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MD.UnidadDidácticaGrupo(01)Pt.dot
MÓDULO
ARQUITETURA DE COMPUTADORES III
UNIDADE
UD009725_V(01)
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
ÍNDICE
OBJETIVOS ................................................................................................ 7
INTRODUÇÃO............................................................................................. 8
1. IMPRESSORAS ....................................................................................... 9
1.1. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 9
1.1.1. VELOCIDADE DE IMPRESSÃO ..................................................................... 10
1.1.2. QUALIDADE DE IMPRESSÃO ...................................................................... 11
1.1.3. FONTES .................................................................................................. 12
1.1.4. MEMÓRIA ............................................................................................... 12
1.1.5. A INTERFACE OU CONECTOR ..................................................................... 13
1.2. TECNOLOGIAS DE IMPRESSÃO ................................................................... 16
1.2.1. CLASSIFICAÇÃO GERAL ............................................................................ 16
1.2.2. IMPRESSORAS MATRICIAIS (EM DESUSO) ................................................... 17
1.2.2.1. Funcionamento ......................................................................................... 19
1.2.2.2. Conclusão ................................................................................................. 20
1.2.3. IMPRESSORAS DE JATO DE TINTA.............................................................. 21
1.2.3.1. Partes de uma impressora de jato de tinta ............................................. 22
1.2.3.2. Funcionamento ......................................................................................... 25
1.2.3.3. Tecnologia térmica................................................................................... 26
1.2.3.4. Tecnologia piezoelétrica .......................................................................... 28
1.2.3.5. O custo oculto........................................................................................... 30
1.2.4. IMPRESSORAS A LASER ............................................................................ 31
1.2.4.1. Elementos de uma impressora a laser.................................................... 33
1.2.4.2. Comunicação ............................................................................................ 34
1.2.4.3. Funcionamento ......................................................................................... 36
1.2.4.4. Laser a cores ............................................................................................ 39
1.2.5. LINGUAGENS DE DESCRIÇÃO DE PÁGINA .................................................... 41
1.2.5.1. PostScript ................................................................................................. 41
1.2.5.2. PCL ............................................................................................................ 42
3
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
1.2.5.3. GDI.............................................................................................................. 44
1.2.5.4. Adobe PrintGear ........................................................................................ 45
1.2.6. OUTRAS TECNOLOGIAS ............................................................................ 47
1.2.6.1. Tinta sólida ................................................................................................ 47
1.2.6.2. Sublimação de tinta .................................................................................. 49
1.2.6.3. Autocromo ................................................................................................. 50
1.2.6.4. Cera térmica .............................................................................................. 51
1.3. IMPRESSORAS MULTIFUNÇÕES ................................................................. 52
1.3.1. CARACTERÍSTICAS .................................................................................. 52
1.4. IMPRESSORAS 3D ........................................................................................ 53
1.4.1. CARACTERÍSTICAS .................................................................................. 53
1.4.2. COMO FUNCIONAM.................................................................................. 53
1.4.3. TECNOLOGIAS ......................................................................................... 54
1.4.3.1. Estereolitografia (SL) ................................................................................ 54
1.4.3.2. Junção de material granular..................................................................... 54
1.4.3.3. Modelação por deposição de material fundido (FDM) ........................... 54
1.5. GRANDES FORMATOS.................................................................................. 55
1.5.1. PLOTTERS .............................................................................................. 55
1.5.2. FUNCIONAMENTO ................................................................................... 56
1.5.3. TIPOS DE PLOTTERS ................................................................................ 56
1.5.3.1. Plotters de impressão ............................................................................... 57
1.5.3.2. Plotters de corte ........................................................................................ 57
1.5.3.3. Plotters de corte e impressão .................................................................. 58
1.5.4. CLASSES DE PLOTTERS ............................................................................ 58
1.5.4.1. De mesa ..................................................................................................... 58
1.5.4.2. De tambor .................................................................................................. 58
1.5.5. IMPRESSORAS DE GRANDE FORMATO ........................................................ 59
1.5.6. IMPRESSORAS PARA GRUPOS ................................................................... 60
1.6. CONSUMÍVEIS ............................................................................................... 60
1.6.1. TINTA..................................................................................................... 61
1.6.2. PAPEL .................................................................................................... 62
1.6.3. CONSUMÍVEIS PARA IMPRESSORAS A LASER .............................................. 62
1.7. A COR ............................................................................................................. 64
1.7.1. CRIAÇÃO DA COR..................................................................................... 65
1.7.2. TOM MÉDIO – TOM CONTÍNUO – CONTONE ............................................... 66
1.7.3. GESTÃO DA COR (COLOUR MANAGEMENT) ................................................ 68
1.8. PROBLEMAS HABITUAIS DE IMPRESSÃO .................................................. 70
1.8.1. ARRASTAMENTO DE FOLHAS .................................................................... 70
1.8.2. BAIXA QUALIDADE DE IMPRESSÃO............................................................. 71
1.8.3. PROBLEMAS COM AS FONTES................................................................... 71
1.8.4. PROBLEMAS DE COR ................................................................................ 73
1.8.5. FALHAS EM IMPRESSORAS MATRICIAIS ..................................................... 73
4
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
1.8.6. PROBLEMAS DE TINTA ............................................................................. 74
1.8.7. PROBLEMAS COM AS IMPRESSORAS A LASER............................................. 75
1.8.8. FALHAS NA COMUNICAÇÃO ...................................................................... 75
2. PERIFÉRICOS ....................................................................................... 77
2.1. INTRODUÇÃO ................................................................................................ 77
2.2. TIPOS DE PERIFÉRICOS ................................................................................ 78
2.3. PERIFÉRICOS DE ARMAZENAMENTO ......................................................... 80
2.4. PERIFÉRICOS DE ENTRADA ......................................................................... 82
2.4.1. TECLADO ................................................................................................ 82
2.4.1.1. Mecanismo de deteção de pressão/libertação das teclas.................... 85
2.4.1.2. Tipos de teclados ..................................................................................... 87
2.4.1.3. Tecnologias do teclado ............................................................................ 88
2.4.1.4. Teclados especiais ................................................................................... 89
2.4.1.5. Avarias no teclado .................................................................................... 91
2.4.1.6. Manutenção do teclado ........................................................................... 91
2.4.2. RATO (MOUSE) ........................................................................................ 93
2.4.2.1. Funcionamento ......................................................................................... 94
2.4.2.2. Tipos de rato ............................................................................................. 95
2.4.2.3. O controlador ............................................................................................ 99
2.4.2.4. Ratos para canhotos ................................................................................ 99
2.4.2.5. Evolução.................................................................................................. 100
2.4.2.6. Ligação do rato ....................................................................................... 100
2.4.3. JOYSTICK ............................................................................................. 100
2.4.3.1. Partes de um joystick ............................................................................. 101
2.4.3.2. Comunicação do joystick ....................................................................... 102
2.4.3.3. Tipos de joystick ..................................................................................... 103
2.4.4. SCANNER (DIGITALIZADOR) .................................................................... 105
2.4.4.1. Funcionamento de um scanner ............................................................. 106
2.4.4.2. Elementos de um scanner ..................................................................... 108
2.4.4.3. A resolução ............................................................................................. 111
2.4.4.4. As cores e os bits ................................................................................... 112
2.4.4.5. Quanto ocupa uma imagem?................................................................. 113
2.4.4.6. Formatos de scanner ............................................................................. 115
2.4.4.7. SCSI ou USB? .......................................................................................... 116
2.4.4.8. A interface TWAIN .................................................................................. 118
2.4.4.9. Principais características ...................................................................... 119
2.4.4.10.
O OCR .............................................................................................. 119
2.4.5. DIGITALIZADOR DE ÁUDIO ....................................................................... 120
2.4.6. DIGITALIZADOR DE VÍDEO ....................................................................... 120
2.4.7. MICROFONE .......................................................................................... 121
2.4.8. CANETA ÓTICA ...................................................................................... 121
2.4.9. ECRÃ TÁTIL ........................................................................................... 122
2.4.10. MESA GRÁFICA ..................................................................................... 122
5
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
2.5. PERIFÉRICOS DE SAÍDA ............................................................................. 124
2.5.1. O MONITOR........................................................................................... 124
2.5.2. IMPRESSORAS ....................................................................................... 125
2.5.3. PLOTTER OU TRAÇADOR GRÁFICO ........................................................... 126
2.5.4. COLUNAS ............................................................................................. 126
2.5.4.1. Pontos a ter em conta na escolha de um sistema de som ................. 128
2.6. PERIFÉRICOS DE COMUNICAÇÃO ............................................................. 130
2.6.1. MODEM ................................................................................................ 130
2.6.1.1. A importância do UART ......................................................................... 131
2.6.1.2. ADSL ....................................................................................................... 131
2.6.1.3. RDIS (em desuso)................................................................................... 133
CONCLUSÃO .......................................................................................... 135
AUTOAVALIAÇÃO .................................................................................. 136
PROPOSTAS DE DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO ............................... 137
BIBLIOGRAFIA ........................................................................................ 138
6
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
OBJETIVOS
Com esta unidade didática, pretende-se que desenvolva os seguintes objetivos
de aprendizagem:

Conhecer os diferentes tipos de periféricos existentes.

Analisar as características dos diferentes grupos de periféricos.

Conhecer o funcionamento e características dos principais periféricos.

Conhecer as principais características de uma impressora para a poder
analisar.

Distinguir as atuais tecnologias de impressão, assim como as características e funcionamento de cada uma delas.

Conhecer as linguagens de descrição de página mais utilizadas.

Analisar os diferentes meios de criação de cor.

Conhecer alguns dos erros de funcionamento mais habituais das impressoras, assim como as suas causas possíveis.
7
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
INTRODUÇÃO
Os computadores estão cada vez mais presentes na nossa sociedade para a
realização das mais diversas tarefas. É justo reconhecer que grande parte do
mérito nesse processo de expansão se deve aos periféricos. Por um lado, alguns periféricos, como o rato e o monitor, permitiram melhorar a interação do
utilizador com o computador, convertendo a utilização do mesmo numa tarefa
simples e muito visual.
Por outro lado, a grande diversidade de periféricos existente permitiu o tratamento de qualquer tipo de informação através dos computadores. Alguns
exemplos são: impressoras, scanners, placas de som, leitores de códigos de
barras, fotografia e vídeo digital, etc. Finalmente, alguns periféricos permitiram a
interligação de computadores, potenciando, desta forma, a capacidade de interação entre utilizadores e globalizando a informação. É o caso dos modems e
das placas de rede.
O mundo dos periféricos está em constante evolução, sendo que isso está diretamente ligado à evolução do próprio computador e ao uso que lhe é dado.
Assim, há dispositivos periféricos obsoletos e que já não são utilizados (leitor de
fita e de “ticker tape”, unidade perfuradora de cartões e de disquetes), outros
em vias de extinção (unidades de fita) e outros que, entretanto, foram surgindo
(“pen drive”, “web cam” ou conexões sem fios como o “bluetooth”...).
Uma impressora é um periférico de computador cuja função é passar um documento (imagem ou texto) a partir do computador (processador de textos, bloco
de notas, visualizador de imagens, etc.) para um meio físico, geralmente papel,
através da utilização de uma fita, cartuchos de tinta ou ainda tecnologia laser.
8
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
1. IMPRESSORAS
1.1. INTRODUÇÃO
Como o seu próprio nome indica, a impressora é um periférico que o computador utiliza para apresentar informação impressa em papel ou noutro meio. As
primeiras impressoras nasceram muitos anos antes do PC e, inclusivamente,
antes dos monitores (o outro dispositivo de saída por excelência), sendo durante anos o método mais utilizado para apresentar os resultados dos cálculos dos
computadores primitivos, que utilizavam placas e fitas perfuradas.
Impressora a cores marca Kodak.
9
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
Os principais pontos a analisar em qualquer tipo de impressora são:

Velocidade de impressão.

Qualidade de impressão.

Tipos de fontes.

Memória.

Interface.

Tecnologia de impressão.
1.1.1. VELOCIDADE DE IMPRESSÃO
A velocidade de uma impressora pode medir-se com o parâmetro p.p.m. (páginas por minuto). Ainda que o cálculo seja confuso porque não existe uma norma oficial que deva ser respeitada, nunca ficou esclarecido o momento em que
se pressiona o cronómetro (quando a impressora retira a primeira folha ou
quando se comanda a impressão), nem a especificação da fonte ou a complexidade dos gráficos impressos.
Como norma, devemos considerar que o número de páginas por minuto que o
fabricante diz que a sua impressora imprime são páginas com 5% de superfície
impressa, com a qualidade mais baixa, sem gráficos e descontando o tempo de
cálculo do computador.
Outro parâmetro utilizado é o c.p.s. (caracteres por segundo) adequado às
impressoras matriciais que ainda se fabricam.
Há que ter em conta que a velocidade de impressão a preto e branco (P/B) é
maior que a cores.
10
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
1.1.2. QUALIDADE DE IMPRESSÃO
Um dos determinantes da qualidade da impressão realizada é a resolução ou
quantidade de d.p.i. (dots per inch), ou, em português, p.p.p. (pontos por polegada). Utilizaremos aqui o primeiro por ser de uso mais habitual. Uma resolução
de “300 d.p.i.” define que em cada polegada (2,54 cm) quadrada, a impressora
pode situar 300 pontos horizontais e 300 verticais. Se encontrarmos uma expressão do tipo “600 x 300 d.p.i.”, o primeiro valor refere-se à linha horizontal e
o segundo à vertical.
Outro determinante da qualidade de impressão é o do número de níveis ou de
gradações que podem ser impressos por ponto, uma técnica em camadas de
cores que faz com que a oscilação nos gráficos e nas fotografias seja mais difícil
de ver e, inclusivamente, invisível à primeira vista. As impressoras sem níveis de
impressão por ponto imprimem cada ponto de cor numa das duas intensidades
(ligado ou desligado), com tintas azul cyan, magenta, amarela ou preta. Estas
cores podem ser combinadas para criar tintas vermelha, verde e roxa, e podem
criar a ilusão de outras cores, distribuindo vários pontos de cores distintos no
papel (cada cor é obtida seguindo um determinado padrão). A impressão em
multinível torna possíveis mais intensidades para cada ponto que se imprime.
Na prática, as impressoras escolhem entre uma das duas. Algumas optam por
uma resolução mais elevada e outras por mais níveis por ponto, segundo a utilização pensada para a impressora. Os profissionais de artes gráficas, por exemplo interessados em conseguir qualidade fotográfica, devem dar prioridade ao
número de níveis por ponto, enquanto os utilizadores gerais exigem uma resolução razoavelmente elevada para conseguir uma boa qualidade de texto.
De qualquer modo, duas máquinas com a mesma resolução podem oferecer
resultados díspares, pois há que ter em conta o tamanho das gotas que criaram
esses pontos por polegada e este varia segundo a tecnologia empregue para
levar a cabo a impressão.
As gotas de tinta têm um tamanho diminuto e medem-se em picolitros (1 picolitro
é a bilionésima parte de 1 litro).
11
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
1.1.3. FONTES
O bitmap é um registo de padrão de pontos necessários para criar um caracter
específico com um determinado tamanho e atributo. Algumas impressoras traziam consigo fontes bitmap, com variedades normal e negrito, como parte da
sua memória permanente. Quando se emitia um comando de impressão, o
computador dizia primeiro à impressora qual das definições bitmap a utilizar, e,
por cada letra, sinal de pontuação ou movimento do papel, enviava um código
ASCII.
As fontes outline consistem em descrições matemáticas de cada carácter e sinal de pontuação de um tipo. Algumas impressoras possuem uma linguagem de
descrição de página, normalmente PostScript (programa de computador dentro
de um microchip).
A linguagem pode traduzir comandos de fonte outline para controlar a colocação dos pontos num papel.
Quando se emite um comando de impressão, a partir do software de aplicação
para uma impressora, é enviada uma série de comandos numa linguagem de descrição de páginas que são interpretadas através de um conjunto de algoritmos.
Os algoritmos descrevem as linhas e os arcos que transformam os caracteres
num tipo de letra. Os comandos inserem variáveis nas fórmulas para alterar o
tamanho ou os atributos. Os resultados são enviados para a impressora que os
interpreta. Em vez de enviar comandos individuais para cada carácter de um
documento, a linguagem de descrição da página envia instruções ao mecanismo
da impressora, que reproduz a página completa.
1.1.4. MEMÓRIA
As impressoras modernas têm uma pequena quantidade de memória para
armazenar parte da informação disponibilizada pelo computador. Desta
forma, o computador, sensivelmente mais rápido do que a impressora, não tem
de ficar à espera dela continuamente e pode tratar de outras tarefas enquanto
a impressora termina o seu trabalho. Evidentemente, quanto maior for o buffer,
mais rápido e cómodo será o processo de impressão.
12
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
Um buffer de dados é uma localização da memória
num computador ou num instrumento digital reservada para o armazenamento temporário de informação digital, enquanto espera para ser processada.
1.1.5. A INTERFACE OU CONECTOR
Os computadores antigos tinham uma porta no circuito para ligar um telétipo.
Mais tarde, os fabricantes começaram a incluir portas de série e, de seguida, a
porta paralela (LPT1 normalmente). Hoje em dia, as impressoras ligam-se ao
computador por portas USB e placa de rede (cabo ou sem fios).
Às vezes, a porta paralela de um PC chama-se porta Centronics (em desuso),
nome da empresa que a deu a conhecer. A tecnologia desta porta quase não foi
alterada, com exceção da interface original ter um conector de 36 pinos e a posterior utilizar um conector de 25 pinos com escudo D (DB25). Isto deveu-se ao
facto de o conector utilizar menos ligações à terra.
Conector Centronics.
13
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
Conector DB25.
Nome do sinal
Contacto
Nome do sinal
Contacto
-Strobe
1
-Auto FDXT
14
Informação 0
2
-Erro
15
Informação 1
3
-Init
16
Informação 2
4
-Slctin
17
Informação 3
5
Ground (terra)
18
Informação 4
6
Ground (terra)
19
Informação 5
7
Ground (terra)
20
Informação 6
8
Ground (terra)
21
Informação 7
9
Ground (terra)
22
-ACK (acknowledge)
10
Ground (terra)
23
Busy (ocupada)
11
Ground (terra)
24
Paper out (sem papel)
12
Ground (terra)
25
+Select
13
Tabela de sinais do conector DB25.
Como se pode ver na tabela, encontram-se exatamente oito contactos com
ligação à terra, correspondendo cada um deles a cada linha de informação.
14
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
A linha STROBE, do contacto 1, utiliza-se para indicar à impressora que o fluxo
de informação está completo e que pode imprimir um caracter. Repare que a
linha de strobe começa com o sinal menos: isto quer dizer que o impulso do
strobe é negativo; quando o computador acaba de enviar um byte de informação para que seja impressa, a linha do strobe baixa.
As oito linhas de informação transportam os oito bits de um byte de informação
de forma digital. A voltagem alta numa linha significa um conjunto de bit e uma
voltagem baixa significa um bit limpo.
A linha Acknowledge (“informada” ou “admissão”) do contacto 10 é um sinal da impressora que indica ao computador “estou pronta para receber mais informação”.
Enquanto esta linha estiver alta, o computador não enviará informação nova.
A linha Busy (ocupada) indica ao computador que a impressora está ocupada. O
computador espera que o primeiro buffer se esvazie para enviar mais informação.
Como a linha Busy, a linha Paper Out indica ao computador que deixe de enviar
informação. A impressora poderia enviar simplesmente um sinal de “ocupada”,
mas o computador não saberia por que é que a impressora parou. Habitualmente utiliza-se esta linha para avisar o utilizador da falta de papel.
A linha Select mostra que a impressora foi escolhida, ou seja, que está em linha
(on line). Provavelmente, na parte da frente da impressora haverá um contacto
e uma luz que assim o indique. Quando a impressora está fora da linha, não
pode receber caracteres do computador.
A linha -AUTOFDXT (Autoalimentação) controla a forma como a impressora
gere uma nova linha. A impressora pode adiantar a cabeça para a linha seguinte quando regressa o carreto, que é o normal, ou pode simplesmente interpretar literalmente o retorno do carreto e a da cabeça e regressar ao princípio da linha. Quando o computador mantém em baixo esta linha, a impressora acrescenta um alimentador de linha (Line Feed) ao caracter para que o
carreto regresse.
A linha de -Erro é para fins gerais, para indicar outros erros da impressora. O
computador pode não identificar exatamente o que aconteceu, mas sabe que é
provável que a impressora tenha papel e esteja ligada, o que quer dizer que
outro motivo impede que se processe a informação.
15
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
A linha -INIT serve para que o computador controle a impressora. Ao indicar à
impressora o que se encontra nesta linha, o computador repõe os parâmetros
originais da impressora para que a configuração do último programa (que pode
ser, por exemplo, em modo gráfico) não se aplique ao trabalho de impressão
seguinte. Através da linha – INIT, uma aplicação pode transmitir à impressora
uma situação conhecida, antes de enviar alguma coisa pelo cabo.
A linha -SLCTIN (Select input) é uma forma que o computador tem de controlar
a impressora para saber se esta se encontra pronta para aceitar informação.
Quando este sinal está baixo, a impressora pode aceitar informação.
Há que referir que durante o ano de 1999 começaram a ser lançadas no mercado muitas impressoras com porta USB (Universal Serial Bus) e, pouco tempo
depois, a porta paralela tornou-se quase obsoleta, pois a velocidade de comunicação entre o computador e a impressora aumentou com este tipo de ligação.
As poucas impressoras que ainda utilizam portas paralelas são apenas algumas
impressoras para sistemas POS, sendo que algumas utilizam ainda portas série
de 9 pinos.
Hoje em dia, as impressoras conseguem estabelecer a ligação ao computador,
através da porta de rede, o que facilita a comunicação, pois a impressora é
ligada ao ponto de rede e fica “disponível” para todos os computadores que se
liguem nessa rede.
1.2. TECNOLOGIAS DE IMPRESSÃO
Em seguida, iremos descrever os diferentes tipos de tecnologias existentes no
mercado.
1.2.1. CLASSIFICAÇÃO GERAL
Se queremos classificar os vários tipos de impressoras que existem, o método
mais lógico é fazê-lo em relação à sua tecnologia de impressão, isto é, o método
que utilizam para imprimir em papel e incluir como casos particulares outros
parâmetros como a utilização da cor, a dimensão da sua saída de impressão, a
sua velocidade, etc.
16
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
A classificação começaria com uma separação entre as impressoras “de impacto” (em desuso) e de “não-impacto”. Como o seu nome indica, as impressoras
de impacto realizam a impressão fazendo pequenos golpes no papel com umas
peças pequenas (matriz de impressão).
Relativamente às impressoras de não-impacto, a maior diferença é entre as impressoras a jato de tinta e as laser, embora existam outras tecnologias de menor utilização que serão englobadas em “outras tecnologias”.
Dentro destas categorias encontraremos diferentes produtos que utilizam a
mesma tecnologia para gerar a impressão. Em especial, iremos separar as impressoras multifuncionais. Estas impressoras combinam capacidades de impressão, scanner, cópia e, frequentemente, fax numa única máquina.
1.2.2. IMPRESSORAS MATRICIAIS (EM DESUSO)
As impressoras matriciais foram as primeiras que surgiram no mercado e, ainda
que ultimamente tenham perdido terreno face às impressoras a jato de tinta e
às de laser, são as únicas que podem imprimir formulários contínuos, o que as
torna numa opção válida para locais comerciais que necessitem de imprimir
faturas.
Conforme seja a sua cabeça de impressão, dividem-se em dois grupos principais: margarida e agulhas. As de margarida incorporam uma bola metálica na
qual se encontram em relevo as várias letras e símbolos a imprimir, a bola roda
sobre si mesma, num suporte móvel, e dá golpes na fita de tinta, imprimindo
assim a letra correspondente. O método é precisamente o mesmo que se utiliza
em muitas máquinas de escrever elétricas, a diferença é que não há teclado.
As impressoras de margarida estão em completo desuso porque só têm capacidade para escrever texto; além disso, para alterar o tamanho da letra teríamos
de trocar a matriz de impressão (bola), cada vez que fosse necessário.
17
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
Bola com os caracteres em relevo.
As impressoras de agulhas são as que imprimem caracteres compostos por
pontos, utilizando uma cabeça de impressão formada por agulhas acionadas
eletromagneticamente, praticamente iguais às de uma máquina de escrever.
Foram as primeiras a sair para o mercado.
Os principais parâmetros de qualidade de impressão de uma impressora matricial são o número de pontos da matriz de agulhas e a sua velocidade. No geral,
as impressoras matriciais classificam-se pelo número de agulhas da cabeça de
impressão, dispostas em forma de retângulo. Normalmente são de 9 (usadas
frequentemente para imprimir relatórios e matérias onde a qualidade não é
muito importante) ou de 24 (que permitem uma maior nitidez). Algumas agulhas
estão desalinhadas nos extremos, para marcar as vírgulas, etc.
Processo de impressão de um carácter (A) com uma impressora de agulhas.
18
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
1.2.2.1. Funcionamento
Este tipo de impressora é de impressão bidirecional, pois imprime com uma
deslocação para a direita.
O PC envia uma série de códigos ASCII. Estes códigos estão armazenados num
buffer, que é uma memória de acesso aleatório da impressora (RAM). Entre esses códigos existem comandos que dizem à impressora que utilize uma tabela
de fontes bitmap, incluída num chip. Em seguida, essa tabela envia à impressora
o padrão de pontos que deve utilizar para criar os caracteres representados no
código ASCII.
Impressora de agulhas.
Para formar cada letra, número ou símbolo, são ativadas determinadas agulhas
que fazem um impacto no papel. No meio encontra-se uma fita com tinta. O resultado não é de grande qualidade (24 agulhas dão uma melhor qualidade que 9),
mas é do mais duradouro que se pode conseguir, não necessitando de nenhum
papel especial. No entanto, a sua capacidade para reproduzir gráficos (fotografias,
ilustrações complexas) é quase nula. Contudo, as mais atuais trazem várias tipografias incorporadas de boa qualidade, sendo capazes de imprimir True Type.
19
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
As True Type Fonts (extensão: TTF) são as mais populares e mais fáceis de trabalhar.
São impressas, tal como se visualizam no ecrã e, além
disso, são ajustáveis.
Fonte True Type.
1.2.2.2. Conclusão
As principais vantagens desta tecnologia são: a capacidade que têm em obter
cópias múltiplas e imprimir formulários contínuos. Em contrapartida, os seus
inconvenientes são o ruído elevado e a incapacidade de manusear cores ou
vários tipos de fontes.
Em geral, as impressoras matriciais de agulhas são impressoras de preço reduzido, qualidade média-baixa, pouca manutenção e grande capacidade de impressão. O fabricante mais importante deste tipo de impressoras é a Epson,
com vários modelos e preços.
20
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
1.2.3. IMPRESSORAS DE JATO DE TINTA
Embora as impressoras de jato de tinta estivessem disponíveis na década de 80,
foi somente na década de 90, quando os preços baixaram o suficiente, que estas impressoras passaram a ocupar um lugar importante no mercado. Já existem modelos a menos de 50€, sendo que muitas delas competem com as impressoras a laser em qualidade de texto e produzem imagens com qualidade
fotográfica.
Impressora de jato de tinta.
O conceito das impressoras de jato de tinta é simples (colocar tinta líquida sobre o papel) embora na realidade dependa de uma tecnologia muito avançada,
apesar dos seus preços acessíveis.
21
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
1.2.3.1. Partes de uma impressora de jato de tinta
As principais partes de uma impressora de jato de tinta são:

As cabeças.
Cabeças da impressora.

Tinteiros.
Tinteiros.
22
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS

Motor passo a passo das cabeças.
Motor das cabeças.

A correia do motor.

A barra estabilizadora.
Correia e barra estabilizadora.

Alimentador de papel/tabuleiro.
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IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS

Rolamentos de alimentação de papel.
Rolamentos do tabuleiro de papel.

Motor de alimentação de papel.

Fonte de alimentação.

Circuitos.
Circuitos.
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IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS

Interface.
Interface paralela (em desuso).
Interface USB.
1.2.3.2. Funcionamento
A impressão de jato de tinta, assim como a impressão a laser, é um método de
não-impacto. A tinta é emitida por agulhetas que se encontram na cabeça de
impressão. A cabeça de impressão percorre a página em faixas horizontais, utilizando um motor para se mover lateralmente e outro para movimentos verticais.
Uma faixa de papel é impressa. Depois, o papel move-se e está disponível para
uma nova faixa. Para acelerar o processo, a cabeça da impressora não imprime
apenas uma simples linha de pixels em cada passagem, mas também uma linha
vertical de pixels de cada vez.
25
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
As impressoras de jato de tinta têm uma velocidade de impressão aproximada à
das de laser, quando imprimem a preto. A cabeça de impressão de uma impressora típica tem 64 agulhetas para cada cor, cada uma das quais deve ser
capaz de se ativar e desativar a velocidades tão elevadas como 900 vezes por
segundo, o que é surpreendente, por se tratar de um dispositivo mecânico.
Dependendo do tipo de papel, a absorção da tinta é diferente.
Quando surgiram as impressoras de jato de tinta, as cabeças de impressão estavam concebidas para emitir uma corrente contínua de gotas de tinta diminutas. As gotas tinham carga elétrica estática e “misturavam-se” no papel ou num
depósito de reciclagem através de campos com carga. Este procedimento era
deficiente e muito pouco preciso. Assim, foi criada a tecnologia gota a gota,
DOD (Drop on Demand) que produz pequenas gotas quando é necessário. São
dois os métodos utilizados pelas impressoras de jato de tinta para conseguir
que as gotas sejam colocadas com rapidez: térmico e piezoelétrico.
1.2.3.3. Tecnologia térmica
Uma das lendas da tecnologia dos computadores explica como foi inventada a
impressora de jato de tinta térmica. Um engenheiro fazia experiências com fórmulas de tinta e tinha enchido uma seringa com algumas. Acidentalmente, a
agulha tocou na ponta quente de uma máquina de soldar, e saiu uma pequena
gota de tinta. A Canon reclama ter inventado esta tecnologia, à qual chamou
Bubble Jet, em 1977.
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IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
Agulhetas de uma impressora térmica.
O jato inicia-se aquecendo a tinta para criar uma bolha que fará uma pressão
que a forçará a emergir e a golpear o papel. Em seguida, a bolha colapsa e o
vácuo resultante arrasta uma nova tinta, até à câmara, para substituir a que foi
expulsa. Este é o método favorito da Canon e da Hewlett-Packard.
São utilizados elementos que aquecem diminutos para expulsar as pequenas
gotas de tinta, a partir das agulhetas da cabeça de impressão; estas agulhetas
têm um tamanho aproximado de um cabelo humano (aprox. 70 micra, sendo
um mícron a milionésima parte de um metro) e expulsam gotas de aproximadamente 8/10 picolitros e pontos de aproximadamente 50 a 60 micra de diâmetro. A gota mais pequena que o homem pode ver, à vista desarmada, é de aproximadamente 30 micra, de maneira que estas gotas são as mais próximas dos
limites da nossa perceção.
Tecnologia térmica.
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IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
O tamanho incrivelmente pequeno destas gotas possibilita o aumento da resolução do trabalho de impressão. É necessária uma gota de quase 35 micra
para criar uma impressão de 720 d.p.i., de modo que estas gotas se sobrepõem ligeiramente nessa resolução.
Os tinteiros de tintas azul ciano, magenta e amarelo são normalmente apresentados com uma cabeça CMY. Algumas pequenas gotas de tinta de várias cores,
habitualmente entre 4 e 8, podem ser combinadas para gerar um ponto de tamanho variável, uma maior paleta de cores e semitons mais suaves. A tinta preta, que é geralmente baseada em moléculas maiores de pigmento, é gerada por
uma cabeça separada com volumes de gotas com cerca de 35 picolitros.
Princípio de funcionamento.
A velocidade de impressão é fundamentalmente uma função da frequência com
a qual as agulhetas podem disparar a tinta na largura da faixa impressa pela
cabeça de impressão.
1.2.3.4. Tecnologia piezoelétrica
A tecnologia piezoelétrica é uma estratégia alternativa, desenvolvida pela Epson,
para a tecnologia bubble jet ou térmica.
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IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
Princípio de funcionamento.
Os cristais piezoelétricos têm uma propriedade única e singular. Se for aplicada
neles uma força física, podem gerar uma carga elétrica. O processo também
funciona ao contrário: aplicando uma carga elétrica ao cristal, poderá fazer com
que se mova, criando uma força mecânica.
Cabeça piezoelétrica.
A cabeça de impressão de uma impressora de jato de tinta piezoelétrica utiliza
um cristal na parte posterior de um pequeno depósito de tinta. Aplica-se uma
corrente ao cristal, o que o atrai para dentro. Quando a corrente é interrompida, o cristal regressa à sua posição inicial e uma pequena quantidade de tinta
sai pela agulheta. Quando a corrente reinicia, o cristal é atraído para trás e é
lançada a gota seguinte.
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IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
Esta estratégia tem algumas vantagens. As cabeças de impressão piezoelétricas
podem utilizar tinta de secagem rápida e pigmentos que poderiam danificar-se
com as temperaturas de uma cabeça térmica. Deste modo, como uma cabeça
piezoelétrica está integrada na impressora, só é necessário substituir o tinteiro
(as impressoras térmicas incluem agulhetas em cada cartucho de tinta, o que
aumenta o custo do tinteiro e, portanto, o custo por página). O inconveniente é
que se uma cabeça piezoelétrica se danifica ou bloqueia, é necessário reparar a
impressora.
Com o processo piezoelétrico, é possível produzir pontos pequenos e perfeitamente formados com grande eficácia. Isto consegue-se com duas passagens da
cabeça, mas com uma consequente redução da velocidade de impressão. As
tintas, que a Epson desenvolveu para esta tecnologia, secam extremamente
rápido, penetram no papel e mantêm a sua forma, fazendo com que os pontos
interajam uns com os outros.
O resultado é uma qualidade fotográfica muito boa, especialmente com o papel
adequado.
1.2.3.5. O custo oculto
A tendência mais marcada de todas no mercado das impressoras de jato de
tinta talvez não esteja relacionada com as próprias impressoras: a atenção centra-se no aspeto dos elementos de substituição, pois os utilizadores caseiros e
de negócios notam que todas essas magníficas cores têm o seu preço.
Os fabricantes de impressoras seguem um modelo parecido com o negócio das
máquinas de barbear: pequenas margens na área do hardware para conseguir
que os clientes voltem a comprar consumíveis. Habitualmente, os fabricantes
têm margens brutas muito mais altas nos consumíveis (tinta e papel) do que nas
impressoras.
Há alternativas para as tintas e o papel de marca, e outros fornecedores estão
ansiosos por partilhar o mercado. Alguns oferecem tinteiros que se voltam a
encher ou a fabricar com uma poupança considerável. Contudo, os fabricantes
de impressoras apressaram-se a assinalar que não aceitam estes substitutos.
Salientam que as cabeças de impressão, as fórmulas das tintas e o papel estão
concebidos para trabalhar em conjunto, para criar uma melhor impressão e
obter uma possível vida mais longa da cabeça de impressão.
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IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
Os tinteiros recicláveis podem romper-se e a fórmula de tinta alterada pode
provocar obstruções. Pior ainda, se a sua impressora tiver um problema, devido
a um tinteiro de outra empresa, o fabricante pode optar por invalidar a garantia.
Sistema de tinteiros recicláveis.
Mesmo assim, os outros fabricantes têm um mercado e os fabricantes originais
já sentem a pressão dos custos mais baixos.
1.2.4. IMPRESSORAS A LASER
Na década de 80 predominaram as impressoras matriciais e a laser. A impressora a laser foi introduzida pela Hewlett-Packard em 1984, e baseava-se numa
tecnologia desenvolvida pela Canon. A impressora a laser trabalha de forma
semelhante a uma fotocopiadora, a diferença é a fonte de luz. Numa fotocopiadora, uma página é digitalizada com uma luz brilhante, enquanto numa impressora a laser é digitalizada, obviamente, por um laser. Depois disto, o processo é
praticamente idêntico, ou seja, a luz cria uma imagem eletrostática da página
num fotorrecetor com carga, que atrai o toner com a sua carga eletrostática.
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IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
As impressoras a laser tornaram-se rapidamente populares tanto pela sua alta
qualidade de impressão, como pelos seus custos relativamente baixos.
Com o desenvolvimento do mercado das impressoras a laser, a concorrência
entre os fabricantes tornou-se cada vez mais feroz, conseguindo fabricar impressoras cada vez mais pequenas e com mais características para o utilizador
doméstico.
Detalhe do tambor de uma impressora a laser.
As impressoras a laser têm várias vantagens relativamente às suas rivais de jato
de tinta.

Produzem um texto a preto e branco com qualidade superior.

Possuem um ciclo de trabalho de mais páginas por mês.

Têm um custo mais baixo por página.
Deste modo, se um escritório necessitar de uma impressora para uma carga de
trabalho significativa, as impressoras a laser são a melhor opção.
Tendo em conta o que sucede dentro de uma impressora a laser, é surpreendente o que pode ser produzido com pouco dinheiro. Em grande medida, os
componentes que a formam são muito mais sofisticados que os que se encontram num computador. O RIP (Raster Image Processor) pode usar um processador avançado RISC. A engenharia dos suportes de espelhos é muito avançada;
além disso, faz a impressão sem produzir praticamente nenhum som. Levar a
imagem do ecrã, do PC, para o papel exige uma interessante mistura de codificação, eletrónica, ótica, mecânica e química.
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IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
Aplicação do laser no toner.
1.2.4.1. Elementos de uma impressora a laser
Os principais elementos, ou partes, que uma impressora a laser contém são:
Componentes de uma impressora a laser.
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IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
1.2.4.2. Comunicação
Uma impressora a laser necessita de ter toda a informação da página na sua
memória, antes de poder começar a imprimir. Como uma imagem é enviada a
partir da memória do PC até uma impressora a laser, dependendo do tipo que
está a ser utilizado, a solução menos complexa é a transferência de uma imagem
bitmap. Neste caso, o computador não pode fazer muito para melhorar a qualidade, de modo que enviar ponto por ponto acabe por ser tudo o que pode fazer.
Princípio de funcionamento.
De qualquer forma, quanto mais o sistema souber acerca da imagem que mostra no ecrã, melhor será a forma de comunicação dos dados. Uma folha standard A4 mede 8.5 polegadas de largura por 11 de altura. A 300 dpi é mais de 8
milhões de pontos, comparados com os 800 000 de pixels num ecrã de 1024 x
768. Existe um espaço óbvio para uma imagem mais exata no papel, inclusive
mais a 600 dpi, onde a página pode conter 33 milhões de pontos.
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IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
Díodo laser.
A melhor forma de poder melhorar a qualidade é enviando uma descrição da
página que contenha informação vetorial outline, permitindo à impressora fazer o melhor uso possível desta. Se disser à impressora que desenhe uma linha
de um ponto até outro, pode usar o princípio de geometria básico que diz que
uma linha tem longitude e não largura e desenhar essa linha num ponto de largura. O mesmo sucede com as curvas que podem ser tão finas quanto a resolução da impressora o permitir. A ideia é de que uma simples descrição da página
possa ser enviada para qualquer dispositivo adequado, o qual consequentemente a imprimirá segundo a sua capacidade. É por isso muito utilizado o termo dispositivo independente.
Os caracteres do texto são feitos de linhas e curvas e podem ser manuseados
do mesmo modo, mas a melhor solução é usar um tipo de fonte pré-fornecido,
como True Type ou Type 1. Além da localização precisa, a linguagem da descrição de página (PDL) pode adotar a forma de uma fonte e manipular a sua escala, rodá-la, etc. Há uma vantagem adicional em requerer um único ficheiro por
cada fonte, em oposição a um arquivo por cada tamanho do ponto. Com outlines predefinidos para as fontes, permite-se ao computador enviar uma pequena quantidade de informação – um byte por carácter – e reproduzir texto em
qualquer um dos diferentes estilos e tamanhos de fontes.
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IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
1.2.4.3. Funcionamento
Quando a imagem a ser impressa é enviada através de uma linguagem de
descrição de página, o primeiro passo da impressora é converter as instruções
num mapa de bits. Isto é feito pelo processador interno da impressora e o
resultado é uma imagem (em memória) de cada ponto que será localizado no
papel. Os modelos designados por Windows printers não têm os seus próprios processadores, sendo o PC anfitrião que cria o mapa de bits, gravando a
imagem diretamente na memória da impressora.
Impressão a laser.
O coração de uma impressora a laser é um pequeno tambor rotativo – o tinteiro
orgânico fotocondutor (OPC) – revestido que lhe permite manter uma carga
eletrostática. Um laser percorre a superfície do tambor, colocando seletivamente pontos de carga positiva, que representarão a imagem de saída. O tamanho
do tambor é o mesmo que o do papel no qual aparecerá a imagem; cada ponto
no tambor corresponderá a um ponto da folha de papel. No momento apropriado, o papel passa através de um cabo, com carga elétrica, que lhe deposita
uma carga negativa.
Nas verdadeiras impressoras a laser, a carga seletiva é feita pelas interrupções on e off do laser, durante a digitalização do tambor, utilizando um complexo sistema de espelhos e lentes giratórios. Estes espelhos giram incrivelmente rápido e estão sincronizados com as interrupções do laser. Uma impressora a laser típica pode perfeitamente realizar milhões de interrupções
em cada segundo.
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IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
Fluxo do papel numa impressora a laser.
Dentro da impressora, o tambor roda para construir uma linha horizontal de
cada vez. Claro que isto tem de ser feito de um modo muito eficiente. Quanto
mais pequena for a rotação, maior será a resolução da página. De um modo
similar, quanto mais rápidas forem as interrupções on e off do laser, maior será
a resolução horizontal.
Enquanto o tambor roda para mostrar a área para o tratamento com laser, a
área escrita move-se para o toner. O toner é um pó muito fino, carregado negativamente, o que causa uma atração para os pontos com cargas positivas na
superfície do tambor. Assim, depois de uma rotação completa, a superfície do
tambor contém toda a imagem a ser impressa na página.
Uma folha de papel (com carga positiva) depois entra em contacto com o tambor, alimentado por uma série de engrenagens lisas. Enquanto completa a sua
rotação, vai agarrando o toner do tambor devido à atração magnética, transferindo deste modo a imagem para o papel. As áreas do tambor com cargas
negativas não atraem o toner, resultando nas áreas brancas da impressão.
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IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
O toner é especialmente concebido para se derreter muito rapidamente e um
fuser (ou fusor) dá-lhe calor e faz pressão no papel para fazer com que o toner
adira permanentemente. É por isso que o papel sai de uma impressora a laser
quente ao tato.
A etapa final é limpar o tambor de algum resto de toner, para poder começar o
ciclo novamente.
Esquema de funcionamento do fusor.
Há dois modos de limpeza, físico e elétrico. No primeiro, o toner que não foi
transferido para a página é mecanicamente removido da página e um coletor de
toner de desperdício deposita-o num compartimento. A limpeza elétrica consiste em cobrir o tambor com uma carga elétrica uniforme, permitindo que o laser
possa escrever novamente. Isto é feito por um elemento elétrico chamado cabo
em coroa. Ambos os elementos, tanto o pad que limpa o tambor como o cabo
em coroa, necessitam de ser trocados regularmente.
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IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
1.2.4.4. Laser a cores
Qualquer cor pode ser feita a partir de uma combinação de azul ciano, magenta
e amarelo, realizando-se quatro passos através do processo eletrofotográfico,
geralmente colocando os toners na página um de cada vez, ou construindo a
imagem com quatro cores, numa superfície intermédia de transferência.
Princípio de funcionamento.
Para se obter uma menor resolução varia-se a intensidade dos seus spots laser,
mas obtêm-se pontos de toner multinível mais rústicos, resultando mais numa
mistura de impressão contorne e meio-tom do que num tom contínuo. Uma
área-chave do desenvolvimento, na qual a impressora da Lexmark foi pioneira, é
a de aumentar a velocidade de impressão a cores até ao nível das a preto e branco, através de um processamento simultâneo dos quatro toners, obtendo-se uma
impressão numa única passagem.
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IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
Interior de uma impressora laser a cores.
A Optra Colour 1200N da Lexmark consegue uma maior velocidade de impressão através de um processamento completamente separado das cores. Os cartuchos de toner CMY e K são colocados no trilho do papel e cada unidade tem o
seu próprio tambor fotocondutivo. Os dados podem ser enviados simultaneamente às quatro cabeças. O processo começa pelo magenta e passa pelo azul
ciano e amarelo, sendo o preto colocado por último.
Além da sua velocidade, uma das vantagens principais do laser a cores é a durabilidade das suas impressões, porque o toner é fundido no papel, em vez de
ser absorvido por este, como nas impressoras de jato de tinta.
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IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
1.2.5. LINGUAGENS DE DESCRIÇÃO DE PÁGINA
A comunicação entre um computador e uma impressora é muito diferente hoje
em dia do que o era há alguns anos. O texto era enviado em código ASCII com
um simples código de caracter, indicando negrito, itálico, pequeno ou grande, e
os gráficos eram feitos linha a linha. A grande vantagem de um texto codificado
em ASCII é que a transmissão é rápida e fácil: se o documento eletrónico contém a letra A, o código ASCII para A é enviado à impressora que, ao reconhecer
o código, imprime um A. O grande problema era que sem um planeamento cuidadoso, a letra impressa raramente terminava na mesma posição que se encontrava no ecrã. Pior ainda, o processo inteiro estava dependente do dispositivo, e muito imprevisível, com diferentes impressoras a restituir diferentes tamanhos e formas de fontes.
1.2.5.1. PostScript
A situação mudou drasticamente em 1985 com o anúncio da Adobe do PostScript Level 1, baseado em Forth e possivelmente a primeira linguagem de
descrição de página standard multiplataforma e independente do dispositivo.
PostScript descreve as páginas de forma vetorial em outline, as quais são enviadas para o dispositivo de impressão para serem convertidas em pontos (raster) no próprio dispositivo. Um monitor pode gerir 75 d.p.i., um laser pode ir
de 300 d.p.i. até 2.400 d.p.i. ou mais. Cada um produz representações da descrição PostScript, com os tamanhos e as posições das formas em comum. Daqui nasceu a famosa sigla WYSIWYG – What You See Is What You Get (o que
vês é o que obténs).
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IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
PostScript é uma linguagem de Descrição de Página
(em inglês PDL, Page Description Language), utilizada
em muitas impressoras em formato de transporte de
ficheiros gráficos em gráficas de impressão profissional. Baseia-se no trabalho realizado por John Gaffney
em Evans e Sutherland em 1976. Posteriormente,
continuou-se o desenvolvimento “JaM” (“John and
Martin”, Martin Newell) em Xerox PARC, e foi finalmente implementado na sua forma atual por John
Warnock e outros, assim que este e Chuck Geschke
fundaram a Adobe Systems Incorporated (também
conhecida por Adobe) em 1982.
O facto de o processo de impressão poder ser realizada do mesmo modo numa
impressora de 300 d.p.i. ou numa de 2.400 e, além disso, ser possível enviar as
instruções PostScript a partir de qualquer plataforma, constituiu um grande
avanço. Tudo o que era necessário era um driver para transformar a informação
do documento em PostScript e enviá-la para uma impressora que suporte a
linguagem.
PostScript Level 2, lançada há poucos anos, ofereceu uma cor independente
ao dispositivo, compressão de dados para impressão mais rápida e melhorou
os algoritmos de meio-tom, a utilização da memória e os seus recursos. PostScript Extreme (formalmente chamado Supra) é a nova variante de Adobe, utilizada ao máximo em sistemas de impressão de grande volume e grande velocidade, como a imprensa digital.
1.2.5.2. PCL
A aproximação da Adobe deixou uma brecha no mercado que a HewlettPackard tentou aproveitar com a sua linguagem de descrição de página baseada na sua Printer Command Language, PCL, que surge pela primeira vez na década de 70.
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IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
O marketing da HP foi completamente diferente do da Adobe, optando por uma
clonagem massiva ao contrário de uma licença exclusiva. Esta estratégia fez com
que as impressoras equipadas com clones de PCL custem muito menos que as
que têm uma licença exclusiva de PostScript. O problema em ter tantos clones
de PCL é que não se pode garantir a 100% uma saída idêntica em todas as impressoras. Isto apenas é um problema quando a intenção é fazer uma reprodução exata antes de enviar os documentos. Só a PostScript pode oferecer uma
garantia absoluta.
A linguagem PCL (acrónimo inglês de Printer Command Language, comum e incorretamente referenciada como Printer Control Language) é uma linguagem de descrição de página muito complexa, desenvolvida pela Hewlett Packard para impressoras a
laser.
É mais simples que PostScript, mas consome menos
recursos.
Esta linguagem foi introduzida pela Hewlett Packard
(HP) em 1980. Foram publicadas muitas versões desde o seu lançamento e muitos fabricantes de impressoras têm adotado esta linguagem como modelo.
A PCL foi feita originalmente para ser usada com impressoras de matriz de
pontos, sendo mais um código de escape do que uma PDL completa. A sua
primeira versão (chamada versão 3) suportava apenas tarefas simples. À PCL 4
foi acrescentado um melhor suporte para gráficos e é, contudo, utilizada em
impressoras pessoais. Exige menos poder de processamento que a PCL 5 ou
que a última versão PCL 6.
A PCL 5, desenvolvida para a LaserJet III, ofereceu uma característica similar à PostScript, com fontes ajustáveis através do sistema Intellifont e descrições vetoriais,
conseguindo WYSIWYG no escritório. A PCL 5 também utilizou várias formas de
compressão o que fez acelerar os tempos de impressão de um modo considerável, comparando com PostScript Level 1. A PCL 5e trouxe comunicação bidirecional para status report, mas não teve melhorias na qualidade de impressão, enquanto a PCL 5c acrescentou funções específicas para impressoras a cores.
43
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
Em 1996 a HP anunciou a PCL 6. Implementada primeiramente na LaserJet 5,
5N e 5M oferecia um processamento mais rápido de documentos mais rico
graficamente e com melhores facilidades WYSIWYG. O código mais eficiente,
combinado com processadores mais rápidos e uma aceleração de hardware
dedicado das impressoras LaserJet 5, resultou num aumento da “impressão da
primeira página” de 32% relativamente às LaserJet 4.
1.2.5.3. GDI
A alternativa às impressoras a laser, que usam linguagens como PostScript e
PCL são as Windows GDI (Graphical Device Interface), impressoras de mapa de
bits. Estas usam o PC para converter (render) as páginas antes de serem enviadas como bitmap para a impressão direta, usando a impressora unicamente
como um motor de impressão. Consequentemente, não há necessidade de
processadores caros ou grandes quantidades de RAM on-board, tornando a
impressora mais barata. De qualquer modo, enviar a página completa num mapa de bits comprimido leva o seu tempo, reduzindo a velocidade de impressão
e aumentando o tempo que leva para recuperar o controlo do PC. Estas impressoras reduzem-se, geralmente, ao mercado das impressoras pessoais.
Alguns fabricantes preferem usar o Windows Printing System (sistema de impressão do Windows), um padrão desenvolvido pela Microsoft para criar uma
arquitetura universal para impressoras GDI. O Windows Printing System trabalha de um modo subtilmente diferente o modelo GDI puro. Ativa a linguagem
Windows GDI para ser convertida num bitmap enquanto está a ser impressa; a
ideia base é reduzir a forte dependência da impressora do processador do PC.
Sob este sistema, a imagem vai sendo interpretada durante o processo de impressão, o que reduz a quantidade de poder de processamento exigido ao PC.
Outros modelos de impressoras usam uma combinação da tecnologia GDI
com a arquitetura tradicional, permitindo uma impressão rápida a partir do
Windows, bem como também um suporte de aplicações DOS nativo.
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IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
1.2.5.4. Adobe PrintGear
Uma alternativa às impressoras pessoais é a Adobe PrintGear – um sistema
completo de hardware/software baseado num processador desenhado pela
Adobe, específico para o lucrativo mercado SoHo (small and home office, –
“pequeno escritório em casa”). A Adobe anuncia que 90% dos típicos documentos SoHo podem ser descritos por um pequeno número de objetos básicos. Consequentemente, desenharam um processador dedicado de 50 MHZ
para tratar especificamente destas tarefas, o qual oferece grandes aumentos
de velocidade sobre os processadores tradicionais, além de ser mais barato.
Uma impressora equipada com Adobe PrintGear inclui o processador dedicado e um driver sofisticado.
Logótipo da Adobe PrintGear.
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IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
Numa impressora a laser:
Os dados da imagem são enviados a partir do computador para a placa lógica (1). Um sinal a partir do
processador para um scanner a laser (2) envia uma
série de impulsos luminosos ao tambor giratório,
através de um espelho giratório (3). O tambor (4) tem
uma camada especial sensível à luz que cria uma
carga eletrostática positiva. Entretanto, quando o papel sai do tabuleiro do papel (5), recebe uma carga
eletrostática negativa global.
O tambor gira cada vez mais para construir a imagem
numa linha horizontal de cada vez e passa pelo tambor do toner (6), onde um pó preto com carga negativa se encontra depositado na zona exposta do
tambor. Isto continua até que se tenha completado
toda a página.
O papel é alimentado ao tambor onde as partículas
de toner com carga agora positiva são transferidas
para o papel, por atração magnética. Quando o papel
passa através do dispositivo de fixação (7), o calor e a
pressão fundem o toner sobre o papel.
Finalmente, o toner do tambor é limpo mecanicamente com uma pequena almofada de limpeza do
tambor (8) e eletricamente com os fios eletrostáticos
de efeito coroa (9).
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IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
1.2.6. OUTRAS TECNOLOGIAS
Há outros tipos de tecnologias menos conhecidos, pelo menos ao nível do utilizador, mas não a nível profissional; entre elas, podemos encontrar:

Tinta sólida.

Sublimação de tinta.

Autocromo.

Cera térmica.
Impressora para CD e papel, com leitor de cartões incorporado.
1.2.6.1. Tinta sólida
As impressoras de tinta sólida são impressoras de página completa que usam
varetas de tinta endurecida sólida num processo “phase-change” (mudança de
fase). Trabalham derretendo as varetas nos depósitos e depois derramando a
tinta dentro de um tambor de transferência, a partir de onde a tinta é colocada
a frio no papel numa só passagem.
47
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
Estas impressoras estão feitas para serem deixadas ligadas num espaço seguro
e partilhadas através de uma rede, tendo para esta finalidade vários tipos de
portas incluindo portas de rede.
Colocação de blocos de tinta sólida na impressora.
As impressoras de tinta sólida são geralmente mais baratas do que as a laser e
a cores com as mesmas especificações. Além disso, a Tektronix tem a política de
oferecer a tinta preta gratuitamente. A qualidade da impressão é boa, com pontos multinível suportados por modelos “high-end”, ou de alta qualidade de saída,
mas, em geral, a qualidade não é tão boa como as melhores laser a cores para
textos e gráficos ou as melhores de jato de tinta para fotografias. As suas ligações, os seus custos relativamente baixos e o facto de serem capazes de usar
uma grande variedade de meios, de qualquer tecnologia para impressões a cores, torna-as uma ótima opção para a sua utilização em negócios e algumas
tarefas de especialistas, como a impressão de acetatos a alta velocidade e em
grande formato.
Princípio de funcionamento.
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IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
1.2.6.2. Sublimação de tinta
As impressoras de sublimação de tinta são dispositivos especializados muito
utilizados em aplicações fotográficas e artes gráficas. Estas impressoras trabalham aquecendo a tinta até a converter em gás. O elemento térmico pode gerar
diferentes temperaturas o que permite controlar a quantidade de tinta que está
localizada numa mancha. Na prática, isto significa que a cor é aplicada em tom
contínuo e não em pontos.
Cada cor é impressa uma de cada vez em toda a folha, começando o processo
com o amarelo e terminando com o preto. São criados grandes rolos de película,
pela tinta, contendo folhas de cada cor. Assim, a impressão de uma folha A4 terá
uma folha de tamanho A4 em amarelo, seguindo-se uma folha de azul ciano, uma
de magenta e uma de preto. A sublimação de tinta exige um papel especial particularmente caro, e as tintas estão concebidas para se esbaterem na superfície do
papel, misturando-se para criar sombras de cores precisas.
A velocidade de impressão é lenta.
Esquema de funcionamento.
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IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
1.2.6.3. Autocromo
O processo de impressão thermo autochrome (TA), que é consideravelmente
mais complexo que a impressão a laser ou de jato de tinta, surgiu em impressoras comercializadas, como dispositivos empresariais, para serem usadas com câmaras digitais. O papel TA contém três camadas de pigmento –
azul ciano, magenta e amarelo –, cada um deles sensível a uma temperatura
em particular. Destes pigmentos, o amarelo é sensível à temperatura mais
baixa, depois o magenta, seguido pelo azul ciano. A impressora está equipada com uma cabeça térmica e uma ultravioleta, e o papel passa entre elas
três vezes. Na primeira passagem, é seletivamente aquecido à temperatura
necessária para ativar o pigmento amarelo, o qual é fixado pelo ultravioleta
antes de passar à cor seguinte (magenta). Apesar de a última passagem (azul
ciano) não ser seguida pela fixação ultravioleta, o resultado final é mais duradouro que a tecnologia de sublimação de tinta.
Tecnologia autocromo.
50
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
1.2.6.4. Cera térmica
A cera térmica é outra tecnologia especializada – muito semelhante à sublimação de tinta – preparada para imprimir transparências. Usam-se cilindros CMY
ou CMYK que contêm painéis do tamanho das páginas de película plástica coberta de corantes à base de cera. Trabalham derretendo pontos de tinta – geralmente binários, apesar de alguns modelos “high-end” serem capazes de reproduzir pontos em multinível – num papel térmico especial.
A resolução e a velocidade de impressão são baixas, reforçando a característica
desta tecnologia ser utilizada por aplicações especiais.
Princípio de funcionamento.
51
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
1.3. IMPRESSORAS MULTIFUNÇÕES
1.3.1. CARACTERÍSTICAS
As impressoras multifunções são as que combinam capacidades de impressão,
digitalização, cópia e, por vezes, de fax numa única máquina.
Impressora multifunção.
As impressoras multifunções são atrativas porque combinam todas as tarefas
do escritório num único dispositivo eficiente nos custos e na poupança de espaço, ideal para um escritório caseiro ou uma pequena empresa que não tenha
infraestruturas para grandes aparelhos.
Estas unidades têm melhorado a cada geração. A impressão a cores baseia-se
tanto na tecnologia a laser como na de jato de tinta. Como todos os modelos
possuem um scanner a cores, permitem fazer cópias a cores.
Em resumo, poderíamos dizer que estas impressoras têm a vantagem de serem
mais pequenas e mais baratas do que as unidades independentes, mas, se a
unidade se avaria, perdem-se várias funções do escritório.
52
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
1.4. IMPRESSORAS 3D
1.4.1. CARACTERÍSTICAS
As impressoras 3D produzem objetos tridimensionais sólidos, desenhados em
softwares para o efeito. Usam um processo aditivo, isto é, a matéria-prima é
aplicada, camada a camada, até se formar o objeto 3D.
As impressoras 3D mais económicas utilizam a técnica de modelação por deposição de material fundido (FDM - Fused Deposition Modeling).
Nos outros tipos de máquinas de prototipagem rápida e de controlo numérico
(CNC), o processo de produção é subtrativo, ou seja, o objeto final é obtido através do desbaste da matéria-prima por ferramentas mecânicas.
1.4.2. COMO FUNCIONAM
Qualquer impressora 3D cria sólidos, camada a camada, através de um software
específico de desenho tridimensional.
Os filamentos cilíndricos plásticos, com espessura normalmente entre 1,5 e 2
milímetros, são armazenados em bobines e alimentados mecanicamente para a
cabeça de extrusão. Estas diminuem a espessura dos filamentos para valores
abaixo de 1 mm para serem aquecidos no ejetor. Podem ser usadas uma ou
mais cabeças de extrusão. A consequência deste uso será o aumento de velocidade de fabrico e a capacidade de trabalhar com filamentos de diferentes cores
simultaneamente.
Movimentando-se em dois eixos, as cabeças vão depositando os filamentos
sobre a base de suporte. A impressora desenha cada uma das camadas, como
impressões bidimensionais.
Depois de cada “fatia” pronta, a base onde assenta o sólido vai descendo na
mesma medida da espessura da camada de filamento usado. O processo vai-se
repetindo até terminar o objeto 3D.
53
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
1.4.3.
TECNOLOGIAS
1.4.3.1. Estereolitografia (SL)
SL (StereoLithography) ou SLA (StereoLithography Apparatus). Permite uma elevada
definição nos objetos. Estes são criados usando um polímero líquido (resina), que
solidifica quando exposto a um laser ultravioleta. Também aqui a base onde o modelo é construído se vai movendo, permitindo a impressão por camadas.
1.4.3.2. Junção de material granular
O princípio deste método é unir partículas de matéria-prima. Usa um pó para
produzir o objeto 3D. É feita a deposição de camadas de pó (matéria-prima)
intercaladas por cola. São usados sistemas semelhantes aos das impressoras de
jato de tinta. Este método permite a impressão a cores de forma direta.
1.4.3.3. Modelação por deposição de material fundido (FDM)
Fused Deposition Modeling (FDM). Este é o método mais usado pelas impressoras 3D de baixo custo. São usados filamentos de plástico. Estes são fundidos
numa cabeça de extrusão e depositados numa plataforma.
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IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
1.5. GRANDES FORMATOS
1.5.1. PLOTTERS
Uma plotter é um periférico de saída que efetua, com grande precisão, impressões gráficas que uma impressora não poderia obter. No início, estas máquinas eram utilizadas unicamente para imprimir plantas, mas com a chegada
das cores, as suas utilizações cresceram em grande quantidade. Algumas podem chegar a imprimir tecidos.
Não necessita de traduzir a informação gráfica para linhas de impressão e pontos. Trabalham diretamente com vetores, deslocações e localizações, sendo as
linhas realmente linhas e não uma sucessão de pontos.
Plotter.
São ideais para tarefas de CAD, porque nos seus desenhos são usadas mais
linhas que caracteres.
55
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
São utilizadas em várias áreas, tais como ambientes científicos, engenharia, desenho, arquitetura, etc.
As dimensões da plotter variam segundo a aplicação que se lhe é dada, pois
para trabalhos gráficos profissionais utilizam-se plotters até 137 cm de largura,
enquanto para outros trabalhos não tão complexos, há de 91 a 111 cm.
Outra característica que varia segundo a sua aplicação, é a quantidade de memória RAM.
1.5.2. FUNCIONAMENTO
A plotter simula no papel eixos de coordenadas (x, y), podendo, deste modo,
mover-se em quatro direções, ainda que existam plotters que movem o papel.
O seu tipo de impressão é de jato de tinta, como as impressoras habituais e
algumas marcas utilizam a tecnologia de impressão piezoelétrica, que permite
uma maior durabilidade das cabeças, obtendo-se uma velocidade de impressão
até cinco vezes maior.
Este tipo de impressão é utilizado para imprimir desenhos de grandes dimensões.
1.5.3. TIPOS DE PLOTTERS
Distinguem-se as plotters de corte e as de impressão. Tanto para as de impressão como para as de corte, os desenhos são extraídos do computador e exportados para o software da plotter.
Geralmente trabalham à escala, dando-se as medidas reais ao software da plotter
antes de se imprimir.
56
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
Plotter com sistema de aparos.
1.5.3.1. Plotters de impressão
Podem imprimir a cores, tal como uma impressora de jato de tinta. São muito
utilizadas para fazer cartazes e desenhos de grandes dimensões, que são reproduzidos em várias partes.
A impressão pode ser feita em papel e tinta comum, ou com tintas especiais
com proteção para exteriores.
1.5.3.2. Plotters de corte
Possuem uma lâmina com metade do tamanho de uma agulha de coser. É utilizada para fazer cartazes, decorações de veículos, vitrais, etc. O material utilizado
para este tipo de trabalhos é vinil para plotters.
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IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
1.5.3.3. Plotters de corte e impressão
Há máquinas que podem fazer os dois trabalhos, o de corte e o de impressão
(imprime com o sistema de jato de tinta e recorta, em seguida, usando uma
lâmina).
1.5.4. CLASSES DE PLOTTERS
As plotters diferenciam-se também no modo como realizam os movimentos.
1.5.4.1. De mesa
Tem uma superfície plana onde se coloca o papel ou material a usar. Ao longo da
superfície, possui um par de carris sobre os quais se desloca uma travessa, a qual
tem um carreto que se movimenta de um carril para outro. O movimento da travessa nos carris dá uma das coordenadas de localização, por exemplo “x”, enquanto o movimento do carreto, ao longo da travessa, dá a outra coordenada “y”.
De um dos lados dos carris encontra-se um recetáculo que guarda as canetas e
um mecanismo encarrega-se de agarrar a caneta necessária para a levar para o
carreto e desenhar.
1.5.4.2. De tambor
O papel encontra-se enrolado no tambor giratório e move-se numa única direção. Uma travessa que cobre toda a largura da folha deposita pequenas cargas
estáticas, no papel, à medida que vai percorrendo toda a sua superfície, criando
uma imagem latente. Em seguida, o papel passa por depósitos de tinta eletrostática que é atraída pelas cargas aí depositadas, e converte a imagem virtual em
real. Para cópias a cores, ter-se-á unicamente de passar o papel três vezes pela
travessa “impressora” e pelos recipientes de tintas diferentes.
58
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
Classificação das plotters.
1.5.5. IMPRESSORAS DE GRANDE FORMATO
Denominamos, deste modo, as impressoras quase exclusivamente a tinta que
imprimem em formatos até A2 (42x59,4 cm). São impressoras que reúnem as
vantagens das impressoras a tinta relativamente à velocidade, cor e resolução
aceitável, em conjunto com um preço ajustado, que é geralmente uma pequena
fração do preço de uma plotter.
Utilizam-se para realizar cartazes ou posters, pequenas plantas ou provas de desenhos grandes, assim como qualquer tarefa própria de uma impressora a tinta
com um menor formato: cartas, relatórios, gráficos. Até há pouco tempo, existia
apenas um par de modelos, agora já há da Epson, Canon e inclusivamente HP.
Impressora de grande formato.
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IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
1.5.6. IMPRESSORAS PARA GRUPOS
São impressoras com grande capacidade, preparadas para funcionar numa rede
sem dependerem de nenhum computador da rede. Costumam ser impressoras a
laser, às vezes com suporte para cor, com tabuleiros para 500 folhas ou mais.
Ultimamente estendem-se a funções de fotocopiadora ou com capacidade para
realizar pequenas tiragens, sem necessidade de utilizar uma fotocopiadora.
Impressoras para grupos.
1.6. CONSUMÍVEIS
Um grande fator a ter em conta em todo o tipo de impressoras é relativo aos
consumíveis, que são totalmente necessários para se poder fazer a impressão:
60

Tinta.

Papel.

Consumíveis para impressoras a laser.
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
1.6.1. TINTA
Qualquer que seja a tecnologia aplicada a uma impressora (falando das impressoras de jato de tinta), o produto final consiste em tinta sobre papel, sendo estes dois elementos de vital importância, quando se trata de conseguir resultados de qualidade. A qualidade de saída das impressoras de jato de tinta vai de
fraca, com as cores alteradas, a excelente, perto da qualidade fotográfica.
São utilizados dois tipos de tinta completamente diferentes nas impressoras de
jato de tinta: uma é lenta e penetrante e demora mais ou menos 10 segundos a
secar, e a outra é uma tinta de secagem rápida que seca aproximadamente 100
vezes mais rápido que a anterior. Na impressão a cores, devido a diferentes
tintas estarem misturadas, necessitam de secar o mais rápido possível, para
evitar uma distorção. Se for usada tinta de secagem lenta para impressões a
cores, esta tende a espalhar-se e a misturar-se (bleeding) antes de secar.
Impressora de 8 tinteiros de cor.
Um dos maiores objetivos dos fabricantes de impressoras de jato é desenvolver a habilidade para imprimir sobre qualquer meio. O segredo é a química
das tintas e a maioria dos fabricantes cuida zelosamente das suas fórmulas.
Empresas como a Hewlett-Packard, Canon e Epson investem grandes somas
de dinheiro em investigação, para fazer avanços contínuos nos pigmentos.
As impressoras de jato, de hoje em dia, usam tintas à base de pequenas moléculas (menores de 50 nm) para as tintas azul ciano, magenta e amarela. Estas
têm muito brilho e uma grande gama de cores, mas não são suficientemente
resistentes à luz ou à água. Os pigmentos com base em moléculas maiores (de
50 a 100 nm) são mais resistentes, mas não conseguem as mesmas cores nem
são transparentes. Isto significa que os pigmentos são atualmente usados só
para a tinta preta. Os desenvolvimentos futuros concentrar-se-ão em criar tintas
CMY resistentes à água e à luz, com base em moléculas mais pequenas.
61
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
1.6.2. PAPEL
A maioria das impressoras de jato exige papel de grande qualidade, acetinado
ou couché para uma produção de saída com realismo fotográfico, o que pode
sair muito caro. Um dos últimos anúncios dos fabricantes é fazer a impressão a
cor, independentemente do meio, sendo o êxito desta meta geralmente medido
pela qualidade da impressão num papel de cópia vulgar. Isto foi bastante melhorado de há uns anos para cá, no entanto, é necessário o papel acetinado ou
couché para conseguir uma boa qualidade fotográfica. Alguns fabricantes, como
a Epson, também são proprietários da sua própria marca de papel que está
otimizada para a sua utilização com a tecnologia piezoelétrica, da qual também
são proprietários.
As impressoras de jato podem tornar-se caras quando os fabricantes tencionam
vender os seus próprios consumíveis. O papel produzido por empresas independentes é muito mais barato do que o que provém diretamente dos fabricantes de impressoras, mas estas tratam de o adaptar a todos os modelos e marcas de impressoras, fazendo com que raramente se aproveitem as vantagens
das características de um modelo de impressora em particular.
1.6.3. CONSUMÍVEIS PARA IMPRESSORAS A LASER
A maioria das impressoras a laser utiliza uma tecnologia de tinteiro que se baseia num tambor orgânico fotocondutivo (OPC), revestido por material sensível
à luz. Durante a vida útil da impressora, o tambor necessita de ser substituído
periodicamente porque a sua superfície deteriora-se e consequentemente a
sua qualidade de impressão. O tinteiro é outro grande item a ter em conta, a
sua vida útil depende da quantidade de toner que contém. Quando o toner
acaba, o tinteiro é substituído. Às vezes, o cartucho de toner e o OPC estão em
compartimentos separados, mas nos piores dos casos, o tambor está localizado
dentro do tinteiro. Isto significa que quando o toner acaba, o tambor inteiro que
contém o OPC e o tinteiro necessitam de ser trocados, o que aumenta consideravelmente os seus custos operativos e produz grandes desperdícios.
62
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
A situação é pior com uma impressora laser a cores – que pode conter atualmente mais de nove consumíveis separados (quatro toners a cores, um tambor
OPC, uma unidade de cópias, o fundidor ou fusor, o óleo para o fusor e o compartimento do toner de resíduos). Muitos destes devem ser ajustados quando a
impressora é instalada e todos se esgotam depois de um certo número de páginas, dependendo do fabricante e da sua utilização. O grande número de componentes é a razão principal que justifica o seu custo e a falta geral de utilização
e gestão do laser a cores, sendo a redução deste número uma meta a atingir
pelos fabricantes.
Bloco de toner e tambor.
Alguns fabricantes trataram de melhorar a situação fazendo os tambores com
mais durabilidade e eliminando todos os consumíveis com exceção do toner. A
Kyocera foi o primeiro fabricante a produzir uma impressora “cartridge-free”
(sem tinteiro) que utiliza um tambor de silicone amorfo. O tambor tem uma camada muito robusta que dura o mesmo que a vida útil da impressora, sendo o
toner o único consumível que requer substituição regular e até este vem num
invólucro de plástico não tóxico, concebido para ser incinerado sem produzir
gases nocivos.
63
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
1.7. A COR
A luz visível recai entre 380 nm (nanómetros) (violeta) e 780 nm (vermelho) no
espetro eletromagnético, cujos extremos são ultravioletas e infravermelhos. A
luz branca consta de proporções aproximadamente iguais de todos os comprimentos de onda visíveis, quando brilha no ou através de um objeto, alguns
comprimentos de onda são absorvidos e outros são refletidos ou transmitidos.
É esta luz refletida ou transmitida que dá ao objeto a sua cor. As folhas das
plantas, por exemplo, têm uma cor familiar porque a clorofila absorve a luz dos
extremos azul e vermelho do espectro e reflete a parte verde no meio.
Espetro visível.
A temperatura da fonte de luz, medida em Kelvin (K), afeta a cor recebida do
objeto. A luz branca, como as emitidas por lâmpadas fluorescentes ou por um
flash fotográfico, tem uma distribuição binária de comprimentos de onda, correspondendo a uma temperatura de cerca de 6000 K, e não distorce as cores.
Os focos comuns emitem menos luz no final azul do espectro, que corresponde
a uma temperatura de 3000 K, o que faz com que os objetos pareçam mais
amarelos.
64
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
Temperatura da cor (1.200 K – vermelho, 11.000 K – azul).
Os seres humanos recebem a cor através de uma camada de células, sensíveis
à luz, no fundo do olho, chamada retina. A chave das células da retina são cones
que contêm fotopigmentos que as fazem sensíveis à luz vermelha, azul ou verde
(as outras células fotossensíveis, os bastonetes, só são ativados na penumbra).
A luz que passa através do olho é regulada pela íris e direcionada pelas lentes
da retina, onde os cones são estimulados pelos comprimentos de onda relevantes. Sinais de milhões de cones passam do nervo ótico para o cérebro, que os
reúne numa imagem a cores.
1.7.1. CRIAÇÃO DA COR
A criação da cor de um modo preciso no papel tem sido uma das maiores áreas
de investigação na impressão a cores. Como os monitores, as impressoras localizam muito perto diferentes quantidades de cores primárias, que à distância, se
misturam para formar uma cor. Este processo é conhecido por dithering.
Monitores e impressoras fazem-no de forma diferente porque, enquanto os
monitores são fontes de luz, a saída das impressoras reflete a luz. Deste modo, os monitores misturam a luz dos fósforos feitos com as cores primárias
aditivas: vermelho, verde e azul (RGB, siglas em inglês), enquanto as impressoras utilizam tintas feitas com as cores primárias subtrativas: azul ciano, magenta e amarelo (CMY), a luz branca é absorvida pelas tintas de cor, refletindo a cor desejada. Em cada caso, as cores primárias são combinadas para
formar o espetro inteiro. Esta combinação decompõe um pixel de cor numa
série de pontos, de maneira que cada ponto é feito a partir de uma das cores
básicas ou deixado em branco.
65
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
A reprodução da cor, a partir do monitor, para a impressora tem também uma
grande área de investigação conhecida como combinação de cores. As cores variam de monitor para monitor e as cores na página impressa dependem do sistema de cor utilizado pelo modelo da impressora em particular e não pelas cores
mostradas pelo monitor. Os fabricantes de impressoras têm investido muito na
investigação da precisão e na combinação de cores monitor/impressora.
1.7.2. TOM MÉDIO – TOM CONTÍNUO – CONTONE
A mais simples impressora a cores utiliza um dispositivo binário no qual os pontos azul ciano, magenta, amarelos e pretos estão em “on” (impresso) ou em “off”
(não impresso) sem níveis intermédios possíveis. Se os pontos de tinta podem
ser misturados para fazer cores intermédias, então uma impressora binária
CMYK (acrónimo inglês de Cyan Magenta Yellow BlaK) pode imprimir somente
oito cores sólidas (azul ciano, magenta, amarelo, vermelho, verde, azul, preto e
branco). Esta não é, claramente, uma paleta suficientemente grande para conseguir uma boa qualidade de impressão, até aqui temos os tons médios.
Os algoritmos de semitonalidade dividem-se numa resolução nativa de pontos
numa grade de células colocadas em “on” ou “off”, repetindo um padrão regular
que cria a ilusão de um tom contínuo.
Combinando células que contêm diferentes proporções de pontos CMYK, uma
impressora de tons médios pode enganar o olho humano que irá ver uma paleta de milhões de cores e não apenas algumas.
Na impressão de tom contínuo há uma ilimitada paleta de cores sólidas. Na prática, “ilimitado” significa cerca de 16,7 milhões de cores, o que é muito mais do
que o olho humano pode distinguir. Para conseguir isto, a impressora deve ser
capaz de criar e sobrepor 256 sombras por ponto e por cor, o que obviamente
exige um controlo preciso na criação e na localização dos pontos. A impressão
de tom contínuo é uma área relacionada com as impressoras de sublimação de
tinta, desenvolvida mais adiante. De qualquer forma, todas as principais tecnologias de impressão podem produzir múltiplas sombras por ponto, permitindo
oferecer-lhes uma paleta mais rica de cores sólidas e tons médios suavizados.
Estes dispositivos são conhecidos por impressoras contone.
66
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
As impressoras de jato de tinta de “6 cores” surgiram no mercado com o objetivo específico de oferecer qualidade fotográfica. Estes dispositivos têm mais duas tintas adicionais – azul ciano claro e magenta claro – para solucionar a incapacidade da tecnologia de criar pontos mais pequenos. Estas impressoras de 6
cores produzem tons mais delicados e gradações de cores mais finas que os
dispositivos standard CMYK, mas irão tornar-se desnecessárias no futuro,
quando se espera que os volumes de tinta por gota se reduzam de 8 a 10 picolitros de hoje em dia para cerca de 2 a 4 pl. Tamanhos mais pequenos de gotas
reduzem também a quantidade de tons médios exigidos, uma vez que uma gama mais ampla de pequenas gotas pode ser combinada para criar uma paleta
maior de cores sólidas.
Paleta de 6 cores.
Cabeça de 6 tinteiros de uma impressora HP.
67
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
1.7.3. GESTÃO DA COR (COLOUR MANAGEMENT)
O olho humano pode distinguir cerca de um milhão de cores, o número preciso
depende do observador individual e das condições visuais. Os dispositivos de cor
criam as cores de diferentes maneiras, resultando em diferentes gamas de cores.
A cor pode ser descrita conceptualmente por um modelo tridimensional HSB.

Hue (H) (matiz) refere-se à cor básica em termos de uma ou duas cores
primárias dominantes (vermelho ou azul-verde, por exemplo), é medido
como uma posição na roda de cores padrão e é descrita como um ângulo em graus, entre 0 e 360.

Saturation (S) (saturação) indica a intensidade das cores dominantes, é
medida numa percentagem de 0 a 100, em que 0% da cor seria cinzenta, até 100%, em que a cor está completamente saturada.

Brightness (B) (brilho) indica a proximidade da cor ao branco e ao preto,
que é uma função da amplitude da luz que estimula os olhos do recetor.
Também é medida em percentagem. Se algum matiz com um brilho de
0% se torna preto, com os 100% será completamente luminoso.
RGB e CMYK são outros modelos de cores comuns. Os monitores CRT (tubo de
raios catódicos) criam cor como referimos anteriormente, fazendo com que os
fósforos vermelhos, verdes e azuis brilhem. Este sistema chama-se cores aditivas. Ao misturar diferentes quantidades de vermelho, azul ou verde são criadas
cores diferentes, que podem ser medidas de 0 a 255. Se o vermelho, o azul e o
verde estiverem colocados a 0, a cor é preta, se estiverem colocados a 255, a
cor é branca.
O material impresso é criado aplicando-se tintas ou toner num papel branco. Os
pigmentos da tinta absorvem a luz seletivamente, de maneira que só algumas
partes do espectro sejam refletidas para o olho do observador, daí o termo de
cores subtrativas. As cores básicas de impressão são o azul ciano, o magenta e
o amarelo, e uma quarta tinta, a preta, que é habitualmente utilizada para criar
sombras mais puras, profundas e de uma gama mais profunda. Utilizando
quantidades variáveis destas cores de processo, pode ser produzido um grande
número de cores diferentes. Neste caso, o nível de tinta é medido de 0% a
100% com laranja, por exemplo utiliza-se 0% de azul ciano, 50% de magenta,
100% de amarelo e 0% de preto.
68
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
A CIE (Commission Internationale de l’Éclairage) foi formada neste século para o
desenvolvimento de padrões para a especificação da luz e iluminação e foi responsável pelo primeiro modelo espacial de cor. Isto significa que a cor é definida com uma combinação de 3 eixos: x, y, z. Em termos gerais, o x representa a
quantidade de cor vermelha e a quantidade de cor verde e luminosidade, e z a
quantidade de azul. Em 1931, este sistema foi adotado como o modelo CIE
x*y*z, sendo a base para a maioria dos modelos espaciais de cores. O refinamento mais familiar é o modelo Yxy no qual os planos triangulares próximos de
xy representam cores com a mesma luminosidade, que varia ao longo do eixo Y.
Em desenvolvimentos posteriores, como os modelos L*a*b e o L*u*v lançados
em 1978, localizam as distâncias entre as coordenadas das cores com mais precisão, relativamente ao sistema humano de perceção de cor.
Como a cor é uma ferramenta efetiva, deve ser possível criar e impor cores consistentes e previsíveis numa produção encadeada: scanners, software, monitores, impressoras de escritório, dispositivos externos PostScript e prensas impressoras. O dilema é que os diferentes dispositivos simplesmente não podem
criar a mesma gama de cores. É no campo da gestão da cor que todos estes
esforços de modelação de cor fazem mais sentido.
Este usa o dispositivo-independente CIE, cor espacial para interceder entre as
gamas de cor dos diferentes dispositivos. Os sistemas de gestão de cor (cor
management) baseiam-se nos perfis genéricos dos diferentes dispositivos, que
têm as suas tecnologias de imagem, gamas e métodos operacionais. Estes perfis
são ajustados precisamente calibrando os dispositivos atuais para medir e corrigir qualquer desvio da performance ideal. Finalmente, as cores são traduzidas
de um dispositivo para outro, com algoritmos de localização, escolhendo as
substituições ótimas para cores fora da gama que não podem ser geridas.
Até a Apple ter introduzido o ColorSync como parte do seu sistema operativo
System 7.x em 1992, a gestão da cor era deixada para aplicações específicas.
Estes sistemas tiveram bons resultados, mas são mutuamente incompatíveis.
Reconhecendo os problemas das cores, formou-se o ICC (International Color
Consortium, que foi chamado previamente ColorSync Profile Consortium), em
março de 1994, para estabelecer um formato do perfil do dispositivo em comum. As empresas fundadoras incluíam Adobe, Agfa, Apple, Kodak, Microsoft,
Silicon Graphics, Sun Microsystems e Taligent.
69
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
A meta do ICC é fornecer uma cor verdadeira, apta a ser transportada, que
trabalhe em qualquer ambiente de hardware e software. A primeira versão
padrão do ICC Profile Format surgiu em junho de 1994. O perfil ICC tem duas
partes, a que contém a informação do seu próprio perfil, como o dispositivo
que criou o perfil e quando foi criado, e a segunda que é a caracterização do
dispositivo, que explica como é que o dispositivo interpreta as cores. No ano
seguinte, o Windows 95 tornou-se o primeiro sistema operativo da Microsoft
a incluir color management e suporte para perfis adaptáveis ICC, através do
sistema ICM (Image Colour Management).
1.8. PROBLEMAS HABITUAIS DE IMPRESSÃO
Entre os principais problemas que podemos encontrar em qualquer tipo de
impressora, temos:

Arrastamento de folhas.

Baixa qualidade de impressão.

Problemas com as fontes.

Problemas de cor.

Falhas nas impressoras matriciais.

Problemas de tinta.

Problemas com as impressoras a laser.

Falhas de comunicação.
1.8.1. ARRASTAMENTO DE FOLHAS
Um problema muito frequente quando se trabalha com qualquer tipo de impressora é que esta, em vez de imprimir as folhas uma a uma, arrasta várias de
uma vez, o que se traduz normalmente por um bloqueio de papel.
70
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
Causas possíveis
A utilização de um papel pouco apropriado para imprimir pode ser um convite
para este tipo de erros. Em qualquer caso, há que evitar colocar folhas demasiado espessas ou enrugadas.
Colocar demasiadas folhas no tabuleiro do papel ou fazê-lo de um modo incorreto também pode levar a estas situações, bem como o papel estar húmido.
1.8.2. BAIXA QUALIDADE DE IMPRESSÃO
Este problema reflete-se no surgimento de gráficos ou texto incompletos na
folha.
Causas possíveis
As impressões que aparecem cortadas ou fragmentadas em várias folhas podem ser causadas por uma impressora com fraco desempenho. Contudo, o
mais habitual é a impressora estar mal configurada. Os parâmetros referentes
ao tamanho do papel, à sua orientação e às margens podem não estar bem
ajustados nas propriedades da impressora ou no programa que se utiliza para
imprimir.
1.8.3. PROBLEMAS COM AS FONTES
Se depois de ter enviado um documento de texto para imprimir se comprova
que a aparência dos caracteres que saem das páginas impressas não tem nada
a ver com o que se vê no ecrã, é porque certamente se está a pedir ao sistema
que imprima uma fonte que a impressora é incapaz de reconhecer.
71
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
Exemplo de tipos de fontes.
Razões
A fonte que se quer usar não está corretamente instalada no sistema ou o ficheiro correspondente está danificado. Também pode acontecer que a impressora
corresponda a um modelo antigo que não aceite fontes TrueType.
Na maioria dos casos, contorna-se esta situação se se reinstalar a tipografia
problemática ou procurando-se outra parecida, usando-a no seu lugar. Contudo, se a impressora não aceitar a tecnologia TrueType, terá de ser configurada
para que imprima as fontes como se se tratassem de gráficos.
72
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
1.8.4. PROBLEMAS DE COR
Às vezes, quando se imprime a cores, sobretudo no caso de imagens, fotografias ou gráficos complexos, a qualidade pode deixar muito a desejar: os conteúdos não ficam bem impressos ou na página são muito diferentes de como se
veem no ecrã.
Causas
O tipo de papel usado não é o mais adequado para imprimir documentos a cores.
Nas propriedades da impressora estão selecionadas opções de resolução, esquema e intensidade que não funcionam bem neste tipo de impressões.
O monitor e a impressora não agem de forma sincronizada para mostrar e imprimir, respetivamente, as mesmas cores.
1.8.5. FALHAS EM IMPRESSORAS MATRICIAIS
As impressoras matriciais de ponto têm uma merecida fama pelos seus aparelhos fiáveis. A sua mecânica robusta e a sua exclusividade – até há pouco tempo
– na utilização do papel contínuo tornam-nas no dispositivo mais indicado para
imprimir, sem descanso, durante muito tempo. Não obstante, em algumas ocasiões, podem apresentar dificuldades: por exemplo, o documento impresso
pode sair borrado, muito escuro ou demasiado claro. Também é possível que,
ao longo do papel, a tonalidade seja diferente ou que apareça em todas as suas
linhas uma faixa branca.
O facto de os documentos impressos estarem pouco visíveis deve-se à sujidade
acumulada na cabeça das agulhas do dispositivo.
Um tom demasiado escuro ou claro na impressão acontece quando a distância
entre a fita e a cabeça não está correta ou o papel usado tem uma espessura
inadequada.
73
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
Quando o tom ao longo do papel varia, a causa principal está possivelmente na
fita, que terá algumas zonas mais gastas que outras.
Se alguma das agulhas da cabeça se partiu e não está operativa, a zona onde
tocará ficará em branco; isto é, a omissão de impressão faz com que cada linha
tenha uma faixa que não está impressa.
1.8.6. PROBLEMAS DE TINTA
A maioria dos problemas relacionados com as impressoras de jato de tinta tem
a sua origem no tinteiro. O utilizador poderá sofrer várias contrariedades: o documento fica excessivamente claro depois de ser impresso, o texto fica cortado
nas bordas do papel ou as linhas dos gráficos ficam muito irregulares. Também
pode suceder que saiam várias faixas horizontais quando se imprimem imagens
com preenchimentos uniformes ou simplesmente não fique nada impresso.
Causas
A tinta utilizada aclara-se com o tempo, dependendo da qualidade da mesma e
do papel utilizado.
As margens podem ter ficado mal configuradas. Há que ter em conta que a área
do papel onde se pode imprimir com este tipo de impressora é um pouco menor.
As linhas retas não se imprimem uniformemente quando as cabeças não estão
alinhadas corretamente.
Se não sai nada impresso no papel e a impressora trabalha, o mais provável é
que as válvulas tenham secado ou a tinta do tinteiro tenha acabado.
74
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
1.8.7. PROBLEMAS COM AS IMPRESSORAS A LASER
Apesar da avançada tecnologia das impressoras a laser, os documentos impressos com estes dispositivos não estão a salvo de falhas imprevistas. As folhas
impressas podem sair com linhas brancas esfumadas ou podem aparecer repetidamente marcas verticais ao longo da página, inclusivamente manchas pretas
e irregulares, repartidas de uma forma aleatória. Um outro problema é o facto
de saírem da impressora cheiros estranhos.
Causas
As linhas brancas ou a alteração de tonalidade no documento são o melhor
indicador para saber que o toner está a acabar.
As linhas pretas que aparecem, geralmente de forma vertical, produzem-se
quando o tambor de impressão está riscado ou o mecanismo de fixação do
toner se avariou.
Se o documento se imprime com manchas irregulares, provavelmente a impressora está suja, tem restos de toner no interior do mecanismo ou o papel
utilizado não é o mais adequado.
O mau odor produz-se devido aos solventes que contém a resina do toner.
1.8.8. FALHAS NA COMUNICAÇÃO
A maioria dos avisos escritos que aparece no ecrã e que tem a ver com a
impressora é de indicações que vêm do dispositivo para avisar o utilizador
de alguma anomalia que exige a sua intervenção. Contudo, existe uma mensagem de erro, enviada pelo sistema operativo, quando deteta um problema
importante, que se refere ao “tempo de espera esgotado”. Com este texto, o
sistema indica ao utilizador que não conseguiu encontrar a impressora e, por
isso, é-lhe impossível enviar os documentos.
75
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
O primeiro passo é verificar se a impressora está ligada e ver o cabo de ligação.
Talvez seja necessário reiniciar o sistema operativo depois de a ligar.
Verificar o tabuleiro do papel e assegurar-se de que está cheio e bem colocado.
Algumas impressoras têm uma luz intermitente ou emitem um som para avisar
que terminou o papel ou que o tabuleiro de alimentação está mal colocado.
Contudo, não avisam o sistema da situação, pelo que este mostra a referida
mensagem.
Ainda que a impressora esteja em funcionamento, pode ter algum problema.
Verificar se o dispositivo está preparado para trabalhar: um ponto luminoso –
normalmente de cor verde – assim o informa.
76
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
2. PERIFÉRICOS
2.1. INTRODUÇÃO
Um periférico é um dispositivo de suporte físico a um computador que possibilita a interação com o exterior através da entrada, saída e armazenamento de
dados, assim como a comunicação entre computadores. O termo costuma aplicar-se aos dispositivos que não são parte indispensável de um computador
(como a CPU e a memória) e que são, de certa forma, opcionais. Também se
pode utilizar este termo para definir os elementos que se conectam externamente através de uma porta do computador.
Uma porta é uma forma genérica de denominar uma interface através da qual
diferentes tipos de dados podem ser enviados e recebidos. Uma porta permite
anexar um conector ou um cabo a um sistema físico. Por exemplo, a maior parte dos computadores pessoais tem uma porta para o teclado e outra para o
rato. Muitos destes periféricos são tão indispensáveis para os computadores
pessoais atuais que já vêm integrados de fábrica na placa principal.
77
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
2.2. TIPOS DE PERIFÉRICOS
Os dispositivos periféricos podem ser divididos em quatro categorias principais:


78
Armazenamento:

Leitor/Gravador de CD.

Leitor/Gravador de DVD.

Leitor/Gravador de Blu-Ray.

Disco rígido externo.

Disco SSD externo.

Memória USB.

Gravador de cópia de segurança.
Entrada:

Câmara web (webcam).

Scanner.

Rato.

Teclado.

Microfone.

Leitor de códigos de barras.

Joystick.

Caneta ótica.

Mesa gráfica.
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS



Saída:

Impressora.

Ecrã.

Colunas.

Videoprojetor.
Comunicação:

Fax-modem.

Placa de rede.

Controladores de portas (de série, paralelas, USB, etc.).
Misto (entrada/saída):

Multifunções (pode incluir impressora, scanner, modem e até fax).

Leitor/gravador de cartões de memória.
De acordo com as necessidades do utilizador, podemos encontrar dispositivos
muito variados e, para aplicações profissionais ou industriais, podemos encontrar dispositivos muito específicos, até mesmo alguns concebidos à medida de
determinadas tarefas.
Em seguida, vamos falar dos periféricos mais generalizados. Em relação às impressoras, às placas de vídeo e aos monitores, poderá estudá-los em capítulos
individuais, devido à sua importância.
Um periférico é um dispositivo de suporte físico de
um computador que possibilita a interação com o
exterior através da entrada, saída e armazenamento de dados, assim como a comunicação entre
computadores.
79
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
2.3. PERIFÉRICOS DE ARMAZENAMENTO
As unidades de armazenamento são periféricos de entrada/saída e são utilizados para guardar as informações que não queremos perder.
Há diferentes unidades de armazenamento, entre elas:

Unidades de discos rígidos: as suas principais características são a
capacidade e o tempo de acesso à informação. A capacidade é dada
em Gigabytes ou Terabytes e o tempo de acesso em milésimos de segundo. Os melhores são os que providenciam um tempo de acesso
mais curto e uma maior capacidade. Devido à fragilidade do disco rígido, este encontra-se no interior da caixa, protegido de poeiras e de outras substâncias contaminantes, embora também possam utilizar-se os
discos rígidos externos, para guardar informação importante.
Unidade de disco rígido externa USB.

Unidades de discos SSD: SSD, em inglês, significa Solid State Drive. Estes discos são uma evolução do disco rígido (HDD). Não têm partes
móveis e são completamente silenciosos. Como não possuem partes
móveis os dispositivos SSD, são construídos em redor de um circuito
integrado, responsável pelo armazenamento dos dados.
As vantagens destes dispositivos são: tempos de acesso reduzidos,
maior resistência, maior leveza, capacidade para suportar temperaturas mais elevadas e, por último, velocidades de 250 MB/s e 700 MB/s
em gravação e leitura, respetivamente.
Este dispositivo é um semicondutor.
80
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS

Unidades de CD: são unidades óticas que trabalham com discos compactos (iguais aos de música). A sua capacidade é cerca de 700 megabytes. Funcionam com um laser que queima a superfície do CD e depois, com um dispositivo ótico, consegue ler os dados.
Dentro destas unidades, há de vários tipos:


CD-ROM: são unidades que só conseguem ler os CD, ou seja, não
conseguem escrever neles. São, na realidade, unidades de entrada
e não de entrada/saída.

CD-R: são unidades que leem e escrevem nos CD, mas que só
conseguem escrever dados uma única vez no mesmo CD.

CD-RW: são unidades que leem e escrevem nos CD, conseguindo
apagar dados e voltar a gravar; possuem várias camadas, permitindo várias gravações.
Unidades de DVD (disco digital versátil): estas unidades também funcionam com CD. A diferença em relação ao CD está na forma de armazenamento dos dados. As unidades de DVD comprimem mais os dados e,
por isso, a capacidade de um DVD (cerca de 4,7 Gigabytes) é muito
maior do que a de um CD. Com as unidades de DVD acontece o mesmo que com as de CD, ou seja, existem vários tipos, de acordo com o
que se pode ou não gravar.
As unidades de armazenamento são periféricos de
entrada/saída usadas para guardar informações que
não queremos perder.
Idealmente, o sistema de armazenamento de um computador deve possuir,
entre outras, as seguintes características:

Custo reduzido.

Capacidade elevada.

Velocidade de acesso elevada.

Permanência de dados na ausência de energia.
81
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS

O suporte de armazenamento deve ser facilmente transportável.

Unidades de Blu-Ray: são unidades que leem e gravam discos óticos
com 12 cm de diâmetro e 1,2 mm de espessura. Estes discos foram
concebidos, principalmente, para usar conteúdos vídeo e áudio de alta definição, ao mesmo tempo que permitem o armazenamento de
dados. São concorrentes diretos do DVD e possuem capacidade de
armazenamento de até 4 horas em 1080p full HD (vídeo). Para podermos tirar partido das suas potencialidades na reprodução temos
de visualizar estes vídeos em TV Full HD. A capacidade de armazenamento varia entre 25 GB (simples) e 50 GB (camada dupla).
2.4. PERIFÉRICOS DE ENTRADA
A este grupo pertencem os dispositivos concebidos para introduzir informações
no computador. Estes periféricos são imprescindíveis em qualquer computador
como elementos de interação para inserir informações no computador.
2.4.1. TECLADO
A operação de teclar letras, números e caracteres especiais, num teclado de
computador, é semelhante à de uma máquina de escrever. O computador responde, apresentando no ecrã os caracteres teclados no local onde aparece o
cursor (linha vertical intermitente).
Vista de um teclado.
82
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
O teclado é constituído por:

Teclas alfabéticas para introduzir texto. É semelhante ao teclado das
antigas máquinas de escrever. Tem todas as letras do alfabeto, os 10
dígitos decimais e os sinais de pontuação e de acentuação.

Teclas numéricas para agilizar a entrada de números. Para o teclado
numérico funcionar, é preciso ativar a função do teclado numérico. Caso contrário, deve premir-se a tecla [Bloq Lock] ou [Num Lock] para ativar. Ao usá-la podemos observar que, na ponta superior direita do teclado, acende-se a luz com o indicador [Bloq Num] ou [Num Lock].
É parecido com o teclado de uma calculadora e serve para inserir rapidamente dados numéricos e as operações matemáticas mais comuns:
soma, subtração, multiplicação e divisão.

Teclas de funções: são programáveis e, em cada programa, terão uma
função de acordo com a programação do autor do programa. Estas teclas, de F1 a F12, servem de “atalhos” para aceder, mais rapidamente, a
determinadas funções, atribuídas pelos vários programas. Regra geral,
a tecla F1 está associada à ajuda dos programas, ou seja, ao pressionála, surge um ecrã de ajuda do programa que se está a utilizar nesse
momento.

Teclas de edição ou movimento do cursor: servem para facilitar a
movimentação dentro dos documentos e no ecrã, bem como também
a edição de documentos.
Partes de um teclado.
83
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
O estado do teclado é indicado numa fila de três díodos emissores de luz, que
indicam se o bloco numérico, as maiúsculas ou o bloqueio de deslizamento da
imagem estão ou não ativados.
A colocação das várias teclas é a mesma que regia a das máquinas de escrever
do século passado, que tinha de respeitar o espaço de determinadas alavancas
interiores, e que hoje já fazem parte da história. Devido a essa disposição das
teclas, são denominados teclados QWERTY. Este nome deve-se às primeiras
seis letras alfanuméricas que aparecem no teclado. No entanto, existe outro
tipo de teclado, o DVORAK, cujo nome vem do seu criador, August Dvorak, que
propôs outra distribuição das letras, de forma a obter uma escrita mais cómoda
a rápida do que a proporcionada com o teclado atual.
Disposição das teclas num teclado QWERTY e num DVORAK.
O teclado dispõe de um pino que é conectado num local específico na parte
posterior da caixa do PC. Uma vez que há dois tipos de teclados do ponto de
vista do pino, o tipo PS/2 e do conector USB, deve certificar-se de que o conector do seu teclado se adapta ao tipo de conector existente na caixa do
computador.
84
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
Conector PS/2 e conector USB.
2.4.1.1. Mecanismo de deteção de pressão/libertação das teclas
Há duas formas de ligar as teclas ao circuito de deteção: de forma individual ou
de forma matricial.
A ligação individual não é utilizada, pois seriam necessários dois condutores
independentes para cada tecla, o que aumentaria em muito o número de condutores necessários. Geralmente, utiliza-se uma organização tipo matricial, como a que é apresentada na figura seguinte. Neste tipo de ligação, os condutores são repartidos por várias teclas, obtendo-se um desenho mais simples e
económico.
Matriz de conexão de um teclado.
Nesta figura, para 12 teclas são usados 7 condutores (4 + 3), enquanto na ligação
individual seriam precisos 24.
85
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
Uma vez definido o tipo de ligação, o passo seguinte é estabelecer como se deteta o estado das teclas. Se fosse utilizada a ligação individual, este passo seria
trivial. No entanto, com a organização matricial, este passo fica mais complicado.
O processo de deteção nos teclados matriciais recai sobre o chip controlador
do teclado que se encarrega de verificar continuamente o estado das teclas da
matriz. A deteção é realizada em dois passos:

Ativa-se (coloca um 1 lógico) de forma sucessiva e individual cada fila da
matriz.

Imediatamente, após ativar uma fila, verifica-se (lê) quais as colunas que
estão ativadas (se é que existe alguma).
Para realizar este trabalho, utiliza-se um descodificador e um codificador. Na figura seguinte é apresentado um esquema de como se realizaria este processo.
Esquema do processo de deteção da pulsação de teclas.
86
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
2.4.1.2. Tipos de teclados
De acordo com o modelo de computador que vai ser ligado, há quatro tipos de
teclado:

Teclado XT de 83 teclas. Usado antigamente em PC e XT (8086/88),
atualmente em desuso.
Teclado XT.

Teclado AT de 83 teclas. Usado com o aparecimento dos primeiros PC
AT (286/386 atualmente em desuso).

Teclado expandido de 101/102 teclas. Teclado que incorpora um
maior número de teclas.

Teclado Windows de 104 teclas. É semelhante ao expandido de 102
teclas, mas foi adicionada uma tecla que ativa diretamente o menu inicial
e outra que ativa o menu emergente (igual ao botão direito do rato).
Teclado tipo Windows.
87
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
2.4.1.3. Tecnologias do teclado
Há vários teclados cuja diferença é a tecnologia empregue para construir os
interruptores (teclas).

Teclas de cúpula de borracha. Neste tipo de teclado, as teclas estão
localizadas sobre uma cúpula fabricada em borracha, pequena e muito
flexível, com um centro rígido de carbono. Ao realizar uma pressão,
uma peça colocada sob a superfície da tecla faz descer a cúpula e o
centro de carbono até tocar numa peça metálica situada na matriz de
circuitos. Enquanto a tecla permanecer premida o centro de carbono
fecha o circuito apropriado. Quando a tecla é solta, a cúpula de borracha volta à sua posição original e o centro de carbono deixa de fechar o
circuito associado à tecla. Como consequência, a tecla volta à sua posição original, ficando pronta para voltar a ser premida.

Teclados de membrana. Estes teclados assemelham-se aos anteriores, mas, em vez de utilizarem uma cúpula de borracha independente
para cada tecla, baseiam-se numa única peça de borracha que cobre
todo o teclado.
Teclado de membrana aberto.

88
Teclados capacitivos: são construídos sobre uma placa de circuito impresso gravada, de forma que, quando se prime uma tecla, esta faz
pressão sobre um condensador que produz um sinal elétrico que é detetado e interpretado pelo chip processador do teclado. Cada tecla tem
uma mola que assegura o retorno à sua posição original após a pressão. Sob a superfície de cada tecla há uma pequena placa metálica e,
por baixo desta, encontra-se uma outra placa metálica.
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS

A tecnologia de contacto metálico: o teclado de contacto usa pequenos interruptores individuais para cada tecla. As teclas estão
equipadas com um elástico e cada circuito fecha através do contacto
direto entre duas placas metálicas. Introduz-se um material esponjoso
entre as duas placas. Quando se prime uma tecla, o interruptor é fechado e a passagem de corrente é permitida.
Tecla com contacto metálico.
2.4.1.4. Teclados especiais
Outras características adicionadas aos teclados fazem com que estes adquiram
utilidades ou especificações especiais como, por exemplo, os teclados seguintes:

Teclado multimédia. O teclado mais usado e vendido, que incorpora teclas para ativar determinados programas no PC, como forma de acesso direto. Por exemplo, para ativar o reprodutor de multimédia, abrir/fechar a
unidade de CD/DVD, abrir o programa de correio eletrónico, etc.

Teclado ergonómico. Tem como objetivo proporcionar uma forma
cómoda de teclar, fazendo com que as mãos, pulsos e antebraços fiquem colocados numa posição mais relaxada, quando comparado com
os teclados convencionais.
89
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
Teclado ergonómico tipo Windows.

Teclados sem fios. Caracterizam-se pela ausência de fios; a comunicação
realiza-se através de ondas de rádio ou raios infravermelhos.

Teclados para aplicações especiais. O da figura seguinte, por exemplo, é um teclado flexível e resistente à água, para ambientes expostos
a tempo rigoroso, a líquidos, etc.
Teclado flexível.
90
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
2.4.1.5. Avarias no teclado
Há dois grupos de problemas que afetam os teclados: os que surgem porque o
teclado não funciona e os relacionados com a quebra ou bloqueio das teclas.
Os do primeiro grupo podem ser causados pela desconexão do teclado ou,
simplesmente, porque não funciona. Quase todos os computadores possuem
uma chave que permite bloquear o teclado. Por vezes, esta é a causa do não
funcionamento de um teclado. Costuma surgir uma mensagem no ecrã e basta
voltar a ligar o computador.
A posição do comutador, presente em alguns teclados, que permite alterar o
modo de operação entre XT e AT (ou superior) também é uma fonte de problemas. Se este comutador se encontrar na posição errada, quando o computador
arrancar, aparecerá uma mensagem que informa sobre uma falha no teclado.
2.4.1.6. Manutenção do teclado
Um dos componentes mais usados do computador é o teclado, pelo que é
necessário tomar determinadas medidas preventivas para conservar o mesmo
em boas condições técnicas. Algumas delas são: ter o cuidado de não deixar
cair líquidos nem sólidos granulados sobre o teclado, protegendo-o do pó e
de quedas.
Apesar destas medidas, chega-se por vezes a uma situação crítica, em que o
teclado começa a funcionar incorretamente. Geralmente dá-se conta do problema quando é preciso premir a tecla com mais força do que o costume, para
que esta funcione. Perante esta situação deve proceder-se da seguinte forma,
para a sua limpeza e manutenção.

Retirar a tampa da parte posterior do teclado.

Retirar o anel de fixação.

Limpar o interior com um pincel.
91
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS

Limpar a placa de contacto com um produto adequado.

Limpar os contactos das teclas, se necessário.

Deixar secar e voltar a montar tudo.
Para realizar as operações detalhadas anteriormente são necessários os seguintes materiais:

2 chaves de fendas tipo Phillips (ponta em forma de cruz), uma de 6
mm e outra de 3 mm.

Um pincel (que esteja limpo e que não esteja a perder pelo).

Rolo de papel (de cozinha) e um produto para limpar contactos. No caso de não ter este último, pode ser usado álcool medicinal.
O procedimento passo a passo seria:
92

Desligar o teclado da parte posterior do computador e colocá-lo sobre
uma superfície de trabalho limpa.

Procurar uma caixa para guardar todos os parafusos retirados, já que
são muitos, para não os perder.

Retirar os parafusos da tampa do teclado e retirá-la com cuidado. O interior do teclado fica à vista.

O cabo encaixado no teclado, com uma peça de borracha, está ligado à
placa de contacto, através de um conector. Um outro cabo com conector, e ainda outro cabo com um anel metálico, fica sobre a rosca de um
parafuso para fazer contacto com a terra. Neste caso, convém desconectar tudo para conseguir trabalhar mais comodamente.

A placa de contacto está fixa com uma grande quantidade de parafusos. Uma vez que há outros buracos na placa que não precisam de parafuso, convém, antes de os retirar, utilizar um marcador para sinalizar
os locais de onde saíram os parafusos para mais tarde não haver confusões, quando chegar a altura de os voltar a colocar no sítio.

Com a chave de fendas mais pequena retiram-se os parafusos, colocando-os na caixa destinada para o efeito.

Agora, já se pode retirar a placa de contactos. Esta operação deve ser
efetuada com muito cuidado, uma vez que os LED (luzes) estão soldados à placa e podem dobrar-se.
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS

Depois de retirada a placa de contacto, começa a primeira etapa de
limpeza. Esta consiste em remover o pó e qualquer tipo de partículas
com o pincel. Se necessário, pode virar-se o teclado para deixar cair as
partículas removidas pelo pincel.

Uma vez removidas todas as partículas estranhas, pode começar-se a
limpar a placa de contacto. A limpeza desta placa pode ser realizada
aplicando um produto de limpeza de contactos. Se não houver um à
disposição, pode usar-se um pano limpo e humedecido em álcool (isopropílico ou medicinal). Esta operação deve ser realizada com muito
cuidado, tentando não prender o pano nas zonas salientes das soldaduras ou nos LED.

Se o teclado estiver realmente muito sujo ou se tiver sido derramado
algum líquido sobre este, deve limpar-se os contactos das teclas com
uma esponja embebida em álcool. Esta tarefa deve ser levada a cabo
com muito cuidado porque a membrana metálica é muito fina e está
presa a uma pequena peça de esponja.

Uma vez terminada a limpeza, deixa-se secar o teclado.

A placa deve ser colocada com cuidado, de forma a encaixar bem os
LED. Não há uma forma incorreta de colocar a placa, uma vez que tem
pequenos encaixes que servem de guia. Os parafusos da placa são colocados nos buracos onde foram efetuadas as marcas. De seguida, ligase o cabo do teclado à placa, coloca-se o cabo de terra na saliência
plástica, onde está conectado o parafuso, e coloca-se o topo da borracha do cabo na ranhura.

Coloca-se a tampa metálica e aparafusa-se. Se a parte exterior do teclado e as teclas estiverem muito sujas podem ser limpos com um pano humedecido em água com detergente suave. Finalmente, conectase o teclado ao computador.
2.4.2. RATO (MOUSE)
É um pequeno dispositivo que permite deslocar um ponteiro (o cursor do rato)
no ecrã para apontar a caracteres ou objetos específicos.
Tem como missão facilitar o trabalho quando é preciso mover-se no ecrã ou
nos programas, de forma rápida e precisa com um único movimento do pulso.
93
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
Ao acionar os botões, na parte superior do rato, são realizadas ações no ecrã,
tais como executar este programa, ativar a ferramenta selecionada, etc.
O rato realiza geralmente as seguintes funções:

Ao movê-lo, a seta desloca-se na direção desejada.

Ao clicar, o sensor localiza-se no ecrã. Ao movimentar o ponteiro do rato e voltar a clicar, movimenta-se o cursor para onde se deseja.

Ao clicar, também são ativadas determinadas funções que aparecem no
ecrã, tais como abrir menus, escolher comandos, minimizar janelas, etc.

Manter o botão premido permite realçar secções à medida que se movimenta o cursor; desta forma, pode movimentar-se menus, arquivos, etc.

Ao clicar duas vezes numa sucessão rápida abrem-se e fecham-se janelas e menus.
2.4.2.1. Funcionamento
O mouse, ou rato, é um periférico, geralmente fabricado em plástico, que podemos considerar, ao mesmo tempo, como um dispositivo de entrada de dados
e de controlo, dependendo do software utilizado no momento. O nome original
faz referência a uma parecença física com esse pequeno roedor.
Nos programas de desenho e em sistemas operativos de ambiente gráfico, muitas vezes, o rato permite utilizar o software de forma mais simples e rápida do
que se for usado o teclado. Foi concebido por Douglas Engelbart e Bill English, e
mais tarde aperfeiçoado nos laboratórios de Palo Alto da empresa Xerox (conhecidos como Xerox PARC). Apesar de ter sido utilizado em vários computadores pessoais como, por exemplo, o Apple Lisa, foi só com o aparecimento do
Macintosh da Apple que este periférico se deu, definitivamente, a conhecer aos
utilizadores. Uma vez que a maior parte dos ratos modernos é ligado através de
USB, é possível usar ratos marca Apple em computadores com outros sistemas
operativos e vice-versa. Até meados de 2005, os computadores da Apple incluíam ratos com um único botão, mas a empresa lançou um modelo chamado
Mighty Mouse, com dois botões “virtuais” com sensores por baixo da cobertura
plástica, dois botões laterais programáveis e uma bola que permite mover o
ponteiro 360º.
94
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
Mighty Mouse.
Ao ser deslocado sobre uma superfície plana (mesa, tapete, etc.), determina o
movimento de uma seta ou ponteiro sobre o ecrã. A função principal do rato é
selecionar opções que aparecem no ecrã, o que se consegue com uma ou duas
pressões (“cliques”) sobre algum dos seus botões. Para o manusear, o utilizador
deve acostumar-se tanto aos movimentos do ponteiro sobre o ecrã como aos
toques de clique.
2.4.2.2. Tipos de rato
Dependendo do seu mecanismo podemos ter:

Rato mecânico: um rato mecânico tem uma grande bola no fundo e
esta bola conduz duas “rodas codificadoras” que geram impulsos como
resposta ao movimento do rato. Uma variação disto é o rato mecânico
de Honeywell que tem duas rodas inclinadas 90 graus entre elas em
vez de uma bola.
Os circuitos dentro do rato contam os impulsos gerados pelos “codificadores” e enviam informações sobre os movimentos do rato ao computador. Isto é processado no controlador do sistema operativo correspondente.
95
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
Funcionamento do rato mecânico.
Arrastar o rato faz girar a bola que, por sua vez, move os cilindros ortogonais unidos aos discos de codificação ótica, opacos, mas perfurados
que, dependendo da sua posição, deixam passar ou interrompem os
raios infravermelhos emitidos por um LED. Estes impulsos são captados por sensores que os convertem em velocidade vertical e horizontal.

Rato ótico: é uma variante de rato que não tem bola de borracha, podendo-se, assim, evitar o frequente problema de acumulação de sujidade no eixo de transmissão uma vez que, pelas suas características
óticas, é muito menos propenso a este inconveniente.
Esquema de funcionamento de um rato ótico.
96
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
O rato ótico, apesar do seu tamanho reduzido, é um sistema de captura de
imagens completo. É composto por três blocos principais, tal como se pode ver
na figura seguinte.
Processo de captação da imagem.

Bloco de captação de imagens. Este bloco é constituído por um sensor ótico muito simples (equivalente a uma microcâmara).
Sensor de captação de imagens.

Bloco processador de imagens. As imagens captadas pelo bloco anterior são enviadas para este bloco, que é formado pelo que se conhece
como um processador digital de sinal, ou DSP. Um DSP é um processador especializado no processamento específico de informação adquirida sob a forma de sinais: imagens, som, etc.

Bloco de tradução e interface. Este bloco recebe os resultados do processador de imagens e passa-os para o formato de bits, adequado para
enviar para o computador.
97
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS

Rato laser. Este tipo de rato é muito mais sensível, sendo ideal para os
desenhadores gráficos e para os fanáticos de jogos de computador.
Em vez de utilizar o sistema de refração e o halo de luz vermelha utilizada pelos óticos, tem um motor de captura de movimento à base de
um laser (invisível ao olho humano) de 2,000 dpi (dpi= “Dots per inch” =
pontos por polegada ou quantidade de pontos diferentes que é capaz
de distinguir numa polegada). O limite do rato ótico é de apenas
800 dpi, o que se traduz num aumento significativo na precisão e sensibilidade do mesmo.

Trackball. O trackball é uma conceção original baseada no que de facto
proporciona o movimento do ponteiro, a bola. Por isso, o rato tem a sua
bola ao alcance do dedo polegar, sendo este o único dedo que é necessário mexer para conseguir deslocar o ponteiro, reduzindo assim a necessidade de espaço e de esforço. É o modelo mais utilizado quando
dedicado a uso público. A sua principal vantagem é que, uma vez que só
se mexe um dedo e o braço se mantém numa posição, a típica dor gerada no antebraço pelo movimento do rato não afeta os utilizadores deste
tipo de periférico.
Trackball.
Dependendo da ligação, podem ser:
98

Rato com fio: atualmente é possível adquirir um rato com fio a preços
reduzidos, tornando-o por isso mais popular. No entanto, também se
pode adquirir um rato com fio de alto rendimento; por exemplo, um rato a laser. Há de todos os tipos. Vêm com um de dois tipos de conectores possíveis atualmente: Porta USB e porta PS/2.

Rato sem fio: é um rato que se usa sem cabos de comunicação entre o
computador e o rato. Para o usar, é necessário um ponto de concentração do sinal sem fios, produzido pelo rato. Este ponto é denominado de
recetor e é geralmente conectado ao computador por uma porta USB,
apesar de se poder colocar um adaptador para ser ligado à porta PS/2.
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
Tipos de rato sem fios:

Rádio Frequência (RF): é o tipo comum e económico. Funciona
enviando um sinal a uma frequência de 2.4 Ghz, a mesma utilizada por muitos telefones sem fios e pelas tecnologias sem fios
IEEE 802.11b e IEEE 802.11g. É muito popular uma vez que não
ocorrem tantas desconexões e interferências, como com outros
equipamentos na mesma frequência e tem um alcance aceitável
de aproximadamente 10 pés (3 metros).

Infravermelhos (IV): este utiliza a tecnologia de transmissão de
dados por sinal infravermelho, a mesma utilizada por telemóveis
e comandos das nossas televisões e equipamentos de som. É
muito menos popular, uma vez que o alcance é bastante inferior.
Também tem a desvantagem de precisar de uma linha visual direta e ininterrupta entre o rato e o recetor do sinal.

Bluetooth (Bt): utiliza o padrão relativamente recente de transmissão sem fios Bluetooth, o mesmo utilizado pelos auriculares
sem fios dos telemóveis. O alcance é de 30 pés (10 metros); é um
alcance correspondente à Classe 2 do padrão Bluetooth.
2.4.2.3. O controlador
Uma vez que o rato já é parte integrante dos equipamentos que utilizamos há
vários anos, todos os sistemas operativos têm implementados os controladores
(drivers) necessários para que este funcione. Apesar disso, sobretudo se o dispositivo integrar funções recentes, costuma ser acompanhado de um disco que
contém os controladores necessários à sua instalação.
2.4.2.4. Ratos para canhotos
Os sistemas operativos dispõem de funções para otimizar a utilização deste dispositivo por utilizadores canhotos, geralmente invertendo a função dos botões.
99
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
2.4.2.5. Evolução
É importante mencionar que, com os ecrãs táteis, o software consegue realizar
a maior parte das funções atribuídas desde sempre ao rato, podendo este deixar de ser tão utilizado no futuro, apesar de a prática demonstrar que a utilização do ecrã tátil não é mais cómoda do que a do rato ou do teclado (não é um
rato específico).
2.4.2.6. Ligação do rato
O rato envia, com intervalos regulares, informações ao computador, através da interface para que o driver do rato atue de acordo com as informações transmitidas.
Há dois tipos de interface que, normalmente, integram diferentes tipos de ligação física. Estas interfaces são:

Através de uma porta de série USB, denomina-se rato USB.

Através da porta PS/2, é o mais habitual e recebe o nome de rato PS/2.
Todas estas interfaces têm em comum o facto de as informações serem transmitidas em série.
2.4.3. JOYSTICK
O joystick é a alavanca que controla jogos de computador. Este dispositivo controla o que acontece no ecrã e possui botões para criar movimentos ou ações
(por exemplo, disparar armas ou lançar bombas). Em princípio, o joystick não
serve para nenhuma outra atividade que não seja para jogar.
100
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
2.4.3.1. Partes de um joystick
Representação de um joystick.
De acordo com a figura acima, um joystick é composto pelos seguintes elementos:

Punho (1).

Base (2).

Botão de disparo (3).

Botões adicionais (4).

Interruptor de disparo automático (5).

Alavanca (6).

Botão direcional (7).

Ventosa (8).
101
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
2.4.3.2. Comunicação do joystick
Para a ligação do joystick ao PC, utiliza-se a porta de jogos ou MIDI que, até há
pouco tempo, era implementada nas placas de som. Contudo, se a placa estiver
integrada, também é possível que a porta se encontre na própria placa principal.
O conector da porta permite ligar dois joysticks ao mesmo tempo. É o único
conector de 15 pinos (geralmente de cor amarela) que podemos encontrar no
painel, na parte posterior do nosso computador.
Placa de som com porta de jogos/MIDI.
A porta de joystick está localizada na direção 201H do mapa de direções.
Porta de jogos.
Atualmente, é possível não dispor deste tipo de porta, podendo encontrar no
mercado adaptadores de todos os tipos para portas mais usuais como, por
exemplo, as USB.
102
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
Adaptador de porta USB para joystick.
2.4.3.3. Tipos de joystick
Há essencialmente dois tipos de joysticks:

Joystick de contactos.

Joystick de potenciómetro.
No primeiro tipo, o de contactos, o deslocamento do punho do joystick é detetado através do encerramento de um contacto elétrico, localizado na base da
alavanca.
Na figura seguinte, pode observar os quatro contactos que controlam o movimento da alavanca, dois para cada eixo; um eixo de deslocamento vertical e
outro horizontal.
Quando a alavanca é deslocada para a frente, o contacto superior do eixo Y
fecha, enviando através do contacto superior a ordem de deslocamento vertical.
Se a alavanca for deslocada para a frente e para a direita, fecham-se os contactos correspondentes, enviando, nesse caso, dois sinais através da porta.
Cada um dos botões do joystick corresponde também a um contacto elétrico.
103
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
Eixo e botões de um joystick de contactos.
No caso do joystick por potenciómetro, a alavanca está ligada a dois potenciómetros (resistências variáveis) de 100K Ohm. O valor de umas das resistências
muda com uma alteração na posição da alavanca, de acordo com o eixo X. O
outro potenciómetro faz o mesmo com o eixo Y. Uma alteração no valor das
resistências altera a frequência de um impulso digital. Na conversão da resistência numa frequência variável, utiliza-se um circuito integrado, geralmente um
Timmer/Oscilador. São utilizados dois timers para cada joystick. Uma pulsação
mostra a coordenada X do joystick e a segunda mostra a coordenada Y.
Interior de um joystick de potenciómetro.
104
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
2.4.4. SCANNER (DIGITALIZADOR)
Para um computador ser capaz de reconhecer texto manuscrito ou imagens,
primeiro é preciso digitalizar as informações, ou seja, convertê-las em alguma
forma digital para poder armazená-la na memória. Há vários dispositivos de
entrada para capturar e digitalizar informações, sendo um deles o scanner.
Este é um dispositivo de entrada capaz de obter uma representação digital de
qualquer imagem impressa. Tem um aspeto semelhante ao de uma fotocopiadora e funciona de forma parecida. Um scanner converte fotografias, desenhos,
textos e outras informações imprensas em padrões de bits que podem ser armazenados e manipulados na memória do computador com o software apropriado.
Componentes de um scanner.
Por digitalizar entende-se a operação de transformar algo analógico (algo físico,
real, de precisão infinita) em algo digital (um conjunto finito e de precisão determinada de unidades lógicas denominadas bits). Trata-se de captar uma imagem (fotografia, desenho ou texto) e convertê-la num formato que pode ser
armazenado e modificado com o computador.
105
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
2.4.4.1. Funcionamento de um scanner
O processo de captação de uma imagem é quase idêntico para qualquer scanner:

A imagem é iluminada com um foco de luz.

A luz refletida é conduzida através de espelhos de luz, até um dispositivo denominado CCD que transforma a luz em sinais elétricos.

Esses sinais elétricos são transformados em formato digital num DAC
(conversor analógico-digital).

O caudal de bits resultante é transmitido ao computador.
Esquema de um scanner.
O CCD (Charge Coupled Device, dispositivo ligado através de carga elétrica) é o
elemento fundamental do scanner, independentemente da sua forma, tamanho ou mecânica. Consiste num elemento eletrónico que reage perante a luz,
transmitindo mais ou menos eletricidade, de acordo com a intensidade e a cor
da luz que recebe; é um autêntico olho eletrónico. É bastante comum, talvez
até tenha um sem o saber: na sua câmara de vídeo, no seu fax, na sua câmara
fotográfica digital, etc.
106
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
Princípio de funcionamento de um scanner.
A qualidade final da digitalização dependerá fundamentalmente da qualidade
do CCD; todos os outros elementos podem fazer um trabalho melhor ou pior,
mas, se a imagem não for captada com fidelidade, nenhuma operação posterior
conseguirá resolver o problema. Tendo isso em conta, também é preciso considerar a qualidade do DAC, uma vez que de nada serve captar a luz, com muita
precisão, se perdermos muita dessa informação ao transformar o caudal elétrico em bits.
Imagem de um CCD.
107
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
2.4.4.2. Elementos de um scanner
É apresentada, de seguida, uma série de imagens com os elementos principais
que compõem um scanner.
Na imagem é possível ver um scanner, de mesa, tamanho A4.
Os principais componentes de um scanner são:
108

Conversor (matriz CCD).

Espelho.

Cabeça.

Display de cristal.

Lâmpada.

Lentes.

Tampa.

Filtros.

Motor de passo.
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS

Barra estabilizadora.

Correia do motor.

Fonte de alimentação.

Interface.

Circuito de controlo.
Na imagem seguinte, pode ver a cabeça do scanner, que percorre o scanner de
cima para baixo, quando está em funcionamento.
Na imagem seguinte, pode ver o detalhe da junção da cabeça com a barra
estabilizadora.
109
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
A imagem seguinte apresenta a unidade de espelho e lentes para reflexão e
receção da luz, a ser captada pelo CCD.
A figura seguinte apresenta o caminho do feixe de luz, desde a lâmpada (círculo)
até ao CCD (quadrado).
110
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
Finalmente, pode ver uma imagem do motor de passo e do sistema de correias
dentadas que provocam o movimento da cabeça através da barra estabilizadora.
2.4.4.3. A resolução
Não é possível continuar esta explicação sem definir este termo, um dos parâmetros mais utilizados (por vezes até demasiado) na hora de determinar a qualidade de um scanner. A resolução (medida em ppp, pontos por polegada)
pode ser definida como o número de pontos individuais de uma imagem que
um scanner é capaz de captar, apesar de, na realidade, não ser algo assim tão
simples.
A resolução assim definida será a resolução ótica ou real do scanner. Assim,
quando falamos de um scanner com uma resolução de “300x600 ppp” estamos
a dizer que, em cada linha horizontal com uma polegada (2,54 cm) é possível
captar 300 pontos individuais, enquanto na vertical chega aos 600 pontos; como neste caso, geralmente a resolução horizontal e a vertical não coincidem,
sendo maior (tipicamente o dobro) a vertical.
111
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
Esta resolução ótica é fornecida pelo CCD e é a mais importante, uma vez que
implica os limites físicos de qualidade que se podem alcançar com o scanner.
Por isso, um método comercial muito típico é referir apenas o maior dos dois
valores, descrevendo um aparelho de 300x600 ppp como “um scanner de 600
ppp” ou um aparelho de 600x1.200 ppp como “um scanner de 1.200 ppp”; É
preciso ter em conta que a diferença pode significar o quádruplo dos pontos.
Há também a resolução interpolada; consiste em superar os limites impostos
pela resolução ótica (300x600 ppp, por exemplo) através da estimativa matemática de quais poderiam ser os valores dos pontos, adicionados à imagem com o
software. Por exemplo, se o scanner captar fisicamente dois pontos contíguos,
um branco e outro negro, pode estimar-se a captação de um ponto extra entre
ambos, que seria de um tom de cinzento. Desta forma, podemos alcançar resoluções absurdamente altas, até 9.600x9.600 ppp, apesar de, na realidade, não
obtermos mais informações reais do que as proporcionadas pela resolução
ótica máxima do aparelho. Evidentemente, este valor é o que mais agrada aos
publicitários de scanners.
Por último, a própria resolução de digitalização, aquela que é selecionada para
captar uma imagem correta. O seu valor vai desde um determinado mínimo
(tipicamente 75 ppp) até o máximo da resolução interpolada. Neste caso, o valor
é sempre idêntico para a resolução horizontal e vertical. Caso contrário, a imagem teria dimensões deformadas.
2.4.4.4. As cores e os bits
Quando falamos de imagens, digitais ou não, a cor é de uma importância vital.
Uma fotografia a cores é muito mais agradável de ver do que uma em tons de
cinzento; um gráfico colorido é sempre muito mais interessante do que um a
preto e branco; até mesmo um texto em que a epígrafe ou as conclusões têm
uma cor destacada fica menos monótono e convida à sua leitura.
No entanto, digitalizar os infinitos tons que uma fotografia pode conter não é
um processo simples. Todos os scanners captam até 16,7 milhões de cores
diferentes numa única passagem e alguns chegam mesmo aos 68 719 milhões
de cores.
112
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
Para entendermos como se chega a estes valores astronómicos é preciso perceber como é que os computadores atribuem cores às imagens. Em todos os
computadores utiliza-se o denominado sistema binário, que é um sistema matemático em que a unidade superior não é 10, como no sistema decimal a que
estamos habituados, mas sim 2. Um bit qualquer pode, por isso, ter 2 valores,
que podem representar cores (branco e negro, por exemplo); se, em vez de
1 bit, tivermos 8, os valores possíveis são 2 elevado a 8 = 256 cores; se forem 16
bits, 2 elevado a 16 = 65 536 cores; se forem 24 bits, 2 elevado a 24 =
16 777 216 cores, etc.
Assim, “uma imagem com 24 bits de cor” é uma imagem em que cada ponto
pode ter até 16,7 milhões de cores diferentes; esta quantidade de cores é considerada suficiente para quase todas as utilizações normais de uma imagem,
devendo ser denominada de cor real.
2.4.4.5. Quanto ocupa uma imagem?
Para saber exatamente qual vai ser o tamanho da imagem, devemos usar a
seguinte fórmula:
Tamanho da imagem (KB) = L x A x RH x RV x bits/8.192
Em que L e A são as dimensões da imagem em polegadas (uma polegada = 2,54
cm) e RH e RV as resoluções horizontal e vertical, respetivamente. Vejamos um
exemplo rápido: uma imagem DIN-A4 (aproximadamente 11,7x8,3 polegadas)
digitalizada a 300 ppp (300x300) com 24 bits de cor (cor real) ocupa 25 490 KB
(cerca de 25 MB).
Para terminar este tema, poderá analisar esta tabela que ilustra a quantidade
de memória RAM ocupada por alguns exemplos típicos, com diferentes resoluções e cores:
113
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
Tipo de material
Fotografia 10x15 cm
Texto ou desenho a preto e
branco tamanho DIN-A4
Destino
Método de
digitalização
Tamanho em
RAM
Ecrã
75 ppp / 24 bits
0,4 MB
Impressora preto e
branco
300 ppp / 8 bits
2 MB
Impressora a cores
300 ppp / 24 bits
6 MB
Ecrã
75 ppp / 1 bit
66 KB
Impressora
300 ppp / 8 bit
8 MB
OCR
300 ppp / 1 bit
1 MB
Ecrã
75 ppp / 24 bits
1,6 MB
Impressora
300 ppp / 24 bits
25 MB
Fotografia DIN-A4 a cores
É importante realçar que, em muitos casos, são utilizadas escalas de 256 cinzentos (8 bits) para representar mais fielmente materiais a preto e branco com
margens muito definidas ou letras pequenas.
O scanner é um dispositivo de entrada que consegue
obter uma representação digital de qualquer imagem
impressa. Parece-se com uma fotocopiadora e funciona da mesma maneira. Um scanner converte fotografias, desenhos, textos e outras informações imprensas em padrões de bits que podem ser armazenados e manipulados na memória do computador
com o software apropriado.
114
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
2.4.4.6. Formatos de scanner
Fisicamente há vários tipos de scanner, cada um com as suas vantagens e desvantagens:

De mesa ou planos: são os modelos mais apreciados devido à sua boa
relação preço/desempenho, apesar de também serem os periféricos
mais incómodos na altura de escolher a sua localização devido ao seu
tamanho. No entanto, são os modelos mais versáteis, permitindo digitalizar fotografias, folhas soltas, jornais, livros encadernados e até mesmo
transparências, dispositivos ou negativos, com os adaptadores adequados. O tamanho de digitalização mais comum é o DIN-A4, apesar de
existirem modelos para A3 e até para mais (ainda que com preços mais
proibitivos).
Scanner de mesa com alimentador de documentos.

De mão (obsoletos): são os scanners “portáteis”, com tudo de bom e
de mau que isso implica. Antigamente eram os únicos modelos a preços acessíveis ao utilizador, uma vez que os de mesa eram extremamente caros; esta situação alterou-se tanto que os scanners de mão
estão quase em vias de extinção.
A sua extinção deve-se às limitações que apresentam em relação ao
tamanho do original a digitalizar (geralmente o comprimento não faz
diferença, mas só pode ter um pouco mais de 10 cm de largura), à sua
velocidade reduzida, assim como à falta de cor nos modelos mais
económicos. Além disso, quase nenhum tem um motor para percorrer a folha, por isso tem de ser o utilizador a passar o scanner sobre a
superfície a digitalizar. Isto parece realmente incomodativo, mas é eficaz para digitalizar rapidamente fotografias de livros encadernados,
artigos de jornais, faturas e todo o tipo de pequenas imagens sem o
estorvo causado por um scanner plano.
115
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS

Scanner de cilindro: modelos baseados num sistema muito semelhante
ao dos aparelhos de fax: um cilindro de borracha motorizado arrasta-se
pela folha, fazendo-a passar por uma ranhura onde está situado o elemento que capta a imagem.
Este sistema implica que os originais sejam folhas soltas, limitando
muito a sua utilização ao não permitir digitalizar livros encadernados
sem realizar antes uma fotocópia. Tem como vantagem o facto de
ocupar muito pouco espaço, havendo até modelos que estão
integrados na parte superior do teclado; como desvantagem tem o
facto de a resolução raramente superar os 400x800 pontos, apesar de
ser um valor mais do que suficiente para trabalhar com folhas soltas.

Modelos especiais: além dos híbridos de cilindro e de mão, há outros
scanners destinados a aplicações concretas; por exemplo, os destinados a digitalizar exclusivamente fotografias, negativos ou diapositivos,
aparelhos com resoluções reais na ordem dos 3.000x3.000 ppp, que
muitas vezes se assemelham mais a um CD-ROM (com bandeja e tudo)
do que a um scanner clássico; ou ainda a caneta-scanner, utensílio com
a forma e tamanho de um lápis ou de um marcador fluorescente que
digitaliza o texto percorrido e que, por vezes, até o traduz para outro
idioma.
2.4.4.7. SCSI ou USB?
Esta é uma das grandes perguntas a fazer quando se pretende adquirir um
scanner. A forma de ligar um periférico ao computador é sempre importante,
pois pode afetar o rendimento do dispositivo, a sua facilidade de utilização ou
instalação e, obviamente, o seu preço.
SCSI
São, sem dúvida, a opção profissional. Um scanner SCSI (lido “scasi”) é sempre
mais caro do que o seu equivalente com conector paralelo e fica muito mais
caro do que modelos de resolução superior, mas que utilizam outro conector.
A utilidade da conexão SCSI deriva de dois atributos importantes: velocidade e
poucos requisitos de microprocessador.
116
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
Scanner com conexão SCSI e USB.
A outra qualidade da SCSI está relacionada com a velocidade. Trata-se do facto
de essa transferência se realizar sem que o microprocessador fique apenas a
executar essa tarefa. É possível ir digitalizando imagens enquanto são realizadas
outras tarefas, agilizando assim o trabalho. Num scanner paralelo é muito normal o rendimento do computador baixar tanto enquanto se realiza uma digitalização que não vale a pena fazer mais nada até o processo ser finalizado.
Mas nem tudo são vantagens. Os scanners SCSI (e, geralmente, todos os dispositivos SCSI) têm uma desvantagem: o seu preço elevado, justificável devido ao
aumento no desempenho e à necessidade de incluir uma placa controladora
SCSI, uma vez que poucos computadores têm uma.
USB
Esta é a ligação mais utilizada em scanners.
De um modo geral, pode dizer-se que os scanners USB se situam num ponto
intermédio na relação qualidade/preço. A sua facilidade de instalação é quase
insuperável, uma vez que se baseia no famoso Plug and play (liga-se e está a
funcionar) que funciona quase sempre; todos os computadores modernos têm
USB incorporada.
Trata-se, afinal, de uma solução claramente dirigida ao uso doméstico ou em
escritórios.
117
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
2.4.4.8. A interface TWAIN
Apesar de se tratar de um tema relacionado estritamente com o software (os
programas), podemos fazer uma breve referência a este elemento e em que
consiste. Trata-se de uma norma que foi definida para que um scanner possa
ser usado por qualquer programa de forma padronizada e até mesmo com a
mesma interface para a aquisição da imagem.
Há alguns anos ainda existia um número relativamente alto de aparelhos que
usava outros métodos próprios, mas, atualmente, pode dizer-se que todos os
scanners normais utilizam este protocolo, pelo que os fabricantes só devem
preocupar-se em proporcionar o controlador TWAIN apropriado.
Deixando de parte as livrarias DLL e outros temas técnicos, a parte que o utilizador vê do standard TWAIN é a interface de aquisição de imagens. Trata-se de
um programa em que podemos controlar, de forma visual, todos os parâmetros
da digitalização (resolução, número de cores, brilho …), além de permitir definir
o tamanho da zona que queremos processar.
Se a fidelidade da cor é um fator importante, um dos parâmetros que deve ser
modificado nesta interface é o controlo de gama, ajustando assim a gama de cores que o scanner capta, que o monitor apresenta ou que a impressora imprime.
Para mais informações, recomenda-se a consulta da documentação do scanner.
Exemplo de interface TWAIN.
118
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
2.4.4.9. Principais características
As principais características de um scanner são:

O método de digitalização, ou seja, a forma como o scanner acede às
informações do texto ou imagem a digitalizar. Normalmente, é de uma
única passagem.

O tipo de interface de comunicações, quer seja USB ou SCSI.

O modo de digitalização, número de bits e de cores.

A resolução, número de pontos por polegada, pode ser real ou interpolada.
2.4.4.10. O OCR
Trata-se de uma das aplicações mais comuns dos scanners. OCR é a sigla de
Optical Character Recognition, reconhecimento ótico de caracteres ou, mais
simplesmente, como ensinar o computador a ler.
Se pensar um pouco no processo de digitalização descrito anteriormente, apercebe-se de que, ao digitalizar um texto não se digitalizam letras, palavras e frases, mas simplesmente os pontos que as formam, uma espécie de fotografia do
texto. Evidentemente, isto pode ser útil para arquivar textos, mas seria desejável
conseguir captar todas essas referências tão interessantes, mas tão pesadas, e
incorporá-las no processador de texto, não como uma imagem, mas como texto
editável.
O ideal seria que o computador soubesse ler como nós. Mas isso é o que faz o
OCR: é um programa que lê essas imagens digitais e procura conjuntos de pontos que se assemelhem a letras, a caracteres. Dependendo da complexidade do
programa, este entenderá mais ou menos tipos de letras, chegando em alguns
casos a interpretar a escrita manual, a manter o formato original (colunas, fotografias entre o texto...) ou a aplicar regras gramaticais para aumentar a exatidão
do processo de reconhecimento.
119
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
Para que o programa seja capaz de realizar estas tarefas com uma certa fiabilidade, sem confundir “t” com “1”, por exemplo, a imagem proporcionada deve
obedecer a determinadas características. Basicamente, deve ter uma resolução
elevada, cerca de 300 ppp para textos com tipos de letra claros ou 600 ppp para tipos de letra pequenos ou originais com pouca qualidade, como jornais. Podemos poupar no aspeto da cor: o preto e branco são quase sempre suficientes
(1 bit de cor) ou no máximo uma escala de 256 gradações de cinzentos (8 bits).
Por este motivo, alguns scanners de cilindro (muito apropriados para este tipo
de tarefas) precisam de suporte para cor.
A interface TWAIN é uma norma definida para que
qualquer scanner possa ser usado por qualquer
programa de uma forma padronizada e até com a
mesma interface para a aquisição de imagem.
2.4.5. DIGITALIZADOR DE ÁUDIO
Contém circuitos que permitem digitalizar sons de microfones e outros dispositivos de som. Os sons digitalizados podem ser armazenados na memória e modificados através de software específico. Para que o computador interprete corretamente a entrada da voz digitalizada, como se fossem palavras, é necessário
software de inteligência artificial.
2.4.6. DIGITALIZADOR DE VÍDEO
O equivalente digital do digitalizador de áudio. É formado por um grupo de circuitos que consegue captar entradas de uma câmara de filmar ou de outras
fontes de vídeo e convertê-las num sinal digital que pode ser armazenado na
memória e apresentado no ecrã do computador.
120
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
2.4.7. MICROFONE
É um dispositivo de entrada que converte sinais acústicos em sinais elétricos
que são usados pela placa de som do computador para os amplificar ou gravar,
e é muito utilizado nos PC.
2.4.8. CANETA ÓTICA
Permite introduzir informações através de ligeiros toques no próprio ecrã. Baseia-se na deteção da luminosidade no ecrã. Este dispositivo é muito parecido
com uma caneta comum, mas que está conectada a um fio elétrico e que requer um software especial. Fazendo com que a caneta toque no monitor, o utilizador pode escolher comandos dos programas (o equivalente a um clique no
rato), tal como pressionar um botão num lado da caneta ótica ou pressioná-la
contra a superfície do ecrã.
A caneta ótica não requer um ecrã nem um revestimento especial como é o
caso do ecrã tátil, mas tem a desvantagem de se tornar muito cansativo para o
utilizador tentar manter a caneta sobre o ecrã por muito tempo.
Há sistemas que utilizam uma espécie de mesa ou tapete, que simula o espaço
do ecrã em forma horizontal, tornando a sua utilização muito mais cómoda.
Pode ver na figura seguinte uma caneta deste tipo.
Caneta ótica.
121
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
2.4.9. ECRÃ TÁTIL
Corresponde ao monitor que reage ao toque no ecrã e envia informações ao
computador do local onde houve contacto. As aplicações mais populares destes dispositivos são os smartphones, os tablets, os quiosques informativos, o
equipamento industrial e os pontos de venda.
2.4.10. MESA GRÁFICA
Trata-se de uma mesa sobre a qual se pode desenhar ou escrever, usando uma
caneta eletrónica. A sua vantagem sobre o rato encontra-se na precisão que
podemos alcançar e no facto de não ser necessário aparecerem no ecrã as várias opções do programa. Podem ser reservados vários espaços na própria mesa para cada uma delas, como se fosse a palete de um pintor.
O nome mesa gráfica deriva precisamente da sua utilização intensiva em aplicações gráficas, como o desenho assistido por computador (o famoso CAD-CAM),
a manipulação de fotografias ou imagens de vídeo e a criação de espetaculares
efeitos especiais que se veem cada vez mais no cinema.
Podemos encontrar dois tipos de mesas gráficas, de acordo com o dispositivo a
utilizar sobre estas:
122

Com ponteiro tipo caneta, utilizadas em aplicações de desenho gráfico, infografia, etc.

Com dispositivo sinalizador, utilizadas frequentemente em aplicações
de engenharia. É um instrumento parecido com um rato que contém
botões para a seleção de elementos e comandos e que dispõe de uma
secção de plástico transparente anexada a um dos extremos e sobre a
qual se encontra um par de linhas impressas, sob a forma de uma cruz.
A interseção dos fios cruzados no cursor aponta para uma posição na
mesa gráfica que corresponde a uma posição específica no ecrã. Uma
vez que a cruz se encontra sobre uma superfície transparente, o utilizador pode copiar a silhueta de um desenho colocando-o entre a mesa
gráfica e o cursor e seguindo o contorno do desenho.
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
Dispositivo sinalizador.
Agora, é possível comprar um destes periféricos por um preço acessível e vale
realmente a pena se tivermos jeito para o desenho. Também são ideais para
trabalhos de rotulagem e de tipografia.
O programa que controla a mesa deteta a pressão da caneta, gerando traços de
espessura variável – tal como faria uma caneta ou um pincel real sobre o papel,
ou aplica cor e texturas com maior ou menor intensidade. A sensação é a de
trabalhar com meios naturais. Só que aqui não já sujidade, erros irreversíveis ou
caminhos fixos.
Uma mesa gráfica permite aproveitar muito melhor as ferramentas de desenho
incluídas nos programas, especialmente os pincéis artísticos e as canetas caligráficas. Assim, é o melhor acessório para um programa como o Illustrator ou o
Expression. Na realidade, para qualquer um deles (Corel, Xara, Freehand, Fireworks...), uma vez que todos têm uma ferramenta de desenho à mão, que
beneficiará das qualidades da mesa gráfica.
Os periféricos de entrada são imprescindíveis em
qualquer computador, como elementos de interação
para introduzir informações neste.
123
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
2.5. PERIFÉRICOS DE SAÍDA
Os periféricos de saída são os dispositivos através dos quais o computador
apresenta a informação ao utilizador. Existe uma grande variedade de dispositivos de saída, tantos quantas as formas possíveis de representar a informação.
No entanto, a representação da informação é realizada fundamentalmente de
duas maneiras:

De forma gráfica.

De forma impressa.
Assim, os dispositivos de saída mais utilizados em todos os computadores são
os monitores para a representação da informação no ecrã, e as impressoras,
para a apresentação impressa da informação.
2.5.1. O MONITOR
Este dispositivo permite ao utilizador de um computador ver os caracteres no
momento de os teclar, mas também serve como dispositivo de saída para receber mensagens do computador.
Os monitores dividem-se em várias vários tipos.
Monitor TFT.
124
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Um fator importante nos monitores é o seu tamanho, que se mede em polegadas (").
2.5.2. IMPRESSORAS
A saída visualizada por um monitor é imediata, mas temporária. Uma impressora permite obter uma cópia física em papel de qualquer informação que
apareça no ecrã.
Há uma grande variedade de impressoras, diferenciando-se principalmente pela
velocidade de impressão (caracteres por segundo 'cp’ ou páginas por segundo
'pps') e qualidade de impressão (pontos por polegada 'ppp').
As impressoras mais utilizadas são:

Matriciais: são compostas por agulhas que colidem com uma fita (como a das máquinas de escrever) realizando, assim, a impressão. São
lentas e não muito boas para gráficos e cores. São boas quando temos
de realizar várias cópias de uma só vez.

Jato de tinta: são as mais vendidas e têm injetores que lançam a tinta
para o papel. Isto torna-as mais silenciosas do que as de matriz de ponto. Oferecem uma boa qualidade de impressão e são mais rápidas do
que as anteriores. São boas para gráficos e fotografias.
Impressora de injeção de tinta.
125
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS

Laser: são as melhores, mas também são as mais caras. Funcionam com
um laser e um toner (como o das fotocopiadoras). Um raio laser cria padrões de cargas elétricas num tambor giratório; estes padrões atraem
um toner negro e transferem-no para o papel, conforme o tambor.
2.5.3. PLOTTER OU TRAÇADOR GRÁFICO
Este dispositivo é utilizado para imprimir plantas, projetos e gráficos. Até há alguns anos tinham uma série de penas que realizavam traços contínuos sobre o
papel com grande precisão. Suportam formatos de papel maiores do que as
impressoras e utilizam a mesma tecnologia das impressoras de jato.
Plotter ou traçador gráfico.
2.5.4. COLUNAS
Nem todas as saídas dos computadores são visuais; estas também podem
produzir sons. Os sintetizadores, que são um pouco mais do que computadores especializados e cujo desenho permite gerar sons eletrónicos, servem para
gerar música.
Estes dispositivos são utilizados para ouvir música e sons. Podem ser ligados a
equipamentos de música normais.
As colunas do PC devem ser amplificadas (10 watts é suficiente).
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Sistema de colunas para PC.
Há colunas de todos os tamanhos e modelos. Podem ser colocados ao lado do
monitor ou anexados, ao mesmo, através de suportes.
Podemos dividir os sistemas de colunas de acordo com o número de canais
para que são concebidos.
Há sistemas 2.1, compostos por duas colunas estéreo, que podem também
incluir um subwoofer para a reprodução de sons graves.
Os sistemas de 4.1 utilizam quatro colunas e um subwoofer e os de 5.1 utilizam
mais uma coluna satélite. Estes sistemas são concebidos para complementar as
placas de som que produzem.
127
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
2.5.4.1. Pontos a ter em conta na escolha de um sistema de som
O primeiro ponto a considerar não é sobre o som, mas sim sobre a placa de
som do computador. Com uma placa simples, sem efeitos, como Dolby Surround, DTS ou THX, mesmo depois de adquirir um sistema de som de 5.1 canais, não será conseguido nenhum dos efeitos desejados. Por isso, se quiser
obter esse tipo de efeitos, deve primeiro adquirir uma placa que os produza,
uma vez que as colunas só se encarregam de processar esse sinal para que se
converta em som. Um sistema de som 3D é imprescindível se quiser desfrutar
ao máximo de filmes em DVD ou de jogos com efeitos sonoros.
Uma vez comprovada a compatibilidade com a placa de som, pode concentrarse nas especificações dos diferentes modelos, sendo a potência uma das mais
importantes. Podem diferenciar-se dois tipos: PMPO e RMS. PMPO é a potência
de saída suportada, de forma contínua, por uma coluna a uma frequência determinada, sem importar o nível de distorção que alcança, e RMS é a potência
que as colunas conseguem alcançar sem alcançarem um nível de distorção específico. Diferenciá-las é importante, uma vez que são as duas medidas com a
mesma unidade, mas não representam o mesmo.
Alguns sistemas de som, geralmente os de gama alta, incluem uma série de
complementos que facilitam a sua utilização. O comando à distância serve para
controlar parâmetros ajustáveis como o volume, a equalização, etc. Os sistemas
4.1 e 5.1 costumam incluir suportes para as colunas satélite que estão localizados atrás do espectador.
Há sistemas de som especificamente concebidos para serem utilizados com determinadas consolas de
vídeo, suportando os efeitos de som utilizados por
estes jogos. Também podem ser utilizados diretamente com um DVD doméstico, para aproveitar totalmente os efeitos proporcionados, sem terem de
estar ligados ao computador.
128
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
Podem ser encontradas algumas colunas sem fios que utilizam a tecnologia de
radiofrequência. Assim, pode colocá-la em qualquer parte sem ter de pensar se
os cabos vão chegar e por onde passá-los para que não incomodem. Tem apenas
de colocar um recetor, conectado ao computador, que transmite o sinal num
rádio de determinado alcance, dentro do qual é possível colocar as colunas.
Para os utilizadores de computadores portáteis também foram criados sistemas que permitem desfrutar do melhor som, sem perder a característica mais
importante: a portabilidade. São colunas compactas que podem ser facilmente
transportadas para perto do computador e que são capazes de reproduzir
efeitos de som 3D.
Sistema de colunas para portátil.
As ligações das colunas cumprem alguns padrões, como o mini jack (conector
amplamente utilizado para conexões de som), RCA, ou conexões digitais (para
as quais as colunas incluem um conversor digital-analógico ou DAC).
Os periféricos de saída são os dispositivos através
dos quais o computador apresenta a informação ao
utilizador. Existe uma grande variedade de dispositivos de saída, tantos quantas as formas possíveis de
representar a informação. No entanto, a representação da informação é fundamentalmente realizada de
duas formas:
 De forma gráfica.
 De forma impressa.
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2.6. PERIFÉRICOS DE COMUNICAÇÃO
Os periféricos de comunicação (ou entrada/saída) são os utilizados pelo computador, tanto para enviar como para receber informações.
2.6.1. MODEM
Modem (modulador/demodulador de frequências): pode ser utilizado para o
computador conseguir comunicar com o resto do mundo. Em poucas palavras,
é um dispositivo que converte os sinais digitais do PC em sinais analógicos e
vice-versa, o que permite ao PC transmitir e receber informações, para poder
utilizar a Internet e os seus serviços.
Há modems externos, que são ligados através de um cabo numa das entradas
USB disponíveis. Os modems internos são placas que se colocam numa ranhura da placa principal.
O modem converte o sinal digital (0s,1s) do computador em sinal analógico
(contínuo “elétrico”) e vice-versa. A sua principal característica é a velocidade de
transferência, ou seja, o tempo que demora a enviar uma determinada quantidade de informação. Essa quantidade é medida em bits por segundo (“bauds”).
Com o advento das redes, o modem caiu quase em desuso.
Modelo de modem externo.
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IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
Um modem é um dispositivo que permite a transmissão e receção de informação binária (ou seja, dados do computador) através de um meio analógico.
Para conseguir concretizar este processo, é necessário converter o sinal digital em analógico e vice-versa;
essa é a função do modem.
2.6.1.1. A importância do UART
Possivelmente, o componente mais importante de um modem é o chip UART
(Universal Asynchronous Receiver/Transmitter), responsável pela transmissão
dos dados.
2.6.1.2. ADSL
ADSL é a sigla de Asymmetric Digital Subscriber Line ("Linha de Subscrição Digital Assimétrica"). Consiste numa linha digital de alta velocidade, apoiada num
par trançado de cobre que leva a linha telefónica convencional ou linha de
subscrição.
Trata-se de uma tecnologia de acesso à Internet banda larga, o que implica a
capacidade de transmitir mais dados. Tal, por sua vez, traduz-se numa maior
velocidade.
Esta linha denomina-se assimétrica pelo facto de as velocidades de descida/subida de dados (entendendo-se por descida a chegada dos dados ao utilizador e por subida o envio de dados do utilizador para a rede) não coincidirem.
Normalmente, a velocidade de descida é superior à de subida.
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IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
Conexão ADSL.
Numa linha ADSL são estabelecidos três canais de comunicação, que são o de
envio de dados, o de receção de dados e o de serviço telefónico normal.
Em alguns países, foram implementados desenvolvimentos como ADSL2 e
ADSL2+, com capacidade para fornecer serviços de televisão e vídeo, de elevada
qualidade, através do par telefónico, o que promete vir a ser um concorrente de
peso para os operadores telefónicos e de cabo, assim como o aparecimento de
ofertas integradas de voz, dados e televisão.
ADSL
ADSL2
ADSL2+
Largura de banda de descida
0.5 MHz
1.1 MHz
2.2 MHz
Velocidade máxima de subida
1 Mbps
1 Mbps
1.2 Mbps
Velocidade máxima de descida
8 Mbps
12 Mbps
24 Mbps
Distância
2 Km
2.5 Km
2.5 Km
Tempo de sincronização
10 a 30 segundos
3 segundos
3 segundos
Correção de erros
Não
Sim
Sim
Versões de ADSL.
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IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
Tarifários
Ao contratar ADSL, é preciso ter em conta determinados aspetos, tais como:

Se há uma obrigação de permanência.

Se inclui ou não chamadas.

Se inclui o router WiFi.

Resta dizer que a ADSL é um serviço que provém da tecnologia DSL e
há muitos destes serviços, sendo por isso denominados de XDSL.
Os periféricos de comunicação (ou de entrada/saída)
são os que utilizam o computador tanto para enviar
como para receber informações através deles.
2.6.1.3. RDIS (em desuso)
A RDIS (Rede Digital Integrada de Serviços) ou ISDN em inglês, é um sistema de
conexão digital que permitia (à data da sua criação) alcançar elevadas taxas de
transferência; era a opção ideal para, por exemplo, realizar videoconferências a
nível profissional. No entanto, e do ponto de vista do utilizador, tinha uma desvantagem muito importante: o preço.
Era necessária uma placa RDSI e requisitar a instalação da linha digital em casa.
Para ligar à Internet era preciso contratar, com o fornecedor, o acesso através
de RDIS.
133
IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
Esquema de uma rede RDSI.
De acordo com a UIT-T, a RDIS evoluiu da Rede Digital Integrada (RDI) e facilitava
ligações digitais ponto-a-ponto para proporcionar uma ampla gama de serviços,
tanto de voz como de outros tipos, e a que os utilizadores acediam através de
um conjunto de interfaces normalizadas.
Podemos, então, dizer que foi uma rede que surgiu como evolução da rede telefónica existente que, ao oferecer ligações digitais ponto-a-ponto, permitiu a integração de uma variedade de serviços num único acesso, independentemente da
natureza da informação a transmitir e do equipamento terminal que a geria.
No estudo da RDSI foram definidos os denominados pontos de referência que
servem para delimitar cada elemento da rede. Estes eram chamados R, S, T, U e
V, sendo o U o correspondente ao par de fios de cobre da linha telefónica entre
a central e a casa do utilizador, ou seja, entre a central e o terminal de rede TR1.
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IMPRESSORAS E PERIFÉRICOS
CONCLUSÃO
Os periféricos são os dispositivos responsáveis por fazer a comunicação do
computador com o “exterior”.
Há vários tipos de periféricos (entrada, saída e armazenamento).
Os periféricos, como todos os outros componentes do computador, estão em
constante evolução, sendo este fator essencial para o desempenho do mesmo.
Uma impressora é um periférico de saída, cuja função é passar para o papel o
que se encontra no computador (imagens, textos, etc.).
Há impressoras monocromáticas e a cores (embora as primeiras já se encontrem obsoletas). Também podem ser do tipo matriciais ou de agulhas, jato
de tinta ou laser.
Aquando da escolha da impressora, deve ter-se em conta a sua finalidade, pois
o tipo de impressora e qualidade de impressão dependem dessa finalidade que
lhe atribuímos.
135
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AUTOAVALIAÇÃO
Clique aqui para realizar a autoavaliação desta unidade.
No final, obterá a classificação de forma automática.
Também pode aceder ao questionário através deste código QR:
Bom trabalho!
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PROPOSTAS DE DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO
Preparámos para si este jogo interativo onde pode testar alguns dos conhecimentos sobre os conceitos que adquiriu na unidade didática.
Clique aqui para usufruir de uma forma descontraída para validar os seus
conhecimentos.
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BIBLIOGRAFIA

Gouveia, J. & Magalhães, A. (2011), Curso Técnico de Hardware, 7.ª Edição Atualizada e Aumentada. FCA.

Prowse, D. (2016), Comptia A+ 220-901 220-902 Exam CRAM. Pearson IT
Certification.

Segmentos e Datagramas – Simplificando a informática em português.
Disponível em:
https://segmentosedatagramas.wordpress.com.
Página consultada a 20 de janeiro de 2021.
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