milizados para fixação mecânica do componente. bem como para a condução
do sinal elétrico aplicado a ele. Os n.!Sistores de carbono típicos
estão disponíveis com f~ixas de 10% e 5% de toler.1ncia do valor
resistivo
Ernaplicaçõesemqueénccessáriaalta estabilidadeoomvariação da tcmpcmtum. sào u1ili1.ados os resistores de filme metálico,quesàoconstruídosapartirda:tplicaçãoavácuodeumfilme
deligamctálicacv:tpor.tda sobreumci lindroisolantc.cmquea
concentração c a cspcssum do filme metálico determinam o valor
i
A simbologia adotada p~rJ a represe ntação desses elementos em
diagramasclétriçosémostradanaFigura3.1.
A potênda dissip;ada em um resistor linear em um detenninado instante é dada por:
I ' ,, .;
cujaunidadeéowau(W).
96
Figura 3.1
(o) Sfmbolo e {b) (Oio de
resistores.
Conccitos deEletrônicaAnalógicaeEletrônicaDigital
97
Aocontráriodoresistor.ocapacitornão
dissipa. mas arma?..Cna energia. A potência
instantâneaeaenergiaarmazenadaemum
capacitorpodemscrcalculadasdaseguin-
p=v ·i=v(c7,)= cv%
R,
(a)
E= Lp(l)dt
I
=!
Calv =
~Cv 1
---JVVv-
AcomaruçãobásicadeumcapacitoréfeiFigura 3.2 (a} Sfmbolo c (b} fotos de resi storcs variáveis.
tapormeiodedois materiais condutores
muito próAimos. conectados a dois termi nais(umemcadacondutor).Acapacitância depende da área dos condutores. da
do rcsistor. Os resistorcs de filme metálico mais utilizados pos- distância entre as placasedaconstantedielétricadomaterial
suemfaixasde l% e0.5% detolerlnciadovalorrcsistivo
entreasplacas.Paragrandesvaloresdecapacitância.sãonccesPara aplicações em que é necessário variar o valor dos resis- sárias grandes áreas de condutores. Em termos comerciais. os
tores. são disponíveis os trim -pmi c os potenciômctros. que são capacitoresseapresentam com osdoiscondutoresenroladose
rcsistores de três tem1inais: dois fixos nas extremidades de um isolados entre si com uma folha de diclétrico. o que limita a disresistoreumvariável.quepossibilitaavariaçãodovalordere- t~ncia entre os condutores. Ponanto. a capacit~ncia é dada por:
sistência entre o terminal fixo e o terminal móvel (Figura 3.2)
C=~
Resistores ainda podem ser obtidos a panir de elementos sed
micondutores. que são implementados junto com os transistores
namanufaturadoscircuitosintegradoscquctêmfunçõcssimi - sendo
laresàsdos resisiOresdiscrctos.
constante dielétrica (dependente de cada material) em
As características dos resistores podem variar em função da
temperatura. da tensão de trabalho. do tempo de uso c da urnidade.Umacaracterísticaindesejadadosresistorcséaindutância. A aáreadoscondutoresemm':
que pode introduzir problemas quando os resistorcs são aplica- da distância entre os mesmos em m
doscrncircuitosqucopcramcmaltasfrcquências. Outracaracterísticaaserobservadaéageraçãoderuídoténnico.inconve- Existem diferentes tipos de capacitorcs: mica. ccramiros. poliésnicntequandoosresistorcssâoaplicadosemcircuitosquctra- ter. vidro.tântalo.eletrolílico.entreoutros.Ocritériodecscolha
dotipodecapacitore>táligadoàfunçãoqucelevaidescmpcnhar.
balhamcornsinaismuitopcqucnos
eparaissooengenheirodeveconsultarcatálogosdefabricantes
Em poucas palavras. pode-se dizer que capacitores como os cer~­
41 3.2.2 Capacitores- - - - - - - rnicosdevcmserutilizadosemaplicaçõcsnãocríticas.devidoao
Oscapacitoressãoelementoscapazesdearmazenarcargaselé- preço.Jáoscapacitores detântalodevemserutilizadosquandoé
necessáriaaltacapacitânciaesedispõcdepoucoespaço.enquantricas. A Figura 3.3 mostm o símbolo c uma foto de capacitores
Asprincipaisrelaçõesentretensàoecorrentedocapacitorsão to capacitores cletrolíticosm podem ser utilizados em fontes de
alimentaçãoecircuitosdebaixodesempenho.
dadas por·
Assim como ocorre com os resistores. são disponíveis alguns
tipos de capaciwrcs variáveis. obtidos a partir do movimento
q = Cv~-'f; = d(~~).sendoi,. = ~ ~ i,= C~
e a relação inversa:
I -f'~ iAt)dl ~ V,.= V0
V,.= C
I f'o iA t)dl
+C
sendo
qacargaelétricaemcoulombs(C);
V, atensãoelétricaem volts(V):
totcmpocmscgundos (s);
C a capacitância em farads (F);
V0 a tensão inicial devida ao acúmulo de cargas no intervalo de
tempo 1-"", OI
C
(a)
--H-Figura 3.3
(b)
(a} Símbolo e (b} foto de cap;teitores
98
CapítuloTrês
mecânico de um conjunto de placas em relação ao outro, c gcrahncnlesãoutili7.-adosemrádioseosciladoresvariáveis.Aiém
disso. aind~ existem os "mricaps" , que são cap~citores semicondutores cujo valor varia a partir de um nível de tensão. Esses
componentes são muito utilizados em receptores de rádio e de
televisão.
t 3.2.3
lndutores - - - - - - - -
Osindutores(Figura3.4)sãoclcmcmoscapazcsdcarmazcnar
energia magnética. devido aotluxodecorrenteque passa por
eles.
De acordo com a lei de Faraday, variações no !luxo magnéticooriginamumatensãoelétricadeacordocomaseguinteequação:
v
= ':!.1!_
til'
em que
<b = l-·i,
sendo
<P o !luxo magnético concatenado em webbers (Wb):
L a indu tânci~ da espira em hemys (H):
iacorremequccirculapclacspira (A)
Assim. pode-se defini r a tensão em função da indutância e da
corrente que tlui por ela
v =
L!!!_
d<
Tal~:omo
ocorre no capacitor. no indutor não existe dissipação
de energia. A potência instantânea c a energia armazenada podem
sercalculadasdaseguintemaneira·
p=v·i ={ L*)= uY,
~ E= J.p(t)lft = [Lidi =+Li
1
Um fator desfavorável dos indutores é que o seu modelo real
apresenta consideráveis c~p~c itânciase resistência;; indesejáveis.
denominadas parasitas
A natureza desses componentes básicos possibilita que eles
sejamutilizadoscomosensorescmumaséricdeaplicaçõcs.Ao
longo deste livro serão mostradosscnsoresdetcmpcraturaquc
dependemdaresistência.sensoresdeumidadequedepcndem
dacapacitânciaescnsoresdeposiçãoquedepcndemdeumefeitoindutivo.cntreoutros
Como exemplo, a Figura 3.5 apresenta três aplicações empregandoosefeitosRLC.
41 3.3
Revisão de Análise de
Circuitos - - - - - - - - - - Aanálisedccircuitoséumassuntocxtcnsocnãoseráabordada
emprofundidadenestarevisão.ABibliografiatrazótimasreferências que não poderiam ser simetizadas neste espaço limitado.
Existcm,cntrctanto.algunscircuitospuramcmcrcsistivos.bcm
como as leis de Kirchhoff( Figura 3.6). que, pela sua importância,
não podem ficar ausentes em uma revisão:
Lei de KirchhofTdas correntes: asomadascorrentcsquecntram em um nó ou em qualquer caminho fechado deve ser igual
à somadas correntes que saem desse nóoudessccaminhofechado.Aplicandoessalei àFigura3.6temos·
L
(a)
flílílf\Figura 3.4
(O)
'fl,.,_,.,= 'i.l- i) + i,= i, + i 2
(a) Símbolo e (b) foto de indutores
(c)
Figura3.5 (li)Medidordeãnguloutilizando
cfcitorcsistivo,(b)mcdidordcnívclutilizando
cfeitocapacitivo.(c)detcctordeposi.;·iloutili1,andoefeitoindmivo
Conceitos de Eletrônica Analógica e Eletrônica Digital
99
. v. t -~ ~.
~T~~·
-~:tT~ ~(v.
Figura 3.8 Mélododc: resolução do: cin:uitos por anál ise do: mal lias.
Flgura3.e
Lcis dcKirchlloiT.
tei de Kirchhorr das tensôt'!i: a $0ma das tcns.õcs em uma malha fechada ou em um camiuho qualquer (pani nd().-se e chegando a um mesmo ponto) dC\'C ser zero. Aplicando essa lei à Figu-
ra3.6.tcmos:
c então
Circuitos üteis decorrentes das leis de Kirchhoff:
/Ji>'isordt' t•ommll': u corTCntc qu e nu i pelos ramos do circuito
tes de malhas do drcu ito. ArbitrJm-se as corre ntes nas malhas
fechadas dos circuitos tal como na Figura 3.8: malhaM, com a
corrente i, e malha M 1 com i 1. Observa-se que o sentido das correntes também f arbitrJdo. Quando as malhas forem adjacen tes.
a corrente deve ser composta por i 1 c i 1• a fim de sati sfazer às leis
de Kirchhoff. Por fim. so mam-se todas as tensões de cada malha.
o ri ginandouequaçõesparan malhas. Com aresu lu çãodosistc rnaobtêm-sei, e i,·
[·~~:·
H, . - :.. .
i,R, I (i,
l
(i~- ~,) R1
Vn =
Seguindo o mesmo procedimcmo. temos:
i,-{.,; •.)
Dil'i.sor de urr.stio: a queda de tcus.ão sobre os resistores de uma
malha pode ser diretamente calculada aplicando-se as leis de
KirçhhofT(Figura3.7):
R, ~ R, c Vo= iR
1
::) V0 = U
i1) Rl • U
+ il(R, + R,) = O
t 1 R,
t 3.3.2 Análise de circuitos pelo
método dos nós - - - - - - - - -
i,-{.,;.,)
i=
R,~ R,
O método dos nós tam bém é implementado por meio das leis de
Kirchhoff. O resultado desse mélodo é odlculodc: todas as ten sões dos nósdocirc uilo.
Arbitram-se tensõesdo500s !al como ooexcmploda Figura 3.9:
nó N, com a tensão 1•1 e nó N 1 com t·1• Obscr•a-sc que a polaridade
dastensõesépadroni:wdapositivajumooonódc:análiscNenegativajuntooonódcrefcrência(pontocmqueosrnrllO!isccncontram).
Aplica-sccntàoalcidascom::ntesdenó.Ocálculodessascom::ntes
é feitoestabclecendo-se adiferençadctensõesdivididapelovalor
doresislorcntreosnós.Porfim.s.àooriginadasttcquaçõesparan
nós (no caso do exemplo). S<.! ndo possível. pon:~nto, dctemünar ,.,
ev1. AplicandoaocxcmplodaFigura3.9.tcnms:
V,
Figura 3.7
Divisor de corrente e di1·isor de tensão.
I
f 3.3.1
~~. I;:H~l
AplicandoaoexcrnplodaFigum3.8.tcrnos·
pode ser calculada da seguimc rn;mcira (Figura 3.7):
Análise de cireuitos pelo
método das malhas - - - - - - O mé todo das malhas é implementado por meio das leis de Kirchhoff. O resultado desse método é o cálculo de todas as corren-
[IJ.
V,
R,
Figura 3.9 Método de resolução de circuitos por análise de
~
100
CapfwloTrts
Figura 3.1 O Superposiçilo de efeitos.
4 3.3.3 Teorema da superposição - Otcorcmadasupcrposiçãobascia-scno fmodcqueos circuitos
elétricossãosistemaslineares.e.cornotal.oresultadode,estfmulos podescrcalculadoconsidcrando·scasomadcllsituações
com um cstfmu lo po r vez. O exemplo da Figura 3.10 mostra a
rc solução dcumcircuitocomduasfontcs. Utiliza-se uma fonte
por vez pam calcular a tensão ou corrente no ponto desejado. No
final faz-se a somadas respostas individuais.
No elle mplo da Figura 3. 10. pode-se calcular a corrente i corno um efeito de superposição do mesmo circuito com cada uma
das footes. sendo i, "" j(l) e i, = j(U). No caso i • i, +i,:
.
11
R,
X R, l
= ' [ R,+ R,+(R,II
R,) -;;;+fi;
i
_
2
V
O tt.'OfCma de 'Thévenin é geralmente utilizado na análise de arnplificadoresetrJnsistorcseseráaplicadonasprólli rnasseçõcs.
O análogo do teorema de Thévenin é o teorema de Nonon. que
l:Onsistccm :ie dctcmJinarumequivalentcdocircuitocmfunçào
dc umrcsistorcquiva lc ntc(rcsistê nciadc Thévcnin)cu rn1Lfontedccorrentceqnivalcntc.queconsistenacorrentcdecurto-circuitodostcrmin;Lisqucestàosoban;ilise.
(H, + H2 )
R, +((R, + R,)IIH, )(R, + R,+ R,)
4 3.3.4 Teorema de Thévenln O teorema de Thévenin consiste na detcrrninação de um circuito
equivalentesimplc:sa partir dedoistcnninais. Essecircuitoequi\'3·
lente envolve Ulll:l fonte de tensão equi•õllcnte (tensão de Thévenin)
c uma resistênciaequi•<alente (resistência de Tilévenin). O
tcoremadeTilévenin f útilern casosemque sefaznecessáriocalcularunm•'ariá•·elcspeçíficadctensàooucorrente em apenas um ponto do circuito. não imponando os
V<Olores d:t~ variáveis restantes(Figum 3. 11 ).
Atcns:lodcThévcninédcfinidacomoatcns.:lovi'taa
drcuitoabcnodos tcnninais anali sados. ParJ ocálculodcssa tensão pode-se utiliurqualqucr ullli.J dl~ t6cnicas vistas
atéaqui.Puraocákulodarcsistênciaequi\õllcntc.dcvc-se
""eliminar'"todasasfontcsindependentcs(cuna<ircuitantio
fontes de tensão e abrindo fonte> de com:nte) e. a partir dos
tcrminais. calcular a resistência de Thévcnin.
Nafigura3. 12.paraocálcu loda tcnsiloedaresistência de Thévenin. o procedimento é separar o circuito à direita da linha tracejada. Em seguida. a partirdes·
sestcrrni naisaeb.calcu larn-seatcnslloclLresistênc ia.
que correspoudcm respectivamente à tcn s~o c à rcsistência deThévcnin.
Vn
6 ~ 3 x3 = 6VeR.,.= 6//3
:23
2fl
Figura3.12
Co~itos de
Eletrônica Analógica e Eletrônica Digital
IOI
4 3.3.5 Blocos de circuitos - - - O processo eletrônico ao qual o sinal do sensor vai ser submetido denomina-se condicionamento. Esse processo (XX!e variar
desdcumproccdimentosimplcscomoumaamplificaçãodosinal
(multiplic:1çào por uma constante) a operações nwis complexas
con10 filtrngcns.conversãoana lógicadigital. operações matemáticas(soma.convolução.cnt rcoutras).
Seja como for. os componentes desses processos s~o. em geral. eletrônicos. Esta seção aprcsema o bloco gemi de um condicionador. que será dividido em pequenos blocos que (XX!erão
ser construidos com alguns dos componelltes apresentados neste capitulo.
O projeto de um condicionador va i depender basicamente do
sensor e do interesse do usuário. POI' exe mplo. pode-se considerJr um sensor do tipo NTC (que será apresentado no capítulo
sobremediçãodctemperatura).oqualvariaa rcsistênciaelétrica (0) em funç~o da temperatura de entrada. Suponha que seja
necessário medir temperatura em °C e disponibi lizar essa medida de modo contínuo por meio de um disposi tivo de salda e. além
disso. llmlazcn:í-la em alguma mídia em um computador que
cstcjaaalgurnadiSiânciadoinstrumento.Odiagramadeblocos
de um coudicionadordesse tipo pode ser visto ua Figura 3.13.
Na~ seções subsequentes. ser-do apresentados alguus componentes eletrônicos básicos. de modo que serão detalhados os
blocos da Figura 3.13 e apresentadas algurn:ls opções de implemcmações.
4 3.3.6 Amplificadores e realimentação
negativa - - - - - - - - - - Na seção anterior. comentamos que um condicionador de sinais
é (ou pode ser) composto por uma série de blocos individuais.
O amplificador é. sem dúvida. um dos blocos mais importantes
do projeto. uma vez que será responsável pelo processamento
diretodo sina l quevcmdotrausdutOI'.
Figura 3.14
Sistema a malha aberta.
A ma ioria dM pessoas conhece amp lificadores de áudio. que
têmafunçãodeamplificar umsinaldeáudiooriundodcalgum
transdutor. como. por exemplo, um microfone. Se considcrannos
um ant igo di sco de vinil. o transdutor será a agulha e todo o
pick·IIJ' respons:h•cl pelo fornec imento do ~ inal analógico de
tcns!lo de acordo com os relevos do disco. Se considerarmos uma
fita magnética, o cabeçote de leitura será o transdutor. J>OI' fim.
se for um CD (CmltfNICI disc). o leitO!' óptico pode se r considerado o transdutor. A saída de qualquer um desses transdutores
apresentará um si nal analógico de baixa potênciaeotrJnsdutor
não pode scrligadodirctamcmc à saída, nocaso:losalto-falantcs. lssosccxplicapclofatodcqueossinaisvindosdostransdu torcsgeniltncmesàodcbai xa am plitudeedcb:lixacap~cida­
dc de fornecimento de corTCntc. Os amplificadores servem justamente para aumentar a potência do sinal. amplificando a teu são.
acorTCnteouambas.
Considerando um sistema genérico de n1alha aberta (sem caminho alternativo da entrada para a salda). podemos definir o ganho
doamplifl('ador (nocasodc tensão)conformeaFigura 3. 14:
A-~
E,
em que
A rcprcsc ntaogmlhoama lhaabcrta
E0 represcntaa tensnodcsafda
E, reprcscntaatcnsãodcentrada
Adicionando· se um laço de realimentação que atenua a salda
por um fator K ncgmi\·o (um sistema de controle com laço de
realimentação pode ser verificado na Figura 3. 15). somado na
emrada.tcm-sc um si naldeerro (s):
s = E,- E.r sendo E1 = KE. e. assim.
s =E,- KE.
Pode-se ainda escrever E1 =
~ + KE., c calcular o
ganho a laço fechado do novo sistema:
A
,__~
1
E;
___
E. _
Ei
_ _ A_
+ KE~
I I KA
Considerando agora que KA >> I. podemos fazer.
A
I
AI*" KÃ = K
Figura 3.13
Diagrama de blocos de um condicionado!' de sinais
Esseresultadoindicaqueoganhodevidoàrealimcntaçno tem influência direta no ganho do amplificador
(Figura 3. 15). Mais do que isso. o fator K será determinante nesse ganho.
Are:tlimcntaçãotambémvaiinflucnciarirnportantc s fatore srclacionadosaumarnplificador.taisco mo
102
Capi1uloTrfs
impedânciadeentrndaeimpcdânciadesafda.AsdcfiniçõcsdcsscsJXlr.'imctrossi\o:
em que Z~ e Z-treprescntam a impcdância deemrada e a impedânciadesaída.re.spcctivamemc.e
aqui não é mostrado o problema rcl:~eionado a si nais q ue variam
no tempo cuja resposta em frequência é crítica. Um trntamento
extenso e aprofundado do assumo pode ser encontmdo na Bibliografia.nofinaldcstecapltulo.
t 3.4
Diodos - - - - - - - - -
Os diodos são dispositi\'OS eletrônicos ativos constituídos de ma-
E; fatens.ãodeemrada
E. éatcnsãodcsafda
l, éacom::nted.::entrnda
I. é acorrente de saída
Como a impcdância de cmmda par-J o amplificador sem a realimcmaçãoé
terial semicondutor. O material semico•ldutor mais utilizado na
fabricação de compooemes ativos é o silkio (Si). que em forma
pur-d (estado intrínseco) não conduz corrente elétrica. Desse modo. são ncccss.árias dopagcns (processo no qual s.iío adicionadas
impurezas como boro. gálio. fósforo. entre outrm) para se constilllíremnovosmatcriais:
t materiais scmicondutorcs do tipo P (scmicondutor com portadorcsmajoritrtriosdotipo lncunas):
t materiais semicondutores do tipo N (scmicondutorcom portadores majuri tilrio~ do tipoelélron)
I=~
I
AZ,
E, = E. (K
+ ~)-
Rclacionandoasduasvariáveis,tcrnos:
l,_ 1 = Z,( l
+ KA)
Isso significa que a irnpcdância de entrada de um amplificador
é incrementada por um fator( ! + KA)quandoscutilizaareali mentação.
Para o cálculo da impcdância de saída. pode-se analisar. E. =
AE - Ih scodo A o ganho a laço aberto do amplifiCador e E a
tensão de entrada a laço aberto. Par-J E, = O a tensão de entrada
do amplificador será E • - KE. c.assim. E.= -AKE. -I;!.. e
E=~
KA
+1
a impedância de saída efetiva é então:
Essaequaçãoind icaquearealirnentaçilodiminui a impcdânc ia
desaídaporumfator( l +KA).
Os efeitos da realimentação. bem como rea limentação negativa.sãobastanteconhecidosnosestudosdesistemasdecontrolc. Esta seção tem como objetivo apenas a revisão de conceitos
básicoseúteiscrninstrurncntaçãodenlOdogernl. Por exemplo.
E~•E
E.
A
E,
K
Figura 3.15
Sistema com laço de malha fechõlda
Oar1iffciodnnplicaç:lodcprocessosdcdopagemsobreum
material intrínseco de ~ilfcio tem por objetivo ampli ar artificialmente o número de elétron.~ livres ou o nUmero de lacunas (ausênciadeclétrons)prescntesncsscsmatcriais.Eicssãodcnominados portadores majoritários c são os respons:h·eis pelas carncterísticaselétricasdocomponcmc.
Na construção do diodo. são imcrfaceados dois semicondutores ex trínsecos distintos: o tipo N e o tipo P. A partir desse
momento. surge uma corrente de difus.iío em virtude da diferença de concentmção dos ponadores majoritários entre esses dois
materiais. Esse trânsito de portadores causa a fonnação de uma
camada de cargas. denominada zona de depleção. na qual há
contato entre esses dois materiais: essa camada dá origem a um
campo elétrico contrário à corrente de difusào (Figura 3. 16).
fuistem dua~ formao; de polariJ:ação de um d iodo. conforme
excmplifica a Figum 3.17: a polnrilação direta c a polarimção
rc\·ersa.
A pola r ização d ireta consiste em se fornecer um pocencial
positivo ao lado do scmicondutordo tipo P de modo a mantê-lo a
um maior potencial que o N. Nesse caso. t gemdo um campo e létrico externo que fomece energia aos por1adorcs para que mrnvcsscmazonadcdcplcção.Port:utto.apolarilaçilodirctapossibilita
llJXlSsagemdecorrcntcselcvadas.lirnitadasporumrcsistorH.,cm
série com o diodo. decorrente da fonnação da junção scmicondutom. Em geral se admi te que um diodo polarizado dirctnmentc
tcmapenasumaquedadetensãod:tordemde0.7V.
Por outro lado. a polarb..a<,-ão ren•rsa aumenta a largurnda 7_ona
dedepleçàoepmticamcntesóhaverácorrcntedcponadoresminoritários. ou seja. a COITI!nte IW.'SSC sent ido ser:í desprezível (toda a
tensão fica sobre o diodo). Portanto. pode-se afimmrque o comportamento de um diodo é semelhante 00 de uma chave. ou seja:
se o diodo esti\·er polari1.ado dirctamcme =chave fechada:
se o diodo estiver polari1.ado revcrsamente = cha,·c aberta.
Uma das maiores aplicações de diodos é a construção de retilícadores.Astensõesdclinhadisportíveis paraalimcntaçãodos
di,·crsos equipamentos eletroeletrônicos s.iío alternadas. Entretanto. a maioria dos dispositivos que compõem os circuitos clctrônicosnecessitascralimcntadaporsinaisdctcnsãocontínua
CooceitosdeEletrônicaAnalógicaeEletrônicaDigital
103
(c)
Figura 3.16
(a)Fotogrdfiadeurndiodo:(b)8uasimbologiae(c)rcprescntaçãodazonadedeple<;iio
P
N
P
N
~
.
~
c;
(a)
d LJ,.,
Figura 3.17
(a) Esboço de um diodo com polari zação direta e inversa e (b) sua simbologia
c de baixa intensidade. Umadassoluçõcsparasetransformar
sina is allcrnados em sinais contínuos é a utilização de ci rcuitos
retificadoresparaaconstruçãodefontesdetensãolineares.
Usualmcntc,antesdosrctificadorcscxistemostransformadorcs. que são dispositivos elétricos que têm por função baixar ou
elevartensõcselétricas(apcna;;alternadas).Apósosretificadores.
namaioriadoscasosestarãopresentesoscapacitores.que,porsua
vez. têm a função de estabilizara tensão. urna vez que. quando
carregados.dcmoramumtempoparascdescarrcgare.assimscndo. mantêm essa tensão praticamente constante. Na verdade. esses
circuitosapresentarnurnapequenaoscilaçãodenominadaripp/e.
A Figura 3.1!! mostra um retificador de meia onda. de onda
cornpletaeemponte.Oretificadordemeiaondaretificaapenas
meio ócio. O retilh:ador de onda completa retifica o ciclo inteiro. porém com ele será produzida uma fonte unipolar. O retificador em parte pode produzir uma fonte simétrica ou bipolar.
Ainda nesse circuito podem-se ver o transfonnador. o capacitor
c ainda um componente denominado regulador de tensão. cuja
finalidadeéregularatensão(garantirqueatensãosematttenha
constante)nocasudeoscila'<õesdatensãodealimentação.Para
isso. existem vários componentes disponíveis. O componente
escolhido(78xx. 79xx)exige que a tensãodeemrada seja no
mínimo3Vsupcrior àtensãudcsejadanasaída.
Apesar de a construção dos diodos ser sempre composta de um
semicondutor do tipo N e outro do tipo P. existem vários tipos de
diodosquesãoutilizadosemdifercntesaplicaçõcs.&tesnãoscrãoaqui revistos. por não pertencerem ao escopo deste livro
Como exemplo pode-se citar o diodo zener. que se caracteriza
por ser utilizado como uma referência de tensão. Esse diodo. quando polarizado invcrsarnen(C, após vencer a barreira de polencbl.
passaaconduzireatensãosobrcosseustemtinaismantérn-seconstante. A Figura 3.19 mostra um diodo zcner utilizado para manter
uma tensão estabilizada de 20 V sobre um resistor de 400
Outro diodo bastante utilizado é o LED (o diodo emissor de luz)
Nes.<;e ca-;o. o componente serve. na maioria das ve?.cs. como indicativo luminoso. nas cores mais comuns: vemJCiho. verde. amarelo
Também podem ser encontr.Kios LEDs azuis e ainda infravermelhos
( llCSSC ca-;o. geralnJCnte utilizados como clcnJCntos emi.~sorcs de um
sistemasensor infra~·ennelho. ou mesmo para transmissf10dedados)
A Figura 3.20 rnustr.t a fotogralia de di<XIus zener e um LED.
A Figura 3.2 I mostra um circuito alternativo para o projeto do
bloco fonte d e tensão CC do condicionador proposto na Seção 3.3.5
Observa-se que ela apresenta três saídas reguladas em + 12. - 12 e
+5 V. As fontes de 12 V servem para alimentar o circuito analógico
(amplificador. filtro).easde5Vservemparaalimentarocircuito
digital(blowmicrocontruladoredispositivoOesaídavisual)
n
104
CapÍluloTrês
A&gUiadordetensAo
Aeguladordetensão
Ef?-9':.DICJ$:·
UI[: -
~]
,,,
<•>
DI
UI
Figura 3.18
(u) Retificador de meia onda: (h) de onda completa c (c) em ponte
Figura 3.19 Circuito regulador com diodo 1ener.
Figura 3.20
Fotografia de diodos zcncr c de um LED.
DI
ui
Figura 3.21
Fonte linearsimétriea
+ 12.
- 12 e +5 V.
CooceitosdeEletrônicaAnalógicaeEletrônicaDigital
t 3.5 Transistores Bipolares- - -
105
muitoprovavclmentc.gmndcsq uantidadesdccalorscrãodissipadasnotransistor,comprornctcndosuacstrutum,
A Figura 3.23(b) mostra as duas junções P- N reversameme polarizadasdemaneiraquepmticamentenflOhácorrentecirculandono
circuito - ou seja. há apenas a corrente de fuga. Tudo se passa como
sehoovcs•.edoisdiodosca..catcadosrevcrsamcntcpolarizados.
As dua~ fonna.s de polrni7..açào apresentadas não são úteis pan1
se obter o efeito de amplificaçào de corrente, pois no primeiro caso
as duas junções comportam-se como chaves feçhadas. No segundo
caso. as duas junções se comportam como chaves abertas.
A Figura 3.24 mostra a jun'fãO B-E diretamente polarizada.
c desse modo cspcr.1-se que as correntes Ic e / 6 sejam elevadas
Por sua vez. a junção C-B está rcvcrsamente polarizada. c assim
cspcra-seumacorrcntc/c dcsprezívei.Entrctanto.obscrva-seum
comportamento bem diferente: /Felevada./8 muito pequena e I c
muito próxima de /,,
Os transistores são componentes aptos a amplificar correntes
elétricas.aexernplodoqueocorrianopassadocomasválvulas
termoiônicas. com as vantagens de serem fisicamente menores
e de dissiparem menos energia. Os transistores bipolares podem
serconstruídosdcduasmanciras.adepcnderdossubstratos(scmicondntores do tipo N ou P). confonne mostra a Figura 3.22.
Uma vez que os transistores apresentam três tenninais - E.
emissor: B. base: C. coletor-. as polarizações bem como seus
mo-dos de funcionamento referem-se às suas junções: emissorbase (E-B) e base-coletor (B-C).
A Figura 3.23(a) mostra as duas junções P-N diretamente
polarizadas causando altas correntes Ic e Ie e. portanto./8 . Tudo
sepassacomoschouvcsscdoisdiodoscascatcadosconduzindo
altascorrentcsdentrudeummcsmocncapsulamcmo - ouseja.
~~
,., ~~
NP~
P~
E
C
(b)
Figura3.22 (a)Disposiçãodossubstratos
em um transistor NPN c PN P. (b) seus símbolosc(c)fotodctransistorcs
iCJD-1
'•
I,
N
Figura 3.23 (a) Polariza.;,ilo (E-B)
direta.(B-C)direta. (/:>)polarização(E-B)
revcrsa,{B -C)reversa.
T
.
-;:-
~~~
'''
~
~
106
CapfwloTrês
Figura 3.24
l'olaritação (E- H) reversa, (B-C) direi a e o efei1o tmnsistor.
Uma \'ez que a junção E-B se eocontra diretamente polarizada.h:iurnacorremededifusãointcnsadcclélrons livresdolado
N para o lado P (para o 1ransistor NPN). Ponamo. esperava-se
quc essesc létrons livres.atingindoabase,comcçassernaserecombinar com as lacunas disponíveis. Entretanto. fi sicamente.
o trnnsistor é conslruído de tal modo que a base é muilo mais
estreila qu e o emissor. e lambém menos dopada. Dessa forma.
Obtemos ainda:
I c == 11 + l c
f;;; = ;;;+ lc
" rr _ __&__
1 + f3ce
vistoquea~onadcdcplcçãoestreitaaindnmaisabase,dificul­
tando a rcçombinaçào doselétrons livres vindos do emissor. a
corre me que se origina dos elétrons que se recombinam na base
que conslilui /•é muilo pequena. H najuBÇilO C- B. observa-se
a presença de um campo elétrico intenso aplicado na j unção. no
sc111ido de utrairos elétrons livres di sponín•is no lado P. ou seja.
na base. Em condições normais. era de se esperar que houvesse
poucos e lé trons livres no lado P de uma junção rcversamente
polari1.ada. Entretanto, a imensa correnlc de difusão de elétrons
livres fomccidapeloemissoratingeolado l~basedotransistor.
e. em vinude da dificuldade de se rccombim1r com as poucas
lacunasdisponívcis.esseselélronssão,cm s uamaioria.atraídos
pelo intenso ca mpo clé1rico presente na junção B-C. Ponamo.
obtém-se urna alta correnle de coletor/" muito pró,. i ma a/~,
camc1eri1.ando-sc oefeitotr.1ns islor. Sendo ass im. é possível
escrever a seg uinte equação:
f3cr: _
Occ
l
+ ac...-
Para interpret:1rde maneira s implificada o componamento dinâmico dos trans is tores bipolares. pode-se adotar o modelo de
Ebers-Moll (Figura 3.26). descrito a seguir.
Nesse modelo. considera-se a resistência de base R,. que na
maioria dos casos pode ser desconsiderada. A junçào B- E é vista como um diodo que deve ser direlamentc polarizado. causa ndo uma queda de 1ensão v,~ ""' 0.7 V.
No co letor h:•vcr.i urna corrente I c == a/1;. sendo I e= (31,. que
sódepcndede/8 se otmn_o ;;istoropcrarnarcgiãolinear(costumase represe marmravésdeumafon tedecorren te).
Esse modelo induz a uma conclusão impon:mle: um lmnsislor bipolar funciona como um amplificador de correm e. ou seja.
seacorrenlcde base for/,. então noeolclortem-se lc • (31, .
l"= lc+ l.
Fa7.cndo analogia com um sistema hídrico. pode-se COflsiderar o s istema como se fosse um canal pelo qual se desloca um
ceno volume de água. resultando uma corremc análoga a I c.
Confom1e /~ aumenta, aumenta /• c I c- proporcionalmente. uma
vez que /~ corresponde a um desv io de flu xo (Figum 3.25).
Arelaçàoentre/ç e/"édefinidapor:
lc == f3cc ·l.
•• !,,
•
Figura 3.25
I '·
Relação entre as correntes em um lr.msi$1or.
O índice "CC" é dev ido ao fato de que o ganho f3 varia com a
frequêocia. e essa relação correspoode a sinais de baixas frequências em que f3 == f3cc praticameme constautc. Esse parámelro é
denominado ganho do transistor. Analogamcnle. há uma relação
entre Ic e /c definida por:
lc = acc ·lc
Emger.1l, f3cc édaordemde SOa lOO eao: é muito próximo de
1 {ill 0,99). Manipulandoessascxpressõcsobtemos:
1.: = lc
+ 18
== f3cc ·l. + 1.
Figura 3.26
Modelo de Ebcrs-Moll
CO<'II:dtos de Eletrônica Analógica c Eletrõnil:a Digital
Noscasosemqueénecessáriaarealizaç11odean~lisesmais
crileriosas. que envoh•am a descriçãodocomponamenlodo transistor em função da frequência. f preciso adolar modelos que
consideram ascapac itiincias parasi1as associadas às cargas armazenadas nas zonas de dcplcção. Em tais si tuações. é comum
ndowr-se o modelo Tr híbrido pnra nn:llise AC (corre nte altemada)docircuito correspondcmc. Tal an:ílise não ser:\ feita nesta
revisào.
E.temJJIO tle ti{Jiit·açtio do mQ(/elo Eber5-Mol/: considerando-se
ocircuitoda Figura 3.27comosseguintespnrJrnetrosecomponcntes: Vu • 0.7 V (tensão para Q, polarizado na região linear.
corresponde nte a um diodo di retamente polarizado) R,= 19.3
kf.!. RLvari:í1•el (20 s RL s 80)0 e /ler • 200. tem-se a eorren·
tedcbase/8 :
1
'
~~ .. v,. -Vn=20 - 0.1 = lmA
R,
R,
19.3 K
Por1a nl o,acorremcdecoletor ser:l:
lc=
{31~ =
200X l mA = 200 mA
Desse modo, a tensão V,., varia com R,:
paro~
R, • 20 0 : V,= R, · 1,= 20 X 200 X 10 J= 4V:
paro R, • 80 0 : VL = RL ·I,= 80 X 200 X JO ·J = l6V.
Obscn•a-se que a corrente I c é eons1a111e em relação à variação
da carga R,:
Uma vez fixada 1,. se o transistor se mantém adequadamente
polarizado. tem-se Ic fixada em 13ccl•• Assi m. a carga R, "enxerg~" um~ fome de corrente de intensidade 13ccl1 cau~ando uma
variação llV, proporcional à variação de R,.
Omro fato importante refere-se ao cornpot1amento de V cE:
Se V,,= l 6V~Vcl' = 20 - l6 = Vcr= 4V.
Se V,,= 4V= Ver = 20 - 4= Va= 16V.
Vcl' pode 1•ariar conforme o valor dói carga. c isso ser:\ verdade
enquanto o transislor pcnnancrer na região li near.
Con10 qualquer outro disposilii'O. o lransistOI' também dissipa
potência,quepodesercalculada apartirdascguinterelação:
P,. = Vcl' · fc
nu qual
Vce = 16V
par.t RL "' 20ft: I c- 200 mA
\ P = Va· lc =3.2 W
l
v"~ 4V
para RL- 80!l: lc= 200m A
egaro~nle-se qu ca tcnsãoentrecolelore ernissoré apro)(imada­
mcnlezcro. si mulandoumachal'e fcchada.
E.remp/o tfe um rrmui5Wr que fimcimw t:Ot/JO clrm·e: considere
as especificações V.,= 12 V. v_ < 0.4 V paro~ uma corre nte de
cmissor menOI'que !OrnA e outra condição V;, • O V. v_> 10
V pam uma corrent e de safdól de 1 mA. Dc1·e-se calcular o resistor de coletor de modo que a máx ima lensào sobre o mesmo
deve ser 2 V na condição de V., = O.
Rc< v.,,: v..,..., ~~ ~~~o = 2k!l
Quando o lmnsistorestiver desligado. a rn:lxirna corre nte que
passa pelo resistor de coletor ser.í de I mA. Quando o tran sistor
estiver li gado. o resistor de base de1·e ser dimensionado de modo a possibilitar o nuxo de uma corrente suficierue pam sat urar
o transistor. Considerando-se 13 = 50. f c"' fj · t,. tem·se:
l c= IJI .=
R, s
'
Figura 3.27 Cin::uitoexem·
plodt:polarizao:;llo dircl.adotrnnsi\lQJ.
1' - Vçc 'lc- O.SW
Uma aplicação baslante comum de tran sistores em que se utiliza
aconfi gurnçãodól Figura3.28é fazeracoi'T'Cntede baseahao
suficient e para saturar o t ransistor . Nessa condição. o componente sai da região de resposta linear. de modo que o siste ma
atingeumlimitede tensãoecorrentc.e as rclaçõcsaprcse ntadas
anterionnerue nDo valem mais. Isso é fe ito quando é ncress~rio
opcmr uma chave elc1rônica através da corren te de base. Em
outras palavms: com urna corrente pró)(ima de zero na base. o
lransistor n ~o poluriza. c se compor1a como unm chave abcna
porque não condu z. Na situação oposta. quando é polari1.ado
diretamente com uma corr.::nte de base alta. o tran sistor sa1um.
V.u ~Vo; + i,-~+ iL
V;, ~. Vu
R s (V.,
Vné atensilocolctor-emissor
fcé acorr.::n te nocoletor
107
No caso do eltcmplo dado anterionnente. a potência di ssi pada
notransiSIOr é dadapor:
v~f)/3 ,.
fc
(12 - 0,6)50
(_!f+ w)x10 '
=
356
k!l
.
Figura3.28 TrunsistOfsi rnulandouma chal·c.
l OS Capítulo l'rês
Eunrplotle um transistorquf' fimrioml como onrplificador: considerando-se o transistor da Figura 3.29 com fJ = I 00 e. ainda.
que é necessário um ganho de tens3o AC (
"vv,
~) de 4 com o
n
sinal de safda c:xcufliionando 4 V, pode-se arbitrar uma corrente
decolctOI"de lO mA e uma tensãode coletOI"de 8 V. Quando o
sinal es1iver no pico positivo. a saída vai a lO V (restando 2 V
sobre Rc). c:. no pico negath•o, a saída vai a 6 V (6 V sobre: Rc) .
Nessecaso.arbitra-se também uma tensão Vcr = 12 V paragar.mti r a regi3o linear do transistor'.e Vt = 4 V.
Dessa fom1a. pode-se calcular os resistores:
- lR•c'Í
R..-< v. ,1 ~ Vr = :~:! • 400D
1
Rc: = R_.,+ Rn=
·
4
-=400 .0
10 mA
~.., ___2L_ - ~ = 16-
I ~+ / ('
Ic:
Utiliza-se então o teorem:t de Thévenin pam calcular R, e R 2,
conforme a Figura3.30:
t8
= ;-~~:A = O, I mA. V
,. = R: 1_;~,, R,. = R,R:~,
Um01 vez que a tensào do emissor é 4 V. considerando-se uma
queda no tmnsistor de 0.6 V, a tcnslo cn1 v. = 4.6 V. Supondose uma queda de tensão de 0.4 V sobre o R,. e sabendo-se que
l w= O.I mA:
R"' ""' *
V,.
""' 4kfl
~ t.R,.
+V. = 0,4 - 4.6 = 5 =
1
R 2_;~, =>R1 =~R1
Adaptando-se parn valores comerciais. pode-se escolher R, =
11.2k0eR, =8 kO.
O ganho AC é aproximadamente ~- porque o capacitor
R.,
garante que. em altas frequências. R1 seja cuno-circuitado: ou
seja, V0 =
t, -
H,. Assim.
L
c.
Figura 3.29 Tran sis1or funcionando como amplificador.
R,IIR,
"R.~R,nV····v
Figura 3.30
T~Of<'ma ~ Th~v~nin
aplicado QO amplificador a 1ran-
eletricistas)quedesejaremconstruir elou interpretar circuitos
para essas funções.
O trnnsi~tOI" pode compor várias das etapas analógicas. Por
exemplo. pode-se utilizar o transistor para implementar uma fontede corrente como a da Figura 3.3 1. O circuito da Figura 3.3 1(a)
1nos1ra umtr.msiStOI" PNPscndo alimentado por uma fonte através
do resistOI" R,. Esse transistor então polariza e a corrente que nu i
por R<de\'e ser Vj{. • Faz-se. emilo. umac()l'rentede base mui1
to menor que a corrcnte que passa por H1. Desse modo, pode-se
di zerqueaeorremcque nui porR1 (carga)éa própria
Vi{.,-
e, finalmente,
H,'l • Hc;- RI.', • 400 - 100 = 300 0
R,
dof~romoamphfocaobdtpcqumos lol naol. Otnn~ijt()fpo::oos.s.uiumarqiio
do,.,.,"'"""
timnada dt t.ncarioda<k. No c-.
que funciona romo cha·•e. f~-sc
usod> "'liio 1\io """"'· Pan mai~dclathe!;, ron"'t lc a RiblioJnofia oo fi,..! do
capí1ulo.
B
+
o,
Existem muitas variantes decircuitostransistori7.ados. c há
uma fana bibliogr.afia disponfvel a respeito do assunto. Assuntos
como amplificadores com transiMores. bem como detalhes de
seu fuocionamento dinâmico. n3o serão abordados nesta revisão
eser-:iodeextremanecessidadcparnosprojetistas(engenheiros
' Apesardtoa.wnlol\io-crobordadone>~a,....ido.oorn·fmkn>brarqut . quan­
,.V.'R,
V,
R,
As escolhas dos cap<~citores dependem da resposta de frequência
desej<~da.
o,
R,
,.,
(b)
Fagura3.31 Tr:msistor implcmenUllldo difen:nta fonta de rorr~me.
Co~i1os de
O circuito mostrado na Figura 3.3 1(b) é implcmcmado com
doi s transistores. O transistor Q, (à direita) é inicialmeme polarizado e supre a corrente de base de Q,, estabili;wndo a própria
corrcmcdc base de Q ,.A queda de tensilosobre H1 é V,.,; dcQ,.
Como a correme de emissor é praticamente igual à corrente de
coletor. supõe-se que a corren te no coletor de Q1 seja V~',
con~tante. Além dessas. existem diversas outras configurações
que podem implementar fontes de correntes
f 3.6
Transistor de Efeito de Campo
(FETJ - - - - - - - - - O FET (firM rffrcllronsiswr). ou transistOI' de efeito de campo.
é um dispositi"o uni polar cujo símbolo é apresentado na Figura
3.32. Sua operação parte do princípio de que um campo elétrico
perpendicular a um nuxodecorrente comrola a resistência de
um canal consti tuído por portadores do tipo "P" ou portadores
do tipo "N". os quais co nstituem. respectivmnentc. FET de canal
PeFETdecanaiN
As principais \'antagens do FET em relação ao transistor bipolarsilo·
t Altaimpcdânciadeentrada:
t Maiorimunidadearuído:
t Maiorestabilidade ténnka:
t Fabricaçilorelativamentesimples.
Esse tipo de transistor é bastante utili7.adocm dispositivos eletrônicos que requerem rninimização de consumo de energia. É
ideal para trabalhar com bateri as. A maiordesvamagcrn do FET
.~'
o
(lt)
Elc1rônica Analógica e Eletrônica Oigi1al
109
é a sua baixa velocidade de resposta. No entanto. existem C\'Oloções tecnológicas desse componente que j4 superaram esse
problema. Podem ser encontradas variações de FETs no que diz
respeito a processo de construção (e. consequcntcmcntc. suas
caracterfsticas elétricas), corno. por exemplo. o JFET (jw1crion
field effa·r lr<IIIJi.flor) ou o MOSFET (mera/ IHidl' .rilico11 field
t'jJecrJrymsisror).
O FET é constituído a p~rtir de urna b~rra de mmerial do tipo
"P" ou "N" denominado "canal". Nas extremidades da barra
existem contatos metá licos fonnando umtcmtinal chamado dreno (dmin) c outro denominado fonte ou supridouro (SOI/Il.'t). Ao
lado dos contatos dreno-fonte existem ainda duas regiões "P" ou
duasregiõcs "N'', interligadas. difundidas nointcriorda barra.
denominadas porta (gmt) (Figura 3.32).
A Figuro3.32(c) mostra o princípio de fuoc ionarncmodo FET
de junção canal "N". O canal é o caminho pelo qual passam os
port~dores.cocampoimpressopelaassociaçãodaspolarizações
dos terminais GDS dctennina o fechamento ou a 11bcrtura desse
canal. O func ionamcmo de um FET canal "P" é análogo. sendo
nccessárioapenas invcrtcrapolaridadedasfontes dculi rncntação
dreno-supridouro (VOS) e porta-supridouro (VGS).
A Figura 3.33(a) mostra a polarização dos JFETS de canal N
c P. No caso do JFET de canal N, uma alimentação positiva é
ligada en tre o dreno e a fonte. est:~bclecendo-se um nuxo de
corrente através do canal. Essa corrente tambfm depende da lMguradocanal.
Umatensàonegativaéaplicadaentreaponaeafonte.estabclccendo-seapenasumacorrente dcfuga(devido!laltaimpedância decorrente da polari1.ação revcrsa na porta). A polarização
reversac riucanmdas dedepleçãoem voltadas regiões P.eisso
estrei taocanaldeconduçào(D-S).
Para um valor COIJStantc de VGS. o
JFET(nasuaregiilolinear)funciona
comoumresistoratéatingirumacondiçãodeestrangu lamento. l'arasepo-larizarumJ FET é necess.iriosabcr
se ele trabalhar.'i como amplificador
ou corno resistor controlado por tensào.Funcionandocomoamplilicador.
a região de trabalho é o trecho da Figura 3.33(b). àdireitadaregiàode
estmngulamentocàesquerdadatcnsâuV DSderuptura.Se se fortrabalharcomorcsistorcontroladoportensào. a região de trnbalho é entre
VDS = O e a regiào de estmngulamento.A Figura3.33(c)nlOStraacurva de transcondutâocia para o JFET.
naqualatcnsãoVGS éYJriadadeO
a ~4 V c a COITC111C de dreno é medida. Pode-se calcular a com:mc de
dreno por meio d~ expressão:
lp= l=(l ~tr
Figura 3.32 (a) Simbologia. (b) detalhes con,trutivos e (c) princípio de funcionamento do
FET.
A Figura 3.34 apresenta duas aplicações típicas de um Ft'T genérico.
11 0
CapÍluloTrês
VGG
,.,
1 .. ::::z -------------i--=='--~
(f.__:._
!:
9
: VGS• - 2
[
r,~:±:====~:V~G~S-~-=.3======J A~ruffi
, VGS•
4
VDS(V)
'"
Carac1erísticaVGS X IOdoFET
•-'
c
VGS(V)
Figura 3.33
'"
(u) PolarizaçilodosJFETs de canal N e P, (h) curva VOS X ID, (c) curva VGS X ID.
ConceitosdeEletrônicaAnalógicaeEletrônicaDigital
,,
,,,
Figura 3.34
ve
111
(bl
(b(
Aplicaçõe~
do FET: (a) fome de corrente:(/>) amplifi-
Figura 3.35
OPAMP ideal
(a) Fotografia de um OI'AMP e (b) representação do
cador.
AFigura3.34(a)rnostraumafontedecorrcnte.eaFigura3.34(b)
mostra um amplificador. Além dessas aplicações. os FETs são
encontrados extensivameme em eletrônica de potência. em que
apresentam importantes vantagens em comparação com os tran -
sistores bipolares. Esses componentes também são utilizados na
intcgmçào de uma série de componentes. tais como amplificadoresoperacionais.cornponenteslógicos.entreoutros
t 3. 7 Amplificadores Operacionais
- OPAMPs - - - - - - - - O amplificador operacional é um componente eletrônico composto por resistências. tra11sistores. FETs. capacitores. entre outros componentes embutidos em um mesmo encapsulamento. O
OPAMP. como também é conhecido. foi um nwrco na eletrônicacumacontinuidadcdaeradaminiaturizaçàoquetcveinício
como transistor.
Atualmente o amplificador operacional é um dos principais
componentes no projeto de condicionadores de sinais e pode ser
cncontradocomdiversascaracterístkas.Existcmamplificadores
operacionaisconstruídoseotimizadosparaseconsumirbaixíssimacnergia. outrossàootimizados para respondera sinais em
umaamplagamadcfrequência.eoutros,paratcraltosganhos
Dependendo da aplicação. o projetista deverá escolher a opção
que melhor se adapta ao problema. De maneira geral, o OPAMP
éindicadoparasituaçõesemquesàonecessâriosganhosa11os.
imunidadeaoruído.impedânciadeentradaaltaeimpedânciade
saídabaixa.semdistorçàoccomestabilidadc
Em condições ideais. o amplificador operacional pode serrepresentaOo conforme a Figura 3.35. Os terminais ( + ) e (- ) '-UT·
respondem às entradas do amplificador e têm propriedades de entradasnâoinversoraeinversora.Oamplificadoréalimentadosimetricamente atr.wés dos pinos + Vcc e - Vcc (algumas variedades
deamplifieadorcsopcracionaisnàotêmnccessidadcdescralimentadas com tensão simétrica). O ganho diferencial A, é dado por:
rnumézero. Umarnplificadoroperacionalcornessascaracterísticas é denominado arnpliticador ideal. Emretanto. essas hipóteses
niiofogemmuitodarealidadeesàornuitoúteisparaaanáliscda
maioria dos circuitos que têm amplificadores operacionais.
Um amplificador operacional (real) muito popular(e bastante amigo - por isso, com desempenho muito pobre em alguns
itens) é o 741. Esse O PAM P é constantemente utilizado corno
referência de comparação. porserbastameconhecido.
Paraefcitodeanálisc, pode-scconsideraroscguintcmodelo.
mostrado na Figura 3.36. para um amplificador operacional real
Nesse modelo de amplificador operacional tem-se:
Ganho diferencial A, finito. em que v, = Ajv, , - v,z). O valor de
A, varia de lO" a IO".dcpcndendodoamplificadoropcracional.
Nocasodoamplificador operacional74l.tern-seA. = 2 x 10'.
Nesse caso. v, = Aj1•,). Supondo-se A,= 2 X 10'. se Vrr =
15 V o amplificador operacional irá saturar na máxima tensão
R,
v, = Ajv, 1 - v,,)
A impcdância de cntmda é infinita c a impcdância de saída é
nula. Se v, 1 = v,,, tem-se V,= O. ou seja, o ganho em modo co-
Figura 3.36
Rcprcsemaçào de um modelo <Ímplificadodo OI>AMI>
112
CapÍluloTrês
de saída. +15 Vou -15 V (na realidade. em valores próximos
aesseslimites).l'ortanto.amáxirnatensãodeentradaquecorrespondeaolimiardcsaturaçãoscrá:
v, (max)A,, = v, (max) "') v, (max) =
:!:: 15
1Ql "')
o•, (max) =
:!::0.15 mV
A partir desse resultado. ]Xlde-sc perceber que tensões muito
pequenas na entrada (da ordem de décimos de milivolts) já são
suficicntesparasaturaroamplificador.
Apesardenãosernecessárioqueousuárioconheçadctalhes
de construção interna de um OPAMP. este é composto apenas
por componentes conhecidos. A Figura 3.37 ilustra o esquema
sirnplificadodcumamplificadoropcracional
Corno exemplo de aplicação. pode-se considerar na entrada do
OPAMP um sinal do tipo senoidal tal oorno o da Figura 3.38.
O sinal de entr.1da é do tipo senoidal com valor de pico igual
a s,Ji V. Como pam tensões maiores que 0.15 mV ou menores
que -0, 15 mVo amplificador operacional satura (supondo
Ad = 2 X I01 c IV
= 15 V). dura me praticamente todo o semiciclo positivo a saída será + 15 V e durunte todo o serniciclo
negativo a saída será - 15 V, confonnc Figura 3.39.
Desse modo. gerou-se uma onda quadrada a partir de uma
onda senoidal. A res istência de entrada é finita. acima de MO
(alguns OPAMPs, apresentam resistências de entradas superiorcsal0 '20).ouscja.sernprccxistcurnacorrcntemuitopequenaentreasentradasinversorae n~oinversora. Como o ganho
AJ é muito grande. a saída do O PAMP tenta amplificar o valor
da tensão entre as entradas por esse fatore encontra um limite.
Esse limite é justamente a tensão de alimentação dos componentes, da qual ele não]Xldcexccdcr(cssaéumalimitaçãodo
OPA MP. especificada pelos fabricantes). No caso do 741. a
rcsistênciadeentradaédaordernde2M!l.Aresistênciade
saída não é nula. No.:asodo741. R, ""
50 !l. Alimentando-se com Vcc = :!: 15
V, a máxima corrente de saída édaordcmdc20mA.
Na realidade. pode existir uma tcns:io
não nula na safda quando 1', , = 1•,2 = O
A tensãodeoffsetcorrespondcà tensão
necessáriaquedeveseraplicadanaentradaparascobtcr V, = O.
EmOOra exista na entrada de um am-
Esquema interno <;implificado de um OPA MP_
Figura 3.37
cri
~:;~i~,~~~:~~=~~:~-~~~q~~oaa~~lii~~::~~
~O
operacional amplifica a tensão em comum. ou seja. 1',, = v, 2. Outrd limitação
doamplificadoropcracionalrcalrefcre-se
~
Figura 3.38
Um transformador na entrada do OPAMP.
~
àmáximataxadevariaçào~(variaçào
datcnsàodesaídanotempo)aqucocomponente consegue responder. Essa taxa é
conhecida por slew-rate. Portanto. se um
sinal variar muito rápido notcrnpo(alta
frequência)etratar-sedesinaisdegrande
amplitude.háperigodeseultmpassara
taxadc;,·/ew-ra/e,obtcndo--senasaídaum
sinaldefonnado
0,006
0,01
0,01~
0,02
0,025
0,03
0,035
0,04
0 . 04~
0,05
f {t)
Figura 3.3g Forma' de onda na entrada e na saída do çirçui1o comparador. ocndo o valor
deço111paraçãoigualazero
Conceitos deEletrônicaAnalógicaeEletrônicaDigital
41 3. 7.1 Configuração: amplificador
inversor - - - - - - - - - - A partirdosconceitosaprescntados.paraque um amplificador
opcracionalseja útilnotratamentodesinaisénecessáriolimitar
oseuganhosemabrirmãodesuascaracterísticasfundamentais
Ncsscsentido.inicialmcmcépropostaumaconliguraçàoinver·
sora.naqualosinaldeentradaéaplicadoàentradainversorado
amplilicadoroperacionalcomrealimentaçàonegativa.conforme
ilustradonaFigura3.40
Analisando-seocircuito.tem-se·
i,=
v,;,e,
113
Portanto. sei,= i 2 e ••, é terra virtual.
~= - ~
R,
R,
ou. ainda.
v, = - %:-v , .
Pode-seveJifiçarqueossinaisdeentmdaesaídaestàodefasadosde 180°
Essasaproximações sóscrãoválidasse·
I Oamplificadoropcracionalestivcrtrabalhandonaregiãolinear.uuseja.osseustransistoresintemosnàoestàocortadus
ou saturados em :!: Vcc- Na prática, isso acontece quando a
entradaépcquenaosuficienteparaque
emmda X ganho- < Vçç eemmda X ganho-
> - V=
2. OsvaloresdeR, eR, não devemser semelhantesaovalorda
resistência de entrada R,; (R , e R2 devem ser muito menores
que Re).
Logo.
~+'"·-=~ - ~ -
R,
A, · R,
A, ·R,
R,
- '·A, ·Rc
Considemndo-se a hipótese de que AJ _,. ""· e1 _,. O e. ainda. se
Rc_,. oo então i,...,. O. De acordo com as hipóteses levantadas.
É importante observar que quem realiza a realimentação negativa é R,. A atuação da realimentação pode ser entendida da
seguintemanetra
a. Sistema em equilíbrio: 10, é terra virtual = e; = O. i,= O
b. Transitório:aplica-sev, naentradaev, tentaaeompanhar=
e 1 > O. Se e 1 > O. então - A.,.e1 induz v, a - Vcc· Entretanto. se
''•--. -Vcc- v, tende a acompanhar a safda e surge e;< O. de
modo que AJ e, induz v, a + VccPortanto. o sistema tende a se estabilizar em um ponto em que
~=~
R,
R,
_!__ .(..!.. +..2...+ ..2...) -o
A,
R,
R,
Rc
OU Sej:l.
v,--%:--·
1• ,
Portanto, a partir do momento em que sc considera que Ad _,. oo c
Rc_,.oo.cornoi, =Oee1 ...,.0:(V,- V,) = v_. = O(édenorninadoterr<~vinualpclofatodeV, = V2 eacorrcnteentreelesscr<bprezível)
41 3. 7.2 Configuração: amplificador não
inversor- - - - - - - - - - Outra possível configuração para se utilizar um amplificador
operacional é a configuração não inversora que pode ser vista na
Figura3.41 .
i, =i,.
Figura 3.40
Configuração inversora com o OPAMP.
Figura 3.41
Configuração não in'"crsora com o OPAMP.
114
Capítulo l'rês
Observa-se que cont inua ha\·cndo rcalimcmação negativa. A
difcrcnçaéqucagorJosinaldcentrndav, éaplicado naemrada
não inversor... Sendo assim.
i: '-' i, + i,.i, ... ~.i, '-' v, ~. v, ,i,= ~
' '•
~v.-
·0-----L:J
~
Figura 3.42
lmpedllncia de entrada.
t,
' '• = A~ · t,
Com base nesse cooc-cito. pode-se avaliar a impcdância de entrada das çonfigunações básicas com amplificador operacional
Ponamo.
Configuração inversora
z.-~
Considerando o pomo de terra virtual. tem-se:
Z,at~• R,
Considerando-se
I.
2.
a~
'•
hipóteses:
Portanto. embora a impcdância de entrada do amplificador
opcradonal seja infmita. na co nfi guração invcrsom sua impcdãnciaépróxim:LdcH1.
AJ -+"'~e, -+0
R,. _,., ~i. -0.
Configuração não inversora
Nesse caso a impcdância de entrada do amplificador operacional
corresponde à impcdânda de entrada do O PAM P. Quando for
necessário obter-se al!as irnpcdâncias de entrada. o pta-se por
essa con fi guração.
41 3. 7.4 Resposta em frequência de um
amplificador operacional - - - - -
Ou seja.
Lembrando que o ganho de tensão em dB é dado por:
G(d B) • 20 ·log !!..
Ponamo. pode-se rcali~,ar urna an.1lisc simplificada. desde que
sejav;ilidaahipólesedequcoamplificadoroperacional semantémnarcgiãolinear.
E assim:
''•
consideram-se as scguimes relações de entrada e s.aída e o ganho
rclativocmdB:
!!..,.. l ~ G{d0) '-' 0d l3
'·
~= lO=G(dBJ = ::!:OdB
''•
Portamo.
~ "' 100 ~ G(d ll ) = 40 dB
''•
!!.. = 10 1 ~ G(dO) = 100 dO
cncssaconfigur.tÇãoossinaisdeentradaesa(daestào cmfase.
41 3.7.3 lmpedãncia de entrada - - Um par.imctro importante a ser dime nsionado em um circu ito é
asuaimpedãnciadcentrada.Paraisso.define-seesscpariímetro
daseguimemaneim:
Se for medido i, rom um amperfmetro e ' '• com um voltímetro.
a relação a seguir é definida. como impedância de entrada do
circu ito. Z,. conforme rcpresema a Figura 3.42:
z.-~
'·
''•
Pam ocaso do amplificadoropemciona174l.o ganho de malha abcrtaA,.= 2X lQ!~aoscuganhodifcrcncial.Afrcquência
dccortc(frcquênciaemquc oganhocai3d B.ooseja.apotênciado
sinal caiàmetade)CQITCSpondca lOH7~ Apar!irdessafrequência.
o ganho cai com uma atent.L.-.ção de 20dB por década - ou seja. se
a frequência ,~.uiardc[ par.l lCV,. oganhocai 20d B.
A turva de resposta e m frcquência do 741 deS<:rcvc o componamemo ganho X frcquênc ia ronfom1e a Figura 3.43:
Analisando-se esse gr.ifiro. pode-se verificar que. para um
ganho de 100 dB. a resposta do amplificador operacional é plana apenas parn uma faixa de frcquêndas que \'ai de O a lO Hz
- ou seja. uma banda muito estreita.
Cooceitosdc ElctrõnicaAnalógicaeEietrônicaDigital
11 5
Esse circuito pode ser \'isto na Figura 3.44. e ele é útil porque
aprescma uma impcdância de entrada muito alta (Rc > 2 MO)
e uma impedância de saída muito bai~ta. Em muitas aplicações.
essccircuitoéutilizadopamisol:lrctapas.
41 3.7.5.2
100
1000
100001000001000000
Circuito somador - - - - -
Considerando-se o circuito da Figura 3.45. tem·se:
Fr~tq"""ei•(Hz)
Figura 3.43
Resposta ctu frcquência aproximada do amplificador
upo<>mriona1741.
c. ass im.
-~-~ + ..!:!1.. +~
R.
À medida que um sinal é constitufdo de componentes com frcquênciassupcriorcsalOikosinals..!r:ldiston:idoàproporçãoquc
for ampl ificado a taxas de ganhodifcrcmes (região cO!Te.Spondente
àrampadcatenuaçãodc20dBpordécada).Umamplificadorsóé
útilseforutili7.adonaregiãoplana.naqualoganhoéconstamc
Noca.sodoamplificadoropemcional74 1 sem realimentação.
o ganho é de IOOdB. mas s ua banda é de lO Hz. Entretanto. se
o ganho fordiminufdo. atra\"és de realimentação a banda do circuito é automaticamente alargada.
Pa- exemplo. se OOotad:t uma configuração com A.ot = I. tem-se:
lOs · 10 = 1 ·fc.ot
Rl
R,
V,=
- (1•, ,
+ V,l + I',J )•
tr.ttand<J-scdcurndrcuitosornador.
41 3.7.5.3 Circuito dlferenciador - - - Considerdlldo-se o circuito da Figura 3.46. tem-se i, = i,: logo.
C~ ""-~~
dt
A., ·fc-• A.ot·fe.ot
R,
Ainda fazendo R, = Rl = R1 = R•. t.::rn-se:
R
v
'
=- RC~.
dt
Trata-se. portanto. ele um circuito difcrcnciador. Nesse tipo de
circuito. deve-se tomar cuidado com o fato de que os ruídos de
f e.ot= I M H7.
sendo A1 o ganho diferencial do OPAMP
f c- a frequência de oor1e a malha aber1a
A.ot oganhoamalhafcchada
f c.ot afrequênciadeconea malha fechada
Conclui-se por1anto que quanto menor o ganho. maior a banda
passante(rcgiàopl:um:ttéfc.ot).
41 3. 7.5 Clrc:ultos lineares básicos com
amplificadores operacionais - - - Os circuitos a seguir apresentam algumas alternativas possíveis de
irnplcmcntaçãoap.1r1irdcamplificadoresoperacionaís.trabalhando
113r"Cgiãolincar.e\"itandoa s.mumçãoemtomodc + Vcr c - Vcr-
41 3.7.5.1
Flgura3.4S Circuitosomadorinvcrsor.
Seguidor de tensão - - - -
Se. na configura,ào não inversora da Figura 3.41. R,_,. O e
R: -+ "".tCm·se
ouseja.ocircuitoresuhantetcráv, = 1•_.
Figura. 3.46 Circuitodiferenciador.
11 6
CapfwloTrês
'·
-+
V.,
Figura 3.47
R,
Circuito integrador.
alta frequência são amplificados. ou seja. amplificando-se um
sinal de frequência% na entrada do tipo ' '• • scn(% · 1). tem-se
na saída
Figura 3.48
AmplifocadordifeTendal.
v,= -RC% · cos(w, ·I)
e. ponanto. o ganho é diretamente propordonal !I frequência e
o sinal de safda está 90" defasado em relação ao si nal de entrada
(o gan ho cresce 20 dB por década).
41 3.7.5.4 Circuito Integrador- - - - O integrador pode ser visto na Figura 3.47. Nesse circuito:
i, = i,
o sinal pode ser menor que o próprio ruído. e principalmente
pelofntodequeesseamplificadormultiplicaapcnasadiferença
das entrJd~IS, elimina-se o componente DC, ou qualquer outro
componente comum !ls duas entradas. Entretanto. esse circuito
temnlgurnasli rnit:lçôcs.taiscomo impedânciadc errtrndurela1ivamerrtebaixa.impedãnciasdiferentesparacadaurnadasduas
entradas.alémdcganholimitado,umavezqueesteédadopela
relação de resistências. O ganho dessa coofiguração pode ser
cakuladose:
~ = -C~
R
1',
d1
I -·
I' v,dl
=- fie
c, portanto. o resul tado é a intcgraçãod:t cn trada multiplicada
por um f mor
logo. correspondc a um filtro passa-baixas.
Substi tuindo. tem-se:
YNc;
queatcnuaosinaldeentrada
Aplicando-se um sinal de frequênc ia % na entrada do tipo
v,= sen(w, · t). obtém-se na saída:
I
v, ""' -R ·C·w, sen(w,·r).
l'od.::-sepcrceberqueoganltovariacom a frequênciadosina le
defasa em 90°. sofrendo uma atenuação de 20 dB por década.
Cabc-sercssaltarquetantoocircuitodifcrcnc iadorcomoo
int cgrndor abord:tdos levam em conta um OPAMP ideal. Na
prática, podem ser necessárias pequenas modificações desses
circuitospardumaopcraçàocorrcta.
41 3. 7 .5.5 Amplificador de diferenças (ou
diferencial) - - - - - - - - - A implementação mais simples e também a mais utilizada de um
amplificador de diferenças (ou subtr.llor) pode ser vi5ta na Figura 3.48. Essa configuração le\'a esse nome porque a equaçilo
desaídaéumadiferençaentreossinaiscolocadosnasentradas
multiplicadas por uma relação de ganho.
Esse circuito tem urna série de aplicações em amplificaçilo
de pequenos sinais. Por exemplo. circuitos em ponte.' nos quais
~J>U C~pítulo5
Essa é a equação gemi do ci rcuito. mas fazendo-se R , = R; e
R, = R, pode-se deduzir a equação de diferenças das cntmdas
por urna relat,:ãodc ga nho·
V,=
~(Ve, -
Vt, )
41 3. 7 .5.6 Amplificador de
instrumentação - - - - - - - - Essa configuração consti tui urna das mais podcros.as no que diz
respeito !I amplificação de pequenos sinais. A simetria de dois
amplificadores não inversores na entrada garJnte uma alta impedânciaparaambasasentradas.niloinversoraeinvcrsora.Outravantagemdesseamplificadoréque.comumprojeiOadequado (c popularmente adotado). o rcsistor RG se torna rcsistor de
controledegarrhodocircuito
Além disso. os sinais de modo comum serão cancelados. urna
vez que um sinal igual nas dua.~ entradas significa uma corrente
Co~iros de
Eletrônica Analógica e Eletrônica Digira\
117
AplicaçAo de amplificadores de Instrumentação
Flgura3.49
Amplificadordeinstnnncmação.
zeronorcsistor deganho.aopassoqueurnsinnldiferencialpro~·ocaffi uma com:ntc por RG c. conscqucntcmentc. por R, c R,.
A Figura 3.49 mostra o circuito de um amplificador de instr~­
mentaç:\o.
Pura se calcular os ganhos dessa configuração pode-se procedercalculandoapenasaprimeira etapa.u rna\•ezqueoc ircuito de salda~ uma configuração diferencial. vista no item anterior.
Pode-se obscntar que; , = i, = O e. desse modo. i, = i 6 = i,.
Logo.
Daqui pode-se isolar \0, e \02:
Vo, = k(Vr, - Ve, )+Ve, e Vo 2
= Ve 2 - ~(Ve 1 - Ve 2 )
Corno a segunda etapa é um amplificador diferencial. pode-se
concluir que. se os resistorcs R,= R. • R. além de R, = R, e
R,= R,:
V, = (Ve, - v,.,
{ R;'•JR·•·
I 1
Os amplificadores de instrumentação são urilizadosextensivamenrenocondicionamentodcpeqliCnossinais.porissoémuitocomum
seutili zarencapsulamentosintegradosoomessaconfiguração.
Existemmuitasopçõesdisponíveiscomdifercme:;carJcteristic;tl;.
asquaisdevemser dirccionadnsparacadanplicaçàoemcspccífico.Asnot:rsdcaplica'fões(lrJ'fl/icationnote.r·)sàogemlmenteótimasrefcrências paraacsoolhadocomponente. Aseguirseráaprescntada urna aplicação com um AD620. que consiste em um amplificador de instrutncntação com oito pinos externos. Nesse circuito integr.tdo existe a nc:ce5Sidade de configur.tr extemamcme
apenas um resistor de ganho Rc;. Nessa aplicaç11o. é mostrada a
amplifrcação de um sinal vindo de uma ponte de extensõmetros
dercsi stênciaclétrica(\'ejaoCapitulo 10).
Obscrva·sequeociJUiito daFigura 3.51 é implementado com
um OPA MP de instrumentação daAnalog Devices (AD620). Oresistordc499 O é rcspon<;;ível pcloganhoG "" 100. Ele é calculado
scgundoaoricntaçãodaprópriaAnalogDevicescm .'iC udatasheet:
G = 49.4kí! + I
R,
de modo que com um Rc; = 499 n o ganho é de aproxim~damcn­
te 100 \'ezes. Outro curiosidade nesse circuito é que ele foi alimentado com uma fonte unipolar. como uma bateria. e. pat"d que
seja possível a excursão de tensão e compressão (por exemplo) do
sinal de força. sua referência foi fixada em 2 V através do pino 5.
Em outras palavras. o ponto de repouso da ponte gem um sinal de
2 V na saída em relação ao potencial negmivo dn bateria. mas geraOVentreasafdadoamplificadorcscupinodcreferência. lsso
éútilemalgunscasosemqueháespaçopam:rpcnasumabateria
eénccesstlriaumarefcrênciadeslocadapamoconversorAD
Entre outms camcteristicas esse componente (segundo o fabricame) possui baixo ruído. baixo ojJsl"l e baixo drift (leia o
Jmtul!eet desse componente. para mais detalhes).
Como já mencionado nesta revisão. existem muitos outTQS
tópicos bem como aplicações que poderiam ser tta7.idos para
este espaço. mas que fogem do escopo desta obra. Assim, dei xamos como sugestão que o leitor busque na vasta bibliografia
deeletrõnica.bemcornoaplicações dil·ersas
eocontradasnossile.fdefabricantesdccomponcntcscletrônicoslineares.par3quecomplemcntcessetópico.
Com esta peque na rev isão. é poss(vel
concluiraparteanal ógicadodingramade
blocos da Figum 3. 13. Osensor utilizado
é do tipo NTC. Esse é um se nsor de te mperatura (veja o Capítulo 6) que diminui a
resistência com o aumento de T. A Figura
3.50\nostraocircuitodeumafontedecorrente excitando o NTC. Obser\·e que. nessaconfiguração.afonte decorrentefoiimplementada por um OPAMP que tem a fun R,
çãodegarantiratensãoderefcrênci~sobre
orcsistorR,.Dessnform:r.ucorrcntcdre-
nadapcloemissordotmnsistoré/0 =~ .
Figura 3.50
Esquema de um condicionador de tempcrntul"ll em que se utili1..a um
r.'TC.
R,
Essacorrente(praticarnentcem suatotali-
118
CapÍluloTrês
Figura 3.51
E~emplo
de aplicação de um ampliftcador de instJllmentaçâo (AD620) em uma célula de carga alimentada com fonte unipolar.
dade) encontra-se no coletor. no qual existe um terrnistordo
tipo NTC. Pode-se então calcular os resistores R,. R,e RJ para
uma corrente /0 adequada e uma tensão de saída V....., = Vc 10 R~m dentro dos parâmetros desejados. Esse circuito poderia
aindaserbastarnemelhoradosefossecalculadoumfiltropara
climinarasaltasfrcquências(vcjaoCapítulo4),alémdcconectarasaída a um circuito digital. como. por exemplo. para
processamentornaisapuradoeinclusãodefunçõesmaisavançadas.
2. Digital; variável discreta. Por exemplo. uma scquência de
númerus(amostras)representandoumatensâoelétrica
Como ilustração das diferença.'\ entre as áreas. veja o nuxogramaapresentadona Figura3 .S2.queindicaasdiferençasbásicas entre fenômenos analógicos e fenômenos digitais. Para
mais detalhes. consultar o Capítulo 4 (Sistemas de Aquisição de
Dados)
Emmuitasaplieaçõeséinteressanteatransfomtaçâodosinal
analógico parao digital em função principalmente da grande
nexibilidade que sistemas computadorizados possibilitam. como.
t 3.8 Conceitos sobre Sistemas
por exemplo. filtragem digital cujos parâmetros são alterados
Digitais - - - - - - - - - - - pela simples modificação de parte de um algoritmo. enquanto
no analógico a alteração de um filtro acarretaria alteração de
• 3.8.1 Sistemas analógicos versus
componentes analógicos. Portanto. em muitas aplicações é imesistemas digitais - - - - - - - - rcssanteaalteraçãodosinalanalógicoparadigital.cujaopcração
érealizadapclochamadoconversoranalógicopar.tdigital(AD
O campo da elemJnica pode ser dividido em duas grandes áreas:
ouAOC).
analógico e digital. Resumidamente. pode-se citar algumas caEm termos sucintos. nas ciências e na tecnologia. as informaracterísticasprópriasdasduasáreas
çõesdanaturezasâosinais.funçõesdeumaoumaisvariáveis.
l. Analógico: variável contínua. Por exemplo. tensão elétrica.
que podem representar diversas informações. como. por exemplo. voz. vibraçãodeumaestrutura.
componamerno do mú,culo cardíaco
etc. Jáossinaisanalógicos( Figuras
3.53 e 3.54) podem ser caracterizados por assumirem qualquer valor.
considerando-se. evidentemente,
scuslimites.Aiémdisso.partedesua
informaçãoeucomra-senaamplitude. como. por exemplo. tensão elétrka,acelcração, temperatura etc
Poroutrulado. sinaisdigitais(Figura3.SS)sãorcprcscntadosporurna
sequênciadeestadosfinitosquevariam entre valores mínimos e máximos do sinal em estudo. A representação necessita decerto número de
bits.adepcnderdavariávelemestudoedaprecisâodesejada
Figura 3.52 Diferenças básicas entre fenô111enos analógicos e fenô111enos digitais
CooceitosdeEletrônicaAnalógicaeEletrônicaDigital
Figura 3.53
119
Representa<,·ào de om >inal analógico periódico
Ch1 AMS
20.57mV
Clippiog
""""'
Cht Freq
66.43Hz
ChtAmpl
s.smv
Figura 3.54
Representação de um sinal clctro-
miográfi<·o
~
l.fl-"'_'"_"'
/ • '
~ ...
'•, -
\
quantizado
-Sinal analógico
.-,.
,•,---•m
• -'
Figura 3.55
f Codificaçào:associaçàodenúmerosbináriospamcadavalor
Tempo
Representação da~ amostras de um sinal digital
O processo de transformação de um sinal analógico em digi taléchamadodedigitalização.quepodeserdivididanasseguintcsetapas(Figura3.56):
f Amostragem: rcprcsentaçiio do sinal como uma sequêneia
periódica de valores (amostras. Figura 3.57)
f Quantiza'fãu:representa'fàuapro:l:imadadcumvalordusinal
por um conjunto finito de valores (Figum 3.58)
Veja a seguir algumas aplicações no formato de diagrama de
blocos para enfatizar a import~ncia da digitalizaç~o em qualquer
sistema de medição:
f Processamentodevoz(Figura3.59):avoz.sinalanalógicoe
mecânico, é transformada pelo microfone (transdutor) em um
sinal elétrico (porém continua analógico) que. para ser processado em um sistema digital (computador ou microcontrolador).nccessitascrdigitalizado. funçàorcalizadapcloconversoranalógicoparadigital(ADC)
f Caracterização de processos inllamatórios em regiões do
corpohumanocomaplicaçõesnasáreasdafisioterapia.ortopcdia. quiropraxia etc. Uma vez que os processos inllamatórios produzem evidências objetivas de sua existência.
como. por exemplo. alterações significativas da temperatura. é possível desenvolver. de maneira objetiva e confiável.
sistemasdeinstrumentaçàoparaessacaracterizaçào(exemplodeaplicaçiiodainstrumentaçiioembeneficiodasaúde
humana). O emprego de um sistema de medição pode quantificar essa temperatura
120
CapÍluloTrês
Figura 3.56 Diagrama de bloco~ do mo·
delommemáticodocon•'crsoranalógicopara
digital.
~M~~-~
"'
P
~""' ·':wnf""''~""
I
Figura 3.58
Vo~
'·· +
f
_I_)····}
r·-c.;o(n) •x,(nD
n
Figura 3.57 Modelomalemáticodoproces>odeamo>lragem
Modelo matemático do processo de quantizaçào.
(corôas vocais)
I
'!11-- ~litudeóosinalCiflt&nsidadesonora)
~~·
Sinal analógico e
'"("'
~
I
Sinaldiscreloe
Figura 3.59
lizaçãodevoz
Diagrama de blocos de um
si~tema
de digita·
ConceitosdeEJetrônicaAnalógicaeEJetrônicaDigital
4 Sistemasdecaracterizaçàodavibraçàoemveículosounocorpo
humano (Figura 3.60). A avaliaçào da vibraçf10 é um importantefatornamanutençàodeequipamentosemáq uinas irKlustriais
Naárca dasaúde.éumfatorimponante.poisníveisinadequados
podem estar relacionados à geração de dor e a danos pennanentes em partes do corpo expostas a um ambiente vibratório. A
Figura3.61 apresentaumdiagramadepossíveisfenômcnosfisicosligadosàgeraçãodetranstomosnacolunavertebral.
4 Instrumentação aplicada à ortodontia (Fig ura 3.62). como.
por exemplo. na caracterização do período de silêncio (rcflc-
Interface
~c& J! ~ ~- ':&.''
Acele<õmetro
Ambienta
CorMlfsor
~:;:_;_s
RasuMados
Análise f~tragam ~
do
ponderaçlio
s~nat
Diagrama de bloco' de um sis1ema genérico para ca
racleri7.açàodavibraçào ocopacional
Figura 3.60
Figura 3.61 Scquências de e,·cntos ou mecanismos que podem estarrclacionadosatmnstomosnacoluna"cncbral
121
xo pausado na atividade muscular. após um contato funcional
dosdemes)
4 Instrumentação voltada pam o diagnóstico e o tratamento de
pacientescomdistúrbiosdosistemamastigatório.como.por
exemplo. a di sfunção da aniculação temporomandibular
(ATM).
t 3.8.2 Álgebra booleana e portas
lógicas - - - - - - - - - - - No século XIX. o matemático George Boole (1854) apresentou
um tratamemo sistemático de lógica que foi adaptada. nos anos
1930, porShannon (1938) paracircuitosdedoisestados.achamada álgebra de chaveamento, que demo 11strou que circuitos
biestáveis (dois estados) podem ser represemados por essa álgebra(que.emhomenagemaocriador.passouadenominar-seálgebra booleana)
Algumasdefi t~ içõessãoimponantesparaacorretautilização
dcssaálgcbranodcscnvolvimcntodcsistcmasdigitais:
Variá,·eis boolea nas: variáveis que apresentam apenas dois estados. Por exemplo. seja uma variável X. dita booleana e que.
portanto. só pode apresentar dois estados: verdadeiro (V) ou falso (F) ou. mais comumente utilizado em engenharia. o O (zero)
ou I (um). Simplificadamente. uma lâmpada pode ser considerada booleana. pois apresenta dois estados: em funcionamento
ou apagada. O ou 1. vcrdadciraoufalsa(tudoéqucstàodcconvenção)
Expressõcs ourunçõcs boolcanas: funçõesouexpressõescujas
variáveis são booleanas. ou seja. expressões ou funções cujos
resultadosapresentamapcnasdoisestados(Oou l)
Como toda álgebra, a álgebra booleana é baseada em idcntidadesmatemáticaseteoremasquepermitcmsuauti!izaçãona
descriçãodesistemasdigitais.A Tabela3.1 apresentaasprincipaisidentidadesutilizadas.
Umaparteconsideráveldaspossíveisopcraçõesdaálgebra
booleana pode ser criada com base em três funções lógicas básicas: E (ANO). OU (OR) c NÃO (NOT). Existem. porém.
outras portas, como. por exemplo, as universais (NANO c
NOR). as portas XOR (muito utilizadas em circuitos aritméticos) etc. Os circuitos eletrônicos que realizam essas operações
são denominados portas lógicas. cujos símbolos encontram-se
naFigura3.63.
AFigura3.64éumacxcclenteanalogiaparasecomprccnder
o funcionamento das portas. Nessa figura aparecem os símbolos
lógicos.atabela-verdade. 1 urnaanalogiadechaves(ourelés)e.
por fim. o correspondente ci rcuito com transistores.
A FigurJ. 3.65 apresenta o uso de portas universais para a implementação das portas lógicas NOT, AND. NANO, ORe NOR
Um circuito integrado (CI) é um circuito em miniatura ellcapsulado em um único substrato chamado de wafer. geralmente feito de silício. Inicialmente os Cls apresentavam um pequeno
número de tmnsistores. mas nos dias atuais é comum usar Cls
com al tíssima escala de integração (acima de 1000 ponas) ou
atécircuitoscommi!hõesdctransistores.
' A labcl•· •·crü:><k. ou da \"enb<lc.C<)fl\i\tc em um resumo<k lodas as poS-Sibitida-
Diagmma de biOC<.Is simplificadu de um <islCma pard
mediçãodoperíododesilêncio
Figura 3.62
Jcs de cntr.da. com suas "'-'I>C"'i'""' saídas dentro 00 uni•·cr,.o de possibilida<le>
lógi<;asdapona
122
CapfwloTrts
Tabela 3.1
Identidades básicas da álgebra bOOleana
PORTA LÓGICA
A·B • B·A
o
OR(OU)
D
A + (B + (;)_• {A + B) +C
A ·(IJ·C) • (A ·H)· C
A · (8 + C) • A::_
B .+c:'c:cCc__
_
(A + H )( C + /)) "' AC + AD + BC +
A
Bf)
-o - o
NOT
(INVERSOR)
NANO
(E NEGADO)
à =A
NOR
A+Ã • I
(OU NEGADO)
A·Ã • O
m .. .:~n
XOA (OU EXCLUSIVO)
AH .. Ã +H
A + ÃH • A +"8_
siMBOLO
AND(E)
_ __
{>o-
DDID
Figur• 3.63 Símbolos padrões para as ponas lógicas.
à +AH "" à +==
8 o-- - A @ H »< Ail+AH
Um trJn sistor de junção bi polar (BJT ). comumente de no minado transistor. é também uma chave eletrônica. O BJT é usado
em circuitos lóg icos e apresenta algumas vantagens sobre os
circuitos di gitais baseados em d iodos. Primeirame nte. o transi stor atua como um dispositivo lógico çhamado inversor. Relem braodo. um in\·ersor fornece uma safda babta (nível O) para uma
entrada alta e urna saída alia para uma en!rada baixa. Além disso. o transistor é um am plifkador de corrente (normalmente
chamadodc/m.ffu).
Portanto. os transistores podem se r usados para amplificar
essas corren tes para contro lar disposi t ivo~ externos tai s como
diodos emissores de luz (LEDs). Para fina lilar esta bre\'e introdução. as portas lógicas baseadas em transistores operam
"mais rapidamente" do que as portas lóg icas bas.!adas em diodos (os tran sis10res rtprt são amplamente usados e m circuitos
di gitais).
A Fig urJ 3.66 traz uma represe ntaçào simbólica de um tran sistor npn (d ispositivo de três temtinais: base. e missor c coletor).
Em temtos s ucimos. um transis tor I! uma chave controlada por
c()TT(:nte.ou seja. com urnac()TT(:nte adequada na base que S<!
"co mporta como uma chave fechada". possibilita ndo o fluxo de
corrente do coletor para o emissor. A dircçilo de ssa corrente tambérncstáindicadana FigurJ3.66(evidcntemcme.sàonecessários
rc sis10res para a perfeita polarização do di spositivo. ou seja. em
gc ral é ncçcssáriaumaresistêncianabasc parJ gc rJracorrente
de base).
Sirnplificudamente,o transistoremcircuitos di gi taisé usado
l:O nto uma ch~li'C ON (fechada) ou OFF (aberta): os dois estados
da álgebra booleana. Qua ndo nen hu ma corren te de bas.! flui. a
""chavccrnissor-coletor'"estáabcrtaeotransistor estáopc rando
no modo On··. Por outro lado. quando urna corrente de base flu i.
achaveestáfechada
Opt>ração de um transis to r como 11111 im·ersor : a Figura 3.67
mos tra como usar um transistor como um inversor. Quando
= O. o tronsistor está no modo OFF e a "chave e missor-coletor"" está aberta, indkando que nenhum01 oorre nte está fluindo
do +Vcc ao terra: portanto. Vooré igual ao + Vcc (desse modo.
VOOT = i (nível alto)). Cabe obseT\lar q ue é comum. na área di gital, o uso dos rcnnos IN (/Nput = entrada) e OUT(OUTJmt =
saída) em linguagens de programação. corno. por c~cmplo, na
Linguage m Assc mbly 80x86. além dos termos INPO RT B e
OUT PORT B em algumas versões da Linguage m C, lNPUT c
OUT PUT no BAS IC etc.
Da mesma fonna. quando V,.. = nível alto. a ç havc emissorcoletor está feç hada. Uma corrente flui do + V cc à referência. O
transisto ropcro emsaturaçãoc Yoc7 = VC$,..1 • 0.2V "" O(nfve l
baixo). ou seja. Vot.7 está basicamenrc conectado à refcri'ncia.
v,,.
4 3.8.3
Famílias lógicas - - - - -
L{~gim Tntnsis to r-Tra nsisto r (Til.): a fmnília Lógica Tran sistor-Transi stor (TIL) de integrados envolve diodos c transistores. Essa família usava o lenno DTL (Diodo Tran.ri.\'lor Logic)
c.quandoosdiodosforarnsubstituídospclostransistorcs,passou
a S<!f denominada 1TL. A alimentação dessa família TI L (Vccl
CooceitosdeEletrônicaAnalógicaeEletrônicaDigital
123
-·-D
,~
.. "
9
•ok
'
D-
D
D-
:~,.f
·1} 8·
Figura 3.64 Portas lógicas e circuitos análogos
é de +5 V. Os dois níveis lógicos (BA IXO E ALTO) são aproximadamente O e 3.5 V. Existem diversas variações da família
TIL (EC L. S-TTL. LS-ITL). que não serão aqui descritas. por
n~ose incluírem entre os principais objetivos deste livro
Alguns parâmetros são importantes quando relacionados às
farnilias lógicas. e cada família pode apresentar diferentes valorcsparacsscsparâmctros·
t
f!m -oll/ é o número MÁXIMO de entradas que !Xl'dcm ser
conectadas às saídas de uma porta. É indic;uJa como um número. como, por exemplo, I O para TIL
t Margem de ruído: definida como a máxima tensão devida ao
ruído que pode ser adicionada à entrada de uma porta lógica
senrcausarqualqucraltcraçãoindescjadanasaídadocircuito. Para a fam11ia TIL. por exemplo. a m~rgem de ruído é de
OAV.
Comercialmente existem três configurações principais de
saída pam a família TIL: saída coletor aberto (open -col/ector
oUiput), saída totem-polc (totem-pole outpr.t) e saída terceiro
estado(lhree-stateoutput)·
t Totem po/e: a salda de uma porta ]Xlde ser diretamente inter-
t Potência de dissipação (mW): potência necessária para a portaoperar(cm geral fomecidapclafontedealirnentaçâoe
consumida pela porta). Para a família TIL por exemplo. a
t Coletor t~berro: como o próprio nome descreve. o coletor de
potência de dissipação é de lO rnW.
t Atr.tso de propagação: tempo nt--cessário para "um sinal de
en1rada chegar à saída". como. por exemplo. 10 ns
um transistor está aberto. c para que funcione é necessário
ligar um resistorcxtcmo (denominado resistor pr11f·up. gcralmentenafaixade500a4.7k0).
ligadaàsentradasdeoutrasportas.sendonecess:iriolevarcrn
consideraçãoacondiçãofan-ow
124
CapÍluloTrês
-----..,
'~
--Q)-
-{)o-
D
:D-cD-
D-
D-
~
~
~
~
DDFigura 3.65
--Q>-
:::D---Q>--
D-
Portas universais NAND e NOR implememando as funções: NOT. AND. NAND. ORe NOR.
I """~
a.~
(
--~ Emissor
Figura 3.66
Representação simbólica do tmnsistor como chave
v.
+
t
• V~
.
Figura 3.67
Transistor como inversor.
v.
Three·J'I(IIe:apresentaumtcrceirocstadodenominadothree·J'I(IIf!
(JK}tctu:iroestado a saídaeJK:ontr<~-se em alta impedilncia. Muito
utili7.ado llO desenvolvimento de interfaces. barramentos etc.).
Os transistores de mewl-oxide semiconductor (MOS. semelhante ao FET estudado nas seções anteriores) ocupam "menor
espaço"' no circuito c consomem "menos energia" do que os
transistoresbipolares.Porisso.ostransistoresMOSsãousados
em circuitos de alta integração. Em circuitos digitais. um transistor MOS opera como uma chave. tal que sua resistência é
muito alta (O F f) ou muito baixa (ON). É urn dispositivo de três
terminais: porta (gme). fonte c dreno (Figura 3.68)
Quando Vc.s = O. a resistência do dreno-fome (dmin -~·orm:e)
é da ordem de M!l (tr.msistor no estado OFF). Com o aumento
ConceitosdeEletrônicaAnalógicaeEletrônicaDigital
Po<ta~
. VM
Figura 3.68
~
ti 3.8.4
D,~{O..<o)
Fonte(Sourcs)
Transistor MOS
de Vo:;s· Rv;-(rcsistência dreno-fome) diminui para poucos ohms
(transistornoestadoON).
Outra família é a CMOS. que dissipa ''menor potência" e
ofcrccepcqucnosmrasosdcpropagaçãoquandocomparadaà
famflia TIL. A CMOS é fabricad;~ por meio da combinação
dos nMOS e dos pMOS. Circuitos digitais usando CMOS consomem menos energia do que os MOS e os TfL. Além disso,
o CMOS possibilita a fabricação de órcuitos de alta densidade.
ou seja. pode-se colocar maior número de circuitos em um C l
por meio dessa tecnologia. e estes oferecem alta imunidade ao
ruído. Essa família pode operar em uma ampla faixa de alimentação: 3 V a I 5 V. Na atualidade. ex istem quatro eleme ntos
dessa família que são muito populares: o CMOS de alta velocidade (HC). o CMOS de alta velocidade compatível com entrada TIL (HCT). o CMOS adwmced (AC) c o (ll/l'(mced
CMOS compatível com entrada TIL (ACT). O dispositivo HCT
pode se r interfaceado crnre TIL c CMOS. A Tabela 3.2 apresentaresumidamcmcascaractcrísticasbásicasdasprincipais
famílias lógicas
Tabela 3.2
Os sistemas digitais podem ser classificados comocombinacionais
ousequcnciais.A.>s.aídasdossistcmascombinacionais.cmqualquerinstantedotempo,sãodcterminadasapcnaspclascornbinaçõesdaentrada.A Figura3.69apresentaodiagrama deblocosde
um sistema combinacional genérico. A saída é função cxclusivarnentcdaentrada.cnãoexistcapossibilidadcdearmazenamento
de informação - ou seja. inexiste o elemento memória.
Os sistcmasscqucnciais(Figura3.70)caractcrizam-sc pela
existência do elemento memória. ou seja. a saída do sistema pode ser armazenada par.t ser utilizada posteriormente. Portanto.
asaídadeumsistcmasequcncialdepcndcdacntradaprcsentee
doestadoprcsentedosistema.
Sistemas combinacionais: uma introduçi!lo
Multiplexadores:simplilicadamemc,osmultiplexadoresousclctores de dados atuam como chaves controladas digitalmente
Por exemplo. o multiplexador ou MUX 2 X I (duas entradas e
uma saída) ou o MUX 4 X 1 (Figura 3.71). Nesses dispositivos,
asaídaéligadadeacordocomumalógicaestabeleeida nasentrada;;dodispusitivo.
Demultiplexadores: dispositivo oombinacional oposto ao rnultiplexador.Sendoassim.atnwésdeumcódigobinárionaentradapode-se
sclccionarumadassaídas.confomlecxemploaprcscmadonaFigura3.72(dcmuhiplexadorl X4:umaentradacquatrosaídas)
Uecodiricadores: circuito combinacional que não direciona dados
da entmda para uma saída específica de acordo com as cntmdas
de seleção. Simplesmente. usa as entradas de seleção de dados
Características típicas das famílias
Fam nia tóg ica
TTLpadrào
lO
Dissipação(mW)
De/ay(atraso)(ns)
Margem deruidoM
10
10
0.4
22
ITLSclumky
OA
0,2
CMOS
50
0.1
25
~ .
nEnlradas~MSaidas
Figura 3.69
Figura 3. 70
125
Sistemas digitais - - - - -
Diagrama de blocos do sistema combinacional
Diagra111a (!c blocos do siste111a sequencial.
126
CapÍluloTrês
Tat>ell--
lliilõii~] ~--~(S)
Figura 3.71
(") Muhiplcxador2 x l e (b) muhiplcxador4 x l.
par.!. escolher qual saída (ou saídas) será habilitada. O número de
cntradas.onúmerodesaídaseoestadodasaídascledonada(nível OOixoon allo) variam dedeeodifieador para deeodificador. Por
exemplo. o famoso c antigo dccodificador 74LS 138 (dceodificador
3 X 8) mostrado na Figura 3.73 utiliza uma entrada de três bits de
endereço (entrada de seleç~o) para detenninar qual saída será selecionada. Cabe observar que nornmlmente a-; entrada-; de seleção
dos integrados. como. por exe mpl o. CE (CIIip Enable) ou CS
(Chip Seled). são habilitadas em nível baixo.
Codilicadores e com·ersores de códigos: são dispositivos opostos aos deeodifieadorcs. Eles podem ser utili7_ados para gerar
uma saída codificada dada urna simples entrada numérica. Corno
exemplo. o eodificador binário para decimal encon tra-se na Figura3.74comsuacorrespondcntctabela-vcrdadc
Somadorcs e su btratores binários: circuitos cornbinacionais
que realizam operações aritméticas. Em geral. em sistemas mi-
Figura3.72
De111u lt iplexador I X4
croproccssados ou mierocontrolados sào encontrados no bloco
ULA (Unidade Lógica e Aritmética). Para exemplificar. a Figura3.75apresentadoiscircuitosbásicosparasoma:omeio-somador. o somador completo. as correspondentes tabelas-verdade
cosdiagramasdeblocos
4 3.8.5 Tópicos sobre sistemas
sequenciais - - - - - - - - - Os dispositivos e os sislemas combinacionais de que tratamos
antcrionnente apresentam o comportamento de apresentar uma
rclaçàocntrada-saídaimcdiatamcntc(cuidadocom ousodcsta
palavra.poisexistem.evidentemente.atrasos).ou seja. quando
umadadaentradaéaplicadaaosistcmacombinacional.gerauma
dada saída. Além disso. não apresentam a possibilidade de armazenar informação. Os dispositivos scquenciais apresentam a
propriedade de armazenar informação (elemen to memória) e
estão sujeitos a scquêndas de passos: os dados podem ser armazcnadosenovarncntel idos.
Flip-flop SR (assíncrono): o elemento memória para armazenamclHo de dados mais elcmcmar é o nip-tlop SR (Set-Reset)
Como ilustração. a Figura 3.76 apresenta esse fli p-flop com portas NOR e NAN D. suas correspo ndentes tabelas-verdade c formas de onda
Flip-flop SR síncrono: elemento memória com urna en trada de
clock (nip-flop SR síncrono). em que a entrada clock pode habilitar ou não o dispositivo. A Figura 3.77 apresenta o circuito.
a tabela-verdade e as correspondentes formas de onda.
Trigger dos flip-flop:s: a alteração de estado ocorre em panes
cspccílkas da forma de onda: na borda de subida. na bo rda de
descida ou no nível. Nos nip-tlops chavcados por borda. as entrad as s~o consideradas somen te durante a borda positiva ou
negativa do c/ock (j = borda positiva: l = borda negativa). ou
seja. qualquer mudança que ocorrer an te s ou após a borda do
CooceitosdeEletrônicaAnalógicaeEletrônicaDigital
11
"
Figura 3. 73
Figura 3. 74
Decodificador 74LS 138.
Codificador binário (BCD 8421) para decimal
127
128
CapÍluloTrês
Tabela-verdade
Dla.grama.dabloros
;f+\,
~ """'
Circuito lógico
SOmador completo
Figura 3.75
:]8T~
Meio-somadoresomadorcomp leto
Diagrama de Blocos
' ~"
"__'fS!- o
Diagrama lógico
Dla.grama.Lóglco
Tabela·verdada
0,..,
"Mantém o estado presente
s~
R~
o~
-."-Sol'--,_~..:,!
?
:
o~
Figura3.76
Flip-nopSRbásico
CooceitosdeEletrônicaAnalógicaeEletrônicaDigital
CLK
S
R
o
o
, ~,-----:
CLK
...n..r-
''
'a
:
t
'
R
'o
'
I
a.....
129
Modo
"""'
"""
"""'
HOICI
"""'
"""'
"""'
"""
"""'
'
'
0
'l- ~P:.~ê.R_j'
Reset
'"
·-lodotermioado
CLK
s
I
Figura3.77
I
Flip-flop SR sfocrono.
i---- i
a
"-'
'
o
~ ~lf·!k!fl§l3;
-........
....
"'
·-Hiilil
Hiilil
c/ock é ignordda - o flip-flop fica nu modo hold (manutenção
de informação). Os cirçUitos da Figura 3.78 mostram alguns
exemplusdetriggers.
Figura 3.78
Flip-flop SR sen-
SÍ\"clàbordadcsubidaoudcscida
A Figura 3.79 apresenta os principais símbolos encontrados
em flip-flops comerciais (regras básicas que podem se r aplicadas
aos flip-llups SR. JK e do tipo D).
130
CapÍluloTrês
~õ
""'
Presei(PRE) e Ciear(CLR)sloenlraoas
assrncronas(incleperóemdoclock}
Figura 3. 79
Símbolos padrões relacionados ao trigger.
Flip-flop D: apresenta uma simples cntmda c é basicamente o
flip-tlop SR com as entradas ligadas por um inversor. confonne
mostraa Figura3.80.
A Figura3.81 apresentao flip-flop O sensível ao nível. e a
Figura3.82 mostraoflip-flopDsensfvelàborda
Como e:~:emplu da aplicação de flip-flops. a Figura 3.83 apresen ta a demultiplexação de um barramento AD (Endereços e
Dados) de um microprocessador genérico - por e:~:emplo. o
8088 - ou de um microcontrolador - por exemplo. o 8051
- .utilizando um latcl!(sistemadigital implementado com flipflopscujafunçiioércterinformaçõcsnasuasaída.entreoutras)
O sinal básico de controle envolvido é o ALE (Addre~·~· Ú:ltc!J
Enable).que acionao/arei!. permitinduaestabilidadedosendercços.
Circuitológioo
il
[)jagramadeblocos
Tab&la·verdada
D
Modo
Rase\
'"
Figura 3.80
Figura 3.81
Flip-f1op D básico
Flip-flop D sensível ao nível
CooceitosdeEletrônicaAnalógicaeEletrônicaDigital
131
õ
~
~
CLK ~z
CLK ~z
y
o o_
'
0. 1.1
'
'
o'
o
' '
,,_
...
'""
Flgura3.82
'
o. r.t
'
' '
I
I
Flip-nop D sensf1·clàborda
A Figura 3.83 mostra o latch cuja função é separar os dados
D0-07 dos endereços A0-A7. JXlis esses dois sinais estão presentes nos mesmos pinos do microprocessador.
Flip-flop JK: flip-flop amplamente utilizado. A Figura 3.84 traz
um esquema desse flip-flop
Microp rocessador
gené rico
~~-------------------------t2 bits- barrameoto
de endereços
Mr---------------------------M
.cer-----------------,o=='
;~;E~
A~ug'~
~
Bbits - batfaroooto
de endereços
~
Barramento
""""
Figura 3.83
Uso do /(Jfch 74u373 cotno
dcmultiple~ador
de batTamento
132
CapfwloTrês
exemplo. um modem interligando uma eonlroladora.
com dh·erws scn.sorcs imcrfaccados. pode ser usado
para enviare receber dados. Circuitos que apresentam essas caraCierísticas são denominados 1/0 (i11putl
outpul ou entmdafsaída). Os omros blocos são·
4 Memória: possibilita o am1azcnmnemo dos progmnmsedados:
t /)alapmlr (caminho dos dados): representa os cami-
nhos que os dados seguem durante os eventos de
procesSõlmcmo:
4 Controle: o dalapalfr é desenvolvido para pemritir
a_a
,.,..
a
a
a
a
"'"
""'
"'"
"'"
o-
operações diferentes. Cad3 operação está relacion3d3 30 tipo de movimento que ocorrer.i com os
d:rdos. Por exemplo. a opemção de subtmção é
acompan had:r por meio de um circuito subtrator.
talqucasc ntrad:rs(dadosa sercm subtraídos)prccis:unserdirccionad3sparaocircuitosubtralor.A
unidade de con trole é responsáve l por assegurar
que os d~dos sejam enviados ao conjunto de circuitoscerto.
Ao contrá rio dos microprocessadores. como. por
exe mplo. o 8085 c o 80x86 (citando apenas a famnia
Intel), os mi crocontroladores tipicarneme imegram
RAM . ROM e 1/0, a.~sim como :r CPU, no mesmo
circuito inlegrado. Por outro lado. o esp3ÇO para armaz.enamcn to de program3S é limitado (em compa·
ração com os microprocessadores). c normalmente o conjunto de instruções é de se nvolvido em número inferior aos microprocess:Ldores. conforme represe nta re~umidamentc a Figura 3.86
Cabcobscrvarquealguns microcontroladorcscomcrciais
já aprese ntam grande capacidade para armazenar dados, c
alguns p.::rmitem o uso de um sistem3 operacional interno
Set
TOIJille
Figura 3.84
t 3.8.6
Flip-llop JK sensf,·cl
~borda.
Sistemas microprocessados -
R'-'g iStrad ores: com frequência. em sistemas digitais. o tráfego
de dados precisa ser annazenado tcrnpomri:uncntc. copiado ou
des locadopanraesquerdaou paru a direita. Um dos elementos
sequerrci:ris amplamente utilizado para tal situação é o registmdor
irnplcm.cntado por meio de llip-flops: um registrndOI" de N bits
possuiNflip-flops.Osrcgistradoress5oamplarnenteutilizadose
enoomrados nos mais diver.;os sislemas microprocesSõldos.
Um diagrnma de blocos para um sistema microproccsSõldo
genérico pode ser dividido em cinco grundcs blocos que realizam
umconjuntodetarefas específicas(Figura3.85).
Anal isando-se a Figura 3.85, pode.se percebe r que alguns
di sposi1ivos são usados para funções de entrada e safda. Por
(on-clrifJ),
Como exemplo. seguem informações re lacionadas aos registradores do microprocessador 80x86 e do mi crocont rOI3dor
8051. O mi croprocessador 8086 possui 14 registradores no
tot31.represe mad os rcsumid3mentcn3Fi gura 3.87.0srcgistradores do usuário são os do grupo de uso ge ra l c m3is o SI.
o DI e o BP.
Osnorncs mais usadosou popularesparaalgunsregistrndorcs
são descritos a seguir:
t AX: acumulador
t BX: registradordefndice
4 CX:contadordcinterações
t DX : extensão do ocumuladOI"
t SI: lndicedafontc
t DI: índicedodeslino
t BP: registrJdOI"dc base da pilha
t SP:pilha
t 11': contador de program3.
Figura 3.85
Diagrnma genérico de um sistema
mk~sado.
ATulx:la 3.3:Lpresent3 umabrevedescriçnodealgurnascaraclerísticas da farnnia 80x86 amplamente utilizada em sistemas
microproccssadosdonrésticose/oucomerciais.
Conroexenrplodcumsistemamicrocontrolado.aFigura3.88
apresenta o diagmma interno do clássico microcontrolador 805 1.
CooceitosdeEletrônicaAnalógicaeEletrônicaDigital
133
Mio:;roprocessador
Diagrama de blocos compamndo um sistema microprocessadoao sistema
microcomrobdo. Exi,te uma temlencia no
mercadodcqueessadivisãosejaextinta.isto
é.muitosmicrocontroladoresagregamboocapacidadcdcmcmóriacalguns.até sistemas
operacionaisint<'mos
Figura 3.88
Registradores
Registradores
96
AX I
:11
:
I
"'
endereçamento
·{~~
cx0 0
ox0 0
; Bbits--Bbits ;
: ...... t6bits ·
~:':::;:=
Regi strador
de estados
>LAG
s
s
ss
Figura 3.87
Registradores do 80x86.
Muitas das aplicações dos microcontroiadores podem ser div ididasemtrêscategoriasprincipais·
4 Sistemasdeeontroieopcn-/oop(controiesequeneiai):usados
ent aplicaçõesemqueoprocessooudispositivonecessitaser
controlado por uma sequência de estados:
t Sistemas de com role c/oud-loop: caracterizam-se pelo uso do
monitoramemo em tempo real de um processo que necessita
de controle contínuo. A saída desse processo é monitorada usando vários transdutores e conversores AIDs e o processo é modificadomntinuamenteparaseobteroresultadodesejado:
t Outrasaplicações:manipulaçàodccstmturasdcdados,como.
por exemplo. as utilizadas no campo da visão computacional.
em robótica e em sistemas de comunicação de dados
ATabela3.4apresentaumabrevedescriçãodealgumascaractcrísticasdafarnília805l,quefoimuitoutili7..adacmsistcmas
microcontrolados.
No 8051. os registros (gemlmcnte chamados de registradores
nosmicroprocessadores)sãousadosparaarma7.cnarinfonnações
temporariamente (dados e endereços). A maioria dos registros
do 8051 é de 8 bits. Os registros mais comumente utilizados no
8051 sãolistadosnaFigura3.89
Existe uma gama bastante ampla de microprocessadores e
microcontroladores. Atualmente. no Brasil . os microcontroladores da Microchip (PlC) são bastante populares pela sua versatilidade. facilidade de programaçãoeestruturadedistribuição
(facilmente encontrados em lojas de componentes eletrônicos
em geral).
t 3.8. 7
Portas de 1/0 e interfaces - -
O desenvolvimento ou a utilização de portas de entrada e saída
(UO: inputlouput) são essenciais para o emprego de qualquer sistema digital. A Figura 3.90 apresenta um circuito simples em que
se usa o bu.ffe:r rhre:e:-s/ate: 373 como porta de saída. cujo endereço.
ncstccxcmplo.é99H(cndereçonabaschcxadccimal)
Como exemplo de porta de entrada. a Figura 3.90 mos1ra o
circuito integrado 74xx244 com seu correspondente endereço.
134
CapÍluloTrês
Tabela 3.3
Algumas características da família 80x86
Ano de fabricação
1976
C/ock(MH z)
0,5-0,8
2-3
3-8
Númemde pinu'
18
4Q
4Q
Memória física
""
MK
MK
Harramentoe~temodcdados
8
16-33
4Q
4Q
25 -33
132
""
273
4G
4G
4G
1.2milh.ão 3,1 milh.õcs
Númcrodctraosistorcs
16M
Barramento de endereços
"
Tipodedados(bits)
8-16
8-16
"
32
32
"
8-16
8-16-32
8-16-32
8-16-32
PO, P1 , P2eP3
Figura 3.88
Tabela 3.4
Dispositivo
Di agmma de bloco> do clássico microcommlador 805 1
Algumas características da família 8051
De programa
interrupção
4K X8 ROM
875\H
803 1
4 K X8EPROM
128 X8 RAM
Não possui
128 X 8 RAM
2dc l6bits
8K X8 ROM
8752 BH
8K x 8EPROM
Não possui
256X 8 RAM
3deH'ibits
ConceitosdeEletrônicaAnalógicaeEletrônicaDigital
135
bit~
cada). A. B e C ..cparadamente, e a sua utili?.ação toma-se
mais econômica do que a implement~ç~o de portas individuais por
meiodosbu.fferitlrtre-IIllle anteriomlentedescritos.Aiémdisso.
8
podeserutilizadaparuinterfaccardispositivosaomicroprocess~dor
que utili7.am htmdslwking (referente ao processo de comunicação
entre dois dispositivos inteligentes. como, por exemplo. impressoras).Nocasodacomunkaçãocomesscdispositivo.ospassosbásicos descrevem a comunicação t:om a impressont:
t Um byk de dados é apresentado par.1 o barramento de dados
da impressora:
t A impre>sora é informada da presença do byte de dados pam
ser impresso pela ativação do sinal de entrada STRO BE:
t Quando recebe os dados. a impressora informa ao equipamento que o enviou
pelaativaç~odeum
sinal de saídacha-
madoAC K (ACKnowletfge ou reconhecimento):
t O sinal AC K dá início ao processo de fornecimento de outro
dado para a impressora
Figura 3.89
Alguns registros de 8 bits do 8051.
Mapeamento de memória de VO: muitos microprocessadores,
como por exemplo. o 6800. o 68(0) (Motorola) e diversos processadores RJSC (Reduced lnsfn1clion &r Compwer). não têm instru~-õesespccíficasparaoperaçõesdeleituraee:scritaemdispositivos
Porta paralela: porta comumente utilizada em computadores
mais antigos e em alguns sistemas específicos par.1 instrumentação. Desde a introdução da porta paralela no IBM PC em 1981.
tem havido diversas evoluções, como. por exemplo:
t S PP (Stamlard Parai/e/ Port): modo padrão que foi lançado
em 198 I. O barramento de dados na SPPé unídirec íonal. pois
deemr.K!aesaída(dispositivosdcl/O).Nes...e.~
casos,éus.adaatécnicadcmapcamcmodcmcmóriadc IIO. quc utiliza uma locação da mcmória (umacéluladcmemóri~oumais)a pontada
pamser umaportadeentradaousaída.A seguir.
sãoaprescntadasasdifercllÇaSbásicasentreperiféricosdc i/Ocmcmóríamapcadadcl/0:
t No mapeamento de memória de 110 é necessáriousarinstruçõcspamtcracessoàs
localidades das memórias. Por exemplo,
uma instrução do tipo MOV AL, [4FBC[
pode dar acesso a urna porta de entr~da
cujo endereço é 4FBCH:
t No mapeamento de memória, os bits de
endereço precisam ser decodificados:
t No mapeamento de memória, são usados
sinais decontroleespedficospararnernória. enqu~nto no método n~o mape~do (periféricos de 1/0: uso das instruções IN e
OUT)sãoutilizadossinaisdecontrolcespccíficosrelacionadosàsportasdelfO:
t No mapeamento de memória, podem-se
Figura 3.90 Exemplo de uma simples porta de safda com o correspondente rna peamentodeendereço.
re~lizaroperaçõeslógicasearitméticasdos
dados de l/Odiretamente.semanecessidadedesemoverparaoacumulador:
t Aprincipaldesvamagemdomapeamentode
memória é o uso do espaço de memória
Interface perif~rica pmgrnmá\·el (PIO):
existem diversos integrados utilizados noi ntcrfaccamentodcdispositivos,como,porexcmplo. a antiga e ainda útil PIO 8255. No caso
espccffiooda PI08255.existemtrêsportas (de
Exemplo de um a si mples pnna de cntmda com o correspondente mapeamentodccndereço
Figura 3.91
136 CapfwloTrts
foi dcsc n\·olvido especificamente paro~ o PC enviar dados à
imprcssor.t.Nessaconfiguraçãoounaspor!asSPPnão épossi\'Citratar a porta tlata como entrada. o que pode danificar a
porta: utiliza-se. portanto. a porta statrucomo porta de entrada. Apresenta três portas internas: porta dal(l (saída). porta
s/atus(entrada)e portacomro/(saida):
t PS/2: em 1987. a porta paralela foi internamente m()(iificada parn possibilitar que a porta tlma seja bidirccional (entrado -solda ). O bit CS da porta com rol pode se r modificado
pelo usuário (programa do) para mudar n direção da porta
daw. Se o CS = O indi ca que a porta daw está çonfigurada
~nt salda. CS = I indica que a porta daw está to nligurada
como entrada. Logo. esse pino CS da porta coll/rol é usado
~ra o controle direciona l da porta tlma. confortne esboço
daFigura3.9l:
t EPP (Etrlr1mced Paro/lei Port): trata-se da mes ma configuraç~o da PS/2. porém é mais rápida. Esse modo apresenta novos
registradores como espaço de 1/0. Sendo assim, se o endereço-base é 0278H, 0279H e 027AH silo os mesmos da SPP.
l'orón. os endereços de 110 027B H até 027FH são també m
usados ou reservados:
t ECI' (E.rtemletl Capability Port): esta porta tem as mesmas
características da EPI' mais DM A (Di reei Mtmory Atltlress)
c apresenta a capacidade de: compressão de dados.
Para evitar danos à porta data. na config uração barramento bidirccional. é necessário utili za r co mponent es auxiliares·
opw-ucopladores buffus. resistores J1Ull-up etc .. tal como no
exemploda Figu ra 3.93.
Porta se rial RS-232: porta destinada a con\·c:rtcr infom1açõcs
em paralelo {geralmente oriundas dos barramentos dos computadores) para informações seriais (geralme nt e oriundas de
moderns, linhas telefônicas.placaserialdeoutrornicrocornputador.controladomsutihzadas naáreadainstrurnentaçiloctc.)
O p~dr~o foi definido em 1%9 pela Electronic lndustries Association (EIA).quccs pccilicouascaracterísti caselécricas dos
circ ui tos. os norncse os números das linhas necessáriasàtonc:llão entre equi~mcn tos (pinagcm). Os mi trocomputadores
utilizam somente no\·e pinos conectados. em \'ez dos 25 pinos
necessários parn o circ uito completo RS-232. Além disso. o
padrlodeline:
t Pam que periféricos possam "tonversar" por meio da mesma
linha. eles sno di vididos em doi s tipos: o tipo tenninal. que
us~ o pino 2 p:1ra enviar dados. c o tipo modem, que usa o
pino2pararccebcrdados
t Devem se r acoplados periféricos tenn inais de um con~""Ctor
macho c periféricos modem de um concctor fêmea.
A FigurJ 3.94 apresenta a pinagem do padrlo RS-232 (concçtor DB25) ~ra o periférico tem1inal (IBM-PC) c ~ra o modem. Para o conector DB9. obscnoe a FigurJ 3.95.
Comun icação t nl re tra nsmissor t re«"plor: em sistemas em
que someme u•n periférico transmite e o outro só re<:ebe. a co-
Flgura3.92
Esboçodaportaparalela.
CooceitosdeEletrônicaAnalógicaeEletrônicaDigital
137
Figura 3.93 Exemplo do uso de
dispositivosqucprotegemapona
dara (nocasorcsistorespu/1-up)de
possíveis danos
P0>2 - TX O(saida)
{8)
O;~' ~§!:~~~~
Figura 3.94
0"
Pno20- DTR{salda)
P0>22· RI {&otrada)
,,,
municação ocorre apenas entre dois sinais em cada ponto: TxD
c SG no transmissor c RxD c SG no receptor.
Comunicaçãonas duas dircçõcs: cadaumdosperiféricostransmitc c recebe dados: portanto, é necessário o número mínimo de
três linhas em cada periférico: TxD. Rx D e SG (podem-se adicionar os pinos DSR c DTR para controlar o flu:o.:o de transmissãodcdados:htmdshaking).
A Tabela 3.5 apresenta um com parativo das interfaces mais
comu ns com valores típicos.
Figura 3.95 Padrão DB-9.
Comparação entre interfaces comuns (valorers típicos)
Comunicação
R$232
t
Esboço do padrão RS -232 (conector OB -25) para (a ) perif<'rico terminal c (b) modem
Pino 1 ·CO (enlrada)
Pino2 -AXO {&ntrada)
Pino J·TXO (saída)
Píno 4-0TR (saída)
PínoS- SG
Píno6-0SR(entrada)
Píno7-AOS(salda)
Pino8-CTS(enlrada)
Pino 9-AI (entrada)
Tabela 3.5
~~'
. g :
Pino 2 -AXD(enlrada)
Pino J -T XO{salda)
Pino 4 -AOS(&ntrada)
PinoS-CTS{saída)
Pino6-0SA{salda)
Pino7-SG
Pino8 -CO{sa ida)
Pino20-0TA {entrada)
Pino 22 - AI{saída)
de dispositivos
Assíncrona
Comprimento má•Jmo
(metros)
Velocidade máxima
(bitsfs)
15.2a 30.5
20k
1219.2
1.8
lnfravemlelhoserialassincrona
3,0
3,0
I'C
2.1M
5.5
127
4,9
4.6
3a9.1
12M
138
Capítulo l'rês
RS4SS: quando é necess.ária a tmnsnti ss.ão de dados para longas
di stâncias e/ou a altas taxas. a interface RS-485 é uma solução
possí\'el. 0 padrão da RS-485 é a TIAIEIA-485, similar ao padr:io ISO/IEC 8492.1993. A RS-485 apresenta algumas vantagens quando wmpar:ada !I RS -232:
4 Baixo custo: os(/ril't!rJeosrecep!oress.ãosimplesetw.x:essitamdeu ma alimcmaç:'iode + 5 V a 1.5 V:
4 Disposit Í\'OS: nâose limita a dois disposilivos apenas. Dependendo da wnlíguraçllo. pode intcrfacear até 256 nós:
4 A RS-485 pen11ite comuni cação a grandes di stâncias (até
1.2 19.2 metros) quando comparada com a RS -232 (geralmente de 15.2a30.5metros):
I Velocidade: taxas típi cas deaté 10M/s.
A Figum 3.96trJz o esboço de um link baseado em RS-485
half-duplex.
IEEE 488 ou Gl'm (General t>urpose Interface Bus): desenvolvido pela HP em 1965 c padronizado pelo IEEE e m 1975. Na
atualidade.cxistcmoutrasvcrsõcsqucaprcscntarammelhommcnto o u modifi cação m1 formmnç~o dos dados. melhoria da
funcionalidadcctc.OGPIB é umaintcrfacedcscnvolvidapara
possibilitar a conexão simultânea de até 15 di spositivos ou ins-
5VTIL
Serial In
I
I
c:!~~
T
Serial In
I
I
4 3.8.8 Interfaces e sistemas
remotos - - - - - - - - - - Muitos projetos c experimentos de labonuório utilizam o conceito ou critério reprcscntndopela Figura 3.99.
Nesse contexto. cada placa de aqui~ição prcci~a ser intcrfaceada
com o sistema microproccss;tdo ou microcon trolado. Com base
ncs<mpondcr.IÇão.podcm-sc utilizardois si:;;tcmasdistintos:
I
No primeiro. instrumentos externos silo conectados a uma
redeatntvés de um barramento adequado. Esses instrumentos podem ser gerenciados em rede por um computador por meio de um software apropriado.
t Outra confi gumção de arquitetum pode apresentar
protocolos integrados em que as fu nções dos instrumentos são realizadas por placas plug-in de di mensões padrões t"Qncc tadas aos Jlms do sistema.
~
L r--,_
li
,_
"
SVTTL
trumcn tos em um barramento de dados paralelo com um. Os dispositivos podem ser conccmdos tal como mostram as Figuras
3.97c3.98.Adifcrcnçaestli na configumçãofísica dasconcxões·
na Figum 3.97. cada instrumento está conectado por meio de um
cabo GPIB diretamente !I controladora (todos os w nectorcs estão ligados !I mesma pona da controladora). Na config umçâo da
Figura 3.98. cada disposi th·o. ioc luindo a controladora. está conectado ao próximo. em cadeia. Essa conlíguraçiio geralmente
éamaisu tili 7.adaparaconcxllodcinstrumcntos. Suades\'antagem estárelacionadaàreconliguraçãoseumdispositi\·o.eseu
correspondente cabo. é removido.
AS-""
75176
T
""'~"';~L
"""""'
[--J j
Transceiver
RS-485
75176
Nôlladldonals
··L_
5VTTL
Serial In
I
I
""'""""'
SerlaiOutl--t
L
"
,_
;.____,li ,..
R5-485
75176
Figura 3.96 RS-435 ha/fduplex.
BT
w
Basica me nte. podemos classificar os sistemas em
distribuídos ou n~o dist ribuídos. Além disso. no me rcado existem d ispositi\"OS gera lmente denominados
controladorcs.considerados'·dispo:si ti vos imeligentes·· apt os a rcal izaraq ui siçllodcdadoseco ntrole
de fun ções. assim co mo ma sca rar decisões com base no sistema corrent e o u nas co ndiçõe s do processo. Normalmente s~o programados. em geral por
uma scquê ncia de comandos ASC II baseados em
comandos formatndos pela máquina hospedeira qu e
são intcrprctadoscexecutadosporum dcterminado
di sposi tivo.
Uma vez progr.unados. podem continuar operando.
adquirindod;Jdosbascadoscmsensorcs.arnm7_cnando
dados em memóriase n::nli7.andofun.çõcs dccontrole.
mcsmoquandoohospedcironãocstáconcctadooufuncional. Do pomo de \'iSta funcional ou operacional. é
camctcristicaimportantcqucdifcrenciacssescontroladores ou cootrolador.ls (também chamados de controladores stmul·(/lune) de outros sistemas de aqu isição.
como. por exemplo, placas 1'/ug-ilt c 110 distribuído.
Essas controladoras aprese ntam uma das caractcrist icasessenciais namaioriados siste mase mpregados
cmcngenharia:ncxibilidadcparaopemrdedifercntes
maneiras. a ôcpender. evidentemente. da localizaçiio
(distfíoc.ias cn\"olvidas). do \'Oiume de dados a serem
armazenados e da di sponibilidade de alimentação. Podcmscrcitadasalg umascaractc rfs ticas:
CooceitosdeEletrônicaAnalógicaeEletrônicaDigital
Flgura3.97
Figura 3.98
GPlB padrão.
GPIB em cadeia
Sistema de
r=llllllm (
eo......,,
1
Placa AIO
Figura 3.99
Sistema oão remoto
p;~ra
instrumentação
G~··
139
140
CapÍluloTrês
,---:r:_,_.s
~
I . Programação c acesso aos dados por meio de placas PCM-
CJA: nos dias de hoje. canões de memória ponáteis fomecem
um meio '-'Onfiávcl para transpone de dados e programas. mas
necessitam de interfaces. como. por exemplo. canão de mcmória-RS-232 (Figura 3.100) ou pela JX)Ma USB.
A prugr.tmação da operação de um '-'Ontrolador/logger e
arma~cnamcnto de dados por meio do canão PCMCIA é cspecialmenteútilquandoocontrolador/loggerestáemlocalizaçãoremotae/ounãoconectadoàmáquinahospedeira.como, por exemplo, o PC.
2. Conexão direta com o hospedeiro (Figura 3.101): sistema nwis
comum e que fornece alta confiabilidade. pois está diretamente intcrfaccado com a máquina hospedeira via. por exemplo.
urnacomunicaçàoRS-232C.Essaconfiguraçãopossibilitafacilmenteconstanteatualizaçãodedados,constantemonitommcntodascondiçõesdealanneecontrole011-/inedosistcma
É amplamente empregada em plantas industriais em que o processoécríticoeprccisascrconstantemente monitoradoecontrolado (custo/benefício). A distância máxima do controlador/
logger está relacionada à taxa da comunicação.
Em locais em que uma aplicação necessita de mais de um
controlador/loggere cada unidade está distribuída fisicamente
em uma grande área. como. pore.\emplo. uma planta industrial.
os contmladorcs//oggeri podem ser configurados como pane
dcumarededistribuídaRS-485.Essetipodesistema)XldenecCl;sitar de conversores RS -232- RS -485 (Figur.t 3. 102).
3. Conexão remota com um hospedeiro (Figura 3. 103): ou tra
arquitetura útil sãooscontroladores/loggeriCOnectadosrc-
IL____j
processamento
--1
Figura 3.100
Exemplos de arqrlite/Uras tfe Iistemas·
I 111
lmcrfaçe canào-rnemória commladom
t Capacidade de operação Itand-alone (termo usado para indicaraopcraçàoindcpendcruc2dcumamáquinahospcdcira
-PC. por exemplo) com registro periódico de dados usando
memória ou computador ponâtil:
t Operações on-line com dados transmitidos periodicamerue:
t Operações orr-line via modem. com dados transmitidos periodicamente. iniciado pela máquina hospedeira ou por um
dispositivo remoto.
Comr.rlicaçioseriaiRS-232
)o------
50 m
Oaralogger
-------1
Sist&rnade
Figura 3.102 Sis1ema <JUC in1erliga ~-.m1rola­
dores//oggers distribtrídos
Figura3.101
RS-232C
Conexãodire1acornohospedciro via
ConceitosdeEletrônicaAnalógicaeEletrônicaDigital
141
Sistema de
p~ssamento '"- -""""""
"""""""""'-.-""'
. coRs,.,,.__á~>O.o
Figura 3.103 Conexão remota com um
hospedeiro
motamente a uma máquina hospede ira. por meio de modems
interligados. como. por e1>emplo. a uma linha telefônica ou
por radiopropagação. Em grandes plamas industriais, onde
mais de um dispositivo está distribuído ou onde a comunicação RS -232 é afetada por ruído. o uso de radiocomunicação
éumasoluçãoprática
Existcmaindasistemascomcrciaisadaptadosparatransrnissãodedadosviatelefoniacclular. P:traissosãodisponibilizadas
placas dedicadas. utilizadasporgr.mdesempresasparaatransmissão de dados derivados de scnsorcs dos mais diversos tipos
e que utilizam alias taxas de transmissão. Também são encontrados no mercado microcontroladores adaptados para interfacear sistemas com essa metodologia de projeto.
41 3.8.9
Instrumentação virtual -
t Navcgaçãorcrnotaercalirnentaçãoviaweb
t Sistemasdevisão
Oconceitodeinstrumentaçãovirtualsurgiufortenomercado
porvol!a dos anos 1980.comoobjetivode reduzir custos em sistcmasdei nstrurncntação.Atualrnente,asfcrrarncntasqueutilizam
esseconceitoestão.emsuagrandemaioria.prep;lradasp;Jrafacilitar a tmns ferência de dados entre sistema\ por meio de GPIB
(Geneml Pr1rpose fmeifaa /Jus. protocolo desenvolvido pela HP
em 1960 e que. desde 1975. passou a ser denom inado padrão IEEE488).qucéfrequcnternenteusadopamcomunicaçãocomosciloscópios.escâneres.multhnelrosedril·ersdeinstrumentosremotos. Também se utiliza o conceito chamado VX I para controlar
instrumcntosconcctadosàEthernct.USBetc.Entreasferramcntas mais famosas. pode-se citar o LabView. da National lnstruments. e u VeePro. da Agilent. Para mais detalhes consultar os
Labomtórios 14. 16e !7 (Capítulo 7)c o Volume 2 desta obra
No mercado existem ferramentas comerciais amplamente utilizadasnaáreadainstrumentação.sobretudonodesenvolvimento
de aplicações cornple1>as, corno. por exemplo, sistemas de medição-comunicação de veículos remotos a longa distância
Muitasdessasfcrrarncntascomputacionaistrabalharncorno
conceito de facilitar a programação por parte do usuário. mas
fornecendo a possibilidade de desenvolvimento complexo de
sistcrnas.incluindofcrmrnentaspamaquisiçãoetratarncntodc
dados entre outros. Mui tas ferramentas computacionais estão
preparadas para comunicação em rede. comunicação com CLPs
(Controladores Lógicos Programáveis) ou com seus sistema~
supervisores (supervisório) de controle e aquis ição de dados
(SCADA). Podem-se citar algumas apli.,ações:
,n-
~Salda
t Controledeprocessosfísi.,os
t Dctcrçãodcgascscmambientes
t Modelagem de sistemas de potência
Figura 3.104
cíciol.
E>qucma da régua
po~cnciométrica
t Controle de movimentos de servomotores e motores de passo
t Tcstesdccircuitosirnprcssoscoutrosdispositivosclctrônicos
t Simulação de movimentos em sistemas de realidade virtual
2. NocircuitodaFigura3.105,cakulc
a. Acorrcntedocircuito
referente ao E~cr­
142 CapÍluloTrês
rn
b. Astensõcsnocapacilorenoindutor
Apotênciadissipadapcloresistor
+
co;s<wt)-
'
6
.
'
'
Figura 3.109
V,{f)
Figura3.105
b
Circuito elétrico.
CircuitorcfcrcmcaoExercfcio2.
3. Sabendoque.nodrcuitodaFigura3.106. V=r'.determineaex pressâoanalíticadeE,
3
E,
2
1
1
rr:IJ·
-V
Figura3.106 CircuitorefcrentcaoExercício3
4. Projete um mcdidordcãnguloutilizando umpotenciômctroque
tem I 000
,.~ta.
Esse medidor deve ter uma tensiío de 5 V na po-
siçi\odcO"e3Vnaposiçãode90".
S. NocircuitodaFigura3.107.calculeascorrentesde malha e as
tensões de nós.
Figura 3.110
rn
"
3
'
Figura3.107
CircuitoreferenteaoExercício5
6. NocircuitodaFigura3.108.calculcascorrcmcsdcmalhacas
tensões de nós.
Figura 3.111
Circuito elétrico.
8. Nocircuitoda f igura3.107.dctemtineatensâoeacorrente no
rcsistorR • 3!l.utilizandootcorcmadasupcrposiçâo
9. No<·ircuitodaFigur.J3.107.determineatensilodeThéveninpara
ostcrminaisdoresistorR=3 H.
10. NocircuitodaFigura3.108.dctermineascorrcntesi, ei,utilizan-
dooteorcmadasuperposi<;ilodefontes.CalculetamhémoequivalentedeThévenin para a tensão••
V~ utilizan do o t<:orcma da superposi<;ilo de fontes. Calcule também o equi valentcdcThéveninparaosterminaisab
11. No circuito da Figura 3.109. determine as tensões V., c
Figura3.108 CircuitorefcrcmcaoExercfcio6.
12. NocircuitodaFigura3.110.dctcrmineacorrentciuti1izandoo
7. Uti1izandomalhase nós.re'iOivaoscircuitosda,Figur.Js3. 109.
teoremada,upcrposi<;iíodefontes.DetennineessacorrentetamhémapliçandooteorcmadeThévcnin
3.110e3.111.0bscrvequeocircui10da Figura3.111 tem uma
fontcdcpendcntcdcumavariávcl v.Ncssccaso.dc•·c-scdcscnvoi'"CTumacquaçiloamaispararcsolveressanovaincógnita.
13. As Figuras 3.112 (li) e (b) mostram dois circuitos com diodos. De senheafonnadeondasobreosresistoresRquandoacha•·eSé
fechadaparaumciclodosinaldafonteAC
ConceitosdeEictrõnicaAnalógicaeEietrônicaDigital
143
27. Projeteosrcsiston:sdocondicionadordaFigura3.50paraumNTC
de 5 k.fi em 25°C e 200 nem SO"C. A tcn~de sarda d.>•·e excursionar em no mCnimo 2 V dentro dessa faixa de temperatura
28. O tem!Opõlf f um scnsorque mede a difcrtnçadc temperatura entll'
suasduasjuntas.Aoseprojetaremoondicionadon:spara termopa~. é necessário compensar a tempcraturn ambiente com outro
sen50r. IS5<J g~rnlmentc f feito somando-se a tempcrn!Ura medida
com o tennopar ~ tcmpcrawra ambiente medida por um sensorao·
xiliar.Considcn:qucoscnsornuxiliartcmumascnsibilidadede
L__
__j __j._
Figura 3.112
14.
_ •
IO~equcumt~rmoparhipotflicotemumacuroalineardeOa
,.
1oo •c produzindo O mV aO •c, e 100 mV 11 IOO"C. Projete um
oondicion:adorcomseusde\'idosamplificadon:snasçonfigurações
~uadaspataqoçosinaldetenslonasaCda•·aried.>OalVna
(o) Retificador de n>eiaondae (b)ondacompleta
Projctcumcircuitoutili~.nndodoismmsistoresbipolarcscomf3 • 100
faixa de O a 100 •c
29. Considei'C'queumsinaldotipoj(l) • cos(l20
!TI) + cos(20000
m)scjaaplicadoaumcircui10coma configuraç1lointcgradora
CalculcoresistorHeocapacitorCparJqueaparceladeahafrequência caia parn um •·alor 11lxtixo de .'i%. Calcule wmbém se houI' C atenuação no sinal de bai~a fr~-quência.
como cha\'CS. Um tran,;istor deve acionar uma carga quando a tcnsãodccntradaultmpassar2Yeoutrodevencionarumalarme
quandoalcnsãodccntmdnultrJpassar5V.
15. l mplcrncnteumafomcdccorrcmcdc 1 mA utilizando transistores
bipolarcscom(3 • 100
16. Considernndoacstruturadoamplificadortmnsistorizadoda Figu-
~inul do E~crdcio 29. em um circuito difcren ciador.Cakulcnovamcntcorcsistorcocap;lcitorparnqucap;Ircela de bai~a frcquência caia par~ um l'alor abai~ode 5%. Calcule
30. Aplique o mc§tno
ra3.29.cakulcno'·an~<:nteosresistorcsparaobterumganhodc
tcnsilodc3.corno sina ldesuídancursion:mdo3V.
urnbémschouveatenuaçaono sina ldeahafrcqu~nda.
19. Repita o Excrclcio 14. utiliundo FETs.
3 1. Considei'C' um trnnsdutor com uma salda de tensão de - 20 mV a
JOmV. Projcteumcircuitoparaqoçasaldapossascrl igadaem
um con•·crsor AD com cmrnda de;
a. O a IV
b. -1 a 1 V
20. ]mpklllC'ntc uma fonte de corrente de I mA utilizando l-Tis
32. Uma célula de carga do tipo barra engaitada
17. CakulcoganhodedoisamplificOOoresdo Exercfciol6cmcascata.E!Ipliquc
18. Citcaspriocipaisdiferençasentrefl:.lsctrnnsistoresbipolares
~ submetida a uma
forçadeoompresslioou traçllo.de modoqoçosinald.> saídaexcursionade -2 a + 2 mV. Considerando que você possui uma placa de cotwersJoAD nllosimétrica e com entrada de O a 250 mV.
projete um amplificador para que o sistema funcione de maneira
adequada c utilil3Ddotod:l a fai~adoAD.
21. Repita o EJ.crdcio 14, u!iliuoOO OPAMPs na çonfigurnção de
22. ~"""""·
Sabendo que o circuito da Figuro 3.113 tem uma realimentação
posi1h·a e assim tende a s.:U ui'IIT. nplique uma tensão ..; na emrnda
etroceumgr.ifirodasaidai'Oemfunçilodaemradaqueexcur;iona enti'C' :!:I'.
33. Suponhaque,1.JC!possuiumequipamentoqoçtemumasaídade
O a IOOmVquciodicaum oocfteicntcdeattitodeOa I (OmVparncoeficicntcOc IOOmVparacoeficieme I).Calculea lt'solução
dessa medida se ela for ligada diretamente a uma placa A Ode 12
bitscomurnaescaladc;
a. - 650 mV a + 650 mV
b. -5a+5 V
R,
34. Um aluno de instrun~entaç~o está fa1.cndo um projeto com um scnsordetcrnpcraturacujascnsibilidadcé IOmV/"C.An~edidascr:í
feita de O a I00°C. sendo utililado dirctmnente um conversor AD
de IObitscomumafaiXHdccntrndadc - .'ia +5 V.Calculcaresoluçâoem •cdcssesistcma.Projctcumamplifi~adorparautilizar
melhorafaixadoconvcr.sorA D emelhomressan:soluçilo
Figura3.113
Circuito!'C'IativoaoE!Iercicio22
23. Projete um amplificador utili7.nndodoi s OPAMPs na configuração
invcrsoracomganho iOO.
24. Projeteu m:unplificadotutili7.llndodois0PAMPsnaoonfiguração
nlloin•·ersoraoomganhoiOO
25. Projete um amplificador utilizando um OPAMP na configuração
difell'ncialoomganho iO.
26. Projete um amplificador de instrumentaçio utilil3Ddo nhOPAMPs
com ganho 100.
JS.
Considcr~ndoasuprcSSÕCSIIS<!guir.dcscnvolvaumcircuitocom
um<k..:odificadorcponasOR ;
1-;- x+z
+X· Y·l
F. •X+ Z ..- X · Y·7.
F, • X-Y·Ztx-i=Z'
36. Descn•vh'll um multiplicador de 4 bits (números sem sinal) usandoapcnasponaslógil:ase$01lladoresbin:lrios.
J7. Um técnico de uma empresa da área metal-med.niea possui cinwprodutosP1.P2.P3.PJeP5qucde•·emscrguardadosnodcpósito I OtJ nodcpósito2. Por oonveniência.fnccess:!rio.de
144
Capi1uloTrfs
lt-mposcmlempos.d<'slocar u moumaisprodu!osdeumdepósiloparnoouuQ . Annwrezadosprodulos t lalquctpcrigosoguardar P2. P3 e P4 jumos. a nilo ser tjUe I' I e.~ll'ja no mesmo depósilo.Tambtmtperigosoguanlar l'3eP5juntossePI nàoes!iver
no depósilo. Iklt-nnine um diagnama lógico com saída z. !ai que
Z • I Sl'mpre que e.tisln uma combinaçllo perigosa em qualquer
dos depósi!os. De!ennine as •'llriáveis do siSlcma. a latK'Ia-verdade.asnpressõesbooleanas.simplilicaçõeseodiagrnmalógko
Apresente também o diagrama usando apenas a(s) porta(s)
un in:rsal(is)NAND(s).
44. DeSl'm·oh·a um circuito scqut-ncial sfncrono com uma cmrada X c
uma saída Z. A cnlrada X é uma mensagem serial e a salda Zdcve
serigual aum(nivelaho)tjuandoacombinaçliol01 tenconlrada
na mensagem serial. Apresente a máquina de estados. a tabela de
transiçãoeocircuitosc:quencial sfnci'OI'IO.
.
45. Desenvol>'ll uma ULA de 4 bits que realize as seguintes funções:
,,.,,
38. AEmpresalógic:ILimilalbdo RSde$emulwuumintegradodenc»minado porta P com tjualro \':lri.heis de en!r.>da: A. B. C e De uma
saída denominada 1'. Essa pona implcmcma a segui me função:
A$8
P(A.8.C.D) • B·C(A+D)
!NSl'nheessecircuito
311. Os engenheiros de desem·olvimemo da Empresa Lógica Limi!ada
esllloi nvesligandoaspossibi lidadcsdeaplicaçãousandoalógka
P - OR. Para ajud:l- los, dc.~~tn•·olva um circui lo para implcmcnlar
a scg u inl~ fu nçilo us:mdo some nte três port as P e uma porta OR
.ft.x,,x,.x1.x,) •
46. Considercqucosujei toAdcsejacnviarun•amcnsagcmsccrcta
paraosujeito B uti1izandoummciodccomunicaçilodigi talapropriado. Como não de.lleja que .~ua mensagem seja rcconhet:ida por
ning uém,solicitouavocéque:
a. Dcscnvol•·a o codificador pum o dispositiw tmnsmissor que
será ul ilizadopelosujci toA:
~(0. 1 .6.9.10.14.15).
40. Desenvolvaumcomndorslncronoemanclde3 bits(cresce ntee
decrescente:up/down)cujasetjuêncinéocódigo:OOO.OOI.Oll.
010.110.111erecomanzcro. Ocomad0fde•·econ1arnasequência cresccnle quando a cmrada de com role UP/DOWN é iguaJ a I
e contar na sequência decre.-cen1c tjuando UPIDOWN ~ igual a O
(usar tlip-flop JK). Ajlfe.'óeii!C a tabela de transição. a máquina de
estadoseocircuilológioo
41 . ProjeteumcircuitotcndoumacntrudaYeduassaldas:Z =Y + 3
e W = 3 - Y. sendo Y um número de 2 bits (na illlbtraçào. utilire
complementodedois).ApreSt:ntetodosospassospamsecllegarà
solução.
42. Implemente um oodificador binário pam Código Gray:
Código Binário
Código Gray
Códlgo X
Códlgo Y
b. Desemuh·a o d«odificador utili1.ado no equipamento ~or
do sujeito 8 pam que ele compreenda a mensagem en,·iada.
47. Nodcsawolvimentode automóveis. são realizadas numerosas mediçõesea\'llliaçõesdc tcmpern!uraparngarnntirofuncionamenlo
apropriado de sistemas e componentes. Algumas medições s00 in·
cluídasnossiMemasdeoontrolcoocm sistcmasdcdiagnósticodos
veiculos. A mediçOO de temperatum no niOflitoramenw (Hl-/ür~ de
sistemas automotivos cada •·n mais tem apresentado diferentes
utilidadt-s. Um <'X<'mplo é o •uonitornmcnto de tcmper.uurn das
superfície, d ospncuscpre.<sllocmbuscade falllaspamajustar
automaticamente. Com base nesse siste ma. voce decidiu dcsen\'l}l vcr um sislema de baixo custo pam monitorar um minibaja. Esse
sislcma deve monilorar tod:•s as rod:~~ com apenas um scnsor de
tcmpemt ura por roda. Qu:1ndo. no mini mo. dois desses se nsorcs
o circui to digit:l l dc\'C informar, através de
indicare m T > 80
uma luzindicadoranopaind,queomin ibajadcvepar.tri med iatamcntc:casocontrário.deveindicarqueopilotopodccoiHilluar
accll'rando
•c.
43. Emmuitosau lomóveis.aslu'l<:s,orádio.osvidrosclétricossó
operam§Cachavcnaigniç:loestánomodoligado.Ncssccaso.a
chave naigniçiloatuacomoumsinaldchabi litaçàodosislcma
D.-senvolva um sistema lógico de um aulomó•·d usando as seguinlesvariá•·eisedefiniçl)es:
Ot<l•·edeigniç~o - Ch lgn
Clla•·e dasluzcs -ChLuz
Clla•·edor:ldio- ChR
Ot<l•·edos~ idros~k'tricos- CllV
Luus - L
Rádio - R
Vidrosclttricos -VE
lmplementecssesislemausandoessas>':lriáveis
48. UmaluoodeSistemas Digitaisl l procuroosuaõljudaparnascguinte qliCSt!lo: na emrada do seu COO\'Ct'SOI' AOC e~istc um scnsor(com
sistcmadeamplitít-ação)q~>evariadc0a2Vquandoap11.'S!.ilovaria
deOalOObar.S;lbendoquecsseconversor ~de
10bitscaentmda
édeOa 5 V (em que O~o valor mfnimoe 5o \'alOf máximo: 1-al~
tíxos).calculea!'C!iOIUÇãodapresslloparliCSSt:siSlcm;~.
411. Consilkrando o cs~ parn mediçllo dos mo•·imcntos da jX'ffi3
(Figurn2.1 doCapitulo2).esboceumcircuitotjucfl"nnÍtadigitalizarosmo••imentosindicadospelopocenciõmetro.
50. É comum a utili1.aç!lode ooninascm escritórios. Esboce um sistema que pennita o controle de uma dessas cortinas em função da
CooceitosdeEletrônicaAnalógicaeEletrônicaDigital
temperatura ambiental c da intensidade luminosa. Esse sistema
devesercontroladoporummicrocontroladorcujaportadel/Oest:J imerf~ce~da com o ADCQ804. Apresente o fluxograma par.J
controlar esse sistema
51. Conecteassaídasdctrêsbufferstllree·m>recomodescnvolvimen111 de uma lógica adicional para implementar a seguinte fun~·àQ
F = Ã · B·C + A· B· D + A·
8 · f5
SuponhaqueCeDsàoasentradasdedadosdosb"ffer.<eAeiJ
pas>ernatravésdalógicaparagerarasemrada~;dcwntrole
52. SimplifíqucascxpressõcsascguirusandomapasdcVcitch-Karnaugh
a. / 1 =~(0.2.3.4.6. 8 . 10.11.12.14)
b. /, =~(0.4.6. 12.14)
c. /,=~(0. 1.2.4. 7.12)consider.Jndoasc<>rnbinações~(8. 10.
15)comQdon "tcare(tantofal.)
53. Um sistema de segurança doméstico possui uma chave mestra que
éusadaparallabilitarumalanne.cflmerasdevídeoe umtelefone
inlerligadQàpolí<·iaparaocao;()deumournaisdostrêsconjuntos
desensoresdctectareminvasão.Asentradas.assaídascaopcração
dalógicadc habilitaçâosãodadasaseguir
EntmdllS"
s ,.i =0.1.2- si naisdostrêsconjuntosdcsenwres(O.invasão
detcctada:l.nâoinvasão)
M - chave mestra (0. sistema ligado: 1. sistema desligado)
Sl!l'das-
A - a1amle(O. a1mme ligado: I. a1mmedesligadQ)
L - luzcs(O.Iuzcsligadas:l.luzcsdcsligadas)
V -câmeras de vídeo(O. dlmeras de vídeo desligada.~: 1. câmera.~
de vídeo ligadas)
C - ligarparaa Polícia(O.chamadadesligada: l.chamada1igado)
145
Opemj'iiu:
Seumoumaisconjun!Osdossensoresde!cclar<'minvasãoeosistemadesegumnçae'tiverligado.entàot<.XIasa.~saída'devemestar
ligadas.Casocontrário.t<XIasassaídasde,·e meswdesligadas.
Dctenninecssccircuito lógico aprcsentand" todos os passos do
dcscm·olvimento.
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Prentice-Hall. 1994
W INKEL. D. Theorl ofthe digiwl design. New Jcrsey: Pren(ice-l lall.
1987
4 4.1
Sinais - - - - - - - - -
O termo sinal, do latimiigna/iJ, aprcscn!<~ diversas definições.
entre elas indício. marca. vesdgio. pista. anúncio. aviso. signo
convencional. usado como meio de comunicação à distância etc.•
Portanto. de maneira geral. um si nal é uma abstmção ou uma indkaçllo de algum fenômeno da natureza. como. por exemplo. o
nuxoclétrioo em um circuito. as alterações bioquímicas oo cérebro. o canto dos pássaros. o batimento cardíaco. a contração muscular.aconvers;lÇãoentrepessoasemumasalaeassimpordiante. Matcmmicameme. um sinal é definido corno uma função de
uma ou mais variáveis que repn:scmam um fenômeno físiro.
representados completamente por funções nmtcmáticas no
tempo. Exemplos ti picos de sinais delenninísticos (dcsconsidcmndo-se possíveis nu tuações devidas ao rufdo :tlc:.tório)
são o seno. a ond:. quadrada. a onda triangular. entre outras
(já exemplificadas nas Figura.> 4.2 e 4.3). Em tcmtOS sucintos.
são sinais descritos por funções III3.ternáticas em funç:lo do
tempo. por exemplo. corno variá\·el independente.
t Sinais aleatórios ou estocásticos: sinais para os quais nrto é
possf\'c] car-.~etcri7.arcom precisão ou antccipadamcme 1.1111 de-
,,,~-----------·
Na área da instrumentação. o processamento ou trntamento de
um dctcnninado sinal deve ser baseado em métodos criteriosos.
pois a suu nauuw.a e a sua relação com o ruído determinam o desenvolvimento apropriado do sistema de mediçilo. Qunnto no com·
portamcnto, os sinais podem scrcamctcri1.ados de duas maneira.>
principais: no domínio do tempo c 110 domlnio de frcquência. No
domfniodo tempo. é possível considerar sinais em dois fomtatos.
com a utili7.açãodos principais trnnsdutores. tcns:locm função do
tempo ,, • ft.t) ou corrente em função do tempo i • ft.t).
Resumidamente. os sinais podem ser divididos nas seguintes
classes principais:
t Sinais cstátkosft.t) = valor: não alteram seu comportamento
em um longo intervalo de tempo. Por exemplo. a tensão elétric:tde umapilhaideal(tensão constamecmfunçãodotempo de uso) seria sempre de 1.5 V. confom1c esboço da Figura
4.1 (csscsinalé.essencialmente, umnfveiDC).
t Sinaispcriódicosft.t) = ft.t + 7):c:.rnctcri7.adospcl:.repctição
regul:.r. como os e:templos mostrados nas Figuras 4.2 e 4.3.
Podem-se citar como c:templos típicos de sinais periódicos os
senoidais. os quadrados. os triangul:.res. o sinal que representa
a pn.-ssão arterial humana (sob tcrtas condições). entre outros
t Sinais transientes: sinais em que, em um dado intervalo de
tempo, a duração de um evento é muito rápi da quando comparada com o período da fonna de onda (Figura 4.4).
t Sinaisdetemlinísticos: nãoexisternincertelascomrelaçào
aos seus valores de :.mplitude: ou seja. esses sinais podem ser
~,arousMCulluro/dafJ~gw•l'tmugutUJ. Ntw"~Cultur~l.
'""
146
i,,l------------·
~
20
30
so so
,_,
40
10
eo
iO
w
Flgura4.1 Excmplodcumsinalestático:atcn,ilodc I. SVpc nnaneçc a !m:sma dumnre um gmnde intervalo de tempo.
Figura 4.2 Exemplo de sinal periódico: sinal $COOidal oom 2S6 amosJrm;eamplitudc:depioodel Vouamplitudc:dc:picoapioode2Y.
.
O
SinaiseRuído
147
....
~~:
:
Figura 4.3 E~emplo de sinal periódico: onda quadrada com 512 amostmse amplitude de picode0.5 V. ou amplitude de pico a pico de I V.
Figura 4.5
~:
.,
......
o
102030oiOS00070 00 110100110
1
Figura 4.4 E~emplo de um sinal transiente: sinal cuja duração é
rápida quando comparada com o s.cu período (128 amostras).
Exemplo de utn sinal aleatório: ruído aleatório com 512
,.
Figura 4.6 Exemplo de um sinal aleatório derivadodaatividademusculardobraçohumano:(a)posicionamentodoseletmdos:(b)sinaleletmmiográfico:
(c)detalhedosinaleletromiográfico
148
CapÍluloQumro
tcm1inado valor (Figura 4.5). O tmtamento matemático necessárioparasedescreveressetipodesinaléemfunçàodesuas
propriedadesmédias:médiadepotência.médiadadistribuição
espcctml. probabilidade de o sinal exceder dctcnninado valor
etc. Para descrever esse tipo de sinal são utilizados modelos
estatísticosdenominadosprocessosestocásticosoualeatórios.
Exemplostípicosdcsinaisaleatóriosoucstocásticossão:clctromiogralia (EMG). eletroencefalogralia (EEG). sinais de áudio em canais telefônicos. carga em sistemas de potência. vibraçãonocorpohumano.acelcmçàonosistemaasscnto-çhassi de um veiculo e vários outros. Resumidamente. são sinais
que apresentam grau de incerteza: sendo assim. não é possível
dctcnninarcxatamcntcscuvalorcmuminstantcqualqucr.
AsfotosdaFigura4.6aprescntampartcsdoprojctodcum
eletromiógrafo em que se veern detalhes do posicionamento dos
eletrodos e da tela do osciloscópio mostrando o resultado de
partcdoscnsaioscxpcrimcntaisqucsãoclassificadoscomosinaisalcatórios.
4 4.2
Introdução ao Domínio do
Tempo-----------------------
Confom1e conceitos apresentados no Capítulo 3 (Conceitos de
Eletrônica Analógica c Eletrônica Digital). os sinais também
podem ser classificados como sinais analógicos. sinais digitais
ou. de modo simplificado. corno sinais contínuos ou discretos.
Em geral a análise de sinais no domínio do tempo é baseada nos
conceitos apresentados no Capítulo 2 (Fundamentos de Estatística. Incertezas de Medidas e Sua Propagação). ou seja. na uti lização de técnicas que descrevam o sinal em tennos de suas
propriedades médias. como. por exemplo. medidas da tendência
central (média aritmética. média geométrica. mediana. moda.
rms)emedidasdedispersão(de1;viopadr.1o.variância).
Além disso. quando necessário. são utilizados outros paràmetrosestatísticos:covari5ncia.correlação.modelosprobabilísticos. entre outros. Como os conceitos já foram apresentados no
Capítulo2.scgucmalgunscxcmplosdcsuaaplicaçàocmsinais
Considerando-se o sinal estático ou constante apresentado na
Figu r<.~ 4.1. a utilização de medidas da tendência central e de
dispersão .uioft•z sentido, pois o sinal não varia no tempo (veja
aFigura4.7). Pode-se observar. pelosresultados(ladodirei!odo
gr.ífico).queasdifercntcsmédiasaprcscntaramovalorconstantc c as medidas de dispersão (desvio padrão c variância) não
servem absolutamente para nada. pois um sinal estático ideal ou
constante não varia no tempo e. portanto. não apresenta dispersão dedados. Sinais constantes na área da instrumentação são
Umcrmfrcqucntcéautilizaçãodcparâmctroscquivocados
de medidas da tendência central em sinais periódicos (comen-
i!E:::J
&:'- i
10
20
30
~...:{o)iO
111
~
110110
:pod!;
Sinal estático com tensão de 1.5 V constante c com suas
corrcspondcntcsmcdidasdatcndCnciaccntralcdcdispersão(cssctipo
deabordagemnilofazsentido)
Figura 4. 7
Figura4.8
Sinal periódico>enoidatcomsuamédiaaritméticaeraizn-.édiaquadrática(nns)
Sinaise Rufdo
149
"
~0.1
Figu1114.10 Esboiivdeumasequênciadapropriedadecon,vlução.
Figura 4.9
Sinal periódiooondaquadradaoomsua "'~~i>-amidia
aritmética
tilrio tam bém válido para sinais aleatórios. porém ex istem técnicascrnqucsàoobtidasrnédiasparacvcntosalcatórios.Con-
sultar referência apropriada.) como. por exemplo. a média aritmética para os sinais das Figuras 4.2 c 4.3. Como s.to sinais
que podem apresentar informações diferentes mas a média aritmética para ambos os sinais apresenta o mesmo \'alor. a uma
análise descuidada poder-se-ia afinnar que são s inais iguais.
As Figuras 4.8 e 4.9 apresemam a média ari tmética e a raiz
média qu adrática para o sinal senoidal e a média aritmética
par.aaondaquadrada.ressaltandoocuidadonaescolhadopa-
rârnctro de avaliaçào de um determinado sinal. Propomos como
excrclcio que o leitor explique porque para os dois senos o
valornnsédiferente.
Na análise no domínio do tempo, é essencial compreender as
duaspropricdadesqueapresentamgrandcintcressepr.itico:
HtsJHISilr a ru11 ÜIIJ111Iro: a resposm de um sistema em repou50 a
um impulso unilário li(t) é denominada rtsposw ao impulro. Aresposta de um sistema a um sinal contínuo no tempo é uma integral:
>~t) = J.x("T)·h(t -
"T)li"T
sendo .L"( "T) o sinal contínuo no tem po e lr(t - "T) a resposta ao
impulso do sistema. Essa é a integral da superposição que informaquey(t)éigual àcorwoluçãocontlnuadar.::sposwaoimpul soe dosdados deentrada. Essa propriedade é essencial na análise e no proce.~samcnto de sinais, c geralmente é denominada
com·ofuçiio. A eonvol ução descreve o processo de modificação
de urna funçãoftu) com outra funçik.t Jr{lr) para produzir uma
terceira )~11). confom1c esboço da Figura 4. 10. Portamo. a con\"Oiução para sinais analógicos é definida por.
}~11) =
J[(11) · h(n -
u)du
e. para sirwis discretos (sequências ou dados ~LnlOstrados) . por:
Na Figura 4.10. a rompa é invertida temporalmente c multiplicada pon to~~ ponto com a outra função (no e~emplo. uma
onda qu~LdnLda) c cada produto é somado ao resulwdo segu inte.
Esse procedimento é repetido para cada ponto. e o resultado é
uma série de sornas representando a convoluçlio d~LS duas funções. Essatécnicaéutilizadaem filtrosparaaproduçiiodcresultados r:!pidos. reali1..ando-se a convolução de um detcnninado
dado com a fullÇão de transferência das características desejadas
de um filtro.
He:rp oswtro tfegm11 /lllitário: é a saída de um sistema em repouso quando se aplica um degrau unitário. O <kgr.1u unitário é
a intcgrJI do impulso unitário. e. sendo a<>.~inl, a resposta ao degraudeurnsistemapodcscrobtidapelaintcgraçãodaresposta
ao impulso. A resposta ao degrau usualmente é fornecida em
funçãodosscguintesparâmctros:tolcrânciaaceitávcl. tempodc
subida. oL"aJ!rwt c tempo de acomodação.
O erro rclaciom1do à tolerância aceitável é o desv io daresposta esperada ou desejada fornecida pelo sistema. O 1cmpo
de subida 1, é definido como o tempo que o sistema leva para
chegar a 90% do seu valor final. ge ralmente especificado pela razão de amortecimento {e pela frcquência natural do sistemaw.:
l ,= 2·w. · ~ ·
Tempo de ~tcomodação é o tempo necessário pam tjUe a curva
de resposta alcnncc valores em urna fai~a (de 2% n 5%) em torno do valor final. permanecendo indefinidamente. OL't~rshoot é
o máximo desvio percentual da resposta do siste11m·
Ol"ershoot =
100
.J-RJ.
t 4.3 Introdução ao Domínio de
Frequência - - - - - - - - - Considere um tr.lnsdutor que forneça um sinal correspondente
à vibração senoidal de dois simples sistemas ma~sa-mola ideais
A FigurJ 4.11 aprese nta as formas de ondas obtidas por um sistema de aquisição de dados apropriado (acelcrõrnetro. condicionadores. phLca conversora analógica para digital e sistema de
ISO
CapÍluloQumro
processamento de dados corretamente especificados para essa
aplicação: essa observação é essencial na área de instnnneotação). O sistema de processamento de dados ou sinais dispõe de
ferramentas matemáticas que pos.sibilitam avaliar si nais no domínio de frequência como. por exemplo. a Transformada Rápida de Fourier (FFf - Fast Fo11rier Transform). Os correspondcntessinaisnodomíniodcfrequênciaparaossinaisdaFigura
4.11 encontram-senosgráficosda Figura4.12.
Grande parte dos sistemas é caracterizada por sinais mais
complexos c que apresentam diversas frequências. Seja. por
exemplo. a adição de ruído branco gaussiano ao primeiro sinal
scnoidaldaFigur..t4.ll (vejaaFigura4.13).A Figura4.14apresenta os sinais da Figura 4. 13 no domínio de frcquência
O conhecimento das técnicas de análise no domínio de frequência é essencial. pois possibilitam a determinação dos parâmetros adequados de um filtro. para. por exemplo, atenuar
ou extrair o ruído do sinal senoidal. As frequênciasde sistemas mecânicos. por exemplo. são necessárias para se verificar
o comportamento dinâmico (frcquências de ressonância. durabilidade. comportamento de um prédio durante terremotos.
entreoutros).Ospróximositensdocapítuloaprcsentamoembasamentomatemáticocasprincipaiscaracterísticaspráticas
necessárias pam que realmente se compreenda o domínio de
frequênciaeasprincipaistécnicasdeanáliseeprocessamento
nodorníniodafrequência.
Figura 4.11
t 4.4 Análise de Fourier- - - - • 4.4.1
Séries de Fourier - - - - -
As séries de Fourier representam urna forma funcional de analisar um sinal periódico no tempo através dos coeficientes de
funções seno e cosseno. os quais compõem o sinal original. As
sériesde Fourierpostularnquequalquersinal pcriódiconoternpopodescrexpandidoemtemJOsdesenosecosscnos:
/(1) = a 0 + a,coswJ, +o,cos2w,J + ...
b 1 scnw,;
c a frcquência w 0 =
*
+ b2 sen 2w,j+
+ a,cosnwJ
+
+ b, scnnw,J
é denominada frequência fundamental
c representa o componente fundamental ou a frcquência mais
baixa em que a funç~o temporal será decomposta
Oscoeficientesd 0,a,.a2.a,, .... b,,b 2.b, multiplicamasfunções sinusoidais e devem ser calculados. De fato, o trabalho de
converter um sinal periódico no tempo em uma série de Fourier
consisteemdeterminaressescocficicntes.Antesdeserealizarcm
esses cálculos. no entanto. é comum normalizar-se a frequência
para facilitar o proçcdimcnto. Dessa maneira. podem-se substituir todas as frequências% por l (dividem-se todas as frequências porl<.\,. uma vez que todas as frcquênciassão múltiplos inteirosdafrequênciafundamental).
Sinais no domfnio do tempo representando a vibração dos sistemas massa-mola (a amplitude representa a aceleração do sis-
tema)
Figura4.12
Sinaisnodo0líniodefrequênciaparaos sinaisseooidaísrepresentadosnafigura4.11.
SinaiseRuído
Figura 4.13
bos
151
Sinal senoidal cuja frequência fundamental é lO Hz. ruído branco gaussiano e resullado no domínio do tempo da adição de am-
Figura 4.14 Sinais no domínio de frequência: seno puro, ruído branco gaussiano e somatório de ambos (percebe-se que o ruído acrescentou
novasfrequênciasaosinalequccstcapresemadistorçôesconfonnesinalnodomfniodotcmpo)
152
CapÍluloQumro
Dessa forma.
f(1) "'a0 + a , cosi + a 2 cos2t + ... + a, cosm +
b,sent + b,sen2t+
+ b,senm
l'ara se detenninarem os coeficientes das séries de Fourier,
ulilizam-seaspropriedadesdeortogonalidadedasfunçõesseno
lr
lo
lo
[ <cosnt)dt"' [(senm)dt = [ (scnm)(cosm)dt =O
' r
lo
tragem de corrente, esse termo representaria a componente DC
ouvalormédiodacorrentemedida
Para se detenninar o coeficiente a 1• multiplicam-se ambos os
ladosdaequaçàoporcos(t)e integm-seo;obrcopcríodo:
l •
h
h
[ f(t)(cos(t))dt = [ a,(cos(t)dt + [ a ,(cos'(l))t/1
+!
((I _COS(I))(cos(2t))a'l
+
[ (cosmt)(senm)dt"' [ (cosmt)(cosnt)dt =
+ ... [
I
b,(sen(2t)(cos(t))(// I ...
+
+
b1(SCn(1)(COS(i))dt
+
I
b, (sen(nl))(cos(r))dt
Pcrcebe-seentretantoque.aplicando-seas propriedades de ortogonalidade, todas as parcelas no lado direito são lCm, exceto
=
[(senmt)(senm)lit"'Op;;ram#-n
,.
[(cos
1
=.;[
emquemensàointcirosdc I a "".
Para se determinar ao- integram-se ambos os lados·
,.
'"
[ j(t)dt
= [
,.
,.
a,;dt + [ (a, coss)dr + [ (a, coslt)dr + ... +
,.
,.
f(t)(cos(t))dt
Aplicando-se um procedimento simil;;r para os componentes
seno. pode-secalcularococficientc b,:
1
,.
+ [ (<•, cosm)dt + [ (b, sent)dt + [
.!•
[ /(t)(eos(l))dt = [ a ,(eos'(t)dt = a,rr ou (/ 1 =
nt)dt= [ (sc n' m)dt = rrparam=n
/(l)(scn(t)t/1 =
(b2 >.cnlt)dt
+
1
b1(sen 1 (1))dt = b11r ou b1 =
=.;[
f(l)(sen(l))dl
+ ... +[(b, senut)dt
E, procedendo-se dessa maneim. todos os coeficientes podem
serealculados.demodoque:
Scndoassim,aúnicaparceladiferentcdelcroéaprimcira:
1 1~
j(t)dt"'
a,;dt
a0
O termo a 0 representa o valor médio da
e
a,=; [ f(r)(cos(m))dt
=-i; [
j(t)dt
funç~o.
Em urna amos-
b, "';[/(l)(sen(m))dt
Exemplos-------------------------
t Determine os coef~eiootes da SF para a forma de ooda da Figura 4.1 5
1
Nesse caso. f(t} = J1 se O< t < e f{t + 2k) = f(t), kirlteiro(período T = 2).% = 1Tea SFpodesercalculada
se t<t <2
lo.
~ - ~Jt{t)dt - ~[~ + ~tOdt - ~
'
'
1
a" • -2'Jt(tXcos(nw0t))dt • -2 J<cos(rnrt))dt
+ -2 JO(cos(n1Tt))dt
• -sen(rnrt)
T0
20
2,
rnr
J
2'
1
b" =2- ' f(tXsen(nw0 t))dt = 2'
- J (sen(rnrt))dt + - J O(sen(n1Tt)}dt = -cos(rnrt)
T0
20
2,
rnr
comocos{n17)=(-1r.b = _!_(1 - (- 1}")=f,;-.nmpar
" nrr
lo.npar
I'
I'
0
0
1
• -sen(rnr)
• O
n1T
=
- 1 [cos(rnr ) - 1]
n1T
SinaiseRuído
-
-
153
-
g:o.s
of---
'-------
----,,c----,,e;;,,--:-----;',,,c-7----;,,,
;
-0.:.~:'-;,,----::;---,_,c.,,,---:::_,----:_.c;:,<,
f(S)
Flgura4.15
Sinalcomforrnadeondaquadmda
Conclu i-se então que
f(t)
=.!.+~ f .!. seo(mrl). n =
2
Tr ,=,n
2k - 1
4.16 mostra o detalhe dos primeiros componentes desse somatório
t Consklereo sinal da F~ura 4.17. Calcu le a SF desse sinal.
A
F~gu ra
Essa função é definida como f(t) =/,se O< I< 1 e f(/+ k) = f(t), k inteiro. O período T
entãocalcutaroscoefieientes:
8 =
"
~T ]t(t)í00Síl1úli)ldt = 3.1 J r(cos(2Trnl))dt =
0
= n;1r, cos(2Trn) 4
411
4n"Tr
2Trn
~seo(2Trn) - i,;;seo(O) =o
f(t) • .!._..!. f ~21Tnt)
2
1 e como w0 =
2[____!_cos(21rnt)
+ _!_seo(2Trnt)l
2
0
;Tr, OOSjO) +
=
Tr ,_1 n
~. w0
T
~
=
2Tr. Podem-se
154
CapÍluloQumro
• . • ,------~---~-------,
SOmatórioda1', 3' .5'e7"harmóllicas
-•,c----.::,,,. -------:---.,7.,--____,c-_-----ci,,,
I (S)
Figura 4.16
Somatório dos primeiros componentes da SF que compõem o sinal da onda quadrada.
•.•,----------------,
êo.s
---:,c-----:_,C,:,,-----:----.J,,.,
-o~,.'.,,-----:c-------c_,:;;,';:-,
l (s)
Figura 4.17
Sinal em forma de onda dente de serra
A Figura 4. 18 mostra o somatório dos primeiroscomjXlOOOtes da SF do sinal dente de serra
A dctenninaçilo dos coeficientes dos componentes das séries de
Fouricrpodcscrsimplificadacmalgunscasosnosquaisépossívcl
classificarasfurlÇôescornoímparesepares.Nessescasos.podemse apl icaralguma!;propricdadesemrelaçiloàsimetriadossinais.
As fun ções pa res possuem o gráfico simétrico em relação
ao eixo vcnical de modo qucfll) = j{-r). As funções 1'. cos 1
são exemplos de funções pares. A Figura 4.19 mostra uma fun \'ãopar.
SinaiseRuído
' .5 ,------~----------,
Somatório da t •. 2•.3• e4• harmOOicas
-0,5
Sinal original
11 harm00ica
_,,, __
____,,~
.• -----'c----;';
,.5,-------;,-------,;'
, ..,
l (s)
Figura 4.18
Sommório do' primeims componente' da SF <JUC compiiem o sinal da onda dente de serra
-
,_
-
-
-O~,';.,----:::;-c:c_,e;;.,---,-:,7----:_oe
,.,,----:,,--;,.,, ~c----,,.7
, ---,:-----:!,.,
l {s)
Flgura4.19
Exemplodefunçàopar.
~
Aprincipalpropriedadedafunçàoparfr(l)é:
l""
~J
.
f r(t)dl = 2 f , (t)dt
A consequênciadiretaparaocálculodasériede Fourier é
que·
<l 0
=f f
j(l)dl
*1
!1,
a. =
f(t)cos(nw 0 t)dt
0
b, = O
155
156
CapÍluloQumro
-
-
'·'
ê
o
-0,,
_, _
-
-
-l~L
.,-~-,~,,--~,-_,~,,~-o,---:
,,,o---c---,-,,<o, -c-~
,.,
l (s)
Figura 4.20
Exemplo de função ímpar.
J)ç maneira análoga, di~-sc que uma função é ímpar se o seu
gráficoforantissimétricoernrelaçãoaoeixovenical.ou
j(-1) = -j(t)
ao '"' Ü
As funções 1 c scn 1 são exemplos de funções ímpares. A Figura4.20rnostraurnafunçãofmpar.
Aprincipalcaracterísticadcumafunçãuímparé:
*r
*l
\(
(1,
=
j(I)COS(IlWof)dt, Se
/J
Ímpar
O.sen par
y;
b,
=
j(1)sen(nw 0r)d1. sen ímpar
O,scnpar
1/;(l)dt = O
"
caconscquência no cálculo dos coeficientes
é
ao= O
a,= O
b. =
*1
j(I)SC11(11W01)dl
Asfunçõesparcs resultarnernsérieserncossenus de Fourier. enquanto as funções ímpares
resultam em séries em seno de Fourier.
Existe ainda outra família de funções que
secaracterizapurpussuirmciocicloespelhadonomciocicloscguiii\C.Essasfunçõcsaprcsentam simetria em meia -onda e podem ser
relacionadas como:
~I- ~· ) =- j(t). A Fi -
gura4.2l mostraumafunçãocomsirnetriade
meia-onda. A principal conscquênciadcssa
simetria nocálculodoscoeficientesda série
de Fourier é:
o
t {s)
Figura 4.21
Exemplo de função com sime1ria ímpar de meia-onda
SinaiseRuído
Isso mostm que as funções que apresentam simetria de mciaondapossucrnapenashamtônicasímparcs.
4 4 .4.2
A integral de Fourier- - - -
157
Deve-se ob.'>crvar que. quando n = O. o coeficiente C0 assume o
mesrnovalorquea 0 • E.aindaqueparavaloresnegativosden.o
cákuloduscueficientesC. Ievaaumesmoresultadodeparan
positivo. Isso possibilita descrever as equações gerais em forma
mais reduzida:
A integral de Fourier é uma extensão das séries de Fourier. Sabc-sequcumaséricdc Fouricrpodcrcprescntarapenasfunções
periódicas no tempo. Assim. pode-se analisar um pulso de dura ção finita periódico com urna frequência
f = ~- em que Téo
período. Esse sinal pode ser representado por f(t +
nn. sendo
f(t) = f(r + nn
paraqualqucr11inteiro.
Umarcprescntaçãogcnéricadcumafunçãoatravésdaséric
de Fourier pode ser·
e.comovimosnascçãoantcrior.
a0 = ~Jj(t)dt
2r.
11
w 0 t)dt
I
,'
b, = y j(t)(sen n w t )dr
e;."' +e-'"""
2
ei-.1 - e· i-.~
2j
"'[ ['·~ .,-•••] ['- _,--]]
- -- - + b, - --j 2
2
+ ~[C.e-""' +C;e--""'-']
em que os coeficientes:
~jb. e
c: = a, ~jb, .
{r,-·
Substilllindo.temos·
, - - 4- ,-·~- J ' 1·r,,-·~ J},
c. -- T' f/('
-4-j C, = + [ f(t)e -"""dt c
[
.
1 e '"""
"'-21 f' e"'"' dt + -21 'foe
"'" dt = - - ,
2 - jn7T
"
0
l
i
-2
, ->•
I
jn1r =
-;;;;·n ímpar
O.n JXlr
Escrevendo o
j(t) = !
e reduzi-lo para
C. = a,
=
"
pode-se concluir que o termo 0C é Co =
,
podemos reescrever o somatório:
f(t) = a0
C,e_.._
Pam o termo c<J tem-se uma indeterminação. mas por ins)JC\ào
= - -- -
sennw,t = - -.-
f(t)=~ +· ~a.
C
0
Sabendo ainda que as funções seno c cosseno podem ser rcpresentadasporsuaformacornplexa
COSI!w 0t
!
1
da Figura4.15. Lembrando que f(t)=ji.O < t < T = 2.
lo.l < t < 2
Wo = -rr,tcm-sc·
wo=r
,'
a, = ~ [ /(l)(cos
AséricdeFouricrcomplexadacquaçãof(t) =
expressa urna função periódica no tempo corno u"n~;·sorna de
exponenciais positivasenegativas.As harmônicas sinusoidais
nasséricssiiocompostasdcparesdetermospositivosenegativos
para cada frequência. A amplitude de uma hamtônica é o dobro
da amplitude de cada um dos termos exponenciais correspondentes, ou seja, o dobro da amplitude de C,. A fase é o ângulo
de C•.
Como exemplo da série de Fourier complexa. considere o si nal
c;= ~ [ j(l)ei-.~Jt
resultado em
~.
terntos de
uma série
C. e"""-' .temos:
f(t) = .
Combinnndo-se os pares positivos e negntivos dos exponenciais.
pode-se reescrever a expressão para funções sinusoidais:
j(l) =
1
2
2
2 + ;sen(r.t) + };sen(J-rrr) + ..
As Figur..ts 4.22(a) e 4.22(b) mostram o gráfico da amplitude
e da fasedoscocficientcsC, em rclaçãoàfrequêncianormalizadawlw,.
Podc-scobscrvarqueasériecomplexadeFourierreprcsenta os eventos repetitivos sobre um período definido. tal como
apresentnmos na seção anterior. A única diferença é que foi
definido um novo parâmetro. As séries de Fourie r. representadas em forma complexa ou não. podem representar as harmônicas de qualquer sinal periódico em função de uma frequência
fundamental
158
CapÍluloQumro
Considerando-se o sinal da Figura 4.23 e çalculando-sc os
cocficientesdasériecomplexa.tern-se·
caséricdcFouricr:
/ (1) =
.t~~-
Fazendo o período tender a infinito. temos:
w0 = *-l!.w ----> dw
nl!.w---->w
Obtém-se então a transformada direta de Fourier. a qual é defi nidaçomo
scndoT ~ ~w,
Se, em vez de um sinal pcriódko. for levada em çonta uma
função qualquer. tal como um pulso isolado. é necessário
abstraíre fazer com que uma nova função periódica desses
pulsos tenha um pcríodoquctcndaainfinito.Essaabstraçào
tem por objetivo apenas definir uma função. a qual pode ser
submctidaàanálisedc Fou rier.Açonscquênciadirctaéquc
afrcquênciafundamcntaltcndcaum valorpróximodczcro
Em outras palavras. faz-se a função repetirem
um período muito grande. c sua s harmônkas
tendem a ser nào mais definidas por um n. mas
cont(nuas.dandoorigemaumespectrodefrequênçws.
Scaplicarmosoraciocíniodcscritonosinalda
Figum 4.23 e incrementarmos o período. a conscquênçiadirctaéodcncmcntodafrcquênciafundamcntal w 0 =
'7-:
~
e as linhas no cspeçtro tor-
nam-sccadavczmaispróximascaamplitudcdas
harmônicastcndcazcro.Obscr"cquc.nassérics
de Fourier. as harmônicas são finitas c têm uma
JXltênciafinitaassociada.QuandoT ...,.«>,asharmônicas tcndernaaprcscntarumaamplitudceurna
JX!tênçiaassociadazcro. Entrctanto.essasharmônicascontinuamarcprescntarumaquantidadefinitadeenergia
ScmultiplkarmosopcríodoTpclosçocfiçicntes.
obtemosofasorquercprescntaafunçãodistribuição
F(tu•-IJ) = T · C,. No resultado obtido da Figura 4.23
_.. -
F(nw 0 ) - fC. -ô
/(1 ) =
__!_ J•
2rr _,
F(w)eJM dw
'·'
'·'
0,3
~
<CQ,2
,,,
Frequ êncianormalizada w/w0
~+··
%1
nwo'Y:;
Seessafunçãoforplotadaemfunçãodafrequência.tcm-seográficoda Figura4.24.
Ncssafigura!Xldc-scobscrvarquc.umavczquc
operiodo tende a infinito. os JXl!1lOs de frequências
amostr.tdos fiçam mais próximos e no limite çonstitucmumcspectrocontínuodcfrcquências
Levando-sccrnconsidcraçãoodcscnvolvirncnto
anterior. ofasorfunçào distribuição F(tu•-IJ)édesçrito:
F(nw0 ) = CJ =
eatmnsformadade Fourier inversa:
1,
1
~
(f
Frequêncianormalizada w/w0
o+-4-.-~-.-+-.-,-,,-,-.-~
(O)
f (l)e -;..v dt
-y,
Figura 4.22
(a) Amplitude e (b) fase de
c. p;~ra a ''ariaçâo da frequência w.
SinaiseRuído
159
"''
Figura 4.23
Pulsopcriódicocomlargura.S
(o)
Figura 4.24
Função F(l!w,,)
Aplkando a transformada de Fourier ao pulso da Figura 4.25.
\"l'Wl.,
w.
c o que anterionncnte era definido por um somatório agora pode
serdefi nidoporuma in tegral·
f(t) =
J~ 2 sen(w1TI2) dwe ;...
_
1
2w1T
Interpretando essa equação. pode-se dizer que os pares e:~:ponen­
daiscombinam-se para formareossenosquc,entreos limites
e
estão em fase e somam-se para formar o pulso. ao
"li ô;i.
160
Capi1uloQuatro
são ou corrcntcft.t). Dessa forma, a potência di ssipada pelo resistor scrá/'i,w). Integrando-se essa potênçia no tempo. obtém-se
a energia total fornecida porftt)aoresistor
,,
Substituindo-se a funçãojl{l) por ft.l)/(1) c aiTKia substituindo-se
uma das fi. I) pelo se u equivalente da transfom1ada in\·ersa de
Fourier
~0,6
/(1) "'"'
o-o~, -o,8 -o,6
-a.•
-0.2
Flgura4.25
o
0.2
o,•
o.6
o.8
__!_ ·J- F(w)ei""dw
2:~r _.
,
f>ulwfmito
Ma11ipulando essa equação,
passo que. fora desses lirnilCs,osco rnponentesestiloforade faseesuasomaresultaem7.ero.
A tran sformada direta de Fourier fomcçe informações sobre
os componemes (ou hannônicas) de frequência de um pulso não
periódico e a transfonnada inversa de Fourierexpn:ss.a uma fullção no tempo como uma sorna infinita de hannônieas infinitesimais. Na pr.jtica. a tr.msformada direta de Fourier é mais impor-tante que a transfomtada inversa. e F(w). por ser uma função
composta de scoos e cossenos. representa um fasor. podendo ser
representado por uma parte complexa e outm rea l. ou. como geralmente é expresso. em uma amplitude c uma fase. Deve-se.
entretanto. observar que a amplitude da transformada de Fourier
não fomeçe uma unidade direta da amplitude (e m unidades usuais) para qualquer frcquência. como no caso da sé rie de Fourier.
Apesar de a forma do espec tro de F(w)de um sinal de um pulso
de tensão ser ~e melhante à resposta obtida com as séries de Fourier. o IF(w)l apresenta co mo un idade ''volts por unidade de frcquência". Util izando a identidade de Euler, podemos escrever:
F(w)- J /(t)coswtdl + j J j(t)senwtdr = A(w)+ jB(w)
IF(w ~ = -J Al (w) + H 2 (w)-~
,P(w) - lnn
1
B(w)_
A (w )
em que IF(w)l c !/l(w) representam. re~pectivnmcntc, o módulo
e a fase da tmnsfonnada de Fourier. Pode-se observar que tamo
A(w) como IF(w)l são funções pares, erKJuanto /J(w) c <fl(w) são
ftmções ímpares. Ao substituirmos w por -w. ela fornece o conjugado de F(w) e. assim.
F( - w) = A(w) + j B(w) "' F*(w)
e. desse modo.
f'(w) f'( - w) • f'(w) f -.(w) • A 1(w) + Hl(w) = IF(w}l1,
Para explicar o significado ffsicoda tran sfonnada de Fourier.
pode-se uti lizar o exemplo de um resistor de I O com uma ten -
urn~r
vez que fi./)
n~u
é função de w.
Desloca-scF(w)paraforada integral imcrna. ea imcgral interna toma-se F( - w):
IV,., = ,';; ~ F(wH ,~ /0)</}w =,';;f. F(w)F(-w)dw =
=i;ff(w~2dw
c. finalmente,
Essa equação é conhecida corno o ll'(Jrt•ma de Parsna l c
moslra que a energia pode ser obtida pela intcgro~çào tanto dafi.t)
t:omo de F(w). Esse teorema t:nnbétn ajuda a entender o verdadeiro significado da transformad:r de Fourier. Uma vez que a
parceladaesquerdarepresc ntacnergia. IF(w) jl rcprcscntaa dell·
sidade de energia uuenergiaporunidadedefrequência.Quandoadcnsidade de energia é integruda ou é feita uma soma de
IF(w)il· l).w sobre todo o espectro de frcquênci(rs, tem-se a energia entregue ao resistor de i O (no exemplo utili zado).
-FFT---------I 4.4.3
Transformada rápida de Fourier
Ames de apresentar o conceilo da FFT. é necessário introduzir
alguns concei tos relacionados a sinais di scretos que. por defini ção, são si nais descontínuos no tempo. Sendo assim. o conceito
de FFT de\·e se r descri to por uma função que assume \"lllores
apenas em pontos definidos na escala do tempo. co•oo ilustra a
Figura4.26.
Sinuise Rufdo
16 1
'·'
Considerando .f[n) uma sequência periódica com período N. tem-se .i[11] = .if11 + rN]
para qualquer r inteiro. Assim como IIQ tempo
continuo. essa função pode ser representada
0,8
harmônicas JXI(Iem ser rcprcs.::ntadas por ex ponenciaiscomplexas:
pelasomadostermosdasamplitudcsdashar-
mônicasdafrequênciafundamcntai~.Essas
l',[r•] =
0,8
ei''-'·~
=
t' 1[ 11
+ rN[
sendo k um inteiro. Obscr.'C que
o.•
0,2
_.,,L,_-~-----,;,-----,~,-----,;;c------;;;--,/,,.
assume
taçi\odasériede Fourier tem a seguinte for-
.f[n[
Figura 4.26
Sinul discre1o.
Um s istema discreto no tempo pode ser definido maternaticameme como um operador que mapeia uma sequência de entruda .t(l!] em uma sequência de S<Jída y( n]. É imponame esclan:cerqueasoperuçõesquescràovistasncsta seção se aplicam
npenasasistcmaslineareseinvatiames notempo.
Sistcmlls lineares:diz-se queossistcrnas silo linenresseoprindpiodasuperposiçãodeefcitosscaplica:
T(.t ,(n]
l',
valores idênticos para \'aloll!s dekscparndos
por N. A Figura 4.29 lllOStra uma sequência
periódica çom N = 10.
Nesse exemplo observa-se que l'0[1r] =
e~·[ll[, e 1[11] = e ,v+ 1[11[, ...• r, [11[ =e, , 1 ~ [11].
sc ndo f umirnei ro.Assirnscndo.arcprcscn-
+ xl]111l = T(x 1[11ll +
T(x1[11[]
=i ~ X(klt ~'·"•)o.
Obseroe que no tempo continuo gcr.tlmente
são necessárias infinims harmônicas para descrever o sinaL No tempo discreto para um sinal 00111 frtquência
J1v
sãonecessáriasapcnasNexponcnciaisoomplexas.Assim.pode-se
= y 1[11] + y,[n]
T(tu(nll = aT{.t(nll • tl)"[ll)
sendoTumoperudOI" matemáticoeauma constantcarbitrátia.
Sistetna.~ im•a riantt'S no te mpo: sistemas para
os quais um atruso, ou tlelay. ou deslocamento
na escala do tempo da sequência de emrada necessatiamentecausaummmsooudeslocamentonaesca ladotempodasequênciade safda:
1 ,5·~~-~~~~-~~-~-~~-----,
.r[n - t10 ( ~}"(11-11 0 ]
A representação das amostra~ de um s inal di scrctoéfeitapclaunidadedeamostrugem.aqual
gemlmente é indicada pelos autores corno 1){11],
o mesmo s Cmbolo do delta de Kroncd:cr. O dcl tadeKroneckcrtemseusvaloresdefinidosem:
O.S
l(n]= f o.sen#O
1J.scn--O
e pode ser observado na Figur.a 4.27.
Dessa rnanciru. uma sequência (por exemplo.
Figuru 4.28) pode ser escrita de fonm1 ge1~rica·
.r[n]=.~~tlkloS[•I - k].
~I
-{),8
-<l.6
-{).4
Figura 4.27
-{),2
0,2
0,4
0,6
Unidade de amostr.1gem (impulso)
0,6
162
CapítuloQuatro
'·'
0,8
0,6
o.•
o,,
-O,~\;------i;---;----7,;---;,----<;;----,,_------,!30
Figura 4.28
um ~inal
0 0 0 00
E~cmplodeurna !ll.'quêncian:prcsemando
~mostmdo
no tempo
00000
012345tl781l10
Figura 4.29
l'unçnoCQm perlodoN • 10.
crnqucX[n]rcprcscntaascqoênciadoscocficicntcsdaséricdc
Fourier. Observe que se optou por manter o tcnno
fora da
YN
definição de X[n]. mas n~ouadefiniçàodc .i1n).
Assim corno no tem (XI contCnuo. pode-se explorar as propriedades de ortogonalidade das funções cxpone nci~is cornplexa5
(funçõessinusoidais)e deduzirqueoscocficientesdassériesde
Fourier podem ser escritos a5sim:
Deve-se observar que i[k] é periódica ou ilk l =
pamqualqucrkinteiro.Asequações
XtN +k]
Xtk) "" ~X[nlc·'<l•'"'lo
xtn J= _!_ r
."rk)t'iU·'"'lo
N l•O
são conhecidas como as séries de Fourier discreta. de anál ise e
de síntese. respectivamente.
Considere a scquência da Figuro 4.29. em que o período N =
JO_ Obscrwquc i(nl • O parnrr > 4. Pode-secntãocalcularos
coeficientesdasériedeFourier:
Sinuis e Ru fdo
(b)
A Figuro 4.30 moslrn a forma da amplitude e da fa.'iC dos coefi-
dcmes d.1 série de Fourier da scquênda mostrada na Figura 4.29
Tra nsro rmad a d isc reta d e Fou r ier: considera-se uma sequência finita com um total de N amostrJs. se ndo que x[n] = O fora
da fa i xa O s rr s N - I. Em muitos casos ainda se consideram
N amostra s. mes mo que a sequência corucnha M amostras com
M S N.Ncssescasos,bastafazcramnplitudc igualazcroquando M s N. A c ada scquência finita com N amostras pode -se associarumasequência periódica .i!rr] :
.i'[nJ -
.t~x[rt +rN[
Figura 4.30 (a) Amplitude e (b) fase dos cocticie nt es da série
deFouricrdeu masequênciapcriódicaquadmd ncom N "' IO.
diferentes valores de r. Assim. a sequência finitaxl n l ~obt ida da
sequência peri6dica .ltnl extraindo-se apenas um período.
Como definimos anterionnente. a sequência dos ooeficientes
da série de Fouricrdiscreta X!k[ da sequência periódica .i[11] f
uma scquência periódica com período N. Co m o propósito de
manter a dualidade enlre os domínios do tempo e de frcquência.
pode -se escolher que os coeficien tes de Fourier que são associadosa umascquê nciadeduraçàofinita serãournascquênciadc
duração finita correspondendo a um período de X]k ]. Essa sequência de duração finita X[k] é denominada trJnsfonnada discreta de Fourier (T FD ).
X(k J=
Assim. a sequência finita .ti>~\ pode ser definida conl<r
(X[11]. seO:s: k s
N
- I
O. se k2 N - I
x[n]= ( -ftn]. seO S rt :S: N
O. se ~~~N - 1
1
Os tennos
Os coeficientes da Série Discreta de Fourier (SFD)de .i·[n] são
:tmostras espaçadas na frequência por
~
da transformada de
Fourierdc .r[rr]. Uma vez que se supõe que:c\n ] tem comprimentolinito N.nãocxi~tcsupcrposiçãodos tcmlOSX[II
+ rN]paraos
163
X[I.:J
e .i[ I!] são relacionados por:
X[k] "' ~.l [ nle ·i(l.tNl'"
.l[ nJ = _!_ I; Xtkle.t!2~,. . ,••
N , =O
164
CapítuloQuatro
Uma vez que essas duas equações envolvem apenas o intervalo
emre zero e N - 1. pode-se escrever:
X[k] ~
!
L. -I'[IIIe
o•O
11'-'~~"1'• . se O ~ k ~ N - 1
ra 4.32 mostra urna função periódica que pode se r tornada parao cálculo.
Se considerdrmos a s<:q uência periódica da Figura 4.32(a).
O. se k :õ! N - 1
Geralmemeasequaçõcsdeanálisee desíntesesàoescritas.respectivamentc.como:
Xl kl - ~ -tlll le i<I•IN)'"
.<l"i " _I_ I xlki<''"''""
N ,.o
Ass im como a SFD. a Transformada DiscreTa de Fourier (TFD)
e. assim. X = N quandok forO. ~ N. ~ 2N. ± 3N... e i= O
nos demais casos.
Esse res ultado pode ser observado na Figura 4.33.
Apesar dcsuafomlaparecersirnples.de\·e-seobscrvar qu ea
Figura 4.33 é parecida com a da TF continu a. definida em apenas
al guns valores de frt.•quência. Se. em vez da TO F. fosse cal culada a SFD. o pico que aparece em K • O se repetiria em K = 5.
K = 10..... uma vczqueoperíodoN .. 5.
Se for calculada a TFD d:1 Figurd 4.32(b). o resultado será o
mesmo obtido no exemplo da SFD mostmdo nas Figu ras 4.J<xa)
para aatnpli1Ude c 4.30(b) pura a fnsc. A únic~ diferença é que
a TDF ~prcsent~ 11111 único pcrfodo. Sendo a~s im,
é igualmente urna amostragem da transfo rmada de Fourier
periódica. c. se a eq ua ção de sínt ese da TFD for analisada
fora do inTervalo O :S 11 :S N - l. o res ultado não se rá zero.
mas uma ex tensão periódica de x[11j. A periodicidade es tará
sempre presente. c ignorar por completo esse faTo pode gerar
muitos problemas. A definição da TFD ape nas reconhece que
a região de in teresse nos valores de .r[11 j se enco ntrd no interva lo O .S 11 .S N - l . porque .tjrr] é realmente zero fora desse
in tervalo c sóes1anros interessados nos valores de X]k] no
inten·alo de O .s k :s N - I. porque é desses va lores que precisamos.
Como exemplo. considere a sequl!ncia da Figura 4.3 1. Essa
seq uência é na verdade a funçào pulsoamostrada no tempo. O
primeiro passo a ser tomado é determinar a fu nção periódica.
da qual cada perfodo comérn a seq uência de interesse. A Figu-
A TFD da função periódica da Figurn 4.32(b) pode ser vista na
Figura4.34.
'lllllllllllllll
o
Figura 4.31
trada
Sequt'ocia finita que: representa a função pulso amos-
2
•
e
e
to
t2
(a)
Figura 4.32 Sequi!ncias periódicas que: podem reprnentara scquência finita p«<JJISia a cada perfodo C(ltn (a) N • 5 e (b) N • 10.
SinaiseRuído
165
Porsuavcz.atmnsformadadcFourierdcumascquênciapode ser representada por
x[n] = _!_
J~ X(ei.. )e"" dw.
21T __
em que
do mesmo modo que no tempo contínuo se pode definir módulo
efasedatransformadadeFourier:
1
K
Figura 4.33 Til) da sequênçia finita da Figur.l4.3!. utih7.andoN = 5
sendo X(eJ<o ) o módulo c e' LXI•,..I afasc.
A transfonnnda de Fourier é periódica. com período 21T. De
foto X(ei"') é uma fun'fàO periódica de uma variável .:ontínua e
tem a forma de uma série de Fourier. A equação que expressa a
sequênciadevaloresx[n[emtennosdafunçãoperiódicaX(ei"')
tem a forma da integr.ll que seria utilizada para se determinarem
os coeficientes da série de Fourier. A representação de funções
periódicnsdevari:ivelcontínuaearepresentaç5odatransforrnada de Fourier de sinais discretos no tempo é. portanto, equivalente
A questão da dctenninaçi"io da classe de sinais que podem ser
representados por essas funções é equivalente a considerar a
com•ergênciadeumasoma infinita. De fato. umacondiçãosuficienteparaaconvcrgênciaé·
IX(,~j ~ l.t.'l"k-~1
IX1''"1' ~}H' -I ~ I X<e• j' ~}H <~
10
12
1.(
16
111
(•)
Desse mudo. scx[u[ é absolutamente somávcl, então X(ei"') existe. Ncssccaso,aséricconvcrgiráparaumafunçãocontínuade
w. Urna vez que uma sequência estável é, por definição. absolutamente somávcl. toda sequência estável tem tr.msformada de
Fourier.
O fato de a TFD ser idêntica a amostras da transfomwda de
Fourier em frcquências igualmente espaçadas faz com que o
cálculo de uma TFD de N amostras corrcsponda ao cálculo de
N amostms da transformada de Fourier em N frequências igualmente espaçadas por w , =
(b}
Figura4.34 1l'!)dascquênçiafmitadaFigurd43! . utili•andoN= 10:
(a)
ampli tude e (b) fase.
~-
Uma vez que a TFD pode ser
cxplicitamcntecalculada,eaplicadaàmaioriadossistcmasrcais
(e consequentemente finitos). ela tem um pnpel importantíssimo
no processamento de sinais. incluindo filtr.1gem c análise espectral
Em aplicações baseadas na avaliação explícita da transformada de Fourier. o que se deseja. em condições ideais, é a transformada de Fourier: entretanto. é a TFD que pode ser calculada
por meio de algoritmos otimizados. definidos como FFT (Fasl
Fm1rier Transform). Existem diferentes algoritmos. que podem
scrcncontradosemvastalitcraturaarespeitodoassunto.
As inconsistências entre as amostragens finitas requeridas
pela TFD c a realidade de sinais indefinidamente longos podem
166
Capi1uloQuatro
ser solucionadas aproxim~1damente atm,"éS de conceitos de proeessamentodigitaldcsinais
• 4.5 Fundamentos sobre Ruído e
Técnicas de Minimização, - - - - Os si nai s podem ser classificados corno si nais d e t nergia e s i·
nais d e pottl ncia. Os sinais de energia são os que possuem potência média igual a zero como. por exemplo. os sinais tran sitórios. Os sina is de potência são os que possuem e nergia infinita.
porém com urna potência média finita. tendo como exemplos os
ruídos e os s inais periódicos.
Associados aos sinais silo definidas duas impor1antes grandezas: uma parJ ~inais de energia. a d c nsid:~de espcctml de
encrg ia.coutrapara ossinaisde potência. a d e nsid ad e espectra l d e pot ência S, (w). Os ruídos sUo si nai s de potência aleatórios, c por isso abord:trernos o est udo da dcusidadc espectral de
potência.
A fun\'ão dcnsid;tdc c~pectral de potênciaS, (w) ou S, (j) de
um sinal x (t) define a densidade de potência por unidade de
lxlnda em funçnoda fl\!qllêneia (potênci(t média por un idade de
lxluda) desse si n11l. A sua unidade é wau por radiano por segundo (W/rad/s) ou wau por her1z (WfHz). A soma dos produtos
(slla integral) de redliZidas bandas pe las amplitudes correspondemcs fornece a potência média do sinal.
Se um sinal com densidade espectral de potênciaS, (w) é
aplicado a llm siste ma linear. in"ariante no tempo(amplificador
01.1 filtro. por exemplo), com resposta em frcquência H (w). a
densidade espectral de potência na safda do sistema é dada
'''"
S, (w) = S, (w)H(w) ' .
Essa propriedade pode ser usada para dois impor1antcs fins:
Determinação da magnitude da resposta em frequência H (w)
de um sistema linear e in\~Jriante qualqucr.dcsdequeseconheçaS , (w) (de um ruído brJnco. porexernplo)e se meçaS,
(w)
ii. Dctenninação da densidade espectra l S, (w) de um sinal.
desdequeseconhcçaarnagni wdcdarcspostacmfreqllência
H(w)esc meçaS,(w).
A função densidade espec tnrl de potênciaS, (w) também é
normalnrerrteexpressa nasunidadc s A/í:;z c V/í:;z: sendo assim. também é defin ida como potência média por unidade de
lxlndaern unrrcsistOrde I n . lssosede\'eaofatodcquea lgllnS
sinais de ruído se apresentam rm nature1.a sob a fom1a de correntes ou tensões. Como para um resis10r de 1 O os "alorcs efi cazes de tensão e de correme são a raiz qlladrada positi"a da
potência média. os ruídos também são aprcscmados na forma de
\'alor m1s de corrente ou valor m1s de tensão por raiz de Hertz..
nas unidades
1JHl
e
JI.JHZ·
respectivamente.
Considere um sinal ;r (1) com uma densidade espectral S. (/)
aplicado em lllll filtro passa-faixa de banda estrei ta !!f. com frequência central f.. Considerando também QliC a resposta (dentro
da lxlnda do filtro) em magnitude do filtro é unitária tem-se:
S, (j) a S, (/)
Esse \'alor é tanto mais bem aprox imado quanto menor for a
banda.ForadalxlndaS, (j) '"' O.
A potência média 1•. pode eruão ser aproximada por:
P,
6!!"
2 X S, (/.) X !!f e assim
S,{J. )
:r -fk;
Corno /!fé conhecida e P, pode ser medida. essa úllirna equação
serve de base: para a medida da densidade espectral de potência
de um sinal. Variando-se /.. é possfvel medir a densidade espectral de potência de um sinal qualquer. aplicado na entrada do
filtro.ernurnadetenninadabandadefrcqllênciadcimcresse.
Ruído é todo sinal indesejado qlle interfere em uma medida.
limitando assim a exati dilo do siste ma de instrun~eruação. Esses
sinais podem ter origem no próprio circui to de medição c na
transmissãodosinalapontosl\!rnotos.
Gcnericarneme,ruidossàoquaisquersinaisquetêmacapacidadedereduzirainteligibilidndedeurJrainforrnaçllodesorn.
imagem ou dados. Não fossem os ruídos. mn s iual desejado poderia ser amplificado por uma cnsc:tta de mnplificadores cfou
fillros de alto ganho, c. cnt~o. informações de reduzidíssima
energia poderiam ser detectadas sem problema. Acontt."Ce qlle.
quandoarnplilicarnosurnsinal.orufdoétarnbénramplificado
Umdosobjctivosdeumprojetodeinstrurnentaçãoéaredução dos nÍ\'eis de ruído induziOO e transmi tido. apesar de não ser
possívcleliminá-locompletarnentc.
No em amo. os ruídos também têm seu lado útil. pois. devido
à sua riqueza espectral. alguns ti pos de rufdos servem de fonte
paraasíntesedafala.deinúmerossonsdanmurez.aedcSOilsde
instrumentos muskais. Além disso. sào úteis para a cali brnção
decqllipamentoseletrõnicos.como sinais dercste.enasrnedidas
das caracteristkas de filtros, amplificadores. sistemas de áud io
eletroacústicos e 01.1tros sistemas. Os ruídos não possuem uma
expressão mmemática rro tempo que os defina. não podendo ser
preditos no tempo. nem mesmo depois de detectados. exceto em
ca.o;os como o ruído de interferência de 60 1-lz.
Em qualqller sistema de instrumentação ex iste m dois fmores
domiuantesquelimitarnodcsempenho·
t Ruído aditi\'O: gerado pelos dispositi\'OS eletrônicos que são
utilizadosparJfi hrar eump lificarossinais:
t Atemtaçilo do si na l: é a redução da amplitude do sinal em
funçilodasperdasgerad;tsrrornciodetr.msmissilo-rcccpção.
dcixando-ornai s\'u lnerá\'el:torufdoaditi\'o.Aatcnuaçllodo
sinal pode se r contornada pela utili zação de um amplificador
queaumcntao se uní\'eldeenergiadur.m teatm nsmissão.
Porém. o amplificador introduzir:! rufdo aditivo. podendo corromper o sinal. que deve ser lc"ado em consi deração durante
o projeto do sistema de instrumentação. A área da c iência que
estuda a habilidade de um sistema e letrôn ico operar corretamente em um ambiente elerrornagrtétioo e a possibilidade de
esse siste ma operar como uma fon te de interferênc ia se chama compa tibilida d e t le lrom agnéliea. ou simplesmen te de
EMC.
t 4.5.1
Caracterização do ruído - - -
O ruído é um sinal purJmell!e aleatório. por1anto scll valor instantâneo não pode ser dctem1inado em qllalquer mome111o. O
SinaiseRuído
Exemplo de equipamento eletrônico sujeito a uma varicdadedcfontesderuídoeletrornagnético.
Figura 4.35
ruído pode ser gerado internamente em função do uso dos componentes passivos e ativos. ou ainda pode ser sobreposto ao circuito por fontes externas. como. por exemplo linhas de energia
elétrica. motores elétricos. sistemas de ignição. sistemas de comunicação etc .• como excmplifkado no esboço da Figura 4.35
Ponanto.obomdesenvolvimentodeumsisternadeinstrurnentação deve ser projetado para garantir a compatibilidade com o
ambiente de utilização.
Vários são os tipos de ruídos. e várias são as formas de classificá-los. Aqui. ser.lo classificados de duas formas: quamo à sua
dcnsidadecspcctraldcpotênciacquantoàsuaorigcrn
Primeiramente. como mostra a Tabela 4.1. os ru(dos. quanto
à forma da densidade espectral de potência (DEP). ou conforme
a energia se distribui no espectro. podem scrdassificadoscrn
cinco grandes gn.rpos: amplitude constante. proporcional
proporcional a
}jl• proporcional a }jl.'
Yt·
c forma irregular.
A Tabela 4.1 mostra a classificação dos principacis tipos de
ruídos quanto à fomwdadensidadesespectraldcpotência.ern
que os nomes genéricos são dados na forma de cores. Algumas
referências ainda ci tam os ruídos: azul (com o DEl' proporcional
Tabela 4.1
Formada densidade
espeetratdepoténeia
s, (!) =
7·
Onomeruídorosa vemtambémdcumaanalogia
com o espectro luminoso. A luz vermelha possui a mais baixa
frcquênciadocspectrovisívcl.eoruídorosatem mais energia
nasbaixasfrequências. Esscti]X)dcruídoécomurncntccncontrado na natureza. É chamado por muitos nomes: ruído
Yt·
Tipos de ruído quanto a suas cores
Nome genérico
167
a/). violeta (com o DEP proporcional af 1) além de ruídos galácticos(l/fH) eatrnosféricos(formairregular)
Como as fontes de ruído possuem amplitudes que variam
aleatoriamente com o tempo. o;;omentc podem ser especificadas
]X)ralgurnafunçãodensidadedeprobabilidade.comoagaussiana. que é a mais comum. ou então por funções de autocorrelação
A funç5ode autocorrclaç5oalgumas vezes é usada para di ferenciar uma informação desejada (som. imagem ou dados) de
um ruído. Por exemplo. a amostra de um sinal de fala ou imagem
égntndernentecorrclacionadacomurnaarnostntanterior.Corno
issonãoacomccecomosruídos.cssacaracterísticaégeralmcntcusadaparatcntarcliminá-los.Atransformadadc Fourier da
funçâodeautocorrclaçâoéafunçãodensidadeespectntl depotência.
O ruído branco é por definição aquele que tem a sua potênciadistribuídauniforrnernentenoespectrodefrequência.ouseja. S., (j) = N., é uma constante. O nome ruído branco vem da
analogiacomoespectroeletrornagnéticonafaixadeluz.A luz
bmnca contém todas as frequências do espectro visível.
Os ruídos bmnco e rosa. os mais importantes encontrados na
natureza. têm a propriedade de serem ruídos com distribuição
gaussiana. com valor médio nulo (ruídos com outros ti]X>sde
distribuiçãosãoproduzidosanifrcialmcnte)
Podesermostrado.paraprocessosergódicos.' cornoéocaso.
que o desvio padrão é o valor elicaz da tensão de ruído. V,......
Assim sendo. o valor eficaz da tensão de ruído pode ser estimadocornoovalorpicoapicodatensãoderu(do(desprezandoos
picos com poucas probabilidade;; de ocorrência) dividido por 6
A Figum 4.36 mostra um exemplo de ruído branco no tempo. O
ruído térmico (therma/noise) e o ruído de disparo ou qu~ntico
(shot noise). descritos a seguir. são gcr.dmentc aproximados por
ruídobrancocaprcsentamdistribuiçõesgaussianas
Uma das aplicaçõesdoruídobrancoconsiste na síntese de
sinais de fala. O aparelho fonador humano é um complexo gerador de sons que pode ser modelado por um gerador de pulsos
cornfrequênciaearnplitudecontroláveis(paraagentçãodevogais. por exemplo) c por um gerador de ruído branco (para a
geração de foncrnascornoo/f/co/s!. por exemplo). mais um
banco de filtros.
Oruídorosaé.pordcfinição.aquclccujadcnsidadccspectral
de potência é proporcional ao inverso da frequência. na fonna
Exemptode
ro ido
Ruídorosaouruído
colorido
n.rídodcbaixa frequência. n.rídodccontato. ruído de excesso.
ruídodesemicondutor.ruídodecorrcnteeruídojlicker. Eleaparece em diodos. transistores em geral. rcsistores de composição
de carbono. microfones de carOOno em contatos de chaves e relés etc. Corno comentado anterionnente. os ruídos rosa têm a
Popcom
1Umpr<XeS'"-' alcalório é dilo crgódicoquandosuaspropricdao.lcs cSialiSIÍcas
podcm sero.lc1Crminadasal"'nirdcumaamoslr•doprocesso
168
Capfwlo Quatro
Figura 4.36
Ruído braoco gaussiano e sua distribuição gaussiana de energia (2500 amostrns c dovio padrão u igual a 1.0).
propriedndc de serem ruídos com distribuição gaussiana. Dentre
todos os rufdos. o ruído rosa é o que mnis tem rcla'ião com os
sons da natureza. Se convenientemente equalizado. pode ser usa~
do para gerar sons de chuva. cachoeira. vento, rio caudaloso e
outros sons naturais.
O rufdo vcnnclho é assim denominado por ana logia com a
luz vemtclha visfvel. que está na extremidade inferior do especU"O de luz \'Ísh·c:L O ruído vermelho/marrom apresenta uma densidadeespectraldepotêndaproporcionalaoinvcrsodoquadra-
do da frequência. na fom1a
)j'.
Oruídobursreavalanche.apresemadosascguir.scaproximam das características do ruído vermelho/marrom. porém são
mais bem definidos como ruído rosa onde as caracterfsticas em
frcquência são deslocadas para as menores frcquênc ias possí\'eis.
·npos de ruído: todo circui to elétri co ou eletrônico é innuenciado por acoplantcntos capaci ti\·os e indutivos pro,·enicntes de
cabos de alintcmação ou por radiação eletromagnética ionizante
e não ioni1.ame. Como exemplos. a rede de alintcntação de 60
Hz,pulsosdcaltasfrequências.aparelhoseletrodomésticosdi\'ersos. telefones celulares, si nais de rádio ou de fonnas de ondas
erráticas conhecidas normalmente por estática. Existem quatro
form~ts mlsicas ou mecanismos pelos quais o rufdo aparece:
Ruído tr:1n.~m itido : recebido com o sinal original (às vezes gemdodemrodoprópriotr;msdutursensor).e tlàoh~comodisti n­
guirumdooutro:
Ruído intrfnseco ou i11erente: originado demro dos d ispositi\'OS
que constituem o circuito. Os ruídos intrínsecos ou inerentes
estiloprescntes namaioriadoscomponenteseletrõnicoo.passivos
e ati,·os. gerados por elementos de circuito. tai s como: resistores.
diodos. tr.msistores bipolares. transistores de efe ito de campo
(isso scr.i detalhado neste capítulo). Eles não podem ser completamente eliminados. mas podem ter seus efeitos reduzidos
por um projeto npropriado dos compo nentes e dos sistcmns.
Em 1928. Johnson demonstrou que o rufdo elétrico era um
problema significativo para os engenheiros que projetavam amplificadores muito sensíveis. O limite da sensibilidade de um
circuito elétrico é definido pelo ponto no qual a relação sinalruídoficademrodelimitesaceitá,·eis.
4 4.5.2 Tipos de ruído intrínseco ou
inerente - - - - - - - - - - Ruido shot
O nome ruído :r/101 é a abreviação de ruído .schottk)'. Às vezes é
referenciado como ruído quântico. É causado pelas oscilações
aleatórias 00 movimento dos ponadores de carga em um condutor. O fluxo de cOtTCme é constituído de paníc ulas carregadas
que se mO\'cmdeacordocom a diferença de potendal aplicada.
Quando os elétrons encontram uma barreiro~ de potencial. eles
vàosecarregandodccncrgiapotcocial atéqueconscguemencrgia suficiente par.t atravessar a barreira, tmnsfonmmdo-a em
cnergiacinética.Aoatravcssarumabarreiradepotcncial(como
em uma junção pu. por exemplo), cada elétron cont ribui com um
pequeno ruído. ou oscilaç~o de potenciaL O efei10 agregado dos
elétrons atr.tvessando essa barreir.t é o ruído shm. A corrente
instantânea i. é composta de um grande número de pulsos independentes de corrente com valor médio. O ruído .slwt é geralmente especificado em tcm1os da variação média quadrática do
\'alormédio:
em que
dféndifcrenchtldcfrei.Juência:
focéacorrcnteemA:
qéacargadoelétron
Se a banda 8 é consta nte (plana). então o ruído s/to/ (também
chamado de ruído schouky) em qualquer condutor é dado por:
em que:
ISJo é a corrente elétrica do ruído em ampêres (A):
qéacargaelétrica(1.6 X 10 '9C):
f éacorrentcelétricaemampêrcs[A]:
Béocomprimentodebandaemhertz[ Hz].
Alg umas camctcristicas do ruído s/101 são:
SinaiseRuído
O ruído shm está sempre associado com o fluxo de corrente
Elecessaquandoacorrenteénula
t oruídosholexisteindcpendentemcntedaternperatura;
t o ruído shot possui uma densidade de potência uniforme. sig-
169
porção. c que um número igual de elétrons está vibrando a
cadafrequência
Para frequências abai:..o de 100 M Hz. o ruído térmit:o pode
scrcalculadousandoarelaçàodcNyquist:
nificando que. quando desenhada em função da frcquência.
a amplitude possui um valor constante;
[V,.., )
t oruído shorestápresenteemqualquert:ondutor.nãosomen tc nos scmkondutorcs. As barreiras nos condutores podem
sersimples imperfeiçõesnaestruturaerista linadosmetais ou
impurezasdentrodeles. Oníveldoruídoslwtémuitopequenodevidoaocnormcnúmerodcclétrons movcndo-sc nocon dutor e ao pequeno tamanho das barreiras de potencial. O
ruído shot nos semicondutores é muito mais pronunciado.
O valor rms da corrente de ruído shot em junções semicondutoras é iguala·
I"' = J(2qf,)C +4q1 0 )X /J
em que
q é a carga do elétron (1.6 x 10-•~C)
/ 1JCé acorrentemédiaemA
/ 0 éacorrentcdesaturaçãoinvcrsacmA
Béalarguradebandaem Hz
Se a junção rm for polarizada diretamente. /0 é zero e o segu ndo lermo de1;aparece. Usando a lei de Ohm e a resistência
dinâmicadajunção.
Ovalorrmsdatensãoslroréigual a
"'
E
=kT
{]E
vq~;
~
'""'= "~
!A..., )
em que
E10 é a tensão de ruído em V rms
l;o éacorrentcdcruídocmAnns
K é a constante de Boltzmann
(I. 38 X 10-" ;{}
Téatcmpcraturacm K
Réaresistênciaemn
8 é a largura de banda em Hz (/.,.,- f - )
O ruído de um res istor é proporcional à sua re1;istência e à
temperatura. É imponantc não utiliwr rcsistorcs a temperaturas
elevadasespccialmentenaentradadeestágiosamplificadoresde
alto ganho. Diminuindo-se os valores de resistência. reduz-se
tambémoruídotérmico
Deve-se ter o cuidado de não utilizar resistores com valor
elevado como entrada dos circuitos amplificadores porque o
ruídotérmicoscráamplificadopcloganhodocircuito.Oruído térmico em resistores é um problema frequente em equipamentos portáveis em que os resistores foram escalonados
para valores grandes com o objetivo de diminuir o consumo
de energia.
Ruido flicker
O ruídoflicker é também conhecido como ruído
YJ·
Sua
Ruído térmico
origem é um dos problemas mais antigos sem solução na física. e ele está presente em todos os componentes ~ti vos e
passivos. Pode estar relacionado a imperfeições na estrutura
cristalinadoscondutorcsc scmicondutorcsc pode ser reduzido com melhorias nos processos de fabricação desses materiais.Oruídoflickerestásempreassociadocomacorrcnte
DC c possui o mesmo conteúdo de potência em cada década
ou cada oitava
A tcnsào ou corrente de ruído pode ser modelada por:
O ruído térmico é referenciado às vezes como ruído Johnson.
o seu descobridor. É gerado pela agitação térmica dos elétrons
em um condutor. O aumento da temperatura em um condutor
fazcomqueaumcmeaagitaçãodoselétrons.e isso soma um
componente aleatório nos se us movimentos. O ruído térmico
somente cessa no zero absoluto. Assim t:omo o ruído s/wr. o
ruído térmico possui umadensidadcdcpotênciauniforme(ruldobranco).comadiferençadequeesseruídoéindependen te do fluxo de corrente. O espectro de potênda do ruído térmicocstá uniformemente distribuído nas frequências até a
região do infravermelho em torno de l 0" Hz. Essa distribuição
indicaquetodasas frequênc iasestãopresentcsem igual pro-
em que K v c K , são constantes de proporcionalidade (V ou A)
representando E,, e 1, a I Hz; e f.,... e f- s5o as frequências máximas e mínimas em Hz
em que·
Ké a constante de Bolt;o;mann (t.38 X lO-" !{)
q é a carga do elétron (1.6 X 10- •~c)
TéatemperaturaemK
J,>Cé acorrentemédiaemA
/Jéalarguradcbandacm Hz
I
n
= K
r;:;::-.
1~'"J::
170
CapfwloQuatro
Oruldojlickuécncomrndo nos rcsistoresdecarbono. nos
quais fl\.'qUeotcmeote é referenciado como ru ído de excesso
porque parece adicionado ao ruído térmico. Outros tipos de resistorestambémcxibcmoruídojlickeremváriosnívcis.csào
os rcsis10res de fio os que apresemam o me11or valor. Já que o
ruído jlid:er é proporcional à corrente DC no dispositivo. se a
corrente for mantida pequena o suficiente. o ruído térmico prcdorninartl c o tipo de rcsistor usado não innucnciar:l no ruído do
circuito.
Reduzir o consumo de potência do circuito pelo escalonalll<'ntO dos resistores para valores superiores pode reduzir o ruído
Jí· com o custo de aumentar o ruído térmico.
Rufdo burst ou rajada
O ruído lmrsl. também chamado popularmente de ruído de rajada ou fHJfJCtJm noist'. está relacionado com as imperfeições nos
materiaissemiCOIJdutoresenasimplanwçõesdeíonspesados.
É caracterizado por pulsos discretos de :tlta frequência. A taxa
dos pulsos pode variar. mas as amplitudes se man têm constantes
com valores de várias vezes o valor de amplitude do ruído térmico. O ruído bursl apresenta um som similar no de ""pipocas
estourando"" (popconr). em taxas abaixo de 100 Hzquando am plificado e colocado em um alto-falante. Atualntenre é possível
alcançar baixos níveis de ruído hum com a utili1.açào de proces·
sos modernos de fabricação de dispositivos.
Ruído avalanche
Oruldoavalancheaparece quandoajunçãopn é operada no modo de condução reversa. Sob a innuência de um forte cam po
clétricoreversodentrodaregiãodedepleção dajunção.osclétronspossuemencrgiacinéticasufícicntepamquequandocolidircrn com os átomos da rede cristalina sejam formados pares
adicionais de elétrons-lacunas. Essas colisões são purameme
aleatórias e p«XXu:rem pulsos aleatórios de corrente similar ao
ruldosl!01. porém muito mais intensos.
Quando os elétrons e lacunas da região de depleção de uma
ju11Çãoinversamentepolari7.adaadquircmenergiasuficiemeparaocasionarumefeitodeavalanche.éoriginadaumasériealeatóriadegrnndespicosderuído.A magnitudedoruldoédifícil
depredizerporquedependedomaterinl
Uma vez que a ruptura Zcncr de uma junção pn ocasiona o
rufdo de tl\'alanchc. a melhor fom1a de eliminar o ruído de avalanche~ projetar novamente o circuito sem a utilização de diodos
Zcncr.
Paro exemplificar o ruído incremc. considere um simples re·
sistor que na realidade é uma fonte de ruído ténnico. em qualquer
sistema eletrônico. rep=11tado na Figura 4.37 por v. (fonte de
rufdo ténnico) em série com o rcsistor ideal R,.
Como fo i descrito anteriormente. em qualquer temperatura acima do zero absoluto os elétrons em qualquer material
apresentam um movime nto aleatório constnnte. Porém, em
funç~o do comportamento alentório desse movimento em
qualqucrdireção,niioex istencn humacorrentedetectável e m
direção algum~t Em outras palavras. os cl~trons estão estatisticamentedescorrelac i onados.Contudo.e:~: i steumasériecon­
tfnuu de pulsos aleatórios de corrente gerados no mate rial
R,
c
Figura 4.37 Ruído devido a um rcsistor ~-orncrcinl que~ comporta como uma fonte de ruído rérmko v•.
denominado ruído Joh11son ou ruído térmico. Se o ruído Johnson
é expresso por:
em que:
V, éatcnsãoelétricadoruídodadaemvoi!S]V]:
Kéaconstantede Boltzmann ( 1.38
=
IOlJ ~}
Téatcrnperaturaem K:
Réaresistêncütemohms[fl]:
8 é o comprimento de banda em hcnz [Uz].
Sutnitituiodo-se as constantes e normalizando a expressão para
I kO:
v• =
4
,.v]
~[ 1Hz
Esse resultado mostra que quanto maior o res istor R. maior a
tensãoderufdotémJico(rms).
Ruído de intcrfe ri:tJcia ou EMI (Eieclro-Magnelic f111erjere11·
u):prol·cnicntcdoarnbienteextemoaocireuito.Podeterorigem
em fenômenos naturnis. taiscomodescargasatmosféricas. ou
estar relacionado ao acoplamento com outros equipamentos elétricos da sua vizinhanl,""a. por exemplo. cotupr.uudorcs. fo ntes
chaveadas. aquecedores controlados com SCRs. transmissores
de sinais de rlidio. relés etc. Tipo mais comum de ruído e preju·
dicia l aos sistemas de aquisil,""âo de dados e sistemas de medição.
Além disso. é a única fomm de ruído que pode ser innuenciada
pelas escolhas Oe cabcamentoe blindagem. como será abordado
a seguir.
Ruídu po r im]>e rfeições nos pmcCSS(I!o;: originado pelas imperfciçõesdepontosdcso lda(efe itotennopar).efeitotriboclétrico
(ruído gerado dentro de condutores em mov imento ~1ltcrnado),
rnauscontutos nosconectores. d iscretizaçãodcvaloresanalógicos. regiões não lineares de operação c imperfeições dos amplificaOores opcro~eionais. tais como tensões e correntes de o.f!sn.
amplificação de modo comun1 e impcdâncias de entrada e saída
diferentes do ideal.
RelaçAo sinal-rufdo (SNR)
Corno já foi ci tado no Capítulo I. a re lação sinal-rufdo é uma
fíguradcméritoquedefinea razâoentreaspotênciasdosinal e
do ruído total presente nesse sinal
SNR:: 10 -log(
pot~nc_ia do sinal) [dBI
potencta do ruído
SinaiseRufdo
Também é possível definir a SNR como a relação de dois sinais
m1s. Nesse çaso o res ultado é adimensiona l e produz uma avaliação rclmiva entre o sinal e o ruído:
v_
do sinal
SNR= - - V, _ do ruído
Circuitosarnplificadores(csscociaisnoprojetodccondicionadores pam sistemas de instrumentação) podem ser ava liados pela
relação si11al ruído (SN R). também denominadas•. Corno visto
anterionnente. o ruído resultante da agitação tém1ica dos elétrons
pode ser rncdidocm tcmlOS de potência (P, ) dada em watts·
P, =K·T·B(\V]
17 1
em que:
S.,- éarclaçãosi nal-ruídodaemrada:
é a relaç5o sinal-ruído da saída:
P., é apotêudaroidodasaída:
s..
Kéacoustantedc Boltzma11n ( 1. 38 X
10!.1 ~):
'f:é290K:
B é o comprimento de banda da rede em hcnz {HzJ:
G éogallho doarnplificador.
O fator ruído pode ser avaliado em um modelo que considera
o amplificador idea l. Sendo assim. o amplificador some me apresenta o ganho G do ruído produzido pela fome ro ído entrada:
F ,.. K·T, ·B ·G+J.N
em que:
'
K ·T. · 8· G
P, é a po1ê11cia do ruído em wmts [IV];
Ké a constan te de Bollz mann (1.38 X
IOlJ ~):
!>N
F = - -•
K ·r. · 8·G
'/'éatcmpcratumcmkclvin:
IJ é o comprimento de banda em henz [Hzl.
Obser\'cquc na c;o;j)f'CssàoP, = K· T· H. n!íoc;o;istençnhumtermo de frcquência. somente o comprimemo de banda (8 ). Dessa
forma, o ruído ténnico é gaussi:mo (oo apro;o;imadamcntc gaussiano). tal qucosçontcúdosde frcquência. fase c amplitudes são
igualme nte distribuídos ao loogo do espectro de entrada. Assim
sendo, em sistemas com comprimento de banda limitada. como
por exemplo amplificadores ou redes. a potência total do mído
está relacionada à tempemtum e ao comprimento de banda.
1-' nlorroído,figuraete mpemtur.t:oruidodcu m sistcmaou
redcpodc serdcfinidodetrê s fomlasdifercntcs.rnasrclacionadas
fatorroído(F, ).figurade roído(NF) e tcmpcrmurJderufdocquivalcntc(T,)clcfinidascmdccibéisootcmpcraturaequivalcnte.Para componentes tai s como os resistores. o fator roído é a razão do
ruído produzido pe lo resistor real parn o ruído ténnico simples de
um resistor ideal. O fator ruído de llln siste ma é a razão da potência ruído saída (P.,) pela potência ruído e ntrada (P.,):
p-1r- :ooo~.
•- P.:'
em que ilN é o roído ad idonado pela rede ou amplificador.
Figura ru ído (também denominada fi gura d{' mtl rilo): é uma
medida frequentemente usada e m amplificadores. É o fator roído convenido para a n()(ação um decibéi s:
Nf'= 10 X log,.. (F, )
em que:
Nf'éafiguraruídocmdccibéis(dB);
f',. éofatorruído.
Temperulur:t ruído: é o termo utili zado pam especific~tr ntidos
emlcrmosdeumatcmperaturaequi\'alcnlc.Aternpemturaruido
equivalemeT, nàoé umatcmpcratu mfísicadoamplificador.mas
um aspo.!cto teórico construido em função de uma te mperatura
cqui1·alentc que produ z potência ruído. A temperatura ruidoestá relacionada ao fmorruídopor:
T, = (F. - I)T.
ecomafiguraruído:
F -
Pam permitir compamções. o fator ruldo é sempre medido
em um a tcmpcnl\ura padronizada (7:) de 290 K (de nominada
tempcraturafmdronizadadasala).A potêllcütderoidocntrada.
P,., é defin id a como o prOOuto da fonte ruído na tcmperatum
padroni7.ad:I(T.)eoganhodoamplificador(G):
Em função du defi nição da temperatura ruído T,. podemos definir o fator ru ldo c a figum ruído em tennos da tempernturJ ruído:
F=.!.:_ + I
.
P,.; = G·K·B · T.,.
É também possí1•el defi11ir o fator ruldo F, e m tem lOS de saída e
cmrndaSNR:
r,
e
F =~
• s_
que também é:
O ruldo t()(al em qualquer amplificador ou rede é a so ma do roi·
do interno e c;o;te rno. Em termos da temperatura ruído
f',._,= G· K· 8 · (Tª + T,)
em que P.. _., é a potência roído total.
172
Capi1uloQuatro
I 4.5.3
Formas de Infiltração do ruido .
O rufdo se infiltro nos sistemas de instrumentação de dois modos:
Ruído de modo série: a tua em série com a tensão de saída do
transdutor sensor primirio. oeas iooando erros muito sign ificati ·
vos nasaídademediçllo.
Ruído de modo co•num: é menos sério flO«<ue ocasiona \'ariações iguais dos potenciais em ambos os condutores do circuito
de si nal e dess.a forma o nh·el da saída de medição não é alterado. Apes.ar disso, esse tipo de ruído deve ser considerndo cu idad osamente. uma vez que pode se trans formar em tensões de
modo série e m algumas ci rcunstâncias
I 4.5.4 Procedimentos para redução
de ruído em cabeamento, - - - - Oscabosu tili:.:adosnossistcnmseletrônicos(incluindoevidentcrnemesisternas deinstrumentação) sãoesscnciaise dcvcmser
cui dadosamente esco lhidos. Norm~•lrncnte são e lc rnemos de
co rnprimc mo cons ideráve l nos s is te mas: sen do assim. atuam
corno eficientes amenas irradiando ruído. Assu mindo que o acoplamen to entre circuitos pode ser rcprcscmado pelas ca JX)citân ciascindutânciasentrecondutorcs. porconsequênciaocircuito
pode ser analisado pela Teoria de Ci rcuitos. Existem três tipos
básicos de acoplamento:
AcoJJIIIIIII"IJIO capocitil'o rm l"'ftrico: resu lta da int eração dos
camposclétricoscntrcoscircuitos:
AcoJJiuml."ll/0 imlmimmt lll(lgllhico: rc5u ha da imeraçãoentn:: campos magnéticos de dois circ uitos:
Acoplamento eletromag11ltico: combinação dos ca mpos elétricos e magnéticos.
Acoplamento ca pa cith·o: para compreensão do acoplamento
capacitivo usaremos o modelo clássico de representação si mplificada do acoplamcmo capaci ti vo entre dois condutores. con forme Figura 4.38. O circui to equivalente do acoplamento foi elaborado consi dera ndo a tensão e létrica V, no condutor 1 como
fonte de interfc ri nciae noco ndutor 2comocircuitoafetadoou
reçcptordcssai ntcrferência.
Pe la Teoria de C ircuitos. a tc nslio ruído v. . produ zida entre o
condutor 2 c a referência pode scrcx prcss<~ por (des prezando a
capacitância G 10 e m função da fo nt e de tensão V,. pois não afeta no acoplame nt o):
j+-s,_]
C,1 + Cw
I
j. w + R(C,
1
x v,
+ C2c)
em que:
Aimped:inciadocapacitoré Zc
= j~:
C 1l éacapac itánciaparasi ta entre oscondutores I e2;
C ,c é a capadtância c ntn:: o condutor I e a referê nc ia:
Cwéaca pacitânc ia to tal e ntreo condutor 2ca re ferência e o
c fcitodcqualqucrcircuitoconec tadoaocoiH:ctor2:
R é a resistência do circuito 2 com re lação a referência (resu lta
docircuitoconcctadoaocondutor2):
wéa frequênciaangular(w = 2 · n ·j),em q uef é a frcquência
dadacmhcrtz.
Consi derando R uma impcdância muito pequena:
R<< j
a tcnsllo ruído
V~.
·
w{c,: + Cw )
pode ser sim plifi cada parn:
V..,= j·w·R·C11 ·V1
que descre\·e o aropl a m(' nt o Cll pacitil·o ent re d ois condutores.
mostrnndo que a tensão rufdo v,. é diretamente proporcional à
frequência(w = 2 u·j)d:~fonte intcrfcrentc(fontegeradora
da interferência). à resistência R. à capaci tância entre os condu tores I c 2 c à magnitude da tensão V1•
Uma q uestão importantt é considerar que. se a tensão e a frequência d:~ fonte de ruído não podem ser altcr-.Klas. restam. portanto. somente dois par-~metros para reduçã o do acoplamento
ca pae iti vo: o circuito receptor (no exe mpl o o condutor 2) pode
operar com baixa resistê ncia R ou a capacitância C 12 deve ser
reduz ida através do posieionarncntoadcquadodoscondutores,
pel:~blindagemoupela sc paraçliofísicadoscondutores(asepa­
raçãodoscondutoresrcduzacapacitânc iaC12.rcduzindodcssa
fomlaatcn sâoinduz idano condutor2).
Agor.• vamos considcmr urna R mui to
gr:mde
R>> j·w(C,: + C1c )
a ten são rufdo V,y pode ser simplificada
parn:
Figura 4.38
Elr.emplo el.iss ico p:ll':l o acoplamento capaci ti'u enlrl: doi s condutores.
Nessa condição. o ruído produ:.:idoentn:: o condutor 2 e a referênc ia é de'·ido ao
divisordetensiloe. portanto,a tcnsãoruído é independente da frcq uência
Sinais eRufdo
Conclulof
Conclulof
Capaci~Mc:iaentre
~~fff
f'·I I
~
v.. \
o"oo..,... ..
Aepreserttaçêolfslca
Figura 4.39
AcoplaJTlol'nto capacili"o com condutor 2 blir>dado.
173
Considere que o fluxo de corrente em um
circuito produz um fluxo magnético em um
scgulldocircuito; sendo assim. uma indutância
mútuacmreoscircui tos l c2~criada:
em que <f>u representao fluxo magnético no
circuito2 devidoàcorrentenocircuito I (1,).
Resumidamente. a tensão induzida V,... em um
Cilminho fech01do de área;\ devido uo campo
magnético da densidade de fluxo H (deri\·ada
da lei de Faraday)~ dada por.
Vv = jw· 8 ·A ·cos(O)
Rlinduge m: utiliza-se o mesmo exemplo da Figum 4.38. considcrnndo-seporémqucumablindagcm foicolocadaaorcdordo
condutorreceptor(condutor2)com R infinito.gcrandoaconfiguraçlloda Figura4.39
A tensão V, é dada por:
V =
s
(____s,_J
C,. + CfJ(l
X V
em que 8 · A · cos(O) representa o fluxo mugnético totul <Pu acoplado ao circuito receptor. Através de rnani-
pulaçãoulgébric;~ de
M,l =
fu c ~v= jw · fJ · ;\ · cos(Q):
t,
V,... = jw·M · I,
=M~
'
Como nenhuma com: me flui atru\·és de C3 (capacitiinda entre
o condutor 2 e a blindagem). a tensão no condutor 2 é:
V,... = V3•
Caso a blindagem esteja aterrada. a towsão v, = O e a tensão rufdo v,. . no condutor 2 são reduzidas pam ZERO (si tuação
condutor c bli ndagem ideal). De qua lquer formu. pam uma boa
blindagem do campo elétrico. é necessário (I) rninimizaro comprimemo do condutor centml que excede a blindagem e (2) fornecer um bom aterramento à blindagem (uma simples conexão
à referência fornece um bom aterramemo para cabos nào maio-
}'i
res do que
0 do comprimento de onda. porém para cabos
loogos podem ser necess.árill.'i múltiplas referências).
Considerando R finito e bem menor do que:
1
R << j · w(C" + Cw + Cl, )
que: descreve o acoplamento indutivo entre doi s circuitos. confoolle esboço da Figura 4.40. cn1 que:
l , éacorrcntenocircuitointcrfcrente(fontederuído);
Méaindutânciamútuaentreosdoiscircuitos;
w f afrequêndaangutar(pcrcebc-scqucoacoplamcntoédiretarnenteproporcionalà frequência).
Para reduzir u tensão ruído V~-- 8 , A ou cos(O) precisam ser
red uzidos. A densidade de fluxo B pode ser reduzida pela scparaçào física dos circuitos ou trançando os fios da fonte. fornecendo um fluxo de corrente no par trnnçado e não atra\'éS do
plaoo de terra. O cos(O) pode ser reduzido através da orientação
apropriada da fonte e circuitos reccp10re.~. A área do circuito receptor pode ser reduzida pelo uso de condutores trançados entre
si (par trançado).
Pode· sc \'Cri ficar na Figuro 4.40 que a utilização de uma blindagem não magnética não terá efeito sobre o acoplamen to rnag·
nético. Tampouco um atcrmmento nessa blindagem. uma vez
que nela nUo scr:lo modificada~ as propriedades magnéticas do
fatoquenorrna lmcmcocom:,a tenSJ1orufdodc:rcoplamcntoé:
V,...= j · w· R· Cu · V1•
Essa é cxatamcnteamesmaexpressãodetcrminadaparno
cabo se m aterramento. porém a capacitància entre os condutores
I e 2 Cu foi considcr.m:lmeme redu:.cida em função da blindagem.
Acoplamt'nto induth·o: a discussão é similar à :uuerior. porém
relacionada a campos magnéticos. Relembr.mdo os conceitos de
Eletromagnetismo. quando uma com:nte f trafega em um circuito fech;tdo, produz um fluxo magnético 4> proporcional à corrente(aconstantcdcpropordonalidadeédenominadaindutância
L.qncdependedageometriadocircuitoedaspropriedadesmagnét icusdomcio):
<f> = L·
f.
Con~ idcnu1do um cubo l'uaxi:rl nesse l'aSO. a iudutiincia mútua entre a blind:~gcrn c condutor do centro do cabo é igual à
indutãnciadablindagem. Nessccaso.ocircui toequi\'alenteentre a blindagem c o condutor central é mostrJdo na FigurJ
4.4 1.
E o ruído induzido pode ser calculado por:
v
"'
=
[___)«>__]
jw+ R, L,
Para C\'iHtr rndiaçào magnét icn de cabos conxiais, também
deve-se aterrá-lo. Ao se aterrar um ponto da blindagem. u campo elétrico é limitado nessa blindagem. porém o efei to do campo magnético não é cancelado. É preciso aterrar os dois lados da
174
CapÍluloQumro
Cirt:uitoequivalllflle
RepresentaçAolisica
Figura 4.40
Acoplamento magnético entre dois circuitos.
blindagem.forçandoacircula'fãodecorrentesdemesmaintensidadc. que acabam por cancelar o campo magnético. Isso é
ilustradonaFigura4.42
No caso de um receptor. a melhor maneim de proteger-se
contra campos magnéticos é reduzir a área de loop (ou área de
laço) do receptor. Isso geralmente é feito observando-se o caminho de retorno da corrente até a fonte. A Figura 4.43 ilustra o
cfcitodaárcade laço decorrente. Na Figura4.43(a), a carga é
ligada à fome por um cabo sem blindagem e é carae~erizada por
uma área grande. Na Figura 4.43(b). a corrente de retorno tem
umcaminhodcbaixaimpcdânciapclablindagemcaárcade
laço de corrente é reduzida. reduzindo os efeitos dos campos
magnéticos. A Figur..t 4.43(c) mostra um condutor blindado com
apcnasumadaspontasconcctadaaotcrra.Ncssccaso,nãoocorreareduçâodaáreadelaçodacorrente.
Entretanto. deve ser enfatizado que. quando aterrado em ambos os lados da blindagem, devido à intensidade das correntes
nos laços de terra. apenas uma quantidade lim itada de proteção
é poss ibilitada. De fato. mesmo se apenas um lado da blindagem
estiver aterrado. as correntes de ruído ainda podem estar circulando (por essa blindagem). devido a acoplamentos capacitivos.
As..~ im, para máxima proteção em bai xas frequências a blin-
I
v.
dagcm mi o dC\"Cse r vir como condutor do sinal e um lado do
circuito de\·e es tar isolado do aterramento.
Co mpa ração do ca ho coaxial e par tra nçado: ambos são evidentemente úteis em diversas aplicações. Pares trançados blindados são muito úteis em frequências até 100kHz (com raras
exceções). pois acima de I MHz as perdas na blindagem do par
aumentam consideravelmente. Em contrapartida. os cabos coaxiaisaprcsentamcaraelerísticasdeimpedânciamaisuniformes
commenoresperdas.Apresentam uma faixaatéasfrequências
VHF(cercade IOOM Hz)ecmaplicaçõesespcciaisaté IOGHz.
Um par trançado apresenta maior capacitância do que o cabo
coaxial: sendo assim. não apresenta bom desempenho em altas
frequências ou em circuitos com alta impedância. Um cabo coaxial aterrado em um ponto apresenta um bom grau de proteção
contra efeitos capacitivos. Porém se uma corrente ruído trafega
na blindagem. umatensãoruídoé produzida (suamagnitudeé
igualàcorrcntenablindagcmvezesaresistênciadablindagem
-lei de Ohm). Como a blindagem é parte do caminho do sinal.
essa tensão ruído aparece como ruído em série com o sinal de
entrada.Umaduplablindagem.outriaxial.cornisolarncntoentre as duas blindagens. pode eliminar o ruído produzido pela
resistência da blindagem.
I
~
Condu1orcentral
Blindage m
L,
v,
Figura 4.41
R,
I
Circuitocquivalcntedocondutorblindado
I•)
(b)
Figura 4.42 (li ) Cabo coaxial blindado e conectado ao terra em
umapontaapena,:(b) caboblindadoeconeçtadoa<>terraemamba>
as pontas
SinaiseRuído
,.,
175
,,
(b)
laço (ou /oop de corrente) de corrente enlre uma fome e uma carga: (a) sem blindagem: (b) com blindagem com ambas as ponlasalcrradas:(c)comblindagcmmcrradacmapcnasumapotna
Figura 4.43
41 4.5.5 Minimização do ruido pelo
aterramento - - - - - - - - - Atcrramcnto é uma das maneiras primárias para minimizar roídos indesejados. O aterramento e o cabemnento podem resolver
um percentual considerável dos problemas de roído.
At erramento seguro: considcraçõesrelacionadasàscgurança
exigem que o chassi de um equipamento elétrico seja aterrado
(esse conceito pode ser observado na Figura 4.44).
Na Figura 4.44(a) Z, é uma impedância parasita entre um
ponto de potencial V, c o chassi e Z. é urna irnpedância parasita
entrcochassicarefcrência(tcrra).Opotcncialdochassi Vc~~ é
determinado pelas impedâncias Z, e Z. atuando corno um simples
divisor de tensão:
vrll
=~x[~)
z, + zl
'
É imponantc observar que essa tcnsào pode apresentar níveis
pcrigososedanososàsaúdc humana. poisédetcnninadopelos
valoresrelativosdasirnpedânciasparasitas.sobreosquaisexistc
pouquíssimo controle. Porém. se o chassi estiver aterrado. seu
potencial é 7..Cro. A Figura 4.44(b) apresenta outra situação perigosa: um fusível interligando a linha de alimcntaçào(AC) ao chassi. Se ocorrer uma quebra de isolamento. a linha AC ftcar.í em
Chassi
r--------,
:
I
I
I
v,o--/VI/\r-1
contato com o chassi. podendo liberar a capacidade total de corrcntcdocircuitofusívcl. Se o chassi foraterradoeoisolamento
quebrado. urna gmnde corrente da linha causará rompimento do
fusívcl(qucimará).removcndoatensâodochassi
Aterrarn entodesinais: umterra(ourefcrência)édefinidocomo um ponto cquipotencial ou plano que serve como potcnl'ial
dcrefcrênciaparaumcircuitoousistcma.NasaplicaçõcspráticasounomundoreaLumadcfiniçâomaisadequadapammcrramento de sinais é um l'aminho de baixa impedância para a
corrcntcretomarparaafonte
O aterramento de sinais é determinado pelo tipo de circuito.
pela frequência de operação. pelo tamanho do sistema e por outras considerações, tais como segurança. Usualmente pencnccm
a três categorias: atemuncnto em um ponto. atemuncnto multi ponto c aterramcmo híbrido. A Figur.t 4.45 apresenta as categorias de aterramcnto em um ponto e multiponto
A principal limitação do sistema de aterramcnto em um pontoocorreemaltasfrcquências.cmqucas indutânciasdoscondutorcs aterrados aumentam a impedância do atcrramento. O
sistema de atcrramcnto multi ponto é utilizado principalmente
emaltasfrequênciasccircuitosdigitaisparaminimizaraimpedância do atcrramento. Resumidamente, em frequências inferiores a l MHz um aterramcnto em um ponto é utilizado; acima de
10 MHz um sistema de aterramento multiponto deve ser implementado
Chassi
parasitas
,.,
:
\
I
L-----;--1~
trnpeótoncias}.....----":1'
I
I
lt
z,
~
:
-,
r-----1
I
I
I
I
I
\
L------- -\- ...l
I
Quebrado
-=-
isolamento
Para segurança. o çhassi deve ser merrado. caso contrário tensiles danosas à saúde podem e'tm di,ponívei' sobre impcdJncias
parasilasoupodemqucbraroisolamemodoinstnuncnlo
Figura 4.44
176
CapítuloQuatro
TTT I
Aterrarnentom..oltipon\0
Blindagem de amplificndores: amplificadores de aho ganho
muitas vezes são blindados para possibilitar uma proteção aos
elétricos. A queshlo é onde a blind~gem deve ser ~ter­
rada. Pamcvitaroscilaçõcs nocircuitoamplificador,ablindagcm
deve ser concçtada ao tenni nal com um do mesmo.
Re sumidame nte. o sistema de atcrr.tmcnto deve respeitar as seguintesconsi deraçõcs:
Figura 4.4!5
AtctTameoto em um ponto apenas e
multi·
ponto
efeitos observados. A seguir. sc ri"lo mostrados al gun s modelos
aplicados aal g un sdoscomron cntesele trôni cos.
c~rnpos
• e m baixas frcquéncias. o merramento em um ponto pode se r
usado;
• em altas frequénci as e circuitos digitais. um sistema de aterrnmcnto nmltipontodeve ser utili7.ado;
t emsiste mas debaixafrequência.devemserprojetadas.no
mínimo. três referênciasscparndas: referência para o si nal.
referêociaparaoruídoereferênciaparnohardware:
t o objetivo básico de um bom sis1e ma de aterramento é mini mizar a tensão ru ído;
t parno casodc umamplificador merradocomulllafonte não
aterrada. a emrada do cabo blindado deve ser conec!ada ao
terminal comum do amplificador:
t para o caso de uma fonte aterrada com um amplificador não
aterrado. a cmmda do cabo bli ndado deve ser conectada ao
terminal comum da fonte;
t uma blindage m próx inm de um amplificadordeahoganho
dcvcserco ncc\ad:tltOco mumdoamplificador:
• quando um circuito é aterrado e m amhos os lados. o loop
formadoés uscctível ao ruído decampos magnéticos etensôes
difere nciai s:
• ométodoparaimpcdirosloorJsdereferênciaéutilizartransfonnadores isoladores. ou ncop ladores ópticos. ou amplificadores difercnciaisouamplificadoresisoladores:
• e m al tas frequências. a blindagem dos cahos é usualmente
aterrada em mais de um ponto.
4 4.5.6.1 O ru(do lntrinseco dos
resistores - - - - - - - - - - 0 ru ído de um rcsistor J)O(k: ser modelado como uma fonte de
tensão Oe ruído térmico (Joh nson) e m série com um outro rcsistor sem ru ído. o u como uma fonte de corrente em parnlclo com
o resistor sem ruído. como mostra a Figuro 4.46. Esses mode los
são equi valentes e podem ser imercambiados para facililat a
análise.
4 4 .5 .6.2 O ruldo intrfnseco nos diodos O diodo é gernlmc me modelado com uma fonte de lensão representando o ruído témtico e uma outra de correme represen lando
os ruídos shot cflicka (veja seções anteriores) como mos1rndo
naFigurn4.47.
t 4.5.6.3 O ruido lntrrnseco dos
transistores de junção blpolares (TJBJ - Com a exceção do ru (do <lV<tlunche, o TJB. de forma geral, exibe todos os tipos de ruldo que dependem do ponto de operação
do di spositivo. Entretanto. preva lece m fome de ruído shot na
4 4.5.6 O ruido intrinseco dos
componentes eletr6nicos- - - - Os compooentcs eleuô nicos n5o es!5o li l'res dos d iversos 1ipos
de ruído inereme mencionados nesta seção. Gernlmeme. esses
componentes são trotados na fonna de modelos que incluem os
Figura 4.46
Mocklo do resiSior com ruído térmioo.
SinaiscRuído
Figura 4.49
Figura 4.47
177
Modelo das rontes de ruído na emrada do MOSFiol
Modelo do diodo com fontes de rufdu t<'nnico.flicbr
eshot
sendo:
g,.atranseondutância;
K,aconstante dodispositivo:
IV e L os parâmetros de espessum e comprimento do canal.
O ruído Ilwt. rep rese nt:tdo J>ela fonte decorrente. é desprezível parantempcratummnbiente. maspassaasersignificativoqllando esta também alllnenta. Na exp ressâode
o primeiro termo representa o rufdo t<'rmieo devido à resistênc ia do canal e o segundo representa o ru(dojlicker. Esse
último é o de maior importância para o MOSFET. O mído
jlicku é inversamente proporcional à área IV X L. assim ele
só pode ser reduzido 111iliundo geometrias grandes. A Figllra 4.49 mostra lllll modelo de um MOSFET com as fontes de
ruído na entrada.
e;.
Figura 4.48 Fontes de com:nte de rufdo thot ~fiiria-r tram;feridos
paraab.ueedeten~paraoruldot<'mliconosTJBs.
base e no coletor. modelados com duas fontes de corrente. superposta a Ullla fonte de tens!lode rufclo témtico na base. Apesar
de o ruído nesse compooente poder ser tr:uado com as três fontes de ruído na OOse e no coletor. é gcr.tlmcnte mais si mples
transferir as fontes para a base. Dessa fonna. uma fome de tensão representando uma parcela do ruído shot do coletor e uma
parceladoruídoJohnsondaresistênciadebasesãoligadasem
série com uma fonte de com::nte representando ruídos sh01 ejlicker da base e mais uma parcela do ruído shot do coletor. como
mostraaFigurn4.48.
As densidades espectrais de (Xltência para o TJB podem ser
deseritas(Xlr:
f 4.5.6.5 O ruido lntrfnseco dos JFET Asdensid.1desespectraisdepo~ênciacloruldodeentrada(lltili ­
zando o mesmo modelo que parn o MOSFET) para o JFET são:
em que:
I"
;; • Zq ( ' · + K,f+
I
IP(~)r
l
em que:
e;,
r. éaresistênciaintrínsccadabase:
'• e/, são as correntes DC da base c do coletor:
K1 e a são constantes dodisposith·o:
(J(.if)oganhodecorrente.
• 4.5.6.4
g,. éatranseondutiincin:
J,éacorrentededrenoDC:
/ 0 éacorrentedefugadogate:
K1• KJ e a sãoconstames do dispositivo:
c ,, éacapacitânciaentreogateeasourr:t'.
O ruido lntrfnseco dos MOSFET-
As densidades espectrais de (Xltência para os MOSFET são·
Na expressão de
o primeiro tcnno representa o ruído térmico no canal c o segundo tcnno. o ruído jlicker da corrente de
dreno. Na temperatllra ambiente. em fre<]uências moderadas.
todos os temJOs da corre nte de entrada do JFET silo desprezíveis.
ma~ alimentam à medida que a tempcr:tlllta <' incrementada. tor·
nando-se significativa. Comparados com os TJBs. os JFETs (XIS·
sucm\·aloresdetrnnS~;:ondlltânciamaisOOi1tos.indicandoqlle
amplificadores operacionais que cootêm JFET na entrada tendem
a exibir mais ruído em condições similares. Além disso. e! no
178
Capi1uloQuatro
JFET contém ruídojlid:f'r. Essas desvantagens são compensadas
em parte por um desempenho melhor em relação à corre nte de
INPUT VOLTAGE ANO CURRENT NO ISE OENSITY
ruído. ao me nos à temperatura ambiente.
f 4.5.6.6 O ruido fntrfnseco dos
amplificadores operacionais - - - - O amplificador ope racio nal (opamps) é unt cong lomerado de
rc:sisto res. tr.ansistores e capacitores integrados numa pas tilha
de si lício. Seria bastante co mplicado. c niio mu ito prático.
analisar cada um dos compone nte s discretos do circuito com
o se u model o eq ui va len te ruidoso. Ao inv6s. o ruído dosamplificadores operac iona is nilo é especificado to m 11m tipo de
fonte de ruído. mas com um modelo geral. o qual descreve o
comportamento do di sposit ivo. Isso 6 especificado com um
gráficodorufdoequivalentcdccntradaren-11.\" frcquênda.
evidcnciandooscfeitosprcdominantcsdevidoao rufdo. Nos
opamps geralmente o ruído rosa é o efeito dominante na baiJtas frequências. e o rufdo br:mco é o efei to domina nte nas
altasfrequênc ias
Paratalcularoruídototaldo amplili cador. é necessáriodividirorufdoem dua s seções. a parte rosa ta parte branca. e depois
calcular o ruído total do amplifitador.
O ponto do espec tro de frcquência em que o ruído
eo
10k
(iii)podcmos cntiio calcuh1r/., fazendo·
YJ
f.
eJttrapolando-scduasrcta.~quecarJctcrizamosruídosrosaebran­
(i) primciroverifica-sc no gr.l fiooorufdorosanamenorfrequéncia di sponível (no caso 100 li z).
Vcrifica·se também ovalordo rufdo bmnoo (nocaso 8 nVI.Ji=iZ).
E procede-se:
l( v""' do"'""'
-
llf ' "' 100 "' - 40[-.,...
."v
.J
HZ ])'
"v ])'
( Valordoruklobranroqoeé8 ["]H;
~1
ruidoliffH'J
(ii) calculando lemos:
e;,. e m 100 Hz • [(40r - (8nx 100 "' 153600 (~~~)
2
(8 VJ'
(rufdo branoo)'
2400
Hz
11
JH;
(i v) \"Crificando-seo gr.lficoda Figura 4.50c ap licando-se o método aproximado descrito amc rionncntc. o resu ltado pode
serconfi nnado. Uma vez que a frequência de canto é conhecida. as componentes individuais do ruído podem ser somadas. Continuando com o exemplo para a faiu de frequêocias
de 100 Hz a IOMHz:
'·~ ,-Jf- "•1.:- +(!_ ~ !- )
"VJ
e.=8 Hz
=
I
)
IO I)l)l)l)l)l) + I{)()(XXX)0 - 100 =
2400HzXIn~
25.33~J-V E!!
- 92 dBV
Esse eJtemplo pressupõe que a largum de band:~ inclui/.,.. Se não
for assim. toda a contribuição ser.\ ou do rufdo rosa ou do rufdo
bmnco(aprimciraparccladcntrodamiz dacquaçiloantcriordiz
rcspeitoaoruídorosa
YJ·
enquantoasegundaparce l:t érclati va
ao ruído branco - faiuplana). Sea largurJdebandaformuito
grandceseestendertrêsdécadasoumaisacimadc/.,..acomribuiçào do ruído
X Freq.do
2
2
= t'111 em 100 Hz = 153 600(11V) =
"'"
branco são igua is é denominado frcquência de canto ou joelho
do ruído.f.,.. A /.,.. pode ser aproJti mada utilizando-se um grá fico.
co. Parn o primeiro. basta estender a reta tangente que corta o
eixo \"ert ical (no pomo de ntCnOf frequêocia do gcifico). e para o
segundo basta estender a reta horizonta l. O ponto de imer.oecçào
é aprollimadamcnte o ponto de f ... e representa a frcquêocia na
qual os ruídos rosa e branco são iguais e m am plitude. O ruído
total é calculado somando-se os dois si nais. Quando eJtistern vári as fontes de ruído num circuito. o \"alor RM S de sinal de ruído
total resultante é a rJiz quadr.lda da soma dos valores médios
quadrados das fontes individuais. Como as dua.~ fo ntes de ruído
têm ampliludcs iguais no circuito. o rufdo aumentará 3 dB ou
.fi X o valor da espccilicaçiio do ruído branco. ne sse caso. A
Figura 4.50 mostm a curva do amplificador operacional OPA2652
(dat11sl!eet di sponfvel em www.ti.com).
Também pode-se calcular (com aproximação melhor que o método gráfico) a frequêltCi:t de joelho do ruído da seguin te fonna:
10Cic
F,.quenty \1-tl:)
Figura 4.50 Cu r\· a de densidade do ruído paru a 1cnsllo c corrente
do amplificador operacional OI'A2652. Conc§ia Texas lnstrumcnts.
YJ
(rosa) pode ser ignornda. que é o ca.<;O do
exemplo apresentado. Pode-se veri ficar que o TCSllhado muda poucosedentrodaraizfordeilladaapenasasegundaparcela.
Os fabricantes de amplifi cadores operacionais medem as carnclerísticas de rufdo de um grnndc conj unto de amostr.as dos
di spositi\•os. Essa infonnaçilo é compilada e usada para determinar o desempenho típico dodispos it h•o. Essas cspccifitações
se referem :t e nt rnda de rufdo no amplificador operacional. Algu mas partc:s do ruído são ma is bem represellladas por fontes de
ten são. e outras, como fontes de corrente. A tensão de ruído de
SinuiseRufdo
179
E.
Figura 4.51
Modelodoamplilícadoropcraciollal comasfootcsdc
Modelo doci,.uito amplifteador im~rsorcom ganho
rufdo.
Figura 4.52
entrJda pode ser representada por uma fonte de tensão em série
comaemradanãoinven;om.Acorrentedentídodeentradaé
sempre represe ntada por uma fonte de corrente em ambas a~
entradas com relação ao ponto de terra. conforme mostra a Figura4.51.
Na prática. os circuitos dos amplificadores operacionais são
projetadosparareceOersinaisdecircuitosousensorcscombaix.a impedância de saída. tanto na entr.Kia in,·ersora quamo na não
in,·crsora.Asentradasin\'ersornenãoinversornsãononnalmente gllleJ de transistores JFET ou CMOS. e somente a tens.ão de
ruído é imponante. já que a corrente de ruído é praticamente
ins ignifieantedevidoàahíssimaimpcdânciadcentradadesscs
edifcrenchtl (adicionando um resistorà refcrencia:tpós R3 de
valor igua l aHl)fazcndoE., , osinalnacntrnda inversora c E..,
osinalnacntmdanàoinversora·
tran~iiitores.
Seocircuitoamerior (desconsidcmndoascorrcntcsdcru ído)
for conectado na fom1a de um estágio inve rsor com ganho. o
circu ito equivale nte ficará como mostra a Figura 4.52.
Us;mdo o priiiCípio da superposição. considerJtldo uma fonte
de ruído de cada vez o problema poderá rapidamente ser resolvi do.
As fontes de tensão adicional e, ae,represcntamascomribuições de ruído ténnico dos resistores. O ruf<kl dos resistores
somente pode ser ignorado se os seus valores s.ão
pequenos. Na maioria doscasosdcconfigurações
in\"crsoras.essaentradaéligadadirctamenteaoterra.enessecasooresistorR, e sua fonte de ruído
Joh nson podem ser ignorados
S<!llCSseexemplo forcalculadaapen:tsacontribuição do ruído do ampl ificador opcr.!Cional. temos:
Em muitos cllSOS. o fabricante apresenta no próprio (/nuuhul
do componente a análise com o circuito equi\'alcnte. Por exemplo. o (/owslu~t!l do componente OPA26S2 traz o circuito da
Figura4.53.
Nesse modelo, todas as fontes de tens.ão e corrente estão colocadas na forma de densidade cspcctrnl
s~o
E0
*
ou
-Jn;.
A tcn-
de safda para esse circuito também é fomcdda:
•
J(E,,'
+ (I,_~HS +4KTH5 )NG'
+ (l., H, )' + 4KTHrNG
emqueNG = (I + ~}
'·
De maneira semclhame. pode-secalcular(considerandooO I'AM P nas mesmas condições do exemplo
antcrior)atensãodesaídaparaaconfiguraçlio ni"lo
inversora (apenas invertendo as posições de E .. c
da referência):
4kT • 1,6 x tO '"J
~----~
E,~ '· ('+~ 1, +r~+~JJ'
Figura 4.53
M<.><klodo OPAMP 0PA2652 CQm
fome~
de rufdo. Cones ia Texas
180
CapÍluloQumro
+5V
emque·
50!lCarga
49.9!1
-
F,.. é o fator de ruído sobreposto de N estágios em cascata:
F , éofatorruídodoestágio 1:
F2 éofatorruídodoestágio2:
F, éofatorruídodoestágion:
G, éoganhodoestágiol:
G2 éoganhodoestágio2:
G,_, éoganhodocstágio(n-1)
Como se pode verificar pela equação. o fator ruído é domi nado pela contribuição do ruído do primeiro ou do segundo
estágio
Arnplificadoresdealtoganho.baix.oruído(taiscomoosutilizados nos EEG) tipicamente utilizam um circuito amplificador
debaixoruídosomentenosprimcirosestágiosemcascata.
Estrat égia.<~ para redu ção do ruído em amplificadores: já foi
possívclperccbcrqucoruídoéumsérioproblcrnaparaodcscnvolvirnentodesistemas.especialmentequandoosinalavaliado
ou de interesse é caracterizado por ser de baixo nível (amplitude
muito pequena. por exemplo). Algumas técnicas podem ser utilizadaspar..trcduziroruídocmamplificadore;;:
Figura 4.54 Circuito exemplo com o OPAMP OPA2652 de entrada niío inversora para cálculo de ruído. Corte,iaTexa' lnstru-
AvaliandoessaequaçãonocireuitoexemplodaFigura4.54.
chega-se aos resultados de:
Ruídototalnasaídadocircuito:17*e
Ruídototalnacntradadocircuito:8.4~
Esses resultados já incluem o ruído adicionado pelo resistor de
205 n na entrada não inversom a !im de compens.ar a corrente de
polarização. Observa-se que o fabricante também recomenda manterosresistoresdasentradasdoamplificadorcornvaloresmenores que 300 n (consulte o daraslree/ para mais detalhes)
De manciragcral,sàoofcrccidosdivcrsostiposdcamplificadoresoperacionaiscorncaracterísticasdiferentesem relaç5oao
ruído. Geral me me a aplicação é que vai determinar a necessidade
c a escolha de um componente em específico. Atualmente
osfabricantesdecomponentesdisponibilizam muitasin formaçõcsnasfolhasdeesped!icaçõcs(t/araslreets)ouna
fonnadcnotasdcaplicaçõcs(app/icalionsnolcs).
Ruído em a mplificado res em cascata: um sinal ruído é
"'considerado""peloamplificadorumsinaldcentradaválido. Dessa forma. em um amplificador em cascata. o
v.
estágiofinal"considera""sinaldeentradaosinaloriginal
e o ruído amplificado por cada sucessivo estágio. Cada
estágioern casçataaltcraos sinais e ruído dos estágios
anteriores. contribuindo com algum ruído. O fator ruído
sobreposto pam um amplificador em cascata F,.. pode ser
calculadopelaequaçiivdeFriü:
4 A resistência da fonte e a resistênciadeentradadoamplificador devem ser as mais baixas possíveis. Utilizando-se resistências de valoresaltosaumenta-seo ruídotérmicoproporcionalmcntc
t O ruído térmico total é também urna função da largura de
bandadocircuito. Portanto.areduçãodessalarguradebanda
para o mínimo aceitável também minimiza o ruído.
4 Prevenir o ruído externo que afeta o desempenho do sistema
pelousuapropriadodcatcrramemocfiltragcm
t Utiliwr amplificadores de baixo roído no estágio de entrada
do sistema.
t Para alguns circuitos semicondutores. utilizara menor alimentação DC possível para o sistema funcionar.
Utilizando a rcalirncnlação para redução de ruído: areali mcntação negativa é um método bem conhcddo para reduzir
erros de amplitude e fase. portanto reduz a distorção de um am plificador. O uso da realimentação pode também reduzir o ruído
de saídadoamplificadorcondicionadordc sinal. Considere-se
a Figura 4.55. que mos1ra o ganho distribuído em doi s blocos G,
c G2• O ganho total do circuito G é o produto G, · G 2• Uma fon-
Figura 4.55
estágios
Diagmma de
l>lr~~;o'
de um amplificador em ca.o;çata: doi s
SinuiseRufdo
te de ruído produz um sinal ruído V, injetado no sistema. Uma
rede com funçãodetransferência(Jproduzumsinal(J ·V., que
é somado ao si nal de emrad.a V.,.
PclainspcçàodaFigura4.55·
v.
v, = v.. + {3·
v,= v,· G, + V,
V, = (V., + f3 · V.)· G 1 +V,
Substituindo:
V. = [((V., + fJ · V.,)· G, + V,) G,
e finalmente
V~ = ~[v+~].
1-fJ·G,·G, "' G,
Essa expressão é condizente com a l'lf11afi10 de IJ/ack para
amplificadores rcalimentados
[a.
=_C- ] e demonstra que
1-P·G
o rufdoé reduzido pelo fatO!" de ganho G 1.
Redu ção de r uído l)Cla média do si na l: se o sinal é repetitivo
ou periódico. é possível obter a relação sinal ruído médio do sinal (SNR) ou (5, ). Considerando-se essa técnica simples e assumindo que o rufdo é aleatório ou um processo caótico.
Emno. para sistemas em que V., <
tempomédioédadapor:
v,, a redução do ruído pelo
em que:
S é a SNR tempo médio:
Néo númcrodcrcpetiçõesdosinal.
,.,
18 1
O efeito dessa técnica é o aumento do tempo necessário para
coletar dados. tal que
f =
Yr.
t 4.5. 7 Notas gerais de boas práticas
para redução do ruido - - - - - Blindagem bâsica
A Figura 4.56((1) mostra um amplificador com cntrJda V, _saída
V, c um ponto de referência comum denominado v•. O condutor
em volta do amplificador está inicialmente desconectado: em
outros palavras. o potencial VJ está "tlutuando"'. A Figuro 4.56(b)
mostro que todos os condutores possuem capacitâncias mútuas
denominadas C u. Cu e C,1• Fica evidente. nesse cirtui to. que
existe uma realimentação da saída até a entmda. Uma prática
comum em circuitos ana lógicos é ligar a blindagem metálica
(caixa do eq uipamento) ao comum do circuito. Como resultado.
o efeiw das c:•pacitil ncias JXlrasi tas é reduzido. como mostrado
na Figura 4.56(c). Essa prática é denominada mcrramento da
blindagem
A maioria dos circuitos necessita de conexões a pomos extemos. A Figura 4.57(a) mostra uma conexão externa à cntroda
do amplificador. Observe que nesse caso a blindagem do cabo
foi conectada ao comum do amplificador, c. devido a rufdos
externos. uma tensllo foi induzida no laço formado. e consequentementesurgiu uma corrente percorrendo o condutor. Se
esse condutor é o comum do sinal. com uma resistência de I 11.
paro cada mA um sinal de interferência de I mV surgirá adicionado ao sinal. A lim de remover esse acoplamento. a conexão
da blindagem ao comum do circuito deve ser feita em um ponto em que o comum do circuito se conec1<1 <lO terra ex terno. Essa conexão. mostrada na Figur.1 4.57(b). mmuém a circulação
da corrente de interferência apenas na blindagem externa do
cabo. Existe somente um pomo de pote ncial zero externo ao
invólucro metálico. e esse ponto é justamcmc o ponto de conexãoaorcferênciaextemo.
Nenhuma JXli1C da blindagem do cabo de entrada deve ser
conectada a qualquer outro ponto de terra a fim de e\•itar laços.
o que poderia acarretar correntes induzidas em condutores expostos. Uma conexão errada de blindagem penni tirá que essa
corren tcnuaJXlraointcriordoinvólucro.
,.,
'"
Figura 4.56 {o) c~pacit5ncias parosilas. (b) modelo eleu{mico. (c) efeito do a1erramento na blin-dagem.
182
CapfwloQuatro
quência de 60 Hz, a reatiirociaé da ordem de lO MO. o que gera
uma corrente da ordem de 12 JJ-A ou ainda menor se for utili7.a·
do um condutor merrado enrolado pró)[irno ao secundário. Esse
ní\'eldecorrcmenàoéproblema~raamaioriadasaplicaçõcs.
Geralmemeoproblemaestárelacionado àscorrentesderuído
dealt.rfrequência,resultantedecamposelctronmgnéticos.transientcs na linha gerados por outro hardware conectado à linha
ouqucdadetcnsilononcutro.
Se o condutor comum de entrada é longo. a corrente que nu i
por ele pode causar urna queda de tensão significativa que é adi c ionadaaosinai.Emalgunscasos.transientesvindosdas linhas
de alirncntaç:io que emram pelos condutores de sinal são sufic ientes para danificar o hardware. Porém esse ti po de interferência pode ser limitada com a utili1.açãodc filtros de linha ou circuilosdeprotC'{ilo.
Pequenos filtros de RF podem ser utilizados para preven ir
v.rri.r~ões decorrentes de portadoras de sinais. os qu~tis são acopladoseretificados,causandoumavariaçãononiveiDCdosinal.
Filtmspassa-bai)[astípicosparacssasaplicaçõesutilizamum
rcsistor de 100 O em série com um capacitorde 500 pF.localizadoscrncadacntradadcsinal.
Considerando o caso de haver apenas um comum de saída.
com a mesma fonte AC. nesse caso haverá corrente circulando
ao tcrrJ pe lo condu tor comum de saída. o que geralmente não é
problema. pois nesse caso os níveis de sinais possuem maior
intcnsidadc.Aiémdisso.aqued.adctcnsãonãoéamplificadae
a impcdância de safda é geralmente bai)[a.
O problema de dois terras
(b)
Figura 4.57 (11) O problen"la d.~CQ!Ie~(locxtcma a um circuito de instrurnent;oçilo - sernaligaçãodablindagcm.(b)ligaçiloapropriadanarefcrênciacxtcmap:ITJablind.agcmdocabodccntrnd~IIOmnplifrcador.
Um circuito blindado deve ter o seu comu m conectado no
comum da fonte do sinal. Qualquer outra conexão de blindagem
introduzirá interferências.
O circu ito da Figura 4.59 poss ui um condutor de entrada aterrJda
alémdaconexilodotransformadordcalimcntaçào.Scoscomuns
de cntrJda e safda do circuito são levados para fora do invólucro
e aterrados. temos o problema de laço de terra. Es~s laços podem
surgir qu:mdo partes do comum do circuito s.ào ligadas a equi~­
mcntos utcrr.tdos. Por exemplo. na bancada de testes. a utilização
do osciloscópio fll7. com que um laço de terra seja formado. É ioteressamecmalguoscasosdesconectaroaterramemodoequipa-
Alimentação AC
Quando uma fonte de alimentação AC é intro·
duzi da no invólucro, surgem novos problemas
Otmnsformadoracoplapotênciacc;unpose)[tcrnosdo tadodc foraparaointcriordoinvólucroprinci~lmentedevidoàsca~citâncias
e nt re o enrolamento primário e o secundârio.
que por sua vez est:l concrtado ao comum do
circuito. Dessa forma. um laço indesejado de
correnteéform:tdo.envolvendootcrr.tdaalimcntaç3o. o enrolamento prim:lrio do transformador e o comum do circuito. como mostra a
Figum4.58.
Ostransformadoressãogcralmcntcçonstruldos com o enro lamen to primário separado por
urnacamadadcisolamcdosccundário.Ti picamcnte. a capacitância entre enrolamen tos é da
ordem de centenas de picofarads (pF). Na frc-
Laço irt<ksejad.o de corrente fl)mlado quando~ feita uma alimentação
uti liz.ando uma foote AC com um transformador
Figura 4.58
SinaiseRuído
183
Condicionador
Figura 4.59
Circuitos utilizados para tran sponar o sinal entre referências
memo (usualmeme denominado ··terceiro pino,.- utilizado por
normas de segurança) pam fazer a medida com um nível de interferência menor do meio externo. Recomenda-se também que nessescasossejafixadoalgumavisodcqucocquipamcntonãocstá
aterrado.paraevitarchoqueselétricos
Na área da instrumentação. é muito comum a necessidade de
condicionar um sinal associado a urna referênciadetens5oe
transponá-lo. sem adicionar interferência a uma !>cgunda rcfcrênciadetens5o.cornornostradona f igura4.59.
Nesse caso, os circuitos de entrada e saída foram separados
de modo que o comum de entrada seja conectado diretamente
na fonte do sinal c o comum de saída seja aterrado ao final do
terminal de saída. Essa situa{f~O representa um difícil problema
de instromcntação. pois a diferença de potencial entre os terras
dos circuitos faz com que surja um fluxo de corrente entre a fonte de sinal. o resistor R e a impcdância Z, (limitada por Z,). Uma
das medidas nesses casos é utilizar blindagem nos condutores
de sinal. denominadas guard Jhie/ds. De maneira geral·
t o melhor ponto de ligação para urna blindagem em um am -
plificador aterrado com fonte nãoatern1daé noterminalcomumdeentrada:
t o melhor ponto de ligação para uma blindagem em um am-
plificador n5o aterrado com fonte aterrada é no terminal comum da fonte
lssoéilustradonasFiguras4.60(u)e4.60(b).Ncssasfiguras.
E, c El s~o as fontes de ruído. as capacitâncias representam aco-
plamentos elétricos. e v,. é a entrada do amplificador.
Como foi citado antcriomtcntc. amplificadores com fonte de
sinalaterradaoferecemcaminhoparacorrentesatravésdecapacitânciasparasitascntrcascntradas(doamplificador)eotcrra
-veja a Figum 4.6l(u). Pode-se implementar uma blindagem no
amplificador c colocá-la no mesmo potencial que a blindagem
docabo.lssoevi taqueacorrentederuídocircule.Observeque.
nessecaso,oamplificadordcvcseralimcntadocombatcriasou
ent~o com um tmnsfonnador blindado eletrostaticamente. conforme mostradonaFigura4.61(b)
A blindagem de guurd deve sempre ser conectada de modo
que não exista correme fluindo entre os resistores de entrada
Isso geralmente significa conectar o guurd no tem1inal de baixa
impcd!lnciadafonte.Nomwhnente.emmuitoscircuitosprojetados. ainda existe uma segunda blindagem. como o invólucro.
por exemplo. conce1ado conforme mostra a Figura 4.6l(c)
A blindagem dcgu(Jrddcvc scrçoncCiadaaocondutordo
sinal decntrada.ondeesteé ligadoaopontodercferênciae)(tcrna. Em um sistema rnulticanal. a melhor práti<.:a é prover um
guardparaçadasinaldeentrada
Ablindagem deguardnaentradaénecessáriaemáreasem
quecxistcmcondutorcsqucnãoestãonopotcncialdetcrra.Na
Figura 4.59, o glllml pode não ser necessário no bloco do scnsor, uma vez que todos os çondutorcs das redondezas estão no
mesmo potencial de referência da entrada. No condicionador.
amaioriadoscondutoresestáreferenciadoaocomumdesaída
Nesse caso. o guard deve ser utilizado com u potencial de entrada.
Estudo de caso - Instrumentação para uma ponte
extensométrica
O caso da ponte com extcnsômctros é caracterizada por dois diferentes invólucros conectados corno mostra a Figura 4.62
O circuito é composto por uma ponte completa. formada por
quatroextensômetrosderesistênciaelétrica(paradetalhes.vejaoCapítulo lO deste livro - Volumc2)alémda fontcdccx dtação. Essecirçuitodcvcpossuirblindagcmdeguard.Acapacitânda da superfície de um condutor até um dos extensômetros pode ser de centenas de pF. É seguro assumir que haverá uma diferença de potencial entre a superfície tcstada(pclocnsaiocorn açéluladecarga) eoatcrramentodasaídado
circuito de instrumentação. Se o elemento sensor não estiver
aterradoaoelcmcntosobteste.essadiferençadepotcncialseráadicionadaaosinaldecntrada.Opiorcasoocorrcrásehouver apenas um extensômctro ativo na çélula de carga. A melhor
proteção contra esse tipo de interferênçia é aterrar a ponte na
estru turadacéluladecargaecuncctá-laàblindagcmdeguard
Uma pomc cxtcnsométrica requer muitos condutores, para cxdtação. sinal. blindagerndeguard.entreoutros. É necessário
umgrupodccondutoresparacadasinal.aindaqueablindagem
não possua emendas ou conexões intermediárias
184
CapÍluloQuatro
Figura 4.60 (a) Ligação para uma blindagem em um amplificador aterrado com fonte não aterrada c (b) ligação para uma blindagem em um
amplificador não aterrado com fome aterrada.
Quando um elemento sensor da ponte está sob tensão mecânica. a res ís1ência pode variar em até 50 n. Se a interferência
limite é de lO JJ.V, o fluxo decorrente é limitado em 0.21J.A. c
se a tensão de modo comum é de IOV. a impedància Z que permite o 11uxo de corrente de modo comum deve ser de 5 MO:.
Essa é a reatância de 10 pF em lO kHz. que é a interferência
máxima pcm1i tida pelo acoplamento. Nos casos em que não é
possível conedar a blindagem de gl/(ml na estrutura. deve-se
continuarconectando-aaoterminaldafontc.
Estudo de caso - instrumentação para um tennopar
O termo par é formado pela junção de dois metais diferentes (veja o Capítulo 6 deste volume). A tensão medida entre os dois
condutores. depois de descontada a influência da temperatura
ambiente. fornece a tempcr.ttu rJ. na junta. A junta do termopar
éger.tlmente lixada a uma superfície condutora para se obter
uma boa medida da temper.ttura. Teoricamente esse ponto de
fixação é também o ponto em que a blindagem de g11ard deve
serligada.Naprática.ablindagemdegllardéusualmenteco-
SinaiseRuído
185
uma superfície condutora c a blindagem de guanl do sinal de
entrada deve ser ligada a um dos lados do sinal. Uma solução é
conectar a blindagem a um dos fios do tennopar na conexão com
o cabo de cobre. Os cabos de entrada não devem ser deixados
flutuandoporqueexisteumachancedesobrecargaseocorrerum
caminho de fuga. Também é uma boa prática filtrar o sinal do
tcrmopar. Se ncçcssário. ll m filtro RC pode ser adicionado à entrada da instrumentação
A blindagemdcguardexistepar.tprotegeraentradadossinaiscm amplificadores em instromentaçãocm geral. Entretanto.
essa mesma blindagem pode ser responsável pelo acoplamento
de campos de alta;; frequências. Mesmo que esses sinais acoplados estejam fora da banda de interesse, eles podem causar flutuações no sinal devido à sua retificaç5o no circuito. É urna boa
práticaconedarablindagemaogabinctecmfrequênciasacima
de I 00 kHz através de um circuito RC série. O circuito idealmente deveria ser conectado do lado de fora. mas geralmente é
fixado próximo ao conector. Valores típicos são R = 100 fl e
C = 10 nF. Esse circuito é mostrado na Figura 4.63.
,,,
(b)
Boas préticas no projeto de circuitos analógicos
,,,
Figura 4.61
(a) Correntes parasitas devido ao acoplamento capacitivo, (h) implementa<;ilo da blindagem de gouml no amplificador e (c)
utili~.açãodasegundablindagcm
neçtadaondcoçorreatransiçàodotcnnoparparaocondutordc
cobre porque a resistência é muito baixa e a largura de banda
não é problema.
Se o tcrmopar é utilizado para medir a temperatura de um
fluido.emãoajuntanãoenlra(necessariameme)emcontatocorn
Figura 4.62
Os componentes básicos que fazem pane de um circuito analógico são circuitos integrados. rcsistores. diodos. transistores.
componentes para a fonte de alimenta'<ão . entre outros. Tipicamente. esses componentes são interconectados em uma placa de
circuito do tipo dupla face. A fonte de alimentação DC é composta por um sistema retificador com reguladores de tensão. os
quaissãodispostoscmregiôesvizinhasnaplaca.Sinaiscxtcmos.
bem como. fontes de alimentação. devem ser feitos utilizando-se
concctores(cxisteumagrandevariedadedeconectores - procure concctorcs apropriados para a necessidade do circuito) ou
entâocompinossoldados.Secircuitosdigitaisestãoenvolvidos.
dcve-seutilizarumplanodeterraparacvitarintcrfcrências.
De maneira geral. f«<c-sc seguir algumas regras básicas como:
t mantcrumcaminhooufluxodosinalesuarefcrênciadaentradapara a saída. tomandoocuidadode minimi;wraárea
entre esses condutores:
t componentes associados à entrada do sinal devem estar a fastadosdocircuitodesaída:
t concxõcsdafontedcvementrarpeloladodasaídacdeslocarsecmdireçãoàcntrada.paraevitaracoplamcntodeimpedân-
Cirçuíto básico para uma ponte eMensométrica
186
CapÍluloQumro
Amplificador diferencial
Figura 4.63
Fihro RC coneçtado a blindagem de guard_
t o comprirnemo de condutores de componentes que conecta
ao .:aminho de entrada deve ser mantido curto. assim como o
caminhodecobreconectadoaosinal.
t 4.6 Sistemas de Aquisição de
Dados----------------------4.6.1 Princípios básicos --------t
Sistemadeaquisiçàodedadoséqualquerarranjoquepermita
transformarossinaisanalógicoscmdigitaisparapcmlitirainterpretação e manipulação por sistemas digitais. A Figura 4.64
apresenta em diagrama de blocos os principais elementos de um
sistemadeaquisiçàodedadosgenérico
O sinal é inicialmente preparado para a digitalização pelo fillro
anlia/iaiing (conceito apresentado a seguir). implementado por
urn circuito integrado dedicado. ou por um amplificador operacional ou por um filtro RC. O objetivo desse filtro é eliminar ou
em queM representa a margem das tensões de entr.1da do ADC
(nommhne nte indicada por M ou v_ ).n. a quantidade de bits
do ADC. 1,. tempo de conversão do conversor ADC. e a relação
d%1indicaavelocidademâximadealteraçãonaentradado
reduzirasfrequência~dcsnccessárias.reduzindoportantoalargu­
radebandadocircuito.oqueajudanaminimizaçãodon.rido
Outro componente do sistema de aquisição é o circui lo
mmp/e and hold (amostrador c retenção - SH, S&H ou SHA)
Filtro
A função desse dispositivo é que a amostra disponibilizada é
muitarápidaeentãoexisteanecessidadedemanterousegurar até que a próxima amostra seja requerida. A vantagem de
utilizaçãodessedispositivoéoaumentodaconfiabilidadedo
processo de .:onversão. Considere. por exemplo. a seguinte
situação:seduraoteotempodcconversão(l,) aamplitudedo
sinal de entrada{sinal analógico - V) mudar. o resultado da
.:onversão correspondcrâ a algum dos valores da entrada du raoteotcmpoqucdurouaconvcrsão.Paraqucessainccrteza
seja inferior ao I LSB (I bit menos significativo) do ADC
(conversoranalógicoparadigital)aseguinterelação deveser
respeitada·
ADC. Para compreender a importância dessa relação. considere
os seguintes exemplos.
SH
AOC
§J-IIJ-[ill-~
~--~-cb-§J
~
I+t-t- I~t~"
Figura 4.64
Diagrama de blocos de um sistema de aquisição de dados genérico
SinaiseRuído
187
Exemplo 1------------------------
e
Considere uma entrada analógica senoidal de amplitude de pico A e frequêocia f. Aceita-se uma incerteza máxima de 1 LSB cuja frequêocia do sinal não deva exceder:
f <
M
21TXAx(2" -1)xtc
Considera -se que o sinal tenha sk:lo cond icionado de modo que sua
do ADC (M). Qual a frequêocia máxima admissível?
f<
ampl~ude
pk;o a pico (2 A) coincida com a margem de tensões
M
21TxAx(2" - 1)xt"
f s
2A
211" x Ax(2"
f-s
1Tx(2"
1)x
te
~ 1)xtc .
Exemplo 2------------------------
e
Coosiderando-se um conversor ADC de 12 bits com tempo máximo de COilversão de 25p.S. aceita-se uma incerteza máxima de 1 LSB
Qual a frequêocia máxima para um sinal de entrada senoidal cuja ampl~ude de pico a pico coincide com a margem de entrada do
ADC?
Para
o ADC utilizado temos
n=
12bits
25p.S
/0
•
r~ rr(2' ~ 1)1,
1
fs
rr x(2 12
1)x 25J.LS
f :s 3,1Hz.
Esse resultado demonstra uma l!fnilação doAOC, pois ele não consegue cooverter o valor instantâneo de sinais de evolução rápida
Para aiTieflizar essa l i m~açâo. utiliza-se antes do ADC (mu~os AOCs possuem esse d iSjXJs~ivo internaiTieflte) um d ispositivo que adquire o valor da entrada analógica (1 amostra) e o retém durante a COilversâo- o denominado amostrador e retenha (sample & hold ou
simplesmente SH ou S&H). Considere agora a análise do Exemplo 3.
e
Exemplo 3------------------------
Considerando-se um conversor ADC de 12 bits com tempo máximo de COilversão de 12J.LS. aceita-se uma incerteza máxima de t LSB
O AOC é precedido de uma unidade S&H (esboço da Ftgura 4.65), por exemplo, o AD582 da Analog Devices, com tempo de abertura
de 15 ns. Qual a frequência máxima para um sinal de entrada senoidal, cuja ampl~ude de pk;o a pico cOincide com a margem de entrada do ADC?
Considerando agora o ADC e o S&H, temos
n=
12bitse/0 = 15ns,portanto.
f :s
11"(2" ~1)t,
f <
Entrada - B - - - - - B - -
1
1Tx(2''
f
1) x 15ns
~5.2kHz.
Figura 4.65
deoAOC.
Diagrama de blocos em que uma unidade S&H prcce-
188
Capi1uloQuatro
Figura 4.1515 Amplificador .romplr anti hold.
Considere. por exemplo. urn amplificador swnple and /rold típico
qucaprcscmaurna cntrndaanalógica. umasaídaanalógicacuma
entradadigitalparacontrole.conformcesboçodaFigurn4.66.
A entrada controle ou modo corurole ( L) detemri na quando
o dispositivo está opcmndo no modo .mmple (amostrador) ou
modo lrolt/ (retençilo). No modo .wmrp/e, a chave é fechada e o
circuito funcion:L corno unt típico amplificador operacional. Em
contrapartida.quandoach:wcestáabcrta.asaídaé idealme nte
constante e. portanto. independente da entmda. A Figura 4.67
aprcscmaos mrasos típicos qucocorrcmdurantcatransição.samp/e para lwld e a Figuru 4.68 apresenta a resposta para uma forrnadeondaqualquer.
Em que·
4 Cootrole atraso (tltloy) (t,....): ~o tempo entre aboNa do comando.sample mui lroltl c o tempo quando a chave começa a abrir:
4 Tempo de abenuru (1. ): ~ o tempo necessário para a ch:we
abrir e caractcri1.ar somente o tempo de resposta da chave:
Atraso (llelay) analógico (1.,): é o a!lllSO entre a entrada analógica e a saída analógka no modo Stlmplr:
4 Atraso de abertura (t~): ~o tem po entre a borda do comando
stmrplr trml holtl e o tempo quando a entrada fica igual ao
\"alor desejado dado por:
4
Tempo de aquisiÇtio: é o tempo cmre a borda /rold para strmpleq uandoaprcsentaa saídanoarnplificador. Esse
tempo inclui o tempo de otraso da chave c pode ser
reduzido em funçilodo vulorcscolhidop:Lraocapacitorlro/dCN( Figura4.69).
Oganhodesse am ptificador é dadopor:
: '· :
Tompo
Atra.ws(dl'lll)".<)durmncalr.msiçãodomodosmr!f1/e
paraomodoloo!J/.
Flgura4.67
lrold. Segue-se uma discu ssão dos principais conceitos relacio-
nados ao modelo materm"itico dos AI:X::s- veja a Figura 4.70
Amostragem
Computadorcs di gitaissão iocapazes deproccssar si naisanalógioos. por1antoé necessária uma represeruaçãodigital desta informação. O con\'Crsor analógico parJ digital (ADC ou ND)
convcnc uma tensão da entrada (ou com:ntc ) para uma quami dade binária representativa. O si nnl ti mOStrado não é exntarnen te o sinal original. e a utiliwçilo e especificação correta de um
A/Dsãonccessáriasparnarcpresentaçãodigitalaprcsemarboa
exatidão. Basicamente. o processo de amostmgem (realizada
pelo bloco amostrador da Figura 4.70) ~a conversão de um sinal
em intervalos di scretos de tempo (usualmente igualmente c.s paçados). Assim. um sinal contínuo é amostrado em pontos discretm no tempo e anna1.cnadm na memória co mo um vetor de números proporcional à amplitude contfnua no tempo amostrndo.
V2 • A(V, - V,)
V,= A( - V2) • A 2(V., - V,)
V
A'
c·v:-·(A'=lj -'
Como exemplo de alguns circuitos strmplr mrd /rold
cncontradm no mercado, pode· se citar os amplificadores AD582. AD683 da Ana log Dcviccs.
Outro de me mo constituinte do sistema de aquis ição~ o com·erso r a nalógico para di gital (A DC
ou simplesmente AJO - as arquitciU ras típicas dos
ADC siio apresentadas a seguir). Esse dispositivo é
que dctcnnina o tipo de filtragem necessária no sistema e a necessidade ou não do uso do SWIIJ1/e mrd
Figura 4.68 Re!>postado amplificador mmplrand hol<lpar.! uma forma de ondaqualquerquandoocontrole lógico~ exercido.
SinaiscRuído
~
v,
Figura 4.89
pacitorholdC,.
•
Rcspost~
Chave
•
v.
4 limi tar o comprimento de onda do sin:tl na e ntr.tda do amos-
do amplificador Jampl~ and lrold com oca-
Considerando a Figura 4.71 (tl). a fom1a de onda é uma tensão
contínua em função do tempo: V(t). nesse caso uma onda triangular. Se o sinal é amostrado por outro sinal P(t). com frcquênda/,
e período de amostmgcm T =
_!_,
f.
como mostrado na Figum
4.7l(b)ecntàoposteriorrnentereconstrufdo(Figura4.71(c)).
Alguns sinais podem ser rcconstrufdos. porém podem nccessitardemaiorfrcquênciademnostragcmparaarcconstroçãoaprc-
sentar boa fidelidade. A Figura 4.72 apresenta outro caso em que
aondasenoid:Ll V(t)(Figuro~4.72(a))éarnostradapor um pulso
P(l) representado pela Figura 4.72(b). O sinal amostrador P(t)
consiste em um trem de pulsos igualmente esJXtçados pelo tempo
T cuja frcquência de amosu1lgcm é dada por i, =
Yr.
A razão de amostragem. f.. determinada pe lo lt'Ofl'm a de
Nyquist. precisa ser duas \·czes a fTCQuênda rn.ixima (/..)doesp<:(:trode Fourier do si nal analógico V(l). Para reconstrui r o sinal
originalapósaamostrngcm.éneccss:iriopassaraformadcoodaamostradaporumlihro)XISsa-lmixaquelimitaabandapassame em f.. O processo de amostrJgem é si milar à modulação
por amplitude (A M). em que V{t) é o si nal modulame. com espectro de DC a f ... e P(l) é a ponadorn. O espectro resu ltante
est.i mosundo parcialmente na Fig um 4.73.
O espectro real é mais complexo que o da Figura 4.73. Ao
consideramtos 11111 rádio trJnsmi ssor AM sem fi ltmgem. amesmai nfomtaçàoespcctmlaparecenàosomentc nafrequênciafundamental (/.)da ponadora (mostrado como zero na Figura 4.74).
mas também sua~ harmônicas espaçadas em intervalos de f..
Considerando-se que a fn.--quência de arnostmgcm/, 2: 2 X/,.. o
sinaloriginalércconstruldoliSltndo-scavcrsãownostradapassando por 11m filtro p;~~s;t- baix:t com frequência de corte f, (conforme
trador oo do con\"ersor A1D com um fihro passa-baixa com
frequência de eonef. selecionada pam passar somente a freqllência m.i., imaf.. da forma de onda c nào a frequência de
amostragem:
4 selecionar a frequêneia de arnostmgcm/, no mínimo duas
vezcsafrcquênciarn.iximadoespcctrodcFouricrdafomm
deondaaplieada.ouseja.J, :2: 2 X/,.:
4 acxperiênda tcmmostmdo<lllecrnalgurnasaplicaçõesé import antetrabalharnaprálicacomfrcquênciadcamostragem
dctrêsacincovezcsmaiordoquef.,. Porcxcrnplo.nocsludo
de sinais cardíacos. ECG if.. .. I 00 Hz). tipicamente trabalha-se com frequ~ncia de amostmgcrn da ordem de 5 X/,.=
500 Hz.
Após a digitali7.ação do sinal pelo conversor ADC. o sinal
est.iaptopamscranalisadoouprocessadopclaunidadcdcproccssarnemodesinais. por exemplo. um computador. Se for de
interesse. o si nal processado pode ser reconstruído atra\"és do
uso de um con\"ersor digital para analógico (OAC) c de um filtro
JXlra remover os componentes de alta fTCQuência (conceitos relacionados à fihmgemserilodiscutidosaseguir).
Um exemplo típico de digimlização são os sinais de .iudio.
em que a f. = 44 kHz. pois os limites caractcrfsticOll da sensibilidade do ouvido humano são de 20 Hz a 20kHz.
Ouantizador
Bloco responsável por reali zar o processo de quantização. ou
seja. pela representação aproximada de um valor do sinal por um
conjuntofíni toe valores( vcja a Figum4.76).
A resolução da amplitude é dada em lemlos do número de
bits do conversor ADC (tipicamente 8. 12, 16 bits .... ).e o tamanhodo passodaquantização(o'l)édadopor:
-j
""''
....
{- o...T{ - or {.___,_,(1~:'"
-
Figura 4. 70
189
esboço da Figura 4.74). Um problema ocorre quando a frequência
de amostr.lgemf. é meiiOI" do que 2 X/.. (cxcmplificada na Figura
4.75).Visualizando.scaJ.igura4.75.pcrccbc-scasobreposiçàoque
resultaoofenõrnenoconhocidoll/ktsing.Casocssesinal passepor
umfiltropa."Sa·bai xa.nào iráproduzirosi naloriginal.
Algumas dicas pa raamostragemdcalta lidelidade sào:
Modelo
m~temátioo
-....
do oorwerwr AOC.
190
CapÍluloQumro
Figura 4. 73
Espectro do sinal amostrado
Figura 4. 74
Espectro do sinal amostrado
(o)~
Figura 4. 71 Sioal amostrado:(<~) forma de ooda comfnua: (h) vcrsiloamostradadafonnadcoodacontínuac(c)formadeondarecons-
lrl
(b)
11111111 11 11111111
(O)
aln
- f,
-f.,
+f.,
+f,
I r·· I
-f,
Figura 4. 72 Sinal amo~mtdo: (a) onda wnoidal: (h)
daonda>enoidal:(c)ondawnoidalamostrada
o
+1,
amo~trdgem
Figura 4.75 Alü•sing que ocom: quando /,< 2 xf,..
.•
Sinais eRufdo
- ·"'-"''""""-
0,6
:t:: Passo dequantJzaç&o
~~
o.•
0.2
O
n
•• •
191
Tabela 4.2 Alguns dos côdigos utilizados em
codifteadores (em que FE ou FS representa fundo
de escala)
Fr.çlodoFIE
tFS)
+ (314)FE
'·
'·
OI ICOOOO
+ (1!2 )1'E
Figura 4.76
M<Xielo matemátiro do processo de quamizaçào
+ (1t~J FE
00000000
em que V.., (ou M)é a margem decntrJda doADC e 11. a quantidade de bitsdoAOC. Por exem plo. para um ADC de 8 bi ts com
alinlentaçàodereferênciade5V:
8 = ~'""_:. "" , _
2 1
-C if2)FE
5
2
1
a J9.61 rn V
-
( 3/~)I'E
Erro de quantização ou ruldo de quantlzação
Considere um ADC genérico de 3 bits (n .. 3) cuja emmda ana-
lógica v..., produz uma palavra binária b.b. , ... bjJ 1 gcrnndo o
valor Dtalquc:
o_ - b.2 "+ . +b,2 1 + b, 2-'s ~ = ~
em que K é um fator de escala. V.,. é a tensão de referência. b.
os valores binários (O ou I) da Sõlfda do ADC e Vn: é o fundo de
escala (nesse caso a tensão fundo de esc:tla: V1t" = K X V.,.).
De fomm geral. o ADC possui pinos de control e para geren-
ciame nto do processo de di gitalizaçào. corno por exemplo o pino
parJ iniciar a co nvcl1iâo SOC (Start Cmwfrsion) e o pino pam
indicar o fim da convcrsão EOC (E11d Courersilm). A Figura 4.77
apre.~ma o diagrama de blocos de AOC genérico de 3 bits com
~ua correspondente fu nçàode transferência ideal c o ruído de quantização. Por C"-cmplo. o código de salda 100 corrcsponde ao de
entrada
(i
:t
i
v..., • v.
~)v.
representado na Figura 4.77 como
lssoocorredevidoaofatodeoAOC nàoconseguir
di stinguir valores dentro dessa fai"-a. ou seja. o cód igo de saída
pode uprcscntar um erro de :ti f.S/J. Essa incerteza é chamada
decrrodequanti l.açào.outarnbémderufdodeq uantização(e,)
- limitaçào incrcntcaq ualq uerprocessoded igi talização(oruído
de quanti1.ação diminui com o aumento dos bits).
Como apresentado na Figura 4.77. e, é \'ariávcl com o valor
de pico de
Jí" LSB = 2 ~':._ 1. Seu valor mls é dado por:
I ISB
,, ~-'JF
Codlflcador
Bloco destinado a associar algum código bin~rio para cada valor
quantizado. Portanto. é o processo de representar e m cód igo fi-
nito à salda do quanti7..ador. São empregados diversos tipos de
códigos em conversores AOC:
4 códigos tmipolares: binário. BCD. binário complemento de
l.Gray.cntrcoutros:
4 códigos bipolarcs: binário com comp lemento de 2. binário
co m complemento de l.entreoutros.
A Tabcht 4.2 nprcsema ulguns dos códigos ulili z:tdos no processo de codificação (C2 - Complem ento de 2 c C l - Complemento de I).
Margem dinâmica de uma cadeia ou sistema de
medida
Os elementos que realizam as distintas funções de utn sistema
de aquisição de dados representam a tr.msferência de infonnaçào
ent re elementos. A Figura 4.78 apresenta COliJO exemplo as típicasmargens de sinaisemargensdinàmicasdeumacadeiagené rica demedida.
Com bascnaFigura4.78,observeque:
4 oscnsordevcscrcapazdcdiscerniralteraçõcsnosinaldc
entrada (variações de X). ou seja. uma variação de X (lU")
deveproduúrurna vari açãosignificativadetcnsàonoscnsor:
~x~~v_:
4 o AOC terá uma margem de en trada (tensões) M. Se a margem for. por exemplo. de O V até M V. sua resolução será:
"i'i·
- 1:
4 a saída do AOC oferecerá 2' códigos distintos. por C)lcmplo.
sefor um AOCdc4bits:OCXX>até 11 ll .e. portamo.sua resolução é a altemçilo de um bit menos significativo ( I LS B):
4 aadapt:tçàocntrca margcmdctcnsõcs dcsald:•dosc nsorc
a margem de e ntntda do ADC é realizada pelo a mplificador
operacional (ampop: a tensão mhima - módulo é limitada
emqualquercasoa um va lorinfcrioràtensãodealimcntaçào
192
CapÍluloQumro
EOC
soe ~----,
' in
\\ :1
a••,,.,
v~,
''
'
-
111
'
</
~
110
1 LS B
/
_
/
101
/_
_L
100
000 01"',- 1,.--"-'-,,.-,-,.-~-,-"-,-"-,-• v,"..,,(V)
·::~:!KS:S:S:S:S:SJ
018
318
418
718
~ vlnput (V)
Diagrama de blocos de um ADC genérico de 3 bi(s com Vn = I V (com pinos de con(role SOC e EOC). sua correspondeme
funçãodctransferênciaideal eoerrodcquamizaçâo(e,).
Figura 4. 77
192
CapÍluloQumro
EOC
soe ~----,
' in
\\ :1
a••,,.,
v~,
''
'
-
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110
1 LS B
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100
000 01"',- 1,.--"-'-,,.-,-,.-~-,-"-,-"-,-• v,"..,,(V)
·::~:!KS:S:S:S:S:SJ
018
318
418
718
~ vlnput (V)
Diagrama de blocos de um ADC genérico de 3 bi(s com Vn = I V (com pinos de con(role SOC e EOC). sua correspondeme
funçãodctransferênciaideal eoerrodcquamizaçâo(e,).
Figura 4. 77
SinaiseRuído
Magnitude
Amplificador
liaica
193
MUXeS&H
o_
~=:
•ntrMI•
G.v,
oo•oc
(M(
Figura 4. 78
--
Margens de sinais c margens dinâmicas de uma cadeia genérica de medida.
do ampop (saturação) e ern muitos casos por distorções não
lineares para grande sinais (sobrecarga). O valor mínimo (em
módulo) é limitado pelo ruído c por derivas intrínsecas. pelas
distorções para pequenos sinaiseporimerferênciasexternas:
t o MUX (multiplexador) e a unidade S&H (amostrador c retenha) normalmente não modificam a margem de tensões.
mas é possível um aumento do nível de ruído.
A margem dinâmica (MD) de um scnsor. elemento ou sistema
é definida peloquocicmccmrconívcl máximo de saída (para
nâoaprescmarsobrecarga)pelonívelmínimodesaídaaceitável
(por ruído. distorção. interferência ou resolução). O valor máximo pode ser determinado segundo as especificações (por cxcmplo.distorções)válidas. Seosníveisnâoscreferemaomesmo
parâmetro(valordcpico.picoapicooucfieaz).clesdevemscr
especificados. Se o valor mínimo é determinado por um sinal
aleatório. é frequ entemen te caracterizado mediante seu valor
eficaz. A MD normalmente é expressa em dB - na Figura 4.78
scconsideraquenadifercnçaen trenívcisaunidadeemprcgada
sâoosdecibéis(dB)
e
o_
Portamo. para urn ADC. a menor alteração na entrada para
produzir uma alteração na saída se denomina resolução ou intervalo de quantizaçào q. Logo. para um ADC de 11 bits com M
reprcsemando a margem das tensões de entrada do ADC. a resolu'iãoédadapor
q=ô=2~~ l
=2.M_(
Portanto. a faixa dinâmica da emrada (DR) do ADC é
DR =~= q x( 2" -
l) = 2' - 1.
q
Portanto. a saída do ADC tem 2" - I intervalos (ou 2' estados) e a menor alter..tçâo é l LSB!
A faixa dinâmica (ou margem dinâmica) da saída do ADC é
dadaemdBpor:
MD(dB) = 20log(
7:)
="' 6 X 11.
Exemplo - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
ConsJdera-se que se deseja medir uma determinada temperatura que varia de O •c a 100 •c com uma resoluçào de 0. 1 •c: a sakla
digital será obtkla mediante o uso de um ADC com margem de entrada de OV a 10 V. Determine a margem dinâmica necessária para
os elementos que fonnam esse sJs1ema de med ida.
194
Capi1uloQuatro
M0•(100oC-O"C)•1000
0,1"C
MD{ct3) = 20bg(100 OC-O OÇ) =
0.1"C
= 20"<l(10o-o)-20"<l(0.1) =60 d8
MD(d8) • 6Xn
60 =6 Xn
n =l O bits
10 bits (n • 10} lemos 1024 (2" • 2'0 • 1024) códigos para 1000 (MO • 1000) valores de 191T'4)9r81ura. Portanto.
de 10 bits é suficiente seassegtxarmOS que a margem (10 v ao V) correspondaa (1oo•c a O "C).
Com um ADC de
Lm ADC
t 4.6.2 Principais arquiteturas dos
conversores digital para analógico
(DAC ou D/ A) e conversores analógico
para dlgltai(ADC ou A/DI - - - - t 4.6.2.1 Conversão digital para
anal6gico· - - - - - - - - - - São dispos itivos (DAC ou DIA) que couvenem um uúmero binário de 11 bits par.1 uma correspondente tensão de saída de 2"
distinlOS\'alores.A Figurn4.79aprescntaemdiagrnmadeblocos
o processo de conversOO DIA ou DAC.
Como exemplo. considere um DAC gené rico de 2 bits (n =
2) de entrada (A,- Ao) que possibili ta 4 ~aídas analógicas difcrentes.pois2" = 2 1 = 4:
Enlrada dl9ital
A,
• v, ~(b, , 2
1
'
'
1
+ ... + b,2 '+ b0 2°)
Caracteristicas básicas para escolha correta de um
DAC
No DAC genérico de 2 bits do exemplo anterior. o passo ou resolução é de 0.5 V. conforme esboço da Figura 4.81 .
Podem-se citar como principais car.~eteristicas dos DAC:
v. (_V)
t resolução: normalmente cspccilicada em função do número
0.0
de bits. É o passo ou a menor mudança possf\'elua saída analógica em função da entmda. Para um conversor mmlógico
para digital (DAC) de n bits de entr.1da. o número de combinações ou nfveis ser:l N • 2• e o número de passos. 2· ' ;
t errode fundod eescala (f'F.):diferençamáximada saída do
corl\'ersor em rclaçilo ao valor ideal. normalmente indicada
em percentual. Por exemp lo. se lllll determinado DAC apresenta uma precisão de ::!: 0.02%FE c apresenta um fundo de
escala de lO V. logo:
,,
1,0
De forma gemi. um conjunto de 11 bits (b,_, .. . b}J,b0 ) fom1a urna
palavradcnbitscujaretw;ilo,chmmtdadcvulorbináriofracional.
é dada por:
jo1l
V. = KV'<f l)-
cmqueKéumfatordccscala. V'<f éatens.ilodc rderÇncia,b,os
valores binários (O ou l) da cntr.l(Ja do DAC c V1 t"é o fundo de
escala (nesse caso a tensão fundo de escala: V,.,; .. K X V,.,.).
Como exemplo. a Figura 4.80 apresenta o diagr.1ma de blocos
de um DAC de 2 bits (11 • 2) com Vrc • I V c sua corrcspoudcmefunçãodetmnskrêuciaideal.
Salda analógica
0.5
D = b, ., 2
Ponantn. um DAC recebe na sua cntmda uma palavra binária de
n bits com valor binário fracionai!)- : sendo assim. produz na
sua saída um valor analógiço (V,) proporciorwl a o ..,..:
+ ... + bl 2 2 + b, 2- 1 + b0 2°.
::!:0.02% X 10 =-::!: 0,2 rnV;
Sistema digital
---+
Figura 4. 79
[ '"·-~~ ]
Sis1crnas b.hicos utilizados no procesw de con•·ersOO digi tal para analógico.
SinuiscRufdo
0
-
H · ~·o
'
DAC
'•
2blto
v,
figura 4.82 Um glilch ou tensão U11nsicntc pode OCQI"Ter quando
muitos bits se ahcnm ao mesmo tempo. como exemplo: Olll llll c
..v.~.""
10000000.
.
"'
Conversor O/A ponderado
'"
01 oo
01
to
,
o.b,
Figura 4.80 Oiagrama de bloc05 de um DAC de 2 bits com sua
fu!lÇãodetransferinciaideal
I erro deoffstl: quando uma entrada bin:iria é zero. idealmente a saída deve ser OV. porém pode ocorrer uma pequena variação na tensão de saída. denominada erro de offset:
Um dos conversores DAC mais simpl es. Utiliza um circuito sornador(Figura4.83).cmqueacorrentcéindividuairnentccha\'Cada a tmvés de um conjunto de resistorcs somados à entrada
dcumampiificadoroperacional.Cadachavefcchadarcprcscnta
umacntradaníve l alto( l )ein\'ersamentc,umachaveabertarepresentaumnín:lbaixo(O).
Conforme aspecto teórico abordado sobre amplificadores ope·
racionais nas se«Jes anteriores. pode-se verificar que v_ é:
V
}i
esca la. quando os
bits ahcmm, por exemplo. dcOlll ... ll I I para lOOO ... IXXlO.
conforme exemp lo hipotétko da Figura 4.82.
I sens ibilidade relacionada à a lim en t<~çiio: é a mudança perçcmualnatens3odesaídaporl % daml.ldançanaalimentação.
Esse fator é muito importante em sistemas alimcmados por
bateria:
I l"Shtbilidad e d e te mperatu ra:éainsensibilidadedascaractcrfsticasa ntcriom•c•Hcdcscritasernfunçllodatcmperatura.
Norrnnlrncnte é expressa em unid:•dcs de
H ·V
=-....L.2.=V
-
I glitcli:éumtransiente nasaídadeumDACqueocorrequando mais do que I bit altera no cód igo de cntnub c os corresponden tes ci rcuitos internos não mudam sirnullaneameme
Ocorre normalmente na transição de
195
"'
R.,
(R
....L+::.L+::.L+...L l
RCJ
R
R
R
Rc
R1
R~
H
H
H
H
v..,-- ( v":.;{-+vcf+v.
f + V~ f
C
I>
•
l
A
SupondoqucR1 - l kO;RCJ = I kO:Rc= 2k0:R, - 4k0e
R~= 8 kO, porexemplo.asentradasD = SV - Vo- C = SV =
Vc. B = A = OV = V,= VA:
v --(s>x t ooo+5~+o~+o~)
-
I X IOOO
v_--(
2Xl000
5 + %+ 0+0
4 X I 000
8X I OOO
)=- (5 + 2.5) • -7.5 v
o/oc ou U.'IJioc
V.J.V)
2.o ······r······-r
1,5····--+------+-····t-funcloóeescala
1,0 -
0,5 --
v.
::::f!n::
··-·!······+·-- .. , -···- ....
···-+··----~ -···:1,
-+--'-------'---'-----t>(Entraóadigital)
00
OI
10
11
(0)
(\)
Figura 4.81
(2)
(3)
Saída ideal de um DAC gc~rioo de 2 bits
Figura 4.83
Conversor D/ A pondc...OO ge~rioo de 4 bits.
196
CapÍluloQumro
Como exemplo. para o DAC ponderado de 4 bits. as três tensões
rnenoscmaissignilicativassão
em que B é o valor da entrada binária, que pode variar, nesse
exemplo. de 0000 (010 ) até l 111 ( 15 10 )
Se considerarmos que a tensão de referência é Voi = 5 V. o
fu ndo de escala desse conversor ocorre quando lJ = I I I l, =
IS,,.. ouseja
0.625
FE
=v_
5V
= - g x 15 = - 9.375 v
1,250
Alguns conversores DAC comerciais
8.125
8.750
9.375
O DAC0808 (na1ional semiconductor) fornece 256 (2' ) níveis
discrctosdetensão(oucorrcnte) nasuasaída.Acorrentctotal
!,.. fornecida na saída é função dos números binários das entradas DO-D7 do DAC e da corrente de referência (/nf):
As principais limitações desse DAC são:
I
t ascntradasdigitaisvariamdc0a5V;
t oconjuntoderesistoresdeveserprecisoecomgrandemnge.
portanto a tensão de saída v_ é dependente da entrada e da
prcdsàodos rcsistoresutilizados.
Conversor D/ A R·2R
O circuito integmdo DAC mais comum é baseado na rede R-2R.
que estabelece uma sequência binária de correntes que podem
ser seletivamente somadas para produzir a saída analógica. Um
DAC do tipo rede R/2R cujos valores de resistência variam em
umafaixadesomente2a I encomra-senaFigura4.84.cujasaída analógica é dada por
"""
= I
"'
(!!2+.0!.+~ + ~+~ + E3_+_Q_!_+EQ_)
2
4
8
16
32
64
128
/"'= 2 mA ( 5 / { 5 k!1) c com todas as entradas binárias
em nível alto, a máxima corre nte de saída/_ é I ,99 mA;
cia
v_=-fxB
I
-
=I
5 5
-+.., ( 2 4
5
5
5
+ -5 + -+-++ - 5 + - 5) =1,99mA
8
16
32
64
128
256
v.
L------,-----,-----,----,
-;;;;->
f.
f
B,
Figura 4.84
256
em que DOéaentradamenossignificativa,lnf éacorrcntcdc
entrada de referência. qtte. nesse DIA. é aplicada no pino 14.
conforrneesboçoda Figura 4.85.
NoexemplodaFigura4.85,seforutili7..adaumacorrentedc
referência de 2.0 mA. urna tensão de + 5 V e resistores-padriio de
1 k!1c 1.5k!1(éintcressantctambémusarumdiodozcncr,como
por exemplo o LM336, para impedir qualquer nutuaçào com a
fontcdca1irncntaçâo).Considcrando-seumacorrentedcrcferên-
f.
f
B,
Conversor DIA de4 bits baseado em uma rede R-2R
v.
Sinaise Ru ido
197
v_. o-tov
5k
suuus
Figura 4.85
e se: R = 5 kOeJ.,= 2 mA.
I 00 I é dado por:
1_ • 2 mA X
v_ •
Esboço do imerfoceamemo do DAC de 8 bi\5 a pona paralela IEEE1284-A.
v_ para a entrada binária 1001
JS]l •
(ffi
1.195 mA
1.195mA X 5k0 "' 5.975V
A Nationa l Semiconductor apresenta outros conversores DAC
de 8 bits. entre eles DAC0800. OAC0801. OAC0802. DAC0806.
DAC0807. DAC0830 cmre outros. que diferem basicamente na
linearidtldeealirncmaçào.Aiémdisso. épossívcladq uirirsistcmas de aquisição de dtLdOS. por exemplo. o LM 12454 ou
LM 12L458. A Texas lnstrurncnt s apresenta uma amp la gama de
conversores OAC comdifcrc nt csconfigurações dc ve locidade.
reso luç~o c alimel"l11LÇilO e possibilidades de in tcrfaceamento.
Destacam-se os DAC R-2 R de 12 bits: DAC7800. DAC7802
entre outros. assim corno os DAC R-2 R de 16 bits: DAC7654.
DAC7664. DAC7734. e a farnnia TLV5620. TLC7225. de 8 bits.
Outro fabricante de conversores DAC é a Analog Dcviccs. com
diversas linhas e configurações (resoluções de 8 a 18 bits). Como
exemplo. a linha de 8 bits: AD558. AD7224. AD5330; a linha
de 10 bits: A D5333. AD53 10: a linha de 14 bits: AD5516.
AD7538: a linha de 18 bi ts: AD760. entre diversas outras configurações.Cabc:obse!VarquediversosOtJtrosfabricantesapresemam uma linha de conversores DAC. destacando-se na atualidade a utilização de micnxomroladores com cOfwersores D/ A
intemos(orr -chip).
digital-----------t 4.6.2.2
ConversAo analógica para
São dispositivos (ADC ou AIO) qLJe convenem um nível de tensão (entrada analógica) em um número binário (saída digital).
noonalnrcnte a relação ent re a tensão de entrada e o número de
saída é linear.
Caracterfsticas básicas para a escolha correta de
umADC
t rt'SOiuçãoouerrodc<JUiltlli7.ução:éamaior di ferençaen tre
qualquer tensilo de entrada e m rela~·ào ao uúnrcro de saída
Como existe forte rellLçilo e utre resoluçno e o número de bits
do conversor. nom1ahncnte utili7.a-!;Coternro"rcsoluçàodc
nbits'":
t tempo de co nnrsüo: tempo necessário para produzir a saída
digital após o in(eiodaconversilo;
t taxa de eonn rsüo: é a maior taxa que o ADC pode rcali1.ar
as conversões. ParaADCs simples. a máxima taxa é o inverso do tempo de conversão;
t e!.itabilidadeàtemperatura: éainsensibilidadedascaracterísticasanteriorcs às alterações daternperatura.
ADC por aproximações sucessivas
Também chamado de ADC SA (Suussil·t-A{JfHV.timathm Con \"tner). Um dos con\'Crsorcs ADCs mais comuns no mercado.
198
CapÍluloQumro
Y~(32+8+4)kg? -+ Sim.logo!>erctémamassa4kge
4
utilizaummétododeprocurabináriaparadetenninarosbitsda
saída(asequênciadenúmerosqueformamasaída).Umacxcelcntc analogiaparacornprccndcrcsse método é a pesagem de
um determinado objeto usando uma balança c urna sequência
binária de massas t:onhecidas. por exemplo. l kg. 2 kg. 4 kg. 8
kg. 16 kg e 32 kg. conforme exemplo da Figur<.~ 4.86. O objetivo
é detem1inar o peso X com o uso das massas conhecidas - a solução para esse problema foi proposta pelo matemático Tartaglia
em 1556. A proposta desse algoritmo é a mesma utilizada no
ADCaproximaçõcssuccssivas.
O processo é t:ontínuo. testando cada massa em uma sequênciadecrescente:32kg. l6kg.8kg.4kg.2kge 1 kg.Deseja-se
determinar a massa de X: para isso, posiciona-se em um dos
pratosdabalançaamassaXcnooutropratoamassaconhecida·
32 kg. Após. ocorre a verificação da condição: Y ~ 32 kg? Se
sim. se retém a massa teste (32 kg). e o nível lóg ico é l: caso
t:ontrário.sedcscartaouserejeitaamassateste.eonívellógico
passaaserzero.Portanto,ospassosparaessetestesão:
A balança é análoga aocomparador, cuja saída é um nível
lógico O ou l. dependendo das amplitudes das duas entradas
analógicas.Oconjuntodepesoséanálogoaoconvcrsorintemo
DAC. cuja saída é proporcional à soma dos pesos dos bits da
entradabinária(vcjaFigura4.87,queaprcsentaodiagrarnade
blocosdessaarquiteturaetípicas formasdeondadecontrole).
Essa técnica usa o registrador de aproximações sucessivas (SAR).
eoprocessodeconversàocurnpreosseguimespassos
4 Y :2: 32 kg? -+ Sim. logo se retém a massa 32 kg (ou seja. a
4 início da conversao (SOC): habilitação de um comando CON-
massa32kgfazpartedasoluçàofinal.queéobteramassa
deX)enívellógico 1:
t Y ~ (32 + 16) kg? -+ Não. logo se rejeita a massa 16 kg e
nhellógkoO:
t Y~(32+8)kg? -+ Sim.logoscrctémamassa8kgenível
lógico 1:
VERT START. Essa habilitação obrigao módulo amostrador
e retenha (SHA ou S&l·l) a ficar no modo hold. e todos os
bits do SAR são ressetadvs. exceto o MSB. que é setadv;
4 a entrada do DAC m:ebe a saída doSAR: se a saída do DAC é
maior do que a entrada analógica, esse bit no SAR é O: caso contrário é I. O próximo bit mais significativo é emão I: se a saída
.
nível lógico 1:
4 Y ~ (32 + 8 + 4 + 2) kg? -+ Não. logo se rejeita a massa 2
kgenfvellógicoü:
Y~ (32 + 8 + 4 + I) kg? -+ Sim. logo se retém a massa 1
kgenfvellógico l.
4 Aofinaldoalgoritmotcmos:X = 32+8+4+ I = 45kg =
101101 0 , ou seja. o valor determinado da massa dest:onhecidaX.
4
SIM I
Re!6m32
( ! Jógico)
NÂOI
Re;Hal 6
(OJógico)
Y>:(32+8)?
SIM!
(Ilógico)
Y>:(32+8+4)?
Y>:32 ?
Y >:(J2+ 16)?
""""'
-·
SIM!
{Ilógico)
Y >:(32+8+4+2)?
NÂO!
Rejeil/1 2
(Oiógo::o)
Y >z (J2+8+4+\)?
SIM!
( I lógico)
Totai • X • 32+8+4+1•45kg .. t 01101,
"""" '
Algoritmo utilizado no método de
aproximaçõcssucessivas:considereaanalogiacom
urnabalançaedetcrrninadasrnassasparaurnaaproximaçãosucessiva.
Figura 4.86
SinaiseRuído
199
analógica
(d)
Saklade
(b)
"""'
Figura 4.87 (a) Diagrama de blocos do AOC de aproximações sucessivas (o controle lógico é um hardware que implemcnta o fluxograma
mostradoantcrionn<'nle-Figum4.86) c(b)fonnasdcondademonslrandooprocessodceon\'ersàoatéadisponibilidadedodado
do DAC é maior do que a entrada analógica, esse bit no SAR é
O:casocontrárioél.Oprocessoérepetidocomcadabit:
t quando todos os bits foram JelluloJ, testados e ressewdoJ de
fonna apropriada, o conteúdo do SAR corrcs)Xlndc ao valor
daentradaanalógicaeaconversãofoicompletada.
A Figura 4 .88 mostra um exemplo desse con"ersor. Considere. nesse exemplo. uma entrada analógica de 10.8 V a ser convcnida por um conversor de 4 bits com tensão fundo de escala
de 16 V (VFf = 16 V) - considerando um vffset do DAC de
l..SB ou - 0.5 V. nesse exemplo:
-)'i
O comando CONV ERT START (SOC) inicia o processo de
conversão, o registrador SAR faz b, = 1 com todos os outros
bils permanecendo em zero Iai que foi gerado o código I()(X)
(considcrandoocxcmplode4bitsapcnas: b,b,b,b, ).lssoocasionaqueasaídadoDACé:
V., = 16(1 x2-' + OX 2-l +0 X 2- 3 + 0 X 2-') -0.5 = 7.5V
No final do período de clock T,, v. é comparado com a entrada
analógica V, = v._= v, = 10.8V.ouseja. 7.5V < 10.8V -+
b, = l. No início de T 1. b2ésetadv (b 1 = l). gerando um código
1100. e V., = 16 (I X 2- ' + l X 2-l + 0 X 2-J + 0 X 2-') 0,5 = 11,5 V, ou seja, na comparação ternos 11,5 V > 10,8 V
-+ b, = OoofimdeT,
No início de T,. b, é sewdv (b, = l). tal que u código é 1010
c V,. = 16(1 X2 '+OX2 l + I X2 ' +OX2 ' )-0.5 = 9.5
V. ou seja. nacompantçãotemos9.5 V < 10.8V -+ b, = I.
Finalizando o algoritmo. nu início de T,. b, é sewdv (b, = I).
talqucocódigoé 1011 c V,. = 16(1 X 2 ' +O x 2 l +I X
2-' + I x 2-•1 - 0.5 = 10.5 V. ou seja. na comparação temos
10.5V < 10.8V "+ b, = l.
200 Capfwlo Quatro
Figura 4.89
ADC rroddns.
ADC integrador (charge·balanclng ADC e o dualslope ADC)
Figura 4.88 Exemplo da rocwerslo de uma cnu·uda analógica de
10.8 V e sua ronvt"rsão por um ADC de aproximações sucessin.~ de
4bits.
Portanto. no fin al de T,. o reg istrador SA R gerou o código
1011 que idealmente corresponde a 11 V. Observe que qualqucrtcnsllonafaixa lO,SV < v_< ll.SV tcrácsse mcsmo
código.
Esse ADC apresenta como principais vmuugcns o buixo custo. u velocidade. c o fato de ainda poder ser utili zado paragnmdc número dl! bits. Apresenta porém como dl!svantagens a preci~o e a linearidade limitadas em funçào da preçi~o do DAC.
Alón disso. apresenta a necessidade de um amplificador do tipo
stlfllt'le cmcl hold (interno ou externo- muitos desses AOC possuem o SHA interno). por exemplo. o circuito intcgradoAD582.
oAD683 da Analog Devices. para garantir uma entrada constantcdurantcoprocessodeconversão.
ADC Tracklng
Rcpctidamentecompara suacntrada coma salda dc umconvcrsor D/ A. conforme ilustra(fàOda Figura 4.89.
A tensão a ser convertida é comparada com a saída de um
DAC que está conectado ao contador crescente/decrescente. Se
a tcnslo é maior. o comador é incrementado (commlor up) por
1 (iocrcmcnto passo 1): caso contrário. o contador é dccrementado(colllmlordo'tl·n). Esse AOC continuamente compara o sinal
de entrada com uma representação reconstruída do sinal de entrnda. O contador cresccmcldecresccntc (contador upldown) é
controlado pela s.afda do comparador. Se a emrada analógica
cxccdeasaída do DAC. ocontador contacresceme até que as
cnti"Jda sejam iguais. Se a saída do DAC excede a entrada analógic;t.OCOnladorcontadecrescenteatéqul!sejnrniguais.
A principalvamagemdessc tipodeconvcrsor é obaixocusto.c as principaisdesvantagcnscstàorclacionadasà lentidão,
precisão e linearidade limiladas em função do conversor DAC.
Esses conversores rea li1.am conversão AOC indiretamente pela
conversão d:J entrada analógica em uma função linear do tempo e
então para o correspondente código digital. Os dois tipos de con\'ersores mais comuns desse tipo de arquitetura silo: clurrge·ba/ancing ADC e 0(/ll(r/-sfop~ ADC. O tipo chlrrgt'·lxrlcmcirrg ADC
con•·erte o sinal de entrada para uma frcquêocia. que~ entào medida por um cootadoreconvertidacm um código de s.aída proporcional à cmrad:J analógica. Ess.a família dccoovcrsor ADC ~ mui ­
tousada cm ap licaçõesdelelemetria emqucénccl!ss.áriodeterminar que frc<]uência é transmitida em ambientes ruidosos ou isolados. O tipo (/rw /-slnpe ADC é também conhecido como ADC
dupla rnmpa (drwl· mmp ADC) - veja a Figura 4.90
No início da conversão (SOC: Swrt ofCom·ersiOII). a tensão
deentradadesconhecida(V....,.)outenslodccmrJdaanalógica.
é aplicada. juntarnenle com uma tensão de referência (V»f). à
enti"Jda de um circuito somador. cuja s.afda é dada por:
Em seguida a safda do circuito somador (V. ) é imposta ao circuito imegrador, que integra essa tensão com re lação ao tl! mpo para obter (com tempo fixo de integração 1):
~· = ~(v..,.,+ v»~)ic·
Arelaçãocntrealens;\odesaida doimegradorcotl!mpoédada
pclaretaOUI"Jnlpadecarga(Figura4.9 1).
Ao completar a integração no tempo 1. uma cha•·e na entrada
do circuito integrador é ati vada para desconectar o circuito somador e concclar a tensão de referência (V>ot) ao integrador (veja a Figum 4.92). Nesse momento a relação entre a lcnsão de
safda do intl!grador e o tempo é dada pela rampa dl! descarga
(Figu m4.93).
Asafdadointcgradordirninuicomurnararnpade:
SinaiseRuído
Figura 4.90
201
Diagrama de blocos do ADC dupla rampa.
Figura4.91
Rampadccarga.
Safdadigítal
Figura 4.92 A chm·e na entrada do cirçuito integrddor é ativada para
aointegradordoADCduplarampa
de'ICon~._,tar
o cirçuito somador c conectar a tenúo de referência (\I,.,)
20 2
Capi1uloQuatro
r
Esse AOC é relativamente lento. porém é preciso. linear e
muito utilizado em analisadores lógicos. Os principais passos de
fuocionamemosão:
A:::::::;
4 a chave CH, conccta a eutrJda analógica V1 à entrada do cir-
~T-'
'
cuito imcgrodor para um conjunto de cidos de clock n 1 (!c.mpofillon.
'
t posteriorme nte. Cl/ 1 conecla a tensão - v.., ao integrador
I
para descarregar o capacitar em um determinado tempo
fixo. enquanto a cha,·e Clll conccta o nmtador para contar
o númerodedot·b": nec essários para dcscarregarocapacitorC.
-~Delta t(·
Figura 4.93 f'Oillla de ond:l completa do ADC dupla rampa: (a)
representandoas rampas de earga e dcdescarga.
t a relação
Ocomparadorrnonitoraatensàodcsaídadointcgrador(V,)
com um sinal que interliga o controlador lógico quando v,. vai
para 1.em. O cnmuncnto por zero (O) ocorre quando:
(v,..,..+ v'>~" ) x t • v..,ât
2RC
•• '(v )
-=I
2
7v..,..
V
.:à+ J
V..,.
ó.( ,
está relacionada à relação
Por1anto. o contador terá uma representação binária
datcnsãodcsoonhccida ( V- ).
Outro diagrama de blocos para ellplicar o funcionamento do
AOC dupla rampa é apresentado na Figura 4.94. A entrada é
mamida em um capacitar durnnte detem1inado período de tempo. Um clock é usado para medir o tempo de descarga do capacitar. e o número de pulsos de clock é a safda digital.
ADCFiash
4 con\·ersão rápida, da ordem de nanossegundos (ns);
4 taxadcamostragemelevada(dczenaaccntcnadcmilhõcsde
amos1ras por segundo);
t grande quantidade de comparodores que exigem 1ensões de
referência de grandcexatidilo;
t a ellatidão da com·ersão depende da exatidão de comparação
dccadacomparador;
t não alcança resoluções elevadas em função do grande númerodecomparodore.'lnecessários;
t sua principal desvantagem é seu cus to. pois os 2• - I comparadores aumentam signilicativamentecomonúmcrodebits.Aiémdisso.oaumcntodonúmerode
comparadores estárelacionadoaoaumcntodaárea
do intcgrado.d issipaçàode potência:
t normalmente são encontradas unidades comerciaispara4bits(l5comparadoresnolotal),6
bits(63compnnldores)e8bits(255cornparadores).
v,.n,.v.,..n,
I•VJR •dlidt
dt;J«•qcfll'~
Figura 4.94
ADC integrlldor.
é o valor dig ital da imcgral ) {..,..
Também denominadocompumdor paralelo. é considerado o conversor ND comercial mais rápido. Utiliza 2• - I romparadores
simultaneamente para determinar todos os u bits da saída digi1al
(Figura4.95).
Asprincipaiscaracterísticasde sseeonvcrsor silo:
RC
A contagem de pulsos de c/ock
'X
Diversos instrumentos digitais utilizam esse ADC. por ellcmplo. multfmctros em que é necessária precisão porém a vclocidadederespostaniloésignilicativanoprocesso
Basicamenlc, esse conversor é fonnado por uma
redederesi storesutilizadaparacriar2•- ] níveis
de referê ncia separados entre si por I LSB e um
baocode2•- I comparadoresdealtavclocidade
para simul taneamemccompararatcnsãoanalógica
de entrada (V1) em cada nível. Todos os comparadores são interligados ao mesmo dock. c suas s.a.ídas silo I (nfvcllógico alio). quando os níveis de
refe rência nas cutradasdos comparJdores sàoinfcriore.'la V,.
A safda dos comparadores é a entrada de um
dccodilicador (dcuominado. nesse conversor. codificadorde prioridade) res ponsável pela geração
do código binário. Seu nome.j1(4Sit cum·ertf!r, de-
SinaiseRuído
203
Essa arquitetura utiliza um AOC F/a.~h #O I pan1
fomecer(digitalizar) de forma rápida e precisa os bits
maissignifieativos' (n .....)dapalavrabináriaoucódigo binfuio final. Em sequência. esses bits s;lo disponibili~ados à entrada de um DAC de n bits para fornecer uma aproximação à en trada analógica (V,). A
difcrcnçacntrcessaemradaanalógicacasaídado
DAC é denom inada saída residual. é amplifk:ada por
umarnplificadordcnorninadoarnplificadorrcsidual
(RA) e linalmcnte entregue ao AOC flash #02 para
digitalizaradctcmlinaçãodosbitsmellOSsignificatiSaf<ll digllal
vos(n- )dapalavrabinfuiaoucódigobinfuiofinal.
ou seja. 11 = 11-. +
Cabe observar. na Figura
4.96. a importância do rcgistrJ.dor amostrJ.dore rctenha(S HA).poisnesscconversoréirnportantemanter
(ho/d)ovalordacntradaanalógicaV,duranteadigitalizaçãodo resfduo. Considerando o mesmo código
do exemplo da Figura 4.96. ou seja. um código de 8
bits.scriamnecessários.emurnconversorflwh.255
comparadorcs (2g - 1 = 256 - 1 = 255). Nessa
oonfiguraçâoocorreumareduçâodrásticanonúmero
dccornparadorcs,poiscadaAOCflaihércsponsável
apenaspelamctadedosbitsdocódigobinfuiofinal
Scndoassirn.ncsscexcrnplo.temos2' - 1 = 15comparadorcsparacadaAOC.Comos;lo2AOCsdotipo
fi(ISI!ncssaarquitetura.temosaotodoapenas30comparadores! Evidentemcnteopft.\'Opagopelaredução
nonúmerodecornparadorcséoaumcntodotcmpodcconversão.
pois na primeirJ. fase de conversão temos o tempo de conversão do
A DCflash #OI acrescido do tempo dos blocos SHA. DAC. subirator e RA. Na segunda fase. temos ainda o tempo de nmversão do
AOCflash 1102. Portamo. essa arquitetura é mais lenta quando oompardda ao AOCflaih. mas é mais rápida do que a doAOC de apruximações sucessrvas
n....,.
Figura 4.95
EsboçodoAOCflaslo.
ri va do fato de que todo o processo de digitalização (amostragem.hold c decodificação) ocorre em apenas um ciclo de c/ock
Esse conversor é utilizado em aplicações que necessitam de
alta velocidade de conversão. co mo por exemplo no proccs.'\amento de vídeo em que taxas típicas na faixa de mi lhões de
amostras por segundo são necessárias (Msps - Meg(l .mmples
por segundo)
ADC Subfaixa
Também chamado de ADC dois passos. conversor
Yz flash ou
submnging CO/ll'erter.A Figura4.96aprescntaodiagramadc
blocosdeumtípicoconversor
Yz flash.
Figura 4.Q6
'Cabelemt.rarosoonceitosapre,..nladosnoCapi1Uio3,emqueLSBrepre,..nta
o bit menos significali\'O ou de mais baixa ordem e MSB represema o bit mais
signifieativooudemaisallaordem. Porexemplo,naexplicaçãodoeorwersor
?;;J!a.<h.podcm<"consi<kraruntapala\·ra<kRbilsouun\eódigobinário<k
8bits.oomoporexemploiiOOOOIO.emqueonibbleiiOOreprescntaos4bits
mais signiflcati•us(n-.) eonibb/e0010.os4bitsmcnos •igniflcati,·os(n....,.).
DiJgranta de blocos de utn li pico conversor
}:i flash .
2G4
Capfwlo Quatro
ADC plpellned
O conceito denominado piptdillt' dcriv:l do desenvolvimento das
arquiteturJs de computadores. ou seja. resumidamente. da procura por procedimentos de melhoria do processamento por divisão de tarefas. isto é. a redução do tempo de processamento paradcterrninad:~atividadc.Apcnascomocxcrnplo. uma dascamctcríSiicas básicas do projeto do processador da INT EL 8086
era que ele tivesse a cap:~cidadedc process:lrinfonn:~I,'ÔCS de
fom1a mais r.ipida. Basicamente. na época. se destacamm duas
possíveis soluções:
t aumcmar a frequência de trabalho do processador. o que necessita\•ademelhoriadoscomponentesusadosnoscircuitos
impressos:
t ou modificar a arquiteltlra intema do processador- surgimel/lOdo co11uito de pipeli11g.
Como e~emplo. wnsidere a Figura 4.97. em que é apresentado um gráfico no tempo comparando a arquitetura 8085 com
aarqui tetura8086.
De forma bem sim pl ificada. um process:1dor é responsável
por controlar três atividades bá~icas: buscar informação rm memória (o denomi nado ciclo de busca ou ciclo dcft tch). decodificar infom1ação na memória e executar inform:lçllo da memória
(naFigura4.97essasduasfunçõesestilojuntas nocicloexecuç:lo (EXEC)). Comparando os dois processadores:
t processador8085:executaabusca(/ttch l)daprimeirJinstroção (ou informação I) da memória no tempo I. A seguir
executa(decodificaeuecuta),notempo2.essainform:~ção
I. Somente após o final do ciclo de tempos: tempo I + tempo2.oproccssadorestáhabilitadoabuscarascgund:t instruçUo da memória (ou informaç~o 2). Sem allerar a organização
dessa :1rquitetura. uma das maneiras de mclhorJr o desempenho desse tipo de sistema seria aumcm:tr a frequência do relógio do sistema (c/ock). reduzindo, ponanto. os tempos entre
diferentes operações do processador.
t os projetistas do processador 8086 resolveram implementar
o conceito pipelilrg na sua arquitetura. oo seja. di,·id iram o
processador em duas unidades autônomas. isto é. d ividiram
aes truturainternadomicroprocessadorcnrduas scções:uni dadedccxccução( EU).q ueexecutaasinstruçõcsprcviamente"buscadas"(/etched-dclodcbusca).eu nidadebarrnmcn-
NioplpeWngl
F-1
I ~·
,
!
.IT- II.
Figura 4,g7
I
Uma boa ant~logia para comparar os processadores 8085 c 8086
e compreender o co11<.-cito de pipelirrg seria considerJr um escritório , emqueapcnasumfuncionárioreali:l:assctodasasatividades
emsequência.Sendoassim.só)Xlderiarealizarascgundatarefa
nornornemoemque:rprimeira tarcfafossetenninada.Agomconsidcreumescritório2e m que trabalhamdoisfUiw:ionáriosespccializados em tarefas diferentes. Sendo assim. quando o funcionário ,
termina a primeira tarefa. ela~ direcionada parJ continuar a ser
executada pelo fuocionário,. No momento em que o fuocionário,
inicia o trnbalho na tarefa ,. seu colega. oo seja. o funcionário,. se
tomou ocioso? Claro que não! Nesse momento o funcionirio , iniciou a execução da tarefa, c assim por diante. oo seja. em uma
mesma base de tempo os dois funcionários estão trabalhando.
Cabe observar que existem diversas técnica~ de pipdi11g. Por
exemplo. considere a multiplicação de dois números grandes:
200 000 X 100000. Como os blocos mu lt iplicadores e divisores
norma lmemcs;tomaislcn tos do queosblocossomadoresesubtratores.seriainteressamcutilizaroconceitodcnorninadopi/Jelillg
aritmét ico.ouscja.multiplicarnúmerospcquenosesomarorestamc.comonoexemplo:(2 X I) X 101 ' 1 = 2 X 10 10•
O ADC l'iptlit~g utiliza o mesmo conceito apresentado anterionnente. 00 seja. divide a tarefa de conversão em uma scquência de s ubtarefas seriais (realizadas por unidades denominadas
estágios). Entre os di\·ersos estágios encontra-se um registrJdor
SHA para pcnnitir que as subtarefas individuais sejam executadas concorrentemente a fim de pcm1i tir a obtenção de altas taxas
Um exemplo de uma arquitetura ADC p/p('/irretl é dado na Figura4.99.
No exemp lo típico do ADC pitn>lit~ed (Figum 4.99), pcrcebcsequecadaestágiocontémasseguin tesunidadcsbásicas:registradorSHA, um ADC. um DAC. um subtratore um amplifkador
RA. O primeiro estágio amostra a entrada analógica (V1). digitali7.ando-a em k bitS. c utili7.a o bloco DAC-s ubtrator- RA para
criar om resfduo para o próximo estágio do bloco. O próximo
estágio mostro esse resíduo e realiza uma scquênci:l de operações
similares enquamooestágioanteriorjáestálivreparaprocessar
apróximaamostrJ.
Conversores ADC sobreamostragem
(oversampllng)
princip~ l in tegrante dessa fa mília de conversores é o ADC
sigma-delta (ADC I - ~). De forma simplificada. um ADC I
- ~de printeim ordem consiste em um digi tali1.ador de I bit ou
modulador para çonvcncr a tensão de entrada analógica (V,) em
um fluxo de dados seriais (wnjunto de dados seriais) de alta
frequência (V.,). seguido por um filtro digitaVdec imador para
con\'Crteressc fluxo de dados seriais (conjunto de dados seriais)
em uma scquência de palavrJs de n bits do valor biuário fracionai D0 e nt uma taxa dej; palavras por segu ndo. O modulador é
implementado de u m lmdr contparador atuando como um ADC
de I bit. um DAC de I bit e um integrador pan1 inlcgmr (I) a
d i ferença(~) entre V, c a saíd:~ do DAC - da f o nome do AOC.
O comparador é stmbed a uma 1axa de kf. amostras por segundo.
em que k. usualmenle uma potência de 2. é chamado de taxa de
sobreamostmgcm.
O
F- t
l ~zl-;r~
!
i
T-Z t l - 3 1 1 - • 1
.
to interface (BlU). responsável por acessar a memória e pcriféricos(vejaaFigura4.98).
.
Compar.>ção entre um processador(8085) qu~ não uti -
hupipt'/ing ~outro cuja arquitetura (8086) ~pirll'lins.
SinaiseRuído
Figura 4.98
205
Esboço da organização interna do pro-
cessador8086moslmndoaimplen~<:nlaçãodoconceilo
pipelillg,ouseja.divisàoemduasunidadescomtarefas
dislinlas(ociclodcex~-çuçJopodeservisuali7..adode formaresumidanaFigum4.97)
Clock1
Clockn
v~
·---c:__t-
~
Clockz
... Q
L::J L::J
~
Um estágio
Figura 4.99
Diagrama de blocos de uma !ípica arquile!Um AOC pipdinnl.
206
CapÍlulo Quatro
De forma geraL o ADC delta-sigma apresenta as seguintes
~:~:~~~~~~c~::~n~~~~s~~~ii:~d~u::·a~:;c~:l~~:~ ~n~~;:s1~
Tabela 4.3
Saída do ADC em função da entrada em mV
;;;
do;.;L;;..
M;;c
35; __ _ _ _ _ _....,=:.,---
v_
processamcntodesinaisdcáudio
Temperatura (' C)
Vn (mV)
07 ... 00
I
10
00000001
Alguns conversores ADC comerciais
Um conversor AIO clássico e muito utilizado em anos anteriores
é o ADC0804 (National Semiconductor). que funciona com tensão de 5 V c apresenta uma resolução de 8 bits (Figura 4.100).
c
o~~~~;~~~c~~S~néo:c~~;:~~a~:~~~:;-qsu~~~~~~a~ ~~:··;~~;eé '=:,- - - - - 'l<l'c:------::'c=c__ _
forçadoparabaixo.Paracalcularatens5odesaída.utilizeaseguinteexpress5o·
D_ =
-~· -
Remluçiio
[em decimal]
em que D..., é a safda do dado digi tal (em decimal). V., é a tensão
c~t~alo:::::·,:,,:,::::::::éd: :·:,:~·:::::::~,:::,:
d[e2
256 - 1
deondaencontram-senaFigura4.10l.
AsforrnasdeondaaprescntadasnaFigura4.101 explicamo
funcionamcntococomrolcncccssáriosparacsseconvcrsor.Com
o pino de scln;ão cllif' selecr
30
"------""------=="'---
(Cs)
em nível baixo. o ADC está
habilitado e. assim. pronto para ser utilizado. Com a transição
dopiuodccontroledeescritaou \1/Rile (WR) de Opara I (nível
bai:w para alto). o ADC inicia o proce;;so de conversão. ou digitalização. do sinal analógico disponível na entrada v... Com o
monitoramento do pino de intetnJpçào
(!NTR).
é possfvcl ve-
rificarotérrninodadigitalizaçãoindicadapelatransiçãodonível
alto para bai:w no pino INTR. Com a garantia da finalização da
digitalização é possível realizar a leitura dos dados forçando a
transiçãodonívelaltoparalxlixo.nopinodecontroledeleitura
ou ReaD (RD). disponibilizando os dados nos pinos de saída
DO-D7
Comoexemplo.considereaaquisiçãodeternperaturaatravés
de um sensor LM35 e do conversor ADC0804. A faixa de temperaturaaproximadadoLM35 é de -55 oca 150 °C.e sua safdaé de 10 rnV para cada oc_ resumidamente apresentada na
Tabela4.3. O interfaceamento de;;se sistema (LM35 - ADC0804)
pode ser realizado pela porta paralela IEEE l 284-A de um computador(Figura4.102).
'·
'"'"'
Figura 4.100
Pinagem. coofiguração 1nodo tesle e faixa de tensão de entrada relacionada à resolução do AIX.'()8()4 da NMimwl Semico11dm:1or
SinaiscRuído
207
digitalizados estejam corretamente armazenados (cornrole cor-
retodobuffrrtltru-suul').
----l----Iso~
iflm
IniCIO~~Fimdll~
f._~--+---
Figura 4.101
Dh·ersos outros fabricantes apresentam uma ampla li nha úe
convci1\0res ADC, entre eles Texas lnstrumcnts. Analog Deviccs.
l>flilips. Maxim. entre outros. A Analog Dcvices apresenta uma
linha com números difcremes de entradas an:tlógicas. potência
dcdissipação,interfaccs. taxasúe dig italizaçãoen:solução (6 a
24 bits). Por exemplo. a família de 8 bits: AD9059. AD9057-80:
a família de 12 bits: AD\0226. AD9433- 125: a famíl ia de 13
bits:AD7329.AD732 1: a família de 14 bit.s: AD74S4.AD9243
até a famflia de 24 bits: AD 1555. AD7730entre outros. Da mes ma maneira. a Texas lnstruments, apresenta uma ampla família
de 8 a 24 bits de resolução com diferen tes configurações. Por
exemplo. a família de 16 bits: A DSll\2. a família de 24 bits:
ADS I224.emre outros.
Formas tfpkas de onda do A0C08().1
C 4.7
Filtros Analógicos - - - - -
• 4.7.1 Coneeitos básieos - - - - NoesboçodaFigura4.102.aportaparalclacstáconlígurada
no modo padrJo (SPP). Nesse modo. a porta d11W é unidirecional
(porta de saída). c. p.mamo, a temperdtllrd digitalizada peloADC
é am1azcnada tcmporJri:~mcnte e m um lmffer 1/rree-.nare de 8
bits. cujo controle (nesse esboço realizado por um pino da porta
com rol) disponibili:;w 4 em 4 bits para a leitura pela porta status
(essa porta não contém 8 bits para entrada).
A Figura 4.103 apresema o tlu}(Ograma resumido ~X~rn controlar o dn.:ui1 0 da Figura 4. 102, em que se perceDe a relação
dirctacon1as formas de onda da Figuru4. 10l doAOC. Uma da~
etapas importantes desse comrolc é a garantia de que os 8 birs
Figura 4.102
Esboço do
int.,rfoc~a~nwdo
Foramdescnvolvidosfi ltms pamatcnuarfrequênciasmaioresdo
queafrequênciadeNyquistdcumadctenninadaaplicaçào.que
não são detectadas pelo conversor AOC. Geralmente a atenuação
deumfiltmdcvcscrmeoorquconfvcl dcruídodequantiT..açào
llTIS definido por um detcmtinado COflversor. Considere. püfcxem~
pio. umoonversorADCde 12 bits,cujaresolução 6 dadapor:
2 12 = 4096níveisde tensão.
Ca.wa tensão de referência desse ADC seja 5 V, cada nível é
5
igual a /{u_ a I mV a O.OO I V.dcnomi nadonívelq. Ca1
LM 35 - AI:>C(l8{M com a pona paralela IEEEI284-A para aquisiç3oda tcmperntur11.
208
CapfwloQuatro
N"~
61og,[_[,__)
2Xj_.
sendo
q,_ a
atenua~·!lo
do fi ltro passa-faixa desejada
f,. a frcquência de cone. e supondo-se que seju igu:l] ao comprimcm o debandada en tradaanalógicadcsejada
/,. a frcquência ele amostragem (o período de transiçi'lo inicia em
'/,>
--
Considerando-se. por exemplo. o conversor AOC de 12 bits.
quenecessitadeaproximad3mente - 85dBdeatenuação(filtro p3SSa-faixa). um;, mz~o de amostr.1gem de lO kHz e uma
frequênci:t de cone de 4k Hz (tam bém denominada cm-vjJfre·
quency). a ordem do filtro (ordem ou polo de um filt ro é o nU mero de co mponentes reativos - capacitores ou indutores)
- deve ser de
-- RI) ~-
N ~--·-··-'-=~ = 44.
ólog 1 [ 2 Xf, f ,.
l .,
og,
r~J
8 kH z
Sendo assim. a faixa dinâmica desse sistema de aquisiçi'lo par.!
evitar problemas com o ruído necessit3 de um filtro de ordem
44. Cabe observar que o desenvolvimento de filtros de ordem
maior do qu e 8 6 caro. sendo. ponamo. necessárias técnicas para redução da complexidade do projeto de filtros que serão abordadasnodecorrerdestecapítulo
Fillru]lllssn· hnixns6umpassa-bandaatéunntdadafrcquência espcdfica de nominada frcquência de cone. cuj a resposta
idealencontra-scrcpresentadanaFi gura4.J~.ate nuandoalcas
Figura 4.103 Ruxograma parao exemplo da Figura 4.102.
be observar que. para se utilizarem todos os bits disponíveis em
seu conversor (neste exemplo. 12 bits) para os dados e n~o para
norcjcitabnndaou ainda no filtronolclt)devcm atenuar, no mínimo. o
frequências .
Filtro pnssa·banda (passa-faixa) possibilita a passagem de
uma bandaespecífic3de frcquência. atenu ando baixas e altas
frcqu(ncias.Adifercnçaentrc afrcqufneiadcconesuperiore
inferior dctemlinaa larguradcbandadofi ltro.Afrcquêneiaccntralédadapor
convers!lodcruído.a~frcquênciasnopass:t-faix:~(ou
nível de ru fdo de quantil.llção rmsdado por
){,[3 ~v•. Pam
cujarcsposlaidca l cncon tra-screprcsentad:tnaFigur.t4.105.
o exemplo
•- ""'"''••[v-.\" )~"'"'''•[+]"
2Jj
•
201og ..
[O.~Jil=
w
84.77dB
necessitamos de -84.77 dB de menua~':iO pttra o filtro passafaixa. A ordem desse filtro N é dada. em fom1a simplificada.
""''
Figura 4.104
Fihro passa-baixas ideal
SinaiseRuído
Frequêrláade
corteinferior
f
:
Passa·
Frequênciade
cortesuperio<
f
fai)(B.:
"'""'"
-transição
Atenuação
Figura4.105
209
sendo fP um fator de escala. Esta expressão matemática produz
pólos para um fillro com camcletísticas Butterwonh. cuja resposta
para um Buuerworth de segurKla ordem é dada pela Figur.t 4.108.
Camcterístiea Chehy.~hel': ftltrosquc apresentam melhor respostapróximaàfrequêociadeconequandocomparadosaosfiltrosde
Butterwonh. Porém. apresem;un ripple na banda de tr.msição. Es>es
ftltros são baseados no uso de polinômios espcdaliz.ados, que convergem rapidamente introduzindo um erro mínimo na aproximação
Esses polinômios são denominados polinômios Jc Chebyshev. em
homcnagcmàquclcqucfoioprimciroautilizá·loscmseuestudo
sobremotoresavapor.eapresentamaseguintefonnaclássica:
Filtropassa-faixaideaf
T•• ,(x) - 2xT,(x)
+
T,_ ,(x) =O.
Substituindo-sewporxeconsiderando-se
O fillro 1/0U:h é uma variante do filtro passa-faiAa em que as frequência~ inferiores e superiores a uma dctem1inada frequêocia não
são atenuadas, enquamo uma de1enninada frequêocia é atenuada ao
má!\imo (pode ser visualizado como uma combina<;ão dos filtros
passa-baiAa~ e passa-altas). eonfonne esboço da Figura 4.106
Ofll tropassa-altasrejeitafrequênciasinferioresaumafrequênciaespecíli'-'a.ouseja.atenuabaiAasfrequêndas . .,ujaresposta ideal está representada na Figura4.107
t 4. 7.2
To(w) =I
T,(w) = w
J~ .
,(w) = 2 · T,(w) -
7~
1
(w),
que pode ser utilizado para se detem1inarem os polinômios de
qualquer ordem:
T ,(w) = w
T,(w) = 2wl- 1
Principais classes de filtros -
Característica IJutterworth: é um filtro cuja resposta é plana.
ou seja. não apresenta ripple (ondulação): sendo assim. apresenta variação monotônica(dcrivadada magnitude não muda de
sinal a uma dada faixa de frequência). A função nonnalizada é
dada por
.
r•• ,(w) = 2 · w · T.(w) -
IHUw~l = 11' l +c l ~T.l(w)
R =~
Passa-altas
Rejeita
~
"'""'"
--transiç!o
T,_,(w). para n ~ I.
Acaracteristicadessefiltroparaumpassa-baiJ\asé
t
~
i
-Ban.cladetranslção
Atenuação
I
Frequência.(log)
Figura 4.106
Figura 4.108
Figura 4.107
Filtro passa-altas ideal
Resposta de um filtro cotn característica Butterworth de segunda ordetn
210
Capi1uloQuatro
~=!
i-·~
_,.
...
Frequênâa (Hz)
~~·
l
.~
,.,
•
~
i-1
J-ro
'"<
Flgura4.109
Frequêncla(Hz)
·~·
·~
(b)
Respostadcumfil trocomcaracterfstica Chcbyshev(a)dcterceirac(b)dcquinlaordcmi.
em que e representa a magniwde do des\•io da banda pass.ante.
r representa o ri11Pit da banda passantc e a expressão T.' (w) é
o polinômio de Chebyshcv (}e ordem 11. Os gráficos da Figura
4. 109 apresentam a resposta de um filtro com característica de
Chebyshevdeten:eiraequintaordens
E:q ua li7.adol"t'S de a traso: filtros que também se denominam
passa-tudo.ecuja funçãodetransfcrêndaé:
H(s)- (s-w,) -(s~- T,+w,)..
(s+•u, ) · ( s ' + •·w,
Q,·+w 1
l
•••
A propo~ ta desse filtro é modific:tr as camcterfsticas de atraso do si nal pelo deslocamento da fase. Como ncmplo. um filtro
pass:H udo de primeira o rde m e ncontra-se representado na Figura 4.110. que p<Jssibilit:l deslocar a f~se de 0° a 180° apenas
alterando R, e C,.
~
4. 7.3
Resposta em frequência - -
De ma Beira geral. s.'ío utili7.ados filtros para alterar ou modificar
o componamento em frequência de um sinal. Conforme salientamos anteriormente. o filtro passa-bai.us atenua o contcUdo de
frcquência de um si nal que est<i ac ima de cen a frcquência de
cone./,.; o fil tro passa-altas atenua as freqoêocias inferiores a f'"
O filtro passa-faixa ou passa-banda é formado casca1eando-sc
umfiltropassa-altase umpassa-baixaseatcn uaasfrcquências
de cone dos filtroscascateados. Como exemplo. a Figura 4.11 1
aprescntaosfiltrospassa-baixasepassa-a lt as dcprimeirJordem
com componentes passivos.
A n:sposta em frequência de um fi ltro pode ser determinada pela excitação do circuito por um sin al se noidal de magnitudeefrequênciaconhccidas,como.porexernplo. V;.,cos(wt).
c pelo cálculo ou medição da r.::sposw de saída do circuito.
como. por e xe mplo. V,.,cos(wt + 0). tal co rno mostra a Fig ura4 .11 2.
Uma das maneiras de .~e calcular a respos ta em frcquência é
det enninarafunção de transfer~nciaT(s)erna ni pular sua fomm
como se scgu.::. As funções de tmnsfcrência pode m ser tr.nadas
no formato do:: polos e 1.eros·
que pode ser alterada pam um formato mais con•·e nientc:
Figura 4.110
FillroequaliUidordo: primcir11onlem (passa-Mio)
l•l
SinaiseRuído
2 11
passa- bai~as
de pri -
(b(
c
o------j(
'·
!R
,_
'·
4
1!$)·8~
1!....
'"
,_
'·
'·
....!,
1{$)·~
Figura 4.111
~,
Divisores de tensão implementados como: (a) e (b) filtros passa-a ltas de pritneira ordem: (c) e (<fJ fillros
Frequêr.cia(Hz)
(b)
Frequência{Hz)
Figura 4.112
Resposta em frequ<'ncia de um circuito com uma entrada senoidal de magnitude e frcquência conhecidas: (a) módulo e (h) fa-
2 12
Capi1uloQuatro
,.,
sendo K, definido por:
KJ= Kz, Zt ···.
''"'1···
Substituindos • jw • j17fj. temos:
T(jw) = K,
(
I
+i'e'. Y,+i'e'.) ...
z, ,..\
::
,
,. i'e'.) ...
(" .i'p,e'. Y
Á
(11
qucéumafunç:locomplcxa:
1'(jw)=iT(jw)jt- ~'rtJoo)
sendo O'l!oo, o ângulo ou fase. c IT(jw~ a mag nitudcoumódulo. Perccbc-scquecssasvariáveisestiio reladonad~tsa respostas em frcquên daexemplificadas naFi g ura4.112:
Figura 4.113
IT(jw~ = ~ --. módulo
Fi h~ ati,·os: (11)
pa.~~u-b:tix us.
(b) passa-altas e (c) passa-faixa
A resposta ern frcquência para o passa-altas é dada por:
v.
0., ;-)• 0 -raso:.
Para frequéncia angular w = O. o circui to não os.cila (estado OC)
e T(jO) = K;. sendo assim. K, representa o ganho OC. A frcquência de cone.[. é defi nida como a frequência em que
V_ (jw) = · ~ V;. (jw)
j~.• R,
!!L~
R;l + jw·T
sendo T= R, - C,. Para w<< ;. ocircuitocompona~secomo um
diferenciado.-. pois C, é a imped5ncia de entmda OOminante. e pa-
raw >> ~ocircuitoromporta·secomoumamplificadorim·er.;or,
pois a impedância de R, é maior. e m comparnção com C,.
w,= 2·1T·fA Figura 4. 11 ]((1) apre.<;enta um filt ro a th·o passa-baixas
utili1.ando um amplificador operacional que apresenta a foc il idadcdealteraroganhoeumaimpcd5nciadecntradamuitobaixa. Em sequê ncia. a Figura 4.113(b) mostr.t a confi gurJ.ção de
um fil troath·o passa-alt as ea Figura4. ll ](c) mostraum lil tro
ath·opassa- f:t ixa .
A resposta em frequ ência para o passa-baixas é dada por:
_.'!!
~
_!_+ R
V.~,(jw) =- ~.
V,. (jw)
R;
Por manipulação algébrica. temos·
v_ (jw) .
V,.(jw)
!!L ___,_
R,
l +j·w·T
sendo T = R 1 •
Para w << ~ . o circuito tompona-se como
um amplificador inversor (veja o Capítulo 3). pois a impedância
c,.
de C1 é maior. em cornp<~ração com R,. Para w >> ~- o circuito
çompona -se çomo um integrador (\'Cja o Capítulo 3). pois C1 é
a impedância dom inante na realimentação
41 4 . 7.4 Projeto de filtros passivos: uma
introdução - - - - - - - - - Quaudo uma rede l C é alimentada por uma ten são se noidal
a uma dada frequência.de no minada rre<tuênda deresso níin da. Wo· ocorre um fenô men o interessante. Por exemplo. se um
circuito LC em sé rie (Fig ura 4.1 14(a)) é alimemado 11a s ua frequência de ressoll5ncia. Wo =
y.[Lc'
ou / u =
X rr.JLC' a
irnpcd5ncia sobre a rede f-C vai para ze ro (atua corno um çurto-circuito): sendo assim. o nullo de corrcme entre a fon te e a
referência será rnállima. Na me srmt situação de alimentação,
porém em uma rede f-C paralela (Fig ura4. 114(b)), a irnpcdilnciada rede tenderá para o infinito (o circuito atua como um
circuito abcno): sendo assim. o nux o de corrente entre a fonte
eareferê nciaser:lzero.
Corno elle mplo. considerando -se a impcdância equ ivalente
do circuitoe m sétie
z..
~ zt- Zc = jwL + j!.c "'{wL -:!c}
e aplicando-se a lei de Ohm com z.., = O.
/ (t}= V (t)
z..,
/ (1)--o-.
= VDt>""
o
SinaiseRuído
Circui!OLCemsérie
21 3
Odivisordctensàoparaofiltropass.a-baixasRCé·
Circuó!OLCemparalelo
v.., = v.. z<z:
R
Manipulando algebricamente, temos:
~ = ~ = --'-- .
V.,
l + jw ·R·C
Zc +ZR
Utilizando a forma exponendal e substituindo. temos:
l+jw·R·C = A· eí".
Figura 4.114
Rede LCcm série e em paralelo
sendo a magnitude A=
tg - '( w · R· C):
~ 1 2 + (w
·R·
C)1 e a fase a
=
~ = ~ ~~e '" ~ ~1' +(~R-C)l e , .,.-•,,.. n _
E. para o cir.:uito LC par.lielo. a impcdância equivalente é dada
pm
I
I
I
1
z;:- = z:- + z = jwL
+
A parte real (remoção do termo exponencial imaginário) é·
~- 1 -
1\IJ- ~ l+(w
1
·(
' )
l.íwe
= 1 we - ~
em que
~
l
·R·C) 1
em filtros é denominado atcnuaçiio. ou seja. a me-
V;,
z... = j _!__~wC­
didadccomoatcnsàodccntrada,paradctcmtinadafrcquência,
'"encontra-se'" na saída. A frequênciadecorteédadapor:
wL
w,. "'Jk:ou f.=2-rr~R·C·
Considerando-sez-. ......,. oo:
l(t)=~=V0 ei>•
z,
~
Cin:uitoRLCemparatelo
/(t)_,.o
Co11sidcrando-se o circuito RLC, a frcquência de ressonância é também w 0 =
y,JLC;
contudo, com o resistor o
tratamcmo matemático c os resultados anteriores não ocorrem
Como exemplo. observe a Figura 4.115. que apresenta as
redes RLC série c paralelo c as corresponde ntes magnitude
c fase da corrente em função da frcquê11cia (relacionada à
tensàoaplicada.evidentemente)paraacorrente(circuitoséric) c tensão (circuito paralelo). Considere neste exemplo R =
L=C= 1
Adistânciaentreospontosw, ew1 é denominadalargurade
banda: àw = w 2 - w 1 • Fator qualidadí', ou fator Q. é a designação utilizadaparadcscrevcroformatodopico mostrado na
magnitude da corrente em funç~o da frequência no gr;ifi.:o d<J
Figura 4.1 15 definido por
~
v0 cos(wi) ' L J L
l'fh
v0 cos(wi) ~ C
c
Q = ~ - w,w~w,
que. para o circuito RLCcm série. é Q -
"'o~ L
e.paraopara-
lclo,Q = w,· R· C.
Filtro Jlassh ·o passa- baixas: os simples circuitos RC e RL atu am como filtros passa-baixas atenuando as altas frequênc ias,
conforme esboça a Figura4.116, qucaprcscntaoscorrespondentescircuitosearespostaem frequência.
Figura4.115 Rede~ RLCernsérieccrnparalcloeare~f"."Sl3/(t) X w:
magniwdeefaseparaocircui10série
214 CapÍluloQumro
CircuitoRCpassa·baiKSS
CircuitoRLpassa·haÍKSS
R
(t
v.
i =sJ
~J=s=:
10'
m'
~
1d
~
Frequência(radls)
Figura 4.116
Redes RCe RL como filtro passa-baixas e a correspondente respos1a em frcquência para R: L : C: l
Utilizando-se o mesmo tmtamento matemático (deixamos como
exercício para o leitor). o lihro passa-baixas LC apresenta a parte real dada por·
forme esboça a Figura 4 . 117, que apresenta os correspondentes
circuitoscarcspostacmfrcquência
Com a mesma abordagem matemática anterior. a atenuação
dofiltropassa-altasRCédadapor
cafrcquênciadccorte
Clljafrcquênciadeconeé·
w,.• fou/, • 2 . :-L
w,=
eafasepamambososfiltros
R~Cou /;=2-n~R·C·
Da mesma forma. para o liltro passa-altas RL·
w, = foufc = ~
Naprálica. a at enuaçãu é represe ntadaemdecibéisemfunção
dosvalorcsdcentradaesaída·
Filtro passi\·u passa-altas: os simples circuitos RC c RL atuam
como filtros passa-altas atenuando as baixas frcquências,con-
c a fase para ambos os liltros·
Filtro passi\·o passa-faixa : o circuito RLC mostrado na Figura
4.118 com sua resposta em frequência, cuja frequência !A.\,) é a
frcquênciaderessonància.
SinaiseRuído
Qrct.iiO RC passa·altas
r-ft RI~
;
R
215
A impcdância equivalemc pam esse filtro é dada por
Cireui1oRLpassa-altas
'Í?
O fa1or de qualidade desse filtro é dado por ( w 0 =
y~}
Q = -f:; = wa ·R·C.
Fi lt ro pass h·ouotcll: o circuito RLC mostrado na Figura 4.119
com sua resposta em frcquência. cuja frequência wt.é a frcquênciaderessonância
Cornarnesrnaabordagemanterior.airnpedânciaequivalente
é dada por
_.!.___)
Zu = Zc + Zc = jw ·L - j_J_ = j[wL wC
w ·C
Figura 4.117 Redes RC e RL como filtro passa-altas e acorrespondeme re~JX>Sia em frequênda para R= t =C: t
ReóaRLC - RHro passa-fai>:a
l Oc?
R
Frequênda(radls)
Figura 4.118
Rede RLC como foltro passa -fai;o:ae a correspondente
re~posta
e111 frequênda para R : L = C : I.
216
CapÍluloQumro
Ae<leALC-Filtronotcll
R
Frequência(radls)
Figura 4.119
Rede RLCeomo fihronotch e a correspondente resposta em frequência para R= L= C= I.
l'rocedimcntos práticosparaimJJicmentaçãodefillrospassa-baixas:considereanecessidadedeseprojctarumfiltropa;;sa-baixascom resposta em frequênciadadapclaFigura4.120.
Pelarespostaemfrequênciadesejada(Figura4.120)pcrcebesc que. à frequênciade 3 kllz. a atenuação é de - 3 dB (marcada
como frcquênciaf'"s)C, àde9kHz.aatcnuaçàodcsejadaéde
- 25 dB. O passo seguinte é nonnalizar a curva de resposta em
frequência: sendo assim. em - 3dBa frequênciaéde l radlse
9000
em - 25 dB é de 3 radls [
=
então deter3000 Hz
minaraclasscdessefiltro.ouseja. Buttern·orth. ouChebyshev.
ou Bessel. entre outros. Considerando-se que seja Bunerworth.
um dos mais populares. a próxima etapa é utilizar o gráfico de
l-lz 3} De~·e-se
i-:=[L---:
1-:=[---:L
l-2Sd6 ----.:-
atenuaç5oernfunçâodafrequêncianonnalizadaparaofiltropassa-baixas Bu!terworth fornecida pela Figura 4.121
Para o filtro desejado, de -25dB a 3 rad/s.utiliwndo-sc cconsultando-seacurvadeatenuação( Figura4.12l ). encontra-seque.
para 11 = 3. a curva fornece suficiente atenuação a 3 radls. Portanto. o filtro a ser desenvolvido é de terceira ordem (de três polos:
sendo assim. será construido com três seções LC). Com a ordem
detern1inada. o próximo passo é detern1inar o filtro (ordem 3) LC
norn1aliwdo (pode-se utiliwr a configuração rr. pois sào utilizados
poucosindutoresouaconfiguraçàoT.casoaimped:inciadacarga
sejamaiorqucaimpedànciadafonte - Figura4.122).Vamosconsidcrar,paracsseliltro.queaitnpcdâtlCiadafontedesinal R, e a
impedânciada carga R,_sejam iguais a 50 0:: assim sendo. optamos
pela configuração rr. Os valores dos indutoresedoscapacitores
estfiOdisponibilizadosnaTabela4.4enaTabela4.5(paraasapr<>ximaçõesdeChebysheve BesseLconsulteoutrasreferências).
A Figura4. 123 apresentao filtro com valores indicados (em
negrito) na Tabela 4.4 em função da escolha da configuração rr.
Finalmente,bastadeterminarusvaloresreaisusando:
I~ = R~ : ~rn-7~71
f - 25d8 -----:-
.
I
3 9
Frequéncia(kHz)
Respostaamfrequência
Figura 4.120
•
I
13
C. = 2 ·
~"'-7:"'~ RL •
Frequência(radfs)
Ra-spostaam lrequência
normalizada
Resposta em frequênciade um filtro passa-baixas
cujoscákulosecujofiltropassa-baixasaseremimplementados
sàodadosnaFigura4.124.
l'roc«::imentos práticos para implementação de filtros JJaS·
sa-allas:considereanecessidadedeprojetarumfiltropassa-al tas com resposta em frequência dada pela Figura 4. I 25. A ide ia
SinaiseRuído
217
Figura 4.121 Curvadcatenuaçãoparaofi hropassa-baixas Bm lcrworth crnfunçilodafreq uência
normalizada
Figura 4.122
Filtros nom1alizados: configu·
raçãowcT.
Tabela 4.4 Valores para os indutores e capacitares para filtro passa-baixas com características de ButteiWorth configuraçãO TI'
Ordem(n )
R,
C,
L,
c,
1.,
c,
L,
1,000
1.4142
1.4142
1,000
1.0000
2,0000
1,000
0.7654
1.8478
l .S-478
1.000
0.6180
1.6180
2,0000
1.6180
0.6180
1,000
0.5176
1Al42
1.93 19
1.9319
1.4142
0.5176
1.000
0.4450
1.2470
1.80 19
2,0000
1.80 19
1.2470
0/>so.,·aphvaiOfC•dosindu tOfCseçap~>eiiOfC>sâopara
C,
1,0000
0.7654
líldcçargae - 3dBparafrcquê""iadc I radls(unidadesdcHeF)
0.4450
218
CapÍ1u1oQumro
Tabela 4.5
Valores para os indutores e capacitores para filtro passa-baixas com características de Butterworth configuração T
On:lem (n)
Ohsnl'<Jj'li<J:
valon" dos
Y,,
L,
c,
,,000
1.4142
1.4142
LOOO
L<XXXJ
2,0000
0.7654
1.8478
1.8478
LOOO
0,6180
1.6180
2,0000
LOOO
0.5176
1.4142
1.9319
1,9319
].4142
0,5176
LOOO
0,4450
1.2470
1.8019
2,0000
1.8019
1.2470
indulor~• ~
por indutores de valor
._,,, ==
c,
L,
,,000
caparilore> <clo pam I 11 de carga e
L,
LOOOO
0.7654
1.6180
0,6180
0,4450
3 dll pam f=Ju~""iade I radl< (unidade< de H e 1'1.916
é empregar as mesmas t&:nicas adotadas no exemplo do filtro
passa-baixas c depois transformar para um fihro passa-altas. Para normalizar a resposla em frequência. basta dividir as frequências por 300Hz. Cabe observar que a frequênciafJoJs é a de
1000 Hz. Considerando-se a Figura 4.121, para uma atenuação
de - 45 dB a 3.3 rad/s a curva mais próxima é a de ordem 5:
sendo assim. ser.'i desenvolvido um filtro de quinta ordem. Em
geral o desenvolvimento é iniciado na configuração'"· porém
paratransfomlar umpassa-baixasempassa-a1tasérnaisintcressante utilizar a configuração T. pois será necessário substituir
indutores por capaci!ores e capacitores por indutores. A Figura
4.126 apresenta o filtro passa-baixas de configuração Tem que
se utilizao procedimento anterior
l'araconvertcropassa-baixascm um filtro passa-altas. trocandoosindutorespeloscapacitorescomva1or ){ecajXlcitores
c ,. _ ..
c,
L,
Figura 4.124
Filtro real passa-b;tixas- çonfiguração
1T_
Yc· procedemos da seguinte maneim:
L, ..
~., = 0_6\ 80 =
J,6HJo
r
1_..,,""'_..., = c .. ~,_..,= 1,61180 = 0.6180 H.
A transformação em filtropassa-altasémostradana Figu-
C51 ,._"'"'""'.~o 1 = l'S<.~"""'' =
0 _6\ 80 = 1.6 180 F
ra4.127
A transformação com valores não nom1alizados encontra-se
ilustradanaFigura4.128.
C, = 2
4
Figura 4.123
Fi11rononnalizadoparaoe;o;emp1o - ronfiguraçâo 1T.
=
/_.. =
:;·~;~-:~L = 2 ~,16~ ·50 = 5,1 ~F
'~';'.*;7,\4~ R,
''rr
=
~-.6~8·01~ = 4,9 mil
l..t-;.~;l4~ RL = ~-~~S-~~ = 4,9 mH
SinaiseRuído
~:1 r ··
--[-; .;;õ·c·- ·~
""''c:··"··:
·
::· ·~":'
·
UL
'"'""""
L,• 0.6180H
L,"' 0,6180H
{Tians-1
(Tial1sb.-ol
2 19
j
1O
Frequéncia(Hz)
-Resposraemfreqoêncla
Figura 4.125
Re~pmla
Figura 4.126
4 4. 7.5
em frequênçia de um filtro
"
':'
pas~a-altas
Filtro passa-bai~a~- configuração 1
Projeto de filtros ativos: uma
introdução - - - - - - - - - Embrevespalavras.osfiltrosativossàomaisu tilizadosdoquc
osfiltrospassivosporqucnclesnàoscutilizarnindutorcs,csscs
filtros s~o mais simples de projetar e são baseados em amplificadoresopcracionais
Proced imentos práticos para implementaçlo de
..,.
Figura 4.127
Transformação em filtro passa-ahas
Figura 4.128
Filtm
pas~a-ahas
com valores finais
dcumconjuntodcfiltrosnormalizadoscdifcrcmcstabclasquc
forneçam os cornJXlnentes da rede. (Re ssaltamos que o escoJXl
deste livro não são fihros e lembramos que existem diversas rcfcrênciasclássicasnaárea .)A Figura4. 130aprcscntadoistipos
de redes: umadedoÍSJXlloseoutradetrêsJXllos(desegundae
de terceira ordens).
filt ro ativo passa-baixas: considere a necessidade
descpmjctarurnfiltroativopassa-bai:~:ascomres­
postaemfrequênciadadapclaFigura4.129.
Pela resposta em frequência desejada. a 100Hz
o filtro deve atenuar -3 dB e, a 400 Hz. -60 dB
Oprocedimentodenomlalizaçãoéexatarnemeo
mesmo empregado no desenvolvimento de filtros
passivos: ponantn. a frequê ncia / ,., 8 é 100Hz c à
frequência de 400Hz a sua corresJXlndeme normalizadaé
400 Ih;
100Hz
·"'"LL ·"'"LL
~
-3dB
~-60dB
~ -3dB
----
"'
I
___ ) _
.I
0,1 0,4
Frequência(kHz)
..
----
I
~-60dS -----!,
I
1
4
Frequêrda (radls)
-- ~ 4
Considcrando-secsscfihrocomcaractcrísticas
de Bullerworth (veja a Figura 4.121). a ordem é
cinco ( - 60 dB a 4 rad/s). O desenvolvimento de
fihrosativos, ncstaabordagem.cxigcautilizaçào
Resposta em lrequêrda
Figura 4.129
malizada.
Aespostaemfre<p,.~ência
nonnatizaóa
Resposta em frequência do fihm ativo passa-baixas e curva nor-
220
CapÍ1u1oQumro
Trêspoloe
,fc ,p,.
, fc , 1~
I
I , '·
I
-
r r
r
Flgura4.130
Fi!troati\'opassa-baixas:doisetrêspo1os.
Paradcsenvo1vcrumfihropassa-lmixasdcBuncr\IIOrthdcquinta ordem. deve-se utilizar a Tabela 4.6. Como o fil!ro é de quinta
ordem. são necessárias. de acordo com a Tabela 4.6. dua.\ seções:
urna seção de três polos: outra seção de dois polos. Essas duas
seçõesdevemserinterligadascomosvaloreslistadosnaTabela
4.6.oqueresultanocircuitononnali7..adodaFigura4.131
Para projetar o filtro real. utilize um fator Z que pcnnita que
os valores do filtro normalizado sejam valores mais práticos.
como. por exemplo. Z = 10000 fl·
C=~
Z · 2 '71"
• / ,. 8
R = Z·R, ~ 1
que possibilita criar o fil!ro ativo passa-baixas de quinta ordem
dadonaFigura4.132
Procedimentos práticos para implementação de filtro ati\'O
passa -altas: o procedimento é semelhante ao utilizado para desenvolverofiltropassivopassa-altas. ouseja.desenvolverum
fihropassa-baixasnonnalizado,transfom1arparapassa-altase
detenninar os valores reais. Considere. "omo exemplo. o projeto de um filtro ativo passa-altas com resposta em frequência dadapclaFigura4.133
Tabela 4.6
Ordem (n)
A Figura 4.134 apresentao filtro ativo passa-baixas nomla·
lizado. a Figu ra 4.135 mostra o filtro ativo passa-altas nonnali zado (transformado a partir do filtro passa-baixas) c a Figura
4.136trazofiltroativoreal passa-altas. (Ospassosintermediáriosfieamcomosugestãodcexercíeio.)
Filtros integrados: existem no mercado diversos circuitos integrados como filtros que podem ser programados para implementarasfunçõcs desegundaordemdescritasameriormeme.
Esses componentes são nexlveis. precisos. e simplificam o processo de desenvolvimento. Umexemploéofiltrointegradoda
National SerniconductorsA F IOO. que possibilita fil!ragens passa-baixas.passa-altas.passa-faixaenotch.Outroscxemplosdc
dispositivos integrados para filtragem silo: a família AD7725
da Analog Deviccs. o MAX280 ou o MAX291 da Maxim
(Da lias Semiconductors) e o MF4 da Nat ional Semiconductors.
I 4.8
Filtros Digitais - - - - - -
Os filtros digitais apresemam a mesma função dos filtros analógicos. mas a implementação é diferente. pois os liltros analógkos
sãodescnvolvidospelautilizaçãodccireuitoselctrônicospassivos
Valores dos componentes para o filtro ativo passa-baixas de Butterworth
Número de seções
Seções
c,
c,
2po1os
1,414
0.7071
3polos
3.546
1.392
2polos
2polos
1.082
2,613
0.9241
0.3825
3polos
2polos
2polos
1.753
3.235
1.035
1.354
0.3090
2polos
2polos
3polos
1.414
3.863
0,7071
0.2588
1.336
. .,.,
2po1os
2po1os
2po1<>'i
4.493
1.020
2po1os
2po1os
2polos
5.758
1.202
2.000
c,
0,2024
0.4214
0.9660
0.6235
0.2225
0.9809
0,8313
0,5557
0,1950
0,4885
SinaiscRuído
Figura4.131
FihroatiY<.Ip3S.<<a-baixasiW)ITI1ali•.ad<.ldeQuinta<.ll'dcm.
Figura 4.132
Filtro ati,·o passa-baixas real de quinta ortl<:m
~ _,..,tz=--:
OdB
~
t --50<13
'
--o
I
I
4001000
Frequência(Hz)
Figura4.133
Rcspostaemfrequênciad<.lfiltroaliv<.lpassa-alt as
Figura 4.134
Filtro atiYo passa-baixas nomtalizado (n • 5).
221
222
Capi1uloQuatro
Figura 4.135
Filtro ati''O passa·allas normalizado (transformado a partir do filtro da Figura 4. 134)
Figura 4.136
Filtroativopassa-altasreal.
oo ativos e fihram sinais comínuos. Em comrapanida. os filtros
digitais silo desenvolvidos por meio de circuitos digitais ou através
de rotinas de programação. Nos d ias de hoje. os filtros digitais são
cada vez mais util i1.aOOs. devido ll fle11.ibilidade e ll facilidade de
milizaçãoemdiversasarquiteturas oomputacionais.
Os fihrosdigitais apresentam diversas '"<lntagens quando comparados aos filtros ana lógicos. Emre elas de5taca-se a alta imu nidade ao ruído. A predslio desses filtros depende principalmente do número de bits utilizado na representação de suas .-ariáveis
Uma das vantagens gerahncme dtada é a facilidade de aheração
das camcterísticas do filtro. como. por e11.emplo. a frequê ncia de
cone apenas pela alternçào de pane do se u algoritmo. Por outro
lado. em um filtro analógico essa ahcmção passaria por mudançasdecomponetttes.oquetomariadispendiosooprocCSMJ.Aiém
disso. os componentes que constituem os filtros analógicos dependem da variação de tempenLWm. d~L alimentação do circuito
etc. - fatores indesej~Ldosem aplic<tções sensíveis. como. por
exemplo. no desenvolvimento de fil tros para sistemas biomédicosquegeralmentesecaractcrilmnporsinaisdebaillaarnplitude e bai11.a fn:quência que nilo podem ser distorcidos pelas variaçõesdoscircuitosanalógicos.
Figura 4.137
' 4.8.1
Transformada
z·------
Conformediscutinlüsna introduçllodestccapítu lo.oprocesso
de amostragem está relacionado com a alteração de um sina l
contínuo em uma sequência de números. tal como Cllernplifica
a Fi gura4.137,cujascquência pode ser representada por:
a(t) = la(O), a(D. a(27). ... ll(nT + D + ... + o(xDJ
sendo to tempo 1 ., O.T. 2T. . ... xTpara a scquência aulüstrada
no período T (denominado período de amostragem).
Por definição. a trans formada Z de qualquer .scquência./{1)
para1 = O.T.2T.. ... xTé:
lfi.O).ft.7).fi.2D.ft.3D. .... ft..tDI
F(z) =fi.O) + An · ;: 1 + fi.2D· :
2
+ ... + fi.xn · :-·
e pode ser resumida por:
F(z) "" ~ /(nT) · z
•.
CabcobservarqucatransformadaZéumadescriçãornatemáti·
ca essencial. pois de~creve o pnx:esso de amostragem. simi lar à
A.nl05trogem de um sinal cootínuo no tempo produtindo uma $«J~ncia
SinaiseRuído
importância da~ transfonnadas de Laplace no desenvolvimento
de filtros analógicos
Como exemplo. a Figura 4.138 apresenta doi s sinais clássicos
discretos no tempo: o impulso unitário c a scquência degrau unitário
Osinal impulsounitárioédescritopor(oimpulsuunitárioé
frcqucntcmcntcutilizadocomofunçàopadrdodccntradapara
estudododesempenhodosfi11ros)
[ J(IlT) = I:scn = O
l f(llT) = O; se 11 > O,
F(z)=
~f(nT) · z ·•
F(z)= /(0) + f(l) · z-'+ ... + f( I O)· z" 0
F(z)= I + O· z ' + ... +O· z oo
F(:)= l.
Adotando-se o mesmo procedimento, a sequência degrau unitário é descrita por:
Jl.ll7) = l:scn2:0.
0,9
0,9
O,T
0,6
li
'!0.5
~
OA
0,3
0,2
o.•
o
o
1•1
n (Amostras)
Tempo
0,9
0,9
O,T
0,6
li
!0,5
<(0 ,4
0,3
0,2
'·'
'o
n (Amostras)
lb)
Figura 4.138
223
correspondente à sequência: [I. O. O. O, .. OI: portanto, a transformada Z da função impulso unitário é
''"""'
Sinais discre(os no (elllpo: (a) illlpulso uní(árioe (b) degrau uni(ário.
224
CapÍluloQumro
Tabela 4.7
Alguns sinais comuns nos quais f(t) é o sinal contínuo no tempo, f(n1) é o sinal discreto
no tempo e F(z) é a transformada Z correspondente
f{ t) ,t~ O
f{nT) , nT ~O
F~)
l(dcgrauunitário)
t - :-
T·z- • -1
(1 - : -')'
I
.,-• ·•·r
scn(n·w,
~sen(w,
n
1 - 2(cm;(w,
I
corrcspondcrnc à scquência: [I. I. I. . . 1]: portamo. a transformadaZdafunç5odegrauunitárioé
F( z) =
~f(nT) · z-•
z-•o
Essa transformada caracteriza-se por ser uma soma infinita
de termos não zero. podendo ser convertida em um formato
mais convcniernc de polinômios (utilizando-se o teorema binomial):
1- (cos{w< ·T))· z 1
2(cos(w, ·D· z ' )+z '
astra nsformadasZ.(Ikixamosasugcstàodequcolcitordcduzaastransfonnadas.)
4 4.8.2
c ' + .. + /(lO)·
F(z)= l + l·z -'+ ... + 1 z- •o.
F(z) = /(0) +f (I)"
·T))·r'
·T)·: - 1 ) + ~ ->
Operadores básicos - - - -
ParJ. se implementar um filtro digital são necessárias três opcrJ.çõcsbásicas:(a)armazenamcntoemrclaçàoaumintcrvalodc
tempo (elemento memória ou atraso): (b) multiplicação por uma
constante: e (c) adição. Os símbolos da Figura 4. I 39 representam
essas operações.
Considerando-se. por exemplo. unw sequência:
[AO).j{7).j(2T).j{37) .
l+x +x'+ ... + ... = __!__ .
1 - .r
Portanto. se x
=
z- •. a tr.msfonnada Z para o degrau unitário
F(z) = ~ .
Parafaeilitar.a Tabela4.7apresentaalgunssinaiscontínuos
no tempo com seu correspondente sinal discreto no tempo c su-
. j(n1))
sua transfonnada Zé dada por:
F(z) = /(0)
+ j(T) · z '+ j(2T) · z 2 +
+ finT)
: ".
Se aplicarmos a scquência F(z) nacrnradadoclcmcrno((t)da
Figura4.139(elementomemória).asequênciadesaídaserá
[O.j(O).j{T)./(21). ... finT - 1)).
queapresentaatransfonnadaZ:
G(z) = O+ j(O)·z-•
+ /(7) z-' + ... + j(nT-
7) c
A--D--8C-t?--DEYG
F
(a)
(b)
(c)
Figura 4.139 Símbolos dos operadores para implementação de filtros digitais: (a) armazenagem de um número por um período OC clock (8 =
A exatamente r segundos apm o sinal A estar disponível na entrada): (b) multiplicação por uma wnstante (/J = Cn.<t X C instantaneamente); c (c)
adição de dois nútncros (G =E + Finstantancatncnte)
SinaiseRuído
Portanto.ascquênciadcsaídaG(z)éidênticaàscquênciadc
entrada. porém atrasada Tsegundos. Pode· seobterafunçãodc
transfcrênciadesseblocodcatrasopeladivisãodasequênciadc
saídapelascquênciadccntrada·
G( z) "' F{ z)· z-•
ll(z) -= G(z) • z ' ·
F(z)
t 4.8.3
Filtros não recursivos e filtros
recursivos - - - - - - - - - Existem dois tipos !xísicos de filtros digitais: não recursivos e
recursivos. Pordefinição.afunçãodctransferênciadefiltros não
recursivos contém urn ntímerofinitodeelementosesua forma
polinomial é:
~~~- · z-· = ~ + h, · z-' + ... + h. -c •.
Parafiltrosrecursivos,afunçãodctransfcrênciaéindicadapcla
razão de dois polinômios:
a0 + o, · ::-• + o, · z-' + .. + a, · ::-•
b, · z'
I
z = ei"'T =
+ jsen(w7),
b, · z'
b, · z • ·
scndo_t;afrequênciadeamostragem.
Como exemplo, considere a seguinte função de transferência:
ll(z)=
Plano Z
~ + ~ z-• +~ z-'
Manipulandoalgebricamenteafunçãodetransferênciacmultiplicandopor Z% 2-temos·
11(:: )
==~(I + ::- • + z-1 )
x*
==
~ {::' +z~ +I)
c.rcsolvcndoparaoszeros(numcrador = O).
z' + z + 1 =
O,
encontramos o conjugado complexo (locali:z.ando, portanto, os
zeros):
z = - 0.5 :!:)0.866.
Os dois zeros estão localizados no círculo unitário em
wT = :t2'l:3(::':: 120°). Determinando os polos (denominador
igual a O). temos z' = O. com os dois polos localizados na origem
doplano z (z = 0).
Cabe observar que os va lores de z para os quais H(z) = O são
chamados de :eros da função de transferênóa: os valores de z
para os quais f/(z) __,. w são chamados de polos. Para encontrar
os zeros de um filtro.bastaigualaronumeradoraOeavaliar;:;
para encontrar os polm; de um filtro. basta igualar o denominador
aOeavaliaroz.
t 4.8.4
cos(w7)
que representa a equação de um círculo de raio unitário denorninado círr:u/o unitário do plano Z. A Figura 4.140 mostra algumas
características importantes do plano z. Qualquer ângulo wTcspccifica um ponto do círculo unitário. Como w = 2 "1T ·f e
T = YJ, .esscânguloé·
O segundo elemento da Figura 4.139 é o multiplicador (entrada
multiplicadaporumaconstante)que.emcorxiiçõesideais.nãoarmw.cnancmatrasaacntrada.Porcxemplo.seascquênciadccntrada [0. 5. 8. 5. 3] é multiplicada pela constante 2. a correspondentescquênciadesaídaé[O. 10. 16.10.6].0tcrcciroelementoda
Figura 4.139 representa o sornador. como. por exemplo. somar as
sequênciasA ,(::) cAl::). cujo resultado é G(z) "' A,(z) + Ai::).
11(::) =
225
c. se u = O. a magnitude de z é I c temos:
tm(Zl
Z _.i
o z • -1
A transformada Z pode ser analisada de um ponto de vista prático por meio da definição
z=e'·r.
f • f,fl
naqualafrcquênciacomplc:~:aédadapor:
s = C1"+ jw.
Ponanto,z
é dada por
= e'
r __.
z=
e" "rei"'r e, por definição, a magnitude
Figura 4.140
e a fase é
Lz
=
w· T
Círculo unitário do plano z:
(I =
wT = 21T ;;;
indicandodiferentcs maneirasdcseidcntificarumãngulonoplano z.
226
CapítuloQuatro
Diagrama com operadores básicos representando a salda de um fihro FlR de ordemN.
Figura 4.141
t 4.8.5 Caracterfsticas dos filtros de
resposta impulsiva finita- FIR A saída de um fihro FI R de ordem N ~a sorna dos va lores arrnazen:rdos.e pode ser observada na Figura4. 141.
O filtro FIR ~ basicarnertte um conjumode elemen tos de memóriaoudeatrasossornados.Arespostaimpulsivaunitáriadessefiltroé:
)~trT) ,...
6h,
·x(nT - I.:T)
e sua função no domínio Z ~
Y( z) "'
b~ +
b,
l ].
/l(z) = ~(l + 2z 1 + z
2
).
Para se obter a resposta do filtro no domínio de frcquência. basta substituir tpor t!"r:
esuafunçàodctransferênciaé
H(d =
~~ X( z) + 2X(t)z "1 + X( z):
Pelofluxodesinaisdofiltro Hanningpcrcebe-se queaexpressão
anterior est<"lcorrctae sua função de transferência é dada por:
ll(wT} """'
·z' + ... + b,. , ·:-".
i(l
+ 2e ·jJ" +e ,l.,. )
Por manipulação algébrica temos
t 4 .8.6
Filtro Hannlng - - - - - -
Uma das tarefas mais com uns nos procedimentos de fi hragem é
a redução de rufdo de alta frequência. Um dos fil tros simple.~
para essa proposta é o filtro Hanning. cujo diagrama de operadores é dado na Figura4. 142.
A resposta desse filtro por meio da notação de equações de
diferenças é
y(nT) =
~l x(nT) + 2.t"(IIT -
T)
1/(wT) = ~Ie
,_, (eiJ +2+e ,_, )]
e. pela substituição da simples relação tri gonométrica.
eJ-T = cos(w7) + jsc•t(w7)
H(wT ) -
~](2 + 2cos(wT)}I!
,.r ].
Esta é a forma comple,;a da fun<;ào de tmnsferência cujo móduloecujafascsàorcspcctivamente.
+ x(11T- 2T)I
iH(wT~ = H
·(l + cos(wT)~
L H(wT) = - wT
à implcme ntaçàodeumprograrnaparJ scr exec utadoem um determ inado
sistema mieroprocessado. A Figura 4.143 apresenta um fl u,;ograma para o fi lt ro Hanning (considerando-se que o dado foi
previamente amostrado por um conversor analógico para d igí1al
(A OC) e annazcnado em um \"e1or amostra I ])
A implementação de filtros di gi1ais est:l relacionada
1'14
Figura 4.142
filuul lanning
Diagramaoomoperadom; básicos
repn:~ntandoo
t 4.8.7
Filtro polinomial - - - - -
Uma da.~ grandes famílias de fi11ros FIR !><lo os fihros polinomiais.cujacquaçãogeralédadapor
JÍJrT
+ 1.:7)
= t/(117)
+ b{117)k + c(n1)k'.
Sinaise iMdo
221
ec uja funçàodctrnns fcrência é
ll(z) =
'isr<-3+ 12::-' + 17z-' + 12z ~- 3:: •).
41 4.8.8 Filtro notch lrejelta ~ banda ou
passa-faixa) - - - - - - - - - Muitossis temasnccessitamdarcmoção deruldoem umadeterminada frcqu~nciaooem umafai.~~:ade frequência . Filtros que
realizam esse tipo de tarefa são denominados note/r. ou rejeitabanda.
Um simples método par.! remover completamente o ruído a
uma frequência cspcdfica de um dado sinal é a colocação de um
7.Cro no cfrculo unitário (do plano Z) na locali7.açãoque correspondeàfrcqut!nciaquescdcsejaremover.
Considere. como exem plo. um sinal amostrado com 180
amostrasporscgundoe qu e.ernumadadaaplieação,scjanccessário remover 60 Hz. Utilizando-se o método descrit o antcriormeme. basw coloca r um zero no plano Z (c írculo uniUitio) a
eq uação de diferenças correspondente torna-se
2o/J. A
)~nT) = ~ )X(IIT) + x(n T -
T)
O filtro apresenta zeros em z = - 0.5
dentesampli tudecfasesãodadaspor
+ x(nT -
::!:
2T)).
j0.866 e as com:spon-
lll(wT~ = ~(I+ 2cos(wT)~
L H (wT)=-wT.
A Figura 4. 145 mostra as caracter(sticas do filtro IW/dt de
60 H z
Figura 4.143
Fluxograma para o filtro Hanning.
41 4.8.9 Caracterfsticas dos filtros de
resposta impulsiva infinita- IIR - - -
sendok limitado por - L a L. O di agrama de nuxo de sinais !Xlrll
um filtro polinomial geral encontra-se na Figura 4. 144. cuja equação de diferenças para um fihro~X~raból icodc cinco pontos é
y(•rT) = fs-[{ 3x{nT)) + l2X(nT
+ 12 X(n1'- 3T)- ]X(nT- 41'))
T) + 17X(nT
2T) I
Em tennos genéticos. a função de transferência dos filtros II R é
descrita pela razão de dois polinômios:
~;,..,'
l/(') " 1 ~-~b,, ," ~~;·,'·:~ . .-.
Figura 4.144
L • 2.
+"·' •
Y(')
b.,-· - XI'i
l'iltro polinomial com
228
CapÍluloQumro
'=::se=
,.
10
~
~
~
~
ro
~
oo
oo
Frequênc:ia (Hz )
l: E:J··, c
o
10
~
~
~
~
ro
~
oo
oo
Fraquência {Hz )
Fihro 11otch de 60 Hz: (a) fluxo de sinais: (b) círculo unitário (plano Z): (c) amplitude c (dj fase
Figura 4.145
A Figura 4. 146 apresenta o fluxo de sinais para um filtro !I R
genérico.
e. portanto. determinam o tipo do filtro. Os valores dos coefidentes do denominador determinam a localizaçilo dos pulos do
filtro desejada. Pode-se observar que estes coefidemes dctermi-
ti 4.8.10 Métodos de desenvolvimento
para filtros de dois polos - - - - A equação genérica para desenvolvimento de quatro tipos de
fil1rospadrões - passa-baixas. passa-banda.passa-altaserejeita-bandaé:
f/ (z) = :
~ ~:~~: : ;,:~~:
naqualaslocalizaçõesduszeroseóospolossilo.respectivamente.
"ftJ
z·•
..
z·•
I
b, ±
a.
11,
~bi - 4b,
:
I
I
p~ -, --
I
scndo h,
=2
I
r· cosO. b2 =r e O = 27T(± } f , a frequência
deamostragemefc afrequênciacríticaoudecorte.
Odiagramadetluxode sinai sdeumfiltrogenéricode dois
polos é mostrado na Figur..t4.147. Os valores dos coeficientes
do numerador detem1inam a localizaçilo dos dois zeros do filtro
Figura4.146
Oflux odcsinaispara umfiltro i iRtipico
ll9
41 4.8.11 Uma
Introdução
aos
adaptativos;
__
__;_ _
_filtros
_ __
Osfihrosadaptati\·osaprcscmamagrondevantagemdenãoexigire m conhecimento de todas as características do sinal ou ruído.
tal corno ocorre com os fihros não adaptati,·os ou. como geralmente são chamados. os filtros fixos. Em Engenharia Biomtd ica. fihros adaptath·os são utili zados na filtragem do rufdo de
linha. 60Hz. e m sinais deri,•ados de eletrocncefalograma.s. eletrocardiogramas eelctromiogromas. remoção de outros artefatos
dos$ inaisclctrofisio lógieosemgcrai. A Figura4. 148aprcscnta
um modelo genérico de um filtro adaptativo paro cancelamento
do ruído que e m gero] interfere nos sinais ou os corrompe.
No caso de um sinal di screto no tempo. 3 en trada primária
pode !>Cr representada por s{n1) + 1r,j.1r7). o nde o ruído(nJ.n7))
é ad icionadoi\entrudueconsideradonãocorrel3cionadocoma
fome do sinal. Uma segunda entrada pam o filtro. classicarncntedenominudaentrudade refc rê nci ~r. co nsidcraumruídon , (n7)
) - - - - - ' - --YIZ) para gerar uma saída Ç( r(/) que é urna estimativa de 110(n"f). O
Figura 4.147
Fluxo de sinai s de um
fihrogem~ricodcdois
potos
nam o ti po de filt ro como sugere a Tabela 4.8. Observa-se ainda
quc nàoforam calc uladasa.sfrcquências decortedcstcs filtros .
Dei xamos esta tarefa como sugestiio de exercicio ao lei tor.
Reescrevendo. temos
~::~.: ::;~: .. ~~~~
// (t)" :
Y{d ,. b,YWz ·•-
b:zY( ~)~ 1
ruído 11 1(117) está correlacio nado de modo desconhecido com
11,J.n1).
A suídu Ç(~r7)és ubtmfdadacntraduprimáriapamseprodu­
zirasafdadosistc ma y(117). Essasafda étambémoerroE(n"f)
quc é usadopurascajustarcmoscocficicntesdofiltroadaptativo (~t~ l. .p)):
)~117)
y' •s'- + (n 0
+ X(l) + a,X(z) · z- 1 +a,X(z)z-'
){117): br)(IIT - 7) - b::.I(IIT - 27) + x(n1) + tr,_l{nT - 7)
R<'jcitu-banda
2cos9
Ç<nn.
fY+
2s(no-
E>
t>' ] + 2t.l$(1r, - {)-
Ely' l -- Ei s' I + '*''<!- {)1 ]
CoefiCientes para implementação do filtro de
-l
-
t.ly' J- t.ls' J+ ti(/1<1
+
a~nT - 21).
Paosa-ahao
-
calcul ando a mtdia de ambos os lados:
c. usaodocquaçõcsdcdifercnças.
Tabela 4.8
dois polos
+ 11o{.117)
• s(11'/)
Elevando ao quad rndo. c por manipulação algébrica. temos:
como a potência do sinal
filtro. te mos que
Els'- 1não é afetada
pelos ajustes do
Portanto. quando a potência de s~r ídu do sistema for minimizada segundo acxpressiio antcrior. o e rro médio quadrático de
(11 0 - E)érnínimoco li hrofo iadaptadopara sintcti zaroruldo
(( "" llo).
Entrada
primário
""" I
I
I
_j
Figura 4.148
Diagrama de blocos de um filtro
ada~aü,·op<u;~cancelamentodorufdo.
230
CapÍlulo Quatro
"ncipaisdiferenc;asentresinaise>tátims.periódicos.
aleatórios.
-
-
• cipaist&:nicasdeprocessamcntonodomíniotemquência?
~0.5
·-
7. O qucéruldointrinse.:o?Quaisospri ncipaistiposderuldointrin 'eço?
-
8. Comnétratadooruídocmamplificadorcsoperacinnais1
9. bpliqucosmeçanismosdoruídotérmiw.doruídoshmedoruí-
-o.~ ~
-o.s -o.e -o.• -o.2
o
o.2
o.•
o.e
o.e
1($)
doflicker.
10. Como são modeladas as interferências por campos magnéticos e
porcamp<,;elétricn•?
Figura 4.14g
Sinal refercn1c ao Exercício 23
11. Expliqueom<.-cani,moqueutilizacabosblindadospamredU<;ào
dosefcitosdeinterfcrênciasextcmas.
12. Expliqueomcçanismoqucutilizacabostrançados para redução
dosefcitosdcintcrfcrênciascxtcmas.
IJ. Quaisosprincipaiscuidadoscm rclaçãoaomcrramcntodcrcfcrência.~
em
sistema.~
de instrumentação?
14. O queéablindagemdegumr/ooamplirKo<l<klr?Qualasuautilidade?
15. Vrrifiqucascurvasderespostadocomponcnte(Texas lnstruments)
INAIOI eavaliearuídonafaixade lO a l(l(lOHzparaumganho
dc800.
16. RcpitaocxcrclcioantcriorparaowmponcntcA D620
17. Avalicocircuitodafigura4.52paraconfiguraçâonâoinvcrsorac
cakuleatentiodcsaídaE•.
18. Avalieaconfigur.u;ilonàoinversomecakuleatens.àodesaídaE,.
19.
Avalieaconfigumçãodifercncialecalculeatensãodc~aídaf.",.
.,.
- 1 ~·••~_.---,--~----=
. -~c----c-_j
20. Aval ieecakuleatensãodesaída!:."". paraocircuitodafigura4.53
2 1. AvalieasFiguras4.61(a)e4.61(b)edcduzaastensõcsdec ntrada
Figura 4.150
V~ doamplificadorparaosdifcrcntcscasosaprcscntados
Sinal referente ao Exerckio23
22. Qualancccssidadcdautilitaçàodocircuito;·amp/cam/ho/J?
Oqocéoliasing 1
23. Detcml incoscoe fi cientesdasériedefouricrparaossinaisdas
Figuras4.149.4.150.4.151.4.152.4.153c4.154.
24. Cakulcatransformadadcfouricrdafunçilof(r)=scn(27TI)[O.l[.
plotadanaFigura4. 155
25. CalculeatransfonnadadeFourierdafunçàotriangularmultiplicadapelopulso[O. l ].plotadanaFigura4. 156
26. Calculeatran;,formadadeFourierdafunçilodentedesermmultiplicadapclopulso[O.l].plotadanafigura4.157.
27.
§:
Cakuleatr~nsformadadcfouricrdi>;Cretaedesenhcográficoda
amplitudecdafascparaassequênciasdasfiguras4.158.4. 159.
4.160.4.161e4.162.
28. Aprcsentcosprincipaistiposcclasscsdcfilt rosanalógicos.
29. ConsiderandoautilizaçâodeumwnvcrsorADCde lObits em utn
dctcnninadoprojcto.ascamctcristicasdcsr.csistcmasilo:umfihro
pa.~'<l! faixa com atenuação de - 75 dB. frequên<·ia de amostmgem
de 20 kHze frcquência de corte de 2kHz. Determine qual a ordem
desr.cfiltro.
..•
, -cT--,.--:c,--.:.-__,.---,
..
_,_··~
Figura 4.151
SinalreferentcaoExercícin23
SinaiseRuido
-1~\-,-~""'··~~""··-~"'"··~~""·'___,"~"·.,_'
-."'.•~•.,_
, -·"'··----<
1($)
Flgura4.152
...{I.So
SinalrcfcrcmcaoExcrdcio23.
ê
..{).~L
, -~c'.,~~ec.,-~-e.,~~7,---o,~,7.,--7•.•~•7.,~
•.•~.
o.os 0.1 o.1s o.2
Figura 4.155
Sinal rcferenle ao Exercício 23
..{).:L
, -~~.,~~~.,-~~.,~~~.,~.~,~
,~
, .•~.~
., ~~
2
- o
o.1
02
0.3
Figura 4.156
Sinalrcfercn(eaoExerdcio23
o.•
.,.
o.s
o.&
0.1
o.s
o.9
1
FunçãorcferemeaoExcrdcio25.
_,,,!--;;,,,,--,,ec,-;;,,,,---;,::.• ---;e,,,c--;;,7.,-;;,,,c-;,o.• - ,,.,,,---c,
1($)
Figura4.154
o.• o.•s
Fun<;ào rcfercme ao Exercício 24
o
1($)
Figura 4.153
.,.
0.25 o.3 o.35
231
li•)
Figura4.157
Funçãorcferen(eaoberdcio26
232
CapÍluloQumro
Figura 4.158 Scquência referente ao Exercício 27
Figura 4.161
Scquêocia referente ao Exercício 27.
Figura 4.159 Scquência referente ao Exercício 27
Figura 4.162 Scquência referente ao Exercício 27
30. Projctcumfihropassa-baixaspassivo(classe Buucrworth)cuja
curvaderespostaédadapela Figura4.163.Épossívelimplementarcssefiltm?
'[~::h
I~,·UL
1,56,5
Frequência(kHz)
Figura 4.160 Scquência referente ao bercicio 27
Figura 4.163
FigurarclacionadaaoExerckio30
Sinaisc Ruido
31. Considcrnndo as caracterfstieas do exerdcio anterior. projete o fi Itro ativo. É possh·el implcmcmar esse filtro?
32. Umaparccla signiro<:atil'adossinai sresu ltantcs dasati••idadesfisiológicosaprcscnmpcqll('llllamplitude,e.portanto,s3oroeccssários
amplificadon:sparnpcnnitiroseuc()rn;'toprocess.amento.Considcr:mdoessa afim~ão. upliquc os principais par.1meuos que <:a-
233
40. Quais são as principai' difci".'IIÇUS ~mre filtros FIR e I IR ?
Considcrnndo o l'larM) fornecido pela Figurn 4.165. detcrminc:
(u)l/(z)c(b)arcspostaaoimpulso.
z
ractcriV~mumampliro<:ador:ganho.rcsposlaemfrcquêocia.rcjei-
ção modo comum. Ct. IR R. rufdo c impcdância de: cmrada.
ll. Pesquis.eq uaisas faixasdcfrcquêociacamplitudescaracteristi..-as
dos si naisclctromiogr.ificos (EMO). cnccfalogr.ificos (EEG)c eletnxardiográficos (I:CGJ
34. Consider.mdo o amplificador INA102 da Texas lnstruments, implcmeme um circuito que permita alternr seu ganho (CS§C con•poneme apresenta ganho prog.ram~•·cl) . Calcule o modo rejeição co35. lmplcmcmc um filtro passa-baixas passivo (segunda ordem) para
umamplificadorbiopou•ncialqualqucr.Essccircuitodevepemlitir
a sclcçno manu~l (por chaves) das frequ~nciasdecortc(-3 dB)
0.6
~
'·'O>
.......
f ,o
w
....
f
~
I
\
confonnet;~bclaascg uir:
o
Figura 4.165
1.59
'·"
15.92
36. Considerando o filtro rwlch 5(){60 Uz da Figurn
4.1~.
prm·c que
se C, • C,. C, • 2 X C 1,R1 • R, c R1 • R){ afrequêncianmch
QCQ~Tt:qu:mdoareatánciacap;~eitil'lléiguallircsistêocia(Xc=R)
c~dõldapor; f-• • 2 JT~C,.
c,
Rcfcrcmc ao
Referente
ao Excrcfcio 40.
t BIBLIOGRAFIA - - - - - - - -
7.23
Figura 4.164
0.5
El~«~reel
Frequtncladecorte(Hz)
Pos1çliochave
E~ercício
36
37. Considcr.mdoo filtro rwtch 50160 117.. adicione à sua ~-aída um amplificador(configur.oçlloganhouni t~rio).Qualavantagemoudes­
~antagcmdcsscsistcma?Obtcnhaascur\'as dcrcspostaparaos
exercfciosanteriorcs
38. Com uma f~madc simulação. dctennine ascur..-asdc resposta
de um filtro pass;a·bai~llS de 3.•0Jdcm. classe Bunctvlorth com fn:qllên·
ciadecortcdcJOOHlcfn:quênci:ldcruoosuagemdc 1500 Hz.
39. A tr:msformada Z de um filtro t!: 1/{:) • 2 - 2:
posta(u)cmPmplitudee(b)fasc.
'·Qual~
sua rcs-
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ZIEL. A. Noi~. New Jc~y: Prenticc Hall. 1954.
Medidores
Os medidores de tensão, corremcc rcsistênciaclétricasãoinstrumcmosqueJXX!ernsersimples. baratoseapresemaroutras
funções.medindutambémcapacitâncias.ganhosdetransistures.
tcstcsdcdiodosctcmpcratura.Essescquipamcntosgcralmcntc
s5o denominados multímetros. A integração de componentes
eletrônicos. bem como a variedade de funções implementadas em
proccssadorcs,proporeionouamclhoriadcqualidadccagaran-
tiadeconstanteinovaçãodeequip;:unentosdessanatureza
Instrumentos para medição de grandezas elétricas como o
muhímetroeoosciloscópiosãofcrramcntasncccssáriascmqualquer laboratório de desenvolvimento ou manutenção de produtos
Neste capítulo. apresentamos os princípios de funcionamcmo
desses equipamentos.
Sãoaprescntadastambémtécnicasdcmc~
le.nosquaiséneccssáriamonitoraçãorápida.alongasdistàncias
e com poucos recursos financeiros. Apesar de serem ainda mui to utilizados. e1;ses instrumentos perderam popularidade para os
instrumentos digitais, principalmente devido à quantidade de
recursos que podem ser inseridos no processo pelos mesmos. A
Figurd 5. I mostra exemplos de instrumentos analógicos
O erro mais comum nos instrumentos analógicos é o erro de
paralaxe. quando a vista do observador. a ponta do ponteiro e o
valor indicado na escala não se situam no mesmo plano (veja a
Figura 5.2). Esse é o motivo de se utilizarem espelhos no fundo
de escala. Nesse caso. o operador da Figura 5.2(b) deve posicionar-se de modo a que o ponteiro coincida exatamente com o seu
reflexo, garantindooàngulodc90° cntreobservadorc instru-
diç~o
de outras grandezas elétricas. tais como as pontes de balanceamento. quesãoconstantementeaplicadaseminstrumentação.
4 5.1 Galvanômetros e
Instrumentos Fundamentais t
5.1.1
Instrumentos analógicos - -
Os primeiros instrumentos tinham seus prindpios de funcionamento baseados em engenhosos efeitos eletromagnéticos com a
função de movimentar um ponteiro sobre uma escala graduada
e calibrada. O fato de os valores lidos serem mostrados através
depontciroscaractcrizaosmcdidoresanalógicos.Apesardctcrem surgido muito tempo atrás. muitos medidores analógicos
sãoutilizadosaindahoje.principalmenleemquadrosdeconlro-
Figura 5.1
234
Princípios de funcionamento
Instrumentos de mcdidaselétricasanalógicossãoconstruídosa
panirde um instrumento fundamental. denominado galvanômetro.
que é sensível ao fluxo de baixas correntes. A panirdesses instrumentos fundamentais são acrescidos componentes. tais como resistores, entre outros, a fim de tomar o mesmo um medidor de
corrente,ummcdidordetcnsãoouummcdidorderesistência.
Os galvanômetros podem ser construídos de diferentes maneiras. e os mais comuns são os de ferro móvel e os de bobina
móvel.
Ferro mó\·el: esse galvanômetro tem como uma das principais
característicasasimplicidadedeconstrução.Consistebasicamente em duas barras metálicas pamlclas adjacentes, imersas
em um campo eletromagnético gerado por uma bobina na qual
Instrumentos analógicos: (a) de bancada (cortesia de Minipa Jnd. e Com. Ltda.): (b) detalhe do galvanômetro: e (c) de pair>el
MedidoresdcGmndczasEiétricas
passa uma corrente. As barras metálicas cstào sob a açào de um
campo. e as mesmas terão uma magnetização cuja polaridade é
determinada pelo sentido da corrente na bobina. Como as polaridadcsnasbarrassurgcmcm lados coincidentes. surge uma
força de repulsão. Naprática.umadasbarrasé fixaeaoutraé
móvel. A barra móvel também é anexada a uma mola que exer-
111111! 11 1 1 11
~
(a}
(b}
Figura 5.2
(o}
Erro de pamlaxc.
__. 11.}
••=ho
(a) Princfpiodc funcionamento do galvanômetro de fermmóvele(h)seusímbolo
Figura 5.3
(a) Princípio de funcionamenw
dogalvanômctrodebobinamóvcle(b)seusím
Figura 5.4
bolo.
235
cc uma força no sentido contrário à força gerada pelo campo
magnético. Essa molaécalibradajuruamentecom urna escala.
sobre a qual desloca-se um ponteiro fixado ao ferro ou placa
móvel. As Figuras 5.3(a) c 5.3(h) mostram o esboço de um galvanômetro de ferro móvel e o seu símbolo. respectivamente. Uma
característicainteressantedessetipodegalvanômetroéque.indcpendcntemcntedapolaridadc namagnctizaçàodasplacas,as
mesmas sempre estarão se repelindo. Pode-se fazer uma análise
mais detalhada e determinar que esse galvanômetro tem saída
proporcional ao quadrado da corrente que passa pela bobina. Por
esse motivo. o mesmo é utilizado para medir correntes e tensões
contínuas e alternadas. indicando valores eficazes ou RMS.
Bobina móvel: esse galvanômetro utili1.a um ímà permanente.
Os polos desse ímã sào montados em conjunto com uma bobina
presa apenas em dois extremos. de modo que a mesma possa
movimentar-se livremente sobre um eixo. Quando uma corrente
é injetada na bobina. um novo campo eletromagnético é gerado.
de modo que surge uma interJ.çào entre as forças causadas pelo
ímà permanente c pela corrente impressa. A bobina- denominada bobina móvel- está fixada a um ponteiro c a uma mola. A
força resultante faz com que a bobina se movimente assim que a
força da mola é vencida. Nesse tipo de instromento. o movimento do ponteiro é proporcional à intensidade da corrente: F 'X i.
Mudandoosentidodacorrcnte,inverte-setambémosentido
daforçae.cmconsequência.osentidodedcslocamentodoponteiro.Quandoumacorrentealternadaéimpressanesseinstrumento.asuasaídaseráproporcionalàmédiadesscsinaldcentrada. Consequentcmente. se o componente OC for zero. o ponteiroficaráimóvel.Afrcqnênciasbaixas.omovimcntodopontciro é de uma excursão em torno de um valor médio. As Figuras
5.4(a) e (h) mostram detalhes da construção de um galvanômetro de bobina móvel e seu símbolo. respectivamente.
A maioria dos instrumentos analógicos de bancada é construída a partir de um galvanômetro de bobina móvel. Isso acon tece porque esses instrumentos podem fornecer respostas mais
prccisasqucosinstrumemosdeferromóvcl.
Apesar de o galvanômetro do tipo bobina móvel ler apenas
sinaisdcbaixafrequênciaousinaisOC.épossívclautilizaçào
do mesmo nas medidas de sinais AC. Isso geralmente é feito
com a utilização de semicondutores retificadores (diodos). Com
(a)
c (.}
236
CapÍluloCinco
~
'•
(.
Circu~o
(<)
I(S)
(~
(~
Figura 5.5 Galvanôme1ro G ligado a um re1ificador de: (a) meia onda. (b) onda comple1a. (c) efei10 do re1ificador de meia onda e (</) efci10
dorc1if1cadordcondacomplem
configur.1ções adequadas. é possível transformar um sinal AC
que apresenta excursão de - V a + V em sinais AC que têm excurs5ode O a V. resultando em um componente médio diferente
de zero. conforme mostra a Figura 5.5. Esses dispositivos são
chamados de retificadores de meia onda c de onda completa.
respectivamente.
t 5.1.2
Instrumentos digitais - - - -
Os medidores digitais fornecem a leitum em forma de dígitos.
como mostra a Figura 5.6. em vez de mostrar a grandeza em
função da posição de um ponteiro em uma escala.
Um voltímetro digital pode serconsidemdo basicamente um
conversoranalógicodigitalconcctadoaurnpequenocircuitode
seleção e tratamento além de uma unidade de visualizaç5o (dís pltty). Uma determinada tensão a ser medida é amostrada durante certo período de tempo e é convertida mediante o conversorA/Demumsinal digital.
Arcsoluçàodosinstrumentos di gitaisêfornecidaemfunçào
do número de dlgitos. uma vez que o dígito mais à direita representa a menor variação lida por c;;se instrumento. Se um determinado instrumento mostrar uma grandeza como 999, diz-se
que a mesma é representada por 3 dígitos e apresenta uma resolução de I unidade. Displays LCDs regulares de baixo custo
representam as grandezas com um fundo de escala do tipo 1999
(2 OOOcontagens). Nesse caso. di z-se que esse instrumento é 3\fl
dígitos. Caso o fundo de escala seja 19999 (20 000 contagens).
diz-se que o instrumento é 41hdígitos. Observe que a definição
Y.z dígito diz respeito ao primeiro algarismo. que pode assumir
o valor I apenas. ou então essa casa permanece desativada. Por
exemplo, ao ler 1,2 V em um voltímetro de 3\12 dígitos na escala
de 2 V. o visor mostrará 1.200. Ao medir 2.2 V na escala de 20
V. o visor mostrar.í 2.20 V. A Figura 5.7 mostra um diiplay LCD
dc3Y.ze 4 Y.zdígitos
Figura 5.6
Lida
Instrumentos digitais. Cortesia de Minipa lnd. e Com
McdidorcsdcGrandezasElétricas
Tabela 5.1
contagens
237
Relação entre resolução de display e
Dígitos
Contagens
Oal999
2000
Oa19999
20000
Oa39999
40000
Fator de crista
(a)
(b)
Figura 5. 7 Displuydc 3'12 e 4'12 dígitos. (u)Copyright da Tclaronix.
Inc. (h) Cortesia de Minipa lnd. e Com. L!da. Reproduzido com permi~~ào. Todos o~ direito~ reservado~
Figura 5.8 Instrumento digital com 3:Y. dígitos. Cortesia de Minipa
lnd.eCom.L!da
Fundos de esçala típicos em instrumentos digitais apresentam
valores como 20 mA. 200 mA. 2 V. 20 V. 200 V etc .. equ:mdo.
por exemplo. for medida uma tensào de 2 V no instrumemo de
3\.í dígitos, o visor indicará 1.999 c mostrará 1.9999 se for 4\.í
dígitos.
Existem ainda instrumentos cujo fundo de escalado primeirodígitoédifcrentcdc I. Ncssescasos.aespccificaçãoé
difcrente:diz-sequcoinstrumcntotcmoutrasrelaçõesdcresoluçào de displa y. Por exemplo. se o multímetro apresenta 3*
digitos. o mesmo pode fazer 4 000 contagens. de O a 3 999. Se
forem 4% dígitos. então podem ser feitas 40 000 contagens. de
O a 39 999. Um exemplo de instrumemo de 3;1. dígitos pode ser
observado na Figura 5.8. Nesse caso. pode-se observar que o
dígito zero aparet:eu por inteiro. Se fosse um instrumento de
3\.ídígitosnamcsmasituação.apareceriamapenasostrêsúltimosdígitos
A Tabela 5.1 mostra uma relação de espct:ifkaçào de düplay
enúmcrodecontagcns
A maioria dos multi metros fornece valores médios. ou então
valores RMS.desdequenessecasoosinal seja senoidal puro.
Esses multímetros nào podem ser utilizados para medir sinais
não senoidais
Os sinais periódiws variáveis no tempo não senoidais devem
ser medidos com multímetros TR UE RMS, porém com um limitccspecificadopelochamado fator de crista (FC).Ofatorde
t:ristaéaproporçãoentre um pico do sinal (V'""')eseu valor RMS
(V.._.,s)· Outm limitação de multímetros está relacionada com a
frequência(faixasdefrequênciastípicascmmultímctrosdigitais
vão de 50Hz a 500 Hz). O fator de crista é dcterminado por:
Ofatordecristaéumparàmctroimponantcquedevescrlcvado em coma no emprego de um instrumento. pois fomcce uma
ideia do impacto de um pico no sinal. Considere o exemplo hi potético com um multímetro digital que apresenta uma pret:isào
de 0.02% para medi das em sinais senoidais. porém. se observarmos sua especificação. ele pode adicionar uma inceneza de 0.2%
parafatorcsdecristaentre l,414e5.Assim,ainccnezatotal na
medidadeumaondatriangular(fatordecristaiguala 1.73)será uma composição (geralmente fornecida nos manuais do fa~
bricante)entreasduasincel1ezas
Naárcadcocústica.ofatordccristaégcmlmcntcespecificado
em dB. Por exemplo. o sinal senoidal20 log(l.4l4) = 3 dB. A maioriadoruídoambieme possui um fatordecristade lOdB. enquanto
disparos de armas de fogo vão a aproximadamente 30 dB
Aseguirsàofornecidosalgunsfatoresdecristadealgunssinais·
a. sinais senoidais e senoidais retificados em onda completa
possuem FC =/i = 1,414;
b. sinais retificados em meia onda possuem FC = 2;
c. sinais com forma de onda triangular possuem
FC = J3 ... 1.732:
d. sinais com fonna de onda quadrada possuem FC = l
4 5.2
Medidores de Tensão - - -
Voltímcl ro; o voltímetro t:onsiste em um instrumen to t:uja funçãoémcdirtensãoclétrica.Esscinstrumentotcmcomoprineipal
caractcristica alta impedilncia de entrada. De fato. um ~·oltímetro
238
CapfwloCioco
Figura 5.11
Figura 5.9
Voltímdro ligado em p~rnlclo com~ carga.
ide:ll tem urna impcdânciadeentrada infmita. Esse conceito é
importante. urna \·ez que todo instrumento de medida deve medir sem interferir no processo. Se a imped:incia de entrada for
infinita. a corrente desviada do circui to é nula e. em eonsequência. o processo não .. percebem·· a presença do instrumento durante a medida. Em um caso real. pode-seespcrnruma im pcdânciaelevadaporémfini!a.e.quantomaioraimpedâociadeemrnda do volt ímetro. melhor sem o instrumento. O voltímetro deve
ser conectado em paralelo aos pontos em que a medida será feita( Figura5.9).
Li gando um voltímetro em paralelo com um circu ito. a correm equce irculapelomcsmoseránula(aproxirnadamcmczcro
em um caso real) c. crn conscquência. toda a tensão da fonte
será medida.
Voltímetro analógico - - - -
A construção do vol tímetro analógico consiste em ligar uma resistêocia em série com o galvanômetro. O l'alor dessa resistência.
juntarnentecomascaracterístieaselélricasdogalva nômetro.tais
corno resistência interna e corrente máxima ou corren te de fundo de escala da de flexão do ponteiro. é que detemtinará a ten s:lo
rná:l:irn:t suportadapcloinstrumento(Figum 5. 10).
Assirn.conhecendo-seogalvanôrnetroesabcndo-scatcnsiio
defundodecscalaamedir.bastacalculararesistênciaR·
iFE. - ~~R
R'*+ Ri
'""
.. É!!.
iFE
Ri
'"Ohímctro analógico com ~scal~.
Osrnultímctroscomcrciaisapresentamdifercntcsescalasde
medida. No caso do voltímetro. essas escalas podem ser implementadas si mplesmente adicionando-se resistências que podem
ser co nectadas ~través de uma chave rotativa. conforme as Figu ras5. ll e5. 12.
Obscrvequc.oocasodaFigura5.12((1).asresistêociasque
determinam as escalas são associadas em série. de modo que o
cálculo das nltsmas deve levarem coma a resistêocia equivalentcparaumadeterminadac.scala
Por exemplo. determine as resistêocias do \'Oltímetro ana lógico da Figunt5.12(u). sabendo que a corrente de fundo de esçala de dencxào do g~ lvanômctro é de WE • l mA c sua rcsistência inter naé Ri = IOfl.Asescalasdastcnsõesdescj:tdassão:
200 mV, 2 V. 20 V e 200 V.
R, Rl =--
t 5.2.1
F...squcm~ de um
R1""
R. =
0~~ 1 - I0 - 190íl
o.~ 1
0~~ 1
- 10 - 190 = 18oo n
- lo- •90 - t8oo : 18000 n
0~ 1 - 10 - 190 - 18oo - 18000 - 1soooo n
Obse rve que as resistênciascalcu lad assãobastantcal tas
se co mparadas à resistê ncia interna do galvanômetro. A soma
da resistência R,.,, co m a resistência interna Ri do g~Ll va nô­
mctro res u11a na res istência de entrada do voltímetro. c a
mes ma deve ser a li~. A corrente necessária parn des loca r o
ponteiro é desviada do processo em que a medida está sendo
tom ada.
Em um voltímetro analógico. a sensibilidade é assim definida:
s=ifE
sendo iFEa correute que causa denexão máxima no ga lvanômetro. A sensibilidade 6. fornecida. portanto, em~- Esse parâmetro costurmt ser impresso no painel do instrumento. c valores
Figura 5.10
nômetro
Esquema de um \'oh fmetro oonstruído com um
ga lva-
comunssiio: 10000%.
20000~. JOOOO~.Quanto maior é a
sensibilidade. melhor6.aqualidadedo instrurncl1\o.
Medi~sdeGrarkle~s l:létricas
Figur11 5.12 (a) Esquema de um
•vltímeuu analógico com ~alas: (b)
~alas de um muhimetro analógico.
CMesiadeMinipaiJJd.cCom. Ltda. (11')
(b)
En1re oulroS aspectos, pode-se utiliznr a se nsibilidade para
dcterminarJtresistênciaintemadornultírnc!ro,quundoutilizadonaes.caladetensi'io.Assim. um instrumemodeS
= 10000~.
quando na esc~ la de 10 V. le rá uma resistência inte r na de
100 000 11: na escala de 2.5 V, terá uma re sistência interna
de 25 000 n. e assim por diante.
Para ilustrar os efeilos da sensibilidade do \'Oitlmetro. podese resoh•er o seguinte exemplo; considere 3 volt f metros de diferentesseusibilidades: 100 .!!. . 1000.!!. c 20000.!!.. Determine
v
v
v
o efeito da resistência interna na tensão lida em cada um dos
casosquatv.loligadoscornonaFigura5.13.
As correntes de fundo de escala podem ser calculadas em
eadaca.'iO:
Ca.wl: iFE ...
239
_!_~ lOmA
100
Caso2: iFE ,_ _..!.__ I mA
1000
1
Caso3: iH': • -- - 0.05mA
20000
Nocuso l. a queda de tensão na resistêrtciu R = lOkfi será
de 100 V, c na cmrada do voltímetro res!Urilo upe uas 400 V.
Nessecaso.apeuas 75%datens~odafontcérncdida.
No caso 2. a q ueda de tensão na resistência R • 10 kfi será
de 10 V. e na entrada do volt( metro res1ar~o apenas490 V. Nessecaso,98%datensãodafonteémedida.
No caso 3. a queda de tensão na resistência R • 10 kl1 será
de 0.5 V. e na entrada do voltímetro restariio 499.5 V. Nesse caso.99,9% datensãodafomeémedida
A incerte1.a na medição geralmeute é fornecida em termos
do fundo de es-cala. e sempre deve-se consultar o ttmnual do fabricante, porque o erro nas medidas varia em funçào do parâmetro a ser medido. Por exemplo. um inst rumento que tenha
uma incene1.a de 3% do FE. quando usado na escala de 10 V e
cstivcrfazcndoalcituradcumatcnsãodc9V.ovalordatcnsão
com~respect ivaincertezaserá
ém = 9::!: 3%FE=> Em = (9 ::!: 0.3)V.
ou ainda:
Em = 9V±6%.
lssoquerdizerqueamenorprobabilidadedeerroocorrequando está sendo feita uma medida que coincide com o valor do
fundo de escala ( 10 V, no caso do exemplo). Em termos pcrcenluais. qualquer outm medida (2 V. 3 V. 5 V.... ) sempre implicará
uma probabilidade de erro percentual maior que 3%, a não ser
n~situnçào-limitecitada
Você dispõe. por exemplo. de um instrumento com incerteza
de5% de fundodccscala( F E),cotn as seguintes escalas: I V.
4 V, lO V. c precisa medir um~ t ens~o de aproximadamente 2.0
V. Qual das escalas escolherá? Apesar de poder usa r qualquer
esca la. com exceção da escala de 1 V. essas escalas teriam incenezas diferentes para uma leitura da mesma tcns5o. Assim.
analisando a medida e a incencza em cada esca la. terfamos:
Esca/adt4 V
Em : 2.0V=>ém = (2::!: 0.2)V.ooEm = 2.0V ::!: 10%
Esmlt1tle lO V
Em = 2.0V=>Em = (2::!: O.S)V.ou Em = 2,0V ::!: 20%
Figura 5.13
Voltímetroligadoaumacarga
Portanto,acscalade4Véamaisaconselhávci,J>OTqueoerropercentualdc leituraémcnor(cscalacmqueJtdcflnãodo
ponteiro é ma ior c. em consequência. está mais perto do fundo
deescula).
240
CapÍluloCinco
Figura 5.14
Diagrama de blocos de um multimetro digital
Figura 5.15 Detalhes de um DPM (/Jigirall'aliel Merer) em que se utilit.a um ÇQm-ersor analógico digital com dLoçodificadorü e dri<ws para display de lcds (7107). Copyright de Ma~im lntcgrated Produc\. Usado com permissão
t 5.2.2
Voltímetro digital - - - - -
A construção de um voltímetro digital depen de apenas de um
conversor analógico digital c de um displ!i)' de visualização,
que pode ser de cristal líquido (LCD) ou de leds. A Figura
5.14 mostra o esquema em blocos de um voltímetro digital
em que se utiliza o conversor AD 7107, o qual possui saída
codificada para o display de sete segmentos. A Figura 5.15
mostra o detalhe de um DPM - medidor de painel digital
(Digita/1-'ane/Meter)básicoemqueseutilizaesseconversor
analógico digital.
Os detalhesdecormruçãobemcomoascaracterísticasdo
instrumento dependem basicamente das características do conversor AD. Em geral um voltímetro não necessita de velocidades altas de leitura e atualizaçãododi.~p/ay. mas necessita de
precisão. Sendo assim. o conversor AD do tipo dupla rampa
ou integrador é muito utilizado. Esse conversor utiliza os tempos de carga c descarga de um capacitor. Como apenas a relaçãodessetempoéutilizada.amedidaindependedocapacitor
e sua não ideal idade. Esse conversor AD foi apresentado no
Capítulo4.
t 5.2.3
Voltímetro vetorial - - - - -
Esse tipo de voltímetro faz a medida da amplitude e da fase da
tensão. Um diagrama de blocos de um voltímetro vetorial pode
scrvistonaFigura5.16
O sistema consiste em um mu ltiplicador ou um detector de
fase síncrono (DA) da tensão medida Em em relação a uma tensão de referência v.,. um integrador (I). um voltímetro digital
(V) e um processador (P). O princípio de funcionamento do vol-
tímetrovctorialbaseia-senadeterrninaçãodaarnplitudeV,. edo
ãngulodefase<f>entreatensãomedidaveatensãodereferência
V,. a qual é proporcional à corrente. Admitindo que a tensão a
ser medida é:
v = V,.sen(Wl + </>) =
= V,. (scnwt cos<f> + coSWI scn<f>)
cconsidcr.mdo
v.., = V,.,sen(Wl + TI f ) para TI = O. l, 2, 3
o ângulo de fase 11% da tensão ~... pode assumir valores
O,~·
Tr,
3~.possibilitandoadetecçãodoângulo<f>nosquatro
quadrantes do sistema de coordenadas cartesianas. Um detector
síncronodefasemultiplicaasten sõesJ• e~.... eointegradorfaz
amédiadcssamultiplicaçãodurantcopcríodo"l",.
Vm =
t'
T. [ Vl'w, dl
O tcrnJXl médio é múltiplo do período T da tensão medida 1; =
kT.k = 1.2.3. ... Por exemplo. paraO
:s <P :s %e TI = O. 11 = I.
éobtidoumpardcnúmcros
v.,= 0.5
V.,V..,. cos <f> e
v.,= 0.5
v.. v... sen<f>
quercprescn tarnosvaloresdccoordenadascartcsianasdatensão
medida v. O módulo e a fase da tensão são calculados de·
v..
~..2...~ c<f> = arctan ~
V""'
V; 0
Medi~sdeGrarkle~s
l:létricas
241
+
v•
v.
Figura 5.1 e Oiagn.ma de blocos de um \'Oltímclro \"C·
torial: MFmol liplcxadordcfa..e: DA. detector defase: I.
integrador:V.wlrfmetro:P.proccssador.
Ambas as coordenadas da tensão medida v podem ser calculadas de maneira similar nos demais quadramcs do sistema de
coordenadas cartesianas. Um voltímetro vetorial determina a
tcnsi\o medida como um fasor (um vetor girame) medindo nlÓduloefase.
t 5.2.4
Medidores de tensão
eletrônicos - - - - - - - - - Na verdade. esse subtftulo pode ser visto co mo uma redundância.
uma \"Cl.que todos os voltímetros podem ser interpretados como
eletrônicos. Entretanto. •testa seção ' 'amos ex plorar uma abordagem mais alternativa e amplamente adotada como parte de
coodicionadOfesde sinais.
A medição de sinais de tensão pode ser implementada com
circuitos eletrônicos que podem ser ana lógicos ou digitais. O
circuito da Figura 5.17 mostra um medidor analógico para tensão
DC. Supondo-se o amplificador operacional ideal c que R, = R,
eaind:tquccssasresistênciassejammuitomaiorcsqueR0 .a
correntcqucpassapelo ga lvanômctroé:
i~= - ~
Na ' 'crdadc. o circuito mostra uma configuração simples de um
amplificador oper.tcional. No caso. a equação mostra que a dencxão do ponteiro é proporcional à cntr.tda c depende apenas da
constanteRo0 circuito da Figur.t 5.18 impleme nta um medidor de tensão
AC. Na sua entrada. é colocado um diodo cuja função é retificar
o sinal de tensão. Dessa maneira. se o sinal de entrada for AC.
va ri:mdo de um mini mo a um máximo. apenas o scmicido positivo permite a condução do diodo. Como a configuração utili -
V
R,
.
.
.
•
zada é de um seguidO!" de tensão. o sinal sobre R0 sem o próprio
valor naemradanlloin\·ersorae.assim.
Entretanto. o valor medido pelo galvanômetro será o vulor médio
do sinal retificado:
Essa estru tura ainda pode ser significativameme melhor.tda
utili1.ando·se um retifiCador de onda completa com um imcgrador na salda (fi ltro passa-baixas) como o da Figura 5. 19. Nesse
caso. o si nal nas.afdaser.iovalormédiodaentrada:
..endo ~ um vulor constante ou tensão DC.
Também se podem utilizar circuitos analógicos implementados com arnplific:1dores operacionais para medir sinais RMS .
como. por exemplo. em instrumentos denominados \'Oh f metros
trile RMS. Observa-se q ue o valor RMS de um sinal v,(t)é definido como:
O circuito mostr.tdo na Figura 5.20 utili l.a um retificador de
onda completa implementado na primeira et::.pa. Na segu nda
etapa. a configuruçllo com o amplificador e os transistores caracteriza um multiplicador logarftmico. O tran sistor na saída da
segunda etapa temafunçãodeimplemcntara funçàoantilogarftmica. c o resultado é uma operação nmternátic:t de multip li cação. Por fim.~ terceira etapa implcmcnta um integrador por
meiodeumfiltropassa·baixas.eaequaçãodesafdatorna-se:
V0
-
*I:
V,'(l)dt
=
kVi..s
Ou seja. a salda desse drcuito é proporcional oo quadrndodo
valorR MS deentrada.
Os exemplosdccircui toseletrônicosanalógicosaprescntados
namcdiçãodctensiloclétricasãoapenasalgunsdavastaquantidadc de possibilidades amplamente encontradas mt literatura
espec ializada. como fabricantes de componentes. entre outros.
Apcs:trdc utilizados ao menos para actapadecntmda. os
Figura 5.17 Esquema de um medidor de ten~ão eletrônico irnplememi>do com um OPAMP e um galvanômetro
circuilosan:~lógicossãocada,·ezmaispreteridospeloscircuitos
digi1ais.u mavezqueessespossibilitamagrega r recursos.pre-
242 CapÍluloCinco
Figura 5.18 (a)Esquemadeummedidordc
tensão AC eletrônico implementado com um
OPAMP e um galvanômetro e (b) efeito do retifi cadornafomtadeonda
Figura 5.19 Esquema de um medidordcten<àoACeletrônicodeondacompletacomumpassa-baixasnasaída
Figura 5.20 Esquema de um medidor de
tensàorrueRMS
(b)
McdidoresdcGrandezasEiétricas
cisão.velocidadee,consequentcmente,umdiferencialdequalidadeaosnovosprodutos
A implementação de medidores de tensão digital é simplesmente uma aplicação de um conversor AD. Como vimos
noCapftulo4.existemváriostiposdeconversoresanalógicos
digitais. Entre eles podemos citar: AD por aproximações sucessivas. AD integrador ou dupla rampa.Jlt!slr, conversão
tensão frequência. Quando é implementada uma aplicação
simples como a dig italização de um sinal de saída de um sensor.navcrdadeafunçãodocircuitoéfazeramcdiçãodosinaldetensão
A implementação de medidores de tensão com conversores
analógicos digitais pode ser executada por meio de blocos
separados dos sistemas de controle, corno. por exemplo, na
implementação de um medidor de te nsão utilizando a porta
paralela de um computador, em que o computador representa
o blocodecontroleeoconversor AD. o medidor de tensão
Outra maneira de abordar o sistema é utilizar um sistema integrado de controle e conversor AD para medir tensão. Atualrnente.issopodeserfacilrnenteimplernentadocomautilização de sistemas mic rocontrolados ou ainda com DSPs. os
quais necessitam. para funcionar. apenas de um programa
243
mínimo de controle do hardware. Existem muitos microcon troladorcsdiferemesfornecidosporfabricantescornoMicroc hip. Motorola. Texas lnstruments, National. Holtek. entre
outros. Cada um desses dispositivos possui diferentes mne mônicos e hardware interno. A escolha de um microcontroladordeveestardiretarnenteligadaàaplicaçãoeàsferrarnentas disponíveis para a programação. A Figura 5.21 mostra um
microcomrolador Microchip PIC I6F877® implementando
uma medição de tensão através de suas portas analógicas (lO
bits). O software de controle feito em linguagem C cncontrasenaTabela 5.2.
4 5.3
Medidores de Corrente - - -
Ampe rímetro: o amperímetro é um instromcnto cuja função
consiste em medir corrente elétrica. Esse instrumento tem como
principalcaractcristicaumabaixaimpedânciadecntrada. De
fato. um amperímetro ideal tem urna impedfmcia de entrada nula.Esseconceitoéimportante,urnavczquetodoinstromentode
medidadevemedirseminterferirnoprocesso.Seaimpedància
deentradaforzero,aquedadetensãodocircuito(noinstrumento) é nula e. consequentemente. o proces>o não ··perceberá" a
presença do instrumento durante a medida. Em urn caso real.
pode-se esper..tr uma impedància baixa. porém não nula. e. quanto menor a impedânciade entrada do amperímetro. melhor será
o instrumento. O amperímetro deve ser conectado em série com
o circuito ao medir a corrente (Figura 5.22). Se ligam1os um
amperímetro em pamlelo com um circuito. a corrente será toda
desviadapeloinstrumentoe.emconsequência.surgiráurncurto-circuito. Se o amperímetro for ligado em paralelo com uma
carga L, eernsériecornacarga~.acorrentequepassarápelo
instromcntoserálimitadaapenaspclaresistênciadacarga~,
conforme mostra a Figura 5.23. Entretanto, se o amperímetro for
ligado em pamlelo com a fonte, o mesmo drenará urna corrente
muito alta. queimando o fusível de proteção ou danificando o
t 5.3.1
Amperrmetro analógico -
A constroç~o do amperímetro analógico consiste em ligar uma
resistência em paralelo com o galvanômetro. O valor dessa resistência.juntamentecomascaracterísticaselétricasdogalvanômetro. tais como resistência interna e a corrente de fundo de
escala da deflexão do ponteiro. é que determinará a corrente
rnáximasuportadapeloinstrumento(Figura5.24)
Sendo assim. conforme a Figura 5.24. conhecendo-se o galvanômetro e sua corrente de fundo de escala iFE e a corrente de
fundodee>calaamedir/m.bastacalculararesistênciaR,~ :
iFE = lmR,,.,. ~ R "' R, ·iFE
R,,.. + R,
'""' lm - !FE
Figura 5.21 Esquema de um con,·crsor AD implementado com um
Microchip PIC 16F877 ® pam medição de tensão elétrica.
Os multírnetros comerciais geralmente vêm com diferentes
escalas de medidas. No amperfmetro. essas escalas podem ser
implementadas simplesmente adicionando-se resistências em
paralelo que podem ser conectadas por meio de urna chave rotativa. conforme as Figuras 5.25 e 5.26. No caso da Figura 5.25,
ocálculodasresistênciaséindividual.eaequaçãogeralacima
244
CapÍluloCinco
Tabela 5.2
Código do software para um conversor AD implementado em linguagem C
para o PIC16F877
#use d e lay
lclock · ~OOOOOOO)
int:value;
voidmain I I
!
s e t_tris_a IOxffl
;
/I Port
s e t _ tris_d (OxOO)
;
11 Port D
setup_port a IALL ANALOG)
s e t _adc_ channe l i O I
de f inido como
~
definido como
;
(adc_~loc~-~nternall
aetufl_ adc
A ~
;
;
//Configurações para
canal O do conve rsor AD
//Fazest: e laço
value.r., ad a dc ()
Del a y~s
;
/I Ui o conversor
1500);
AD
//Pausade500 ms
Iopc i ona l )
output_d lvalue )
//Mand a p araapo rt aDos
1
bitsmenossi gn ificativosdoMl
De lay_m s
(500);
//Pausade 500 ms
(opcional)
Now: Esle programa roda apenas em um comp ilador que conlém nas suas b ibli01ecas as fur.ções ulilizadas (no caso foi
ul ilizadooPCWH Compilor).
Figura 5.22
Amperímetro ligado em série
McdidorcsdcGrandczasElétri cas
245
pode ser aplicada. Observe no entant o que. no caso da Figura
5.26.asresistênciasquedeterminamascsçalassãoassociadas
em série em um ramo p<~ralelo. de modo que o cálculo da s res istências deve ser determinado por meio da resolução de um
sistemalinea r dcequações.
Por exemplo. determine as resislências do amperímetro analógico da Figura 5.26. sabe ndo que a correnlc de fundo de esca la de denexão do ga lvanômetro é i f"é = I mA e sua resistência
interna é Ri = 10 0 . As escalas das t-orre mes desejadas são: 2
A.20A.
Monta-se o sistema com as duas eq uações ( uma p<~ra cada
situação). A equação da malha do caso I (2 A):
1.999 R,
+
[.999 R1 = 10 X 0.001
A equação da malha do caso 2 (20 A):
19,999 H, - 0.001 H1
4
•
10 X 0.001
Rcsolvendoo sist ema. tcmos·
H, ..
Hllll
o.ooo5 n
o.0045 n
O circuito final pode ser visto na Fi gura 5.27.
Observequeas resistência scalculadassàobastantebaixas
secomparadasàrcsistênciainternadogah·anômctro.A rcsisFigura 5.23
a carga).
Ligação errada de um amperímetro (em paralelo com
Figura 5.24
vanômetro
Esquema di:: um ampcrfmctro constru ído com um gal-
tênciacquivalent edo para l e l odc Hc.~r COmares i stênciaintcr­
na Ri do galvanômetro resulta na res istê ncia de e ntrada do
amperímetro.qucdcvescrbaixa.Acorrcntcnecessáriapara
deslocar o ponteiro é desviada do processo e m que a medida
está se ndo tomada.
Figura 5.26 Outra configuraç!iode ampcrirnctrooom vári as escalas
dccorTCnte
,---r-~'
(2A)
0,0045
(20A)
Figura 5.25
Amperímetro com várias escalas de corrcme.
Figura 5.27
Ac20A.
Circuito do amperímetro para escala.~ de ~ntc de 2
246
Capftulo Cinco
t 5.3.2
Amperfmetro digital -
A oonstruçilo de um amperímetro digital, a e:Kemplo do •'Oitímetro. depende apenas de um con•·cn;or :malógiro digital e de um
displtayde visualização. que pode ser de cristal líquido (LCD) ou
dcll<ds.A principal diferençaéqucosinaldccorrente deveser
transformado em tensão por um circuito intermediário. Esse circuito pode ser sim ples como um rcsistor (fazendo a função denominada Jhwu - nesse caso. mede-se a queda de tensão sobre
esse resistor), mas também pode ser implementado de outras mancir.as. como. por exemplo. um circuito com elementos passil•os
como um ampl ificador oper.1cional. Existem várias formas de
implementar lllll scnsor para mcdircom:ntceléuica. Os melhores
resu ltadosscrãoa lcançadosseforemutilizaOOssensoresdealta
precisão. boa resposta e m frequência e mfnimo deslocamento de
fase. Podcm-scdestacaralgunstiposdc se nsorcs(consultarVol.
ll dcstaobrn)utilizadosparadctcctarcom:ntcclétrica:
Sc nsores resist ims: apresentam como vantagem a simplicidade
de utilizaç ão c como dcsvamagcm o fato de gcmrcm perdas (calor) c. ainda. de precisarem ser imrodu zidos no ci rc uito (método
intrusivo) c não apresentarem isolamento e létrico. Além disso.
esse tipo de sensorpossu i capacitânciase indutâncias parasitas
quelimitnrnasuautilizaçãoaaltasfrequêndas.
Scnsores impleme nta d os com tra nsformadores de rorren tt':
podem ser uma ótima opção. por não apresentarem perdas (des·
prezin:is) e nllo necessitarem de fonte c:K te ma. Entretanto. têm
umil gr.1ve desvantagem. que f o fato de funcionarem apenas
para corren tes alternadas.
Sc usores magneto r rcsisth·os: esses sensores silo seusíveis às
variações de campo magnético c. portan to, servem para medir
corrente. Contudo. apresentam uma relação de linearidade muito
baixac.alémdisso.sàobastantedependcntcs datcmper.ttu ra.
&•nsorcsdeerdto ll a ll: tambémsàosensoressensívcisàvariaçilode compo magnético. e podem ser utili zados na medição
de rom:ntes desde OC até dezenas de kHz. Têm como princi pais
vantagcnsa\·c-rsatilidadc.obai:Kocusto.aconfiabilidadceafacilidade de utilizaç:\o. A principal dcs•·amagem desse tipo de
scnsorfasuadependêocia datempcmtum.
Scosoreo; CMOS de ca m po magn~tico: são considerados scnsores de alta sensibilidade. baixa potência de consumo e baixa
sensibilidade à temperatura. Suas pri nc i)XliS desvantagens estão
rclacionadasàsdiliculdadesdcusocdccalibração.
Figura 5.28
A Figuro 5.28 tr.\7. um e:Kernplo de medida sem contato em
que se utili7.a um transformador de corrente.
A medida sem contato pode ser um berlCfício particular quan do altas tensões estão presentes ou quando é necessário nlCdir
tcnsõcs(oucorrentes)comreferênciasdifcrcntcscomumosciloscópio
t 5.3.3
Amperímetros do tipo alicate -
Esse tipo de instrumento caracteriza-se por proporcionar uma
medida sem contato. Isso pode se r especia lmente interessante
em circuitos em que é necessário rea li zar uma medida com
isolamento e létrico o u mesmo por questão de facilidade. uma
vczquenàoénecessárioin terromper ocircuitoparaexccutar
a medição.
Gcralmeme esse instrumento é const ituído pelo secundário
de um t r~nsformador de corrente (elemento sc nsor). e ncon trado no "ganc ho" do medidor. Esse gancho carac ter iza-se por
se r móve l. de modo que é possível envolver um condutor no
qual sedcscjae:Kecutara medida decorrente (seja o c ircuito
trifásico ou monofásico). O condutor envolv ido funciona como
o enrolamento primário de um transformador de corre nte que
Figura 5.211
Amperímetro do tipo alicate. C(H'!csia de Minipa lnd.
eCom.Ltda
Tr.tnSformador de corrente TC. Copyright de Tektronix, Inc. Reproduzido com permissão. Todos os direitos reservados
Medí~s
induz uma corrente no secundário (gancho). a qual é en tão
processada (retificador). mostrada em um visor do tipo LCD
(em um instrumento digital) ou enviada ao galvanômetro e
mostrada em uma escala graduada (inst rumento analógico)
Uma prática comum nesse tipo de instrumento é utilizar mais
deum:tespiraem vol!adoganchodoarnpcrfmctro.lssoécornurnprincipalmcrneeminstrumcntosrn:risanti gos. nosquais
o in feio dlt esca la não apresentava boa precisão. Utilizando-se
11 espiras cnrol~das no gancho. deve-se di vidir o valor lido por
11. Atualme nt e existem amperímetros alicate com diversas funções integradas. tais como leitura de valor RMS. leiwras de
baixos valores de correm e. imegração com outros tipos de medidores. entre outros.
Existem medidores de corrente do tipo alicate para correntes
AC (mais comuns) e também par.a correntes DC. A diferença é
o ti pode sensor utilizado. Os primeiros s.'o implementados com
transfornHtdores TCs e os últimos. com outros sensores. tais
corno o de efeito l·lall. conforme já vimos. A Figum 5.29 mostra
urnmnperfmctrodotipoalicate.
t 5.3.4 Medidores de corrente
eletr6nicos - - - - - - - - - Assim como existem dhwsos circuitos eletrônicos par.a a mediçãodetenslio.existemmuitasmaneirus demedircorrcntcutilizando circuitos eletrônicos. O circuito da Figura 5.30 mostra um
medidor de corrente implementado com um OPAMP c um resistornarcalimentaçãonegati va.
Acar.tcterfsticadecurto-circuirovirtu:tl deumarealimentaçlio negativa no OPA MP garante que a corrente que chega à
entradairwersoraéamcsmaqucfluipelorcsistordcrealirnenwção.Sendoassim.
V0 = -Ri(t)
Uma das maneiras mais simples de medir corre nt e é utilizando um resistor tipo slmm. Nesse caso. o resistor de \'alor fixo
temafunçãodetransformaracorrenteemtensliopclarclaçào
direta da lei de Ohm v = Ri. e o circuito para processar o sinal
de tens.llo pode ser semelhante aos apresem:tdos na seção de
medidores de tensão. de modo que a salda de uma tensão será
proporcional aumaentradadecorrente.
A Figura 5.31 mostra um circuito de um:unperímetro de baixairnped:inciaimplcmcntadocornumamplificadoropcracional.
O circuit o é formado por uma ponte de diodos disposta no laço
dercalirnentaçàodesscamplificador.Asaidaseráumsinal de
tensiloDC.
Flgur• !5.31
de Grarkle~s l:létricas
247
Amperimetro implememado com um OPAM P.
Nessa configumção. a corrente medida no indicador será:
A Figura 5.32 mostra um circuito também implementado com
um amplificador operacional apto a medir correntes da ordem
de nanoomf*res. Obsen·e que o circuito{; implementado com
umaconfiguraçllonãoim-crsora(portanto.asafdaéemtensão)
e aqueda de tenslioemcimados rcsistoresdeve ser no máximo
deO.Ol V para que a influência no resto docircuitosejadesprezfvel.
Existe no mercado uma série de componentes dedicados à
medição de corre nte. A escolha desses componentes{; feita de
acordo co m as necessidades. c fabricantes como National lnstrurncnts. Tex:ts lnstrumcnts . MaAim. entre outros. oferecem
muitas possibilidades. A Figura 5.33 mostra um circu ito implementado por um MAX4172 (Maxim). apto a medir corre nte
unidirecional. Obser\"e que o condutor de cobre funciona como
umresistordes/mm.
"""'
R
'- l }
__ l
VE
v,
• vc
Figura S.32
Figun~
!5.30 Con'"ersor corrcnle-tcnslio
Configur.tÇão com OPA MP capai. de rncdir várias cs-
cala.~derom:nle .
248
CapÍluloCinco
R•
Figura 5.33
Cirçuito implementado ÇQm um Maxim MAX4172
Figura 5.34
Outros circuitos muito úteis para medir corrente sàoos
componentes utilizados em conversores corrente-tensão. Essetipodccircuitoéespecialrnenteútilemsistemasdetransmissão. nos quais. por razões principalmente de imunidade
a ruídos eletromagnéticos ex ternos. é preferível enviar um
sinal de tensão medido na saída de um transdutor em forma
dccorrcntcpor umcondutorqucpcrçorrcadistànciadaapliçaçãoatéosistemaquc faz a leitura propriamcntcdita(por
exemplo. um controlador). Nesse caso. urna vez que é comum
a necessidade de obter novamente o sinal em tensão. utilizam-se sistemas receptores corrente- tensão. A Figura 5.34
traz um exemplo de sistema em que se utiliza um loop de
corrente
Existem valores normalizados. corno. por exemplo. sinal em
corrente de 4 a 20 mA e sinal em tensão de Oa 5 v. O esquema
da Figura 5.35(a) é um circuito para medidas genérico. implementado com os órcuitos integrados Burr-Bruwn XTR I IO.
XTR 115 c RCV420 - transmissor c receptor. respectivamente.
O XTR 115 transforma o sinal de tensão em corrente c o RCV420
transforma novamente esse sinal de corrente em tensão, conforme Figuras 5.35(b) e (c).
Sistema em que se utiliza umloop de corrente
r------------;
f~~~ w
:~~~
__________ :
'
(•)
Figura 5.35 (a) Esquema implementado por componentes Burr-Brown XTR 110 c RCV420; (b) circuito implementado com o XTR 115 pamtnmsfonnarcntradadctcnsàocmsaídadcÇQrrentc
MedidoresdcGrandczasEiétricas
Figura 5.35
249
(Co, titmaçào) (c) circui!O implememado com o RCV420 para transformar uma ennada de oom:nte de Oa 20 n1A em urna saída
dc0a5V.
41 5.4 Medição de Resistência
Elétrica, Capacitância e Indutância 41 5.4.1 Medição de resistência
elétrica - - - - - - - - - - 41 5.4.1.1
Ohmímetro - - - - - - -
Tr.na-sc de um instrumento analógico ou digital cuja função é
medir a resistência de um determinado elemento. Esse instrumento deve ter no seu interior uma fonte de energia (em geral
uma bateria) responsável por manter urna corrente circulando
quando os tcm1inais do ohmímetro são fechados através de urn
curto-circuito (resistência = O) ou atmvés de um componente
eletrônico como um rcsistor. por exemplo. As Figuras 5.36 c 5.37
mostram os esquemas simplificados de ohmímctros. O início c
o fundo da escala de um ohmímctro serlo atingidos. portanto.
em duas situações·
a. Quando os tcnninais do instrumento estão abertos - nesse
caso, o indicador mostra resistência infinita. Obviamcntc,o
valurdcssaresistênl'ianãoéinlinito.masindicaqucsupcruu
acapacidadcdoinstn.nncntodcindicararcsistência
b. Quando os terminais do instrumento furem cunu-cirl'uitadus
- nessecaso.estarápassandoacorrentedefundodeescala
pclogalvanômetro.Umaveztjuesesabc4ueessaresistência
é aproximadamente nula. essa posição é utilizada como ponto de calibração de R = O f.! . É importa nte salientar que.
mesmo quando dois condutores estão em curto-circuito, a
rcsistênciaentreelesédifcrcntcdczcro. porém para medir
valoresderesistênciatàobaixosénecessárioutilizaroulras
técnicas
Noohrnímctro analógico o ponteiro se deslocará em sentido
inversoaoduvoltímctroeduampcrímetro.umavezqucacurrente (que faz o galvanômetro deslocar-se) diminui à medida
que a resistência aumenta. De fato. o deslocamento do ponteiro
Ajusta da zero
Figura 5.36
Esquema sirnptifrcado de um ohrnímctro analógico
Figura 5.37 Esqucrnasimplificadodeurnohrnírnetroanalógico
com diferentes escalas.
250
CapfwloCinco
r-~
1
E
~ !
R.
RI
:
:
G
:
(•J
Figura 5.38
Bateria
..........
(b)
······-
(11) Ligação efTDda de um ohmfmetro a um circuito energizado: (b) medida de resistência com os dois terminais da resisténcia
cmparnlclooomaresistênciadooorpo.
em umohmfmctroanalógicoé não linear. lssoscdevcaofato
dcaeom;:ntcscrproporc ional ao inverso da re sistência:
Nc!iteexernploasafdadocircuitoscrá:
V0 = (~+ l)x R, lr-
p:..!..
H
Observa-se também a necessidade de um resistor \"ariável
para o ajuste de zero(\·eja as Figuras 5.36 e 5.37). Isso se faz
neces~rio porque a resistência interna da bateria varia com o
tempo. O ohmfmetro de\·c ser ligado de modo que as ponteiras
sejam conectadas diretamente aos terminais do componente a
medi r. Um detal he importante é que esse instrumento não deve
ser u1ilizado em componentes cnergizados. A b:1teria interna
dcvcscraúnicafontcdosisternadernediçào.e.seumcircuito
externo estiver de alguma maneira alimentado por meio de outra
fonte. necessariamente ocorrerá uma interferência na medida.
levando a erro de medida ou até à inutilização do instrumento.
Outrodetalhedessc inst ru mentoéquc.quandoumamedidade
resistência é executada. deve-se ter o cuidado de isolar o componente. Ao medir uma resistência. deve-se evil:l.r que os dedos
cmrem em contato com os dois termin:ais. Se isso acontecer. a
medida registrada será a do resistor em paralelo com a resistência do corpo. A Figura 5.38 ilustra essas situações.
Esse método de medição de resistência consiste. sucintamcntc.em detectara tensão ou acorrcnteem um circu ito fechado
pelo rcsistor :t medir. Os multímetros sào instrumentos que integram no mínimo as funções de amperímetro. volt f metro eohmfmctro e consistem em equipamentos essenciais nos laboratórios ou em bancadas de trabalho. Os multímetros digitais modernos gcm lmcnte integram outr.ts funções. tais como medição
decapacitJincia.mediçàodetemperatura.ganhodetransistores.
Assim como no caso do amperímetro e do voltlmetro. oohmin~etro pode ser implementado t"Qtll circuitos eletrônicos. O
circuito da Figum 5.39 mostra um medidor de resistência baseado em uma fonte de corrente. O princípio de funcionan~ento é
aplicar uma corrente conhecida em uma rcsi~tência desconhecid:Lcmcdira tensàoresu ltante.A relação
seOOo R. uma das resistências da escala selecionada (neste excmplo.R, ouR: ouRJ).
Para se implementar um multi metro digital. basta que a ten são gcr.tda seja colocada em um con•-ersor AO e então disponibilizadaemumdisplflydcvisuali7.ação.
Os ohmfmeuos mais usuais são alimentados com b.1terias de 9
V ou menos. Isso é perfeitamente adequado quando é neçe.~sário
medir resistl!ncias ab.1ixo de algumas dezenas de rnegaohms. Entrctanto.pnrarcsistênciasmuitoelevadas.ess.asfontes nãosilosufi cientcsp;~mgcr~rcorrentcscomordcn sdegr~ndc1.an1Cnsurávcis.
Tarnbéméimportantcs.alicntarqucarcsistênciancmscmpreéuma
gmndcza estável e aproximadamente linear como nos resistores.
Por exemplo, pode-se citar o comportamento d:a <.'OITCntc em um
gop de ar ooqual é aplicada uma tensão. Alguns materiais exibem
,_
R,
7
vai forn ecer o
valor d;L resistência. Pode-se implementar urna seleção de escala mudando· se o ganho da configu ração.
F"tgura 5.39
Medidor de resistência ba.-eadoem un\ól fonte de oom:nte
Medidoresdc GrandczasEiétricas
propriedades importantesdeisolamentoe/ooconduçãosobaltas
tensões.Nessescasos.énecess.1rioutilizarummegôhrnetro.
t 5.4.1.2
Meg6hmetro - - - - - - -
Omegõhmetro~presentaumaconstruçãodiferentedoohmíme­
tro. para que seja possível medir os casos em que ocorre uma
variaçãoabruptaderesistênciac,conscqucntcrnentc.dccorrcnte (se~ tensão foi nwntida fixa). Pode-se observar esse caso. por
exemplo. em um gap de ar em que. sob alta teusão elétrica. a
resistência varia abruptamente
A Figura 5.40(a) mostra os detalhes da construção de um
megôhmetro com um caso em que uma resistência muito alta
(circuito aberto) está sendo medida. e a Figura 5.40(b) mostra
o esquema elétrico de um megôhmetro analógico. A Figum
5.40(c) mostra o caso em que a resistência que está sendo me didacaiavaloresmuitobaixos.
Osblocosretangularesílustradosua Figum5.40(a)representam as seções transversais de bobinas. Existem três bobinas que
se movimentam com o mecanismo da agulha representadas pelos números de identífil'ação. Não existe nenhuma mola para
trazeraagulhaaumaposiçãoinicial;portanto.quandouãoexistepolarizaçâo.essaagulhaficaaleatoriarnentesolta.
Em um circuito aberto (rcsistêocia infinita eutre os terminais
- Figura 5.40(a)). não existirá corrente fluindo pelos terminais
da bobina 1. Existirá corrente nuilldo apenas pelas bobinas 2 e 3
Quando energiz.adas. essas bobiuas tentam centralizar-se juuto ao
gap cutrc os polos do ímã permanente. forçando a agulha para a
(•)
251
direita. apontando para infinito. Qualquer corrente que flua pela
bobinal(corrcmcdcmcdidapassandopelostcrminaisderncdida)
vai tendcralevaraagulhadevoltaàesquerdajurnoaozero(Figura5.40(c)).Osresistoresinteroosdesseinstrurnentode\"emestarl'alibradosdeformaque.quandoosterminaisexternosestiverem curto-circuitados. a agulha aponte par.1 o zero. Uma vez que
qualquer variação de tensão 11a bateria afetará todas as bobinas (as
bobinas2c3tcndcmalcvaraagulhaparaadircitacabobiua I
tendealevaraagulhaparaaesquerda).ess.asvariaçõcsnãoafetarâo a calibração do movimento. Em outras palavras: a precisão
dessemegôhmetrunãoéafetadapelavariaçãodetensâodabateria
(comoocorrenocasodeumohmímetroconvencional)
Uma resistência a ser medida produzirá uma deflexão do ponteiro. não importando se a tensão da fonte é alta ou baixa. O único efeito que uma variação na tensão terá é o grau em que urna
resistência varia coma tensão aplicada. Dessa maneira. se for
uti!izadopammedirarcsistênciadeumalâmpadadedescarga
(dealgumgás).ornegôhmetrovailerahosvaloresderesistência
parabaixastcnsõescbaixosvaloresdcresistênciaparaaltastensõcs. e. em conscquênda. o ponteiro fará uma grande excursão.
Porquestãodesegura nça.a!guns dosrnegôhrnetrossãoequipados com geradores manuais par.1 produzir valores elevados de
tensão DC (mais de 1000 V). Se o usuário levar um choque clétrico.ornesmo tender:iapararomovirnentodaalavancado
geradormanual.fazcndoatensãocair.
Algunsmcgôhmctrossãoprovidosdcbatcria.Porqucstãodc
segur~nça. esses rnegôhmetros são acionados por um botão do
tipo pr1shbrmon. Sendo assim. essa chave não pode permanecer
(b)
(a) Megôhmctro medindo uma re~istência mui10 alta: (b) esquema clétrioo do megôhmctro: e (c) mcgômetm medindo uma rcsistênciamuitoWi xa
Figura 5.40
252
CapítuloCiO<;O
.Q-i .7c0
1:1
••
• ··.
.-·
,1;;~
···~:-
!!!!.!!!!!:~ i
(b}
Figura 5.41 (a) e (b) Dois exemplos de megõhmetros digitais
Concsia de Minip.~ lnd, c Com. Lida.
sempreligada.Esseéocasodosmcgôhmctros digitaismostradosna Figur.l5.41.
Os megôhmctros siio geralmente equipados com três termi naisdeconcxão:lin ha,referência eglllmf.
Se a resistência formedidaentrca linha e os terminais de
referêocia. a correm e percorrerá a bobina I. O terminal guurd é
próprio para situações especiais em que uma resistência deve
estar isolada da outra. como. por exemplo. o caso em que are·
sistência de isolamemo deve ser medida em um cabo de dois
fios. ParJ medir a resistêocia de isolamento de um condmor em
relação ao exterior do cabo. é necessário conectar o termina l
"'linha"" do mcgôhmctro a um dos condutores e conectar a conexão "'referência·· do mcgôhmctro a um fio condutor enrolado à
blindagem do cabo (Figura 5.42).
Nessa configumçiío. o megõhmctro deve ler a rcsistêrn:ia entre um condutor c a proteção do cabo. A Figura 5.43 mostra o
diagrama esquem:ltico dessa ligação. Em vez de medir apenas
a resistência entre o condutor e o lado ex terno do cabo (bli nda gem). o que seni medido é essa resistêocia em paralelo com a
combinação série da rcsistêrn:ia condutor-condmor e o condutor
que não está conectado ao mcgôhmctro com a blindagem.
Para medir apenas a resistência entre o condutor e a blindagem. é necessjrio utilizar o terminal g/ltml. O circuito esquetm'ilico resulta me fica wmo o da Figura 5.44. Conectando-se o
terminalgtwrd ao primeiro condutor. os dois condutores ficam
qu ase ao mesmo potencial. Com pequena ou tOla! ausência de
tcnsàoemreesscscondutorcs.aresistência dcisolamentocntre
os mesmos é aproximadatnente infinita. e assim nãoexistecorrcmecmrcesscsdoiscondutorcs.
De modoconsistcmc. a rcsistfnciu indicad:l pelo mcgôhmctro
seni exclusivamcmc basc:Ld:L na corrente que flui pelo isolamentodocondutorquccst:l sobtcstc.atrlll'ésda blindagem c pelo
fio enrolado.
Mcgôhmctross:1oi nstrutncntosdccampo.ouseja.s;1o projet:~-
dosparnscrcmportátciseopcmdospelotécniconolocaldatarcfa.
c oferecem facilidade semelhante aoohmfmctro. São instrumentos
muitoútcisnaverificaç:lodcfalhusdcisolamentoentrecaboscondutores devidas a umidade ou degr.1daç:lo do isolamento.
Ellistcm ainda outros instrumentos para 11"1Cdir isolamento. como.
por exemplo. um outro tipo de olnnímctrodeoominado Hi·pol. Es-
--
·---Me-~;;
Figura 5.43
Figura 5.42 Ligaçllo do megôhmclll) para medição do isolamento
entre um condutor e a blindagem de um cabo.
Di ~gr~ma
elétrico dn
lignç~o
da Figura 5.42
Figura 5.44 Ligação <.lo rnegõhrnctropor mcioOO tenninalguanJ.
McdidoresdcGrnndczasEiétricas
ses instrumentos produzem tensões maiores que I kV e podem ser
utilizadosparnmediraresiSiênciadeisolamemodeóleos.cerlmicas. entre outros. Um~ vez que produzem altas tensões. devem ser
opemdos com cuidados especiais e por peso;oal qu~lificado. Tanto
os Hi-porJ· como os megôhmetros podem causar a degradação do
isolamento se apli.:ados de maneirJ incorreta: por isso. devem ser
utili7Miosporpessoastreinadasparncadaopernçãocspecífica
ti 5.4.1.3 Método de Kelvin para medição
de resistência - - - - - - - - - Dada a necessidade de medir uma resistênciaacertadistânci~
do ohmímetro. seria necessário ligar cabos do ponto a ser mcdi doatéoinstrumento.Sendoassim.umanovaresistênciapequena. porém desconhecida. seria inserida no ci rcuito. conforme
mostraa Figura5.45.
Uma maneira de evitar esse problema é utilizar um amperímet ro e um voltímetro para medir a corren te e a tensão sobre o
clcmemocujaresistênciadcvescrmcdida. Nesse caso, a resistência pode ser calculada pela lei de Ohm:
R= V,.,lr
1"'"1'
Figura 5.45
Influência do'i cabos do ohrnírnetm na medição de re-
sistência
·E§~~
=""
v
1
253
em que R é a resistência em ohms (11), v..... . a tensão medida
pelo voltímetro em volts (V). e 1_ . a corrente medida pelo :unperímetro em ampCres (A). Essa abordagem pode ser observada
na Figura5.46(a).
Umavezqueamcdidaérealizadaaccrtadistânciadolocal em que a resistência se encontra. são necessários quatro
fios para conectar os dois instrumentos. Por esse motivo, esse método t~mbém é conhecido como "método dos quatro
fios". Observe que o amper ímetro mede acorrente que circulapelaresistência.queénecessáriomedir.etambémpela
resistênciadoscabos.masovoltfmetrornedeaquedadetensãoapertasna resistência de interesse. A Figura5.46(b)evidencia o método dos quatro fios para casosern que o voltímetro também está distante da resistência medida. Como a
correntequepassaporesseinstrumentoémuitopequena.ela
pode ser desprezada
Conectores especiais denominados conectores de Kelvin
são feitos para facilitara conexão entre os instrumentos e o
ponto a ser medido. Esses conectores têm dois fios cada: um
paraserligadoaoamperímetroeoutroparaserconectadoao
voltímetro.
O método de quatro pontas é também utilizado em conjuntocomshunri(resistências.geralmentepequenaseprecisas)para medir correntes de alta intensidade. Esseresistor
tem a função de convertera corrente em um valor de tensão
proporcional. Essa técnica constitui uma maneira bastante
precisademediçãodecorrente. Emgeral.nessetipodeaplicação os valores de resistência são bastante baixos (na ordem
de miliohms ou micro -ohms). Uma vez que essas resistênd as
sãotãobaixaseumaconexãocornproblernasdecontatocausaria resistências também dessa urdem. geralmente esses
shuntsvêrncom terminaisparaquesepossaaplicarornétododequatropontas.
"-
Vomm'""
"-
(•)
Utilização do método dos quatro fios para medição de resistência (a) com o volt fmetro próximo ao ponto de medida e (b) com
ovoltfmetrodistantedopontodcrnedida
Figura 5.46
254
CapÍluloCinco
!
p~R
c
~~
(b)
1•1
Figura 5.47
Pinça
(a) Fotografia de uma ponte de Kelvin comercial e (h) esquema de ligaçilo
A Figura 5.47(a) traz a fotografia de uma ponte de Kelvin
digital.caFigura5.47(b)rnostraoseucsqucrnadcligação
A Figura 5.48 traz a foto de diferentes resistências de
s/umu.
O método da medição de rcsistênciaaquatrofiosconstitui
um método simples e eficaz de medição de resistências e resistividades. e é amplamente utilizado em aplicações diversas em
quesefaznecessáriomedirbaixosvaloresderesistência.
ti 5.4.2
p;,..
Circuitos em ponte - - - -
Os circuitos em ponte utilizam a técnica de detecção de balanccamentodetensõesparaamediçãodegrandczaselétricascomo
rcsistências,indutânciasoucapacitàncias.
I 5.4.2.1 Ponte de Wheatstone e ponte
dupla de Kelvin - - - - - - - - Urna das configurações de ponte de balanceamento de tensão
mais utilizadas é conhecida como ponte de Wheatstone. A Figu5.49 tmz um exemplo desse tipo de ponte. O princípio de
funcionamentodessecircuitoéque.quandoarelaçãoderesis-
ra
téncias ~ = !!J... for obtida. a tensão nos pomos a c b será a
R,
R1
mesma (em relação a um dos polos da fome de alimentação). Em
consequência. VA - VB = O. c o circuito está balanceado
Umavezqueessacondiçãodependeexclusivamentedarelação dos resistores. o circuito toma-se extremamente poderoso.
jáquenãodependeda tensãodafontedealimentaçãu.Naver-
"·6]"·.
A
"·
Figura 5.48
cia tipos/"'"/
(<~)Fotografia
~E
8
_
R,
de resistências tipo slrunt e (b) esquema de ligação de uma resistên -
Figura 5.49
Ponte de Wheatstone
MedidoresdcGrandczas Elétricas
255
dadc, se a fome estiver injetando algum ru ído indesejável no
c ircuilo. o mesmo tende a anular-se. uma vez que a tensão final
V0 = VA - V,~ diferencial.
Para .scexecutaramedidadeumaresistf.nciadesconhccida.
a mesma de\'e ser conectada no lugar de R. ou R., enquamo os
demais resistores silo de valores conhecidos. Qualquer um dos
outros três rcsistorcs pode ser ajustado até que a ponte alcance
o balanço. e. uma ,·ez nessa condição. o valor da resistência desconhecida pode ser calculado pda relação das resistências
~c
R~
!i..
R1
Para que um sistema de medição se torne confiá\·cl. é necessárioapcnasquepossuaumconj umodcresistoresvariáveisprecisoscujas resistências sejamconhecidaspamque sirvam de
referência. Por exemplo. se um rcsistor R_, for conectado na ponteparaserrnedido.énecessá rioconhecerexatarnemeosvalores
dos ou tros três resistores. Supondo-se que R, seja conectado na
posição de R0 , o mesmo pode ser ca lcu lado quando a po nt e estiver balanceada:
R - R,R,
'
R, .
Cada um dos pares de resistorcs em série consti tui um braço
da ponte de Wheats tone. O rc sistor em série com o resistor R, é
geralmente um resistO!' variável (potcnciôrnetro mu lti voltas de
precisão). e os outros dois resistores do outro brdço são chamados de resistores de re laçlio da ponte. A Figura 5.50 traz a fotografia de uma ponte de Whcatstone. e a Figura 5.51 mostra a
fo10grafia de um padrJo de resistências.
As pontes de Whcatstooc são consideradas um meio de medição dc resistência mais preciso que o ohmímetro regular. Pela
sua simplicidade e pela precisão que oferece. esse é um poderoso método de medição de pariimctros elétricos. Trata-se do método preferido para calibrdção em laboratórios. uma vez que dcpcodcapcnasdos resistorcspadrõcse não tcráocnh uma influênciaexterna(na,·erdade.sehouvcralgurna.seránaturalmente
anulada pelo fatodequca tensãodesafda ~ diferencial).
Flgura5.52
l'ontedupladcKelvin.
Existem muitas variações da pon te de Whcatstone. A maioria das pon tes DC (excitadas por urna fonte de alimentaç5o DC)
é util izada para medir resistências, enquanto as pontes AC (excitadas por uma fonte de alimentação AC) são utilizadas para
rnedircapacità nciasou indutfinciasoufrcquência
Uma variação interessa nte da ponte de Wheatstonc é a ponte
duplade Kelv in.utilizadaparamedirresistênciasmcnorcsque
1110 dcohm. A Figura 5.52 mostra uma ponte dupla de Kelvin.
E\'Qiuindo de uma ponte de Wheatstone simples ( Figura
5.53(a)). tem-se a seguinte si tuação: quando o indicador de tensàoindicarzerovolt(OV).issosignificaquearelaçãodosrdrnos
está igua l e. em oonsequência. podc· se dctemtinar R,. Entretanto. se a resistência R. for muito baixa. os cabos da própria ponte ofereccrlo uma resistência que causará uma queda de tensão
c estarão interferindo na medida. ta l como sugere a Figura
5.53(b).
Como a ponte de WheatMone necessita apenas das tensões
nos resistorcs, utiliza·sc um artifkio que lembra o método dos
quatro fios. conectando-se na ponte de balanceamento apenas a
queda de tensão sobre R. e R,. como mostrd a Figura 5.54.
Entretanto,observa· scaindaque.ncssaconfiguraçào.osfios
que estão aba ixo de R. c acima de R , causam um curto -circuito
na ponte de Whcatstone, de modo que~ necessário colocar. nesscpomo, resistênciasextrusparaqueamaior partedacorrente
seja desviada parao braço que niloestiiconectadoaodetector.
A me lhor escolha~ colocar as resistências do o utro braço com
a mesma relação
Com a razão
R/R..ta l como mostra~~ Figura 5.52.
R/R. igual a R~·" . o rcsistor variáve l R.é
ajustado até o detector indicar O V. c então pode-se dizer que
Figura 5.50
r"'Oogr~fia
de
uma pon1e de W)w,a!Swnc
~ - !!..!!_ ou. simplesmente.
R,
RN
R,= RD ~·
Isso é possível porque a equação gemi de ba lanceamento da
ponte dupla de Kelvin ~a segui nte:
~~~~;~~~e1c0::~7:~adeum padriodc n:siSiêrocias. Cortesia de
R,. RN
Rfo·[~Y RN
R;- R;;+ R.
R,.+ R.+ Rfo,}., R;; -
Rwl
R.
256
CapfwloCinco
R,
R,
R.
(~
(~
Figura 5.53 (u) Ponte de Whc~tstone; (b) rcprescmação de quedas de tensão devidas a resistências dos cabos.
Assim que a relação
R(R. for igual a R'/"R.,.. a equação de
balanceamento é ti'lo simples quamo a equação da ponte de Whe-
com~ - ~- porque o úhirnotcrmo será 1.ero. canR,
R.v
cclando o efeito de todas as resistências c~ceto H, , H,. R,. e R,..
Em muitas pontes duplas de Kelvin. H" = H,. e RN = R, . Entretanto, quanto menores as resistências R,. c R,, mais sensível
seráodctcctordezero.porqueex iste uma resiStência me nor em
sériecornclc. lncremcmarasensibilidadedodctectordczcroé
interessa nte porque possibilita que sejam detectadas menores
tcnsões dcdcsbalançose.emçonsequência.umgrnumaisrefinado de balanceamento. Portanto. algumas pontes de Kel\•in de
alta precis:\o utilizam valores de R,. c R, na ordem de I. IOOde
sua relaç:\o no outro braço (RMe R~-· respcçtivamente). Infeli zmente. entretanto, os baixos valores de R,. c R, fazem fluir uma
corrente maior. o que faz aumentar o efeito de resistência de
atstonc
Figura !5.54
deKcl•·in
Re~rranjo
junções e contuto presentes em que R.. e R, têm seus terminais
conectados a R, e R, . Em geral. para se produzirem instrumentos de alta precislio é preciso ter conhecimento de todas as fontcsdcerrosecstabclecer çomprornissodcminimizá-los.procurando a otimização dos parâmetros passíveis de controle.
e 5.4.2.2 Pontes capacitivas e medidores
de capacltincia - - - - - - - - As pontes de balanceamento de tensão também são uti li zadas
par.! medidas precisas de çapadtâncias. A Figura 5.55 mostm
uma ponte RC série. em que C, representa a çapaeitância desçonhecidaeR, a resistênciaassociadaacla(considerando-sc
uma çapacitância real com um modelo série RC ideal). Assim
como nos drcuitos em ponte apresentados na seção anterior. o
princfpio de fundonamento é baseado no balanceamento da
ponte.
da ponte de Wheumone para a ponte dupla
Figura 5.55
Ponte de balanço de tensão RC em série.
Medidoresdc GrandczasEiétricas
Sendo assim, essa ponte é complementada simetricamente por
uma resistência e uma capacitância conhecidas. Geralmente o
equilíbrio da ponte é mais fácil de ser alcançado quando os capacitores têm um componente resistivo significativo. Esse tipo de
ponte tem um desempenho melhor paracapacitores com alta re sistênciadielétricaebaixacorrentedefugaentresuasplacas
Acapacitànciadcsconhccidaécomparadacomacapacitânciaconhecida. A quedadetensãoem R, equilibra a tensãore sistiva. O resistor variável de R1 ou mesmo os de R, e R3 são
ajustadosaltcmativamcnteparaalcançarocquilíbrio.Ncssacondiç5odebalanço.tem-seaseguintesituação:
Z,Z, = Z,Z,.
Substituindoosvaloresdeimpedânciatemos:
e.finalmente.isolando-seostennosreaisecomplexos.temos
R, =
R~~-'
e C, =
R,=
cmque w=
R,(~7R;:~;cn e C, =[R,(I f:::R,'C,l J].
JR,C,R,1 C, .
A ponte de Wien tem uma importante aplicação nadeterminaçâodefrequênciaemosciladoresRC.
Outraconfiguraçãoutilizadaparaamediçàodecapacitância
éapon tcdeSchcring(Figura5.58). Nessecaso.acapacitância
desconhec ida c. é diretamente proporcional à capacit~ncia conhecidaC1
C~~'
Outra versão de ponte capacitiva é a ponte RC paralela. tal
comoaquesevênaFigura5.56.
Nessecasoacapacitânciadesconhecidaé representada por
um circuitocquivalcnte R,. C, paralelo. As impedâncias Z, c Z,
são resistores puros. que podem ser ajustáveis. A impedância z,
é composta por um capacitor padrão C, em paralelo com um
resistor R,. O balanço da ponte é alcançado pelo ajuste de R,. R,
ou R,. Essaconfiguraçâoérnelhorsefor aplicadaemcapacitoresdebaixarcsistênciadielétricacomcorrentesdefugasignificativas(porexemplo,emcapacitoreseletrolíticos).
No equilíbrio tem-se·
257
Outra configumção utilizada na medição de capacitàncias é
a ponte de Wien. mostrada na Figura 5.57.
Essa estrutura possibilita que duas capacitâncias sejam compamdas uma vez que todas as resistências da ponte sejam conhecidas.Nobalanço.asrelaçõesparaasresistênciasecapacitânciassão:
R, =
c~~· e c, = c~~'
Gemi mente R, e R, são fixos e c, e C 3 são feitos variáveis.
Essas pontes são geralmente aplicadas para medição em sistema_~
~(Z,(
I ·~· ~"
IZ,J
R,
i
{Z)
R,
lgualando-se ostermosreaisecomplexos.tem-se:
R, =
Figura 5.56
R~~'
e C, =
C~:'
Ponte de balanço de tensão RC em pmalelo
Figura 5.57
Figura5.58
Ponte de Wien para a medição de capaci1âocias.
PomcdcScheringparaamediçâodccapaci1âncias.
25M
CapfwloCinoo
de altas tensões nos quais C, é um capacitorde alta tens.ãQ. Tambémslioutilizadasemahasfrequências.
e 5.4.2.3 Pontes Indutivas e medidores de
indutância - - - - - - - - - - Tam bémpamarnediçãodcindutânci assãoutili1.adasrontcsdc
balanceamentodetensàoemquenovarncntcamedidaéexecuta~ na condição de balanço de tensões dos br..ços da ponte mili1.ando a relação Z,Z, = z;z•. Para a detem1inação de um valor de
impedância desconhecido oo mesmo do valor dos componentes.
procede-se sepamndo e igualando as par1cs real e complexa.
A Figura 5.59 mostra a ponte Maxwcli-Wicn. Essa ponte é
utili:tada parn amplas faixas de frequêodas (20 Hz a l MHz).
A ponte de Maxwcll-Wicn é balanceada variando-se R 2 e R,
oo RJ e CJ. Algumas dificuldades são esperadas na aplicação de
indu10res com grandes constantes de tempo. As relações dessa
ponte silo:
R,'""'
e a constante de tempo
R,~ c L, = R1 R,C3
"T
A Figum 5.60 mostra a ponte de Hay. utilizada IX!r.l a medição de indmores com constantes de tempo elevadas. As condições de balancea mento dessa ponte dependem dos valores de
frequência.
Scndoassim.afrequénciadevesermantidaconstantcatra\"és
deurnafonteACestabilizadaelivreded i storções h(Lrmônica~.
O balanço desta ponte é alcançado variando-se RJ c R, ou ainda
substituindo-se C).
R,= Rl R, l
=~~~f c L,= R,~ I + ~~fRí
e a constante de tempo 1" =
~=
R,
1
- 1 -.
w R,C,
A Figum 5.61 mostro a ponte de Carey-Fostcr. utilizada na
mcdiçãodeindutânciasmútuas.
Essa ponte I)<XIe ser utili7.ada em uma ampla faixa de frequên cias e pode ser balanceada variando-se R 1 e R, e aillda substituindo-se outros compone ntes, em que k é o coeficien te de acoplamento magnético entre as duas bobinas c M é a indutância mútua. As relações podem ser descritas como·
_ .!::!_ • R3C,.
M = R1RJC,
R,
k-
M
-Ji:i:
e. finalmente.
c,
Figura 5.59
Pomc de Muwcli-Wien.
Figura 5.60
Ponte de •l uy.
em que LpJ e 1., representam as indutâncias das bobinas do enrolamento primário e secundário.
Quando existem problemas de desvios de impedândas em
relação a um ponto comum. pode-s-e adicionar um circuito denomiuado brnço de Wagner (Figura 5.62).
e Z 6• a tens.ão V<pode ser reduVariando as impedâocias
zida a zero (potencial da referência). Variando as demais impcdâocias. a teuslio V0 pode ser zemda. e. dessa forma. a ponte
torna-se simétrica em relação à referência e os problemas de
desvios de impedância em relação a esse ponto podem ser rninimizados.
z,
Flgura5.61
PomedeCarey-Fosrer.
MedidoresdeGrarkle~s l:létricas
Z,
259
No circuito da Figura 5.64. o batançu é atingido quando a tensão
de salda V é minimizada. Isso é alcançado \•ariaoOO-se a impedãocia do circuito RLC até atingi r ressonância paralela. As relaçõcsdcssecircuitosão:
'
I
L ,.... w;C, e R = wzc ,:R,
t 5.5 Osciloscópios - - - - - -
z,
Figura !5.62
Ponte eom braço de
Wagncr.
C,
Os osciloscópios são instrumentos que. além de medirem grandezas elétricas. ainda ntOStram a fonna do sinal da grandeza. O
osciloscópio foi in\·entado em 1897 por Ferdinand Brown. e sua
utili7..açlio foi essencial na evolução te<:no16gica c científica. Esse instrumentoéfundamcntal nasengenhariasecmqualq uer
tipo de pesquisaquedealgumamaneiro~ produza um sinal elétrico.
Os osci loscópios podem ser ana lógicos ou digituis. Os osciloscópios lmalógicos são assi m chamados por ltpresentare m um
tubo de raioscu tódicos (TRC). A lé m disso. esses osci loscópios
possuem apenas funções analógicas- ou seja. nlio podem armazenar dados,oufazerajustes qu enecessiterndealgumrccursomaisavan.çado.Existeumagrandevariedadcdcosciloscópios
d isponíveis no mercado; ex istem. por exemplo. osciloscópios
que utilizam eletrônica analógica e digital. Por esse motivo. muitos equipamentos. apesar de IXISSu írem um T RC. também possuem recursos como armazenagem. tmnsm isslioe até processamemode sinais. Neste livro serdo abordados detulhes puramcntcanalógicosseparadosdedetalhespuramcntedigitais.
R,
ti 5.5.1
Figura !5.63 Circuito ressonante em série.
Épossf\·el aindaexecutaramediçliodeindutâociasporressonância. Esse método baseia-se na aplicação de circuitos LC
em série ou em paralelo romo elementos de uma ponte ou rede
qualquer. Pode-se \"er um exemplo na Figura 5.63.
No circuito e m pon te da Figura 5.63. pode-se observar um
circuitorcssonante.Esseestadodcrcssonilnciaéalcançadovaria ndo-se o capac itor C, e a ponte é balanceada por meio dos
resistorcs. Podc m-seobtcr asscguin tesexpressõcsdocstado de
ressonilnciaeba la tJceamen todessapontc:
L= w;C, e R= Rl ~
o
L
tf:j1,
Flgura5.64 Circuitoressonamcernséric.
Osciloscópios analógicos -
Os osciloscópios analógicos fu ncionam a partir de um TRC. A
Figura 5.65 mostro~ o princípio de funcionamento de urn osciloscópio analógico e o TRC. O canhão de elétrons (r.! ios catódicos).
que emite elétrons em fonna de fci~e. consiste em um filamento aquec ido. um catodo. uma grade de con trole, um anodo de
foco c um anodo para acelerar os elétrons. O conjunto do TRC é
também oonheddo como \'álvula elétrica. O filamento aqut'Cido
f. na maioria dos casos. ei!Crgizado com com: me alternada.
O fil umc nl o é umarcsistê nciaclétrica,geralmcntealimcntada com Ulllll tensão AC ba i ~a. rcspoonsál"cl pelo uqucc imc mo
do catodo que o e ncobre.
O ca todo é rcspotJsávcl pela em issão de elétrons. É formado
porumcilindrometálirorecobertocom óx idosquc.quandoaquecido pelo filamento e e~c i tado por uma diferença Ue potencial
(negativo). torna-se a fonte de elétrons que fonnarlo o fci~e.
A g rude de controle tem por função regular a passagem de
elétrons do catodo para o anodo. Consiste em um cilindro circular com um orif"~eio circular. Apresenta o mesmo po~eocia l
que o anodo. e. quando é controlado. ocorre uma variação no
brilho do feixe visto 1101 tela.
O a nodo de focu c o a nodo de aed erução slio elementos em
formaci llndricucom pcq uenosorifíciosquctêmaltopotencial
positi vo em relação ao catodo. Sendo assi m. o feixe de elétrons é
aceleradoemantidococso.Essaetapaétambémconhccidacorno
lentce lctrôn icll.poraplicaraofeixedeelétron~umprocessamen­
to scmclhame 30 feOOmcno que ocorre em uma lente óptica.
260
CapÍluloCinco
Figura 5.65
Tubo de raios catódico'
Figura 5.66 Deflexào do feixe de
campo eletrostático
el~trons
pela aplicação de um
Figura 5.67
As placas de deflcxiio hori zont a l e ~wt ica l são os dispositivos responsáveis pela movimentação do feixe de cl~trons . Essas
placas tornam possfvel a excursão de um (ou mais. dependendo
do tipo de os.,iioscópio) sinal por qualquer ponto da teia.
Oprincípiodcfundonamcntodcssasplacasbascia-scnaaplicação de um campo eletrostático. Como os elétrons têm carga
negativa. quando é apikada uma diferença de potcn.,ial em uma
das placas de dcflc;o.:ão surgem uma força de atração do polo positivo da placa de deflexão e uma repulsão do polo negativo em
relação ao feixe de elétrons (Figura 5.66). O resultado é um desvio do feixe c aconscqucntc mudança do ponto de impacto de
feixecomatelafosforescente.
A Figur<.~ 5.67 mostra o resultado da aplicação de um potencial
ernplacasdcdcflcxàohoriwntalcvcrtical.indepcndcnternente
e depois simultaneamente. Pode-se esperar. portanto. que as intensidadcsdoscamposapiicadosterdogmndcinfluêncianatrajctóriadofeixe.Navcrdade.oscontrolesdessasplacassãoosmais
importantes do osciloscópio. e em parte silo disponibilizados ao
usuário através do controle da base de tempo e do controle de
amplitudedoscanaisdcentrada(comoserámostradoaseguir).
A telafosforcscentc éodispositivoemqueofeixedeeiétrons
choca-seetemcomoresultadoalibcraçãodeenergiaemforma
de luz. No painel frontal do osciloscópio encontra-se umcontroledebrilho(intensidadedofei;o.:e).controledefoco.controie
de deslocamento c rotação dos feixes. entre outros. O objetivo
geralmenteéajustardamaneiramaisclarapossívelosinalde
interessenateiadoosciioscópio.parafazcrum amedidadetensi'io. frcquência ou tempo, ou mesmo para verificar alguma característica na forma desse sinal. O bomlxlrdeio constante e intenso da teia por um fei;o.:e pode danificá-la permanentemente;
Tela dooS<:ilo'i<:ópio controlada por placas de de flexão
vertkal ehorizontal
porisso.dcvc-scscmpreajustaraintensidadcdofcixeantcsde
seiniciarautilizaçãodoosciloscópio.
A utilização do osciloscópio consiste no controle do TRC;
para isso e;o.:istcm alguns controles que estão ao alcance do liSUárioatravésdeknobsou botoeiras
O controle da baM' de tempo consiste em um cin:uito apto
aexecutaracxcursãodofeixcdcclétronsdabordaesqucrdada
teia até a borda direi ta em um tempo precisamente constante.
Isso possibilita que o usuário meça qualquer parâmetro depen dente do tempo. Para facilitar essa medida. a tela está subdividida em n divisões (geralmente 8). de modo que o controle da
base de tempo permite ao usuário escolher uma base de tempo
adequada. Por exemplo. a Figura 5.68 mostra um osciloscópio
medindo um sinal de 50 Hz em duas diferentes escalas de tempo: (a) 10 11s/div (b) 5 m.o;;/div. As escalas foram colocadas apenasparafacilitarainterpretação
Ocircuitoeletrônicoquegamnteaexcursãodofeixenoeixo
do tempo (cixox) produz uma onda do tipo dente de serra (Figura5.69)comdiferentes inclinações. Esse sinal aplicado nas
placas de deflexão horizontal faz com que a tensão inióal. - V.
corresponda ao ponto bem à esquerda da tela. c a tensão final,
+V. corresponda ao ponto bem à direita da tela. A inclinação do
dentcdescrradctcrminaavelocidadepelaquaiofcixescpropagadacsquerda paraadircitaedetcrminaotcmpode varredura. O controle da base de tempo geralmente está na parte
frontal dom;ciioscópio
Medi~sdeGrarkle~s l:létricas
4,}--,...-.----.---.------.--.----;---J,
(a)
"'
4
0
0,005
0,01
0,015
o.o:z
0.()25
0.03
O,OJ5
26 1
Figura 5.69 Forma de onda do tipo dcme de !'erra «nn diferemes
inclinaçlks parucomrolcdabasedctcmpo.
0,04
Figura 5.88 Osciloscópioemduasescalasdetcmpo: (o) 10~<;/dív:
(h) 5 ms/di•'. com escala de amplitude I V/div.
Oco ntrolede amplitude doosc iloscópio é formadoporum
cin::ui!oelctrônicoquetemafunçãodeadequarasimensid:l<les
dossinaisdc entrada.
Pcla suaamplagamadcaplicação.oosci loscópioéum instrumento vcrs~lil. No item anterior pode-se vcrifkaT(JUC o controle da b:1sedc tempo possibilita a utili z:1ç~odo mesmo para a
an<'llisedc sinais dcdifcrentesfrequências.Ocomrolcdcamplitmlepermitequesejamanalisados sinai§daorderndecentenas
de \'Ohs (em condições llQrmais do instrumento). bem como sinais da ordem de milivohs. Isso é possfvel mravés do circui to
amplificador vertica l. que garame que um determinado sinal
intenso seja atenuado ou que um sinal de bai xa intensidade seja
amplificado. Para faci litar as medidas. a tela tambf.'lm ,-em subdi vidida na escala horizontal (de ampliwde). de modo que o
ajuste de esca la é feito através de controle de amp litude com
diferentes escalas graduadas em V/div. As Figuras 5.70(C1) e (b)
mostramumsinalcrnurnaescaladcamplitudcdc I V/divcO.S
-4
0
O.OOI O,OCI2 o.oo:J o.ooc
V/~~~~;::;;~;~;~~nteoosciloscópio serutilizadoparame-
-2o
di r ou analisar sinais como amplitude X tempo. há situações em
Figura 5. 70
0.006 o.ooe OJ)(J7 o.ooe 0,0011 0,01
(a)
o.oot o.oo:z 0.003 o.OOt 0.005 o.ooe o.oor o.ooe o.ooe o.o t (b)
Escala de ampiiiUdc em (a) 1 V/di v e (h) 0.5 V/d iv.
262
CapfwloCinco
que é necessário analisar um sinal em contraposição a outro
l>arn esse tipo de análise existe também utn controle que desativa a base de tempo e acopla um dos sinais de entrada na e<;.eala xd:ltela. Essecontroledenomina-secont rolexy.
t 5.5.2
Osciloscópios digitais -
O princípio de funcionamento do osciloscópio digital é bastante
difcl"t!nte do osciloscópio analógico. uma vez que os si nai s são
amostr.tdos e adquiridos por um sistema de aquisição de dados
que trabalha a altas velocidades. Eles podem utilizar ou não o
TRC: se utili7.arem o TRC. as principais diferenças ficam por
coma 00 poder de am1azenamemo de si nais e da possibilidade
de tr.ttamento dos mesmos. As funções oferecidas por osciloscópios digitais dependem do modelo e do fabricante. Entre al g umas dessas funções podemos citar:
Figura S. 71
O$ciloscópioanalógioo. Cortesia de Minipa lnd. e Com.
Lida.
4 Visualiz:•çàocontínuadesinais debaixafrequência
4 Possibilid~•de de congelamento de telas
4 Possibilidade de programação de modo de disparo de telas
(trigger)
4 Progr.ttnação do modo de visualização de par.lmctros (VRMS.
VMÉD lA. frcquência. tempo etc.)
4 Autoojustedecanais
4 Possibilidade de ligar o instrumento em rede (GP IB )
4 Disposi th·os com interface para armazenamento de sinais
4 Recursosparamediçàoprecisanasordcnadasenasahscissas
- como barras móveis que pcmlitcm o posicionamemo exatodoinícioefimdetrcchodcintcressedosinal
4 Zomudeparte datela
4 Recurso de FFT (Transformada Rápi da de Fourier do sinal)
4 Comunicação USB
A Figura 5.71 traz a fotografia de um osciloscópio analógico.
e a Figura 5.72 most ra a fotografiadedoisosciloscópiosdigitais.
Se o osciloscópio digital não utilizar o TRC. seu m lu me e
scupesosereduzemdrasticamente.
Uma informação bastante importante acerca de osciloscópios
de modo gera l é o seu limite de frequência. Essa caracterlstiea
determina o limite do instrumento e também d:1 máxima frequência do sinal que pode ser a nalisado. Para oc~1sode osciloscópios
digitais.éimporta ntcaindadisti ngui r ospanimctrosfrequência
máxin1~t c frequência de amostragem (sampling). A frcquência de
.mmtJiiltg m(nima (segundo o teorema de N)'quist) deve ser o dobro da frequência máxima do si nal amostrado. porém quanto
maior af- - mais ftel c melhor a qualidade do sinal amostrado.
Portanto. um osciloscópio que tenha aj_..,. = lO x fserá
mclhorqueumosciloscópiocomf• 5 Xf De modo geral. os osciloscópios (analógicos ou digitais) têm
um painel frootal que pode ser semelhante ao da Figura 5.73 e
apresentamcontrolesbásieosqueserlodescritosaseguir. Observa-se que estas s!ío caractcrístkas ger.t is e que podem variar
em diferentes equipamentos. A tendência dos oscilosçópios digitaisétornarosequipamentosautoajustáveis
lnterru]llor: li ga ou desliga o osciloscópio. Gcro~lmentc é acomp:mhado de uma lâmpada-piloto que indica se o instrumento
está li gado ou desligado.
Figura 5. 72 Oscilo.;,;6piodigital. Copyright de Tàtronix. Inc. Reprodu lido com pcrmissilo. Todos os direitos re~rvados.
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Figura S. 73
E.~u.ema
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do painel frontal de um OSI:iloscópio genérico.
Brilho: ajusta a luminosidade do ponto ou do traço. O controle
do brilho é feito por meio de uma rcgulagem no potencial da
grade do T RC. Deve-se evi tar o uso de brilho excessh·o. sob penadedanifiearatela.
t·oco: 6 o controle que ajusta a nitidez do ponto ou traço luminoso.OajustcdofocoéfeitoatravésdaregulagemdofocoeletrônicodoTRC.
Osajustcsdeb rilhoedefocosãoajustesbásicosq nedevem
scrfeitossemprt!queoosciloscópioforutilizado.
ll umirmçiioda rNícu la: possibili tao controle da luminosidade
doqu;~driculadooudivi sõesna tela.
Medi~s
de Grnmkus El~lricas
263
Cada grupo controla um dos sinais na tel a (ampliwde. poEntr:1da de sinal n •rt ical: ncssaentl'õlda ~conectada a ponta de
prova elo osciloscópio. Se o çanal estiver ath•o. as variações de sição \'crtical etc.). Cada canal dispõe de uma entrada vertical. uma cha1•e scletora CA- 0 - CC. chave seletora de ganho
tensiioaplicadasncssaentradaaparcçemnatela.
C ha ,·e de seleção de modo de ent rada CA-CC-G ND: essa vertical. posiçno vertiçal. seleção de inversão da forma prochave ~ selecionada de aconlo com o tipo de fonna de onda a jetada.
Uma chave sele tora possibil ita que se selecione c:tda canal
serobserv:td:touaindaparareferenci.trotmçon:ttcla.
C hun!scleto rudeganho: essachavepcrmiteaamplificaçãoou individualmente ou os dois si multan eamen te. Essa chave apreatcnuaçilodaam plitudcdcprojeçãonatcladooscilosçópio(al- senta pelo menos três posições: CH I : CH2: DUAL.
tura da imagem). Essa cha\'C é graduada em lt>IISííoldiv. sendo
t Na po>ição CH I aparecerá na te la apenas a imagem que esquedit• representaasdi\•isõeshorizontais datela.
tiver sendo aplicada naentr.tda vertica l doçanal I.
l'osiçiio n:rtica l: possibilitamo\•Ímentarareferênciadecada
t Na posição CH2 aparcçerá na tela apenas a imagem que escanal para dma ou para baixo na tela. A movintentação não intiversendoaplicadanaentl'3da\·erticalclocanal2.
terfcrenaformadafiguraprojetadanatcla.
4 Na posição DUA L aparecem as duas imagens. Em oscilosC han seletorn de base de tem1)0: é o com role que pennite \"acópios mais sofisticados. essa chave pode apresentar mais
ri ar o tempo de varredura horizontal do ponto na tela. Por- meio
posições. de modo a penni tir mais alternativas de uso.
desse controle é possível red u1.ir ou ampliar horiwntalmcnte
natelaafom•adeondaprojetada.Essachaveégraduadaem l'ontas de pro••a: as pontas de prova silo utili;wdas para interlitellsr1oáfiv.sencloquediv representaasdivisõcs\'enkaisda tela.
gar o osciloscópio aos pontos de medida. A Figura 5.74 mostm
Aj usle hori'l:ontul: éoajustcqucpcrrnitecontrolarhorimntal- difcrentcspo ntas deprovaparaosciloscópios
mcntc a forma de onda na tela. Ao girarmos o controle de posi Uma das extremidades da ponta de prova é conectada a uma
ção horizontal. toda a fi gur.t projetada na te la move-se par.t a das entradas do osciloscópio por meio de um co neçtor, e a exdireitaouparaacsquerda.
tremidade li vre serve para conexão aos pontos de medida. A
Chu•·e seiNorn de fonte de sincronismo: seleciona o sinal de extremidaOc livre possui uma garr.t-jaca~. denominada garra
siocronismo para fixar a imagem na tela do osciloscópio. Geral- dercferêocia.quedevescrconectadaàrcferêocia(terra)docirmente essa chave apresenta pdo menos quatro posições: CH I. çuito. e urna püflta de entrada de sinal. que de,·e ser cooeçtada
CH2. REDE. EXTERNO.
ao ponto a ser medido. Existem diferentes tipos de ponta de proPosif110 CHI 011 CH2: o sincronismo~ controlado pelo sinal
va (também denom inadas ponteiras). Os tipos mais usuais em
aplicado ao ca nal I ouaoçana12
geralvêmcomurnachavedeajuste 1:1 e 10:1
f'o)·içr1o REDE: realiza o si ncronismo com base na frequênCom a po111a de prova 1:1 a entrada do osciloscópio é cocüt d~ rede de alimentação do osciloscópio (60 Hz no Brasi l)
nectada di retamente à ponta de medição. Com a ponta de proNessa posiçno pode-se facilmente sincroni zar na tela sinais va 10:1 ~~entrada do osci loscópio recebe apenas:~ déci ma paraplicadosnaentradaverti cal quesejamobtidosap~rtir da re­ te da ten sào 11plicada. Essas pontas de prova 10:1 permi tem
que o o~ciloscópio ço nsiga observar ten sões dez vezes maiores
deelétrica
l'osiçtlo EXTERNO: nesta posição o sincronismo é obtido a que a sua capacidade. Por exem plo. um osciloscópio que pe rpartir de outro equipamento externo conectado ao osciloscópio. mit e a leitura de tensões de 50 V com pollt:l de prova 1:1 poO sinal que controla o si ncronismo na posiçllo externo é aplica- derá medir. com ponta de prova 10: 1. tensões de até 500 V
doàentradadesincron ismo.
( 10 X SOV).
ChaH~ de modo de sincronismo: nonnalmente esta chave tem
Obsamçllo: quando não se tem total certeza da grandeza
duas ou três posições: auto. nonnal + . nonnal -.
da tensão envoh•ida. é aconselhável inidar a medição com a
No modo ar/lo o osciloscópio reali1-a o sincronismo automa- posiçào 10:1.
tkamente.cornbasenosinalseleeionadopclachaveseletorade
fome de sincronismo.
No modo normal+ o sincronismo é positivo, :tjustado rnanualrnentepclocomroledenívclde sincronismo(lrigger). demodoqucoprimciropiçoqueaparccenatelasejaopositivo
No 111odo IWmwf- o sinçronismo é negativo. também ajustado manualmente: mas o primeiro pko a aparecer é ncgatii'O
Co nt role de nh·el de sincronismo (triggtr-): é um controle manual que possibilita o ajuste do sincronismo quando não se consegue um sincronismo automático. Tem atllaçào nas posições
NO RM AL + e NORMAL - .
Geralmente os osciloscópios aprese ntam no mini mo duas
cntradas(ou doi scanais). Paraqueseobscrvern doi ssinaissimulla neamente.énecessárioqueseapliqueumatensiioerncadaumadas entradasverticais.
Um osciloscópio para duplo traço di spõe de dois grupos de Figura 5. 74 Difercn1es ponlas de prova pam QSCÍIQscópiQS. C'-'PY·
cont roles vcrtiçais: um grupo para o ca nal A ou canal 1 (C H 1): rightdeTcktronix.lnc.Rcproduzidowmpcnnisslio. TQdQSQSdircitQS
reservados
um grupo para o canal B ou cana12 (C H2).
264
CapÍluloCinco
4 5.6 Medidores de Potência
Elétrica e Fator de Potência - - Potência é. por definição. o tmbalho realizado em uma unidade
de tempo. A unidade de potência é:
em que:
!__"" !__~ =
'
c'
VA = W,
J.joulc
s.segundos
C, coulombs
V. volts
A.ampCres
W,wa!ls
Existem grandes diferenças na medição de potência em circuitos DC e AC. Nos primeiros. o produto simples do valor da
tensão pelo valor da corrente fornece a potência elétrica consumida por uma carga ou fornecida por uma ou mais fontes. Entretanto. em se tratando de circuitos AC. é predso levar em
conta a fase de I e V. de modo que existem alguns cuidados a
serem tomados. comoveremos nesta seção
Em circuitos de corrente alternada. a direção do fluxo de potência é muito importante. urna vez que. em meio ciclo. uma
fontepodeestarfornecendocnergiaaumcircuito.cnquantona
outra metade pode estar recebendo energia dc!;sc mesmo circuito. O fluxo de energia em uma resistência é sempre em um sentido. variando de um valor mínimo de zero a um valor máximo
duasvezcsemcadaciclo
Os capacitOJeS e irKlutores também s;io conhecidos como clcrnentosdearrnazenagemdeenergia.Ocapacitorarmazenaenergia
em forma de campo elétrico, enquanto o irKlutor armazena energia
em forma de campo magnético. A priocipal diferença entre esses
doiselementosernrelaçãoaoresistoréqueestedissipaenergia.
enquanto o L e o C apeuas armazenam. Sendo assim. em urn circuito excitado por uma fonte em que varia a polaridade. esses elementos carregam e descarregam de modo que a energia osüle
entre fonte e elementos LC ou entre elementos LC apenas.
Como uma concessionária deve garantir o fornecimento de
energia elétrica. ela de\'e prover os meios (os cabos. bem como
o sistema de distribuição). Os cabos que transportam a energia
são construidos de metais. os quais possuem resistivi dade e.
portamo. dissi pam energia. Corno explicamos anteriormente. os
capacitoreseosindutorcsarmncnamencrgiac.seclaforprovenientedeurnafonteAC.esseselementosficamcarregandoe
descarrcgandodcacordocomacxcitação. Essaenergiaédcnominadaenergiareativa.enâoproduztrabalhocornogerartorque
emmotorcs.aquecerrcsistências.cntrcoutms
Se essa energia fica osci lando entre a concessionária e um
usuário final. os cabos conduzem corrente elétrica que, além de
n~o gerar trabalho. ainda aquece os condutores. surgindo dois
problemas:acnergiagcradaniiocstáscndoutilizada(pclomcnos n~o totalmente) para gera r trabalho e. ainda. o limite de
corrente útil dos cabos diminui
Desse modo. é comum que as concessionárias apliquem muitasaconsumidorcsqucultrapasscmcertonívcldcencrgiaquc
oscila entre fonte e carga. denominada potência reativa. Também
é definido um parâmetro denominado fator de potência, quere-
laciona a potência que gera trabalho, denominada potência ativa
ou potência útil. c a potência reativa.
Considerando-se uma fonte com excitação do tipo e(t) = Ei
cos(w1) c corrente i(t) = 11 cos(wl- O) que passa por uma carga. conforme a definição de potência instantânea. tem -se:
p(t )= e(t)i(t) "" lti · l/ l (.:os(w~)cos(WI - 9)
Utilizando-scasrclaçõcstrigonométricas.
cos(wt-O) = cos(wl)cos(O} + scn(O)scn(wl)
cos' (WI)"" (I + co;(2wt))
sen(2wt)""2sen(WI)cos(wl)
e ainda. sabendo-se que ERMsl R.w~ =
~ e substituindo-se.
p(l) = E""siRM,.:os(O) + E""'IRM,cos(O)ços(2wr) +
Asduasprimcirasparcclasdcssacquaçàorcprescntamapotência ativa. Pode-se observar na Figura 5.75 que ela varia de O a
(b)
T..,.:.o
Figura 5. 75
Potência ativa c reativa: (a) multiplicação das se no ides
defasadas de corrente e tensilo: (b) potência real, reativa e lOtai
Medi~s de
Grnmkus
El~tricas
265
41 5.6.2 Wattfmetro analógico - - -
apar9flte
Potência
rea~ve
Figura 5. 76
Triângulo das polências.
2E«,..,l •.w;.Cos(6). sendo que sua média representa um valor po~
si tivo. A tl!rceira parcela. no entanto, varia de um mínimo e
máximo simétricos, de modo que a su:t média no tempo é zero.
Essa pn rcelarepresentaaenergiarcmivu.
A p:tnir da equação acima. pode-se definir P c Q. P representa a potência ativa ou útil. Q. a potência reativa c P11 ,. a potência aparente. Estaédefinidacornoa so mavctorialdas duas
primeiras:
P,.f =P + jQ
em que Q rccche o númcrocomplcllóo para indicar que se çrtÇontra 90" defasada de P. Graficamemc. ess.a rel ação pode ser vista
em fonna de um triângulo. denominado triângulo das potências.
conforme mostra a Figura 5.76. Nessa fi gura também é possível
observar que f' = P11 ,,:.0S'f'C Q = P,.,.scntp. em que cos!preprescnta o fator de polí"ncia
4 5 .6.1
Medição de potência em
elreultos
De----------
Para medir a potência em um circuito DC, silo necessários apenas um voltímetro e um amperímetro ligados adequadamente,
conforme a Figura 5.77. Nessas configurações são registradas
tanto a tensão como a corrente da carga. as quai s são multiplicõldasp;lraseobterapotência.
Entretanto. esse método aprese nta alguns ÍIICO!l\'CIIicntes.
tai sco moofatodeutilizardois instrumc mosparamediruma
g randeza. Al é mdisso.cmqua lquc rd asconfigurações sào
introduzidos erros devido ao próprio instrumento(pclo voltlmctro flui urna corrente e existe queda de tensi'lo no amperi metro) Além dt sso a mccrtcza assoctada pelas duas mcdt
Um instrumento comum em med idas de potêocia elétrica é o
dinamômetro. ou instrumento eletrodinâmico. ou ape nas wanfmetro ana lógico. Trata-se de um instrumento construído com
duas bobinas fixas ligadas em série c posidonadas coaxialmcllte. Ent re essas duas bobinas existe ai llda urna terceira bobina.
que é móvel c equipada com um ponteiro, responsável por fazer
a indicação do valor medido sobre uma escala gntduada. A Figura 5.78 mostra um esquema simplificado desse illstrumento.
Nessesistema.otorque produzidonaagulh3nlÓ\·eléproporcional ao produto da corrente que nui pelas bobinas fixas c pela
corrente da bobina ltlÓvcl. As bobina~ fixas são geralmente deiM)minadas bobinas de corrente. e a bobina móvel é chamada bobina
de tensão. Em outras palavras. a~ bobina~ fius têm baixa impedância. enquanto a bobina de tensão têm alta impedância.
Deve-se observar que, com esse dispositivo. tem-se um circuito simulando um voltímetro e um amperfmetro. Sendo assim.
pode-se esperar um erro devido ao posici01mmento das bobinas.
A Figura 5.79mostra detalhes de um wattimctroanalógico. Ape sar de existirem instrumentos ana lógicos (ou digitais) para medição de potência reativa (denominados freq uememcntc varfmctros. devido à unidade VAr). o wattímetro analógico mede
potência útil (watts). ou seja. P = V· /cos<f>.
41 5 .6.3
Método dos três voltimetros -
Pode-se medir a potêocia de uma carga utili zando-se um pequeno resistorc !rês voltímetros ligados. confom1c se vê na Figura
5.80.
Considerando-se acorrentequeflui pelo voltímetro desprezível. podc-sc ufirmarquc;
v.c vl + Ril = V~c =v[+ (RiL)1 + 2(vl Rid.
=
kJr:sc ;r;;~ !~~:!oor::~~~~~~~~=·~m-se calcular os va-
.
c. como PL • VLJL. oonclui~se que a potênda da carga será:
p - V}, - (RJ L)l - v,:
L -
Bobina
n1ÓW!I
~;:d~~~;.opagacomarelaçãodemulttpltcaçilo dasgrandezas m
~
"'~:,:~::'~';':":';"'""'""'"'""""'""':'"'
opo<êocm
ELtB E{L] l -~,,.j
Figura 5. 77
am)'K'rlmctro.
Mcdiçà<.l de potência por meio de um •·oh Imetro e um
2R
~
E~
0
Figura 5. 78 Esqu~ma simplificado do instrume nto c l ctrodin~ mico
(wanlmctro ana lógico)
266
CapítuloCiO<;O
Figura 5.79
Detalhe de um
wauí~\J"{)
analógico.
Figura 5.80 Método dos trh •·oltfmctros para a medição da pocênciadeumacarga.
Figura !5.81
Esquema de um waufniCiroténnico.
4 5.6.4 Wattfmetros térmicos - - O princípio de funcionamento desse tipo de wattímctro ba<;eiasc em dois tennopan,!S idênticos. A safda dos mesmos é proporcional ao quadrJdo do valor RMS das correntes que fl uem pelos
aquecedores mostmdosnaFigura5.81
Considerando-se a resistência S. muito menor que os aquecedores r. pode-se afirmar que. quando não existe carga. a corren te q ue flui por esses aquecedores é igual - c, porta nto. a
difcrcnçadctensãodN terrnoparesénu la
Q uando uma carga L é aplicltda, surge uma corrente i,, fazendo com que aumente a queda de tensão sobre S. Isso faz com
queocorraumdcsb:Liançodascorn,!ntesquetluernpelosaquecedores. gerando uma diferença de temperatura lida pelos termop;m:s e rcgistrJda no voltímetro.
4 5.6.5 Wattimetros eletrônicos 4 5.6.5.1 WaHfmetros baseados em
multiplicadores analógicos
Os multiplicadores analógicos são circuitos eletrônicos qoe operam em quatro quadmntes. De maneira bastante genérica, podescdizcrquecsscscircuitostêmafuiiÇàodeproccssarossinais
detcnsãoecorrcntecfornccerapotênciainstantilnca.Nasaida
do multiplicador ex iste um integrodorcujafunçi'loé fazer uma
média da potência no tempo.
Uma técnica de multiplicaçilo utili7.ada é denominada TDM
(Time Dhúion Mtllliplier). ou multiplicação por divisão de tempo. Segu ndo essa tl'!c nica. é gcrad lt uma onda quadrada com
período consta nte Te com dmy cicie (ciclo de traba lho) e am plitudedelenninadospelacorrcmectensàoi(l)el'(l).
O dmy cicie do sinal <JUC sai docompa.rador é determinado pela du rJçàodo pu lso que vem de um circuito em que o nível de corrente i, . após scrco•wcrtido em tensão. é comparado com um sinal
triangular Vg(1)oom um valor de pico v..,. Esscprocessogerauma
onda quadrada cuja dur,tÇão depeode de i .. A Figura 5.82 mostra
o diagrama em blocos c as formas de onda de um TD~ I.
O sinal de tensão entra em unt circui!O modu ladorde amplitude. Esse circuito~ determinado por um amplificador de ganho
-I c por um condutor direto. de modo que na saída tem-se +V.
ou -V,. O processo de mult iplicação propriamente dito ocorre
no chaveamentodo sinal de tensão pela ooda quadrnda vinda do
circuitocompamdor(a corrente modulada em largura de pulso).
Considerando-se 11 o tempo em que o sinal de corrente é maior
queaoridatriangula r. a chave é ligada e gamnteq ueatensão
quechcgaao integradoré + V,. Casocootrário.achavcestádcsligadaenacmradadointcgradorhavcrá - V,.
O resultado é que a tensão de saída do integmdor é proporcional à multiplicação do sinal de corrente pelo sinal de tensão.
Como V,(t) =
c. assi m. I , - 1,
4
.~'.0 1 qu;mdo O :S 1 :S~, 11 = 1
"(~- ::·]
,o
= ~V,.Atcns;lo nasa(dadocin::uitoficacntão·
v,.
V"""" - -kJ:V,. (t)dl - c,(f' V,(I)lfl
f' ''
V, (l)dl )=
=C1 V,V,,
em que c , e C, são constmues.
4 5.6.5.2 WaHfmetros baseados em efeito
Han-------------
A tensão de saída de um trJnsdutor de efeito Hall é dependente
da corrente que passa pelo transdutor c do campo magnético
ortogonal.
V,.(t) = H1i(l)8(1)
MedidoresdcGrandczasEiétricas
'
.' ---------------------------
______-__________ J
~
-
-
-~
'·
\
-
-
267
(a)
•I
-'•
b)
(b)
Figura 5.82
(<~)
Diagrama de blocos e (b) forma de onda de um muhiplicador TDM.
em que RH é a constante Hall. i(t). a corrente que passa pelo
transdutor.cB(t).ainduçàomagnética.
Como se pode observar na Figura 5.83, é possível determinar
a potência medindo-se VH(t).
Considerando V,(t) "' K,i(t) c i,(t) "' K1B(t). sendo K, e K 1
constantes. To período em que a medida foi realizada e VH F a
médiadeVH(t).temos:
I' "' +
J:v, (t)i, (t)dt "' K,K2
t
fi(t)IJ(t)dt = K,K, R,V,,F
Esse tipo de wallímetro pode medir potência de sinais com amplasfaixasdefrcquências(M Hz)
ti 5.6.5.3 Wattímetros baseados em
multiplicadores digitais - - - - - Os wallímetros digitais são dispositivos eletrônicos que utilizam
multiplicadores digitais. Hoje em dia. esses dispositivos podem
ser facilmente implementados com microprocessadores integrados a uma série de disposi tivos periféricos.
Autilizaçàodetaisdispositivosfazcomquesejapossívcl.
emumúnieosistcma.adquirirumsinaldctcnsàoecorrcntc
efazcramuhiplicação.Aindaeomautilizaçãodcsscsistcma
époss(vel processar tanto os sinais decmradaquamo os de
saída. o que otim íza a precisão do resultado. Além disso. a
disponibilidade de sistemas digitais torna o projeto de instrumentos um tanto flexível. É comum encontrar instrume ntos que têm portas de comunicação (serial. paralela, GPIB,
US B, TCPIP. entre outros). A lém disso. é possível fazer o
controlededispositivosdeentradaesafdaimplemcmando-se
uma interface homem-máquina (IHM ). A Figura 5.84 mostra
o diagrama de blocos de um sistema digital básico de um
wattfmetrodigital.
Como se pode observar, o problema pode ser resumido em
implcmcntarumconversorADdcdoiseanaiscprocessaresscs
sinais. Disposilivos digitais como os DSI's (Digital Signal Pro -
268
Capi1uloCinco
Figura 5.85
Ponte de balanc~amcmo de tcnsllo com um tcmtistor
paraimplcrncntaçllodcumwauírnctro.
Figura 5.83 Medidor de potência baseado no efeito Hali.
Um medidor de potência implementado com um tcrmopar
pode ser visto na Figura 5.86. Esse tipo de inmumento pode
detectar sinais de mais de 40 G Hz. Nesse caso. geralmente se
milizam resistores de filmes finos. Os valores potência que podem ser detectados são da ordem de até I f..tW.
Como os sinais de tensão são ex tremamente baixos. f necessário muito cuidado na eletrônica de condicionamento para implementaressesinstrumentos.
Figura 5.84
Oiagromadeblocosde um 5i5tcmadigital para medi-
çãodepotência.
Ct'.JSi11g) são r:lpidos o suficiente para fazer amostragens a altas
frequênciasegarantirgrandesprccisõcsdemedida.
4 5.6.5.4 Medição de potência em sinais
de alta frequência - - - - - - - Medidores de potência de si nais nas fai~as de rnicnrondas e
rádio em gemi são implc1ne111ados com sensores como termistores, tcrmopares, diodos ou sensorcs de mdiação. Geralmente
o método resume-se u medir a potênci:t e1n uma carga determi nada:
I'._= P- - 1•..,.,....
Parascpamrase nergiasincidenteserefletidas.s.ãoutilizados
acopladores direciona is. compostos basicamente de guias de
ondas. Dessa maneira. é medida a potência dissipada em uma
carga. em forma de tempcrJtura. No Capítulo 6. são apresentadossensoresdetempcratura.
A Figura 5.85 mostra uma ponte resisth•a implementada com
umtermistor.Essesensor tem:tfunçãodedctectar apotênciade
um sinal de rndiofrequêocia. Quando a ponte é de.sbalançeada
(pelo sinal RF). um circuito amplificador compensa esse desbalanço variando o nível da tensão DC. Nesse caso. a variação de
tensão necessária para anular o efeito da variação de resistência
do termistor é relacionada com a potência do sinal RF.
4 5.6.5.5 Llgaç.lo de waHimetros em
linhas de alimentação - - - - - - A medição de polênçia em sistemas de cntruda de energia elétrica é bastante comu m. Existem várias situações que podem
requisitar diferentes ligações. A seguir são mostr.Klas algumas
dessas situações.
Em sistemas de alimentação em que a corrente c/oo a tensão
excedem a capacidade do instrumento. é necessária a utilização
de TCs e TPs (tra nsformadores de corrente e de tensão). A função desses disposit ivos é baixar os nÍ\·eis de tensão c corren te a
níveis que podem ser medidos pelo instrumento. A FigurJ 5.87
trazu1nexemplodessa ligaçilo.
Em sistemas monofásicos. a lig~tçãode um wattímetroésimples.Osinstrumcntosaprescntamos ter rninais dasbobinasde
tens:io e de corrente. A bobina de corrente deve ser ligada em
sériecomocircuito.cnquantoabobinadetcnsllodeveserligada em paralelo, como mostrJmos nas seções anteriores.
A ligação de wanlrnetros em sistemas trifásicos (ou cvemualmente com um número maior de fases) é feita utilizando-se 11
wattímctros (>1 = 11úmero de fases) ligados. tal como mostra a
Figura5.88.
Nessecaso.apotênciatOialser:lacorrcntedecadafasepcla
tensão em relação a um ponto comum que pode ser o neutro (se
existir).
Existe. entret anto. um método no qual se podem utilizar dois
wanímetros para determinar a potência tOla] do circuito trifâsi-
McdidoresdcGrJnde7.asEiétricas
269
Figura 5.89 Método dos dois wanlmctros ]XU1I mcdiçllodc polêocia
em circuitos trifásicos.
Figura 5.87
Utiliu.çllo de TCs e TPs na mo..>dição de potência.
t ~,'(<P) = ... .[i \Vou , IVott.Wcm ,+ IVattc
tg{rp) •:!:..fi\llou.- _ wou A
\Vou.-..- IVattA
Osinalseráespecilicadopelasequênciadefase:seasequência
for direta=:. +.c se a sequência for inversa= - .
Figura 5.88
Mcdiçllo de potência de um sistema trifásico.
co (Figur~l 5.89). Dcnorninndo método dos dois wanimetros.
esse método possui a restrição de não poder ser utilizado quando as cargas csti\·crcm ligadas em Y com o neutro ligado.
Nesse caso. a potência da carga é a soma dos valores indicados pelos dois wanímctros:
p =
1\~111,
+ 1\hl/l
Parna hipótese de tcnsõcssimétricasecargas balanceadas. as
leiturns dos wauímctros podem indicar também. confonne a sequência de fase. o fator de potência das cargas. Parn os wallímetros mostrndos na Figurn 5.89. ligados nas fases A e B. B e C. C
e A. respectivamente. tem-se parn a detenninaç5o do fator de
potência(ângulorp):
t 5.6.6
Medição do fator de potência -
Não existem instrumen to~ que possam medir fator de potência
dire tamente. De fato. como se pode \'Cri ficar 11as seções all teriorcs. as ú11icas grandc1.as que podem ser medidas diretamente em
sinaisaltcmadosnotcmposàotcnsão.corrcntcesuasrclações.
Todas as outms grnndczas sào dcrivad:ts matematicamente.
Os medidores de potência real ou ativa, como vimos nas seções anteriores. implementam a seguinte equação:
P-= Eicosrp
em que rprepresenta a defasagem entre a tensão e acorrem e medidas. e a saída. por exemplo t implememada por meio de um
registrndoreletronlCCânico. Parnaimplementaçàoderegistroou
visualização da potência reativa.~ utili-wda a relação trigonométrica:
cos(O- 90") • cos Ocos90° + sen Osen 90° = senO
270
CapfwloCioco
Flgur• 5.90 Fo10gratía de um ana!is.ad<:rr de eocrgia el~trica. Conc•ia de RMS Indústria <!c EquipamentO!< Ltda . Usndo com pennissilo
Figura 5.91 E~cmplo de utilização de um o!>Ciloscópio
dição de defasage m entre doi s si na i~
Desse modo. a potência reativa P_
= El oos('t' - 90) pode
ser implementada da mesma forma. apenas defasando a tensão
e o rcsullndo mostrado da mesma maneira que n potêrteia reativa.
Arelaçilocntrepotênciaati\'aepotênciareativapossibilitaemão
detenninarofatordepotência.
Amiganteme, o atraso da tenslo era implementado por meio
de transformadores. especialmente enrolados pam es.o;e propósito. Hoje. acletrônicapossibilitaqucessndcfasagem seja implementadademaneirabcmmaisprccisa.analogicamcntcou
enti'loutiliz:mdo-seeletrônicadigitai.Comaeletrônica digital
pode-se calcular uma série de outros par!tmetros importantes na
dcfinir;Godequal idadedeenergia elétrica.taiscomofrequências
harmônicas ou mesmo o fator de potência. bem como parâmetros para qualquer forma de onda. A maneira mais usual de se
medir fase é por meio de um osciloscópio. Outra maneira é uti li7.ar a transformada de Fourier. A Figur,1 5.90 mostr.. a fotografia de um analisador de energia que indica. jumamcmc com o
valor de potência consumida. uma série de par.imetros elétricos
importantcs paraseverifkaraqualidadedee nergiaelétrkasobreumacarga.
na qual Trcpre~ntaopcríododosinal et_ ,o tcrnpoentreos
doi s sinais.
Outra maneira de medir fase com o osciloscópio é utilizar
as figuras de Lissajous (parafrequêndas iguais dos doissinais). Essas fig urassãocriadasconcctando-seossinais em
dois canais do osci loscópio. colocado no modo XY. Nesse
modo, um dos c:111ais toma a di reção horb:ontal c o outro. a
direçaovertical. Assim. se asfrequênciasdos doissinaisforem igua is. a forma de onda na tela do osciloscópio se rá uma
elipse. Dependendo do atraso. os parâmetros c sua conscquent e forma var iam . Considerando Y a distânc ia do ponto
em que a figura corta o eixo vertical até o pont o ce ntral e H
a distância de sse ponto cen tral até o ponto máximo da figura.
também no eixo vert ical. pode-se utili zar a seg uint e re lação
para calcular a fase:
41 5.6.6.1 Medida de fase por melo de um
osciloscópio - - - - - - - - - Uma da s maneiras mais fáceis de executar uma medida de fa.o;e
é utilizar o osciloscópio com dois canais parn medir os dois sinaisdefasados(nccessariamemedeigualfrequência).Umdeles
é colocado como rcfcrênçia na escala de tempo. como. por exemplo. no ponto de tempo em que o sinal passa por um va lor zero
na escala de amplitude. tal como o si nal A na Fig um 5.91.
A partir do pomo de referência no tempo. mede-~ o tempo
nté o mes mo ponto do sinal do segundo canal. Esse é o tempo
de atra.~o entre os dois sinais. Basta entflo tncd ir o período do
si nal (i nvc rsodafrcquência)cfa zerascgu interclaçào:
Defasagem =
360
~"''"v'
par~
a me-
sen .@=o:! ~.
em que o sinal depende da direção de inclinação. A Figura 5.92
mostmalgunsexc mplosdefiguras de Lissajous
-fl#W'
i&-=t--#
Flgur• 5.92
ciloscópio.
Exemplos de figuras de Lissajous trnçada~ com o os-
Medidoresdc GrandczasEiétricas
oiofO '
oifD
o
D
2
'
D
'
'
•
D
D
5
5
c
6
'
C,
,o ,o o .o o ,o
'
Figura 5.93
5
Utilização de dcK-çção por zero para detemünação do
ângulodefaseemredoissinais.
t 5.6.6. 2 Medida de fase eletrónica por
meio da detecção de passagem por zero Esse é o método mais popular na implcmcmação de um sistema
para medir a fase. Esse método é semelhante ao procedimento
descrito na seção anterior para medição de fase com o osdlos cópio.
Nocasodcdoissinaisdcondasinusoidal, a primeira etapa
deve ser responsável por transformar o sinal em uma onda quadrada. c as bordas de subida c descida são determinadas pela
passagem do sinal pelo zero em amplitude. Um dos meios de
fazer essa transformação é utilizando uma porta lógica.
No exemplo da Figurd 5.93 os dois sinais quadrados urigináriosdasentradassinusoidais sãoprocessados(porexemplo.uti lizando uma porta digital XOR) e a saída representa apenas um
pulso com a largura temporal do atraso dos sinais originais.
Figura 5.94
27 1
As ondas quadradas representam as passagens por zero dos
sinais A c B. Na mesma figura podem-se observar pulsos de
larguramenororiginadospeladiferençadosternposdepassagern
por zero. representandoadiferençadefase. Pode-se finalmente
integrar esses pulsos. gemndo um sinal DC proporcional à diferençadefasedosdoissinaisdecntrada.
41 5.6.6.3
Método das bobinas cruzadas -
Orncdidordcfasedcbobinascruzadasconstitui aparte central
da maioria dos medidores de fator de potência analógicos. A
Figura 5.94 mostra os detalhes do funcionamento do método das
bobinas.,ruzadas
Nesse sistema existem duas bobinas cruzadas móveis. dispostas em um ângulo fixo {3. além de uma terceira bobina fixa.
qucédivididacmduasmetades. Essasduasmetadesenglobam
as bobinas móveis. A função da bobina fixa é manter um campo
rnagnéticopraticamenteconstanteentreasduasmetades(sobre
as bobinas móveis). Geralmente a "orrente é ligada à bobina
fixa C , enquanto a tensão alimenta a bobina A através de um
resi-;tor (a fim de limitar acorrente). A bobina B, por sua vez. é
também alimentada pela tensão, mas passa por um circuito indutivo. de modo que a fase é deslocada 90°. Na prática. o ânguloentreascorrentes das bobinas A e B não é exatamente de 90°,
devido a problemas com elementos puramente resisti vos ou puramente indutivos. Pode-se supor que esse ângulo seja {3. e, supondo-se que o ângulo entre as bobinas A e C seja <f', o ângulo
entre as correntes das bobinas A e C é f3 + rp. O torque médio
induzido na bobina A é proporcional ao produto da média das
correntes nas bobinas A e C e o cosseno do ~ngulo entre a bobina e a perpendicular à bobina C. Escrevendo em forma de
equação, temos
T,._
co: f ,._ l c COS(<f'
+ {3)cosy =
K,._ cos(q;
+ {3)cosy
em que/,._ e/c são as correntes das bobinas;
q; + (la fase relativa entre as bobinas A c C;
y, o ângulo entre a bobina A e perpendicular à bobina C
Supondo-se que a diferença de fase entre a bobina B e a bobina A é de {3. o Iorque médio na bobina B é des.:rito por:
f~ "' 18 / c cus(q; + {3)cosy = K 8 cos(op)cus(y + {3)
Método das bobinas cruzadas para a mediçiío de fase
272
CapfwloCinco
Sendo assim, a bobina A estar'á alinhado! na direção da diferença
de fase entre a tensão e a correme da çarga. Dessa maneira. um
indicador~ lh.:ado oo plano da bobina A. Na prática. esses instrumentos s:lo çalibrados para indicar o cosseno do ângulo entre a
com:ntcea tcns.'\odaçarga.çaractcrizandoofator depotência
Esses medidores de bobinas cruzadas eram a base de conexão
dcsisternasdcgcradoresdccncrgia.Quandodoissisternasgeradorcs estiverem operando c gerando tensi'io AC, eles devem
ser coneclados em par.alelo apenas no momento em que ambas
astcnsõesestil•cremsincronizadascmfrequênciaeemfase.
4 5.6.6.4 Voltímetros vetoriais para a
medição de fase
Um método moderno de medir fase e amplitude de sinais é utilizarvohímctrosvetoriais(princípioj<'labordadonestecapítulo).
Esses instrurnentos têm o fu ncionamento baseado na transforrnadadcFourierdossinaisemu rn agrnndefaixadefrcquências
Urnavezqucprecisaser rápido,csseequiparnentodcvepossuir
processadores velozes. tais como os conhec idos DSPs (Digital
Signa/l'rvcessing), os quais podem executar wrefas como aquisição e processamento (filtr.agern. FFT etc.) ern tempos curtos o
suficienteparaamediçãodegrandesfaixasdefrequênda
Quando a frequência do sinal mud:~ muito rapidamente em
um determinado periodo. os métodos em que se utilizam FI-I
para medir fase podem introduzir erros considernveis. Nesse
caso. um dispositi\"o indicado para estimar a fase do sinal é o
PL L (Piwse U~eked Loop). Com esses dispositivos. o sinal é
considerado juntamente com u ma frequência fixa c modulado
em fase (por um sinal de fase dependente do tempo). Os PLLs
são dispositivos eletrônicos, e podem ser analógicos ou digitais
Esses dispositivos são amplamente conhecidos e comercializadosnolnereado.
O PLL6basicamenteurn sisternadccontroledefrequência
de laço fechado. Seu funcionamento baseia-se na detecção scnsitivadadifcrcnçadcfaseemreaentradaeas.aldadeurnosd·
lador controlado por tensão. A Figura 5.95 mostra o diagrama
de blocos de um PLL.
O dete<:tor de fase é um dispositivo que compara dois sinais
deentrJda.gerandoumas.aídaquereprcsentaasuadiferençade
fase.Scafrequênciadeentradanãoéigualàfrequênciadooscilador.osinaldeerrodefasc.depoisdefiltradoearnplificado,
faz com que a frequência do oscilador controhrdo por tensão
(VCO) desvie em direção à frcquência de entrada. Se as condiçõcscstivcremcorretas.oVCO vaitentarmantersuafrequência
4 5.6.7
Medidores de energia elétrica .
A energia pode ser definida como a quantidade de trabalho que
um sistema~ capa7. de realizar. Em termos matem<'lticos, a energia pode ser definida como a integral defi nida em um intervalo
de tempo da potência.
Dessa forrna.arnedidadeenerg iaédinârnica. Emoutraspalavr.ts. a medida de energia \'aria com o tempo. A unidade de energia é o joulc. mas para medição de energia elétrica o Watt-hora
(Wh)éaunidadcmaisutilizada.
4 5.6.7.1
Medida de energia DC -
Ao longo do tempo. a medida de energia DC tem sido feita
de diversas maneiras. implementadas com instrumentos ele·
trodi n:lmicos. Esses instrumentos são construídos segundo o
princfpio de motores DC sem ferro. de modo que o campo
magnét icoégcradopclaprópriacorrentede linha que passa
por urna bobina fixa e bipartida. O rotor é conectado em série com um rcsistor à tensão da linha. A Figu ra 5.96 mostra
detalhes da construção de um medidor de energia eletrodi ·
nârnico.
Nessa configuração. o fluxo magnético no rotor é propon:ionalàcorrcme/.Acorrcntedorotoré:
1. --.V- E
em que E • k r!' ~. a força clctromotriz induzida pela velocidade
angular I". c H é a resistência total do circuito alimentado pela
tensão de linha V. Pode-se desprezar a força clctromotriz devido
ao fato de li velocidade angular ser muito baixa. a amplitude do
fluxo 4> ser limitada e o valor da resistência H ser significativo.
Sendo assim.
v
lv· R·
e o torque gerado no motor pode cnt~o ser descrito:
C., ""' k24>lv ....
k,;v "" k,P
fixacmrclaçãoao~inal deemrada.
Existem \'<'lrios modelos de PLLs. de diferentes fabricantes·
NE 560 a 567 (Signctics). MC4046 (Motorola). LM S65 (Nati()nal). NTE989 (NTE Electronics). entre outros.
Figura 5.95
D iagr;~ma
de blocO:S de um PLL.
Figura 5.96 Detalhi:s da construção de um medidor de energia ele·
rrodinilmico.
Medi~s
Esse torque é então proporcional à potência que está sendo consumida na li nha.
A fim de evita r que o Iorque ca11sc uma velocidade angular
r significativa.éacopladoaorotorumdiscoquegiraentreum
ímà pcrmaneme. de modo que correntes nele induzidas ge rem
um torque (proporcional a f ). O objetivo de.~se mecanismo é
introduziruntamortecimentoaosistema.demodoqueodisco
giresuuvementee. noeqltilíbrio.existaurnadepcndência!inear
de r com a potênc ia P.
E=!Pdt =k,!l'dt
Por fim. é acoplado um contador de voltas do disco que indica
a e ne rgia total consumida após um imervalo de tempo.
41 5.6.7.2 Medidores de energia AC por
Indução - - - - - - - - - - -
de Grnmkus El~tricas
273
de uts circuitos elétricos. açoplados magneticamente: dois fixos
e um discomó1'd que g ira em tomodoeixodo sistema. Os dois
circuitos fixos são compostos pela~ bobinas de corrente e tensão.
O terceirodrc~ti t o. 11m disco geralmente construído de al~tmínio.
é montado em 11m eixo rígido. Esse disco ainda 6 ligado a 11m
contador que tem a f~tnção de registrar o número de voltas para
cn tiiorclacionaresscnú meroàenergiaeonSll lllÍdaem um período de tempo. A Fig11ra 5.97(a) mostra um esquema simplificado de um medidor de energia por indução. a Figura 5.97(b) mostr.t um esquema mai s detalhado. e a Figura 5.97(c) mostm uma
fotogmfia de um medidor de energia AC eletrodinâmico.
Os circuitos fixos da Figura 5.97(a) (bobinas de tensão e corrente) mantêm o fluxo magnético intcragindo tom o disco móvel.
Outra estrutura similar que utiliza um fmii permanente é também colocada sobre o disco. O fluxo magnético gerado pela
torrei\! e e pela tettsão são sinm;oidais e têm a mesma frcq11ênc ia.
Eles induzem urna corrente no disco móvel. que. por sua vez.
produt-umtorque resultante:
Os medidores de energia AC por indução são os medidores de
ene rgia mai s conhecidos e tradicionai s. O siste ma é composto
C.,= KV/sen o,
(b)
Figura !5.97
(u) Diagrama sim-
plificm.Jodcutnmcdidordeenergia
porindw;Jo:(b)decalhamentode
ummedidordeenergiaAC:(c)focogmfiadcummedidorAC.
274
CapfwloCioco
Medidores de energia ar1alógicos com salda
digital
em que
C. é o torquc mecânico
K. a constante do sistema
V. o valor RMS da tensão da linha
I , o valor RMS da corrente da linha
a. o valor do ângulo de defasagem entre a
ten.~ào
e a corrente.
A rotação do disco alcança um equitrbrio di nâmico balanceando o Iorque originário dos nuxos çonsequentcs das bobinas de
tensão e corrente çom o torque originário do fmã permanente.
Considerando-se que a veloc idade angu lar do disco r é mui to menor que a frequênda w da tensão e da corrente e. ainda.
qucadifcrençadcfasccntreos nuxosdatcns3oedacorremeé
a = "" - lf'· sendo ipadiferençadc fascemreos sinais de tensão
e de corrente. a •·elocidade a ngular r é proporcional ao fluxo de
potência.
em que
r. é a l'clocidadeangularderotaçãododiscoem rao/s
K. a constante do instrumento e m rao/sw
P. a potência média no circuito em W
){.a constante em
1){
15 1
w. a frequênda da tensão e da corrente em rars
R3 e Z3• a resistência e a impedfmda equivalemc do disco. relativasàscorrcntcsinduzidasemO
Ml
V/ . os va lores RMS do nuxo çornum reh1cionados aos dr-
Esse tipo de instru mento faz o produto dos dois sinais de cmradaatravésdeum multiplicador analógiço.resuhandoem uma
grandeza proporcional à potênda dos si nai s. Pa m o processamemod:t e nergia. aindaénecessilriaainteg ração desscproduto
em um interva lo de tempo que pode ser implc me mado das seguintesmane1ras:
a. Utilb:undo um com·ersor tensiio-fre(tuêndu: nesse çaso. o
produtodos sinaisdcentrada.representadoemformadctensão. passa por um çon•·ersor tensão-freqoência (bloco eletrôni co que transfonna um va lor e m tensão dentro de urna faixa
conhecida de frequência- e~emplo de componente LM33 1
da National ). Esse sinal. em forma de frequência, pode então
ser ligado a um çontador conectado a um tlisp/ay ou a alguma
ou tm fomta de visu<tli zação. Também pode ser acoplado a um
motor de passo. de modo que a sua posição pode ser incremcmad~t . O ro to r do motor pode ser ligado a um contador de
maneim se melhante aos medidores por indução. Em geral,
essa maneira é m<tis utilizada. por prover uma medida permanente de energia e ai nda não ser influe nciada pela falta de
energia.
b. Utiliza ndo um com·ersor AO na saída do multiplicador
analógico: o cálculo. be.m como o controle da visuali1.ação
do valor de energia. é feito por meio de um processador dedicado (como. por exemp lo. um microcontrolador). O valor
de energia pode ser armazenado em memória. e a grJnde vantagemdeurnsistcmadcssanaturezaéqueaindacxisteapossibilidadedei mple mcntaralgumcontrole dcatu:tçãoq ucdcpcnd:ldovalordacncrgia mcdida.
/Z:
cuitosle3ernWb
M ,J. valores RMS do fluxo çomum relacionados aos circuitos 2
e3cmWb
Zz.aimpedânciadocircuitodetens5o
V. o valor RMS da tensão aplkada em V
I. o valor RMS da corrente aplicada em A
t/1. a diferença de faseentre ossinaisde tens5oedecorrente.
4 5.6.7.3 Medidores
esUitlcos
(eletrônicos,
_ _ _de
_energia
___
_ __
Aexemplodoquejádescrevemosnasseçõcsamerioressobrea
mediçãodepotência.osmedidoresdeencrgiatambc!msofreram
grandes modificações. A evol ução da eletrônica poss ibilitou que
fossem construídos medidores sem pa11cs móvei s. baseados em
multiplkadores de tensão e de corrente. Esses multiplicadores
(como ••i mos na seção sobre potência) podem ser analógicos ou
digitais. Os primeiros medidores eram implementados com mul tiplicadores analógicos; os mais modernos. porém. são implementados com sistemas digitais dedicados. tais como os DSPs.
aptosarealizarmedidas precisas.rilpidasccomumasériede
parâmetros relacionados àenergia.taiscomotens:io.corrcnte,
potência ativa. potência reativa, fator de potência. além de pcriféricoscmemóriasquepossibilitama flex ibili zação da leitura e
doprocessamentodos dadosçoletados.
Medidores de energia digitais
Esses medidores constituem a solução mais moderna at ualntcnte. Nes.'iC tipo de instrumento. os sinais de entrJda de tensão e
corrente s5o digi talizados e todo o processamento é feito por
meio de um processador dcdiçado.
O tipo de processador pode varia r de simples microcontroladores dedicados providos de pequenos recu rsos de hardware até
potentes DSPs. rápi dos o suficiente para prover processamento
em tempo real. bem como transmissão via rede ou algum outro
meio de com uni cação. Ne sses processadores. tambc!rn podem
scrirnplcmcntadosfiltroscoutrosblocosinteligcntcs.quefazem
comqueoinstrumentodcscnvolvidosetornerápido, fl e:dvcle
com dimensões reduzidas. Modernos medidores de energ ia também podem fazer o monitoramemo e a a nálise de harmônicas.
gerando informações importa ntes no que diz respeito à qua lidade de e nergia. Uma fotografia de um equi pantclliO que faz a
medição de vários parâmetros relacionados !I energia foi mostrJdanaFigorn5.90.
Exemp los de compo nentes dedicados para a medição de
energia silo o ADE7753 c o A DE7758. da An:tlog Dcvices. Esses compo ne nte s podem medir energia ativa. e ne rg ia reativa e
aparent e de sistc nw s monofásiws (A DE7753) e trifásiços
(A DE7758). A Figura 5.99 mostra uma aplicação típka desse
çomponcn te.
MedidoresdcGrandczasEiétricas
275
,,,
:---------------{ 3
Processador digital
~
b
- - - - - - - - - - - - - - .J
{b)
Figura 5.gs
Diagrama de bi<K'OS de (li) medidor de !X)têm:ia utilinmdo <'om-ersor ten>ào-frequência e (b) utilúando com-er:><>r AD
~
Et
'--' [~~ ]/ 1' El
ADE7758
M<rop•oc""""''
-[~-" ]
[ ~·=
Figura 5.99 Aplicação tfpica de um com!X)ncnte dedicado (ADE7758) em um sistema de medição e monitoramento de energia . (Cortesia da
AnalogDevices.)
276
Capi1uloCinco
ip,ais diferenças emre um inMromcmo fuOOamcnl eumins,romcntofuOOamcntaldcbobinaniÓ•·el
'tadonaFiguro5. 100.dcsenheafOITlladcoogah'õln6mc:troquandoocircuilotexciladocorn
220Viscn(2::fí0f).
•{I)
Figura S.102
Circuito rclati•'Q ao Exercício 5.
6. O queéun1voltímctrovctorial ?
7. O que é um milímetro trur
R ~I S '/
8. Qual o \'alor medido em um vollfmetro trut RM S de um sina l do
"""
a. senoida l dcamplitudcl.p.-rfodo27r'/
b. quadrndodea mplit udc J.p.-rfodo27r'/
c . triangu lardcamplitudc l .p.-rfodo27r'/
Figura S.100
Figura rc la,i va ao Exercido 2
3. Qual a resolllÇ!Io de um \'OIIImcu·o que apresenta as seguintes caracterfslicas?
a. 31ol dígicosnaescalade200mV.
b.4 \ol dígicosnacscalade2V.
c. J M dígicosnaescalade400mV.
d. 4~ dígicosnacscalade4V.
9. Se. na quc~t ão ant erior, o voltímetro
va lor lidoJXlmostrêscasos.
n~o
for trut RM S. cakule o
10. Uma tensão •·aria de - 30 a 130V. Projete um circuito para que o
sinal des.aídatenhauma•·ariaçllode0a5V.
11 . E!lpliqueasctapasedescnllcasformas deoodadocircuitodaFiguraS.20quandoéapl icadonacntradadocircuitoumsinalscnoi-
4.CalculeosresiSICftSrelati\U aosprojctosdus"ollín>e~rosanalógioos
das Figuras 5.101 (ti) e 5.101(b). sabendo que o gal,.anõmetro ICfl1 uma
conencedcfundodcescnladclmAen:sistênciaintt-madc iOíl.
"''
12. Ocoo•·erwr analógico de dupla rampa utilizado em muitos multímeiiO'l AD 7 107 ou ADC 7J06rom llri•·erde safda p:lr.l disp/a_1·
podetersuafai~adeentrnda•wiadadeacordocomaJgunsajustes.
Esludeessc:scomponentesacess.anck.ldocumcmaçok>atra•-6dain1emet (hup:/lwww.maxim-ic.rom/products.efm) e sugiro uma ligaçàop:lr.lqueororr:~umacootagcmmé 1999emescalasde:(a)
2.0Ve(b)200mV.Qualadifercnçaentrcoscoo.-ersoresAD7106
e7107?
I J. No esquema em que se utili:uo Microchip PIC ® da Figura 5.21.
façaumasugestãodehardwarcparnquescjacone<:\adoumllispltl)'
""·
deJ~dígitos
14. Noexcrcldoanterior.recscrevaosoftwarc(utilizeocompilador C
desuapr'<'fe rêr>eia).
I S. Ainda em relação à Figura 5.2 1. adicioriC mais um canal AD de
lc it uracrccscrcvaosof1warc.
16. Na Figuru5. 103.faça lígaçãodc trésvohfmctfQspammed ir a!ensão da fonte, a tens/lo sobre a lfunpada I e~ tcn~ão sobre a lâmpada2maisa lilmpada3.
(a)
(b)
Figura 5.101
cfcio-t
(a) e (b) Vollfmc'ros analógiros referentes ao E~er­
5. Considere dois \'QI\fmetros com sensibilidades e 1000 '}( e
10000
'}( . Cak:uleoerron:lati•'Qde medida no fundo de escala
p:lr.lOcircuitodaFigurn5. 102.
Figura 5.103
Circuitoref~rem~
ao E!lercício 16.
McdidorcsdcGrandczas Eiétricas
17. Façaocálculodosrcsistores noprojctodeampcrfmctroanalógico
daFigum5.104(a)e(b),sabendoqueofundodccscaladogalvanômetroéde l mAearesi.<tência intemaéde lO fi
277
25. Projete um ohmfmctro analógico apto a medir três escalas de resistências de 10fia30Mfi
26. DeM:reva uma apl icação prática para o mcgôhmctro
27. Por queéimponanteconhcceros limites derigidezdiclétricaea
resistênciacntrecabosisoladosdealtatensão?
28. Qualadiferenl;aemreométododequatmpontaseométodode
duaspontasparamediçãodercsistência?
29. Porqueoohmfmctroconvcncionalnâoéadcquadoparaamcdição
dcresi sténciasmuitobaixas?
30. Oqueéumarcsistêndatipo.<hum?
3 1. NapontcdeWhcatstoncmostradanaFigura5 .106.calculcatcnsãoV,..
(a)
"·r n·.
b
R,
Figura5.106
Figura 5.104
(b)
0,2 A
(a) e (b)Amperímetros analógicos referentes ao Exer-
18. Qualoprincfpiodefuncionamentodeamperímetrosdotipoalicatc?
19. f>rojete um nK'didor de corrente eletrônico para que . em uma faixa
decorrentedeentradadeOa lp.A.nasaida sejaproduzidoum
sinaldctcnsãodcOa200mV.
20. f>rojetcumdispositivoeletrônicoparaconvenera faixadc4a20
mAparaumasaídade0a5Y.
2 L Repila o ex<'rcício amerior utilizando o compon<'nte XTRII5
(http://www.ti .com)
22. Cite a principal vantagem de se transmitir um sinal em corren!ecm
vezdetensào.
23. No circuito da Figura 5.103. liguctrês amperímetrosde modo a
mcdi r acorrcntedalilmpadal,daliimpada4cacorrcntetotal.
24. Explique a diferença entre
5. 105.
o~ ohmímetro~
Figura 5.105
analógkos da Figura
Ohmime!ros
referente~
s
E
R,
PontedcWheat<tonereferenteaoExen:fcio31
32. Demonstre que a ponte de Whcatstooe não é linear. Faça um gráficodarcspostadcsafdaemtcnsâoemfunçãodavariaçâodeuma
das resistências.
33. Deduza a equação de saída para a ponte de Kelvin dupla mostrada
naFigura5.52
34. Faça o projeto de uma ponte par" medição de .-apocitâocia> de valores
l pFe l nE Utili7_eumafomede ten$i\ol'(t) = 2sen(21TI OOOt). Apli queparaas segumtes estruturas
a. Ponte RCsérie.
b. Ponte RCparalela
c. Pontcdc Wien.
35. Faça o projeto de uma ponte para mediçào de indutâocias de valores
lp. He l50flH. Utilire uma fon!ede tensão 1'(1) = 2 sen(21Tl 0001)
Apl iqueparaas scguintescstntturas
a. Pontc dcMa;o;..oocii -Wien.
b. Pontc dc Hay.
c. Porummétododcrcssonãncia
36. Considereateladooscii<N;ópionaFigura5.l07. l)esenhenessa
tela um sinal de 100kltze0.5 V,.,. deamplitudeeindiquequais
escalas de tempo em Tempo/Di v e amplitude em Tensão/Di v •·ocê
utilizoo. Justifíqucsuaescolhadecscala. Desenhcagoraum sinal
defreqoênciaeamplitudeiguais defa>adode45°.
ao Exercício 24
278
CapÍluloCinco
42. Considcrcdoisconsurnidorcsusuáriosdcumaredccorntcnsãodc
220 V,_. A resistência das linhas da rede é de R, ~ 0.2 n. Sabendo
queo~~msumidor I utiliz.aurnacargacom li kWcomfatordepotência leoconsumidor2utiliza llkWcom fatordcpotência0.5.
calculcasperdasnas linhasparaosdoiscasos.Calculeaindaopcrcentualdototaldcencrgiagcradoqocércccbidoporcsscsusuários
43. Sabcndoqueumacargaconsornepotênciaútilourealde IOOkW
capotênciarcativade IOkVAr.calculcofatordcpotênciadess.a
44.
Figura 5.107 Tela do osciloscópio referente ao Exercício 35
E~pliqucofoncionarnentodowattírnetroanalógico
45. Os wanímctros utilizam multiplicadores para efetuar o produto de
ten>àoecorreme. Expliqueofuncionamemodat~cnicademulti ­
plicaçãoTDM(rnultiplicadorespordivisãodctempo).Utilit_epara suae~planaçãoa Figura 5.82.
46. Explique o fuocionamento de wanímetros baseados no efeiw Hall
47. Frequentemente TCs e TPs são utilizados como dispositi,·os auxi liarcsnasmcdiçõcsdcpotência.Expliqucafunçãodessesdispo-
37. DesenhenatdadaFigum5.107um>inalde IOk Hze4 V,.,. deam plitude e indique quai~ C'lealas de tempo em Tempo/Div c ampli tude em Tensâo!Div •·ocê utilizou. Desenhe agora um sinal de 20
l:: Hzc l V.,. namesmatcla.
38.
i>orqucocontmlcdaba~edetempodooscilosd>pioéfcitocom
umaondadotipodentedeserra?
39. Emumosciloscópiodigital.expliqueadiferençaentrcfrequência
deamostmgcrn(.<am(>iing)efrcquêociadcrnedida
40. Qualafui}Çãodocontroledcsincronisrno(lrigger)noosciloscópio?
t
48. Épossí\'el medir potência de uma linhatrifásicacorndoiswanímetros?Casoarespostasejaalinnativa.cxpliquccdcduzaasrc!ações
49. Como funcionao métododcmediçâodcfasepor passagernpor
zero?
50. Qual a diferença entre medidores de energia estáticos e di nâmicos-:!
SI. Expliqueoprincípiodefuncionamentodemcdidorcsdeencrgia
eletrodinâmicos
possível medir tensões altas (entre 350e I()()() V) com um osciloscópio convencional?
52. Expliqucpormciodeblocosoprincípiodcfuncionarnentoderncdidorcsdecnergiaestáticosclctrônicos.
4 BIBLIOGRAFIA - - - - - - - -
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eratura
4 6.1
Introdução - - - - - - -
Desde o inicio do século XVI L quando Galilcu inventou o primeiro termômetro. vêm sendo desenvolvidos instrumentos pam aprimorar a medição de temperatura, sej~1 par.a aplicações
em laboratório, seja para aplicações industriais em linhas de
produção.
Os primeiros tennômetros for.un utilizados para Iins médicos c meteorológicos. Eram tubo!> de vidro. abcnos ern um dos
lados. parcialmente preenchidos com ar e completados com
ãgua. Somente cerca de 50 anos depoi s é que s urgiram os primeiros termômetros de vidro com lfquido fechados. desenvolvidos por Leopoldo. Cardinal dei Me(/id. Conhecidos como
termômetro.~ fiorcntinos. esses instrumentos eram graduados
cmrc 50. I00 e 300 graus c calibrados com o ca lor do sol c o
frio do gdo. Esses termômetros eram preenchidos com vinho
tinto dest ilado.
Tennômetros de mercúrio e água também foram expcrimentadospclosfiorentinos.massuaex~nsãoeramuitopcquena.
Esse problema foi resolvido mais tarde. com a construção de
temiÕmctros mais estreitos. o que aumentou a sensibilidade dos
Em meados do século XVIII. o termômetro de mercúrio já
era o mais popular. pela sua expansão unifonnc.
Atualmente o termômetro de vidro está disponível em uma
variedade de calibrações. estilos de imersão. versões, comprimentos. escalas. mercúrio ou líquidos rn:ti s seguros. Sem dúvida
o termômetro foi uma importante ferramenta nos processos de
evolução do couhedrncnto das dências.
O termômetro de Galileu é mostrado na Figura 6.1. Pode·
se observar um recipien te de vidro preenchido com água e
algumas bolhas que Outuam. Nas bolhas silo presos diferentes
pesos. que mudam a densidade do sistema bolha + peso. Quando a temperatura ambiente muda. muda tam!Xm a temperatura da água no interior do vidro. variando seu vol ume e. em
consequência. sua densidade. As bolhas que tiverem densida·
dernenorqueadaáguaflutuam.casquetivercmdensidade
maiorqueadaáguaafundam.Atempemturamedidascrárel:ttiv:t (calibrada) à bo lha que fica flutuando na parte central
do tubo de vidro. Na Figura 6.1 pode-se ver que as bolhas de
número 1 estão flutuando (80 °C e 75 °C, respectivamente).
enquanto as bolhas de número 2 estão afundando (60 °C c 65
°C). A bolha de mírnero 3. que represe nta 70 °C, es tá na posição centml c indica a temperatura. Pelo fato de uilo possuir
uma escala. esse termômetro rudimentar foi denominado termoscópio.
Arnediçàodetemperaturanãocstáprcsentcupenasnosmeios
industrial c cien tifico. mas também nas praças. em que se \"ê a
temperatura ambiente mostrada em painéis. Está também nos
fomos de cozinha. nos refrigeradores. e att mesmo o processador
do computador em que estas páginas foram primeiramente escritas tem um controle e. em CQnscquência. uma medida de ternpcr.nura.
Assim como na maioria dos sensorcs. os avmtços tecnológicos proJ)()rcionados pela sofistieaçàocletrônica dos dias de
hoje possibilitaram o surgimento de urna ampla gama de sensorcs. Neste cnpítu lo. vamos abordar alguns rn<'!todos aplicados
na medição da temperatura. sem. contudo. pretender esgotar o
assunto relati\"O à instrumentação. mas apresentar os princípios
básicos dos ins trumentos mais empregados no campo da engc·
nharia.
Figura 6.1
Tcnnos.,ópio (tcnnômctro de Galilcu): tubo de vidro
pre~nchidopor:lguaebolhasdevidrocomalgum~substllnciacolorida
ecOfltd<:nsidadesdiferentes
279
280
CapfwloScis
t 6.2 Efeitos Mecânicos - - - - • 6.2.1 Term6metros de expansão de
líquidos em bulbos de vidro - - - - •
Algun s ills1rumentosparamediçàode1empcra1Urapodernscr
elassi licadoscomoinslrumenlosdeefcilosmecânicos.Exernplos
muiloconht"Cidosdcterrnômctrodccfcito mecânico são o termômetro de mercúrio c o tcrmõmclro de .ilcool. Esse úhimo
leva vantagem sobre o primeiro por ter um coe fi cie nte de expansão maior que o mercúrio. ma.o; tem um limite de temperatura
mai s baixo (o ;ilcool ferve a ahas tcmpcroturas). l>or s ua vez. o
ec.
mercúrio solidifica abaixo de - 37.8
O meca ni s mo desse tipo de tcmlÕmctro baseia-se no coeficiente de dil atação ténn ica. Com o aumento da temperaturo. o
líquido que está dentro de um bulbo começa a se expandir e é
obrigado a passar por um capilar no interior de um tubo de vidro
gmdu:Ldo.ÉinteressanteobservarqueaeJtpanslioobservada na
cscnlaéadifcrcnçacntrcadilataçãodol(quidocadilataçàodo
bulbo de vidro. Esses termômetros geralmente silo construídos
de duas maneiras:
1. Tumômetms tfe imersào ptLrcial: sào ca librados para ler a
lcmperatura corretamcmc quando expostos a temperaturas
desconhecidas e ainda imersos até uma profundidade indi cada.
2. Tenmlmttros tft imerstio 10/lll: são calibrados para ler a tcmpcralurocorretamentequandoexpostosatempermurasdesconhecidascaindairnersostotalme nl e.licandovi sívc:lapenas
aporçãonccessáriaparasefazcralciluru
Adiferençafundamcntalcntrccsscs doi si nstrumcmoséquc
olcnnômetrodeimersãoparcialeslar:lsujeiloaerrosmaiores.
Figura 1!1.3
Detalhe do: termômetro de •·idmCOOL liquido.
devido à diferença de temperalura en1re urna pane do corpo do
instrumentoeopontodemedição.
A lendência é que cada vez mais esse lipo de 1ennômetro desapareça do mercado - principalmente os tcrmômc1ros de mercúrio. porqueslõcs de segurança. por ser o mercúrio um clernellto contaminan te e tóxico. Na verdade. o vapor de mercúrio é
tóxico a ponto de ser le tal; por isso. é allatrn!nte recomendável
que o monitor.ame nto da temperatur.1 de fomos e equipamentos
que apresentem risco de ruptura ao vidro não seja feito comesse tipo de instrumento. A Figura 6.2 mostra o esquema de um
tcnnômctro de imersão parcial. e a Figu ra 6.3 troz a foto de um
tennômctro de uso geral de baixo custo.
Apesar de esses termôme!ros aparent eme nte sere m de fáci l
utilízaçào.a si mpli cidadedesaparece quando s!lonecess.árias preciMics da ordem de l °C ou mais. Nesses casos. dc\'cm-se aplicar
procedimentos cuidadosos, bem como correções. que estão fora
do escopo desle livro. Segundo referências do NBS ( National
BurcauofStandards) dosEUA.autilização:Ldcquadadesse tipo
de temlÕme tro pode alcançar medidas de até ~ 0.05 °C .
t 6.2.2
Term6metros bimetálicos -
Esses scnsores const ituem-se de duas tiras de meta l com cocfi·
}-- escalaprinc~pal
Colunac:t.llquido
Figura 6.2
Termômetro do:
in~ers!lo
parcial.
cientes de dil ataç11o ténnica diferenles. fonemcntc lindas. Quando uma temperatura f aplicada. as duas lims de metal começam
asecltpa ndir.Entretanlo,umadclasvai secJt pandirmais quea
oulra. o qu e resulta na dcfonnaçào do conjunto, com a cons.equente fom1aç1\o de um raio que geralmente é utilizado para
"chavcarumcircuito'" (abriroufechardctcrminadachaveligada
a um circuito). mas que também pode ser utili zado para indicar
uma tcmpemtum sobre uma dctcm1inada escala ca libr.1da. Nesse último caso ex istem \'ârias gwmetrias que já foram implementadas p;tra fa7.er com que o movime nto de um ponteiro ou
indicador seja repetitivo e se ns ível. A Fi guro 6 .4 traz a foto de
um medidor de temperatura baseado em um bimetal. e a Figura
6.5 mostr.l o princípio de funcionamento e as barras com dimen sões alteradas depois que a temperatura varia.
Alg umas gwmetrias podem ser variadas tal como mostra a
Fi gum6.6.
Esse tipo de sensor gera lmente é utilizado em s istemas de
controle ON/OFF. mais conhecidos corno liga -desli ga. Uma aplicação bastmue co nhecidadesselipodesensorpodese rencontradacmtcrmostatos. que sãobastantcaplicadosemsistcmasde
MediçllodcTemper.uufll
Fotografia de um medidor de
utilium bimctálicos. Conesia Rueger S.A.
Figura 6.4
tcmper~mr~
em que >e
Figura 6.7
Figura 6.5
28 1
Disjumor elétrico e seu bimctálioo.
Principio de funcionamcmo de um bimctal.
tttltlttl
Figura 6.8 Tcnnoslatu implementado com um bimet:llko
Figura 6.6
Birnetal com geometria espiral c helicoidal.
segurança. A grande vantagem desse tipo de se nsor é o baixo
Aaplicaçãopráti cadcsscsscnsorcscornodctcctorcsdctcrnpcratur;ts cspccílic~ts é nomlalmenTe encontrada embutida em
equ ipwnenTosoudispositivos.Porexemplo.urndisjuntoréuma
chave elétrica que possui um sistcmadcprotcçilodccorrcnte.
Em alguns disjuntores. o sistema de proteção é implementado
utili:wtldo-se um bimetálico. Quando uma corrente máxima flui
por esse bimctálico. de aumenta sua temperatura e deforma-se
a ponto de ntOvimcntar uma chave mecJinica quedesanna acha\"C elétrica. interrompendo o caminho da C{)fl"Cnte. A Figur.t 6.7
mostra um disjuntor e seu bimctálico. c a Figuro 6.8 mostra um
temtOstato implementado com um bimetálico.
t 6.2.3
Termômetros manométrlcos -
Silotcrrnômetrusqucutilizamavariaçãodeprcssãoubtidapcla
expansão de algum gás ou vapor corno meio físico para relacionar com tempcralura. No caso. mede-se a variação de pressão.
Figura8.tl Scnsordetemperaturaqueutili7.aoprinclpiode
expans!iodosgascs.
Figura 6.10 Fowgmfia de
umtmnl'imctrom:mométricoindusuiaLConesiaRuegerS.A.
A Figura 6.9 mostrJ u esquema de um sensor de temperatura
utili1.ando esse método. e a Figura 6. lO mostrJ um tcnnômctro
manométricoindustrial.
Ostermômctros manométricusdemcrctJriocobrcmumafaixa que vai de - 38 3 590 •c, enquanto os tcmlôtnctros manométricos preenc hidos com gás cobrem a f3ixa de - 240 a 645 •c
Muitos termostatos são implementados com o princfpio da ex-
282
CapítuloScis
pansão de um gás em uma câmam que fa7. movimentar um disposili\'0 nJCÇâniço parJ fechar ou abrir uma chave.
t 6.3 Termômetros de Resistência
Elétrica - - - - - - - - - - • 6.3.1
Term6metros metálicos -
RTDs•----------------------
Um tipo de medidor de temperatum bas1ame conheddo e predso são os lermômetros baseados na variação de resistênda
elétrica. Esses sensores geralmenle são denominados RTDs
(ResistaiKf! Temru•ralurr /)e/l'c/Qrs). Os lerrnômelros de resistênda fundonam com base no fato de que. de modo geral.
a resistência dos n1e1ais aumenta com a temperatura. B o:~s
predsões podem ser alcançltdas com esse tipo de se nsores:
RT Ds çomuns podem fa1.er medidas com erros da ordem de
::!:0. 1 °C, enqu:mto os termômetros de resistência de platina
podem chegar a erros da ordem de 0,000 1 °C.' A Figura 6. 1 1
traz :1 fotografia de urn RTD com bainha de proteção e c:~be­
çote
O mctalmaiscom u mparacssaaplicaçãofapl:~tina.eàsve­
zes é denominado l' RT (f'lmilwm Resiswnce Thtmwmell'r). cujo
símbolo está aprcsem:1do nlt Figura 6.1 2.
As pri nci pais carncterfsticas dos RTDs são:
4 Condutor metá lico (a platina é o metal mais utili1.ado)
4 Sãodispositi\·osprnticarnente lineares
4 Dependendo do metal são ntui to es1ávcis
4 Apresentam baixfssima tolcriiiiCia de fabricação (0.06% a
0.15%).
Os termômetros de resistênc ia são. port:~nto. considerados
sensoresdealtaprecis.'íoeótimarepetilividadcdeleitura.Em
geral. esses scnsorcs são confeccionados com um fio (ou um
enrolamento) de metal de alto grau de pureza. usualmente cobre.platinaounfquei.Essessensorestambérnsãoconstruídos
depositando-se um filme metálico em um substrato cerâmico.
Geralmente a platina é a melhor escolha. por ser um metal qui micamenteinertee.assim.consen·arsuasçaroclerístiçasaaltas temperaturas (não se deiu contaminar com facilidade). além
de poder trabalhar a alias temperaturas devido ao seu ele,•ado
ponto de fusão. A pl:ttina tem uma relação resistêncialiemperatura es1ável sobre a maior faixa de temperatura (- I 84.44 a
648.88 °C). Elementos de níquel têm uma faix.a limitada. tornando-se bastante não lineares acima de 300 °C. O çobre tem
uma re13ção resistência/temperatura bastante linear. porém O)[ida a temperaturas muito bai"as e não pode ser uti lizado ac ima
de 150 °C.
A plati na é o melhor mellll para const rução de RTD. basic:~mente por três motivos: dentro de urna fai"a. a relação
rcsistênda/temperaturaébastantelinear;essafai"aému ito
repctitiva;suafai)[ade linearidadeéamaiordentreosmetais. A precisão de um RTD é significativamente maior que
um termoparquando utilizado dentro da fai)[a de -184.4 a
648,88 °C.
O padrão DIN- IEC-751 define as classes de tolerfmciasA e
B para a platina. cujas respectivas toler-.incias a O0 ( introduzem
uma incerteza de ::!:0.15 °( e ::!:0.30 °(.
Atualmente. as tcnnorresistências de platina mais us uais são:
PT-25.5 !l. PT- 1000. PT-1200. PT- 130 0, PT-500 0. e o mais
conhecido e mais utilizado industrialmente é o l>f-100 O. Essas
siglas significam o metal (PT. platina) c a resislêiiCia à temperatura de O oc_ A nomenclacura de outros RTDs segue esse padrâo. Por e)[emplo: Nl-50 n é um RTD construído com niquel
que apresenta 50 na o 0 ( ,
A faixa de atuação de RTDs pode variar de acordo com a especificação do fabricante. Um sensor de filme de platina para
aplicação industrial pode atuar na fai)[a de - 50 a 260 oc_ enquanto os sensores de enrolarnelltos de fio de platina atuam entre - 200e648 °C.A faixa de temperatura maiscomumdesensores industriais vai de - 200 a 500 °( . Entretanto. um resistor
de platina padrlo (Sl'RT) pode ser utili7.ado de - 200 a I000 °C
(osensorpadr-loébastantefr.igilecaro,scndoutili7.adoapenas
para:~fcrirpadrõcsse<:undários).Osscnsoresdc platinatambém
sào bas tante çonhecidos por serem es táveis e manterem suas
por longo período. Apesar de não ser o scnsor
maissensive l. csseéomotivopeloqual aplmi naémaisutili7.adaqucon íquci.A Figura6.13mostraavariaçãodealgunsmetaiscomatemperatum.
Além da temperatura. impurezas e ainda tensões mecânicas
intcrnas in fluemnascaracterfsticasrcsistência-tcmperatura
dos elementos. De certo modo. Mio fatores çomo contaminações quím icas e ainda tensão mecânica que reduzem a vida
Util dos RT Ds. Como se pode observar na Figura 6.13. çada
metal apresema uma sensibilidade di ferente. O \'alor dessa
sensibilidade está relacionado COill o cocficienle de 1ernperaturadaresistência.
Definindo a variação de resistêiiCia do metal em função da
variaçãodctcmperatura tcmos :
c:~rac t erísticas
Figura 6.11
Fotografia de um RTD do tipo PTIOO. Cortesia Rue -
gerS.A
Figura 6.12 Sfmbolo padrOO para um resiSior que apresenta uma
dependência lincaroom a tcmptratura; K"nsor resistivocom três c oom
qoatrotcrminais.
'John G. W~~~r. Al<"<lll<rrntn~l, /IU/TIIIfWif/Oiioft. onJ MJUO r2 l/l11Nlboot. CRC
~LLC.I999 .
R • RJ.. I + a(T - T0))
MediçâodeTemperatura
Tabela 6.1
283
Especificações para diferentes ATOs
Níquel
Span •c
- 80a +320
0,()()385
0.00427
0Jl0672
Ra0°C. [!l ]
25.50.100.200.500,1000.2000
10(20 "C)
50,100,120
100,200,500,1000.2000
Resistividadea20 °C [j.<Hm]
10.6
1,673
6,844
5.7
"'coeficieme de 1empcrmura depende da purcla Jo me1al.
'
I
'
r
/,
2
'
!'ara a pla1ina a 99,999% - <> - 0,00395/"C
N>Quet
Cobre
}-
%oc
%oc (O IN 47760)
- 0.00392 %o
c (M IL T 24388)
- 0.00385 %o
c (IEC75l)(PRT)
- 0.0046 %o
c
- 0.0043
Níque l
- 0.00681
Platina
v
0J)()3786
Liga de níquel
Tungstênio
a é. ponanto. o coeficie nte ténnico do rcsistor calculado pela
resistência medida a duas temperaturas de referência (por exemplo. O °C e 100 °C).
Pode-scisolarococficicntcdctcmperaturaa·
li
VI
I
ou,dcmancirncspecífica.cntreOoCe lOO"C:
o
Temperatura •C
Figura 6.13
Variação da resistência de metais com a temperatura
sendo
Raresistênciaàtemperatura T
Essa eq uação é utilizada em faixas de temper.tlurds pequenas.
nas quais se pode considerar a variação da resistência em função
datemperaturaumacurvalinear.
Ascnsibilidadcduscnsurdctcmperaturaé.pordcfiniçãu. a
razãodavariávcldcsaídapelavariávcldcentrada. Nesse caso,
Suo
R0 aresistênciadcrcfcrênciaàtcmpcraturadcrcfcrência T0
aocoeficientedetemperaturadomatetial
=
ih·
Sendo assim. é necessário derivar a equação de mo-
doacalcularS:
Podem-se citar alguns a (O a 100 "C) de nwtcriais comumente
utilizaduscm RTDs:
e
Exemplo -------------------------
Um dado RTD apresenta uma resistência de 100 (I
e a•
O.CQ389(!1
n.À( a O oc. Calcu~ a sensibil idade e o coeficiente de tem -
peratura do RTD a 70 "C
Solução:
A sensibilidade !XJC1e ser dada~: S • a, · R0
•
a 70 • R70 e, para esse soosor.
S = 0,0Cl389 X 100 =
0,389~
284
CapítuloScis
A 70 "C:
a
>O
-~'
- ~ - ~-000350°!){
R>O
flo ·[t +ao · (700C-0"C)] 1+ ao X 70
1+ 0,0Cl389X70
'
Fazendo lWl'\a anâlise mais prohnda neste e xemplo. podemos mostrar anda q ue o coeficiente de temperatua dirTwJtj com o aumen-
todaterJl)erattrn
Existe mdiferentes cspecificaçõesparnococficicmcdctcmpernturnparnRTDsdepl:llina:
t A ITS90 (lntemati o nal Temperaturc Scale) especifica um
mí11imo de eoefieiemc de temperatura de 0.003925 para RTDs
padrões de platina. As nonnas IEC75 I c ASTM 1137 padroni:wrnrn o coeficiente de 0.0038500 JXlfa platilla
t É imponante salientar que. quando o elemento é comercializado,oseucocficientcéirnprcssonacrnbalagern
t Existcrndifcrcmcsco nstruçõcs deRTDsdeplatinaparauso
industrial. Em uma das configura~ões. o fio de platina é enroladoem sc nti doradi:tl(afimdcmlocausarindutâncias).
Em outro~ configuração. o fio é enro lado e suspe nso. de modo
quescencaixcernpequcnosfurosimcrioresaocorpo dosensor ( Fig uro~6. 14) . Existem também os filmes depositados sobre urn s ubstrat o ccrdmieo (Figurns 6.15 e 6.16). Em gemi. o
bulbo de resistência é montado em uma bainha de aço inox idável. tota lme nte preenchida com óx ido de magnésio. de tal
maneira que existam uma ó tima condução ténnica e proteção
do bulbo com re laçilo a choq ues mecânicos (pode-se ve r uma
fotografia 11:1 Figuro 6. 11 ). A Figura 6.17 mostra os detalhes
de uma construção desse tipo de sensor. O isolamemo elétrico cmre o bulbo e a bainha obeOcce 11 mesma nonna.
t A construção dos sensores é de extrema imponâ ncia e va i
determinar a vi da útil do eleme nto c a sua consequente precisilodcmcdidll.
t A faixa de temperatura de ele men tos de filme de platina vai
de - 50a400 °C,com umaprcc isão dcO.S a 2,0 °C.Ossensores de filme de platina ma is com un s possuem 100 !1 a0 °C
(PTI OO) c um coeficiente de tcmpermum de 0.00385
(Figura6.16)
%•c
Para se utiliwr um sc nsor do tipo RTD é necessário fazer uma
corrente elétrica passar por ele. Essa corrente scr::i responsá\'el
pela dissipa~ão de potência porcfcitojoule. Isso faz com que o
sensorindiqueumatcmpcntturamais altaqucovalorrealdessa
tempemtura. A isso se chama erro de a utoaqul-cime nto.
~
Flgura6.14
""'"""
Bobinabitilarn~t:llicacnroladasobrcumsubstratodc
ccrârnicaccncapsuladncrnccrilmica
Película de
platina
Figura 8.16 Fomgr~ ti n <la pune exte rna de um sc nsorde temperaturadeplatin a <lcpo>i ta<la sobrc substrmoccr.lm ico. Cones iaHayashi
Dcnko
~"
~
,_
Figura 8.15 Detalhe de um sc:nsordc temperatura de platina dep<:>sitada!iobres.ubstrntoct'fimioo.
Figura 8.17
Dctalhcsdaoonstruçilo deurn Rm deplatinaemuma
bainiLade~>ÇQino~~'"d -
MediçllodcTempcr.rtufll
Afimdereduzi r ess.eserros.dc\·e-scrcduzirapotênciadissipada peloscnsor(geralmente se ut iliza uma corrente de I
mA). Pode-se também utilizar um se nsor com lmi:c.a res is tência
térmica. o que favorece a dissipação do calor. Uma resistência
térmica bailm está geralmente ligada ao tamanho desse sensor.
Deve-se ainda aumentar ao máx imo a áre:t de contato do sensor.
A eswbilidade de um sensor do tipo RTD depende do seu
ambiente de trJba lho. Quanto mais altas as tempcrdturas. maior
a rapidez com que ocorrem desvios indesejáveis e contaminações. Abaixo de 400 °C. os desvios impressos slio insignificantes.
portm entre 500 "C e 600 "C c:Jcs tomam-se um problema. causando erros de até alguns graus por ano. Além disso. choques
mecânicos. vibrações e a utilização inadequada do sensor tam bém mudam as características do sensor, e podem ser introduzidos erros instantâneos. Também a umidade pode introduzir erros.
uma vez que a água é condutora. podendo mudar :t resistividade
do RTD. de modo que é imponame que o senso r esteja isolado
clétricacmccanicamemedoatnbientecrnquccstáinscridoparamcdirt cmpcratura.
Em condições de uso extremo, é recomendável que o scnsor
seja calibrndo mensalmente. Sob uso moderado. recomenda-se
que a calibraçllo seja executada ao menos uma \'C:Z por ano.
t 6.3.1.1 Calibraçio de tenn6metros de
resistências metálicas - - - - - - Existem dois métodos comumente utili7.ados para a calibrnção
dos RTDs: método do pomo fixo e método de com paração.
O método de ponto lixo é utilizado para calibrações de alta
pri..-ç isão (0,000 I "C) e consiste na utilizução de tcmpcmturas de
fusão ou solidificaçãodesubstãncia~comoágua. zincueargônio
pam gerJr os pontos fixos c repetitivos de tempcrJtura. De maneira gemi. esse processo costuma ser lento e caro. Um método
de calibraçilo por ponto fixo comumente utili 7.adocm ambiente
indusui al é o banho de gelo. uma vez que o equipamento necessário pode acomodar vários senson.:s de uma só \"ez. além 00
fato de ser possh·d obter precisões de até 0,005 °C.
O método de comparação utili7.a um banho isotérmico estabililadoeaquccidocletricameme.noqual sãocolocadososscnsoresacalibrarcurnsensorpadrloqueservir.ldereferê ncia
É importante sa lient~rque. quaisquer que sej:tm, os métodos
de calibraçflo devem segu ir os rigores das normas (n~o descritas
ncstctmbalho).
A utilização do RTD em faixas de temperaturas estendidas
através de pontos de calibração pode ser feita utilizando-se
processos de ajuste de pontos definidos pe la ITS90 (lntemational Temperature Scale. de 1990). Entretanto, devido aos
!mixos )Xldrões de erros exigidos. são necess:lrios laboratórios
especializados. bem como equipamentos sob extrema condição
dc controlcesoftwaresqueresol vamcquaçõesderelativacomplexidadc.
Para execu tar uma calibraçllo em condições em que erros
muito pequenos silo exigidos. justifica-se a escolha de métodos
complexos c de equipame ntos caro~ como os descritos anteriormcntc;entrctanto.parJsituaçõesemquc ésuficic nteumaincerteza maior ou igual aO. I °C. é possfvel utilizar técnicas mais
simplesdei merpolação.Trata-se deequaçõesdesegundaede
285
quana ordens. facilmente implementadas por controladores prograrrtá\·eis.
Parn um tennômetro de resistência de platina:
De0 °Ca850 °C:
R(/) = Ro( l +AI + f'lll)
De -200 °C a O°C:
R(t) • R,( I
+AI +
Bt"
+ C(t - 100)tl).
sendo
R(t) a resistência do termômetro de platina à temperatura 1
latemperaturaem "C
R0 aresistênciadoscnSOfa0 "C
A.B.Ccoeficientcsdecalibraçiío
Essas equações devem ser iteradas no mínimo cinco vezes.
Como altemativa. para aplicações industriais podcm-:o;c utili zartécnicasderegressãoeajustedecurvascomo.por exemp lo.
mínimos quadrados. podendo-se alcançar incertezas <.lc 0.05
•c.
Pela sua preci siíocfacilidade de utilizaçllo.ossensoresdo
tipo RTD S-ilo amplamente utilizados. e ainda se busca ~pcrfei­
çoaralgumasdesuas li mitações.taiscorno:
Utili:.tt{'(io aci11w 1/e 6()() "C: para que isso seja possível. é
llt:Ctss.ário que os invólucros protetores consigam de fato s uportar tais temperoturas se m iniciar um processo de contaminação
oo próprio elemento sensor paro evitar desvios e não repetitivi -
d<><k
Simpliftcaçtio em prrxessos de Clliibraçlio: a utili zação desses
sensoresemambientesindustri aisrequer.antesdcmaisnada.
pratiddade. Novas técnicas de calibração :tliadas no poder das
rnáquinas di gi tai s têm facilitado esse processo.
Um dos problemas relacionados a RTDs di z respeito às resistências dos cabos c contatos. Elas podem ser irnpor1nntcs fomes
deerro.scsornadasà resistênciadoscnsor.
t 6.3.1.2
Montagens com RTDs-- - -
Uma das maneiras mais populares de utilização de RTDs é por
meio de urna fonte de corrente para excitar o sensor e medir a
tensão sobre ele. A Figura 6.18 mostra o esquema de uma fome
de corrente exci t:tndo um sensor do tipo RTD.
Outra maneira de implementar um termômetro com RTDs é
utilizar urn circ uito em ponte de Wheatstonc. A Figura 6.19 mostra uma montagem denomin~da ligaç~o a dois fios. Nesse caso
tem-se uma lig:1çào para cada term inal do bulbo. Nom1almente.
essa montagem é satisfatória em locais em que o comprimento
do cabo do sensor ao instrumento não ul trapassa 3 m para bitoladc20AWG.
A Figura 6.20 mostro a nlOntagem de trés fios; nesse tipo de
montagem. ha\"erá urna compensação da resistência elétrica pelo terceiro fio. Na montagem a q uatro fios (Figura 6.21) existem
duas ligações para cada lado da ponte também. anu lando os efeitosdasresistênciasdoscabos.
A difcren~·aen treessas montagens é que, na ligação a dois
fios. haveráinnuênciadoscabosdeligaçãonatcnsãodc safda
Considerando-se a situaçào de equilíbrio. quando a resistência
do RTD for R. 3 tenslio na ponte será
286
CapÍluloSeis
Figura 6.18
Fonte de corrente excitando um RTD
ATO
Figura 6.19
Flgura6.20
Montagem a doi s fios
Figura 6.21
Montagem a quatro fios
crnqucRcrcprcscntaarcsistênciadoscabos
Ou seja, se os valores das resistências dos cabos (cabos longos) forem significativos. será introduzido um erro devido a eles.
No caso da montagem a três fios, pode-se observar a Figura 6.20.
emquescvêascguimesituaçào·
VA 8
Montagcmatrês fios
\ssoaconteceJX>rquealigaçãodoterceirofiocompensouaquedadetensãodevidoà resistência dos cabos
Na ligação a quatro fios (Figura 6.21), o raciocínio pode ser
omesrnoparasechegara
VAR =
(R + 2Rc)i, - (Rm>
+
2Rc)il-.
c. novamente nu equilíbrio. ou. quando a resistência do RTD for
igualaR. tem-se·
=(R + Rc)i , - (RRTo + Rc)i 2
No equilíbrio ou quando a res istência do RTD for igual a R.
VA~
=o
4 6.3.2 Termistores- - - - - - Os termistores são semi.,undutores cer;1mkos que também têm
suarcsistênciaaltcradacomncfcitodirctodatcmperatura.mas
Mediç:lodcTcmperotura
,.,
287
,.,
Figura 8.22 Símbolos padrões dos temti stores que apresentam uma
dt-pendê""ian;lolincarromtemperJturJ(a)positi•1le(b)rK>g:ui•-:a.
Figura 6.24
Curva
típicu R x Tdc um tcrmistor do tipo dave
(.<witchit~gi)J>t>lhumiMor).
Figura 6.23
Exemplos de tcrmistores co merciais. Cortesia
Vishay. lnc
secaso.adcpcndênciadarcsistênciacrnrclaçãoà tcmpcratura
quegeralrnentepossucmurncoeficicntedevariaçâomaiorque
os RTDs. Esses dispositivos sào fomtados pela mistura de óxidos
met.ilicos prensados c sintcti1.lldos em diversas fonnas ou crn til~
mes finos. podendo ser encapsulados em vidro (hemléticos para
maior estabilidade) ou em cpóxi. A palavra tennistor vem de lh<'rmal/y snrsitiw! rtsistor. Sikldesignados oomo NTC (l!tgatirt tcm JH'mWrr ctH'jiciem) quando apresentam um coeficiente de temperatura negativo e como PTC (pruiriiY! II'IIIJH'mlllrr ctH'fficiem)
quando apresentam um cocficieme de temperatura positi•·o. A
Figurn 6.22 apresenta os símbolos dos tennistores (a linha hori7.ontal no final da linha diagonal illdica que a •·ariação da resistência nãoélincar.segundo as publkaçõesda lEC-117-6).
Essesdispositivosnilosào lincarescapresentamumasensibilidadc elevada (em geral. 3% a5% por 0 C) çom faixa de operação típica de - 100 °C a + 300 °C.
Os termistore~ são disponibili7. ados em tamanhos e formas
variados. A Figura6.23trazalgunsexcrnplosdetermistorescomerciais. A sua faixa de tolen1nda de fabricação também varia
(gcralmcmede5:t20%).
Michacl Faraday foi. em 1833. o primeiro u descrever um
tcrmistor. Os tcrmistores silo dispositivos baseados na dcpcndência datempcntturadeumarcsistênciasemicondutora.quevaria
o número de cargas por1adoras disponíveis c sua mobilidade.
Quando a temperatura aumenta, o número de cargas por1adoras
também aumenta c a resistência diminui. Para o coefi ciente de
tcmpcraturancgativa. cssadependêndavariacomasimpurczas:
e. quando a dopagem é considcr:h•ct. o semicondutor apresenta
propricdadesmetálicaseumcocficicntedctempcraturapositiva
em uma detem1inada faixa de temperatura.
e 6.3.2. 1 Coeficiente de temperatura
positivo-
PTc---------
Os PTCs aumentam a sua resistência com o aumento da tempe-
ratura. Podem ser construidos de silfcio. c. em consequência.
suas característicru; dependem desse semicondutordopado. Nes-
é quase linear. Uma ap licação comum desse tipo de componen-
te é a compensação de semicondutores c circuitos.
Outros tcnnistores oom coeficiente positivo são construídos
com ti tanatos de b:irio. chumbo e estrôncio. A temperaturas muito baixas (abaixo de O °C), o valor de res istência é baixo e a
curva de resistência X tcmpernturacxibeumapcqucnafaixade
coeficiente negativo de temperatura. Com o aumento da temperatura. esse: coeficiente torna·se positivo e a resistência começa
a aumentar. c só para de aumentar quando chega a seu limite. no
qual novamente ocorre urna inversão do coeficiente de temperatura. tomando-se negath·o. Devido a essas convcr:Wc:s do coeficiente. esse PTC é denominado IYfC de chavca mcnto (.Jwitchir~g
thermi.Jtor rype). Pode-se variar a temperatura na qua l ocorre a
çom·ersão do coeficiente (e depende da composição do tcrmis10r.
mas valores tfpicos estilo entre 80 c 240 °C).
Os tcmJistorc.s apresentam caraçtcrísticas especificas. Consideremos. por exemplo. tcrmistorcs do tipo PTC. Dependendo da
sua composição e do seu nfvel de dopagcm. alguns tcnnistores
PTC baseados na dopagem por silício mostr.trn um declive baixo com a temperatura. c são chmnados de tcmpsistorcs ou si listores. e. n~ faixa de tcmperntura de - 60 °C a+ 150 °C, podem
serdeS<:ritos por
R = R · ( 273, 15K + T )'"'
13
'
298.15K
em que Testá em kc lvin. Apesar de existirem muitas aplicaçôes
com PTCs. os tcnnistores com coeficiente negativo de tcrnper.ttura (NTCs) silo mais populares.
t 6.3.2 . 2 Coeficiente de temperatura
negativo-
NTc---------
Os termistores do tipo NTC consistem em óxidos metálicos tais
como cromo. níquel. cobre. ferro. manganês c titânio. Esses com·
ponentes diminuem a sua resistência elétrica com o aumento da
temperatura. A dependência da resistência em re lação à tcmpc-
288
CapÍluloSeis
ratura do tcrmistor do tipo NTC é aproximadamente igual à
característica apresentada por semicondu10re s intrínsecos.
paraosquaisavaria'fãonaresistênciaelétricaédevidaàexdtaçàodcportadorcsnogapdccncrgia.Ncsscscomponentcs.
o logaritmo da resistência tem uma variação aproximadamente linear com o inverso da temperatura absoluta. Para pequenasfaixasdctcmpcratura.caindadcscollsidcrando-sccfcitos
como o au10aquecimento. pode-se escrever a seguinte rei a'fã O
sendo
(3aconstantcdotcnuistordependcmcdomatcrial
TatemperaturaabsolutaemK
dR,
a =
d[ = -~.
Essa equação mostra uma dependência não linear de T. Por exemplo. a 25 °C e com (3 = 4 000 K. a= - 4.5%/ K. que é mais do
que lO vezes o coeficiente do transdutor PTIOO. Em ger.1l. altas
resistêndasaprcsentamaltosTCRs.
Cabe observar que adepeudênciada temperatura de a no
PTIOO (ou. de mancir.1 geral. nos RTDs) é linear e muito menor
qucococficientedotermistor.
A constante (3 pode ser calculada pela resistência do termistor
NTC a duas temperaturas de referência T1 e T2• Se as resistências
medidas são. respectivamente, R, c R,. sucessivame nte recolocando esses valores em R, = R;,·
(3.temos
A uma constante
e 1 (~-cf,-] c resolvendo para
Considerando-se que a uma temperatura T0 de referê11cia (em K)
tem -se uma resistência conhecida R,. pode-se fazer:
Rr :=. R0 ·e*-t)
e. finalmente.
{~~l
ParaR0 = 25°C. T0 = 273.15 K + 25 K = 298 K
(3 é chamado de coeficiente de temperatur.1 do termistor. c seu
valor varia de acordo com o tipo de NTC.
De R, = R;,·
/(Y-f.-J. a sensibilidade relativa ou TCR pode
ser calculada por
e
p ~ -1-1
(3écmãocspecificadocomo/3r,IT,•como.porcxcmplo.(3lM().
Exemplo -------------------------
Calcule
/3 para um termistor NTC que tem 10 OCX> fi a 25 •c e 3 800 fi a 50 oc
/3=
~(~) =
1
1
r,+r,
In(~)
1
1
(273.15 + 25" - (273. 15 +50"
3 729
Observequeoresultadonãodcpcndedatcmperaturadc referência. Para um tcrmistor típico. o modelo de dois parâmetros
fornece uma precisão de ::'::0.3 °C para uma faixa de 50 °C. Um
modelo de três parâmetros reduz esse erro para ::'::0.0 I oc em
uma faixa de 100 °C. O modelo é então descrito pela equação
empfrieadeSteinharte Hart:
• 6.3.2.3 Limitações dos termistores Ou. alternativamente.
Medindo Rra trê s temperaturasconhecidaseresol\'endoaequa'fãO resultante do sistema. o valor de Rr para uma temperatura T
édadOfXlr"
Aslimitações dostennistoresparaamediçãodctemperaturae
de outras quantidades física.-; são similares às dos RTDs. mas os
tcm1istores são menos estáveis que os RTDs. Os tcmlistores são
arnplamentcutilizados.caprescntarnaltasensibilidadcealta
resolução para medição de tempcratum. Sua alta resistividade
pcm1ite massa pequena com rápida resposta c cabos de conexão
longos.
MediçâodeTemperatura
Tabela 6.2
289
Características gerais dos termistores NTC de uso mais frequente
Faixa de temperatura
-JOO "Ca450 "C
Rcsistênciaa25 °C
0,5 0a IOOMO(I
~na
IOMfiécomum)
2000Ka5500K
Temper..ttur..tmáxima
> 125 "C (300"C cm rcpouso:(i(X) "Cintcrmilentc)
Constantedediss ipaçàoll
I mW/Knoar:SmW/Knoóleo
Constantedetcmpotérmica
Dissip;u;âodepotênciamáxima
ATabela6.2aprcscntaalgumascaractcrísticasgcraisdostcrmistores NTC frequentemente utilizados.
41 6.3.2.4
Aplicações de termlstores - -
Um circuito p;:tra medição de uma faixa de tempemtura. como.
por exemplo. no sistema de aquecimento de veículos formado
por uma bateria. um rcs istor variável crn série. um tcrrnistor c
um miaoamperímctro. pode ser visto na Figura 6.25. A corrente no circuito é uma função não linear da temperatura em função
do tem1i stor. mas a escala do microamperímetro pode estar calibradadeacordo.
Outra aplicação comum de tcrmistorcs do tipo NTC não é
exatamente como sensores. Fontes chaveadas são conversores
estáticos CC-CC que utilizam capacitores com valores relativos
altos. No momento em que são ligados, esses capacitares são
carregados por um pico de corrente que pode inutilizá-los. É
comum utilizar um NTC na entrada desses componentes (circu ito de rush-in), pois de início o NTC está à temperatura arnbicn-
~
L_____, I,~
Figura 6.25 Aplicação de um termistor em um sistema de aqueci memoautotnotivo
Figura 6.26
te c sua resistência está relativamente alta, limitando. ponanto,
a corrente de carga inicial doscapacitores. Como as correntes
de tr..tbalho também podem ser altas (da ordem de alguns A). o
NTCcsqucntacbaixasuaresistênciac,cmconscquência,aqucda de tensão sobre ele. Esses NTCs têm valores nominais muito
mais baixos que os dos NTCs. utilizados como sensorcs. A Figura 6.26((1) traz a fotografia de um desses NTCs. c a Figura
6.26(b) traz a fotografia de uma fonte chaveada de computador
comumNTC.
41 6 . 3.2.5
Linearização- NTCs - - - -
Par..t analisar um termistor NTC em um circuito, pode-se considcrararcsistênciaequivalcntedcThévcninRvistacntrcostcrminais aos qunis o temtistor NTC está conectado. Considerando-se o circuito da Figura 6.27. a resistência equivalente de Théveninéacombinaçãoparaleladeambososresistorcs·
R "' RXRr
p
R + Rr
o
R
Figura 6.27 Circuito equivalenle para cálculo da
dostcrminaisdoNTC.
re~istê ncia
(a) Fotografia de um NTC utili zado em fontes chaveadas: (b) fotografia de uma fonte chavcada utilizando um NTC.
vista
290
CapÍluloSeis
"""
Característica resistência-tcmpcmtum de um tcnnis!Or NTC desviada por um re-
Figura 6.28
Temperatura(K)
E a sensibilidade à tcmpcrmum pode ser assim calc ulada·
Resolvendo para R, temos:
_ _!!!!J_
!!!í~ _R_
'
dr
(R, + R) 2
R
ál
Rp não é linear. mas sua mudança com a temper.nura é menor
que a Rr- pois o fmor multiplicador dR~T é menor que I
Amclhoradalinearidadcéganhaaumcusto - ouscja.a
diminuição da sensibilidade. A Figura6.28apresentaoresultado para o caso específico: R0 ~ I O Hl. (3 = 3 600 K e R =
50000
O rcsistor R. ou. corno alternativa. o termistor NTC. pode ser
escolhido para melhorar a linearidade na fai:~:a de medição. Um
rnétodoanalíticoparasccalcular R éforçartrêspontosequidistantesnacurvaresistência-tempcraturaparacoincidircornurna
linha traccjada. Se T, - T2 = T2 - T3, a condição é·
R,, - RP2 = R, 2
Considerando-se RP •
-
R,,.
~:
e
vada
de~ ~ (R, ~l R) l ·~com relaç~o à temperatura e
igualar o resultado a zero. Isso fornece o valor de R:
R=Rrc
-~ ~~:~:· ·
~ ~ ~: ~:
possibilita uma melhor
linearizaç~o
R+ R,
R+Rn
Essa expressão não depende de nenhum modelo matemático
para R r- O mesmo método pode ser aplicado para termistores
PTC e outros sensores resistivos não lineares. Outro método
analúicoconsiste em forçar a curva resistência-temperatura
a ter um ponto de innex~o no centro da faixa de mediç~o (TclPara se obter o valor necessário para R. é necessária aderi -
A expressão R= R1c ·
RXRn _ R X Rr 1 _ ~ - ~
R + Rn
Rn ·(Rn +Rn) - 2 Rn · Rn
RTI + Rn - 2·Rn
R + Rn
R+Rn
próxima
de
Te.
A
equaç~o
R Rn ·(R" +R,,) - 2 · RTI · Rn fornece uma melhor lineRTI +Rn - 2·Rn
arizaçàonaswnaspróximasdospontosdcajustc.
Exemplo -------------------------
Considere o mesmo tennistor da Figura 6.28 (R0
entre 280 e 380 K.
•
1O kfl, j3 • 3 6CXJ K). Detennine o valor de R para que a resposta seja li nearizada
Pelo método dos três por1tos equid istantes
Em T3
•
280 K ~R,
• 7 t9t n
10250
EmT,=330 K~R,=
EmT, =380K~R, =244 0
Aplicando a equação. temos:
R
1025 · (244 + 719 1)- 2 X 244 X 719 1 .,. 63, O
7 5
244 + 7 191 - 2 X 1025
MediçâodeTemperatura
291
Utilizando o método do ponto central, temos:
Te = 330 K e Rrc = 1 025 n
R = 1025· JfOJ - 2 X330 a 707 !1
36CXJ+2X330
Combinando resistores em série e em paralelo, é possível linearizar a característica resistência-temperatura. e é mais rápido do que
fazê-lo via software (por meto de modelos). O procedimento para incluir resistores em série e em paralelo é o mesmo que se adotou
anteriormellte (para um resistor em paralelo apenas), porém a resistência equivalente deve ser recalculada. Por exemplo, a F~gu ra 6.29
mostra um circu~o com um NTC em série com um resistor e em paralelo com outro. Nesse caso a resistência equivalente é
- ~.
R • R
"'
Figura 6.29
NJ
R, +R,+R_
Exemplo de om çirçuito de lineari1.ação de om NTC em que se utili1.am um resistor em série e outro em paralelo
Algumas unidades comerciais linearizadas incluem um ou mais resistores em série e em paralelo com um ou mais termistores adotando o critério anteriOrmente discutklo. Obviamente, sua "linearidade" é limitada a uma faixa especificada pelo fabriCante
Uma maneira sjmples de fazer o cond iciOnamento de um sensor do tipo NTC é utilizando um divisor resistivO de tensão. Para faixas
pequenas, em torno de um ponto central, pode-se obter uma curva (em forma de S) que. apesar de não linear. V€Tlha a atender às
necessidades de baixo custo. A não linearidade da saída desse circuito é menos acentuada que a não linearklade do NTC. Fica como
exercício ao leitor provar essas coosideraçôes analiticamente.
t 6.4 Termopares - - - - - - t 6.4.1
Introdução - - - - - - -
Scnsores ~·e/f-generating ou scnsores mivos. como. por exemplo.
os piezoelétricos. os termopares. os piroelétricos. os fotovoltaicos,osclctroquímicos,cntrcoutros,gcramumsinalclétricoa
partirdeumrnensurandosem necessitar dealirnentação.Essa
famnia de sensores oferece métodos alternativos par.t muitas
mcdiçõcs.como,porcxcmplo,dctcmperatura.dcforça.dcprcssi'io e de aceleração. Além disso. podem ser usados corno atua dores para se obterem saídas não elétricas de sinais elétricos
Muitas vezes são denominados trausdutores elétricos, pois fornecem tensão ou corrente e létrica em resposta ao cstfmulo. Um
dosprincipaissensorcsdessafamíliaqucs5outilizadosindustrialmcnte é o tcm1opar. cujos princípios de funcionamen to c
principais cara~:terísticas ser~o descritos nesta seção.
Entre 1821 e 1822. Thomas J. Scebcck observou a existência
dos circuitos termelétricos quando estudava o efeito cletromagnéti~:o em metais. Obse rvou que um circuito fechado. form~do
por dois metais diferentes. é percorrido por uma corrente elétrica quando as junções estão expostas a uma diferença de tempe ratura - cfeitodcSccbcck( Fi gu ra 6.30).Seoci rcuitu éaberto.
umaforçaclctromotriz(fcrn)termclétricaaparecccdependc
somcntcdosmctaiscdastemperaturasdasjunçõesdotermopar
Arclaçãocntreafcmcadifcrençadetcmpcratura Tentreas
junções define o coeficiente de Scebeck S,..dcfinidopor·
Soo = d(;;;n) = Sa - Sh
sendo que S, e Sb representam. respectivamente. a potência termelétrica absoluta entre dois pontos a e b do tcrmopar. Pela dcfiniçi'iodocoeficientcdcSccbeck.percebe-scqucelcdcpende
da temperatura T c geralmente aumenta com o aumento da temperatura
Variaçãodel9mperatura
Figura 6.30
,,.
Junção
Cirçuito de Seebcck
292
CapÍluloSeis
FkJxode
l,_,
elétrons
da bateria
à direção
convencional
da corrente)
Fontedeealor
estática
Fonte de calor
se deslocando
,,,
,.,
'"
Efeito 'Tnom:;on: (o) fonte estática de calor com flu~o de corrente nula. (h) fonte de calor deslocando-se pelo condutor produzindoumfluxodccorrentec(c)comainserçãodeumabateria,oselétronsgeradospclafontedecalorqucsedeslocamnomesmosentidodos
elétrons gerados pela bateria liberam calor e aquecem o condutor. Os elétrons que se deslocam no sentido im·crso absorvem calor reduzindo a
!Ctnp<'ratumdoeondutor.
Figura 6.31
Em 1834. Jean C. A. Peltier descobriu que. quando existe um
fluxodccorrentenajunçàodedoisrnctaisdiferentcs,hálibcraçãoouabsorçãodecalor.conformeesboçoda Figura6.3l.Esse
fenômeno é conhecido corno efeito de Peltier. c pode ser definido como a mudança nocomcúdodecalorquando uma quantidade de carga ( I coulomb) atravessa a junção. Cabe observar
quccssccfcitoérevcrsívcl c não depende da formaoudasdirncnsões dos condutores. Ponanto, depende apenas da cornpo-SÍ'fàodasjunçõesedatemperatura. Essadependênóaélineare
édescritapelocoeficicntedcPclticrrr,. (cujaunidadcéovolt),
que é definido corno o calor gerado na junção entre a e b para
cadaunidadedetluxuentrebea:
rr,.(T) = T X (S0
-
S. )= - rr,.(T).
Em 1851. Lord Kelvin (SirWilliamThomson Kelvin) verificou
que um gradiente de temperatura em urncondutorrnctálicoé
acompanhado de um pequeno gradiente de tensão cuja magnitude e direção dependem do tipo de metal. Esse efeito é conhecido como efeito Thomson. Quando a fonte de calor está parada
(Figura 6.31(a)) ocorre um deslocamento aleatório de ponadures. Nesse caso, o fluxo médio de elétrons é nulo. Entretanto ao
deslocarafontedecalor(Figura6.3l(b)).sãogerados(nosentido do deslocamento) elétrons livres que se deslocam em número majoritário. Isso gera a polari~açàodo sistema c um fluxo
decorrente.
Essefei!ÕmerwécausadupelugrJ.dientetérmiconocondutor.
Desde que ocorra uma diferença térmica nesse condutor haverá
fluxo decorrente.
Umfatointeressantcocorrcaoseinserirumabatcrianocircuito (Figura 6.31 (c)). Nesse caso, os elétrons movem-se dopolo negativo ao positivo. Ao apro~irnar urna fonte de calor ocasiol!aumdcslocamcmoaleatóriodeclétrons(cmambasasdireções).Ncssecaso.oselétronsquesedeslocamnamcsrnadireçào.
daquelese~citados pela bateria. vão liberar calor e este lado do
co11dutor ficar.í aquecido. Por sua vc~. os elétro11s que se deslocam na direção contrária absorvem calor e deixam esta pane do
condutor mais frio.
O efeito Thomson pode ser descrito por:
,
q = pJ• -
JT
p.JJ;
em que
qéocalorporunidadedc volume:
péaresistividadedornaterial;
Jéadcnsidadedecorrente:
~.téococfidcntedcThomson:
lf!.
dx
éogradicmcdctempemturaaolongodocondutor
NessaequaçàoaprimciraparcelaérelativaaocfcitoJoulec
a segunda ao efeito Thomson. Cabe observar que o fluxo de corrente em um circuito depende da resistência do condutor. mas a
fcmnàodcpendcdarcsistividade.dasscçõesdoscondutoresou
dadistribuiçãodetemperaturaougrndiente.AfemdependesomentedastemperaturJ.sentreasjunçõesedosmctaisqueformam
otermopar. Ponanto. essa fem dcvc-se aoscfcitosde Pclticrc
deThomson
Metal A
b;,~,~':, (__)t~,'O::ooo""
"""'"
Figura 6.32
Efeito de Pcltier
t 6.4.2
Princípios fundamentais - -
Nesta subseção. serão descritas resumidamente as leis termelétricasquesãonecessáriasparasecompreenderofuncionamentodostermoparcs.OcircuitodcSecbeck.dcnominadoparterrnelétrico ou. comumente. termopar. é uma fonte de força eletrumotriz (tensão elétrica). Punanto. o termopar pode ser utili-
MediçâodeTemperatura
zado com um sensor de tcmpcmtura ou como uma fonte de energiaelétrica(conversordeeoergiatemlelétrica):porém,namaioriadasaplicações,éulilizadosomentecomosensordetempcratura, pois os termopares metálicos apresentam baixíssimo rendimento.
A polaridade e a magnitude da tensão (derJOminada tensão de
Scrbcck)V5 depcndemdatempcmturadasjunçõcsedotipode
material que constitui o elememo tennopar. No exemplo da Fi gura 6.33, a tensão ou força eletromotriz não é afetada pelas
temperaturas intermediárias. T, e7~.desdequeastempcraturas
dasjunçôessejamconstantes
A principal aplicação relacionada à tensão de Seebed e sua
dcpcndênciaéquc.scajunçàoq,porcxemplo.émamidaaurna
tempcratnrafixa(emgeraldenominadatemperaturadereferência),T2. atensãodeSeebeckéunicamentefunçãodaT,daoutra
junção (na Figura 6.33. denominadajunçàop). Ponanto. mcdindo-seatensâode Seebeck pode-sedeterminaratemperatnra T,,
desde que se tenha levantado experimentalmente a função Vs(T,)
rclativaàtcmperaturadcrcferênciaT,. Estabrcvcdescriçãodemonstra o uso do tennopar como sensor de temperatura.
A lei dos metais intermediários é outra imponante regra práticautilizadacomfrcquêocianousodostennoparcs.A lei estabelece que. se em qualquer ponto do tennopar for inserido um
n
E
r,
X
p
,e
do metal genérico. sejam mantidas a temperaturas iguais. a tensâodeSeebecknãosealtera(Figura6.34).
Essa lei é aplicada no momento em que um instrumento de
medição - como. por exemplo. de tensão elétrica - é ligado
ao termopar. Nesse caso, o instrumento de medida é o metal intermediário. desde que q, e q, estejam à mesma temperatura 7~.
A Figura 6.35 traz um esboço desse imponante conceito que
apresentaapl icações naligaçàodeuminstrumentodemedida
ao termopar ou na conexão de exte nsões ao tcrmopar.
OutraleicssencialparaacorretautilizaçâodostemJOparesé
achamadaleidastemperaturdssucessivas.tjuedescrevearelaçào
cntrcafcmobtidaparadifcrentcstempcraturasdcrcfcrênciaou
de junção fria. Essa lei permite compensar ou prever dispositivos
quecompcnsemmudançasdetemperaturadajuntadereferência
A relação V, = Vs(1) pode ser obtida graficamente (a chamada
cun·a de mlibmçcio) para um tennoparcom ajunta de referência
em T, = O oc. conforn1e exemplifica a Figura 6.36.
Com a curva de calibração ou com a função de calibração de
um determinado tennopar pode-se detem1inar qualquer outra
curvarelativaàjuntadereferênciaaurnadadatemperatura.As
curvasdecalibraçãodostennoparesgeralrnentenãosJolinearcs.
mas para a maioria dos termopares usuais pode-se considerá-las
.........
~-·:
P,
X
'\
I
z
r,~
q
Tensão de Sccbcck: depende apenas das características
dosmatcriaisoonstituintcsdotcrmoparedastcmpcrn!urasdasjunções
Figura 6.33
293
metalgcnérico.de~;dcqueasnovasjunçôes.criadaspelainserçào
'
'
Aplicação da lei dos metais intennediários: o instrumcntodemedidaéometalintennediárioenãoalteraatcnsãodeSceb<.-ck, desde 4ue 'uas junçiíes estejam à mesma temperatura
Figura 6.35
f•m
v,
Figura 6.34 Lei dos metais intermediários: a tensão de Seebeck nào
sealteraemfunçãodainserçãodornetali ntemtediário.desdequeas
junções oo.-as (m. n) sejam mantidas à mesma temperatura (1",).
Figura 6.36
Curva de calibraçâo de um determinado terrnopar.
294
CapfwloSeis
linenres.aclependerdafaixadetemper:uurautili7.adaedasensibilidade do medidor de fem. A ioclinaç3o da çun•a Vs X Tem
um ponto qu3lquer (dV/{IT) é denominada / HJiéllciiJ lemrelhrim, que gem imente é pequena e varia com a natureza do temlO-
par. Por exemplo:
l l'oracmrncl-al urnel.....,.quatro dcze nasdc/J.%
I
Parnferro-constantã.....,.cincode7.cnasdc1-t~.
A dependência da diferença de potencial emre as juntas com a
tempcraturn pode ser aproximada por fu nções do tipo:
Vs=
11
+ b· T + c · T 1 + ... +
em que 11, b, c s!lo constantes detem1inadas experimentalmente.
(Cabe observar que. scajunçãod erefe rênciaestáa O •c.-11
=
O.) Porlaruo,avariaçàodafcrn(~fem)emfu nção davaria­
çilod:ttcmpcratura(~7)éapotênciatennclétrica:
P =~=b+2 ·l
dT
·T + ..
ou.parnum imcrvalodetempcratura.
P=~
.r ·
I SuafcmdC\'escrestáveldurame açalibraçOOeo usodemro
delimites acei táveis
I Sua fem não dC\'C se r altemda consideravelmelllc por mudanças qulmicas. frsicas ou pela contaminação do ambiente
t Deveserfacilmentesoldadopelousuário.
Onúmcrodccaracterísticasdesejadaslimitaacscolhados
materiais p:tnt formação do termupar. A Tabcht 6.3 apresenta
algunstennoparcscomerciaisesuasearacterlsticasb:isicas.A
Figura 6.37 traz um esboço de um temtopar industrial com bainha(çobcrturJ).Cabeobsen·arque:
~ ve('Sjteis. de
OOixo custo e indicados para atmosferas inertes ou redutOI'llS
(até 760 °C). Devem ser uti lizados com tu bos de proteção;
issoporquc.Utn3•·ez qi!Ccontêmferro.n00s00 indicados paraambientesoxidantcs. Muitasvezes utilizadosem têmpcrns.
fomosclétricos:tbcrtoseemprocessosdcrecozimento:
4 Os termoparcs do tipo K (cromd-alumel) têm uma f3ixa de
mediç!lo maior do que a dos tipos E. J e T em ambientes oxidantcs.AprcsentmnboaresistênciamecünicaaaltastcmpcraturJse nãu sàoindicadosparaatmosferJsreduturas. Utilizados principalmcmc em tratamentos témti cos. fomos. processosdcfundiçãoeOOnhos:
4 Os tcm10pares do tipo T (cobre-çonstantã) ~ resistentes à
cOtTOs3o e úteis em ambientes excessivamente úmidos. Resistem a atmosfcr-Js redutoras e oxidames e são muito utili-
4 Os tennopares do tipo J (ferro-cOflstantã)
É imponantc obscn·ar que a potência temlelétrica ( P) represen-
ta a se nsibilidade de resposta(~ V5 ) do par tcrmelétrico (ou termopar) à variação de temperatura (~7). Portanto. se um termo-
e suas
par apresenta uma potência termelétrica 20m~C e outro
Tabela 6.3 Alguns termopares comerciais
caracteristicas básicas (padrào ANSI)
40mYoc para uma mesma faixa de temperatura. prevalece a
SaldaJtuodode
Incerteza
Fal~a("C)
escaLa-mV)
I"CJ
38a l800
13.6
TipoJANSt)
opç11o pelo seg undo termopar. pois apresenta uma variação maior
de fem parJ cada •c. o que toma mais fácil e cvc ntu3lmentc mais
precisa a medição.
4 6.4.3 Os principais tennopares
comerciais - - - - - - - - - Sensores tCm1oparcs ou termclétricos estão OOseados prindpalmen teerndoiscfeitos reversíveisan tcriormente dc sc ritos: Seebcck c Thurnson. Podem-se simplificad~mtcnte cihtr os requisitos
gera is e si multilneos desejados na escollur dos metais para formaç3ode umpartemtclétrrco:
Oa2300
37.0
Oa982
75,0
184a760
43,0
::!: 2.2
- 184a 1260
56.0
:!: 2.2
- 270a 1300
51.8
N
R
Oai59J
s
OatB8
T
18.7
:!: 1.5
16.0
:!: 1,5
:!: 1.0
'-----= =-...:::;___.....:;.;;;;,__
- 1843400
26.0
t Resistência à oxidação e à corrosão consequcntes do meio e
de altas temperaturas
4 Linearidadcdeutrodopossh•el
4 Pomo de fusão maior que a maior tempcr-Jtura à qual o termoparéusado
4 Sua fem dc\·e ser suficiente para ser medida com precisão
rJ:.t:Oá\'cl
t Su:t fem deve aumentar cont in uamente com o aumento da
tempcrat urJ(cvi dentemente.dentrodo faix adeuti li zação do
termoelcrncntu)
t Os metais dc\'ern ser homogêneos
I Suas rcs i ~ têncios elétricas não de••c rn apresentar valores que
limitcm sc uuso
Figura 6.37 Esquema de um termopar indu.-trial com bainha prxr
tetorneestruturaparaligaçàodecabosdecompensação.
MediçâodeTemperatura
t
t
t
t
zadosatcmpcmturasncgativas.Aprincipaldcsvantagemcstá relacionada à oxidação do cobre acima de 315 °C. Utilizados principalmente em estufas. banhos. fomos elétricos para
baixas temperaturas;
O terrnopar do tipo E (cromel-constantã) apresenta alta sensibilidadeeresisteaprocessoscorrosivosinferioresaooce
aambicntesoxidantcs:
O terrnopar do tipo N (nicrosil (Ni-Cr-Si}-nisil (Ni-Si-Mg))
resisteàoxidaçãoeéestável aaltastempcratur.ts;
Os tcrmoparcs baseados em metais nobres (B (Pt (6%)-ródio--Pt(30%)-ródio). R (Pt(l3%)-ródio-Pt) e S (Pt(IO%)-ródio-Pt)) são altamente resistentes à oxidação e à corrosão
Sãobaseadosemligasdeplatinacomródio;
Os termopares dos tipos C e N não são padrões ANS I; são
filmes finos para medição de temper.ttura superficial
Tabela;; padrões fornecem a tensão de saída correspondente
àstempcraturasquandoajunção fria ou de referência está aO
°C. Sistemas computacionais podem usar polinômios para aproximar os valores das tabelas com predsào relacionada ao grau
do polinômio. A Figura6.38aprcsentaalgumascurvasdostcrmoparesrnaisuti!izados.
t Tipo E -+
1o~Jtc
t Tipo J--+ 55P.Jtc
t Tipo T - 5oP.Jtc
t Tipo K - 40/J.Jtc
A utilização do gráfico da Figura 6.38 é restrita. Ponanto.
para boas medições são necessárias tabelas padrões ou representações polinomiais dessas características (em sistemas mi croprocessados. é facilmente empregada a aproximação polinomial) _A expressão geral. conforme já salientamos. apresenta a forma ·
T=
(10
+ (/ 1 • V+ a,·
\fi+ a, · \!l
~-~:.~
Figura 6.38 Cara<:lerísticas de alguns
tennoparescomjunçãodereferênciaaO "C
Temperatura ("C)
Coeficientes para os termopares E, J, K e T
Tipo E
TipoJ
Tipo K
Tipo T
0. 104967248
- 0,04886!1252
0,226584602
0,100860910
19873,14503
24152,1ü'XIO
25727,94369
-282639,0850
-218614,5353
67233,4248
-767345,8295
12695339.5
11569199.78
2210340, 682
78025595, 81
- 448703084,6
- 2649t753t.4
- 860963914. 9
- 9247486589
4,83506 X 10' 10
6,97688 X 10'
-1,18452 X lo+ "
-2,66192 X
1,)8690X 10'"
3,94078 X lO'"
1.10866 X
to""
-1.76807 X 10' 11
1,7l842 X
to'"
9.t9278 X 10' "
2,06132 X
to'"
+
+ a, · V'
sendo V a fem observada em volts (V). Ta temperatura da j unção (°C): os cocfidentes apropria-dos para os tipos particulares
deterrnoparessãodadosna Tabela6.4.
EJ
Tabela 6.4
295
Combascnessasfommsdeonda. assensibilidadesapmxirnadassão·
6.33708 X 10' "
11
to•"
2%
CapfwloScis
Suponha. por exemplo. que um tcnnopar do tipo J apresente
uma safda de 10.0 mV relativa à junção de referCnc ia a O 0 C.
Ent àopela equação:
T = (t~+ a,
V + a 2 · V'+aJ ·~ +
... + (t, ·V'.
Pcloscocfic icntesfomccidosnaTabcla6.4.atcmpcratumindicada por esse termopar é de aproximadamente T - 186 °C.
Obse rva-se que existem procedimentos normalizados para
utiliwçào de tabe l a~ em função de precisão c tempo de medida.
Alternativamente. podem-se estilizar polinômios definindo a
curva do te rmopar em faixas limitadas tle temperatura.
4 6 .4 .4 Medição da tensão do
termopar - - - - - - - - - - Pode-se observar expe rimentalmente que a difere nça de potencial(ddp)quesurgenostcrminaisdcumtcrmoparnãodcpcndc
do pomo esco lhido para se abrir o circuito. Porém. nonnalmente o pomo de medição corresponde a utmt d:t~ junções que recebcrnosnomesmostradosnaFigura6.39.
Pode-s.;: medir a tensão de Seebeck (V1) diretamente conectando-se um voltímetro ao tcnnopar (se as junções da conexão do
voltímetro ao termopar estiverem à mesma temperatura. os terminais do \'Oit fmctro são coru;idcrado:s metais internlCdiários. ou scja.nàoimcrferirlonatensãodeSeebeck).contO.porexemplo.ao
medir a fem de um termopar do tipo T pe lo uso de um \'Oitímetro
adequado (esçala de mV e com resistência interna 11wior que a
resistência do tennopar). conforme o esboço da Figura 6.40.
Neste exe mplo. a junção de medida. ou j unçilo quente. é a J l;
portamo, essa junção está exposta ao ambiente ou pomo cuja
ternpcratura se desejaconhecer. Ajunçãofriadesse termopardo
tipo T (cobre--constantã) está cooectada aos bomcs do \'Ohímetro
cujoscommosinternossãodecobre{Cu). Perecbe-sepclocircuitoequivalemequeessaligaçãocriaumajunçãoJ2dcmetais
d ifcrentcs(cobre--constantã)e qucajunçãoJ3não(Cu-Cu)de
iguais metai s não gera fem de acordo com o estudo experimental de Sccbeck (VJ = O V).AjunçãoJ2 adiciona um;• fcm (V2)
em oposição a V,: porta nto. o volt ímetro indica~ tensão proporcion:tlàdifc~nçadeternperat uraentreasjunções Jie J 2(esse
tipo de circuito é essenc ial p~ra ~utilização correta do termopar.
pois. caso a tempcr.ltura na junção J2 se tome prejudicial à medida desejada - junção J l -. deve-se utilizar algum método para
compensá-la).
4 6.4.5 Compensação da junta fria
Uunta de referência) - - - - - - Na maioria das
aplic~çõcs.
o instrumento de medida e o tcnno-
parcstão~fastados. Dcssaforma,seforcmligadoscabos dcco­
brc até o medidor. estaremos introduzindo novas juntas no s istema.queadicion:mlocrrosaosiste masehouvcr:tlgumgradicnte de tcrnperutura. como nos casos em que não são utilizados
cabeçotes isotém1icos. Sendo ass im. os tenninai s do tern10par
podcr.io ser conec tados a uma espéc ie de cabcçotc. e a panir
dcssecabeçOicsãoadaptadosfiosdecOIIIJJeiiSUflio(prati camcnte com as mes mas características dos fios do ten1t0par. porém
mais barntos)atéo instrumento.
Parn reduzir o efeito da junção J2 (da Figura 6.40). é preciso
que uma junçi'lo permaneça a uma tem peratura fixa (te mperatu ra de referência) para se poder aplicar corretamente o efeito de
Scebecknantediç!lodetemperatura. Ascguirscr.ioaprcsc ntados
algun s rnétodos paracompensaçãodajunta.
Volllmetro
Junçiodefllfeltnâa
j(A'~Çiofria
Figura 6.3g Pooto de medição (junção q aberta. denominada junção
friaoudereferi'ocia).
Figura 6.40
Figura 6.41 Exemplo anterior com ajunçllo J2 imersa em banho
de gelo agorn c:trOCtcriuda eomo junçào de rcfcrtncia (a temper:uura
dercfe<inclade•-e sc:r conMante)
Uw de um voltímetro par:l medir a fem de um \<.'11110par do tipo T e seo circoito e<JUivalcnte.
Mediç:lodcTcmperoturn
Banho d e gelo: uma das soluções tmbalhosas é a colocação da
junção de referência (ou junta de referênda) em um banho de
gelo. Faci lmente se obtém uma boo precisão. mas é necessário
manutenção frequente do OOnho. o que acancta alto c us1o c. em
algumas situações pr:ilicas. toma-se inviá\·e l. Pode-se considerar
um bom mé1odo paro um experimento de uma d isciplina de instrumentação (labor.llório de in51rumenlaçiio). Ponamo. 110 exemplo
da Figum6.40. pode-se colocar a junção J2 em um banho de gelo.
forçando a tempcmtum nessa junção a O "C e caraclerizando essa
junção como de rcfen!rteia. A Figum 6.4 1 esboça esse método.
Como as j unções junto aos bomcs do \"oltimetro são ambas
de: cobre (Cu). não existe fc:m c: a medição realizada pelo \"Oltímetroéproporcionalàdifercnçadelempemturncntreasjunçõcs
J l e J2 (dereferê ncia).A Fi gura6.42aprescntaocircui toequ ivalentepamesse métodoernpregado na Fi gu ra6.41 .
Ncsle exem pl o o voltfmctro está indi cando·
297
Voltimetro (mV)
Figura 6.43 Tcrmopardo tipoJ ligado a um voltímetro com contatos internos de cobre. A ligaçllo do tcnno~r ~os bomcs do ,·oltímctro
criouduasnovasjunçõcs.
V • V, - Vl • a(l, - 1Jl)
Especificandoas tempe ratur<ISe m "C temos:
111 (A') = T,("C)
112( A') • Tll("C)
+ 273, 15
+ 273. 15
e.subst ituindonaexpressiíoda tcnsão.
V=
v,-
V • a[(T11
vl .. a(,, - 1,1)
+ 273. 15)
- (T12
+ 273. 15)]
V = <l'(T11 + 273.15 - Tu+ 273. 15)
V = a[ (T11
-
T12 )
Como na junçlio de referência a t empcro~tura é zero ( indicath·o
da im ponâocia da manutenção do banho de gelo).
V • a(T11 - 0) • a X T11
A tempcraturaemJ2 é zero e nlloa 1ensãode saída dessa junção
(que é função da tempero~wm absolma). Adicionando a tensão da
j unção de referência. obtemos V referenc iado a O cc_ Cabe obser.•ar que. em função da pn.'<:isão. C5SC método é utilizado pelo
NlST (Nm iona llnstiwte ofStandard and Technology) como pontodercferência~lmsuastnbe laspadrõcs dos tcmlopares.
Deve-se observar que esse móodo em pregado com um termopar - por exe mpl o. do tipo 1 - ir.i criar outras junções na
li gação do voltímetro ao terrno par. pois são metai s diferen tes.
conforrneoesboçoda Fi gura6 .43.
Para ev itar erros n~1 me<.li ç~o de tcrnperatum atmvés da junção
J 1. deve·se garan tir que os bornc s do vo ltfmctro (portanto. seus
con ta tos internos) es teja m à mesnm temperatura (lei dos met:lis
intermediários). ParJ medições mais precisas. o \"Oitímetro deve
ser ligado a um cabc{ote isotl!rrnico (Figum 6.44).
Figura 6.44 Uso de um cabeçote i<ol~rmiC(l int...-ligar>do os tcrminais do\-oltfmctro(Cu)aotcnnopar.
Um bom cabeçore isotérmico deve ser isolan te e létri co. mas
um bom con duto r de calor. O cabeçotc deve garantir que as
junções J4 e J3 esteja m àmesrnate rnpcrmu ra.Asafda de ten sãoédadapor:
V = a(T11
-
T"").
quccontinuadcpe ndentedo banhodegc lo.
Pode-se utilizar outro método usando apetw~· jios de <"Obre.
masanecess idadcde tc mper.tturadcrcfe rê nciapcnnancce ( Figura 6.45). Quando~! fa ixu de interesse é pequena com relação
à temperatura ambie nte. podcrnosdeixarajunçilodereferência
exposta ao ambiente.
Um método amplamente empregado é a utili zação do bloco isorémricoem vez do OOnhodc gelo. l>orém. é necessário medi r a temperatum do bloco isoténnico (corno junção de refen.~ia) e utili zar
essa medidapara dctcnninaratempcmturndesconhccida (dajunçào
de medida). Pode-se utiliz.arum tennistorpara medir a temperatura
da junção de referência e com um rnultfmetro adequado:
t Meça a rcsi5tência do tcnnistor (resistência é função da lemFigura 6.42
degelo.
Circuitoequi•<tllente para a junção J2 imersa em banho
pcratura. confomte apresentamos nas seções atUeriores) para
encontrar a lempcratur.l de rcferêocia (T...-)e COil\"erter a equi \"alcntetcnsãodercfcrência ( V.,J:
298
CapÍluloSeis
Figura 6.45 Medição de tempcmtum por meio de duas junções a
tempcraturaconstanteernetaiscurnuns(cobre,Cu)comoexten_\.liu
t Mf:\a a tensão
V e adicione a V,q par.1 encontrar V, c. finalmemc,convertcrparaatcmperaturaT,.
A Figura 6.46 traz um esboço desse método. geralmente chamado de Compensação por Software. pois em gerul a temperatura fornL'Cida pelo tcrmistor é compensada automaticamente
pelo instrumento de medida adequado a esse método.
Outrapossíbilidadeédeixarajunçãodereferênciaàtemperaturaambicntc(sujcita.cvidcntcmcntc.aflutuaçõcs). mas ao
mesmo tempo medir com outro sensor de temperatura posicionado próximo à junção de referência. Depois. uma tensão igual
à gerada na junção fria é somadaaumatcnsãoproduzida pelo
circuito fazendo a compensação. como mostra o esboço da Figura6.47.
As flutuações da temperatura ambiental são medidas com
outro scnsor.ea tensão igualmemcgeradapclajunção fria é
subtraída (nesse método a ponte precisa ser estável). Exi!;tcm
circuitos que medem atcmperaturaarnbicntcefornecern a
compensação de tensão para alguns termoparesespecíficos.
Por exemplo. o LT1025 (da National Semiconductors) trabalha com os tipos E. J. K. R. S c T. O AD594/AD595 da Analog Devices é um amplificador de instrumentação e compensador de junta fria. O AD596/AD597 são controladores que
incluem o amplificador e compensação de junta fria para os
tcrmoparesJ e K.
Cabeobscrvarqueostermoparcscstãosujeitosagradientesdetcrnperatura. e a incidência de tais erros pode ser redu zida pelaespecificaçãodcscnsorcs longos c de pequeno diâmetro c pelo uso de bainhas ou coberturas com baixa condutividadetérmicaequepossibilitemaltatransferênciade
calor por convecção entre o fluido c o termopar. Os principais
materiais que protegem os tcrmoparcs são constituintes de
duas famílias:
t Metais. tais como o inconel600. e diversos tipos de aço inot
xidável: 3 1055.30455.31655. 34755:
Materiais cerâmicos tais como alumina.jrwtun e porcelanas
de diversos tipos
A Tabela 6.5 traz algumas característi cas de algumas coberturas normalmcme utilizadas em termoparc~ de alta temperatura.
Os metais que fom1am o tem1opar preçisam ser isolados (tradicionalmente.acer;1micaéutilizadacomoisolantedosdiferentes
metais). como mostra a Figura 6.48. Nos últimos anos, os termop~res denominados cimentados (Figuru 6.49) tiveram seu uso
aumentado. Nonnalmeme esses termupares são laminados com
plásticos p~ra cimentar diretamente no cquip~memo
Vollimetro
f, 1~1
Fonte da calor
Figura 6.46
Figura 6.47
Blocoir.oténnicocm"ezdcbanhodcgclo.
Compcn~açào
elelrônica
par~
a junçào de referência
MediçâodeTemperatura
Tabela 6.5
299
Alguns tipos de coberturas protetoras para termopares
Máxlmatempen~tura
Ambiente
e operação
de trabalho
Caracteflsticasgerals
2205 °C
lnerte , vá<:uo,
Sensí,·claoxidaçào acimade
500"C,resisteamu itosmetais
líq uidos
Tântalo
2582 "C
lnene.v<kuo
Resistea muitosácidosemcios
alcalinos: muito sensível a
oxidaçãoacimadc300 "C
loconel600
1149 "C
Oxidante.
inerte. vácuo
Excelenteresistênciaaoxidaçãoa
altas temperaturas
©8@0\§g
=
1•1
I!
=::]
i
[)
1,-J-------,;;;c
305m=m{pod
=,.,::;-,_,
Para conexão dos
term tnais
(b)
Figura 6.48
Isolantes dos fios do tcnnopar: (a) faixa de tamanhos (da esquerda para a direita): 3.2: 2.4: 2.0: 1.6: 1.2: 0,8 c 0.4 mm de diil·
me tro:(b)aplicaçàodosi!iolantesemváriasconfigumçõesdelerrnopare!i
Figura 6.49 Termopar do tipo cimentado.
300
CapÍluloSeis
mV x T("C)- junção de referêrn;iaao•c
Tensãotennelélrica(mV)
- 270
-260
- 9,835
-9.797
- 270
-9.802
-9.813
-9.817
-9.828
-9.831
-9.833
-9.728
-9.746
-9.754
-9.777
-9.784
-9.790
_,.,
-2;<>
-220
-180
-170
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- 6,107
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- 20
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-9.519
-9.534
-9.313
-9.331
-9.3W
-9.368
-9.172
- 8,947
-9.129
-9 .151
- 8.923
-8,616
-KH3
-8.027
- 7,700
-8.643
-8.362
-8.669
-8.059
-8.090
-6.983
-6.596
-7.021
-6.636
-7.058
-6.675
-4.824
- 4,350
-4.871
- 4,398
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10,503
11,224
11,951
- 3.561
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-2.469
- 1.929
-2.523
- 1.984
- 1.821
-0.868
-0.754
-0.176
1,924
2.<.147
2.670
4,526
5.183
5.848
4,591
5,249
5.915
-9.591
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-9.438
-9.455
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-9.274
-210
- 200
-9.254
-8,774
-8.799
-8.505
-8.152
- 7,833
-8.213
- 7.899
- 5,939
-5,505
- 4,107
- 3.611
-3.100
- 5,981
-5.549
-5 .1 01
- 4,636
- 4,156
- 3.661
-8533
-•w
-8.243
-8 .273
-170
-7.243
-6.869
-7.279
-6.907
- 6,065
-5.637
- 6,107
-5.681
-5,237
- 4.777
- 4.302
- 3,811
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-3.204
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- 4,731
- 4,254
- 3.761
-3.255
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- 2.147
-2 .735
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- 6,436
- 6,023
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-5. 147
- 4.684
- 3,711
1.556
2,171
2.795
4,656
5.315
4,722
5.382
6.049
2.295
4,788
5.448
4,853
5.514
6.184
11,297
12.024
12.757
7,823
8,519
11 .369
12,097
7.892
8.589
7,962
8.659
9.363
11.442
12.170
Figura6.50
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a
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Tensão (rnV) X T (°C) parao termopar E
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-0.350
0.235
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2.545
5,ll7
5.781
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- 8,994
-9,577
-9 .234
- 9.017
-7.133
-6.753
- 3510
-2.9%
1.313
3.1 11
3,749
4,395
5.051
-8.121
- 7,800
- 5,896
-5.461
-2.416
- 1.874
-9.828
-9.404
-8,722
-4.917
- 4.446
- 3,408
-2.892
-2 .309
- 1.765
- 1.797
-0.639
-0.059
-9.548
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- 8,971
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- 5,767
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- 3,306
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-260
- 9,688
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MediçâodeTempera1ura
mV x T(' C) - junção de rcferêr>eia a O ' C
Tens.ãoterme1énica(mV)
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- 7.755
-7.508
-7.237
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- 5.426
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- 5.076
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-5,874
-6.263
-5.910
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-6.298
-5 .946
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- 3.916
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9.171
9.725
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11.389
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12.334
12.889
Tc ns.ão (mV) x T ( °C) parao 1cnnopar J.
11.278
11.834
12.389
JOJ
302
CapÍluloSeis
mV X T("C)- junção de referênciaaO ' C
Tem:lotem~<l~lrica(mV)
-6.411
-6.404
-6.417
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-230
-220
-210
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_,.,
-6.456
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-5.185
-4.960
-5.415
-5.207
- 4.983
-4,669
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-4,138
-3,852
-3,5$4
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-4.437
-4.166
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-3.584
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-4,463
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-3,614
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-3.645
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-4.276
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- 1.380
- 1.006
- 0,624
-4.841
-4.593
-4.330
-4.054
-3.764
-4.865
-4.618
-4.357
-4.082
-3.794
-3.462
-3.147
-3.492
-3.179
-1.782
- 1.4 17
- 1.043
- 0.663
0.238
0.637
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1.326
1.735
4.179
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-•60
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-6.111
-6.271
-6.035
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2.230
3.4 74
3.889
1.448
1.858
1.489
1.899
2.271
2.685
3.100
3.516
3.931
2.312
2.727
3.142
3.557
4.303
4.715
5.165
5.532
5.937
7,140
7.540
7.939
5.572
4.385
4.797
5.206
5.613
5.977
7.180
7.579
7.979
6.420
6.821
7.220
7.619
-6.458
-6.441
-6.1 47
-6.223
-6.262
-6.158
-6.457
-6.438
-6.252
-6.213
-6.099
-5 .965
-6.393
-6.329
-6.243
-6.135
-6.370
-6.297
-6.X12
-6.087
- 1.453
- 1.081
- OJOI
-0.314
-4.913
-4.669
-4.411
-4.138
-3.852
-3.2 11
- 2.887
5,247
5.653
6.058
6.460
6.861
7.260
7.659
8.059
Tens.lio (mV) x T(°C) parao lemlOpar K
-3.243
- 2.920
- 2.587
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0.317
0.718
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MediçâodeTemperalura
mVXT("C)-ju...,ãodereferênciaaO"C
Tensãotertn<"l~trica(mV)
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-6.193
-6.242
- 6.028
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-5.782
- 5.634
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-5.926
-5.795
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-5.938
-5.489
-5.316
-5.128
- 4.928
-5.506
-5.334
-5.148
-5 .261
-5.070
-5.456
-5.279
-5.089
- 5.473
-5.297
-5.109
-4.177
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-4.202
-3.949
-4.226
-3.975
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-0.757 -0.794
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0.911
- 6.146
- 6.059
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- 3.765
-6.253
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-5.836
-5.523
-5.351
-5.167
- 4.969
- 5.53\1
-5.369
-4.535
-4.300
-4.052
- 4.558
-4 .324
-4.077
-3.235
-2.940
-2.602
- 2.283
-2 .970
-2.66-1
-1.61!3
-1.264
-0.904
-1.648
-1.299
-0.940
0.156
0.549
0.195
0.589
0.234
0.629
-1.335
-0.976
- 6.078
-5.973
-5.8:\0
- 6.087
-5.985
-5.555
-5.387
-5.205
-5.571
-5 .404
-4.581
-4J48
-4.102
- 3.8J4
-3.293
-3.000
-2.695
2.036
2.468
2.165
2.512
2.953
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4.279
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- 3.871
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-3.030
-2.726
- 6.174
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4.372
4.845
4.419
4.893
5.763
6.255
5.812
6.305
5.861
6.355
6.805
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8.865
2.251
2.687
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-5.439
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-1.121
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-1.049
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0.669
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0.391
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Tensão (mV) X T ("C) parao 1emmparT
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303
304
e
CapÍluloSeis
Exemplo - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Um toonopar do tipo K fornece uma tensão de 4,096 mV referente à temperatura de um torno. Sabendo que a temperatura ambiente
oc. determine a temperatura real do torno
é de 25
Tmedida = 7junta quente - 7junta Iria
7junta fria em 25
oc =
1 mV (da
ta~a)
7junta quente • Tmedida + 7junta fria
7junta quente = 5,096 mv.
Da ta~a novamente. podemos conc luir que
7juntaquente • nornoenorno a: t24"C.
As Figuras 6.50 a 6.53 apresentam a tensão (mV) para uma
dada faixa de temperatura paraostermoparesdostipos E. J.
KeT.
41 6.4.6 Alguns exemplos de eireuitos
eondieionadores - - - - - - - Podern-seresurniroseonceitosanteriorrnenteapresentadospelo
circuito genérico da Figura6.54.que representa a necessidade
dccompensarajuntafriaoujuntadcrcferência.Oblocoisotérrnico deve manter as junções Metal A-Cobre e Metal B-Cobre à
mesma temperaturd, e a tensão desse bloco isotérmico que substitui obanhodcgclodcvescrdcscontadadatcnsãodajuntadc
rnedidaoujuntaquente(nesteexernploé V,).
O circuito da Figura 6.55 condiciona a saída de um termopardo
tipo K compensando a junta fria para temperaturas entre O °C c
250°C. Ocircuitoéalimentadoporurna tensão de + 3.3 V a + 12 V
e foi dcscnvolvidoparaaprcscntarumasaídade 10
Figuras 6.54
m':foc·
Circuito genérico parn compensação da junta de referência. O bloco isoténnico substitui o banho de gelo, c sua tensão deve ser
medidaparas.-radieionadaàlensãodajunlaquenle
Figuras 6.55
Utilização de um s.ensor de tempernturn (TMP35) para compensação dajuma fria
Medição de Temperatura
305
,.._,
TopoJ:A0594
ropo K:A059!;
Figura 6.56
Amplifi~ador
pam t<'mwpar AD594/AD595 {"Orn compensação da junção fria. Cortesia Analog Devices.
O tennopar do tipo K apresenta um coeficiente de Seebc"k
Tabela 6.6
Erros de linearização para os polinômios NIST
de aproximadamente 41 p..Yoc- Desse mo-do, na junção fria o
sensor de temperatura TMP35 l:om um l'oeficiente de tempera-
'c'::.:
'm:::
o':::':...
' _ _ _ ___:::.::.__ _ _ _ __
E
:!:0.02 "C
tura de lO mYoc é usado com dois resistores (R, e Rz) para in-
J
:!:0.05 "C
troduárumcoeficientedetempcraturade - 41 J.tj{C.Oganho
CK_ _ _ _ _ _~:~
~:~"é~_'
:~'-------
do circuito é de 246.3. O capacitor de 0.1 p..F reduz o ruído de
acoplamen to da entrada não inversora do amplificador 0Pl93.
S
~~~u ~~~:c~~~~~~:~~~~ configuração desse amplificador
T --------"·::;
~
0.0::;:3_::•c'----­
Conforme salientamos anteriormente. osAD594fAD595 (da
Analog Deviccs) são amplificadores com compensação interna
da junta fria. conforn1e esquema representado na Figura 6.56
Esse circuito integr..tdo da Analog Devices combina uma referência ao ponto de gelo com um amplificador pré-calibrado
para fornecer uma saída de 10
mYoc diretamente do si nal deri -
vadodotcrmopar.Aiémdisso.incluiumalarnlcdcfalhadotcrmopar que indica se um ou mais fios do tennopar estão abertos.
Cabercssaltarqucnautilizaçãodostcrmoparcsdcvem-sc
observarasprincipaisfontcsdecrros:compcnsação.lincarização. medição. fios do tem10par e erros experimentais. O erro de
compcnsaçàodajunçàofriaédcvidoprincipalmcntcii baixa
prccisãodosensordetcmpcraturacàsdifcrcnçasdctempcratura entre o sensor e seus temtinais. Uma solução é utilizar um
bloco isotérmico para limitar os gradientes de tempcmtura c termistoresdeahapreçisão.
Os erros de linearizaçào devem-se às aproximações dos polinômios c estão relacionados diretamente com o gmu do polinôm io. A Tabela 6.6 traz os erros de linearização para os poli nôm iosNlST.
Os erros de medição - como. por exemplo. erro de offsct.
erro no ganho. não linearidades. resolução do con~·ersor ADC.
en tre outros - devem-se a limita'<ões das tecnologias dos convcrsorcsecondicionadorcsdesinaisutilizados.Outrafontcconsiderável de erro é o próprio sensor termopnr. Por exemplo. a
não homogeneidade na fabricação dos fios do termopar é uma
:!:0.02 "C
fonte de erro. podendo variar em até :!:2 "C (valor típico). dependendo do termopar utilizado. Uma das maneiras de reduzir
esses erros é calibrar frequentemente todos os tennopares utilizados.
f 6.5
Termômetros de Radiação - -
Todos os corpos da natureza são fonnados por moléculas. formadas por átomos. que são fomtndos por partículns aindn mais
elementares. Cada substância formada por moléculas ou átomos
pode apresentar~se nos estados sólido, líquido ou gasoso. depcndendodascondi'<õesdetempcraturaaqueforsubmetida.Tnnto
os átomos como as moléculas estão em constante movimento de
vibração e rotação. e são dotados de energia cinética e potencial.
A tempcratum absoluta de um objeto é uma medida da agitação média dos átomos e moléculas que o constituem. Um sólido. por exemplo. tem seus átomos vibrando muito rapidamente em tomo de uma posição de equilíbrio. Quando sua temperatura é aurnemada. eles vibram a uma velocidade ainda maior.
afastando-se maisdasuapusiçãodecquilíbrio.
Osátomos.apcsardescrcmpanículasdccargatotalneutra,
são formados por cargas positivas e negativas (além das cargas
neutras - nêutrons). Uma vez que os átomos estão em constantemovimcnto,cssascargasestarãosubrnctidasàslcisclctrodi-
306
CapÍluloSeis
Vis lvel
/ :; IR~os
lultravioletallntravermello[ Ridio
/
I
Figura 6.57
1 - .. - .. -
1
I
Comprimentos de ondas eletromagnéticas, de,tacand<>-St: a regiiío de infrm·ermelho
n5micas. que. em sfntese. sustent~m que toda carg~ em movi mento está associada a um campo elétrico variável. o qual. por
sua vez. produz um campo nwgnético variáveL Pode-se concluir.
portamo. que qualquer corpo na natureza (todos os corpos têm
temperatura absoluta maior que O K) será uma fonte de campo
eletromagnético denominado radiação térmica. Essa radiação é
determinada pelas leis da óplica. podendo ser refletida. filtrada
etc .. além de ser medida para se relacionar a temperatura de
qualquer objeto
Essa radiação eletromagnética pode ser caracterizada por sua
intensidade ou por seu comprimento de onda. Objetos muito
quentes irradiam energia eletromagnética na região visível do
espe<:tro entre 0.4 1-1-m (azul) e 0.7 1-1-m (vennelho). Esse fenômeno pode ser observado em urna lâmpada incandescente. com
controle de potência. Quando a lâmpada estiver muito 4uente.
suacorserárnuitointensaebrilhante.À medida que a potência
diminui.alâmpadatorna-seamarelada.vermelha.atéperdera
cor (ficando da cor original do filamento). Nesse ponto. apesar
denãohaveremissiíonafaixadaluzvisível.ofilamentocontinuaquente.emitindoernumafaixadoespeclroconhecidocorno
infravermelho. A pele do corpo humano emite mdiaçào térmica
na faixa entre 51-1-m e 15 1J.tn.A Figura6.57 mostra oscomprimcntosdeondaselctromagnéticasparaalgurnasfaixas.destacando--searegiâodeinfravennelho.
POOe-se condu ir então que é possível medir a temperatura de
um corpo medindo a radiação térmica por ele emitido. Isso pode
serfeitomcdindo-scaintcnsidadcdcradiaçãoouanalisando-se
ascaracterfsticasdoespectrodcfrequência(oucornprimentode
onda)
t 6.5.1
/
- - - - - - - - - - . :mprime nto de onda
Radiação térmica - - - - -
O olho humano utiliza apenas um:~ mimíscula fraç5o d:~luz emitidapeloSoldentrodafaixavisfvel.Naverdade.amediçãode
tcmpcraturaatravésdcradiaçãotérrnicavcmsendopraticadahá
milhares de anos. Há muito tempo é evidente que o ser humano
utilizou propriedades de metais para forjar ferramemas ou matcriais.Erausualqucqucmdcsempcnhasseessatarcfasoubcsse
(apartirdaexperiência)aquecoresrelacionadascomtemperaturas se poderiam obter os melhores resultados. Entretanto. somente na Renascença é que o termômetro foi inventado. e a
partir do século XVI importantes nomes da ciência. lais como
Newton, Huygcns. Hcrshel. Fmunhofcr. Maxwcll. Helmholtz.
Kirchhoff. Stcfan. Boltzman. Wien. Planck e Eisntcin. deram
importantescontribuiçôcs.quescrviramnâoapenascomobase
para o entendimento da radiação térmica. mas também como
baseparaateoriadafísicaquântica
Ascaracterísticasdoespeclroderadiaçãodependemdatemperatur.t absoluta do corpo e de sua vizinhança. A lei de Planck.bemcomoatcoriaquântica.constituiabasematemátka
parasequantificaraenergiaderadiaç5otérmica.Piancksupôs
que a radiação térmica era formada por pacotes de energia dcnominadosfótonsouquamaea sua magnitudccradcpcndcme
do comprimenlo de onda dessa radiação. A energia lot ~l de um
quantumécalculadamultiplicando-seaconstantcde Pianck/1 "'
6,6256 X lO .l-I c a frcquênciadc radiação v. Em 1905, Einstein
postulou que esses quanta são fonnados por partículas que se
movimentam à velocidade da luz. Com isso. chegou à relação:
E "' hv "' hc/A
Ainterprctaçàodessacquaçàoimplicaqueaquantidadcdccncrgia depende do comprimento de onda ou da frcquência da radiação. Aradiaçãocrnitidacollsistccm uma distribuição contínua.
nâo unifonne de componentes monocromáticos que variam com
ocomprirnentodcondaccomadircção.Aquantidadedcradiação por intervalo de um comprimento de onda (con<.:entração
espectral) também varia com o comprimento de onda. Além disso.amagnitudedaradiaçãoemqualquercomprimemodeonda
ctambémadistribuiçãocspectralvariamcomaspropriedades e
as tempcr.uuras da supcrffcie emissor.t. A radiação também é
direcional. e a superfície pode ter uma determinada direção parairradiarmaiscnergia
Dentro do espectro eletromagnético. a região de radiação térmicac>tcndc-scdeO.IalOClOI-l-m.Essafaixaincluiultravioleta.
luzv isíveleinfravemtelho.edenomina-seradiaçâotémtica(muito imponante no estudo de tcrmomctria por mdiação)
Apesar de os scnsores geralmente medirem em uma faixa
cntre0.78c I(X)()I-1-m(invisívcisaolhonu).costuma-seutilizar
afaixaentre0.7e 141-l-mnamediçâodetcrnperatura.
t 6.5.2
Corpo negro e emissividade -
A energia que incide em um objeto pode ser absorvida, rcnetida
outransmitida(seoobjetonâoforopaco).Seesscobjetopossui
tcmpcraturaconstantc.cmãoataxadccncrgiaabsorvidadcvc
serigualàtaxadeenergiaemitida:casocontrário.oobjetoesqucmaria ou csfri~ria. respectivamente. A Figura 6.58 mostra
esse fenômeno
Sendo assim. pode-se conduir que. quando a temperatura é
co nstante.aabsorçâo.arencxãoeatransmissâodevem fonnar
umfatordevalorullitário
Em J 860. Kirchholf definiu o corpo negro como uma supcrfíciequenâorctletenemtrallsmitc.rnas apenas absorvecnergia.
independentemente da direção ou do comprimento de onda. Se
Mediç:lo de Tcmperotura
307
~=
~1:1:~
Figura 6.58 Oeromposiç~ da cllCrgia rndiamc em parcelas renctida..transmitidaeabs«vid.a.
a fração absorvida por um corpo real é denominada a c para o
corpo negro
a = a"= I .
Para corpos que nilo se comportam corno corpo negro ideal.
O :S a < l. O calor de radiação tmnsfcrido pode ser escrito co-
q._,= a·q __ .
Além de absorver toda a radim;àu incidente. o corpo negro também deve ser um perfeito irmdiador (OU emissor). A fim de avaliar
ascapacidadcsdccmissàudeumasupcrficicrcalcmrclaçàuao
corpo negro. Kirchhoff definiu a cmissividadc c como a razão da
radiação ténnica emitida por uma superfície 11 temperatura Tcom
a do corpo negro considerando as mesmas condições.
t: ""' G--,..,..
G,..,.._... .
A emissivid."'de depende da temperatura e da superfície do
corpo. Esse: parJmetro constitui um impor1antc fator na medição
dctcmperaturasemcont nto.
No final do século X IX. Stcfau c Boltzmauu deselli'Oivernm
trabalhos experimentais que levariam à conclusão de que a radiação em itida da superffcic de um objeto é proporcioual à quartapotênciadatcmpcmturaabsoluta:
Figura 6.59 Comportamento de um OOfJJO IICgro. de um corpo cinzaedcumobjetoquetcmrcspostavariadasegundoocomprimentode
"'"'
corpo negro, de um corpo ci nza c de um compo rtamento variável
comocomprimcntodconda.
O conceito do corpo negro é importante porque mostr.t que a
potência radiante depende da temperatura. Ao utilizarmos se nsoresdetemperaturaserncont ntoparnmcdiraenergiaemitida
de um objeto, dependendo da natureza da supcrffcie.de\'e mos
levar em conta e conigir a cmissividadc. Por exemplo. um objeto com e mi ssividade 0.7 irradia apenas 70% da energia irradiada
pelo corpo negro.
A melhor aproximação para um corpo IICgrQ coustitui-se de
uma ca,•idade com a temperatura imema uniforme e o contato
com a vizinhança feito através de um pequeno orifício (muito
menor que a cavidade). como mostra a Figura 6.60. A grande
maioria da radiação que e mmr na cavidade é absorvida ou então
refletida internamente até ser abson•ida. O pequeno orifício garamequcapenasumaradiaç3odcsprczh·clconscguccscaparda
ca,•idade. Dt:ssa forma. o corpo se aproxima de um perfeito absorvedordcradiaçào.
Uma vez que a temperatura interna da cavidade é mantida
constante, a taxa de absorçOO deve ser igual à taxa de emissilo.
Para ilustrar essa conscquência. pode-se co locar um novo corpo
q=uT,'.
em que u = 5.61 X lO 1 W/rn 2. A taxa de transferência de calor
por mdiaçilo para um corpo que uno tem compor1amcnto de corpo negro por unid:tdc de área é definida como
q • ua(T,• -
T.!,).
sendo r, a temperatura da superffcic c T,;, a tcmpera1Ura da vi zinhança.
Apesar de algumas superffcics terem componamcnto parecido com o do corpo negro. todos os objetos reais têm emissividade r. meuor que a unidade. E.~scs objetos são classificados
t Corpos cin7.a: qnalldo a emissividadc não varia oom o conJprimentodeonda.
t Corpos não cinza: quando a cmissh•idadc varia com o comprimemo de onda.
A maioria dos objetos orgânicos são corpos ci uza com emissividade e mrc 0.9 c 0.95. A Figura 6.59 mostra a resposta de um
Figura 8.60 Aproximaç11oda definição de um corpo rK"gm
308
CapÍluloSeis
negro dentro da çavidade à mesma tempemtura. Se as tempemturas forem realmente iguais e uniformes. o corpo negro mantém
T constante. Em muitas aplicações de engenharia. o meio é opaçoàmdiaçãoitKidemeeaparçelarclativaàencrgiatransmitida
é desprezada. Nessecaso.éapropriadoafirmarquearadiaçãoé
absorvidaerelletida.Essasparcelasapresentammagnitudesque
dependem do çomprimcnto de onda e da natureza da superfíAsçardderísticasespectr.J.isdaradiaçãodoçorponegruforam
determinadas por Wilhelm Wicn em 1896·
E,,. (A.
T) ~
211'
( ""-) '
A' e>Kr
sendo que E,,,. representa a in tensidadederadiaçãoem itida
por um çorpo negro à temperatura T. para um çomprimento
de onda Aporunidadedecornprimentodeonda.porunidade
de tempo. por unidade de ângulo sólido. por unidade de área.
lt = 6.626 x w -:• J scK = 1.3807 x Jo·>J J · K -' são as
çonstantes universais de Plançk e Boltzmann. respectivamente
C 0 = 2.9979 X lO' m/s é a velocidade da luz no vácuo e T é a
tcmpemtura absoluta do corpo negro em kclvin. Devido ao fato
deteremsurgidopequenasdisçrepãnciasentreresulladosexperimemais. em 1900 Planck sugeriu um pequeno refinamento:
211'
E,,. (A.T) =
C,
A'(effi: -1)= A'(e%- -J)'
Foi a JXlftir dessa equaç5o que Planck postulou a sua teoria qu;in tiça,naqual asconstantesderadiaçãosão:
C,~
27ThcJ- 3,742 X 10 1 W .,.un '/ m 2
C1 =
~ = 1. 439X 10'
,u.m · K
A distribuição de Planck pode ser observada na Figum 6.61, e
indicaquearadiaçãoemitidavariacontinuamentecomavatiação do comprimento de onda. Com o aumento da temperdtura.
aquamidadetotaldeencrgiaaumcntaeopicodaçurvasedeslocaparaaesquerda.ouparaumcomprimentodeondamenor
(ou frequênl'ia mais elevada). Pode-se observar também que. a
tempcraturasmuitoclevadas.aenergiaemitidafiçadcmrodo
espectro visível.
A distribuição espectral da Figura 6.61 mostra que existe um
çomprimcmo de onda no qual a energia irradiada é máxima. Diferenciando-seaequaçãodel'lançkemrelaçãoaAeigualandose o resultado a zero. pode-se calcular o ponto de máximo dependcmcda temperatura. Pode-se então determinarA..., · T =
CJ.sendoC, = 2897.7 Mm · K. Esse resultadoéconheddocomo lei de deslocamento de Wien. e indiça a máxima radiação
emitida para çada temperatura em um comprimento de onda cspecífiço.
Observe na Figura 6.61 que as máximas radiações estão associadasapcqucnosçomprimcntosdeondacaltastcmpcraturas. Apesar de a figura mostrar a variação da radiação em todo
oespenro. um medidor de temperatura por infravermelho não
utiliza toda a faixa. Existem várias explicações para isso. Pode-se observar que. em comprimentos de onda menores. ocorre uma taxa de variação de radiação maior que em comprimentos de onda maiores. Isso pode significar uma medida que tem
maior precis~o: entretnnto. em um dado l'Omprimento de ondn
existe um limite de temperatura que pode ser medido. Com o
decréscimo da temperatura. o termômetro infravennelho se
deslucaparacomprimentosdeondamaiures.diminuindoaprecisão
Existem problemas também em re lação ao material. já que
nanaturezanenhumcorpoconsegueemilirl'omaeliciênciado
corpo negro. Mudanças naemissividadedomatcrial, radiação
deoutras fonteseperdasda radiaçãodevidasafumaça. poeira
ou absorção atmosférica podem introduzir erros. Dessa forma.
cmissividadc e é composta basicamente de três imponantcs parã metros
A capacidade de absorção de um material signifiça a frJ.ção
dcradiaçãoabsorvidapelasupcrfíciedomatctial.Apesardcessacapacidadedeabsorç5odependerdadistribuiçãodirecional
dessa radiação e do comprimento de onda. pode-se definir cr ço-
ComprimentodeondaA(J.m)
Figura 6.61
PotênciaemissivadororponcgroprevistaporPlanck.
Mediç:lo de Tcmperoturn
mo a capacidade de absorção hemisférica total. represent ando a
média direc ional e o comprimento de onda. A ntesma é definida
como a fraçllo tOta l de r.tdiaç~o absorvida pela superfície.
o
a ~.
o, + p, + T, = I
emqueG-. reprcsentaaradiaçOOabsor.•idapelasuperfícieeG
a rad iação incidente total. O valor de o. portanto. depende da
distribuiçàoespcctraldarndiaçãoiocidcnteedanaturc7.adasupcrficiedcabsorç1lo.
A capacidade de n' ne,;ão de uma su pt>rílCie define a fração
deradiaçOOqueincidesobreumasupcrffciequeérefletida.Admit indo-se que a capadd:l(.le de reflexão representa uma média
integrada sobre o hemisfério associado à radiação refletida. podesedcfiniracapacidadedercflcxão hcmi5féricatotalcomo·
p ilE ~,
em que G"<i rcpresenwa ntdiaçàorefletida pe la superfície e
Garadiaçàoincidentetotai.Seaintens idadeda rad iaçãorcfletidatotaléindcpendcntcdadireçiíod a mdiaçàoi ncidente
edadireçãodarndiaçilorefletida.asuperfícicédenominada
emissoradifusa.Casocontrário.seoânguloincidenteéequi valenteao!ingulorcflctido,asuperffcieédenominada refletoraespecula r.Apesardenàoexistiremnemsuperficiesdifusas nem especulares perfeitas. pode-se aproximar um comportamento especular por um espelho. enquanto um comportamento difuso pode ser aproximado por uma superfície áspernirregular.
Transmissh·idade ou a ca pacidade de transmissão é a propriedade de transmitir uma quantidade de radiação por meio de
um material. Novantente supondo que a trnnsmissividade representa uma média integral. pode-se definir a transm issividade
hemisférica tota l como
0
T iiE
;;·'
em que Gr,.., represen ta a r~diaçào transmiti da pela superfície e
G represe ma a radiação incidente total. A Figura 6.62 mostra um
esquema de uma medição sem contato de um objeto sob influênciadostrêspar:1metroscomentados.Observequeaenergia
absorvidaéagoraemitid:lpcloobjcto.
Figura 6.62
l nOuênci~
309
Como comentado anterionnentc. a soma das frações totais de
energiaabsorvida.renetidaetronsmitidade\'escrigualàenergia
incidente totaL Paro qualquer comprimento de onda tem-se:
Considerando-se o componamento médio sobre o espectro
total.
a + p+ T• I
Para um meio opaco. o ' 'alor de transmisslo pode ser despreza+ p = I. Para um corpo negro. as fmções tmnsmitidas c
refletidas silo 1.ero (corno apresentado an teriorme nte).
do e a
t 6.5.3 Termômetros Infravermelhos e
pirõmetros - - - - - - - - - O termo pirômctro foi originalmente empregado para denominar
instrumentosutiliz:tdosp3ramedir tempcraturadcobjetosem
alta incandescência (:tcim:t do brilho necess~rio ao o lho hu mano). Os pirõmetros originais eram instrumen to~ óptico~ que mediamtcmpemturasemcont:ttoatmvésdaavaliaçãodaradiação
visívelemitidapor objetosque ntescbril hantes.
Um conceito mais moderno seria o de que o pirõmetro f um
instrumento para ntedição de temperatura sem contato que intcrceptaeavaliaaradiaçàocmitidupordetcrminadasuperfícic.
Os tennos pirõmetros e tennômetros de radiação silo muitas vezes utilizados por diferentes referências bibliográficas para de.scre\·er o mesmo instrumento. A Figuro 6.63 mostra a e)lecução
de uma medição com um temlÕmetrode radiação medindo temperatura sem contato.
Basicantente. um termômetro de radiação consiste em um sistema óptico e um detector. O sistema 6ptico foca a energia emitida por um objeto sobre o detector. A salda do detector-é proporcional à energia irradiada pelo objeto menos a energia absorvida
(pe lodetector).earcspostadessedetectorestárelacionadaaurn
comprimento de onda específico. A Figura 6.64 mostr~ um diagrama de blocos de um temtõmctro infravennclho. Esses instrumentos são interessantes par~ a mediçOOdc objetos em mov imento oo então de objetos cuja po~içào ou condição toma a medida
detcrnperaturaumatnrefadiffcilouque dealgumamaneirapo-nhacmriscoasaúdcdaspessoosenvolvidasnoprocesso.
da COCI'Jli~ emitida. transmitida c refletida na medida de: um tmnônlCtro sem contato.
3 10
CapfwloSeis
onda no qual a medida é executada. A oondição da superficie afeta
os \'alores de emilância. Superffcies polidas apresentam valores
baixos.enquarttosupcrffciesásperasoumal-açabadasaprescntam
\"alorcs de cmit!iocia mais elevados. Além disso. à medida que os
rnateriaisox idam.osvaloresdeernitânciatendernaaurnentarea
depemlênciadascondi~ilcsdasuperfície tendeadintinuir.
Figura 6.63 1-.kdição com uon tcrm6onctro .-;em contmo. Cortesia
Minipa lnd.eCom.Ltda
Os tennõmetros de radiação infravenne lha consti tuem uma
família dentro dos termômetros de radiaçOO. por medirem uma
faixa espccffiea de radiação emitida que vai de 0.7 a 20 J.lnl de
tomprimcmodeonda.
Apesardasfadlidades.essesinstrumcntosapres.entamalgumas desvantagens. tais tomo o custo. O preço dos tcm\Ômetros
de rad iação varia bastante. masesscssistemassàomaiscaros
que os siste mas implememados com RT Ds c com tem10pares
Alérnd isso.nãoexistcmregrasaccitasedcfinidasern processos
decalibraçào.como nocaso dosdoisprimciros.
Os temJOS emissi~·idade e emitilncia apresentam diferenças fundamentais. A emissividade é a razão entre a~ emitãocias: real e do
ootpO negro. Enquanto a emissividade se refere às propriedades do
material. a emitâocia se refcrc às propriedades do objeto. Des.o;e
modo. a emissividade é apenas um fator entre outros, como geometriaoxid.-.çãocc.stadodasupcrf"tcieparJscdetcmtinaraemitância.
A emitâocia também depende da tempernturnedocomprimentode
Cavidadtoeom
L&ntes temperatura
Fi~ro
~·-
Figura 15.64
Os valoresdce missividadeparaq uasc todas as substâ nc ias
sãoconhecidosepublicados. Entretan to.va lorcsdeemissividades determin~tdos em labomtório raramente silo iguais aos valores publicados. Como regrn prátka, pode-se admi tir q ue nmteriais
não metálicos opacos possuem emissivittlde al ta e estável (0.85
a 0.90). A maioria dos materiais metálicos não oxidados apresenta va lores de cmissividadc baixos a médios (0.20 a 0.50). O
ouro.aprotaeoalumíniosãoexceções. por apresentarem ~·alo-­
res de emissividade dentro de uma faixa de 0.02 a 0.04. A temperaturadesscsmctaisnàoésirnplesdemedir.
Umarna neiradcs.e detenninar a emissividadeexperimentalmcnteécompantras mcdidasdotemJômetroderadiaçãocom
os va lores de scnsorcs como RTDs c tcrmopares. A diferença
nasleiturasdc\"c-scàemissividade. Para tern peratur.LS dcaté250
"C o valor de emissivi dade pode ser determinado experirnentalmcntefixando-seumapcqucnamáscara prcta(fitaadesiva)na
superfície do objeto cuja temperatura se deseja medir. Utilizando um pirômetro de radiação aj ustado para uma cmis.sh•idade de
0.95. meça a temperatura da fita adesiva. Em seguida. meça a
temperaturadasuperfíciescmafitaadesi\·a.Adifcrcnçaentre
os valores~ re lativa à cmissividade da superfície do objeto.
Aequaçàobásicaparasedcsereverasaídadeurntcmtôntctro
de radiação~
V(7) = s AI".
se ndo
V(7). tensão de sllida do tennômetro dependente da temperatura
e.emissividadc
K. constante de Boltzmann
T.tcmpernturadoobjeto
14 388
N. fator calculado tOm N =
AT
A. comprimento de ooda
Delllctor
Diagrama de blocos de um term6rnetro infra•·crmelho.
MediçâodeTemperatura
Muitos instrumentos apresentam a possibilidade de ajuste de
emissividade. O ajuste pode ser feito utilizando-se tabelas ou
expcrimentahnente.Paramaiorespredsões.recomenda-seurn
ajuste experimental.
Gemi mente os valores de emissividades tabelados são obtidos
por meio de pirômetros localizados perpendicularmente aos objetos de interesse. Se a posição do instrumento no processo de
mcdidaultrapassar30°,é necessáriorccalibraroinstrumcnto. A
presença de janelas de vidro ou outro material no caminho também afeta a medida (aproximadamente 4% da radiação na faixa
do infravermelho é refletida).
Como regra geral. a utilização de termômetros com pequenos comprimentos de onda na aplicação do princípio da razão
de radiação anula grande pane dos problemas com a emitànda.
Pequenos comprimentos de onda. de cerca de 0.7 JJ.m. são interessa ntes porque têm um ganho de sinal alto. o que tende a
reduzir efeiws de problemas de variações de emitância. além
de efeitos de absorção de radiação devidos a vapor. poeira c
fumaça
41 6.5.4 Tipos de termômetros de
radiação - - - - - - - - - - Basicamente. os termômetros de radiação consistem em um sistema óptico para redirecionar a energia emitida pelo objeto. um
dctcctorqueconvcrteessaencrgiaemumsinalclétrico.umajustcdccmissividadceumcircuitodcajustcdccompensaçãode
temperatura. para garantir que variações no interior do instrumento não afetem a medida
Na escala de tempo, pode-se observar que os antigos terrnômetrosdemdiaçãofuncionavamdessamancira.eadiferença
en tre esses instrumentos c os instrumentos mais modernos consistenosavançostecnológicosdecadaurnadestaspartes:fihros
ópti.:os seletivos. sensorcs precisos c .:om dimensões reduzidas
alémdeprocessamcntomicroprocessado
ti 6.5.4.1 Termômetros de radiação de
banda larga - - - - - - - - - São os mais simples e baratos. Em geral apresentam uma res posta dentro da faixa de 0.3 a 20 JJ.m . Tanto o limite superior
como o inferior são funções do sistema óptico. Termômetros de
bandalargadepcndemdaemitânciatotaldasupcrfíciemedida
Um controle de cmissividadc no instrumento pcnnitc que o usuáriocompenseoserrosdeemitância.desdequeestasejaconstante.
O caminho cmre o instrumento e o objeto de interesse deve
estar dcsobstruído c com o mínimo de vapores. fumaça ou poeira (esses componentes atenuam a radiação). O sistema óptico
deve ser mantido limpo e protegido. Faixas padrões de Oa I()()()
°C e 500 a 900 °C com precisão total de 0.5 a I% do fundo de
escalas são típicas desse tipo de termômetro.
ti 6.5.4.2 Termômetros de radiação de
banda estreita - - - - - - - - Os termômetros de banda estreita podem também ser dassificados como tcmtômctros de cor única. O detcctor.juntamentc com
Jll
um sistema de filtro óptico, determina qual faixa específica pode ser medida com esse instrumento. Um dos maiores avanços
na termometria de radiação foi a introdução de filtros seletivos,
oqucpermitcaoinstrumcntoserajustadoparaaplicaçiíescspecificas.aumcmandoaprecisàodamedida
Excmplosdcrespostascspectraisseletivascstãona faixa de
8 a 14 JJ.m, que diminuem a influência atmosférica em longas
distâncias:7.9JJ.m.utilizadosparamediçãodcalgunsplásticos
finos:5JJ.m.par.tmcdiçãodesuperfícicsdevidro:3.86JJ.m,quc
evitam interferência dodióxidodccarbonocdovapordeágua
cmchamasegasesdecombustão
A escolha dos .:omprimentos de onda também é função da
tcmpcratura.Ospicosdeintensidadedcradiaçãomovimentam-sc na direção de comprimentos de onda menores à medida que a temperatura aumenta. Por essa razão. termômetros
de radiação de banda estreita com pequenos comprimentos
dcondasàoutilizadosem aplicações que impliquem temperaturas altas.
Se as considerações anteriores não se aplicam. umaboacscolhaétrabalharcompcqucnoscomprimcntosdeonda.taiscomo0,7 f-1-111 . uma vez que os efeitos de variação de emitância têm
sua influência reduzida. Esses tcmlômctros podem apresentar-se
em diversas formas. desde instrumentos portáteis até medidores
fixos com transmissão remota. As faixas de tempcratum variam
com o fabricame. mas alguns exemplos comerciais de faixas
podem scrótados: - 37.78 a 6(X) "C. O a I 000 oe, 600 a 3 000
oc c 500 a 2 000 oc_ A prcdsào típica está dentro de uma faixa
de 0.25% a 2% do fundo de escala
ti 6.5.4.3 Termômetros de radiação de
duas cores - - - - - - - - - - Esses termômetros também são conhecidos como termômetros
de razão de radiação. Eles captam a radiação emitida por um
objeto em duas faixas de comprimentos de onda. Esse instrumcntoécunhecidopcladenominaçãotermômctrodcduas.:ures.
porque originalmente os comprimentos de onda caíam em uma
faixadentrodocspcctrorelativoàluzvisívci.Atualmentc.oinfravermelhotambém foi acrescido. A medida de temperatura
depende apenas da razão das duas medidas de radiação. e não
de seus valorcsabsolutos. lssofazcom que o termômetro seja
inerentemente mais preciso. uma vez que todas as incertezas
causadas por par:imetros. tais como emissividadc. acabamento
desupcrfícics.alémdcclemcmosqucabsorvcmencrgianocaminho, como vapores de água. são anuladas, já que em ambos
os comprimentos de onda as influências ocorrerJo de maneira
muitoscmelhantc.A Figura6.65trazumcxcmplodautilização
de dois comprimentos de ond<t par.t a implementação de um termômetro de duas cores. A Figura 6.66 mostra um esquema de
um termômetro de duas cores. Observe que existem duas janelas
com filtros para dois comprimcmos de onda diferentes. Existe
ainda um sensor que detecta qual é a posiç5o atual do disco
Dessa maneira. o microprocessador pode relacionar as informações dos diferentes À. Como essa informação vem do mesmo
material.céfeitaumarelação,oefcitodacrnissividadeécancelado
Erros nesses sistemas são introduzidos em materiais que não
se comportam como corpos cinza (a cmissividadc varia com o
3 12
CapÍluloSeis
comprimento de onda). c ainda quando os caminhos até o objeto-alvo não atenuam a radiação de maneira igual. A implementação de um termômetro de duas cores pode ser feita também
dividindo-scofcixcatravésdcumsistcmaóptico.AFigura6.67
trazoesquemadeumdivisordefeixe.
,, '
Alguns termômctrns de razão de radiação utilizam mais que
dois comprimentos de onda. Esses equipamentos implementam
umadetalhadaanálisedast:aracterísticasdasuperfíciedoobjeto-alvo, tais como emissividadc. resposta em função do comprimentodeonda.temperaturaepropriedadesquímicasdasuperfície. Com esses dados é possível implementar um processamento eficaz por meio de um computador. O dctcçtor consiste em
umsistemaópticodivisordefeixeefiltrosparaaradiaçãoincidcnte.
Oçvc-sc considerar seriamente o uso de termômetros de mdiaçãodeduascoresou multicomprimentosdeondaparaaplicaçõescmqueaprccisãocarcpetitividadcsãuparãmetroscríticos. ou ainda em aplicações em que o objeto-alvo sofre modificaçôesquímicasefísicas.Semdtívida,agrandevantagemdesse termômcuo é que ele não depende da emissividadc do objeto.
Esses instn.uncntos cobrem grandes faixas de temperatura. Faixas comerciais típicas vão de 900 a 3 000 °C, de 50 a 3 700 oe,
As precisões típicas desses instrumentos estão na faixa de 0,5%
a2 % dofundodeescala
• 6.5 .4.4
Figura 6.65
Comprimento de onda, ~
Principio de funcionamento do tertllÔmctrode radiação
Diagrama de blocos de um
tcnnômctrodc radiaçãodc duascorcs.
Figura 6.66
Pirômetros ópticos - - - - -
Os pirômetros ópticos medem a radiação do objeto-alvo em uma
pequena banda de cumprimentos de onda do espectro térmico.
Osinstrumcntosantigos(cmqucscaplicavacsscprincípio)utilizavam o brilho avermelhado (JX>rtanto. dentro do espectro vi sível) em aproximadamente 0.65 J.tm. Esses instrumentos também eram denominados instrumentos de uma cor apenas
Filtro {~ , )
~--
lolllilllllliD·-~.
:ff
~~:f:e
Cotimador
Figura6.67
Divisordofeixedcradiação
/Ê
------------- ••
c
E
MediçâodeTemperatura
J IJ
Figura 6.68 Princípio de funcionamento
dcurntennômetroóptioo
Os pirõmetros ópticos também podem ser considerados termômetros de radiação de banda estreita. Aqui no e manto foram
classificados como um tipo de termômetro de radiação
Os modernos temtõmetros de radiação podem medir na faixa
do infravermelho. A Figura 6.68 mostra o princípio de funcionamento de um termômetro óptico
Os pirúmetros ópticos medem temperatura por comparação
Oinstrumentosclecionaumafaixaespecílicadaradiaçãovisívcl
(geralmente o vennelho) c compara-a com a radiação de uma
fonte .:alibrada - no caso da Figura 6.68. o filamento de uma
làmpadaincandescente.Aescolhadeliltrovermelhodeve-seao
fato de que com a cor vennelha se consegue urna radiação pra ti.:amente momx: rumátka. sem perdas de intensidade. o que não
scconseguecomliltrosdcoutrascorcs.Aicnteobjetivaéfocalizada de modo a formar uma imagem do objeto no plano do
lilamentodalftmpada:aocularéfocalizadasobrco!ilamento
Ambas as lentes estão simultaneamente em foco. com o filamcn todopirômetroatravessandoaimagerndafontederadiação
Ajustando-seawrrentedolilamemo.faz-sevariaraintensi dadc da cor do filamento. até confundir-se com a cor do objeto.
Em vez de se calibrar a escala do reostato em corrente. calibrasediretamenteemtemperatura
Os pirõrnctros modernos não são manuais: por isso. em vez
de se mudar a potênc ia dissipada no filamento. utiliza-se um
sistema óptico móvel tal como o mostrado na Figura 6 .69. Tratase de pirôrnctros ópticos para medir na região do infravermelho.
Essesinstrumentosutilizamumdetectorderadiaçãoeletrúnico.
em vezdoolhohumano(algunsutilizamoolhohumanopara
fazer o foco. como se vê na Figurd 6.69). Uma quantidade de
radiação emitida pelo objeto-alvo é cornparada com a radiação
emiti dapelafonteintemadereferênc i a.Asaíd;~doinstrumento
é proporcional à diferença de radiação entre a rcferênciaeoalvo.Urnsistemadechaveamcntodenorninadochopperópticofaz
com que. em um momento. o detector esteja exposto à radiação
doalvoe.emoutro.àradiaçãodafontedercferência
Essaenergiairradiadapassapor urna lente e chega a umcspelhoquercfletearadiaçãoinfravennelhaparaodetedor.mas
permite que a luz visível entre por um pequeno orifício ajustável
parasefazeroajustefocal. Existeaindaumalârnpadaqueproduz uma radiação de referência. Em detenninados momentos
sincronizados, o detector deixa de receber a radiação do objeto
e passa a receber a radiação da lâmpada. compondo um sistema
de .:omparação. Pirúmetros ópti.:os como esses descritos geralmente têm precisão de 1 a 2% do fundo de escala
t 6.5.5 Detectores ou sensores de
radiação térmica - - - - - - - De modo geral. existem dois tipos de scnsorcs conhecidos por
suacapacidadederespostaespectral:próximaàregiãodeinfravermelho e afastada da região de infravermelho. aproximadamente de 0,8 a 40 p;m. O primeiro tipo é conhecido como detector qu5ntico. e o segundo tipo, como detector térmico
t 6.5.5.1 Detectores quânticos ou de
fótons - - - - - - - - - - - -
------{- uuouummu+®>
()h)
S~o componentes fotocondutivos ou fotovoltaicos cujo funcionamento baseia-se na interação de fótons com a rede cristalina
de materiais semicondutores. É o princípio do efeito fotoelétrico
descobertoporEinstein (trabalhoquelhe rendeuoPrêmioNobe l). Basicamentc.Einsteinpartiudoprincípiodequealuz.pclo menos em certas circunstâncias. poderia ser modelada por
pa.:otesdeenergiadenominadosfótons. Aenergiadeumúni.:o
fóton podia ser calculada por·
E = I!V.
Figura 6.69
rnático
Princípio de funcionamento do pirômctro óptico auto-
Quando um fóton atinge a superfície de um material. pode
ocorrerageraçãodeumelétronlivre. lssovaidepcnderdaenergiadofótoncdomateriai.Ateoriaquânticaécapazdeexplicar
algumas propriedades de sólidos. Por exemplo. sabe-se que a
diferença entre condutores. semi.:ondutores e isolantes é devida
basicamentcàsdifercnçasdesuasbandascnergéticasdcvalên-
3 14
CapfwloSeis
cia. que em poucas palavras tradu7.cm a energia necessária para
arrnncarou deslocar elétrons de suasposições. 1
Quando um fóton de frequi:ncia v, minge um cristal semicondutor.suaencrgiascr.isuficicntcpamdeslocarumclétrondabanda de valênciaparaabandadeconduç;loern um nh·cldcenergia
mais elevado. A f~lt~deurnelétron naband:tdevalênciacriaurna
lncunn que tmnbérn serve como um ponador de carga. resultando
ernunwreduçllodaresistividadeespecfficadommerial
Para a mcdid~ de objetos que emitam fótons com energia de
2eVoumais.sãoutili7;~.dosdetectorcsquãntieosàtemperatura
ambiente. Para valores de energia menores (comprimentos de
onda maiores). são necessários semicondutores com gaps de
energia menores. Emretanto. se esses compoocntcs têm um g(IP
de energia muito pequeno. a própria temper.uura ambiente faz
com que exista um ruído intrínseco. que impossibilita qualquer
medição. uma vez que o componente apresentará um ruído de
fundoqueser.idaordemde grande za do sinal a nu..-dir. Uma ma-
Flgur• 6. 70 Dete<:tor em que~ utili1.am tcrmopilllas.
neiro~dercduziressccfcitoércsfriarosemicondutor;entrctanto.
a l'elocidadcdercspostater.iurndecréseimo.
Muitostennôrnetrosderadiaçãoutilizarndetec10resqunnticos
ou de fótons. apesar de os mesmos medirem em uma faixa de
espectrornuitomenor.lssosedeveaofatodeasensibilidadcdos
mesmos ser I<XX.l a 100.000 ,-ezes maior que a de sensores térmicos. O tempo de resposta desses dett'Ctores é da ordem de p.;;.
Esses detectores. porém. são inst:'i1•eis para comprimentos de
onda muito grandes e altas temperaturas. Em geral. s.ão utilizados em pirõmctros de faixa~ c.strei!as a temperaturas médias. tais
como 93 °( a 427 °( . por exemplo.
41 6.5.5.2
Detectores térmicos, _ _ __
Outrotipodedctectoresderadiaçãosãooschamadosdetectores
térmicos. que. ao comr:'irio dos detectores qufint ieos. respondem
ao calor gero~do pela absorção de radiação térmica pela superfí~
ciedoelementosensor.
A lei de Stcfan-Boltzmann Clõpccifica a potência radiante que
vai emanar de uma superfície à temperatura T. em direção ao
espaço frio infinito (zero absoluto). Quando a radiação ténnica
~ detectada pelo scnsor. a radiação oposta do objeto à fonte deve
ser levada em conta. Um sensor tém1ico é capaz de responder
apenas ao nuxo ténn ico d~ rede. ou seja. o nuxo térmico originado na fonte menos o nuxo térmi co dele mesmo.
A equação
•I> : ,.,0
+ <1>, :
Aee, u(T~
- T,' ).
em que ( Jl 0 é o nuxo térmico do objeto. <ll, o nuxo térmico do
sensor. u = 5.67 x t0- 1 W/rn'K' a constante de Stefan-Boltzmann. 8 e 8, as emissividades e Te T, as temperatur.lS absolutas.
relacionaapotênciatémJicaabsorvidapelosensoreastemperaturasabsolutasdosensoredoobjeto-alvo.
E.~scs tipos de detectores geralmente s.ão lentos. por dependerem da sua massa. l)e fato. eles precisam atingir um equilíbrio
térmico toda vez que a temperatura varia. Os tempos de resposta podem chegar a I segu ndo ou mais.
~oobn:lcoriaquânrica,con•utteal:libliografianofiMl<lo
capitulo
41 6.5.5.3
Termopilhas - - - - - - -
As termopilhas s:lo classificadas como detectores térmicos passivos (não necessitam de excitação externa). Podem ser definidas
como tcm1op~tres ligados em série. As juntas frias são fixadas
nosubstrato.ooqualaindacstáacopladournsensordereferê.nda para n compens-ação da temperatura ambiente. Ainda existe
umamembrananaqualasjuntasquentes sàocoloeadas.Nesse
ponto é que reside o elemento scnsor da radiação tém1ica. A Figuro 6.70 ilustra un1 detector em que se utililam tem1opilhas.
Odesempenhodasterrnopilhascaractcri;r.a-seporaltasensibilidadeebaixorufdo.oqueéaleançadoutilizando-semateriais
eomaltoefcitotcmJoelétrico.baixacondutividadctérmieaebaixarcs istivid:tdc.Osprocessos deconstruçãodat cnnopil hapodcm variar de acordo com o material utilizado. mas geralmente
utilizam técnicas de deposição a vácuo. O número de junções
varia de 20 a algumas ccmenas. As juntas quentes s:lo gcmlmcnteescurccidasparaaumcmaraabsorçãodarndiaç:loinfravemJClha. Seu tempo de rcspostaédaordemde lO a 15 ms.A temlOpilha é. ponamo. um sensor com saída DC que segue a variação
de temperatura de suas juntas quentes. Pode ser modelada por
urna fonte de tensão controlada por um fluxo tém1ieo em série
com uma resistência. A tensão de saída é praticamente proporcional !I rndinç!lo incidente. A Figura 6.7 I mostra um termômetro infravermelho implementado com uma tcrmopilha
41 6.5.5.4
Detectores piroelétrlcos -
Os se nsores piroelétricos também são classificados como sensorcs infravermelhos passivos. Essessensores mudam ac.:arga
Figura 6.71
1crmopilha.
Tcnnllmctroinfravcnnclhoimplcmcnladocomuma
Mediç:lodcTcmperoturn
3 15
superficial em resposta à radiaçilo recebida. nilo precisando csperarcquilíbriotémiÍOOquandoatemperaturavaria
A radiação incideme deve passar por um sistema de cha"eamemo óptico (chopper). que consiste em um aparato móvel.
gera lmente construído com um mo tor e un1 anteparo com um
orifício. Esse orifício possibilita que a ro~di ação passe em determinados instamcs e bloqueie o sinal em outros. de modo que o
sensor passa a receber um sinal alternado.
Os se nsore:'l piroelétrieos gerJ imente são construídos com um
re\·estimcmo absorvente de mdiaçào c podem ser classificados
como sensorcs de resposta espcçtml de banda larga
4 6.5.5.5
Bol6metros - - - - - - -
Bolõrnctros são se nsorcs em miniatum do tipo RTD ou termistores. Geralmente são utili ~ados pam gerar valores RMS de sinais
eletromagnéticos sobre utlmfaixaespcc tral bastantclarga(miero-ondasaté próximo ao infr~vcrmelho). É necessário um ci rcuito pam tran sformar o sinal de variação de res istência em
variação de ten são ou conentc. l'am a aplicação de tcm1ômctros
infravermelhos. os bolômctros silo gcralmcmc fabricados em
forrnadefilmesfinoscaprcsemamumaárcarelativagmnde.O
princípiodefuncionamcmodcsscssensorcsébaseadonarelaçãofundamclltal dccncrgiaabsorvidadc um sinal eletromagnético c a potência dissipada. Esses sc nsorcssãorelati va mentc
pequenosesiloutilizadosquandon:io há necessidade deresposta r:'ipida. Para imagens ténnicas. os bolômctros são di sponibilizados em arranjos matridais com aproximadamente 80.000
Figura 6. 72 Diagrama $imp1Hícadodc: um sensoraü•·odc: rndiação
infravennclha.
ou seja. em condições ideais. ~~ potência elétrica ~:ontrolada Pé
igual à soma das perdas não irn1diadasPpcom a potência total
irradiada (] l. Em outras palav ras. pode-se f~1Zcr um dispositivo
que siga com grande fiddidadc o fluxo de energia irradiado. A
Figura 6.72 mostra um diagrama simplificado de um scnsorativodcmdiaçãoinfravcmlelha
Uma maneira de se implcmemar esse tipo de sensor é utilizar
tcrmi storcs de grande superfície c fa~cr com que o scnsor se
autoaqueça. Uma vez que o tcrmistor é uma resistência. ela de\'c dissipar potência. Dess.a fom1a. tcm·sc um elemento sensor
dctcmpcralllra,capazdcdissiparpotência.
t 6.5.6
e 6.5.5.6 Sensores ativos de radiação
infravermelha, _ _ _ _ _ _ _ _ __
Aocontráriodosdetoctoresdcscritosatéaqui.oosquaishavia
uma dependência da temperatura do objeto-alvo e da temperaturaambieme.osscnsorcsativosaprescntam um circuito de
controledctcmperaturadasuperflcicdcmcdida.Paracontrolar
atcmperaturadasuperflciedodctcctor.éncccssáriaumapotênciael étrica P.A fim de regulara temperatura de supe rfície
T,. o circuito mede esse pomo c compam com uma referênc ia
interna.
Isso faz com que T, se mantcntw alguns décimos de •c mais
elevada que a temperatura ambiente. Assim. o elemento perde
energia tümica para~ sua vi~inhança. em vez de passivamente
absorvê-la. como no caso dos sensorc saprescntados anterior-
Terrnopares Infravermelhos -
Como mostramos anterioml(' IJIC. tennoparcs podem ser utilizados
como detectores de pirôtnctrosde rJdiaçào. geralmente em forma
dcumatcnnopilhacmquc\'áriostemiOpUI'ess:io ligados cm série. Entretanto. recentemente foi desenvolvida uma oova classe
de sensores de baixo custo. denominados tcmKipares infravemtclhos. que abriram um largo mercado pam medição sem contato
Os termoparcs infravennclhos, a exemplo dos tcnnopares
convencionais, têm na sua salda a variaçilo de urna tensão (mV)
em função da \'ariaçilo da tcmperaturJ. A Figura 6. 73 mostra a
Parte desse calor é perdida em fom1a de condução ténnica c
parte se perde em forma de convccçilo. Outra parte é perdida em
formadcradiaç:lo.aqualdevesermcdida. Partcdessaradiaçiio
vai paraoinvólucrodopróprioclcrnemo.corcstantcvaiparao
objeto ou \'em do objeto. O esscndal é que o nuxo térmico deve
sempre partir do sensor. Depois de aquecer a superfície sensora.
atempcraturaémantidaconstantc:
!!:..
=o
d,
Pode-se então deduzir que
P • l'~+
111.
Figura 6. 73 Cur\-alfpica de um U.'m!Oparinfrawrmelhoeexemplo
dcutilizaçãodcumafaixalinear.
316
CapfwloScis
resposta tfpica de um tcrmopar infr.wcmtelho e a fai:ta em que
clcéutili1.ado.
Esses dispositi\"os contêm um sofisticado sistema óptico e
eletrônicoernbutidocmllm in\"ólucrodc fonnatubulareaparentcmente simples. Utilizmn uma tcrmopilha. especialmente
dcscnvolvidapelofabricantepamproduzirtensãosulicienteparasubsti!llirdiretamcntcumtcrmoparconvcncional.Atualmente uma enorme variedade é di sponibili1.ada comercialmente.
abrJngcndo uma ampla faixa de temperatura (- 45 :1 2760 cc )
com até 0.01 °C de precisão.
Podcm-S<: ci tar alguns modelos oferecidos:
t Unidades padrões que sirn11lam temtOparcs convencionais do
tipoJ.K,T.E. R eS.
t Modelos man11ais de varredura parn se detectar tempcraturn
de superfície. tal como com equipamentos elétri cos.
t Chaves témticas que podem ser utilizadas no controle de qualidade de linhas de produção a ve locidades de mé 300 m/ntin
Todos os termopares infravermelhos ~ão aut oalimentados. ou
seja, utilizam apenas a mdiaç5oinfravcrmelha para produzira
tensão na saída. Cada modelo é geralmente projetado para um
desempenho otimizado na região em que ocorre o me lhor aj11ste
da tensão X temperatura. Entretanto. o sensor pode ser utilizado
forudessafai:ta.bastando paraissoqucsejacalibrado:.propriadamente. Em gernl se assegura lima rcpctitividade de I % dentro
de toda a fai:ta especificada. A Figura 6.74 mostra um e:templo
de faiu de 11tili7.ação de um termopar infravennel ho.
Tal como todos os termômetros de radiação, o termopar
infravermelho devesercal ibradosegundoaspropriedadesda
supcrffci e qlle se dcsejamcdir.Acalibraçãoé fcitamedindosc1t supcrffcic-a lvocom o11tromedidorde temperalllraconfi.ivcl
A precisão desses eq11ipamentos é altemda no tempo pelas
mes mas razões que os termopares convencionais: alterações mecânicas e alterações metalúrgicas. As alterações mecânicas ocorrem porque na ma ioria das aplicações o tempo de resposta é
importante. Isso faz com que sejam construídos sensores de dimensões rcdll:údas que podem sofrer choque.~ ou deformações
em gern lqllemudam aspropriedOOestcm)()Ciétricas.
Além di sso. corno os tennopares con\·encionais medem a temperatumdoprópriosensor.oscnsordcvetrJbalharaaltastemperatur:ts.Sabe-sequeaspropricdadesmetulúrgicasdosrnate-
riais têm forle re lação com a tempcrnlllra (a temperatur.t ambiente tem innuêocia desprezh'el. mas as tempcramrns altas modifi cam as propriedades dos materiais). Os tennoparcs infrnvennelhos resolvem esses doi s problema~. 11ma vez que fa1.crn a mediçãoauma certa di st!inciadoobjeiO-alvo e.alémdisso. trnbalham /1. temperatura ambiente medindo apenas a radiação témLi caincidcnte.
t 6.5. 7 Campo de visão e razão
distância/alvo - - - - - - - - O campo de visão de um termômetro de radiação Ocfine em essência o tamanho do objeto-a[\·o a uma distância especffica do
instrumento. I);Jrn q11e uma medida feita <.'O m 11m termômetro de
radiaçãosejaprccisa.é necessárioqucoobjeto-al\'Oestejacompletamente dentro do campo de visão do instrume nto. Alguns
modelos de fabri cantes poss uem um sistema a laserp(Lrn indicar
aáreaquecst:l se ndomedida. AFigura6.75mostraumesquema
decampodcvisiio.
Esses parâmetros podem se r definidos (fomt'{;idos pelo fabricante do equipamento) em forma de diagrama. tabel a de dimensões do objeto-alvo l"nsLu distãncia. dimensões do objeto-alvo
I"USLI.!" a distância focal. ou como um campo angular de visão
Com um ângulo amplo do campo de visão as dimensões do
objeto-ai \lO caem a 11m mínimo na di stância focal. Com 11m ãngulo estreito. o campo de visão abre mais suavemente. Em qualquer dos casos. a :irca da seção tranwei"Slll pode variar de forma.
dependendo do formato da abertum do siste ma óptico.
Telescópios ou um sistema de lentes especiais podem possibilitarqlle sej mnmedidass uperfícics deobjetos muit opcq uenos.
Sistemas ópti cos comuns podem medir um alvo de 2.5 rnrn a 38
mm de di st!incia. A Figura 6.76 mostra o caminho de visão de
urntcrmômetro de radiação.
Os sistemas ópticos podem variar de superficies pontuais como 0.08 mrn a superfícies de 8 mm. dentro de um a distância de
10m. O ângul o de visão também afeta o alvo e sua fonna. Quando o tennômetro é calibrado. deve-se ter certeza de que o campo
de visão é preenchido. Se o campo de visão não esti ver preenchido. o termômetro vai ler um \'alor de tenrperntura menor. Se
o campo de vi silo do termômetro de mdiação nilo for bem defi nido.asualcitura será maiorquandooobjeto-alvoformaiorque
Temperatura
Figura 8. 74 Exemplo de faixa de utililaçllo de um tennopar infra' "cnnd ho
Figura 6. 75
C~ mpo
ik \"is.ào de um t<'mr.ôrnclro infrJ\"Cmw:lho
Mediç~odcTcmpcratura
o mínimo. A Figum 6.77 mostm exemplos de medições conetas
e incorretas.
Como o sistema óptico foca a regiOO qt~c está sendo medida
sobre o detector. a resolução desse sistema óptico é definida como a mzão da distânci3 do instrumento 30 objeto pelo diâmetro
máximo de medição (m7..ão D:S Distaoce:Spot). A Figum6.78
mostrn detalllc:s da relação D:S: qli3IIIO maiores~ relação. tmior
a resoltJÇão do instrumento e menor a dimensão do objeto que
pode ser medido. Atualmeme. mllitos instrumentos posstJem uma
mirn 3 laser que indicao pomocentrnl. Uma iJlOvação reçente é
:c::.
DiAmetrodelénte
----:=J
i==T,___ í'
J
~
Figurél 6. 76 Caminho de vis!lo de lllll termômetro de radiação. Os
pontos T, (n • I ... 5) rep«"scntam os diferentes diâmetros dos alvos
adifcrentcsdistânciasdcmediçllo.
Cuidadosmm o campo de visão ao se utili7.arem tcr-
mômctrosinfrnvcnuclhos
t 6.5.8 Medidores de temperatura
unidimensionais e bidimenslonals termógrafos• - - - - - - - - - A ideia básica desse 1ipo de medida é estender o concei to de
medição pontual de tcmperawra por radiação térmica para uma
ou dua.~ dimensões. Também conhecidos como escâneres de linha (/itresNutllers) ou tennografia de linha. os tennômetros de
:;~' ±j'
Figura 6.77
J l7
a inclusão de focos pam closn. o qlle possibilita a medida de
áreas muito peqllenas sem incluir a temperatura de fundo (de
objetos ou ambiente que rodeiam o alvo).
radiação para urna dimensão têm vasta aplicação no monitoramento de temperaturn em processos de produção de fibrns. carpetes, papel. laminados. vidros. entre ou tros. Já os tennógrafos
ou câmerJs temtogr:lficas (medidores de temperatur.l bidimensionais) são bastante utili zados em áreas como manutenção. prevenção. engenharia biom~d ica. entre outras
Desta~:a -se ~ utili zaçilo desse tipo de equipamento no monitoramentodelinhasdetransmissão dccnergia
t 6.5.8.1
Termógrafos de Unha -
Esses dispositivos utilizam um detector único que é limitado a
med ir a temperntum de apenas um ponto. Entretan to. um conjunto de peças móveis c um espelho faz com que o ponto de
medição esteja em constante movimento. Assim. o detector faz
a medida da imagem de um ponto sobre uma linha conforme o
mo\·imento do sistema óptico.
Apesar de unta medida ténnica com resoluç5o suficiente ne cessitardeapenasalgumasvarredurasporscgundo.existemuni dadcs scnsoras que oferecem lcilurns de até 500 varreduras por
segundo. O circuito eletrônico do sistema capta a medida de cada um dos passos (que contém a temperatum de cada uma das
posições). Um sistema de aq ui sição de alta \"Clocidadc digitali1..a
e proces~ esses sinais c os COn\"Crte ern temperatura x distâocia.
Outro sistema então mostrn o resultado em tempo real.
Um sistema de tcrrnografia unidimensional não tem muito
sentido se for montado p:Lra medir um obje to estático. Geralmente esse sistema é utili1.adopara mediçilo de urna linha móvel. de
Figura 6.78 (a ) Detalhes da rcl~llo O:S em um tronõmctro infra•-ennelho; (b) fotografia da
{CurtesiaMinipa lnd.eCorn.Ltda.)
re1~11o
D:S em um termômetro infrm·ermelho.
3 18
CapÍluloSeis
• 6.5.8.2 Termógrafos bidimensionais - -
Figura 6. 79
Varredura de temperatura em uma linha de um sistema
modo a constituir uma curva dinâmica de temperatunts referentes aos pontos de uma linha de um processo. A Figura 6.79 mostraumsistemadetennografiaunidimensional
A resolução desse tipo de equipamento é função da velocidadedocorpomedido.donúmerodemedidasporvarrcduraedo
númerodelinhasvarridas
A medida também depende da limpeza do caminho óptico
Alguns desses dispositivos são disponibilizados com um sistema de purga para a limpeza frequentedosistemaóptico.
Em alguns sistemas (quentes). também é necessário providenciar um sistema de refrigeração para o scnsor. Gcralmcnteasaídadosistemaeletrônicode processamento alimenta
um software em um computador para transformar os dados
em uma imagem em tempo real. A saída do sistema transforma o sinal em uma imagem tridimensional: temperatura. largura da varre dura e evolução das linhas varridas. como se
pode observar na Figura 6.80
Uma aplicação de um tennógrafo unidimensional pode ser
encontradanaindústriadeproduçàodevidro.naqual umaplacadevidroéaquecidaetratadaafimdeaprescntarasproptiedades desejadas. Como essa placa se desloca sobre uma esteira.
aquecedores elétricos garantem que ela !\C aqueça uniformemente. Depois de urn tempo mantido a uma temperatura de processo.
a placa de vidro é resfriada uniformemente por meio de ar comprimido
O acréscimo de mais uma dimensão geométrica ao dispositivo
apresentado anteriormente leva à análise termográfica bidimensionai( Figura6.81).
Nessecaso,apcnasduasescalas sàoaprcsentadasnaimagem
Essa imagem apresenta as dimensões do objeto com diferentes
tonalidades de acordo com a tempcr.ttura da imagem. simulando
no espectro infravemrelho o que os olhos enxergam no espectro
visível.relacionandocoresetemperaturas.Naverdade.umequipamento termogr.ifico é uma câmem infravermelha comparável
em tamanho a uma câmera de vídeo. Enquanto urna câmera de
vfdeo responde à mdiação visível. o termógrafo responde à mdiaçãoinfravermclhaemitidapcloobjeto.
Supcrfídesespec ulares.espccialmenteasrnetálicas.retletem
radiação infravermelha. A imagem da superfície de um metal
brilhante vista através de uma câmera infravermelha contém infomlação inerente e irradiada pela superfície. assim como informaçâodesuavizinhançaatr.tvésdaenergiaretlctida.Nomonitoramcnto de um objeto transparente. o sistema pode detectar
aindaumaterceirafontederadiaçâo.queétransmitidaatravés
do objeto. Esses sistemas de a4uisição de imagens tém1icas também são conhecidos como imagers c têm ajuste de crnissividadc
Como qualquer outro instrumento que detecta radiação térmica.
também no terrnógrafo é necessário ter cuidado com a emissividade. bem corno com a transmissão atmosférica do caminho de
vis~o. Esses instrumentos podem trabalhar em regiões de amplos
comprimentos de onda. em distâncias curtas (ambientes de laboratórioouindústria);entretanto,paradistânciasrnédiaselongas(acimade lürn)énecessárioconsultarbibliografiatécnica
paraotimizarrcsultados.umavezqueexistempeculiaridades
devidasaosgascsquecompõcrnorneiodetransrniss~o.Muitos
gases. tais como amônia ou metano. apresentam altos índices de
absorçãonarcgiãodoinfravennelho.
Os sensores básicos utilizados nesses equipamentos são os
mesmos utilizados nos instrumentos para medição térmica apresentados neste capítulo: térmicos ou quânticos. Os primeiros
sistemas de imagem eram implementados com um sensor único
montado junto a um sistema de espelhos móveis (impulsionado
por um motor), cuja função era focar os pontos bidimcnsionalmente. lssoé feitodemodoquecada valorprocessadocorresponda a um pixel de um quadro de imagem térmica. Vários ciclos
do mesmo processo possibilitam que a cada novo quadro seja
feito um updme da imagem. de modo que. se um corpo muda de
posiçâooutempcratur.t.ousuárioveráoefeiwdcumdcslocamcnto ou de alteração de tonalidade da imagem. O problema
desse sistema é que. para se formar uma imagem com uma re-
Jl~:~:,:~:"-~ Ep·~·,
larg~
QIS
'(}l'~>íb~
Figura 6.80 Gráfico tridimensional originado da \"arrcduradc linhas
de temperatur<~.~ de um sistema em movimento.
Termogratia
emdoosdmensões
Figura 6.81
Áreavarrida
Câmera termográfica ou rcrmógrafo.
MediçâodeTemperatura
solução relativamente baixa. gasta-se muito tempo no processamento. de modo que a imagem final é muito lenta
Os novos sistemas de imagem térmica substituem o dettttor
únieoporumdeteetordeestadosólidoqueapresentaumalinha
ou uma área sensora (Maring army~·) na qual a imagem é focada.
de modo que não há mais a necessidade de gastar tempo para
proeessamento pontual. Essa linha. ou então essa área sen.~ora.
apresentaumarranjodesensoresquedetectamsimultaneamente o nível de r.1diação. No caso da linha sensora. ainda existe a
ncçessidadedeumapeçamóvelpararccebcraradiaçãorclativa
aumadimensão.Osdetectoressãofrequentementearranjados
de modo que possam ser varridos sucessiva e rapidamente. As
Figuras6.82.6.83e6.84mostramumesquemadesscstrêssisGrandesarranjosdedetcrtore;;quãnticosgeralmenteoãoconstroídos de forma híbrida. Os elementos sensores são fixados a
um circuito de endereçamento do tipo CCD (Charge Coupled
Device) de silício ou CMOS (Complementary Metal Oxide Silicon). A dimensão típica de um elemento é de 30 ~-trn. Uma
''"""'.I= Vo-"mtyí)X
··~·······
...
.
,
i
VarreduraemY
-0-Eiemento sensor
Figura 6.82
Figura 6.83
Sistema de varredura com um único sensor
Si_,tema de varredura com uma linha de sen>ores
3 19
matriz pode ser montada com ti40 X 480 elementos. A Figum
6.85mostradetalhesdeumamatrizsensora
Essa inovação possibilitou que os termógrafos se tomassem
mais precisos. menores c mais leves. Na verdade. um termógrafo moderno não é maior que uma câmera de vídeo portátil. A
resoluçãodearranjossensoresémuitomaiorqueaofcrttidapur
sensores únicos. Uma resolução mais fina em uma imagem óptica significa a possibi lidade de distinguir pontos menores de
temper.1tura na imagem térmica.
Muitos detectores utilizados nesse s equipamentos precisam
ser mantidos a tcmper.1turas controladas c baixa;; (usualmente
80 a 120 K). Isso se faz necessário pela mesma razão que um
astrônomo precisa se afastar das luzes dasgrandcscidadesse
quiserenxergar algumastro. lssosedeveaofatodequealuz
(radiação)cmitidaporumacstrcladistante(oualgumoutroastro)temba ix(ssimain tensidade.e. seocientistatentassefazero
estudodeumpontocom váriasfontcsdcluz.dificilmcntcconseguiri~ perceber o alvo naquelaconfus5ode lu zes. No caso do
tcrmógrafo. ocorre uma similaridade. pois é difícil o detector
perceber a variaç~o de tcmper~tura externa se o próprio ambiente de detecção está emitindo alta energia térmica. Dependendo
do equipamento, os detcdores são mantidos a temperaturas criogênicas(-200 0C.utilizando-scmáquinascíclicasdeStirling).
aopassoquealgunsdetectoress1iomantidosatemperaturaspróximasàtemperaturaambicntc(utilizando-screfrigcraçãotcrrnelétrica). Geralmente os arranjos sensores resfriados~ b~ixas temperaturas mantêm umaboasensibilidadeern uma grande faixa
de comprimentos de onda. enquanto os sensores que operam a
temperaturas mais elevadas têm boa sensibilidade apenas em
comprimentos de onda elevados.
O detector é colocado em um dispositivo com o sistema de
refrigcr.1ção mostrado na Figura 6.86. Essa montagem garante a
rnanutençãodaternperaturanospadrõesexigidos.Emfrenteao
detcctoraindacxisteumarnáscaraquelimitaoànguloincidcntederadiação.
Os dispositivos para detecção de imagens térmicas mais prec isoss5oimplernentadoscomdetectoresqunnticosatempera turas criogênicas. o que os torna sensivelmente caros. Entretanto.
atualmente já existem arranjos sensores que apresentam bom
desempenhoàtemperaturaambicnte,configurandocâmerastér-
R•·~
Elementos
~~
Substratode$illcio
Figura 6.85
Figura 6.84
Sistema com uma matriz de o;cnsore'
Detalhes de construção de uma matriz de detcrtores
híbridos.OselementosMCfnosubstratodctransmissâosãocompostos de mercúrio. cádmio e tclúrio (MCf).
320
CapÍluloSeis
micas de dimensões reduzidas. A Figum 6.86 mostm detalhes
de um deteçtor a temperawra comrolada.
Os detectores térmicos aprescnt~m a desvantagem de serem
lentos (alguns milissegundos), mas têm a grande vantagem de
não necess itarem de resfriamento. A radiação incidente é absorvida por um eletrodo eSt:urecido. e o calor gemdo é transferi do
à camada piroclétrica ligada a um diclétrico polarizado. As cargas geradas pelo sensor piroelétrico mudam a polarização do
dielétrico.aqualéadquiridaeassociadaàtemperatur.t.Umadas
principaisvariávcisdcsscproccssodcdcteççãoéaisolaçàotérrnica entre os elementos sensores. É necessário que exista uma
estrutur.tisolanteadicionalentreosclementosparaquescjagarantidaumaimagcmtérmicaficl
O material mais utilizado na fabricaç5o de janelas ópticas
nesses equipamentos é o germânio. Todo o sistema óptico. constituídodclentcs,espclhos.filtroscjanelas,tempapclfundamcntal no resultado final. como se pode observar na Figura 6.87
Ni~~~~':aido
ralrigeração
A resolução de um termógrafo está relacionada a duas variáve is: temperatura e espaço. A primeira é função do tipo e
caraderísticas do elemento detector. enquanto a segunda
é função do número de elementos detectores. Osdmasl!eets
de imager~· infravermelhos descrevem a resolução espacial
em termos de milirradianos de um ângulo sólido. O valor em
milirradianos é relacionado à área teórica do objeto cobcno
por um pixel no campo de visão instantâneo. Obviamente.
grandes distâncias significam uma resolução menor para uma
superfície fixa de um objeto. comparado a uma imagem pród~s
Apesar de simples. o manuseio desse equipamento deve ser
feito com cuidado. Hásituaçõescmqucumapcqucnarotação
doequipamentoparaadireitaou para a esquerda produz uma
grande diferença no resultado da imagem. Isso pode ser devido
a reflexões de radiações pelas viúnhanças do ponto em que a
medidaestásendocxecutada.Háaindasituaçõesemquealtera·
çõcs devidas a um vento frio ou quente podem alterar a temperaturadoalvocdoambientedcintcrcsse.Apesardeascâmcras
modernas oferecerem resolução de alguns décimos de 0 C. se o
equipamento nào for manuseado corretamente a medida pode
contererros grosseiros.AFigura6.88aprcsentaalguns cxcmplos
deimagens tennográficasreais.
41 6.6 Medidores de Temperatura
com Fibras Ópticas - - - - - - -
~~;;::::o;
_$
_ Hf-sWstrato
Cémara f r i a -
--
-t=-~;;;~j~:te':~!s
Figura 6.86
trolada
Assim como mui tos outros desenvolvimentos tecnológicos. o
desenvolvimento da fibm óptica foi impulsionado por interesses
militares após a Segunda Guerra Mundial. Inicialmente. os principaisinteressesesmvamvoltadosparatclecomunicaçõcsegiroscópiosa/aserparanavegaçãodenavesemfsseis.Maistarde.
odesenvolvimentndesensoresrobustos,tambémpamaplicações
militares. foi inclufdo no programa de pesquisa.
lndcpcndentemcntcdaaplicação,afibraóptiçatemalgumas
vantagens:
4 lnsensibilidadeainterfen?nciaseletromagnéticas(causadas
Detector com arranjo de scnsores a tcm(X'mtura con-
4
4
4
4
4
4
Espelho interface
Figura 6.87 llustraçãomostrlllldogmndcquantidadcdedispositivos
ópticosemumequipamemodetennografia
por motores. transformadores etc.). incluindo radiofrequência
(telecomunicações):
~mbien tes explosivos):
Pode ser posicionada a uma certa distância do ponto a ser
medido:
Os cabos de fibra óptica podem ser condicionados em dutos
comuns (comaproveitamentodeestru1Uraexistente):
Alguns cabos de fibra óptica podem suportar temperaturas de
até300 QC:
Capacidadeparamedidasdistribufdas imrinsecas:
Passividadequímicaeimuneacorrosão:
Rigidczcflcxibilidadcsmcdnicas
4 Não conduz corrente elétrica (ideal para
Qualqucrscnsoreamcntoviafibraópticarequcrqucavariávcl
cause. de alguma maneira. urna rnodnlaç5o no sinal óptico. Basicamente. essa modulação deve causar uma diferença de intensidadc na radiação. na fase, no comprimento de onda ou na polarizaçâo. Para a medida de ternperatum, a variação da intensidadeéoefeitoqueprevale<:e
MediçâodeTemperatura
321
~
........
- :-~
.I ,
'
,,,
Figura 6.88
Imagens termogr:áfkas: (a) çirçuito impresso: (h) disjuntm: (c) tór~x feminino para diagnóstico médico: (d) exemplo de câmer~
termográfica. Cortesia Thermrncknix
conseguem precisões da ordem de O. I 0 C. dentro de uma faixa
de temperatura aproximada de -50 a 250 oc.
t 6.6.1 Sistema de sensoreamento
distribuído de temperatura- DTS - -
Figura 6.89
ópticas.
Medidor de temperatura em que se utilizam fibras
Um dos primeiros medidores de temperatura baseados em
libras ópticas foi lam;adu nos anos 1980. O principal objetivo
era medir temperaturas de maneira bastante precisa em meios
queapresentassemgrandesinterferênciaseletromagnéticas.tais
como fornos a micro-ondas ou no interior de tr~nsformadures
O princípio de funcionamento pode ser visto na Figura 6.89. que
mostra um sensor de fósforo (terras raras de fósforo) sendo excitado por uma fonte de luz ultravioleta. O espectro que retoma
é dividido nos componentes verde c vermelho. c a ra?.ão da intensidadedessesfeixeséfunçãoapenasdatemperaturadosensor de fósforo. Gerações modernas desse princípio de medida
O primeiro sistema de scnsoreamcnto distribuído de temperatura por fibra óptica (DTS) foi apresentado em 1981 na Universidade de Southampton. Com o DTS é possível medir temperatura ao longo de grandes distâncias. utilizando-se como sensor
apenas um cabo de fibra óptica. Esses sistemas são autocalibrados e podem ser configurados para detectar um rompimento nu
sensor c a posição desse rompimento. Tais sistemas também
possibilitam conligurar um valor de temper~tura-alarme. acima
daqualumsinalégerado
O se nsor de fibr~ óptica distribuído de temperatur~ é baseado
na refletornetria no dorn(nio do tempo (OTDR) conhecido corno
hackscauer. Segundo essa técnica. um pulso de luz é aplicado
na fibra óptica a1ravés de um acoplamento direcional. A luz é
disper:saàmedidaqueopulsodeluzpercorreafibraatravésde
alguns mecanismos. incluindo flutuações de densidade e composição (dispersão de Rayleigh) c ainda dispersão de Raman c
Brillouin. devido a vibrações moleculares e do sistema. Parte
dessadisper:sãoéretidanonúclcodafibraeguiadadcvoltaà
fonte. O sinal de retomo é filtrado e enviado a um sensor de alta sensibilidade. Em uma fibra uniforme, a intensidade da luz
que retoma apresenta um decaimento exponencial com o tempo.
3 22
CapÍluloSeis
Figura 6.90
Figura 6.91
Sistema de sensorcamento distribuído de temperatura - DTS.
Distâncla(m)
Distribuição de tempcmtura ao longo de alguns quilômetros de libm óptica
JX)SSibilitandoocálculodadistânciapercorridapelaluz.levando
em conta a velocidade da luz na libra (Figura 6.90). Variações
nos par:lmctros, tais corno composição c temperatura ao longo
do comprimento da fibra. causam algumas imperfeições desse
decaimento exponencial
A Figura 6.91 mostra a variação de temperatura em alguns
quilômetros de fibra óptica.
A técnica O DTR é bem estabelecida e extensamente utili zada na indústria de telecomunicações para a qualificação de
um/inkdefibraópticaouparaadctecçãodeumproblcmana
fibra óptica. No ODTR. é a dispersão de Rayleigh que é analisada.qucéoretornodeumsinaldclu?-incidentccstimulante (backsamerilrg Rayleig!r bmrd). A Figu ra 6.92 mostra o espectrodcrctornodalinha.Osinalqucvoltaécomparadocom
o sinal que foi aplicado. Com essa inforn1ação é possível determinarperdasemlinks.rupturaseheterogeneidades.Osoutros componentes (dispersão de Rarnan c de Brillouin) são deBandadeAayleigh
·. Ulhasde
Brilouin
\
Bril~in
__
,
\_BandadeAaman_j
Figura6.92
~to
Espcctroderctomodalinhamedida
vidosavibrações molecularesederededevidasavariaçõesna
temperatura.
Na prática. as linhasdeBrillouin são separadas do sinal enviado por alguns décimos de GHz, c é praticamente impossível
scpar..tr esse sinal do sinal de Raylcigh. O sinal de Raman. entretan to.ésuficientementeintensoedistintoparaserutilizado
na medição de temperatura
O sinal de Raman é compreendido de dois outros elementos:
asbandasdeStokesedeanti-Stokes. Essasbandassãodeslocadas do comprimento de onda do sinal de Rayleigh e podem.
portanto, ser filtradas. A intcnsidadcdopicodcanti-Stokcsé
menor que a intensidade do pico de Stokes. mas tem forte relação com a temperatura (a intensidade do Stokes tem relação mais
fracacomatcmperatura).Calculando-scarelaçãodcintensidadcs dos sinais de ami-Stokcs para Stokes. pode-se fazer uma
medida precisa da temperatum. Combinando-se essa medida da
temperaturacornamedidadadistância.épossíve!entàomedir
a temperatura ao longo da fibra. Em condições ideais (mas não
essenciais).alibradevcsertestadanusdoisterminais. Ouseja.
deve -seutilizarumlaçodefibra.aqualdevesertestadaporum
tcnninal e depois pelo outro. Esse tipo de medida apresenta duas
vantagcns.sccumparadacumatécnicadcmcdiçãocmapenas
um terminaL Primeiramente. a precisão é melhorada. pois os
cfcitosdeperdada libranamediçàodcternperaturasãocliminados, de modo que o sistema se torna insensível a microdeformações e a perdas de conexões. Ambos os efeitos podem mudar
com o tempo. e. se não forem detectados, vão provocar erros no
perfil de temperaturas. Medindo-se em ambas as extremidades
c fazendo-se a média geométrica. esses erros são eliminados. A
segundavantagemresidenofatodeque.seumadasmetadesda
fibra se romper, o sistema pode continuar funcionando. uma vez
q ue ainda pode funcionar aplicando-se o sinal em apenas uma
Mediç~odeTcmperatura
J2J
Figura 8.93 Sistema para medição de temperatura distribukla.
das extremidades. A Figura 6.93 mostra o esquema CQmpleto de
um sistema de medição de temperatura distribuída
t 6. 7 Sensores Semlcondutores
para Temperatura - - - - - - t 6.7.1
Introdução - - - - - - -
Dispositivos se micondutores, t:tis como os diodos c os transis·
torcs, são sensíveis il tempcrmum c podem, portanto, ser utiliza·
doscorno scnsorcsdctcmpermura. As principais vantagens na
utilizaçãodcsscsdispositivossàoa linearidade. a simplicidade
eaboascnsibilidudc.Aprincipuldcsvuntagcméulimitaçàoda
faixa de tempcrJtUrJ. aproximltdamentc 200 oe, pois acima deS·
satcmpernturacsscsdispositivospodernscrdanificados.
Um scmicondutor puro é um isolante a baixa tcmpcratura. c
sua conduti vidade aumen ta com o aumento da temperatura. Os
semicondutores mais comu ns são Si. Ge e oGaAs. Esses sólidos
apresentam urna faixa de condutividade se forem adic ionados
dopantes. A condlllividade de um semicondutor puro está dire·
tamcnte relac ionada com o número de elétrons da banda de con·
duçãoede lacunas na banda de va lência dada por:
u
--; -n·q·J.I.. +p·q·J.I.,!-%,]
sendo
q a carga do elétron em Couiomb ]C]
•lepasrespcçtivasdensidadesdoselétronsedas lacunas[frn J]
J.l.,ep., asrespectivas mobi lidades dos elé tron s e das lacunas
[m/Y,J
Asdensi dadcsdoselétronsedaslacunasdependem daocupaçàodoscstadoseletrônicosnasba ndasdccncrgiacdafu nç ão
di stribuição Fermi-l)ir:tc. Corno }tE) é a probabilidade de que
um elétron tcnh;t umu energia igual a E. seu complemento l Jl.E) fornece a probabilidade para urna lacunacomcncrgiaE
Assim sendo. essa probabilidade é dada por
1
/(1:.") ::
:: r
tI( '
p-n----------4 6. 7.2
Caracterfstlca V x I da junção
Essa carJcterfstica pode ser analisada experimentalmente. bastandoparai$so que scfomcç3Uillatcns!lofixaV.najunçãop·n
escregistreotluxodecorrcmc/parndiferentesvaloresde
A c3racterfstica V X I nào 6 lin ear: porém. se plotarmos na
escalalogarítmica.toma-scurnarctuquandoumatensãopositiva é aplicada no lado p dajunç~o. Com base nessa obscrvaç5o.
pode-se cmpiricamcntc desenvolver unm relação corrente-tensão
paraajunçãop·w
v..
sendo
V,.atensãonajunção
V, urnaconst3nteiV]
umaconstantc]A].
/0
Pode·sc utili"l:ar essa equação para calcular a resistência da jun·
çãop·ll(chamadadcresistênciadinâmica):
R., ::
Combinando-se I :: /Q
d~~ ) = f1111
x)~·J e R,. = d~;·) = 11111. perce-
be-se que R.... diminui exponencialmeme com o aumento da tensão. Fisicamente. é possível medir a resistência dinâmica R., de
uma junção,,.,, em diferentes pomos - a corrente reversa da
junçãop-n.queémuitopcquenaerclativameme independente
da tensão. A junção,,.,, comporta-se nessa si tuação como um
circuitoabcno.lncluindo-scacorrentcreversaem
obtém-se
sendo
/, acorrentereversa]A]e.se/, foridênticoa/rt-
+ I
E a energia de um elétron dada em c V
E,. uma constame denominada energia de Fenni dada em e V
K a CQnstante de Bolrzmann [e%]
TatemperJturaabsolutaemK.
Essa equação denomina-se elltHiçiio do diodo ideal. e / 0 é a
corrente de satu ração {essa corrente pode ser entendida como o
valor de corrente quando V. se aproxima de - oo). Essa expressão
podcserreeseritada.seguinte maneiro:
324
CapfwloSeis
(T•)'
KT
v.-= l ni,- q
101 T
+(V.-0 - V10 ) -T + V,o.
To
E-~sa
sendo
K a constante de Boltznwnn em [c%]
q a carga cl~trica
/ e V a commc e a 1ensãodo diodo. geralrnemcdcnorninadas '"
e v,
Tatcrnpcroturaabsolutadodisposith·o[K[.
Com arelaç5o
X"' 86170.9~%
são /f)= / 0 x
();-~) - 1) para se obter V,.tem-se:
expressão mostm que a relação entre ' '•t•e Tnão é linear c
depende da comute no coletor. Utilizando-se os conceitos abordados nos capítulos anteriores. pode-se quantificar a não linearidade derivando em relação à tcmpcratun1 T para uma dada
correntedecolelOrconstantc(ic "' fcol:
e manipulando-se a expres-
V,;0
O tenno -
-
V,o
,-,-
indica a sensibilid."lde (próxima de
1
-2.2m'Yc'c paraosilfcio)eosegundotem1o
V0 =
(86170.9~ ~V) X T X In( I +i-}
Infelizmente. não é possível utilizar Vv para dctcnninar a tcmpcraturn absolu1a. pois /0 depende da ternpcnnurn. Além disso.
a depcndênci~ do diodo com relaç:\o à ternperntur-J é não linear
c nllo repetitiva. considerando-se medidas pn..>cisas.
4 6.7.3 Sensor de estado sólido Para medidas mais precisas. é interessante utilizar a depen dência com relação à temperatura da tensão b~se-emissor v.c
de um tmnsistor alimentado com uma corrente constante no
cole!Or. Pcl:1 manipulação algébrica do modelo de Ebcrs-Moll.
é possível determinar que a tensão base-coletor I'~~ é dada
por:
~ ( 1 +· In~)
(f
To
descreve a não linearidade (próxima de 0,34 rnYoc para o si lício).
Anãolinearidadedatensãobase-ernissoreancccssid:•dede
que a comnlc no coletor seja constante no tempo e com a tempcratum tomam não atrati\"a a utilização dessa configuração. Em
geral a solução parn esse problema consiste na utili1.açãode dois
trnnsistoresbipolares cujadensidadedecorrentenocmissoraprescnta uma razllo constante. Uma possí1•el soluçllo é a uti!i1.ação
cl:'issica de doi s transistores idênticos. tal como no circuito da
Figum6.9-t
Se ambos os sc nsores cstil"erem à mesma temperatura. a
diferença ent re a respectiva corrente base-emissor é dada
por:
Como os dois tr.msistores são idênticos.
~"""
K a const:mte de Boltzmann em [c%j
e. ponanto.
qacargaelétrica
Ta tetnpcrntum absoluta do dispositivo ( K)
ic acomntcnocolctor
(, oui. acorremcdesmuração
quemostraque•·.c ei$sãodepcndentes daternreratura·
... .
is "' 8· T le """"i!7"
sendo 8 um:a constante que depende do nfvcl de dopagcm c da
geometria. mas nf10 depende da tempen:uurn. e VtO a tensão banda-gt~p (1.12 V u 300 K para o silício). Ponanto. após urna brevemanipulaçãoalgébrica tcmos·
V0
i, + V,o }
c"" -KT l (n q
8· T '
Considerando V•m ~tensão base-emissor comspondcn te à corrente de coletor co nstante I co a uma dllda tcrnper.nura T0• te-
Flgura 8.94 Esboço resumido de um lr:msi>tor bipolaroomo scnsor
de1empermuru
.,
f
Mediç~odeTcmpcratura
325
"v
v,.t mVIl<
00
"'
Figura 6.96 Tcrmôi1'1Ctro ~:100 no integrado AD590. da Analog
[)evic~.oonfigu...OOparas.afdadetm%.
Figura 8.95 Esboço de um oom-ersor temperatura-corrente.
e, se a relação
if{n é constante. então V~ é proporcional i:t tem -
pcraturaTsemanecessidadedenenhumafontedecorrenteconstatUe. No exemplo da Figura 6.94. 1/ { = 2. sendo
1
mentepclafacilidadedcutilizaçilocrnsistcmasrernotoseinterfaceamento com sistemas microcomrolados.
A Figura6.97trazurnexcmplo simplcsdc utili7.açãodoscnsor de estado sólido AD590. Esse se nsor pode ser alimentado
com 4 V a 30 V. c neste exemplo escá alimentado com + 15 V.
Urnrcsistordc I kfl ::!: l%estáconcccadocntreasaídadosensor AD590c a referência. Esse rc sistor converte a saída
1~-'- ·
'Jk
para 1m%. que é amplificado pelo amplificador de instrumenA Figura 6.95 apresenta outra configuração ~ra um tipo de termõmetro amplame!Ue utiti:..:ado que é popularmente conhecido
por conversor temperJtura-corrente. Considerando-se que os
transistoresQ1 eQ..sàoiguais.tem-se:
tação AD524 configurado com ganho 10.
Existem divcr.;os outros fabricantes de se nsores semicondu tores para medição de temperatura. entre os quais se podem destacar a National Semiconductors e a Texas lnstruments. A farollia LM 135. LM253 e LM335. da National Scmiconductors. é
;,- ;n- ~
Q,(8)&ão8transistoresem paralelo. iguais entre si e iguais a
Q,. Ponanto, a corrente no emissor é 8 ,·ezes maior em Q, do
queemQ 1.Apósmanipulaçãoalgébriea.atensãodesaídaédada por
K·T
p.·V
Vr= - l n S '-' 179XT
q
K
Tabela 6. 7 Exemplo de alguns senSOfes
semicoodutores para temperatura, da Analog Oevices
(com saida analógica)
AD592
eacorrentedeentmda:
I r '-' 2 ·in.....:
2
~V,.
AD22100
Para R = 358 O. independentemente da tensão aplicada (para
uma dada faixa).
- 25 °Ca + 1050C
1~-'"'){
- 40 °Ca + 1050C
1~-'"'){
- .w •ca + lso •c
22.5 111 'J6"c
+ to ·c~+l2s •c
wm'J'c
- 4o ·c~+t2s •c
lOm'J'c
~ = ] ~.
T
K
A saída no fommto de corrente é interessante princi~lmente em
sistemas remotos, em função do comprimento dos cabos de comunicação e de interferências. A Figura 6.96 apresenta um circuito integrado da Analog Dcvices configurado ~rase obter uma
tensão na salda proporcional à variação de temperntura. Apenas
como exemplo. a Tabela 6.7 apresenta alguns dos scnsores semicondutores fabricados pela Analog Dcvices.
Nos últimos anos, diver.;os fabricantes lançaram oo mercado
scnsore~ scmicondutores para temperatura com saída digital (\·cr
Tabela6.8),osquaisapresentamdi\•ersasvantagens.principal-
Tabela 8.8 Exemplo de alguns senSOfes semicondutores
para temperatura. da Analog Oevices (com salda digitaQ
- 4CP Ca + JOOOC
AD7415
- 40 °Ca + 125"C
AD7416
- 4(l •Ca + 125"C
:!: 1.50C
- 35 "Ca + 85 "C
!: I"C
+5"Ca + lOO "C
+ 2"C
3 26
CapÍluloSeis
Figura 6.g7
Circuito simples utilizando o sensor de estado sólido AD590.
constituída de sensores semicondutores cuja saída é no formato
detensãoanalógica(naescala Kelv in).Asaídadessafamíliaé
proporcional à temperatura absoluta com uma sensibilidade de
10m'jk . A Figura 6.98 aprese ma uma configuração típica para
essesensor.
Oterceiroterminaldessesensorpossibilitaoajuste(porexemplo. com um rrimpot) da tensão de saída pam urna temperatum
conhecida. como. por exemplo. de 2.982 V para 25
ajustando-se o sistema para uma precisão de ::':: I °C para uma faixa de
tempemturade - 55 °C a+ 150 °C. Da mesma maneira. a famí-
oc.
lia LM35. LM34. LM45 é constituída de dispositivos com três
terminais. que fornecem na saída uma tensão proporóonal na
escala oc( wm ~c).
A famnia LM 134. LM 243 e LM334 (da National Semicond udors) é fonnada por sensores semicondu tores cuja saída ana-
'/te
">fc) é ajustada por meio de um dispositivo externo. co-
lógica é em corrente. A sensibilidade (geralmente entre 1JJ. ·
a 3JJ. ·
rno. por exemplo. um simples resistor. A Fignm 6.99 apresenta
uma configuração típica para o sensor LM 134 .
•v
R,
"'- If---~
Figura 6.ga
LM 335.
Circuito simples utilizando o scnsor de estado sólido
Figura 6.99
Configur~çJotípica
do sensor LM 134 çom commle da
correntcdc~aídapetoN,
4. O que é um tem1ostmo? Cite uma aplic:u;Jo
5. Qual o princípio de funcionruncmo dos tcnnômctro:s manométricos?
6. Qual a faixa de temper~tur~ típica de um sensor metáliço (RTD)
de platina?
7. Dados os scnsorc-s, JYTIOO, NTC e PTC. e tc-nnopares, quais deles
sJodenominado'itermorresistências?f>orquê?
Mediçllodc Tcmperotura
8. A pon!e de Whcalswne t rnui;o imponame. pe la sua gama de aplicações <kmro da inSUlHnemaçlio. Uma de suas aplicações se dá
w m sensoresdt: lemperJIUra metálicos (1'1"100. por exemplo). Moslrcocircuiloempon!edeumi'TlOOatri!ftOS.Apontesuaprincipal •-anlagem. Demonstre nmcm:uicamcmc quais as principais
caruclerísticascmrcumapontccom i'TlOOadoi!cauts líos.
327
15. Qual atens.ãodesafda(moslradano•-olt fmetro)paraassi tuaçõcs
mos1.-adas na Figura6. 101 ? São conhecidos os .segu intes •-alores
databeladotcrmopar:
o•c
w •c
too •c
9. Qual a principal dcs\'anlagem em utili tar uma ponte para um RTD
em•·czdeumafontedecOI"I"Cmc?
omv
t.osmv
5.37mV
10. C()IISidt:rcascguintcsi1Uaçllo:umamigodizqoeseucootrolador
dt: tcmpenuuranllofuncionamaisetemceneu<kqoeoresponsá•·cl ~ osensor. Ele qucrsubstituircsse sensor. mas nada s-abe
sobre sensorcs de tempermurn. Uma •·cz que o sensor correto t um
I'TIOO.q ueperguntas•ocêdc.-cfazcr a esseamigoalímdccooduir que se trata de um PTIOO c não de um tcrmopar ou de um
NTC?
11. Sabendoqucn tc•upenl1U nlümbicnte édc20 "Ccqueatcnsàode
.-aíd~ com:spondt:ntc do tcrmopar do tipo J t de 1.05 mV. qual a
tensão de safda (mostrndn nn •·o ltfmctro) parn a~ situações mostrndasnaFi g ura6.100'1 Po rquê'/
l•l
(b)
Figura 6.101
Exercício l5)
Mediçlo de temperatura em um forno (referen te ao
16. Supondo que •-ocê disponha apcnude um ohmfmetro(para medir
rcsistência).•"OCO!podcriaidcnti ftearum:{a) temtopar.(b) I'TI OO:
(c) 1\rrc? Caso sua resposta seja afinnati•·a. ex pl ique como.
17. O tcnnopar necessariamente tem duas juntas. Por que normalmente os teni"I()]XlrcS se apresentam em dois fios. com apenas um dos
lados soldado?(ln.(kest:la outrajunt a?
Figura 6.100
Mcdiçlk> dt te mperatura com te nnopar (refcrentc ao
18. O gráfico da Figura 6.102 mostra acur.·a (foct ícia) de um PTIOO
Calcul e a temperatura medida quando a) H • 120ohmscb) H •
13011.
Exercício li).
12. lmaginellliCajuntadcmcdidadeumlcmwpar cslejadcnlrodcum
fomodctcrnpernturJhonwgênca.Oqucacontcçcriacoma•nedida
scessaj untafosse aberta ci n.-.: ridos5c mdccobrc (cfcchadoo
circ uilonovamentc)'l f'or quê?
13. A resposta de uma lcrll"IO!Tesislênc ia como um PTIOO t fincar (ou
aomcnospo<leserconsiderodalincarparnamaioriadasaplicaçôcs)
em tcnnos de resistência H em funçlio da temperatura. O NTC tem
uma re~posca expooencinl rc lath·a à .-ari31,·llo de sua resistência em
funçllodatempcrJturn.Expliqueas\"lllltagensdofatodeum.sensor
scr lincar.em comparaç3ocom umnllo li ncar.
14. Coosidere aseguimcsituação: cmumtesteparaseleçllode um
candidato. é solicitada a substitu ição de um se nsordo tipo PTI OO.
Entretanto. no al moJlarifado todos os senwres estão misturados
(PTIOO. NTCe termopar). Considcrnndo-.seque •·océ pode utilizar
um termômetro de ITOl'rcúrio e
uma fome de calor de O a 100
ummuhiteste.queprocedimcnto•·oc! de-.-eseguirparnescolhero
PTI OOentreosoutros.sensores?
•c.
Figura6.102
cfciol8)
Rcspostadeumn lemJOm:sistência(refercntcao Excr-
19. Façaoesboçodcurnal igaçlloatris fiosutili7.andoumNI50.CootplcteaponlcdcWhcalstoneromrcsistoresdc50ohms.Coosidt:re
aresist~nciadosC"nbos(ligadosaosensorapcnas)dt:0.51l.Cal­
cu lc atcnsãonapontequandoatcmpcnaturaforO"C.
20. Considerando-se que as ligaç-ões de um tcnnopar a um •-oltlmetro
adequado estejam com:t:l~. é poss.l.-cl medir uma tensão e létrica
(mV)ncga<i•-a? Explique.
328
CapítuloScis
21. Tcm·se abaixo uma tabela com dados
efJ(doNTC)expcrimentais.
~ais.
dR,
Calcule a(do PTI OO)
36. Calculeasensibilidaderelativaa • --::::
Temperatura
PT100(0)
de um NTC com H., • lO 1:0: a O
lorme<le6500.
NTC(ltOI
:- ~emT=40 "C
•c. Sabe· se que a 40 •c
37. Coosidernndoomoddoalcemali\"Opara H, • I{,
I 'C
100.4
9"C
102.8
450
18"C
107.2
290
U"C
111.1
42"C
116.7
o tcrmis-
·,.-li .i"J como
R, = A· r %. determine A para uma unidade tendo um fj = 3500
K ~ 80 1:0: a 20 •c. Calcule o \"alor para a ~nsibilidade a a O "C.
SO"Ce iOO "C.
38. U!ilize a tabela do Exercício 21 parn definir um modelo de três
100,9
paràmctmsdotipo R, . ) • · : ·
63 "C
125.4
"
70 "C
128.8
27.5
ss •c
132,6
16.2
94 •c
137
10.3
56 "C
39. Considere o LneiniO tcrmistor do
40
~) parnoNTC.
E~erdcio
21. IR!ermine o \"alor
deumresistorempar~leloRp;lrnquearespo;;tasejalinearizada
emreo•ceSO "C(utilizeosdoisrno!:todosestudados)
40. Repita o Exercício 39 para a
!OO "C.
fai~a
de 1cmpera1ura en ln: 50 •c e
4 1. Calcule a scnsibilid:tdc do circuito de
22. Utili1.ando a tabela do tcrmopar tipo K. calcule os valores em !em peraturad05pont05dadosemmV; - 0.28:0.08: 1.23:c2.85.SabcndoqueT- • 20"C.utilil.eosistemaapresenradonaFigura
6.100.
23. Com o a(do PT IOO)c fj (do NTC)calculados no Exercício 2 1.
calcule a resistência medida pelo PTIOO e pelo NTC em T •
lineari7.aç~o
da Figura
42. Calcule o resistor~m série e em p.1ralelodocircuitode lineariz,..ão
da Figura6.29quandoaplicadoaoNTCdoExercfcio2 1 para a
faixadeO "Caso •c.
43. O circuito mostrado na Figuro 6.103 é utilizado p;lr:l medir a faixa
de tcmpernturn de 400 •c a 600 •c utilizando-se um temK~paT do
tipoJcomumrnétodoparacon,pcns.açilodajunçlk>friaoujunçllo
de referência.
ISO "C.
24. Sabendo que o valor de a (do PTIOO) é 0.0034 c fj (do NTC) ê
iguala3388.equeo,"ll1ordaresistênciadoPTl00aO"Céde 100
ohmedo NTCf JO~O.calculeas\emper.uuras para: PTIOO com
R • l 200eNTCcoml0000.
2.5. Cakule os
'"lll~s da resist~neia dos sensores do Exercício 24 a
173 "C sabendo que o '11lorda resist~ncia do PTlOO a O •c é de
IOOohmeodof'{fCéJOkO
26. F,..aoprujctodeum medidor de temperatura com um PT lOObascadoemun>afontede~ntede l mA.Asaidade''e'"llriardeO
a 1 VparnafaiudecnlrndadeOa IOO "C.
27. F"'aoesboçodeumsensordotipoPTIOOem umalig,..àoaquatrofios.Levandoerncontaaresislênciaôhmicadoscabos.mostre
numcricamcntequc suainflu<.'nciaénula
T
2!:1. l'nT<JUCaplatinaéconsidcrJdaomelllorn>etalparaaconstrução
dcumRTI)?
100 fi: c
29. Um dado RTD aprescma uma resistência de
Figura6.103
a =
CircuitorefcrenlcaoExercicio43.
0.00385(%)( a O
•c. Calcule sua sensibilidade e seo
A.saidadafontcdecom:nlcLM134édadapor
coeticicntcdctcmperarura a 25 "C,50 "C. 75 "Ce IOO "C.
30. Qual a consequência de choque~ mednicos em
t(p.A)
RTDs~
31. Qual o cfeiw de utiliwçilo de IITDs acima das tempcraruras-limites?
221
n x(2;~+ r.ecn.
or-
sendoT,.atemperJturaambiente.Considcrando-seoamplificador
OJl"faCi(malidcal.determincsuasequ"'õcs.Qualéoganllonecessjrioparnseobteruma faixadesafdade - l OV a + lO V para uma
f ai~ a de temperatur.~ de 400 •c a 600 "C?
34. Expli<jueasdifen:nçasdeconstruçlloemreos RTDs eos termisur
44. Descreva socinlamcnte os principai< tipo;; de sen."'O"CS utiliudos
para medi r temperatura.
35. Explique a di fcrença cmre mcs e PTCs.
45. Descreva as principais
dostiposE.J. K e T.
32. Qual a difenmça entre o rn.!:lodo do ponto
paraçilo n~ catibnlçilo de RTDs'!
fi~oeo
mêtodode com-
33. Em que situ"'ões é necessário considerar modelos de
dem ou superior na modelagem de RTI>s?
~gunda
vantagcn~cdcs•11magensdos
termopares
MediçâodeTemperalura
46. Em uma indúslria mclalúrgica. exisle um fomo com urna faixa de
1cmpem1um de 20 •c a 650 "C com uma precisão de 2 "C. Você
trdbalhaem umacmprcsadeengenhariaespt:cializadanodciienvolvimen!OdesoluçõesdeinsH1Jmentaçâo!érrniça.Foisolici!ado
odcsenvolvirncmodeumcircuilocondicionadorquecon•·crtaa
safdadcumdadolcrmoparadequadoaumsislcmadcdigilalização
que será inlerfaceadocom a porta paralela IEEEI284-A. De!ennineolennopar.csboçeodrcuilocom()!;corrcspondemescákulos.
detcnn ine o com·ersor ADC (apresemando resolução) e esboçe o
imerfaccamemo.
47. Considcrdndo o amplificador de inmumcnlaçàoAD625 da Analog
Devices.esboçeocircuiloparaarnplificarosinal derivado de um
lennoparFe-Cu (defcrro-cobre)
48. Considerdndooexerckioamerior.substituaoamplificadmdcinsHumen!açãoAD625 pelo JNA IOI da Texas Jnstmrnents (Burr- Brown
Corporalion).Eslácorre!o?Oquealtcrou'!
49. Con,iderando-se o polinômio: T = a 0 + a 1 V + a, · V' + a, ·
V'+
+a, · V'. implememc um programa para plotar esse pohnômioconsiderandoasconstamesfomecidasnolcxlodcstccapflulo (plole um polinômio para cada lipo de tcnnopar fornecido
naTabela6.4)
SO.lmplememeumcircuilocondicionadorparaurndelerrninadotermopar.ulilizandooamplificadordcinstrumcmaçãoiNAIOI e o
amplificadorisoladoriSOI22P(todososcomponentespt>rtencem
à Texa' lnstmmcnts (Burr-Brown Corp<Jrdtion)) e considcrdndo um
blocoisoténnicocornlN4148(essediodoeslabeleceurnareferênciaaopomogcloouO "C.poisa1cnsãodessccomponemcmuda
comalemperaturaambienlccenlãopodeserulilizadocomoelementocompensador)
SI. Considerando os sensores LM 135. LM35. LM234. LM56 e LM78.
pesquisesuasfaixasdculilizaçãocsensibilidade.
52. Considerandoocircuitomos!radona Figura6.104.expliquescu
funcionamcmoesuamilidade
329
54. Considerando o scnsor LM35 e o conversor ADC0804. esboçe o
inlerfaceamt>nlodesseSt>nsorcomaportaparalcladcumcompu·
tadorcompatfvel com a família PC e fom~,a o fluxogr~ma do programa de comrole desse sis!ema para medir uma temperatura de
O"Ca IOO"C.
55. Trace o circuito pam um sistema de medi<;ào de tcmpemlura haiieadoem umtermopardotipo J.Ajunçãodercferênciadeveser
compensadaulilizando-seoscnsorsemicondutorAD590.cujasensibilidadc é I p. • '){. A lcns.ào de saída dewrá ser medida com
um voltímelro com cootalos de cobre.
dosislerna.
E~pliquc
o funcionameoto
56. Utili7..ando um termopar do tipo J, um AD592 e um amplificador
OP07 D.esboçeumsislemaparamcdiralernperaturanafaixade
- 50 "Ca+250 °C.
57. Expliqucoprindpiofísicodemediçãodetemperdtumcomtennômelrosderadiaçâo
58. Den!rodoespectroelelromagnétito.localizearegiãodeinfmwrmclho
59. Oqueéumcorponegro: um corpo cinza: c umcorponãocinza
nemnt>gro.equalarela<;·àodecadaumcomat>missi,·idade?
60. Oquesepodeconcluirsobreapotênciaernissivadeumcorponegro?
61. Qu aisasdiferençasemreemit5nciaeemissividade?
62. Explique o princípio de funcionamento de um tcnnômctro deradiaçàodeduascores
63. QualapriocipaldifcrençaemreotemJôme!rodcradiaçâodcduas
corcscolennômctroderadiaçãoo:lcbandalargaoubandacstrcita?
64. Expliqucoprindpiodefuncionamen!Odopirômetroóptico
65. Quaisasprincipaisdifert>nçast>nlrcdetectoresqu5nlicosedctectorcslénnic()!;?
66. Oquesãotennopi lhas?
67. Oque sãodeK-ctoresdotipobolômctros"
68. Qualoprincfpiodcfuncionamcntodossensoresalivosdcradiaçilo
infra,•t>nndha?
69. Oquesãoecomofuncionamos!Crmoparesinfravermelhos'!
70. Pamqueiiervemocampode vis:íoearazào di,tJncia/alvo?
7 1. Qualosignillcadodcumaraziio D:Siguala6:l?
72. Oqueétennografia?
73. Quaissãoostiposdcdetcctoresulilizadosemtennógrafos?
74. Cite o princípio de funcionamento de um tcm1ógrafo que faz lei!Uradetemperawraemduasdimensôes
75. Oqueé.equaloprindpioo:lcfuncionamentodosensoreamentoou
monitoramen!Odc!cmperaturasdis!ribuídas?
Figura 6.104
Esquema referente ao Exercício 52
SJ. Considerando os scnsoresAD592CN. ADT4J. AD22100K. LM62.
TCI046. TMPOJ e TMPI7F. pesquise suas faixas de utilização e
iiensibilidade
76. Quaisasdiferençasenlreulilizarumafibraóplicasimplcseuma
fibm óptica dupla t>m um si>lema de DTS?
77. ProjeleumcircuiloparacondicionamemodeumsensorLM335
paraafaixadetemperaluradeOa I00 °C.Asafdadcvcvariardc
OalV.
78. RcpitaoExercício77ulili zandoodiodo IN4148comoscnsor
79. Repita o Excrckio 77 para um senwr do tipo AD 590
330
CapÍluloSeis
4 BIBLIOGRAFIA - - - - - - - BLACKBURN, J. A. M()(/ern instrumelllalitmforscientistsaml enginurs. NcwYor\:: Springcr-Vcrlag, 2001.
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WILSON J. S . Semor technology lwndbook. Oxford: Nc"·ncs (Eis.cvicr),
2005
Procedim
t 7.1 Lab.1 - Utilização de
Instrumentos de Medição de
Grandezas Elétricas - - - - - t 7.1.1
Objetivos - - - - - - - -
Aplicar os conceitos básicos de estntlstica. Utilizar ferramentas
grálicasp;~rarepresemaçliodedadosexperime ntais.Aplicarcon­
cc:itosdemcdiçãodcgrande1..aselétricas.
t 7 .1.2
Conceitos teóricos adicionais -
Ohmímetro. Ao se utili7.ttr o medidor de resistência elétrica.
deve-se verificar um bom contato entre os terminais do componente a ser medido. Além disso. deve-se ter o cuidado de não
executar a medição segura11do esses terminais com as mãos. Se
isso oçorrer. a impedáncia do corpo humano estará influenciando. e a resistência medida será o par:~ leio do corpo e do resistor.
De'"e-se. portanto. garnmir que o instrumento meça apenas a
resistência de interesse.
Voltímetro. Ao se uti li1.ar o medidor de tensão elétrica. deve-se
prirneirnmenteajtiSinrurnaes.cn1adetens~o.aqual devescrli gei ramen tesupcriorqueatensiloascrmedida.Ao utilizar-seo
medidor de tensilo e l ~ triea. deve-se li gá-lo em paralelo aos pontosem que~ nece~sárioexecutara medida.
Am1>erimc1ro. Ao se utili zn r o medidor de corrente elétrica.
deve -se prirncirmncnteaj ustar uma escala decorrente, a qual
deve ser ligcinrmcntc supe rior que a corrente a ser medida. Em
seguida.aligaçãodeveserfeitacrnsérieeomocircuito
Os concei tos cxplomdos nesse labor-Jtório são aqueles presentcsnocapítulorefercnteainstrumentosdemediçilodegrandezaselétricas.
4 7 .1.3
2 suportes de lâmpada com tcrminais(e ncaixedepiuos "banana" )
1 voltímetrodigita14 V2 dígitos
1 voltímetro analógico ou di gital com escalas I 00 V c 200 V
I ampcrírnctroanalógicooudigitalcomcscala0.5a2A
1 indutor de 300 mH 2 A
I wanírnetroanalógicooudigital
1 reostato 1100: 2A
20 rcsistores corn tolcr-Jncia de 5% (1/4 ou 118 W) de 330 k!l
20 resistorcs com tolcrlineia de 5% (1/4 ou 118 W) de 820 kfl:
20resistorescom toler-Jnciadc 5% (1/4 ou I/8W)de I MO
2Q resistorcseom tolcrlineiade5% (114 ou I/8W) de 3.3 Mfl:
4 7 .1.5
Procedimentos experimentais -
Tanto os instrumentos analógicos como di gitais são passíveis
de danos permanentes (ou queima de fuslve]) no caso de erros
de li gação. Por isso. sempre revise o circuito e. em caso de
dúvida. solicite ajuda. Niioesqueçaqueoampcrímetrotem
uma resistência praticamente nula e. se for ligado em um ponto em que existe diferença de potencial. provocará um cunocircmto.
A Figura 7. 1 mostra corno interpretarovalordaresistência
em rc sistorcs de l %,c5%,eTabcla 7. 1 ocorresponde mecódigodecoresdercsistores
FI F2 F3
F4
"'""~
Bibliografia adicional - - - -
Manuais dos equipamentos utilizados.
4 7.1.4
Materiais e equipamentos -
I varivoh
21âmpadasdc 100W
FI F2 F3 F4
Figura 7.1
FS
lm~~I3Ç3ode•-alor'es nominai•deresiSlon:sporlllC'io
decódigodecores pan~s isu:wcs CQI11toltrinciade l % cde5 %.
331
332
CapÍluloSetc
Tabela 7.1
Código de cores de resistores
m~
• ::,
. ''
w
Laranja
Figura 7.2
Ligação do
circuito em série
Cinza
Q,•alordan:sistênciapodescr,·erificadonoe<Jrpodoresiswr.Parao
casoderesistorcscomtolerânciadeS%·
F I indicaovalordoalgarismomaissignificativo
F3indicaomuhiplkadorouoexpoemeNde 10'
F4indicaqucatolcrânciaéde5% (dourado)
Dessa forma. a composição do valor do resistor será:
R= (FI)(F2) X lO'"''· Exemplo: FI marrom, F2 preto, F3 verde
R= (1)(0) X lO'' '= I Mil
Paraocasodcrcsistorcscomtolcrânciadel %:
F I indicaovalordoalgarismomaissignificativo
F2indicaovalordoalgarismoseguimc
F4indicaovalordoalgarismoseguinte
F4indicaomultiplicadorouoexpoentcNde 10''
F5indicaqucatolcrânciaéde !% (preto)
Dcstafonna.acomposiçãodo\·alordoresistorscrá:
R= (FI)(F2)(F3) X lO' " '· Exemplo:. F I marrom. F2 preto,
F3 preto. F4verde: R= (1)(0)(0) X lO''' = IOMfl
Utilizando os resistorcs fornecidos. cujo valor nominal pode
ser lido no corpo do cornponeme. meça suas resistências com o
ohmímctrocprccnchaa Tabcla7.2
Com a utilização de uma ferramenta computacional. trace os
histogrdmasdecadaumdosrcsistorcs
Tabela 7.2
Dados do experimento
330kfl:
820kl1
I MO
3.3MH
Tabela 7.3
Referente ao c ircuito da Figura 7.2
Comautilizaçàodeumaferramcntacomputacional,calculc
arnéd iaeodesviopadrãodecadaurndosresistoresetraceum
novo gráfico relacionando 1'(1/or(H) X R, . no qual !'(r/or (R) são
as médias (no eixo y das ordenadas) e R. são os quatro resistores
uti lizadosnocxperimcnto(nocixoxdasabscissas). Ncssegráficodevemapareccrtambémasbarrasdcvariaçàodecadapontorepresen tandocadaumdosquatroresistoresutilizados.
I. Monte o circuito da Figura 7.2 uti lizando o varivolt. duas
lâmpadas. o voltímetro. amperímetro c wattímetro. Antes de
aplicaratcnsàonocircuito,vcrifiqucsuasligações!
Circuito em Série. Ap lique as tensões de (u) IOO V c (b)200 V
(ajustando no varivoll). con trolando o experimento com o voltímetro. MC\a as tensões nos pontos AB c BC. o valor das correntes nos dois casos e a potência consumida pelas lâmpadas. Completea Tabcla7 .3.
2. Mon te o circuito da Figura 7.3 utilizando o varivolt. 2 lâmpadas. o voltímetro. amperímetro c wattímctro. Antes de apli caratensãonocircuito,verifiquesuasligações!
Figura 7.3
Ligaçãodocircuitoemparalclo
Procedin~e nwsExpcrime nt ais
333
=·Q·· .:_R
.' ,
C
'
Figura 7.4 LigaçOO do circuito
oomoinc.iutor.
Tabela 7.4
w
'
Referente ao circuito da Figura 7.3
HJOV
Tabela 7.5
Referente ao circuito da Figura 7.4
200V
C ircuito e m J>aralclo. Aplique as tensões de (a)IOO V e (b) 200
V (aj ustando no varivolt ). controlando o ellpcrimcnto com o vol·
tímetro. Meça as tensões nos pontos AB e BC, o valor das corremes nos dois casos e a potência cons umida pelas lâmpadas e
preeochaaTabe la 7.4.
3. Moote o circuito da FigurJ 7.4 utilizando o •-arivolt. o indutor.
o reostato, o voltíme tro, amperímetro e wattírnetro. Ames de
aplicaratcnsãonocircuito.,·e riliqucsuas ligaçõcs! Meça as
tensões d.1 foote. o valor das com:mcs c a potência nos dois ca-
sose preencha a Tabela 7.5.
4 7.1.6 Questões - - - - - - - a. Vcrifiqucseos rcsistorcs tivernmd ispcr.;ão foradafai:l(adc
toler.1nciade5% especificadapelofabricantc.
b. Nos circuitos e m séri e c crn p~rralclo. calcule as potências
utilizandoosvalorcs lidos novoltfrnctroenoamperímetroe
compare com os valores do wuttfrnctro.
c. Repita o exercício anterior p~ra o circuito do indutor (Figura
7.4).A medida foi próxima? Porquê?
d. Nocircuitodoindutor(Figura7.4). rncçaatcnsãodafome.
a tcn~o sobre o indutor e a tcn~o sobre o reostato. Verifique
aleideKirchhoiTdMrn:rlhas
e. No circuito do iudutor (Figum 7.4). calcule a ]Xltência aparente e a ]Xltência rcutiva. Calcule também o fator de potência
do circuito.
4 7.2 Lab. 2 - Regressão Linear e
Propagação de Incertezas - - - f 7.2.1
4 7 .2.2 Conceitos teóricos adicionais Osconccitoscxplornd()';nCSSclnbonLtÓriosãoaquclesprcscntcs
nocapítu lorcfcrcntcaimroduçiloàcstatfstica eà teori3dcpropagaçãodcincertezas. Ape sardesc rutilizadoumsensordctcrnpemtura do ti]Xl NTC, os meca ni ~ rnos de funcionmncnto domesmo não serJo cxplorJdos neste expe rimento. mas pode m ser
encontrados no capitulo relat ivo 1t te mperatura.
Os programas escolhidos nesse laborJt6rio são o MS Excel
c o MATLAB, 1 por serem facilmente encontrados em ambientes
de ensino: enlrctanto. podem ser substiwfdos de acordo com as
disponibilidades.
I 7.2.3
Bibliografia adicional - - - -
MATLAB. Help tutorial.
MONTG0:\1ERY. 1). C. l>u iglt mui Atral, ·$i$ of t.~rimem$. New
York:JohnWilcy.200J.
VUOLO. J. H. Furrdmrren1111 dtt tetlritl til' trms. SOO Paulo: Edgar
Blikher. t996.
4 7.2.4 Materiais e equipamentos - i rcsistorde 1000
I rcsistor de 5600 !l
I fomedea limentaçHoDC
1 arnpcrírnclro(multfrnctro)
I voltímetro(mu ltírnetro)
I copo de Béqucr
laqucccdordcágua
I tennômetrodcrcfcri: ncia
I sensordotipoNTC
I rnicrocomputador cornpalfvel com a famflia IBM PC
MA1LAB
MS Exccl ou Minitab
Obje11vos - - - - - - - -
Aplicaroscooct:itosbásicosdcregressãoliuearsimples.Utilizar
programa~ de análise de dados e regressão linear. Aplicar conceitos de propagação de inccrtclas.
'MATI.AB tu""' fC1T11me111a cu_;o. direrroo pencnttm • Malh.,.tri.s. No .. rc da
Mmh,."Ofls (w,.·w.maLh•Horl.s.com). oo cm fc1rue<ptto.ohta<W. ~ possf•-ct so.
licir:u- a ,-er<Jon de a•01tiao;io dcs>:l fcmomcnra 011 a a~~u•~oçlo de pao<:~~<: educa·
cionotp;orasuain'-liluiçloootabonróriodeprsquisa.
334
CapÍluloSetc
ti 7.2.5 Procedimentos experimentais -
notepmf). Para isso. abra o MATLAB c clique em File - New
- mfile. O exemplo a seguir é um scripl que carrega um arquivo de dados de duas colunas e "opia "ada uma dessas colunas para as variáveis x e y (confonnc comentários após os
símbolos %):
Parte 1 -Ajuste de curvas
Com o aqurx:cdorc o copo de Béqucr. o NTC c um ohmímctro:
faça lO medições de temperatura (entre iif O °C e iif 100 °C) e
deresistênciadosensor.
O ponto próximo de O
pode ser aproximado pelo copo
de Béquer com gelo. Para as medidas seguintes, remova o gelo do recipiente e adicione água (é importante que as pedras de
gc loscjamrcmovida.'>paracvitargradicntcsdctcmperaturano
interior do copo). De acordo com a necessidade. adicione água
quente até.,hegarpróximoao ponto de fervura. que deve ser
utilizado para aproximar a temperatura de 100
(existirá um
limite antes dos 100 °C: entretanto. preocupe-se apenas em
registr.tr os 10 pontos). Complete a Tabela 7.6
oc
A= xlsread('nome do arquivo.:ds'): % Le o spread she·
etdoExccl
M = lcngth{A): % M e o comprimento da coluna
x = A(l:M): % x e aprimeira.,oluna
y = A(M + I :M•2): % y e a segunda coluna
plot(x.y): % dcsenhaacurvaXxY
oc
t Para rodar, escolha Dcbug - Run no menu do gráfico
t
Tabela 7.6 Dados R x T
Proceda selecionando em Twh - Basic Fitting e escolha
linear. 5 dígitos e Show Equmions e anote os resultados.
t Dessa forma, será fei ta uma regressão linear simples como
nocasodoExcel.Determineoscocficicntes daretaderegressão. "ompare com os valores determinados nu Ex cel e faça o
gráfico dos resíduos.
t Analiseacurvaeobservequeatendênciaéexponencial.J'ro--
WC)
R( fi)
ponhaummodelodotipo: R = Ae .. (~)
Parte 2 -
Utilização do Excel e do MATLAB
Digiteosdadosdatabelanap lanilhaMS Exccleproccdada
seguin tcmanetra
t Scledoncasduascolunas(xcy).
t Fa'fa o gráfico dos pon tos (dispersão)
Clique no botão direito do mouse e escolha Adicionar Tendência(cscolhaaLincar)
t Vá para Menu - Ferramentas c coco lha Análise de Dados. Se
cssaopçàonãoestiverdispon(vcl.cliquccmSuplcmcntoscescolha Ferramentas de Análise. Clique em Análise de Dados e
cocolha Rcgressão.caparcçeránatclaumajanelapcdindoos
intervalos a serem analisados. Depois de rodar a regressão.
surgirá uma planilha com o resumo dos resultados da análise
cstatísticacdaregressàolineardasduascolunas.OsparJ.metrosdaretadeajusteestàotambémevidcneiados.
y,._ =a + bx
Faça ainda a substituição: x =
~ ln(R) = ln(A) + .;;:-.
~· y =
ln(R). a = In( A), c
finalmente y = a + bx. C:~lcule com os dados os pontos corrcspondemcs y c x (uti lize temperatura absoluta: T, = T, + 273).
t VoltcparaaplanilhaExccletraceumanovacurva,agoradc
Y = ln(R"""..,) X x = ..!... Qual a tendência dessa "urva?
Porquê?
T
t Repita o procedimento de ajuste de "urva e determine os valores de A eKparasercmsubstituído:scm R- . = Ae ..( 7_:...., ] ,
t Proponha um novo modelo do tipo: R = Rue{~-f.-J, em que
R.0 c 7 0 correspondem a um ponto de referência da curva (por
exemplo. o pon to em que T= 0 °C = 273 K)
t Determine o R0 teórico (com os dados da regressão) c compare com o valor medido. substituindo no modelo.
t Por fim façaumgráficoapresentandoanovacurvaajustada
compamndo-acomac urvalinearecomosdadosreais.
t Anote os valores dos coeficientes calculados no MS Excel:
Propagação de incertezas
t Ut il i7_ando o MATLAB, carregue os dados digitados no Excel. através de uma macro. Nesse caso. escreve-se um pequeno script em um editor do próprio MATLAB (ou mesmo no
Tabela 7. 7
Fonte
Medidas com instrumentos
tOVeR
toon
l-ontc • lOV e R • 5600fi
Para o procedimento de levantamento de dados relativos ao experimentodepropagaçãodcinceT1ezas.procedaajustandoafonte de tensão em lO V. Ligue o resistor de 100 f! na fonte. medindo tensão e corrente do mesmo com o multímctro (por cxempio. Tektronix TE KDM M 155). Não esqueça que o amper(metro
ProcedimemosExpcrimemais
deveserligadoemsérie.enquantoovoltímetrodeveserligado
ern paralelo. Meça também (desligado da fonte) a resistênda dos
resistores (evite encostar as duas mãos nos tenninais do resistor
para niio inserir erros na leitura). Repita o experimento, porém
com resistos de 5600 !l. Preencha a Tabela 7.7.
Veriliquenomanualdosmultímetrosutilizadosqualéaincencza das escalas utilizadas. Por exemplo, para o multímetro
Tektronix TEKDMM 155:
Tabela 7.8 Incertezas do multímetro Tektronix
TEKDMM 155
resistência -
resistência -
tensão
conente DC 2
2000
20k0
DC 20 V
mA e200 mA
:!1.2%daleitura
+ 2dígitos
:!I % da leitura
+2 dígitos
:!0,7%dalcitura
+2dígitos
:!1.2%daleitura
+ 2dígitos
Paraefctuar ocálculoda inccrtczarelativaaoinstrumentoc
àsuaescala.procedacalculandooerroquadráticodosparàmetrosfomeódos:
incerteza "' ~('kleitura)'
+ (mímero de dígirasflutuames no l.SH)'.
emqucndígitossignificamavariaçiiodenunidadesnodígito
menos significativo (mais à direita ou LSB).
Por exemplo: escala de 200 !lcom oohmímetro medindo 100
n. o visor do instrumento mostra 100,0 n (pois esse é um instrumentode3\1dígitos).Nessceaso
incerreza; ~( 1 ,2)' +(0. 2)' ~ 1.2
lmultímetroanalógico
I multímetro digital. preferencialmente oom cntr.Kla par.! tennopar
4diferentesresistoresdcigual tolerância
2molashelicoidaissimilares
Pcsospadrõcs(gmmas)
Réguacomescalademilímetros
I tubtllaçãoparaáguaoufiaçãoelétrica(qualqueroomprimento)
lpaquímctro(niiodigital)
1 tem1opar (preferenciahnente o modelo disponível com o multímetro)
I rccipientcparaáguamornaouquentc
Porção de sal de cozinha ( 100 gramas)
41 7.3.3 Procedimentos experimentais a. Selecionequatrodiferentesresistores(deigual toler:incia)e
dois multímctros: um analógico c outro digital. Meça a resistênciaelétricadecadaresistortrêsvezes (nãoconsecutivas)
com o mesmo multímetro(analógico). Realize o mesmo procedimento com o outro multímctro (digital). Preencha a tabclaaseguireavalie seadiferençadosdadosobtidosé significativausandoProjetode Experimentos.
Kesistores
1\lu ll ímetro
Analógico
n
Caleulcainccnczaparacadamcdidafcitacdcpoiscalculca
]Xltênciadetrês maneirasdiferentes: P = El. P = !feP = RP,
sendo R resistência em !1, / a corrente em A c E a tensão elétrica em V. Determine o método que gera a menor incerteza
41 7.2.6 Questões - - - - - - - a. Aprescnteoscoeficientesdosajustesdecurvasexecutados
b. Aprescnteosgráficosresultantesdosdadosmedidoseajustados segundo os três modelos propostos: linear. exponencial
( I) e exponencial (2)
c. Aprescnteosresultadosdasincertezasparaastrêsmaneiras
dccálculoda]Xltênciaclétricadissipadapclosresistores
d. Apresenteumaconclusãosobreosresultados
t 7 .3
Lab. 3 - Projeto de
Experimentos - - - - - - - - -
41 7.3.1
JJS
41 7.3.2 Materiais e equipamentos - -
Objetivos - - - - - - - -
Utilizar a técnica denominada Projeto de Experimentos na avaliação de experi mentos. Verificar o significado estatístico dos
resultados experimentais
b. Fixeas molasemumabasesuperioradequada.deixandoa
outmextrcmidade livre para a colocação de pesos padrões
(F). Individualmcnte,pendureumpeso (pesosadequados)na
extremidade livre da mola e meça. com uma régua. o deslocamento (x) em função do seu eixo original. Realize. pam
cadamolacpesoescolhido,duasrepctições. Precnchaatabclaparacadaensaio:
I
Dctcnnineaconstantcdccadamola(F = K X x :. K =
~J
c elabore um projeto de experimentos para verificar estatisticmnenteseasmolassãosimilares
c. Escolha trêspessoas(operadores)para medir os diâmetros
internoeexternodcumatubulaçãodeáguaoudcfioclétrico.Vcrifique.utilizandoprojctodeexperimcntos.seosoperadores são significativos noerroexperimental.Cadaoperadordevcrepetiroe:~:perimcntoduasvezesaleatoriamente
Preenchaa tabclaascguir
336
Capítu1oSctc
l>iâmetro (mm)
o~r11dor 1
Operador 2
Operador 3
41 7 .4.3
Bibliografia adicional - - - -
Manuai sdosequip;~mentosuti1 i zados.
lntemQ
Externo
41 7.4.4
d. Implemente um experimento p;lrn \"erificar se as temperaturas
indicadas pelo temloparest:lo relacionadas com o posidonalllCtltO do senSO!" no recipiente. Além disso. verifique se o
produto aquec ido. água doce ou água salgada (contendo sal
de cozinha). al tera os \"alores medidos. Aqueça a água doce
aproximadameme até 100 °( e realize medições de 20 °C em
20 °( até à temperJ1Ura ambiente posicionando o termopar
no centro do rec ipiente (procure de ixar o teonopar sempre 110
mesmo local). Recoloque água doce no recipiente e realize
os procedimentos anteriores com o teonopar distante do centrodorccipientc(procuredeixarotermoparscmprenomesmo local). Obsen1e as variações de tempera tura com o multímctro. Com o recipiente que contém água salgada. realize
os mesmos procedimentos. Os dados obtidos são s ignificativos"!
Materiais e equipamentos - -
! gerador de funções
I matriz de contatos
2capaciton:sde IOOnF
2capaci torcsde lOnF
2 rcsistorcs com tolerânc ia de 5% (1/4 ou 118 W) de 330 íl
2 rcsistorcsoom tolcrãnc iade5% ( l/4ou 118 W)de 820 fl
41 7.4.5
Procedimentos experimentais -
1 MonteocircuitodaFigurn7.5.l iguenacntradaogerndorde
funções.ajustnndoasfrcquênciasdetermi nadasnatabclaabai"ocmeçanasaídacomoosciloscópioa amplitudc.Precncha
atabclaaseguir:
Osciloscópio
t 7.3.4 Questões - - - - - - - a. Considcrando-seoprimeiroexperimcnto(rncdiçàodcrcsistêiiCia clétriça com quatro diferentes resistorcs). o que pode
ocorrer se os muhímetros não apresentarem a mes ma fa ixa
dc inccrtcT.a?
b. Expliqueoqueécrrodcparnlaxe.
c. Considerando-se oeltperimemoda constante da mola. os operndores. de maoeirn gerJI. são fontes signifkmivas para o
erroeJo:perimcmal?Oiscuta.
d. DcSCTC\"a procedimentos para minimiwro erro e1o:perimental
devido ao operador.
t 7.4 Lab. 4 - Utilização do
Osciloscópio - - - - - - - - • 7.4. t
Objetivos - - - - - - - -
Utilizar o osciloscópio como ferramenta de análise em circuitos
Apesar de esse laborntóriofazcrusodeoutroscomponentes.o
Figura 7.5 Circuito rden:nle ao f..Jterckio 1.
l"rnJ.(IIz) 100 SOO I k l k 3 k
~
k S k 6 k 7 k 8 k tOk SOk
-,_
'· - Meça também çom o oscitócopio as diferenças de fase entre
entrada e saída . Prccnçhaa tabelaaba ixo:
l"n>tj. (tb) 100 SOO
tk
21< Jk 4 k 5 k flk
7k 8k tOk SOk
focoprincip;~lé:tutilizaçàodooscilosçópio.bcrncomoainter­
Prctação das
form;~s
dos si n(l is mostrados pelo mesmo
41 7 .4.2 Conceitos teóricos adicionais Oosciloscópioéumaferrnmcntadegrandeutilidadenaárcade
Ne ssecircuito.mCÇ3 tam bémasfrcqu enciasàsquaisa tensào
de saída tem as segu int es relações com a te nsão de entrada
( :..:.) cprcc nçhaatabclaaOOixo:
cletrôni~;a.pri ncipa lmentepclasuaversati lidade.A tualmente
eJo:istem osciloscópios com mu itos rec ursos. alguns dos quais
bastante espc:cfficos do mode lo. E1o:istem, por uemplo. osc iloscópios que podem fazer a FFr dos sina is arnostrados. Outros
podem ser ligados em uma rede com outros instnnnentos por
meio de interface GPlB. além de uma série de outros recursos.
No entanto. equip<~mcntos qoc possuem muitos recursos também
têm um custo mais alto . A fim de cobrir o maiO!" número possível
de usuárioo. este trabalho e1o:plornr.i as funções mais simples
prcscntescmqualquerosciloscópio.
JO %
Freq.(llz)
2. Monte o circuito da J--"igurJ 7.6. ligue na entrada o gerador de
funçõcs.ajuS!andoasfn:quênciasdetenninadasnatabcla ascguir.
Meçacomooscil~a saída do circuito da Figuro 7.5.
Procedimenws Expcrimentais
337
Nesse circuito, meça também as frequfnci01S às qu01is 01 te.nsiio
de saída tem as seguintes relações com a tensão de entrada
( : - ) eprecochaatabciaaseguir:
....
70%
Freq. (llz)
Figura 7.6 Circuito referente ;oo E~ercício 2
t 7.4.6 Questões - - - - - - - -
l'reeochaa!abelaa scguir.
··req.(ll ~)
,_
S00 I k S k 7.5 k IO k IS k l O k 25 k J() k 50k 75 k 100
Mt:çala mbé m :!sdifcrcnçasdcfascc nlrecnl radaesaídae
prccnchaatabc laaba ixo:
a. Desenhe as curvas de amplitude re lativa X frcquência parn
os trése~ercfcios. Para isso. utilize escala linear noei~oye
esçala logarítmica no ei~ox. ParJ calcular am plitude relativa.
façay = 20 1ug ( v....,.l[dlll.
v~b. Desç nhc os gráficos de di ferença de fase por frequência pam
ostrêsc:tsos.Novamentc.utilizccsca l a l incar noci~oyees­
cala logarít micanoei"-O .l
•. ,..".(Ih ) S00 lk S k 7.5 k IOk IS k 20 k 25 k .10 k 50 k 75 kl00k
Nessecircuito.mcçatambémasfrequênciasàsquaisa tensiio
de salda tem as seguimes relações com a tensão de entrada
( : ..:.) epreenchaatabelaaOOixo:
JO%
t 7 .5.2
3. Monte o circuito da Figurn7.7, 1iguenaentradaogeradorde
funções. aj ustando as frcquênciasdalõ!bcla.e llJCÇõlcornoos·
-
ciloscópioaamplitudcdcsaída. PrecnchõlatabclaaOOi)lO'
, - -- - - + - Poo1-(e&nlll1 )
820
"'""' .1-"ff"t_:;;"-t--+- PooleQ(canall!)
::~ Ç? ~330 + lOnF
Figura 7. 7
,_
t 7.5.1
Objetivos - - - - - - - -
Aplicar os concei1os básicos de eletricidade. Aplicar teoremas
de Thévenin e o teorema da superposição de efeitos.
Freq. ( Hz)
1100<#'
t 7.5 Lab. 5 - Conceitos de
Eletricidade - - - - - - - - - -
C.rcutlo referente oo E~crelcto 3.
100 t k 3~ Sk 7 k IO k 15 k 20k .!O k 5(lk 7S k IOOk
Conceitos teóricos adicionais -
Os conceitos neçcssários paro~ este exercício pr.itico encontramsenocapítuloreferenteaeletrônica.
t 7.5.3
Bibliografia adicional - - - -
ALEXANDER, C. K.; SADIKU N. O. M. Fumlwnenws de cirr:uitOJ
elélrirOJ.PonoAiegre: Bookmun.2000.
CLOSE.C. M. Cin·tWos lintw-rs. Rio de Janeiro: LTC. 1986
DESOER. C. A.; KUH . E. S. Tnm'<• i:>«.< leu dr rin·uitos. Rio de Janciro:GuanabamDois.I97R.
DO RF. R.C.; SV01)06A J. A. llllrot:luç<1o 1ws ôrr:uiws elétricos. Rio
deJaneiro: U C.2001.
IRWIN D. J. Amllise Bdsic" de Ct'n:uitos J>ttn< ét~gi'nlwría. 7. ed. Rio
dcJanciro: LTC.2002.
NILSSON J. W.; RIEDEL. S. A. Cirroútos til/ricos. 6. ed. Rio de Janeim:LTC,200l
O'MALLEY.J.Ar~dlist drCirruitos. New Yort. : &ltaum~ndMcGraw­
Hill.l994.
,_
t 7.5.4
Meça tam!Xm as diferenças de fase emre entrada e saída c
preeochaatabelaaseguir:
··roq.(II>J
100 lk J k 5 k 7k
!O k 1Sk20k.!O k 50 k 75 kl00k
Materiais e equipamentos - -
2fontesdetensiio
I multímetro
2 resistores com toler.iocia de 5% de 18 kO
lresislorcom!Olc:rfinciade5% de l 2k0
1 resistor com toler.lnc ia de 5% de 1800 O
338
CapfwloScce
4 7.5.5
Procedimentos experimentais -
Monte o cirçuito da Figura 7.8 e proceda fazendo as medidas de
tensão e corrente conforme o que se solicita na tabela.
1,8kU
12k0
Leiturndoarnperfmetronosterminais"bquandouma
'· (3)~
Figurtl 7.8 Circuitoparalaborntóriodeelecricidadcbásiea.
I. Renwva a fonte de tensão E 2 e no seu lugar ligue esses termi-
nai s em curto-cirçuito. simulando uma tensão de O V. Meça
atensnocacorrcntenospontosab(simplcsrnenteconcctandoovolt(rnctrocuamperímctroncssestcrrninais.uminstrumcntopor vez). Prccnchaatabelaalxlixo:
E,
6V
E, • 9 \'
E, • 12V
Lciturado\·oltfme~m
nos temtill:lis ob
amperímetro nos
terminai s ab
2. RcmovaafontedctensãoE, e.noscnlugar.lignccsscstcrmirHi iscrncnrto-circuito. sirnulandounnrtcnsi\odcOV. Meçaatcnsi\ocacorrentcnospontosab(sirnplesmcntcconcctandoovohírnctroeoarnpcrímetronesscstcrminais,uminstnnncnto por\'eZ). Preenchaa tabelaab.:tixo:
t:, - s v
t :, - 1o v
Ligue entre os tcnnioo.is ah uma fonte de tensão de 6 V e meça
aCOITCntequeestáfluirtdoporela.PreenchaaL1bclaabaiJO:o:
E, • ISV
Lci1Uradov<>ltímetro
nostenninais nb
fomedctensaodc6Véa]!licadanessestenninais
4 7.5.6
Questões - - - - - - - -
a. No Experimento I foram feitas medidas apenas com os efeitos da fonte E,. No 8pcrimcnto 2. apenas com a fonte E,.
Compare os res ultados do 8pcrimento 3 com a soma correspondente dos resu ltados dos EJO:pcrimentos l e 2.
b. Faça uma análise teórica por superposição no circuito propostocdctennineoscoeficientesk1ek, daeqn;tçi\ogcnérica
V,.= k,E, + k,E, e 1,. = k1E, + k,E,. Compare com os resultadosobtidosnaQucstãoa.
c. O Experimento 4 consiste em uma fonna prática de medir a
H,., pois as fontes indepe ndentes foram removidas e na saída
do circuito foi colocada uma fontcde6V.Assim. H,. =
~­
'-
Calcule o Rn. de mancir.~ teórica e compare com o valor medido
d. Na Questão b foram calculados k, e k2 da equaçllo genérica
V,. = k,I::, + k1E1. Utilize esta equação para calcular a tensão
nesses terminai 5 quando 1:.'1 = 9 V e E2 - lO V. Observe que
essa é a tensão de Thévcnin para esse caso espccffico. Comparecomosvaloresmedidos.Repi taesteprocedimentopara
l.., • k1E1 + k.E1•
4 7.6 Lab. 6 - Utilização de
Indicadores - - - - - - - - - -
4 7.6.1
Objetivos - - - - - - - -
Uti lizar indicadores analógicos ou digitais pura aplicar em me diçõesgenéricascujaentrndasejaemtensllo(oucorrente).
Leitura do
amp.;-rfrnetronos
•emtin11isub
4 7.6.2 Conceitos teóricos adicionais -
3. AgorJ ligue as fontes de tensão E, c E, no seu lugar conforme o
Os conceitos explorados nesse laboratório são aqueles presentes
no capítulo referente a instrumen tos de medição de gnmdezas
elétricas. conversores AD c instrumentos analógicos.
circuitodaFigura7.8. McçaatensàoeaCOITCntcnosiX111\0Sab
(simplesmente conectando o voltímetro e o amp.'lÍmciiO nesses
tenninais. um instrumento por vez). Preencha a tabela abaiJO:o:
4 7.6.3 Bibliografia adicional - - - Manuais dos equipamentos utilizados.
E ,-6 V
E,=SV
f: 1 -9V
E, "' lO V
E,- 12 V
E,"' ISV
Da1ashuu e C5pccificações técnicas do componellle 7107.
4 7.6.4 Materiais e equipamentos - tcrminai sab
i ampcrfmetro digital com escala de 2 mA
I voltímetro digitul com escala 200 mV ou urn DPM (Digiwl
Leituradoamperlrnctro
nostcrmlnai s11b
f'(ll!f/ Mewr) corn escala de 200 mV
4. Agora remova novamente as fontes de tensão E, e E, e ligue os
tenninais do circuito (gar.mtindo no circuito t::1 = O e~ = 0).
l cornponentc lntcrsi17107(1CL 7 107)
4disp/11)'l"dc7 scgrnentus(catodocomum)
Rcsistoresdivcrsos(acalcular)
ProcedimentosExpcrimentais
Figura 7.9
Implementação de um voltímetro com um novo fundo
de escala
4 7 .6.5
Procedimentos experimentais -
I . Existem módulos conversores digitais com interface para dis·
plays de cristal líquido ou displays a leds. Um exemplo são
os módulosconstruídoscomocompouente [ntcrsil 7106.Com
esse componente é possível escolher uma escala de entrada e
·45"!
1= 1
R,• SO
Figura 7.10
Implementação de um amperímetro com um novo fundo de eso::ala
Figura 7.11
JJ9
aconsequenteutilizaçãodcumdüplt!)'deJY,dígitos.Neste
exercício você deve utilizar um voltímetro na escala de 200
mV simulando um indicador (ou o próprio módulo. se você
adquiri·IO). Calcule urna relação de resistores de modo que.
quaudo for aplicada uma tcusãodc S V, o fuudodc escala do
instrumentosejaalcançado.equandoatensãofor OV.odis·
p/(lyindiqueOV.A Figura7.9mostradetalhesdesscexpcrimento. Faça uma tabela de calibração da tensão a medir e da
tensãovistanodüp/(ly.
2. Os indicadores utilizados para medir tensão são os mesmos
utilizadosparacorrcnte.Aestmturadomedidoréquemuda
Para simular um instmmento analógico. você pode ajustar o
amperímetro para a escala de 2 mA. A fim de implementar
um novo instrumento baseado na escala de 2 mA. calcule o
valorderesistênciaasereolocadoempara[e[ocomoinslrumento (considere a resistência do amperímetro nula). confom\ea Figura 7.10.cmqueoresistordeSOOscrvepara
representararcsistênciaintema.Utilizeumresistorvariável
(multivoltas)paraoajustedefundodeesca!a. Faça uma ta-
Utilização de um 7107 para construir um indicador digital
340
CapÍ1u1oSerc
bela de calibraçàodo valor de corrente e do valor lido no
düpla\'. Altemativarnente.nesteexperimento você pode r.uilizar um miliamperímetro em seu labomtório. definindo novos rcsistorcs.)
3. Utilize o componeme 7107 para momar um disp/ay digital de
3~ dígitos. Monte o cir.:uito .:onforme a Figura 7. I I. aplique
urnsinaldcentradadcOa200mVetraccacurvaderesposta em função do di~play
t 7.6.6
Questões - - - - - - - -
a. Porqueosinstrumemosanalógicosfundamemaisapresentam
resistência interna?
b. l'orqueosamperirnelrosconvencionaislêm limiledecorrente? Por que eles não podem medir correntes da ordem de milharesdcampCres?
c. Porque voltímetros convencionais não medem tensões na
ordemdemilharesdevolts?
d. Estude o JotMheet do 7106 c 7107 e descreva quais são as
principaisdiferençasentreessescomponentes.
digitais.SeafonteprimáriaACtiversuaamplitudcvariando.a
rensãodealimemaçãodeurninstrumemo.talcornournabalança.nàodeveserafetada. Seissoacontecesse.amedidaindicada
também oscilaria
Há casos em que a fonle estabilizada é vital. Um e1>emplo
são os conversores analógico-digitais. Observou-seq ue aresoluçàodoconversorADémelhorseonúmerodebitsaumenta r. Por que enrão não e1>is1em conversores AD de 100 birs?
Uma das razões é que na implementação de um conven;or AO
énecessárioforneccrumafontedercfcrênciaestávcl.Nocaso
dos 100 bits. a fonte deve ter uma variação máxima de
1/(2 100 - 1): caso contrário. a resolução do conversor A/D não
se justifica. Em rnuiros casos. em que os sinais medidos têm
intensidadesrnuitobaixas.asfontesquealirnentamessescircuitossãofundamentaisetêminnuênciadiretanosresultados
finais.
t 7.7.3
t 7. 7 Lab. 7 - Fontes de Tensão e
Fontes de Corrente - - - - - - - t 7.7.4
ti 7.7.1
Objetivos - - - - - - - -
Aplicar conceitos de elerrônica para a implernemação de fomes
detensãoefontesde.:orrenteestabilizadas.
t 7. 7.2
Conceitos teóricos adicionais -
Os conceitos básicos explorados nesse laboratório são aqueles
presen re s nocapi1Uiorefereme a elerrônica analógica. Emretanto.anecessidadedefontesdetensãoecorrenteestabilizadas
fazcomqueocngcnhcirorecorrafrcquentementeacomponentes especfficos quando es1ão disponíveis. ou então implemente
circuitos para esse fim de modo a reduzir innuências e1>ternas.
Ae1>prcssão""fontesestabilizadas'"indica.demodogeral.que
afomeérobustanoquedizrespcitoavariaçõesdetemper..ttura.
bem comodeourrasvariávcis não controláveis. As fomes de
tensàoestabilizadasdevemserutilizadasnaimplementaçâode
amplificadorcsedesistemasde instrumentação analógicos ou
Bibliografia adicional - - - -
Appliwtions de fabricantes dos componentes utili7_ados
Daltulreets decomponenres.
Materiais e equipamentos - -
!multirnerro
l osciloscópio
!transformador 12 + 12V
4 diodos 4007 ou uma ponte retificadora
l reguladordetensão7812
1 reguladordetensàonegativo7912
l amplificadoroperaciona10P07
I XTRll5
I RCV420
!LM317
ILM337
t 7.7.5
Procedimentos experimentais -
I Monte uma fonte de tensão estabilizada em + 12 - 12 V utilizando os reguladores de tens;io 7812 e 79 12.confonne a Figum
7.12. Monre ainda urna fonte simétrica de +2.5 V e -2.5 V.
utili7_andoosreguladores LM 317e LM 337. confonnea Figura
7.13(observequeaentradadosreguladorcséamesmautilizada
DI
'" UI
Figura 7.12
Fome de
(ensâo simétrica + 12 V - 12 V.
Procedimemos Expcrimemais
341
Figura 7.13 Fome de tensão estabilizada
-2.5Ve +2.5V.
para a fonte + 12 -12V).A tens.1odeveserajustada oopotenciômetro. A relação (segundo o fabricante. a National lnstruments)é V.....,. = 1.25 ( 1
+ ~ ) + i.., (R,) . R, foi ajustado
para 240. enquanto R1 é o potenciõmetro.
2. Monte a fonte de correm e da Figura 7 .14. Confira o valor da
corrente medindo a tensão sobre um resistor conhecido. (É
predso ter cuidado para não saturar o componente!)
3. Com o XRTII5. o RCV420 e as fontes montadas no Exercício I, monte o loop de corrente da Figura 7 .15. Em vez de
alimentar o RCV420com :::':15 V utilize+l2 v.
t 7.7.6
12V.,.
t 7 .8
• 7.8.1
Figura 7.14
Fonte decorrente
Figura7.15 l.ooJHiccorrentecom
Burr-Brown RCV420c XTRII5.
Questões - - - - - - - -
a. EstudeosdaJm·heeJsdo7812edo7912evcrifiquequaissão
os limites de tensão desse component e. Verifique também
qual é a tensão mínima que deve pennaneccr sobre o componenteparaqueelecomecearcgularos 12Vou - 12V.
b. No Experimento 2. onde foi montada uma fonte de corrente.
pode-se utilizar qualquer valor de resistência como carga?
Qual é o limite?
c. Explique por que transmitir sinais em corrente é geralmente
maiseficicntcdoquctransmitircsscssinaiscmtcnsão.
Lab. 8 - Filtros Analógicos Objetivos - - - - - - - -
Implementar filtros ativos
342
CapÍluloSetc
,,,
damagnitudcnãomudadesinalaumadadafaixadefrequência).
A função nonnalizada é dada por:
R,
. . te··· r -
Entraóa -~_I}.._____Cl
IH(jw ~
Salda
1
= lfl 1
+ ~'• "
sendo H' um fator de escala. Essa expressão matemática produz
polos para um filtro com características de Buucrworth. A Figura7.17mostraascara~:terísticasgenéricasdeganhodeumfiltro
(b(
c,~R,
Entraóa - 1
+
passa-baixascomcaracterísticasButtern·onh
Os polos de um filtro que apresenta características de Butterwonh são espa~ados igualmente (ângulos iguais) no plano
complexo (círculo unitário) com as raízes do denominador da
função de transferência dadas por:
saída
R,
Hh
,., -1)
1
Figura 7.16
s, = e o "\. =-="j
, .,
= cos [ 1T --~ +j·sen =
Fihros com seguidores de tensão: (o) passa-baixas e
(b)passa-ahas
t 7 .8.2
,.,
=(rr~J.
Conceitos teóricos adicionais -
A Tabela 7.9 apresenta a ordem. os polos c fator
Écomumalgunsestudantesperguntaremoqueéprecisosaber
para se implementar um filtro. Excelentes respostas ou questionamentos que possibilitam responder à questão dos estudantes
são: "Você precisa conhecer a aplicação."; ··Qual a faixa de frequênciadeintercsseT:"Qualafaixadeamplitudcdosinalde
entrada?"". entre outras.
t 7 .8.2.1
Seguidor de tensão - - - - ·
Oamplificadoropcracionalconfiguradocomoscguidordctensãofuncionacomoumbulfer.AFigura7.16apresentadoisfiltros:
passa-baixasepassa-altascomoscguidoresdetensão.
As funçõcsdctransfcrênciasparaos dois filtros são dadas
I
porH( s) = ~paraopa~sa-baixaseH(s)
-~
,
s+ -
P"rn
' +RC
-
RC
o passa-altas.
0
Q[
~]
W
Q = ---=
---~ 'céim
polo, - JWIO,
j}()/o, - polo;
Trata-se de um tipo de filtro que apresenta melhor resposta próximaàfrcquênciadccortcquandocomparadoaofihrodcButtcrworth. Porém. nprcscnta ripp/e na banda de transi~ão. Esse
tipo de filtro é baseado no uso de poliuômios especializados. que
convergcmrapidamente,introduzindournerrornínimonaaproximação. Esses polinômios são denominados polinômios de Chebyshevemhomenagemàquelequefoioprimeiroautilizá-los
em seu estudo sobre motores a vapor. Apresentam a seguinte
fonnadássica:
Rcspostadeurnfiltroque
aprcsentacaractcrísticadcBuucrwonh
+
T0(w) =I
T,(w) = w
'/~ + 1 (w) = 2 · 1: (w)-
if 5
o
~
T,
1(J.)
=O
Substituindowporxeconsiderando
Filtro cuja resposta é plana. ou seja. não apresenta ripple (ondulação): sendo assim. apresenta variação monotônica(dcrivada
Figura7.17
rtanteob-
t 7 .8 .2 .3 Filtro com caracteristica de
Chebyshev - - - - - - - - - - -
T, • 1(x) - 2rT,(x)
t 7 .8.2.2 Filtro
com
de__
Butterworth
__
_característica
_____
po
servarqueafrequêncianaturalparaoBulterworthésempre
w, = I (essa tabela pode ser gerada no Matlab)
u
u
u
u
Fr&QUMK:ia( Hz)
u
1~
1
(w),
u
u
'
Procedimemos Expcrimemais
Tabela 7.9 Ordem, polos e fator O do filtro que
apresenta caracteristicas de Butterworth
0,707:!:j0.707
0,707
-0,500:!:j0,866
1,000
- 0.383 :!:j0.924
-0,924 :!:j0,383
1.307
0,541
0.309:!:)0.951
-0.809 :!:j0,588
1.618
0,618
- 0.259 :!:j0.966
-0,707 :!j0,707
- 0,966 :!: )0.259
1,932
0,707
0.518
-0.223 :!j0,975
- 0,623 :!: j0.782
- 0.901 :! j0.434
2.247
0,802
0.555
:!: j0.981
:!)0.831
:!: )0,556
:!:j0.195
2.563
0.900
0,601
0.5t0
-0,174 :!: )0,985
2,880
- 0.500:!:)0.867
- 0.766 :!:)0.643
-0.940:!)0.342
0.653
0.532
- 0.156
-0.454
-0,707
- 0.891
-0,988
3,1%
1.101
0,707
0.561
0,506
- 0.195
- 0.556
-0,831
- 0.981
,.,
(b(
Figura 7.18
:!: )0.988
:!)0.891
:!: )0,707
:!)0.454
:!: )0.156
LOOO
343
que pode ser utilizado para dctenninar os polinômios de qualquer
ordem. temo s:
T,(w) = w
Ti w) = 2w' - I
7~ ~ 1 (w) = 2· w· 'l /w) - T,_ ,(w).para/12: I
A car.tcterística desse tipo de filtro para um passa-baixas é:
IH(jw~' = 11 1 1
+E 1
~ T,1(w)
e =~
sendoqueercprescntaamagnitudcdodcsviodabandapassante. rrepresentaorit'l'ledabandapassanteeaexpressãoé
o polinômio de Chebyshev de o rd em 11. Os gráficos da Figura
7.18 mostram a resposta em frequência de um filtro que apresentacaracterísti cade Chebyshev genéricosedeordensdifePara calcul ar os polos dos filtros do tipo Chebyshev. pode -se
utilizaroseguintealgoritmo·
a. Definiroripple.remdB:
b. Seledonaraordcmdofiltro:
c. l'araordemkcalcular
E = ~lO-fo - 1. u, = ~1T,
v= _!_senh-'(~J
2k
k
c e
p, =
scnh(~>)se n(u,):!
cosh(••}ços(u,) (polos).
ATabcla7.10apresentaospolosdcrivadosdessasequações.
afrcquêncianaturalw,eofatorQ.
Frequ4ncia(Hz)
Freq.~4ncia(Hz)
Resposta de um filtro que apresenta característica de Chebysllcv. Ordem de (b) é mais alta que a ordem de (a)
344
CapfwloScte
Tabela 7.10 Ordem, polos e fator O do filtro com
caracterfsticas Chebyshev com ripple de 1,0 dB
- 0.549
10
g. A ordem para o filtro que apre...cnta earocterístieas de Butterworth é dada por 0 1
=~-e. parao fihroque
apre-
::s~.~,~~;.
}l895
1,050
- 0.247 :!:./),966
0.997
2.018
- 0.140:!:}l983
- 0.337 :!:j0,407
0,993
0.529
0,785
- 0.089 =. j0.990
- 0.234:!:j0,612
o.m
0.655
5.556
1.399
- 0.622 :!:: j0,993
- 0.170:!:j0.127
- 0.232 :!: /),266
0.995
8.001
0.747
2.198
0.353
0.760
- 0.046:!:fl995
- 0.128 :t JU98
0.996
0.808
3.156
e Key elaboraram um método simples para desenvolver
filtros de primeim ou scgund:~ ordens. Esse método é um dos
1mis empregados. e existem muitas t:~belas que possibilitam a
detenninaç:lo fácil dos componentes R e C do fihro. A imptemcnt:~ção de fihros de ordem maior é obtida cascateando-se seçõesdeprimeira.segundaou terceiraordens atéaobtençãoda
ordem desejada. Considere a forma clássica do filtro passa-baixas Sallen e Kcy (Figura 7.19) (o capacitor de rcalitnCIItação C,
- 0.185 !:j0.443
0.480
1.297
devescrcscolhidoparaseterumabai x:~irnpediinciapróximaà
-
0.035 :!:j0,996
O.IOO:!:j0.845
0.149:!:j0,564
O.l76:!:j0.198
0,997
14.240
0.851
4,266
frequênciadccorte dofiltro).
A funç~odc tmnsfcrênciadcssecircuitoé:
0.51!4
0.265
1,956
-
0.028 :!: jJ,997
0.080:!:.j0.877
0.122:!:j0.65l
0.150 :!: jl,346
0.998
0,881
0.662
0.377
-
0.022
0.065
0.101
0.128
0.142
0.998
0.902
0.121
0,476
0.212
:!:_
!: j i.OOO
:t j0.900
:!)1),714
:!: j0,459
+ j0.158
0,957
3.559
10.899
0.?53
senta Cllracterísticas de Chebyshev. por 0 1 =
C 7 .8.2.5
_ _,__
1/(s)
s'+s(
18.029
5.527
2.713
1.260
e
7 .8.2.4 Ordem dos filtros de classes
Butterworth e Chebyshev
Existem diversos procedimentos que nos possibilitam detenninar
a ordem de um filtro paro uma dada aplicaçilo. Apresemamos a
scguirproccdimcntosbásicosparadctcmlimlçilodosp:~rJ.mctros
R, ·R, · C, ·C,
1
1
-- - - 'R, ·C, -R,·C,
R,·C,
1
J:-..,;=
)+ -
1
R,· R,·-C, ·C,
R, ·R,~c,-c,
!::!=.--'---·-~~
Q R,·C, R,·C, R,·C,
22.263
6,937
3.561
1,864
0.750
Procedimento de Sallen e Key-
S:~llen
w!=
1
R, ·R, · C,·C, •
em que Ir. representa o ganho DC. w•• a frcquência de corte. e Q
éofator dequalidadedet.:nninandoaseletividadcea largurade
b:~nda do filtro. O procedimento consiste em determinar os valores dos componentes em função dos polos. Portanto, paro descn>'olver um filtro é necessário detenninar a sua ordem, o fator
Q c a frequéocia w.,. Como exemplo. çonsidere o projeto de um
filtro passa-baixas de segunda ordem. frcquênda w. de lO I:.Hz
e car.~etcrístkas de Bunerworth. O procedimento básico é:
a. Calcule os polos para um filtro que apresenta çar~çterísticas
de B uncrworthdcscgund:~ordcrn(vcrifiqucaTabcla7.10ou
utilize o MATLAB):
necessários
s, = - 0.707 ::!:)0,707.
a. Especilicara faixa de frequêndade interesse da apliçação
(b:mda passa me). Detenninar o primeiro ponto de atenuação
(geralmente o pomo de - 3 dB). banda pasSllntc. wP;
b. Máximo desvio, ou seja. como as caraçterísticas de magnitu de dc\·cm variar na banda passantc. Em geral é fornecido em
dB e dcoominado ~P:
c. Especificara frequênciadasfoplxut!l!t.OU seja. o fim da tr.msiçilodabança,w,;
d. Mínimaatcnuaçãonastopbnm/a.ll.,;
c. C:1lcular a razão entre as frequênc ias w, c wP: f,"'~;
w,
f. Calcular a razão entre as me nuaçõcs: A,
~:
""{iQõ.ii;-=-j
Figura 7.19
Ke~.
Forma clássica do filtro
passa-baixa~ de Sallcn c
Procedimemos Expcrimemais
345
b. Determine a fonna quadr.itiea fatorando o polinômio: t i i1 +
bs + t· = ]J" 0 - ( -0.707 + j0.0707) 1 ]s0 - ( -0.0707j0.0707)] = s> + (0.707 + j0.707) + (0.707 - j0.707)s +
(0.707 + jO.Q707)(0.0707- j0.707) = I 1 + 1.414I + I.
c. Determine o fator Q: w , =
~ R, · R
,J; =
1
1 ·
C,· C,
= Ie
Q=~=0.707 .
d. w"X 10kHz= IOOOO:R, = R1 =R e C, = C1 =C.
e. Escolha o valor para o capacitor C, como. por exemplo.
C = 0.1 m F, e determine R·
R= ____!.___ = - -'- - = 1000
w" · C
10000 X 0, 001
Figura 7.20
Filtro de Sallcn e Kcydc terceira ordem
n.
f. Às vezes é nt--cessário ajustar o valor de R. Para isso, basta
multiplicar o valor de R pelo fator necessário c dividir C pclo mesmo fator
g. Calculeoganhopclarelaçào
~ = ~ + ~ - :,~~
~ = -k +3:.k -' 3- ..:. =
Q
Q
1 .porsubstituição:
I•)
1.586
h. Com o valor do ganho. calcular R, c R,. No amplificador nào
Entrada
c,~,
:
R,
-----1
inversor: k = 1 + .!!,._:. !!.J_ = (k - I) = 0.586.
R,
R.
É interessante selecionar R4 de modo que as resistências das
entradasinversoraenãoinversoradoamplificadoropcracional
sejam iguais para reduzir os oJJ.~e/s. Por Thévcnin: R, + R, =
=
~-
Resolvendo simultaneamente ..!!..:_ = ( k - 1) =
R, +R,
R,
=0.586 e R,
Saida
R,
(b)
Figura 7.21
Fihros deSallene Key : (a) pas•a-handae (b) pa.,..,.-
+R, = :.·~R~-' . é possível detemtinar apre>-
ximadarnente que R, = 32 kfl e R, = 54 kfl
A Figura 7.20apresentaofiltrodeSallene Key de terceira
ordem.Asconfiguraçõesdeterceiraesegundaordens sàointe·
ressantes paraconfigurarmosfiltrosdcordcmmaior simplcsmentecascateandoos desegundaeterceimordens
Afunçàodetransferênciaparaessetipodcfiltroé:
(s+
l)(s' +
$
a. Passa-banda
s'
-~ - wj)
,,
R ·C
f/ ($)
k·w, ·w,
lf ( s) =
Resolva essas expressões numericamente. As configurações
dosfiltrosdeSalleneKeypassa-altasepassa-bandaencontrarnsena Figura7.21.csuasfunçõesdctransfcrênciasão
+'j___!_
+_____!____ +____!_ +_ l___ k_]+
l R,·C, R, ·C, R, ·C, R, ·C, R,·C,
+ ( R, -~, -cJ (-k+t)
Considerando os componentes do filtro da Figura 7 .58. te -
b.Passa-ahas
R, ·R, ·R, ·C, ·C, · C,
l
-w 1
- R,·R, ·C1 · C,
(k
- 1) ~
Q·wl, ·w,
w,
Q·w ,
, j 1
I
I
I
k
s +,l~ + ~+~ + ~ - ~
c,( I + ~) -
+( R,·R ~c, - cJ
+-:J
R,· C,+ R, · C,(l +~+*) - R,· C, ( I + ~ J· (k =~+~
s' · k
/f(J) •
·w,
R, ·R, · C, ·C, ( I- f- ) + R,· R, ·C1
1) =
Paraofiltropassa-banda·
.fi
.fi
k= 4 - QeRC = -
l
+
346
CapÍ1uloSe1c
cpamofiltropa-;sa-altas:
w, =
t 7.8.3
fc. ~ = 3- k
C
1/0 = k
Bibliografia adicional - - - -
SAUERWARD. M. Dcsigning high speed aclive filters. Na1ional Scmiconduclors:ApplicmionNolcOA-26,1997.
TEXAS lns1rumcn1s. Handbook of opcra1ional amplificr applicmion.
TEXAS lnslrumems: applicalion repon SBOA092A, 2001.
WU, C.-Y: Ping-Hsing Lu: M_-K_ Tsoi . be~ign 1echniques for highfrequencyCMOSswi1ched -capaci10rfil1erusingnon -op-ampbased
uni1y-gainamplificrs.IEEEJoornalofSolid-S1a1cCircui1s,Vo1.26,
N." IO,I991.
t 7.8.4
Materiais e equipamentos - -
I gerador de sinais
I osciloscópiodigital(prcfercncialmcntecom funçàoFFr)
I fontedealimentaçào DC: =: 5 V e =: 12V
2amplificadoresoperacionaisLM324
2 amplificadores opcmcionais LF356
l amplificador operacional CLC430 ou CLC730013
Rcsistorcs: lO kO (dois). 68 kfl (um). 120 kfl (um). 820 kO
(um). I M!l (três). 2.2 M!l (dois)
CapacitorCl;elctrolíticos: 1.3 nF(dois). 1.5 nF(um). 2.5 nF (um).
lO nF (dois), 470 nF (um), 47 pF (um)
1 potenciômetro de lO k!l
t 7.8.5
Procedimentos experimentais -
I_ lmplcmenteosfiltrosativosdaFigum7.22. Pamocircuito (u).
Ri = lOk!l.Rf = 1 Mfleej = l.SnF. Paraocircuito(b).
Ri= 10 kfl. Rf= l Mfl. Ci = 470 nFe C/= 47 pF. Para o
circuito(c).R, =68kfl.R2 = l20k0.R 3 = 820kfl.C, = IOnF
cC2 = lOn F. Paraocircuito(d).R, = 2.2 MO. R1 = 2.2 MO.
R3 = IMO, C, = 1,3nF.C2 = 1,3nFcC1 = 2.5nF.
2. Com um gcradorde sinais e osciloscópio (com FFT). verifique o comportamento dos fihros modificando os parâme1ros
dosinaldeentrada(deixeumaampliludefixaadequadae
altereasfrequên.,iasdusinaldeentrada).
3. Para um sinal senoidal de2 Vpp. varicafrcquênciadc lO a
200 Hzparaocircuito(c)daFigura7.22
:~
G:J ',.--.~v,
·_ ' ' G:J
-
-
'"
(~
Figura 7.22
Quatrodifcrenlcs configuraçi"~esdcfiltrosativos
Procedimemos Ex~rimcn~ais
4. Para o filtro (d) da Figura 7.22. disponibili1.e na ~mrada um
sinal senoidal de I Vpp/60 Hz. Repita o mesmo procedimento para um sin:ll senoidal de I Vf'f' de 100Hz. A\'nlie o si nal
desuidaparaosdoissinais
5. Utilizando o amplifkador LF356. implenl(:nte urn filtro passa-b:rixas de um pulo. Verifique o comportamento da saída
pam umaondasenoidal\'ariandoasmtfrequência.
6. Utilizando o amplificador LF356. impleme nte um filtro passa-baixas de dois pulos com camctcrísticas de Bullcrv.-orth
Verifique o comportanl(:nlO da saída para urna onda senoidal
variandoasuafrequência.
7. Implemente um liltro passa-baixas utili;wndo o amplificador
operaciOflal CLC430 pelo método de Sallen c Kcy.
8. Repita o item 7. porém com um filtro passa-altas.
t 7.8.6
Questões - - - - - - - -
a. Classifique os filtros da Figum 7.22. Por exemp lo. o filtro da
Figu r:r7.22(a)éumfiltropassa-baixns(integrador).
b. Calculeosganhosdosfiltros.
c. Gere os gráficos para cada filtro, relacionando a tensão de
safdacrnfu nçãodafrequênciadosinaldcentrada(rcpresenteopomo - 3dB).
d. Vcrifroque o componanrmo da fao;e entre sinal de cntruda e sinal
desafdaparaofiltrointegradoreparaofiltrodifcrcndador.
e. Detcmtioe a frequência central e o ganho do fihro da Figura
7.22(c ).
f. Pesquise sobre os filtros CLC412. LM6172 e C LC5622
t 7.9 Lab. 9 - Amplificadores de
lnstrumentação - - - - - - - t 7.9.1
Objetivos - - - - - - - -
Aplicar os cooccitos básicos de eletrônica analógica. Imple mentar montagens de amplificadores de instrumentação. Implementar um amplificador de instrumentação utili7..ando três amplifi cadores opcraciOflais TL074. Ut ilizar um amplificador de instrumentação ut ilizando o componente Burr-Brown INAJOI
(www.ti.com).
t 7.9.4
347
Materiais e equipamentos -
i TL074
I BB-INAIOI
1 osciloscópio
I fontesimétrica + I2 - 12V
1 gerador de funções
1 pilha ou bateria de 1,5V
1 resistorvariál·clmultil•oltas
Rcsistoresdil'ersos
t 7.9.5
Procedimentos experimentais -
i. Monte o amplificador de instrumentação da Figura 7.23 com
o amplificador oper.rc io nal 11..074 (ou equivalente). Com
esse circ uito. ligue os tcm1inais 3 c 5 (entradas do am plificador) à re ferência. Meça a saída e anote o valor lido. pois
esta representa urnadiferençadetensãode\'id:~àscorrentes
decntradadcsbalanccadasdnamplificadoroperncional(cssa tensão medidadi\'Ídidapeloganhodoamplificador éconhecida como tensão de offser do OPAMP). Em seg uida.
desconecte os tcn ninais do terra c cornos terminais ainda
conectados ligue o gerador de funções a uma frequência de
I kHz e amplitude de I V (si nal senoidal), Meça novamente
a salda (com um 05Ciloscópio). Esse l"alorde ampli tude medido representa a tensão de modo comum. Todo artrplilicador
I'Cm corn esse pardrnctrodefinidocomoCMRR (Common Modr Rrjec1iou Rme) ou rm:àodc rejeição em dB. dcfinidocOfllO"
CMRR.,~ • 20 1o J Ganho difereucilrl } Mt-çaoganho
61,._ Ganho de modo comum
de rnodocornume.cornoganhodifcrcncialcalculado,dctcrmine o CMRR da configuração montada. Por fim. ajuste o
circuitodaFigur.r7.24.conoctc-oàcntradadoamplificadore
meça a entrada e a sulda pam que seja possil'el medir o ganho
diferencial
2. Monte o circuito da Figura 7.25 com o amp lificador de
instrumentação da Burr- Brown !NA IOI e repita todo o
procedimento do item I. Nesse caso o ganho diferencial é
G~ = l + = = 101.
4
t 7.9.2 Conceitos teóricos adicionais Os concei tos cxplomdos nesse laborm ório são aqueles presentes
no capít ulo referente a amplificadores oper.teionais. Esse tipo de
amplificador~ C-ltensameme utilizado no processamento analógico de pcquCilOS si nais. Pela sua imponância. ex istem muitos
fabricantes que encapsulam em um único invólucro todo o amplificador de instrumentação. para que o seu desempenho melhore.
t 7.9.3
v_
Bibliografia adicional -
Ommhuucnotasdcaplicaçãodosconrporll.'nlcs utilizados.
KITCHIN. C.: COUNTS. L. A Designer·,, guidr to í11stmmemmion
mrrp/ijins.2.~'tl.Massa<:huseus:Analogl)cviccs.2004.
MANCINI. R. Ot'""'f'-<forr•·eryonr. Texas ln slrurncnt.•. 2002
PERTENCE. A. J. Amt>/ijiclldort's orvmôtmais r filtros mi•·os: teoria.
projeros. aplicações c laboratório. NcwYork: Mt'Gmw-Hill.l988.
Figura 7.23
TL074
Amplificador de instnrmenlaç1lo impkrliCnllldo corno
348
Capi1uloSetc
e 7.10.3
Bibliografia adicional -
HOLMAN, 1. P. Extl<'riml'llldl mt tluxfs for t 11git1u n. McGrnw- Hill.
'""·
WEBSTER. J. G. Tht mtlliiiiYmtlll. Í11Sifllmtmmimt tmd Mtlson. New
YoR: CRC Press and IEE Press. 1999.
e 7.10.4 Materiais e equipamentos osciloscópio
indU!orde I rnH
capacitordc IOnF
capacitorde IOOnF
rnuhírnetrode4Y.!dígitos
Resistorcs de 100 O ::!:: J%
I resistormultivoltasde2kfl
I res istor variável multil·oltas de 100 O
I ponte RLC (para rcferCncia de medidas)
Resistoresdiversos
I
I
I
I
I
Figura 7.24
Circuito de teste de ganho do amplificador montado
e 7.1 0.5 Procedimentos
experimentais - - - - - - - - -
Figura 7.25
Amplificador de in~trumentaçào implementado com o
HBINAIOI.
e 7.9.6 Questões - - - - - - - a. DetemlineatcnslodctJ/fsttdasduasconfiguraçõesmontadas
b. Detennine o CMRR das duas configumçõcs montadas.
c. Dctcmtinc o va lor de ganho medido duas configurações montadas.
d. Leiaosdnwsltet>IJ"dcssescomponcntesecomparcosrcsultados
medidos com os p:mimetros fornecidos pelos fabricantes
e. Com os dados dos IIMit.Ç/teers do INA IOI, cone<:te o ajuste
deoffsn.Ajuste-oeavulieosrcsullados.
l. Com o multímctro dc4Y.! dígitos. meça e escolha três rcsistorcs com valores de 100 O. Monte o circuito da Figura 7.26
e aj uste o rcsistor variável multivoltas. moni torando a tensão
nos pomos 11 c b com o osciloscópio (ou com um milivoltírnetro). Quando essa tcnsilo for mln ima. n~a a resistência
t()(aldessapartcdocircuito.
2. Ajuste o gerador de funções para uma amplitude de 5 V a
uma frequência de 10kHz e monte o circuito da Figura 7.27.
Monitore os pontos a e b com o oscilosçópio até que a amplitude da tensão seja a mínima possível. Desconecte a fonte e meça a resistência R, c a capacit5ncia C, e cakule com
c, =C~~1
c R,
=R~~' . Compare os valores medidos com
os valores nominais dos componentes.
3. Ajuste o gcradordc funções pam uma amplitude de 5 V c frcquência de 100 kHzc monte o circui10 da Figum 7.28. Ajuste
o rcsistor R, = 100 O. Monitore os pontos a c b com o osciloscópioatéqucaamplitudcdatcnsào!;Cjaamínimapossívcl,
variando os resistorcs R1 e R,. Desconecte a fonte e meça a
resistê ncia R,caindutânciai.,. Mcçatambérnacapaci tância
e 7.10 Lab. 10- Pontes para
Medição de Resistores, Capacitores
e lndutores - - - - - - - - - e 7.10.1
Objetivos - - - - - - -
Aplicar os conceitos de (Xlntcs de dcsbalanço em medidas de
rcsistências.capacit:lnciaseindutáncias.
e 7.1 0.2 Conceitos teóricos
adicionais - - - - - - - - - - Osconceitosexplorndosnesse laborntóriosàoaquclcspresentcsoo
capítulorefercntcapomcsparaml-diçàodcgr.uxlezaselétricas.
1,5 V
Procedimemos Ex~rimcntais
t 7.11 .2
349
Bibliografia adicional -
~IOTOROLA .
1-im tmd l.S 7TL. Datashcct. 1992.
NOLAN. S. M.: SOLTERO. J. M. Undt"mmodinguml imr'l•l'f'ting mmdanl-lngic i/(1/(1 sloet"ls. Texas lnstrunJ<"nt s. Application Rcport.
2003
TEXA JNSTRUMENTS. ludustritll so/.,timiJ guidr: tmoplifins. ti/Ua
t·om·erters. digiw/ sigmtlpflX·ts;·ors.digitaill'm/X'rtHWl'Srll>"<>rs.
imerftee. micnx·omrvllrn./)()K"ercomrollers.fx>.-.·ertmmagemrlll .
Tcxa> ln>truments.2005.
t 7.11.3
Lip'&Ooecllolo6pio
Figura 7.27
Pome RC !lérie.
Materiais e equipamentos -
I matriz de contato
I fomedcalimentaçOOOC
Circuitos integrados da família 74XX (TIL): 7400. 7402. 740-t
7405. 7408. 7410. 74 1 I. 7421 . 7432 ou equi valcmes da famflia
40XX ou 74 HC(C M0S)
I multiple~ador74xxl57
1 mulliplexador74HC151
I deçodifi cador74xx l 38
3 por1 as~·clmli11-1rigger: 7414.74132.741 3
2 /me/r$ SR 4043 e 4044
l fliJJ·flop74 HCT273
l flip-jlop JK 7476oucquivalcmc
I si mulador d igital. como. por exemplo. o tligiurlll'orks. o multisim. o cirruit mttka. ou qualquer outro
t 7 .11.4 Procedimentos
experimentais, - - - - - - - - Figura 7.28
C c proceda ao cálculo:
Ponte de Maxwell-Wicn.
L. = R,R,C e R, = R, R,. Compare
H,
medidos com os valores nominais dos componentes.
t 7.10.6
Questões•- - - - - - -
a. Demonstre a relação da tensão de saída p;u-J a ponte do item I.
b. A ten sllo v.. no item 1 tem dependência linear em relação à
\lariaçãodeR'!Façaurngr.ificode v.. X R,.,.
c. Demonstre a relaçllo de saída da tensão v.. no item 2. com a
variação da resistência.
d. Faça um gráfico de v.. X R_ no item 2.
e. Demo nstre a rclaçiio de saída da tensão v.. no item 3.
f. Faça um gráfico de V_. X R_ no item 3.
a. Considerando o tllllllslreet do MUX 74xxl57. verifique expcrimc ntalmcn tesua labela-vcrdade.
b. Implemente um circui to combinacional equivalente ao MUX
74xx l57 utilizando somente por1as lógicas.
c. Imp le mente um cod ilicador BCD para cód igo Gra y usan do por1as lógicas. Utili ze nas entradas c ha \'CS e. nas saídas.
leds.
d. Considerando o data.shrrl do MUX 74 HCI S I. verifiq ue cxpcri mcmalmentcsuatabela-verdade.
c. Desenvolva um dcçodificador BCD parn o sistema decimaL
Utili7.c na safda dois dúpl11ys de 7 segmentos.
f. Dcse nvo lv:r o codi licador de acordo com a tabela -verdade·
Código X
Cód igo\'
t 7.11 Lab.11-Sistemas
Combinaclonais e Sequenciais t 7 . 11.1
Objetivos - - - - - - -
lmpl cmcntarsistcmasdigitaiscombinacionais e scq ucnciais.
possibi liwndoa utilizaçãodccomponentes digita is c instrumentosdemcdida.
g. Simplifique as expressões S,. S,, 5 1 c S, da tabela fornecida a
seg uir (utili zarrnapas deVeitch-Karnaugh):
350
CapfwloScce
t:ntradll:>
o. Verifique experimentalmente a tabela-\·erdadc dos /mchs SR
Saídas
s,
s!_ _ s_ ,_
~Je40.W.
p. Verifique experimentalmente a tabela·\'Crdadc dofliiJ-flop
74HCT273. Elabore um circu ito com esse componente sequencial.
q. Vcrifiqueexpcrirnentahnenteatabcla-verdadedoflitJ·flop JK
7476. Elabore um circuito com esse compo nente sequc ncial.
r. Desenvolvaumrcgi5tradordcdeslocamcntodc4 bits
s. Desenvolva um contador binário crescente de oito estados
(contador em anel)
41 7.11.5
h. Nodesenvolvirnentodeautornóveis.s1iorealizad.asnurnerosas medições e avaliaçõesdeternpemturaspara garantir o
funcion:rmento ~propri~do de sistemns e conrponcntes. A lgumas medições são incluíd~s nos si~tcmas de comrole ou em
sisternas de diagnóstico dos veículos. A mediç~o de temperatura no monitoramemo on-litu• de sistem;rs automotivos cada vez mais tem apresentado diferentes utilidades. Um exemplo é o monitoramento da temperatura das supcrfídes dos
pneus e da pressão em busca de falhas para aUiom;rticamente
ajustar (alguns sistemas utili7.am sensores de temperatura e
press:lo localizados em cada roda do vdcu lo).
Considcr.mdoessasobscrvaçõcs.vocêdccidiudescn\'Oiver
um sistema de baixo custo para rnonitornr o rninitmja desenvolvido mr univen;id;rdc (no minibaja n~oexistc pneu e1;tepe)
Esse siste ma deve monitorar todas as rodas com apenas um
sensor de temperaturu por roda. Quando no mínimo dois desses
sensores indic;rrem T> 80 oc. o circuito digital deve informar.
pormeiodeumaluzindicadornnopainel. queominibajadcve
pararimediatamente:casocontr.'lrio.dcveindicarqueopiloto
pode cootinuar acelerando. De.sen\·oh'a esse circuito digiml.
i. Conecte as saídas de três buffus 1/rru-suue com o desenvolvi mento de uma lógica adicional parn implementar a função
F ~ Ã · H·C + A · B· D + A ·fi· 0. Suponha que C e O
são as entrudas de dados dos buffers e A e 8 passam pela lógica pam gemr as entmdas de habilitaç~o
j. Dcscnvolvaurrrmultiplicadorbináriode2bits(t1 1(10 )e(b,b0 )
Utili1.cdiagramadcblocos somentc no desenvolvimento do
estágio mu ltiplicador. O resultado obtido da multiplicação
deve ser indi cado em um dísplt~y de 7 segmentos na base numéricahcxadccirnal.
k. Desenvolva um comador de 3 bits que conta na scquência
000.010.0 11. 101. 11 0. 111 e repe!eascquência. lmplementc o contador apresentado à máquina de estados. a tabela de
transição e o diagr.rma lógico.
I. Ulilizando qualquer simulador digital. simule os exerdcios
anteriores.
m. Considerando o data.~heel do dccodificador 74n I38. verifiqucexperirnentalmentesuatabela-vcrdadc.
n. Expli<JUe.emterrnoscxperirnemais.:tfunç~odosintegrados
schmill·lrigger.Dcterminesuasfunçõcsdctmnsfcrência(te nsno dcsaídaernfunçãodatensãodccntmda). Discuta o que
~ histerese.
Questões - - - - - - -
a. Pesquise e explique o que é margem de roído DC. fmrom.
saldas de dreno aberto (open dmin). saldas de coletor aberto
(open col/enor) . saídas lhree-slllle (três estados). tempo de
tr:ms iç1io (mm.,·i!iontime. rúe time e fali lime). rcsistores
p11ll-up.
b. Pcsquiseecxpliqueoqucsâoentradassc/imíll-lrigger.
c. Pesquise c explique as diferenças entre as famnias CMOS:
HC. HCT. V HC, V HCT. FCT e FCT-T.
d. Considerando as diferença.~ básica.~ entre as famrtias TIL c
CMOS.discutadissip.'IÇâodcpotêneia.
e. Pcsquisesobreosprocedimemospráticosparninterface;rras
famílias lógicas TTL-CMOS.
t 7.12 Lab. 12 - Porta Paralela
(IEEE1284-A) como Entrada e
Safda - - - - - - - - - - 41 7.12.1
Objetivos - - - - - - -
Desenvolver algorit mos para leitura e escrita em port;rs de 1/0
(111pulf0111p111 ou Emrada/Saida). Utilizar a interface comercial
IEEEI284-A em sistemas de instrumentação. Cabe ressaltar que
o objctÍ\'O desse experimento não é descrever dh•crsos tipos de
interfaces(senccessário.consultar referênciasnaárea).masapresent;rr uma por1a padr:io muito simples (atualn~entc. a maioria
dos computadores novos é disponibili1.ada sem essa porta. portm
o seu uso e correspondente ~prendi zagcrn perrn ~necem.)
41 7 .12.2 Conceitos teóricos
adicionais - - - - - - - - - 41 7 .12.2.1
Instruções de entrada e safda
emPCs----------------------A família de microprocessadores 80x86 para se ter acesso a informações de portas de entrada e de salda util iza doi s tipos
de instruções: IN e OUT (em linguagem Assembly 80x86) ou
INPORTB eOUTPORTB (e m linguagem C p11r:r PC). A sintaxe
de ambas as instroçõcst! dada por:
a. LinguagcmAssembly80x86·
:Entrada deDados
MOV DX, endereço da porta de entmda
Procedin~en10sExpcrimen1ais
;Os dados de entrada scnlo am1:11.cnados no registrador AL
(8bits)
INAL.DX
;Saída de Dados
MOV DX. endereç-o da pona de saída
MOVA L. dado a ser enviado
:Os dados annazcnados em AL serão enviados para a porta
de salda
:cujoendcreçocst:iemDX
OUTDX.A L
b. Linguagem C (PC)
/*Entrada de Dados*/
#DEFINE Porta Endereço
INTporta_entrada:
/*a vari:ivcl inteiro~ porta_cntmda rcccbcr.'i os dados*/
porta_cntrada • INPORTB (Porta):
/*Saída de Dados*/
#DEFINE Porta Endereço
INTvalor:
valor = dado a ser enviado:
/*odadoarma7.cnadonal•ariávcl intciravalorscráenviado*/
/*paraaportadcsafdacujoendcreçofoidefinidocrn DEFI NE*/
OUTPORTB (Porta. valor).
t 7.12.2.2 Porta paralela (IEEE1284) SPP
(Standard Parallel Port) - - - - - - A Tabela 7.11 aprt'S<'nta a pinagcm da porta paralela padrão
(SPP). A porta paralela é constituída de três portas denominadas porta DATA (8 saldas do tipo TTL). porta STATUS (5 entradas do tipo TIL) c porta CONTROL (4 saídas do tipo coletor aberto).
A Figura 7.29 aprcsen ta o esboço da pona par.llela. no qual
é importante observar as portas in\"ersor.~s da porta CONTROL
(pi nos I. 14 c 17) c a porta inversora da porta STATUS (pino
Tabela 7.11 Pinagem da porta paralela padrão
(em relação ao PC)
Pino(s)
Oea<: rlçiio
2a9
DataOaData7
SafJa
ACK
Emrada
BUSY
PAPER
13
Entrada
E~Wr Y
STATUS
Entrada
SELECT
Entmda
éRHOR
Entmda
STROIJI:."
S..íJa
CONTROL
CONTROL
AUTOf'liliD
S..fJ.:r.
IN IT I'RINTER
Sakla
SfiiCTiiiPiJj
S.:r.kla
GROUND
STATUS
CONTROL
351
l i). Cada porta (DATA. STATUS c CONTROL) é endereçada
portrêsendcrcçossequcnciais. Por exemplo. se o endereço da
porta DATA é 0378H em linguagem Asscmbly (ou Ox0378 em
C). o endereço da porta STATUS é 0379H em Assembly (ou
Ox0379 em C) e o da porta CONTROLé 037A H em Assembly
(ou Ox037A em C). Uti lize o sistema operacional para verificar
os endereç-os corretos.
t 7.12.2.3 Portas de saida da SPP (DATA e
CONTROLI - - - - - - - - - - Todas as sardas. na porta de dados (Porta DATA). não são invertidas; sendo assim. se for enviado um nível lógico alto em um
dos pinos. de causará uma correspondente sarda em ní\"el lógicoalto.evice-\"ersa
Considcrecomoexcmploosistcmasirn plesaprescntadona
Figura 7.30 implementado pam acionar os 8 lcds intcrfaccados
com a porta DATA.
Umn dns possfveis rotinus pura se ncion~1r os 8 lcds em Assembly 80X86 (uti li znndo-sc qualquer vcrs~o dos montudorcs
MASM ou TASM) é:
UsodaportadedJdOS
:Segmen10dcdados.
DAOOS SEGMENT
DAOO DE SA lDA OU 341 1 :34 1• • 0011 0 100,
PORTA_OATA
EQU 0378 H
DAOOS ENDS
;Segmen,o decódigo.
CÓDIGO SEGMENT
INÍC IO
PROC
FAR
ASSUME CS:
CÓDIGO. DS: DADOS
MOV
AX.
DADOS
MOV
DS.
AX
MOV
S I.
OFFSET DAOO_DE_SAfDA
;O registrador S I t utiliuc:lo oomo aponUldor do segmento de dados
:A din>tiva OFFSET pos.~ibili' a a n:.:r.lilaçlio da operação anterior
:Estaes,rurumpos!'ibilituofiiciltra,amentodcgr.mdequan!idade
:dedadosquepodcriamscren\"i:Jdosparn.:r.porta[)ATAaherando-sco
:compon.:r.rnentodosledscomolx-mscdescjassc
MOV
DX. PORTA_ DATA :OX n:cclx- o endereço
daponaDATA
AL.]S I]
:ALreccbcodado34 H
ascrcnviaJo
OUT
DX.AI.
:Envia34 H paraaporta
DATA
AH.4CI I
MOV
:Final i~.aoprugmma
INT
21H
INICIO
ENDI'
CÓDIGO ENI)S
END
INÍCIO
Os lcds da Figura 7.30 irão dctcnninar quando um nÍ\"cl baixo estará disponfvel no pino que está ligado. Ponanto. como o
dado enviado foi 34 H (0011 OIOOem binário). os ledsque conduzirão o dado são os ligados aos pinos 9. 8. 5. 3 e 2 da porta
DATA.
Considere a Figura 7.3 1. na qual a porta de saída é a CONTROL (a Figura 7.29 apresenta os inversores internos dessa porta). Parnevitaropcrações invertidas. dc\·e-seconsiderar os inversores internos na implememaçlio da rotina de controle dos
leds.
352
CapÍ1uloSe1c
r--"'----''----' """'
AUTOFEED
fNi'f
Figura 7.29
Configu~ilo
in lema da porta paralela
INDICA O PINO DO DB2S
o
.
GROUND
DATA
.
o
Figura 7.30
Exemplo de uso da porta DATA
Figura 7.31
Exemplo de uso da porta CONTROL
Procedimentos E!<perimt<ntais
Uma rol ina. em Assembly 80x86. par.a acionar os leds ligados
aos pinos 1. 14 e 17 (inversores internos) (utilizar qualquer ''er~
sào dos montadores MASM ou TASM ). é:
TITLE
Uso daporladecontrolc
;Segmento dedados.
DAOOS SEGME/\'T
DAOO_DE_SAÍDA
OF411 :F4,. • 1111 0100,
;ottronaesquerdaidcmifica<iueF4éumnúmcroenão
:umrólulo
PORTA_DATA
P0RTA_5TATUS
353
delay(200);
/*OxF4 .. F4 H•/
DAD02 = OxF4:
/*Operação de escrita na porta CONTROL - enviar o dado F4
H'l
I* 11 _,. operaçllo lógica XOR */
1• Ob ,~ • 0000 IOI 11 • /
outportb (CONTROL. DAD02 "OxOb);
de1~)·(200);
EQU
EQU
037811
037911
f+Obscrvcquc ospinos 1. 14e 17sào saídasinvcrtidas*/
/*Com a função XOR a-; inversões de hantware são compensadas*/
PQRTA_COr<m:OL EQU
037A II
I
DADOS ENDS
:Scgmencodccódigo.
4 7 .12.2.4
CÓDIGO SEG.\1ENT
INICIO
PROC FAR
CS: CÓDIGO. OS: OAOOS
ASSU ME
MOV
AX.DAOOS
MOV
DS.AX
SI. OFFSET DAOO_ DE_SAÍDA
MOV
:DX recebe o endereço da poria CONTROL
MOV DX. PORTA_COt•frROL
MOV AL. [S I]
:AL recebe o d~do F4 H a ser envi~do
XOR AL OBH
:Opcr:JÇllo que im·cne os bits
:~nviadosaosin•-ersoresincemos
:dospinos l.14el7 .
Ot.rr DX. AL
:Após a in•·ersão. escreve o dado
F41 1
MOV
INT
:na poria CONTROL
4CH :Finali7.a o progrnma.
INÍCIO
ENDP
CÓDIGO ENDS
END
INICIO
Os pinos 1.14e 17daport~CONTROL(pinosdesaída)sào
in•·ertidos logicamente; assim. se desejam1os um nfve l lógico
alto em um desses pinos. na saída teremos um nível lógiço b~i­
xo. Pode-se facilmente inverter isso utilizando uma função lógica XOR (via programa) ou via hardware (ponas NOTou inversores). Parn exemplificaro uso da linguagem C, considere um
sistema de 121eds(os8daponaDATAdu Figura 7.30eos4da
porta CONTROL da Figura 7.31 ):
Porta de entrada da SPP
(STATUSJ - - - - - - - - - - Analisando-se a porta STATUS da Figura 7.29. percebe-se que
o bit m~is significativo (bit 7) possui um inversor: assim, se um
siste m;• cxternoenviar um nível alto.cle será armazen:1do na
porta STATUS como b~ i xo. e vice-versa. O procedimento para
se compensar essa inversão é o mesmo utili zado amcriormente
-ou seja. pelo uso da operação lógica XO R. Considere a leitur.~ de uma simples chave. tal como mostra a Figura 7.32.
Um trecho do programa em Assembly 80x86 para leitura e
tratamento dessa porta:
STATUS EQU 0279 H :endereço da pona STATUS
:leitura da porta STATUS
IN AL. STATUS
:compcnsaçàodainversàodobusy
XOR AL. 80 H
:rnascaraaemradaparagarnntirqueos
ANDAL.80 H
:outros7bitssàu1.crados
:criarrotim1dede/ay(atr.aso)
:por exemplo
MOV CX. FFFFH
VOLTA: LOOI' VOLTA; salta até CX = O
Ou. na linguagem C:
#i define STATUS Ox279
int emrada~yalor:
I*"....,. XOR e & --"" AND*/
entrada_,•alor • ((inportb (STATUS) 11 Ox80) & Ox80);
!•Cotnpilador Turbo C*/
#i nclude <stdio.h >
#include < dos. h>
/ * Definição dos endereços da porta paralela com o uso de
constantes•/
#i DEFINE DATA Ox0378
#i DEFINE STATUS DATA + I
#i DEFINE COriTROL DATA + 2
voidmain(void)
I
/•Declaração de duas variáveis do tipo inteir.a•/
int DADO I. DAD02:
!•Ox34 = 34 H•/
DADO I = Ox34:
J• Opcr.açllo de escrita na porta DATA .....,. enviar o dado 34 H*/
outportb (DATA. DADO I):
Figura 7.32
Exemplo do uso d~ ponu STATUS.
354
CapítuloSctc
t 7.12.3
Bibliografia adicional - - -
AXELSON. J. USf:J romp/~t~. Lal.:cview Rc~a!Ch. 1999.
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convcrters.di g it<llsign<~lprocessors.digiwltempcruturesensors.
intcrfacc.mkroconlrollcrs.powcrcontrollcrs.powcrmanagcment
Texao ln.mumcm.>.200S.
t 7.12.4
Materiais e equipamentos -
I matriz de contato
I fontc dcalimcntação l)C
1 derodificador Jx8: 74LS 138
3/atchei74LSJ73
24 resistores de 330 0-1 /8 W
3resistores 4.7K0- 118W
3 dísplays de 7 segmentos de mlOdo comum
1 cabo para comunkaçàocom a porta paralela (OB25 )
I multímctro d igital de boa qualidade
I microcomputadorcompath•cl com a família IBM PC com por·
taparaleladisponh·el
Utilitário DEBUG. montador comercial Asse mbly (MASM ou
TASM ) ou compilador C
t 7 .12.5 Procedimentos
experimentais - - - - - - - - a. Imple mente o circuito da Figura 7.33. Teste todos os componeruesparagarantirperfeitofuncionarnento.
b. Implemente um progr.umt em linguagem C para controlar es>e
cxperi mcnto.oonsidcrando-sco1luxogmmada Figura7.34. Parafacilitaraexccuçãodessccxperimento.éfom ccidoumprogmma em Asscmb ly S0x86 par~ o circuito do experimento
;Macro pam posicionamento do cursor na te la
cursor MAC RO linha. colu na
MOV AH. 02 H
;seta a função cursor
MOV BH. OO H
:p:igina 00
MOV DH.Iinha
:posição da linha
Figura 7.33 Cin;uitopar:aexpandir saidas.
ProcedimemosExpcrimemais 355
IE
CMP
JE
CMP
JE
JMP
Figura 7.34
Fluxograma pam çontrolc do hardware sugerido no
ENDM
:mal'rodedelay(atrasu)
atraso MACRO
LOCAL
ATRASO_ !
LOCAL
ATRAS0_2
MOY BX. OFFH
MOV CX. OFFFFH
ATR ASO_ !: DEC
BX
ATRAS0_2: LOOP ATRAS0_2
CMP BX.OOH
JNZ
ATRASO_ !
ENDM
.MODEL LARGE
.STACK
DATA
MENSAGEM_ I DB 'Digite o valor (ASC II ):','$'
MENSAGEM_2 DB 'Qual odisplay (I. 2 ou 3)?,'$'
MENSAGEM_) DB 'Digite Q p/sair ou outm tecla plcontinuar:','$'
CODE
INÍCIOPROC
PROGRAMA:
MOV A L. OFH
XOR
AL, OBH
MOY DX. 037AH
OUT
MOV
MOV
MOV DL. coluna :posição da coluna
INT IOH
:chamada da interrupção da BIOS
ENDM
:Macroparacxibiçãodastringnatela
exibe MACRO string
MOV AH. 09h
:exibe a função Jtring
MOV DX. OFFSET stting :DX ,._ offsetdoendcreço
do dado
INT21H
:chamada da interrupção
do DOS
ENDM
:Macroparalimparatela
limpa MACRO
MOY AX. 0600H :scro/1 screenfimcrioll
MOV BH. 07H
:atributo normal
MOY CX.OOOOH :de linha= OOecoluna = 00
MOY DX. 184H I :para linha= 18 H e coluna= 4 FH
INT IOH
:chamada da interrupção
ENDM
:Macro para comparação das teclas decidindo o acionamento do
74373
cornJXlra
MACRO
CMP AL. 'I'
verifica
AL. '2'
verifica
AL. '3'
verifica
escolhe
DX.
AX.
AL
DS.
AX
@DATA
limpa
cursorOAH, ICH
exibe MENSAGEM_ I
MOV AH.OOH
INT
16H
MOV DX. 0378H
OUT
DX.AL
:Rotinadeeseolhadotlip-flop
escolhe:
cursorOCH. IAH
exibe MENSAGEM_2
MOY AH.OOH
INT
16H
compara
verifiça·
SUB
AL. 31H
ADD AL,08H
XOR AL.OBH
MOV DX.037AH
OUT
DX. AL
:Rotina de atraso para escrever na porta CONTROLe. após. na
porta DATA
356
Capi1uloSetc
MOV
MQV
AL,O .."'FH
DX. 0378 H
OUT
DX.AL
corsorOEH. IIH
exibe: MENSAGEM_3
MOV AH. OH
INT
16H
CMP
AL.'Q'
JE
FIM
CMP AL.'q'
JE
FIM
JMP
PROGRMo\A
FI f..'\:
MOV AH.4CH
INT
21H
INÍCIO
ENDP
END
t 7.12.6 Questões - - - - - - a. l'esquiseodnwsheeldOblljferocl(l/llrree-.,·u,le7424 1.
b. lmplememe um siSicma, imcrfacendo oom n porta paralela.
conslituído por 8 chaves. normalmente abertas. interligadas
à porta STATUS (utili1.eo 74241). Esse sistema deve contro-lar 8 leds interligados ao buffrr oeta/ 74LS244 ligado aos
pinos da porta DATA.
c. Implemente um programa em linguagem C para gerenciar
essascha,·esecsseslcds.
d. f"i)ITICÇa o nuxograma do programa desenvolvido.
e. É possl\•el substituir o /mjferocl(l/74241 pela estrutura fornccidanaFigura7.3S?
f. Caso a resposta ao item seja negativa. é po~sívcl alterar
esse circuito para possibilitar a aplicação no circuito da
Qucstãob?
t 7.13 Lab. 13- ADC de 8 ou 12
Bits lnterfaceado com a Porta
Paralela, - - - - - - - - - - t 7.13.1 Objetivos - - - - - - - Descn\'OI\•cr sistemas de aquisição de dados utilizando um con\'ersoranalógico para digital (AOC)dc 8 ou 12 bits. interfacea~
do com a pona paralela. Utilizar técnica para possibilitar a leitura de 8 bits usando a pona STATUS. Configurar a porta DATA
como porta de entrada (bamlmcnt o bidiredonat).
t 7 .13.2 Conceitos teóricos
adicionais - - - - - - - - - Quando foi desenvolvida. em 1981. a porta paralela (S PP) destinava-se ao intcrfaceamcnlo do compuwdor IBM PC com a imprcssora;sendoassi rn , nãohavianecessidndcdo dcscnvolvimcnto de urna pona de dados (pona de cntradlt) de 8 bits bidiredonal
Cum o passardosanos.ccom acriaçãudcdispositivos dccntrada. diante do volume de dados considerável - como. por
exemplo. os escaneadores - , foi necessário criar uma pona de
dados de 8 bits bidiredonal. o que foi feito em 1987.
I 7 .13.2.1 Porta paralela com barramento
bldlreclona1 - - - - - - - - - Para possibilitar a seleção do bamlmento entre unidirecional e
bidiredonal. a porta paralela foi modi fi cada internamente. O
estado do quinto bit da pona CONTROL (veja a Figur-.1 7.29)
pode ser alterndo pelo usuário. modifitando a di~ão da pona
DATA. Se o quinto bit da pona CONTROL estiver em nh·el baixo. a porta DATA está configurada para saída; caso contrário. se
estiver em nível alto. a porta DATA está configumda como entrada. Esse pino da porta CONTROL é utilizado para o controle
direcional da pona DATA. Como exemplo. :1 pore:~ DATA foi
configurada como entrada (considere o endereço-base ou da porta DATA como 0378 H):
:Rotina para alterar a direção da porta DATA
MOV DX. 037A H
:DX recebeo endereço da pona
CONTROL
IN
AL. DX
:Lciwra da pona
AL.
00
100000
:CS • I para oonfigun1r~t pona DATA
OR
OUT DX. AL
;como entntd<1
Figura 7.35 Sistema de sckçllo baseado em dispositin:os lhru-sw"(terceiro est:rdo).
Além da pona paralela SPP. exislcm outras tecnologias. entre
elas a pona paralela EPP (Etr/rtll!(.'t'd Para/if•l Porl). que é mais
rápida do que a PS/2. Esta porta apresenla novos registradores
cujos endereços de 1/0 027B U até 027FH são também usados
ou reservados. A outra configuração atualmcmc crtContrada é a
ECP (ETtemll'tl Cll{J(Ibility l'ort). que apresenta as mesmas C:l·
racterístieas da EPP. mais controladora de DM A {Di~ct MemQry
Address. ou Acesso Direto à Memória) e capacidade de compressão dedados.
Cabe observar que toda pona é suscetfvel a d:~nos elétricos;
portanto. é essencial a proteção das portas. Existem di versos
métodos para isolamento ou proteção da porta de entrada. como.
Procedimen tosExpcrimcnrais
por exemplo. o uso de opiO·IICO[!Imlort.f, de lmffers e de resis·
torespull·••l'· entre o ut ros. Um bom método para se desen,·olver
programas !XII".! sis te mas de aquisi,ão us.ando a porta paralela.
em Assembly. é detem1i nar os endereços de 1/0 da área de dados
da BIOS (trata•ldo-se de máquinas compat h·eis com a família
IBM PC). Esse procedimento toma dinâmico o programa. habi·
litando-oarodar c mqualqucrPC:
PUSH DS
:Salva te mpor.uiamente o conteúdo do
registmdorDS
:Salva tempornriamente o conteúdo do
registrndorAX
SUB
AX. AX
;Para garamirqu eAX = O
:DS • 0- ãrea de dados da BIOS
MOV DS. AX
MOV DX, ]408] :Obtém o endereço da LPTI
POP
AX
;Rest:wm o conteúdo de AX
POP
DS
:Restaumoconteúdode DS
:Após a execução desta pequena rotinu o registmdor DX
:aprcsentuocndcrcçodei/OdaLP"Tl
PUSH AX
Cabe observar que as oito saldas da por1a de DATA são saídas
Totem Pole c podem forncçcr lO mA com uma saída máxima
(nível lógico baixo) de 0.4 V. No estado lóg ico alto. podem for·
nocer [.O mA com um nlvel de salda máx imo de 2.8 V. Por1anto.
na maioria das aplicações de interfaccamento com a por1a para·
leia. é necessário utili 7.arl/ril"t'rS adequ ados e di spositivos de
proteçãoparaevitardanosll por1a.
4 7.13.3
Bibliografia adicional - - -
GILLUWE., F. V. 17re urnlocumt'nled PC: a programmcr"s guide to 110.
C PUs. and lixed memory areas. NcwYOO: Addison \\'e~ley. 1~7
JAMES. K. PC imeifuC'ing tmd dmt• tu:quüililHI. Ncwnes. 2CXXJ.
MOTOROLA. Fas1 mrd LS ITt•. Datashttt. 1~2.
NOLAN. S. M.: SOLTERO. J. M. UnJu~u•rnling mul inurpre1ing swn·
tfllltf·fogic dal/l s!tuu. Texas lnstruments. Applicatíon Repor1.
2003.
ON SEM ICONDUCTOR. ON s~micomlucrorcomp<JIIt'IIIS selecwr gui·
d~: analog. discre1e and powe1 products. SC/LLC. 2CXXl
RlGBY. W. H.; DALBY. T. ú•bormorymm11ml comJmler imlfifllcing:
apracricalappmachtodatnacqui~i1ionandcontmi.NewYork:
Pren·
IÍCC· Hall. 1995.
TEXAS INSTR UMENTS. lm/,.striül sol11timu g"ide: amplificrs. data
convcncrs.dígítalsign:tlprocessors.digítnltcmpcrmurcscnsors.
intcrfacc. mi crocontrollc rs.powcrcontrollcrs.powernmnagcmcnt.
Tcns lnstrumcms.2005.
4 7.13.4
Materiais e equipamentos -
I matriz de contato
I placapadrlodecobre
I fontedealimentaçàoDC
I con\·crsor analógico para digita l: ADC080.. ou equivalente
I conversor analógico parn digital: ADS7824 ou equivalente
l amplificador operacional LF356 ou equi\·ale nte
I amplificador M/JJJ/1/~ (llu/lwld AD582. AD389 ou equivalente
I potcnciômctro multivoltas de lO kfi
8 resistores de I k0- 118 W
357
9resistorcsdc IOk0- 1/8 \V
3resistoresde l M0- 1/8W
I trimpol multivoltasdc 50 kO
I capacitoreletrolíticodcO. I $LF
I capaci to r eletrolíticode 10$LF
I capacito r eletrolít icode J50pF
2capacitoresdctânta\odc2.2 $LF
I capaci torde poliéster de 100 nF
2soquetesdc20pinos
l soquetcdc28pinos
I circuito integrado 74LS241 (buffer tflrtt!·:Hute)
8\cds,·ernlelhos
1\cd incolor
I cabo parn oom unicaç:ío com pona paralela (0825)
lmultímctrodig italdebooqualidade
I osciloscópio digital
I microcomputador comp;uívcl com a famnia IBM PC
Utilitário DEBUG. mont:tdor comercial Asscmbly (MASM ou
TASM) ecompiladorC
41 7 .13.5 Procedimentos
experimentais - - - - - - - - a. Implemente o circuito denomi nado nmuiug /est mode recomendado pelo fabric:une do ADC0804 (veja a Figura 7.36).
Cabe ressaltar a impon:incia da pesquisa e da leitura dos da ·
tasheetsdosfabricamesparaacorretautilizaçãodosoompob. Altere a tensão analógica de entrada por meio do ajuste do
potenciômctro. Verifique o que ocorre com os Jeds que indicam a saída digital.
ç. Implemente uma rotina em linguagem C !Xtr3 contro lar o sis·
tema apresentado na Figura7.37. Paraaux iliarnessa tarefa.
utili ze o fluxograma fornecido na Figu ra 7.38 e a rotina em
Asscmbly. Nesse circuito. a pona utili7.ada é a STATUS. que
temapenas5pinOS~Xtr.lCiltradadedados.Obufferlhree-sta­
te 7424 1 possibilita a lci turJ de 4 c m 4 bits. cujo controle f
exercido pela porta CONTROL:
;Rotina para controle do sistema da Figura 7.37
; Macrode~traso(dl'lay)
Atraso MACRO tempo
PUSH
AX
PUSH
BX
PUSH
ex
PUSH
DX
MOV
AX.4800
MOV
BX. tc rnpo
BX
MUL
MOV
CX.DX
MOV
A H. 86H
INT
1 5 1~
POP
POP
POP
POP
ox
ex
BX
AX
ENDM
:Macro para posicionamento do cursor
358
CapÍ1uloSe1c
Figura 7.36
Cirçuito rwmi11g le.<l mode do ADC0804 . Cone8ia da National [nstruments
Flgura7.38 FluxogmmadosistcmaAOC0804.
Figura 7.37
Sistema de aquisição em que se usa o AOC0804
ProcedimemosExpcrimemais
Cursor MACRO
linha. coluna
PUSH
AX
PUSH
BX
PUS H
ex
PUSH
OX
MOY
AH.02H
MOV
BH.OOH
MOV
OH. linha
MOV
DL. coluna
INT
IOH
MOV
BH.OOH
MOV
OH. linha
MOY
DL. coluna
INT
IOH
POP
OX
POP
ex
POP
BX
POP
AX
ENDM
:Macroparaexibirstringnatela
Exibe MACRO string
PUSH
AX
PUSH
BX
PUS H
ex
PUSH
OX
MOY
AH. 09
MOV
DX. OFFSET string
INT
li H
POP
OX
POP
ex
POP
BX
POP
AX
ENDM
:Macroparalimparatcla
Lim pa MACRO
PUSH
AX
PUSH
BX
PUS H
ex
PUSH
OX
MOY
AX.0600 H
MOV
BH.07H
MOV
CX.OOOO I·I
MOY
DX.l84FH
INT
IOH
POP
OX
POP
ex
POP
BX
POP
AX
ENDM
MODEL LARGE
.STAC K
DATA
MENSAGEM! DB
·valor obtido (binário):":$·
"P/cnccrrar progr coloque o cursor
MENSAGEM2 DB
cmO":$·
MENSAGEM3 DB
·o= Nível Baixo·:$·
ME NSAGEM4 OB
"I = Níve!Alto".T
·w:$·
EXIBEO
OB
EXIBE I
DB
EX IBEASC
OB
CODE
INÍCIO
PROC
@[)ATA
MOV
AX.
MOV
os. AX
Limpa
Cursor0A H. l2 H
Exibe MENSAGEM!
Cun;or 12H.OFH
Exibe ME NSAG EM2
Cursor OC H. 30H
Exibe ME NSAGEM3
Cursor ODH. 30H
Exibe MENSAGEM4
PROGR AMA·
DX. 0378 H
MOV
AL. OOOO H
MOY
OUT
DX.AL
AtrasoSH
MOV
AL.OI H
OUT
DX.AL
MOV
DX.0379H
IN
AL. DX
ANO
AL.08 H
eMP
AL.OO H
JNZ
MON ITI
MOV
DX.037A H
MOV
AL.OO H
AL.OB I-1
XOR
OUT
DX.AL
Atraso OFH
MOV
DX.0379H
IN
AL. DX
XOR
AL.80 H
AN O
AL.OFO H
MOV
AH.AL
MOV
DX.037AH
MOV
AL.OI H
XOR
AL.OB I·I
AtrasoOFH
OUT
DX.AL
AtrasoOFH
AtrasoOFH
MOV
DX.0379 H
IN
AL. DX
XOR
AL.BOH
AN O
AL.OFO H
MOV
CX.4H
SHR
AL.C L
AOO
AL.A H
JMI'
SELECIO NE
PROGR AMAI·
JMP
PROGRAMA
359
360
Capfwlo Sete
SELECIONE:
Cursor OAH. 2EH
MOV
CX.8H
ROL
AX.CL
ROLO:ROL AX. I
JC
ALTO
Exibe EXIBEO
JMP
PU LO
ALTO:Exibe EX IB E I
PULO:LOOP ROLO
MOV EX IBEASC.AL
CursorOAH. 37H
Exibe EXIBEASC
CMPAL.OOH
JNZ
PROGR AMA I
Cursor 14H.OFH
MOV
AH.4C H
INT
21 H
INÍC IO
END P
END
4 7.13.6
Questões - - - - - - -
a. Qual a frequência de trabalho doconvei"SOI' ADC0804. consi<krando-se ocapacitorde 150 pF e resistor de lO krl?
b. Considerando-se a alimentação do conversor ADC0804
de 8 bits. qual é a resolução (com o pir10 v.., aberto)? É
possível utilizar opino v.., paraalterararesoluçilo dosistema ?
c. Descreva as principais famíliasdeconversoresanalógicos
para di gitais. O AOC 0804 pcncnce à famrlia de convcrsore.~
de aproximação sucessiva?
d. Levantar o erro re lativo
c.
f.
d. Ahereocircuito daentradaparaimplementurumdivisorde
tensão conectado a um buifá OOscado no amplificador operocional LF356 ou em um equivalente (pesquise sobre esse
componente).
e. Anexe ao sistema de aquisição um amplificador 5(11nplt a11d
hold. Discutirsuautilidadeesuanecessidadenestecircuito.
f. Crie um progroma em C para controle desse siste ma
g. lmplementcosistemadaFigura7.39.
h. Im plemente uma rotina em linguagem C pl.lra controle do
sistemadcaqu isiçãoADS7824.
~"
o•
AIN3
02
00
""'
g.
h.
Erro(%) -jVa/or...,...,- Valor_...., j X IOOdoA[)(X)804.ou
Valor-.,
seja.analiseasaídadigitalrusruaentradaanalógica
Com o uso do amplificador operacional. verifique quais silo
a rcsoluç!lo c o erro relativo do sistema de aquis ição.
No sistema implementado com o ADC0804. é ncccss{lria a
utilização de um amplificador .wmp/e ([IU/Iro/((1 Qual a utilidade desse tipo de amplificador?
A rotina em linguagem C controla adequadamente o sistema
ADC08Q.I -74241 (Figura 7.37)?
intalto.OOi:to:
outponb (DATA. O:tOO):
baixo - (inponb(STATUS)" Ox80) >> 4:
outportb (DATA, OxOl );
alto = (inportb (STATUS) "Ox80) >> 4;
rctum((alto << 4)1baixo):
Responda às questões anteriores. substit uindo o ADC para o
circuitodaFigura7.39(ADCde 12bics).
"'"'
Figura 7.39
Sistcm~
de aquisição em que
§e
usa o ADS7824
Procedimentos Experimentais
t 7.14.2.2
36 1
Seleção de funç6es e
4 7.14 Lab. 14- Procedimentos
controles
Básicos para Uso da Ferramenta
LabVIEW 7 Express - - - - - - - No diagr.ama de blocos da Figur.a 7.4 I é possÍ\·el \"erificar a exis4 7.14.1
Objetivos - - - - - - -
Apresentar bre,•cmcntc os conceitos de utilização do arnbieme
de programação gráfica LabV IEW.1 a fim de possibilitar a criação
e utilização dcss.a ferramenta em sistemas de insuumentaçào.
4 7 .14.2 Conceitos teóricos
adicionais - - - - - - - - - - Existemnomcrcadol•lgun•asferramentasdestinadasaaquisição.
instrumentação e control e de processos, entre elas o LabVIEW
(IAboratory Virtual/nstrurnerlt E11gineering IVorkbcnch ). da Na tion~l lnstruments Corporation. A primeira versão dess.a ferramenta surgiu em meados de 1986 c, no início dos anos 1990.
apresentou melhoriassig nifieat ivas. tendosidoacrescemadas
novastecnologias.concei to essequeée mpregadu atéosdiasde
hoje. O LabVIEW é classificado corno uma linguagem de programação gráfica com caracterfstica multiplatafom1a. que pode
rodaremdi\'ersossisternasopentcionaisencontradosnaatualidadc. E.~saferrarnentautilizaalinguagerngráficadeprograma­
ção denominada "G". que possibilita a programação gráfica em
blocos em vez da tmdicional linguagem textual. Com essa ferramenta lançou-se o conceito de instrurnemo virtual. Com a platafonna LabVIEW, o programador desen,·ol\'e programas pela
cO!K:xão ou criação de blocos de instrumentos virtuais. ou Vis
(V I. ••irtual i11strum~m). facilitando assim a análise do fluxo de
dados e a criação de sistemas complexos de aquisição e análise
de si nai s. dos mais di\'ersos tipos. pro,·enientes de sistemas de
instrumentação.
t 7.14.2.1 Espaço de trabalho ou
ambiente de programação - - - - - O ambiente de trabalho do LabVIEW é composto basicamente
pelo painel frontal (Figura 7.40) e pelo painel do d iagrama de
blocos (Figuro 7.41). Em termos sucin tos. o painel frontal é a
interface com o usuiirio (p;~ra mais detalhes, consul te o manual
da fcrramcnta).quepcrrniteacriaçãodedispositivosdecontroJc.taiscomochaves.cdispositivos indicadores. como. por exemplo. dispositivos gráficos. Em contrapartida. o diagruma de blocos é o espaço destinado ao código do instrumento vir1ual desenvolvido ou o cspa~o da inserçilo dos instrumentos vinuais.
Os dois ambientes interagcm automaticamente entre si: sendo
assim. o posicionamento ou a inserçilo de um dispositivo de controle (ou indicador) no painel frontal gera um correspondente
di spositivo denominado temti11al. É preciso ter cui dado comesse tenno. pois os tenninai s podem ser tem1inais-footes (e ntradas)
ou terminais-destinos (safdas) no diagrama de blocos.
'UbVIEW i u....
~..,_;.:..-..,..,._...,, s......t J
_
tência de uma janela denominada FmtctiOtlS (Funções: veja a
Figura 7.42) que permite a seleção de VIs c funções para dcsen\'OI\'imen todosprogramns.
Por exemplo. dispositivos destinados a análise e manipulação
de sinais. dispositi\'OS de entmda e saída (placas conversoras.
dril"ers etc.). controle de execução (/Qop,ç, 1.-lri/~. C(tse etc.) e
funções aritméticas. lógicas. relncionais. entre outras. Para selecionar a função desejada. basta clicar sobre o lcone. COIJIO. por
exemplo. Sigmtl Aml/ysis (Análise de Sinais). e selecionar o subVI desejado. Apenas para exemp lificar. a Figura 7.43 apresenta
a subfunção da fun~ão Sigua/ AnalyJis. Urna subfunção pode
conteroutmssubfunções.eassirnsucessivameme
Parailustrarapotcncialidadcdessafetr.amc ntanaáreadcinstrumentação.foisdccionadaa subfunçilo" Mcdi!,'ÕCSEspcctrais"(Spec·
tml Memuremems). como se vê nn FigurJ 7.44. Alguns fcones.
rcpresentandofunções,qu:mdoselecionados.geram urna j anela
auxiliar (pode ser chamada com duplo dique sobre alguns ícones)
quepossibilitaajustcsdafunçãoselccionada(Figura7.45)
Com base no mesmo concei to. o painel frontal apresenta uma
janela denominada Controles (Commls) que pem1itc a colocação
dos di spositivos de controle (c ntradu)eos indicadores(s.aída)
desejados. conforme indica a Figur.a 7.46.
t 7.14.2.3 Estruturas para controle de
execução dos programas - - - - - Existem diferentes estruturas para controlar a cxe<:uçãodos prona ferramenta LabV IEW. entre ela~ duas denominadas
grama~
loop (estruturas de repetição): fOr l.oofJ c IV/rilt' Loop. A estrutura For l..ooJJ exccu!a um bloco de programa uma quantidade
definida de vezes. enquanto a função IV/til~ l..oo!' executa um
bloco de programa até uma detl•nninada cond ição se tomar fals.a.
ou seja. repete o bloco de programa quando a condição é verdadeira. O algoritmo literal estruturado (Portugol) e os C()l"l"Cspondcntesfluxogramas(Figuras7.47e7.48)s.llointcress.antcspara
relembrarmos essas duas es trutu ras amplamente utilizadas:
:Exemplo de uma estrutura de
.Elliu!illlli!
Enquanto (lVIIi/e)
Comandon;
Fim Enquanto:
:Exemplodcumaestruturadcrcpetiç:ioPara(f"or)
.fílülldcl.illt20~200:
Comando!;
Cornando2:
_ , ..,.....,.
No wt< doN..,._tt .......- (..... w.ai....,.,.,.,.,....~"" ... r.""" "ff«~<poo·
Comando n:
>Í>d >Oi..,...o •n>l<><lc:o•"Oioaçlo_ ............... .,...oqu,.oçlod<po«*<du<o<IOOIIII
"""',... ,,...,,...;t.o""_,.._,,.._
repctiç~o
<condi~ão> ~;
Comando 1:
Comando2:
FimParn:
362
CapÍluloSetc
Figura 7.40 Painel fromal do UbVIEW indicandoalgunsdispositivosdccntmda (comrolc)cde salda
(indicadores).CortesiadaNational lnstruments.
11s
I
Figura 7.41 Diagramadebi()Ç()sdosdi8positiv~
apresentadosnopainclfrontal.Cortesiada National
lnstrumcms.
~
11' Q.su.-"'
~
~
~
-
-.
8EI
~
"'~'
u-;J~
~
,._
.!I
lll
~ M.,_.
Figura 7.42 Janela de funções do diagrama de
blocos (Fw<ctimu) . Cones ia da National lnslrumco\s
Procedimentos Experimentais
Figura 7.43 Janela da su bfunção Análise de Sinais (Signu/ Atwly·
.<i.•). Cone~ ia da Nmional lnstruments
Figura 7.44 Janela de funçoes dod•agrama de biOC<>s Spearol Meusuf<'ments. ConesiadaNational lnstruments .
===
Figura 7.45
Janela de configuração da função !Ji>ecrral M eusuremt"niS. Cones ia da National lnstrumcnts
Figura7.46 Janeladecontroledopainelfron·
tal. Cnnesia da National [n,trumems
363
364
CapítuloSete
Figura 7.49 Janeb da>eslrutuntsdo tipo loop. Cortesia da National
sucessivamente até N-1. O terminal denominado cow11 (eontador).marcadonaestruturacomoN.representaonúmerodevezesquearepetiçàoouloopseráexecutada:
Figura 7.47
Fluxograma do comando de repetição Enquamo
&!a i de Oill!l N- 1 00:
Comando I que está dentro do subdiagrama:
Comando2queestádentrodo subdiagrama:
(While).
Comandonqucestádemrodosubdiagmma:
Fim Parn:
A estrutura While Loop é selecionada da mesma maneira que a
estrutur.t For Loop (Figura 7.5 1). Essa estrutur.t é equivalente a:
Faça
Comando I qucestádemrodosubdiagrama:
Comando 2 que está dentro do subdiagrama:
Comando3qucestádentrodosubdiagrama:
.E.illu!lulli:l < condição > évcrdadcira
Porém é possível alterar essa condição para·
Faça
Figura 7.48
flu~ograma
Comando l queestádentrodo subdiagrama:
Comando2qucestádentrodosubdiagmma:
Comando3queestádentrodo subdiagrama:
do comando de repetição Para (fOr)
No Lab VIEW. essas estruturas de repetição funcionam de
maneira parecida, porém ocódigodcveestardcntrode umaestruturadenominada subdiagrama.AFigura7.49apresentaajanela que possibilita a seleção das estruturas do tipo loop.
A Figura 7.50 apresenta a estrutura /oop selecionada no diagrama de blocos. O terminal rotulado por i é denominado iteração c possibilita registrar o número de repetições ou loops desejados: O a primeira repetição. 1 a segunda. 2a terceira c assim
.E.ruut;m.tQ < condi'<ão > NÀO é verdadeira (é falsa)
Como exemplilica a Figura 7.52 (clicar sobre o loop Condilion)
Como exemplo. a Figura 7.53 apresenta o diagrama de blocos.
de um progr.tma simples. que permite a criação de números aleatórios,comroladospelacondiçàodcdoisnúmcros,imcrligados
à condição de enquanto (o painel frontal encontra-se na Fi gura
7.54).
D
Figura 7.50 Estrutura Para ou ForLoop(Fori
OtoN- l).CortesiadaNational lnstrumems
~
D
Figura 7.51 Estrutura Enquamo ou \Vhile Loop.
CortesiadaNationallnstruments.
Figura 7.52
Alteração da condição teste da estrutura WhileLoop.CortesiadaNalional lnstruments.
1.
366
CapÍluloSetc
Figura 7.54
Painel frontal do exemplo da esuuwra
WhileLoop
Figura 7.56 Estrutura Case. Conesia da
National lnstrumcms.
Figura 7.55
to""(ifthenelse).
Fluxograma condicional ··se simples·· (ijlhen) e "se compos-
Procedimentos Experimentais
367
D
~
( )
Figura 7.57 Estrutura Nodc (dicando-se sobre a bordadireitaépossí,·elcriartcmtinaisdcentradaesaída)·
(a)diagramadcblocosdoprogramac(b)painelfrontal
y • (x+J)' .. (l + 3)' - 16.
(b)
As estrutums condicionais também são utilizadas em todas
as linguagens de programação: condicional'"se simples" e ··se
composto''. conforme lluxogramas da Figura 7.55.
O LabV IEW utiliza como condicional ifthen e/se a estrutura
Case.confonneFigura7.56.
Outra estrutur.te,;tremamenteútilnasoluçàodeequaçõesé
aestruturadcnominadaNodc,quepermiteaentradadee,;pressões algébricas diretamente dentro da estrutura Node. como
e,;cmplificaa Figura7.57.
t 7.14.2.4
Array e cluster- - - - - -
O índice determina a ]X)Siçào da nota de um determinado aluno no vetor (army unidimensional). O índice inicia com zero
(O); sendo assim. seu m11ge ou limite é deOan - 1. e11 representa o número de elementos do army. Um exemplo de um tlr·
my bidimensional (matriz) encontra-se na Tabela 7.13. Essearmyapresentaavibra'fãomédia.nosei,;osvcrticalchorizontal.
em quatro ]X)niOS de medição em um chassi de um veículo
Para selecionar um army ou ciu.ster no [XlÍnel fromal. clique
sobre o ícone A!/ Comrols (Todos os Controles) e em Army and
Cl<.srer.conformeindicaaFigura7.58
Paraacrescentarouadicionardimensõesaoarray(]X)rexemplo. Figur.1 7.59). clique com o botão direito c selecione Add
De acordo com o fabricante do LabV IEW, slring é um agrupamento de caracteres do !Í]X) ASC ll . arrays são grupos de elemcntosdeummcsmoti]X).edllslerssãogrupusdcdadosdc
diferentes tipos. Armys podem apresentar diferentes dimensões.
comprimentos e diferentes ti]X)s de dados: numéricos. booleanos
(lógicos). strings. entre outros. Vetor (tlrmy de uma dimensão)
ou matriz (t!Ymy de mais de uma dimensão) são interessantes
quando o programa ou sistema em desenvolvimento trabalha
com dados ou coleções de dados similares. A Tabela 7.12 traz
o exemplo de um vetor ou array unidimensional. das notas finais
dequatroalunos.deumaturmadelnstrumentaçãodocursode
Engenharia Elétrica
Tabela 7.12 Notas finais de quatro alunos da disciplina
de Instrumentação
Índice
2.1
4.3
1.8
7.6
Vibração média (rms) nos eixos vertical e
horizontal em quatro pontos de medição
Tabela 7.13
lndiceoupontosdemediçilo
Vibração,·ertical(nns)~'
1.3
2.9
0.8
1.8
Vibração horizontal (rms) ~'
1.1
0.3
0.4
1.4
--------------
Figura 7.58 Seleção de um aml)' ou duo· ler no painel frontal. CortcsiadaNational lnstrumcnts
368
CapfwloScte
-
Figura 7 .!59 A rmy com uma dimcns~o c com du:~~ dimensões
Como exemplo, o programa apresentado na Fi gura 7.61 possi bil ita a escrita (ompm) ou armazenamento dos dados de uma
funçãoemumarqui\'0.
t 7.14.3 Bibliografia adicional JOHNSON. G. W./.,.,bV!EIV Grapbícal Progmmming: practical applicmions in instrumentution and control. Ncw York.: McGrJw- tl ill,
""
Dimnuiou (Adicionar Dimensão). c Jmr.l ll!mover proceda da
mesma maneira (se lecione Rl"m0\'1" Dimi"IISÜ!II).
Para tomar conhecimento de outros proced imentos para se
trabalharcomrlrmysouc/ustl"rs.consuheasll!fcrênciascitadas
neste experimento. ou o Hl"lp da própria fcrr.amcaua.
t 7.14.2.5 Procedimentos básicos para
leitura e escrita em arquivos
O LabVIEW apresenta diversas funções p:tra leitura c esc rita em
arquivos (a Figura 7.60aprcscntaas funções di sponibilizadas).
MafOROLA. Fim rmd LS 1TL. Datashcet, 1992.
NATIONA L INSTRUMENTS. LnbVIEW 7 E.rpffn: use r manual. Nationalln,trumcntsCorporJtion.2003.
- - - · l..rlbi'IEW 7 Exp"ss: gettingstaned with LabVIEW. National lnstrumcntsCorporntion.2003
_ _ _ . tobVIE\V 7 E.rpffss: Measurcmcnts manual. Nation.:al
lnstrumcntsCorporntion.2003.
_
_ _ . IAh i'IEIVquict"fut>nucarrl(www.ni.romllnb,·iew7.oll(:). National lnstrumems Corporalion. 2003.
NOLAN. S. M.: SOLTERO. J. M. Umlusumding wul imupfftingsum danl-logic d11/il .<heeu. Texas lnstrumcnts. Appli cu tion Rcpon.
2003.
ON SEMICONDUCfOR. Ou umico"d"cwrcmiiJNmt'llls ulntor gul<it:analog.d iscn:teand powcrproducts.SC lLLC. 2000.
TEX AS JNSTRUMENTS . IIIllustrilll solutioos guidt': Amplificr.;. d:tta
convcncrs.digitalsignalprocessors.digita ltcmpcraturcsensors.
intcofacc. microcontrolkrs. power controllcrs. po\loer managcment.
Teus lnstruments.200S
TRAVIS. J. /.L1bVII!W fortWI')'Onl". Ncw Y<JB: Prentice-Hall PTR.
2002.
t 7.14.4 Materiais e equipamentos Ferrame nta LabVIEW versão 7.0 Exprcss da Nati omtl Scmico nductors.
t 7 .14.5 Procedimentos
experimentais - - - - - - - - -
Figura 7.60
Funções do labVIEW paro ki1Urn c escrita em arqui vos.Conc.•ia daNational lnstrumcnts.
a. Implemente o segu inte programa no LabV IEW. (no painel
frontal. insira o botão t11ob ( na janela Cou/rtJis. selecione o
ÍCOIIC Numtrir Com m/.~ c arraste para o espaço de trabalho o
botão denominado hwb - Figura 7.62).
Reali;o;eoperaçàosimilarparai nserirum gráfi co noc spaço de traba lh o (na janela Comrols. selecione o íco ne
Groph lml.\' e arraste para o espaço de tnaba lho o g nifi co
denomin~1do GmfJia ). cujo formato final se encon tra na Figura 7.63.
. -Figura 7.61
<jUI\'OS.
Funções do LabV IEW para leiwra c escrita em ar-
-
Figura 7.02 Jari<' la que possibilita a sc lcçOO do bolão lnQb. ConcsiadaNati onallnstrun"'nts.
Procedimemos Expcrimemais
Figura 7.63
Painel frontal apresentando um gráfko
Figura 7.64 Scnoidecorncomroledafrequênciaviabotâokrrob
Figura 7.65 Programa em que se utilizam operações aritméticas: (a) exemplo de entrada c (b) resultado.
369
370
CapÍluloSete
Para alterar o nome defmdt ou o padrão dos objetos selecionados. basta clicar. com o botão direito do mou~·e, sobre
ele e selecionar Visible Itens e marcar o item ú:Jbe/. Após essaseleçào.cliquesobrco/abe/ourótulocriadopamcscrcvcr
o que deseja (no exemplo: Frequência e Forma de Onda Senoidal). No diagrama de blocos. desenvolva um prugmma tal
como mostra a Figura 7.64. O gráfico do painel frontal mostraráumaondasenoidalcujafrequênciafoiajustadaanteriormente no botão knob (posicione o mmue sobre o botão e
arrastcoJia/dorncsrno)
b. No progruma anterior a amplitude foi fixada em l. Acrescentenoprogr.tmaantcriorumdispositivodecntradaquepmsibilitcaltcraraamplitudcdaformadcondascnoidal.
c. Al!ereofundodeescaladefrequênciadoprograrnaanterior.
Basta clicar sobre o fundo de escala (pordcfaul! é lO) c mo dificá-lo.
d. lmplcmenteoprogrumada Figuru7.65(diagruma"deblocos": janelas Function.r. Arith/Compllre e Nwneric). Utilize
como entrada o comando Numeric Constam e corno saída o
dispositivogauge.
c. Utilizcalgumasopcraçõcscfunçõcsaritméticaspamdcscnvolverumacalculadoracientffica
f. Acrescente.nacakuladoradesenvolvida.opcra\'ões relacionaiscomo. por exemplo. maior, menor. igual. cntrcomras.
Nas saídas das comparações realizadas. utilize dispositivos
como leds booleanos (cl ique sobre o led. selecione Propriedadcsparaaltcmrospardmctrosdcscjados,como.porcxcmplo.quandoo/edirábrilhar?).
g. No painel frontal. insir.t um controle digital (Numeric Con ·
trols ..... Nwneric Com rol). No diagrama de blocos, selecione
a estrutura Four ú:Jvp (Ali FunctionJ· ..... Structures ___, Fvvr
Loop). Posicione o cursor do mouse sobre o ícone i. selecionando com o botão direito o item Criação de Indicador (Create lndicmor) . conforme exemplo da Figura 7 .66.
Ligue os dispositivos tal como mostr.t a Figura 7.67(a) e
rode o programa
Oresul1adoapresentadonaFigura7.67(b)estácorreto?
h. Implemente um programa no LabV IEW pam cálculo do imposto de renda. levando crn conta que a renda bruta anual
(considere apenas valores inteiros) é obtida por um disposi-
li .o
.
Figura 7.66
Criação de um
di~p<:>sitivo
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