Licença de uso exclusivo para Target Engenharia e Consultoria S/C Ltda. Cópia impressa pelo sistema CENWEB em 28/11/2003 NOV 2003 NBR IEC 60269-1 Dispositivos-fusíveis de baixa tensão Parte 1: Requisitos gerais ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas Sede: Rio de Janeiro Av. Treze de Maio, 13/28º andar CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680 Rio de Janeiro - RJ Tel.: PABX (21) 3974-2300 Fax: (21) 2240-8249/2220-6436 Endereço eletrônico: www.abnt.org.br Copyright © 2003, ABNT–Associação Brasileira de Normas Técnicas Printed in Brazil/ Impresso no Brasil Todos os direitos reservados Origem: Projeto 03:032.02-014:2002 ABNT/CB-03 - Comitê Brasileiro de Eletricidade CE-03:032.02 - Comissão de Estudo de Fusíveis de Baixa-Tensão NBR IEC 60269-1 - Low-voltage fuses - Part 1: General requirements Descriptor: Fuse Esta Norma é equivalente à IEC 60269-1:1998 e corrigendum 1:2000 Esta Norma cancela e substitui a NBR 11840:1991 Válida a partir de 29.12.2003 Palavra-chave: Dispositivo-fusível 48 páginas Sumário Prefácio 1 Generalidades 1.1 Objetivo e campo de aplicação 1.2 Referências normativas 2 Definições 2.1 Dispositivos-fusíveis e seus componentes 2.2 Termos gerais 2.3 Grandezas características 3 Condições normais de serviço 3.1 Temperatura do ar ambiente (Ta) 3.2 Altitude 3.3 Condições atmosféricas 3.4 Tensão 3.5 Corrente 3.6 Freqüência, fator de potência e constante de tempo 3.7 Condições de instalação 3.8 Categoria de utilização 3.9 Seletividade dos dispositivos-fusíveis 4 Classificação 5 Características dos dispositivos-fusíveis 5.1 Resumo das características 5.2 Tensão nominal 5.3 Corrente nominal 5.4 Freqüência nominal 5.5 Potência dissipada nominal do fusível e potência admissível nominal para conjunto base e porta-fusível 5.6 Limites das características tempo-corrente 5.7 Faixa de interrupção e capacidade de interrupção 5.8 Características da corrente de corte e I2t 6 Marcações 6.1 Marcações dos conjuntos base e porta-fusível 6.2 Marcações do fusível 6.3 Símbolos de identificação Licença de uso exclusivo para Target Engenharia e Consultoria S/C Ltda. 2 Cópia impressa pelo sistema CENWEB em 28/11/2003 NBR IEC 60269-1:2003 7 Condições normalizadas de construção 7.1 Projeto mecânico 7.2 Propriedades dielétricas 7.3 Elevação de temperatura, potência dissipada do fusível e potência admissível do conjunto base e porta-fusível 7.4 Operação 7.5 Capacidade de interrupção 7.6 Característica da corrente de corte 7.7 Características I2t 7.8 Seletividade dos dispositivos-fusíveis em relação à sobrecorrente 7.9 Proteção contra choques elétricos 7.10 Resistência ao calor 7.11 Resistência mecânica 7.12 Resistência à corrosão 7.13 Resistência ao aquecimento anormal e ao fogo 7.14 Compatibilidade eletromagnética 8 Ensaios 8.1 Generalidades 8.2 Verificação das propriedades dielétricas 8.3 Verificação da elevação de temperatura e potência dissipada 8.4 Verificação de operação 8.5 Verificação da capacidade de interrupção 8.6 Verificação da característica da corrente de corte 8.7 Verificação das características l2t e seletividade 8.8 Verificação do grau de proteção dos invólucros 8.9 Verificação da resistência ao calor 8.10 Verificação da não deterioração dos contatos 8.11 Ensaios mecânicos e diversos Figuras ANEXO A (informativo) ANEXO B (informativo) ANEXO C (informativo) ANEXO D (informativo) Determinação do fator de potência 2 Cálculo dos valores I t de fusão para fusíveis “gG”, “gM”, “gD” e “gN” Cálculo da característica tempo-corrente de corte Influência da temperatura do ar ambiente e das condições de instalação no funcionamento dos fusíveis Prefácio A ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros). Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ABNT/ONS, circulam para Consulta Pública entre os associados da ABNT e demais interessados. Esta Norma foi elaborada em conjunto com as NBR IEC 60269-2, NBR IEC 60269-3 e NBR IEC 60269-3-1. 1 Generalidades 1.1 Objetivo e cam po de aplicação Esta Norma fixa as condições exigíveis para dispositivos-fusíveis limitadores de corrente, com capacidade de interrupção não inferior a 6 kA, destinados à proteção de circuitos de potência c.a., cuja tensão nominal não exceda 1 000 V, ou de circuitos c.c., cuja tensão nominal não ultrapasse 1 500 V. As partes subseqüentes às quais esta Norma se refere cobrem requisitos suplementares para dispositivos-fusíveis previstos para condições específicas de uso ou de aplicações. Convém que fusíveis destinados a serem usados em combinações chave-fusível conforme a IEC 60947-3 também satisfaçam os requisitos seguintes. NOTA 1 - Para fusíveis tipo “a”, convém que os detalhes de desempenho (ver 2.2.4) em circuitos c.c. estejam sujeitos a acordos entre usuário e fabricante. NOTA 2 - As modificações e os complementos para esta Norma, necessários para certos tipos de dispositivos-fusíveis destinados a aplicações particulares - por exemplo, certos fusíveis para veículos de tração elétrica ou para circuitos de alta freqüência - serão cobertos, se necessário, por normas separadas. NOTA 3 - Esta Norma não se aplica a dispositivos-fusíveis miniatura, que são cobertos pela IEC 60127. NBR IEC 60269-1:2003 Licença de uso exclusivo para Target Engenharia e Consultoria S/C Ltda. Cópia impressa pelo sistema CENWEB em 28/11/2003 3 Esta Norma estabelece as características dos dispositivos-fusíveis ou seus componentes (base, porta-fusível e fusível) de forma que possam ser trocados total ou parcialmente tendo as mesmas características, desde que sejam intercambiáveis. Com este propósito, esta Norma se refere em particular: - às seguintes características dos dispositivos-fusíveis: a) valores nominais; b) isolamento; c) elevações de temperatura em condições normais de serviço; d) potências dissipadas e admissíveis; e) características tempo-corrente; f) capacidade de interrupção; 2 g) características da corrente de corte e características I t. - ao ensaio de tipo para verificação das características dos dispositivos-fusíveis. - às marcações dos dispositivos-fusíveis. 1.2 Referências no rmativas As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para esta Norma. As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita a revisão, recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usarem as edições mais recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento. NBR IEC 60269-2:2003 - Dispositivos-fusíveis de baixa tensão - Parte 2: Requisitos adicionais para dispositivo-fusível para uso por pessoas autorizadas (dispositivos-fusíveis principalmente para aplicação industrial) IEC 60038:1983 - IEC standard voltages IEC 60050(411):1984 - International Electrotechnical Vocabulary (IEV) - Chapter 441:Switchgear, controlgear and fuses IEC 60127 - Cartridge fuse-links for miniature fuses IEC 60291:1969 - Fuse definitions IEC 6029lA:1974 - First supplement IEC 60364-3:1993 - Electrical installations of buildings - Part 3: Assessment of general characteristics IEC 60364-5-523:1983 - Electrical installations of buildings - Part 5: Selection and erection of electrical equipment Chapter 52: Wiring system - Section 523: Current-carrying capacities IEC 60947-3:1998 - Low-voltage switchgear and controlgear - Part 3: Switches, disconnectors, switch-disconnectors and fuse-combination units IEC 60417:1973 - Graphical symbols for use on equipment - Index, survey and compilation of the single sheets IEC 60529:1989 - Degrees of protection provided by enclosures (Code IP) IEC 60584-1:1995 - Thermocouples - Part 1: Reference tables IEC 60695-2-1/0:1994 - Fire hazard testing - Part 2: Test methods - Section 1/sheet 0: Glow-wire test methods - General IEC 60695-2-1/11994 - Fire hazard testing - Part 2: Test methods - Section 1/sheet 1: Glow-wire end-product test and guidance IEC 60695-2-1/2:1994 - Fire hazard testing - Part 2: Test methods - Section 1/sheet 2: Glow-wire flammability test on materials IEC 60692-2-1/3:1994 - Fire hazard testing - Part 2: Test methods - Section 1/sheet 3: Glow-wire ignitability test on materials ISO 3:1973 - Preferred numbers - Series of preferred numbers ISO 478:1974 - Paper - Untrimmed stock sizes for the ISO-A series - ISO primary range ISO 593:1974 - Paper - Untrimmed stock size for the ISO-A series - ISO supplementary range ISO 4046:1978 - Paper, board, pulp and related terms - Vocabulary - Bilingual edition 4 Licença de uso exclusivo para Target Engenharia e Consultoria S/C Ltda. Cópia impressa pelo sistema CENWEB em 28/11/2003 NBR IEC 60269-1:2003 2 Definições NOTA - Para as definições gerais relativas aos dispositivos-fusíveis, ver também IEC 60291 e IEC 60050-441. Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes definições: 2.1 Dispositivos-f usíveis e seus componentes 2.1.1 dispositivo-fus ível dispositivo de proteção que, pela fusão de uma parte especialmente projetada, abre o circuito no qual se acha inserido e interrompe a corrente, quando esta excede um valor especificado durante um determinado tempo. O dispositivo-fusível compreende todas as partes que o completam. 2.1.2 conjunto base e porta-fusível combinação da base e do seu porta-fusível. (Onde esta Norma utiliza o termo "conjunto base e porta-fusível", este abrange a base fusível e/ou porta-fusível, se nenhuma distinção clara for necessária) 2.1.2.1 base parte fixa de um dispositivo-fusível, com contatos, terminais e coberturas, quando aplicável. 2.1.2.2 porta-fusível parte móvel de um dispositivo-fusível na qual se instala um fusível. 2.1.3 fusível parte de um dispositivo-fusível, que deve ser substituída após a operação deste. 2.1.4 contato do dispositivo-fusível duas ou mais partes condutoras destinadas a assegurar a continuidade elétrica entre o fusível e o conjunto base e portafusível correspondente. 2.1.5 elemento-fusível componente de um fusível que deve fundir quando o dispositivo fusível operar. O fusível pode conter vários elementosfusíveis em paralelo. 2.1.6 indicador parte do dispositivo-fusível que indica que ele operou. 2.1.7 disparador dispositivo mecanico, parte de um fusível, que, quando este opera, libera a energia necessária para a operação de outros aparelhos ou indicadores ou para prover travamento. 2.1.8 terminal parte condutora de um dispositivo-fusível responsável pela conexão elétrica com os circuitos externos. NOTA - Os terminais podem ser caracterizados de acordo com os tipos de circuitos para os quais eles são projetados (exemplos: terminal principal, terminal de terra etc.) e, também, de acordo com sua forma (exemplos: terminal a parafuso, terminal de encaixe etc.) 2.1.9 fusível-padrão fusível de ensaio com potência dissipada e dimensões definidas. 2.1.10 base-padrão base de ensaio com características definidas. 2.1.11 peça de ajuste parte adicional da base, destinada a obter um certo grau de não-intercambiabilidade. NBR IEC 60269-1:2003 Licença de uso exclusivo para Target Engenharia e Consultoria S/C Ltda. Cópia impressa pelo sistema CENWEB em 28/11/2003 5 2.2 Termos gerais 2.2.1 fusível encapsulado fusível no qual o(s) elemento(s)-fusível(is) é(são) totalmente contido(s) num invólucro fechado, de tal forma que durante a operação, dentro de suas características nominais, ele não produza nenhum efeito nocivo externo, por exemplo, a formação de arco, a emissão de gases ou a projeção de chamas ou partículas metálicas. 2.2.2 fusível limitador de corrente fusível que, durante a fusão do elemento-fusível dentro de uma faixa de corrente especificada, e em conseqüência desta fusão, limita a corrente a um valor significativamente mais baixo do que o valor de crista da corrente presumida do circuito. 2.2.3 fusível tipo “g” (anteriormente fusível para aplicações gerais) fusível limitador de corrente, capaz de interromper, sob condições especificadas, todas as correntes que causam fusão dos elementos-fusíveis até a sua capacidade de interrupção nominal. 2.2.4 fusível tipo “a” (anteriormente fusível de retaguarda) fusível limitador de corrente, capaz de interromper, sob condições especificadas, todas as correntes entre a menor corrente indicada na sua característica tempo-corrente de operação (k2In na figura 2) e sua capacidade de interrupção nominal. NOTA - Fusíveis tipo “a” são geralmente usados para promover proteção contra curtos-circuitos. Quando for necessária a proteção contra sobrecorrente menor do que k2In na figura 2, os fusíveis tipo “a” são usados com outro dispositivo de proteção apropriado, destinado a interromper estas sobrecorrentes menores. 2.2.5 temperaturas 2.2.5.1 temperatura do ar ambiente (Ta) temperatura do ar em volta do dispositivo-fusível (registrada a uma distância de cerca de 1 m do dispositivo-fusível ou, se existente, de seu invólucro). 2.2.5.2 temperatura do fluido ambiente (Te) temperatura do fluido resfriador dos componentes do dispositivo-fusível (contatos, terminais etc.). Ela é a somatória da temperatura do ar ambiente Ta e a elevação de temperatura ∆Te com relação à temperatura ambiente do fluido interno em contato com os componentes do dispositivo-fusível (contatos, terminais etc.), se este último estiver dentro de invólucro. Se ele não estiver no invólucro, admite-se então que Te seja igual a Ta. 2.2.5.3 temperatura dos componentes do dispositivo-fusível (T) a temperatura dos componentes do dispositivo-fusível (contatos, terminais etc.) é aquela da parte pertinente. 2.2.6 seletividade (em relação a sobrecorrentes) coordenação das características de operação de dois ou mais dispositivos de proteção contra sobrecorrentes, de modo que, no caso de ocorrerem sobrecorrentes entre limites especificados, somente opere o dispositivo previsto nestes limites. 2.2.7 sistemas de dispositivos-fusíveis família de dispositivos-fusíveis que seguem os mesmos princípios físicos com relação ao formato dos fusíveis, tipos de contatos etc. 2.2.8 tamanho especificações das dimensões de um dispositivo-fusível, dentro de um sistema de dispositivos-fusíveis. Cada tamanho individual cobre uma dada faixa de correntes nominais, na qual as dimensões especificadas dos dispositivos-fusíveis permanecem inalteradas. 2.2.9 série homogênea de fusíveis série de fusíveis que diferem entre si apenas naquelas características que, num dado ensaio, um ou um pequeno número de fusíveis da série possa ser considerado como representativo para todos os fusíveis desta série (ver 8.1.5.2). NOTA - As características em que os fusíveis de uma série homogênea possam diferir entre si e os detalhes sobre os quais os fusíveis devem ser ensaiados são determinados em função dos ensaios pertinentes (ver tabelas 7B e 7C). 2.2.10 categoria de utilização (de um fusível) combinação de requisitos especificados, relacionados às condições de uso às quais o fusível atenda aos seus propósitos, escolhidos para representar um grupo característico de aplicações práticas (ver 5.7.1). Licença de uso exclusivo para Target Engenharia e Consultoria S/C Ltda. 6 Cópia impressa pelo sistema CENWEB em 28/11/2003 NBR IEC 60269-1:2003 2.2.11 dispositivos-fusíveis para uso por pessoas autorizadas (anteriormente dispositivos-fusíveis para uso industrial) dispositivos-fusíveis para serem utilizados em instalações onde os fusíveis são acessíveis e destinados para reposição apenas por pessoas autorizadas. NOTA 1 - Não-intercambiabilidade e proteção contra contatos acidentais em partes energizadas não precisam ser necessariamente asseguradas por meios construtivos. * ** NOTA 2 - Pessoas autorizadas são aquelas que têm os requisitos definidos para as categorias BA4 “qualificado” e BA5 “habilitado” da IEC 60364-3. 2.2.12 dispositivos-fusíveis para uso por pessoas não habilitadas (anteriormente dispositivos-fusíveis para uso doméstico e aplicações similares) dispositivos-fusíveis para serem utilizados em instalações onde os fusíveis são acessíveis e podem ser substituídos por pessoas não habilitadas. NOTA - Para estes dispositivos-fusíveis, recomendam-se proteção contra contatos com partes energizadas e, se necessário, a nãointercambiabilidade. 2.2.13 não-intercambiabilidade limites na forma e/ou dimensões, com o objetivo de evitar o uso inadvertido, em uma base específica, de fusíveis que tenham características elétricas diferentes daquelas requeridas para assegurar o grau de proteção desejado. 2.3 Grandezas características 2.3.1 característica nominal termo geral empregado para designar as grandezas características que juntas definem as condições de trabalho em que os equipamentos operam e os ensaios se baseiam. NOTA - Valores nominais geralmente estabelecidos para dispositivos-fusíveis de baixa tensão são: tensão, corrente, capacidade de interrupção, potência dissipada, potência admissível e, quando aplicável, freqüência. No caso de corrente alternada, a tensão e a corrente nominais são estabelecidas em valores eficazes simétricos e, no caso de corrente contínua, quando ondulações estão presentes, a tensão nominal é estabelecida pelo valor médio e a corrente nominal pelo valor eficaz. Isto se aplica a qualquer valor de tensão e corrente, se o contrário não for indicado. 2.3.2 corrente presumida de um circuito (com relação a um dispositivo-fusível) corrente que percorre o circuito em que se acha inserido o dispositivo-fusível, se este for substituído por um condutor de impedância desprezível. A corrente presumida é o valor em relação ao qual a capacidade de interrupção e as características do dispositivo-fusível 2 são normalmente referidas, tais como I t e características da corrente de corte (ver 8.5.7). 2.3.3 região de atuação valores-limites dentro dos quais as características devem estar contidas, por exemplo, características tempo-corrente. 2.3.4 capacidade de interrupção de um fusível valor (para corrente alternada, valor eficaz da componente alternada) de corrente presumida que o fusível é capaz de interromper, sob uma tensão especificada e em condições prescritas de emprego e funcionamento. 2.3.5 faixa de interrupção faixa de correntes presumidas na qual é assegurada a capacidade de interrupção do fusível. 2.3.6 corrente de corte valor instantâneo máximo de corrente durante um processo de operação, quando o fusível opera de tal modo que o valor de crista da corrente presumida do circuito não é atingido. ________________ * Qualificado: Pessoas adequadamente orientadas, ou supervisionadas por pessoas habilitadas, para evitar os perigos que a eletricidade pode provocar (pessoal de operação e manutenção). ** Habilitado: Pessoas com conhecimento técnico ou experiência suficiente para evitar os perigos que a eletricidade pode provocar (técnicos e engenheiros). NBR IEC 60269-1:2003 Licença de uso exclusivo para Target Engenharia e Consultoria S/C Ltda. Cópia impressa pelo sistema CENWEB em 28/11/2003 7 2.3.7 características da corrente de corte curva que dá a corrente de corte como função da corrente presumida dentro das condições de operação estabelecidas. NOTA - Em corrente alternada, os valores da corrente de corte são os valores máximos alcançados para qualquer grau de assimetria. Em corrente contínua, os valores da corrente de corte são os valores máximos alcançados relacionados a uma constante de tempo especificada. 2.3.8 corrente suportável de crista (para conjunto base e porta-fusível) valor da corrente de corte que o conjunto base e porta-fusível pode suportar. NOTA - A corrente suportável de crista não é menor que o maior valor da corrente de corte para qualquer fusível, com a qual o conjunto base e porta-fusível deve ser associado. 2.3.9 tempo de fusão intervalo de tempo entre o instante do estabelecimento de uma corrente de valor suficiente para fundir o(s) elemento(s)fusível(is) e o instante em que se inicia o arco. 2.3.10 tempo de arco intervalo de tempo entre o instante em que se inicia o arco e o instante da extinção final do arco. 2.3.11 tempo de operação soma do tempo de fusão e do tempo de arco. 2.3.12 valor I2t (Integral de Joule) integral do quadrado da corrente num intervalo de tempo especificado. I2t = ∫tt1 i 2 dt 0 2 NOTA 1 - O valor de I t de fusão é a integral de Joule aplicada ao tempo de fusão do dispsitivo-fusível. 2 NOTA 2 - O valor de I t de operação é a integral de Joule aplicada ao tempo de operação do dispsitivo-fusível. NOTA 3 - A energia em Joule liberada em 1 Ω de resistência do circuito protegido por um dispositivo-fusível é igual ao valor da integral de 2 Joule de operação, expresso em A .s (ampère ao quadrado vezes segundo). 2.3.13 característica I2t curva que dá os valores I2t (I2t de fusão e/ou I2t de operação) em função da corrente presumida, sob condições especificadas de operação. 2.3.14 zona I2t faixa compreendida entre a característica da I2t de fusão mínima e a característica da I2t de operação máxima, sob condições especificadas. 2.3.15 corrente nominal de um fusível (In) valor da corrente que o fusível pode conduzir continuamente sem deterioração, sob condições especificadas. 2.3.16 característica tempo-corrente curva que dá o tempo de fusão ou tempo de operação como função da corrente presumida, sob condições de operação estabelecidas. NOTA - Para tempos maiores que 0,1 s, a diferença entre tempo de fusão e operação é desprezível em termos práticos. 2.3.17 zona de tempo-corrente faixa compreendida entre a característica tempo-corrente mínima de fusão e a característica tempo-corrente máxima de operação, sob condições especificadas. 2.3.18 corrente convencional de não-fusão (Inf) valor especificado de corrente que um fusível é capaz de conduzir durante um intervalo de tempo especificado (tempo convencional), sem fundir. Licença de uso exclusivo para Target Engenharia e Consultoria S/C Ltda. 8 Cópia impressa pelo sistema CENWEB em 28/11/2003 NBR IEC 60269-1:2003 2.3.19 corrente convencional de fusão (If) valor especificado de corrente que provoca a fusão do fusível, dentro de um intervalo de tempo especificado (tempo convencional). 2.3.20 curva de sobrecarga de um fusível tipo “a” curva que indica o tempo para o qual um fusível tipo “a” deve ser capaz de conduzir a corrente sem deterioração (ver 8.4.3.4 e figura 2). 2.3.21 potência dissipada de um fusível potência dissipada pelo fusível conduzindo a corrente nominal, em condições especificadas. 2.3.22 potência admissível de um conjunto base e porta-fusível valor máximo de potência admissível pelo fusível que um conjunto base e porta-fusível é projetado para suportar, sob condições especificadas. 2.3.23 tensão de restabelecimento tensão que aparece entre os terminais de um dispositivo-fusível após a interrupção da corrente. NOTA - Esta tensão deve ser considerada em dois intervalos de tempos sucessivos, em um existe uma tensão transitória (ver 2.3.23.1), seguido de outro, no qual existe somente a tensão de restabelecimento à freqüência industrial ou em corrente contínua (ver 2.3.23.2). 2.3.23.1 tensão de restabelecimento transitória tensão de restabelecimento no intervalo de tempo em que esta tensão apresenta uma característica transitória significativa. NOTA 1 - A tensão transitória pode ser oscilatória, não oscilatória ou uma combinação de ambas, dependendo das características do circuito e do dispositivo-fusível. Isto inclui a alteração de tensão do neutro de um circuito polifásico. NOTA 2 - A tensão de restabelecimento transitória em circuitos trifásicos é, a menos que estabelecido de outro modo, a que aparece entre terminais do primeiro pólo que interrompe, pois esta tensão é geralmente maior que aquela que aparece em cada um dos outros dois pólos. 2.3.23.2 tensão de restabelecimento à freqüência industrial ou à corrente contínua tensão de restabelecimento depois de desaparecerem os fenômenos transitórios de tensão. NOTA - A tensão de restabelecimento à freqüência industrial ou à corrente contínua pode ser referida em percentagem da tensão nominal. 2.3.24 tensão de arco valor instantâneo da tensão entre os terminais de um dispositivo-fusível, durante o tempo de arco. 3 Condições nor mais de serviço Os dispositivos-fusíveis que obedecem a esta Norma são considerados capazes de operar satisfatoriamente sem qualificação adicional, onde as seguintes condições se aplicam. Estas condições também são aplicadas para ensaios, exceto aqueles especificados de outro modo na seção 8. 3.1 Temperatura d o ar ambiente (Ta) A temperatura do ar ambiente, Ta (ver 2.2.5.1), não deve exceder 40°C; o valor médio medido no período de 24 h não deve exceder 35°C e o valor médio medido no período de um ano deve ser menor. A temperatura mínima do ar ambiente deve ser de - 5°C. NOTA 1 - As características tempo-corrente são dadas com relação à temperatura ambiente de 20°C. Estas são também aplicáveis aproximadamente à temperatura de até 30°C. NOTA 2 - Nos casos onde as condições de temperatura variam significativamente destes valores, estas devem ser consideradas do ponto de vista de elevação de temperatura, operação, etc. Ver anexo D. NBR IEC 60269-1:2003 Licença de uso exclusivo para Target Engenharia e Consultoria S/C Ltda. Cópia impressa pelo sistema CENWEB em 28/11/2003 9 3.2 Altitude A localização da instalação dos dispositivos-fusíveis não deve estar acima de 2 000 m do nível do mar. 3.3 Condições atmosféricas O ar deve ser limpo e a umidade relativa do ar não deve exceder 50% na temperatura máxima de 40°C. Umidades relativas superiores são permitidas para temperaturas mais baixas, por exemplo, 90% a 20°C. Sob as condições expostas, pode ocorrer,ocasionalmente, uma condensação moderada devido à variação de temperatura. NOTA - Onde os dispositivos-fusíveis forem instalados sob condições diferentes das relacionadas em 3.1, 3.2 e 3.3, e, em particular, em instalações expostas a intempéries, sem proteção, o fabricante deve ser consultado. Isto se aplica também às instalações que estão perto do mar ou de regiões industriais com ambientes poluídos. 3.4 Tensão O valor máximo da tensão do sistema não deve exceder 110% da tensão nominal do dispositivo-fusível. Para tensões de corrente contínua, obtidas por retificação de tensão alternada, a ondulação não deve causar variação maior que 5% acima ou 9% abaixo do valor médio de 110% da tensão nominal. Para fusíveis com tensão nominal 690 V, a máxima tensão do sistema não deve exceder 105% da tensão nominal do fusível. NOTA - Atenção deve ser dispensada ao fato de que o dispositivo indicador ou percussor de um fusível pode não operar, se o fusível opera a uma tensão consideravelmente mais baixa do que o seu valor nominal (ver 8.4.3.6). 3.5 Corrente As correntes a serem conduzidas ou interrompidas devem estar dentro das faixas especificadas em 7.4 e 7.5. 3.6 Freqüência, fator de potência e constante de tempo 3.6.1 Freqüência A freqüência para c.a. é a freqüência nominal do fusível. 3.6.2 Fator de potência O fator de potência para c.a. não deve ser mais baixo que os valores especificados na tabela 12A, correspondentes às correntes presumidas. 3.6.3 Constante de tempo Os valores de constante de tempo para c.c. estão na tabela 12B. Algumas condições de serviço podem exceder os limites mostrados na tabela. Nestes casos devem ser usados fusíveis que foram ensaiados e marcados apropriadamente para estas condições. 3.7 Condições de instalação O dispositivo-fusível deve ser instalado conforme instruções do fabricante. Quando o dispositivo-fusível for susceptível de estar exposto a vibrações ou choques anormais, o fabricante deve ser consultado. 3.8 Categoria de utilização As categorias de utilização (por exemplo “gG”) são especificadas de acordo com 5.7.1. 3.9 Seletividade dos dispositivos-fusíveis Os limites para tempos maiores que 0,1 s são fornecidos nas tabelas 2 e 3. Os valores de I2t de fusão são apresentados na tabela 6, enquanto os valores de I2t de operação são apresentados nas partes subseqüentes, pois dependem do sistema, da tensão nominal e da aplicação. 4 Classificação Os dispositivos-fusíveis são classificados de acordo com a seção 5 e partes subseqüentes. 5 Características dos dispositivos-fusíveis 5.1 Resumo das características As características de um dispositivo-fusível devem ser indicadas nos seguintes termos, onde este se aplica: 5.1.1 Conjunto base e porta-fusível a) Tensão nominal (ver 5.2); b) Corrente nominal (ver 5.3.2); c) Natureza da corrente e freqüência nominal, quando aplicável (ver 5.4); d) Potência admissível nominal (ver 5.5); Licença de uso exclusivo para Target Engenharia e Consultoria S/C Ltda. 10 Cópia impressa pelo sistema CENWEB em 28/11/2003 NBR IEC 60269-1:2003 e) Dimensões ou tamanho; f) Número de pólos, se existir mais do que um; g) Corrente suportável de crista; 5.1.2 Fusível a) Tensão nominal (ver 5.2): b) Corrente nominal (ver 5.3.1); c) Natureza da corrente e freqüência nominal, quando aplicável (ver 5.4); d) Potência dissipada nominal (ver 5.5); e) Característica tempo-corrente (ver 5.6); f) Faixa de interrupção (ver 5.7.1); g) Capacidade de interrupção nominal (ver 5.7.2); h) Característica da corrente de corte (ver 5.8.1); i) Característica I2t (ver 5.8.2); k) Dimensões ou tamanho. 5.1.3 Dispositivos-fusíveis completos Graus de proteção conforme IEC 60529. 5.2 Tensão nominal Os valores de tensões nominais c.a. são fornecidos na tabela 1. Tabela 1 - Valores normalizados de tensão nominal c.a. para dispositivos-fusíveis Série I Série II V V 120* 208 230* 240 277* 400* 415 500 480* 690* 600 Os valores marcados com asterisco são os valores normalizados conforme IEC 60038. Outros valores da tabela podem ser utilizados. Para c.c., os valores preferenciais das tensões nominais são os seguintes: 110* - 125* - 220* - 250* - 440* - 460 - 500 - 600* - 750 V. NOTA - A tensão nominal do fusível pode diferir da tensão nominal da base e porta-fusível para o qual o fusível é para ser usado. A tensão nominal do dispositivo-fusível é o valor mais baixo das tensões nominais de sua partes (conjunto base e porta-fusível e fusível). 5.3 Corrente nominal 5.3.1 Corrente nominal do fusível Convém que a corrente nominal do fusível, expressa em ampères, seja escolhida entre os seguintes valores: 2 - 4 - 6 - 8 - 10 - 12 - 16 - 20 - 25 - 32 - 40 - 50 - 63 - 80 - 100 - 125 - 160 - 200 - 250 - 315 - 400 - 500 - 630 - 800 - 1 000 1 250. NOTA 1 - Se forem necessários valores maiores ou menores, convém que estes sejam escolhidos da série R10 da ISO 3. NOTA 2 - Se, em casos excepcionais, for necessário escolher um valor intermediário, convém que este seja escolhido da série R20 da ISO 3. Licença de uso exclusivo para Target Engenharia e Consultoria S/C Ltda. Cópia impressa pelo sistema CENWEB em 28/11/2003 NBR IEC 60269-1:2003 11 5.3.2 Corrente nominal do conjunto base e porta-fusível A corrente nominal do conjunto base e porta-fusível, expresso em ampères, deve ser escolhido da série de valores de correntes nominais dos fusíveis, se não especificado em contrário nas partes subseqüentes. Para dispositivos-fusíveis tipo “gG” e “aM”, a corrente nominal do conjunto base e porta-fusível deve ser a mais elevada do fusível para o qual ele é destinado a ser usado. 5.4 Freqüência nominal (ver 6.1 e 6.2) A ausência de qualquer referência a respeito do valor de freqüência nominal implica que o dispositivo-fusível satisfaça as condições listadas nesta Norma para freqüência somente entre 45 Hz e 62 Hz. 5.5 Potência dissipada nominal do fusível e potência admissível nominal para conjunto base e porta-fusível A potência dissipada nominal de um fusível é estabelecida pelo fabricante, se não especificado de outra forma nas partes subseqüentes. Esse valor não deve ser superado nas condições especificadas de ensaio. A potência admissível nominal de uma conjunto base e porta-fusível é estabelecida pelo fabricante, se não especificado de outra forma nas partes subseqüentes. É pretendido que seja a máxima potência dissipada que a base e o porta-fusível podem suportar sob condições especificadas de ensaios, sem exceder as elevações de temperatura especificadas. 5.6 Limites das características tempo-corrente Os limites são baseados com referência na temperatura do ar ambiente Ta de +20°C. 5.6.1 Características tempo-corrente e faixas tempo-corrente Estas dependem do projeto do fusível e, para um determinado fusível, da temperatura do ar ambiente e das condições de refrigeração. NOTA - Para temperaturas do ar ambiente diferentes dos valores das temperaturas indicadas em 3.1, é necessário consultar o fabricante. Para fusíveis que não estão de acordo com as faixas tempo-corrente normalizadas, como especificadas nas normas específicas nas partes subseqüentes, o fabricante deve fornecer (com suas tolerâncias): - as características tempo-corrente de fusão e de operação ou - a faixa tempo-corrente. 2 NOTA - Para tempos de fusão menores que 0,1 s, o fabricante deve fornecer as características I t com suas tolerâncias (ver 5.8.2). Quando as características tempo-corrente são apresentadas para tempos de fusão maiores que 0,1 s, elas devem ser dadas com corrente nas abscissas e o tempo nas ordenadas. Escalas logarítmicas devem ser usadas em ambos os eixos coordenados. As bases das escalas logarítmicas (as dimensões de uma década) devem ser na relação de 2/1 com as dimensões maiores na abscissa. Porém, uma relação de 1/1 é aceita como padrão alternativo. A apresentação deve ser feita em papel normalizado A3 ou A4, conforme ISO 478 ou ISO 593. As dimensões das décadas devem ser escolhidas entre as seguintes séries: 2 cm, 4 cm, 8 cm, 16 cm e 2,8 cm, 5,6 cm, 11,2 cm. NOTA - Recomenda-se que, sempre que possível, sejam usados preferivelmente os valores 2,8 cm (ordenada) e 5,6 cm (abscissa). 5.6.2 Tempos e correntes convencionais Os tempos e as correntes convencionais são dados na tabela 2. Para fusíveis “gD” e “gN”, os tempos e as correntes convencionais são dados na IEC 60269-2-1, seção V. Tabela 2 - Corrente e tempo convencionais para fusíveis “gG” e “gM” Corrente nominal In para "gG" Corrente característica Ich para "gM"** A Tempo convencional h In < 16 1 16 ≤ In ≤ 63 1 63 < In ≤ 160 2 160 < In ≤ 400 3 400 < In * Sob consideração. ** Para fusíveis "gM", ver 5.7.1. 4 Corrente convencional Inf If * * 1,25 In 1,6 In Licença de uso exclusivo para Target Engenharia e Consultoria S/C Ltda. 12 Cópia impressa pelo sistema CENWEB em 28/11/2003 NBR IEC 60269-1:2003 5.6.3 Regiões de atuação Para fusíveis “gG” e “gM”, são válidas as regiões de atuação dadas na tabela 3. Tabela 3 - Regiões de atuação para tempos de fusão especificados para fusíveis “gG” e “gM” 1 In para “gG” Ich para “gM” A 16 20 25 32 40 50 63 80 100 125 160 200 250 315 400 500 630 800 1 000 1 250 * 2 Imin (10 s)*** 3 Imax (5 s)*** 4 Imin (0,1 s) 5 Imax (0,1 s) A 33 42 52 75 95 125 160 215 290 355 460 610 750 1 050 1 420 1 780 2 200 3 060 4 000 5 000 A 65 85 110 150 190 250 320 425 580 715 950 1 250 1 650 2 200 2 840 3 800 5 100 7 000 9 500 13 000 A 85 110 150 200 260 350 450 610 820 1 100 1 450 1 910 2 590 3 420 4 500 6 000 8 060 10 600 14 140 19 000 A 150 200 260 350 450 610 820 1 100 1 450 1 910 2 590 3 420 4 500 6 000 8 060 10 600 14 140 19 000 24 000 35 000 Valores para dispositivos-fusíveis com corrente nominal menor que 16 A estão sob consideração. ** Para fusíveis "gM", ver 5.7.1. *** Imin (10 s) é o mínimo valor de corrente para o qual o tempo de fusão é maior ou igual a 10 s. Imax (5 s) é o máximo valor de corrente para o qual o tempo de operação é menor ou igual a 5 s (ver figura 1). Para os fusíveis "gD" e "gN", as regiões são especificadas na IEC 60269-2-1, seção V. 5.7 Faixa de interrupção e capacidade de interrupção 5.7.1 Faixa de interrupção e categoria de utilização A primeira letra indica a faixa de interrupção: - fusíveis “g” (fusíveis de capacidade de interrupção em toda faixa); - fusíveis “a” (fusíveis de capacidade de interrupção em faixa parcial). A segunda letra deve indicar a categoria de utilização e define com precisão a característica tempo-corrente, tempos e correntes convencionais, e regiões de atuação. Por exemplo: - “gG” indica fusíveis para aplicação geral, com capacidade de interrupção em toda a faixa; - “gM” indica fusíveis para proteção de circuitos de motores e com capacidade de interrupção em toda a faixa; - “aM” indica fusíveis para proteção de circuitos de motores com capacidade de interrupção em faixa parcial; - “gD” indica fusíveis temporizados com capacidade de interrupção em toda a faixa; - “gN” indica fusíveis não temporizados com capacidade de interrupção em toda a faixa. NOTA 1 - Atualmente os fusíveis “gG” são freqüentemente usados para proteção de circuitos de motores, o que é possível quando suas características são adequadas para suportar a corrente de partida de motor; NOTA 2 - O fusível “gM” tem dois valores nominais e é caracterizado por dois valores de corrente. O primeiro valor In representa a corrente nominal do fusível e do porta-fusível; o segundo valor Ich é dado pela característica tempo-corrente do fusível definido pelas regiões de atuação nas tabelas 2, 3 e 6. Estes dois valores são separados por uma letra, a qual define as aplicações. Por exemplo: In M Ich indica um fusível previsto para a proteção de circuitos de motores e com característica G. O primeiro valor In corresponde à máxima corrente permanente para o dispositivo-fusível e o segundo valor Ich corresponde à característica G do fusível NOTA 3 - Um fusível “aM” é caracterizado por um valor de corrente In e uma característica tempo-corrente, como definido em 8.4.3.3.1 e na figura 2. NBR IEC 60269-1:2003 Licença de uso exclusivo para Target Engenharia e Consultoria S/C Ltda. Cópia impressa pelo sistema CENWEB em 28/11/2003 13 5.7.2 Capacidade de interrupção nominal A capacidade de interrupção nominal de um fusível é indicada pelo fabricante em função da tensão nominal. Valores mínimos de capacidade de interrupção nominal são indicados nas partes subseqüentes. 2 5.8 Características da corrente de corte e I t Os valores das características da corrente de corte e I2t devem estar de acordo com as tolerâncias de fabricação e se referem às condições de funcionamento e serviço especificadas nas partes subseqüentes, no que se refere, por exemplo, aos valores de tensão, freqüência e fator de potência. 5.8.1 Características da corrente de corte As características da corrente de corte devem representar os valores instantâneos mais elevados de corrente que podem ocorrer em serviço (ver 8.6.1 e anexo C). Quando as características da corrente de corte são requeridas e não são estabelecidas nas partes subseqüentes, estas devem ser fornecidas pelo fabricante de acordo com os exemplos mostrados na figura 3 e apresentadas em papel de escala dupla logarítmica, com a corrente presumida na abscissa. 2 5.8.2 Características I t As características I2t do tempo de fusão, para tempos de fusão compreendidos entre 0,1 s e o tempo correspondente à capacidade de interrupção nominal, devem ser indicadas pelo fabricante. Elas devem representar os menores valores que podem ocorrer em serviço, em função da corrente presumida. 2 As características I t de operação, tendo como parâmetro as tensões especificadas, devem ser indicadas pelo fabricante para tempos de fusão menores que 0,1 s. Elas devem representar o maior valor que pode ocorrer em serviço, em função da corrente presumida. 2 Quando representadas graficamente, as características I t devem ser apresentadas com a corrente presumida na abscissa 2 e I t no eixo das ordenadas. Deve ser usado papel com escalas logarítmicas sobre as duas coordenadas. (Para uso de escalas logarítmicas, ver 5.6.1). 6 Marcações As marcações devem ser legíveis. Os ensaios são descritos nas partes subseqüentes. 6.1 Marcações dos conjuntos base e porta-fusível As seguintes informações devem ser indicadas nos conjuntos base e porta-fusível: - nome do fabricante ou marca registrada, pela qual o conjunto pode ser facilmente identificado; - referência de identificação do fabricante, permitindo obter todas as características previstas em 5.1.1; - tensão nominal; - corrente nominal; - natureza da corrente e freqüência nominal, se aplicável. NOTA - O conjunto base e porta-fusível identificado para corrente alternada também pode ser usado para corrente contínua. Se o conjunto base e porta-fusível contiver uma base removível e um porta-fusível removível, convém que ambos sejam identificados separadamente para fins de identificação. 6.2 Marcações do fusível As seguintes informações devem ser marcadas em todos os fusíveis, com exceção dos fusíveis muito pequenos, onde isso é impraticável: - nome do fabricante ou marca registrada, pela qual o fusível pode ser facilmente identificado; - referência de identificação do fabricante, permitindo obter todas as características previstas em 5.1.2; - tensão nominal; - corrente nominal (para o tipo “gM”, ver 5.7.1); - faixa de interrupção e categoria de utilização (símbolos), quando aplicável (ver 5.7.1); - natureza da corrente e freqüência nominal, se aplicável (ver 5.4). NOTA - Fusíveis devem ser identificados separadamente para c.a. e c.c., se o fusível puder operar em c.a. e c.c. Quando, sobre os pequenos fusíveis, for impossível incluir todas as informações especificadas, eles devem ter pelo menos a marca registrada, a referência do catálogo do fabricante, a tensão nominal e a corrente nominal. 14 Licença de uso exclusivo para Target Engenharia e Consultoria S/C Ltda. Cópia impressa pelo sistema CENWEB em 28/11/2003 NBR IEC 60269-1:2003 6.3 Símbolos de identificação No que se refere à natureza da corrente e à freqüência, utilizar os símbolos conforme a IEC 60417. NOTA - A marcação da corrente nominal e da tensão nominal pode, por exemplo, ser feita como segue: 10 10A 500V ou 10/500ou 500 7 Condições normalizadas de construção 7.1 Projeto mecânico 7.1.1 Substituição de fusíveis Deve ser possível a troca de fusíveis com facilidade e segurança. 7.1.2 Conexões, incluindo terminais As conexões fixas devem ser tais que a força de contato necessária seja mantida sob condições de serviço e operação. Nenhuma força de contato sobre as conexões deve ser transmitida ao material isolante, exceto material cerâmico ou outro com características no mínimo iguais, a menos que haja suficiente elasticidade nas partes metálicas para compensar uma possível contração ou outra deformação do material isolante. Ensaios são estabelecidos nas partes subseqüentes, quando necessários. Os terminais devem ser concebidos de forma que eles não girem ou desloquem quando os parafusos de conexão estiverem sendo apertados, e não alterem a posição dos condutores. As partes para fixação dos condutores devem ser de metal e ter uma forma tal que não causem danos aos condutores. Os terminais devem ser dispostos de maneira que estejam facilmente acessíveis (após remoção das tampas, se existirem) sob condições de instalação previstas. NOTA - Outros requisitos relativos aos terminais estão em estudo. 7.1.3 Contatos do dispositivo-fusível Os contatos do dispositivo-fusível devem ser tais que a força de contato necessária seja mantida sob condições de serviço e operação, em particular sob condições correspondentes a 7.5. Os contatos devem ser tais que as forças eletromagnéticas que ocorrem durante a operação sob condições correspondentes a 8.1.6 não provoquem nenhuma deterioração das conexões elétricas entre: a) a base e o porta-fusível; b) o porta-fusível e o fusível; c) o fusível e a base ou, se aplicável, qualquer outro suporte. Além disso, os contatos dos dispositivos-fusíveis devem ser construídos de materiais tais que, quando um dispositivo-fusível for instalado corretamente e em condições normais de serviço, mantenham contato adequado: a) após repetidas operações de retirada e inserção; b) após um longo tempo de serviço contínuo (ver 8.10). Os contatos dos dispositivos-fusíveis em liga de cobre não devem apresentar trincas. Estes requisitos são verificados pelos ensaios de acordo com 8.4.3.4 e 8.11.2.1 e com a seção 8 da NBR IEC 60269-2. 7.2 Propriedades dielétricas Os dispositivos-fusíveis não devem perder suas propriedades dielétricas sob as tensões a que estão sujeitos em condições normais de serviço. Esta condição é considerada satisfeita, se o dispositivo-fusível suportar o ensaio de verificação das propriedades dielétricas de acordo com 8.2. As distâncias mínimas de escoamento, isolamento e distâncias através do material isolante ou composto selante devem obedecer aos valores especificados nas partes subseqüentes. 7.3 Elevação de temperatura, potência dissipada do fusível e potência admissível do conjunto base e porta-fusível O conjunto base e porta-fusível deve ser projetado e dimensionado para condução contínua, sob condições normais de serviço, da corrente nominal do fusível que é instalado no conjunto base e porta-fusível, sem exceder: - os limites de elevação da temperatura especificados na tabela 4, com a potência admissível nominal do porta-fusível indicada pelo fabricante ou estabelecida de outra maneira nas partes subseqüentes. O fusível deve ser projetado e dimensionado para condução contínua, sob condições normais de serviço, da sua corrente nominal, sem exceder: NBR IEC 60269-1:2003 - Licença de uso exclusivo para Target Engenharia e Consultoria S/C Ltda. Cópia impressa pelo sistema CENWEB em 28/11/2003 15 a potência dissipada nominal do fusível indicada pelo fabricante ou estabelecida de outra maneira nas partes subseqüentes. Em particular, o limite de elevação de temperatura especificado na tabela 4 não deve ser ultrapassado: - quando a corrente nominal do fusível for igual à corrente nominal do conjunto base e porta-fusível destinado à acomodação deste fusível; - quando a potência dissipada do fusível for igual à potência admissível nominal do conjunto base e porta-fusível. Estes requisitos são verificados nos ensaios de acordo com 8.3. Tabela 4 - Limite da elevação de temperatura ∆T = (T – Ta) para contatos e terminais Elevação de temperatura K Não enclausurado 1) Contatos 7), 9) Sob pressão de Barra de cobre efeito de mola Barra de latão Parafusado Terminais 45 45 50 6) 60 6) Estanhado 55 Niquelado 70 3), 5), 8) 75 3), 5), 8) Prateado 3) 3) Barra de cobre 55 60 Barra de latão 60 65 6) 65 6) Estanhado 65 Niquelado 80 3), 5), 8) 85 3), 5), 8) Prateado 3) 3) Barra de cobre 55 60 Barra de latão 60 65 Estanhado 65 Prateado ou niquelado 1) 40 Enclausurado 2) 70 65 4) 70 4) No caso Te = Ta (ver 2.2.5). 2) Aplicável para valores de ∆Te entre 10 K e 30 K (10 K ≤ ∆Te ≤ 30 K); a temperatura do ar ambiente Ta não deve ser maior que 40°C. 3) Limitado somente pela necessidade de não causar nenhum dano às partes adjacentes. 4) O limite de elevação de temperatura é determinado pelo uso de condutores isolados com PVC. 5) Os valores dados não se aplicam a sistemas de dispositivos-fusíveis para os quais a seção transversal e o material dos contatos são dados nas partes subseqüentes. 6) Estes limites podem ser excedidos se for verificado que a temperatura produzida durante o ensaio de não deterioração do contato não causou nenhuma deterioração do contato. 7) Os valores dados nesta tabela não se aplicam a certos dispositivos-fusíveis muito pequenos nos quais a temperatura não pode ser medida sem riscos de erro. Entretanto, a verificação da não deterioração dos contatos deve ser feita por meio dos ensaios dados em 8.10. 8) O uso da niquelação dos contatos exige, devido à sua resistência elétrica relativamente elevada, certas precauções no projeto do contato, como o uso de uma pressão de contato relativamente alta. 9) O ensaio de não deterioração dos contatos é indicado em 8.10. 7.4 Operação O fusível deve ser projetado e dimensionado de forma que, quando ensaiado em arranjos adequados, sob freqüência nominal e temperatura do ar ambiente de (20 ± 5)°C: - seja capaz de conduzir continuamente qualquer corrente que não exceda sua corrente nominal; - seja capaz de suportar condições de sobrecargas que possam ocorrer em serviço normal (ver 8.4.3.4). Para um fusível tipo “g” dentro do tempo convencional, seu elemento-fusível: - não deve fundir quando conduzir qualquer corrente que não exceda a corrente convencional de não-fusão (Inf); - deve fundir quando conduzir qualquer corrente igual ou maior que a corrente convencional de fusão (If). NOTA - Zonas de tempo-corrente, se houver, são consideradas. Para um fusível tipo “a”, seu elemento-fusível: Licença de uso exclusivo para Target Engenharia e Consultoria S/C Ltda. 16 Cópia impressa pelo sistema CENWEB em 28/11/2003 NBR IEC 60269-1:2003 - não deve fundir quando conduzir uma corrente menor ou igual a k1In para o tempo correspondente indicado na curva de sobrecarga (ver figura 2); - pode fundir quando conduzir uma corrente entre k1In e k2In, desde que o tempo de fusão seja maior que o valor indicado nas características de tempo-corrente de fusão; - deve operar quando conduzir uma corrente que exceda k2In dentro da zona de tempo-corrente, incluindo o tempo de arco. Os valores tempo-corrente, medidos em 8.4.3.3, devem se situar dentro da zona de tempo-corrente fornecida pelo fabricante. Considera-se que o fusível atende estas condições, se satisfizer os ensaios prescritos em 8.4. 7.5 Capacidade de interrupção O dispositivo-fusível deve ser capaz de interromper, sob a freqüência nominal e sob uma tensão não maior que a de restabelecimento especificada em 8.5, qualquer circuito que tenha uma corrente presumida entre: - para fusíveis tipo “g”, a corrente If; - para fusíveis tipo “a”, a corrente k2In; - para corrente alternada, a capacidade de interrupção nominal com fatores de potência maiores ou iguais àqueles mostrados na tabela 12A, apropriados ao valor da corrente presumida; - para corrente contínua, a capacidade de interrupção nominal com constantes de tempo menores ou iguais aos limites mostrados na tabela 12B, apropriados ao valor da corrente presumida. Durante a operação do fusível no circuito de ensaio, como descrito em 8.5, a tensão de arco não deve exceder os valores indicados na tabela 5. NOTA - Quando os fusíveis são usados em circuitos com tensões nominais menores que aquelas correspondentes às tensões nominais dos fusíveis, convém que a tensão de arco não exceda o valor indicado na tabela 5 correspondente à tensão nominal do sistema. Tabela 5 - Máxima tensão de arco Tensão nominal Un do fusível V Corrente alternada e corrente contínua Somente corrente contínua Até e inclusive 61 301 691 801 1 001 1 201 Máxima tensão de arco, valor de crista V - 60 300 690 800 1 000 1 000 2 000 2 500 3 000 3 500 - 1 200 1 500 3 500 5 000 NOTA – Para fusíveis com corrente nominal menor que 16 A, a máxima tensão de arco não é especificada nesta Norma, mas está sob consideração. Considera-se que um dispositivo-fusível satisfaz estas condições se atender aos ensaios de 8.5. 7.6 Característica da corrente de corte Se não for especificado de outra maneira nas partes subseqüentes, os valores da corrente de corte medidos como especificado em 8.6 devem ser menores ou iguais aos valores correspondentes às características da corrente de corte fornecidas pelo fabricante (ver 5.8.1). 2 7.7 Características I t Os valores I2t de fusão, verificados de acordo com 8.7, não devem ser menores que as características fornecidas pelo fabricante, de acordo com 5.8.2, e devem estar entre os limites dados na tabela 6 para fusíveis tipo “gG” e “gM”. Para tempos de fusão menores que 0,01 s, os limites eventualmente necessários são dados nas partes subseqüentes. Valores para fusíveis “gD” e ” gN” são dados na IEC 60269-2-1. 2 Os valores de I t de operação, verificados de acordo com 8.7, devem ser menores ou iguais às características fornecidas pelo fabricante, de acordo com 5.8.2 ou especificados nas partes subseqüentes. Licença de uso exclusivo para Target Engenharia e Consultoria S/C Ltda. Cópia impressa pelo sistema CENWEB em 28/11/2003 NBR IEC 60269-1:2003 17 Tabela 6 - Valores de I2t de fusão a 0,01 s para fusíveis “gG” e “gM” In para “gG” Ich para “gM”* A 16 20 25 32 40 50 63 80 100 125 160 200 250 315 400 500 630 800 1 000 1 250 I2tmin I2tmax 103 x (A2s) 103 x (A2s) 0,3 0,5 1,0 1,8 3,0 5,0 9,0 16,0 27,0 46,0 86,0 140,0 250,0 400,0 760,0 1 300,0 2 250,0 3 800,0 7 840,0 13 700,0 1,0 1,8 3,0 5,0 9,0 16,0 27,0 46,0 86,0 140,0 250,0 400,0 760,0 1 300,0 2 250,0 3 800,0 7 500,0 13 600,0 25 000,0 47 000,0 * Para “gM”, ver 5.7.1. 7.8 Seletividade dos dispositivos-fusíveis em relação à sobrecorrente Requisitos que dizem respeito à seletividade em relação às sobrecorrentes dependem do sistema, da tensão nominal e da aplicação dos dispositivos-fusíveis. Prescrições particulares podem ser encontradas nas partes subseqüentes. 7.9 Proteção contra choques elétricos Para a proteção de pessoas contra choques elétricos, três situações devem ser consideradas para o dispositivo-fusível: - quando o dispositivo-fusível é montado e instalado apropriadamente com a base, com o fusível e, onde aplicável, com a peça de ajuste, com o porta-fusível e com o invólucro fazendo parte do dispositivo-fusível (condições normais de serviço); - durante a substituição do fusível; - quando o fusível e, onde aplicável, o porta-fusível estão removidos. Prescrições particulares são dadas nas partes subseqüentes. Ver também 8.8. 7.10 Resistência ao calor Todos os componentes devem ser suficientemente resistentes ao calor que pode ocorrer no uso normal. Se não for estabelecido de outra maneira nas partes subseqüentes, este requisito é considerado como atendido quando resultados satisfatórios são obtidos em ensaios de 8.9 e 8.10. 7.11 Resistência mecânica Todos os componentes do dispositivo-fusível devem ser suficientemente resistentes a esforços mecânicos que podem ocorrer no uso normal. Se não for estabelecido de outra maneira nas partes subseqüentes, este requisito é considerado como atendido quando resultados satisfatórios são obtidos em ensaios de 8.3 a 8.5 e 8.11.1. 7.12 Resistência à corrosão Todos os componentes metálicos do dispositivo-fusível devem ser resistentes às influências da corrosão que podem ocorrer no uso normal. 7.12.1 Resistência à ferrugem Componentes ferrosos devem ser protegidos de maneira a suportar os ensaios relevantes. Se não for estabelecido de outra maneira nas partes subseqüentes, este requisito é considerado como atendido quando resultados satisfatórios são obtidos em ensaios de 8.2.4.2 e 8.11.2.3. 18 Licença de uso exclusivo para Target Engenharia e Consultoria S/C Ltda. Cópia impressa pelo sistema CENWEB em 28/11/2003 NBR IEC 60269-1:2003 7.12.2 Resistência à formação de trincas As partes condutoras de corrente devem ser suficientemente resistentes à formação de trincas, conforme ensaios de 8.2.4.2 e 8.11.2.1. 7.13 Resistência ao aquecimento anormal e ao fogo Todos os componentes do dispositivo-fusível devem ser suficientemente resistentes ao aquecimento anormal e ao fogo, conforme ensaio de 8.11.2.2. 7.14 Compatibilidade eletromagnética Os dispositivos-fusíveis compreendidos por esta Norma não são sensíveis a perturbações eletromagnéticas normais e, por conseqüência, nenhum ensaio de imunidade é exigido. Uma perturbação eletromagnética significativa gerada por um dispositivo-fusível é limitada ao momento de sua operação. As exigências de compatibilidade eletromagnética são consideradas satisfeitas nas condições de máxima tensão de arco que ocorrem durante a operação, no ensaio de tipo, conforme 7.5. 8 Ensaios 8.1 Generalidades 8.1.1 Natureza dos ensaios Os ensaios especificados neste artigo são ensaios de tipo e efetuados sob a responsabilidade do fabricante. Se, durante os ensaios, uma falha ocorrer e o fabricante puder provar que a falha não é inerente ao tipo do dispositivo-fusível mas que é uma falha individual da amostra ensaiada, os ensaios pertinentes devem ser repetidos. Isto não é aplicável ao ensaio de verificação de capacidade de interrupção. Se ensaios de recebimento são acordados entre o fabricante e o usuário, eles devem ser selecionados entre os ensaios de tipo. Os ensaios de tipo são efetuados a fim de verificar se um tipo particular de dispositivo-fusível ou uma família de dispositivosfusíveis que constituem uma série homogênea (ver 8.1.5.2) respondem às características especificadas e funcionam de forma satisfatória nas condições normais de serviço ou nas condições particulares especificadas. Se um dispositivo-fusível satisfaz os ensaios de tipo, considera-se que todos os dispositivos-fusíveis de construção idêntica atendem às regras desta Norma. Os ensaios de tipo devem ser repetidos se uma parte qualquer do dispositivo-fusíve for modificada de forma que comprometa os resultados dos ensaios já executados. 8.1.2 Temperatura do ar ambiente (Ta) A temperatura do ar ambiente é medida por meio de dispositivos de medida protegidos contra as correntes de ar e toda a irradiação de calor, localizados a uma altura do centro fusível a uma distância aproximada de 1 m. No começo de cada ensaio, o fusível deve estar a aproximadamente à temperatura do ar ambiente. 8.1.3 Condições do dispositivo-fusível Os ensaios são efetuados sobre os dispositivos-fusíveis limpos e secos. 8.1.4 Disposição do dispositivo-fusível e dimensões Com exceção do ensaio de verificação do grau de proteção (ver 8.8), o dispositivo-fusível deve ser disposto ao ar livre e em atmosfera tranqüila em posição de serviço normal, por exemplo vertical, e, salvo especificação em contrário, sobre um suporte em material isolante de rigidez suficiente para poder suportar as forças que se produzirem na ausência de toda a força exterior exercida sobre o fusível em ensaio. O fusível é montado seja em uso normal, seja na base fusível para a qual é previsto, seja na base de ensaio conforme as indicações fornecidas no parágrafo correspondente de uma das partes subseqüentes. Antes de começar os ensaios, as dimensões exteriores especificadas devem ser medidas e os resultados comparados às dimensões indicadas nas folhas particulares correspondentes do fabricante ou especificadas nas partes subseqüentes. Licença de uso exclusivo para Target Engenharia e Consultoria S/C Ltda. NBR IEC 60269-1:2003 Cópia impressa pelo sistema CENWEB em 28/11/2003 19 8.1.5 Ensaios dos dispositivos fusíveis Salvo indicação em contrário nas partes subseqüentes, os dispositivos fusíveis devem ser ensaiados com a ou as correntes e, em corrente alternada, com a freqüência, para a qual ou quais são projetados. 8.1.5.1 Ensaios completos Antes de começar os ensaios, a resistência interna R de todas as amostras devem ser medidas a uma temperatura do ar ambiente de (20 ± 5)°C, com uma corrente de medida inferior ou igual a 0,1 In. O valor de R deve ser anotado na folha de ensaio. A lista dos ensaios completos é fornecida na tabela 7A. 8.1.5.2 Ensaios dos fusíveis de uma série homogênea Os fusíveis de correntes nominais diferentes são considerados como constituindo uma série homogênea se as condições enumeradas a seguir forem respeitadas: - se seus invólucros forem idênticos no que se refere à forma e à construção e, com exceção daqueles do elemento fusível, nas dimensões. Esta condição é igualmente respeitada somente se os contatos do fusível forem diferentes; neste caso, os ensaios são efetuados sobre os fusíveis com contatos que resultem nos ensaios mais desfavoráveis; - se seu material de extinção do arco e o seu grau de proteção forem idênticos; - se seus elementos fusíveis forem construídos em materiais idênticos. Eles devem ter comprimento e formas idênticas; NOTA - Por exemplo, eles podem ser fabricados com as mesmas ferramentas, com materiais de espessura diferente. - se suas seções e o número de elementos fusíveis não forem superiores àqueles dos fusíveis de corrente nominal mais elevada, as seções podem variar com o comprimento ou com a quantidade de elementos fusíveis; - se as distâncias mínimas entre os elementos fusíveis adjacentes e entre cada elemento fusível e a superfície interior do invólucro não forem inferiores àquelas do fusível de corrente nominal mais elevada; - se eles forem utilizados com um dado conjunto base e porta-fusível ou forem destinados para serem usados sem um conjunto base e porta-fusível, mas em uma montagem idêntica para todas as correntes nominais de uma série homogênea; - 3/2 no que se refere ao ensaio de aquecimento, o produto RIn não deve ser superior ao valor correspondente do fusível com a maior corrente nominal da série homogênea. A resistência R deve ser medida quando o dispositivo fusível retornar às condições especificadas em 8.1.5.1; - no que se refere ao ensaio de capacidade de interrupção, a capacidade de interrupção nominal não deve ser maior que aquela do fusível com a maior corrente nominal da série homogênea. Se este não for o caso, o fusível com maior corrente nominal entre os que possuem a maior capacidade de interrupção deve ser submetido aos ensaios nº 1 e nº 2. Para os fusíveis de uma série homogênea: - o fusível com a maior corrente nominal deve ser submetido a todos os ensaios da tabela 7A; - o fusível com a menor corrente nominal deve ser submetido aos ensaios da tabela 7B; - os fusíveis entre a maior e a menor correntes nominais devem ser submetidos aos ensaios da tabela 7C. Licença de uso exclusivo para Target Engenharia e Consultoria S/C Ltda. 20 Cópia impressa pelo sistema CENWEB em 28/11/2003 NBR IEC 60269-1:2003 Tabela 7A - Relação de ensaios completos em fusíveis e número de fusíveis a serem ensaiados Número de amostras Ensaios conforme subseção Fusíveis “g” Fusíveis “a” 8.1.4 Dimensões 1 1 1 1 1 1 3 3 1 3 1 1 1 1 3 1 1 1 1 3 3 1 4 3 3 8.1.5.1 Resistência x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x 8.3 Elevação de temperatura, potência dissipada x x x x 8.4.3.1 a) Corrente convencional de não fusão x 8.4.3.1 b) Corrente convencional de fusão x 8.4.3..2 Corrente nominal 8.4.3.3 Características tempo-corrente, regiões de atuação x x x x x x Regiões de atuação para fusíveis “g” a) Imin (10 s) x b) Imax (5 s) x c) Imin (0,1 s) x d) Imax (0,1 s) Regiões de atuação para fusíveis “a” 8.4.3.4 Sobrecarga 8.4.3.5 Proteção de sobrecarga para condutor 8.4.3.6 Dispositivo indicador x x 3) x x x x x 3) Percussor 1) Capacidade de interrupção 1) 8.5 nº 3 Capacidade de interrupção 1) 8.5 nº 2 Capacidade de interrupção 2) Capacidade de interrupção 2) 8.5 nº 4 8.5 nº 1 x x x x x x x x x x x x x x x x 4) 8.6 Características da corrente de corte 8.7 Característica I t 8.8 Grau de proteção 8.9 Resistência ao calor 8.10 Não deterioração dos contatos 8.11.1 Resistência mecânica 2 4) 4) 8.11.2.1 Ausência de trincas 4) 4) 4) 4) 5) 8.11.2.2 Resistência ao calor anormal e ao fogo 8.11.2.3 Resistência à corrosão 1) x x x x x x x x x x x Capacidade de interrupção 8.5 nº 5 x x 4) x x 4) Válido também para características tempo-corrente, se a temperatura do ar ambiente estiver entre 15°C e 25°C (ver 8.4.3.3). Para fusíveis ensaiados em arranjos de laboratório, podem ser utilizados ensaios de acordo com 3a), 4a) e 5a) de 8.4.3.3. 2) Válido também para características da corrente de corte e I t (ver 8.6 e 8.7). 3) Para fusíveis com dispositivo indicador ou percussor somente. 4) Podem ser necessários ensaios de acordo com 8.6 a 8.11, relativos a sistemas de dispositivos fusíveis mencionados nas partes subseqüentes. O número de amostras a serem ensaiadas depende do sistema e material. 5) Para fusíveis com partes condutoras de corrente feitas de liga de cobre cilíndrica com menos que 83% de cobre. 2 NBR IEC 60269-1:2003 Licença de uso exclusivo para Target Engenharia e Consultoria S/C Ltda. Cópia impressa pelo sistema CENWEB em 28/11/2003 21 Tabela 7B - Relação de ensaios em fusíveis de menor corrente nominal da série homogênea e número de fusíveis a serem ensaiados Número de amostras Ensaios conforme subseção 8.1.4 Fusíveis “g” Dimensões 1 x x 8.1.5.1 Resistência 8.4.3.1 a) Corrente convencional de não fusão 8.4.3.1 b) Corrente convencional de fusão 8.4.3..2 Corrente nominal 8.4.3.3.1 Características tempo-corrente 4) nº 3a 4) nº 4a 4) nº 5a 8.4.3.3.2 Regiões de atuação para fusíveis “g” 1 x x 1 x x Fusíveis “a” 1 1 3 1 1 3 1 1 1 1 x x x x x x x x x x x x 1 x x 1 x x 1 x x 3 1 3 4 x x x x x x x x x x x x a) Imin (10 s) x b) Imax (5 s) x c) Imin (0,1 s) x d) Imax (0,1 s) Regiões de atuação para fusíveis “a” x 8.4.3.4 Sobrecarga x x 8.4.3.5 Proteção de sobrecarga para condutor x 3) 8.4.3.6 Dispositivo indicador 3) Percussor x x 1) 8.5 nº 1 Capacidade de interrupção x x x x 2) 8.6 Características da corrente de corte x x 2 2) 8.7 Característica I t 2) 8.8 Grau de proteção 2) 8.9 Resistência ao calor 2) 8.10 Não deterioração dos contatos 4) 8.11.1 Resistência mecânica 2) 8.11.2.2 Resistência ao calor anormal e ao fogo 2) 8.11.2.3 Resistência à corrosão 1) 2 Válido também para características da corrente de corte e I t (ver 8.6 e 8.7). 2) Podem ser necessários ensaios de acordo com 8.6 a 8.11, relativos a sistemas de dispositivos fusíveis mencionados nas partes subseqüentes. O número de amostras a serem ensaiadas depende do sistema e material. 3) Para fusíveis com dispositivo indicador ou percussor somente. 4) Com exceção de “gD”, “gG” e “gM”, são realizados ensaios adequados em relação à verificação das regiões de atuação (ver 8.4.3.3.2). Tabela 7C - Relação dos ensaios em fusíveis de correntes nominais entre a maior corrente nominal e a menor corrente nominal de uma série homogênea e número de fusíveis a serem ensaiados Número de amostras Ensaios conforme subseção Fusíveis “g” 8.1.4 Dimensões 8.1.5.1 Resistência 8.4.3.1.a) Corrente convencional de não-fusão X 8.4.3.2 Corrente nominal 8.4.3.3.1 Características tempo-corrente nº 4a 8.4.3.3.2 1 1 X X X X Fusíveis “a” 1 1 1 1 1 X X X X X 1 2 X X 2 X X X X X X 1) X X Regiões de atuação, fusíveis “g” X a) Imin (10s) X b) Imax (5s) X c) Imin (0,1s) X d) Imax (0,1s) Regiões de atuação, fusíveis “a” 8.4.3.5 Proteção de sobrecarga para condutores X NOTA - Os ensaios podem ser realizados com tensões reduzidas. 1) Com exceção de “gD”, “gG” e “gM”, são realizados ensaios adequados em relação à verificação das regiões de atuação (ver 8.4.3.3.2). Licença de uso exclusivo para Target Engenharia e Consultoria S/C Ltda. 22 Cópia impressa pelo sistema CENWEB em 28/11/2003 NBR IEC 60269-1:2003 8.1.6 Ensaios em conjunto base e porta-fusível O conjunto base e porta-fusível deve ser submetido aos ensaios da tabela 8. Tabela 8 - Relação de ensaios completos em conjunto base e porta-fusível e número de conjunto base e porta-fusível a serem ensaiados Ensaios conforme subseção Número de amostras 1 1 8.1.4 Dimensões X 8.2 Propriedades dielétricas X 8.3 Elevação de temperatura e potência admissível X 8.5 Corrente suportável de pico X 8.8 Grau de proteção 8.9 Resistência ao calor 8.10 Não deterioração dos contatos 8.11.1 Resistência mecânica 8.11.2.1 Ausência de trincas1) 8.11.2.2 Resistência ao calor anormal e ao fogo 8.11.2.3 Resistência à corrosão 3 3 X X X X X X X X x X X X 1) Para conjunto base e porta-fusível com partes condutoras de corrente feitas de liga de cobre cilíndrica com menos que 83% de cobre. NOTA - Ensaios adicionais relacionados a sistemas de dispositivos fusíveis especiais, os quais são mencionados nas partes subseqüentes, podem ser necessários. O número de amostras depende do sistema e material. 8.2 Verificação das propriedades dielétricas 8.2.1 Arranjo do conjunto base e porta-fusível Em adição às condições de 8.1.4. O conjunto base e porta-fusível deve ser provido com fusíveis nas maiores dimensões previstas para este tipo de conjunto. Quando o isolamento for assegurado pela base do dispositivo-fusível, todas as partes metálicas da base devem ser colocadas em seus pontos de fixação de acordo com as condições de instalação do dispositivo-fusível indicadas pelo fabricante e consideradas como parte da massa do equipamento. A menos que especificado de outra maneira pelo fabricante, a base do dispositivo-fusível deve ser fixada sobre superfície metálica. Se o fusível for destinado a ser substituído sob tensão, são consideradas como fazendo parte da massa as superfícies do fusível, do dispositivo para substituição deste ou, se existir, do porta-fusível, se estes forem suscetíveis de serem trocados no curso de uma substituição correta. Em conseqüência, se as superfícies forem de material isolante, elas devem ser recobertas de metal e conectadas à massa do equipamento durante os ensaios e, se forem de metal, devem ser conectadas diretamente à massa. Se meios isolantes adicionais, por exemplo, paredes de separação, forem previstos pelo fabricante, estes devem ser colocados durante os ensaios. 8.2.2 Pontos de aplicação da tensão de ensaio A tensão de ensaio deve ser aplicada: a) entre as partes vivas e a massa, com o fusível e o dispositivo para substituição deste ou o porta-fusível, se existir, em posição; b) entre os terminais, quando o fusível e o dispositivo para substituição deste ou o porta-fusível, se existir, forem removidos; c) entre as partes vivas de diferentes polaridades, no caso de um conjunto base e porta-fusível multipolar, com os fusíveis de dimensões máximas previstas para este conjunto base e porta-fusível inseridos e o(s) dispositivo(s) para substituição do(s) fusível(eis) ou o(s) porta-fusível(eis), se existir(em), em posição; d) entre as partes vivas que, no caso de um conjunto base e porta-fusível multipolar, podem alcançar potenciais diferentes após a operação do fusível, com o(s) porta-fusível(eis) ou o(s) dispositivo(s) para substituição do fusível(eis) vazio (sem fusível) em posição. 8.2.3 Valor da tensão de ensaio Os valores eficazes das tensões de ensaio à freqüência industrial são mostrados na tabela 9 em função da tensão nominal do conjunto base e porta-fusível. NBR IEC 60269-1:2003 Licença de uso exclusivo para Target Engenharia e Consultoria S/C Ltda. Cópia impressa pelo sistema CENWEB em 28/11/2003 23 Tabela 9 - Tensão de ensaio Tensão nominal Un do conjunto base e porta-fusível Tensão de ensaio em corrente alternada (valor eficaz) V V Corrente alternada e contínua 1 000 Inferior ou igual a 60 2 000 61 - 300 2 500 301 - 660 3 000 661 - 800 3 500 801 - 1 000 Apenas corrente contínua 1 001 - 1 200 3 500 1 201 - 1 500 5 000 8.2.4 Método de ensaio 8.2.4.1 A tensão de ensaio deve ser aplicada progressivamente e mantida em seu valor pleno, indicado na tabela 9, durante 1 min. NOTA - A fonte da tensão de ensaio deve ter uma corrente de curto-circuito de pelo menos 0,1 A para a situação correspondente ao ensaio de tensão em circuito aberto. 8.2.4.2 O conjunto base e porta-fusível deve ser submetido às condições de umidade atmosférica. O tratamento de umidade deve ser feito num compartimento contendo ar com umidade relativa mantida entre 91% a 95%. A temperatura do ar no local onde a amostra é colocada deve ser mantida com variação máxima de 2 k para qualquer valor conveniente T entre 20°C e 30°C. Antes de ser colocada no compartimento de umidade, a amostra deve ser trazida para uma temperatura diferente da acima mencionada de valor T por não mais que + 2 K. A amostra deve ser mantida no compartimento durante 48 h. Imediatamente após este tratamento e após enxugar algumas gotas d'água resultantes da condensação, a resistência de isolamento deve ser medida entre os pontos prescritos em 8.2.2 por aplicação de uma tensão em corrente contínua de aproximadamente 500 V. 8.2.5 Aceitabilidade dos resultados 8.2.5.1 Durante a aplicação da tensão de ensaio, não deve haver perfuração da isolação ou descarga disruptiva. A formação de descargas incompletas, quando não acompanhadas por uma queda na tensão, pode ser desprezada. 8.2.5.2 A resistência de isolamento medida de acordo com 8.2.4.2 não deve ser menor que 5 MΩ. 8.3 Verificação da elevação de temperatura e potência dissipada 8.3.1 Arranjo do dispositivo-fusível Salvo especificado em contrário pelo fabricante, o ensaio deve ser efetuado sobre um único dispositivo-fusível. O dispositivo-fusível deve ser montado ao ar livre, como especificado em 8.1.4, para assegurar que os resultados dos ensaios não são influenciados por condições de instalação particulares. º Os ensaios devem ser realizados a uma temperatura do ar ambiente de (20 ± 5) C. A distância das conexões deve ser de pelo menos 1 m dos dois lados de cada dispositivo-fusível. Nos casos onde pode ser necessário ou desejável arranjar vários dispositivos-fusíveis num ensaio combinado, eles podem ser montados em série. Isto resulta num comprimento aproximado de 2 m entre dois terminais de dispositivos-fusíveis montados em série. Os cabos devem estar o mais reto possível. A seção transversal deve ser selecionada de acordo com a tabela 10, a menos que especificado diferente nas partes subseqüentes. Para correntes nominais até 400 A, devem ser utilizados condutores sólidos de cobre isolados com cloreto de polivinila preto (PVC). Para correntes nominais de 500 A a 800 A, devem ser utilizados condutores sólidos isolados com PVC preto ou barra de cobre. Para correntes nominais superiores, devem ser utilizadas somente barras de cobre pintadas de preto fosco. Os torques utilizados nas conexões de cabos e terminais devem ser indicados nas partes subseqüentes. 24 Licença de uso exclusivo para Target Engenharia e Consultoria S/C Ltda. Cópia impressa pelo sistema CENWEB em 28/11/2003 NBR IEC 60269-1:2003 8.3.2 Medição da elevação da temperatura Os valores de elevação de temperatura dos contatos e terminais do dispositivo-fusível indicados na tabela 4 são determinados por meio de dispositivos de medição apropriados, para que o aparelho de medição praticamente não influencie a temperatura. O método utilizado deve ser indicado no relatório de ensaios. 8.3.3 Medição da potência dissipada no fusível O fusível deve ser montado num conjunto base e porta-fusível ou base de ensaio como especificado nas partes subseqüentes. O arranjo de ensaio deve corresponder às indicações de 8.3.1. A potência dissipada deve ser medida em watts e os pontos de medição no fusível escolhidos de maneira a permitir medir o valor mais elevado. As partes subseqüentes devem determinar os pontos de medição. 8.3.4 Método de ensaio Os ensaios (8.3.4.1 e 8.3.4.2) devem se prolongar até que a elevação de temperatura máxima não ultrapasse os limites especificados - tempo de atingimento da temperatura de estabilidade. Admite-se que esta foi atingida quando a variação de temperatura não exceder 1 k por hora. A medida deve ser efetuada durante o último quarto de hora de ensaio. Este ensaio pode ser feito sob tensão reduzida. 8.3.4.1 Elevação de temperatura no conjunto base e porta-fusível O ensaio de elevação de temperatura deve ser efetuado em corrente alternada, utilizando-se um fusível que, na corrente nominal do conjunto base e porta-fusível, forneça uma potência dissipada equivalente à potência máxima admissível nominal para este tipo de conjunto base e porta-fusível, ou um fusível-padrão especificado nas partes subseqüentes. A corrente de ensaio deve ser a corrente nominal do conjunto base e porta-fusível. 8.3.4.2 Potência dissipada de um fusível O ensaio deve ser efetuado com corrente alternada na corrente nominal do fusível. Tabela 10 - Seções dos condutores de cobre para os ensaios correspondentes a 8.3 e 8.4 Corrente nominal A 2 4 6 8 10 12 16 20 25 32 40 50 63 80 100 125 160 200 250 315 400 500 630 800 1 000 1 250 Seção transversal 2 mm 1 1 1 1,5 1,5 1,5 2,5 2,5 4 6 10 10 16 25 35 50 70 95 120 185 240 2x150 ou 2x (30x5)* 2x185 ou 2x (40x5)* 2x240 ou 2x (50x5)* 2x (60x5)* 2x (80x5)* * Áreas da seção transversal para os fusíveis projetados para serem conectados em barras de cobre. A natureza e a disposição das conexões utilizadas devem ser indicadas no relatório de ensaio. Para as barras pintadas em preto fosco: a distância entre as duas barras paralelas de mesma polaridade deve ser de aproximadamente 5 mm. NOTA - Convém que os valores dados na tabela 10, assim como os limites de elevação de temperatura fixados na tabela 4, sejam considerados como uma convenção, os quais são válidos para o ensaio de elevação de temperatura especificados em 8.3.4. Um dispositivo-fusível utilizado ou ensaiado nas condições correspondentes àquelas de uma determinada instalação pode ter conexões de um tipo, natureza e disposição que são diferentes destas condições de ensaio. Por conseqüência, um outro limite de elevação de temperatura pode resultar, ser estabelecido ou aceito. NBR IEC 60269-1:2003 Licença de uso exclusivo para Target Engenharia e Consultoria S/C Ltda. Cópia impressa pelo sistema CENWEB em 28/11/2003 25 8.3.5 Aceitabilidade dos resultados As elevações de temperatura não devem ser superiores aos valores especificados na tabela 4. A potência dissipada do fusível não deve ser superior à sua potência dissipada nominal ou ao valor indicado nas normas específicas à sua aplicação. A potência admissível para o conjunto base e porta-fusível não deve ser inferior à potência dissipada nominal dos fusíveis destinados a serem utilizados neste conjunto base e porta-fusível, ou aos valores especificados nas partes subseqüentes. Após o ensaio, o dispositivo-fusível deve estar em condições satisfatórias. Em particular, as partes isolantes do conjunto base e porta-fusível devem suportar o ensaio dielétrico de acordo com 8.2, após haver o resfriamento para temperatura ambiente (ver tabela 9). Elas não devem apresentar deformações representativas que possam interferir no bom funcionamento. 8.4 Verificação de operação 8.4.1 Arranjo do dispositivo fusível O arranjo de ensaio está indicado em 8.1.4. O comprimento e a seção dos condutores ligados devem corresponder aos valores indicados em 8.3.1 e devem ser selecionados em função da corrente nominal do fusível. Ver tabela 10. 8.4.2 Temperatura do ar ambiente º Durante estes ensaios, a temperatura do ar ambiente deve ser de (20 ± 5) C. 8.4.3 Método de ensaio e aceitabilidade dos resultados 8.4.3.1 Verificação das correntes convencionais de não-fusão e fusão Admite-se realizar os seguintes ensaios com tensão reduzida: a) O fusível é submetido a sua corrente convencional de não-fusão (Inf) durante o período igual ao tempo convencional especificado na tabela 2. Ele não deve operar durante este tempo. b) O fusível, após resfriado até a temperatura ambiente, é submetido à corrente convencional de fusão (If). Ele deve operar no tempo especificado na tabela 2. 8.4.3.2 Verificação da corrente nominal de um fusível "g" Para a verificação da corrente nominal, os ensaios seguintes devem ser efetuados com dispositivo-fusível montado de acordo com 8.4.1. Estes ensaios podem ser realizados sob tensão reduzida. Um fusível é submetido a um ensaio cíclico de 100 h, no qual o fusível é ciclicamente carregado. Cada ciclo compreende um período com corrente com duração igual ao tempo convencional e um período sem corrente com duração igual a 0,1 vezes o tempo convencional. A corrente de ensaio é igual a 1,05 vez a corrente nominal do fusível. Após este ensaio, as características do fusível não devem ter sofrido modificações. Esta condição deve ser verificada pelo ensaio descrito na alínea a) de 8.4.3.1. 8.4.3.3 Verificação das características tempo-corrente e região de atuação 8.4.3.3.1 Características tempo-corrente As características tempo-corrente podem ser verificadas com base nos resultados obtidos nos oscilogramas efetuados durante os ensaios segundo 8.5. Determinam-se os valores das durações correspondentes às fases compreendidas: 1) entre o momento de fechamento do circuito e aquele onde a medida da tensão mostra o início do arco (tempo de fusão); 2) entre o momento do fechamento do circuito e aquele onde a corrente é definitivamente interrompida (tempo de operação). Os valores de tempo de fusão e de operação assim determinados, referidos à abscissa correspondente ao valor da corrente presumida, devem se encontrar dentro da zona tempo-corrente indicada pelo fabricante ou especificada nas partes subseqüentes. Para os fusíveis das séries homogêneas (ver 8.1.5.2), quando o ensaio completo conforme 8.5 é realizado somente no fusível de maior corrente nominal, é suficiente verificar apenas o tempo de fusão para os fusíveis de correntes nominais º menores. Neste caso, os ensaios suplementares devem ser feitos à temperatura ambiente de (20 ± 5) C e somente para os seguintes valores de corrente presumida: - para fusíveis tipo “g”, exceto para "gD", "gG" e "gM", os ensaios apropriados são feitos em relação às regiões de atuação (ver 8.4.3.3.2): ensaio 3a) entre 10 e 20 vezes In; ensaio 4a) entre 5 e 8 vezes In; ensaio 5a) entre 2,5 e 4 vezes In; Licença de uso exclusivo para Target Engenharia e Consultoria S/C Ltda. Cópia impressa pelo sistema CENWEB em 28/11/2003 26 - NBR IEC 60269-1:2003 para fusível tipo “a”: ensaio 3a) entre 5 k2 e 8 k2 vezes In; ensaio 4a) entre 2 k2 e 3 k2 vezes In; ensaio 5a) entre k2 e 1,5 k2 vezes In (ver figura 2). Estes ensaios suplementares podem ser efetuados sob tensão reduzida. Neste caso, quando o tempo de fusão excede 0,02 s, o valor da corrente medida durante o ensaio é considerado como o valor da corrente presumida. 8.4.3.3.2 Verificação das regiões de atuação Os ensaios seguintes podem ser feitos sob tensão reduzida. Adicionalmente aos ensaios mencionados anteriormente, os ensaios a seguir devem ser verificados para os fusíveis tipo “gG” e “gM”: a) Um fusível é submetido à corrente conforme a tabela 3, coluna 2 durante 10 s. Ele não deve operar. b) Um fusível é submetido à corrente conforme a tabela 3, coluna 3. Ele deve operar dentro de 5 s. c) O fusível é submetido à corrente conforme a tabela 3, coluna 4 durante 0,1 s. Ele não deve operar. d) O fusível é submetido à corrente conforme a tabela 3, coluna 5. Ele deve operar dentro de 0,1 s. 8.4.3.4 Sobrecarga A montagem do ensaio é a mesma que foi utilizada para o ensaio de elevação de temperatura (ver 8.3.1). Três fusíveis devem ser submetidos a 50 impulsos de mesma duração e corrente de ensaio. Para os fusíveis tipo “g”, a corrente de ensaio deve ser 0,8 vez a corrente determinada pela característica mínima de tempo de fusão para corrente indicada pelo fabricante para um tempo de fusão de 5 s. A duração de cada impulso deve ser de 5 s e o intervalo de tempo entre os impulsos deve ser de 20% do tempo convencional especificado na tabela 2. Para os fusíveis tipo “a”, a corrente de ensaio deve ser igual a k1 In ± 2%. A duração do impulso deve corresponder àquela indicada na curva de sobrecarga k1 In fornecida pelo fabricante. Os intervalos entre impulsos devem ser de 30 vezes a duração do impulso. Este ensaio pode ser executado com tensão reduzida. NOTA - Com o consentimento do fabricante pode ser reduzido o intervalo entre impulsos. Após o resfriamento até a temperatura ambiente, o fusível deve ser submetido a uma corrente igual àquela utilizada no ensaio de sobrecarga. O tempo de fusão, quando da aplicação desta corrente, deve situar-se dentro da zona tempocorrente fornecida pelo fabricante. 8.4.3.5 Proteção de sobrecarga para condutores (somente para fusíveis tipo “gG”) Para verificar que fusíveis oferecem proteção aos condutores contra sobrecarga, um fusível é submetido ao seguinte ensaio convencional: O fusível é montado em uma base apropriada ou dispositivo de ensaio, como especificado em 8.4.1, porém provido de condutores de cobre isolado com PVC e seção transversal conforme especificado na tabela 11. O dispositivo-fusível e o condutor conectado a este devem ser preaquecidos com a corrente nominal do fusível durante um tempo igual ao tempo convencional. A corrente de ensaio é então elevada até o valor de 1,45 Iz (Iz está especificada na tabela 11). O fusível deve operar num tempo menor que o tempo convencional. Este ensaio pode ser executado com tensão reduzida. NOTA - Não é necessário executar este ensaio quando o produto 1,45 Iz for maior que a corrente convencional de fusão. NBR IEC 60269-1:2003 Licença de uso exclusivo para Target Engenharia e Consultoria S/C Ltda. Cópia impressa pelo sistema CENWEB em 28/11/2003 27 Tabela 11 - Tabela para ensaios conforme 8.4.3.5 In do fusível A Área de seção transversal nominal dos condutores de cobre mm2 12 16 20 e 25 32 40 50 e 63 80 100 125 160 200 250 315 400 1 1,5 2,5 4 6 10 16 25 35 50 70 120 185 240 Iz* A 15 19,5 26 35 46 63 85 112 138 168 213 299 392 461 * A capacidade de corrente admissível Iz para dois condutores carregados (ver tabela 52-C1/C da IEC 60364-5-523). 8.4.3.6 Operação do indicador e do percussor, quando houver A correta operação dos indicadores é verificada em combinação com a verificação da capacidade de interrupção (ver 9.5.5). Para verificar a operação dos percussores, caso estes existam, uma amostra adicional deve ser ensaiada com os seguintes valores de corrente: - I4 (ver tabelas 12A e 12B), no caso de fusíveis tipo “g”; - 2 k1 In, no caso de fusíveis tipo “a” (ver figura 2); e sob uma tensão de restabelecimento de: - 20 V para tensões nominais que não excedam 500 V; - 0,04 Un para tensões nominais que excedam 500 V. Os valores de tensão de restabelecimento podem ser ultrapassados em 10%. O percussor deve operar durante todos os ensaio realizados sob uma tensão de restabelecimento de: - 20 V no mínimo. Se, durante um destes ensaios, ocorrer uma falha do indicador ou do percussor, o ensaio não deve ser considerado negativo, caso o fabricante possa fornecer provas de que esta falha não é característica do tipo de fusível, mas devido a uma falha na amostra individual ensaiada. 8.5 Verificação da capacidade de interrupção 8.5.1 Arranjo do dispositivo-fusível O arranjo do ensaio é aquele especificado em 8.1.4. Devem ser instalados condutores adequados, ficando com aproximadamente 0,2 m de comprimento em cada lado do dispositivo-fusível no plano de conexão e na direção da conexão entre a linha e os terminais do dispositivo-fusível. Nesta distância os condutores devem ser fixados rigidamente e, além deste ponto, dobrados para trás em ângulo reto. Este arranjo deve ser considerado em ensaios quando especificado nas partes subseqüentes. 8.5.2 Características do circuito de ensaio O circuito de ensaio está representado na figura 4. O circuito de ensaio deve ser monofásico, isto é, um fusível deve ser ensaiado numa tensão baseada na sua tensão nominal. NOTA - O ensaio monofásico fornece informações suficientes também para julgar a aplicação em circuitos trifásicos. O circuito de ensaio é alimentado por uma fonte que deve ter potência suficiente para verificar as características específicas que devem ser ensaiadas. A fonte de alimentação deve ser protegida por um disjuntor ou outro aparelho apropriado D. Um resistor ajustável R ligado em série com um indutor ajustável L deve permitir um ajuste das características do circuito de ensaio. O circuito deve ser fechado através de um aparelho apropriado C. Licença de uso exclusivo para Target Engenharia e Consultoria S/C Ltda. 28 Cópia impressa pelo sistema CENWEB em 28/11/2003 NBR IEC 60269-1:2003 Os valores a serem considerados são os indicados nas tabelas 12A e 12B conforme descrito a seguir: - Para corrente alternada: Quando a freqüência nominal do fusível for 50 Hz ou 60 Hz ou não for indicada (ver 6.4), o ensaio deve ser executado com uma freqüência entre 45 Hz e 62 Hz. Quando forem indicadas outras freqüências, os ensaios devem ser executados com estas freqüências com uma tolerância de ± 20%. O indutor L deve ser um indutor com núcleo de ar para os ensaios números 1 e 2 (ver 8.5.5.1). O valor de pico da tensão de restabelecimento dentro do primeiro semiciclo depois da interrupção da corrente e para os próximos cinco ciclos que ocorram sucessivamente deve corresponder ao valor de pico correspondente ao valor eficaz especificado na tabela 14. - Para corrente contínua: Os ensaios de capacidade de interrupção devem ser executados com corrente contínua num circuito indutivo com resistores ligados em série, para permitir o ajuste da corrente presumida. A indutância pode ser obtida através das associações em série e paralelo de bobinas de indutâncias apropriadas. As bobinas podem possuir núcleos de ferro, desde que não saturem durante o ensaio; A constante de tempo deve situar-se entre os limites indicados na tabela 12B. O valor médio da tensão c.c. de restabelecimento durante 100 ms após o final da extinção do arco não deve ser menor que o especificado na tabela 12B. 8.5.3 Instrumentos de medição A curva da corrente deve ser registrada através do circuito de medição O1 do oscilógrafo conectado aos terminais de um dispositivo apropriado de medição. Um outro circuito de medição O2 do oscilógrafo deve ser conectado por intermédio de resistores ou transformador de potencial, dependendo do caso, até os terminais da fonte de energia durante o ensaio de calibração ou terminais do fusível durante o ensaio deste último. Durante os ensaios números 1 e 2, as tensões do arco devem ser medidas através de um circuito de medição (por exemplo, transdutor e registrador) que possua sensibilidade e resposta de freqüência adequadas. Um oscilógrafo pode ser usado, caso possua estas características. 8.5.4 Calibração do circuito de ensaio O circuito de ensaio deve ser calibrado com um condutor provisório A de impedância desprezível comparada ao circuito de ensaio (ver figura 4) no qual o fusível vai ser ensaiado. Os resistores R e os indutores L devem ser ajustados de forma a obter-se no instante desejado o valor da corrente requerida e: - +5 no caso de c.a., o fator de potência desejado sob a tensão de restabelecimento à freqüência industrial igual a 105 0 % +5 da tensão nominal para fusíveis de 690 V e 110 0 % da tensão nominal para qualquer outro fusível a ser ensaiado. O fator de potência deve ser determinado por um dos métodos indicados no anexo A, ou outros métodos que garantam esta exatidão. - +5 no caso de c.c., a constante de tempo desejada sob o valor médio da tensão de restabelecimento 115 −9 % da tensão nominal do fusível a ser ensaiado; NBR IEC 60269-1:2003 Licença de uso exclusivo para Target Engenharia e Consultoria S/C Ltda. Cópia impressa pelo sistema CENWEB em 28/11/2003 29 Tabela 12A - Valores para ensaios de verificação da capacidade de interrupção de dispositivos-fusíveis em c.a. Ensaio de acordo com 8.5.5.1 Nº 1 Nº 2 Tensão de restabelecimento Corrente presumida de ensaio Para fusível “g” Nº 3 Fator de potência Nº 5 I3 = 3,2 If I4 =2,0 If I5 = 1,25 If I3= 2,5 k2In I2= 1,6 k2In I2= k2In 110 +−50 % da tensão nominal * I1 I2 Para fusível “a” Tolerância de corrente Nº 4 +10 * - 0% Não aplicável 0,2 – 0,3 para corrente presumida até e inclusive 20 kA 0,1 – 0,2 para corrente presumida acima de 20 kA Ângulo de fechamento após a passagem da tensão por zero Não aplicável Iniciação do arco após a passagem da tensão por zero ** Para um ensaio: 40º - 65º. Para dois ou mais ensaios 60º - 90º 0º +20o −0o Não aplicável ± 20% +20 - 0% 0,3 – 0,5 ** Não especificado Não aplicável * Esta tolerância pode ser maior com o consentimento do fabricante. ** Fatores de potência menores que 0,3 somente são permitidos com consentimento do fabricante. *** Se a condição relativa à iniciação do arco entre 40° e 65° após a passagem da tensão por zero for difícil de ser realizada, o ensaio deve ser executado com ângulo de fechamento depois da passagem por zero com 0º +20o −0o Quando, neste ensaio, o arco começar a se formar com um ângulo maior do que 65º após a passagem da tensão por zero, o ensaio deve ser aceito em lugar daquele requerido para a condição de início do arco entre 40° a 65°. Mas, se o arco começar com um ângulo menor que 40° depois da passagem da tensão por zero, então os três ensaios especificados na tabela devem ser obtidos. I1: corrente que é usada na designação da capacidade de interrupção nominal (ver 5.7). I2: corrente que deve ser escolhida de maneira que o ensaio seja realizado sob condições que se aproximem da máxima energia de arco. NOTA - Esta condição pode ser vista como satisfeita, quando o valor instantâneo da corrente no início do arco atingir um valor entre 0,6 alternada). 2 e 0,75 2 vez a corrente presumida (valor eficaz da componente de corrente Como orientação para aplicações práticas, o valor da corrente I2 pode ficar entre 3 a 4 vezes a corrente (valor eficaz simétrico) que corresponde ao tempo de fusão num semiciclo. I3, I4, I5: os ensaios realizados com estas correntes são considerados para verificar se o dispositivo-fusível é capaz de operar satisfatoriamente na faixa de pequenas sobrecorrentes. If: k2: corrente convencional de fusão (ver 8.4.3.1) para o tempo convencional indicado na tabela 2. ver figura 2. Licença de uso exclusivo para Target Engenharia e Consultoria S/C Ltda. 30 Cópia impressa pelo sistema CENWEB em 28/11/2003 NBR IEC 60269-1:2003 Tabela 12B - Valores de ensaio de verificação da capacidade de interrupção de dispositivos fusíveis em c.c. Ensaios de acordo com 8.5.5.1 Nº 1 Nº 2 Valor médio da tensão de restabelecimento * Corrente presumida de ensaio Tolerância da corrente Nº 3 Nº 4 Nº 5 115 +−59 % da tensão nominal ** I1 +10 %** −0 Constante de tempo** I2 Não aplicável I3=3,2 If I4 = 2,0 If ± 20% I5= 1,25 If +20 % −0 15 ms a 20 ms * Esta tolerância inclui a ondulação. ** Com o consentimento do fabricante, este valor pode ser ultrapassado. I1: corrente que é usada na designação da capacidade de interrupção nominal (ver 5.7). I2: corrente que deve ser escolhida de maneira que o ensaio produza aproximadamente a máxima energia de arco NOTA - Esta condição pode ser considerada satisfeita se a corrente no início do arco tiver alcançado um valor entre 0,5 e 0,8 vez a corrente presumida. I3, I4, I5: os ensaios realizados com estas correntes são analisados para verificar se o dispositivo fusível é capaz de operar satisfatoriamente na faixa de pequenas sobrecorrentes. If : corrente convencional de fusão (ver 8.4.3.1) para o tempo convencional indicado na tabela 2. O valor da constante de tempo é dado pela abscissa OA (ver figura 6a) correspondente a 0,632 I. Quando indutores com núcleo de ferro forem usados, este método pode apresentar resultados falsos devido ao magnetismo residual do núcleo. Nestes casos, o indutor pode ser energizado à corrente de ensaio requerida através de resistores em série, e o indutor curto-circuitado através do circuito de ensaio, para medição do tempo que a corrente leva a cair a 0,368 I. O circuito de alimentação deve ser desconectado imediatamente após o indutor ter sido curto-circuitado pelo circuito de ensaio. O circuito de ensaio pode ser calibrado com tensão reduzida, desde que a razão entre a tensão e a corrente de ensaio seja assegurada. O circuito deve ser preparado pelo fechamento do aparelho D, o qual deve permanecer fechado durante um tempo suficiente para permitir que a corrente atinja, aproximadamente, o regime permanente; o aparelho C deve ser fechado e o gráfico da corrente registrado pelo circuito de medição O1, e o gráfico da tensão registrado pelo circuito de medição O2, desde antes do fechamento de C até após a abertura de D. O valor da corrente deve ser deduzido do oscilograma, como indicado no anexo A, dado como exemplo. 8.5.5 Método de ensaio 8.5.5.1 Para verificar se o fusível satisfaz as condições de 8.5, os ensaios números 1 a 5 descritos a seguir devem ser feitos com os valores da tabela 14A para c.a. e tabela 14B para c.c. (ver 8.5.2), se não especificados de outra forma nas partes subseqüentes: Ensaios números 1 e 2: Para cada um destes ensaios, três amostras devem ser ensaiadas sucessivamente. o o Para os ensaios em corrente alternada, se, durante o ensaio n 1, os requisitos do ensaio n 2 forem atingidos em uma ou o mais amostras, não é necessário repetir no ensaio n 2 os casos já verificados. Para os ensaios em corrente contínua, se, durante o ensaio no 1, o início da corrente do arco for igual ou maior que 0,5 I1, o ensaio no 2 não é mais necessário. Para c.a., se a corrente presumida necessária para satisfazer os requisitos do ensaio no 2 for maior que a capacidade de interrupção nominal, os ensaios números 1 e 2 devem ser feitos com a corrente I1, em seis amostras em seis ângulos de fechamento com diferença aproximada de 30° entre cada ensaio. o Para verificar o valor de crista da corrente admissível de um conjunto base e porta-fusível, o ensaio n 1 deve ser feito num conjunto completo de base, fusível (ver 8.1.6) e porta-fusível, quando aplicável. Para estes ensaios, o início do arco deve estar entre 65° e 90°, após o zero de tensão. Ensaios números 3 a 5: Para cada um dos ensaios realizados em c.a., o fechamento do circuito em relação ao zero de tensão pode ser feito em qualquer instante. NBR IEC 60269-1:2003 Licença de uso exclusivo para Target Engenharia e Consultoria S/C Ltda. Cópia impressa pelo sistema CENWEB em 28/11/2003 31 Se o arranjo do ensaio não permitir que a corrente possa ser mantida na tensão plena durante todo o tempo necessário, o fusível deve ser preaquecido em tensão reduzida pela aplicação de uma corrente aproximadamente igual ao valor de ensaio. Neste caso, a comutação do circuito de ensaio de acordo com 8.5.2 deve ser antes do início do arco, e o tempo de comutação T1 (intervalo sem corrente) não deve exceder 0,2 s. O intervalo de tempo entre a reaplicação da corrente e o início do arco não deve ser menor que três vezes T1. 8.5.5.2 Para uma das três amostras dos ensaios no 2 e no 4, a tensão de restabelecimento deve ser mantida nos valores de: +15 - 100 +−10 0 % da tensão nominal para fusíveis de 690 V e 100 −0 % da tensão nominal para qualquer outro fusível para c.a., - 100 +−20 0 % da tensão nominal para c.c., para pelo menos: - 30 s após a operação do fusível, se este não contiver material orgânico no corpo ou no enchimento; - 5 min após a operação do fusível em todos os outros casos, sendo permitida a comutação para outra fonte de alimentação após 15 s se o tempo de comutação (intervalo sem tensão) não exceder 0,1 s. Para todos os outros ensaios, a tensão de restabelecimento deve ser mantida por 15 s após a operação do fusível; Num intervalo de tempo de pelo menos 6 min e no máximo de 10 min após a operação, a resistência entre os contatos do fusível deve ser medida (ver 8.5.8) e anotada. Com o consentimento do fabricante, tempos menores são possíveis, se o fusível não contiver material orgânico em seu corpo ou enchimento. 8.5.6 Temperatura do ar ambiente Se os resultados forem também usados para verificação das características tempo-corrente (ver 8.4.3.3), os ensaios de capacidade de interrupção devem ser feitos na temperatura do ar ambiente de (20 ± 5)°C. Se esses limites não puderem ser respeitados, é permitido efetuar o ensaio de capacidade de interrupção a uma temperatura ambiente entre - 5°C e + 40°C. Neste caso, os ensaios números 4 e 5 das tabelas 12A e 12B devem ser repetidos numa temperatura ambiente de (20 ± 5)°C, com tensão reduzida, de maneira a verificar as características tempocorrente de fusão. 8.5.7 Interpretação de oscilogramas As figuras 5 e 6 mostram, como exemplo, o método de interpretar os oscilogramas em diferentes casos. A tensão de restabelecimento deve ser determinada do oscilograma correspondente ao fusível ensaiado e é avaliada como mostram as figuras 5b e 5c para corrente alternada e figuras 6b e 6c para corrente contínua. O valor em corrente alternada da tensão de restabelecimento deve ser medido após a ocorrência do transitório. O valor em corrente contínua da tensão de restabelecimento deve ser medido pelo valor médio durante o período de 100 ms após a extinção do arco. Para determinar o valor da corrente presumida, o registro de corrente obtido durante a calibração do circuito (figura 5a para c.a. e figura 6a para c.c.) deve ser comparado com o obtido no ensaio de capacidade de interrupção (figura 5b e 5c para c.a. e figura 6b e 6c para c.c.). Para corrente alternada, o valor da corrente presumida é o valor eficaz da componente alternada no registro de calibração que corresponde ao instante do início do arco. Se o tempo entre o instante em que o circuito é fechado e o início do arco for menor que meio ciclo, o valor da corrente presumida deve ser medido após um intervalo de tempo igual a meio ciclo no registro de calibração. Para corrente contínua, quando a corrente de corte não ocorrer, o valor da corrente presumida deve ser medido no oscilograma de calibração no instante correspondente ao início do arco. Quando houver ondulação, a curva eficaz deve ser desenhada e o valor desta curva correspondente para o instante do início do arco deve ser considerado como a corrente presumida. Quando a corrente de corte ocorrer, o valor da corrente presumida é o máximo valor obtido no oscilograma da calibração. Quando houver ondulação, a curva eficaz deve ser desenhada e o valor máximo dessa curva considerado corrente presumida. 8.5.8 Aceitabilidade dos resultados A tensão de arco ocorrida no fusível durante os ensaios números 1 e 2 não deve exceder os valores estabelecidos em 7.5 (tabela 5). O fusível deve operar sem nenhum efeito externo ou dano aos componentes do dispositivo-fusível, além do especificado abaixo. Não deve existir arco permanente, descarga disruptiva ou ejeção de chama perigosa. Após a operação, os componentes do dispositivo-fusível, com exceção daqueles substituíveis após cada operação, não devem ter sofrido danos que impeçam a sua reutilização. Licença de uso exclusivo para Target Engenharia e Consultoria S/C Ltda. Cópia impressa pelo sistema CENWEB em 28/11/2003 32 NBR IEC 60269-1:2003 Fusíveis não devem estar danificados de modo a permitir sua substituição sem dificuldade ou risco para o operador. O fusível ou suas partes podem mudar de cor ou apresentar trincas, desde que o fusível permaneça em uma única peça antes de removido do porta-fusível ou do aparelho de ensaio. A resistência entre os contatos do fusível, medida após cada ensaio (ver 8.5.5.2), com tensão c.c. de aproximadamente 500 V, deve ser no mínimo: - 50 000 Ω quando a tensão nominal do fusível não exceder 250 V; - 100 000 Ω em todos os outros casos. 8.6 Verificação da característica da corrente de corte 8.6.1 Método de ensaio Se o fabricante tiver estabelecido a característica da corrente de corte, esta característica pode ser verificada pela corrente o presumida do ensaio n 1 (ver 8.5) e o valor correspondente deve ser computado dos oscilogramas. 8.6.2 Aceitabilidade dos resultados Os valores medidos não devem exceder aqueles indicados pelo fabricante (ver 5.8.1). 2 8.7 Verificação das características l t e seletividade 8.7.1 Método de ensaio As características l2t indicadas pelo fabricante devem ser verificadas através dos resultados dos ensaios de capacidade de interrupção, ou podem ser dadas pelos cálculos baseados em medidas dos valores tomados juntos com as condições de serviço (ver anexo B). 8.7.2 Aceitabilidade dos resultados dos ensaios Os valores de l2t medidos na operação não devem exceder os valores indicados pelo fabricante ou especificados nas partes 2 subseqüentes. O valor do l t de fusão não deve ser menor que o mínimo valor de fusão dado pelo fabricante ou ele deve estar dentro dos limites indicados na tabela 6 (ver 5.8.2 e anexo B). 8.7.3 Verificação da conformidade para fusíveis a 0,01 s A conformidade com a tabela 6 é determinada pelos valores de I2t de fusão obtidos na série de ensaio I2 e o valor do l2t de fusão para 0,1 s. 2 Os valores de I t de fusão para a série de ensaio I2 para as menores correntes nominais de uma série homogênea podem ser calculados pela fórmula dada no anexo B. 8.7.4 Verificação da seletividade 2 A seletividade do fusível é verificada através da curva característica tempo x corrente e dos valores l t de fusão e de operação. NOTA - Na maioria dos casos, a diferença entre fusíveis “gG” e/ou “gM” ocorre na corrente presumida, para tempos de fusão maiores que 2 0,01 s. Para obter conformidade com valores de I t de fusão, dados pela tabela 6, é necessário assegurar a seletividade na razão 1,6 para 1 entre as correntes nominais para estes tempos. 8.8 Verificação do grau de proteção dos invólucros Se o dispositivo-fusível for instalado em um invólucro, o grau de proteção é especificado em 5.1.3 e deve ser verificado nas condições estabelecidas na IEC 60529 8.9 Verificação da resistência ao calor Se não for especificado de outra forma nas partes subseqüentes, a resistência ao calor é avaliada pelos resultados dos ensaios de operação em particular com respeito a 8.3 a 8.5 e 8.10. 8.10 Verificação da não deterioração dos contatos Através de um ensaio que represente condições severas de serviço, deve ser verificado se os contatos não se deterioram quando permanecem em serviço por longo período sem manuseio. 8.10.1 Arranjo do dispositivo-fusível Este ensaio deve ser realizado em três amostras. As amostras são colocadas no circuito de ensaio de maneira a não haver influência de uma sobre as outras. O arranjo de ensaio e o fusível-padrão devem ser os mesmos usados para a verificação da elevação de temperatura e potência dissipada (ver 8.1.3, 8.3.1 e 8.3.4.1). As amostras são providas com o fusível-padrão normalizado da maior corrente nominal, previsto para ser usado na base (ver partes subseqüentes). 8.10.2 Método de ensaio Uma série de ensaio consiste em um período com carga e um período sem carga referente ao tempo convencional. A corrente de ensaio para o período com carga e sem carga é especificada nas partes subseqüentes. NBR IEC 60269-1:2003 Licença de uso exclusivo para Target Engenharia e Consultoria S/C Ltda. Cópia impressa pelo sistema CENWEB em 28/11/2003 33 As amostras são submetidas primeiro a um ensaio de 250 ciclos. Se os resultados forem satisfatórios, o ensaio é interrompido. Se os resultados excederem os limites especificados, o ensaio continuará até 750 ciclos. Antes do início do ensaio cíclico, a elevação de temperatura e/ou queda de tensão nos contatos como especificados nas partes subseqüentes deve ser medida na corrente nominal quando condições estáveis tiverem sido obtidas. Este ensaio deve ser repetido após 250 ciclos e, se necessário, após 750 ciclos. Se os dispositivos-fusíveis forem tão pequenos que impeçam a medição nos contatos, a medição nos terminais pode ser usada como critério para este ensaio. 8.10.3 Aceitabilidade dos resultados Após 250 ciclos e, se necessário, após 750 ciclos, os valores medidos não devem exceder os limites dados nas partes subseqüentes. 8.11 Ensaios mecânicos e diversos 8.11.1 Resistência mecânica Se não especificado nas partes subseqüentes, as características mecânicas do dispositivo-fusível e suas partes são julgadas em um contexto de manuseio e montagem normal da mesma forma como são julgados com os resultados mostrados após o ensaio de capacidade de interrupção (ver 8.5). 8.11.2 Ensaios diversos 8.11.2.1 Verificação da ausência de trincas Para verificar se as partes condutoras de corrente, fabricadas de barras de liga de cobre com menos de 83% de cobre, estão livres de trincas, o seguinte ensaio é executado: Toda a graxa é removida de três amostras pela imersão por 10 min em uma solução adequada. Os fusíveis são ensaiados individualmente, enquanto os porta-fusíveis são somente ensaiados com o dispositivo-fusível. As amostras devem ficar em um compartimento de ensaio por 4 h a uma temperatura de (30 ± 10)°C. Depois disso, as amostras devem ser colocadas, por 8 h, num compartimento de ensaio contendo na parte inferior uma solução de cloreto de amônio com pH entre 10 e 11. Para cada litro de solução de cloreto de amônio, o valor correto de pH pode ser conseguido como segue: 107 g de cloreto de amônio (NH4CI p.a.) misturado com 0,75 L de água destilada e completado até 1 L pela adição de hidróxido de sódio a 30% (preparado de NaOH p.a. e água destilada). O valor do pH não deve variar. A medida do valor do pH pode ser feita com eletrodo de vidro. A razão do volume do compartimento de ensaio para o volume de solução deve ser de 20 para 1. As amostras não devem apresentar trincas visíveis a olho nu, quando o filme azulado, resultante da reação, é removido por meio de um pano seco. As capas de contato do fusível não podem ser removidas com as mãos. 8.11.2.2 Verificação da resistência do calor anormal e ao fogo Se não especificado de outra forma nas partes subseqüentes, as partes de material isolante, exceto cerâmica, não necessárias para manter as partes condutoras de corrente na posição, mesmo que em contato com estas, devem ser ensaiadas de acordo com a alínea a) de 8.11.2.2.5. NOTA - Os invólucros, quando fazem parte do dispositivo-fusível, devem ser ensaiados da mesma forma que este. Em outros casos o invólucro deve ser ensaiado de acordo com a IEC 60529. Partes do material isolante, exceto cerâmica, necessárias para manter em posição as partes condutoras de corrente e do circuito do terra, se existir, devem ser ensaiadas de acordo com a alínea b) de 8.11.2.2.5. 8.11.2.2.1 Descrição geral dos ensaios O ensaio é efetuado para verificar: - se uma espira especificada de fio de resistência, aquecido eletricamente a uma temperatura especificada para o material correspondente, não provoca, nas condições determinadas, a inflamação das partes do material isolante, ou - se uma parte em material isolante, que pode inflamar por um fio de ensaio aquecido eletricamente sob condições determinadas, tem a duração da queima limitada, sem propagar o fogo, a menos chamas, gotas inflamadas ou partículas incandescentes caindo da amostra. O ensaio é efetuado sobre uma amostra. No caso de dúvida quanto ao resultado do ensaio, deve-se repetir sobre duas amostras suplementares. 34 Licença de uso exclusivo para Target Engenharia e Consultoria S/C Ltda. Cópia impressa pelo sistema CENWEB em 28/11/2003 NBR IEC 60269-1:2003 8.11.2.2.2 Descrição do aparelho de ensaio O fio incandescente é constituído por uma espira especificada de um fio de níquel/cromo (80/20); ao se formar a espira, deve-se tomar o cuidado de evitar a formação de leves trincas na ponta. Deve-se utilizar para a medida da temperatura do fio incandescente um termopar de fio fino revestido, com um diâmetro exterior de 0,5 mm; os fios devem ser constituídos de cromel e alumel e a soldadura deve estar disposta no interior da bainha. O fio incandescente, com o termopar, é representado na figura 7. O revestimento do termopar é constituído de um metal resistente a uma temperatura no mínimo de 960°C. O termopar é disposto num furo de 0,6 mm de diâmetro na forma da extremidade da ponta incandescente, como representado sobre o detalhe Z da figura 7. As forças eletromotrizes do termopar devem estar conforme a IEC 60584-1; as características fornecidas nesta publicação são praticamente lineares. A solda a frio deve ser mantida no gelo fundente, a menos que uma temperatura de referência segura não seja obtida por outras menores, por um outro meio de compensação, por exemplo. É recomendado utilizar-se, para a medida da força eletromotriz do termopar, um instrumento de classe 0,5. O fio incandescente é aquecido eletricamente; a corrente necessária para levar a extremidade a uma temperatura de 960°C se situa entre 120 A e 150 A. O aparelho de ensaio deve ser concebido de forma que o fio incandescente seja mantido no plano horizontal e que exerça uma força de 1 N sobre a amostra. Esta força é mantida a neste valor quando o fio incandescente e a amostra são deslocados horizontalmente um contra o outro sobre uma distância de no mínimo 7 mm. Uma prancha de pinho branco, com aproximadamente 10 mm de espessura e coberta com uma simples camada de um lenço de papel, é disposta a uma distância de 200 mm abaixo do local onde o fio incandescente é aplicado contra a amostra. O lenço de papel é especificado em 6.86 da ISO 4046 como sendo um papel fino, suave, relativamente resistente, geralmente destinado a embalagens de artigos delicados; sua gramatura está compreendida entre 12 g/m2 e 30 g/m2. Um exemplo do aparelho de ensaio é representado na figura 8. 8.11.2.2.3 Precondicionamento A amostra é mantida durante 24 h numa atmosfera com temperatura compreendida entre 15°C e 35°C e uma umidade relativa compreendida entre 35% e 75%, antes de começar os ensaios 8.11.2.2.4 Procedimento de ensaio O aparelho de ensaio é colocado em uma sala escura e livre de correntes de ar, de modo que as chamas ocorridas durante o ensaio sejam visíveis. Antes do início do ensaio, o termopar é calibrado na temperatura de 960°C, a qual é conseguida pela colocação de uma folha de prata, pureza de 99,8%, quadrada de 2 mm de lado e 0,06 mm de espessura, na face superior da ponta do fio incandescente. O fio incandescente é aquecido e a temperatura de 960°C é atingida quando a folha de prata se funde. Depois de algum tempo, a calibração deve ser repetida para compensar alterações no termopar e nas conexões. Cuidado deve ser tomado para se assegurar que o termopar possa acompanhar o movimento causado pela dilatação térmica da extremidade do fio incandescente. Para o ensaio, a amostra é arranjada de modo que sua face de contato com a extremidade do fio incandescente seja vertical. A extremidade do fio incandescente é aplicada na parte da superfície da amostra, a qual é suscetível de ser submetida a solicitações térmicas que ocorrem em uso normal. A extremidade do fio incandescente é aplicada em lugares onde a seção é mais fina, mas não mais que 15 mm da borda superior da amostra. Isto se aplica para casos onde as áreas sujeitas a solicitações térmicas durante o uso normal do equipamento não são especificadas em detalhes. Se possível, a extremidade do fio incandescente deve ser aplicada sobre superfícies planas e não sobre ranhuras, cavidades ou arestas vivas. O fio incandescente é eletricamente aquecido até a temperatura especificada, a qual é medida através de um termopar calibrado. Antes do início do ensaio, cuidados devem ser tomados para se assegurar que esta temperatura e a corrente de aquecimento fiquem constantes por um período de pelo menos 60 s e que a radiação térmica não influencie a amostra durante este período ou durante a calibração, por exemplo, através de uma adequada distância ou pelo uso de um anteparo apropriado. A extremidade do fio incandescente é então levada a ficar em contato com a amostra e em seguida é feito o ensaio como especificado. A corrente de aquecimento é mantida durante este período. Depois deste período, o fio incandescente é lentamente separado da amostra, evitando um aquecimento adicional da amostra e a movimentação do ar, os quais poderiam afetar o resultado do ensaio. O movimento da extremidade do fio incandescente para dentro da amostra quando comprimido sobre esta deve ser mecanicamente limitado a 7 mm. Depois de cada ensaio, é necessário limpar a extremidade do fio incandescente de algum resíduo do material isolante, por exemplo, com uma escova. NBR IEC 60269-1:2003 Licença de uso exclusivo para Target Engenharia e Consultoria S/C Ltda. Cópia impressa pelo sistema CENWEB em 28/11/2003 35 8.11.2.2.5 Condições de ensaio a) a temperatura da extremidade do fio incandescente e a duração de sua aplicação sobre a amostra deve ser de (650 ± 10)°C e (30 ± 1) s. b) a temperatura da extremidade do fio incandescente e a duração de sua aplicação sobre a amostra deve ser de (960 ± 10)°C e (30 ± 1) s. Outras temperaturas de ensaio são especificadas nas partes subseqüentes. NOTA - Convém que estes valores possam ser escolhidos da tabela “Severities” da IEC 60695-2-1. 8.11.2.2.6 Observações e medidas Durante a aplicação do fio incandescente e por um período adicional de 30 s, a amostra, as partes ao redor da amostra e a camada de papel de seda colocada sob a amostra devem ser observadas. O tempo no qual a amostra se inflama e o tempo no qual as chamas se extinguem, durante ou após o período de aplicação, devem ser anotados. A máxima altura de toda a chama é medida e anotada, e o início da ignição, em que se pode produzir uma chama alta por um período de aproximadamente 1 s, é desconsiderado. A altura da chama é uma distância na vertical medida entre o ponto mais alto da borda do fio incandescente, quando aplicado sobre a amostra, e a extremidade visível da chama. A amostra é considerada como tendo resistido ao ensaio do fio incandescente se: - não houver chama visível e incandescente mantida; ou - chamas e incandescências da amostra se extinguirem dentro de 30 s após a remoção do fio incandescente; Não deve haver queima do papel de seda ou chamuscamento da tábua de pinho. 8.11.2.3 Verificação da resistência à corrosão Toda a graxa é removida das partes a serem ensaiadas através da imersão por 10 min em um agente desengraxante apropriado. As partes são então imersas por 10 min em uma solução a 10% de cloreto de amônio em água a uma temperatura de (20 ± 5)°C. Sem secagem, mas após retirar a água em excesso (sacudir as partes), as partes são colocadas por 10 min em uma caixa contendo ar saturado com umidade a uma temperatura de (20 ± 5)°C. Depois de as partes terem sido secadas por 10 min em cabine de aquecimento a uma temperatura de (100 ± 5)°C, sua superfície não deve mostrar sinal de ferrugem. Traços de ferrugem sobre arestas vivas ou alguma película amarelada removível por fricção são desprezados. Para pequenas molas e para partes inacessíveis expostas à abrasão, uma camada de graxa pode ser colocada para prover suficiente proteção contra a ferrugem. Em tais partes, são feitos os ensaios somente se existirem dúvidas acerca da falta de eficiência do filme de graxa, sendo então o ensaio feito sem prévia remoção da graxa. Licença de uso exclusivo para Target Engenharia e Consultoria S/C Ltda. 36 Cópia impressa pelo sistema CENWEB em 28/11/2003 NBR IEC 60269-1:2003 Figura 1 - Exemplo de verificação de características tempo-corrente, usando os resultados dos ensaios obtidos com correntes de regiões de atuação NBR IEC 60269-1:2003 Licença de uso exclusivo para Target Engenharia e Consultoria S/C Ltda. Cópia impressa pelo sistema CENWEB em 28/11/2003 2 A curva de sobrecarga entre k0 x In e k1 x In corresponde ao valor de I t constante. Figura 2 - Curva de sobrecarga e característica tempo-corrente dos fusíveis tipo ‘a” In1, In2, In3 Ic n = Corrente nominal do fusível = Valor máximo da corrente de corte = Fator dependente do valor do fator de potência Figura 3 - Representação geral das características da corrente de corte de uma série de fusíveis para corrente alternada 37 Licença de uso exclusivo para Target Engenharia e Consultoria S/C Ltda. Cópia impressa pelo sistema CENWEB em 28/11/2003 38 A = conexão removível usada para calibração B = dispositivo para fechamento do circuito C = disjuntor ou outro dispositivo para proteção da fonte F = dispositivo-fusível a ser ensaiado L = indutor ajustável O1 = circuito medidor para registrar corrente O2 = circuito medidor para registrar a tensão durante o ensaio NBR IEC 60269-1:2003 O’2 = circuito medidor para registrar a tensão durante a calibração R = resistor variável S = Fonte de tensão Figura 4 - Diagrama típico de circuito usado para ensaios de capacidade de interrupção (ver 8.5) Figura 5a - Calibração do circuito NBR IEC 60269-1:2003 Licença de uso exclusivo para Target Engenharia e Consultoria S/C Ltda. Cópia impressa pelo sistema CENWEB em 28/11/2003 39 Figura 5b - Oscilograma correspondente a uma interrupção onde o arco é iniciado a partir de 180º elétricos, após o fechamento do circuito Figura 5c - Oscilograma correspondente a uma interrupção onde o arco é iniciado antes de 180º elétricos, após o fechamento do circuito Figura 5 - Interpretação de oscilogramas obtidos durante os ensaios de capacidade de interrupção em c.a. (ver 8.5.7) Quando existir ondulação, os valores correspondentes a 0,632 I, A1 e A2 da curva eficaz devem ser medidos Figura 6a 40 Licença de uso exclusivo para Target Engenharia e Consultoria S/C Ltda. Cópia impressa pelo sistema CENWEB em 28/11/2003 NBR IEC 60269-1:2003 Oscilograma correspondente à interrupção, onde o arco começa a se formar depois que a corrente atinge seu valor máximo. Corrente I = A1 para a tensão U = B1 Quando não existir um valor de tensão estabilizado, mede-se o valor médio correspondente aos 100 ms que seguem a extinção definitiva do arco. Figura 6b Oscilograma correspondente à interrupção, onde o arco começa a se formar antes que a corrente atinja seu valor máximo. Corrente I = A2 para a tensão U = B2 Quando não existir um valor de tensão estabilizado, mede-se o valor médio correspondente aos 100 ms que seguem a extinção definitiva do arco. Figura 6c Figura 6 - Interpretação de oscilogramas obtidos durante ensaios de capacidade de interrupção em c.c. (ver 8.5.7) NBR IEC 60269-1:2003 1 2 3 Licença de uso exclusivo para Target Engenharia e Consultoria S/C Ltda. Cópia impressa pelo sistema CENWEB em 28/11/2003 41 fio incandescente soldado em 3 termopar suporte Figura 7 - Fio incandescente e posição do termopar 1 2 3 4 5 suporte da amostra carro cordão tensionado base peso 6 7 8 9 10 cursor escala para medição da chama escala para medir penetração fio incandescente (figura 7) base para partículas que caem provenientes das amostra Figura 8 - Aparelho de ensaio (exemplo) ________________ /ANEXO A 42 Licença de uso exclusivo para Target Engenharia e Consultoria S/C Ltda. Cópia impressa pelo sistema CENWEB em 28/11/2003 NBR IEC 60269-1:2003 Anexo A (informativo) Determinação do fator de potência Não existe método pelo qual o fator de potência de um curto-circuito possa ser determinado com precisão, mas, para aplicação desta Norma, a determinação do fator de potência do circuito de ensaio pode ser feita com exatidão suficiente por qualquer dos três métodos seguintes: Método I: Cálculo pelas constantes do circuito O fator de potência pode ser calculado como o cosseno de um ângulo ϕ onde ϕ = arc tg X/R, sendo X e R respectivamente a reatância e a resistência do circuito de ensaio durante o período de estabelecimento da corrente de curto-circuito. Em razão da natureza transitória do fenômeno, o método pode não ter precisão para a determinação de X e R, mas para aplicação desta Norma os valores podem ser determinados pelo seguinte método: R é medido no circuito de ensaio com corrente contínua; se o circuito incluir um transformador de resistência R1 do circuito principal e resistência R2 do circuito secundário, medidos separadamente, o valor de R é dado pela fórmula: R = R2 + r1R2 onde r é a razão de transformação do transformador. X é obtido pela fórmula: 2 R +X 2 = E I Sendo a razão E/I (impedância do circuito) obtida através de oscilograma conforme indicado na figura A.1. Método ll: Determinação pela componente de corrente contínua O ângulo ϕ pode ser determinado através da curva de componentes de corrente contínua da corrente assimétrica entre o instante do curto-circuito e o instante do início do arco, como segue: 1. A fórmula da componente de corrente contínua é: i d = I do e − Rt / L onde: id é o valor instantâneo da componente de corrente contínua; Ido é o valor inicial da componente de corrente contínua; L/R é a constante de tempo do circuito, em segundos; t é o intervalo de tempo, em segundos, entre id e Ido; e é a base dos logaritmos neperianos. A constante de tempo L/R pode ser determinada através da seguinte fórmula: a) mede-se o valor Ido para o instante de curto-circuito e o valor de id para qualquer outro tempo t depois de iniciado o arco; b) determina-se o valor de e-Rt/L pela divisão de id por Ido; c) -X pela tabela de valores de e determina-se o valor de -x correspondente à razão id /Ido; d) o valor x representa Rt/L, do qual R/L pode ser determinado dividindo-se x por t, e assim L/R é obtido. 2. Determinar o ângulo ϕ de: ϕ = arc tg ω.L/R onde: ω é 2π vezes a freqüência Este método não deve ser usado quando as correntes forem medidas por transformadores de corrente não adequados. Método III: Determinação com gerador-piloto Quando um gerador-piloto for usado no mesmo eixo do gerador de ensaio, a tensão do gerador-piloto no oscilograma deve ser comparada, em fase, primeiro com a tensão do gerador de ensaio e, posteriormente, com a corrente do gerador de ensaio. O fator de potência pode ser determinado a partir das diferenças de fase, entre a tensão do gerador-piloto e a tensão do gerador principal e entre a tensão do gerador-piloto e a corrente do gerador principal. NBR IEC 60269-1:2003 Licença de uso exclusivo para Target Engenharia e Consultoria S/C Ltda. Cópia impressa pelo sistema CENWEB em 28/11/2003 Aplicação do curto-circuito Início do arco 43 Extinção final do arco B F Tensão aplicada Tensão de restabelecimento A Envoltória da onda da força eletromotriz do circuito C D Envoltória da onda da força eletromotriz do circuito G Impedância de curto-circuito = E B A E = = X I D C G onde: E é a força eletromotriz do circuito no início do arco = B 2 2 , em volts; D , em ampères; 2 2 A é duas vezes o valor de crista da tensão aplicada, em volts; I é a corrente de interrupção = C é duas vezes o valor da componente simétrica da corrente no início do curto-circuito, em ampères; F é a duração, em segundos, do meio ciclo da onda da tensão aplicada; G é a duração, em segundos, do meio ciclo da onda da corrente no início do arco. Figura A.1 - Determinação da impedância do circuito para cálculo do fator de potência, de acordo com o método ________________ /ANEXO B 44 Licença de uso exclusivo para Target Engenharia e Consultoria S/C Ltda. Cópia impressa pelo sistema CENWEB em 28/11/2003 NBR IEC 60269-1:2003 Anexo B (informativo) Cálculo dos valores I2t de fusão para fusíveis “gG”, “gM”, “gD” e “gN” B.1 Avaliação do valor l2t de fusão a 0,01s 2 2 A avaliação aproximada dos valores l t de fusão a 0,01 s em função do valor l t de fusão a 0,1 s e valores medidos no o ensaio n 2 é possível por meio da seguinte fórmula: ( I 2 t ( 0, 01s ) = F I 2 t ( 0,1s ) ⋅ I 2 t ensaio n o 2 ) F = 0,7 para fusíveis “gG” e “gM”; F = 0,6 para fusíveis “gD”; F = 1,0 para fusíveis “gN”. O fator F corrige a curvatura da característica tempo-corrente nessa região de tempo. B.2 Cálculo do valor l2t de fusão nas condições do ensaio no 2 Para pequenas faixas de uma série homogênea, onde não são previstos ensaios diretos na especificação, uma avaliação 2 o do valor l t de fusão sob condições do ensaio n 2 é possível por meio da seguinte fórmula: A = I t 1 × 2 A1 (I t ) ( ) 2 2 2 2 onde: (I2t)2 é o l2t de fusão sob condições do ensaio no 2 para pequenas faixas; (I2t)1 é o I2t de fusão sob condições do ensaio no 2 para grandes faixas medidas no ensaio de capacidade de interrupção; A2 é a área mínima da seção do elemento para pequenas faixas; A1 é a área mínima da seção do elemento para grandes faixas. 2 NOTA - O valor calculado pode ser usado para avaliação do I t a 0,01s, descrito em B.1. ________________ /ANEXO C NBR IEC 60269-1:2003 Licença de uso exclusivo para Target Engenharia e Consultoria S/C Ltda. Cópia impressa pelo sistema CENWEB em 28/11/2003 45 ANEXO C (informativo) Cálculo da característica tempo-corrente de corte Prefácio A subseção 7.6 desta Norma prescreve a característica da corrente de corte como função da corrente presumida. O método seguinte constitui um meio pelo qual a característica da corrente de corte pode ser calculada como função do tempo de fusão real. O resultado deve ser diferente para todos os fusíveis e, portanto, para intercambiabilidade plena, os cálculos devem ser baseados nos valores máximos de l2t permitidos nesta Norma. Convém também que seja observado que o método a seguir fornece a crista de corrente durante o período de fusão, considerando que, para muitos tipos de dispositivos-fusíveis (especialmente os tipos para proteção de semicondutores), a corrente contínua a se elevar durante o tempo de arco e, por conseguinte, o método a seguir dão uma estimativa dependente das condições do circuito. Por outro lado, esta é uma boa aproximação, que permite ao usuário calcular estas curvas quando necessário (por exemplo, para estudos de fusão de contatos). C.1 Nota preliminar A característica da corrente de corte como função da corrente presumida está definida em 2.3.7; esta característica é objeto de 5.8.1 e da figura 3; os ensaios estão descritos em 8.6. O fornecimento desta característica não é obrigatório. Além disso, a informação dada é geralmente imprecisa, especialmente na zona que inicia a limitação (tempo de fusão de cerca de 5 ms para operação simétrica ou acima de 10 ms para operação assimétrica). Usuários que têm que proteger componentes (por exemplo, contatores), os quais suportam com dificuldade correntes de curta duração e altas amplitudes (por exemplo, aquelas através de dispositivo-fusível antes de interromper um curto-circuito), necessitam conhecer com precisão o valor máximo instantâneo alcançado pela corrente durante a operação, a fim de efetuar associações mais econômicas de “componentes fusíveis”. Uma característica que dá precisamente a corrente de corte como função do tempo de fusão real fornece informações mais úteis para esta aplicação. C.2 Definição Característica da corrente de corte como função do tempo de fusão real: Uma curva que dá a corrente de corte como função do tempo de fusão real para uma operação simétrica. C.3 Característica Se a característica da corrente de corte é indicada como uma função do tempo de fusão real, ela deve ser avaliada para corrente simétrica e deve ser dada de acordo com o exemplo mostrado na figura C.1, apresentado em gráfico log-log com a corrente como abscissa e o tempo como ordenada. C.4 Condições do ensaio A corrente de corte correspondente a um tempo de fusão dado depende também do grau de assimetria do curto-circuito e, visto que são tantas as características como as composições de condições, um número infinito de ensaios pode ser necessário. 2 Para um dado fusível, em uma dada região do tempo de operação e para cada valor de corrente de corte, o valor de l t é aproximadamente independente do grau de assimetria da corrente de curta duração. Esta característica torna possível o seguinte procedimento: 1) medidas da característica da corrente de corte como uma função do tempo de fusão real para operação simétrica; 2) cálculo da característica da corrente de corte correspondente a qualquer grau de assimetria. C.5 Cálculo a partir dos valores medidos A característica experimental fornece a corrente de corte como função do tempo de fusão. Para curto-circuito simétrico, é fácil calcular com os valores acima a corrente presumida de curta duração e a integral de Joule. Sendo: ω freqüência lp corrente presumida de curta duração Ips: para condição simétrica Ipa: para condição assimétrica Licença de uso exclusivo para Target Engenharia e Consultoria S/C Ltda. Cópia impressa pelo sistema CENWEB em 28/11/2003 46 Ic corrente de corte ϕ fase da corrente em relação à tensão ψ ângulo de fechamento em relação ao zero natural da tensão NBR IEC 60269-1:2003 R,L resistência e indutância para condições simétricas ts tempo de fusão para condição simétrica ta tempo de fusão para condição assimétrica Para condições simétricas, tem-se o seguinte: (1) I c = I ps 2 sen ω t s (2) 2 2 2 ∫ I c dt = 2 I ps ∫ sen ω t dt ts 0 por definição ψ = 0. O cálculo é independente dos valores de R, L e φ Para condições assimétricas, tem-se o seguinte: (3) I c = I pa (4) ∫I Rt − a 2 sen (ω t a +ψ − φ ) − e L sen (ψ − φ ) 2 2 dt = 2 I 2 pa ∫ ta 0 Rt − L sen ( ω t ψ φ ) e sen (ψ − φ ) dt + + − Assumindo que a corrente de corte e a integral de Joule são as mesmas para as duas condições: I ps 2 sen ω t s ≅ I pa Rt − a 2 sen (ω t a + ψ − φ ) − e L sen (ψ − φ ) 2 2I 2 ps ∫ ta 0 sen ω t dt ≅ 2 I 2 2 pa ∫ ta 0 Rt − a L sen ( ω t ψ φ ) e sen (ψ − φ ) dt + + − é possível calcular quaisquer dois valores se os outros sete forem conhecidos. Em particular, para valores de corrente de corte e integral de Joule obtidos por experiência e por cálculo, é possível calcular o tempo de fusão e a corrente de curto-circuito presumida correspondente a uma condição assimétrica imposta. Esta premissa é aproximadamente real para tempos de fusão da ordem de 1 ms a 5 ms. Para tempos de fusão inferiores a 1 ms, a característica que dá a corrente de corte como função da corrente presumida de curto-circuito fornece uma informação precisa. 47 Tempo real de fusão (ms) 10-1 100 2 3 4 9 8 7 6 5 100 2 3 4 101 9 8 7 6 5 In1 2 3 4 5 6 Figura C.1 ________________ In2 7 8 9 101 2 3 4 5 6 In3 7 8 9 102 2 /ANEXO D 4 5 6 7 8 9 103 Corrente de corte Ic (kA) NBR IEC 60269-1:2003 Licença de uso exclusivo para Target Engenharia e Consultoria S/C Ltda. Cópia impressa pelo sistema CENWEB em 28/11/2003 48 Licença de uso exclusivo para Target Engenharia e Consultoria S/C Ltda. Cópia impressa pelo sistema CENWEB em 28/11/2003 NBR IEC 60269-1:2003 Anexo D (informativo) Influência da temperatura do ar ambiente e das condições de instalação no funcionamento dos fusíveis D.1 Efeito do acréscimo da temperatura ambiente D.1.1 Na corrente nominal Para fusíveis que operam a carga plena por longos períodos em uma temperatura média acima do valor dado em 3.1, uma redução da classe decorrente pode ser necessária. O fator de reclassificação deve ser acordado entre o fabricante e usuário depois de se levarem em conta todas as condições de utilização. D.1.2 Na elevação de temperatura Um aumento na temperatura média ambiente causa um pequeno acréscimo relativo na elevação de temperatura. D.1.3 Na corrente convencional de fusão e não-fusão (If e Inf) Um aumento na temperatura média ambiente causa um decréscimo, usualmente pequeno, nas correntes convencionais de fusão e não-fusão (If e lnf). D.1.4 Para condições de partida de motores Não é necessário reavaliar fusíveis por aumento na temperatura média ambiente, causados por partida de um motor. D.2 Efeito do decréscimo da temperatura ambiente Um decréscimo da temperatura ambiente abaixo do valor dado em 3.1 pode permitir um acréscimo na corrente nominal, mas pode também causar um acréscimo nas correntes convencionais de fusão e não-fusão e nos tempos de fusão para pequenas sobrecorrentes. A magnitude do acréscimo deve ser dependente da temperatura real e do projeto do fusível. Neste caso, o fabricante deve ser consultado. D.3 Efeito das condições de instalação Diferentes condições de instalação, como: a) fechado em um compartimento ou montado ao ar livre; b) a natureza da superfície de montagem; c) o número de dispositivos-fusíveis montados em um compartimento; d) seção e isolação das conexões, podem afetar as condições de operação e convém que sejam levadas em consideração. ________________