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Gestão da Cadeia de Suprimentos

EnANPAD 2017
São Paulo / SP - 01 a 04 de Outubro de 2017
Gestão da Cadeia de Suprimentos: uma Análise Bibliométrica dos Artigos da ANPAD
no período de 1997 a 2016
Autoria
Fernanda Sotello - fernandasotello@gmail.com
Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Tecnologias, Gestão e Sustentabilidade - Nível de Mestrado
Profissional/UNIOESTE - Universidade Estadual do Oeste do Paraná
JOICE FRANCIELE WENDLING DAMKE - joicewd@gmail.com
Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Tecnologias, Gestão e Sustentabilidade - Nível de Mestrado
Profissional/UNIOESTE - Universidade Estadual do Oeste do Paraná
Manoela Silveira dos Santos - manoelasantospoa@gmail.com
Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Tecnologias, Gestão e Sustentabilidade - Nível de Mestrado
Profissional/UNIOESTE - Universidade Estadual do Oeste do Paraná
Elói Junior Damke - eloi.damke@gmail.com
Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Tecnologias, Gestão e Sustentabilidade - Nível de Mestrado
Profissional/UNIOESTE - Universidade Estadual do Oeste do Paraná
Resumo
A gestão de cadeias de suprimento (SCM) tem alcançado crescente notoriedade nos estudos
organizacionais. Essa centralidade se deve ao impacto que esta abordagem exerce no
desempenho de muitas organizações; no entanto, são poucas as pesquisas no Brasil que
tratam da gestão de cadeias de suprimentos nas organizações. Desse modo, o objetivo desse
estudo foi avaliar a produção científica acerca da cadeia de suprimentos e sua gestão,
publicada nos eventos da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em
Administração (ANPAD), no período de 1997 a 2016. Dados levantados por meio de uma
análise bibliométrica revelaram que os focos mais abordados foram relacionados às
estratégias e resultados de SCM, o maior pico de publicação ocorreu no ano de 2008, a
metodologia mais adotada nessa área foi a qualitativa e houve predomínio na utilização de
periódicos (jornais e revistas) internacionais nos artigos investigados.
EnANPAD 2017
São Paulo / SP - 01 a 04 de Outubro de 2017
Gestão da Cadeia de Suprimentos: uma Análise Bibliométrica dos Artigos da ANPAD
no período de 1997 a 2016
Resumo: A gestão de cadeias de suprimento (SCM) tem alcançado crescente notoriedade nos
estudos organizacionais. Essa centralidade se deve ao impacto que esta abordagem exerce no
desempenho de muitas organizações; no entanto, são poucas as pesquisas no Brasil que tratam
da gestão de cadeias de suprimentos nas organizações. Desse modo, o objetivo desse estudo foi
avaliar a produção científica acerca da cadeia de suprimentos e sua gestão, publicada nos
eventos da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração (ANPAD),
no período de 1997 a 2016. Dados levantados por meio de uma análise bibliométrica revelaram
que os focos mais abordados foram relacionados às estratégias e resultados de SCM, o maior
pico de publicação ocorreu no ano de 2008, a metodologia mais adotada nessa área foi a
qualitativa e houve predomínio na utilização de periódicos (jornais e revistas) internacionais
nos artigos investigados.
Palavras-chave: Supply Chain Management; Bibliometria; ANPAD.
1 INTRODUÇÃO
As rápidas transformações tecnológicas, econômicas e sociais têm exigido das empresas
uma reavaliação constante, do ponto de vista estratégico, dos processos que agregam valor e
reduzam os custos ao longo de um negócio, implicando no fluxo de materiais, planejamento,
gerenciamento e monitoramento de informações desde o fornecedor até o cliente final
(COOPER; ELRAM, 1993; BALES et al., 2004). Sob essa perspectiva, a gestão da cadeia de
suprimentos (SCM) apresenta-se como um modelo competitivo a ser explorado pelas
organizações na busca de um melhor posicionamento no mercado (PIRES; NETO, 2010).
A SCM é uma filosofia de gestão holística que abrange toda a cadeia produtiva de forma
estratégica e integrada, estendendo-se além das atividades intraorganizacionais, e que busca por
meio da colaboração e parceria alcançar um objetivo comum a todos os agentes envolvidos no
processo (TAN et al., 1998). Esse objetivo principal está em alcançar eficiência e eficácia nas
operações ao longo de toda a cadeia, sendo a satisfação do consumidor final o foco de todos os
esforços (LAMBERT; COOPER, 2000). Nesse contexto, as estratégias deixam de ser
formuladas a partir da perspectiva de uma única empresa e passam a considerar os parceiros da
cadeia de suprimentos como elementos determinantes na segmentação, distribuição e vendas
de produtos, por exemplo (TEIXEIRA; LACERDA, 2010).
Como benefícios desse gerenciamento, Anderson (2001) destaca que há um maior
compartilhamento de informações, redução das incertezas entre os parceiros da cadeia logística
e aumento do desempenho do sistema, uma vez que a maior visibilidade da cadeia permite um
planejamento mais colaborativo, preciso e ágil entre as empresas. Apesar dessas contribuições
práticas e dos avanços da pesquisa acadêmica sobre SCM nos últimos anos (BURGESS et al.,
2006), a gestão da cadeia de suprimentos ainda não se solidificou enquanto teoria ou mesmo
disciplina, e requer mais evidências, conclusões e debates para reduzir as lacunas na área e
ampliar o nível de conhecimento (HARLAND et al., 2006).
Nesse sentido, o objetivo deste estudo está em analisar a produção científica sobre o
tema SCM, nos eventos da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em
Administração (ANPAD), no período de 1997 a 2016, identificando as principais abordagens,
áreas, aspectos metodológicos e referências utilizadas nesses artigos. Assim, esse estudo está
dividido em quatro seções adicionais a essa introdução. A seção 2 apresenta uma breve revisão
teórica acerca do tema e a seção 3 detalha os procedimentos metodológicos adotados. A seção
1
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4, discute os dados e resultados obtidos e, finalmente, a seção 5 aborda as considerações finais,
limitações e sugestões para pesquisas futuras.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Segundo o Supply Chain Council (2002), a cadeia de suprimentos (SC) abrange todos
os esforços envolvidos na produção e entrega de um produto final, desde o fornecedor até o
cliente. Lambert (2008) exemplifica o conceito afirmando que a SC compreende a combinação
de processos, atividades e relações por meio das quais produtos, serviços, informações e
transações financeiras fluem intra e inter-organizacionalmente, desde o produtor inicial ao
consumidor final. É por essa razão que diferentes autores dizem que a cadeia possui relações à
montante e à jusante para entregar maior valor aos clientes.
De modo geral, uma cadeia de suprimentos é formada por um conjunto de empresas
lideradas por uma empresa líder (LAMBERT et al., 1998). Nessa configuração, cada empresa
contribui individualmente com suas competências centrais, as quais estão inseridas nas cadeias
de valor das organizações (OLIVEIRA; LEITE, 2010), e coletivamente por meio do
compartilhamento de responsabilidades (CHRISTOPHER, 2007; CHOPRA; MEINDL, 2011).
Contudo, considerando que uma SC engloba diferente atores - fornecedores de matériaprima, empresa focal e clientes, apenas para citar a cadeia imediata -, planejar e gerenciar todos
os processos envolvidos na obtenção e fornecimento, conversão e gerenciamento das atividades
logísticas, isto é, realizar a gestão da cadeia de suprimentos, é uma das atividades mais
complexas no campo organizacional.
2.1 Gestão da Cadeia de suprimentos (SCM)
A SCM apresenta-se como uma filosofia de gestão que busca a sincronização e
convergência das competências estratégicas e operacionais dos agentes por meio do
gerenciamento integrado da cadeia, fazendo com que o progresso ocorrido em determinada
organização influencie diretamente no desempenho das demais (MENTZER et al., 2001). De
outro modo, significa dizer que a SCM eficiente permite ligar o mercado, a rede de distribuição,
o processo de produção e a atividade de compra, de tal modo que os consumidores tenham um
alto nível de serviço ao menor custo total (BOWERSOX et al., 2006).
Para Paulraj e Chen (2012), a SCM pode ser definida como um conjunto de operações
e abordagens utilizadas para integrar fornecedores, fabricantes, depósitos e armazéns, de forma
que a mercadoria seja produzida e distribuída na quantidade certa, para a localização certa e no
tempo certo. Em essência, a gestão da cadeia de suprimentos integra a gestão da demanda e do
fornecimento dentro e entre empresas (COUNCIL OF SUPPLY CHAIN MANAGEMENT
PROFESSIONALS, 2009), para a obtenção de uma vantagem competitiva sustentável
(SEURING; MULLER, 2008).
Como benefícios de uma SCM eficiente, destacam-se a satisfação do consumidor final
(BOWERSOX et al., 2000), a redução do custo total, compartilhamento de custos e riscos, o
acesso ao capital financeiro, maior capacidade de aprendizagem e transferência de
conhecimento (PARK et al., 2004). O objetivo, portanto, está em maximizar os lucros por meio
do relacionamento do tipo ganha-ganha (COOPER; ELLRAM, 1993, DYER; SINGH, 1998).
Ao se analisar a SCM, diferentes focos vêm sendo abordados por diferentes autores.
Dentre os temas, destacam-se a estratégia, integração, relacionamentos (parcerias e/ou alianças
estratégicas), confiança, o compartilhamento de informações e tecnologia da informação,
resultados (medição/avaliação) e a sustentabilidade (CROOM et al., 2000).
De acordo com Teixeira e Lacerda (2010), a temática da integração foi objeto dos
estudos de Souza et al. (2004), Dudek e Stadler (2005) e Yue et al. (2006), e compreende a
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agregação dos processos-chave de negócios não apenas de uma organização isolada, mas entre
todas as empresas que compõem a cadeia (COOPER et al., 1997), como práticas de revisão
periódica do comportamento da demanda, fluxos de informações integradas e estoques
gerenciados pelos fornecedores (SOARES; PEREIRA, 2006). Os resultados dessa integração e
coordenação envolvem a abordagem conjunta de serviço e entrega de produtos, diminuição dos
riscos e custos, redução de incertezas e eliminação de desperdícios (PIRES, 2004). Desse modo,
segundo o autor, existe uma relação direta entre a integração e o desempenho da cadeia de
suprimentos, dado que quanto mais integrada a cadeia estiver, maior será o seu desempenho.
Para que a integração ocorra, é premissa a existência de relacionamentos e colaboração
entre os participantes da rede, os quais podem ser fornecedores, intermediários, prestadores de
serviços terceirizados e consumidores (GIBSON et al., 2005), haja vista que nem a mais
integrada das empresas possui todas as competências necessárias à execução do conjunto de
atividades produtivas (CARDENAS; LOPES, 2006). Nesse sentido, a junção de forças
complementares de diferentes organizações em uma cadeia de suprimentos, com o objetivo de
reduzir as incertezas e acelerar a aprendizagem, pode ser considerada uma aliança estratégica
(HAMEL; DOZ, 2000). Esse tipo de parceria é caracterizado pelo compromisso das empresas
em alcançar um objetivo comum, unindo suas capacidades e recursos.
Como benefícios da formação de alianças estratégicas, Osland e Yaprak (1995)
destacam que o maior deles advém do aprendizado relacionado à estrutura e cultura
organizacionais, às estratégias de marketing e ao desenvolvimento de tecnologias. Contractor e
Lorange (1988), por sua vez, complementam como benefícios: i) a redução dos custos de
transação; ii) redução ou compartilhamento dos riscos; iii) economia de escala pela maior
eficiência conseguida com o uso dos ativos; iv) intercâmbio tecnológico; v) menor
concorrência; vi) facilitação do ingresso de organizações poucos experientes no mercado; e,
vii) conquista de melhor posicionamento pelas empresas da cadeia. Em síntese, as alianças em
SCM buscam viabilizar a obtenção de benefícios característicos da integração vertical sem o
pagamento do ônus pela posse dos ativos (VOLLMANN; CORDON, 1998).
Essa temática da parceria, segundo Teixeira e Lacerda (2010), já foi estudada por
teóricos como Wu e Choi (2005), Ireland e Webb (2006), Mccarter e Northcraft (2006), Gattiker
et al. (2007), no que tange à confiança e relacionamento, e por Nagurney et al. (2005) e
Sivadasan et al. (2006) quanto à configuração da rede de fornecedores e parceiros.
No que diz respeito ao compartilhamento de informações, esse tópico já foi abordado
por Barratt e Oke (2006), e Chu e Lee (2006) em suas pesquisas (TEIXEIRA; LACERDA,
2010). De acordo com Miguel e Brito (2010), esta é a característica principal e de maior
conformidade entre os estudos de cadeia de suprimentos, e refere-se à constante comunicação
formal ou informal entre os membros que compõem a cadeia. Desse modo, assume-se que há
um fluxo contínuo de informações de demanda, produção, projetos, resultados, atendimento de
clientes, custos e concorrência, o qual deve ser confiável e robusto (BANDEIRA et al., 2006).
Complementarmente, tanto o relacionamento quanto o compartilhamento de
informações dependem da confiança, a qual tem sido considerada condição prévia para um
melhor desempenho e sucesso competitivo em ambientes de negócios (FREE, 2008). Segundo
Rademakers (2000), a confiança pode ser entendida como o conjunto de expectativas que os
gestores das organizações têm sobre o comportamento futuro dos seus parceiros de negócios.
Desse modo, a maneira como as dificuldades são superadas entre os parceiros são
condicionantes para relacionamentos cooperativos de longo prazo (ZINELDIN; JONSSON,
2000). Neste sentido, a confiança pode ser considerada como uma força de ligação na maioria
das transações entre compradores e fornecedores, que se torna crítica quando há incertezas
assimétricas em uma cadeia de suprimentos (AGARWAL; SHANKAR, 2003).
Para que não exista assimetrias de informação (BRONZO, 2004), esse processo pode
ser suportado pela tecnologia da informação. A TI permeia toda a cadeia de valor das
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instituições e representa o elo das atividades logísticas a um processo integrado. Por meio de
sistemas computadorizados é possível iniciar atividades, rastrear dados sobre processos,
facilitar o compartilhamento de informações dentro da empresa e entre parceiros da cadeia,
assim, auxiliar a tomada de decisão gerencial (BOWERSOX et al., 2007).
Com relação aos resultados da SC, estes compreendem a proposição de
modelos/sistemas de medição de desempenho para toda cadeia (NEVES et al, 2012),
envolvendo, por exemplo, a relação entre fornecedores e compradores e o desempenho. Tal
temática já foi abordada por pesquisadores como Miyaoka e Hausman (2004), Marquez et al.
(2004), Sheu (2005), Ray et al. (2005) e Hult et al. (2006).
Por fim, a sustentabilidade na SCM vem ganhando estudos teóricos desde a última
década, com destaque para os trabalhos de Klassen e Vachon (2003), Kleindorfer et al. (2005),
Matos e Hall (2007), Linton et al. (2007), Srivastava (2007), Seuring e Muller (2008), Pagell e
Wu (2009) e Testa e Iraldo (2010). Logo, o conceito sustentável é expresso pela integração das
preocupações ambientais e sociais com SCM, existindo uma vertente que se ocupa
especialmente da questão ambiental: a gestão da cadeia de suprimentos verde (GrSCM).
Para Srivastava (2007) a adição do componente “verde” advém da influência das
relações entre a cadeia de suprimentos tradicional e o ambiente natural. Sob essa perspectiva, a
GrSCM visa organizar e sistematizar práticas sustentáveis adotadas pelas empresas, de modo a
aumentar a competitividade (SEURING; MULLER, 2008), e abrange atividades, ações e
esforços ambientais voltados à criação, desenvolvimento, produção, entrega ao usuário final
(GOLICIC; SMITH, 2013) e gestão do fim da vida útil do produto (SRIVASTAVA, 2007).
Considerando as diferentes definições, temáticas e possibilidades relacionadas à gestão
da cadeia de suprimentos em nível global, verificar o que vem sendo produzido no Brasil sobre
SCM pode fortalecer a completude deste fenômeno. Para isso, o uso de técnicas bibliométricas
pode auxiliar a analisar detalhadamente as características bibliográficas dos artigos e citações.
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Este estudo adotou os procedimentos de um estudo bibliométrico como método para a
coleta dos dados. Para Tague-Sutckiffe (1992), a bibliometria consiste no “[...] estudo dos
aspectos quantitativos da produção, disseminação e uso da informação registrada” publicada
em eventos, revistas, livros e outros formatos de comunicação, incluindo a contagem de
referências e citações (NASEER; MAHMOOD, 2009). De caráter descritivo (RICHARDSON,
1999), a análise bibliométrica seguiu as etapas detalhadas na Figura 1.
Figura 1 - Etapas da pesquisa bibliométrica
Fonte: Elaborado pelos autores (2017).
Em relação à definição da base de dados, o foco desse estudo foi analisar os artigos
sobre a SCM, publicados nos eventos da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa
em Administração (ANPAD), no período de 1997 a 2016. A seleção da ANPAD como fonte de
pesquisa se justifica pelo fato desta instituição ser o principal órgão de interação entre
programas associados, grupos de pesquisa e a comunidade internacional no campo das ciências
administrativas, contábeis e afins (ANPAD, 2017). O acesso aos artigos ocorreu pelo portal
institucional da própria ANPAD durante os meses de dezembro de 2016 e fevereiro de 2017.
Para a seleção do portfólio bibliométrico, inicialmente foram utilizados os seguintes
termos para busca: “gestão da cadeia de suprimentos” e “gerenciamento da cadeia de
4
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suprimentos”, para os quais retornaram 26 textos científicos. Adicionalmente, devido ao baixo
número de artigos, ampliou-se a busca com o uso do termo “cadeia de suprimentos”. Nessa
nova pesquisa, foram localizados 81 artigos, totalizando 107 textos. Na sequência, foram
excluídos os artigos repetidos e restaram 81 textos para essa análise bibliométrica.
Para a tabulação dos dados, foi utilizado o Microsoft Excel®, no qual as informações
foram analisadas por meio de distribuição das frequências e agrupadas de acordo com os
seguintes parâmetros: (i) artigos selecionados segundo as palavras-chave e ano de publicação;
(ii) artigos por áreas temáticas de SCM (estratégia, integração, relacionamento, confiança, o
compartilhamento de informações e TI, resultados e sustentabilidade); (iii) autores e IES com
maior número de publicações; (iv) quantidade de autores por artigo; (v) abordagem
metodológica utilizada; e, (vi) médias, origem e fonte das referências.
Expostos os procedimentos metodológicos, na próxima seção apresenta-se a análise dos
resultados.
4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS
A análise dos resultados foi realizada de acordo com os parâmetros estabelecidos
anteriormente na metodologia, os quais serão detalhados a seguir.
4.1 Artigos selecionados de acordo com as palavras-chave e ano de publicação
Em relação aos termos “gestão da cadeia de suprimentos” e “gerenciamento da cadeia
de suprimentos”, o maior pico de publicação ocorreu no ano de 2008 (5 publicações). Quanto
ao termo “cadeia de suprimentos”, o período de maior publicação foi no ano de 2012 com 7
artigos sobre essa temática, conforme ilustrado na Figura 2.
Figura 2 - Número de publicações por ano de acordo com as palavras-chave
Fonte: Elaborado pelos autores (2017).
Quanto à contagem total de publicações por ano, verifica-se que 2008 teve a maior
quantidade de artigos produzidos (8 textos), seguido dos anos de 2010, 2012 e 2016 que tiveram
7 artigos cada. Por sua vez, os anos de 1998 e 2001 não tiveram nenhum texto publicado.
4.2 Artigos por áreas temáticas de SCM
Para facilitar a categorização do portfólio bibliométrico de SC e SCM, os artigos foram
enquadrados de acordo com o embasamento teórico proposto na seção 2. Adicionalmente, foi
5
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incluída a área temática de ensaio teórico – compreendendo revisões bibliográficas sobre SCM.
A Figura 3 apresenta a categorização dos artigos por área temática.
Figura 3 - Categorização dos artigos por área temática
Nº Artigo
Controlar para confiar? Explorando o Impacto da Confiança e
dos Controles no Risco Percebido em Relacionamentos
1
Interorganizacionais no Ambiente de uma Cadeia de
Suprimentos
A Evolução da Cadeia de Suprimentos da Indústria
2
Automobilística no Brasil
Gestão da Cadeia de Suprimentos: Análise dos Artigos
3 Publicados
nos
Principais
Periódicos
Acadêmicos
Internacionais entre os Anos de 2004 e 2006
Considerações Teóricas sobre a Modelagem do Desenho da
4
Cadeia de Suprimentos Global
Novas Perspectivas da Capacidade Absortiva na Gestão da
5
Cadeia de Suprimentos
A Gestão da Cadeia de Suprimentos e sua Conexão com a
6
Visão Relacional da Estratégia
Um Modelo conceitual da Governança da Cadeia de
7 Suprimentos: analisando suas concepções e elementos sob a
ótica das teorias da governança
Os Congestionamentos Urbanos e os Custos na Cadeia de
8
Suprimentos
O Enfoque Estratégico na Gestão da Cadeia de Suprimentos:
9
Análise e Aplicação de Aspectos Conceituais no Caso Gradina
10 Trade-Offs na Cadeia de Suprimentos dos Supermercados
Análise do Nível de Adoção do E-Procurement a fim de
11
Integrar a Cadeia de Suprimentos nos Hospitais de Fortaleza
A Economia dos Custos de Transação e o Gerenciamento da
12 Cadeia de Suprimentos: a União de Abordagens em Busca de
um Framework para Aplicação em Sistemas Agroindustriais
Custos de Transação e a Gestão da Cadeia de Suprimentos:
13 Estudos de Caso em Estruturas de Governança Híbridas do
Sistema Agroalimentar no Rio Grande do Sul
Fontes de Vantagens Competitivas na Cadeia de Suprimentos
14 do Setor de Alimentos: um Estudo sob o ponto de vista dos
Gestores
A Inovação Tecnológica no Planejamento Estratégico da
15
Cadeia de Suprimentos: O Caso da Cadeia Sucroalcooleira
Gerenciamento de Cadeia de Suprimentos – conceitos e
16
desafios na implementação
Coordenação da gestão da cadeia de suprimentos automotiva:
17
estudo do caso de VMI em peças de reposição da SCANIA
A Gestão da Demanda na Cadeia de Suprimentos da Indústria
18 de Laticínios: uma Análise dos Problemas e Abordagens para
Melhoria
Processo de Implantação da Gestão da Demanda na Cadeia de
19 Suprimentos de Produtos de Mercearia Básica: um Estudo no
Setor Atacadista Distribuidor
Gestão da Demanda: um estudo de caso na cadeia de
20
suprimentos da tilapicultura
Dificuldades no Processo de Gestão da Demanda entre Elos da
21 Cadeia de Suprimentos: um estudo no Setor Atacadista
Distribuidor de Produtos de Mercearia Básica
Imersão Social na Cadeia de Suprimentos e Seu Efeito
22
Paradoxal no Desempenho Operacional
Ano
Evento
Área temática
2008
EnANPAD
Confiança
2000
EnANPAD
Ensaio teórico
2009
EnANPAD
Ensaio teórico
2012
EnANPAD
Ensaio teórico
2014
EnANPAD
Ensaio teórico
2009
EnANPAD
Estratégia
2011
EnANPAD
Estratégia
1997
EnANPAD
Estratégia
2002
EnANPAD
Estratégia
2003
EnANPAD
Estratégia
2003
EnANPAD
Estratégia
2003
EnANPAD
Estratégia
2004
EnANPAD
Estratégia
2005
EnANPAD
Estratégia
2005
EnANPAD
Estratégia
2005
EnANPAD
Estratégia
2005
EnANPAD
Estratégia
2010
EnANPAD
Estratégia
2011
EnANPAD
Estratégia
2012
EnANPAD
Estratégia
2012
EnANPAD
Estratégia
2013
3Es
Estratégia
6
EnANPAD 2017
São Paulo / SP - 01 a 04 de Outubro de 2017
Continuação da Figura 3 - Categorização dos artigos por área temática
Nº Artigo
Ano
A Contribuição da Empresa Focal no Desenvolvimento de
23 Competências Interorganizacionais de uma Cadeia de 2015
Suprimentos na Indústria Automotiva
Alinhamento da Cadeia de Suprimentos entre a Indústria de
24 Medicamentos e as Farmácias e Drogarias sob a Perspectiva 2005
das Dimensões da Informação
Gestão da Informação nos Elos da Cadeia de Suprimentos do
25
2006
Setor Automotivo Brasileiro
Impactos da Integração da Cadeia de Suprimentos sobre os
26 Objetivos de Desempenho de Manufatura da Indústria 2008
Automobilística
Análise da Cadeia de Suprimentos da Água Mineral no Estado
27
2010
do Pará: Um Estudo Focado nos Componentes de Desempenho
Antecedentes da gestão da cadeia de suprimentos: um modelo
28
2010
de mensuração
29 Proposta de medição de desempenho da cadeia de suprimentos 2011
Gestão da Cadeia de Suprimentos em Negócios Virtuais:
30
1999
Implicações das Expectativas dos Clientes
O Paradigma do Ressuprimento Enxuto: Armadilha na Gestão
31
1999
do Fluxo de Materiais Entre Elos da Cadeia de Suprimentos
Modelo para Avaliação dos Ganhos do Gerenciamento da
32
2000
Cadeia de Suprimentos
Organização da Função Logística dos Grandes Contratantes da
33
2005
Cadeia de Suprimentos da Fiat Automóveis do Brasil
Uma Análise Investigativa do Efeito Chicote na Cadeia de
34
2007
Suprimentos da Indústria Alimentícia
Do limão à Limonada: A gestão da cadeia de suprimentos de
35
2008
uma empresa de distribuição de frutas in natura
Gestão da Cadeia de Suprimentos e o Impacto no Desempenho
36
2008
Operacional: um Estudo Empírico no Brasil
A Gestão da Cadeia de Suprimentos do Setor Hoteleiro
37 Brasileiro: Uma Análise Comparativa entre Hotéis 2008
Econômicos e de Luxo
A Relação entre Estratégia de Manufatura, Gestão da Cadeia
38
2010
de Suprimentos e Antecipação a Novas Tecnologias
O Efeito Cadeia de Suprimentos Sobre o Desempenho das
39
2012
Empresas: Uma Abordagem Multinível
Um comparativo entre Práticas da Gestão da Cadeia de
40
2013
Suprimentos Verde Chinês, Japonês e Brasileiro
O Relacionamento na Cadeia de Suprimentos e Seus Efeitos no
41 Desempenho Operacional: Evidências do Setor Moveleiro 2013
Brasileiro
Caracterização dos Facilitadores para Criação de Resiliência na
42 Cadeia de Suprimentos: um Estudo de Caso a partir das 2016
Atividades da Logística Inbound
Modelagem de Múltiplos Objetivos da Cadeia de Suprimentos
43
2003
da Água Mineral
Operador Logístico e Manutenção Terceirizada: um Estudo
44 sobre Performance Baseada na Empresa Foco da Cadeia de 2006
Suprimentos
Relacionamento na Cadeia de Suprimentos: Que
45
2004
Relacionamento?
A Racionalidade na Adoção de Comportamentos
Colaborativos e seus Atributos Preferenciais Intra e Inter46
2008
empresas na Cadeia de Suprimentos do Setor de Metal
Mecânicos
Evento
Área temática
EnANPAD
Estratégia
EnANPAD
Gestão da
informação
EnANPAD
Gestão da
informação
EnANPAD
Integração
EnANPAD
Resultados
EnANPAD
Resultados
EnANPAD
Resultados
EnANPAD
Resultados
EnANPAD
Resultados
EnANPAD
Resultados
EnANPAD
Resultados
EnANPAD
Resultados
EnANPAD
Resultados
EnANPAD
Resultados
EnANPAD
Resultados
EnANPAD
Resultados
EnANPAD
Resultados
EnANPAD
Resultados
EnANPAD
Resultados
EnANPAD
Resultados
EnANPAD
Resultados
EnANPAD
Resultados
EnEO
Relacionamento
EnANPAD
Relacionamento
7
EnANPAD 2017
São Paulo / SP - 01 a 04 de Outubro de 2017
Continuação da Figura 3 - Categorização dos artigos por área temática
Nº Artigo
Ano
Uma análise dos relacionamentos entre comprador e
47 fornecedores na cadeia de suprimentos de produtos orgânicos 2010
no Brasil
Análise do Relacionamento da Cadeia de Suprimentos do Setor
48
2012
de Serviços de Eventos em Goiânia? GO
Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos e Configuração
49
2000
Produtiva na Cadeia do Leite no Rio Grande do Sul
Cooperação Tecnológica na Cadeia de Suprimentos Gaúcha: a
50
2000
Relação Usuário-Produtor
Gestão da Base de Fornecedores no Agronegócio de
Processamento de Manga do Vale do São Francisco: uma
51
2006
Análise a partir das Orientações da Gestão da Cadeia de
Suprimentos
Relacionamentos Interorganizacionais na Cadeia de
52
2006
Suprimentos: a Análise de uma Empresa do Setor de Alimentos
Gestão da Cadeia de Suprimentos e sua Relação com as
53 Necessidades e Comportamentos dos Consumidores de 2007
Produtos Agroalimentares: O Caso do Café Solúvel
Formação de Rede Interorganizacional para a Gestão da Cadeia
54 de Suprimentos: o Caso do Setor Avícola no Estado do Espírito 2007
Santo
Fluxo e Troca de Informações no Relacionamento Entre
55
2007
Empresas da Cadeia de Suprimentos
De operador a integrador logístico: uma proposta conceitual do
56 contexto dos processos do gerenciamento da cadeia de 2009
suprimentos
Responsabilidade Social Corporativa na Cadeia de
57 Suprimentos do Setor de Petróleo e Gás Natural: O Caso dos 2011
Fornecedores Pernambucanos da Petrobrás
Relacionamentos em cadeia de suprimentos internacionais de
58
2012
multinacional: o caso Marfrig e unidades subsidiárias
Incentivos Competitivos e Cooperativos em Relacionamentos
59 Interorganizacionais: uma Análise em uma Cadeia de 2016
Suprimentos Vitivinícola Orgânica
O Efeito Moderador da Motivação Ambiental sobre o
60 Desempenho da Cadeia de Suprimentos Verde das Empresas 2013
Químicas
Gestão Sustentável da Cadeia de Suprimentos e Desempenho
61 Inovador: uma Análise em Empresas do Setor Mineral 2015
Brasileiro
Gestão da Cadeia de Suprimentos Verde (GSCM): Tendências
62
2016
e Desafios
63
64
65
66
65
66
67
Gestão da Cadeia de Suprimentos Sustentável: Uma
Perspectiva Integrada para Pesquisas Futuras
Sustentabilidade em Cadeia de Suprimentos: Uma Perspectiva
Comparada de Publicações Nacionais e Internacionais
Gestão da Cadeia de Suprimentos Sustentável: entendendo o
discurso brasileiro
Gestão da Cadeia de Suprimentos Verde e Barreiras à Sua
Implementação: Identificação, Análise e Classificação
Gestão da Cadeia de Suprimentos Sustentável: entendendo o
discurso brasileiro
Gestão da Cadeia de Suprimentos Verde e Barreiras à Sua
Implementação: Identificação, Análise e Classificação
Abordagem de Métodos Mistos na Identificação das Barreiras
à Implementação da Gestão da Cadeia de Suprimentos Verde
Evento
Área temática
EnANPAD
Relacionamento
EnANPAD
Relacionamento
EnANPAD
Relacionamento
EnANPAD
Relacionamento
EnANPAD
Relacionamento
EnANPAD
Relacionamento
EnANPAD
Relacionamento
EnANPAD
Relacionamento
EnANPAD
Relacionamento
EnANPAD
Relacionamento
EnANPAD
Relacionamento
EnANPAD
Relacionamento
EnANPAD
Relacionamento
EnANPAD
Sustentabilidade
EnANPAD
Sustentabilidade
EnANPAD
Sustentabilidade
2008
Simpósio
de Gestão
Inovação
Sustentabilidade
2009
EnANPAD
2013
EnANPAD
2016
EnANPAD
2013
EnANPAD
2016
EnANPAD
2016
EnANPAD
Sustentabilidade
Sustentabilidade
Sustentabilidade
Sustentabilidade
Sustentabilidade
Sustentabilidade
8
EnANPAD 2017
São Paulo / SP - 01 a 04 de Outubro de 2017
Continuação da Figura 3 - Categorização dos artigos por área temática
Nº Artigo
Ano
A Certificação Ambiental como Garantia da Cadeia de
68
2010
Suprimentos Verdes: um Estudo no Setor Madeireiro
69
Consumo Sustentável no contexto empresarial? O caso da
cadeia de suprimentos do Walmart Brasil
Pressões e Práticas Socioambientais no Contexto da Gestão
da Cadeia de Suprimentos: um Estudo da Relação entre os
70
Determinantes e as Ações Sustentáveis em Indústrias de
Minas Gerais
Colaboração e Sustentabilidade: Práticas de Membros de uma
71
Cadeia de Suprimentos do Rio Grande do Sul
Disseminando Práticas de Sustentabilidade na Cadeia de
72 Suprimentos: um Estudo sobre a Influência de uma Empresa
Focal
Barreiras e Oportunidades à Ecoinovação na Gestão
73 Sustentável da Cadeia de Suprimentos: um Estudo no Setor
de Alimentos
Inovação em Canais de Distribuição - da Tecnologia de
74
Informação à Gestão da Cadeia de Suprimentos
Analisando a Gestão na Cadeia de Suprimentos através da
75 Implantação da Tecnologia Voz sobre IP (VoIP): o Reflexo
dos Benefícios e das Dificuldades na Comunicação
Manifestações Discursivas de Comportamento na
76 Implementação do Sistema de Gerenciamento da Cadeia de
Suprimentos em uma Siderúrgica Multinacional
Um Estudo Sobre o Impacto de Tecnologias Emergentes: O
77 Caso das Etiquetas de Rádio Frequência na Gestão da Cadeia
de Suprimentos
Sistemas de Informação como suporte ao Planejamento
78 Colaborativo da Demanda: Transparência e Visibilidade na
Gestão da Cadeia de Suprimentos
Uso da Tecnologia da Informação na Gestão da Cadeia de
79 Suprimentos: A Visão dos Fornecedores de São Luís do
Maranhão
Investimentos em TI, Governança da Cadeia de Suprimentos
80 e Desempenho da Cadeia de Suprimentos: proposta de um
modelo
Investimentos em TI e a Governança da Cadeia de
81
Suprimentos: Discutindo Impactos e Relações
Fonte: Elaborado pelos autores (2017).
Evento
EnANPAD
Área temática
Sustentabilidade
2012
Simpósio
de Gestão
Inovação
Sustentabilidade
2014
EnANPAD
Sustentabilidade
2015
EnANPAD
Sustentabilidade
2016
Simpósio
de Gestão
Inovação
Sustentabilidade
2016
EnANPAD
Sustentabilidade
2000
EnANPAD
Tecnologia da
Informação
2006
EnANPAD
Tecnologia da
Informação
2007
EnANPAD
Tecnologia da
Informação
2007
EnANPAD
Tecnologia da
Informação
2008
EnANPAD
Tecnologia da
Informação
2010
EnANPAD
Tecnologia da
Informação
2013
EnADI
Tecnologia da
Informação
2014
EnANPAD
Tecnologia da
Informação
Os artigos com foco nas estratégias e resultados de SCM tiveram o maior número de
publicações com 18 textos cada (22%), seguidos pela área de parcerias e alianças estratégicas,
com 19% (15 textos) e sustentabilidade, com 17% (14 textos) do total. Nesses estudos, os
setores de aplicação mais recorrentes foram a indústria de alimentos em geral, siderurgia,
hotelaria, farmacêutica, TI, moveleira e madeireira, química e automotiva.
Além disso, percebe-se que a maioria dos artigos (93%) foi publicado no Encontro da
ANPAD (EnANPAD), especialmente nas divisões temáticas de Gestão de Operações e
Logística (62 textos), Administração da Informação (5 textos), Gestão de Agronegócios (3
textos), Gestão da Ciência e Tecnologia (3 textos), Marketing (1 texto) e Estratégia em
Organizações (1 texto). Também houve publicações sobre SC e SCM em outros eventos da
ANPAD como o Simpósio de Gestão da Inovação Tecnológica (4%), Encontro de Estudos
Organizacionais - EnEO (1%), Encontro de Estudos em Estratégia – 3Es (1%) e Encontro de
Administração da Informação – EnADI (1%).
9
EnANPAD 2017
São Paulo / SP - 01 a 04 de Outubro de 2017
4.3 Autores e instituições de ensino superior com maior número de publicação
Em relação aos autores, os artigos deste portfólio bibliométrico foram escritos por 154
pesquisadores, dos quais destacam-se Moori (1999, 2005, 2007, 2008 e 2013) com 6 artigos
publicados, e Melo (2010, 2011 e 2012), Shibao (2013 e 2016), Vieira (2000, 2010, 2012 e
2016), Brito (2008, 2009, 2010 e 2012) e Alcântara (2010, 2011 e 2012) com 4 textos cada um.
A Tabela 1 apresenta a frequência de publicação dos principais autores desta bibliometria.
Tabela 1 - Autores que mais produziram sobre a temática no período pesquisado
Autores que mais produziram
Roberto Giro Moori
Frequência
6 artigos
Daniela de Castro Melo; Fabio Ytoshi Shibao; Luciana Marques Vieira; Luiz Artur Ledur Brito;
Rosane Lúcia Chicarelli Alcântara
4 artigos
cada autor
Ana Paula Ferreira Alves; Andrea Lago da Silva; José Carlos Barbieri; Mario Roberto dos
Santos; Minelle Enéas da Silva; Pietro Cunha Dolci; Priscila Laczynski de Souza Miguel
3 artigos
cada autor
Alessandro Porporatti Arbage; Antonio Carlos Gastaud Maçada; Carla Roberta Pereira; Denis
Borenstein; Flavia Cristina da Silva; Gilson Rodrigo Silvério Polidório; Guilherme Silveira
Martins; Hélio Zanquetto Filho; Herbert Kimura; Jaciane Cristina Costa; Jaqueline Guimarães
Santos; Letícia Labegalini; Luciano Rossoni; Luis Felipe Machado do Nascimento; Marcos
André Mendes Primo; Reynaldo Cavalheiro Marcondes; Ricardo Silveira Martins; Silvio
Hamacher; Sylmara Lopes Francelino Gonçalves Dias
Demais 122 autores
Fonte: Elaborado pelos autores (2017).
2 artigos
cada autor
1 artigo cada
No tocante às IES, dos 81 artigos, 66 deles estavam vinculados à alguma instituição de
ensino e pesquisa e 15 eram de pesquisadores autonômos. Dos vinculados às IES, foram
identificadas 36 entidades diferentes. Desse total, destacam-se com mais publicações
universidades tradicionais como a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS),
Fundação Getúlio Vargas (FGV) e Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). A
Tabela 2 detalha a quantidade de artigos por IES identificadas.
Tabela 2 - IES que mais produziram sobre a temática SC e SCM no período pesquisado
IES
Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS
Quantidade
10 artigos
Fundação Getúlio Vargas – FGV
7 artigos
Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS
5 artigos
Universidade Federal de Pernambuco – UFPE; Universidade Nove de Julho – UNINOVE
4 artigos
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro - PUC; Universidade de São Paulo – USP;
Universidade Federal de Santa Maria – UFSM; Universidade Federal de São Carlos – UFSCar;
Universidade Presbiteriana Mackenzie; Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG
2 artigos
cada
Aarhus University, Centro Universitário de Franca; Centro Universitário La Salle Canoas –
UNILASALLE; Escola Superior de Propaganda e Marketing – ESPM; Faculdade ENIAC;
Faculdade Porto-Alegrense – FAPA; Insper; Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas Sociais
– IBEPES; Instituto Federal do Rio Grande do Sul – IFRS; Pontifícia Universidade Católica do
Rio Grande do Sul – PUCRS; Sociedade Educacional de Santa Catarina – SOCIESC; Univates
Centro Universitário; Universidade de Brasília – UnB; Universidade de Fortaleza – UNIFOR;
Universidade de Santa Cruz do Sul – UNISC; Universidade do Estado de Santa Catarina –
UDESC; Universidade do Grande Rio – UNIGRANRIO; Universidade Federal de Santa
Catarina – UFSC; Universidade Federal de Uberlândia – UFU; Universidade Federal do
Espírito Santo – UFES; Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ; Universidade Federal
do Rio Grande – FURG; Universidade Metodista de Piracicaba – UNIMEP; Universidade
Paulista – UNIP
Fonte: Elaborado pelos autores (2017).
1 artigo cada
10
EnANPAD 2017
São Paulo / SP - 01 a 04 de Outubro de 2017
Na contagem das IES por região, o Sudeste teve 47% das publicações (31 artigos),
seguido do Sul com 42% (28 artigos), Nordeste com 8% (5 artigos) e Centro-Oeste com 2% (1
artigo). Houve ainda uma publicação de IES internacional. Na classificação pública versus
privada, 58% dos artigos publicados são de IES pagas, ao passo que 42% são de IES gratuitas.
4.4 Quantidade de autores por artigo
Quanto ao número de autores por artigo, observa-se que 90% dos textos foram escritos
em parceria com outros pesquisadores e apenas 10% individualmente. A Tabela 3 ilustra a
quantidade de artigos por ano e número de autores.
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
Total
Um
0
0
0
0
Dois
0
1
4
0
Três
1
0
1
1
Quatro
0
1
0
0
Cinco ou mais
0
0
0
0
Fonte: Elaborado pelos autores (2017).
2003
2002
2000
1999
Nº de autores
1997
Tabela 3 - Número de autores por artigo por ano
2
2
0
0
0
1
1
0
0
0
0
1
3
2
0
0
4
1
0
0
0
3
3
0
0
1
5
1
0
1
1
2
1
0
0
0
5
1
0
1
0
3
0
1
0
1
5
1
0
0
1
1
1
2
1
1
1
1
0
0
0
3
2
0
1
0
0
0
4
0
8
41
18
10
4
Constata-se ainda que escrever em dois autores foi a opção mais utilizada (50% dos
casos), especialmente nos anos de 2008 e 2010, enquanto que artigos em cinco ou mais
pesquisadores foram os menos adotados (4%) nos eventos da ANPAD.
4.5 Abordagem metodológica utilizada nos artigos
No tocante à metodologia, a de natureza qualitativa foi a mais adotada em quase 70%
dos artigos, vide Tabela 4. Nessa categoria, enquadram-se estudos de casos, pesquisas
bibliográficas, bibliométricas e revisões sistemáticas da literatura. Quanto às abordagens
quantitativas, estas configuraram-se em surveys, interpretados por meio de distribuição de
frequências, análise de fatorial, regressão linear e/ou modelagem de equações matemáticas.
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
Total
Qualitativa
0
1
4
1
3
Quantitativa
0
1
1
0
1
Quali-quanti
1
0
0
0
0
Fonte: Elaborado pelos autores (2017).
2004
2003
2002
2000
1999
Abordagem
1997
Tabela 4 - Abordagem metodológica utilizada
2
0
0
4
2
0
5
0
0
3
1
2
4
4
0
4
0
0
4
2
1
4
0
0
6
1
0
0
5
1
2
1
0
2
1
0
7
0
0
56
20
5
Os estudos mistos, do tipo quali-quantitativo ocorreram em apenas 5 artigos científicos,
e caracterizaram-se como revisão bibliográfica e survey (2 textos) e estudo de caso e survey (3
textos). Logo, representam um campo metodológico a ser explorado em novos estudos.
4.6 Médias, origem e fonte das referências utilizadas nos artigos
Em relação ao embasamento teórico, verifica-se um total de 3.071 referências nesse
portfólio bibliométrico. Em relação à origem desses trabalhos, observa-se, conforme Tabela 5,
que os trabalhos internacionais foram os mais citados, representando 71% do total.
11
EnANPAD 2017
São Paulo / SP - 01 a 04 de Outubro de 2017
Tabela 5 - Média das referências em relação à origem
Indicador
Total de referências
Ref. nacionais
Média
37,91
10,85
Mínimo
11
0
Máximo
100
49
Total
3071
879
Fonte: Elaborado pelos autores (2017).
Ref. internacionais
27,06
3
94
2192
No que tange às fontes dessas referências, as mais utilizadas foram provenientes de
periódicos (revistas e jornais) internacionais (51% do total) pelas quais destacam-se o Supply
Chain Management: an International Journal, International Journal of Management Reviews,
Journal of Cleaner Production, e de livros (23% do total). As fontes menos citadas foram as
teses e dissertações (2%) e artigos apresentados em eventos (7%). Na categoria outros, foram
computados documentos como relatórios, estudos e sites institucionais. A Tabela 6 apresenta o
detalhamento das médias, mínimo e máximo de referências.
Tabela 6 - Média das referências em relação à fonte
Revistas /
Revistas/Jornais
Indicador
Jornais
nacionais
Internacionais
Média
3,47
19,16
Mínimo
0
0
Máximo
68
84
Total
281
1552
Fonte: Elaborado pelos autores (2017).
Livros
Teses e
dissertações
Eventos
Outros
8,65
0
25
701
0,75
0
5
61
2,73
0
27
221
3,22
0
10
261
O artigo que utilizou maior número de referências de revistas e jornais nacionais foi
“Gestão da Cadeia de Suprimentos Verde (GSCM): Tendências e Desafios”; o que utilizou
maior número de referências de periódicos internacionais foi “Gestão da Cadeia de Suprimentos
Sustentável: Uma Perspectiva Integrada para Pesquisas Futuras”; o que teve maior
embasamento por livros foi “Fontes de Vantagens Competitivas na Cadeia de Suprimentos do
Setor de Alimentos: um Estudo sob o ponto de vista dos Gestores”, e o que teve maior número
de referência de artigos apresentados em eventos foi “Sustentabilidade em Cadeia de
Suprimentos: Uma Perspectiva Comparada de Publicações Nacionais e Internacionais”.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerando a crescente importância estratégica da SCM no campo organizacional e a
incompletude do fenômeno enquanto teoria, esse estudo objetivou analisar a produção científica
sobre o tema, publicada nos últimos 19 anos nos eventos da ANPAD. Por meio de uma análise
bibliométrica, foram extraídos 81 artigos sobre essa temática na base de dados pesquisada.
Destes textos, foram identificadas as seguintes características: (a) focos mais abordados
foram relacionados às estratégias e resultados de SCM; (b) o maior pico de publicação ocorreu
em 2008; (c) os autores Moori, Melo, Shibao, Vieira, Brito e Alcântara foram os que mais se
publicaram no perído pesquisado; (d) as IES que mais publicaram foram a Universidade Federal
do Rio Grande do Sul, Fundação Getúlio Vargas e Universidade do Vale do Rio dos Sinos; (e)
a maioria dos autores optou por escrever seus artigos em parceria com outros pesquisadores; (f)
a metodologia mais adotada nessa área foi a qualitativa; e, (g) houve um predomínio no uso de
periódicos (revistas e livros) internacionais nos artigos analisados.
Como fator limitador desse estudo tem-se a busca realizada em uma única base de dados
(ANPAD). Desse modo, como sugestões para pesquisas futuras, sugere-se a realização de
outras análises bibliométricas em bases de dados como Spell, Scopus, Web of Science, Science
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EnANPAD 2017
São Paulo / SP - 01 a 04 de Outubro de 2017
Direct e/ou periódicos nacionais e internacionais de impacto a fim de verificar o que vem sendo
produzido e publicado em relação à gestão da cadeia de suprimentos.
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