CONCURSO PÚBLICO 2018 PREFEITURA MUNICIPAL TRÊS LAGOAS-MS EDUCADOR SOCIAL NÍVEL SUPERIOR TEORIA, LEGISLAÇÕES 119 QUESTÕES DE PROVAS DA FAPEC-MS 68 QUESTÕES DE PROVAS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES LÍNGUA PORTUGUESA (58 Questões) CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS (129 Questões) Edição outubro 2018 TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. É vedada a reprodução total ou parcial deste material, por qualquer meio ou processo. A violação de direitos autorais é punível como crime, com pena de prisão e multa (art. 184 e parágrafos do Código Penal), conjuntamente com busca e apreensão e indenizações diversas (arts. 101 a 110 da Lei nº 9.610, de 19/02/98 – Lei dos Direitos Autorais). Site: emmentalapostilas.com.br Facebook: Emmental Apostilas Contato: contato@emmentalapostilas.com.br E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA TEORIA 58 QUESTÕES DE PROVAS DA FAPEC-MS TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. É vedada a reprodução total ou parcial deste material, por qualquer meio ou processo. A violação de direitos autorais é punível como crime, com pena de prisão e multa (art. 184 e parágrafos do Código Penal), conjuntamente com busca e apreensão e indenizações diversas (arts. 101 a 110 da Lei nº 9.610, de 19/02/98 – Lei dos Direitos Autorais). Site: emmentalapostilas.com.br Facebook: Emmental Apostilas Contato: contato@emmentalapostilas.com.br E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 SUMÁRIO 1. GÊNEROS E TIPOLOGIAS TEXTUAIS..................................................................................................... 07 FUNÇÕES DA LINGUAGEM ..................................................................................................................... 09 COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS ............................................................................... 10 COESÃO TEXTUAL .................................................................................................................................. 13 Questões de Provas da FAPEC-MS ............................................................................................................................................................ 17 2. ORTOGRAFIA (emprego das letras, do hífen e de iniciais maiúsculas ou minúsculas), incluindo conhecimentos sobre as novas normas.................................................................................................................................. 22 Questões de Provas da FAPEC-MS ............................................................................................................................................................ 27 3. ACENTUAÇÃO (incluindo conhecimentos sobre as novas normas) ................................................................ 28 Questões de Provas da FAPEC-MS ............................................................................................................................................................ 29 4. EMPREGO DE PARÔNIMOS, HOMÔNIMOS E FORMAS VARIANTES .................................................. 31 Questões de Provas da FAPEC-MS ............................................................................................................................................................ 38 5. EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS ....................................................................................... 39/58 EMPREGO DOS TEMPOS E MODOS VERBAIS ...................................................................................... 51 Questões de Provas da FAPEC-MS ............................................................................................................................................................ 59 6. PERÍODOS COMPOSTOS POR COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO ................................................ 62 ORAÇÕES REDUZIDAS ........................................................................................................................... 71 Questões de Provas da FAPEC-MS ............................................................................................................................................................ 72 7. CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL ................................................................................................. 74 Questões de Provas da FAPEC-MS ............................................................................................................................................................ 78 8. REGÊNCIA (VERBAL E NOMINAL) ......................................................................................................... 79 Questões de Provas da FAPEC-MS ............................................................................................................................................................ 84 9. CRASE ....................................................................................................................................................... 85 Questões de Provas da FAPEC-MS ............................................................................................................................................................ 87 10. PONTUAÇÃO ............................................................................................................................................ 88 Questões de Provas da FAPEC-MS ............................................................................................................................................................ 95 SIMULADO QUESTÕES MISTAS FAPEC-MS ............................................................................... 96 GABARITOS.......................................................................................................................................... 99 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos LÍNGUA PORTUGUESA 1 GÊNEROS E TIPOLOGIAS TEXTUAIS. FUNÇÕES DA LINGUAGEM. COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS. COESÃO TEXTUAL. GÊNEROS TEXTUAIS E TIPOS TEXTUAIS Todo e qualquer discurso, produzido em uma sociedade, seja ele visual, oral, escrito, representado tem uma função social. Foi produzido com uma intenção. Os inúmeros textos produzidos são classificados em GÊNEROS (interação por meio da linguagem, que é produzida em contextos específicos, com funções específicas de conteúdo e forma pouco variados). O gêneros são inúmeros e podem ser criados em qualquer situação de comunicação e são agrupados dentro de 5 tipos textuais: narrativos, descritivos (relatos), injuntivos, expositivos e argumentativos. Situações sociais de uso Tipos de texto Capacidades de linguagem dominantes Gêneros orais e escritos Cultura literária ficcional Narrar Contar uma história ficcional coerente Conto maravilhoso Fábula Lenda narrativa de aventura narrativa de ficção científica narrativa de enigma narrativa mítica biografia romanceada romance romance histórico novela fantástica conto crônica literária adivinha piada etc. Documentação e memorização das ações humanas Relatar Contar fatos reais e experiências vividas, situando-a no tempo e no espaço relato de experiência vivida relato de viagem diário íntimo testemunho caso autobiografia curriculum vitae notícia reportagem crônica social crônica esportiva relato histórico ensaio ou perfil biográfico biografia etc. texto de opinião diálogo argumentativo carta de leitor carta de reclamação carta de solicitação debate deliberativo debate regrado assembleia discurso de defesa (advocacia) discurso de acusação (advocacia) resenha crítica artigos de opinião ou assinados editorial ensaio etc. texto expositivo (em livro didático) exposição oral seminário conferência comunicação oral palestra entrevista de especialista verbete artigo enciclopédico tomada de notas resumo de textos expositivos e explicativos resenha relatório científico relatório oral de experiência etc... instruções de montagem receita regulamento regras de jogo instruções de uso comandos diversos textos prescritivos etc... Discussão de problemas sociais controversos Argumentar Expressar opinião, utilizando argumentos para defender um ponto de vista e convencer o interlocutor Transmissão e construção de saberes Expor Apresentar diferentes formas do conhecimento. Instruções e prescrições Instruir Orientar comportamentos 7 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos TIPOS DE TEXTO I É aquele em que o narrador reconstitui o que ouviu ou leu por conta própria, servindo-se de orações absolutas ou coordenadas sindéticas e assindéticas. DISSERTATIVO (ARGUMENTATIVOS): II . DISCURSO INDIRETO LIVRE É a exposição de opiniões fundamentadas em argumentos e raciocínio. Divide-se em introdução (apresenta o assunto de forma direta, sem rodeios), desenvolvimento (mostra dados, ideias, argumentos e exemplos que sustentam a sua posição), e conclusão (fecha o assunto; pode ser na forma de síntese ou sugestões, sem espaço para continuar a discussão). Ocorre quando o narrador de 3ª pessoa insere, em sua fala, pensamentos ou falas de um personagem, de modo que não se sabe bem até onde vai aquilo que é dito pelo narrador e o que é sentimento ou opinião da personagem: Exemplos: Sinhá Vitória falou assim, mas Fabiano franziu a testa, achando a frase extravagante. Aves matarem bois e cavalos, que lembrança! Olhou a mulher, desconfiado, julgou que ela estivesse tresvariando”. (Graciliano Ramos). NARRATIVO: É discorrer sobre um fato, um acontecimento. Nele predominam os verbos de ação. Os elementos da narração são personagem (quem participa do fato), tempo (momento do fato), ambiente (local), narrador (quem conta: 1a ou 3a pessoa) e enredo (o encadeamento das ações). Tem como característica o discurso direto e indireto. “ O garoto empurrou o portão: abriu-se. Então, não vivia trancado?...” III. DESCRITIVO (RELATOS): FORMAS DE DISCURSO Discurso direto; Discurso indireto; Discurso indireto livre. É um “retrato verbal” do que vemos ou sentimos. É difícil encontrar um texto exclusivamente descritivo. Normalmente encontramos trechos descritivos inseridos numa narração ou dissertação. IV. INJUTIVOS (ORDENAR, INSTRUIR): DISCURSO DIRETO É aquele em que o autor reproduz exatamente o que escutou ou leu de outra pessoa. Podemos enumerar algumas características do discurso direto: As falas das personagens são reproduzidas diretamente, em geral introduzidas por um verbo dicendi (disse, perguntou, respondeu, afirmou, negou etc.): Usam-se os seguintes sinais de pontuação: doispontos, travessão e vírgula. Texto injuntivo também é chamado de texto instrucional, prescritivo; normalmente traz orientações para a realização de uma tarefa. Normalmente em forma de ordem, apelo, pedido, súplica, suas marcas mais evidentes são os verbos no imperativo, o uso de vocativos e a referência direta à segunda pessoa (tu ou você) Aparece comumente em textos publicitários, horóscopos, manuais de instrução, bulas de medicação, receitas culinárias, placas de trânsito, textos de auto-ajuda, etc. Exemplos: Exemplos: O juiz disse: - O réu é inocente. O garoto avisou: - Vou entrar na casa da doida. DISCURSO INDIRETO É aquele em que o autor descreve com suas próprias palavras aquilo que escutou ou leu de outra pessoa. O narrador usa suas palavras para contar ao leitor o que as personagens falam ou pensam No discurso indireto eliminamos os sinais de pontuação e usamos conjunções: que, se, como, etc. Exemplos: O juiz disse que o réu era inocente. O garoto aviso que ia entrar na casa da doida. 8 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos No ato de comunicação, percebemos a existência de alguns elementos. São eles: a) emissor: é aquele que envia a mensagem (pode ser uma única pessoa ou um grupo de pessoas). b) mensagem: é o conteúdo (assunto) das informações que ora são transmitidas. c) receptor: é aquele a quem a mensagem é endereçada (um indivíduo ou um grupo), também conhecido como destinatário. d) canal de comunicação: é o meio pelo qual a mensagem é transmitida. V. EXPOSITIVOS (EXPLICATIVO, INFORMATIVO): A característica fundamental do texto expositivo é tratar com clareza e objetividade a informação. É o texto cujo objetivo principal é informar, esclarecer, explicar, definir sem o compromisso de julgar. É o texto científico, pedagógico, jornalístico. Exemplo: e) código: é o conjunto de signos e de regras de combinação desses signos utilizado para elaborar a mensagem: o emissor codifica aquilo que o receptor irá decodificar. f) contexto: é o conjunto de circunstâncias em que a mensagem é transmitida. Partindo desses seis elementos, Roman Jakobson, linguista russo, elaborou estudos acerca das funções da linguagem, os quais são muito úteis para a análise e produção de textos. As seis funções são: 1. Função referencial: referente é o objeto ou situação de que a mensagem trata. A função referencial privilegia justamente o referente da mensagem, buscando transmitir informações objetivas sobre ele. Essa função predomina nos textos de caráter científico e é privilegiado nos textos jornalísticos. 2. Função emotiva: através dessa função, o emissor imprime no texto as marcas de sua atitude pessoal: emoções, avaliações, opiniões. O leitor sente no texto a presença do emissor. 3. Função conativa: essa função procura organizar o texto de forma que se imponha sobre o receptor da mensagem, persuadindo-o, seduzindo-o. Nas mensagens em que predomina essa função, buscase envolver o leitor com o conteúdo transmitido, levando-o a adotar este ou aquele comportamento. 4. Função fática: a palavra fático significa “ruído, rumor”. Foi utilizada inicialmente para designar certas formas usadas para chamar a atenção (ruídos como psiu, ahn, ei). Essa função ocorre quando a mensagem se orienta sobre o canal de comunicação ou contato, buscando verificar e fortalecer sua eficiência. ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO; FUNCÕES DA LINGUAGEM. 5. Para entendermos com clareza as funções da linguagem, devemos primeiramente conhecermos as etapas da comunicação. Função metalinguística: quando a linguagem se volta sobre si mesma, transformando-se em seu próprio referente, ocorre a função metalinguística. 6. Função poética: quando a mensagem é elaborada Ao contrário do que muitos pensam, a comunicação não acontece somente quando falamos, estabelecemos um diálogo ou redigimos um texto: ela se faz presente em todos (ou quase todos) os momentos. de forma inovadora e imprevista, utilizando combinações sonoras ou rítmicas, jogos de imagem ou de ideias, temos a manifestação da função poética da linguagem. Essa função é capaz de despertar no leitor prazer estético e surpresa. É explorado na poesia e em textos publicitários. Comunicamo-nos com nossos colegas de trabalho, com o livro que lemos, com a revista, com os documentos que manuseamos, através de nossos gestos, ações, até mesmo através de um beijo de “boa-noite”. Essas funções não são exploradas isoladamente; de modo geral, ocorre a superposição de várias delas. Há, no entanto, aquela que se sobressai, assim podemos identificar a finalidade principal do texto. 9 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos VARIEDADES E VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS: Sei lá! Acho que tudo vai ficar legal. Pra que então ficar esquentando tanto? Me parece que as coisas no fim sempre dão certo. Norma culta, popular, e literária. VARIEDADES LINGUÍSTICAS: norma culta, popular, e literária Variedades Linguísticas são as variações que uma língua apresenta em razão das condições sociais, culturais e regionais nas quais é utilizada. A de maior prestígio social é a Variedade Padrão ou também chamada de norma culta (gramática normativa). Dentro de uma língua ocorrem também as variações linguísticas: LINGUAGEM TÉCNICA (profissional): é a modalidade utilizada por alguns profissionais (policiais, vendedores, advogados, economistas, etc.) no exercício de suas atividades. Exemplo: “Vamos direto ao assunto: interface gráfica ou não, muitas vezes, é preciso trabalhar com o prompt do DOS, sendo aborrecedor esforçar-se na redigitação de subdiretórios longos ou comandos mal digitados”. Revista PC World, ago/2007. p. 98 OBS: Não se deve confundir vocabulário técnico com jargão (modalidade coloquial). LITERÁRIA (artística): é utilizada com finalidade expressiva, como a que é feita pelos artistas da palavra (poetas e romancistas, por exemplo). Observe: Social (devidas a nível de escolaridade); Formal e Informal; Histórica; “O céu jogava tinas de água sobre o noturno que devolvia a São Paulo. O comboio brecou, lento, para as ruas molhadas, furou a gare suntuosa e me jogou nos óculos menineiros de um grupo negro. “Sentaram-me num automóvel de pêsames”. Regional; Gírias; Oralidade e escrita. A linguagem é qualquer conjunto de sinais que nos permite realizar atos de comunicação. Dependendo dos sinais escolhidos, teremos uma comunicação verbal, visual, auditiva, etc. Damos o nome de fala à utilização que cada membro da comunidade faz da língua, tanto na forma oral quanto na escrita. A forma oral se caracteriza por maior espontaneidade do que a forma escrita. Em decorrência do caráter individual da língua, podemos destacar algumas modalidades: NORMA CULTA (foco do nosso tópico): é a modalidade de linguagem utilizada em situações formais, principalmente na escrita – mais planejada e bem elaborada. Caracteriza-se pela correção da linguagem em diversos aspectos: um cuidado maior com o vocabulário, obediência às regras estabelecidas pela gramática, organização rigorosa das orações e dos períodos etc. Confira no texto a seguir: “(...) O mais forte e apreciável motivo para um estudo dos assuntos humanos é a curiosidade. Esse é um dos traços distintivos da natureza humana. Ao que parece, nenhum ser humano é dele totalmente destituído, apesar de seu grau de intensidade variar enormemente de indivíduo para indivíduo. No campo dos assuntos humanos, a curiosidade nos leva a buscar uma óptica panorâmica, através da qual se possa chegar a uma visão da realidade, tão inteligível quanto possível para a mente humana.” TOYNBEE, Arnold. Um estudo da história. Brasília: EdUnB. 1987. p 47. (com adaptações). LINGUAGEM COLOQUIAL: usada em situações informais ou familiares. Caracteriza-se pela espontaneidade, já que não existe uma preocupação com as normas estabelecidas (aceita o uso de gírias e de palavras dicionarizadas). Embora seja uma linguagem informal, não é necessariamente inculta, pois a desobediência a certas normas gramaticais se deve à liberdade de expressão e à sensibilidade estilística do falante. É facilmente encontrada na correspondência pessoal (MSN, e-mail etc.), na literatura, história em quadrinhos, nos jornais e revistas. Veja o exemplo: ANDRADE, Oswald de. Memórias Sentimentais de João Miramar. COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS Leia o texto de Martha Medeiros Semana passada, o escritor Mário Lago confessou que não conseguiu entender uma questão que interpretava um texto seu numa prova de vestibular. Mário toca aqui. Aconteceu o mesmo comigo. Alguns anos atrás, uma universidade do Rio Grande do Sul incluiu uma crônica de minha autoria numa prova para que os vestibulandos a interpretassem. Eram algumas questões sobre um texto escrito por mim, logo, achei que tiraria de letra. Peguei uma caneta, li as alternativas e fiquei boiando. Não entendi uma vírgula do que "aquela louca" queria dizer. Quem está do lado de cá, escrevendo, não imagina o que pode passar pela cabeça de quem está lendo. Na nossa ingenuidade, supomos que não há nada para ser interpretado. A pergunta mais incômoda para um escritor é " o que você quis dizer com aquilo que escreveu"? Puxa, a gente se digladia diante do computador para ser simples, objetivo, encontrar o verbo que melhor explica nosso sentimento, e ninguém entende lhufas. Dá vontade de desistir de tudo e vender pastel em Imbé. Sei que a interpretação ajuda o aluno a pensar, concluir, avaliar, ler nas entrelinhas. Muita gente é adepta da leitura dinâmica: lê como se estivesse vendo. Não dá. Há escritores herméticos, que necessitam de atenção redobrada e um olhar mais astucioso sobre cada parágrafo. Há inventores de uma nova gramática. Há os que escrevem em código. Há aqueles que deixam quase tudo subentendido. Há os escritores neuróticos. Os que camuflam de tal modo as suas ideias, que nem eles mesmos sabem o que querem dizer. A questão é: valerá o esforço de interpretá-los? 10 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos Eu reluto diante da ideia de que é preciso ensinar alguém a pensar sobre o que está sendo lido. Podemos e devemos estimular o hábito da leitura, mas toda obra é aberta e permite várias reflexões. A maioria dos escritores, até onde eu sei, não fica tentada a criar charadas quando escreve. Ao contrário, a busca é pela comunicação, pela partilha de ideias e emoções. Pode-se fazer isso de forma densa, profunda, corrosiva, enigmática e, ainda, ser claro. Toda interpretação de texto se dá através da sensibilidade de quem escreve e de quem lê. O resto é teoria. CONSIDERAÇÕES Exemplo de Artigo Os nomes de quase todas as cidades que chegam ao fim deste milênio como centros culturais importantes seriam familiares às pessoas que viveram durante o final do século passado. O peso relativo de cada uma delas pode ter variado, mas as metrópoles que contam ainda são basicamente as mesmas: Paris, Nova Iorque, Berlim, Roma, Madri, São Petesburgo. (Nelson Archer - caderno Cidades, Folha de S. Paulo, 02/05/09) 2. Novamente, são opinativos, argumentativos e possuem a mesma estrutura dos artigos. A interpretação de textos é de fundamental importância para concursos. Você já se perguntou por quê? Todos os jornais e revistas têm esses editoriais. Os principais diários do país produzem três textos desse gênero. Geralmente um deles tratará de política; outro, de economia; um outro, de temas internacionais. Há alguns anos, as provas de Português, nos principais concursos do país, traziam uma frase, e dela faziam-se as questões. Eram enunciados soltos, sem conexão, tão ridículos que lembravam muito aquelas frases das antigas cartilhas: "Ivo viu a uva". A diferença em relação ao artigo é que o autor, o editorialista, não expressa sua opinião, apenas serve de intermediário para revelar o ponto de vista da instituição, da empresa, do órgão de comunicação. Muitas vezes, esses editoriais são produzidos por mais de um profissional. O editorialista é, quase sempre, antigo na casa e, obviamente, da confiança do dono da empresa de comunicação. Os temas, por evidente, são a pauta do momento, os assuntos da semana. Os tempos são outros e, dentro das modernas tendências do ensino de línguas, fica cada vez mais claro que o objetivo de ensinar as regras da gramática normativa é simplesmente o texto. Aprendem-se as regras do português culto, erudito, a fim de melhorar a qualidade do texto, seja oral, seja escrito. Nesse sentido, todas as questões são extraídas de textos, escolhidos criteriosamente pelas bancas, em função da mensagem/conteúdo, em função da estrutura gramatical. Ocorrem casos de provas contextualizadas, em que todos os textos abordam o mesmo assunto, ou seja, provas monotemáticas. 3. As notícias são autorais, isto é, produzidas por um jornalista claramente identificado na matéria. Possuem uma estrutura bem fechada, na qual, no primeiro parágrafo (também chamado de lide), o autor deve responder às cinco perguntinhas básicas do jornalismo: Quem? Quando? Onde? Como? E por quê? Não se pode desconsiderar que, embora a interpretação seja subjetiva, há limites. A preocupação deve ser a captação da essência do texto, a fim de responder às interpretações que a banca considerou como pertinentes. A grande diferença em relação ao artigo e ao editorial está no objetivo. O autor quer apenas "passar" a informação, quer dizer, não busca convencer o leitor / receptor de nada. É aquele texto que os jornalistas chamam de objetivo ou isento, despido de subjetividade e de intencionalidade. QUAIS SÃO OS TEXTOS ESCOLHIDOS? Exemplo de Notícia Aqueles retirados de revistas e de jornais de circulação nacional têm a preferência. Portanto, o romance, a poesia e o conto são quase que exclusividade das provas de Literatura (que também trabalham interpretação, por evidente). Assim, seria interessante observar as características fundamentais desses produtos da imprensa. Os Artigos São os preferidos das bancas. Esses textos autorais trazem identificado o autor. Essas opiniões são de expressa responsabilidade de quem as escreveu - chamado aqui de articulista - e tratam de assunto da realidade objetiva, pautada pela imprensa. Portanto, os temas são, quase sempre, bem atuais. Trata-se, em verdade, de texto argumentativo, no qual o autor/emissor terá como objetivo convencer o leitor / receptor. Nessa medida, é idêntico à redação escolar, tendo a mesma estrutura: introdução, desenvolvimento e conclusão. As Notícias Aqui temos outro gênero, bem diverso. Dessa maneira, fica clara a importância do texto como objetivo último do aprendizado de língua. 1. Os Editoriais O juiz aposentado Nicolau dos Santos Neto, ex-presidente do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo, negou-se a responder ontem à CPI do judiciário todas as perguntas sobre sua evolução patrimonial. Ele invocou a Constituição para permanecer calado sempre que era questionado sobre seus bens ou sobre contas no exterior. (Folha de S. Paulo, 05/05/99) 4. As Crônicas Estamos diante da Literatura. Os cronistas não possuem compromisso com a realidade objetiva. Eles retratam a realidade subjetiva. Se observarmos os jornais, teremos, junto aos editoriais e a dois artigos sobre política ou economia, uma crônica de algum escritor, descolada da realidade, se assim lhe aprouver. O jornal busca, dessa maneira, arejar essa página tão sisuda. A crônica é isso: uma janela aberta ao mar. 11 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos Sobre a crônica, há alguns dados interessantes. Considerada por muito tempo como gênero menor da Literatura, nunca teve status ou maiores reconhecimentos por parte da crítica. Essa divisão dos textos da imprensa é didática e objetiva esclarecer um pouco mais o vestibulando. No entanto, é importante assinalar que os autores modernos fundem essa divisão, fazendo um trabalho misto. É o caso de Luis Fernando Verissimo, que ora trabalha uma crônica, com os personagens conversando em um bar, terminando por um artigo, no qual faz críticas ao poder central, por exemplo. Martha Medeiros, por seu turno, produz, muitas vezes, um artigo, revelando a alma feminina. Em outros momentos, faz uma crônica sobre o quotidiano. Interpretação de Texto – consiste em saber o que é importante para a análise de textos: 1. Não extrapole ao que está escrito no texto. Muitas vezes, por se tratar de fatos reais, o candidato interpreta o que não está escrito. Deve-se ater somente às informações que estão relatadas. 2. Não valorize apenas uma parte do contexto. O texto deve ser considerado como um todo, não se atenha a parte dele. 3. Sublinhe as palavras-chave do enunciado, para evitar entender justamente o contrário do que está escrito. Leia duas vezes o comando da questão, para saber realmente o que se pede. Tome cuidado com algumas palavras, como: pode, deve, não, sempre, é necessário, é obrigatório, correta, incorreta, exceto, erro, etc. 4. Se o comando pede a ideia principal ou tema, normalmente deve situar-se no primeiro ou no último parágrafo - introdução e conclusão. 5. Se o comando busca argumentação, deve localizarse nos parágrafos intermediários, no desenvolvimento. 6. Não levar em consideração o que o autor quis dizer, mas sim o que ele disse; escreveu. 7. Tomar cuidado com os vocábulos relatores, os que remetem a outros vocábulos do texto: pronomes relativos, pronomes pessoais, pronomes demonstrativos, etc. 8. A descontextualização de palavras ou frases, certas vezes, é também um recurso para instaurar a dúvida no candidato. Leia a frase anterior e a posterior para ter ideia do sentido global proposto pelo autor, desta maneira a resposta será mais consciente e segura. 9. Interpretar um texto não é simplesmente saber o que se passa na cabeça do autor quando ele escreve seu texto. É, antes, inferir. Se eu disser: “Levei minha filha caçula ao parque.”, pode-se inferir que tenho mais de uma filha. Ou seja, inferir é retirar informações implícitas e explícitas do texto. E será com essas informações que o candidato irá resolver as questões de interpretação na prova. Exemplo de Crônica O mulherão Peça para um homem descrever um mulherão. Ele imediatamente vai falar do tamanho dos seios, na medida da cintura, no volume dos lábios, nas pernas, bumbum e cor dos olhos. Ou vai dizer que mulherão tem que ser loira, 1,80m, siliconada, sorriso colgate. Mulherões, dentro deste conceito, não existem muitas: Vera Fischer, Leticia Spiller, Malu Mader, Adriane Galisteu, Lumas e Brunas. Agora pergunte para uma mulher o que ela considera um mulherão e você vai descobrir que tem uma a cada esquina. DICAS PARA INTERPRETAR Podemos, tranquilamente, ser bem-sucedidos numa interpretação de texto. Para isso, devemos observar o seguinte: 1. Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto; 2. Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura, vá até o fim, ininterruptamente; 3. Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar; 4. Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do autor; 5. Partir o texto em pedaços (parágrafos, partes) para melhor compreensão; 6. Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão; 7. Cuidado com os vocábulos: destoa (=diferente de ...), não, correta, incorreta, certa, errada, falsa, verdadeira, exceto, e outras; palavras que aparecem nas perguntas e que, às vezes, dificultam o entendimento do que se perguntou e o que se pediu; 8. Não se deve procurar a verdade exata dentro daquela resposta, mas a opção que melhor se enquadre no sentido do texto; 9. O autor defende ideias e você deve percebê-las; 10. Os adjuntos adverbiais e os predicativos do sujeito são importantíssimos na interpretação do texto. 10. Há de se tomar cuidado, entretanto, com o que chamamos de “conhecimento de mundo”, que nada mais é do que aquilo que todos carregamos conosco, fruto do que aprendemos na escola, com os amigos, vendo televisão, enfim, vivendo. Isso porque muitas vezes uma questão leva o candidato a responder não o que está no texto, mas exatamente aquilo em que ele acredita. 11. Se as alternativas forem muito parecidas grife com o lápis a parte que é diferente. Nosso cérebro trabalha melhor com uma quantidade menor de informações de cada vez. Grifando as partes diferentes você irá focar apenas na parte que é diferente, já que a parte que é igual não irá determinar a alternativa correta. Veja as alternativas abaixo e entenderá o que quero dizer: a) O suspeito chegou ao escritório às 9 da manhã. Não se esqueça:" O que está escrito, escrito está." b) O suspeito deixou o escritório às 9 da manhã. 12 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos c) O suspeito deu uma saída às 9 da manhã, mas voltou logo em seguida. INFERÊNCIA d) O suspeito ficou no escritório por 9 horas. O texto não se reduz à palavra, por isso é importante aprender a ler outras linguagens, não só a escrita. Antigamente, aprendia-se a ler somente textos literários, não havendo a preocupação de como os textos não literários seriam lidos. Atualmente, busca-se formar cidadãos, portanto, a leitura ganhou novo significado. Agora que já grifou a parte diferente, precisa voltar ao texto e ver se há referência à manhã (se não houver, já elimina a, b e c, sobrando apenas d); se retornou (elimina a, b, d e sobra c); e assim por diante. 12. Responda primeiro o que sabe. Ficar perdendo tempo com questões mais difíceis fará com que acabe errando as mais fáceis. Nosso emocional pode nos ajudar ou atrapalhar e nós é que decidimos o que vai ser. Leia e se não conseguir achar a resposta, marque um “x” ao lado das questões que não consegue responder de primeira, responda as outras e siga assim, “pulando” e marcando as mais difíceis e resolvendo as mais fáceis. Quando terminar com as fáceis, retorne às difíceis: se não puder responder, reduza a duas alternativas e chute. Se você não sabe não há como descobrir a resposta. Ler é um exercício. Levantar hipóteses, analisar, comparar, relacionar são passos que auxiliam nessa tarefa. Entretanto, existe uma habilidade que merece destaque: a inferência. Segundo Houaiss, inferir é: concluir pelo raciocínio, a partir de fatos, indícios; deduzir. Entretanto, na prática, como isso pode ajudar na interpretação? Ao ler um texto, as informações podem estar explícitas ou implícitas. Inferir é conseguir chegar a conclusões a partir dessas informações. Para facilitar o entendimento, vamos ao exemplo. Leia a tirinha abaixo: 13. Mantenha a calma. Não importa se o texto é longo, se é difícil, se há muitas questões. Desesperar-se só irá causar um bloqueio mental que o fará errar tudo e provocará o famoso e temido “branco”. Melhor responder calmamente (e corretamente) 70% das questões e chutar as outras (se não der tempo de resolver todas) do que fazer tudo às pressas e se enrolar todo. 14. Atenção ao uso da paráfrase (reescritura do texto sem prejuízo do sentido original). Veja o exemplo: Frase original: Estava eu hoje cedo, parado em um sinal de trânsito, quando olho na esquina, próximo a uma porta, uma loirona a me olhar e eu olhava também. (Concurso TRE/ SC – 2005) A frase parafraseada é: a) Parado em um sinal de trânsito hoje cedo, numa esquina, próximo a uma porta, eu olhei para uma loira e ela também me olhou. b) Hoje cedo, eu estava parado em um sinal de trânsito, quando ao olhar para uma esquina, meus olhos deram com os olhos de uma loirona. c) Hoje cedo, estava eu parado em um sinal de trânsito quando vi, numa esquina, próxima a uma porta, uma louraça a me olhar. d) Estava eu hoje cedo parado em um sinal de trânsito, quando olho na esquina, próximo a uma porta, vejo uma loiraça a me olhar também. Resposta: Letra C. 15. Uma das partes bem distintas do parágrafo é o tópico frasal, ou seja, a ideia central extraída de maneira clara e resumida. Atentando-se para a ideia principal de cada parágrafo, asseguramos um caminho que nos levará à compreensão do texto. Criada pelo cartunista Quino, Mafalda atravessa gerações com seus questionamentos. Após uma leitura atenta de todos os quadrinhos, o que é possível concluir? Perceberam a profundidade da pergunta? O objetivo da interpretação não é simplesmente descrever os fatos, mas acrescentar sentido a eles. Muitos estudantes param na superfície do texto. Por exemplo, na tirinha acima, muitos diriam: “Mafalda estava em sua casa, quando seu amigo chegou. Ela pediu que ele não fizesse barulho, porque tinha alguém doente. O amigo pensou que fosse um familiar, mas deparou-se com o mundo.” Qual sentido tem essa descrição? Nenhum, não é verdade? Então, para encontrar a essência do texto, é preciso partir dos fatos e procurar o sentido que eles querem estabelecer. O fato apresentado na tira é que o mundo está doente, por isso precisa de cuidados. Isso é possível? Literalmente, não. Entretanto, se usarmos a linguagem conotativa, é possível inferir, ou seja, interpretar, deduzir, que o objetivo da tira era chamar a atenção das pessoas para a “doença” do mundo. Em que aspectos? Os mais diversos: desigualdade social, fome, guerras, violência, poluição, preconceito, falta de amor etc. E agora, faz sentido? Então, só agora houve entendimento. É importante destacar que quando a área de atuação é a escola, falar de interpretação é falar de inferência, de conclusão, de dedução. Então, ao ler um texto, busque sempre sua essência. 13 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos COESÃO E COERÊNCIA TEXTUAL O A coesão e a coerência são elementos fundamentais para que um texto fique bem articulado entre as partes e tenha um sentido amplo. A coesão e a coerência são as bases para a interpretação e compreensão dos sentidos. Um falante possui a competência textual de identificar a coerência de um texto e de escrever outro texto utilizando os meios gramaticais. O texto produzido pode ser falado ou escrito constituído de significado contextual, caracterizado por contexto, intencionalidade, informatividade, intertextualidade, aceitabilidade, situacionalidade, coesão e coerência. A intencionalidade é a capacidade de o produtor do texto produz-lo de maneira coesa, coerente, capaz de alcançar os objetivos que tinha em mente, em uma determinada situação de comunicação. A aceitabilidade é se o que o produtor produziu pode ser considerado um texto, se alcançou o objetivo proposto quando chegou até o locutor, ou seja, pode-se ser considerado um texto, possui coerência, coesão, é relevante, traz informatividade, é útil para o leitor, tudo isso vai direcionar se realmente é um texto. formal, que diz respeito à sua coesão. A coesão é a manifestação linguística da coerência. Mas ela não é condição nem suficiência de coerência. Ela é responsável pela unidade formal do texto, constrói-se através de mecanismos gramaticais e lexicais. A coerência presente no texto não se constrói apenas com a relação linguística e semântica, mas também de conhecimento cultural e social. A coerência textual contribui para a estruturação do texto, dando-lhe sentido. Conforme Koch e Travaglia (1993), a coerência é global e pode ocorrer por meio da comunicação. Quando essa comunicação não ocorre, o texto parece estar incoerente, impossibilitando o sentido e tornando o texto difícil de ser interpretado. Em alguns casos, o próprio autor deixa o texto incoerente propositalmente, pois visa causar certo espanto no leitor. A coerência estabelece um sentido de continuidade, para que se possa compreender o conteúdo do texto. A coesão textual presente nas frases e nas orações é constituída por preposições, conjunções e pronomes que tem a função de criar um sistema de referências retomadas A situacionalidade diz respeito à pertinência e relevância entre o texto e o contexto onde ele ocorre, isto é, é a adequação do texto à situação sociocomunicativa. É o que diz Maria da Graça Costa Val, “O contexto pode, realmente, definir o sentido do discurso e, normalmente, orienta tanto a produção quanto a recepção. Em deter-minadas circunstâncias, um texto menos coeso e aparen-temente menos claro pode funcionar melhor, ser mais adequado do que outro de configuração mais completa”. (Costa Val, 1991, p.12) no interior do texto. Portanto, a coesão textual faz a ligação Quanto à informatividade, aqui, vamos perceber o interesse do recebedor, pois tal interesse depende do grau de informação. Entretanto, Val faz um alerta: se o texto permanecer com elementos muito inusitados, haverá o risco de o leitor não conseguir processá-lo. Então, fica a recomendação de produzir um texto mediano de informatividade. de realizar as várias relações de sentido entre os enunciados. Já o aspecto da intertextualidade é a capacidade de relacionar o texto com outros textos já produzidos, assim, a utilização de um texto, depende do conhecimento de outros textos que já circulam socialmente. Muitos textos só têm sentido quando relacionados a outros textos. “A relação que se estabelece entre as partes do texto, criando uma unidade de sentido” (José Luiz Fiorin). “Conexão, união estreita entre várias partes, relações entre ideias que se harmonizam, ausência de contradição. É a coerência que distingue um texto de um aglomerado de frases” (José Luiz Fiorin e Francisco Platão Savioli). O semântico-conceitual, de que depende sua coerência. A coerência do texto deriva de sua lógica interna, é o sentido do texto. A esse respeito menciona Costa Val: “É considerada fator fundamental da textualidade, porque é responsável pelo sentido do texto. Envolve não só fatores lógicos e semânticos, mas também cognitivos na medida em que depende do partilhar de conhecimentos entre os interlocutores. Nessa perspectiva, um texto é considerado coerente quando partilhar informações também conhecidas pelo recebedor, isto é, conhecimentos que fazem parte da realidade de mundo desse leitor”. Isso equivale a dizer que o texto não é pronto e acabado, mas vai adquirir sua complementação quando chegar ao seu leitor. Assim, o leitor tem que deter de algumas informações para conseguir dar sentido ao texto. entres os elementos presentes no texto, produzindo sentido e coerência. Para os autores Halliday e Hasan (1976), a coesão textual necessita de cinco categorias de procedimentos para realizar sua função: referência, substituição, elipse, conjunção e o léxico. Por meios linguísticos, a coesão facilita a organização e possibilita a continuidade, a interação, a progressão e a unidade semântica com outras propriedades do texto. Os conectivos ou elementos coesivos têm a função Quando um conectivo é usado incorretamente, podem ocorrer muitos prejuízos ao sentido do texto. COERÊNCIA TEXTUAL Fatores que Permitem Coerência Conhecimento de mundo compartilhado por emissor e receptor. Tipo (ou gênero) de texto. Argumentação. Escolha lexical. Variante linguística. Intertextualidade. 14 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos COESÃO TEXTUAL ENCADEAMENTO ARGUMENTATIVO ou mais palavras sem que isso comprometa a clareza de ideias da oração: Tipos de coesão Maria faz o almoço e ao mesmo tempo conversa ao Os tipos de coesão são importantes para encadear argumentos de maneira lógica. Quando bem empregados, contribuem para a coesão global do texto. Quando temos mais de um argumento, é preciso que façamos sua ligação por meio de elementos de coesão. Em tal caso, os elementos de coesão vão ser chamados de conectores ou conectivos (a palavra “conector” está associada à palavra “conexão”, que quer dizer “ligação”). telefone com a amiga. Em vez de: Maria faz o almoço e ao mesmo tempo Maria conversa ao telefone com a amiga. Conhecer elementos como a coerência e a coesão, assim como sua aplicabilidade, garante a escrita de um texto cujas ideias estejam apresentadas de forma competente, possibilitando ao leitor uma leitura aprazível e dialógica. Para tanto, existem os tipos de coerência e os tipos de coesão, que são indispensáveis para a construção do texto. A coesão é responsável pelos sentidos encontrados na superfície do texto. Através dela é estabelecida a relação semântica (relações de sentido entre as palavras) entre os elementos do discurso através do uso adequado de conectores, que servirão para encadear de maneira lógica as ideias do texto. Para escrever um texto coeso, conheça agora os cinco tipos de coesão textual: Coesão por referência ou retomada: é um dos tipos mais utilizados em um texto. Graças a ela, evitamos repetições de termos, descuido que pode tornar desagradável a leitura de um texto. Os elementos de coesão por retomada, como a palavra indica, “retomam” um termo que já está no texto. Os alunos do terceiro ano foram visitar o Museu da Língua Portuguesa. Eles foram acompanhados pelos professores da escola. Em vez de: Os alunos do terceiro ano foram visitar o Museu da Língua Portuguesa. Os alunos do terceiro ano foram acompanhados pelos professores da escola. Coesão por substituição: são empregadas palavras e expressões que retomam termos já enunciados através da anáfora. Observe o exemplo: Os alunos foram advertidos pelo mau comportamento. Caso isso volte a acontecer, eles serão suspensos. Em vez de: Os alunos foram advertidos pelo mau comportamento. Caso o mau comportamento volte a acontecer, os alunos serão suspensos. Coesão por conjunção: Esse tipo de coesão possibilita relações entre os termos do texto através do emprego adequado de conjunções: Os conectores são elementos relacionais, que ligam as “partes”. São como pecinhas de um elaborado quebracabeças: quando encaixadas adequadamente, resultam em um texto coeso e bem estruturado. Todo texto que se preze privilegia a boa comunicação, não é mesmo? Comunicar é a principal função de todo e qualquer ato de fala, não importa se na linguagem escrita ou na linguagem oral. Quem quer ser um bom escritor deve conhecer recursos linguísticos essenciais para o desenvolvimento de uma redação que interaja de maneira satisfatória com o leitor. Coesão por elipse: Ocorre por meio da omissão de uma Como não consegui ingressos, não fui ao show, contudo, assisti ao espetáculo pela televisão. Coesão lexical: ocorre por meio do emprego de sinônimos, pronomes, hipônimos ou heterônimos. Observe o exemplo: Machado de Assis é considerado o maior escritor brasileiro. O carioca nasceu no dia 21 de junho de 1839 e faleceu no Rio de Janeiro no dia 29 de setembro de 1908. Gênio maior de nossas letras, foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras. A coesão é um trabalho que pode ser comparado à arquitetura: todos os elementos precisam estar solidamente “amarrados”, de modo a oferecer, além da conexão propriamente dita, um resultado harmônico e funcional. Elementos coesivos sequenciais Prioridade, relevância: Em primeiro lugar, primeiramente, principalmente, primordialmente, sobretudo, etc. Tempo (frequência, duração, ordem, sucessão, anterioridade, posterioridade, etc.): Então, enfim, logo depois, imediatamente, logo após, a princípio, pouco antes, pouco depois, anteriormente, poste-riormente, em seguida, afinal, finalmente, agora, atualmente, hoje, frequentemente, constantemente, às vezes, eventualmente, por vezes, ocasionalmente, sempre, raramente, não raro, ao mesmo tempo, simultaneamente, nesse meio tempo, enquanto, quando, antes que, depois que, logo que, sempre que, assim que, desde que, todas as vezes que, cada vez que, apenas, etc. Semelhança, comparação, conformidade: Como, consoante, segundo, da mesma maneira que, do mesmo modo que, igualmente, da mesma forma, assim também, do mesmo modo, segundo, conforme, sob o mesmo ponto de vista, tal qual, como, assim como, bem como, como se, à medida que, à proporção que, quanto (mais, menos, menor, melhor, pior)... tanto (mais, menos, menor, melhor, pior), tanto quanto, que (do que), (tal) que, (tanto) quanto, (tão) quão, (não só) como, (tanto) como, (tão) como, etc. Condição, hipótese: Se, desde que, salvo se, exceto se, contanto que, com tal que, caso, a não ser que, a menos que, sem que, suposto que, desde que, eventualmente, etc. 15 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos Adição, continuação: Além disso, (a)demais, outrossim, ainda mais, ainda por cima, por outro lado, também, e, nem, não só... mas também, não apenas... como também, não só... bem como, etc. Dúvida: Talvez, provavelmente, possivelmente, quem sabe, é provável, não é certo, se é que, a caso, por ventura, etc. Certeza, ênfase: Decerto, por certo, certamente, indubitavelmente, inquestionavelmente, sem dúvida, inegavelmente, com toda a certeza, etc. Surpresa, imprevisto: Inesperadamente, inopinadamente, de súbito, imprevistamente, surpreendentemente, etc. Ilustração, esclarecimento: Por exemplo, isto é, quer dizer, em outras palavras, ou por outra, a saber, ou seja, ou melhor, aliás, ou antes, etc. Propósito, intenção, finalidade: Com o fim de, a fim de, com o propósito de, para que, a fim de que, com o intuito de, com o objetivo de, etc. Lugar, proximidade, distância: Perto de, próximo a ou de, junto a ou de, fora, mais adiante, além, lá, ali, algumas preposições e os pronomes demonstrativos, etc. Resumo, recapitulação, conclusão: Em suma, em síntese, em resumo, portanto, assim, dessa forma, dessa maneira, logo, por isso, por consequência, etc. Causa e consequência, explicação: Por consequência, por conseguinte, como resultado, por isso, por causa de, em virtude de, assim, de fato, com efeito, tão (tanto, tamanho)... que, porque, porquanto, pois, já que, uma vez que, visto que, como (=porque), portanto, logo, que (=porque), de tal sorte que, de tal forma que, visto que, dado que, como, etc. Contraste, oposição, restrição, ressalva, concessão: Pelo contrário, em contraste com, salvo, exceto, porém, menos, mas, contudo, todavia, entretanto, no entanto, embora, apesar de, ainda que, mesmo que, por menos que, a menos que, a não ser que, em contrapartida, enquanto, ao passo que, por outro lado, sob outro ângulo, etc. Alternativa: Ou... ou, ora... ora, quer... quer, seja ... seja, já... já, nem... nem, etc. escondidas, às tontas, ao acaso, de cor, de improviso, de propósito, de viva voz, de uma assentada, de soslaio, passo a passo, cara a cara, etc. Também exprimem modo a maioria dos advérbios terminados em mente: suavemente, corajosamente, etc. Referência: A, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre, trás, além de, antes de, antes de, aquém de, até a, dentro em, dentro de, depois de, fora de, ao modo de, à maneira de, junto de, junto a, devido a, em virtude de, graças a, a par de, etc. Intensidade: Muito, pouco, assaz, bastante, deveras, menos, tão, tanto, demasiado, mais, demasiada-mente, meio, todo, completamente, profundamente, excessivamente, extremamente, demais, nada (Isto não é nada fácil), ligeiramente, levemente, que (Que fácil é este exercício!), quão, como (Como reclamam!), quanto, bem, mal, quase, etc. Inclusão: Até, inclusive, mesmo, também, ainda, ademais, além disso, de mais a mais, etc. Exclusão: Apenas, salvo, senão, só, somente, exclusive, menos, exceto, fora, tirante, etc. Outros recursos coesivos a) e, além de, além disso, ademais, ainda, mas também, bem como, também servem para acrescentar ideias, argumentos. b) embora, não obstante, apesar de, a despeito de, contudo estabelecem relação de concessão, de resignação. c) mas, porém, entretanto, no entanto, sob outro ponto de vista, de outro modo, por outro lado, em desacordo com estabelecem oposição entre ideias. d) assim, dessa forma, portanto, desse modo, enfim, ora, em resumo, em síntese servem para complementar e concluir ideias. e) assim como, da mesma forma que, como, tal que estabelecem relação de comparação de semelhança. f) de fato, realmente, é verdade que, evidentemente, obvi- Negação: Não, absolutamente, tampouco, de modo algum, nunca, etc. Afirmação: Sim, certamente, efetivamente, realmente, seguramente, indubitavelmente, inquestionável-mente, sem dúvida, decerto, por certo, com certeza, etc. amente, está claro que - são usadas para fazer constatações ou para se admitir um fato. g) porque, devido a, em virtude de, tendo em vista isso, face a isto - servem para introduzir explicações. h) sobretudo, principalmente, essencialmente são usados Modo: Bem, mal, assim, depressa, devagar, como, alerta, melhor (mais bem), pior (mais mal), às pressas, à toa, às escuras, à vontade, de mansinho, em silêncio, em coro, face a face, às cegas, a pé, a cavalo, de carro, às para dar ênfase ou destaque a algum fato ou ideia. i) antes que, enquanto, depois que, quando, no momento em que - estabelecem relação de temporalidade. 16 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos Elementos coesivos para usar na Redação São elementos necessários para dar fluidez e coesão ao texto, fazendo com que o mesmo não fique truncado. Assim sendo, vejamos: dos. Exemplo: Esforçou-se bastante, contudo não obteve sucesso no exame avaliativo. Embora, ainda que, mesmo que: Tais conectivos esta- belecem relação de concessão e contradição, admitindo argumentos contrários, contudo, com autonomia para vencê-los. Exemplo: Esperávamos, no mínimo, que ela pedisse desculpas. Até mesmo porque a amizade dela é muito importante para nós. Aliás, além de tudo, além do mais, além disso: Reforçar Exemplo: Não proferiu uma só palavra durante a reunião, mas também não questionou acerca das decisões firmadas. Exemplo: O garoto é um excelente aluno, destaca-se entre os demais. Além de tudo é muito educado e gentil. Ainda, afinal, por fim: Incluem mais um elemento no conjunto de ideias. Exemplo: Não poderia permanecer calado, afinal, tratava-se de sua permanência na diretoria, e ainda assim pensou muito. E, nem, como também, mas também: Estabelecem uma relação de soma aos termos do discurso. a ideia final. Até mesmo, ao menos, pelo menos, no mínimo: Estabelecem uma noção gradativa. Exemplo: Embora não simpatizasse com algumas pessoas ali presentes, compareceu à festa. Mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto, não obstante: Estabelecem oposição entre dois enuncia- QUAL A DIFERENÇA ENTRE ANÁFORA E CATÁFORA? De forma bastante resumida, você pode memorizar que: ANÁFORA é um recurso coesivo que retoma algo que já foi citado. Isto é, ou seja, quer dizer, em outras palavras: Revelam Exemplos: esclarecimentos ao que já foi exposto anteriormente. Joana não saiu ontem. Ela preferiu ficar em casa. Exemplo: Faça as devidas retificações, isto é, corrija as eventuais inadequações, de modo a tornar o texto mais claro. Regência e Crase: essas são as matérias mais cobradas Assim, logo, portanto, pois, desse modo, dessa forma: Exemplos: Exemplifica o que já foi expresso, com vistas a complementar ainda mais a argumentação. Exemplo: Não obteve êxito na sua apresentação. Dessa forma, o trabalho precisou ser refeito. em concurso público. CATÁFORA apresenta algo que ainda não foi dito. Eu pretendo fazer isto: Estudar os pronomes. As matérias mais cobradas em concurso público são estas: regência e crase. QUESTÕES DE PROVAS DA FAPEC-MS A questão 1 refere-se a este pequeno texto: Em resposta a acusações de vazamento, o procurador-geral da República Rodrigo Janot disparou: “Alguns tentam nivelar a todos à sua decrepitude moral, e para isso acusam-nos de condutas que lhes são próprias.” (texto adaptado especificamente para esta prova a partir de frase publicada em: revista Época, São Paulo, Editora Globo, n° 979, p. 19, 27 março 2017. Seção: Treze frases que marcaram a semana). 1. [Assistente Social-(NS)-(M)-Pref. Munic. São Gabriel do Oeste-MS/2017-Fapec-MS].(Q.3) Assinale a alternativa que apresenta a informação verdadeira sobre a coesão textual: a) Embora também possa retomar “todos”, o pronome “nos” refere-se, no conjunto das relações textuais, a Rodrigo Janot e, por extensão, à instituição que representa. b) Assim como “sua” e “lhes”, pronome “nos” refere-se a “Alguns”. c) O pronome “isso” retoma “decrepitude moral” d) O pronome “lhes” refere-se a “todos”. e) Considerada a ambiguidade do pronome “sua”, pode ser interpretado como referente a “todos” ou a “Alguns”, indiferentemente. 17 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos As questões de 2 a 4 referem-se ao seguinte texto: A polêmica dieta do trigo 1 O trigo é um dos oito alérgenos alimentares mais comuns (os outros são 2 amendoim, leite, ovos, crustáceos, castanhas, soja e peixe). A alergia alimentar 3 resulta em reações exageradas do sistema imunológico contra determinado alimento 4 considerado inofensivo para a maioria das pessoas. Assim, alergias não acometem 5 toda a população. 6 É provável que a remoção rigorosa do trigo da dieta resulte em redução de 7 peso, pois o trigo é incorporado a muitos alimentos e, em grande parte, ingerido na 8 forma de produtos refinados com adição de açúcar e gorduras. Eliminando o 9 consumo desses alimentos, reduz-se a ingestão calórica; a perda de peso decorre, 10 pois, da redução de calorias, e não da omissão do trigo. 11 Dietas com maiores taxas de sucesso em logo prazo são aquelas que 12 incluem todos os grupos alimentares – apenas em quantidades menores –, 13 recomendam o exercício físico e oferecem soluções que sejam sustentáveis também 14 em logo prazo. Os adeptos de dietas com base em alimentos de origem vegetal 15 (que incluem cereais integrais, leguminosas, frutas, verduras, legumes e castanhas) 16 tendem a, naturalmente, pesar menos do que as pessoas que incluem produtos de 17 ordem animal, mudando o foco da perda de peso por meio de dietas restritivas – 18 que são tipicamente soluções temporárias – para uma mudança permanente 19 no estilo de vida. 20 A eliminação do glúten da dieta faz-se necessárias apenas para pessoas que 21 apresentam intolerância a ele ou alergia ao trigo, comprovada em exames clínicos. 22 Os demais indivíduos podem consumir o trigo como uma das opções de cereais, 23 com equilíbrio (como parte de uma alimentação variada, contendo outros grupos 24 alimentares) e moderação (porções apropriadas), priorizando, acima de tudo, sua 25 forma integral, que contém fibras, vitaminas e minerais em maior quantidade 26 (VOLOSCHEN, Keilla de S. C.; CARNEIRO, Margarete de M. vida e saúde, Tatuí- 27 SP: Casa Publicadora Brasileira, ano 78, n° 10, out. 2016, p. 14. Fragmento do texto, 28 com adaptações.). 2. [Analista de Comunicação-(NS)-(M)-Câm. Munic. Três Lagoas-MS/2016-Fapec-MS].(Q.1) A alternativa que apresenta comentário verdadeiro sobre ideias implícitas ou defendidas no texto é: a) Exercícios físicos não são necessários para pessoas que escolhem dietas vegetarianas, pois já são naturalmente magras. b) A eliminação do trigo e do glúten da alimentação produz resultados definitivos quando a questão é perder peso e levar uma vida saudável. c) A inclusão de produtos de origem animal na dieta alimentar sempre compromete a perda de peso, exigindo, assim, a prática de exercícios físicos para garantir o emagrecimento em longo prazo. d) Dietas com base em alimentos variados, de diferentes grupos de origem vegetal, são, mais que um recurso para perder peso, uma opção para quem almeja resultados positivos e permanentes da alimentação em sua vida. e) O trigo integral não contém glúten e, portanto, não provoca alergias, mas deve ser consumido com moderação. 18 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos 3. [Analista de Comunicação-(NS)-(M)-Câm. Munic. Três Lagoas-MS/2016-Fapec-MS].(Q.2) Assinale a alternativa verdadeira quanto ao sentido de palavras ou expressões no conjunto das relações semânticas estabelecidas no texto: a) A palavra “Assim” (l. 4) foi empregada com sentido de modo. b) O emprego de “toda a” (l. 5) produz efeito de generalização, incompatível com o sentido de inteireza ou completude pretendido no enunciado. c) A palavra “pois” tem o mesmo valor ou sentido (de explicação) em ambas as ocorrências textuais (l. 7 e l. 10). d) Na linha 10, a conjunção “e” (l. 10) assume sentido adversativo. e) A expressão “dietas restritivas” (l. 17) equivale a “quantidades menores” (l. 12). 4. [Analista de Comunicação-(NS)-(M)-Câm. Munic. Três Lagoas-MS/2016-Fapec-MS].(Q.4) Analisadas as relações de coesão estabelecidas no texto, é verdadeiro o que consta na alternativa: a) “desses alimentos” (l. 9) retoma “açúcar e gordura” (l. 8). b) A expressão “dietas com base em alimentos de origem vegetal” (l. 14) é retomada por “dietas restritivas” (l. 17). c) “ele” (l. 21) refere-se a “trigo” (l. 22). d) “sua” (l. 24) refere-se a “demais indivíduos” (l. 22). e) “sua” (l. 24) refere-se a “trigo” (l. 22). A questão 5 refere-se ao fragmento de texto a seguir: 1 De noite é pior 2 Não importa o horário, comer doces é uma grande tentação. Bem, na verdade, 3 o horário importa sim! Pelo menos é o que dizem cientistas espanhóis e americanos que 4 acabam de publicar um novo estudo a esse respeito. 5 Pela primeira vez, foi identificada a existência de um tipo de marcação celular 6 nos tecidos adiposos que afeta diretamente a tolerância à glicose, reforçando a tese 7 de que não se deve comer doces no período da noite, quando o corpo tem pouca 8 sensibilidade à insulina. 9 Outra revelação interessante é que esse “relógio” identificado no tecido 10 funciona melhor nas pessoas que se deitam cedo e dormem mais horas do que 11 naquelas com déficit de sono ou horários irregulares. [...] 12 A pesquisa acaba de ser publicada na revista FASEB, da Sociedade Americana 13 de Biologia Experimental. (Vida e saúde. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, ano 78, n° 9, setembro 2016, 14 p. 6. Sala de espera). 5. [Fiscal Tributos-(NS)-(M)-Pref. Munic. Naviraí-MS/2016-Fapec-MS].(Q.7) A função da linguagem predominante no texto é a: a) metalinguística. b) fática. c) emotiva. d) referencial. e) conativa. 19 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos As questões 6 e 7 referem-se ao seguinte fragmento de texto: 1 Ainda que a ciência apresente indícios consistentes de que a pobreza pode limitar a 2 inteligência, é preciso ter cuidado para não se reforçar, com isso, perigosos 3 preconceitos que só dificultam ainda mais a vida de quem convive com a miséria. [...] 4 No Brasil, programas governamentais têm contribuído significativamente para uma 5 melhora nos índices sociais, porém há quem taxe tais iniciativas de assistencialistas, por 6 não resolverem os problemas em seu âmago. (adaptado da reportagem “Fome de 7 comida e de saber: como a pobreza impacta na formação do intelecto”, publicada na 8 revista Segredos da mente, ano 2, n° 5, 2015, p. 30-33) 6. [Agente Fiscal de Tributos-(NS)-(M)-Pref. Munic. Camapuã-MS/2016-Fapec-MS].(Q.1) Em relação a tipologias textuais e funções da linguagem, é verdadeira a informação contida na alternativa: a) Predominam, no texto, sequências narrativas e função metalinguística. b) Articulado em sequências descritivas e voltado para comover o leitor, o texto tem como funções predominantes a emotiva e a conativa. c) Além de sequências expositivas, há também, no texto, em que se sobressai a função referencial, sequências de pendor argumentativo e injuntivo. d) Com o propósito de advertir o leitor, o texto organiza-se em sequências injuntivas, predominando nele a função conativa. e) A função predominante no texto, em que predominam sequências argumentativas, é a fática. 7. [Agente Fiscal de Tributos-(NS)-(M)-Pref. Munic. Camapuã-MS/2016-Fapec-MS].(Q.3) A informação verdadeira sobre a relações de coesão está na alternativa: a) “tais iniciativas” (l. 5) retoma “programas governamentais” (l. 4). b) “isso” (l. 2) retoma “pobreza” (l.1). c) “isso” (l. 2) retoma “ciência” (l.1). d) “seu” (l. 6) retoma “iniciativas” (l.5). e) “seu” (l. 6) refere-se a “Brasil” (l.4). A questão 8 refere-se ao texto abaixo: A incapacidade de ser verdadeiro 1 Paulo tinha fama de mentiroso. Um dia, chegou em casa dizendo que vira no 2 campo dois dragões da independência cuspindo fogo e lendo fotonovelas. A mãe 3 botou-o de castigo, mas, na semana seguinte, ele veio contando que caíra no pátio 4 um pedaço de lua, todo cheio de buraquinhos, feito queijo, e ele provou e tinha gosto 5 de queijo. Desta vez, Paulo não só ficou sem a sobremesa como foi proibido de 6 jogar futebol durante quinze dias. Quando o menino voltou falando que todas as 7 borboletas da Terra passaram pela chácara de Siá Elpídia e queriam formar um 8 tapete voador para transportá-lo ao sétimo céu, a mãe decidiu levá-lo ao médico. 9 Terminando o exame, o Dr. Epaminondas abanou a cabeça: 10 ― Não há o que fazer, Dona Coló. Este menino é mesmo um caso de poesia. 11 (ANDRADE, Carlos Drummond de; O sorvete e outras histórias. São Pulo: Ática, 12 1993. Com adaptações). 8. [Farmacêutico-Bioquímico-(NS)-(M)-(T)-Pref. Munic. Aquidauana-MS/2016-Fapec-MS].(Q.4) É correto afirmar que predominam, no texto, sequências tipológicas: a) Descritivas. b) narrativas. c) instrucionais. d) dissertativas. e) argumentativas. 20 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos As questões de 9 a 11 referem-se ao fragmento de texto a seguir e avaliam conhecimentos sobre diferentes itens de conteúdo previsto para esta prova: Meu bem, meu mal: o vaivém da ciência 1 Café faz bem à saúde, desde que o consumo diário não ultrapasse quatro 2 xícaras grandes. Gordura não é tão maléfica quanto imaginávamos. Já o carboidrato 3 do trigo... Esse, sim, é um problema. Ele só é diferente do açúcar da boca para fora. 4 Depois de ingerido, suas moléculas são quebradas e têm efeito absolutamente igual 5 no organismo. Por isso, desde que passamos a comer mais farinha branca, biscoitos 6 e bolos, obesidade e diabetes viraram epidemia. 7 Tudo isso que você leu acima é o que a comunidade médica acredita hoje; mas 8 isso pode mudar nos próximos anos, e um dos motivos para as mudanças de 9 paradigmas é o avanço da tecnologia. 10 Seguindo o endocrinologista Pedro Assed, da PUC-Rio-IEDE, para ser levada 11 realmente a sério, uma pesquisa tem que ter, entre outras características, 12 reprodutibilidade, metodologia clara e isenção. 13 O que vale para a comunidade médica ainda é o bom e velho bom senso – esse 14 sujeitinho monótono, previsível, que nunca traz notícias bombásticas. [...] (Por 15 Cláudia de Castro Lima. Dossiê Superinteressante, Edição 342-A, p. 62, 16 janeiro/2015. Com supressões e adaptações). 9. [Enfermeiro-(NS)-(M)-Pref. Munic. Ribas do Rio Pardo-MS/2015-Fapec-MS].(Q.4) Consideradas as características das diferentes funções da linguagem, bem como dos gêneros e tipologias textuais, assinale a alternativa que apresenta informação verdadeira: a) Predominam, no texto, características do gênero propaganda, bem como sequências narrativas e a função fática da linguagem. b) Marcado por sequências argumentativas, o texto pode ser enquadrado no gênero artigo de opinião, em que prevalece a função emotiva. c) Com características do gênero notícia e predomínio da função referencial, o texto articula-se em consequência dialogais e narrativas. d) O texto, articulado em sequências predominantemente dissertativas e em que prevalece a função referencial, apresenta características do gênero artigo de divulgação científica. e) Com características de artigo de opinião, em que predomina a função metalinguística, o texto é estruturado por meio de sequências descritivas e instrucionais. 10. [Enfermeiro-(NS)-(M)-Pref. Munic. Ribas do Rio Pardo-MS/2015-Fapec-MS].(Q.5) Dentre os requisitos para compreensão de textos, destaca-se o reconhecimento do significado ou sentido das palavras, em que se incluem a denotação e a conotação. A alternativa que apresenta a informação verdadeira a esse respeito é: a) As palavras “desde” (l. 1), “já” (l. 2) e “depois” (l. 4) têm sentido temporal. b) Nas duas ocorrências, a palavra “desde” introduz ideia de tempo (linhas 1 e 5). c) A palavra “boca” (l. 3) foi empregada sem seu sentido conotativo. d) A palavra “já” (l. 2) introduz ideia de oposição. e) A palavra “sujeitinho” (l. 14) foi usada em seu sentido denotativo. 11. [Enfermeiro-(NS)-(M)-Pref. Munic. Ribas do Rio Pardo-MS/2015-Fapec-MS].(Q.6) Consideradas as relações de coesão estabelecidas no texto, é correto afirmar que: a) “suas” (l. 4) refere-se a “carboidrato” (l. 2). b) “suas” (l. 4) refere-se a “açúcar” (l. 3). c) “ingerido” (l. 4) refere-se a “açúcar” (l. 3). d) “isso tem o mesmo referente nas linhas 7 e 8. e) “esse sujeitinho” (l. 13-14) refere-se a “o endocrinologista Pedro Assed” (l. 10). 21 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos ORTOGRAFIA 2 (emprego das letras, do hífen e de iniciais maiúsculas ou minúsculas), incluindo conhecimentos sobre as novas normas. LETRA E ALFABETO Por tradição, grafa-se com h o nome do estado: Bahia. Já o acidente geográfico sem h: Baía de Todos os Santos. 2. Uso do Ç Escreveremos com ç as palavras de origem árabe, tupi ou africana. Letra é a representação gráfica de um ou mais fonemas (sons). Chamamos o conjunto de letras de ALFABETO. O alfabeto da língua portuguesa compõe-se de 26 letras. A-B-C-D-E-F-G-H-I-J-K-L-M-N-O-P-Q-R-S-T-U-V-W-X-Y-Z Exemplos: Emprega-se as letras K, W e Y nos seguintes casos: 1. Em abreviaturas e como símbolos de uso internacional: Exs.: Kg (quilograma), W (Watt), Yd (yard = jarda). 2. na grafia de palavras estrangeiras ainda não-aportuguesadas: Exs.: Know-how, show, marketing. 3. Escreveremos com -çar os verbos derivados de substantivos terminados em -ce. Exemplos: alcance = alcançar; lance = lançar. na grafia de antrotopônimos (nomes próprios) estrangeiros e seus derivados: Exs.: Franklin, Frankliniano, Darwin, Darwinismo; Bayron, Bayroniano. 4. Escreveremos com -ção as palavras derivadas de vocábulos terminados em -to, -tor, -tivo e os substantivos formados pela posposição do -ção ao tema de um verbo (Tema é o que sobra quando se retira a desinência de infinitivo - r - do verbo). Exemplos: na grafia de topônimos (nomes próprios de lugares) estrangeiros ou originários de outras línguas e seus derivados: Exs.: Kansas, Kwait. repartir - r + ção = repartição. Uso do h O h não representa fonema algum e seu emprego obedece a algumas regras: Emprega-se o h no final de algumas interjeições: Emprega-se o h quando a etimologia (origem da palavra) ou a tradição escrita do nosso idioma assim determina. Exemplos: hábil, habilitação, hábito, hálito, honesto, hiato, híbrido, hipoteca, hidrogênio, hífen, hélice, herança, herói, hesitar, homem, higiene hora, honra, hoje, horizonte Escreveremos com -tenção os substantivos correspondentes aos verbos derivados do verbo ter. Exemplos: 3. Exemplos: ah!, oh! manter = manutenção; reter = retenção; deter = detenção; conter = contenção. Uso do s Emprega-se a letra s nos seguintes casos: Todas as palavras terminadas em -oso e -osa, com exceção de gozo. Exemplos: cheiroso, formosa, dengosa e horroroso. No interior dos vocábulos, não se usa h, exceto: Nos sufixos -ês, -esa, -isa, indicadores de origem, nomes próprios, título de nobreza ou profissão. a) quando ele faz parte dos dígrafos ch, lh, nh. Exemplos: Exemplos: fecho, folha, rainha. b) nos compostos em que o segundo elemento com h etimológico se une ao primeiro por hífen. Nos compostos sem hífen, elimina-se o h do segundo elemento. Exemplos: desabitado, reaver, desonra. camponesa, milanês, marquês, duquesa, princesa, poetisa, Heloísa, Marisa Toda a conjugação dos verbos pôr, querer e usar. Exemplos: Exemplos: pré-história, anti-higiênico. erudito = erudição; exceto = exceção; setor = seção; intuitivo = intuição; redator = redação; ereto = ereção; educar - r + ção = educação; exportar - r + ção = exportação; EMPREGO DAS LETRAS E DOS DÍGRAFOS 1. açafrão, almaço, almoço, açúcar, muçulmano, araçá, mogi guaçu, paiçandu, miçanga, caçula. Eu pus; Ele quis; Nós usamos; Eles quiseram; Quando nós quisermos. Se eles usassem. Todas as palavras terminadas em -ase, -ese, -ise e -ose, com exceção de gaze e deslize. Exemplos: fase, crase, tese, osmose. 22 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos Nas palavras derivadas de verbos terminados em -nder e –ndir 6. Uso do s ou z? Exemplos: Escreveremos com -s- os verbos terminados em -isar, quando a palavra primitiva já possuir o -s-. pretender = pretensão; defender = defesa, defensivo; Exemplos: Análise Analisar Pesquisa Pesquisar Paralisia Paralisar Catequese Catequizar Ênfase Enfatizar Síntese Sintetizar perverter = perversão; Parabéns Parabenizar converter = conversão; Hipnose Hipnotizar despender = despesa; compreender = compreensão; fundir = fusão; Exceções: expandir = expansão. As palavras derivadas de verbos terminados em -erter, -ertir e -ergir. Exemplos: reverter = reversão; divertir = diversão; aspergir = aspersão; Escreveremos com -z- os verbos terminados em -izar, quando a palavra primitiva não possuir -s-. Exemplos: imergir = imersão Escreveremos -puls- nas palavras derivadas de verbos terminados em -pelir e -curs-, nas palavras derivadas de verbos terminados em -correr. Exemplos: expelir = expulsão; impelir = impulso; compelir = compulsório; discorrer = discurso; percorrer = percurso Em substantivos derivados de verbos "rt", "nd", "rg" e "pel" no radical. Exemplos: reverter = reversão inverter = inversão Atualizar Escreveremos com -s- os diminutivos terminados em sinho e -sito, quando a palavra primitiva já possuir o -sno final do radical. Primitiva Sufixo diminutivo Derivada pires + inho piresinho lápis + inho lapisinho português + inho poruguesinho expelir = expulsão Exemplos: 4. Uso do ç ou s? Após ditongo, escreveremos com -ç-, quando houver som de s, e escreveremos com -s-, quando houver som de z. Primitiva Sufixo diminutivo Derivada raiz +inha raizinha juiz +inho juizinho papel +inho papelzinho pé +inho pezinho pai +inho paizinho eleição, traição, coisa, faisão, mausoléu, Neusa, lousa. maisena (maizena é marca de pruduto) Uso do z Emprega-se a letra z nos seguintes casos: Atual emergir = emersão Obs.: Atenção aos substantivos com "s' que geram verbos com "z". 5. Hospitalizar Escreveremos com -z- os diminutivos terminados em zinho e -zito, quando a palavra primitiva não possuir -sno final do radical. pretender = pretensão Exemplos: Canalizar Hospital Exemplos: concorrer = concurso; Canal Nos sufixos -ez/-eza, formadores de substantivos abstratos a partir dos adjetivos. Exemplos: Adjetivo Substantivo abstrato Insensato Insensatez Mesquinha Mesquinhez Altivo Altivez Magro Magreza Belo Beleza Grande Grandeza Escrevem-se com s aliás alisar análise após casa atrás atraso através aviso bisar brasa casulo catalisar cisão colisão gás gasolina groselha inclusive invés jus lisonjeiro lisura mês mosaico nasal obus pêsames revés síntese z abalizar algoz amizade aprazível aprendiz arroz assaz atriz atroz azar azia baliza cafuzo capaz cartaz 23 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 fugaz giz jaez jazigo lazer luz magazine meretriz prazer prazo profetizar rapaz rodízio sagaz talvez LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos cós crase crise despesa deusa empresa fase fusão sinusite surpresa tosar três uso usina avisar chafariz coriza cruz deslize (subst.) desprezo feroz tenaz tez vazio veloz verniz voraz xadrez Exemplos: a vertigem, a coragem, a aragem, a margem. 10. Uso do j: Em palavras de origem indígena, africana ou popular. Exemplos: pajé, canjica, jibóia, jirau, jiló, jeca. 7. Uso de ss Escreveremos com -cess- as palavras derivadas de verbos terminados em -ceder. Exemplos: Nos substantivos terminados em -gem, exceção feita a pajem, lambujem e a conjugação dos verbos terminados em -jar. anteceder = antecessor; Exceção: Sergipe. Em palavras derivadas dos verbos terminados em -jar. Exemplos: exceder = excesso; trajar = traje, eu trajei. encorajar = que eles encorajem. conceder = concessão viajar = que eles viajem. Escreveremos com -press- as palavras derivadas de verbos terminados em -primir. Exemplos: As palavras derivadas de vocábulos terminados em -ja. Exemplos: imprimir = impressão; loja = lojista; gorja = gorjeta; comprimir = compressa; canja = canjica. deprimir = depressivo Escreveremos com -gress- as palavras derivadas de verbos terminados em -gredir. Em palavras (substantivos) com terminação em -aje . Exemplos: ultraje, traje, laje. Exemplos: agredir = agressão; Escrevem-se com progredir = progresso; transgredir = transgressor g Escreveremos com -miss- ou -mess- as palavras derivadas de verbos terminados em -meter. Exemplos: comprometer = compromisso; intrometer = intromissão; prometer = promessa; remeter = remessa 8. Uso de ç, s ou ss Em relação ao verbos terminados em -tir, teremos: Escreveremos com -ção, se apenas retirarmos a desinência de infinitivo -r, dos verbos terminados em tir. herege ligeiro monge ogivas argento sugestão tangerina tigela vagem vagido anjinho berinjela cafajeste canjica gorjear gorjeta jeito jenipapo jesuíta jibóia Depois de ditongos normalmente se emprega x. Exemplos: caixa, faixa, peixe. Escreveremos com -são, quando, ao retirarmos toda a terminação -tir, a última letra for consoante. Exceções: recauchutar e guache. Escreveremos com -ssão, quando, ao retirarmos toda a terminação -tir, a última letra for vogal.] Exemplo: discutir - tir + ssão = discussão jiló laje majestade manjedoura monja ojeriza pajé sarjeta traje ultraje 11 Uso de x/ch. Exemplo: curtir - r + ção = curtição Exemplo: divertir - tir + são = diversão gélico estrangeiro Evangelho geada gengibre geringonça gim gíria giz j Escreveremos com -x- as palavras iniciadas por enExemplos: enxada, enxame, enxoval, enxaqueca, enxerto, enxerido, enxurrada. Exceções: palavra enchova. palavras derivadas de outras iniciados por ch-: 9 Uso do g Nas palavras terminadas em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, úgio. * de charco = encharcado. Exemplos: pedágio, colégio, litígio, relógio, subterfúgio. * de chiqueiro = enchiqueirar. * de cheio = encher, enchente, enchimento. * de chumaço = enchumaçado. 24 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos Depois da sílaba me- emprega-se x Exemplos: mexer, mexilhão, mexerica. Escrevem-se com mexicano, mexerico, Exceção: mecha e derivados. Palavras de origem indígena e africanas são grafadas com x. Exemplos: xangô, xará, xavante, xingar, xique-xique. Palavras do inglês aportuguesadas trocam o sh original por x. Exemplos: Xampu (de shampoo), xerife (de sheriff). e Anteontem cadeado campeã candeeiro carestia cedilha creolina destilar empecilho encarnado x Nota: Escrevem-se com sc: apretrecho archot cochicho e colcha bochecha comichão broche coqueluch cachaça e cachimbo fachada cartucheira ficha chafariz flecha charco inchar chimarrão machucar chuchu mochila chucrute pechincha chumaço piche chutar rachar salsicha tocha acréscimo adolescência ascender Consciência crescer descender discente (aluno) disciplina 1. efetues efetue continues continue Abençoar abençoes abençoe Perdoar perdoes perdoe Nos substantivos próprios (nomes de pessoas, topônimos, Exs.: Carlos; Margarida; Ricardo, Coração de Leão; Catarina, a Grande; Paraná; São Paulo; Campinas; Curitiba; oceano Atlântico; lago Paraná; Igreja Católica Apostólica Romana; Igreja Ortodoxa Russa; Partido dos Trabalhadores; União Democrática Nacional; Deus; Cristo; Buda; Alá; Baco; Zeus; Afrodite; Júpiter; Via Láctea; etc. Exemplos: Continuar plebiscito recrudescer reminiscência rescisão ressuscitar suscitar transcender denominações religiosas e políticas, nomes sagrados e ligados a religiões, entidades mitológicas e astronômicas): Os verbos terminados em -uar e -oar escrevem-se com e na formas do presente do subjuntivo. Efetuar fascículo imprescindível intumescer irascível miscigenação nascer obsceno oscilar EMPREGO DE INICIAIS MAIÚSCULAS OU MINÚSCULAS 12. Uso de e/ i invólucro lampião meritíssimo pátio penicilina pontiagudo privilégio requisito tátil umbilical Não há regra para o uso de sc: seu emprego tem base eitmológica. ch mexer mexerico orixá oxalá praxe puxar relaxar vexame xampu xarope xavante xereta xerife xícara xinga r aborígine ansiar artifício casimira crânio criação disenteria escárnio esquisito imbuia 13. Uso de sc Escrevem-se com almoxarif e bexiga bruxa capixaba caxumba coaxar elixir engraxat e faxina graxa lagartixa lixa luxo maxixe i espaguete hastear irrequieto mercearia paletó penico periquito quase sequer seringa 2. No início de período, verso ou citação direta: Exs: Quatro anos e meio vivi com essa mulher. Mas vivi Os verbos terminados em –vir e –oer são escritos com i na 2ª e na 3ª pessoa do singular do presente do indicativo. Exemplos: de me trancar com ela, de café possuir possuis possui esquina, no máximo uma sessão da retribuir retribuis retribui tarde, umas compras para o jantar, cair cais cai e casa. sair sais sai doer ---- dói Amor é um fogo que arde sem se ver; moer móis mói É ferida que dói e não se sente; na cama, de telefone fora do gancho, de não dar as caras na rua. Um sorvete na (Chico Buarque) Nota: O verbo doer não apresenta a 2ª pessoa do presente do indicativo. É um contentamento descontente; É dor que desatina sem doer; 25 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 (Camões) LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos 9. NOTA Exs.: Vossa Alteza, Vossa Majestade, Vossa Santidade, Vossa Excelência, Vossa Senhoria, Magnífico Reitor, Sr. Diretor, Sra. Coordenadora etc. No começo de versos que não iniciam período, usase normalmente a letra minúscula, como se observa em Cecília Meireles: Vive como em sonho, 10. Nos nomes comuns sempre que personificados ou individualizados: antes de nascido, quando a vida e a morte Exs.: o Amor, o Ódio, a Virtude, a Morte, o Lobo, o Cordeiro, a Cigarra, a Formiga, a Capital, a República, a Transamazônica, a Indústria, o Comércio etc. estavam consigo. Disse Arthur da Távola: "A educação não é finalidade específica da televisão. A educação cabe à escola. A televisão é um eletrodoméstico do século XX, que entre outras finalidades e vocação pode ter - em parte - a educativa". 3. EMPREGO DO HÍFEN 1. Nos nomes de períodos históricos, festas religiosas ou datas e fatos políticos importantes: Nos nomes de logradouros públicos (avenidas, ruas, travessas, praças, largos, viadutos, pontes, etc.): Nos nomes de repartições públicas, agremiações culturais ou esportivas, edifícios e empresas públicas ou privadas: Exs.: hiper-requisitado; inter-regional; super-resistente. 2. Nos títulos de livros, periódicos, produções artísticas, literárias e científicas: Exs.: Grande Sertão: Veredas (de Guimarães Rosa), Veja, Jornal da Tarde, O Pensador (de Rodin), Os Girassóis (de Van Gogh), O Noviço (de Martins Penna), A Origem das Espécies (de Charles Darwin) etc. 7. 3. anti-inflamatório, micro-ônibus. arqui-inimigo, micro-ondas, Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da que inicia o segundo elemento. Exs.: autoescola, contraindicação, infraestrutura, semiárido. extraoficial, Atenção: Não se usa o hífen com o prefixo co, ainda que o segundo elemento comece pela vogal o. Exs.: 4. coocupante, cooptar. Não se usa hífen em palavras compostas que, pelo uso, passaram a formar uma unidade. Exs.: mandachuva, paraquedas, paraquedismo. EMPREGO DO PORQUÊ Por que / por quê / porque / porquê Nos nomes de escolas em geral: Exs.: Escola Técnica Industrial de São Gonçalo, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo, Escola Superior de Economia do Rio de Janeiro, Escola de Arte Dramática Cacilda Becker, Universidade Federal de São Carlos etc. 8. Usa-se o hífen quando o prefixo termina com a mesma vogal que inicia o segundo elemento. Exs.: Exs.: Ministério do Trabalho, Delegacia de Ensino, Academia Brasileira de Letras, Sociedade Esportiva Palmeiras, Teatro Municipal, Edifício Itália, Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, Editora Melhoramentos etc. 6. autorretrato, antissocial, extrarregimento, ultrassom, contrarregra. Atenção: Mantém-se o hífen quando os prefixos hiper, inter e super se ligam a elementos iniciados por r. Exs.: Avenida Paulista, Rua do Ouvidor, Travessa do Comércio, Praça da República, Largo do Arouche, Viaduto da Liberdade, Ponte Eusébio Matoso etc. 5. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com as letras r ou s, que serão duplicadas. Exs. Exs.: Idade Média, Renascimento, Natal, Páscoa, Ressurreição de Cristo, Dia do Trabalho, Dia das Mães, Independência do Brasil, Proclamação da República etc. 4. Nas expressões de tratamento: Nos nomes dos pontos cardeais quando indicam regiões: Exs.: os povos do Oriente, o falar do Norte, os mares do Sul, a vegetação do Oeste etc.; 1.1 - Por que - em início de frase interrogativa e quando puder ser trocado por “pelo qual”. Ex1: Por que você chegou tarde ? Ex2: Este é o caminho por que percorri. 1.2 - Por quê - fim de frase interrogativa. Ex.: Você não veio, por quê ? 1.3 - Porque - é conjunção e é utilizado nas respostas às perguntas. Ex.: Tirou boa nota porque estudou. NOTA 1.4 - Porquê - é palavra substantivada e pode ser Os nomes dos pontos cardeais são grafados com a inicial minúscula quando indicam apenas direções ou limites geográficos: ao sul de Minas Gerais, de norte a sul, de leste a oeste. trocado por “o motivo pelo qual”. Ex.: Não sei o porquê da sua dúvida. Obs.: Vem acompanhado por especificador. 26 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos QUESTÕES DE PROVAS DA FAPEC-MS A questão 1 refere-se a este pequeno texto: Em resposta a acusações de vazamento, o procurador-geral da República Rodrigo Janot disparou: “Alguns tentam nivelar a todos à sua decrepitude moral, e para isso acusam-nos de condutas que lhes são próprias.” (texto adaptado especificamente para esta prova a partir de frase publicada em: revista Época, São Paulo, Editora Globo, n° 979, p. 19, 27 março 2017. Seção: Treze frases que marcaram a semana). 1. [Assistente Social-(NS)-(M)-Pref. Munic. São Gabriel do Oeste-MS/2017-Fapec-MS].(Q.1) A alternativa que analisa corretamente a grafia é: a) Assim como “procurador-geral”, a palavra “República” deveria estar grafada com inicial minúscula. b) Assim como “República”, as palavras “procurador” e “geral” deveriam ter sido grafadas com inicial maiúscula. c) Em “procurador-geral”, o hífen foi indevidamente empregado. d) Assim como “procurador-geral”, a palavra “República” poderia estar grafada com inicial minúscula. e) Em “procurador-geral”, o uso de iniciais minúsculas é permitido pela norma ortográficas em vigor. A questão 2 refere-se ao seguinte texto: 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 Por mais que se critiquem investimentos em poupança, parece que muitos brasileiros, em especial os de baixa renda, ainda a consideram a única opção, quer porque admite a aplicação de pequenas quantias, quer porque o acesso a esse tipo de investimento parece mais fácil. Sobre essas questões, Gustavo Cerbasi, especialista em educação financeira, explica que, “há até pouco tempo”, para fazer render o pouco que sobrava do salário, bastava ter uma conta salário ou abrir uma conta poupança, ambas obrigatoriamente isentas de tarifas”. Já para aplicações mais complexas e mais rentáveis, “era necessário abrir uma conta-corrente de serviços, com pacotes mensais de tarifas que cobravam do pequeno poupador mais do que a vantagem que ele obtinha nos investimentos”. Acrescenta o especialista que, hoje “com as novas contas eletrônicas isentas de tarifas (aquelas que você abre e movimenta apenas pela internet), é possível acessar, sem custo, opções de investimento e enviar recursos para corretoras investirem em títulos públicos”, de modo que já não há mais argumentos que favoreçam a poupança. (Texto construído com fragmentos de matéria assinada por Gustavo Cerbasi, sob o título “A poupança voltará algum dia À boa forma?”, publicada na revista Época, São Paulo, Editora Globo, n° 979, p. 69, 27 março 2017). 2. [Assistente Social-(NS)-(M)-Pref. Munic. São Gabriel do Oeste-MS/2017-Fapec-MS].(Q.10) Agora, a avaliação de seus conhecimentos incide sobre ortografia. A informação correta encontra-se na alternativa: a) Assim como “conta-corrente” (l. 9), as palavras “conta salário” (l. 7) e “conta poupança” (l. 7) deveriam ter sido grafadas com hífen. b) A palavra “conta salário” (l. 7) deveria ter sido assim grafada: “contassalário”. c) A palavra “conta poupança” (l. 7) deveria ter sido assim grafada: “contapoupança”. d) Assim como “conta salário” (l. 7) e “conta poupança” (l. 7), a palavra “conta-corrente” (l. 9) também deveria ter sido grafadas sem hífen. e) As palavras “acesso” (l. 3) e “acessar” (l. 14) estão incorretamente grafadas: faltou um “s” antes da letra “c”. 3. [Administrador-(NS)-(M)-PMCG-MS/2016-Fapec-MS].(Q.19) Consideradas as normas ortográficas em vigor, a alternativa que NÃO contém erro quanto ao emprego de hífen é: a) lobo guará; pós-operatório; parabrisa; portarretrato; ante-projeto. b) parachoque; microorganismos; auto-regulação; mini-série; socioeconômico. c) para-olimpíadas; campograndense; sócio-educativo; autoorganização; autoescola. d) sem terra; sub-humano; auxílio doença; bombarrelógio; microrregiões. e) campo-grandense; para-raios; paraquedista; semi-inconsciente; sem-terra. 27 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos 3 ACENTUAÇÃO (incluindo conhecimentos sobre as novas normas.) TONICIDADE REGRAS GERAIS Sílaba tônica é aquela pronunciada com mais intensidade. 1ª) Uma característica que a ela se relaciona é o fato de possuir o acento tônico, também chamado de prosódico. Contudo, nunca devemos confundir acento gráfico com acento tônico, pois este, como dito anteriormente, está relacionado à intensidade do som e existe em todas as palavras com mais de duas sílabas, enquanto aquele existirá apenas em algumas palavras, sendo que sua manifestação se dará de acordo com as regras de acentuação. Acentuam-se todas as proparoxítonas. Exs.: Ortográfico, gástrico, íamos, hífenes. 2ª) Acentuam-se as paroxítonas terminadas em: us / ei / um / l / i /r / ão / n / on / x /ps Exs.: us – vírus um – álbum / álbuns ei – (ditongo) - jóquei, história l – amável i(s) – júri / lápis r – repórter ão(ã) – órgão / órfã – átonos = chalé (cha) n – hífen – subtônicos = somente (so) on – próton x – ônix ps – bíceps Quanto à tonicidade (sílaba tônica) os vocábulos podem ser classificados em: – tônicos = músculo (mus) Observação 1: A subtônica só ocorre em palavras derivadas, pois recebe tal classificação a sílaba tônica da palavra primitiva. Obs.: As paroxítonas terminadas em ens não recebem acento. Ex.: chapéu (palavra primitiva) Exs.: hifens, itens, polens, jovens. sílaba tônica Obs.: Ao ser justificado o uso de acento paroxítono, faça-o assim: cha peu zi nho (palavra derivada) Ex.: dicionário – paroxítona terminada em ditongo crescente (io). sílaba tônica sílaba subtônica A sílaba tônica da palavra primitiva tornar-se-á subtônica na derivada 3ª) Exs.: sofá, ananás, café, revés, dominó, retrós, refém, parabéns. Observação 2: A átona será toda sílaba diferente da tônica e da subtônica. 4ª) 1º) Monossílabos Átonos e Tônicos Acentuam-se as oxítonas terminadas em “a(s)”, “e(s)”, “o(s)”, “em” ou “ens”. – Monossílabos Átonos = Não possuem tonicidade própria. Acentuam-se os monossílabos tônicos terminados em “a(s)”, “e(s)”, “o(s)”. Exs. mó, dá, fé, pé, más, pás, pôs. Exs: o (s), a (s), me, lhe, mas, que, aos, etc. REGRAS ESPECIAIS – Monossílabos Tônicos = Possuem tonicidade própria. 5ª) Exs: há, mãs, vê, lê, crê, dá, têm, mim, ti, voz, etc. 2º) Vocábulos com mais de uma sílaba Conforme a posição da sílaba tônica, os vocábulos que possuem mais de duas sílabas dividem-se em: – oxítonos – com a tonicidade na última sílaba. Exs. assembleia, ideia, joia, colmeia, estreia, plateia, apoia, apoio. 6ª) Exs.: ta-tu, ca-fé, so-fá, sa-ci. – paroxítonos – com a tonicidade na penúltima sílaba Perdem o acento os ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba). Perdem o acento o i e o u tônicos nas palavras paroxítonas, quando eles vierem depois de ditongo. Exs. feiura, baiuca, Bocaiuva. Exs.: tem-po, pa-re-de, vo-lú-vel. – proparoxítonos – com a tonicidade na antepenúltima sílaba: Exs.: prá-fi-co, mé-di-co, gi-nás-ti-ca. Atenção: O acento permanece se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final (mesmo quando seguidos de s). Exs.: tuiuiú, tuiuiús, Piauí. 28 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos 7ª) Perdem o acento as palavras terminadas em êem e ôo(s). Obs: * É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma. Exs. abençoo, enjoo, voo, creem, deem, doo, leem, magoo, perdoo. 8ª) Ex.: Qual é a forma da fôrma do bolo? * O circunflexo sai da palavra côa (do verbo Perdem o acento diferencial as duplas: pára/para, péla(s)/pela(s), pólo(s)/polo(s), pêlo(s)/pelo(s), pêra/pera. Exs. coar). 9º) Ele foi ao Polo Norte. Perde o acento o u tônico das formas verbais rizotônicas (com acento na raiz) nos grupos que e qui / gue e gui. Ele para o carro. Exs. ele argui, apazigue, averigue, oblique Ele gosta de jogar polo. Esse gato tem pelos brancos. 10ª) Não se usa mais o trema, exceto em nomes próprios Comi uma pera. estrangeiros ou derivados, como por exemplo: Müller, Atenção: Permanece o acento diferencial: mülleriano, Hübner, hüberiano etc. 1) Nas duplas: Exs. cinquenta, frequente, quinquênio, sequência, tranquilo. - pôde/pode Ex.: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode. 11ª) O til sobrepõe-se às letras “a” e “o” para indicar vogal nasal. Pode figurar em sílaba: - pôr/por - tônica: maçã, cãibra, perdão, barões, põe, etc; Ex.: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim. - pretônica: ramãzeira, balõezinhos, grã-fino, 2) No plural dos verbos ter e vir, assim como das correspondentes formas compostas (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.). Exs.: cristãmente, etc; - átona: órfãs, órgãos, bênçãos, etc. Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros. Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba. Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra. Ele convém aos estudantes. / Eles convêm aos estudantes. QUESTÕES DE PROVAS DA FAPEC-MS 1. [Analista de Comunicação-(NS)-(M)-Câm. Munic. Três Lagoas-MS/2016-Fapec-MS].(Q.11) Assinale a alternativa em que NÃO há erro de grafia nem de acentuação: a) autorregulamentação; treslagoense; sulmatogrossense; portassombrinhas; faróis. b) autorrepresentação; três-lagoense; porta-revistas; infiéis; sul-mato-grossense. c) interregional; microrregião; três-lagoense; micro-organização; co-orientação. d) recém aprovado; benvindo; subregião; bocaiúva; reconstruí-la. e) seguí-lo; encontrá-lo; anti-herói; anti-inflamatório; sul-matogrossense. 2. [Fiscal Tributos-(NS)-(M)-Pref. Munic. Naviraí-MS/2016-Fapec-MS].(Q.1) Com base nas normas ortográficas em vigor, assinale a alternativa correta: a) sub-região; sul-rio-grandense; porta-sementes; para-lama, anzóis. b) tuiuiu; bocaiuva; para-médico; portassementes; papelmoeda. c) papel-moeda; boia-fria; sub-aquático; pré-existente; co-herdeiro. d) bem vindo; tuiuiú; Bata-guassu; semi-finais; mini-série. e) sub-região; sul-riograndense; parachoque; anzois; para-quedismo. 29 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos 3. [Agente Fiscal de Tributos-(NS)-(M)-Pref. Munic. Camapuã-MS/2016-Fapec-MS].(Q.10) Assinale a alternativa em que as palavras estão corretamente grafadas: a) sulmatogrossense; portarrevistas; macrorregiões; crueis. b) anéis; sul-matogrossense; portassementes; portavoz. c) papéis; sul-mato-grossense; porta-sementes; pan-americano. d) infieis; sul-matogrossense; portarrevistas; panamericano. e) feiúra; macroorganizações; boia-fria; assembleia. 4. [Farmacêutico-Bioquímico-(NS)-(M)-(T)-Pref. Munic. Aquidauana-MS/2016-Fapec-MS].(Q.12) Assinale a alternativa em que a palavras estão corretamente grafadas e acentuadas: a) Como estava adoentada, ela não pode vir devolver a assadeira que costumo usar. Então, vou por o pudim em uma fôrma quadrada mesmo. Enquanto isso, enxágue essa louça para mim, por favor! b) Como estava adoentada, ela não pôde vir devolver a assadeira que costumo usar. Então, vou pôr o pudim em uma fôrma quadrada mesmo. Enquanto isso, enxague essa louça para mim, por favor! c) Trabalhando como bóia-fria no corte de cana de açúcar ao longo de quase quarenta anos, o máximo que conseguiu foi uma aposentadoria por invalidês. Mesmo assim, esbanja uma alta dose de auto-estima, o que me leva a considera-lo um herói. d) Trabalhando como boia-fria no corte de cana-de-açúcar ao longo de quase quarenta anos, o máximo que conseguiu foi uma aposentadoria por invalidês. Mesmo assim, esbanja uma alta dose de autoestima, o que me leva a considerá-lo um heroi. e) Trabalhando como boiafria no corte de cana-de-açúcar ao longo de quase quarenta anos, o máximo que conseguiu foi uma aposentadoria por invalidez. Mesmo assim, esbanja uma alta dose de autoestima, o que me leva a considerá-lo um heroi. 5. [Administrador-(NS)-(M)-PMCG-MS/2016-Fapec-MS].(Q.14) Consideradas as normas ortográficas em vigor, está correta a alternativa: a) plateia; infieis; joia; heroi; coriano. b) açoriano; papéis; anzóis; fôrma; acriano. c) fôrma; feiura; paranoia; anzois; acreano. d) apneia; revêem; reus; acreano; taubateano. e) tramoia; coreanos; trofeu; constroi; baiúca. 6. [Agente Fiscal de Meio Ambiente-(Direito)-(NS)-(T)-PMCG-MS/2016-Fapec-MS].(Q.13) A alternativa em que NÃO há erro de acentuação é: a) econômia; piramboia; escarceu; tuiuiu. b) tuiuiú; jataí; aqui; ítens; nêutron. c) tuiuiu; bocaiuva; ali; açaí; nêutrons. d) piramboia; cauboi; enjoo; tuiuiú; econômia. e) caúna; bocaiuva; tuiuiú; caubói; jiboia. 7. [Farmacêutico-(NS)-(M)-Pref. Munic. Amambai-MS/2015-Fapec-MS].(Q.5) Consideradas as novas normas de acentuação e uso de hífen previstas pelo Acordo Ortográfico, a alternativa que não contém erros é: a) parabrisa; interrelacionados; coerdeiro; crêem; boiafria; cana de açúcar. b) matéria-prima; auto-escola; microorganismos; cor-de-rosa; leem; saúde. c) matéria-prima; sócio-gerente; sócio-econômico; para-quedas; cor de rosa; heroico. d) mão-de-obra; sociogerente; socioeconômico; feiúra; portachapéus; veem. e) porta-algodão; para-brisa; mão de obra; sócio-gerente; socioeconômico; feiura. 30 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos 4 EMPREGO DE PARÔNIMOS, HOMÔNIMOS E FORMAS VARIANTES HOMÔNIMOS SEMÂNTICA São vocábulos que possuem o mesmo grafia, mas com sentidos diferentes. É a parte da linguística que estuda a significação. “A palavra e o seu sentido: a polissemia” som e/ou a mesma Eles se dividem em: Uma palavra pode apresentar mais de um significado (como nos indicam os dicionários) de tal modo que somente o contexto (a frase, o texto) determina o seu sentido. Homográficos: mesma grafia. Sede: /é/ (lugar) Veja: Sede: /ê/ (vontade de beber) Aquela ave está perdendo as penas. (plumas) Almoço: /ó/ (substantivo – refeição) Almoço: /ô/ (1ª pessoa do presente do indicativo do verbo almoçar) Quebrei a pena de sua caneta. (lâmina da caneta) A RELAÇÃO SEMÂNTICA ENTRE AS PALAVRAS Homofônicos: mesmo som. Buxo (arbusto) Bucho (estômago) SINONÍMIA Caçar (perseguir – geralmente animais) Palavras que apresentam sentido parecido e podem ser trocadas umas pelas outras. Cassar (Tornar nulo ou sem efeito; invalidar) Quando homofônicos e homográficos ao mesmo tempo, os homônimos são denominados homônimos perfeitos: Exs.: A fantasia foi feita com penas. A fantasia foi feita com plumas. São: santo Obs.: Lembre-se de que não há sinônimos perfeitos. Cada palavra possui em si uma significação mais ampla ou mais restrita. São: sadio Manga (fruta) Exs.: bicho – inseto Manga (parte da roupa) oculista – oftalmologista PARÔNIMOS belo – bonito São vocábulos que possuem com sentidos diferentes. ANTONÍMIA Palavras que apresentam oposição de sentido som ou grafia parecidos, mas Flagrante (no ato; no exato momento em que algo acontece) Ex.: bonito – feio Fragrante (que tem cheiro) Podem ser representados por: Iminente (prestes a acontecer) a) Radicais diferentes. Eminente (excelente) Ex.: antigo - novo SIGNIFICANTE E SIGNIFICADO b) Por prefixo. Ex.: infeliz - feliz “Saussure pensa que o signo lingüístico resulta da união de um conceito com uma imagem acústica... sendo este o significante e aquele o significado.” POLISSEMIA A partir de um significante, podem-se criar várias possibilidades de sentido – um paradigma semântico. Tal fato é próprio da língua, por isso não é um fenômeno restrito a um pequeno grupo de palavras. Ex.: Embarcação: veleiro; canoa; iate; jangada. Assistir: ver; ter direito; caber; morar. (Adaptado de Edward Lopes) Então, pode-se definir assim: Significante: parte física, visual. Significado: definição ou conceito. A associação dos dois cria o vocábulo ou signo lingüístico. 31 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos PALAVRAS E SEUS EFEITOS DE SENTIDO 1– Ao encontro de: para junto de; favorável a. De encontro a: contra; em prejuízo de. Denotação: Sentido próprio da palavra. Significação básica de uma palavra, levando em consideração a informação que ela traz, sua referência. Ex.: amásio / amante 2– Ao invés de: ao contrário de. Em vez de: em lugar de. A par: informado, ao corrente, ciente. Ao par: de acordo com a convenção legal. Conotação: Sentido figurado da palavra. Significação de uma palavra, considerando o seu sentido subjetivo, circunstancial. Ex.: irresponsável e desmiolado (uso popular) Aparte: interrupção, comentário à margem. À parte: em separado, isoladamente, de lado. Apreçar: avaliar, pôr preço. Apressar: dar pressa a, acelerar. Observação: Normalmente construído no contexto. Área: superfície delimitada, região. 3 – Hiperonímia e Hiponímia: Ária: canto, melodia. A palavra ou a expressão de sentido mais amplo se chama HIPERONÍMIA e a de sentido mais restrito, HIPONÍMIA. Aresto: acórdão, caso jurídico julgado. Ex.: GRAMÁTICA (HIPERONÍMIA): Fonética, Morfologia, Sintaxe, Semântica e Estilística (todos são HIPONÍMIAS) Arrochar: apertar com arrocho, apertar muito. Arresto: apreensão judicial, embargo. Arroxar ou arroxear roxear: tornar roxo. LISTA DOS PRINCIPAIS PARÔNIMOS E HOMÔNIMOS: Ás: exímio em sua atividade; carta do baralho. Absolver: inocentar, relevar da culpa imputada. Absorver: embeber em si, esgotar. Az (pouco usado): esquadrão, ala do exército. Atuar: agir, pôr em ação; pressionar. Acender: atear (fogo), inflamar. Ascender: subir, elevar-se. Autuar: lavrar um auto; processar. Acento: sinal gráfico. Assento: banco, cadeira. Auferir: obter, receber. Acerca de: sobre, a respeito de. A cerca de: a uma distância aproximada de. Há cerca de: faz aproximadamente (tanto tempo). Augurar: prognosticar, prever, auspiciar. Aferir: avaliar, cotejar, medir, conferir. Agourar: pressagiar, predizer (geralmente no mau sentido). Avocar: atribuir-se, chamar. Acidente: acontecimento casual; desastre. Evocar: lembrar, invocar. Incidente: episódio; que incide, que ocorre. Invocar: pedir (a ajuda de); chamar; proferir. Adotar: escolher, preferir; assumir; pôr em prática. Dotar: dar em doação, beneficiar. Caçar: perseguir, procurar, apanhar (geralmente animais). Afim: que apresenta afinidade, semelhança, relação (de parentesco). Carear: atrair, ganhar, granjear. A fim de: para, com a finalidade de, com o fito de. Cassar: tornar nulo ou sem efeito, suspender, invalidar. Cariar: criar cárie. Carrear: conduzir em carro, carregar. Alto: de grande extensão vertical; elevado, grande. Auto: ato público, registro escrito de um ato, peça processual. Censo: alistamento, recenseamento, contagem. Senso: entendimento, juízo, tino. Aleatório: casual, fortuito, acidental. Alheatório: que alheia, alienante, que desvia ou perturba. Cerrar: fechar, encerrar, unir, juntar. Amoral: desprovido de moral, sem senso de moral. Serrar: cortar com serra, separar, dividir. Imoral: contrário à moral, aos bons costumes, devasso, indecente. Cessão: ato de ceder. Ante preposição: diante de, perante. Cessão: espaço de tempo que dura uma reunião, um congresso; reunião; espaço de tempo durante o qual se realiza uma tarefa. Ante- prefixo: expressa anterioridade. Anti- prefixo: expressa contrariedade; contra. Seção: setor, subdivisão de um todo, repartição, divisão. 32 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos Cheque: ordem de pagamento à vista. Xeque: dirigente árabe; lance de xadrez; (fig.) perigo (p r em xeque). Despercebido: que não se notou, para o que não se atentou. Desapercebido: desprevenido, desacautelado. Cível: relativo à jurisdição dos tribunais civis. Dessecar: secar bem, enxugar, tornar seco. Civil: relativo ao cidadão; cortês, polido (daí civilidade); não militar, nem eclesiástico. Dissecar: analisar minuciosamente, dividir anatomicamente. Destratar: insultar, maltratar com palavras. Colidir: trombar, chocar; contrariar. Distratar: desfazer um trato, anular. Coligir: colecionar, reunir, juntar. Comprimento: medida, tamanho, extensão, altura. Cumprimento: ato de cumprir, execução completa; saudação. Concelho: circunscrição administrativa ou município (em Portugal). Conselho: aviso, parecer, órgão colegiado. Distensão: ato ou efeito de distender, torção violenta dos ligamentos de uma articulação. Distinção: elegância, nobreza, boa educação. Dissensão: desavença, diferença de opiniões ou interesses. Elidir: suprimir, eliminar. Ilidir: contestar, refutar, desmentir. Concerto: acerto, combinação, composição, harmonização. Conserto: reparo, remendo, restauração. Emenda: correção de falta ou defeito, regeneração, remendo. Conjectura: suspeita, hipótese, opinião. Ementa: apontamento, súmula de decisão judicial ou do objeto de uma lei. Conjuntura: acontecimento, situação, ocasião, circunstância. Contravenção: estabelecidas. transgressão ou infração a normas Emergir: vir à tona, manifestar-se. Imergir: mergulhar, afundar (submergir), entrar. Contraversão: versão contrária, inversão. Emigrar: deixar o país para residir em outro. Coser: costurar, ligar, unir. Imigrar: entrar em país estrangeiro para nele viver. Cozer: cozinhar, preparar. Eminente (eminência): alto, elevado, sublime. Costear: navegar junto à costa, contornar. Iminente (iminência): que está prestes a acontecer, pendente, próximo. Custear: pagar o custo de, prover, subsidiar Custar: valer, necessitar, ser penoso. Emitir (emissão): produzir, expedir, publicar. Deferir: consentir, atender, despachar favoravelmente, conceder Diferir: ser diferente, discordar; adiar, retardar, dilatar. Imitir (imissão): fazer entrar, introduzir, investir. Empoçar: reter em poço ou poça, formar poça. Empossar: dar posse a, tomar posse, apoderar-se. Degradar: deteriorar, desgastar, diminuir, rebaixar. Encrostar: criar crosta. Degredar: impor pena de degredo, desterrar, banir. Incrustar: cobrir de crosta, adornar, revestir, prender-se, arraigar-se. Delatar delação: denunciar, revelar crime ou delito, acusar. Dilatar dilação: alargar, estender; adiar, diferir. Entender: compreender, perceber, deduzir. Intender (pouco usado): exercer vigilância, superintender. Derrogar: revogar parcialmente (uma lei), anular. Derrocar: destruir, arrasar, desmoronar. Enumerar: numerar, enunciar, narrar, arrolar. Inúmero: inumerável, sem conta, sem número. Descrição: ato de descrever, representação, definição. Discrição: discernimento, reserva, prudência, recato. Espectador: aquele que assiste a qualquer ato ou espetáculo, testemunha. Descriminar: absolver de crime, tirar a culpa de. Expectador: que tem expectativa, que espera. Discriminar: diferençar, separar, discernir. Despensa: local em que se guardam mantimentos, depósito de provisões. Dispensa: licença ou permissão para deixar de fazer algo a que se estava obrigado; demissão. Esperto: inteligente, vivo, ativo. Experto: perito, especialista. Espiar: espreitar, observar secretamente, olhar. Expiar: cumprir pena, pagar, purgar. 33 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos Estada: ato de estar, permanência de pessoas. Estadia: prazo para carga e descarga de navio ancorado em porto, ou de qualquer veículo. Estância: lugar onde se está, morada, recinto. Mandatário: aquele que recebe um mandato, executor de mandato, representante, procurador. Mandatório: obrigatório. Obcecação: ato ou efeito de obcecar, teimosia, cegueira. Instância: solicitação, pedido, rogo; foro, jurisdição, juízo. Obsessão: impertinência, perseguição, ideia fixa. Estrato: cada camada das rochas estratificadas. Extrato: coisa que se extraiu de outra; pagamento, resumo, cópia; perfume. Paço: palácio real ou imperial; a corte. Passo: ato de avançar ou recuar um pé para andar; caminho, etapa. Flagrante: ardente, acalorado; diz-se do ato que a pessoa é surpreendida a praticar (flagrante delito). Pleito: questão em juízo, demanda, litígio, discussão. Fragrante: que tem fragrância ou perfume; cheiroso. Preito: sujeição, respeito, homenagem. Florescente: que floresce, próspero, viçoso. Preceder: ir ou estar adiante de, anteceder, adiantar-se. Fluorescente: que tem a propriedade da fluorescência. Proceder: originar-se, derivar, provir; levar a efeito, executar. Folhar: produzir folhas, ornar com folhagem, revestir lâminas. Preeminente: que ocupa lugar elevado, nobre, distinto. Folhear: percorrer as folhas de um livro, compulsar, consultar. Proeminente: alto, saliente, que se alteia acima do que o circunda. Incerto: não certo, indeterminado, duvidoso, variável. Inserto: introduzido, incluído, inserido. Preposição: ato de prepor, preferência; palavra invariável que liga constituintes da frase. Incipiente: iniciante, principiante. Proposição: ato de propor, proposta; máxima, sentença; afirmativa, asserção. Insipiente: ignorante, insensato. Incontinente: imoderado, que não se contém, descontrolado. Incontinenti: imediatamente, sem demora, logo, sem interrupção. Presar: capturar, agarrar, apresar. Induzir: causar, sugerir, aconselhar, levar a. Prescrever: fixar limites, ordenar de modo explícito, determinar; ficar sem efeito, anular-se. Aduzir: expor, apresentar. Inflação: ato ou efeito de inflar; emissão exagerada de moeda, aumento persistente de preços. Infração: ato ou efeito de infringir ou violar uma norma. Prezar: respeitar, estimar muito, acatar. Proscrever: abolir, extinguir, proibir, terminar; desterrar. Prever: ver antecipadamente, profetizar; calcular Prover: providenciar, dotar, abastecer, nomear para cargo. Provir: originar-se, proceder; resultar. Infligir: cominar, aplicar (pena, castigo, repreensão, derrota). Infringir: transgredir, violar, desrespeitar (lei, regulamento etc.). Prolatar: proferir sentença, promulgar. Inquerir: apertar (a carga de animais), encilhar. Protelar: adiar, prorrogar. Inquirir: procurar informações sobre, indagar, investigar, interrogar. Ratificar: validar, confirmar, comprovar. Intercessão: ato de interceder. Intersecção: ação de se(c)cionar, cortar; ponto em que se encontram duas linhas ou superfícies. Inter- prefixo: entre; preposição latina usada em locuções: inter alia (entre outros), inter pares (entre iguais). Retificar: corrigir, emendar, alterar. Recrear: proporcionar recreio, divertir, alegrar. Recriar: criar de novo. Reincidir: tornar a incidir, recair, repetir. Rescindir: dissolver, invalidar, romper, desfazer. Remição: ato de remir, resgate, quitação. Intra- prefixo : interior, dentro de. Mandado: garantia constitucional para proteger direito individual líquido e certo; ato de mandar; ordem escrita expedida por autoridade judicial ou administrativa. Mandato: autorização que alguém confere a outrem para praticar atos em seu nome; procuração; delegação. Mandante: que manda; aquele que outorga um mandato. Remissão: ato de remitir, intermissão, intervalo; perdão, expiação. Repressão: ato de reprimir, contenção, impedimento, proibição. Repreensão: ato de repreender, enérgica admoestação, censura, advertência. 34 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos Ruço: grisalho, desbotado. Bálcãs ou Balcãs Russo: referente à Rússia, nascido naquele país; língua falada na Rússia. biópsia ou biopsia Sanção: confirmação, aprovação; pena imposta pela lei ou por contrato para punir sua infração. boêmia ou boemia Sansão: nome de personagem bíblico; certo tipo de guindaste. Dário ou Dario biótipo ou biotipo crisântemo ou crisantemo dúplex ou duplex Sedento: que tem sede; sequioso. Gândavo ou Gandavo Cedente: que cede, que dá. geodésia ou geodesia Sobrescritar: endereçar, destinar, dirigir. hieróglifo ou hieroglifo Subscritar: assinar, subscrever. homília ou homilia Madagáscar ou Madagascar Sortir: variar, combinar, misturar. necrópsia ou necropsia Surtir: causar, originar, produzir (efeito). nefelíbata ou nefelibata Subentender: perceber o que não estava claramente exposto; supor. Oceânia ou Oceania Subintender: exercer função de subintendente, dirigir. projétil ou projetil Subtender: estender por baixo. réptil ou reptil Sustar: interromper, suspender; parar. sóror ou soror ortoépia ou ortoepia Suster: sustentar, manter; fazer parar, deter. tríplex ou triplex Tacha: pequeno prego; mancha, defeito, pecha. zângão ou zangão xérox ou xerox Taxa: espécie de tributo, tarifa. FORMA E GRAFIA DE ALGUMAS PALAVRAS E EXPRESSÕES Tachar: censurar, qualificar, apelidar. Taxar: fixar a taxa de; regular, regrar. A produção textual e o reconhecimento da correção gramatical pressupõem o conhecimento de toda gramática normativa. Abaixo há uma lista de termos e expressões que podem causar dúvidas. Entretanto, os conhecimentos adicionais da gramática – principalmente acerca de concordância, regência e crase – são imperiosos. Tapar: fechar, cobrir, abafar. Tampar: pôr tampa em. Tenção: intenção, plano. Tensão: estado de tenso, rigidez; diferencial elétrico. Tráfego: trânsito de veículos, percurso, transporte. Tráfico: negócio ilícito, comércio, negociação. Trás: atrás, detrás, em seguida, após (cf. em locuções: de trás por trás). Traz: 3º pessoa do singular do presente do indicativo do verbo trazer. A indecisão ou engano na hora de escrever ocorre porque ao falar, praticamente não há diferença na pronúncia, contudo na escrita existe distinção. 1 - Por que / por quê / porque / porquê 1.1 - Por que - em início de frase interrogativa e quando puder ser trocado por “pelo qual”. Vestiário: guarda-roupa; local em que se trocam roupas. Ex1: Por que você chegou tarde ? Vestuário: as roupas que se vestem, traje. Ex2: Este é o caminho por que percorri. Vultoso: de grande vulto, volumoso. 1.2 - Por quê - fim de frase interrogativa. Vultuoso: atacado de vultuosidade (congestão da face). Ex.: Você não veio, por quê ? FORMAS VARIANTES 1.3 - Porque - é conjunção e é utilizado nas respostas às perguntas. Algumas palavras podem ter pronúncia variável. Veja: Ex.: Tirou boa nota porque estudou. acróbata ou acrobata 1.4 - Porquê - é palavra substantivada e pode ser ájax ou ajax trocado por “o motivo pelo qual”. alópata ou alopata Ex.: Não sei o porquê da sua dúvida. ambrósia ou ambrosia Obs.: Vem acompanhado por especificador. autópsia ou autopsia 35 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos 2 - Mas / mais / más 2. Interjeição, ou seja, quando designa espanto ou exprime sentimento. Sempre acentuado e seguido de ponto de exclamação: 2.1 - Mas - conjunção adversativa, equivale a porém, contudo, entretanto, no entanto, todavia. Ex1: Quê! Conseguiu chegar a tempo? Ex.: Ele estudou muito, mas tirou péssima nota. O "mas", por ser uma conjunção adversativa, é usado para dar ideia de oposição entre duas orações, exprime também restrição ou causa de uma ação. Ex.: O aluno estudou, mas não passou no vestibular. 2.2 - Mais - Pronome ou advérbio de intensidade, Ex2: Quê! Você por aqui? Observação: Como interjeição, usa-se também a variante o quê Ex.: O quê! Ela fez isso?! 3. O encontramos em final de frase, imediatamente antes de um ponto (final, de interrogação ou exclamação) ou de reticências: opõe-se a menos, tem relação com quantidade, aumento, grandeza, superioridade ou comparação. Ex1: Afinal veio aqui fazer o quê? Ex.: Ele leu mais livros que eu. Ex2: Você precisa de quê? 2.3 - Más - Plural do adjetivo "má". É oposto a boas. Ex3: Estamos rindo sem ter de quê. Ele é bom. 4. Ela é boa. Na expressão: sem quê nem para quê: Ex.: Ele, sem quê nem para quê se irritou com todos. Ele é mau. Ela é má. 5.2 - Quê - NÃO será acentuado, quando for: Eles são bons. Elas são boas. 1. Eles são maus. Pronome substantivo indefinido ou interrogativo, Elas são más. ou seja, quando equivale a que coisa. Substitui um substantivo: Ex.: Não eram más ideias (eram boas ideias). Ex1: Que (que coisa) aconteceu com ele? Ex2: Que (que coisa) aconteceu? 3 - Mau / mal 2. 3.1 - Mau - é antônimo de bom. o substantivo: Ex.: Ele é um mau menino. Ex1: Que escola frequenta? 3.2 - Mal - é antônimo de bem ou sinônimo de quando. Ex2: Que horas são? Ex. 1: Não estou mal. (bem). Ex3: Que ideia maluca! Ex. 2: Mal saí, ela chegou. (quando) 3. 4 - Onde / aonde Advérbio, ou seja, quando equivale a [quão]. Liga-se a um adjetivo ou advérbio: 4.1 - Onde - significa no lugar. Ex1: Os vestidos! Que benfeitos Ex.: Esta é a cidade onde ela nasceu. Ex2: Que longe é o sítio! 4.2 - Aonde - significa ao lugar. Só pode ser usado com verbos cuja regência pede a preposição “a”(ir, chegar, dirigir-se, levar…) Ex3: Que bom vê-la novamente! 4. Preposição, ou seja, quando equivale a [de], ou quando liga dois verbos de uma locução verbal cujo auxiliar é ter: Ex.: Esta é a praia aonde fomos no sábado passado. Ex1: Primeiro que (de) tudo é preciso verificar a gasolina. 5 - Que / quê 5.1 - Que - será acentuado, quando for: 1. Pronome adjetivo, ou seja, quando acompanha Ex2: Tenho que (de) chegar cedo ao escritório. Substantivo, ou seja, quando tiver o sentido de alguma coisa, qualquer coisa, certa coisa. Geralmente é precedido de um artigo ou numeral: Ex1: Sinto um quê de insatisfação. Ex 2: Encontrei onze quês numa só frase. 5. Partícula de Realce (expletiva), neste caso, é usada somente para dar realce. Pode ser retirado da frase, sem que provoque alterações de sentido ou de função dos elementos da oração: Ex.: Quase que não vou trabalhar hoje. // Quase não vou trabalhar hoje. Ex 3: Há um quê inexplicável em sua atitude. 36 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos 6. Conjunção Coordenativa, ou seja, quando liga plural. Poderá ser utilizado tanto numa linguagem formal como numa linguagem informal. Você deve utilizá-lo quando referir-se a pessoa,já que exerce a função de sujeito ou predicativo do sujeito. Usa-se nós quando tem duas ou mais pessoas e você está entre elas. orações sintaticamente independentes. Equivale a [e], nas aditivas; [mas, portanto], nas adversativas; [porque, portanto], nas explicativas; ou... ou, nas alternativas: Ex1: As árvores balançam que (e) balançam. Ex1: Nós vamos à praia depois do almoço. Ex2: Culpe-os, que (mas, porém) não a mim. Ex3: Volte lzogo, que (porque) está começando a chover. Ex2: Quem caiu fomos nós. 8.2 - formada pela união de em+os = nos. Usa-se nos para se referir a alguma coisa no plural. Ex4: Que chova, que faça sol, irei à praia. Nos é uma preposição/locução prepositiva Como Pronome Relativo e Conjunção Subordinada, a palavra [que] também não é acentuada. Deixo de mostrá-los aqui, devido ao grande número de casos. Mesmo porque, fora os casos iniciais a palavra [que] não é acentuada. Ex.: Nos casos em que há suspeita de gripe, é melhor procurar o médico. 9 - Agente / a gente 9.1 - Agente tem sua origem na palavra em latim Ex1: A doutora Luiza é bastante competente. agens e se refere ao sujeito da ação, ou seja, à pessoa que atua, opera, faz. É um adjetivo e um substantivo de dois gêneros porque apresenta sempre a mesma forma, quer no gênero feminino, quer no gênero masculino (o agente/a agente). Ex2: Nem todos sabem que a Eneida foi escrita por Virgílio. Ex1: Aquele agente da polícia conseguiu prender o ladrão. 6.2 - Há tem valor de existir ou indica tempo transcorrido. Ex2: O agente da passiva equivale ao sujeito da voz ativa. 6 - Há / a / à 6.1 - a artigo definido Ex1: Estou aqui há dez anos. Ex3: A agente secreta está em missão num país estrangeiro. Ex2:Há vinte anos eu a vi. 6.3 - à é a junção de “a” preposição com “a” artigo. 9.2 - Ex.: Estou à espera da minha fonte de inspiração. 7 - Demais / de mais 7.1 - Demais pode ser um advérbio de intensidade com o sentido de "excessivamente", "demasiadamente". Ex.: O João dorme demais. 7.2 - De mais significa a mais. É uma locução adverbial que exprime "quantidade". Opõe-se a "de menos". Ex.: O café tem açúcar de mais para o meu gosto. 8 - Nós / nos 8.1 - Nós é o pronome pessoal reto da primeira pessoa A gente é uma locução pronominal formada pelo artigo definido feminino a e pelo substantivo gente, que se refere a um conjunto de pessoas, à população, humanidade, povo. A expressão a gente é semanticamente equivalente ao pronome pessoal reto nós e gramaticalmente equivalente ao pronome pessoal reto ela, devendo assim o verbo ser conjugado na terceira pessoa do singular. Exprime um sujeito indeterminado, ou seja, as pessoas que falam (nós) ou as pessoas em geral (todos). Esta expressão deverá ser utilizada apenas numa linguagem informal. Ex.: A gente vai à praia depois do almoço. Ex2: Ontem, a gente falou com ele, mas ele continuava triste com a situação. Ex3: Toda a gente sabe que um dia tem vinte e quatro horas. do plural. Indica que o sujeito da ação é a pessoa que fala associada a pelo menos mais uma pessoa. Deverá ser utilizado com o verbo conjugado, também, na primeira pessoa do 37 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos QUESTÕES DE PROVAS DA FAPEC-MS 1. [Analista de Comunicação-(NS)-(M)-Câm. Munic. Três Lagoas-MS/2016-Fapec-MS].(Q.9) O uso de parônimos, homônimos ou formas variantes está coreto na alternativa: a) Se, para auferir o grau de maturidade social de uma nação, em geral são usados índices que medem a violência e a criminalidade, aonde fica o Brasil? Poderíamos taxá-lo de sem conserto? b) Ainda não descobri aonde você pretende chegar com esses questionamentos, mas posso inferir por que um tom cínico acompanha sua argumentação: você quer pôr em xeque meu autocontrole. c) Ainda não descobri onde você pretende chegar com esses questionamentos, mas posso aferir porque um tom cínico acompanha sua argumentação: você quer pôr em cheque meu autocontrole. d) Ainda não descobri onde você pretende chegar com esses questionamentos, mas posso auferir porquê um tom irônico acompanha sua argumentação: você quer por em xeque meu autocontrole. e) Para eu, “adivinhar” porque você não assinou a lista de presença é muito fácil: não quer comprometer-se com as decisões que vão ser tomadas na seção de hoje. 2. [Enfermeiro-(Equipe ESF)-(NS)-(M)-Pref. Munic. Rio Brilhante-MS/2016-Fapec-MS].(Q.10) O uso de homônimos e/ou parônimos está correto na alternativa: a) Mesmo constatando a completa ignorância do candidato sobre o tema, o entrevistador preferiu não taxá-lo de incipiente. b) Mesmo constatando a completa ignorância do candidato sobre o tema, o entrevistador preferiu não tachá-lo de insipiente. c) Mesmo constatando a completa ignorância do candidato sobre o tema, o entrevistador preferiu não tachá-lo de incipiente. d) O presidente explicou que, para além da competência e da descrição, a principal característica de uma comissão examinadora é a imparcialidade. Assim, não pode haver interseção dos membros em favor deste ou daquele candidato. e) Qualquer tentativa de intercessão de membro de banca em favor de um candidato pode por em cheque os princípios da discrição e da imparcialidade. 38 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos 5 EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS. EMPREGO DE TEMPOS E MODOS VERBAIS. SUBSTANTIVO 2. Substantivos Uniformes São os que apresentam uma única forma para o masculino e para o feminino e, além disso, subdividemse em epiceno, sobrecomum e comum de dois. Substantivo: nomeia seres e é, normalmente, especificado por outra palavra. Exemplo: ... “o instante” subs. especificado por “o” artigo Epiceno: são designativos de animais e, para determinar gênero, faz uso dos adjetivos macho e fêmea. Classificação dos Substantivos: 1. Concreto: denominam seres propriamente ditos com existência própria (reais ou imaginários). Exs: a onça macho / a onça fêmea Exs.: fada – casa – aluno – saci – bruxa – Deus... 2. Sobrecomuns: um só gênero. Abstrato: (ações – sentimentos – sensações – qualidades – defeitos – estados). Exs: Exs.: atitude – amor – frio – beleza – avareza – morte. 3. 4. 5. cificador. Próprio: particularizam seres de uma determinada espécie. Exs.: Exs.: Maria – Joana – São Paulo – Suécia... estudante / a estudante. Simples: é aquele formado de apenas um radical. Composto: é aquele formado com mais de um radical. Exs.: Aluno, mãe, pé-de-moleque (singular) Alunos, mães, pés-de-moleque plural) Primitivo: é aquele que dá origem a outras palavras. 1. Plural das palavras simples a) Terminadas em -r ou -z recebem -es Derivado: é aquele que se origina de outra palavra. Exs.: -pedreira, pedrada, pedregulho (derivado de pedra) -terreno, terreiro, terráqueo (derivado de terra) 9. o artista/ a artista; o dentista / a dentista; o II Número – no português, os substantivos podem ser singulares ou plurais. Exs.: ferro, pedra, terra... 8. Aqui a diferença é atribuída à variação do espe- Exs.: aluno, professor, mesa, apostila... Exs.: banana-maçã, couve-flor, girassol, planalto... 7. a criança, o cônjuge, o eclipse, a cal Comum de dois: dois gêneros. Comum: indicam de forma genérica os seres de uma determinada espécie. Exs.: flor, maçã, couve, banana... 6. o jacaré macho / o jacaré fêmea Coletivos: substantivos comuns no singular que designam conjuntos de seres da mesma espécie. Exs.: bando (aves – crianças, etc) – rebanho (bois – ovelhas, etc) – banca (examinadores) – banda (músicos) – constelação (estrelas) – caravana (peregrinos, estudantes, etc) – cardume (peixes). Flexão dos Substantivos O substantivo flexiona-se em gênero, número e grau. (Flexão Exs.: mares, vezes, cruzes, lares b) Terminadas em -s, se oxítonas, recebem - es. Caso contrário, são invariáveis. Exs.: o lápis - os lápis (paroxítona) o ônibus - os ônibus (proparoxítona ) c) Terminadas em -l e antecedido por a, e, o, u, troca-se o -l por -is. Exs.: Nominal) I Gênero – no português, os substantivos, podem ser masculinos ou femininos. Por isso, eles podem ser classificados como uniforme ou biforme. 1. ananás - ananases (oxítona) animal - animais; anel - anéis; farol faróis; paul - pauis Obs.: Se a palavra terminar em - il, haverá duas regras: 1ª ) Se oxítona , troca-se l por - s. Ex.: barril - barris Substantivos Biformes São os que apresentam duas formas: uma para o masculino e outra para o feminino. Exs.: médico / médica senhor / senhora pai / mãe - 2ª ) Se não-oxítonas, troca-se o il por -eis. Ex.: fóssil – fósseis d) Terminadas em -x , são invariáveis. Ex.: o tórax/ os tórax genro / nora 39 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos 2. ADJETIVO Plural das palavras compostas a) Variam todos os elementos Adjetivo: É a palavra que caracteriza o substantivo. Substantivo + substantivo. Exs.: cirurgiões-dentistas, tenentes-coronéis, cartas-bilhetes, sofás-camas... Substantivo + adjetivo. Exs.: O adjetivo, ao caracterizar o substantivo, pode indicar: QUALIDADE (delicado, estúpido), ESTADO (confuso, calmo), LUGAR DE ORIGEM (brasileiro, carioca). Exemplo: amores-perfeitos, guardas-civis, águas- Indicam um estado do “eu”, palavra substantiva. marinhas... Adjetivo + substantivo. Exs.: Classificação dos Adjetivos: boas-vidas, belas-artes... 1. Numeral + substantivo. Exs.: terças-feiras; primeiros-ministros... 2. 3. 4. determina) navios-escola, peixes-espada... 5. beija-flores, guarda-roupas, toca-discos... 6. Advérbio + adjetivo. sempre-vivas, alto-falantes... 7. além-mares, vice-diretores... Onomatopeia. Obs.: os compostos formados por verbos Pátrios (ou Gentílico): indica nacionalidade, origem ou procedência do ser. Exs.: Acre / acreano; Costa Rica / costarriquenho; Mato Grosso do Sul / sul-mato-grossense, matogrossense-do-sul. bem-te-vis, reco-recos, tico-ticos.. repetidos têm dois plurais: Ex.: Restritivo: atribui uma característica particular ao ser ou à coisa a que se refere. Exs.: leite gelado, chão avermelhado, moço bonito, homem sincero, mulher fiel, moto veloz... Prefixo + substantivo. Exs.: Explicativo: acrescenta uma característica inerente a todos os seres ou coisas da mesma espécie. Exs.: leite branco, animal irracional, homem mortal; água mole, pedra dura... Verbo + substantivo. Exs.: Derivado: é aquele que deriva de outra palavra (geralmente de substantivos ou verbos). Exs.: preguiçosa (subst. preguiça), amargurado (verbo amargurar)... c) Varia só o último elemento Exs.: Primitivo: é aquele que não deriva de outra palavra. Exs:. pequeno, doce... pés-de-moleque, mulas-sem-cabeça... Substantivo + substantivo qualificador (que Exs.: Composto: é aquele formado por mais de um radical. Exs.:castanho-claro, luso-brasileiro... Substantivo + preposição + substantivo Exs.: Simples: é aquele formado de apenas um radical. Exs.: escuro, brasileiro... b) Varia só o primeiro elemento Exs.: “Não sou alegre nem triste...”. 8 corre-corres e corres-corres. d) São invariáveis Locução Adjetiva: Para caracterizar o substantivo, em lugar de um adjetivo pode aparecer uma locução adjetiva, ou seja, uma expressão formada por mais de uma palavra e com valor de adjetivo. Exs.: touca de bolinhas, sapatos sem meias, ave da noite (noturna), amor de pai (paterno)... Verbo + advérbio. Exs.: os ganha-pouco, os bota-fora. Flexão dos Adjetivos: Verbos antônimos. O adjetivo flexiona-se em gênero, número e grau. (Flexão Exs.: os leva-e-traz, os sobe-desce... Nominal) Frases substantivadas. 1. Exs.: os morde-e-assopra, os louva-a-deus... Gênero: quanto ao gênero, o adjetivo pode ser uniforme e biforme. Uniforme = única forma para os dois gêneros. e) Casos Especiais Exs.: doente, paciente, simples, feliz. Alguns admitem dois plurais: Exs.: xeques-mate/ xeques-mates; salvo-conduto/ salvos-condutos; frutas-pão/ frutas-pães... Biforme = duas formas; uma para o masculino e outra para o feminino. Exs.: simpático (a), bom/boa, novo (a). 40 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos 2. Número: quanto ao número, o adjetivo pode ser singular e plural. Grau Superlativo Absoluto Analítico: Adv. (muito) + adjetivo. Palavras Simples = mesmas regras dos substantivos. normalmente Palavras Compostas Regra: apenas o último elemento se flexiona em gênero e número. Exs.: sapatos marrom-escuros, acordos sócio-luso-brasileiros, ciências político-sociais, clínicas médico-cirúrgicas... Ex.: Fabiana é muito bonita. Obs.: mais grande e mais pequeno serão corretos caso se comparem duas características . Ex.: A casa é mais grande que confortável . adj. 1 adj. 2 Casos Especiais: surdo-mudo (ambos se flexionam): surdo(s)-mudo(s), surda(s)-muda(s). ARTIGO substantivos indicando cor (invariáveis). Exs.: vestidos amarelo-ouro, uniformes verde-oliva, casacos rosa-claro... azul-marinho e azul-celeste (invariáveis). Exs.: vestidos azul-marinho, gravata azul-celeste... 3. Artigo: determina ou indetermina o substantivo. Por isso, divide-se em duas categorias: a) Definido ou Determinante: o, a, os, as. Exemplo: “o instante” Grau: os adjetivos podem ser comparativos e superlativos. Veja esquema abaixo: de igualdade Grau Comparativo de inferiorid ade de superioridade Grau do Adjetivo sintético absoluto analítico Grau Superlativo de inferiorid ade relativo de superioridade substantivos artigo: determina o substantivo. b) Indefinido ou Indeterminante: um, uma, uns, umas. Exemplo: “um poeta” substantivo artigo: indetermina o substantivo Emprego do Artigo: 1) Exs.: Roma é capital da Itália. – Chico Buarque é um grande compositor. Grau Comparativo de Igualdade: tão ... quanto (como). Ex.: Fabiana é tão bela quanto/como a irmã. OBS.: caso o nome da cidade ou pessoa vier especificado (adjetivo ou locução adjetiva), o uso do artigo é imprescindível. Grau Comparativo de Superioridade: mais ... (do) que. Ex.: Fabiana é mais bonita (do) que a irmã. Exs.: Quero conhecer a Roma antiga (adjetivo). Grau Comparativo de Inferioridade: menos ... (do) que. Vamos visitar a Brasília de Juscelino (locução adjetiva). Ex.: Fabiana é menos feia (do) que a irmã. Grau Superlativo Relativo de Inferioridade: menos ... de . Ex.: Fabiana é a menos feia de todas. artigo 2) preposição. Antes de pronomes possessivos adjetivos, o uso do artigo é opcional (facultativo). Ex.: ajudou a sua mãe / ajudou sua mãe. Grau Superlativo Relativo de Superioridade: mais ... de. 3) Ex.: Fabiana é a mais bonita de todas. artigo Normalmente, não se coloca artigo antes de nomes de cidades e de pessoas conhecidas. Não se usa artigo depois de cujo e flexões. Exs.: O escritor cujo livro li ministrou cursos em Belo Horizonte. (CORRETO) preposição O escritor cujo o livro li ministrou cursos em Belo Horizonte.(ERRADO) Grau Superlativo Absoluto Sintético: érrimo adjetivo íssimo ílimo 4) Apenas os pronomes femininos de tratamento: senhora, senhorita, dona (em desuso dama – madame) – admitem artigo. 5) Não se usa artigo antes de casa indicando lar. Ex.: Nos feriados fico sempre em casa. Ex.: Fabiana é boníssima. 41 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos PRONOME Pronomes: são palavras que substituem ou acompanham o nome, indicando uma das três pessoas gramaticais. Ex.: “E minha vida está completa”. Especifica o substantivo “vida”, acompanhando-o e dando-lhe noção de posse. Pronome Substantivo: É aquele que representa (substitui) o substantivo. Ex.: Ele não falou com ninguém hoje. Pronome Adjetivo: É aquele que vem acompanhando o substantivo na frase. 5) Com nós – com vós seguidos de próprios – mesmos – todos – outros – ambos – numerais. Exs.: O fato ocorreu com nós mesmos. O chefe está contente com nós dois. 6) Eu – tu – usa-se com a função de sujeito. Exs.: Isto é para eu ler. (sujeito) Trouxe uma apostila para tu comprares. (sujeito) 7) Mim e ti depois de preposições essenciais. “Entre” é a preposição preferida em concursos. Exs.: Não há nada entre mim e ti. Não há distância entre ti e mim. Erro: Não há nada entre eu e tu. 8) Para mim e para ti – usa-se como complemento. Exs.: Deu uma apostila para mim. Ex.: Meu pai organizou esta exposição. Classificação dos Pronomes 1. O que/ a quem? PESSOAIS: Português é difícil Pessoais dos casos reto e oblíquo. Pessoas Retos 1ª eu me, mim, comigo 2ª tu te, ti, contigo 3ª ele, ela se, si, consigo, o, a, lhe P L U R A L 1ª nós nos, conosco 2ª vós vos, convosco 3ª eles, elas se, si, consigo, os, as, lhes Compl. Nom. Portanto, mim é complemento nominal de fácil, e não sujeito do verbo “entender”. 9) Consigo = com ele mesmo (a) – pronome reflexivo. Ex.: Ela trouxe consigo o passaporte. (com ela mesma) 10) Pronomes pessoais com valor possessivo. Exs.: Beijou-lhe a boca. (sua) Cortaram-me o cabelo. (meu) 1) Os pronomes oblíquos o, a, os, as, quando precedidos de verbos que terminam em vogal ou ditongo oral, não se alteram. Exs.: Chame-os agora. Deixei-a mais tranquila. Os pronomes oblíquos o, a, os, as, quando precedidos de verbos que terminam em -r, -s ou -z, assumem a forma -lo, -la, -los, -las. Exs.: (Encontrar) Encontrá-lo é o meu maior sonho. (Fiz) Fi-lo porque não tinha alternativa. 3) complemento nom. OBS.: “para mim” deslocado pode aparecer ao lado do verbo no infinitivo: Para mim entender política é fácil. Ordem Direta: Entender política é fácil para mim. Emprego dos pronomes pessoais 2) O.I. para mim. Nome Oblíquos S I N G U L A R O.D. Os pronomes oblíquos o, a, os, as, quando precedidos de verbos que terminam em -m, -ão, õe, assumem a forma -no, -na, -nos, -nas. Exs.: Chamem-no agora. Põe-na sobre a mesa. 4) Verbos terminados em “mos” perdem o “s” mais pronomes pessoais o(s) – a(s) – nos – vos – enclíticos. Exs.: amamos + a = amamo-la. mandamos + nos = mandamo-nos. Formas de Tratamento Pronomes de Tratamento: são pronomes pessoais de segunda pessoa que pedem verbos e complementos na terceira. Pronomes Abreviações Usos Você v. Familiar Senhorita(s) Srta/ Srtas Moças solteiras Senhor Sr Respeitoso para homens Senhora(s) Sra. / Sr.as Respeitoso para mulheres Vossa(s) senhoria(s) V.S.a./ V.S.as. Correspondências comerciais Vossa Santidade V.S. Papas Vossa Reverendíssima(s) V.Rev.ma Sacerdotes Vossa Eminência V.Em.a. Cardeais 42 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos Vossa(s) Alteza(s) V.A./V.V.A.A. Vossa(s) Majestade(s) V.M./V.V.M.M. Reis e imperadores 3. Príncipes e duques Vossa Magnificência V.Mag ª Reitores de universidade Vossa Excelência V. Ex ª Altas autoridades DEMONSTRATIVOS 1° Pessoa: este(s), esta(s), isto. 2° Pessoa: esse(s), essa(s), isso. 3° Pessoa: aquele(s), aquela(s), aquilo. Emprego dos Pronomes Demonstrativos Ex.: Vossa Excelência conhece os seus verdadeiros amigos. verbo complemento Ambos na 3 ª pessoa a) Proximidade à pessoa que fala (1° pessoa) Importantíssimo: Todo tratamento exige concordância na terceira pessoa. b) Proximidade à pessoa com quem se fala (2° pessoa) Ex.: Estes papéis aqui são do meu testamento. Ex.: Esses livros aí são os mais importantes. Sintaxe dos pronomes pessoais c) Proximidade à pessoa de quem se fala (3° pessoa) Complementos verbais: O – A – OS – AS: objeto direto. LHE – LHES: objeto indireto. Exs.: Ex.: Aqueles cartazes lá representam minhas esperanças. Já não o amo mais. Devo obedecer-lhe. Ex.: Neste ano, irei à Espanha. No ano em que me encontro. Transitivo indireto b) Na indicação de um fato que ocorreu no tempo passado relativamente próximo ao presente. (2ª pessoa). POSSESSIVOS Exs.: Em maio fui viajar. Nesse mês encontrei muitos amigos. São aqueles que se referem às pessoas do discurso, indicando ideia de posse. Número Singular Plural Pessoa Pronome possessivo 1ª Meu, minha, meus, minhas 2ª Teu, tua, teus, tuas 3ª Seu, sua, seus, suas 1ª Nosso, nossa, nossos, nossas 2ª Vosso, vossa, vossos, vossas 3ª Seu, sua, seus, suas No mês de junho. Ex.: Só desejo isto: sua felicidade. seus suas gera ambiguidade. b) Fato que já foi dito. é opcional o emprego de artigo. Ex.: Subjetivismo, apego à natureza: essas são algumas características do Romantismo. indicam valores aproximados. Emprega-se “este” em oposição a “aquele” na indicação de elementos já mencionados. Ex.: Quando ainda tinha meus quinze anos. 4) Para indicar o que já foi dito ou sê-lo-á. a) Fato que será dito. Ex.: Aquele é (o) meu tio. 3) Ex.: Em 1950 realizou-se a Copa do Mundo no Brasil; naquele ano, o Uruguai foi campeão. (tempo distante) Ex.: Maria foi passear com seu filho. 2) mês próximo ao presente em que me encontro c) Na indicação de um fato que ocorreu no tempo passado, mas distante do presente. (tempo remoto e incerto). Emprego dos Pronomes Possessivos 1) Para indicar noções temporais. a) Na indicação de um fato que ocorre no tempo presente ou no momento em que se fala. (1ª pessoa). Transitivo direto 2. Para indicar noção espacial. indicam afeto, parentesco, senhoria. Exs: Você é a minha amiga. (afeto) Ex.: Estudo as línguas portuguesa e espanhola; esta por devoção; aquela por patriotismo. (esta: portuguesa; aquela: espanhola) Temos que proteger os nossos. (parentes) Todos falaram de seu Manuel. (senhoria) 43 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos 4. INDEFINIDOS Emprego dos Pronomes Interrogativos: São aqueles que se referem à terceira pessoa do discurso de modo vago e indeterminado: Exs: Exs: Que horas são? Invariáveis Variáveis 6. Algum, nenhum, todo, Algo, tudo, nada (referem-se a vário, certo, outro, coisas) muito, pouco, quanto, Onde, alhures, algures, tanto, qual, qualquer (e nenhures (referem-se a lugares) flexões) Que, cada Emprego dos Pronomes Indefinidos: O pronome indefinido algum, quando posposto ao nome, assume valor negativo, equivalendo a nenhum. RELATIVOS É o pronome que se refere a um termo já citado e, simultaneamente, introduz uma oração que se relaciona a outra anterior. Veja: Ex.: Este é o rapaz que eu admiro. No exemplo acima, a palavra “que” é pronome relativo, pois se refere ao nome rapaz e, ao mesmo tempo, introduz uma nova oração que é dependente desta palavra, da oração anterior. Os pronomes relativos são: Exs: Motivo algum me fará desistir do cargo. Invariáveis Variáveis O pronome indefinido cada não deve ser utilizado desacompanhado de substantivo ou numeral. Que Quem Onde o (a) qual, os (as) quais Cujo, Cuja, Cujos, Cujas Quanto(s), Quanta(s) Exs: Receberam cem mil reais cada. (errado) Receberam cem mil reais cada um. (certo) Emprego dos pronomes relativos: Certo é pronome indefinido quando anteposto ao nome a que se refere. Quando posposto, será adjetivo. Os exercícios certos valerão nota. (adjetivo) Todo, toda (no singular), quando desacompanhados de artigo, significam qualquer. Quando acompanhados de artigo, passam a dar ideia de inteiro. O relativo que pode se precedido pelos pronomes demonstrativos, inclusive pelo pronome o (e suas flexões), quando este estiver exercendo a função de demonstrativo) Exs: Todo homem é mortal. (qualquer) Ex.: Aquele que lê com frequência é o que melhor escreve. Ele comeu todo o bolo. (o bolo inteiro) Qualquer tem por plural quaisquer. Ex.: Acabaram acolhendo qualquer solução. 5. Que é o é o pronome relativo mais usado. Referese a pessoa ou coisa. Ex.: “Vou-me embora pra Pasárgada Lá sou amigo do rei Lá tenho as mulheres que quero Na cama que escolherei.” (Manuel Bandeira) Exs: Não entendi certos exercícios. (pronome indefinido) Ainda não sei qual é o seu nome. Diga-me que horas são. Quem, alguém, ninguém, outrem (referem-se a pessoas) perguntas indiretas. Exs: Os pronomes indefinidos são: Qual é o seu nome? Alguém me contou a verdade. Algo me diz que este não é o caminho. perguntas diretas. Quem refere-se a pessoa ou coisa personificada. a) Quando tiver antecedente explícito, aparece sempre regido de preposição. Observe: INTERROGATIVOS Ex.: Este é o homem de quem lhe falei. São aqueles usados para formular uma pergunta de forma direta ou indireta. b) Quando aparece sem antecedente, é chamado pronome relativo indefinido Exs: Quem chegou? (interrogativa direta) Gostaria muito de saber quem fez isso. (interrogativa indireta) Ex.: Perdoa sempre a quem lhe ofende. Os principais pronomes interrogativos são: Invariáveis Variáveis Quem, que Qual, quanto O pronome relativo o qual (e suas flexões) refere-se a pessoa ou coisa. É usado como substituto de que: a) quando o antecedente for substantivo estiver distante do pronome relativo: Ex.: Visitei o museu de minha cidade, o qual me deixou maravilhado. 44 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos Próclise Obrigatória b) após preposições de duas sílabas ou mais. Veja: Ex.: Você já sabe os assuntos sobre os quais deve discutir? 1. O pronome relativo cujo concorda em gênero com a coisa possuída e não admite a posposição de artigo. Observe: Derrubaram as paredes cujos tijolos estavam quebrados. (=delas, das paredes) Exs.: Não se esqueça de mim. Agora se negam a depor. Amanhã te tornarás um excelente concurseiro. Aquele sonho jamais se concretizou 2. Sempre adorei este poeta cujas poesias declamo até hoje. (=dele, do poeta) Cujo é, portanto, pronome relativo e possessivo ao mesmo tempo. E é sempre pronome adjetivo. 3. 5. 6. 7. 8. 9. 10. Em orações optativas (que exprimem desejo). Apenas usada com verbo no futuro (presente – pretérito do indicativo) sem partícula que atraia o pronome oblíquo átono para antes do verbo. (próclise). Ex.: Que Deus o ajude. Próclise Facultativa Obedecer-lhe-ia. – Não lhe obedeceria 1. Perdoar-lhes-á – Jamais lhes perdoará. Com sujeito expreso Exs.: As crianças se queixaram de não terem aprendido a lição. ATENÇÃO!!! As crianças queixaram-se de não terem aprendido a lição. Não se usa pronome oblíquo átono no início de frase, nem depois de verbo no particípio. Exs.: Em orações exclamativas. Ex.: Quantos se ofendem por nada! Mesóclise – meio do verbo (após a consoante R). Exs.: Em orações interrogativas. Ex.: Quanto me custará o curso? Ênclise – depois do verbo. Ex.: Encontrei-a. 3. Em orações negativas. Ex.: Ninguém nos convidou para a festa. Próclise – antes do verbo. Ex.: Não a encontrei. 2. Com verbo no infinitivo flexionado (infinitivo pessoal) Ex.: Por se acharem inteligentes, caíram na maior cilada. Localização espacial dos pronomes oblíquos átonos (me – te – se – o(s) – a – a(s) – lhe(s) – nos – vos). 1. Com gerúndio preposicionado (em + gerúndio) Exs.: Em se tratando de finanças, dirija-se ao tesoureiro. Em se tratando de concursos, ele sabe tudo. Você quer canetas? Leve tantas quantas quiser. COLOCAÇÃO PRONOMINAL Com conjunções subordinativas (que, segundo, conforme, quando, logo, que, enquanto, se, caso, embora, ainda que, mesmo que...) Exs.: Soube que me negariam. Ela chorou quando a encontrei. Segundo me disseram, não haverá provas. O relativo quanto (e suas flexões) refere-se a pessoa ou coisa. Quando precedido de tudo, tanto, tem significado quantitativo indefinido. Observe: Exs.: Você já disse tudo quanto desejava? Com pronomes relativos (que, quem, o qual, cujo, onde...) Exs.: Identificaram duas pessoas que se encontravam desaparecidas. A concurseira a quem fez referência foi aprovada. Veja a rua onde se constatou o crime. 4. “Paisagens de minha terra Onde o rouxinol não canta.” (Manuel Bandeira) Com pronomes indefinidos (pouco, muito, tudo, nada, nenhum, algum, ninguém...) Exs.: Poucos te deram a oportunidade. Tudo se fez. Ninguém me disse a verdade. O relativo onde refere-se a coisa, indica lugar e equivale a em que, no qual. Observe: Exs.: Minha terra tem palmeiras Onde canta o sabiá.” (Gonçalves Dias) Com advérbios (não, jamais, ali, aqui, já, agora, quando, hoje, ontem, amanhã, nunca...) Os exames me deixaram preocupados. Me ama. (errado) Os exames deixaram-me preocupados. 2. DICA!!! Existe uma ordem de prioridade na colocação pronominal: 1º tente fazer próclise, depois mesóclise e em último caso ênclise. Com conjunções coordenativas Exs.: Elas saíram e me questionaram sobre a vinda dos amigos. Elas saíram e questionaram-me sobre a vinda dos amigos. 45 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos 3. Com infinitivos invariáveis (infinitivo impessoal) Classificação dos Numerais Exs.: Não vou te ajudar. Não vou ajudar-te. 1. Exs.: um, dois, três, vinte, trinta, cem,... Mesóclise 2. A mesóclise só pode ocorrer quando o verbo estiver no futuro do presente ou futuro do pretérito, contanto que esses verbos não estejam precedidos de palavras que exijam a próclise. 3. Emprego dos Numerais Quando o verbo iniciar a oração. Exs.: Vou-me deitar agora mesmo. 1) Sabe-se que a Argentina passa por uma grave crise. Obs.: com verbos no particípio, futuro do presente e futuro do pretérito, não pode ocorrer ênclise. Cardinais: de 10 em diante. Exs: De acordo com o artigo 5º (quinto). Quando o verbo estiver no imperativo afirmativo. De acordo com o artigo 15 (quinze). 2) Com os pronomes o, a, os, as nos infinitivos regidos das preposições a e por Cardinais: de 11 em diante. Ansiava por abraçá-lo. Exs: D. Pedro II (segundo), Luís XV (quinze), D. João VI (sexto), João XXIII (vinte e três), Pio X (décimo), Capítulo XX (vinte). Colocação Pronominal nas Locuções Verbais Livre colocação (não havendo caso de próclise obrigatória) ADVÉRBIO Exs.: Os alunos me devem trazer uma caneta. Os alunos devem-me trazer uma caneta. Advérbio: é a palavra que modifica o verbo, o adjetivo e o próprio advérbio. Os alunos devem trazer-me uma caneta. 2. Designação de séculos, capítulos, reis, papas, tomos, partes de obraas... Ordinais: de 1 a 10. Ex.: Encontrei o patrão a maltratá-la. 1. Numeração de artigos, leis, decretos, portarias... Ordinais: de 1 a 9. Ex.: Quando eu der o sinal, calem-se todos. 3. Fracionários: Expressa a ideia de divisão, indicando em quantas partes a quantidade foi dividida. Exs.: meio, terço, quarto, quinto, sexto, sétimo.... Ênclise Obrigatória 2. Multiplicativos: Expressa a ideia de multiplicação, indicando quantas vezes a quantidade foi aumentada. Exs.: dobro, triplo, quádruplo, quintúplo... 4. Não fosse os meus compromissos, acompanharte-ia nessa viagem. Ordinais: Indica a ordem (posição) que o ser ocupa numa série. Exs.: primeiro, segundo, vigésimo, trigésimo,... Exs.: Realizar-se-á, na próxima semana, um grande evento em prol da paz no mundo. 1. Cardinais: Indica uma quantidade determinada de seres. Antes ou depois da locução (havendo caso de próclise obrigatória) Exs: Aquele moço simpático dança bem. Aquele moço muito simpático dança. Exs.: Não lhe posso esclarecer o ocorrido. Aquele moço simpático dança muito bem. Não posso esclarecer-lhe o ocorrido. Não me estavam chamando. Classificação dos Advérbios Não estavam chamando-me. De acordo com as circunstâncias que exprime, o advérbio pode ser de: NUMERAL 1. Tempo (ontem, hoje, logo, antes, depois) 2. Lugar (aqui, ali, acolá, atrás, além) 3. Modo (bem, mal, depressa, assim, devagar) quantidade - Choveu durante quatro semanas. 4. Afirmação (sim, deveras, certamente, realmente) ordem - O terceiro aluno da fileira era o mais alto. 5. Negação (não, absolutamente, tampouco) multiplicação - O operário pediu o dobro do salário. 6. Dúvida (talvez, quiçá, porventura, provavelmente) fração - Comeu meia maçã. 7. Intensidade (muito, pouco, mais, bastante) Numeral: é a palavra que se refere ao substantivo dando a ideia de número. O numeral pode indicar: 46 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos PREPOSIÇÃO Locução Adverbial É um conjunto de duas ou mais palavras com valor de advérbio. Exs.: Ele virá com certeza. Ele chegou de repente. Advérbios Interrogativos Preposição: estabelece uma relação de dependência entre uma palavra e outra. Exemplo: O primeiro beijo é para você. preposição Eis as principais relações estabelecidas pela preposição: São advérbios interrogativos: quando, como, onde, por que e se referem às circunstâncias de tempo, de modo, de lugar, e de causa, respectivamente. Podem aparecer tanto nas interrogativas diretas quanto nas interrogativas indiretas. Interrogativa direta interrogativa indireta Quando sairemos? Não sei quando sairemos. Como você caiu? Não sei como você caiu. Onde você mora? Não sei onde você mora. Por que você não veio? Não sei por que você não veio. Companhia – saiu com os filhos; Lugar – vou ao curso; Modo – comprou a prazo; Tempo – viajaremos às três horas; Causa – morreu de tuberculose; Assunto – falamos sobre política; Fim ou finalidade – enfeitamos a casa para o aniversário; Instrumento – cortou o papel com a tesoura; Companhia – viajei com o meu filho; Meio – viajaremos de avião; Palavras e Locuções Denotativas Matéria – comprei um anel de ouro; As palavras e locuções denotativas são classificadas à parte pela NGB (Nomenclatura Gramatical Brasileira) porque não se enquadram em nenhuma das dez classes gramaticais. Antigamente, eram consideradas advérbios, hoje são classificadas de acordo com o significado que elas expressam; por isso chamadas palavras denotativas e exprimem: Posse – o carro de Vitória; Oposição – votaram contra o projeto; Conteúdo – copo com água; Preço – vendi meu carro por R$5000,00; Origem – somos de Recife; Destino – vou para BH. Adição: ainda, além disso. Ex.: Jogou uma ótima partida e ainda tem fôlego para outra. Classificação das Preposições Afastamento: embora. Elas se dividem em dois grupos: Ex.: Vamos embora daqui. I. Essenciais: funcionam sempre como preposição (a, de, por, para, com, sem, entre, sobre, sob, durante, ...). Afetividade: ainda bem, felizmente, infelizmente. Exs: Estou aqui desde duas horas. Vamos ao curso. Chegou de trem. Exs.: Felizmente tudo acabou bem. Ainda bem que vencemos o jogo. Designação: eis. Ex.: Eis o candidato que lhe falei. Exclusão: somente, só, exclusive, exceto, senão, apenas, etc. Ex.: Acertamos apenas dois números. II. Acidentais: Exercem outras funções, e circunstancialmente exercem a função de preposição (conforme, consoante, segundo, durante, mediante, como = por, salvo, fora, exceto, que =de...) Exs: A bíblia conforme São Paulo. Tinha-a como amiga. Tenho que resolver as questões. Explicação: isto é, por exemplo. Ex.: Mereço um bom presente, por exemplo um carro. Inclusão: até, ainda, também, inclusive. Locução Prepositiva Exs.: Consegui boas notas nas provas, inclusive em matemática. Você também não foi trabalhar. Duas ou mais palavras terminadas em de – a – com que exercem a função de preposição. Principais locuções prepositivas: à custa de; à espera de, à procura de, ao redor de, devido a, a respeito de, a fim de, junto a, apesar de, acerca de = sobre, graças a, ao lado de... Limitação: só, somente, unicamente, apenas. Exs.: Apenas você optou pela carreira acadêmica. Só o comercial conseguiu atingir as metas. Retificação: aliás, isto é, ou melhor, ou antes. Exs: Passei no vestibular devido aos estudos. O perigo mora ao lado de alguns vizinhos. Exs.: O dia está quente, aliás, muito quente. O Brasil jogou bem, ou melhor, deu aula de futebol. 47 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos CONJUNÇÃO Conjunção: relaciona duas orações ou dois termos com a mesma função sintática. Exemplo: Eu canto porque o momento existe. relaciona duas orações Eu e você... relaciona dois termos COORDENATIVAS (Ligam orações independentes) I. Aditivas: possuem a função de adicionar um termo a outro de mesma função gramatical, bem como adiciona uma oração à outra de mesma função gramatical. As principais são: e, nem, mas também, não só... como também. Ex.: não estudou nem compareceu ao local de prova. II. Adversativas: possuem a função de estabelecer uma relação de contraste (oposição semântica) entre os sentidos de dois termos ou duas orações. As principais são: mas, contudo, no entanto, entretanto, porém, todavia, e. Ex: O Brasil é rico, porém o povo é pobre. III. Alternativas: unem orações independentes, indicando sucessão de fatos que se negam entre si ou ainda indicando que a ocorrência de um dos fatos de uma oração exclui do fato da outra oração. As principais são: ou, ou...ou, ora...ora, seja...seja, quer...quer. Ex: Ora chove ora faz sol. IV. Conclusivas: são utilizadas para unir, a uma oração anterior, outra oração que exprime conclusão ou fechamento de uma ideia. As principais são: assim, logo, portanto, por isso, pois (depois do verbo). Ex: Ela é inteligente; merece, pois, nosso respeito, (pois= portanto). V. Explicativas: são aquelas que unem duas orações, das quais a segunda explica o conteúdo da primeira. As principais são: porque, que, pois, porquanto. Ex: ande de pressa, pois estou atrasado. (pois = porque) SUBORDINATIVAS (São as que ligam duas orações dependentes entre si.) I. II. Causais: subordinam uma oração à outra, iniciando uma oração que exprime causa de outra oração. As principais são: porque, pois, que, uma vez que, já que, como, desde que, visto que, por isso que, etc. Consecutivas: estabelecem o efeito de uma fato que seja a causa em um período composto. Devido a isso, sempre haverá uma relação de CAUSA X CONSEQUÊNCIA. As principais conjunções são: por conseguinte, por consequência, que (antecedido por tão, tal, tamanho ou tanto). III. Comparativas: conjunções que, iniciando uma oração, subordinam-na a outra por meio da comparação ou confronto de ideias de uma oração com relação a outra. As principais são: que, do que (quando iniciadas ou antecedidas por noções comparativas como menos, mais, maior, menor, melhor, pior), qual (quando iniciada ou antecedida por tal), como (também apresentada nas formas assim como, bem como). IV. Concessivas: são as conjunções que, iniciando uma oração subordinada, referem-se a uma ocorrência oposta à ocorrência da oração principal, não implicando essa oposição em impedimento de uma das ocorrências (expressão das oposições coexistentes). As principais são: embora, mesmo que, ainda que, posto que, por mais que, apesar de, mesmo quando, etc. V. Conjunções Subordinativas Condicionais: são as comjunções que, iniciando uma oração subordinada a outra, exprimem condição sem a qual o fato da oração principal não se realiza (ou exprimem hipótese com a qual o fato principal não se realiza). As principais são: se, caso, contanto que, a não ser que, desde que, salvo se, etc. VI. Conjunções Subordinativas Conformativas: são as conjunções que, iniciando uma oração subordinada a outra, expressam sua conformidade em relação ao fato da oração principal. As principais são: conforme, segundo, consoante, como (utilizada no mesmo sentido da conjunção conforme). VII. Finais: são as conjunções que, iniciando uma oração subordinada a outra, expressam a finalidade dos atos contidos na oração principal. As principais são: a fim de que, para que, porque (com mesmo sentido da conjunção para que), que. VIII. Integrantes: são as conjunções que, iniciando orações subordinadas, introduzem essas orações como termos da oração principal (sujeitos, objetos diretos ou indiretos, complementos nominais, predicativos ou apostos). As conjunções são porque, que e se. IX. Proporcionais: são as conjunções que expressam a simultaneidade e a proporcionalidade da evolução dos fatos contidos na oração subordinada com relação aos fatos da oração principal. As principais são: à proporção que, à medida que, quanto mais... (tanto) mais, quanto mais... (tanto) menos, quanto menos... (tanto) menos, quanto menos... (tanto) mais. X. Temporais: são as conjunções que, iniciando uma oração subordinada, tornam essa oração um índice da circunstância do tempo em que o fato da oração principal ocorre. As principais são: quando, enquanto, logo que, agora que, tão logo, apenas (com mesmo sentido da conjunção tão logo), toda vez que, mal (equivalente a tão logo), sempre que. 48 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos VALOR SEMÂNTICO DAS CONJUNÇÕES Classificação de interjeição Muitas são as expressões e as palavras que causam dúvidas ou apresentam problemas semânticos ao estudante. Vejamos algumas delas: As interjeições classificam-se segundo as emoções ou sentimentos que exprimem: 1) 2. advertência: Atenção! 3. agradecimento: Grato! 4. afugentamento: Arreda! Veja os exemplos: 5. alegria: Ah! Na frase "Como estivesse chovendo, não saí de casa", ela indica causa, pois poderia ser substituída por "já que"; 6. animação: Coragem! 7. pena: Oh! Em "Faço o trabalho como o regulamento prescreve", indica conformidade, pois poderia ser substituída por "conforme"; Locução Interjetiva Em "Ele age como o pai", indica comparação, pois poderia ser substituída por "igual a". A conjunção "SE", além de ser condicional, pode ser causal ou iniciar oração subordinada substantiva com função de sujeito ou de objeto direto, sendo denominada, nesse último caso de conjunção integrante. Veja os exemplos: 3) aclamação: Viva! A conjunção "COMO" pode ter três valores semânticos: causa, comparação e conformidade. 2) 1. Exs: Meu Deus!, Ora bolas!, Que horror!... VERBO CONCEITO Verbo é a palavra variável que exprime ação, fenômeno, estado ou mudança de estado, na perspectiva do tempo. Exemplos: Na frase "Se você estudar, conseguirá seu intento", ela indica condição, pois poderia ser substituída por "caso"; Em "Se você sabia que era proibido entrar lá, por que não me avisou?", indica causa, pois poderia ser substituída por " já que"; Em "Não sei se ficarei lá muito tempo", há uma conjunção integrante, pois"se ficarei lá muito tempo" funciona como objeto direto do verbo "saber". O VERBO NO INFINITIVO antecedido de preposição inicia orações com os seguintes valores semânticos: causa, tempo, finalidade e condição. São duas ou mais palavras com valor de interjeição. Venta pouco presente) 3. João estava preocupado. (estado no tempo passado) 4. Ele se tornará um grande líder sindical. (mudança de estado no tempo futuro) hoje. (fenômeno no tempo Exemplo: estud. á sse radical vogal desin. desin. número- temática modo-temporal -pessoal Com "para", de finalidade mos CONJUGAÇÃO Com"ao", de tempo Ex.: "Ao chegar ao colégio, encontrei meu amigo"; 2. Os elementos que constituem as formas verbais são: radical, vogal temática, tema (radical + vogal temática) e desinência. Com a preposição "por", a indicação será de causa Ex.: "Elas vieram para conversar"; Ele joga no Guarani. (ação no tempo presente) ESTRUTURA Ex.: "Por estar acamado, não irei à reunião"; 1. Quanto à conjugação, os verbos são classificados em: 1ª conjugação: verbos terminados em ar. Ex.: cantar, falar, amar... Com "a", de condição Ex.: "A continuar assim, você não conseguirá seu intento". 2ª conjugação: verbos terminados em er. Ex.: vender, beber, comer... INTERJEIÇÃO 3ª conjugação: verbos terminados em ir. Ex.: partir, fugir, florir... Interjeição: tem, como função, destacar um sentimento sem, no entanto, estabelecer relação de dependência com o resto da frase. Às vogais que caracterizam a conjugação dá-se o nome de vogais temáticas. Exemplos: Exemplo: Ah! Como sou feliz. cantar (a = vogal temática) interjeição vender (e = vogal temática) partir (i = vogal temática). 49 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos FORMAS RIZOTÔNICAS E ARRIZOTÔNICAS FLEXÃO VERBAL Em grego, rhíza significa raiz. O verbo pode variar da seguinte maneira: 1. Formas rizotônicas: são aquelas em que a sílaba tônica do verbo permanece dentro do radical (da raiz). Exemplos: canto, venda, parta. Número: singular e plural; 2. Formas arrizotônicas: são, por sua vez, aquelas em que a sílaba tônica do verbo permanece fora do radical. Exemplos: cantamos, vendamos, partirás. Modo: indicativo, subjuntivo e imperativo; Pessoa: 1ª, 2ª e 3ª; Tempo: presente, passado e futuro; Voz: ativa, passiva e reflexiva. I. CLASSIFICAÇÃO Quanto à flexão, os verbos classificam-se em: regulares, irregulares, defectivos e abundantes. 1. Regulares: são aqueles que seguem o modelo da sua conjugação. Quando um verbo é regular, o radical se mantém em todas as formas e as desinências são as mesmas. xs.: vender, estudar, amar, partir... 2. Irregulares: são aqueles que, em algumas flexões, apresentam alterações no radical ou nas desinências e não seguem integralmente o modelo de sua conjugação. Exs.: ver, vir, pôr... Exs.: eu estudo, ele estuda (singular); nós estudamos, eles estudam (plural). II. Pessoa: o verbo apresenta três pessoas: a primeira – a que fala. Ex.: eu canto (singular), nós cantamos (plural); a segunda – a quem se fala. Ex.: tu cantas (singular), vós cantais (plural); a terceira – de quem se fala. Ex.: ele canta (singular), eles cantam (plural). 3. Defectivos: são verbos de conjugação incompleta, ou seja, não apresentam algumas formas. Exs.: colorir, falir, demolir, reaver, adequar, abolir, precaver-se... Consideram-se defectivos os chamados verbos unipessoais: a) verbos que exprimem fenômenos da natureza (só se empregam na terceira pessoa do singular). Exs.: chover, nevar,... EMPREGO DE TEMPOS E MODOS VERBAIS Emprego dos Modos Verbais III. Modo: indica a relação entre o falante e a ação. Há três modos: indicativo, subjuntivo e imperativo. O modo indicativo exprime um fato real, certo, indica uma informação. Ex.: Eu estudo Português. b) verbos que exprimem vozes de animais (só se empregam na terceira pessoa do singular e na terceira pessoa do plural.) Exs.: miar, uivar, latir,... O modo subjuntivo indica um fato provável, duvidoso, possível de se acontecer, mas que depende de algo. Ex.: Meu mestre deseja que eu estude Português. O gato mia muito. 4. Abundantes: são aqueles que possuem duas ou mais formas em um único modo, geralmente no particípio de alguns verbos. Infinitivo particípio particípio aceitar acender benzer concluir exprimir expulsar enxugar prender regular aceitado acendido benzido concluído exprimido expulsado enxugado prendido irregular aceito aceso bento concluso expresso expulso enxuto preso O modo imperativo apresenta uma ordem, uma súplica, um pedido, uma proibição. Ex.: Estude Português. Emprego dos Tempos Verbais IV. Tempo: indica o momento em que se dá a ação. Os três tempos fundamentais são: presente, passado e futuro. Tempo presente: exprime um fato que ocorre no momento da fala. Ex.: Estou fazendo exercícios diariamente. Tempo passado: exprime um fato que ocorreu antes do momento da fala. Ex.: Ontem eu fiz uma série de exercícios. Obs.: Com o particípio regular deve-se usar os auxiliares ter e haver e no particípio irregular emprega-se os auxiliares ser e estar. Exs.: Número: o verbo admite dois números – singular e plural. É singular quando se refere a só uma pessoa ou coisa, e plural quando se refere a mais de uma pessoa ou coisa. Tinha aceitado a proposta. Tempo futuro: exprime um fato que irá ocorrer depois do ato da fala. Ex.: Daqui a quinze minutos irei para a academia fazer exercícios. A proposta foi aceita. 50 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos Modo Indicativo Modo Imperativo Presente: emprega-se o presente do indicativo para: Imperativo Afirmativo: ordem, solicitação, convite, conselho. a) exprimir uma verdade científica, um axioma: Exs.: Ex.: A Terra é redonda. Imperativo Negativo: proibição. Por um ponto passam infinitas retas. Ex.: b) para exprimir uma ação habitual: Ex.: Aos domingos não saio de casa. c) para dar atualidade a fatos ocorridos no passado: Ex.: Cabral chega ao Brasil em 1500. Amanhã faço os exercícios. Ontem eu reguei as plantas do jardim. Pretérito Imperfeito: exprime um fato anterior ao momento em que se fala, mas não o toma como concluído, acabado. Ex.: Quando você resolveu o problema, eu já o resolvera. Futuro do Presente: exprime um fato, posterior ao momento em que se fala, tido com certo. Exs.: Amanhã chegarão os meus pais. Ex.: Cantar, vender, partir. Infinitivo pessoal: quando tem sujeito. Não é flexionado na 1ª e 3ª pessoas do singular e é flexionado nas demais pessoas do discurso. Ex.: Cantar eu, cantar ele. Cantarmos nós, cantardes vós, cantarem eles. b) Gerúndio: caracterizado pela terminação NDO Ex.: cantando, vendendo, partindo. c) Particípio: caracterizado pela terminação ADO (1ª conjugação) e IDO (2ª e 3ª conjugações). Ex.: cantado, vendido, partido. EMPREGO DOS MODOS E TEMPOS VERBAIS VERBOS REGULARES As aulas começarão segunda-feira. Futuro do Pretérito: exprime um fato futuro tomado em relação a um fato passado. Ex.: a) Infinitivo: o infinitivo pode ser pessoal e impessoal. Ele falava muito durante as aulas. Pretérito Mais-que-perfeito: indica um fato passado que já foi concluído, em relação a outro fato também passado. Ex.: Formas Nominais do Verbo Infinitivo impessoal: Nome do verbo. Pretérito Perfeito: exprime um fato já concluído anteriormente ao momento em que se fala. Ex.: Quando ele chegar, não abra a boca! São três as formas nominais do verbo: d) para indicar fato futuro bastante próximo, quando se tem certeza de que ele ocorrerá: Ex.: Saia daqui imediatamente! Ontem você me disse que viria à escola. MODO INDICATIVO TEMPO DESINÊNCIAS Modo Subjuntivo Presente Presente: expressa um fato que pode ocorrer no presente. 2ª conj. - o, es, e, emos, eis, em Exs.: Peço que na hora você não esqueça as minhas recomendações. Deus lhe pague! Pretérito perfeito 2ª conj. - i, este, eu, emos, estes, eram Convém que ele faça um seguro. 3ª conj. - i. iste, iu, imos, istes, iram Pretérito Imperfeito: expressa uma hipótese. Era nosso desejo que eles pernoitassem aqui. Pedi que eles mandassem notícias. Pretérito mais-que-perfeito 1ª conj. - ara, aras, ara, áramos, áreis, aram 2ª conj. - era, eras, era, êramos, êreis, eram 3ª conj. - ira, iras, ira, íramos, íreis, iram Gostaria que ela viesse até nossa casa. Pretérito imperfeito Futuro: expressa um fato que talvez aconteça. Exs.: 3ª conj. - o, es, e, imos, is, em 1ª conj. - ei, aste, ou, amos, astes, aram Os céus te protejam! Exs.: 1ª conj. - o, as, a, amos, amais, amam Quando você trouxer o dinheiro, a dívida será esquecida. 1ª conj. - ava, avas, ava, ávamos, áveis, avam Só receberá a senha quem estiver no local. 3ª conj. - ia, ias, ia, íamos, íeis, iam 2ª conj. - ia, ias, ia, íamos, íeis, iam 51 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos Futuro do presente * FORMAÇÃO DO IMPERATIVO NEGATIVO 1ª conj. - arei, arás, ará, aremos, areis, arão O imperativo negativo corresponde às cinco pessoas do presente do subjuntivo, sem nenhuma alteração. 2ª conj. - erei, erás, erá, eremos, ereis, erão 3ª conj. - irei, irás, irá, iremos, ireis, irão Presente do Subjuntivo Que eu cante Que tu cantes Que ele cante Que nós cantemos Que vós canteis Que eles cantem Futuro do pretérito 1ª conj. - aria, arias, aria, aríamos, aríeis, ariam 2ª conj. - eria, erias, eria, eríamos, eríeis, eriam 3ª conj. - iria, irias, iria, iríamos, iríeis, iriam MODO SUBJUNTIVO (Que) Presente Imperativo Negativo -Não cantes tu Não cante você Não cantemos nós Não canteis vós Não cantem vocês No modo imperativo não faz sentido usar a 3ª pessoa (ele/eles), pois uma ordem, um pedido, um conselho só se aplicam diretamente à pessoa com quem se fala. 1ª conj. - e, es, e, emos, eis, em 2ª conj. - a, as, a, amos, ais, am 3ª conj. - a, as, a, amos, ais, am E, como todos sabem, a 3ª pessoa é aquela de quem se fala. Pretérito imperfeito (Se) 1ª conj. - asse, asses, asse, ássemos, ásseis, assem As formas verbais correspondentes a você/vocês referem-se à 2ª pessoa do discurso. 2ª conj. - esse, esses, esse, êssemos, êsseis, essem 3ª conj. - isse, isses, isse, íssemos, ísseis, issem Futuro (Quando) CONJUGAÇÃO DE ALGUNS VERBOS IRREGULARES QUE PODEM CAUSAR DIFICULDADES QUANTO A DETERMINADOS TEMPOS. 1ª conj. - ar, ares, ar, armos, ardes, arem Odiar 2ª conj. - er, eres, er, ermos, erdes, erem Indicativo 3ª conj. - ir, ires, ir, irmos, irdes, irem - presente: odeio, odeias, odeia, odiamos, odiais, odeiam. Subjuntivo Verbo CANTAR - presente (que eu): odeie, odeies, odeie, odiemos, odieis, odeiem. FORMAÇÃO DO PRESENTE DO SUBJUNTIVO Presente do Indicativo Eu canto -o +e Tu cantas Ele canta Nós cantamos Vós cantais Eles cantam Presente do Subjuntivo Que eu cante Que tu cantes Que ele cante Que nós cantemos Que vós canteis Que eles cantem Dar Indicativo - presente: dou, dás, dá, damos, dais, dão. - pretérito perfeito: dei, deste, deu, demos, destes, deram. Subjuntivo - presente: dê, dês, dê, demos, deis deem. - pretérito imperfeito: desse, desses, desse, déssemos, désseis, dessem. FORMAÇÃO DO IMPERATIVO O imperativo afirmativo é formado pela 2ª pessoa do singular (tu) e pela 2ª pessoa do plural (vós) do presente do indicativo sem o S final. Você, nós e vocês são tirados do presente do subjuntivo, sem nenhuma alteração. * FORMAÇÃO DO IMPERATIVO AFIRMATIVO Presente do Indicativo Eu canto Tu cantas Ele canta Nós cantamos Vós cantais Eles cantam Imperativo Afirmativo -Canta Tu Cante você Cantemos nós Cantai vós Cantem vocês Mobiliar Indicativo - presente: mobílio, mobílias, mobília, mobiliamos, mobiliais, mobíliam. Subjuntivo - presente: mobílie, mobílies, mobílie, mobiliemos, mobilieis, mobíliem. Presente do Subjuntivo Que eu cante Que tu cantes Que ele cante Que nós cantemos Que vós canteis Que eles cantem Aguar Indicativo - presente: águo, águas, água, aguamos, aguais, águam. - pretérito perfeito: aguei, aguaste, aguou, aguamos, aguastes, aguaram. Subjuntivo - presente: águe, águes, águe, aguemos, agueis, águem. 52 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos Averiguar Indicativo - presente: averiguo, averiguas, averigua, averiguamos, averiguais, averiguam. - pretérito perfeito: averiguei, averiguaste, averiguou, averiguamos, averiguastes, averiguaram. Subjuntivo - presente: averigúe, averigúes, averigúe, averiguemos, averigueis, averigúem. Subjuntivo - presente (que eu): haja, hajas, haja, hajamos, hajais, hajam - futuro (quando eu): houver, houveres, houver, houvermos, houverdes, houverem. Magoar Indicativo - presente: magôo, magoas, magoa, magoamos, magoais, magoam. - pretérito perfeito: magoei, magoaste, magoou, magoamos, magoastes, magoaram. Subjuntivo - presente: magoe, magoes, magoe, magoemos, magoeis, magoem. Indicativo - presente: (eu) -, (tu) -, (ele) -, reavemos, reaveis, (eles). - pretérito perfeito: eu reouve, tu reouveste, ele reouve, nós reouvemos, vós reouvestes, eles reouveram (e não: eu "reavi", tu "reaveste", etc). Subjuntivo - presente: não possui nenhuma das seis pessoas. São incorretas, portanto, formas como: que eu reaveja, que tu reavejas, etc. - futuro (quando eu): reouver, reouveres, reouver, reouvermos, reouverdes, reouverem (e não: quando eu reaver, quando tu reaveres, etc). - pretérito imperfeito (se eu): reouvesse, reouvesses, reouvesse, reouvéssemos, reouvésseis, reouvessem (e não: se eu reavesse, se tu reavesses, etc). Nomear Indicativo - presente: nomeio, nomeias, nomeia, nomeamos, nomeais, nomeiam. - pretérito imperfeito: nomeava, nomeavas, nomeava, nomeávamos, nomeáveis, nomeavam. Subjuntivo - presente (que eu): nomeie, nomeies, nomeie, nomeemos, nomeeis, nomeiem. Caber Indicativo - presente: caibo, cabes, cabe, cabemos, cabeis, cabem. - pretérito perfeito: coube, coubeste, coube, coubemos, coubestes, couberam. Subjuntivo - presente (que eu): caiba, caibas, caibamos, caibais, caibam. - pretérito imperfeito (se eu): coubesse, coubesses, coubesse, coubéssemos, coubésseis, coubessem. - futuro (quando eu): couber, couberes, couber, coubermos, couberdes, couberem. Crer Indicativo - presente: creio, crês, crê, cremos, credes, creem. - pretérito perfeito: cri, creste, creu, cremos, crestes, creram. Reaver Esse verbo é conjugado da mesma maneira que haver, mas só apresenta as formas em que o verbo haver tem a letra v. Requerer Indicativo - presente: requeiro, requeres, requer, requeremos, requereis, requerem. - pretérito perfeito: requeri, requereste, requereu, requeremos, requerestes, requereram. Subjuntivo - presente (que eu): requeira, requeiras, requeira, requeiramos, requeirais, requeiram. - pretérito imperfeito (se eu): requeresse, requeresses, requeresse, requerêssemos, requerêsseis, requeressem. Ter Indicativo - presente: tenho, tens, tem, temos, tendes, têm. - pretérito perfeito: tive, tiveste, teve, tivemos, tivestes, tiveram. Subjuntivo - futuro (quando eu): tiver, tiveres, tiver, tivermos, tiverdes, tiverem. - pretérito imperfeito (se eu): tivesse, tivesses, tivesse, tivéssemos, tivésseis, tivessem. Dizer Subjuntivo - presente (que eu): creia, creias, creia, creiamos, creiais, creiam. - pretérito imperfeito (se eu): cresse, cresses, cresse, crêssemos, crêsseis, cressem. Haver Indicativo - presente: hei, hás, há, havemos, haveis, hão. - pretérito perfeito: houve, houveste, houve, houvemos, houvestes, houveram. Indicativo - presente: digo, dizes, diz, dizemos, dizeis, dizem. - pretérito perfeito: disse, disseste, disse, dissemos, dissestes, disseram. - futuro do presente: direi, dirás, dirá, diremos, direis, dirão. Subjuntivo - presente (que eu): diga, digas, diga, digamos, digais, digam. - pretérito imperfeito (se eu): dissesse, dissesses, dissesse, disséssemos, dissésseis, dissessem. 53 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos Fazer Indicativo - presente: faço, fazes, faz, fazemos, fazeis, fazem. - pretérito perfeito: fiz, fizeste, fez, fizemos, fizestes, fizeram. Subjuntivo - futuro (quando eu): fizer, fizeres, fizer, fizermos, fizerdes, fizerem. Trazer Indicativo - presente: trago, trazes, traz, trazemos, trazeis, trazem. - pretérito imperfeito: trazia, trazias, trazia, trazíamos, trazíeis, traziam. Subjuntivo - presente: traga, tragas, traga, tragamos, tragais, tragam. - pretérito imperfeito: trouxesse, trouxesses, trouxesse, trouxéssemos, trouxésseis, trouxessem. Valer Indicativo - presente: valho, vales, vale, valemos, valeis, valem. - pretérito perfeito: vali, valeste, valeu, valemos, valestes, valeram. Subjuntivo - presente: valha, valhas, valha, valhamos, valhais, valham. - pretérito imperfeito: valesse, valesses, valesse, valêssemos, valêsseis, valessem. Querer Indicativo - presente: quero, queres, quer, queremos, quereis, querem. - pretérito perfeito: quis, quiseste, quis, quisemos, quisestes, quiseram. Subjuntivo - presente: queira, queiras, queira, queiramos, queirais, queiram. - pretérito imperfeito: quisesse, quisesses, quisesse, quiséssemos, quisésseis, quisessem. Saber Indicativo - presente: sei, sabes, sabe, sabemos, sabeis, sabem. - pretérito perfeito: soube, soubeste, soube, soubemos, soubestes, souberam. Subjuntivo - presente: saiba, saibas, saiba, saibamos, saibais, saibam. - pretérito imperfeito: soubesse, soubesses, soubesse, soubéssemos, soubésseis, soubessem. Construir Indicativo - presente: construo, constróis, constrói, construímos, construís, constroem. Ferir Indicativo - presente: firo, feres, fere, ferimos, feris, ferem. Jazer Subjuntivo Indicativo - presente: jazo, jazes, jaz, jazemos, jazeis, jazem. - pretérito perfeito: jazi, jazeste, jazeu, jazemos, jazestes, jazeram. Subjuntivo - presente: jaza, jazas, jaza, jazamos, jazais, jazam. - pretérito imperfeito: jazesse, jazesses, jazesse, jazêssemos, jazêsseis, jazessem. - presente: fira, firas, fira, firamos, firais, firam. Aderir Indicativo - presente: adiro, aderes, adere, aderimos, aderis, aderem. - pretérito perfeito: aderi, aderiste, aderiu, aderimos, aderistes, aderiram. Subjuntivo - presente: (que eu) adira, adiras, adira, adiramos, adirais, adiram. Moer Indicativo - presente: môo, móis, mói, moemos, moeis, moem. - pretérito perfeito: moí, moeste, moeu, moemos, moestes, moeram. Subjuntivo - presente: moa, moas, moa, moamos, moais, moam. - pretérito imperfeito: moesse, moesses, moesse, moêssemos, moêsseis, moessem. Perder Indicativo Vir Indicativo - presente: venho, vens, vem, vimos, vindes, vêm. - pretérito perfeito: vim, vieste, veio, viemos, viestes, vieram. Subjuntivo - futuro (quando eu): vier, vieres, vier, viermos, vierdes, vierem. - pretérito imperfeito (se eu): viesse, viesses, viesse, viéssemos, viésseis, viessem. - presente: perco, perdes, perde, perdemos, perdeis, perdem. Sumir Subjuntivo - presente: sumo, somes, some, sumimos, sumis, somem. - presente: perca, percas, perca, percamos, percais, percam. Subjuntivo Indicativo - presente: suma, sumas, suma, sumamos, sumais, sumam. 54 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos VERBOS QUE MERECEM UMA ATENÇÃO ESPECIAL Rir Indicativo 1. - presente: rio, ris, ri, rimos, rides, riem. - pretérito perfeito: ri, riste, riu, rimos, ristes, riram. Subjuntivo Verbo REAVER = RE + HAVER – Deriva do verbo HAVER, porém, só é conjugado quando o verbo HAVER apresentar a letra “V”. Ex.: HAVER - presente: ria, rias, ria, riamos, riais, riam. - pretérito imperfeito: risse, risses, risse, ríssemos, rísseis, rissem. Presente do Indicativo Eu hei Tu hás Ele há Nós havemos reavemos Vós haveis reaveis Eles hão Possuir Indicativo - presente: possuo, possuis, possui, possuímos, possuís, possuem. - pretérito perfeito: possuí, possuíste, possuiu, possuímos, possuístes, possuíram. Presente do Subjuntivo Subjuntivo Que eu haja - presente: possua, possuas, possua, possuamos, possuais, possuam. - pretérito imperfeito: possuísse, possuísses, possuísse, possuíssemos, possuísseis, possuíssem. Que tu hajas Que ele haja Que nós hajamos Que vós hajais Polir Que eles hajam Indicativo CONCLUSÃO: O verbo REAVER não tem presente do subjuntivo, imperativo negativo e no imperativo afirmativo apenas (reavei vós). Isso ocorre porque o verbo HAVER não apresenta a letra V. - presente: pulo, pules, pule, polimos, polis, pulem. Subjuntivo - presente: pula, pulas, pula, pulamos, poli, pulam. HAVER Pedir Pretérito Perfeito Eu houve Tu houveste Ele houve Nós houvemos Vós houvestes Eles houveram Indicativo - presente: peço, pedes, pede, pedimos, pedis, pedem. Subjuntivo - presente: peça, peças, peça, peçamos, peçais, peçam. Ouvir Indicativo 2. - presente: ouço, ouves, ouve, ouvimos, ouvis, ouvem. Subjuntivo reouve reouveste reouve reouvemos reouvestes reouveram Verbos PRECAVER-SE, CRER, REQUERER e PROVER no pretérito perfeito e derivados seguem os verbos regulares da segunda conjugação. - presente: ouça, ouças, ouça, ouçamos, ouçais, ouçam. Ir Indicativo - presente: vou, vais, vai, vamos, ides, vão. - pretérito perfeito: fui, foste, foi, fomos, fostes, foram. Subjuntivo - presente: vá, vás, vá, vamos, vades, vão. - pretérito imperfeito: fosse, fosses, fosse, fôssemos, fôsseis, fossem. Pôr VENDER CRER PRECAVER Eu vendi Eu cri Eu precavi Tu vendeste Tu creste Tu precaveste Ele vendeu Ele creu Ele precaveu Nós vendemos Nós cremos Nós precavemos Vós vendestes Vós crestes Vós precavestes Eles venderam Eles creram Eles precaveram ATENÇÃO! CERTO ERRADO Requereram Requiseram Precaveu Precaviu Proveu Proviu Subjuntivo Precavesse Precavisse - futuro (quando eu): puser, puseres, puser, pusermos, puserdes, puserem. Precavera Precavira Requerera Requisera Indicativo - presente: ponho, pões, põe, pomos, pondes, põem. - pretérito perfeito: pus, puseste, pôs, pusemos, pusestes, puseram. 55 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos 3. Verbos terminados em “EAR” apresentam: R + ei eu, tu, eles ele, INCENDIAR ODIAR presente do indicativo Eu incendeio Eu odeio presente do subjuntivo Tu incendeias Tu odeias imperativo Ele incendeia Ele odeia Nós incendiamos Nós odiamos Vós incendiais Vós odiais Eles incendeiam Eles odeiam presente do indicativo R+e nós e vós presente do subjuntivo imperativo R+e eu, tu , ele, nós, vós e eles presente do indicativo nos demais tempos R + ei eu, tu , ele, eles presente do subjuntivo imperativo R = Radical Ex.: PASSEAR presente do indicativo Eu passeio R+i Tu passeias nós e vós presente do subjuntivo imperativo Ele passeia Nós passeamos Vós passeais R+i Eles passeiam CONCLUSÃO: nos demais tempos CONCLUSÃO: Os verbos terminados em “EAR” não apresentam a vogal “i” ao lado do “e” em nós e vós no presente do indicativo, subjuntivo e imperativo. Quanto aos demais tempos apresentam somente a vogal “e” em todas as pessoas. Ex.: Receara e não Receiara Os verbos terminados em “IAR” (mediar, ansiar, remediar, incendiar e odiar) apresenta “R + i” em nós e vós e, “R + ei” em eu, tu ele e eles no presente do indicativo, do subjuntivo e imperativo. Quanto aos demais tempos, “R + i”. 5. Verbos terminados em “IAR”: O verbo REQUERER é derivado do verbo QUERER, exceto pretérito perfeito e derivados e primeira pessoa do presente do indicativo – requeiro. Regra geral = Radical (R) + i Exs.: Requereram e não requiseram. Passeava e não Passeiava 4. eu, tu , ele, nós, vós e eles R+i eu, tu , ele, nós, vós e eles Requeiro e não Requero. Em todos os tempos Requeresse e não requisesse. 6. Ex.: PREMIAR Eu premio Tu premias Ele premia Nós premiamos Vós premiais Eles premiam O verbo PRECAVER não é derivado nem de ver e nem de VIR: Exs.: Precaveu e não precaviu Precavesse e não precavisse Obs.: Precavenham e precaveja são formas incorretas. 7. Exceções: Verbos que formam a palavra MÁRIO: Mediar, Ansiar, Remediar, Incendiar e Odiar. O verbo PROVER deriva de VER em todos os tempos, exceto pretérito perfeito e derivados. Neste caso, segue os verbos regulares da segunda conjugação (ex.: vender). Exs.: Proveu e não proviu Se eu provesse e não provisse Eles proveram e não proviram Quando eu prover e não provir MEDIAR ANSIAR REMEDIAR Eu medeio Eu anseio Eu remedeio Tu medeias Tu anseias Tu remedeias Ele medeia Ele anseia Ele remedeia Nós mediamos Nós ansiamos Nós remediamos Vós mediais Vós ansiais Vós remediais Eles medeiam Eles anseiam Eles remedeiam 8. Verbos: Minguar Aguar Mobiliar Enxaguar Não usam acento em nós e vós. Exs.: Mobílio e não mobilio Mínguo e não minguo Águo e não aguo 56 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 Desaguar LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos Lembrete: Minguamos, minguais, mobiliamos, mobiliais, enxaguamos, enxaguais, aguamos e aguais, desaguamos e desaguais (primeira e segunda pessoas do plural) não levam acento. TEMPOS COMPOSTOS CORRELAÇÕES VERBAIS A seguir, veja alguns casos em que os tempos verbais são concordantes: presente do indicativo + presente do subjuntivo: Ex.: Exijo que você faça o dever. Verbos Auxiliares (ter ou haver) + Particípio (regular). pretérito perfeito do indicativo + pretérito imperfeito do subjuntivo: Modo Indicativo Pretérito perfeito: verbo auxiliar no presente do indicativo + verbo principal no particípio. Ex.: tenho estudado Pretérito mais-que-perfeito: verbo auxiliar no pretérito imperfeito do indicativo + verbo principal no particípio. Ex.: tinha estudado Futuro do presente: verbo auxiliar no futuro do presente do indicativo + verbo principal no particípio. Ex.: terei estudado Futuro do pretérito: verbo auxiliar no futuro do pretérito do indicativo + verbo principal no particípio. Ex.: teria estudado Ex.: Exigi que ele fizesse o dever. presente do indicativo + pretérito perfeito composto do subjuntivo: Ex.: Espero que ele tenha feito o dever. pretérito imperfeito do indicativo + mais-que-perfeito composto do subjuntivo: Ex.: Queria que ele tivesse feito o dever. futuro do subjuntivo + futuro do presente do indicativo: Ex.: Se você fizer o dever, eu ficarei feliz. pretérito imperfeito do subjuntivo + futuro do pretérito do indicativo: Ex.: Se você fizesse o dever, eu leria suas respostas. Modo Subjuntivo Pretérito perfeito: verbo auxiliar no presente do subjuntivo + verbo principal no particípio. Ex.: tenha estudado Pretérito mais-que-perfeito: verbo auxiliar no pretérito imperfeito do subjuntivo + verbo principal no particípio. Ex.: tivesse estudado Futuro: verbo auxiliar no futuro do subjuntivo + verbo principal no particípio. Ex.: tiver estudado pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo + futuro do pretérito composto do indicativo: Ex.: Se você tivesse feito o dever, eu teria lido suas respostas. futuro do subjuntivo + futuro do presente do indicativo: Ex.: Quando você fizer o dever, dormirei. futuro do subjuntivo + futuro do presente composto do indicativo: Ex.: Quando você fizer o dever, já terei dormido. Formas nominais Infinitivo pessoal: verbo auxiliar no infinitivo pessoal + verbo principal no particípio. Ex.: ter estudado V. Voz: a ação expressa pelo verbo pode se dar de três formas: ativa, passiva e reflexiva. Gerúndio: verbo auxiliar no gerúndio + verbo principal no particípio. Ex.: tendo estudado Ex.: O presidente sancionou uma lei. Observação: Não existem presente, pretérito imperfeito, imperativo e particípio compostos. Andam estudando. Foi estudado. Pôs-se a vender. Estavam vendendo. Tinham vendido. Chame a sair. Ia saindo. Haviam saído. Reflexiva: quando o sujeito pratica e sofre a ação. Ex.: O escorpião envenenou-se. 1) Voz ativa Ex.: A criança viu Papai Noel. Na frase acima, a criança pratica a ação expressa pelo verbo. É um sujeito agente. Exemplos: Prepare para estudar. Passiva: quando a ação é recebida pelo sujeito. Ex.: A lei foi sancionada pelo presidente. LOCUÇÃO VERBAL É o conjunto de dois ou mais verbos, sendo que um é o principal e os demais auxiliares. O verbo auxiliar aparece conjugado, e o verbo principal, numa das formas nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio. Ativa: quando a ação é praticada pelo sujeito. Em: Papai Noel levou um susto, o sujeito. Papai Noel é também considerado agente, embora não pratique ação nenhuma. 57 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos 2) PASSAGEM DE LOCUÇÃO VERBAL PARA A VOZ PASSIVA Voz passiva Ex.: Papai Noel foi visto pela criança. Voz Ativa Papai Noel sofre a ação expressa pelo verbo. Trata-se de um sujeito paciente. A criança é o elemento que pratica a ação de ver. É o agente da passiva. v. aux. v. princ. Sujeito Agente Objeto Direto Voz Passiva Analítica A voz passiva pode ser: a) analítica: formada pelo verbo ser + o particípio do verbo principal. Ex.: As queixas da sociedade foram ouvidas. b) sintética ou pronominal: formada pelo verbo principal na 3ª pessoa, seguido do pronome "SE". Ex.: Ouviram-se as queixas da sociedade. A voz passiva ainda pode ser formada por outros verbos auxiliares, como estar, andar, ficar, ir, vir, viver etc. Exs.: As queixas da sociedade estavam sendo ouvidas pelo Congresso Nacional. Eles sempre iam manipulados pela mídia. Essa sociedade vive marginalizada pelo Primeiro Mundo. 3) José havia comprado os ingressos às dez. Os ingressos haviam sido comprados às dez por José. v. aux. particípio Sujeito Paciente Agente da passiva Verbo ser no mesmo tempo e modo do verbo da voz ativa. Verbo principal (comprado)da voz ativa no particípio. Verbo auxiliar concorda com o sujeito. Voz Passiva Sintética ou Pronominal Haviam-se comprado os ingressos. Partícula apassivadora Verbo principal na 3ª pessoa concordando com o sujeito + pronome "SE". PASSAGEM DA VOZ PASSIVA PARA A VOZ ATIVA É o processo inverso. Voz reflexiva Ex.: O escorpião feriu-se. Voz Passiva Escorpião é o agente e o paciente da ação expressa pelo verbo. A redação foi corrigida pelo professor. PASSAGEM DA VOZ ATIVA PARA A VOZ PASSIVA Sujeito Paciente Agente da passiva Voz Ativa PASSAGEM PARA A VOZ PASSIVA O professor corrigiu a redação. Pret. Perf. Voz Ativa Sujeito Agente José comprou os ingressos às dez. O Agente da Passiva voltou a ser o Sujeito Agente. Sujeito Agente Objeto Direto O Sujeito Paciente voltou a ser o Objeto Direto. Voz Passiva Analítica Eliminou-se o verbo ser, conjugando-se o verbo principal no mesmo tempo em que se encontra o verbo ser. Os ingressos foram comprados às dez por José. Sujeito Paciente Objeto Direto Agente da passiva EMPREGO DO "QUE" E "SE" Verbo ser no mesmo tempo e modo do verbo da voz ativa. FUNÇÕES DA PALAVRA “QUE” Verbo principal (comprou)da voz ativa no particípio. 1. Substantivo – é acentuado e precedido por artigo. Voz Passiva Sintética ou Pronominal Ex.: Ele tem um quê de louco. Compraram-se os ingressos. 2. Preposição – Ter + que + verbo no infinitivo. Partícula apassivadora Ex.: tenho que sair. Verbo principal na 3ª pessoa concordando com o sujeito + pronome "SE". 3. Interjeição – acentuado e seguido de ponto de exclamação. Ex.: Quê! Você ainda não resolveu os exercícios?! 58 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos 4. Partícula expletiva ou de realce – pode ser retirado da frase sem prejuízo ao contexto. 1. Conjunção subordinada integrante – introduz oração substantiva. Ex.: Quase que não chego a tempo. 5. Pronome relativo – pode ser trocado por “o qual” e flexões. Ex.: A menina que chegou é minha prima. Ex.: Não sei se ela voltará. 2. Conjunção subordinada condicional – igual a caso. 6. Advérbio – vem ao lado de um adjetivo ou de um advérbio. Ex.: Que longe é esta fazenda! FUNÇÕES DA PALAVRA “SE” Ex.: Se chegássemos a tempo, falaríamos com ela. 3. Partícula de realce – pode ser retirado que não é essencial ao contexto. Ex.: Ele se morria de ciúmes pelo patrão. advérbio advérbio 4. Parte integrante do verbo – acompanha os verbos pronominais. 7. Pronome substantivo indefinido – igual a “que coisa”. Ex.: Que houve aqui? Ex: Ajoelhou-se no chão. 8. Pronome adjetivo indefinido – ao lado de um substantivo. Ex.: Que livros você comprou! 5. Pronome apassivador – acompanha verbo que se encontra na voz passiva sintética. Ex.: Vendem-se carros. 9. Conjunção coordenada aditiva – entre palavras iguais. Ex.: Ela mexe que mexe sem parar. 10. Conjunção coordenada explicativa – equivale a “porque”. Ex.: Venha que seu pai a espera. 11. Conjunção subordinada consecutiva – antecedido pelas palavras tão, tal, tamanho e tanto. Ex.: A questão era tão difícil que não consegui fazer. 6. Índice de indeterminação do sujeito – vem com verbo na voz ativa, na 3° pessoa do singular e com sujeito indeterminado. Ex.: Precisa-se de compreensão mútua. 7. Pronome reflexivo – quando equivale a “a si mesmo”. Ex.: Ele cortou-se com a faca. a si mesmo. QUESTÕES DE PROVAS DA FAPEC-MS A questão 1 refere-se ao seguinte texto: 1 Por mais que se critiquem investimentos em poupança, parece que muitos 2 brasileiros, em especial os de baixa renda, ainda a consideram a única opção, quer 3 porque admite a aplicação de pequenas quantias, quer porque o acesso a esse tipo 4 de investimento parece mais fácil. 5 Sobre essas questões, Gustavo Cerbasi, especialista em educação 6 financeira, explica que, “há até pouco tempo”, para fazer render o pouco que 7 sobrava do salário, bastava ter uma conta salário ou abrir uma conta poupança, 8 ambas obrigatoriamente isentas de tarifas”. Já para aplicações mais complexas e mais 9 rentáveis, “era necessário abrir uma conta-corrente de serviços, com pacotes mensais 10 de tarifas que cobravam do pequeno poupador mais do que a vantagem que ele 11 obtinha nos investimentos”. 12 Acrescenta o especialista que, hoje “com as novas contas eletrônicas isentas 13 de tarifas (aquelas que você abre e movimenta apenas pela internet), é possível 14 acessar, sem custo, opções de investimento e enviar recursos para corretoras investirem 15 em títulos públicos”, de modo que já não há mais argumentos que favoreçam a 16 poupança. (Texto construído com fragmentos de matéria assinada por Gustavo 17 Cerbasi, sob o título “A poupança voltará algum dia À boa forma?”, publicada na 18 revista Época, São Paulo, Editora Globo, n° 979, p. 69, 27 março 2017). 59 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos 1. [Assistente Social-(NS)-(M)-Pref. Munic. São Gabriel do Oeste-MS/2017-Fapec-MS].(Q.8) Assinale a alternativa que indica corretamente a classe da palavra: a) “quer” (l. 2 e l. 3): verbo. b) “poupador” (l. 10): adjetivo. c) “mais” (l. 8 e l. 9): pronome indefinido. d) “pouco” em “o pouco que sobrava” (l. 6-7): substantivo. e) “pouco” em “o pouco que sobrava” (l. 6-7): pronome indefinido. 2. [Fiscal Tributos-(NS)-(M)-Pref. Munic. Naviraí-MS/2016-Fapec-MS].(Q.5) A alternativa correta quanto ao emprego de tempos e modos verbais é: a) Só saberemos das nossas chances de classificação quando vermos o gabarito oficial. b) Só saberemos das nossas chances de classificação quando virmos o gabarito oficial. c) Embora estava preparado, não interveio na discussão. d) Embora estivesse preparado, não interviu na discussão. e) Se ele se mantesse à direita, conforme indicava as placas, não teria sido autuado. As questões 3 e 4 referem-se ao seguinte texto: Nas avaliações oficiais da qualidade do ensino oferecido no Brasil, os índices __________ não _____ atingindo o esperado. Além disso, revelam que um número significativo de crianças que _____ as aulas não _____ resultados satisfatórios de aprendizagem. Para transformar esse quadro, programas para formação de professores _____ sendo _________ pelo governo. Durante as capacitações, os professores comentam que querem __________, tudo o que for possível sobre dificuldades de aprendizagem, na expectativa __________ as informações oferecidas nos cursos os conduzam a entender muitas questões __________ ainda não tenham familiaridade. 3. [Controlador Interno-(NS)-(M)-Pref. Munic. Nova Alvorada do Sul-MS/2016-Fapec-MS].(Q.2) Quanto ao emprego das classes das palavras destacadas, a alternativa correta é: a) qualidade = adjetivo. b) esperado = verbo. c) esperado substantivo. d) o = artigo definido. e) os = artigo definido. 4. [Controlador Interno-(NS)-(M)-Pref. Munic. Nova Alvorada do Sul-MS/2016-Fapec-MS].(Q.3) O comentário verdadeiro sobre o emprego de tempos e modos verbais está na alternativa: a) Tanto em “revelam” (primeiro parágrafo) quanto em “comentam” (último parágrafo), o autor presentifica fatos já concluídos, mas que ocorreram em um passado próximo. b) Tanto em “querem” quanto em “for” (último parágrafo) foi usado o futuro do subjuntivo para indicar possibilidade. c) Nas formas “querem” e “conduzam” (último parágrafo), ambas no presente, foram usados modos verbais diferentes (indicativo e subjuntivo, respectivamente) para produzir o mesmo efeito de processos habituais, de modo que a segunda forma poderia ser substituída por “conduzem”. d) Em “revelam” (primeiro parágrafo) e em “comentam” (último parágrafo), o presente do indicativo representa o agora, ou seja, um fato simultâneo ao momento em que o texto é produzido. e) Par representar o processo como possibilidade (‘vir a ter’), o autor emprega o presente do subjuntivo em “tenham” (último parágrafo); se a pretensão fosse representá-lo como um fato, como verdade, teria empregado o presente do indicativo – “têm” –, que também seria correto. 60 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos A questão 5 refere-se ao texto a seguir e avalia conhecimentos sobre diferentes itens do conteúdo previsto para esta prova: Fonética Forense 1 Dentro da linguística forense, uma das subáreas que mais têm crescido nos 2 últimos anos no Brasil é a fonética forense, que investiga o discurso gravado em voz 3 com o objetivo de identificar o falante. 4 A partir de um áudio gravado, fazem parte do trabalho foneticista forense a 5 transcrição fonética, processo que exige o conhecimento linguístico para o resultado mais 6 exato possível; a autenticação, na qual se verifica a existência de manipulações; e a 7 identificação, que consiste em apontar indícios de convergência ou divergência a 8 respeito da autoria de alguma declaração registrada. 9 O linguista Ricardo Molina, que trabalha há mais de 20 anos como perito, deixa 10 claro que o foneticista forense, assim como qualquer perito contratado para auxiliar uma 11 investigação, limita-se à análise e ao detalhamento de evidências “Fazemos só o 12 trabalho de perícia, sem julgamento de valor, e entregamos nossas conclusões ao juiz, que 13 pode considerar o resultado em uma decisão, ou não.” 14 [...] 15 O perito de áudio, hoje, não lida apenas com informações puramente fonéticas, 16 mas também com elementos externos à fala, como barulhos de carro, de portas e janelas 17 ou de arma de fogo, por exemplo. A especialidade passa a abranger então 18 conhecimentos de matemática e física, principalmente no campo da acústica. 19 “Outro dia um sujeito me pediu para analisar o canto de um pássaro utilizado 20 na toada de uma agremiação que compete no Festival de Parintis, no Amazonas”, conta 21 Molina. “Ele trabalhava com a gravação de sons de aves raras e acusava o grupo de 22 utilizar um registro seu sem autorização.” 23 Por fim, o perito descobriu que a denúncia procedia: além de o canto na música 24 ser o mesmo de uma gravação do profissional, todos os demais sons ambientes eram 25 idênticos. Se nem mesmo as aves estão livres de identificação pela voz, a um envolvido 26 em processo judicial fica cada vez mais difícil enganar a Justiça, ainda que sob a sombra 27 do anonimato. (Fragmento do texto “Escreve e te direi quem és”, de autoria de Célio 28 Yano, publicado na revista Ciência Hoje, n. 280, vol. 47, abril de 2011, p. 48-49. Com 29 adaptações). 5. [Auditor Tributário Fiscal-(NS)-(T)-Pref. Munic. Três Lagoas-MS/2015-Fapec-MS].(Q.6) A classe das duas palavras está corretamente indicada na alternativa: a) “fala” (l. 16) e “um” (l. 26) = substantivo pronome indefinido, respectivamente. b) “fonética” (l. 2) e “ambientes” (l. 25) = substantivo e substantivo. c) “claro” (l. 10) e “envolvido” (l. 26) = adjetivo e adjetivo. d) "falante" (l. 3) e “envolvido” (l. 26) = verbo e verbo. e) "só" (l.12) e "ainda" (l.27) = adjetivo e advérbio, respectivamente. 61 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos 6 PERÍODOS COMPOSTOS POR COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO. ORAÇÕES REDUZIDAS. Sintaxe é a parte da gramática que estuda as relações existentes entre as palavras numa frase ou entre as orações num período. PERÍODO SIMPLES FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO Em primeira instância, é importante a diferenciação entre frase, oração e período. a) FRASE – é todo enunciado dotado de significação completa. Exemplo: E agora, José? – Frase Nominal (sem verbo) Exemplo: Quero fazer uma poesia. – Frase Verbal (com verbo) (Vinícius de Morais) b) ORAÇÃO – palavra ou conjunto de palavras que se estruturam a partir de um verbo. Entretanto, nem sempre uma oração possui sentido completo. Exemplo: Eu analisarei o seu pedido ainda hoje. (Uma oração apenas) Exemplo: Ao analisar o tema, percebi a sua complexidade. (Duas orações) c) PERÍODO – é o enunciado constituído de uma ou mais orações. Quando possuir uma, chamar-se-á absoluta e o período será simples. Mas, quando possuir mais de uma oração, elas possuirão nomes diversos e o período será composto. Exemplo: Baratas velhas emergiam dos esgotos. (Clarice Lispector) (Período simples, pois possui um verbo. A oração é chamada absoluta) Exemplo: Eu não sabia que isso se passava em casa de baronesa que tinha a modista ao pé de si. (Machado de Assis). (Período composto, pois possui três verbos. Isso significa que há três orações) I. TERMOS DA ORAÇÃO Os termos das orações se dividem conforme o quadro abaixo: Termos da Oração Simples, Composto, Oculto Sujeito Indeterminado e Inexistente - Essenciais Nominal, Verbal e Predicado Verbo Nominal Complement o Nominal Objeto Direto - Integrantes Complement o Verbal Objeto Indireto Agente da Passiva Adjunto Adnominal - Acessórios Adjunto Adverbial Aposto - Independente - Vocativo 62 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos Observação: Os termos da oração são denominados, linguisticamente, sintagmas. Estes receberão três denominações: a- Sintagma Nominal: o núcleo é um nome. Exemplos: sujeito, objeto direto, objeto indireto etc. Exemplo: O advogado reconheceu a derrota. ( O advogado e a derrota são dois sintagmas nominais ) b- Sintagma Verbal: O núcleo é um verbo. Exemplo: predicado. Exemplo: O advogado reconheceu a derrota. ( O termo destacado é um sintagma verbal, já que o núcleo é um verbo ). c- Sintagma Oracional: é representado pelas orações subordinadas. Exemplo: Sei que amanha choverá mais. (A oração destacada, por funcionar como objeto direto, funciona como um sintagma oracional. A – TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO A.1 – SUJEITO Sujeito – é o ser da oração a quem o verbo se refere e sobre o qual se faz uma declaração. Com isso, o sujeito receberá cinco denominações diferentes. a) Sujeito Simples: é aquele que só possui um núcleo substantivo. Exemplo: Os sinos silenciaram. Sujeito simples (núcleo substantivo – “sinos”) b) Sujeito Composto: é aquele que possui dois ou mais núcleos substantivos. Exemplo: Os sargentos e os cabos nos ensinaram a atirar. Sujeito composto (núcleos substantivos – “sargentos”, “cabos”) c) Sujeito Oculto: indicado pela desinência verbal. Exemplo: Encontramos os visitantes na sala. Sujeito oculto (nós) Observação: A N.G.B. – Nomenclatura Gramatical Brasileira – não menciona o sujeito oculto. Segundo tal norma, trata-se de um caso de sujeito simples. Para efeito de provas, ambas as classificações são corretas. Exemplo: Analisarei seu pedido hoje à tarde. ( Sujeito de analisarei é simples ou oculto. ) d) Sujeito Indeterminado: é aquele que existe, mas não está determinado na oração. Ocorrerá em duas circunstâncias: 1º) Verbo na terceira pessoa do plural sem referência anterior a sujeito. Exemplo: Falaram muito mal de você na reunião. 2º) Verbo na terceira pessoa do singular acompanhado pela partícula “se” com função de índice de indeterminação do sujeito. Tal fenômeno ocorrerá com verbo transitivo indireto ou intransitivo. Exemplo: Acredita-se na existência de discos voadores. I.I.S e) Sujeito Inexistente ou Oração sem Sujeito: quando a informação transmitida pelo verbo não se refere a sujeito algum. Ocorre com verbos impessoais e nos seguintes casos: 1º) Verbo indicando fenômeno da natureza. Exemplo: Choveu muito no mês passado. 63 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos 2º) Verbos “fazer”, “ser”, “haver” e “estar” indicando tempo cronológico ou clima. Exemplos: Faz cinco dias que ela partiu. São sete horas. Há dois meses que não vejo Fabiana. Está frio. 3º) Verbo “haver” no sentido de existir. Exemplo: Havia cinco alunos na biblioteca. Sempre no singular – Atenção !!! 4º) Verbo “ser” indicando tempo ou distância. Exemplo: É meio-dia e meia. / São cinco quilômetros sem asfalto. A.2 – PREDICADO Predicado – pode se comportar como verbal, nominal ou verbo-nominal. a) Predicado Verbal: quando possui verbo transitivo ou intransitivo sem predicativo possuindo como núcleo o verbo. Exemplo: Lígia sumiu. Observação: Noção de ação, basicamente. Atenção: Verbo transitivo é aquele que pede complemento verbal. Se o complemento for um objeto direto, o verbo será transitivo direto; mas se for objeto indireto, o verbo será transitivo indireto. Verbo Intransitivo é aquele que não pede complemento verbal, ou seja, objeto direto ou objeto indireto. - direto - indireto - direto e indireto 1. PV = VT sem predicativo 2. PV= VI (sem predicativo) acompanhado ou não por adjunto adverbial b) Predicado Nominal: o núcleo da informação veiculada está contida em um nome (predicativo do sujeito) e o verbo será de ligação. Exemplo: A prova era difícil. Predicativo do sujeito (aquilo que se afirma do sujeito). Verbo de ligação: liga o sujeito àquilo que se afirma dele. Além disso, indica o estado do sujeito. MACETEX: P.N.: VL + PS c) Predicado Verbo-Nominal: é aquele que possui dois núcleos, ou seja, um nome e um verbo. Exemplo: O trem chegou atrasado à estação. Núcleo do predicado nominal (predicativo do sujeito) Verbo intransitivo (núcleo do predicado verbal) Observação: Unindo o verbo intransitivo com o predicativo ocorre o predicado verbo - nominal. 64 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos - direto MACETEX: PVN=VT - indireto - direto e indireto com predicativo B – TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO B.1 – COMPLEMENTO VERBAL a) Objeto Direto: é o termo da oração que complementa a significação de um verbo transitivo direto sem auxílio de preposição obrigatória. Exemplo: Carlos vendia livros. V.T.D O.D. b) Objeto Indireto: é o termo da oração que completa a significação de um verbo transitivo indireto, sempre com o auxílio de uma preposição obrigatória. Exemplo: O professor confia em seus alunos. V.T.I O.I. Observação: Os complementos verbais possuem subclassificações. Analise os casos abaixo. a) Objetos pleonásticos: ocorrerão quando em uma sentença, por razoes estilísticas, um objeto é duplamente marcado. Exemplo 1: O dinheiro, já o enviei a você ontem à tarde. ( O dinheiro – objeto direto / o – objeto direto pleonástico, por ser a repetição) Exemplo 2: Ao réu, não lhe ofertaram perdão. (ao réu – objeto indireto / lhe – objeto indireto pleonástico, por ser a repetição) B.2 – COMPLEMENTO NOMINAL É o termo que se liga a um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) sempre através de preposição, com o objetivo de completar o sentido desse vocábulo. Exemplos: O povo tinha necessidade de alimentos. Substantivo. Compl. nominal Falou favoravelmente ao réu. Advérbio Compl. nominal Este remédio é prejudicial ao organismo. Adjetivo Compl. nominal B.3 – AGENTE DA PASSIVA É o termo da oração que se refere a um verbo na voz passiva, sempre introduzido por preposição, com o fim de indicar o elemento que executa a ação verbal. Exemplos: As terras foram desapropriadas pelo Governo. Voz passiva Agente da passiva A cidade estava cercada de inimigos. Voz passiva Agente da passiva Observação: Para encontrar o agente da passiva, faça a pergunta “por quem” aos verbos. 65 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos C – TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO E VOCATIVO C.1 – ADJUNTO ADNOMINAL Termo que sempre se refere a um substantivo, especificando-o. Por isso, podem se comportar como adjuntos adnominais: a) Artigo – Os dias eram difíceis. Artigo, portanto, adj. Adnominal b) Numeral – Dois meninos chegaram. Numeral – adj. Adnominal c) Pronome Adjetivo – Aqueles meninos chegaram. Pronome adjetivo, pois vem ao lado do substantivo (adj. Adnominal) d) Adjetivo – Meninos alegres partiram. Adjetivo – adj. Adnominal e) Locução Adjetiva – Meninas do interior partiram para a cidade. Locução adj. – adj. Adnominal C.2 – ADJUNTO ADVERBIAL Expressa circunstâncias de modo, lugar, tempo, instrumento e outras: a) Advérbio – Cheguei cedo. Advérbio (Adj. adverbial de tempo) b) Locução Adverbial – Cortou-se com a faca. Locução Adverbial (adjunto adverbial de instrumento) Abaixo segue uma lista de algumas circunstâncias do adjunto adverbial: Afirmação: Sim, efetivamente estive lá naquela noite. Assunto: Falar-lhes-ei sobre política. Causa: Por convicção pessoal, serei breve com você. Companhia: Eu e a sua família iremos com Pedro. Concessão: Apesar da briga, os depoentes apresentaram seus argumentos. Condição: Sem estudo, nada conseguirás. Conformidade: Agirei conforme a lei. Dúvida: Talvez eu a veja amanhã à tarde. Exclusão: Todos irão, menos você. Finalidade: Convidei-a para uma conversa franca. Inclusão: Todos irão, inclusive você. Instrumento: A criança feriu-se com uma tesoura. Intensidade: Estou muito preocupado. Lugar: Estou no meu quarto. Modo: Agi com determinação. Origem: Vim de São Paulo.( Não é errado classificar como de lugar ) Negação: Não a vi na reunião. Tempo: Na próxima semana, irei com vocês. 66 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos Observação: O sentido da preposição é determinado pela locução adverbial que introduz. Não raro, concursos abordam semântica de preposição e o candidato erra a questão. Cuidado, se, por exemplo, o adjunto adverbial de lugar – ou a locução adverbial de lugar – for introduzido por uma preposição em, esta também possuirá sentido de lugar. Exemplo: Todos moram em casas próximas. É um adjunto adverbial de lugar e a preposição também exerce a semântica lugar. C.3 – APOSTO É o termo da oração que sempre se liga à palavra que o antecede com a função de explicar, esclarecer, identificar, discriminar esse nome. Geralmente, vem separado por vírgula, mas há outros empregos: Exemplo 01: Lúcia, aluna do terceiro colegial, foi bem na prova. Aposto explicativo Exemplo 02: Só espero isto: teu sucesso. Aposto explicativo Exemplo 03: O autor Machado de Assis escreveu Dom Casmurro. Aposto delimitativo ou especificativo (não separado por vírgula) Exemplo 04: Necessito disto: livros, apostilas, revistas, jornais e muita dedicação. Aposto enumerativo Exemplo 05: Livros, apostilas, jornais atualizados, nada foi suficiente para resolver as questões. Aposto resumitivo C.4 – VOCATIVO Termo isolado da oração que tem a função de indicar o elemento a quem nos dirigimos. Exemplo: Alunos, dirijam-se à secretária. Vocativo Observação: Não pertence à estrutura da oração, pois não se encaixa nem no sujeito nem no predicado. PERÍODO COMPOSTO É considerado período composto todo aquele formado por mais de uma oração. Obs.: O período formado por apenas uma oração recebe o nome de período simples com oração absoluta. Exemplo: Para mim, só aceito uma estrela mais brilhante. 1º) Período Composto por coordenação – é considerado composto por coordenação todo período formado por mais de uma oração independente, ou seja, por mais de uma sentença que possua autonomia significativa, se isolada como contexto. Exemplo: No outro dia tomei o trem, ferrei no sono e acordei às dez na estação central. 67 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos Veja: ordem 1: No outro dia tomei o trem, (três orações independentes ligados por elementos conectores (vírgula e a conjunção “e”). ordem 2: Ferrei no sono. (e) ordem 3: Acordei às dez na estação central. Obs.: Veja que cada oração possui sentido completo, portanto são independentes e, por consequente, coordenadas. I PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO 1. Oração coordenada assindética – são aquelas destituídas de conjunção. Exemplo: ordem 1 e ordem 2 do exemplo anterior. Exemplo: Pare, admire, beije-me. or.1 or.2 or.3 2. Oração coordenada sindética – são aquelas que vêm introduzidas por conector e recebem o nome dele. Veja o quadro seguinte: Classificação Conjunções que a introduzem Aditivas e, nem Adversativas mas, porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto Alternativas ou ... ou ora ...ora quer ... quer Conclusivas Explicativas logo, portanto, por isso, assim, pois, (posposto ao verbo) porque, pois (Anteposto ao verbo); porquanto, que (no sentido de pois) Conceito Expressam uma ideia de adição. São introduzidas por conjunções coordenativas aditivas. Expressam uma ideia de aparente contradição ou oposição. São introduzidas por conjunções coordenativas adversativas Indicam alternância de fatos ou ideias. São introduzidas por conjunções coordenativas alternativas Exemplo Trabalha e estuda. Vem, vi e venci Estudou muito, aprovado mas não foi Ora chove, ora faz Sol Exprimem ideia de conclusão ou consequência. São introduzidas por conjunções coordenativas conclusivas. Estudas, portanto passarás. Justificam a ideia contida na oração anterior. São introduzidas por uma conjunção coordenativa explicativa. OBS.: Se a 1ª oração der ideia de ordem, a 2ª será coordenada explicativa. Não chores, que a vida é luta renhida. II PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO Trata-se da formação de um período a partir da relação entre uma oração chamada “principal” com outra(s) chamada(s) dependente(s) dela. Além disso, esse período divide-se em três classificações: 1. Período composto por subordinação com orações substantivas. Exemplo: É verdade que te amo. Oração principal oração subord. subst. Observação: Assume função de um termo – sintagma – substantivo. São as funções possíveis: sujeito, complemento verbal, aposto, complemento nominal e predicativo. 68 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos 2. Período composto por subordinação com orações adjetivas. Exemplo: Deus, que é nosso pai, nos salvará. or. subst. adjetiva Oração principal Observação: Assume a função de uma qualidade de um substantivo, ou seja, indicar a qual elemento – substantivo – o contexto se refere. 3. Período composto por subordinação com orações adverbiais. Exemplo: Quanto mais te vejo, mais percebo como te amo. Or. subord. adverbial or. principal Observação: Indica um circunstancial – com verbo em sua estrutura –, introduzido por uma conjunção adverbial com o mesmo nome da oração. A – ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS Período composto por subordinação Resumo: Orações subordinadas substantivas 1) VL (3º pessoa singular) + predicativo + C. Integrante = 2º oração: Subordinada Substantiva Subjetiva. 2) VTD+se ( pronome apassivador ) + C. Integrante = 2º oração: Subordinada Substantiva Subjetiva. 3) VTDI+se ( pronome apassivador ) + OI + C. Integrante = 2º oração: Subordinada Substantiva Subjetiva. 4) Verbo Intransitivo = 2º oração: Subordinada Substantiva Subjetiva. 5) Sujeito+VTD + CI = 2º oração: Subordinada Substantiva Objetiva Direta. 6) Sujeito+VTDI + OI + CI = 2º oração: Subordinada Substantiva Objetiva Direta. 7) Sujeito+VTI + PREP + CI = 2º oração: Subordinada Substantiva Objetiva Indireta. 8) Nome + preposição + CI = 2º oração: Subordinada Substantiva Completiva Nominal. 9) Suj. + VL + CI = 2º oração: Subordinada Substantiva Predicativa. 10) Depois de dois pontos = 2º oração: Subordinada Substantiva Apositiva. Classificação Conceito Exemplo Subjetiva Exerce a função de sujeito da oração principal. Vem sempre após as locuções verbais: é preciso, é conveniente, é urgente, etc. ou após um verbo transitivo seguido de se. Objetiva Direta Exerce a função de objeto direto da oração principal. Completa o sentido de um verbo transitivo direto. Declarou que não viria. Objetiva Indireta Exerce a função de objeto indireto da principal. Completa o sentido de um verbo transitivo indireto. Necessito de que me ajude. Completiva Nominal Exerce a função de complemento nominal da principal. Completa um nome e não o verbo. Tenho medo de que voltes Predicativa Exerce a função de predicativo da oração principal. Vem após verbos de ligação. Meu desejo é que sejas feliz Apositiva Exerce a função de aposto da oração principal. Aparece após os dois pontos, normalmente. Só desejo uma coisa: que sejas feliz. É necessário que partas. Sabe-se que a terra é redonda. 69 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos B – ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS Oração introduzida por pronome relativo com ou sem preposição. Classificação Restritiva Explicativa Característica Restringe a significação do substantivo ou da palavra antecedente. É indispensável ao sentido da frase. Não se separa por vírgula da oração principal Delimita a informação a um ou alguns elementos, em exclusão a outros. Particulariza a informação. Acrescenta uma qualidade acessória ao antecedente. É dispensável. Vem entre vírgulas. Generaliza a informação. Exemplo e interpretação Os homens cujos princípios não são sólidos acabam se acorrentando. (Entre vários homens possíveis, há os com princípios sólidos e os que não os têm, ou seja, nem todo homem possui princípios sólidos.) Os homens, cujos princípios não são sólidos, acabam se acorrentando. Observação e novo esclarecimento: Normalmente a restritiva vem sem vírgula e a explicativa com vírgula. Veja os dois exemplos abaixo, retirados de Infante(1996): Exemplo 01: Os homens cujos princípios não são sólidos acabam se corrompendo. Exemplo 02: Os homens, cujos princípios não são sólidos, acabam se corrompendo. Segundo o célebre gramático, “no primeiro período, está-se afirmando que determinado tipo de homens – aqueles que não têm princípios sólidos – são corruptíveis. O termo homens tem seu sentido especificado pela oração subordinada adjetiva restritiva.” Já no segundo, “ é muito mais pessimista: nele se afirma que todos os homens são corruptíveis, porque se considera a falta de solidez dos princípios uma característica comum a todo e qualquer homem. A oração subordinada adjetiva é, nesse caso, explicativa.” C – ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS Orações introduzidas por conjunção subordinada. Além disso, a oração recebe o nome do conectivo. Classificação Conceito Exemplo Indica a causa da ação expressa pelo verbo. Causal Liga-se à principal por meio de conjunções subordinativas causais: porque, visto que, já que, uma vez que, como. Não veio, porque estava doente. Estabelece uma comparação com a ação indicada pelo verbo da oração principal. Comparativa Concessiva Frequentemente se apresenta sem verbo, já que ele é o mesmo da O.P. Liga-se à principal por meio de conjunções subordinativas comparativas: que e do que (procedidos de mais, menos, melhor, pior, tão), como, quanto (procedido de tanto). Indica uma concessão às ações do verbo da oração principal, isto é, admite uma contradição ou um fato inesperado. Liga-se à principal por meio de conjunções subordinativas concessivas: embora, a menos que, se bem que, ainda que, conquanto. A luz é mais veloz do que o som. Irei à aula, ainda que chova. 70 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos Indica a condição necessária à ocorrência do verbo da Condicional oração principal. Liga-se à principal por meio de conjunções subordinadas condicionais: se, salvo, exceto, Irei à aula, se não chover. caso, desde que, contanto que, sem que. Indica uma conformidade entre o fato que expressa e a Conformativa ação do verbo da oração principal. Liga-se a ela por meio de conjunções subordinadas conformativas: como, Fiz tudo conforme pediu. consoante, segundo, conforme. Indica consequência resultante do verbo da oração Consecutiva principal. Liga-se à principal por meio de conjunções subordinadas consecutivas: (tão) ... que, (tanto) ... que, (tal) Falou tanto que ficou rouco. ... que, (tamanho) ... que. Indica o fim, o objetivo a que se destina o verbo da oração Final principal. Liga-se a ela por meio de conjunções subordinativas finais: a fim de que, para que, que (=para Falou alto, para que todos ouvissem. que). Indica uma relação de proporcionalidade com o verbo da Proporcional oração principal. Liga-se a ela por meio de conjunções Á medida que vive, mais se subordinativas proporcionais: à medida que, à proporção aprende. que, quanto mais ... mais. Indica a circunstância de tempo em que ocorre a ação do Temporal verbo da oração principal. Liga-se à principal por meio de conjunções subordinativas temporais: antes, que, quando, Quando cheguei, todas partiram. logo que, assim que, depois que, mal, apenas. D – ORAÇÕES REDUZIDAS São consideradas reduzidas as orações que não apresentam conjunção expressa, mas subentendida. Além disso, possuem verbo em uma das formas nominais do verbo, ou seja, infinitivo, gerúndio ou particípio. Classificação Reduzida de Infinito Reduzida de Gerúndio Conceito Exemplo Apresenta o verbo no infinitivo. Pode ser desdobrada numa oração subordinada É preciso partir. oração subordinada Chegando, avise-me. substantiva ou adverbial. Apresenta o verbo no gerúndio. Pode ser desdobrada numa adverbial ou adjetiva ou numa coordenada. Reduzida de Apresenta o verbo no particípio. Particípio Pode ser desdobrada numa oração subordinada adverbial. Terminada a aula, eles retiraram-se. 71 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos QUESTÕES DE PROVAS DA FAPEC-MS As questões 1 e 2 referem-se ao seguinte texto: 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 Por mais que se critiquem investimentos em poupança, parece que muitos brasileiros, em especial os de baixa renda, ainda a consideram a única opção, quer porque admite a aplicação de pequenas quantias, quer porque o acesso a esse tipo de investimento parece mais fácil. Sobre essas questões, Gustavo Cerbasi, especialista em educação financeira, explica que, “há até pouco tempo”, para fazer render o pouco que sobrava do salário, bastava ter uma conta salário ou abrir uma conta poupança, ambas obrigatoriamente isentas de tarifas”. Já para aplicações mais complexas e mais rentáveis, “era necessário abrir uma conta-corrente de serviços, com pacotes mensais de tarifas que cobravam do pequeno poupador mais do que a vantagem que ele obtinha nos investimentos”. Acrescenta o especialista que, hoje “com as novas contas eletrônicas isentas de tarifas (aquelas que você abre e movimenta apenas pela internet), é possível acessar, sem custo, opções de investimento e enviar recursos para corretoras investirem em títulos públicos”, de modo que já não há mais argumentos que favoreçam a poupança. (Texto construído com fragmentos de matéria assinada por Gustavo Cerbasi, sob o título “A poupança voltará algum dia À boa forma?”, publicada na revista Época, São Paulo, Editora Globo, n° 979, p. 69, 27 março 2017). 1. [Assistente Social-(NS)-(M)-Pref. Munic. São Gabriel do Oeste-MS/2017-Fapec-MS].(Q.5) A classificação da oração está correta na alternativa: a) “que muitos brasileiros, em especial os de baixa renda, ainda a consideram a única opção” (l. 1-2): subordinada substantiva objetiva direta. b) “Por mais que se critiquem investimentos em poupança” (l. 1): subordinada adverbial concessiva. c) “quer porque admite a aplicação de pequenas quantias” (l. 2-3) e “quer porque o acesso a esse tipo de investimento parece mais fácil” (l. 3-4): coordenadas explicativas. d) “de modo que já não há mais argumentos” (l. 15): subordinada adverbial temporal. e) “que favoreçam a poupança” (l. 15-16): subordinada adjetiva explicativa. 2. [Assistente Social-(NS)-(M)-Pref. Munic. São Gabriel do Oeste-MS/2017-Fapec-MS].(Q.6) Sobre períodos compostos e orações reduzidas que os constituem, é verdadeira a afirmação contida na alternativa: a) No primeiro período do segundo parágrafo, há duas orações subordinadas substantivas objetivas diretas reduzidas de infinitivo, coordenadas entre si por uma conjunção alternativa. b) No primeiro período do segundo parágrafo, há duas orações subordinadas substantivas subjetivas reduzidas de infinitivo, coordenadas entre si por uma conjunção alternativa. c) No segundo período do segundo parágrafo, há uma oração subordinadas substantivas objetiva direta reduzida de infinitivo. d) No segundo período do segundo parágrafo, há uma oração subordinada substantiva predicativa reduzida de infinitivo. e) O terceiro parágrafo, articulado em um único período, contém apenas duas orações reduzidas de infinitivo. Ambas são subordinadas substantivas objetivas diretas. 3. [Fiscal Tributos-(NS)-(M)-Pref. Munic. Naviraí-MS/2016-Fapec-MS].(Q.11) Assinale a alternativa em que o sentido da oração reduzida destacada está devidamente identificado: a) Dizem-me que, trabalhando tanto assim, vou envelhecer mais depressa, e não enriquecer... – tempo. b) Mesmo jogando em casa, meu time não conseguiu passar pela Ponte. – condição. c) Concedido o empréstimo, quitaram a dívida; caso contrário, iriam morar debaixo da ponte... – consequência. d) “A cada dia – e com amis frequência –, a mídia impõe à sociedade padrões de beleza e porte físico ideais, e muitas pessoas, manipuladas pelo desejo de atingir esses padrões, acabam deixando de lado recomendações médicas e conselhos de saúde.” – causa. e) “A cada dia – e com mais frequência –, a mídia impõe à sociedade padrões de beleza e porte físico ideais, e muitas pessoas, manipuladas pelo desejo de atingir esses padrões, acabam deixando de lado recomendações médicas e conselhos de saúde.” – consequência. 72 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos Considere este pequeno texto para responder à questão 4: Nunca nos explicaram __________ os agricultores familiares suspenderam a venda de hortaliças nas feiras da região metropolitana. Isso terá ocorrido __________ não querem que a verdadeira razão __________ à tona. Em certas circunstâncias, o __________ pode causar problemas. Então, __________ com __________ e, mesmo que isto nos conduza a uma “guerra”, vamos investigar. Se qualquer um de nós _____ alguém estranho por aqui ou descobrir qualquer indício de fraude, é preciso que se __________ em silêncio no interior da instituição, mas convoque imediatamente os demais integrantes do grupo para uma reunião. 4. [Farmacêutico-Bioquímico-(NS)-(M)-(T)-Pref. Munic. Aquidauana-MS/2016-Fapec-MS].(Q.6) Sobre os períodos em que o texto se organiza e as orações que o compõem, está correta a informação apresentada na alternativa: a) O primeiro e o segundo período são compostos por subordinação. Nos dois, a segunda oração é subordinada adverbial causal. b) O primeiro e o segundo período são compostos por coordenação. Nos dois, a segunda oração é coordenada sindética explicativa. c) O primeiro período é composto por subordinação e contém duas orações: a primeira é a assim chamada oração principal; a segunda é subordinada substantiva objetiva direta. d) O terceiro período é composto por subordinação e contém duas orações substantivas objetivas diretas. e) O quarto período é composto por coordenação; ali, a oração “mesmo que isto nos conduza a uma “guerra’ comportase como coordenada sindética adversativa. 5. [Anal. Contr. Interno II-(Adm.-Dir.-Econ.)-(NS)-(M)-FUNSAUD-Dourados-MS/2015-Fapec-MS].(Q.6) Pela análise de períodos compostos contidos no texto, é correto afirmar que: a) As orações “que a carne bovina desempenha o protagonismo em um churrasco clássico” (l. 2-3) e “amaciar a carne com a ação de enzimas” (l. 18) são subordinadas substantivas predicativas, sendo a segunda reduzida de infinitivo. b) As orações “que dependem, ambos, do teor de gordura e da irrigação do tecido muscular” (l. 27-28) e “que escorre um pedaço de carne malpassada” (l. 30-31) são subordinadas adjetivas restritivas. c) As orações “que dependem, ambos, do teor de gordura e da irrigação do tecido muscular” (l. 27-28) e “que escorre um pedaço de carne malpassada” (l. 30-31) são subordinadas adjetivas explicativas. d) As orações “porque, obviamente, tem mais umidade” (l. 34-35) e “pois vai pôr na sacola cerca de 3,8 kg de coxão duro...” (l. 42-43) são subordinadas adverbiais causais. e) No enunciado “é necessário cozinhar lentamente em calor brando e com muito líquido, ou picar tudo bem picadinho” (l. 10-11), há duas orações subordinadas substantivas subjetivas reduzidas de infinitivo, coordenadas entre si. A questão 6 refere-se ao pequeno texto a seguir: “Durante este trimestre, os adventistas do sétimo dia estamos examinando vários capítulos do livro de Provérbios e as verdades práticas que encerram, que, internalizadas e seguidas, podem ajudar a preparar as pessoas para uma melhor convivência em sociedade.” (Texto adaptado) 6. [Enfermeiro-(NS)-(M)-Pref. Munic. Ribas do Rio Pardo-MS/2015-Fapec-MS].(Q.2) Pela análise do enunciado “internalizadas e seguidas”, é correto afirmar que: a) São duas orações que estão entre vírgulas porque, além de intercaladas, são de natureza explicativa. b) Introduzidas pelo pronome relativo “que”, são duas orações subordinadas adjetivas explicativas. c) São duas orações subordinadas adjetivas reduzidas de particípio. d) Introduzidas por um pronome relativo (“que”), são duas orações subordinadas coordenadas entre si por adição. e) São orações subordinadas adverbiais condicionais reduzidas de particípio e coordenadas entre si. 73 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos 7 CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL CONCORDÂNCIA NOMINAL 1. 8. Artigos, numerais, pronomes, adjetivos e locuções adjetivas concordam em gênero e número com o substantivo que mantiverem relação. Ex.: As minhas três melhores amigas de faculdade... Só / Sós / A sós Ex.: Estiveram sós durante dias. numeral b) Só = somente, apenas (advérbio): invariável adjetivo Ex.: Só consegui comprar uma caneta. substantivo c) A sós (locução adverbial): invariável locução adjetiva Ex.: Preciso conversar a sós com minha amiga. O adjetivo concorda em gênero e número com o substantivo. 10. Meio(s) / Meia(s) / Meio a) Meio = metade, numeral (variável) Ex.: Meninos bonitos estavam na linda formatura. Adjetivo anteposto a mais de um substantivo: o adjetivo concorda com o substantivo mais próximo. Ex.: Ela bebeu meio copo de água. b) Meio = um pouco - advérbio (invariável) Ex.: Ele está meio preocupado com o discurso. Exs.: Comprei belo vestido e sandália. Comprei bela sandália e vestido. 4. Nós estamos quites com o IPTU. a) Só = sozinho (adjetivo): variável pronome 3. Exs.: Eu estou quite com o INSS. 9. artigo 2. Quite / Quites (adjetivo): concorda com o termo a que se refere. 11. Mesmo(s) / Mesma(s) / Mesmo Adjetivo posposto a mais de um substantivo: a) O adjetivo concorda com o substantivo mais próximo. Ex: Ganhei fogão e geladeira nova. a) Pronome demonstrativo (variável) Exs.: Ela mesma fechou a porta. Os mesmos argumentos que eu usei, você copiou. b) O adjetivo vai para o plural (prevalecendo o masculino sobre o feminino). b) Advérbio (invariável) Ex: Ganhei fogão e geladeira novos. 5. Ex.: Preciso mesmo da sua ajuda. Mais de um adjetivo concordando com um substantivo: a) Substantivo no plural, sem artigos antes dos adjetivos. 12. Anexo, incluso, apenso, separado Ex: Estuda os idiomas inglês, espanhol e francês. a) Adjetivos (concordam com o substantivo) b) Substantivo no singular e uso de artigos a partir do 2º adjetivo. Ex: Estuda o idioma inglês, o espanhol e o francês. 6. b) Em anexo / Em separado (locuções adverbiais): invariáveis. Menos, alerta e o prefixo pseudo são invariáveis. Ex.: Segue em anexo / em separado os relatórios solicitados Exs.: Havia menos candidatas no concurso. Coloque menos sal no feijão. Eles estão alerta. 13. Possível Ela é uma pseudoprofessora. 7. Exs.: Remeto-lhe anexas / inclusas / apensas / separadas as duplicatas solicitadas. Quando acompanha expressões superlativas: O mais, o menos, o melhor, o pior, os mais, os menos. Bastante / Bastantes Variam conforme o artigo a) Advérbio (invariável) Exs.: A mais possível das alternativas é a que você expôs. Ex.: Estudaram bastante para a prova. b) Adjetivo (variável) Os melhores cargos possíveis estão neste setor da empresa. Ex.: Já possuo informações bastantes para o relatório. c) Pronome Indefinido (variável) As piores situações possíveis são encontradas nas favelas da cidade. Ex.: Bastantes pessoas viajaram nas férias. 74 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos CONCORDÂNCIA VERBAL 14. É bom/ É necessário/ É proibido / É justo a) Com sujeito (no singular) sem determinante (artigo, pronome, adjetivo etc.): invariável. 1. SUJEITO SIMPLES REGRA GERAL: o verbo concorda com o núcleo do sujeito em número e pessoa. Exs.: Canja é bom. É necessário sua presença. Ex.: Nós vamos ao teatro. É proibido entrada de pessoas não autorizadas. O verbo (vamos) está na primeira pessoa do plural para concordar com o sujeito (nós). b) Com sujeito com determinante: variável. 2. Exs.: A Canja é boa. SUJEITO COMPOSTO É necessária a sua presença. REGRA GERAL: o verbo vai para o plural. A entrada é proibida. Ex.: João e Maria foram passear no bosque. CASOS ESPECIAIS: 15. Leso Elemento de composição: é adjetivo e concorda em 1) gênero e número com a 2ª palavra. Exs.: Lesa-majestade / lesas-majestades Os núcleos do sujeito são constituídos de pessoas gramaticais diferentes – o verbo ficará no plural seguindo-se a ordem de prioridade: 1ª, 2ª e 3ª pessoa. Ex. 1: Eu (1ª pessoa) e ele (3ª pessoa) nos tornaremos (1ª pessoa plural) amigos. Bastante / Bastantes a) Advérbio (invariável) O verbo ficou na 1ª pessoa porque esta tem prioridade sob a 3ª. Ex.: Estudaram bastante para a prova. Ex. 2: Tu (2ª pessoa) e ele (3ª pessoa) vos tornareis (2ª pessoa do plural) amigos. b) Adjetivo (variável) Ex.: Já possuo informações bastantes para o relatório. O verbo ficou na 2ª pessoa porque esta tem prioridade sobre a 3ª. Cometeu crime de leso-patriotismo. Ex. 3: O motorista (3ª pessoa) e o patrão (3ª pessoa) foram (3ª pessoa do plural) para o escritório. Ajudar esses espiões seria crime de lesa-pátria. O verbo ficou na 3ª pessoa porque ambos os núcleos estão na 3ª pessoa. 16. Tal Qual “Tal” concorda com o antecedente 2) “Qual” concorda com o consequente. Exs.: As garotas são vaidosas tais qual a tia. Núcleos do sujeito pospostos – o verbo ficará no plural ou concordará com o núcleo do sujeito mais próximo. Exs.: Chegaram o lápis e a caneta. Os pais vieram fantasiados tais quais os filhos. Chegou o lápis e a caneta. 3) 17. Um(a) e outro(a), num(a) e noutro(a) Após essas expressões o substantivo fica sempre no Núcleos do sujeito sinônimos – o verbo ficará no plural ou concordará com o núcleo do sujeito mais próximo. Exs.: Paciênica e calma o ajudavam a se concentrar na prova. singular e o adjetivo no plural. Exs.: Renato advogou um e outro caso fáceis. Paciência e calma o ajudava a se concentrar na prova. Pusemos numa e noutra bandeja rasas o peixe. 4) 18. Caro/ Barato – Caros/ Baratos a) Advérbio (invariável) Núcleos do sujeito em gradação – o verbo ficará no plural ou concordará com o núcleo do sujeito mais próximo. Exs.: Um olhar, um gesto, um sorriso, um beijo bastavam. Ex.: Os sapatos custaram caro, mas as meias Um olhar, um gesto, um sorriso, um beijo bastava. custaram barato. 5) b) Adjetivo (variável) Ex.: Sapatos caros e meias baratas não existem mais. Núcleos do sujeito ligados pela conjunção ou – o verbo irá para o singular quando a ideia for de exclusão e plural quando for de inclusão. Exs.: Paula ou Maria ganhará a boneca. (exclusão) A poluição sonora ou a poluição do ar são nocivas ao homem. (adição, inclusão) 75 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos 6) Núcleos do sujeito são infinitivos (sujeito oracional) – o verbo ficará na 3ª pessoa do singular. 3. Ex.: Trabalhar e estudar fazia-o muito feliz. Exs.: Mais de um jogador compareceu à entrevista coletiva. Obs.: Se os infinitivos forem antônimos, ou se estiverem determinados por artigo, o verbo irá para o plural. Havendo reciprocidade ou repetição, verbo no plural. Ex.: Amar e odiar fazem parte de todo ser humano. O lavar e o passar são atividades diárias de Maria. 7) Núcleos do sujeito ligados pela preposição com – o verbo de preferência irá para o plural, podendo também concordar com o 1º núcleo para realçálo. Exs.: Mais de um aluno se agrediram verbalmente. Mais de um aluno, mais de um professor ficaram surpresos com a notícia. 4. Ex.: Jorge amado foi um dos escritores que me encantou. O delegado com seus agentes concluiu a investigação. Ex.: O delegado, com seus agentes, concluiu a investigação. 8) Verbo no plural: enfatizar o conjunto. Ex.: Jorge amado foi um dos escritores que me encantaram. 5. Núcleos ligados por conjunção comparativa Exs.: Um enxame de abelhas atacou o menino. A maioria dos alunos estuda para concurso. Ex.: Na realidade, a fome, como a miséria, causa danos irreversíveis. Um por cento dos candidatos não fez a prova. Concordância com o determinante b) O verbo concorda com os dois núcleos, ou seja, fica no plural (nesse caso não há vírgula) Exs.: Um enxame de abelhas atacaram o menino. Ex.: O homem como todos os seres humanos são mortais. Seguido do aposto resumidor – o verbo concorda com o aposto resumidor. Ex.: Dinheiro, jóias, ouro, nada o animava mais. A maioria dos alunos estudam para concurso. Um por cento dos candidatos não fizeram a prova. 6. CASOS PARTICULARES: 1. Quando o sujeito for locução pronominal com pronome pessoal preposicionado Pronome inicial no singular: verbo na 3ª pessoa do singular. Quando o sujeito for constituído pela expressão um ou outro – o verbo ficará no singular. Exs.: Quem de nós conseguirá o ingresso? Qual de vós comunicou o resultado do relatório? Exs.: Um ou outro professor irá ao congresso. 2. Sujeito partitivo, coletivo ou percentual: o verbo concorda com o núcleo do sujeito ou com seu determinante, se existir. Concordância com o núcleo do sujeito a) O verbo concorda com o 1º núcleo, caso queiramos destacá-lo (o 2º núcleo vem separado por vírgulas) 9) Quando o sujeito for constituído pela expressão um dos que Verbo no singular: enfatizar o indivíduo. Exs.: O delegado com seus agentes concluíram a investigação. Obs.: Caso o núcleo preposicionado venha separado por vírgulas, o verbo deverá concordar com o 1º núcleo (sujeito simples). Quando o sujeito for constituído pela expressão mais de um – o verbo ficará no singular. Quando o sujeito for constituído pelas expressões um e outro, nem um nem outro, nem...nem – o verbo poderá ficar no singular ou no plural. Pronome inicial no plural: verbo na 3ª pessoa do plural ou concordando com o pronome pessoal. Exs.: Quantos de nós conseguirão o ingresso? Exs.: Um e outro já veio. / vieram. Quantos de nós conseguiremos o ingresso? Nem um nem outro será / serão ouvidos. Nem concurso nem loteria traria / trariam tanta felicidade Havendo reciprocidade: verbo no plural. 7. Sujeito formado por nome pluralizado Com artigo no plural: verbo no plural, Ex.: Os Estados Unidos enviaram muitas tropas para o Iraque. Ex.: Nem um nem outro se falam mais. Havendo exclusão: verbo no singular. Sem artigo: verbo no singular. Ex.: Nem Marcos nem José se elegerá prefeito. Exs.: Estados Unidos enviou muitas tropas para o Iraque. 76 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos 8. Haja vista – a expressão é invariável. Exs.: Não iremos ao cinema, haja vista o imprevisto ocorrido. Não irei ao cinema, haja vista os imprevistos ocorridos. Verbos que indicam tempo cronológico ou meterorológico: fazer, haver, ser, estar, ir. Exs.: Faz anos que estudo para concursos. Há dias que não vou à ginástica. O verbo pode flexionar-se (hajam vista), havendo Hoje está muito frio. Verbos que indicam fenômenos da natureza: nome no plural sem preposição. Ex.: Não iremos ao cinema, hajam vista os imprevistos ocorridos. 9. 15. Oração sem sujeito (verbos impessoais): verbo na 3ª pessoa do singular. Ex.: Troveja noites a frio, mas não chovia nenhuma gota. Verbo haver no sentido de existir, ocorrer: Verbo "parecer" seguido de infinitivo: flexiona-se o verbo parecer ou o outro verbo, nunca os dois. Ex.: Havia alunos na sala de aula. Obs.: Se houver locuções verbais, o verbo auxiliar ficará na 3ª pessoa do plural. Exs.: As estrelas parecem brilhar. Exs.: Vai fazer dois anos que não a vejo. As estrelas parecem brilharem. Pode haver uma nova prova. 10. Partícula "SE" Partícula Apassivadora (v.t.d. + SE): o verbo concorda com o sujeito. 16. Concordância do verbo SER: o verbo ser concorda com o sujeito, com o predicativo ou, facultativamente, com o sujeito ou com o predicativo. a) Concordância com o sujeito: Exs.: Vende-se bicicleta. O sujeito é pessoa (pronome pessoal ou substantivo) Consertam-se carros. Índice de Indeterminação do Sujeito ([v.t.i. / v.i. / Exs.: Nós somos a Pátria. Teu irmão era os problemas da turma. v.lig.]+SE): verbo na 3ª pessoa do singular. b) Concordância com o predicativo: Exs.: Precisa-se de cozinheiras. (v.t.i) O predicativo é pessoa (pronome pessoal ou substantivo) Aqui, vive-se feliz. (v.i) Nunca se está feliz. (v.lig.) Ex.: O principal culpado foste tu. Obs.: Quando se empregar o objeto direto preposicionado, o verbo ficará, também, na 3ª pessoa do O predicativo indica quantidade Ex.: Mil reais é mais do que necessito. singular (sujeito indeterminado) Ex.: Louva-se a Deus, porque se teme ao demônio. 11. Sujeito é pronome de tratamento: pede verbos e complementos na 3ª pessoa. O predicativo é o pronome demonstrativo "o" Ex.: Cooperação era o que pedíamos para nossos funcionários. O predicativo indica horas, distâncias e datas Ex.: Vossa Alteza sabe o discurso. 12. Sujeito é o pronome relativo QUE: o verbo concorda com o antecedente do "que". Ex.: Quando forem nove horas iremos ao parque. Daqui ao sítio serão 10 quilômetros a pé. Hoje são sete de julho. Ex.: Fui eu que fiz a redação. 13. Sujeito é o pronome relativo QUEM: o verbo concorda com o quem (3ª pessoa do singular) ou com o antecedente do "quem". Observação: Em relação às datas, admitem-se três construções: a) Concordando com o numeral Ex.: Amanhã serão oito de julho. b) Concordando com a palavra "dia", expressa Exs.: Fui eu quem fez a redação. Fui eu quem fiz a redação. Ex.: Hoje é dia sete de julho. 14. Sujeito Oracional: o verbo ficará na 3ª pessoa do singular. Exs.: Convém que todos estudem muito para os exames. Com certeza ainda falta definir as metas. c) Concorda com a palavra "dia" elíptica (subentendida) Ex.: Hoje é (dia) sete de julho. O sujeito é pronome interrogativo "que" ou "quem" Ex.: Que são ideais? Quem são os melhores candidatos? 77 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos O sujeito é expressão partitiva (a maioria, a maior parte, o resto etc.) Ex.: A maioria eram desempregados ou pobres. c) Concordância Facultativa: O sujeito é pronome demonstrativo (isto, isso, aquilo) Ex.: Aquilo era / eram mágoas que o tempo apagaria Sujeito no singular e predicativo "coisas" O sujeito é pronome indefinido (tudo ou nada) Ex.: A vida é / são ilusões. Sujeito é título pluralício de obras Ex.: Na infância, tudo é / são flores. Ex.: Os Lusíadas é / são uma epopeia. QUESTÕES DE PROVAS DA FAPEC-MS 1. [Administrador-(NS)-(M)-PMCG-MS/2016-Fapec-MS].(Q.16) Assinale a alternativa correta quanto à concordância: a) Embora houvessem três atacantes na área, nenhum deles conseguiram fazer o gol. b) Embora houvessem três atacantes na área, nenhum deles conseguiu fazer o gol. c) Ela começou a sentir medo, pois ainda faltavam bastantes quadras para chegar ao destino e a rua já estava meio deserta. d) Ela começou a sentir medo, pois ainda faltava bastantes quadras para chegar ao destino e a rua já estava meia deserta. e) Ela começou a sentir medo, pois ainda faltava bastante quadras para chegar ao destino e a rua já estava meio deserta. 2. [Agente Fiscal de Meio Ambiente-(Direito)-(NS)-(T)-PMCG-MS/2016-Fapec-MS].(Q.10) A concordância está correta na alternativa: a) Preparado os argumentos, cabiam a ela defendê-los. b) Os bastidores da política são obscuros, assim como o é os interesses da maioria dos políticos. São por isso que, a cada eleição, reduz-se as esperanças do povo. c) Os bastidores da política são obscuros, assim como o são o interesse da maioria dos políticos. São por isso que, a cada eleição, reduzem-se as esperanças do povo. d) Dudu foi um dos jogadores que mais se esforçaram durante a partida. A maior recompensa pelo esforço não foi o gol que fez, foram os comentários da crítica desportiva e o alívio da torcida. e) O grande prestígio daquela rede de supermercados provêm não só da quantidade de clientes mas também da qualidade do atendimento. 3. [Farmacêutico-(NS)-(M)-Pref. Munic. Amambai-MS/2015-Fapec-MS].(Q.12) Assinale a alternativa em que não há erro de concordância: a) A maioria dos que usa o jogo eletrônico GTA sabem que seu grau de violência e agressividade são extremamente elevados. b) A maioria dos que usam o jogo eletrônico GTA sabe que seu grau de violência e agressividade são extremamente elevado. c) Embora a classificação etária indicativa sugira que apenas maiores de 18 anos faça uso do GTA, muitas crianças entre 5 e 6 anos já o domina. d) Utilizado como uma ferramenta de diversão, os jogos eletrônicos tem conquistado cada vez mais espaço entre crianças e adolescentes. Devem haver, portanto, por parte dos pais ou responsáveis, atitudes firmes de orientação e controle sobre esse uso. e) Utilizados como uma ferramenta de diversão, os jogos eletrônicos têm conquistado cada vez mais espaço entre crianças e adolescentes. Deve haver, portanto, por parte dos pais ou responsáveis, atitudes firmes de orientação e controle sobre esse uso. A questão 4 refere-se ao pequeno texto a seguir: “Durante este trimestre, os adventistas do sétimo dia estamos examinando vários capítulos do livro de Provérbios e as verdades práticas que encerram, que, internalizadas e seguidas, podem ajudar a preparar as pessoas para uma melhor convivência em sociedade.” (Texto adaptado) 4. [Enfermeiro-(NS)-(M)-Pref. Munic. Ribas do Rio Pardo-MS/2015-Fapec-MS].(Q.1) Sobre as relações de concordância, é verdadeiro o que consta na alternativa: a) Ao usar “estamos”, o autor comete um erro inaceitável pela gramática. b) Ao usar “estamos”, o autor aplica a única regra possível para o estabelecimento da concordância. c) Ao usar “estamos”, o autor inclui-se no rol dos adventistas do sétimo dia; se tivesse usado “estão”, teria obedecido à regra básica de concordância verbal: o verbo deve concordar com o núcleo do sujeito a que se refere ou se vincula. d) A forma verbal “encerram” deveria estar no singular, pois se refere a “livro de Provérbios”. e) As formas “internalizadas” e “seguidas” poderiam estar no masculino para concordar com “livro”. 78 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos 8 REGÊNCIA (VERBAL E NOMINAL) REGÊNCIA NOMINAL 13. Divergência (com, em, sobre): É o nome da relação entre um substantivo, adjetivo ou advérbio transitivo e seu respectivo complemento nominal. Essa relação é intermediada por uma preposição. Ex.: Não andes em divergências com os amigos, em pequenas questões, sobre qualquer coisa. 14. Esperançoso (de, em): Ex.: O homem é esperançoso de sucessos. No estudo da regência nominal, deve-se levar em conta que muitos nomes seguem exatamente o mesmo regime dos verbos correspondentes. Conhecer o regime de um verbo significa, nesses casos, conhecer o regime dos nomes cognatos. 1. Abalizado (em): 4. Abundante (de, em): Ex.: Tenho muito gosto aos / dos / nos / para / pelos estudos de literatura. Ação (por, contra) Ex.: Movi uma ação contra o deputado e outra pela igualdade social. 18. Honra (a, de): Alheio (a, de): 19. Indiferente (a, com, diante de, em, para, para com, perante, respeito a, sobre): Sou indiferente em política. Ávido (de, por): 20. Inepto (para): Ex.: Povo ávido de / por dominar. 7. Ex.: Aluno inepto para a Matemática. Benquisto (a, com, de): 21 Interesse (de, em, para, por): Ex.: Somos benquisto a / com / de todos. 8. Ex.: Este volume é em honra ao / do morto. Exs.: Os egoístas ficam indiferentes ao / com / diante / para / para com / perante / respeito ao mal alheio. Apto (a, para): Ex.: Está apto ao / para trabalho. 6. ''É uma obrigação fácil para todos. 17. Gosto (a, de, em, para, por): Ex.: Está alheio a / de tudo. 5. Problema fácil de solução, fácil no começo e no fim. Ex.: É uma leitura fecunda de / em lições. Ex.: Terra abundante em / de águas. 3. Exs.: Alma fácil às alegrias. 16. Fecundo (de, em): Ex.: Ele é abalizado em botânica. 2. 15. Fácil (a, de, em, para): Exs.: Tenho interesse de / em tudo, em todos. Candidato (a, de): Isso é interesse para você. Ex.: Você é candidato ao / do cargo. 22 Justo (com, em, para com): 9. Contemporâneo (a, de): Ex.: O juiz era justo com / para com todos, em tudo. Ex.: Contemporâneo à / da Revolução Francesa. 23. Louco (de, por): Ex.: Há loucos de / por amor. 10. Cuidado (com, de, em, para, com, por, sobre): Ex.: Tenhamos cuidado com / da / na / para / com / pela / sobre a Pátria. 11. Curioso (a, de): 24. Mordido (de, por): Ex.: Você anda mordido de / pelo ciúme. 25. Necessidade (de, para): Ex.: É coisa curiosa de ver. Exs.: Tenho necessidade de todos. Há necessidade de Deus, para todos. 12. Difícil (a, de, em, para): Exs.: Difícil a / para mim. 26. Ordenado (de, com): Ex.: A vida deve andar ordenada de / com virtudes. Problema difícil de solução. 79 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos SEGUEM MAIS NOMES: 27 Participação (a, de, em): Exs.: O operário terá participação dos / nos lucros da empresa. Isto não causa participação aos bons. 28. Propenso (a, para): Ex.: Era propenso ao magistério. 29. Próximo (a, de): Ex.: A cidade fica próxima ao / do mar. 30. Querido (a, de, em, por): Exs.: Ele é querido a / de / por todos. Ela é querida no seu meio. 31. Repugnância (a, com, de, em, para, por): Exs.: A usura causa repugnância ao cristão. Isto anda em repugnância com o pecado. Ter repugnância da falsidade alheia. Tenho repugnância para / por este assunto. 32. Saudade (de, por): Exs.: Ó que saudades que eu tenho da aurora de minha vida. Curtimos saudade pelo bem passado. 33. Sequioso (de, por): Ex.: Homens sequiosos de / por glórias. 34. Terrível (com, contra, para): Ex.: O vício é terrível com / contra / para todos. 35. Urgência de, em: Ex.: tenho urgência da ou na solução. 36. Vazio (de): Ex.: Homens vazios do essencial. 37. Zeloso (de, em, por): Ex.: Zeloso da / na / pela religião. 38. Agradavelmente (a, para, para com): Ex.: Você agiu agradavelmente a / para / para com todos. 39. Demais (para): Ex.: A felicidade é demais para o mundo terreno. 40. Favoravelmente (a, para): Ex.: O juiz não deu a sentença favoravelmente a / para todos. 41. Muito (para): Ex.: Estes conselhos valem muito para mim. 42. Pouco (para): Ex.: Vocês trabalham pouco para o país. Esta lista é somente exemplificativa: não é, evidentemente, completa nem seletiva ação por, contra acessível a afável com, para com agradável a amante de análogo a ansioso de, por, para benéfico a capaz de, para certo de compatível com compreensível com comum a, de constante em contíguo a contrário a cuidadoso com desatento a descontente com desejoso de desfavorável a diferente de digno de entendido em erudito em escasso de, em essencial para estranho a favorável a fiel a firme em generoso com grato a hábil em habituado a horror a hostil a idêntico a impossível de impróprio para incompatível com inconsequente com indeciso em independente de, em indigno de inerente a inexorável a leal a lento em liberal com natural de necessário a negligente em nocivo a paralelo a parco em, de passível de perito em perpendicular a pertinaz em possível de possuído de posterior a preferível a prejudicial a prestes a, para propício a responsável por rico de, em semelhante a sensível a sito em urgência de, em útil a, para versado em 80 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos REGÊNCIA VERBAL No sentido de prestar auxílio, ajudar (v.t.d. ou v.t.i. com a prep. a) Exs.: O médico assistiu o doente. REGÊNCIA DOS PRINCIPAIS VERBOS: 1. O médico assistiu ao doente. Aconselhar (v.t.d.i. c/ prep. a) No sentido de morar, residir (v.i. adj. adv. c/ prep. em) Aconselha-se algo a alguém Ex.: Aconselhei cautela aos comerciantes. Ex.: Assisto em Brasília. Aconselha-se alguém a algo 8. Ex.: Aconselhei o advogado a ser prudente. 2. No sentido de deferir, conceder (v.t.d.) Admirar (v.t.d.) Ex.: Deus atenderá minhas preces. Ex.: Sempre admirei suas pinturas. No sentido de dar atenção a "pessoas" (v.t.d. ou v.t.i.) Observação: Admirar-se (v.t.i. c/ prep. de) Exs.: Durante o congresso, atendo os jornalistas. Ex.: Sempre me admirei das suas pinturas. 3. Durante o congresso, atendo aos jornalistas. No sentido de dar atenção a "coisas" (v.t.i. c/ prep. a) Agradar (desagradar) (v.t.d. ou v.t.i c/prep. a) No sentido de acariciar ou contentar (v.t.d.) Exs.: Atenderei ao chamado da direção. Exs.: Agrado minhas filhas o dia inteiro. Para agradar o pai, ficou em casa naquele dia. Agradei o gato. / Agradei-o. Exs.: As medidas econômicas do Presidente nunca agradam ao povo. Ex.: Autorizamos a direção a interromper a corrida. 10. Avisar (v.t.d.i. c/ prep. a ou de) Avisa-se algo a alguém ou avisa-se alguém de algo. Agradecer algo a alguém. O objeto direto sempre será a coisa, e o objeto indireto, a pessoa. Exs.: Agradecer-lhe-ei os presentes. Exs.: Informei-lhe que suas férias terminaram. Informei-o de que suas férias terminaram. Certificou o desaparecimento dos autos ao escrivão. Aguardar (v.t.d. ou v.t.i.) Exs.: Eles aguardavam o espetáculo. Certificou o escrivão do desaparecimento dos autos. Eles aguardavam pelo espetáculo. Comunico meu sucesso a todos. Aspirar (v.t.d. ou v.t.i c/prep. a) Comunico-lhe meu sucesso. No sentido de sorver, absorver, cheirar (v.t.d.) 11. Anunciar (v.t.d.i. c/ prep. a) Ex.: Aspiro o perfume das flores / Aspiro-o. No sentido de almejar, objetivar, desejar (v.t.i c/prep. a) Ex.: Aspiro ao sucesso. / Aspiro a ele. 7. Autorizar (v.t.d.i. c/ prep. a) Avisei o paciente do resultado. Observação: tem a mesma regência os verbos: informar, notificar, certificar, comunicar, proibir, impedir, incumbir... Agradecer (v.t.d.i. c/ prep. a) Agradeceu o presente ao seu namorado. 6. 9. Exs.: Avisei o resultado ao paciente. Agradei ao chefe. / Agradei-lhe. 5. Atenda à companhia, por favor. Autoriza-se alguém a algo. No sentido de ser agradável, satisfazer (v.t.i. c/ prep. a). 4. Atender (v.t.d. ou v.t.i.) Anuncia-se algo a alguém. Ex.: Anunciamos a cerimônia aos convidados. 12. Chamar (v.t.d. v.t.d. ou v.t.i) No sentido de convocar, convidar (v.t.d) Assistir (v.t.d. v.t.i. ou v.i.) Ex.: Chamei todos os sócios para participarem da reunião. No sentido de ver, presenciar (v.t.i. c/ prep. a) Ex.: Assistimos a um bom filme. No sentido de tachar, considerar Observação: não aceita o pronome lhe. a) v.t.d. + predicativo: Ex.: Assististe ao jogo / Assisti a ele. No sentido de ter direito, pertencer, referir-se, caber (v.t.i. c/ prep. a) Ex.: Este direito não assiste aos aposentados. / Este direito não lhes assiste. Exs.: Chamei o motorista de irresponsável. Chamei-o de irresponsável. Chamei o motorista irresponsável. Chamei-o irresponsável. 81 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos b) v.t.i. c/ prep. a + predicativo: 21. Esquecer / Lembrar Exs.: Chamei ao motorista de irresponsável. Quando acompanhados de pronomes (v.t.i. c/ prep. de) Chamei-lhe de irresponsável. Exs.: Ela se lembrou do namorado distante. Chamei ao motorista irresponsável. Você se esqueceu da caneta no bolso do paletó. Chamei-lhe irresponsável. Quando desacompanhados de pronomes (v.t.d.) 13. Chegar (v.i. adj. adv. c/ prep. a) Exs.: Ela lembrou o namorado distante. Exs.: Chegamos ao teatro. Você esqueceu a caneta no bolso do paletó. Cheguei tarde à escola. Observação: é vício de linguagem utilizar ”chegar” com a preposição em. 22. Faltar / Restar / Bastar (v.i ou v.t.d.i. c/ prep. a) Exs.: Muitos alunos faltaram hoje. 14. Cogitar (v.t.d. ou v.t.i. c/ prep. em ou de) Três homens faltaram ao trabalho hoje. Exs.: Começou a cogitar uma viagem pelo litoral. Resta aos vestibulandos estudar bastante. Hei de cogitar no caso O diretor cogitou de demitir-se. 23. Implicar (v.t.i., v.t.d. e v.t.d.i.) No sentindo de envolver (v.t.d.i. c/ prep. em) 15. Comparecer (v.t.i ou v.i.) Ex.: Implicaram o advogado em negócios ilícitos. Lugares (v.i. adj. adv. c/ prep. a ou em) No sentido de fazer supor, dar a entender; produzir como consequência, acarretar (v.t.d) Ex.: Compareceram à ou na sessão de cinema. Atividades (v.t.i. c/ prep. a) Exs.: Os precedentes daquele juiz implicam grande honestidade. Ex.: Procure comparecer a todas as reuniões. Suas palavras implicam denúncia contra o deputado. 16. Convidar (v.t.d.i. c/ prep. a ou para) Convida-se alguém a ou para alguma coisa. No sentido de antipatizar, ter implicância (v.t.i. c/ prep. com) Exs.: Convidei o aluno a se retirar. Convidei as crianças para o aniversário. Ex.: Não sei por que o professor implica com os alunos. 17. Custar (v.t.d.i, v.t.i ou v.i) No sentido de ser difícil, custoso (v.t.i. c/ prep. a obj. indireto "pessoa”) sujeito oracional) Exs.: Custou-me acreditar em Hipocárpio. 24. Ir (v.i.) No sentido de permanência (v.i. c/prep. para) Ex.: Se for eleito, ele irá para Brasília. Custa a algumas pessoas (o.i.) permanecer em silêncio (suj.). Observação: é vício de linguagem utilizar “ir” com a preposição em. No sentido de causar transtorno, dar trabalho, acarretar (v.t.d.i. c/ prep. a) Quando indicam meio de transporte no qual se chega ou se vai (v.i. c/ prep. em) Ex.: Sua irresponsabilidade custou sofrimento a toda a família. No sentido de ter preço (v.i) Ex: A delegação irá no vôo 300. Quando indicam direção e retorno (v.i. c/ prep. a) Ex: Fui ao cinema. Ex.: Estes sapatos custaram R$50,00. 25. Morar / Residir / Situar-se (v.i. adj. adv. c/ prep. em) 18. Deparar (v.t.d. ou v.t.i. c/ prep. com) Exs.: Deparei alguns erros em seu relatório. Exs.: Moro em Londrina. Deparei com alguns erros em seu relatório. Resido no Jardim Petrópolis. Minha casa situa-se na rua Cassiano. 19. Desfrutar / Usufruir (v.t.d.) Exs.: Desfrutei os bens de meu pai. Pagam o preço do progresso aqueles que menos o desfrutam. 20. Ensinar (v.t.d.i.) Exs.: Ensinei-o a falar português. 26. Namorar (v.t.d.) Exs.: Ela namorava o filho do delegado. O mendigo namorava a torta que estava sobre a mesa. Observação: é vício de linguagem utilizar “namorar” com a preposição com. Ensinei-lhe o idioma inglês. 82 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos 27. Obedecer / Desobedecer (v.t.i. c/ prep. a) 34. Querer (v.t.d. e v.t.i) Exs.: Devemos obedecer às normas de trânsito. No sentido de desejar, ter a intenção ou vontade de, tencionar (v.t.d.) Por que não obedeces aos teus pais? Exs.: Quero meu livro de volta. Não desobedeçam à professora. Observação: é vício de linguagem utilizar “obedecer” com a preposição a. 28. Pagar (v.t.d.i. c/ prep. a) Pagar algo a alguém. O objeto direto sempre será a coisa, e o objeto indireto, a pessoa. Ex.: Paguei a conta ao Banco. Sempre quis seu bem. No sentido de querer bem, estimar, amar (v.t.d.i. c/ prep. a) Exs.: Maria quer demais a seu namorado. Quero aos meus pais. / Quero-lhes. 35. Recordar (v.t.d.) Observação: é vício de linguagem utilizar "pessoa" como objeto direto. Ex.: Sempre recordo os nossos projetos. Observação: recordar-se (v.t.i. c/ prep. de) Ex.: Sempre me recordo dos nossos projetos. 29. Pedir (v.t.d.i. c/ prep. a) Pedir algo a alguém. Portanto é errado pedir para que alguém faça algo. Exs.: Pediu perdão a Deus. 36. Renunciar (v.t.d. ou v.t.d.i. c/ prep. a) Exs.: Ele renunciou o encargo. Ele renunciou ao encargo. Pediram-lhe perdão. 37. Responder (v.t.d., v.t.i e v.t.d.i.) 30. Perdoar (v.t.d.i. c/ prep. a) Perdoar algo a alguém. O objeto direto sempre será a coisa, e o objeto indireto, a pessoa. Para expressar a resposta (v.t.d.) Ex.: Perdôo os erros ao amigo. Resposta a algo/alguém (v.t.i. c/ prep. a) Observação: é vício de linguagem utilizar "pessoa" como objeto direto. 31. Precisar (v.t.d. ou v.t.d.i. c/ prep. de) Ex.: Ele apenas respondeu isso e saiu. Exs.: Respondi ao bilhete imediatamente. Respondeu ao professor com desdém. Responder algo a alguém (v.t.d.i. c/ prep. a) No sentido de tornar preciso (v.t.d.) Exs.: Respondeu as perguntas ao diretor. Ex.: O mecânico precisou o motor do carro. No sentido de ter necessidade (v.t.d.i. c/ prep. de) Ex.: Preciso de bom digitador. Ex.: Ele revidou ao ataque instintivamente. 39. Simpatizar / Antipatizar (v.t.i. c/ prep. com) 32. Preferir (v.t.d.i. c/ prep. a) Ex.: Preferia um bom vinho a uma cerveja. Observação: Não se deve usar mais, muito mais, antes, mil vezes, nem os comparativos que ou do que. 33. Proceder (v.i. ou v.t.d.i. com prep. a ou de) No sentido de conduzir-se ou ter fundamento (v.i.) Exs.: Suas palavras não procedem! Aquele funcionário honestamente. 38. Revidar (v.t.i. c/ prep. a) procedeu No sentido de dar início ou realizar (v.t.d.i c/ prep. a) Exs.: Os fiscais procederam à prova com atraso. Ex.: Sempre simpatizei com Helena, mas antipatizo com o irmão dela. Observação: Não são pronominais, portanto não existe simpatizar-se, nem antipatizar-se. 40. Sobressair (v.t.i. c/ prep. em) Ex.: Quando estava no colegial, sobressaía em todas as matérias. Observação: Não é pronominal, portanto não existe sobressair-se. 41. Solicitar (v.t.d.i. c/ prep. a) Solicitar algo a alguém. Ex.: Solicitei paciência aos manifestantes. 42. Visar (v.t.d. ou v.t.d.i. c/ prep. a) No sentido de ter em vista, objetivar, almejar, pretender (v.t.d.i. c/ prep. a) Procedemos à feitura das provas. No sentido de derivar-se, originar-se ou provir (v.t.d.i c/ prep. de) Exs.: O mau-humor de Pedro procede da educação que recebeu. Esta madeira procede do Paraná. Exs.: Não visamos a qualquer lucro. A educação visa ao progresso do povo. No sentido de apontar arma ou dar visto (v.t.d.) Exs.: Ele visava a cabeça da cobra com cuidado. Ele visava os contratos um a um. 83 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos ATENÇÃO! O pronome oblíquo lhe é normalmente usado com v.t.i. (c/ prep. a) que tenham objeto indireto "pessoa." Os principais v.t.i. que repelem o pronome oblíquo lhe são: aludir, anuir, aspirar, assentir, assistir, presidir, proceder, referir-se, visar... QUESTÕES DE PROVAS DA FAPEC-MS A questão 1 refere-se ao seguinte texto: O fenômeno da globalização econômica implicou uma série de mudanças na sociedade, seja em seu âmbito interno, seja externamente, influenciando, em especial, o poder regulador do Estado. Apesar da rapidez dessas transformações sociais e de sua abrangência, deve-se considerar que, em qualquer sociedade, independente do momento histórico, a mudança sempre existiu como algo inerente ao sistema social. (Adaptado [da p. 52] do artigo: CARIOCA, Paulo C. de A. As mudanças do papel regulador do Estado em face da globalização. Revista do TCU, n°. 82, out-dez, 1999, p. 39-69). 1. [Enfermeiro-(Equipe ESF)-(NS)-(M)-Pref. Munic. Rio Brilhante-MS/2016-Fapec-MS].(Q.2) Assinale a alternativa que traz o comentário verdadeiro ou correto sobre as relações de regência estabelecidas no texto: a) Como o verbo “implicar”, no sentido em que foi empregado, é transitivo indireto, o correto seria usar a preposição “em” antes de “uma série de mudanças”. b) Como o verbo “influenciar” é transitivo indireto, seu complemento deveria estar introduzido por preposição. c) Por serem os verbos “implicar” (no sentido em que foi empregado) e “influenciar” transitivos diretos, seus complementos não regem preposição. d) Como o verbo “influenciar” é transitivo indireto, usou-se corretamente a preposição “em” para introduzir seu complemento “em especial”. e) Em “inerente ao”, usou-se indevidamente a preposição “a”. A questão 2 refere-se ao texto a seguir e avaliam conhecimentos sobre diferentes itens do conteúdo previsto para esta prova. Beber ou não beber, eis a questão 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 As discussões sobre o suposto benefício do vinho, à saúde estão longe de acabar. Apesar das muitas tentativas de relacioná-lo à saúde do coração e a outros benefícios, novos estudos garantem que não há evidência suficiente para essas declarações. Na primeira atualização de diretrizes sobre álcool no Reino Unido, em 1995, especialistas já advertiam claramente que nenhum nível de consumo regular de álcool é isento de riscos. As novas disposições divulgadas no início deste ano são, entretanto, ainda mais enfáticas em afirmar que a evidência que sustenta efeitos protetores do vinho agora é mais fraca do que há 20 anos. A médica Sally Davies, diretora do grupo de pesquisa, diz que, levando isso em conta, além de todos os conhecidos riscos à saúde, agudos e crônicos, decorrentes do consumo de bebida, ainda que em níveis baixos, confirma-se a conclusão de que não há justificativas para a recomendação de beber por motivos de saúde, nem para começar a beber por razões de saúde. (Revista Vida e Saúde, ano 78, n° 4, abril 2016, p. 6, Seção Sala de Espera. Com adaptações). 4. [Administrador-(NS)-(M)-PMCG-MS/2016-Fapec-MS].(Q.3) Há, no texto, um problema de regência. Assinale a alternativa que apresenta o enunciado em que esse problema ocorre: a) relacioná-lo (l. 2). b) advertiam claramente que nenhum nível de consumo (l. 6). c) isento de riscos (l. 7). d) riscos à saúde (l. 12) e) decorrentes do consumo (l. 13). ‘ 3. [Administrador-(NS)-(M)-PMCG-MS/2016-Fapec-MS].(Q.12) Assinale a alternativa em que NÃO há erro de regência: a) Sempre que se divulga um produto na mídia, visa-se sua comercialização. b) Se houvesse punição para pedestres e ciclistas que não obedecem às regras de trânsito, o número de vítimas em vias urbanas seria indiscutivelmente menor. c) Em respeito a professora, preferiu calar-se do que falar algo que lhe ofendesse. d) Entre obedecer a sinalização e mostrar a potência do carro novo, ele escolheu a segunda opção, que levaria a morte de três inocentes. e) Perdoar uma pessoa que lhe ofendeu produz mais efeitos positivos sobre a sua vida do que na dela. 84 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos 9 CRASE Crase é a fusão escrita e oral de duas vogais idênticas. A palavra crase nomeia a fusão da preposição a exigida pela regência do verbo ou do nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) com: Já no exemplo “Comprei aquele carro” não há crase, pois se substituirmos o pronome demonstrativo, não aparecerá a preposição: "Comprei este carro". 3. Exs.: Esta calça é semelhante à que comprei. o artigo feminino a(s): Esta é a senhora à qual fiz elogios. Ex.: Ele não resistiu à vontade de vingança. Antes dos pronomes relativos que, a qual e as quais. Método: Os pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s), aquilo: Ex.: Referi-me àquele rapaz. Se conseguirmos substituir o antecedente do pronome relativo por uma palavra no masculino, aparecerá a preposição e o artigo. O pronome demonstrativo a(s): Veja: Este vestido é semelhante ao que uso. Ex.: Nossos atletas não estão em condições semelhantes às dos americanos. Este é o senhor ao qual fiz elogios. 4. Emprega-se o acento grave (`) para indicar crase sempre que, substituindo-se a palavra feminina por uma masculina, aparecer a contração “ao(s)”. O vocábulo masculino não precisa ser sinônimo do feminino. Precisa, sim, fazer sentido para a frase em que se está fazendo a substituição. Antes de topônimos (nomes de lugares) que aceitem artigo. Método: Se para o topônimo couber o esquema: Estou na ou Volto da pode haver crase no a; Estou em ou Volto de crase pra quê? Exemplos: Exs.: Vou à Espanha (Estou na Espanha / Volto da Espanha). 1. Fui à feira. 2. Fui à missa. 3. Referiu-se às meninas. Observação: 4. Foi condenado à prisão. Se os topônimos vierem qualificados, exigem o artigo. Vou a Roma (Estou em Roma / Volto de Roma) Se substituirmos por um masculino, aparecem a preposição e o artigo masculino. 1. Fui ao mercado. 2. Fui ao culto. 3. Referiu-se aos meninos. 4. Foi condenado ao cárcere. OCORRE CRASE 1. Antes de palavras femininas. Ex.: Não irei à farmácia. 2. Diante dos pronomes aquele(s), aquela(s) e aquilo. Ex.: Vou à Roma antiga. 5. Nas locuções femininas: às vezes, às ocultas, às claras, às escondidas, às quatro da manhã, às apalpadelas, às pressas, às tontas, às voltas, às expensas, às escuras, às cegas, às direitas, às mil maravilhas, às moscas, às ordens, à toa, à roda, à espera, à força, à parte, à mingua de, à larga, à uma hora, à noite, à guisa de, à procura de, à pressa, à vontade, à proporção que, à prova, à razão de, à medida que, à espreita, à baila, à falta de, à cunha, à direita, à guisa de, à disposição de, à esquerda, à mercê de, à margem, à tona, à tarde, à surdina, à sorrelfa, à sombra, à saúde, à risca, à revelia, à razão de, à rédea solta, à custa de, etc. Exs.: Vire à esquerda. Exs.: Devo obediência àquele professor. Encontraram-se às escuras. Sou fiel àqueles que são meus amigos. À direita da casa estão os meus pertences. Referiu-se àquela menina. À proporção que chove, o rio sobe. Referiu-se àquilo. Método: Se conseguirmos substituir aquele por a este e aquilo por a isto, cabe a crase. Veja: Exs.: Devo obediência a este professor. Sou fiel a estes que são meus amigos. Referiu-se a esta menina. Observação: Não há crase antes de locuções femininas de instrumento, exceto se houver ambiguidade. Exs.: Fez o trabalho a máquina. (quem fez o trabalho: ele ou a máquina?) Fez o trabalho à maquina. (agora fica explícito que ele fez o trabalho usando a máquina) 85 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos 6. dama e madame. 1. Ex.: Referi-me à senhora. 7. CRASE FACULTATIVA Antes dos pronomes senhora, senhorita, dona, Ex.: Refiro-me a(à) Maria das Dores. Substantivo feminino subentendido Ex.: Sujeitou a rima do primeiro verso à (rima) do 2. Antes de pronome possessivo adjetivo. Ex.: Isto pertence a(à) minha família. segundo. 8. Antes de nomes próprios femininos. Observação: Se o pronome possessivo feminino Antes de nomes masculinos, subentendendo-se as funcionar como pronome substantivo, a crase será palavras femininas "moda" ou "maneira": obrigatória. Exs.: Ele veste à Roberto Carlos Ex.: Referiu-se à(a) minha mãe, não à sua. Tem estilo à Rui Barbosa. 3. Vou cantar à Silvio Caldas. Na locução prepositiva até a. Ex.: Vou até a(à) praia. Danças à cossaco. Macarrão à italiana. 9. NÃO SE USA CRASE As expressões: devido a, relativo a, referente a, quanto a, com respeito a, obediência a, etc.- 1. Ex.: Louvamos a Deus. devem ter o "a" craseado, vindo antes de nomes femininos: 2. Exs.: Devido à morte do irmão. 3 CASOS ESPECIAIS 4. Antes da palavra casa. minada. No sentido de lar, não haverá crase, pois Antes de palavra feminina plural com “a” singular. Ex.: Não me refiro a meninas. 5. não há artigo. Antes de artigo indefinido "uma". Ex.: Temos de ir a uma festa. Exs.: Fui a casa. (= lar) 6. Fui à casa de meus avós. Antes de pronomes indefinidos Ex.: Não me referi a ninguém. Antes da palavra terra. Para que ocorra a crase precisa estar determinada. 7. 8 não há artigo. Antes de pronomes interrogativos Ex.: A qual menina daremos a boneca? No sentido de terra firme, não haverá crase, pois Antes dos pronomes relativos cujo(s), cuja(s) e quem Ex.: Eis a mulher, a cuja empregada enviamos Exs.: Os marinheiros voltam a terra. (= terra firme) donativos. Os marinheiros voltam à terra dos seus ancestrais. 3. Entre palavras repetidas Ex.: Estávamos frente a frente como inimigo. Para que ocorra a crase precisa estar deter- 2. Antes de verbos Ex.: Este ano sou obrigado a trabalhar. Referente à prisão dos assassinos. 1. Antes de palavras masculinas A mulher a quem me refiro é a diretora do colégio. Antes da palavra distância. 9. Para que ocorra a crase precisa estar determinada. Antes de pronomes pessoais e formas de tratamento Exs.: Viam-se a distância. Exs.: Não falem nada a ela. Viam-se à distância de 200 metros. Fez alusão a Vossa Senhoria. 86 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos QUESTÕES DE PROVAS DA FAPEC-MS A questão 1 refere-se a este pequeno texto: Em resposta a acusações de vazamento, o procurador-geral da República Rodrigo Janot disparou: “Alguns tentam nivelar a todos à sua decrepitude moral, e para isso acusam-nos de condutas que lhes são próprias.” (texto adaptado especificamente para esta prova a partir de frase publicada em: revista Época, São Paulo, Editora Globo, n° 979, p. 19, 27 março 2017. Seção: Treze frases que marcaram a semana). 1. [Assistente Social-(NS)-(M)-Pref. Munic. São Gabriel do Oeste-MS/2017-Fapec-MS].(Q.4) Sobre as relações de regência estabelecidas no texto, incluindo o uso do “acento” indicativo de crase, podemos afirmar que: a) Em “à sua”, há um erro, pois, diante de pronomes possessivos, nunca ocorre crase. Já em “resposta a acusações”, faltou o “acento” no “a”. b) Em “a todos”, o “a” deveria receber o “acento”, já que o verbo “nivelar” rege a preposição “a”. c) Em “à sua decrepitude”, o “acento”, embora de uso facultativo, indica que houve fusão da preposição “a” (exigida pelo verbo “nivelar”) ao “a” que determina o substantivo feminino “decrepitude”. Já o “a”, em “a todos”, foi indevidamente empregado. d) Tanto em “a todos” quanto em “à sua” não se justifica o uso do “acento”, pois o verbo “nivelar” é sempre transitivo direto. e) Há dois problemas no texto: em “acusam-nos” e em “lhes são próprias”. O correto é “acusam-lhes” e “os são próprias”. O correto é “acusam-lhes” e “os são próprias”. 2. [Controlador Interno-(NS)-(M)-Pref. Munic. Nova Alvorada do Sul-MS/2016-Fapec-MS].(Q.12) O emprego (presença ou ausência) do “acento” indicativo de crase está correta na alternativa: a) O piloto liderou a prova de ponta a ponta, mas está sujeito a desclassificação por desrespeito a algumas regras. Também deverá haver punição à sua equipe. b) O piloto liderou a prova de ponta à ponta, mas está sujeito a desclassificação por desrespeito à algumas regras. Também deverá haver punição à sua equipe. c) O piloto liderou à prova de ponta à ponta, mas está sujeito à desclassificação por desrespeito a algumas regras. Também deverá haver punição a sua equipe. d) A espera por atendimento em unidades públicas de saúde, dezenas de pacientes têm perdido de uma à quatro horas. O pior é quando o que se perde é a vida. e) À espera por atendimento em unidades públicas de saúde, dezenas de pacientes têm perdido de uma à quatro horas. O pior é quando o que se perde é a vida. 3. [Administrador-(NS)-(M)-PMCG-MS/2016-Fapec-MS].(Q.13) A alternativa correta quanto ao uso (presença ou ausência) do “acento indicativo de crase é: a) Há diagnósticos por imagem que chegam a demorar de duas à três horas. O problema é que, às vezes, precisamos repeti-los ano a ano. b) Em processos de desapropriação de latifúndios, seus proprietários precisam provar, aqueles que julgam a causa, que as terras são produtivas. Muitos dizem que, da entrada do processo à decisão final, a demora é de dois à cinco anos. c) Em processos de desapropriação de latifúndios, seus proprietários precisam provar, aqueles que julgam à causa, que as terras são produtivas. Muitos dizem que, da entrada do processo a decisão final, a demora é de dois a cinco anos. d) Todas às vezes que a repórter liga para marcar entrevista com o poderoso empresário, a secretária até marca, mas sempre “explica” que tanto o horário quanto à data ficam sujeitos à confirmação. e) Todas as vezes que a repórter liga para marcar entrevista com o poderoso empresário, a secretária até marca, mas sempre “explica” que tanto o horário quanto a data ficam sujeitos a confirmação. 4. [Agente Fiscal de Meio Ambiente-(Direito)-(NS)-(T)-PMCG-MS/2016-Fapec-MS].(Q.12) Quanto à regência e ao uso (presença ou ausência) do “acento” indicativo de crase, a alternativa correta é: a) Para segurança dos curiosos, os bombeiros pediram que ficassem a distância. Aliás, especificaram que, se quisessem assistir à retirada dos feridos, deveriam ficar à distância de no mínimo vinte metros do local do desabamento. b) Para segurança dos curiosos, os bombeiros pediram para que se mantivessem à distância. Aliás, especificaram que, se quisessem assistir a retirada dos feridos, deveriam ficar a distância de no mínimo vinte metros do local do desabamento. c) Para segurança dos curiosos, os bombeiros pediram para que se mantivessem à distância. Aliás, especificaram que, se quisessem assistir a retirada dos feridos, deveriam ficar à distância de no mínimo vinte metros do local do desabamento. d) Daqui à seis horas meu time entrará em campo para enfrentar um adversário muito forte. Espero que vença, pois, se perder, estarei sujeita à gozação ou à piadas. e) De segunda à quarta-feira, a quadra é usada por alunos de primeira à quarta série; às quintas e às sextas, o uso é reservado aos de quinta à oitava. 87 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos 10 PONTUAÇÃO VÍRGULA ( , ) 8. Separar Orações Subordinadas Substantivas Ex.: Eu desejava(,) que você voltasse. VÍRGULA PROIBIDA 1. Oração Subordinada Substantiva: que você voltasse. Separar Sujeito e Verbo Pontuação correta: Ex.: Os meus grandes amigos(,) compraram um carro. Eu desejava que você voltasse. Resumo Orações Subordinadas Substantivas Sujeito: Os meus grandes amigos. Pontuação correta: São aquelas que desempenham a mesma função sintática do substantivo. São as introduzidas pelas conjunções integrantes que e se, ou por pronomes e advérbios interrogativos. Os meus grandes amigos compraram um carro. 2. Separar Verbo e Objeto Direto Ex.: Os pássaros fazem(,) o seu ninho. Identificando orações subordinadas substantivas: Objeto Direito: o seu ninho. Toda oração que puder ser substituída por pronome serão oração subordinada substantiva (utilize o pronome isso) O tipo da oração subordinada substantiva corresponde à função sintática do pronome. Pontuação correta: Os pássaros fazem o seu ninho. 3. Separar Verbo e Objeto Indireto Ex.: A decisão cabe(,) ao diretor. A classificação das orações subordinadas substantivas é feita conforme suas funções sintáticas em relação à oração principal. Objeto Indireto: ao diretor. Pontuação correta: A decisão cabe ao diretor. 4. a) Subjetivas: exerce a função de sujeito da oração principal. Separar Verbo e Agente da Passiva Ex.: É necessário que você volte. Ex.: O fogo foi apagado(,) pela água. É necessário isso. (isso: sujeito) Agente da passiva: pela água. b) Objetivas diretas: exerce a função de objeto direto da oração principal. Pontuação correta: O fogo foi apagado pela água. 5. Ex.: Eu desejava que você voltasse. Separar Verbo de Ligação e Predicativo Eu desejava isso. (isso: objeto direto) Ex.: As ruas dormiam(,) quietas. c) Objetivas indiretas: exerce a função de objeto indireto da oração principal. Predicativo: quietas. Pontuação correta: Ex.: Não gostaram de que você viesse. As ruas dormiam quietas. 6. Não gostaram disso. (disso: objeto indireto) d) Predicativas: exerce a função de predicativo da oração principal. Separar Nome e Adjunto Adnominal Ex.: O bom e velho jogo está presente em vários momentos(,) de nossa vida. Ex.: A verdade é que ninguém se omitiu. A verdade é isso. (isso: predicativo) Adjuntos Adnominais: O, bom, velho (jogo); vários, de nossa vida (momentos). e) Completivas nominais: exerce a função de complemento nominal da oração principal. Pontuação correta: Ex.: Não tínhamos dúvida de que o resultado seria bom. O bom e velho jogo está presente em vários momentos de nossa vida. 7. Não tínhamos dúvida complemento nominal) Separar Nome e Complemento Nominal Ex.: Brincar é uma atividade acessível(,) a todo ser humano. Complemento Nominal: a todo ser humano. f) disso. (disso: Apositivas: exerce a função de aposto da oração principal. Ex.: Só nos disseram uma coisa: que nos afastássemos. Pontuação correta: Brincar é uma atividade acessível a todo ser humano. Só nos disseram uma coisa: isso (isso: aposto) 88 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos 9. Separar Orações Subordinadas Adjetivas Restritivas b) Oração Subordinada Adjetiva Explicativa Ex.: Serão recebidos os alunos(,) que passarem na prova. Ex.: Os homens, cujos princípios não são sólidos, acabam se corrompendo. Oração Subordinada Adjetiva Restritiva: que passarem na prova. Sentido: "todos os homens têm princípios não sólidos e, por isso, todos os homens acabam se corrompendo." Pontuação correta: Serão recebidos os alunos que passarem na prova. 10. Usar vírgula depois da conjunção Exs.: Tudo ocorreu conforme(,) os manifestantes previram. Resumo Orações Subordinadas Adjetivas Ele deve ser estrangeiro, pois(,) fala mal o português. São aquelas que desempenham função sintática própria do adjetivo. São as introduzidas pelos pronomes relativos que, quem, o qual, quanto, onde e cujo, ou por pronomes e advérbios interrogativos. Pontuação correta: Tudo ocorreu conforme os manifestantes previram. Ele deve ser estrangeiro, pois fala mal o português. Classificação das orações subordinadas adjetivas: a) Restritiva: é aquela que restringe ou particulariza o nome a que se refere; por isso indispensáveis ao sentido do período. Importante! Apenas em dois casos caberá vírgula depois de conjunção: Ex.: Serão recebidos os alunos que passarem na prova. a) Com termo intercalado após conjunção Observações: Ex.: Os professores reivindicaram aumento, mas, por falta de acordo, ainda não receberam. Nem todos os alunos passarão na prova; a oração está restringindo a declaração ao subconjunto "alunos que passarem na prova"; a oração não é separada por vírgula. b) Com conjunções (adversativa e conclusivas) deslocadas Exs.: A vida, porém, é bela. Ela é idosa; merece, pois, o nosso respeito. b) Explicativa: é aquela que não restringe nem particulariza o nome a que se refere; por isso são dispensáveis ao sentido do período. Ex.: Os homens, que são racionais, não agem só por instinto. EMPREGO DE VÍRGULA 1. Observações: Exs.: As casas, as ruas, as praças, os bares estavam desertos. (separar os núcleos do sujeito composto) A oração indica apenas uma qualidade ou característica do ser a que se refere (Os homens são racionais); na maioria dos casos, retirados o pronome relativo e o verbo, restará um aposto explicativo; observe: " Os homens, racionais, não agem só por instinto "; Ele morou em Santos, em Brasília, em Porto Alegre. (separar os núcleos do adjunto adverbial) 2. Os dois rapazes, Paulo e Raul, eram irmãos. 3. Senhor, fazei com que eu procure mais consolar que ser consolado. a) Oração Subordinada Adjetiva Restritiva Sentido: "supõe-se a existência de homens com princípios sólidos e homens com princípios não sólidos: apenas os homens com princípios não sólidos acabam se corrompendo." Separar o vocativo Exs: Eles nos temem, Roque, esta é a verdade. Em relação às orações adjetivas, o emprego de vírgula(s) modifica o sentido do período: Ex.: Os homens cujos princípios não são sólidos acabam se corrompendo. Separar aposto explicativo Exs.: Natal, capital do Rio Grande do Norte, é uma linda cidade. a oração explicativa, como o aposto, é separada por vírgula(s). Importante! Separar termos com a mesma função sintática (Termos Coordenados) 4. Separar palavras ou expressões explicativas, conclusivas, retificativas, repetidas etc. (em qualquer posição da frase) Exs.: A polícia prendeu todos, isto é, o pai e os filhos. Gastei tudo, ou melhor, quase tudo. 89 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos 5. Separar locuções adverbiais antepostas ao verbo (deslocadas) Exs.: Com muita calma, ele lia o relatório. A posse da terra, no Brasil, sempre esteve concentrada nas mãos de pouca gente. 6. Separar objetos pleonásticos intercalados (termos antepostos desde que repetidos) A mim, não me interessam suas queixas. Separar conjunções (adversativa e conclusivas) deslocadas Exs.: Carlos não estudou nada; foi, porém, aprovado. Ele é o responsável pela obra; obedeça, pois, suas ordens. 8. Orações Coordenadas Assindéticas (sem conjunção): São orações coordenadas entre si e que não são ligadas através de nenhum conectivo. Estão apenas justapostas. Orações Coordenadas Sindéticas (com conjunção): Exs.: Este assunto, já o li em algum lugar. 7. e) Explicativas: que, porque, porquanto, pois (antes do verbo)... Ao contrário da anterior, são orações coordenadas entre si, mas que são ligadas através de uma conjunção coordenativa. Esse caráter vai trazer para esse tipo de oração uma classificação. As orações coordenadas sindéticas são classificadas em cinco tipos: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas. Separar predicativo do sujeito deslocado Vejamos exemplos de cada uma delas: Exs.: Ansiosos, os parentes aguardavam por notícias. 1. Exs: não estudou nem compareceu ao local de prova. Helena, irritada, bateu a porta. 9. ADITIVAS: ideia de adição, soma. Separar o nome do lugar nas datas Não só cantei como também dancei. Exs.: Campo Grande, 12 de julho de 2012. 2. Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990. 10. Indicar zeugma (do verbo) ADVERSATIVAS: relação de contradição, oposição, compensação. Exs: O Brasil é rico, porém o povo é pobre. Exs.: Ele gosta de futebol; você, de vôlei. Fiquei muito cansada, contudo me diverti bastante. Uns partirão hoje; outros, amanhã. Eles torcem pelo Vasco; eu pelo Flamengo A vírgula indicou a supressão das formas verbais gosta, partirão e torço já expressas, nas orações anteriores, respectivamente. Isso se chama de zeugma. 11. Separar as antíteses dos provérbios 3. Quer eu durma quer eu fique acordado, ficarei no quarto. 4. Para separar elementos paralelos de um provérbio. ALTERNATIVAS: relação de alternância, exclusão. Exs: A moça ora falava, ora chorava, ora resmungava... Exs.: Tal pai, tal filho. CONCLUSIVAS: ideia de conclusão, consequência. Exs: Ela é inteligente; merece, pois, nosso respeito. (pois = portanto) Pai ganhador, filho gastador. 12. Separar as orações coordenadas (assindéticas e sindéticas) Exs.: O homem suspeito saiu do edifício, olhou para os lados, saiu em desabalada carreira. Tudo deu certo, portanto podemos ficar tranquilos. Resumo Orações Coordenadas Penso; logo, existo. 5. EXPLICATIVAS: confirmação ou justificativa Exs: Ande de pressa, pois estou atrasado. (pois = porque) Só passei na prova porque me esforcei por muito tempo. Importante! Orações coordenadas são as ligadas por conjunções coordenativas (claras ou subentendidas). Não se separam as orações coordenadas sindéticas aditivas ligadas pela conjunção e. Conjunções Coordenativas Ex.: Comprei o protetor solar e fui à praia. a) Adtivas: e, nem, tampouco, mas também, mas ainda, como também, bem como... Exceções: b) Adversativas: mas, porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto... c) Alternativas: ou, ou...ou, ora...ora, quer...quer, já...já, seja...seja... d) Conclusivas: logo, por isso, portanto, senão, por conseguinte, pois (depois do verbo)... a) Orações coordenadas com sujeitos diferentes Ex.: Ela trabalha, e eu estudo. b) Conjunção adversativa (e = mas) Ex.: Ela não estudou nada, e foi aprovada. c) Polissíndeto (repetição da conjunção) Ex.: “E suspira, e geme, e sofre, e sua...” 90 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos d) Realce estilístico 3. Ex.: Procurou sapato, cinto, e o encontrou. CONCESSIVAS: opõem-se às ideias expressas pela oração principal. Exs: Todos se retiraram, apesar de não terem terminado a prova. 13. Separar orações subordinadas adverbiais a) Obrigatoriamente, quando deslocadas (antepostas e intercaladas) em relação à oração principal. Exs.: Se ele estivesse aqui, tudo teria sido mais fácil. O povo, quando um tirano cai, se levanta. Embora a prova estivesse fácil, demorei bastante para terminar. 4. Exs: Você terá um futuro brilhante, desde que se esforce. b) Facultativamente (para dar ênfase), quando pospostas à oração principal. Exs.: Trabalha muito(,) embora seja rico. Devo embarcar logo(,) desde que os advogados me liberem o passaporte. Caso você não estude, ficará muito ansioso para a prova. 5. Resumo Orações Subordinadas Adverbias CONFORMATIVAS: expressam conformidade ou algum tipo de acordo com a oração principal. Exs: Construímos nossa casa, conforme as especificações dadas pela Prefeitura. Funcionam como adjunto adverbial de outra oração e vêm, normalmente, introduzidas por conjunções subordinativas, exceto as integrantes (que introduzem as orações substantivas). Como eu havia te falado, a prova não estava fácil. 6. Conjunções Subordinativas Adverbiais CONDICIONAIS: expressam uma condição para que aconteça aquilo que a oração principal diz. CONSECUTIVAS: são a consequência da oração principal. a) Causais: porque, porquanto, visto que, pois que, já que, uma vez que, como, que.. Exs: Leu tanto as poesias de João Cabral que passou a escrever como ele. b) Comparativas: (mais)...que, (menos)...que, (tão)...quanto, como, tal qual, assim como... Comecei o dia tão mal que não consegui me concentrar no trabalho. c) Concessivas: embora, conquanto, inobstante, não obstante, apesar de que, se bem que, mesmo que, ainda que, em que pese... 7. Exs: Tudo farei a fim de que tu voltes. Não vou fechar os portões da biblioteca, para que você possa fazer sua pesquisa. d) Condicionais: se, a menos que, desde que, caso, contanto que, uma vez que, posto que... e) Conformativas: como, conforme, consoante, segundo... f) h) Proporcionais: à proporção que, à medida que, tanto mais... i) Temporais: quando, enquanto, sempre que, assim que, desde que, logo que, mal... São nove as orações subordinadas adverbiais, que são iniciadas por uma conjunção subordinativa. Vejamos exemplos de cada uma delas: 1. PROPORCIONAIS: indicam a proporção. Exs: À medida que crescia, ficava mais alienado de tudo. Quanto mais você fumar, mais grave ficará sua doença. 9. TEMPORAIS: localiza a oração principal em um determinado tempo. Exs: Quando leio alguns poemas de João Cabral, formam-se várias figuras geométricas em minha mente. Assim que você voltar, nós conversaremos com calma. 14. Separar as orações adjetivas explicativas Exs.: Florianópolis, que fica numa ilha, é belíssima. CAUSAIS: designam a causa, o motivo. Exs: Saímos rapidamente, visto que estava armando um tremendo temporal. Ela cantou porque ouviu sua banda favorita. 2. 8. Consecutivas: (tão)...que, (tal)...que, (tanto)...que, (tamanho)...que, de modo que, de forma que... g) Finais: a fim de que, para que, porque, de sorte que, de modo que... FINAIS: indicam finalidade, propósito para que acontece a oração principal. Eu, que não sou perfeito, já cometi alguns erros graves. 15. Separar as orações adverbiais reduzidas COMPARATIVAS: estabelecem uma comparação com a oração principal. Em Orações Reduzidas a vírgula será obrigatória quando estas estiverem antepostas à Oração Principal. Caso estejam pospostas, será facultativa. Exs: Mário era mais esforçado que o irmão (era). Exs.: Terminada a festa, fomos embora. Ela andava leve como uma borboleta. Vi um elefante(,) passeando na rua. 91 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos c) Para separar elementos de uma enumeração Como identificar as orações reduzidas: a) As orações reduzidas são caracterizadas por possuírem o verbo nas formas de gerúndio, particípio ou infinitivo, ou seja, nas suas formas nominais. Ex. Os alunos devem respeitar as seguintes regras: - não fumar dentro do colégio; - não fazer algazarras na hora do intervalo; - respeitar os funcionários e os colegas; b) Ao contrário das demais orações subordinadas, as orações reduzidas não são ligadas através de conectivo. d) Para separar orações com conjunção deslocada c) Para cada oração reduzida, tem-se uma desenvolvida correspondente. Para melhor identificarmos que tipo de oração reduzida temos, podemos desenvolvê-la. e) Para separar orações com conjunção adversativa subentendida d) Possuem as mesmas características sintáticas das orações subordinadas desenvolvidas. Ex.: Há vários modos de afirmar; (mas) existe apenas um de negar. e) Há três tipos de orações reduzidas: - trazer sempre o material escolar. Ex.: A brincadeira terminou; vamos, portanto, guardar os brinquedos. DOIS-PONTOS ( : ) 1) De Infinitivo Exs.: Para comprar um carro, fiz um empréstimo. Fiz um empréstimo(,) para comprar um carro. O uso de dois-pontos marca uma sensível suspensão da voz numa frase não concluída. Emprega-se, geralmente: a) Para introduzir a fala de uma personagem 2) De Gerúndio Exs.: Saindo de férias, encontrei Maria. Encontrei Maria(,) saindo de férias. 3) De Particípio Exs.: Concluído o jogo, o time foi para o vestiário. O time foi para o vestiário(,) concluído o jogo. 16 Separar orações intercaladas Exs.: Não tenho dinheiro, disse o pai, e não vou sair correndo atrás. Vamos embora, intimou o pai. Exs.: O comandante tomou o microfone e disse aos passageiros: — Por favor, tranquilizem-se, pois já passamos pela pior parte da tempestade. O bombeiro abriu a porta, bruscamente, exclamando: — Abandonem o prédio, rápido, vamos! b) Antes de uma citação Exs.: Como já dizia Vinícius de Morais: “Que o amor não seja eterno posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure.” Os paulistas têm um ditado: malandragem demais atrapalha. PONTO-E-VÍRGULA ( ; ) O ponto-e-vírgula indica uma pausa um pouco mais longa que a vírgula e um pouco mais breve que o ponto. O emprego do ponto-e-vírgula depende muito do contexto em que ele aparece. Podem-se seguir as seguintes orientações para empregar o ponto-e-vírgula: a) Para separar duas orações coordenadas que já contenham vírgulas em seu interior Ex. Estive a pensar, durante toda a noite, em Diana, minha antiga namorada; no entanto, desde o último verão, estamos sem nos ver. c) Antes de alguns apostos, especialmente nas enumerações Exs: Quero lhe dizer algumas coisas: não converse com pessoas estranhas, não brigue com seus colegas e não responda à professora. O corpo humano divide-se em três partes: cabeça, tronco e membros. d) Antes de orações apositivas Exs: Só quero te avisar de uma coisa: não te aproximes dela. É agradável constatar: ele progride a cada dia. b) Para separar duas orações coordenadas, quando elas são longas e) para anunciar algum esclarecimento ou síntese do que se disse Ex.: O diretor e a coordenadora já avisaram a todos os alunos que não serão permitidas brincadeiras durante o intervalo nos corredores; porém alguns alunos ignoram essa ordem. Exs.: O Policarpo parece um velho: ranzinza que só! É o seguinte: preciso de seu caminhão para fazer uma mudança. 92 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos PONTO-FINAL ( . ) RETICÊNCIAS ( ... ) Os dois casos de uso do ponto final: O uso das reticências (...) se justifica, basicamente, para indicar a supressão de uma parte da frase pelos mais variados motivos, conforme abaixo. Pode ocorrer no início, no meio ou no final da frase. a) Exigido para encerrar o período Ex.: Concurseiro dos bons está sempre estudando. b) Usado nas abreviaturas Exs.: adv. (advérbio); dir. penal (direito penal); S. (Sul); ex. (exemplo); pág. (página)... As reticências (...) são empregadas: a) Para indicar que, num diálogo, a fala de uma personagem foi interrompida pela fala da outra PONTO DE INTERROGAÇÃO ( ? ) Exs.: – Não há fumaça na chaminé da fábrica. Então os grevistas decidiram ... a) Usado para assinalar uma pergunta direta nos períodos, orações, frases e vocábulos Exs.: Vais mesmo comprar a casa que o Machado construíu na Praia de Imbituba? Que horas são? – Como todos já deram sua opinião... – Um momento, presidente, ainda tenho um assunto a tratar... b) Em corte provocado pelo interlocutor Ex.: – Poxa! A janela da casa foi arrombada. Não esperava que ladrões ... E daí? Onde? Quê? b) Nos casos em que a pergunta envolve dúvida, costuma-se fazer o PONTO-DE-INTERROGAÇÃO seguir de RETICÊNCIAS Ex.: – Então?...que foi isso?...a comadre?... (ARTUR AZEVEDO) c) Nas perguntas que denotam surpresa, ou naquelas que não têm endereço nem resposta, empregamse por vezes combinados o PONTO-DEINTERROGAÇÃO E O PONTO-DE-EXCLAMAÇÃO Ex.: Que negócio é esse: cabra falando?! (C. D. DE ANDRADE) Observação: O PONTO-DE-INTERROGAÇÃO nunca se usa no fim de uma interrogação indireta, uma vez que esta termina com entoação descendente, exigindo, por isso, um PONTO. Comparem-se: c) No meio do período para indicar uma certa indecisão, surpresa ou dúvida na fala da personagem Ex.: João Antônio! Diga-me... você... me traiu? d) Para sugerir ao leitor que complete o raciocínio contido na frase (prolongamento da ideia) Ex.: A sala vazia, o quarto todo revirado, andei por toda a casa, ninguém ... e) Indicação de movimento contínuo Ex.: A roda da moenda girava ... numa monotonia contagiante. f) Para indicar, numa citação, que certos trechos do texto foram exclusos: Ex.: ... mas que bobagem, as rosas não falam. Simplesmente, as rosas exalam o perfume que roubam de ti. (Cartola) TRAVESSÃO ( – ) – Quem chegou? [= INTERROGAÇÃO DIRETA] -– Diga-me quem chegou. [= INTERROGAÇÃO INDIRETA] Emprega-se principalmente em dois casos: a) Para indicar, nos diálogos, a mudança de interlocutor (fala dos personagens no diálogo) PONTO DE EXCLAMAÇÃO ( ! ) É o sinal que se pospõe a qualquer enunciado de entoação exclamativa. Emprega-se, pois, normalmente: a) Usado depois das frases ou locuções exclamativas, interjeições, que possuem uma certa carga de sentimento Exs.: Poxa vida! Que absurdo é esse! Ah! Lembrei-me agora de seu nome. Exs.: – Trouxeste os arreios? – Trouxe, sim. – Muito bom dia, meu compadre. – Por que não apeia, compadre Vitorino? – Estou com pressa. (J. LINS DO REGO) b) usado duplamente, para destacar palavras de caráter especificativo e explicativo dentro de uma frase, até mesmo em substituição à vírgula e aos dois pontos. Exs.: Trouxeram o mandante — um senhor de uns 50 anos — e seus cúmplices. Fogo! Ele batia — tamborilava — no tampo da mesa, expressando seu tédio. Corram já daqui! b) depois de um imperativo Ex.: Coração, pára! ou refreia, ou morre! (A. DE OLIVEIRA) Ele me confessou em segredo — mesmo a contragosto — o que pretendia fazer com o cavalo ferido. 93 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos Mas não é raro o emprego de um só TRAVESSÃO para destacar, enfaticamente, a parte final de um enunciado: Ex.: Um povo é tanto mais elevado quanto mais se interessa pelas coisas inúteis —- a filosofia e a arte. (J. AMADO) ASPAS ( " " ) O uso das aspas serve, principalmente, para grifar (=destacar) parte do texto estranha à pessoa que está escrevendo. Empregam-se principalmente: a) No início e no fim de uma citação para distingui-la do resto do contexto: Ex.: Como dizia Castilho: "batalham cristãos e mouros". b) Para indicar, também, termos de gíria e palavras estrangeiras Exs.: O "cara" levou uma "porrada". d) Definição intercalada pelo uso dos parênteses Ex.: Os fonemas (as menores unidades sonoras da fala) são objeto de estudo da fonética. COLCHETES ( [ ] ) Os colchetes são uma variedade de parênteses, mas de uso restrito. Sua aplicação limita-se aos escritos de natureza didática, técnica ou científica. Empregam-se: a) No modo de remissão das citações, em bibliografias Ex.: ABREU, Caio Fernandes. O ovo apunhalado. Porto Alegre, Globo, 1975. [Abreu, OA] (Celso Pedro Luft) b) Nos verbetes de dicionários e enciclopédias Ex.: desvelear. [De des- + velejar.] V. int. Náut. Ant. Amainar as velas. [Conjug.: v. pelejar.] (Aurélio) Esse é seu "slogan". c) Para indicar que uma palavra está sendo tomada fora de seu sentido usual Ex.: Como era considerado o "xerife" da família, todos fingiam ouvi-lo. d) Para acentuar o valor significativo de uma palavra ou expressão: Ex.: A palavra "nordeste" é hoje uma palavra desfigurada pela expressão "obras do Nordeste" que quer dizer: "obras contra as secas". E quase não sugere senão as secas. (G. FREYRE) PARÊNTESES ( ( ) ) Empregam-se os parênteses para intercalar num texto qualquer indicação acessória. Veja, por exemplo: a) Uma explicação dada, uma reflexão, comentário à margem do que se afirma: um Ex.: O mártir da Independência (Tiradentes) deixou um exemplo raro de nacionalismo. b) Comentário intercalado pelo uso dos parênteses Ex.: O vício que o dominava (hoje, o alcoolismo ceifa milhares de vidas) destruiu-o completamente. c) O uso dos parênteses acrescentando uma reflexão Ex.: Ele vai desistir da empreitada (penso eu). 94 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos QUESTÕES DE PROVAS DA FAPEC-MS A questão 1 refere-se a este pequeno texto: Em resposta a acusações de vazamento, o procurador-geral da República Rodrigo Janot disparou: “Alguns tentam nivelar a todos à sua decrepitude moral, e para isso acusam-nos de condutas que lhes são próprias.” (texto adaptado especificamente para esta prova a partir de frase publicada em: revista Época, São Paulo, Editora Globo, n° 979, p. 19, 27 março 2017. Seção: Treze frases que marcaram a semana). 1. [Assistente Social-(NS)-(M)-Pref. Munic. São Gabriel do Oeste-MS/2017-Fapec-MS].(Q.2) O texto apresenta problemas de pontuação. A alternativa em que esses problemas são devidamente corrigidos é: a) Em resposta, a acusações de vazamento, o procurador-geral da República Rodrigo Janot disparou: ― Alguns, tentam nivelar a todos à sua decrepitude moral, e para isso acusam-nos de condutas que lhes são próprias. b) Em resposta, a acusações de vazamento o procurador-geral da República, Rodrigo Janot disparou: ― Alguns tentam nivelar a todos à sua decrepitude moral e para isso, acusam-nos de condutas, que lhes são próprias. c) Em resposta, a acusações de vazamento, o procurador-geral da República Rodrigo Janot disparou: ― Alguns, tentam nivelar a todos à sua decrepitude moral, e para isso acusam-nos de condutas que lhes são próprias. d) Em resposta a acusações de vazamento, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disparou: “Alguns tentam nivelar a todos à sua decrepitude moral e, para isso, acusam-nos de condutas que lhes são próprias.” e) Em resposta a acusações de vazamento o procurador-geral da República Rodrigo Janot, disparou: alguns tentam nivelar a todos à sua decrepitude moral, e para isso acusam-nos de condutas, que lhes são próprias. 2. [Agente Fiscal de Tributos-(NS)-(M)-Pref. Munic. Camapuã-MS/2016-Fapec-MS].(Q.11) Assinale a alternativa em que NÃO há erro de pontuação: a) Disseram ao rapaz que, ele só sairia dali, depois que explicasse por que não havia terminado o serviço pelo qual já recebera? b) A equipe brasileira de futebol feminino depois de vencer a Suécia por 5 a 1 na fase de grupos, entrou em campo. Achando que, a partida já estava decidida. Acaba de ser desclassificada. c) A equipe brasileira de futebol feminino, depois de vencer a Suécia por 5 a 1 na fase de grupos entrou em campo; achando que, a partida já estava decidida, acaba de ser desclassificada. d) A equipe brasileira de futebol feminino, depois de vencer a Suécia por 5 a 1, na fase de grupos, entrou em campo achando que a partida já estava decidida. Acaba de ser desclassificada... e) As meninas do vôlei de quadra, têm-se esforçado muito durante as partidas. Merecendo pois alcançar a vitória. Mas, é preciso cautela para não perder a concentração. 3. [Farmacêutico-(NS)-(M)-Pref. Munic. Amambai-MS/2015-Fapec-MS].(Q.6) A alternativa em que não há erro de pontuação é: a) Estudos comprovam que muitas doenças, são associadas ao sedentarismo, dentre as quais, a obesidade. Vale lembrar que, os números da obesidade infantil, vêm aumentando, no Brasil, assustadoramente. Tornando-se uma epidemia. b) Estudos comprovam que muitas doenças são associadas ao sedentarismo, dentre as quais a obesidade. Vale lembrar que os números da obesidade infantil vêm aumentando no Brasil assustadoramente, tornando-se uma epidemia. c) Estudos comprovam que, muitas doenças, são associadas ao sedentarismo dentre as quais a obesidade, vale lembrar que os números da obesidade infantil, vêm aumentando, no Brasil assustadoramente tornando-se uma epidemia. d) Estudos comprovam: que muitas doenças, são associadas ao sedentarismo, dentre, as quais a obesidade vale lembrar, que os números da obesidade infantil, vêm aumentando no Brasil, assustadoramente, tornando-se uma epidemia. e) Estudos comprovam, que muitas doenças são associadas ao sedentarismo. Dentre as quais a obesidade. Vale lembrar que, os números da obesidade infantil vêm aumentando no Brasil assustadoramente. Tornando-se uma epidemia. 4. [Professor Educ. Bás.-(Matemática)-(NS)-(M)-Pref. Munic. Rio Brilhante-MS/2015-Fapec-MS].(Q.6) Assinale a alternativa em que NÃO há erro de pontuação: a) O inglês Tom Standage costuma dizer, que a agricultura orgânica, é mesmo difícil, é como plantar com uma mão amarrada nas costas. b) O inglês Tom Standage, costuma dizer que, a agricultura orgânica, é mesmo difícil: “é como plantar, com uma mão amarrada nas costas”. c) Um frango que recebe hormônios, fica pronto para o abate em 40 dias. O orgânico em seis meses. d) Um frango, que recebe hormônios, fica pronto para o abate, em 40 dias, o orgânico, em seis meses. e) Um frango que recebe hormônios fica pronto para o abate em 40 dias; o orgânico, em seis meses. 95 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos SIMULADO (QUESTÕES MISTAS – FAPEC-MS) As questões 1 e 2 referem-se ao seguinte texto: 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 Por mais que se critiquem investimentos em poupança, parece que muitos brasileiros, em especial os de baixa renda, ainda a consideram a única opção, quer porque admite a aplicação de pequenas quantias, quer porque o acesso a esse tipo de investimento parece mais fácil. Sobre essas questões, Gustavo Cerbasi, especialista em educação financeira, explica que, “há até pouco tempo”, para fazer render o pouco que sobrava do salário, bastava ter uma conta salário ou abrir uma conta poupança, ambas obrigatoriamente isentas de tarifas”. Já para aplicações mais complexas e mais rentáveis, “era necessário abrir uma conta-corrente de serviços, com pacotes mensais de tarifas que cobravam do pequeno poupador mais do que a vantagem que ele obtinha nos investimentos”. Acrescenta o especialista que, hoje “com as novas contas eletrônicas isentas de tarifas (aquelas que você abre e movimenta apenas pela internet), é possível acessar, sem custo, opções de investimento e enviar recursos para corretoras investirem em títulos públicos”, de modo que já não há mais argumentos que favoreçam a poupança. (Texto construído com fragmentos de matéria assinada por Gustavo Cerbasi, sob o título “A poupança voltará algum dia À boa forma?”, publicada na revista Época, São Paulo, Editora Globo, n° 979, p. 69, 27 março 2017). 1. [Assistente Social-(NS)-(M)-Pref. Munic. São Gabriel do Oeste-MS/2017-Fapec-MS].(Q.7) Esta questão avalia conhecimentos sobre itens diversos do conteúdo previsto em edital. Assinale a alternativa que traz a informação correta ou verdadeira sobre o respectivo item: a) Gêneros textuais: O texto reúne características do gênero notícia. b) Funções da linguagem: A função da linguagem predominante no texto é a metalinguística. c) Coesão: A palavra “você” (l. 13) é empregada para remeter a um referente extratextual: o leitor. d) Tipologias textuais: Predominam, no texto, sequências narrativas e conversacionais ou dialogais. e) Concordância: em “critiquem” (l. 1), usou-se o plural para concordar com o núcleo do sujeito (“investimentos”). 2. [Assistente Social-(NS)-(M)-Pref. Munic. São Gabriel do Oeste-MS/2017-Fapec-MS].(Q.9) Esta questão avalia conhecimentos sobre emprego de tempos e modos verbais e concordância. Assinale a alternativa correta: a) Se desenvolvermos as orações das linhas 7-8, teremos: “bastavam que se tivesse uma conta salário ou que se abrisse uma conta poupança, ambas obrigatoriamente isenta de tarifas”. b) Se desenvolvermos as orações das linhas 7-8, teremos: “bastava que se tenha uma conta salário ou que se abra uma conta poupança, ambas obrigatoriamente isentas de tarifas”. c) Se desenvolvermos as orações das linhas 14-15, teremos: “que se acessem, sem custo, opções de investimento e que se enviem recursos para que corretoras invistam em títulos públicos”. d) Se desenvolvermos as orações das linhas 14-15, teremos: “que se acesse, sem custo, opções de investimento e que se envie recursos para que corretoras invistam em títulos públicos”. e) Se desenvolvermos as orações das linhas 14-15, teremos: “que se acessasse, sem custo, opções de investimento e que se enviasse recursos para que corretoras investissem em títulos públicos”. 3. [Analista de Comunicação-(NS)-(M)-Câm. Munic. Três Lagoas-MS/2016-Fapec-MS].(Q.10) Observando a pontuação, a concordância, a regência (incluindo casos de crase), o emprego de tempos-modos verbais, a grafia e acentuação, assinale a única alternativa que não apresenta erros: a) Informo a Vossa Excelência que o Relatório de Atividades da Comissão Permanente de Educação, Meio Ambiente, Cultura, Desporto e Turismo ainda não foi concluído, porém, para garantir o cumprimento do prazo para lançamento e pagamento de despesas com alimentação e locação de veículos, seguem anexas as respectivas notas fiscais. b) Informo à Vossa Excelência de que o Relatório de Atividades da Comissão Permanente de Educação, Meio Ambiente, Cultura, Desporto e Turismo ainda não foi concluído, porém para garantir o cumprimento do prazo para lançamento e pagamento de despesas com alimentação e locação de veículos, seguem anexo as respectivas notas fiscais. 96 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos c) Informo Vossa Excelência que, o Relatório de Atividades da Comissão Permanente de Educação, Meio Ambiente, Cultura, Desporto e Turismo ainda não fora concluído. Porém, para garantir o cumprimento do prazo para lançamento e pagamento de despesas com alimentação e locação de veículos, seguem anexo as respectivas notas fiscais. d) Comunicamos os interessados que as inscrições para o Curso Preparatório para Assistente de Gabinete poderá ser feitas de segunda à sexta-feira, das 7h30min às 10h30min, no período de 17 à 31 de outubro. O curso terá duração de 20 à 30 horas e será ministrado de janeiro à março de 2017. e) Comunicamos aos interessados, que as inscrições para o Curso Preparatório para Assistente de Gabinete poderão ser feita de segunda à sexta-feira, das 7h30min às 10h30min, no período de 17 a 31 de outubro. O curso terá duração de 20 à 30 horas e será ministrado de Janeiro a Março de 2017. 4. [Fiscal Tributos-(NS)-(M)-Pref. Munic. Naviraí-MS/2016-Fapec-MS].(Q.3) Considerando a grafia, as relações de coesão e de regência e o emprego (presença ou ausência) do “acento” indicativo de crase, assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do pequeno texto a seguir: A partida __________ assisti envolvia dois atletas __________ nomes não me lembro. Aliás, nem sei escrever o nome do esporte que praticavam; só sei que era semelhante __________ antigo jogo de crianças e adolescentes __________ você se referiu ___ pouco: a brincadeira de peteca. a) que; que os; aquele; o qual; a. b) a qual; cujos; aquele; que; à. c) a que; de cujos; àquele; a que; há. d) à qual; os quais; àquele; à que; há. e) que; os quais; aquele; onde; a. A questão 5 refere-se ao fragmento de texto a seguir: 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 De noite é pior Não importa o horário, comer doces é uma grande tentação. Bem, na verdade, o horário importa sim! Pelo menos é o que dizem cientistas espanhóis e americanos que acabam de publicar um novo estudo a esse respeito. Pela primeira vez, foi identificada a existência de um tipo de marcação celular nos tecidos adiposos que afeta diretamente a tolerância à glicose, reforçando a tese de que não se deve comer doces no período da noite, quando o corpo tem pouca sensibilidade à insulina. Outra revelação interessante é que esse “relógio” identificado no tecido funciona melhor nas pessoas que se deitam cedo e dormem mais horas do que naquelas com déficit de sono ou horários irregulares. [...] A pesquisa acaba de ser publicada na revista FASEB, da Sociedade Americana de Biologia Experimental. (Vida e saúde. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, ano 78, n° 9, setembro 2016, p. 6. Sala de espera). 5. [Fiscal Tributos-(NS)-(M)-Pref. Munic. Naviraí-MS/2016-Fapec-MS].(Q.10) Assinale a alternativa que apresenta um comentário verdadeiro sobre palavras empregadas ou relações estabelecidas no texto: a) A palavra “espanhóis” (l. 3) está indevidamente acentuada, pois, de acordo com as normas ortográficas em vigor, os ditongos abertos não recebem acento gráfico. b) Como “doces” (l. 2) está no plural, o verbo deveria estar no plural: “são”. c) A expressão “a esse respeito” (l. 4) retoma “comer doces” (l. 2) d) Se suprimirmos a vírgula que antecede a última oração do segundo período (l. 7-8), não haverá nenhuma alteração no sentido. e) Considerando que “doces” é o sujeito da perífrase (“locução”) verbal “deve comer” (l. 7); que “comer” é transitivo direto; que “se é partícula apassivadora, a concordância correta será: “devem comer”. 6. [Agente Fiscal de Tributos-(NS)-(M)-Pref. Munic. Camapuã-MS/2016-Fapec].(Q.9) Assinale a alternativa correta quanto à grafia, à regência e ao emprego do “acento” indicativo de crase: a) Ele chegou à casa da mãe à uma hora da manhã e sabia que, se quisesse cegar a São Paulo a tempo de assistir ao jogo de seu time, dali a uma hora teria de estar no aeroporto. b) Quando chegou a distância de 100 metros do local de prova, olhou para os céus e pediu à Deus que lhe concedesse sabedoria e calma. c) Quando chegou à distância de 100 metros do local de prova olhou para os céus e pediu à Deus que lhe concedesse sabedoria e calma. 97 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos d) Ficou observado a distância os muitos concorrentes chegando no local das provas, mas, como estudara de janeiro à agosto, de domingo à sexta, todos os dias, estava confiante. e) Depois de tanto tempo longe de casa, duas lacas chamaram-no a atenção: “À 100 metros, entrada para Camapuã e Bem-vindo à Camapuã. Considere este pequeno texto para responder às questões 7 e 8: Nunca nos explicaram __________ os agricultores familiares suspenderam a venda de hortaliças nas feiras da região metropolitana. Isso terá ocorrido __________ não querem que a verdadeira razão __________ à tona. Em certas circunstâncias, o __________ pode causar problemas. Então, __________ com __________ e, mesmo que isto nos conduza a uma “guerra”, vamos investigar. Se qualquer um de nós _____ alguém estranho por aqui ou descobrir qualquer indício de fraude, é preciso que se __________ em silêncio no interior da instituição, mas convoque imediatamente os demais integrantes do grupo para uma reunião. 7. [Farmacêutico-Bioquímico-(NS)-(M)-(T)-Pref. Munic. Aquidauana-MS/2016-Fapec-MS].(Q.5) Observando a grafia, a acentuação e o emprego de homônimos, parônimos e tempos/modos verbais, assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas: a) por que, porque, venha, porquê, ajamos, discrição, vir, mantenha. b) porque, porque, venha, porquê, ajamos, discrição, ver, mantêm. c) por que, por que, vem, por quê, hajamos, descrição, ver, mantém. d) porquê, por que, vem, porquê, hajamos, descrição, vir, mantenha. e) porque, porque, venha, por quê, ajamos, discrição, vier, mantém. 8. [Farmacêutico-Bioquímico-(NS)-(M)-(T)-Pref. Munic. Aquidauana-MS/2016-Fapec-MS].(Q.8) Ainda concorrendo para a compreensão do texto, esta questão avalia conhecimentos sobre períodos compostos, emprego de classes de palavras, concordância e emprego de tempos e/ou modos verbais. Assinale a alternativa que traz o comentário correto ou verdadeiro sobre o respectivo item: a) A penúltima oração do último período (composto por coordenação e subordinação) classifica-se, em relação à que a antecede, como subordinada substantiva subjetiva. b) Se, no último período, o autor do texto optasse pela concordância dos verbos “descobrir” e “convocar” com o pronome “nós” (o que também seria correto), teríamos “descobrirmos” e “convocamos”, sem necessidade de nenhuma outra alteração no texto. c) As palavras “familiares”, “interior” e “integrantes” foram empregadas como substantivos d) Assim como “convoque”, as formas verbais que preenchem as lacunas 5 (4° período) e 8 (último período do texto) estão no modo imperativo, expressando ordem. e) O emprego do presente do indicativo, em “querem”, “pode” e “vamos”, e do futuro do presente, em “terá”, produz sentido de possibilidade e de futuro próximo. A questão 9 refere-se ao seguinte fragmento de texto: A pesquisadora Denise Canal concluiu que a violência retratada em jogos eletrônicos influencia o comportamento de crianças e jovens. Em sua pesquisa, ela cita como exemplo “o caso do jovem Wellington Menezes de Oliveira que entrou em uma escola de Realengo-RJ e reproduziu atos violentos”. [Esse episódio, ocorrido em 7 de abril de 2011, ficou conhecido como “Massacre de Realengo”]. Acrescenta Canal que “os peritos responsáveis pelo caso afirmaram que a mira do rapaz era semelhante a de quem passara por um curso intensivo de tiro”. (Adaptado de matéria publicada na revista Conhecimento prático – Língua Portuguesa, n° 45, São Paulo: EBR, [s. d.], p. 36-41) 9. [Farmacêutico-(NS)-(M)-Pref. Munic. Amambai-MS/2015-Fapec-MS].(Q.7) Esta questão avalia conhecimentos sobre diferentes itens do conteúdo previsto para a prova. Assinale a alternativa que traz a informação verdadeira sobre o respectivo item: a) Funções da linguagem = A função predominante no texto é a conativa. b) Pontuação = a falta de vírgula antes de “que”, em “que entrou em uma escola de Realengo-RJ”, justifica-se porque se trata de oração adjetiva restritiva. c) Crase: O “a” que inicia o enunciado “a de quem passara por um curso intensivo de tiro” deveria receber “acento” indicativo de crase. d) Acentuação = A forma verbal “passara”, deveria estar acentuada: “passará”. e) Regência = Em “influencia o comportamento”, configura-se um erro; o correto seria “no comportamento”. QUER TREINAR MAIS QUESTÕES? ACESSE O SITE WWW.EMMENTALAPOSTILAS.COM.BR E CONHEÇA OS CADERNOS DE QUESTÕES FAPEC-MS DE LÍNGUA PORTUGUESA. 98 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos GABARITOS (58 QUESTÕES) GÊNEROS E TIPOLOGIAS TEXTUAIS. FUNÇÕES DA LINGUAGEM. COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS. COESÃO TEXTUAL. 1 1 A 2 D 3 D 2 1 E 4 E 5 D 2 A 2 A 3 C 4 B 5 B 6 E 7 E 2 B EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS. EMPREGO DE TEMPOS E MODOS VERBAIS. 2 B 3 C 4 E 5 A PERÍODOS COMPOSTOS POR COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO. ORAÇÕES REDUZIDAS. 2 B 3 D 4 C 7 1 C 10 11 D A EMPREGO DE PARÔNIMOS, HOMÔNIMOS E FORMAS VARIANTES 6 1 B 9 D ACENTUAÇÃO (incluindo conhecimentos sobre as novas normas) 5 1 D 8 B 3 E 4 1 B 7 A ORTOGRAFIA (emprego das letras, do hífen e de iniciais maiúsculas ou minúsculas) 3 1 B 6 C 5 E 6 E CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL 2 D 3 E 4 C 99 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91 LÍNGUA PORTUGUESA Teoria e Questões da FAPEC-MS por Assuntos com Gabaritos 8 1 C REGÊNCIA (VERBAL E NOMINAL) E CRASE 2 B 3 B 9 1 C CRASE 2 A 3 E 4 A 10 1 D PONTUAÇÃO 2 D 3 B 4 E SIMULADO 1 E 2 C 3 A 4 C 5 E 6 A 7 A 8 A 9 C 100 E-book gerado exclusivamente para Marco Anderson da Cruz Araujo - CPF:908.872.551-91