terça-feira, 9 de fevereiro de 2021 UFCD 9634 “A aprendizagem pela acção é definida como a aprendizagem na qual a criança, através da sua acção sobre os objectos e da sua interacção com pessoas, ideias e acontecimentos, constrói novos entendimentos” (p.22). A aprendizagem pela acção depende do uso de objectos que, no mundo da criança, são essencialmente brinquedos e jogos. Tal como diz Piaget (1969, citado por Hohmann & Weikart, 2007) “O conhecimento não provém, nem dos objectos, nem da criança, mas sim das interacções entre a criança e os objectos” (p.19). educador deve permitir o desenvolvimento de relações de confiança e de prazer através dos seguintes comportamentos: Atenção, gestos, palavras e atitudes; 1 terça-feira, 9 de fevereiro de 2021 Estabelecer limites claros e seguros que permitam à criança sentir-se protegida de decisões e escolhas para as quais ela ainda não tem maturidade suficiente; Permitir o desenvolvimento de autonomia e autoconfiança sempre que possível; Ser verbalmente estimulante, com capacidade de empatia e de responsabilidade, promovendo a linguagem da criança através de interacções recíprocas e o seu desenvolvimento sócio-emocional; Oferecer actividades interessantes e envolventes que permitam à criança oportunidades de concentração, descoberta e de júbilo pelo sucesso e vitória; Ser capaz de articular o jogo e as necessidades das crianças. Para ser um bom profissional “Temos de estudar tudo, reflectir, adequar, respeitar o espaço, o ritmo, a individualidade de cada pessoa inserida no grupo sala de creche” (Batista da Silva, 1998, p.50). Cabe ao educador planificar, orientar e avaliar as actividades. É muito importante o educador saber observar, falar e actuar de acordo com os objectivos de desenvolvimento global da criança. - As relações de afectividade e empatia estabelecidas pelo educador com as crianças, ajudam-nas a ganhar a sensação de con ança no mundo. “Quando os adultos são meigos e pacientes, as crianças aprendem a apreciar essas fi 2 terça-feira, 9 de fevereiro de 2021 qualidades e, ao lidarem com os outros, poderão elas próprias exibir essas qualidades” - As relações de afectividade e empatia estabelecidas pelo educador com as crianças, ajudam-nas a ganhar a sensação de con ança no mundo. “Quando os adultos são meigos e pacientes, as crianças aprendem a apreciar essas qualidades e, ao lidarem com os outros, poderão elas próprias exibir essas qualidades” O papel do jardim-de-infância No jardim-de-infância, formando as crianças a nível pessoal e social, educando o seu sentido ético e estético, prepara-as para uma efectiva prática de cidadania: aprendem a importância do respeito, como é difícil negociar diferentes pontos de vista mantendo a amizade, aprendem acerca da diversidade e da igualdade de oportunidades, da paridade entre sexos, da diversidade de culturas, da importância de cuidar do ambiente e da saúde, interiorizando um sentido de responsabilidade social (Vasconcelos, 2007a, p.113). O jardim-de-infância é um estabelecimento de ensino pré-escolar destinado a acolher crianças com idades compreendidas entre os 3 anos e a idade de ingresso no ensino básico, com o objectivo de lhes proporcionar condições adequadas ao seu desenvolvimento (Assembleia da República, 2005). Os primeiros jardins-de-infância nasceram em consequência das grandes transformações operadas na sociedade com a Revolução Industrial. As primeiras instituições surgiram com o objectivo de responder à pobreza, abandono e maustratos de que as crianças eram vítimas. Assim, o desenvolvimento da educação pré-escolar deveu-se a factores de ordem social. Numa primeira etapa, a educação pré-escolar tinha como função compensar e atenuar os efeitos dos ambientes mais desfavorecidos, pois como a rma Silva (1998): Consideradas de início fundamentalmente como um substituto da educação familiar, quando estas instituições começaram a surgir, pouco se sabia dos processos de desenvolvimento e aprendizagem das condições mais favoráveis para estimular as potencialidades da criança. Também pouco se sabia dos efeitos que este novo meio traria ao seu desenvolvimento, e qual a melhor maneira de o organizar e dinamizar (p.7).O papel do jardim-de-infância No jardim-de-infância, formando as crianças a nível pessoal e social, educando o seu sentido ético e estético, prepara-as para uma efectiva prática de cidadania: aprendem a importância do respeito, como é difícil negociar diferentes pontos de vista mantendo a amizade, aprendem acerca da diversidade e da igualdade de fi fi 3 terça-feira, 9 de fevereiro de 2021 oportunidades, da paridade entre sexos, da diversidade de culturas, da importância de cuidar do ambiente e da saúde, interiorizando um sentido de responsabilidade social (Vasconcelos, 2007a, p.113). O jardim-de-infância é um estabelecimento de ensino pré-escolar destinado a acolher crianças com idades compreendidas entre os 3 anos e a idade de ingresso no ensino básico, com o objectivo de lhes proporcionar condições adequadas ao seu desenvolvimento (Assembleia da República, 2005). Os primeiros jardins-de-infância nasceram em consequência das grandes transformações operadas na sociedade com a Revolução Industrial. As primeiras instituições surgiram com o objectivo de responder à pobreza, abandono e maustratos de que as crianças eram vítimas. Assim, o desenvolvimento da educação pré-escolar deveu-se a factores de ordem social. Numa primeira etapa, a educação pré-escolar tinha como função compensar e atenuar os efeitos dos ambientes mais desfavorecidos, pois como a rma Silva (1998): Consideradas de início fundamentalmente como um substituto da educação familiar, quando estas instituições começaram a surgir, pouco se sabia dos processos de desenvolvimento e aprendizagem das condições mais favoráveis para estimular as potencialidades da criança. Também pouco se sabia dos efeitos que este novo meio traria ao seu desenvolvimento, e qual a melhor maneira de o organizar e dinamizar (p.7).O papel do jardim-de-infância No jardim-de-infância, formando as crianças a nível pessoal e social, educando o seu sentido ético e estético, prepara-as para uma efectiva prática de cidadania: aprendem a importância do respeito, como é difícil negociar diferentes pontos de vista mantendo a amizade, aprendem acerca da diversidade e da igualdade de oportunidades, da paridade entre sexos, da diversidade de culturas, da importância de cuidar do ambiente e da saúde, interiorizando um sentido de responsabilidade social (Vasconcelos, 2007a, p.113). O jardim-de-infância é um estabelecimento de ensino pré-escolar destinado a acolher crianças com idades compreendidas entre os 3 anos e a idade de ingresso no ensino básico, com o objectivo de lhes proporcionar condições adequadas ao seu desenvolvimento (Assembleia da República, 2005). Os primeiros jardins-de-infância nasceram em consequência das grandes transformações operadas na sociedade com a Revolução Industrial. As primeiras instituições surgiram com o objectivo de responder à pobreza, abandono e maustratos de que as crianças eram vítimas. Assim, o desenvolvimento da educação pré-escolar deveu-se a factores de ordem social. Numa primeira etapa, a educação pré-escolar tinha como função compensar e atenuar os efeitos dos ambientes mais desfavorecidos, pois como a rma Silva (1998): fi fi 4 terça-feira, 9 de fevereiro de 2021 Consideradas de início fundamentalmente como um substituto da educação familiar, quando estas instituições começaram a surgir, pouco se sabia dos processos de desenvolvimento e aprendizagem das condições mais favoráveis para estimular as potencialidades da criança. Também pouco se sabia dos efeitos que este novo meio traria ao seu desenvolvimento, e qual a melhor maneira de o organizar e dinamizar (p.7). Só mais tarde, a partir do séc. XX, começou a ser explorado o potencial educativo deste novo ambiente criado para as crianças, em consequência do desenvolvimento de estudos da psicologia do desenvolvimento. Alguns jardins-deinfância passaram a ter em conta outras orientações e preocupações. Estes tentaram acompanhar o movimento reformista que defendia que “a criança se desenvolvia por um processo de desabrochar natural. A educação deveria acompanhar este desenvolvimento, proporcionando experiências educativas adequadas às competências das crianças em cada fase” (Spodek & Brown, 2010, p.202). Adaptação da criança Ao entrar na... Pré-escola a criança se depara com um novo ambiente composto de adultos e crianças com os quais ela nunca interagiu. O distanciamento da família por longas horas do dia e a inserção em um novo ambiente, com rotinas especí cas, exigirão da criança uma grande capacidade de adaptação. No entanto, este aspecto não diz respeito à criança, mas exige de sua família e também dos/as pro ssionais que atuam na escola infantil um processo de adaptação (Felipe, 2001, p. 32). 1.4.1. Adaptação da criança ao jardim-de-infância Não existe um consenso quanto ao conceito de adaptação social. Para Pité (1997) o conceito de adaptação social refere-se ao “processo de ajustamento de um indivíduo ao ambiente. No sentido sociológico, o termo aplica-se quando um indivíduo se ajusta a um grupo social” (p.10). Ao adaptar-se, um sujeito abandona hábitos ou práticas que faziam parte de seu comportamento, mas que estão negativamente avaliadas no contexto onde se deseja integrar, e eventualmente adquirir outros de acordo com as expectativas que se têm do seu novo papel. fi fi 5