Exercícios Resolvidos do Capítulo 5 e 6 A teoria da produção estuda a relação entre a quantidade produzida e a quantidade de insumos utilizados na produção A teoria dos custos estuda a relação da quantidade produzida, porém inclui os preços/custos de processo produtivo. Estas duas teorias compõem a Teoria da Firma que estuda o lado da oferta, ou seja, o ponto de vista dos produtores e seus custos para a produção. Impactos e efeitos no mercado. Dentro da teoria da firma, dois conceitos são importantes para entender a relação da produção com os ganhos auferidos por uma empresa são elas: Eficiência técnica: Permite produzir uma mesma quantidade de produtos, porém, com menor quantidade de insumo; Eficiência econômica: permite produzir uma mesma quantidade de produto, porém, com o menor custo de produção. Função de produção é a relação entre quantidade física de fatores de produção e a quantidade física do produto em determinado período de tempo Q=Af(T,L,K) Onde: Q = quantidade; A = tecnologia utilizada na produção; T = terra; L = trabalho (mão de obra); K = capital físico (máquinas e equipamentos); Produto total: é a quantidade total produzida, em determinado período de tempo. Produto total não é Receita total. Receita total é o Produto total vezes a Quantidade PT=Q Produtividade média (ou produto médio): é a relação entre o nível do produto e a quantidade do fator de produção, em determinado período de tempo PMel = PT/L (produtividade média do trabalho) PMek = PT/K (produtividade média do capital) Produtividade marginal é a variação do produto, dada uma variação de uma unidade na quantidade de fator de produção, em determinado período de tempo PMgl = ΔPT/ΔL = ΔQ/ΔL OU dQ/dL (produtividade marginal do trabalho) PMek = ΔPT/ΔK = ΔQ/ΔK OU dQ/dK (produtividade marginal do capital) Figura 1 - Representação gráfica do produto total, produtividade média e produtividade marginal O estuda destas curvas com seus pontos mínimos e máximos, nos remetem a Lei dos rendimentos decrescentes que diz que: “à medida que se aumenta o uso de determinado insumo em incrementos iguais (com os outros insumos fixos ou constantes), a produção adicional, faz a produção aumentar e a partir de determinado ponto decrescer, até tornar-se negativa. Ex. Consumo de água na produção agrícola. Quantidade de mão de obra empregada em determinada fábrica etc. Capitulo 5 1- Quando o produto total cai: a. A produtividade média do trabalho é nula. b. A produtividade marginal do trabalho é nula. c. A produtividade média do trabalho é negativa. d. A produtividade marginal do trabalho é negativa. e. A produtividade marginal é maior que a produtividade marginal do trabalho. De acordo com a curva do produto total, o produto total varia a taxas crescente e depois a taxas decrescentes. Atinge o ápice e depois decresce. A produtividade média é o quociente do produto total e a quantidade. A produtividade marginal será zero quando o produto total atinge o máximo, passando após isto a ser negativo A produtividade marginal é a variação do produto total pela variação da quantidade. Quando há crescimento a taxas crescentes (tangente crescente,) e no pico, a tangente é zero, no pico. Quando a produtividade marginal está em seu ápice, a produtividade média e a marginal são iguais O produto total é a soma da sua produção e o marginal representa a produção excedente com a adição de um único insumo. Portanto com o aumento de um determinado insumo, o produto marginal produzido é positivo. E quando o produto total cai a produtividade marginal do trabalho é negativa. 2- Assinale a alternativa correta: a. Produtividade média é a variação do produto sobre a variação da quantidade de um fator de produção. e b. Produtividade marginal é a relação entre o produto e a quantidade de um fator de produção. c. No máximo do produto, a produtividade média e máxima. d. No máximo do produto total, a produtividade marginal é zero e. A produtividade média pode tornar-se negativa, após atingir o máximo do produto rural. 3- A função produção de uma firma alterar-se-á sempre que: a. Os preços dos fatores de produção se alterem. b. A empresa empregar mais de qualquer fator de produção variável. c. A tecnologia predominante sofrer modificações d. A demanda elevar-se. Elevando-se a capacidade tecnológica em uma firma, a produção se eleva sem que haja o aumento dos custos fixos e as vezes ocorre a redução pois é possível atingir economia de insumos, energia elétrica, otimização de tempo, redução de mão de obra etc. Assim sendo, a implementação de melhorias tecnológicas fará com que a função produção seja alterada. 4- A lei dos rendimentos decrescentes: a. Descreve o sentido geral e a taxa de mudança na produção da firma é fixada a quantidade de recursos. b. Refere-se a produtos extras sucessivamente mais abundantes, obtidos pela adição de medidas iguais de um fator variável a uma quantidade constante de um fator fixo. c. Refere-se a produtos extras sucessivamente mais reduzidos, obtidos pela adição de medidas iguais de um fator variável a uma quantidade constante de um fator fixo. d. É constante, com a observação de que há limites à produção atingível, quando quantidades crescentes de um só fator são aplicadas a quantidades constantes de outros. e. Explica o formato da curva de custo médio de longo prazo. A Lei dos Rendimentos Decrescentes pode ser assim enunciada: Elevando-se a quantidade do fator variável, permanecendo fixa a quantidade dos demais fatores, a produção inicialmente aumentará a taxas crescentes. A seguir, depois de certa quantidade utilizada, o fator variável, continuará a crescer, mas a taxas decrescentes (ou seja, com acréscimos cada vez menores); continuando o incremento da utilização do fator variável, a produção total chegará a um máximo, para depois decrescer. 5- Assinale a alternativa errada: a. A lei dos rendimentos decrescentes prevalece quando tivermos pelo menos um fator de produção fixo. b. Temos rendimentos decrescentes de escala quando, ao aumentarmos todos os fatores de produção, a produtividade média dos fatores se reduz. c. A lei dos rendimentos decrescentes é a mesma que a dos rendimentos decrescentes de escala. d. Rendimentos decrescentes diz que, se tivermos um fator de produção fixo, ao aumentarmos a quantidade do fator variável a produção cresce inicialmente a taxas crescente, depois decrescentes, para finalmente cair. Capítulo 6. 1- Se conhecermos a função produção, o que mais precisamos saber a fim de conhecer a função custos? a. A relação entre a quantidade produzida e a quantidade de fatores necessárias para obtê-las. b. O custo dos fatores e como se pode esperar que esses custos variem. c. Que fatores são variáveis. d. Todas as alternativas acima e. N.r.a. 2- Dividindo-se os custos totais de uma firma em fixos e variáveis e considerando-se que: IOs primeiros estão associados ao uso invariável de um fator de produção, logo não variam com o nível de produção; IIOs últimos variam com o volume de fatores e alteram-se com o nível de produção; a- Os custos totais médios sempre crescem com o aumento da produção. b- Os custos fixos médios e os custos variáveis médios sempre aumentam com a expansão da produção. c- Os custos fixos médios declinam com o aumento da produção e as variáveis médios primeiro declinam e depois aumentam com a expansão da produção. d- Os custos fixos médios não se alteram com a expansão da produção, somente os custos variáveis médios diminuem. e- Os custos totais são sempre declinantes com o aumento da produção 3- Aponte a alternativa errada. A curva de custo marginal: a. É o valor tangente da curva de custo total em cada ponto desta. b. Sempre cruza a curva de custo médio em seu ponto mínimo. c. Sempre cruza a curva de custo variável médio em seu ponto de mínimo. d. a, b e c estão corretas. e. Todas as alternativas anteriores estão erradas. 4- Um aumento da produção a curto prazo sempre diminuirá: a. O custo variável médio. b. O custo total médio. c. O custo fixo médio. d. O custo marginal. e. O número de trabalhadores empregados. Sempre que houver um aumento da produção, imediatamente percebe-se uma dissolução dos custos fixos da firma entre o total de unidades produzidas, ou seja, o custo marginal diminuirá. 5- Se o custo fixo for nulo: a. O custo total é igual ao custo médio. b. O custo médio será maior que o custo marginal. c. O custo marginal será maior que o custo médio. d. O custo médio variável é igual ao custo total. e. O custo total é igual ao custo variável. Os custos fixos variam conforme varia o volume de vendas ou o volume produzido. Os custos fixos não. Portanto, se os custos fixos forem zero, qualquer que seja a quantidade produzida o custo total será igual ao custo médio 6- Quando o custo médio está declinando: a. O custo marginal deve estar declinado. b. O custo marginal deve estar acima do custo médio. c. O custo marginal deve estar abaixo do custo médio. d. O custo marginal deve estar abaixo do custo médio. e. Alternativas a e b conjuntamente. Quando as curvas de custo marginal e custo total se interceptam o ponto de encontro é chamado de nível de escala eficiente e que também é o patamar onde a produção atinge seu menor custo total médio o que corresponde ao menor custo por unidade produzida. Este é o ponto onde o custo variável médio é mínimo Com o aumento da produção, os custos variáveis médios diminuem, enquanto que os custos fixos médios se mantem constantes. Os custos fixos médios declinam à medida que a produção aumenta, enquanto que os custos variáveis médios declinam e após se elevam com o aumento da produção. 7- A “Lei dos custos crescente” refere-se ao seguinte fato: a. Quando a população crescer, a cota per capita de A (na ausência de uma mudança tecnológica) tenderá a cair. b. Quando a produção de A crescer, o custo monetário total para a produção também cresce. c. Os custos totais crescem sempre a taxas crescentes. d. Os custos médios e marginais, primeiro caem para depois crescerem, quando existirem fatores fixos. e. Mostra que os custos totais crescem a taxas decrescentes. A “Lei dos custos crescentes'' refere-se ao fato de que os custos médios e marginais primeiro caem para depois crescerem, quando existirem fatores fixos. Isto acontece porque a produtividade dos fatores cai com seu uso e, consequentemente, os custos aumentam. Após a produção atingir um determinado nível, os custos totais passam a aumentar acima das taxas de incremento da produção, e os custos médios e marginais passam a ser crescentes. Essa é a chamada Lei dos Custos Crescentes, que no fundo é a Lei dos Rendimentos Decrescentes, da Teoria da Produção, aplicada à Teoria dos Custos da Produção. 8- Aponte a alternativa errada: a. O custo marginal corta o custo médio no mínimo do custo médio. b. O custo fixo médio é constante a curto prazo. c. Com o aumento da produção, o custo total médio tende a igualar o custo variável médio. d. A longo prazo não existem custos fixos. e. As alternativas a, c e d estão corretas. o custo marginal é uma relação matemática que visa encontrar um ponto ótimo, onde o custo de produzir mais uma unidade seja igual ao custo médio total da produção inteira. Dessa forma, o cálculo mostra em qual quantidade o produtor é mais eficiente. Em economia, custo marginal é a mudança no custo total quando se aumenta ou diminui a produção total de bens ou serviços em uma unidade. Segundo a Lei dos Rendimentos Marginais Decrescentes, a tendência é que, a partir de um ponto, os custos marginais sejam crescentes com produção de mais unidades, e decrescentes assim que a produção se tornar menor. Isso acontece porque, em certo ponto do arranjo produtivo, para conseguir mais unidades é necessário acrescentar cada vez mais insumos e fatores de produção no processo. • Vistos de uma perspectiva de curto prazo, os custos totais de uma empresa podem ser divididos em custos fixos, nos quais uma empresa deve incorrer antes de produzir qualquer produto e custos variáveis, nos quais a empresa incorre no ato de produzir. • Custos fixos são custos irrecuperáveis—porque eles estão no passado e não podem ser alterados, eles não devem ter nenhum papel em decisões econômicas sobre a produção futura ou precificação. • Custos variáveis normalmente apresentam retornos marginais decrescentes, assim o custo marginal de produzir níveis mais altos de saída aumenta. • Custo total é a soma dos custos de produção fixos e variáveis. A estrutura de custos no curto prazo O custo de produzir o produto de uma empresa depende de quanto trabalho e capital físico a empresa usa. Uma lista dos custos envolvidos na produção de carros será bem diferente dos custos envolvidos na produção de um programa de computador ou cortes de cabelo ou refeições em restaurantes fast-food. No entanto, a estrutura de custos de todas as empresas pode ser dividida em alguns padrões subjacentes comuns. Quando uma empresa olha para seu custo total de produção no curto prazo, um ponto de partida útil é dividir o custo total em duas categorias: custos fixos, que não podem ser alterados no curto prazo, e custos variáveis, que podem ser alterados no curto prazo. Custos fixos e variáveis Os custos fixos são os gastos que não mudam baseados no nível de produção, pelo menos não no curto prazo. Se você produz muito ou pouco, os custos fixos são os mesmos. Um exemplo é o aluguel em uma fábrica ou espaço comercial. Uma vez que você assine o contrato, o aluguel é o mesmo independentemente de quanto você produza, pelo menos até que o contrato vença. Custos fixos podem assumir muitas outras formas. Por exemplo, o custo de maquinários ou equipamentos para fabricar o produto, custo de pesquisa e desenvolvimento para criar novos produtos, até mesmo propaganda para popularizar o nome de uma marca são todos custos fixos. O nível de custos fixos varia de acordo com a área de negócio. Produzir chips para computadores, por exemplo, exige uma fábrica cara, mas uma empresa local de mudança e transporte pode existir com quase nenhum custo fixo, se ela alugar os caminhões por dia quando necessário. Custos variáveis, por outro lado, estão associados ao ato de produzir— quanto mais você produz, maior o custo variável. Trabalhadores são tratados como custo variável uma vez que produzir uma quantidade maior de uma mercadoria ou serviço normalmente requer mais trabalhadores ou mais horas de trabalho. Custos variáveis também incluem matérias-primas. 9- Quando uma empresa provoca deseconomias externas: a. Os custos privados são maiores que os custos sociais. b. Os custos sociais são maiores que os custos privados. c. Não há diferença entre custos privados e sociais. d. Está provocando externalidades positivas. e. N.r.a. As ações econômicas desenvolvidas por produtores e consumidores exercem, necessariamente, efeitos incidentes sobre outros produtores e/ou consumidores que escapam ao mecanismo de preços, ainda que estes sejam determinados em regimes de mercado perfeitamente competitivos. Estes efeitos, não refletidos nos preços, são conhecidos por “efeitos externos” ou externalidades”. Uma externalidade pode implicar tanto ganhos como perdas para os recipientes da ação econômica inicial. Quando o recipiente for um produtor, um benefício externo tomará a forma de um acréscimo no lucro, significará redução no lucro. Quando o recipiente for um consumidor, sua função de bem-estar é que estará sendo afetada pelas externalidades, positiva ou negativamente. Percebe-se, então, que as externalidades positivas representam sempre “economias externas” enquanto as externalidades negativas trazem “deseconomias externas”. (“Economia do setor Público”, Alfredo Filellini, São Paulo, Atlas, 1989, p. 73) Sendo uma deseconomia, um fator externo, negativo, a empresa provoca um fator externo negativo ou uma deseconomia, quando ela impacta a sociedade de maneira pejorativa ex: contaminando o ambiente, provocando engarrafamentos, desordem urbana etc. ou seja, os custos sociais, são elevados pois será necessário planos de urbanização e mitigação dos impactos para os exemplos acima. 10- Aponte a alternativa correta: a. As economias de escala são os ganhos da empresa, quando utiliza insumos na produção de mercadorias diferentes. b. As economias de escala representam redução dos custos médios (unitários), quando a empresa se expande. c. As economias de escopo representam os ganhos da empresa, quando amplia a produção de um determinado produto. d. Ocorrem rendimentos decrescentes de escala, quando a empresa aumenta sua produção mais que proporcionalmente ao mercado na quantidade de insumos. e. N.r.a. Economia de escopo acontece se uma firma consegue produzir bens diferentes que seriam mais caros de se produzir caso fossem fabricados separadamente. Então quando uma empresa aplica a diversificação na produção e com isso compartilha insumos, há uma otimização e uma redução nos custos Em Microeconomia, tratamos como “economia de escala” o inverso proporcional entre a diminuição do custo médio nas operações de uma empresa e o aumento no nível de produção. Então, para que se caracterize uma economia de escala, os níveis de produção devem ser proporcionalmente maiores do que o aumento nos custos com a operação. Empresas de grande porte, possuem vantagem competitiva pois com o aumento no seu nível de produção, os custos de operação são diluídos com mais rapidez, o que não acontece com facilidade em empresas pequenas. Imagine uma empresa que necessite aumentar a produção, mas para isso precise contratar uma consultoria especializada. O custo dessa consultoria, para ser diluído, necessitará um aumento muito maior na produção de uma pequena empresa do que em uma grande empresa. Em alguns setores econômicos, um único investimento ocasionaria em um grande aumento na capacidade de produção, sem representar uma alta muito grande nos custos. Um exemplo disto é a indústria dos softwares, que precisa custear o desenvolvimento, porém ao lança-lo no mercado, basta replicar o software e introduzi-los no mercado consumidor. Assim, os custos com a produção serão diluídos. economia de escopo. Quando ocorre a oportunidade de baratear os custos de produção, de dois ou mais itens simultaneamente chamamos a este fenômeno de economia de escopo (ou de gama). Ocorre, geralmente, quando sob mesma condição operacional, consegue-se chegar a um resultado mais eficiente. Para isto, é imprescindível que haja uma grande diversificação, porém com o compartilhamento de insumos. Uma empresa que fabrica vasos de plástico, também tem a possibilidade de fabricar embalagens plásticas de alimentos. Com isso conquista melhores resultados financeiros e aumenta a variedade de soluções ao consumidor do que as que estão direcionadas a um produto muito específico.