CAMARATE “Acidente/atentado” AÉREO Escola Eugénio dos Santos Disciplina - Português Professora - Margarida Alpalhão Gonçalo de Almeida Coimbra 8º B nº07 00. Nota O ppt que apresento resulta de uma pesquisa à informação disponibilizada através do Google, Blogs, comunicados, jornais e livros. Ao longo desta apresentação serão indicadas pessoas, entidades e informações referenciadas nos elementos pesquisados. 01. Porquê “Camarate” Escolhi apresentar o caso “Camarate” , uma vez que foi o mais grave acidente aéreo em Portugal Continental até à data. Este acidente ou crime, foi noticia em várias partes do mundo e teve importantes consequencias no futuro do nosso País. O secretismo dos elementos que envolvem este caso, levou-me a querer saber um pouco mais, até porque ao longo do tempo têm sido disponibilizadas mais informações e considerações sobre as quais é importante refletir. Espero que com esta apresentação possam definir a vossa opinião: 02. Enquadramento Político Com a queda do Estado e fundação de partidos como o PSD, o PS ou o CDS, Portugal seguia um "rumo liberal" após a instabilidade política resultante do 25 de abril e do verão de 1975. Francisco Sá Carneiro torna-se primeiro-ministro do VI Governo da República Portuguesa a 3 de janeiro de 1980, num regime de coligação com o CDS, a Aliança Democrática (vice-primeiroministro - Diogo Freitas do Amaral). Finalmente havia espaço para estabilidade política, desde o 25 de abril. Portugal assume uma forte confiança em Francisco Sá Carneiro, pois não só tinha uma visão política assente no cumprimento dos direitos e deveres do cidadão, bem como apoia a Reforma Agrária no Alentejo e aumenta a despesa social. 03. O que foi “Camarate” A 4 de dezembro de 1980, no ambito da campanha do general Soares Carneiro para Presidente da República, foi requisitada uma aeronave com destino à cidade do Porto, para com o objetivo de Adelino Amaro da Costa participar na festa de encerramento da campanha presidencial. Uma vez que o primeiro-ministro à data, Francisco Sá Carneiro, tambem pretendia desloca-se ao Porto na mesma noite, Adelino Amaro da Costa convida-o para a viagem conjunta no Cessna. 03. O que foi “Camarate” Poucos momentos após o Cessna ter levantado voo do Aeroporto da Portela, este incendeia-se no ar, acabando por despenhar-se numa área residencial anexa ao aeroporto, designada por Bairro das Fontainhas. Em resutado deste trágico acidente/atentado e apesar de cinco habitações e três automóveis terem sido danificados, apenas perderam a vida todos os ocupantes aeronave . da 04. As vitimas Francisco Manuel Lumbrales de Sá Carneiro – Advogado, Político, Fundador e líder do Partido Popular Democrático / Partido Social Democrata, Primeiro Ministro de Portugal em de 1980. Snu Abecassis - Editora dinamarquesa, fundadora da Publicações Dom Quixote, destacando-se o seu trabalho na publicação de livros com ideias contrárias às do regime do Estado Novo. Companheira de Francisco Sá Carneiro António Patrício Gouveia - Chefe de gabinete do Primeiro-Ministro Francisco Sá Carneiro, um dos colaboradores mais diretos do Presidente do Partido Social Democrata, destacando o seu papel no nascimento da SEDES - Associação para o Desenvolvimento Económico e Social. 04. As vitimas Adelino Amaro da costa –Engenheiro Civil, primeiro secretário-geral eleito do CDS, deputado da Assembleia Constituinte e da Assembleia da República, lider do Grupo Parlamentar do CDS, Ministro da Defesa Nacional do VI Governo (primeiro civil a assumir Ministério da Defesa Nacional após 25 de Abril) Maria Manuel Simões Vaz da Silva Pires – casada com Adelino Amaro da costa Jorge Albuquerque –Piloto Comercial de Aviões Alfredo de Sousa – Piloto Comercial de Aviões 05. Reconstituição do voo O avião Cessna 421 iniciou o seu último voo no Aeroporto da Portela ás 20:17 horas na pista 36. Aos 23 metros de altitude algo aconteceu , parou de subir e inicia um percurso “em linha recta”. 05. Reconstituição do voo Apenas 26 segundos após ter levantado voo, incendeia-se e despenhar-se em Camarate, mais precisamente no Bairro das Fontaínhas, zonas residencial a 600 metros do Aeroporto. Apesar da queda do Cessna ter provocado danos significativos em algumas habitações e veiculos, não causou a morte de nenhum dos residentes. Legenda: 1 – Embate na Vivenda Paulos 2 – Separação da asa esquerda 3 – Embate no poste de iluminação 4 – Separação do motor esquerdo e estabilizador horizontal 5 - Embate na Vivenda Zeca 6 – Separação do motor direito, parte da asa direita e nariz do avião 06. Investigação A investigação ao “acidente/atentado” inicia-se na noite do acidente por parte da Polícia Judiciária, que conclui não existirem indícios de crime no “inquérito preliminar” dirigido ao Ministério Público. Mais tarde, em 2013, o ex-inspetor da Polícia Judiciária Pedro Amaral informa que foi afastado da investigação em resultado de “uma conversa com o então diretor adjunto Garcia Marques”. Esta “conversa” reportava uma parte do relatório em que ” o inspetor admitia, ainda que em teoria, que teria que se deixar em aberto a hipótese de atentado caso não fosse encontrada uma explicação técnica e científica para uma questão que lhe suscitou dúvidas.” 05. Reconstituição do voo 07. Cronologia da Investigação/Inquerito 1980 4 de Dezembro – O Cessna despenha-se em Camarate; 12 de Dezembro – Nota do Governo, assinada por Freitas do Amaral, conclui que a queda do avião se deveu a acidente; 22 de Dezembro – Pedro Amaral, inspector da PJ, coloca a hipótese de sabotagem e é afastado. 1981 25 de Março – Relatório da comissão de inquérito da Direcção-Geral da Aviação Civil: acidente; 2 de Dezembro - Lee Rodrigues, preso pela Polícia britânica e repatriado para Portugal, é interrogado na Polícia Judiciária. O inspector Paulo Bernardino, considera-o acima de qualquer suspeita, 1990 8 de Maio – Após conclusões das três primeiras comissões parlamentares de inquérito, que apontavam para acidente, o Ministério Público propõe arquivamento do processo. 1991 21 de Maio – A IV Comissão Parlamentar de Inquérito considerta que foi atentado – e acusa a investigação judicial de “encobrimento de um crime” . 07. Cronologia da Investigação/Inquerito 1995 2 de Junho – A V Comissão Parlamentar de inquérito confirma que se tratou de atentado; 23 de Novembro - O Tribunal de Loures dá início à instrução do processo, após as famílias das vítimas terem acusado Canto e Castro, Juanita Valderano, José Esteves e Lee Rodrigues . 1996 9 de Janeiro - O Tribunal de Instrução Criminal de Loures considera prescrito o procedimento criminal contra os arguidos; 24 de Maio - É constituída a VI Comissão Parlamentar de Inquérito. 1999 2 de Julho – Relatório da VI Comissão Parlamentar de Inquérito confirma a tese de atentado, com um dado novo: José Cavalheiro, professor da Faculdade de Engenharia do Porto, garante que os fragmentos metálicos encontrados nos pés do piloto têm uma densidade próxima do aço e “consistente com a deflagração de um engenho explosivo”. 07. Cronologia da Investigação/Inquerito 2006 Setembro – O Supremo Tribunal de Justiça declara prescrito o processo judicial sobre o caso de Camarate. 2013 X Comissão Parlamentar de inquérito solicita aos serviços secretos dos Estados Unidos, Alemanha e Reino Unido o fornecerecimento de provas concretas sobre o acidente/atentado de Camarate. É reafirmada a tese de atentado "A queda do avião em Camarate, na noite de 4 de dezembro, deveu-se a um atentado“. 08. X Comissão Parlamentar de Inquérito à Tragédia de Camarate Ao longo dos anos foram criadas dez comissões parlamentares de inquérito, que cada vez mais “apontam para um atentado em vez de um simples acidente”. A suportar esta conclusão, são “testemunhas centrais que foram encontradas mortas na véspera dos seus depoimentos à justiça, a suspeitas de venda ilegal de armas a países como o Irão e a Indonésia após a proibição de Adelino Amaro da Costa, foram várias as vezes que estas comissões concluíram a existência de um crime em Camarate.” Do relatório resultante da "X Comissão Parlamentar de Inquérito à Tragédia de Camarate" transcreve-se: -"Não foi possível estabelecer um nexo de causalidade entre o Fundo de Defesa Militar do Ultramar e a tragédia de Camarate. Contudo, as investigações a este Fundo de Defesa Militar do Ultramar permitiram provar — e isso é relevante — que Portugal foi usado pelos Estados Unidos da América e por Israel como plataforma para vender armas ao Irão durante o ano de 1980...“ 08. X Comissão Parlamentar de Inquérito à Tragédia de Camarate -" Fundo de Defesa Militar do Ultramar serviu para financiar a UNITA durante a guerra civil angolana“. - “Fica provado que o "Amaro da Costa ( Ministro da Defesa) impediu venda de armas ao Irão e que, cinco dias após a tragédia de Camarate, a venda de armas ao Irão continuou sob a tutela do Governo AD, PSD/CDS-PP." - Considera-se que " as críticas feitas à Polícia Judiciária e à Procuradoria-Geral da República, a propósito de uma investigação e de um processo disciplinar realizado há mais de 30 anos, completamente desajustadas e injustificadas."uma vez que não há " sustentação suficiente.“ - " Comissão Parlamentar de Inquérito solicitou à CIA informações sobre um conjunto de pessoas e a CIA e o Governo dos Estados Unidos da América, deliberadamente, não responderam, não colaboraram." 09. Causa da queda Ao longo destes 38 anos, muitas teorias têm sido desenvolvidas e apresentadas dentro das hipoteses de atentado e de acidente: Acidente: -Falta de experiencia do piloto e co-piloto; - Avarias frequentes no Cessna; - Pouco combustivel; - Falta tempo para correto aquecimento e desempenho eficaz dos motores; - Utlização de flaps na descolagem e falha na recolha dos mesmos; - Hélice em rotação livre. Atentado: -Fogo; - Explosivo de baixa potencia; - Sabotagem. 10. Teorias da conspiração Perante a hipotese de atentado: a) b) c) d) Quem seria o “alvo a abater” e porquê? Quem estaria por de tráz desta ação? Existiriam cumprices? Ao logo destes 38 anos apareceram e desaparaceram elementos/pessoas importantes que nos podem ajudar a compreender o que ser passou e porquê? Assim, divido este capitulo em 5 partes que considero serem os mais relevantes destas “teorias da conspiração” : 10.1 – Fundo de Defesa Militar do Ultramar 10.2 – CIA 10.3 - O dono do avião – morte conveniente 10.4 - Autor confesso I - Farinha Simões e Esteves 10.5 - Autor confesso I – José Esteves 10.1. Fundo de Defesa Militar do Ultramar A teoria mais consensual está relacionada com a utilização do “ Fundo de Defesa Militar do Ultramar “, que fora criado para as “despesas excepcionais da guerra colonial”, e que inexplicavelmente ainda existia no ano de 1980. Segundo esta teoria, o fundo estava a ser usado para tráfico de armas não só para o Irão, mas também para o Iraque. Amaro da Costa que se encontrava a investigar o tráfico de armas procurando identificar os seus responsáveis, já tinha sido ameaçado de morte. Face ao exposto, a teoria de atentado para o encobrimento do tráfico de armas para o Irão e Iraque, teria sido dirigida contra Amaro da Costa (ministro da Defesa), sendo a morte de Francisco Sá Carneiro e Snu Abecassis uma consequencia, uma vez que a viajem conjunta não estava planeada. 10.2. CIA Na VIII Comissão de Inquérito ao “acidente/atentado” Camarate, um ex-agente da CIA, Oswald Le Winter, através de declarações prestadas, apresentou a sua teoria do envolvimento do General Costa Gomes e do almirante Pinheiro de Azevedo no tráfico de armas dos EUA para o Irão, no final do ano de 1980. De acordo com Oswald Winter, o general e o almirante “forneceram os certificados de armas e a autorização do seu carregamento no porto de Setúbal”. 10.2. CIA No entanto Francisco Sá Carneiro e Amaro de Costa, opuseram-se à passagem do carregamento de armas por Portugal. Esta posição do ministro da Defesa e do primeiro-ministro português não agradou o ex-secretário de Estado norte-americano, Henry Kissinger, pelo que pode ter estado na origem do assassínio dos mesmos. Na “operação” camarate, Oswald Le Winter refere não só envolvimento da CIA, mas também dos serviços secretos de Moçambique e um ex-agente da PIDE que tinham como objectivo a libertação de 52 norte-americanos reféns no Irão. 10.3. Dono do avião – morte conveniente “Testemunha central foi assassinada, conclui Comissão de Inquérito” “ o estranho "falecimento" da testemunha José Moreira... O dono do avião” José Moreira, proprietário de um avião que fora colocado ao serviço do general Soares Carneiro, no ambito das eleições presidenciais de 1980. Estanhamente, durante a campanha eleitoral, o avião de José Moreira , tinha sido apreendido por parte das autoridades aeronáuticas por razões ainda não totalmente esclarecidas. Face a esta apreensão , um empresário do Norte emprestou um segundo , que veio a a ser utilizado na noite de 4 de Dezembro de 1980. José Moreira financia equipas de investigação particulares por forma a descobrir o que realmente teria provocado a queda do avião. 10.3. Dono do avião – morte conveniente “Morreu na data mais conveniente – precisamente nas vésperas de depor na primeira comissão parlamentar de inquérito”. Após ter financiado uma investigação privada ao “acidente/atentado”, José Moreitas , estava pronto para depor na I Comissão de Inquérito ao caso. No entanto, a poucos dias da audição José Moreira e Isabel Silva foram encontrados mortos em casa por “inalação de monóxido de carbono”. Hipótese de suicídio também foi analisada, mas contraposta uma vez que“A disposição dos corpos, bem como algumas marcas encontradas nos cadáveres [“algumas escoriações nos joelhos e no ombro esquerdo, para além de um desvio do septo e hemorragia nasal”. Mais tarde, o relatório acrescenta: “(…) conclui-se que a morte de José Moreira e Elisabete Silva não foi acidental, como terá sido provocada por terceiros“. 10.4. Autor do crime I - Farinha Simões Dois meses após prescrição do Caso Camarate e após os 25 anos de compromisso de sigilo com a CIA, a Novembro de 2006, Farinha Simões e Esteves confessa ter construido e colocado um engenho explosivo a bordo da aeronave com o objectivo de assustar os tripulantes da mesma. No entanto, o mesmo engenho foi modificado posteriormente por forma a explodir o avião. Tendo prescrevido o “Caso Camarate”, Farinha Simões e Esteves nunca foi julgado, não se podendo “confirmar” se seria mesmo o culpado deste crime. 10.4. Autor do crime I – Confissão 10.4. Autor do crime I – Confissão Em suma, na confissão lista um conjunto de pessoas, grupos, instituições e outros , listando os interesses e implicações de cada: •“ Mário Soares, (o preferido dos traficantes de armas); • Francisco Pinto Balsemão ( Do clube Bilderberg e maçonaria, o que sabia do atentado desde o inicio) ; • General Diogo Neto, Coronel Vinhas, Frank Carlluci, etc (os que tramaram) •PS (referido, pelos americanos, como o partido amigo dos americanos) •Banco BIC de Angola, e o envolvimento do pai (José Pedro Castro) e do filho, director adjunto do BIC (Bruno Castro), no tráfico de armas.” 10.4. Autor do crime I – Confissão •“O segurança pessoal de Sá Carneiro, também envolvido; • Revelação de todos os nomes dos envolvidos no atentado e no tráfico de armas; • Nomes das empresas que fabricavam as armas; • General Costa Gomes e Rosa Coutinho lideravam o tráfico para Angola; • Major Otelo Saraiva de Carvalho cuidava do negócio com Moçambique; •Dinis Almeida, Coronel Corvacho, Varela Gomes e Carlos Fabião, outros nomes dos que enriqueceram com o negócio.” “O atentado visava Adelino Amaro da Costa, mais que Sá Carneiro, pois era ele que insistia em investigar os envolvidos no tráfico de armas. Foi encontrada a mala dele com a investigação e os nomes dos suspeitos, foi dada à PJ, mas desapareceu…” 10.4. Autor do crime I – Confissão Nos Links abaixo, podem encontrar os documentos na integra com a confissão de Farinha Simões e outras informações complementares: https://pt.scribd.com/document/89792623/Camarate-1%C2%AA-Parte https://pt.scribd.com/document/89798332/Camarate-2%C2%AA-Parte https://pt.scribd.com/document/89803494/Camarate-3%C2%AA-Parte http://apodrecetuga.blogspot.pt/2012/04/camarate-finalmente-trazido-luzpela.html#.WsoAW38h3IU https://pt.scribd.com/document/89814334/Camarate-5%C2%AA-Parte-ULTIMA-PARTE https://www.youtube.com/watch?v=uWWu03OXYAc 10.5. Autor do crime II – Bomba José Esteves, operacional dos Comandos de Defesa do Continente (CODECO) e guarda-costas de Freitas do Amaral na campanha das presidenciais em 1986. Jose Esteves, tal como Farinha Simões decide confessar uma vez que já não pode ser preso nem condenado, uma vez que o crime prescrevera a Setembro de 2006 e envia a sua confissao para os jornalistas antes de se apresentar na X Comissao Parlamentar de inquerito ao "acidente/atentado" de Camarate. José Esteves confessa que "fabricou a faca, mas não deu a facada“, assumindo a autoria do engenho, recusando ser considerado o assassino dos passageiros da aeronave. Segundo a sua confissão, indica que"Montei um engenho incendiário para pregar um susto. Foi entregue na Rua Augusta, numa loja, debaixo de um 'puff'. Já sabia que era para um indivíduo de tez escura...". Em suma, a confissão de Jose Esteves refere que Farinha Simões lhe "encomendou " o fabrico da bomba responsável pelo ocorrido em Camarate. Por sua vez, Farinha Simões confirma a encomenda. 11. Conclusão Este foi um dos mais importantes acidentes Aereos em Portugal e que tem sofrido grandes desenvolvimentos ao longo deste 38 anos, porque as explicações/justificações ainda não foram suficientemente convincentes para amaioria dos portugueses. Espero que com os elementos que apresento, possam ter uma opinião sobre oque aconteceu, a causa e até questionar se o desenvolvimento politico de Portugal poderia ter sido diferente. Eu, já tenho a minha opinião: para mim Camarate foi ….. 12. Obrigado