Gemelaridade Conceitos Monozigótico: 1 óvulo + 1 sptz → 2 fetos Podem ser: Monocoriônicos + Monoamnióticos: compartilham a mesma placenta e a mesma bolsa → divisão ocorre após 8 dias da fecundação Obs: se divisão após 13 dias: gemelaridade incompleta (siameses) Monoriônicos + Diamnióticos: compartilham a mesma bolsa, mas possuem placentas diferentes → divisão entre 4 a 8 dias Dicoriônicos + Diamnióticos → possuem placenta e bolsas diferentes → divisão ocorre nos primeiros 4 dias Dizigótico: 2 óvulos + 2 sptz → 2 fetos São sempre dizigóticos e dicoriônicos Gemelaridade 1 Fatores de risco Drogas indutoras de ovulação (ex. gonadotrofinas ou citrato de clomifeno) Reprodução assistida FIV, inseminação artificial História familiar da mãe (para gestações dizigótica) Idade materna Raça (mais dizigóticos em negros) Multiparidade Diagnóstico Clínico → sinais sugestivos: altura uterina aumentada para IG; palpação de partes fetais de dois feto; ausculta de dois BCFs bHCG dosagens > 50.000 levanta suspeita USG Gemelaridade 2 Dicoriônico: sinal do lambda Monocoriônico: sinal do T Assistência pré-natal ALTO RISCO Morbidade e Mortalidade relacionam-se a coronia e não à zigotia (placenta única → maior risco de malformações e de complicações) Ganho de peso: 15 - 18 kg Ingestão de Fe e ác. fólico deve ser aumentada a partir de 12 semanas Gestação de 3 ou mais fetos: recomenda-se corticoterapia de rotina com 28 semanas (para maturidade pulmonar, já que provável parto pré-termo) USG seriado para acompanhamento do crescimento dos fetos: diferença de pesos > 20% → risco de morte perinatal Definido com discordância entre gemelares) USG anteparto → definir diferença de pesos + apresentação dos fetos Complicações Obstétricas Anemia (aumento demanda) HAG, pré-eclâmpsia, HELLP DMG Polidramia Aminiorrexe prematura Abortamento Parto prematuro RCIU Placenta prévia DPP (8x) Gemelaridade 3 Anomalias congênitas (corionicidade) Hemorragia pós-parto (sobredistensão uterina) Insuficiência placentária Fetais Óbito fetal 2x maior em monocoriônico) Síndrome da transfusão feto-fetal: envolve monocoriônicos e, em especial os diaminióticos, cujas circulações se comunicam na região da placenta Comunicação vasculares na placenta de gêmeos monocoriônicos é normal, mas a transfusão feto-fetal ocorre quando essas comunicações não são acompanhadas por anastomoses arterioarteriais, o que causa um desequilíbrio hemodinâmico resultante do shunt arteriovenoso (ocorre transfusão sanguínea em favor de um dos gêmeos) O feto doador fica hipovolêmico e desenvolve palidez, oligúria, oligodramia, RCIU O feto receptor fica hipervolêmico, apresentando pletora e desenvolvendo poliúria, polidramia, hidropsia e IC Melhor critério diagnóstico: discordância de líquido amniotico nas duas cavidades (bolsão > 8 cm no feto receptor e < 2 cm no doador) Parto Gemelaridade não é indicação absoluta de parto cesárea Indicações para cesárea eletiva: Gestações trigemelares ou múltiplas Gêmeos siameses Monocorionicidade (maior risco de enovelamento de cordões e de prolapso) Casos de transfusão feto-fetal Gemelaridade 4 Primeiro gemelar não cefálico Gemelar 2 com peso > 25% a mais que gemelar 1 ou gemelar 2 com peso < 1.500 g Gemelaridade 5