Log Humanitaria Fatec 2018

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Logística aplicada a
Operações Humanitárias e
Desastres Naturais
30 e 31/jan/2018
Horário: 09 às 18 h
Fatec S J dos Campos
Objetivos do curso
▪ Promover formação técnica em Logística aplicada a Operações
Humanitárias e Desastres Naturais abordando seu histórico,
características e dificuldades, através:
▪ Apresentar conceitos de Logística aplicados em situações de desastres;
▪ Fornecer subsídios que auxiliem as tomadas de decisão durante as fases de
preparação, resposta e recuperação de desastres;
▪ Destacar os efeitos das decisões, na gestão da cadeia de suprimentos
humanitária;
▪ Abordar a questão das doações e das formas de triagem para melhor
atendimento aos desabrigados / desalojados e;
▪ Evidenciar a importância da gestão do conhecimento nas ações humanitárias
e, sugerir ações que ajudem na redução das reincidências de erros, trazendo
mais assertividade às operações.
Programação
3
Apresentações
Profa. Vera Lucia Monteiro
Professor da Fatec Jessen Vidal – SJC
Mestre em Engenharia Civil – Área de Transportes
Pesquisadora do LALT Unicamp
Prof. Irineu de Brito Junior
Doutor em Engenharia de Produção – Operações Humanitárias
Mestre em Engenharia de Sistemas Logísticos
Professor da Fatec Jessen Vidal – SJC
Pesquisador do CEPED USP
Thomas Pinto Ribeiro
Mestrando em Eng de Sistemas Logísticos – Operações Humanitárias
Pesquisador do CEPED USP
Regras do Jogo
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2 dias das 9h as 18h
Almoço: sugestão Parque Tecnológico ou EGM
Aprovação:
Presença 100%
Avaliação (2º dia)
– Prova escrita
– Resolver um case sobre Logística de Operações
Humanitárias (grupos de 4 pessoas) + apresentação
do case
• Celular (em qualquer função): modo vibratório,
atendimento fora de sala
5
Bibliografia
• Básica
• TOMASINI, R. M.; VAN WASSENHOVE, L. N. Humanitarian
Logistics. Palgrave Macmillan, London, 2009.
• KOVÁCS, G; SPENS, K.M. (editors) Relief supply chain
management for disasters: humanitarian aid and emergency
logistics. IGI Global. Hershey PA, 2012.
• APTE, A. Humanitarian Logistics: A New Field of Research
and Action. Foundations and Trends® in Technology,
Information and OM: Vol. 3: No 1. 2009.
6
Bibliografia
• Complementar:
• MARCELINO, E. V. Desastres Naturais e Geotecnologias:
Conceitos Básicos. Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais,
Santa Maria, RS, 2007.
• THE SPHERE PROJECT, The Humanitarian Charter and
Minimum Standards in Humanitarian Response, 3 ed,
Practical Action Publishing, Rugby, UK, 2011.
• TOMINAGA, L. K.; SANTORO, J.; AMARAL, R. (Org) Desastres
naturais: conhecer para prevenir. São Paulo: Instituto
Geológico, 2009.
• FEMA: http://training.fema.gov/IS/crslist.asp?page=all (IS 27,
IS 807)
7
Ementa
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Introdução e relevância do assunto
Conceito de Logística
Desastres
Logística Humanitária x Logística Empresarial
Desafios da logística de operações humanitárias
Estratégias de abastecimento
Dimensionamento da necessidade de materiais
A Lei 12608/12 e a situação de implementação no Estado de SP
A decisão e dinâmica de uma evacuação
Gestão e triagem de doações
Gestão de conhecimento na L. H. – Desafios e Oportunidades
A Revolução da “Internet das Coisas”
Exercícios e Estudos de Caso
Avaliação da aprendizagem
Princípios da Assistência Humanitária
4 princípios humanitários (Dunanismo):
• Humanidade: vida e dignidade da população.
• Imparcialidade: assistência e proteção deve focar mais
vulneráveis e necessidades mais elevadas, sem distinções de
nacionalidade, raça, sexo, religiosa, classe ou opinião política..
• Neutralidade: não assumir um lado das hostilidades. É uma
forma de garantia de imparcialidade. Ao não tomar lados você
garante que a ajuda é estritamente imparcial e puramente
humanitária.
• Independência: existem dependências pessoal e institucional,
mas a organização é dirigida por profissionais não
manipulados ou dependente de outras forças que determinam
a decisão.
(Voluntariado, unidade e universalidade são exclusivos CV)
Humanitarismo - profissionalização
• Genocídio de Ruanda 1994: atuação
humanitária é diferente.
• Mais de 1 milhão de refugiados
• Campos de refugiados e zonas de conflito
• 48.000 mortes somente por cólera
• ONGs: falta de coordenação e de padrões operacionais
• Somente boa vontade não resolve. É
necessário gestão.
Por que estudamos Logística Humanitária ?
“Nós não precisamos de uma conferência de
doadores, precisamos de uma conferência de
logística” (NY Times, 2005)
Palavras de embaixador europeu na Conferência das Nações
Unidas pós tsunami da Ásia
Porque estudamos Logística Humanitária ?
▪ Vulnerabilidade das sociedades atuais impõe desafios
logísticos às organizações que buscam responder a
desastre:
– Tsunami e o terremoto no Oceano Índico em 2005 despertou
acadêmicos para o assunto.
– Furacões no Caribe e América do Norte
– Terremotos no Paquistão em 2005, na China em 2008, no Haiti e
no Chile em 2010, Nepal em 2015, a série de desastres em
Tōhoku, no Japão, em 2011 e tufões nas Filipinas em 2013.
– No Brasil: Vale do Itajaí (SC) em 2008, no Nordeste em 2009, e
em São Luiz do Paraitinga (SP) no início de 2010 e deslizamentos
na região serrana do Rio de Janeiro em 2011.
Por que estudamos Logística Humanitária ?
▪ Próximos 50 anos, os desastres naturais e os
provocados pelo homem vão aumentar cinco vezes
em número e severidade (THOMAS e KOPCZAK, 2005).
▪ Previsões de aumento da frequência de tempestades
no sudeste do Brasil em decorrência do aquecimento
global (FAPESP, 2011).
▪ Militares: (NPS) 388 missões da US Navy no período
de 1979-2000: 22 de combate e 366 humanitária
(APTE et al., 2014).
Desastres naturais no Mundo
Número desastres naturais reportados 1900 -2015
Número de mortes por tipo de desastre – 1995 -2015
Fonte: EM Dat, 2015
Desastres no Mundo - 2005-2014
(UNISDR 2014)
Desastres naturais no Mundo
Fonte: UNISDR & CRED, Poverty & Death: Disaster Mortality 1996-2015, 2016
Desastres no Mundo - 1996-2015
Fonte: UNISDR & CRED, Poverty & Death: Disaster Mortality 1996-2015, 2016
Desastres no Mundo - 1996-2015
Número de mortes por desastre, em comparação com o número de mortes por
100.000 habitantes por grupo de renda, 1996-2015
Desigualdade e desproporcionalidade em termos de sofrimento humano entre
pobres e ricos.
Megadesastres (> 100.000 mortes) irão acontecer novamente em países pobres.
Fonte: UNISDR & CRED, Poverty & Death: Disaster Mortality 1996-2015, 2016
Tendências e riscos 2017 e 2018
Fonte: ACAPS, 2016, 2017
Brasil: Habitações informais situados em encostas
(UNISDR GAR 2015)
Verão: Enchentes/Deslizamentos – São Paulo
Como
fornecer ajuda
humanitária
de maneira
eficaz?
Enchentes em SP – Danos à malha logística
Como
desenvolver
melhores
planos de
resposta?
Fenômenos Meteorológicos relacionados a desastres naturais
Fenômeno
Descrição
Meses
Últimas Ocorrências
El Niño
Aumento anormal de temperatura
no Oceano Pacífico tropical afeta
os padrões de vento mundiais
Dez/Jan/Fev
2002-2003 (moderado)
2004-2005 (fraco)
2006-2007(fraco)
2009-2010 (fraco)
2015 (forte)
La Niña
Queda anormal de temperatura
nas águas superficiais do Oceano
Pacífico tropical
Jun/Jul/Ago
1988-1989
1995-1996
1998-2001
2007-2008
2010-2012
Source: CPTEC/INPE
(forte)
(fraco)
(moderado)
(forte)
(forte)
Anormalidade da temperatura na superfície
oceânica (El Niño - Dez/1997)
El Niño e La Niña alternam entre 3-7
anos e tendem a gerar efeitos opostos
Source: CPC/NCEP/NWS/NOAA-EUA
Impactos do El Niño e do La Niña no Brasil
Região
Brasileira
El Niño
La Niña
Norte
Secas e Queimadas
Aumento das chuvas e
dos níveis dos rios
Nordeste
Secas severas
Aumento das chuvas e
dos níveis dos rios
Centro-Oeste
(Sem efeitos
pronunciados)
(Baixa previsibilidade)
Sudeste
Aumento moderado
das temperaturas
(Baixa previsibilidade)
Sul
Chuvas severas (MaioJulho)
Secas severas
Prevenir e Preparar
• A combinação entre mudanças climáticas,
crescente urbanização, co-dependência entre
infraestruturas críticas apresentam grandes
desafios para gerência de desastres (FERREIRA,
TANIGUCHI e SCHREINER, 2011).
• Atualmente na escala mundial, cada R$ 1
investido em prevenção equivale, em média,
entre R$ 25 e 30 de obras de reconstrução
pós-evento (MENDIONDO, 2006).
E o futuro?
Brasil - Danos (1995 – 2014)
Fonte: CEPED-SC, Banco Mundial (2016)
Brasil - Danos Econômicos (1995 – 2014)
Fonte: CEPED-SC, Banco Mundial (2016)
Brasil - Danos Materiais (1995 – 2014)
Fonte: CEPED-SC, Banco Mundial (2016)
Prejuízos Totais  3 x danos materiais
Perdas Coorporativas
Chuvas affect
afetamthe
as activities:
atividades:
2009/2010 - Rainfall
4%
Entrega
atrasada
de
Late
delivery
of products
3%
produtos
Atrasos
de
Delays
or ou
lackfalta
of staff
funcionários
14%
40%
15%
Operational
costs
Custos operacionais
Delays
raws
materials
Atrasoinno
transporte
transportation
de matérias-primas
Atividades
de
Cargo
activities
24%
carga
Danos materiais
Material
damages
Fonte: Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon)
Fiesp (São Paulo ManufacturersAssociation) – 12/01/2011
Ementa
• Introdução e relevância do assunto
• Conceito de Logística
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Desastres
Logística Humanitária x Logística Empresarial
Desafios da logística de operações humanitárias
Estratégias de abastecimento
Dimensionamento da necessidade de materiais
A decisão e dinâmica de uma evacuação
Gestão de conhecimento em Logística Humanitária
Gestão e triagem de doações
Lei 12.608 – Instrumento de Auxílio no Enfrentamento de Desastres
Exercícios e Estudos de Caso
Avaliação da aprendizagem
Introdução ao conceito de logística
Logística ao Longo do Tempo
Primeira Citação Logística
• Gênesis 41 – José do Egito
cria “Armazéns” e estoca 20%
(~ 1700 AC).
Século XIV
• Veneza torna-se o primeiro Centro Mundial de Comércio devido
à sua localização estratégica e infraestrutura Logística. Toda a
Europa utiliza o porto de Veneza.
2- Introdução
conceito
Introdução
aoao
conceito
dedlogística
Origem Militar:
Logística: É a arte prática de movimentar os exércitos,
compreendendo não apenas os problemas de transporte,
mas também o trabalho de estado maior, as medidas
administrativas e até as atividades de reconhecimento e
de informação necessários para o deslocamento e a
manutenção de forças militares organizadas.
Enc. Mirador Internacional, 1975
Um Triângulo Estratégico
Estratégia de estoque
• Previsão de demanda
• Decisões sobre estoque
• Decisões de compras e
de programação de
suprimentos
• Fundamentos de
estocagem
• Decisões de estocagem
Objetivos
de serviço ao
CLIENTE
• O produto
• Serviço Logístico
•Informação
Estratégia de Transporte
• Fundamentos de
Transporte
• Decisões de Transporte
Estratégia de Localização
• Decisões de Localização
• Processo de planejamento de
rede
Fonte: Ballou, 2004
Tomada de Decisão Classificação
• Nível Hierárquico
Estratégico
Tático
Operacional
Fonte: Ballou, 2004
Hierarquia de Decisões Logísticas
Localização
Transporte
Estoques
Proc. do
pedido
Armazenagem
Compras
Estratégico
Número,
Tamanho,
Localização
de
facilidades
Seleção
do modal
Política de
estoques,
Rotatividade
Prog. de
sistema
de proc.
pedido
Layout,
Seleção de
equipamento
e
Manuseio
Política
de
relacionamento
Tático
Posicionamento do
estoque
Aluguel
sazonal
de equipamento
Estoques
de
segurança
Regras
e
Prioridades
Utilização
espaço,
escolha
sazonal
Contratação,
seleção
de fornecedores
Atendimento
Coleta e
arrumação
Liberação
de
pedidos
Operacio
nal
Roteirização,
Agendamento e
despacho
Regras de
controle
Reposição
(quantidades e
prazos)
Fonte: Ballou, 2004
ESTRATÉGIA - Histórico
• Grego: “Strategos” – arte de Generais
•Tropa de Elite Estrategia.wmv
ESTRATÉGIA - Histórico
Sun Tzu (general chinês que viveu no
século IV AC) :
•Se você conhece o inimigo e conhece a
si mesmo, não precisa temer o
resultado de cem batalhas.
•Se você se conhece mas não conhece o
inimigo, para cada vitória ganha sofrerá
também uma derrota.
•Se você não conhece nem o inimigo
nem a si mesmo, perderá todas as
batalhas...
兵法
ESTRATÉGIA – Operações Humanitárias
•Sun Tzu :
•Nunca confie na probabilidade do inimigo não estar vindo, mas
dependa de sua própria prontidão para o reconhecer. Não
espere que o inimigo não ataque, mas esteja em uma posição
que não possa ser atacada.
•A suprema arte da guerra é derrotar o inimigo sem lutar.
42
ESTRATÉGIA - Histórico
• Por quê ?
•Alice no país das maravilhas
Elementos básicos da logística
Processo de planejar, operar e controlar
Fluxo e Armazenagem
do
ponto de origem
Matéria –prima
Produtos em processo
Produtos acabados
Produtos já consumidos
Informações
Dinheiro
De forma econômica,
eficiente e efetiva
ao
ponto de consumo
Satisfazendo as
necessidades e
preferências dos clientes
Novaes, 2001 – Cap 2
Ponto de vista logístico: Empresa
Logística Empresarial
Suprimentos de materiais
(Materials management)
Fontes
Fornecedores
Distribuição Física
Plantas /
operações
•Transporte
•Níveis de estoque
•Processamento do pedido
•Compras
•Embalagens
•Armazenagem
•Manuseio de materiais
•Sistema de informação
Clientes
•Transporte
•Níveis de estoque
•Processamento do pedido
•Agendamento de entregas
•Embalagens
•Armazenagem
•Manuseio de materiais
•Sistema de informação
Cadeia de suprimentos interna
CR (2004) Prentice Hall, Inc.
Fonte: Ballou, 2004
Analisar toda a cadeia
Ponto de
vista
Empresa
Fornecedores
Clientes
Clientes dos
Clientes
Fornecedores dos
Fornecedores
Compra
Transforma
Produtos e Informações
Distribui
Abrangência da Cadeia de Suprimentos
Fornecedores
Fontes
Distribuidores
Fabricantes
Consumidores
Varejistas
Materiais
Fundos
Informações
Transporte
Lead time
Transporte
Lead time
Transporte
Lead time
Transporte
Lead time
Transporte
Lead time
Exercício em grupo
Fazer um esboço das atividades e necessidades de
integração e fluxo de informação de uma cadeia de
suprimentos (posição FABRICANTES), considerando uma
das opões:
• produto “Refrigerante” fornecido em embalagem “pet” 2L
(admitir sazonalidade severa)
• produto “Pasta de dentes” fornecido em tubo de
termoplástico de 90g com promoção de 120g
• “Kit de limpeza” com 10 itens de fabricantes diferentes
adquiridos em regime de urgência (24 horas para entrega)
• vencedor de ata de preços para o produto “Cesta Básica”
com 16 itens alimentares e 24 horas para entrega
Abrangência da Cadeia de Suprimentos
Fornecedores
Fontes
Distribuidores
Fabricantes
Consumidores
Varejistas
O que considera importante informar para aqueles que estão
nas etapas anteriores e posteriores na cadeia de suprimentos ?
Tempo: 10 minutos
Ementa
• Introdução e relevância do assunto
• Conceito de Logística
• Desastres
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Logística Humanitária x Logística Empresarial
Desafios da logística de operações humanitárias
Estratégias de abastecimento
Dimensionamento da necessidade de materiais
A decisão e dinâmica de uma evacuação
Gestão de conhecimento em Logística Humanitária
Gestão e triagem de doações
Lei 12.608 – Instrumento de Auxílio no Enfrentamento de Desastres
Exercícios e Estudos de Caso
Avaliação da aprendizagem
Desastres: Definições
IFRC: Evento súbito e calamitoso que interrompe as atividades de
uma sociedade ou comunidade, causando perdas humanas,
materiais, econômicas ou ambientais que excedem a capacidade de
recuperação da sociedade ou comunidade atingida usando apenas
seus próprios recursos
UN/ISDR: Uma grave perturbação do funcionamento de uma
comunidade ou de uma sociedade devido a eventos perigosos que
interagem com condições de vulnerabilidade e exposição, levando
a perdas e impactos humanos, materiais, económicos e ambientais
generalizados.
Sociológica: Perry e Quarantelli – 2 livros sobre o assunto
Conceitos: Perigo
Perigo (com base no UNISDR 2004, citado no Sendai Framework)
Um evento físico potencialmente prejudicial, fenômeno ou atividade
humana que pode causar a perda de vida ou lesão, danos materiais,
perturbações sociais e econômicas ou degradação ambiental.
Comentário:
Os perigos podem incluir condições latentes que podem representar
ameaças futuras e podem ter diferentes origens: naturais (geológicas,
hidro meteorológicas e biológicas) ou induzidas por processos
humanos (degradação ambiental e riscos tecnológicos). Os perigos
podem ser isolados, sequenciais ou combinados em sua origem e
efeitos. Cada perigo é caracterizado pela sua localização,
iIntensidade, frequência e probabilidade.
Fonte: (UNSIDR, 2015).
Conceitos
Vulnerabilidade (baseada no UNISDR 2004, citado no quadro Sendai)
As condições determinadas por fatores físicos, sociais, econômicos e
ambientais ou processos que aumentam a susceptibilidade de uma
comunidade ao impacto de perigos.
Comente:
Para fatores positivos que aumentam a capacidade das pessoas para lidar
com os perigos.
Fonte: (UNSIDR, 2015).
Desastres
Vulnerabilidade: grau que uma pessoa ou comunidade é susceptível
Perigo: possibilidade de um evento, fenômeno ou atividade humana
ocorrer
Perigo e condições de vulnerabilidade convergem
Ambiente Natural
Evento
Evento
Sistema Social
Perigo
Exemplo: uma tempestade severa pode ser considerada apenas um evento
natural se não atingir áreas ocupadas. Caso atinja um local habitado pode gerar
situação potencial de perigo a pessoas e bens.
Fonte: (MARCELINO, 2007).
Conceitos: Risco
Risco (baseado no UNISDR 2004)
A combinação da probabilidade de um evento perigoso e suas
consequências que resultam da (s) interação(ões) entre riscos naturais ou
causados pelo homem, vulnerabilidade, exposição e capacidade.
Além de expressar a probabilidade de um evento perigoso e suas
consequências, é crucial reconhecer que os riscos são inerentes ou podem
ser criados ou existem dentro dos sistemas sociais. Isto é, importante
considerar os contextos sociais em que os riscos ocorrem e que as pessoas,
portanto, não compartilham necessariamente as mesmas percepções de
risco e seus fatores subjacentes.
Fonte: (UNSIDR, 2015).
Qualidade de vida
Atividade econômica
Estabilidade social
Desastre
Melhor
Ocorrência
do desastre
?
Normal
Pior
Antes
Durante
Depois
Tempo
Adaptado de Marcelino (2007)
Desastres
• Modo de inicio
Início súbito
Início lento
Natural
Antropogênico
Terremoto
Ataque terrorista
Furacão
Golpe de estado
Tornados
Acidente químico
Fome
Crise política
Seca
Crise de refugiados
Miséria
•
•
Desastres súbitos: frequentemente recebem atenção da mídia
Desastres de início lento: frequentemente construídos a partir de crises
esquecidas
Perigos Antropogênicos
Um perigo proveniente de condições tecnológicas ou industriais,
incluindo acidentes, procedimentos perigosos, falhas de infraestrutura ou atividades humanas específicas.
Exemplos de riscos tecnológicos incluem poluição industrial, radiação
Tecnológico nuclear, resíduos tóxicos, falhas de barragens, acidentes de
transporte, explosões de fábrica, incêndios, contaminação de
alimentos, incidentes cibernéticos e derramamentos de produtos
químicos. Os riscos tecnológicos também podem surgir diretamente
como resultado dos impactos de um perigo natural *.
Perigos em que as causas são uma combinação de fatores naturais e
antropogênicos, incluindo degradação ambiental, mudanças
climáticas e outros.
Este termo é usado para as circunstâncias em que a atividade
Socionatural humana está aumentando a ocorrência de certos perigos além de
suas probabilidades naturais. A evidência aponta para um crescente
fardo de desastres por tais perigos. Os riscos socionaturais podem ser
reduzidos e evitados através de uma gestão responsável da terra e
dos recursos ambientais.
ISDR, 2015: Proposed Updated Terminology on Disaster Risk Reduction: A Technical Review
Tipos de Operações Humanitárias
Operações Humanitárias
Socorro a desastres
Desastres naturais
Início lento
Ex: Fome, seca
Inicio súbito ou
alerta tardio
Não previsíveis
Ex: Terremotos,
Tusnamis
Previsíveis
Ex: Furacão,
Inundaçao
Antropogênicos
Desenvolvimento
Humano
Saúde
Ex: Programas anti HIV
e malária
Início lento
Educação
Ex: Crise de
refugiados
Ex: Educadores sem
fronteiras
Início súbito
Ex: Ataque terrorista
Agricultura
Ex: Purchase for
progress
Micro Finança
Ex: Micro crédito
Logística de operações humanitárias
▪ Fases de um desastre: Acidente ocorre (início da fase
“durante”), toda uma cadeia de socorro e alívio é
acionada.
▪ Ciclo de vida:
Classificação de Desastres
Desastres Naturais
Geofísicos
Terremotos
•Tremores
•Tsunamis
Erupções
vulcânicas
Deslizamentos
(condição seca)
•Deslizamento de
terra
•Avalanche
•Subsidência
•Desprendimento
de rochas
Hidrológicos
Enchentes
•Fluviais
•Pluviais
•Costeiras
Deslizamentos
Hidrocausados
•Deslizamento de
terra
•Avalanche
•Subsidência
•Desprendimento
de rochas
Biológicos
Epidemias
•Viroses
infecciosas
•Bacterioses
infecciosas
•Micoses
infecciosas
•Doenças priônicas
infecciosas
Infestação de
Insetos
Debandada de
animais
Metereológicos
Tempestades
•Ciclone tropical
•Ciclone extratropical
•Tempestades
locais
Climatológicos
Temperatura
extrema
•Ondas de calor
•Ondas de frio
•Secas
Características
Tipo de desastre
Natural /
Capacidade de
Impacto
antropogênico
Previsão
Potencial
Extensão Geográfica
Terremoto
Natural
Baixa
Alto
Grande (nacional)
Tsunami
Natural
Baixa
Alto
Grande (multinacional)
Tempestade / Furacão
Natural
Média
Médio/Alto
Grande (nacional)
Erupção Vulcânica
Natural
Média
Alto
Grande
Pandemias
Ambos
Baixa
Alto
Grande (global)
Ataque terrorista
Antropogênico
Média
Médio
Local
Acidente de Transporte
Antropogênico
Baixa
Médio
Local
Conflito armado
Antropogênico
Média
Alto
Grande (multinacional)
Deslizamento de terra
Natural
Média
Baixo
Local
Avalanche
Natural
Média
Baixo
Local
Acidente químico
Antropogênico
Baixa
Médio
Média
Acidente nuclear
Antropogênico
Baixa
Alto
Grande (multinacional)
Inundação, enchente e alagamento
Fonte: IPT/Min Cidades (2007) e Defesa Civil de S B Campo (2012)
Ciclo de vida de um desastre
Desastre
Desastre
Fonte: FEMA e IFRC (2012)
Ciclo e atividades logísticas
Minimizar
sofrimento
Custos (Orçamento)
Pré- posicionamento
Desastre
(Adaptado de FEMA e IFRC, 2015)
Ciclo de vida de um desastre
Mitigação:
• Atividades que eliminem ou reduzam a
probabilidade de ocorrência ou os efeitos de um
desastre. Se não puderem evitar desastres, podem
pelo menos reduzir o impacto negativo. Por
exemplo, reforços no telhado irá reduzir danos
causados por vendavais. Reduzir construções nas
várzeas reduzem a chance de residências
inundadas.
Desastre
Ciclo de vida de um desastre
• Preparação:
• Pôr em prática mecanismos para combater fatores
que a sociedade não foi capaz de mitigar. Planejar
como reagir quando um desastre venha a ocorrer
e disponibilizar recursos necessários para a
eficácia da resposta. Ajudam a salvar vidas e
minimizar os danos, preparando as pessoas para
que respondam apropriadamente quando uma
emergência é iminente.
Desastre
Ciclo de vida de um desastre
Resposta (ou durante o desastre):
• Ato do atendimento à emergência. Abrange o
período durante e imediatamente após o desastre.
Durante esta fase, é prestada assistência às vítimas
do evento e tenta-se reduzir a probabilidade de
danos maiores. As primeiras 72 horas são críticas
para o socorro às vítimas, pois após esse tempo uma
comunidade passa a encontrar dificuldades para
sobreviver por seus próprios meios.
Desastre
Ciclo de vida de um desastre
Recuperação:
• Última fase do ciclo de vida de gerenciamento
de desastres. A sociedade afetada procura
restabelecer a normalidade. Vigora até que todos os
sistemas retomem a operação normal ou quase
normal. No curto prazo de recuperação restaura-se
sistemas vitais. No longo prazo, a recuperação pode
durar meses ou anos, até que a área do desastre
retome à sua condição anterior ou ainda numa
situação melhor.
Desastre
Logística X Ciclo do desastre
Início súbito
Fase
Duração
Volume de
transporte
Mitigação
Preparação
Longo prazo e
Longo prazo e
contínuo
contínuo
Baixo
Baixo
Kits para
Tipos de
suprimentos
Variados
atendimento às
necessidades
básicas
Urgência
Baixa
Fontes de
Local ou não
suprimento
local
Baixa
Local
Início lento
Resposta
Recuperação
Dias ou meses
Meses ou anos
Alto
Médio
Alimentos,
Variam conforme
remédios, água,
o tipo de
higiene, abrigos,
desastre
kits domésticos,
(material de
etc
reconstrução)
Muito Alta: lead
Média: pressão
time crítico
pela normalidade
Não local
Local ou não
local
Auxílio ao
desenvolvimento
Longo prazo e
contínuo
Moderado
Amplo gama de
produtos e
desenvolvimento de
tecnologia
Moderada
Local ou não local
Intensidade de um desastre
NÍVEL
INTENSIDADE
SITUAÇÃO
I
Desastres de pequeno porte
(Prejuízo menor que 5% do
PIB municipal)
Facilmente superável com os recursos do
município
De média intensidade
II
III
IV
(Prejuízos entre 5% e 10%
do PIB municipal)
Superável pelo município, desde que envolva
uma mobilização e administração especial.
A situação de normalidade pode ser
De grande intensidade restabelecida com recursos sociais, desde que
complementados com recursos estaduais e
(Prejuízos entre 10% e 30%
do PIB municipal)
federais.
(Situação de Emergência – SE)
Não é superável pelo município, sem que
De muito grande
receba ajuda externa.
intensidade
Eventualmente necessita de ajuda
(Prejuízos maiores que 30%
internacional.
do PIB municipal)
(Estado de Calamidade Pública – ECP)
Ementa
• Introdução e relevância do assunto
• Conceito de Logística
• Desastres
• Logística Humanitária x Logística Empresarial
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Desafios da logística de operações humanitárias
Estratégias de abastecimento
Dimensionamento da necessidade de materiais
A decisão e dinâmica de uma evacuação
Gestão de conhecimento em Logística Humanitária
Gestão e triagem de doações
Lei 12.608 – Instrumento de Auxílio no Enfrentamento de Desastres
Exercícios e Estudos de Caso
Avaliação da aprendizagem
Definição
O que é Logística?
O que é desastre?
A logística empresarial estuda como a
administração pode prover melhor nível de
rentabilidade nos serviços de distribuição aos
clientes e consumidores, através do
planejamento, organização e controle efetivos
para as atividades de movimentação e
armazenagem que visam facilitar o fluxo de
produtos (Ballou, 1992).
Segundo a IFRC, desastres podem ser definidos
como um evento súbito e calamitoso que
interrompe as atividades de uma sociedade ou
comunidade, causando perdas humanas,
materiais, econômicas ou ambientais que
excedem a capacidade de recuperação da
sociedade ou comunidade atingida usando
apenas
seus
próprios
recursos
(Natarajarathinam, 2009).
A Logística Humanitária é o processo de planejar, programar e controlar
estoques de mercadorias eficientemente e com custo mitigado, bem como
acompanhar o fluxo de informações correlatas, do ponto de origem ao ponto de
consumo, com o objetivo de atender a propósitos beneficentes (Thomas and
Mizusjima, 2005).
Cadeia de Suprimentos Comercial
Suprimentos
Produção
Produtos
Distribuição
Produtos
Consumo
Produtos
$
$
$
Informação
Informação
Informação
Adaptado de Blanco e Goentzel (2006), Beamon (2006), Ballou (2006) e Nogueira etal (2009)
Cadeia de Suprimentos Humanitária
Compras
locais
Doações
Central de
Distribuição
Local
Suprimentos
Adquiridos
Distribuição
última milha
Central de
Distribuição
Secundária
Estoque
Central de Distribuição
Permanente
Suprimentos
Produtos
Distribuição
Produtos
$
Informação
Informação
Consumo
Produtos
Cadeia de suprimentos humanitária
Doadores &
suprimentos
Agência recebedora
Agência de
entrega
• Governos
• Fundações
• Companhias
• Agências da ONU
•WFP
•WHO
• ONGs
• ONGs locais e
globais
• Organizações
ou governos
locais
• Militares
• Individuais
• IFRC
• WVI
• CARE
• Cruz Vermelha
•…
Beneficiários
• Governos
Outros indiretamente envolvidos: mídia internacional,
público em geral em países doadores
78
Cadeia de Suprimentos Empresarial X Humanitária
Parâmetro
Logística empresarial
Logística humanitária
Objetivo
Atendimento e lucro
Minimizar sofrimento e perda de vida
Foco
Produtos e serviços
Pessoas e suprimentos
Demanda
Estável e previsível. Ocorre para locais pré- Gerada por eventos imprevisíveis em termos do
determinados e em quantidades conhecidas e tempo, localização, tipo e tamanha. Estimada
pré-estabelecidas
Lead Time
Determinado
nas
após a ocorrência
necessidades,
desde
o Requerido é praticamente zero (ocorrência e
fornecedor até o consumidor final
Centros
necessidade).
de Bem definidos em termos de número e Desconhecida. Pontos de coletas e distribuição
distribuição
Controle
localização
de donativos
de Utilização de métodos definidos, baseados em Desafiador pela grande variação da demanda e
estoques
Lead Time, demanda e níveis de serviços
Sistemas
de Alta tecnologia e bem definidos
da localização da mesma
Informações incompletas e pouco confiáveis
Informação
Recursos
Mão de obra capacitada
Humanos
Alta
rotatividade,
desgastante
Fontes: Nogueira, Gonçalves e Novaes (2007) e Ertem et al, (2010).
voluntários,
ambiente
Cadeia de Suprimentos Humanitária
•
Características que trazem complexidade e desafios únicos para a cadeia
humanitária:
– Imprevisibilidade da demanda;
– Demanda súbita, ocorrendo em grandes quantidades e prazos curtos
para uma ampla variedade de suprimentos;
– Altos riscos associados à distribuição adequada e oportuna;
– Falta de recursos (oferta, pessoas, tecnologia, capacidade de
transporte e dinheiro);
– Instalações permanentes e/ou temporárias ao longo da cadeia.
(Thomas and Kopczak; 2005; Van Wassenhove, 2006)
Logística de operações humanitárias
▪ Ciclo de vida:
Recursos enviados
Desastre
Preparação
Preposiciona
materiais
Resposta
Demanda
Implantação
Infraestrutura
Recuperação
Sustentação
Adquire
Desmobiliza
Reconfiguração
Transporte
Avaliação
Ocorrência
do desastre
Início do fluxo de
abastecimento
Distribuição
Tempo
Final do fluxo de
abastecimento
Apte (2009) : “Dinheiro não consegue resolver problemas quando falta a
preparação e o gerenciamento de operações
Ementa
•
•
•
•
Introdução e relevância do assunto
Conceito de Logística
Desastres
Logística Humanitária x Logística Empresarial
• Desafios da logística de operações humanitárias
•
•
•
•
•
•
•
•
Estratégias de abastecimento
Dimensionamento da necessidade de materiais
A decisão e dinâmica de uma evacuação
Gestão de conhecimento em Logística Humanitária
Gestão e triagem de doações
Lei 12.608 – Instrumento de Auxílio no Enfrentamento de Desastres
Exercícios e Estudos de Caso
Avaliação da aprendizagem
Desafios da Logística Humanitária
• A complexidade existente nas operações
comerciais de logística é amplificada no caso
da logística de emergência (humanitária),
devido:
– Insegurança e a incerteza do funcionamento das
redes de transporte e dos meios de comunicação
(HOLGUÍN-VERAS et al., 2007).
– Cada evento é diferente.
Desafios da logística de operações humanitárias
•
Pobres e imprevisíveis condições
operacionais:
•
– Infraestrutura (estradas, aeroportos)
inadequados ou não disponíveis
– Sistemas de informação e processos
de logísticos inadequados
•
Demanda altamente incerta exige
rápida avaliação:
– Reforçado por financiamento de
doadores
– Múltiplos stakeholders com objetivos
diferentes e conflitantes.
•
– Avaliação rápida e pouco frequente
leva a operações problemáticas
•
Condições de suprimento incertas:
– Cadeia de suprimentos projetada e
implementada no local
•
•
Dependência de voluntários:
– Limitações de financiamento
Problemas de recursos humanos:
– Falta de treinamento adequado
– Estresse leva à alta rotatividade
•
Pressão de tempo para trabalhar:
– Falha medida em visas perdidas
•
Múltiplos stakeholders:
– Objetivos conflitantes
– Falta de coordenação
Doações não solicitadas:
– Criam gargalos imprevisíveis e
competem por recursos limitados
Pressão para resolver crises de curto
prazo impedem a construção de
capacidade de longo prazo:
•
Ambiente de instabilidade política:
– Restrições de entrega devido ao
envolvimento militar ou do governo
84
Desafios da logística de operações humanitárias
Antes de uma emergência, a
logística pode envolver:
•
•
•
•
•
•
•
85
Aquisição de equipamentos
Estoques de suprimentos
Designação de instalações de
emergência
Estabelecimento de relações
Estabelecimento de recursos de
treinamento
Estabelecimento de acordos de
assistência mútua
Preparação de estoques de
recursos
Durante uma emergência, a logística
pode envolver:
• Fornecimento de mapas para
equipes de emergência
• Fornecimento de dados sobre
material de segurança aos
empregados
• Movimentação de equipamentos
• Organização de suporte médico,
alimentação e transporte
• Organização de abrigos
• Fornecimento de energia e
equipamentos de comunicação
Desafios da Logística Humanitária no Brasil
• Falta de preparação ao desastre
–
–
–
–
Áreas de risco não mapeadas
Falta de veículos de emergência
Falta de simulações ao desastre e coordenação prévia
Falta de investimentos(fundos públicos de redução de
desastres mal geridos)
Como um resultado disso…
•Repetição de eventos previsíveis (em tempo e espaço)
relacionados ao clima
•Centenas de vítimas fatais registradas todo ano no Brasil
Vídeo
Fantástico
Restrição de capacidade - gargalo
Roupas
Alimentos
Abrigos
Remédios
Fluxo determinado pelo gargalo
Brinquedos
Como determinar prioridades e
maximizar o fluxo de materiais?
Vítimas
Desafios da logística de operações humanitárias
Mitigação da instabilidade
✓ Pedidos por pânico: pedidos de barracas após o terremoto de Gujarat
(Índia) em 2001 leva à escassez de barracas.
✓ Devido à falta de comunicação entre as agências, os pedidos de
grandes quantidades de barracas ao mesmo tempo resultou em um
excesso de barracas (duplicação de esforços), enquanto outras
necessidades não foram atendidas.
IFRC Choreographer of Disasters.
INSEAD Case Study 2001
Adaptado de Luke Van Wassenhove, INSEAD
Competição entre organizações
✓ "Muitas ONGs operam como concorrentes buscando contratos no mercado
de ajuda, levantando fundos com campanhas de mídia, fazendo lobby com
governos tão difícil como em qualquer outro negócio.“ (The Economist, 2000)
✓ "Recursos financeiros superiores controladas por ONGs internacionais
fazem com que estas, por vezes, contratem pessoal treinado de ONGs
locais" (Moore et al., 2003)
Coordenação: importância
Uma única organização não consegue responder de
maneira isolada a um desastre de grande porte ou
catástrofe.
Objetivo: melhorias
• Custos, tempo e qualidade através de economias de escala,
• Nos processos através da consolidação de tarefas logísticas de
diferentes organizações (Schulz e Blecken, 2010).
• Aprimoramento dos controles das quantidades de produção,
entrega de produtos e recebimento de donativos (Akhtar et al., 2012).
Coordenação
Vertical: Diferentes níveis
da cadeia de suprimentos
Ex: Cluster da ONU
Horizontal: Atores no
mesmo nível
Ex: ONGs
“Relacionamentos e interações
entre diferentes atores operando
no ambiente de assistência.”
(Balcik et al., 2010)
Ironia: “Relações
interorganizacionais são
geralmente um desafio para os
esforços de resposta ao invés de
ser uma fonte de suporte “
Long e Wood (1995)
Coordenação
“Todo mundo quer ir
pro céu, mas ninguém
quer morrer”
Evandro Mesquita (1982)
Dinâmica
Exercício: Dinâmica sobre Coordenação e Negociação
Dinâmica do exercício
2 jogadores
Defesa Civil – administrador de contratos
ONG CETAF – coordenador que busca ser contratado para fornecer suprimentos
de alívio
Objetivo: Negociar e estabelecer preço e prazo de entrega para operação
logística de armazenagem e transporte de suprimentos de alívio para a
temporada de chuvas.
Cada jogador recebe as instruções confidenciais, que descreve sua situação, e o
processo de negociação é iniciado. Os jogadores devem manter estas instruções
em segredo e utilizá-las como base para a negociação.
A Defesa Civil começa a reunião e o processo de negociação é iniciado, onde
cada jogador negocia de acordo com suas informações contidas em suas
instruções confidenciais. É mandatório que a negociação seja concluída e o
preço e o prazo de entrega estabelecidos.
Dinâmica
Barreiras à Coordenação
Conflitos culturais
Estruturas centralizadas e/ou descentralizadas em relação a matriz
Custos gerados pela coordenação
Reuniões pouco objetivas
Competição entre atores
Visibilidade de mídia
Estresse e pressão
• Akhtar et al. (2012), Balcik et al (2010) e Seaman (1999)
Ementa
•
•
•
•
•
Introdução e relevância do assunto
Conceito de Logística
Desastres
Logística Humanitária x Logística Empresarial
Desafios da logística de operações humanitárias
• Estratégias de abastecimento
•
•
•
•
•
•
•
Dimensionamento da necessidade de materiais
A decisão e dinâmica de uma evacuação
Gestão de conhecimento em Logística Humanitária
Gestão e triagem de doações
Lei 12.608 – Instrumento de Auxílio no Enfrentamento de Desastres
Exercícios e Estudos de Caso
Avaliação da aprendizagem
Estratégias de abastecimento
• O tipo de desastre e sua extensão determinam a
dificuldade da operação logística de resposta e a
estratégia logística a ser adotada (APTE, 2009).
• Os tipos de materiais a serem utilizados, assim como
suas necessidades temporais, diferem conforme a
complexidade do desastre (MSF, 1997).
• A probabilidade de sobrevivência diminui severamente
após as primeiras 72 horas (Fiedrich; Gehbauer e Rickers, 2000).
• Suprimentos de alívio necessitam ser enviados sem
uma avaliação adequada das necessidades, pois não
existe tempo, tampouco recursos físicos e humanos
disponíveis.
• 4 estratégias podem ser empregadas na resposta a
desastres naturais:
Localizada
Dispersa
Extensão
Nível de dificuldade logística da operação
Início Lento
e Disperso
Início Súbito
e Disperso
Maior atenção de
mídia
Início Lento
e Localizado
Início Súbito
e Localizado
Lento
Súbito
Modo de Início
Nível de dificuldade da operação de resposta.
Fonte: Apte (2009)
Pré-posicionamento
• Fase: Preparação
Desastre
Estratégias Logísticas
• Pré-posicionamento:
• Armazenagem de suprimentos de alívio em quantidade e
locais previamente definidos para atendimento a
prováveis desastres.
• Adequado:
– Lead time de abastecimento ultrapassa o período de
tempo em que podem ser necessários.
– Preservar os recursos de transporte.
– Proporciona agilidade no processo de resposta.
• Em desastres dispersos pode não ser viável, pois pode
requerer grandes quantidades de estoques para
abastecer uma vasta região.
Preposicionamento de Materiais - UNHRD
Locais dos Hubs do UNHRD (Humanitarian Response Depot)
Envio antecipado
• Fase: Preparação
Desastre
Estratégias Logísticas
• Envio antecipado (proativo) de materiais
• Alternativa ao pre-posicionamento é o envio de
suprimentos de alívio para uma área próxima a um
eventual desastre, segura e não susceptível, após a
emissão de alerta ou perigo eminente.
– Realizado com antecedência visando reduzir futuros
problemas.
– Utilizada para desastres de início lento, pois permitem o
planejamento e resposta.
– Avanços obtidos nas ciências de previsão é possível
antecipar os recursos na expectativa de um desastre, em
vez de esperar a solicitação da área de impacto potencial.
Envio gradual
• Fase: Resposta e Recuperação
Desastre
Estratégias Logísticas
• Envio gradual de bens e suprimentos
• Entrega de suprimentos para uma área afetada por
desastres, de acordo e na quantidade necessária ao
atendimento.
– Análogo ao just in time tem a vantagem de evitar o excesso
de estoques e atender somente os tipos e quantidades de
materiais necessários.
– Impede a zona de desastre de ser saturada com materiais
não necessários.
– Viável quando as necessidades na área de desastre não
são conhecidas ou se alteram ao longo do tempo.
Aumento rápido de capacidade
• Fase: Resposta
Desastre
Estratégias ??? Logísticas
• Aumento rápido de capacidade
• Após o desastre, localidades não afetadas próximas ao
local têm sua capacidade incrementada e abastecem os
locais atingidos por desastre.
– Um aumento na capacidade de transporte, mão de obra e
equipamentos em locais fora da área do desastre.
– Indicada para desastres de início rápido quando ocorrer
um déficit de capacidade de resposta ou as necessidades
tiverem um aumento durante a operação.
– Último recurso, quando o pré-posicionamento ou envio
proativo de materiais não são viáveis ou não foram
realizados.
Estratégias Logísticas X Desastres
Estratégia
Logística
Extensão e modo de inicio
Disperso e Localizado Disperso e Localizado
Fase
súbito
e súbito
lento
e lento
Pré-posicionamento




Preparação
Envio antecipado




Preparação
Envio gradual




Aumento rápido




Pandemia
Furacão
Tsunami do Terremoto
Exemplo
Não desejável
Oceano
no Haiti
de H1N1
Katrina
Índico 2004
2010
2009
2005
Desejável
Fonte: Adaptado de Apte e Yoho (2011)
Resposta e
recuperação
Resposta
Muito desejável
Ementa
•
•
•
•
•
•
Introdução e relevância do assunto
Conceito de Logística
Desastres
Logística Humanitária x Logística Empresarial
Desafios da logística de operações humanitárias
Estratégias de abastecimento
• Dimensionamento da necessidade de materiais
•
•
•
•
•
•
A decisão e dinâmica de uma evacuação
Gestão de conhecimento em Logística Humanitária
Gestão e triagem de doações
Lei 12.608 – Instrumento de Auxílio no Enfrentamento de Desastres
Exercícios e Estudos de Caso
Avaliação da aprendizagem
Suprimentos de bens e serviços - FEMA
Tier A: suprimentos para sobrevivência nos 1-2 dias após o desastre.
Fornecido através de estoque e então contratos
Água, gelo, alimentação, geradores, cobertores, telhas plásticas, lona, berços
Tier B: produtos essenciais fornecidos conforme necessidade, através de
contratos pré-negociados
Combustível, material de construção, ferramentas, itens de segurança,
materiais de escritório, equipamentos, ração animal, sacos para corpos
Tier C: serviços de apoio, fornecidos através de contratos pré-negociados
Armazenagem, transporte, remoção, acampamentos, pessoal, construção, TI,
banheiros portáteis
Tier D: equipamentos de apoio / suprimentos fornecidos às vítimas e equipes
de primeira resposta através de kits
Kits médicos, higiene e kits FEMA específicos
Restrição de capacidade - gargalo
Vítimas
Fluxo determinado pelo gargalo
Como determinar prioridades e
maximizar o fluxo de materiais?
Prioridades no abastecimento
Prioridades no abastecimento: regras de sobrevivência
Condição
Tempo de sobrevivência
Sem abrigo e
aquecimento
Entre 1 a 2 dias
Sem água
Entre 2 a 3 dias
Sem alimentação
14 dias (em casos extemos até 68
dias)Fonte: Lamont-Gregory; Henry e Ryan (1995)
Ou ainda ... Regra do 3 ... 3 minutos sem ar, 3 horas sem aquecimento, 3 dias sem
água, 3 semanas sem alimento
Haiti: consumo de recursos (transporte)
PODs
Área de
transbordo
Semi-reboque (motorista e
ajudante) transportando 30 tons:
Santo Domingo-Port-au-Prince (6
horas)
6 caminhões 5 ton (motorista e
ajudante) de transporte para 6
PODs (1,5 hora cada viagem)
Carga: 10 homens-hora (empilhad) Carga: 240 homens-hora (manual)
Transporte: 12 homens-hora
Transporte: 36 homens-hora
Total:
22 homens-hora
Total: 276 homens-hora
Dividir alimentos,
organizar e distribuir
Carga: 240 homens-hora
Org e Distrib: 1.080 homens-hora
Total: 1.320 homens-hora
Relação de mão de obra  1:12:60
Projeto Esfera
▪ Iniciado em 1997 por um grupo de organizações
humanitárias que visa definir padrões comuns de
assistência em setores chaves;
▪ Criado a partir de princípios e padrões aceitos por
consenso pelas organizações, não tem caráter
obrigatório. É uma referência qualitativa da área
humanitária
▪ Busca estabelecer padrões mínimos de qualidade e
quantidade dos materiais necessários para a resposta
em crises humanitárias;
▪ Gera referência para padronizar a qualidade dos
materiais em um nível eficiente para suprir as
necessidades das vítimas
Projeto Esfera
Necessidades Básicas de Água
Água para 2,5 – 3 litros/dia
Consumo
Dependendo do clima e da
fisiologia do indivíduo
Higiene
Básica
2 – 6 litros/dia
Dependendo das normas
sociais e culturais
Cozinha
3 – 6 litros/dia
Dependendo da base nutricional
do local
Total
7,5 – 15 litros/dia
Projeto Esfera
Lista de materiais básicos de higiene
Balde 10-20 litro para
transporte de água
1 por família
Balde 10-20 litro para
armazenamento de água
1 por família
250g de sabão para banho
1 por pessoa por mês
250g de sabão para banho
1 por pessoa por mês
Materiais aceitáveis para
higiene mestrual
1 kit por jovem/adulta
Projeto Esfera
Requisitos Mínimos de Alimentos
▪ Necessidades: 2.100 kcal / pessoa / dia, sendo:
▪ 10 por cento do total da energia fornecida por proteína.
▪ 17 por cento do total da energia fornecida por gordura.
Projeto Esfera
• Roupas: Todas as mulheres, meninas, homens e meninos
devem pelo menos dois conjuntos completos de vestuário de
tamanho correto e que sejam apropriadas à cultura, estação
do ano e clima do local.
• Com o intuito de garantir o conforto térmico e condições de
sono adequadas, todas as pessoas afetadas devem possuir um
conjunto de cobertores, roupas de cama, colchões ou
revestimentos para dormir e ainda, conforme a necessidade,
rede de proteção ou repelentes contra insetos.
• Outros itens também podem ser necessários, tais como
utensílios para cozimento de alimentos, pratos e talheres.
116
Projeto Esfera
• Higiene e Limpeza: Adicionais:
–
–
–
–
–
Creme dental: 100 g/mês.
Escova de dentes: 1/mês.
Xampu: 250 ml/mês
Loção infantil: 250 ml/mês.
Aparelho de barbear descartável: 1/mês por jovem/adulto do sexo
masculino.
– Escova de cabelo e/ou pente: 1/mês.
– Cortador de unhas: 1/mês.
– Fraldas: de acordo com a necessidade familiar.
117
Ementa
•
•
•
•
•
•
•
Introdução e relevância do assunto
Conceito de Logística
Desastres
Logística Humanitária x Logística Empresarial
Desafios da logística de operações humanitárias
Estratégias de abastecimento
Dimensionamento da necessidade de materiais
• A decisão e dinâmica de uma evacuação
•
•
•
•
•
Gestão de conhecimento em Logística Humanitária
Gestão e triagem de doações
Lei 12.608 – Instrumento de Auxílio no Enfrentamento de Desastres
Exercícios e Estudos de Caso
Avaliação da aprendizagem
Marcos de Hyogo e Sendai
Prioridades do marco de ação de Hyogo 2005-2015 foram:
• Garantir que a redução do risco de desastres seja uma prioridade
nacional e local com forte base institucional para a aplicação;
• Identificar, avaliar e monitorar os riscos de desastres e melhorar os
sistemas de alerta precoce;
• Conhecimento, inovação e educação para criar uma cultura de
segurança e resiliência em todos os níveis;
• Reduzir os fatores de risco subjacentes; e
• Fortalecer a preparação para desastres para permitir uma
resposta eficaz em todos os níveis
Sendai (9) sustenta prioridades de Hyogo e aponta lacunas
Diferença no foco:
• Hyogo: gerenciamento de desastres
• Sendai: compreensão e gerenciamento de risco
Marco de Sendai
• Meta global (18g): Aumentar substancialmente a disponibilidade e o
acesso a sistemas de alerta precoce para vários perigos e as
informações e avaliações sobre o risco de desastres para o povo até
2030.
• (14) ... melhoria em sistemas de alerta precoce.
• (25a) ... fortalecer a modelagem, a avaliação, o mapeamento e o
monitoramento do risco de desastres, bem como sistemas de alerta
precoce para vários perigos ....
• (33b) ... ampliar os canais de difusão para informações de alerta
precoce sobre desastres naturais ...
• (4c) ... maior desenvolvimento e investimento em mecanismos de
alerta precoce .... facilitar o compartilhamento e o intercâmbio de
informações entre países
• (36d) Os meios de comunicação devem: assumir um papel ativo e
inclusivo nos níveis local, nacional, regional e global ...
• Além do (9)
Marcos de Hyogo e Sendai – Tecnologia
There are many references to science and technology in the
Sendai Framework.
Science and technology are mentioned in many paragraphs, such
as Paragraph 19 which specifies the guiding principles,
Paragraphs 24, 25, and 36
For example, under Priority 1, "Understanding Disaster Risk",
paragraph 25 (b) states:
"To promote the conduct of comprehensive surveys on multihazard disaster risks and the development of regional disaster
risk assessments and maps,
including climate change scenarios."
UN – ISDR (UNISDR, 2006)
• People Centered Early warning systems
Conhecimento
de risco
Serviço de
monitoramento
e alerta
Disseminação e
comunicação
Capacidade de
resposta
UN – ISDR (UNISDR, 2006)
• People Centered Early warning systems
Conhecimento de risco
• Riscos relevantes
• Vulnerabilidades das pessoas
e da sociedade a esses perigos
• Mapas e dados disponíveis
• Padrões e tendências
Disseminação e
comunicação
• Alertas compreensíveis e úteis
• Informações para preparação
prévia daqueles em risco
• Chegar a todos em risco
• Compreensão do perigo
Serviço de
monitoramento e alerta
• Capacitação para monitorar
precursores de perigo
• Prever a evolução do perigo
• Emitir avisos atempados
• Base científica
Capacidade de resposta
• Conhecimento
• Plano e capacidade para ação
oportuna, adequada e
testada (autoridades e
pessoas em risco)
• Pessoas preparadas para agir
“O” despertar acadêmico
• Katrina 2005
• Agentes públicos não eram bem treinados em
evacuação antes do furacão e não tomaram as
medidas apropriadas
• Despertou acadêmicos e oficiais (Post-Katrina
Emergency Management Reform Act of 2006)
– Auto evacuação
– Evacuação assistida (USA > 65: 54% tem alguma
incapacidade e 20% dificuldade em deixar suas
residências) (Apte et al., 2015).
Exemplos de sucesso
O sucesso da operação de evacuação foi possível em grande parte devido a
grandes melhorias na infraestrutura física e nos sistemas de comunicação do
país, embora a polícia achasse necessário, às vezes, forçar os aldeões
relutantes a deixarem suas casas de barro e palha, vulneráveis aos ventos
fortes e chuvas, disseram autoridades locais.
Número de mortos na costa oriental da Índia (ciclones cat 5):
Odisha em 1999:
10.000
Phailin em 2013:
30
http://www.nytimes.com/2013/10/14/world/asia/india-cyclone.html?_r=0
Brasil
Fontes:
http://www.sbmet.org.br/sic2015/Cemaden_Natal_2015_carlos_frederico.pdf
http://g1.globo.com/bahia/noticia/2015/04/crianca-morre-apos-desabamento-na-regiao-da-san-martin-em-salvador.html
http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2015/05/dezenove-pessoas-morreram-em-deslizamentos-de-terra-em-salvador.html
Efetividade da tecnologia
Este sistema de centros de alerta
incorpora as mais recentes
tecnologias avançadas de
detecção, análise e comunicação
e emitiu avisos para vários
eventos.
No entanto, tem sido criticado
por ficar aquém "na última
milha“, resultando no fracasso
das comunidades em responder
adequadamente ao perigo em
questão.
UN – ISDR (UNISDR, 2006)
• People Centered Early warning systems
Conhecimento de risco
• Riscos relevantes
• Vulnerabilidades das pessoas
e da sociedade a esses perigos
• Mapas e dados disponíveis
• Padrões e tendências
Disseminação e
comunicação
• Alertas compreensíveis e úteis
• Informações para preparação
prévia daqueles em risco
• Chegar a todos em risco
• Compreensão do perigo
Serviço de
monitoramento e alerta
• Capacitação para monitorar
precursores de perigo
• Prever a evolução do perigo
• Emitir avisos atempados
• Base científica
Capacidade de resposta
• Conhecimento
• Plano e capacidade para ação
oportuna, adequada e
testada (autoridades e
pessoas em risco)
• Pessoas preparadas para agir
Sistemas de alerta
• Devem abranger:
– Detecção
– Intensidade
– Interpretação
– Decisão de aviso
– Conteúdo da mensagem
– Forma de disseminação.
2 Decisões
• 1º Decisão: do Agente de Monitoramento
– Recomendar ou não uma evacuação.
•
•
•
•
Severidade
Tempo
Histórico
Cultura
– Predominantemente técnica
• 2ª Decisão: do morador
– Evacuar ou permanecer ?
– Predominantemente psicossocial
A Decisão do Agente de Monitoramento
Parâmetros de predição atingidos
Decisão: Gestão do risco
de desastres
Desastre acontece
Maximizar
Agir antes que o provável
desastre aconteça (após a
previsão)
Ação válida
Falha ao agir
Agir após o provável
•Perda de reputação
desastre acontecer (apesar
•Danos e outros custos
da previsão)
•Perdas humanas
Desastre não acontece
Ação em vão
•Custos diretos
•Custos indiretos
•“Cry wolf syndrome”
Sorte
Inação válida (sem foco)
Uchida, Kenetsu. A model evaluating effect of disaster warning issuance conditions on “cry wolf syndrome” in the case of a landslide.
European Journal of Operational Research 218.2 (2012): 530-537.
Mecanismos de alerta
• Automático ou não
• Exemplos:
–
–
–
–
–
Sirenes
Carros de som
Verbal
Mídia
Estado de Washington: antenas disparam SMS para
todos celulares em sua cobertura
• Velocidade de resposta varia conforme o
mecanismo (Sorensen, 1991)
• Apesar da tecnologia, ainda não atinge “última
milha”.
Decisão de evacuação do morador
• Na iminência de um desastre, os moradores
monitoram a informação de uma variedade de
fontes para decidir “se” “e” quando evacuar.
• Decisão:
–
–
–
–
–
–
Quando evacuar ?
Para onde ir ?
Qual o modo de transporte ?
Qual veículo utilizar ?
Qual o caminho ?
Qual o tipo de acomodação ?
• Considerar quanto tempo estarão longe de suas
casas.
Compreender o processo de evacuação
• Durante uma emergência as pessoas são
afetadas pelo medo, incerteza e pela
velocidade que as coisas acontecem.
• Compreender o comportamento e o processo
de tomada de decisão das pessoas sob essas
circunstancias é fundamental para que a
evacuação seja bem sucedida (Nisha de Silva, 2001).
Cultura
ARCO DA SOBREVIVÊNCIA
Fases percorridas pelo cérebro em desastres:
1. NEGAÇÃO: Choque inicial. Adia enfrentamento.
2. DELIBERAÇÃO: Fase da decisão
3. MOMENTO DECISIVO: Ação
O Impensável (Amanda Ripley, 2008)
Comportamentos na resposta a alertas
• O primeiro alerta (inicial) é desacreditado.
• NEGAÇÃO: Arco da Sobrevivência (Amanda Ripley, 2008)
• Sirene isoladamente não constitui alerta, muitos ignoram.
• Mensagens de alerta devem incluir informações sobre a
ameaça e diretivas para ações.
• Quanto mais específica a informação, maior a probabilidade
das pessoas acreditarem.
Quem evacua ? Literatura Internacional
• Maior probabilidade de evacuação:
– Casas com crianças.
– Experiências anteriores bem sucedidas (Dixit et al. 2008).
• Maior a probabilidade de permanecer em casa
(não evacuar):
–
–
–
–
Maior nível educacional.
Maior idade.
Maior quantidade de cachorros.
Experiência anterior: Síndrome de Cry Wolf (Uchida, 2012).
• Residências com animais e sem crianças tendem
a não evacuar
.
(Heath et al., 2001)
Por que não evacua ? Brasil (alerta RIO)
• Os moradores acreditam que, não irá ocorrer nenhum
acidente;
• Pontos de apoio inadequados;
• O sistema de alerta não resolve o problema. Precisam
de obras de infraestrutura e contenção de encostas;
• Desconfiam do título de "área de risco" dado pela
Prefeitura;
NEGAÇÃO
• Não se sentem seguros para sair de suas casas sob a
chuva forte (pessoas mais idosas e com criança
pequena);
• Os moradores têm medo de ter seus pertences
roubados se saírem de casa (Melo et al., 2016).
Comportamentos na resposta a alertas
• Resposta podem variar: mulheres e crianças são
mais propensas em acreditar; homens idosos e
minorias étnicas são mais difíceis de convencer.
• A probabilidade de acreditar em autoridades
uniformizadas é maior do que na mídia ou em
parentes e vizinhos.
• Famílias e grupos de trabalho avaliam as
mensagens de alerta em conjunto (Dawson, 1993).
Abordagem: Planos de contingência
• Básico: responder três perguntas simples.
1. O que vai acontecer ?
2. O que vamos fazer ?
3. O que podemos fazer antes que aconteça ?
Logística de evacuação
• Definida como as atividades e recursos
associados necessários para chegar a um local
seguro e lá permanecer até que seja seguro
retornar.
Tipo de desastre e de alerta
• Uma evacuação é definida conforme:
– Tipo de desastre;
– Capacidade de previsão;
– Tempo disponível para evacuação;
– Infraestrutura;
– Cultura do local.
Tipos
• Voluntária
• Recomendada
• Obrigatória
Tempo de resposta X tipo de desastre
• Alerta antecipado:
–
–
–
–
Tipos: Ciclones, furacões, inundações
Mobilização e partida segue Logit
.
Maior tempo e quantidade de pessoas
Pessoas levam bens.
(Sorensen, 1991)
• Alerta tardio:
– Tipos: Deslizamentos de terra, tsunamis, inundações
bruscas (flash floods), enxurradas,
tornados/microexplosão.
– Pouco tempo para evacuação e menor quantidade.
– Preocupação com animais.
Dados sobre evacuação
• Logística: para modelar o comportamento de
evacuação das famílias com maior precisão.
• O quê: dados sobre o comportamento dos
afetados.
• Para quê: dimensionar instalações e
suprimentos e prever quantos precisarão de
acomodações em centros de acolhimento.
• Duração: para antecipar quando as famílias
devem retornar e impactos econômicos.
Comportamentos
• Pessoas preferem sair durante o dia.
• Confiança nas casas de amigos e parentes. Abrigo é
última opção.
• Ao escolher uma rota, pessoas tendem a considerar a
sua familiaridade com a rota com base em experiência
passada.
– Base: tempo relativo, segurança e conveniência da rota.
• Nível de confiança: autoridades locais, mídia e
recomendações dos pares.
• Não consideraram folhetos anteriormente
distribuídos.
• Comportamento de manada (Prince, 1920).
Evacuação parcial
• Família evacua mas algum membro
(geralmente pai) permanece para “guardar” o
local.
Veículos utilizados
• Não existe um padrão, depende do perfil etário e
socioeconômico da população e costumes locais
• Divergências detectadas (caso: furacões – alerta
antecipado)
– Miami Beach: são mais propensos a tomar ônibus
especiais de evacuação
(Analysis of hurricane evacuee mode choice behavior. Sadri, Arif
.
Mohaimin ; Ukkusuri, Satish V. ; Murray-Tuite, Pamela ; Gladwin, Hugh, Transportation Research Part C, Vol.48, p. 37-48)
– Katrina: 74% usaram seus próprios veículos
(Logistics of
hurricane evacuation in Hurricanes Katrina and Rita. Wu, Hao-Che ; Lindell, Michael K. ; Prater, Carla S.. Transportation Research Part
.
F: Psychology and Behaviour, Vol.15(4), p.445-461)
Ementa
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•
•
•
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•
•
•
Introdução e relevância do assunto
Conceito de Logística
Desastres
Logística Humanitária x Logística Empresarial
Desafios da logística de operações humanitárias
Estratégias de abastecimento
Dimensionamento da necessidade de materiais
A decisão e dinâmica de uma evacuação
• Gestão de conhecimento em Logística Humanitária
•
•
•
•
Gestão e triagem de doações
Lei 12.608 – Instrumento de Auxílio no Enfrentamento de Desastres
Exercícios e Estudos de Caso
Avaliação da aprendizagem
Ementa
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Introdução e relevância do assunto
Conceito de Logística
Desastres
Logística Humanitária x Logística Empresarial
Desafios da logística de operações humanitárias
Estratégias de abastecimento
Dimensionamento da necessidade de materiais
A decisão e dinâmica de uma evacuação
Gestão de conhecimento em Logística Humanitária
• Gestão e triagem de doações
• Lei 12.608 – Instrumento de Auxílio no Enfrentamento de Desastres
• Exercícios e Estudos de Caso
• Avaliação da aprendizagem
Desafios Gestão de Doações
Efeito de Convergência: Grande fluxo de materiais até a região
do desastre, em um curto intervalo de tempo, que sobrecarrega o
canal logístico e o bloqueia
Como transformar isto em benefício para as vítimas?
Restrição de capacidade - gargalo
Vítimas
Fluxo determinado pelo gargalo
Como determinar prioridades e
maximizar o fluxo de materiais?
Desafios Gestão de Doações
Gestão de doações (o segundo desastre)
✓ Durante as enchentes na Colômbia em 2010, a Cruz Vermelha colombiana
informou ter recebido:
✓ "Um a fantasia de tigre" (para uso no carnaval), "perucas "
✓ "... Três bandeiras espanholas ..."
✓ "... Um colchão king size usado que ninguém conseguia mover ..."
José Holguín-Veras (2012), Director of the Center for Infrastructure,
Transportation, and the Environment, Rensselaer Institute, NY
154
Desafios Gestão de Doações
Gestão de doações (o segundo desastre)
✓ Doação do excesso de produção de alimentos
prejudica os produtores locais, derrubando ainda
mais os preços já rebaixados no mercado
internacional.
JOSHUA E.K (2012)
Roubos e Desvios
Gestão de doações
Roubo por grupos armados prolongou conflitos:
▪ Sudão do Sul 2013/2014
▪ Somália 1990
▪ Ruanda 1994
▪ Nigéria (1967-1970)
▪ Afeganistão – doações vendidas, grande parte nas mãos dos Talibãs.
JOSHUA E.K (2012)
156
Desafios da logística de operações humanitárias
Gestão de doações (o segundo desastre)
Enchentes e enxurrada em Blumenau (Santa Catarina) em 2008: após
supridas as necessidades locais, foi necessário o redirecionamento de 88
caminhões com aproximadamente 897,6 toneladas de roupas para 27
municípios vizinhos.
Haiti (2010): um sexto do staff da Cáritas da República Dominicana foi
alocado para a separação de roupas
José Holguín-Veras (2012), Director of the Center for Infrastructure, Transportation, and the Environment, Rensselaer Institute, NY
Efeito de Convergência
Doações
Doações
Doações
Desastre
Doações
Doações
Doações
Doações
Doações
Ex.: Haiti 2010
1 aeroporto
Limites de Capacidade
Todo mundo enxerga a bola, mas ninguém enxerga o cachorro: A falta de
visão sistêmica da cadeia de suprimentos dificulta a percepção da
dificuldade em gerar o efeito de convergência de materiais.
O acúmulo da
doações impede a
gestão eficiente do
recurso. O
benefício se torna
impedimento.
Medicamentos na Bósnia
50-60% de medicamentos doados
para a Bósnia durante a guerra de
1992-1995 eram inapropriados
(vencidos, sem especificação,
danificados...). (Fritz Institute)
Haiti doesn’t need your old shirt...
“Cada ano a NFL doa as camisetas do time perdedor (do Super
Bowl) para caridade” (Foreign Policy, 2011)
O doador se dispõe de
um material que ele não
pode vender e recebe
insenções de impostos
por isto.
Este material é
transportado dos EUA
com um alto custo
logístico
O problema?
Eles não precisam
disto!
162
Quão longe isto pode chegar?
Doações Nojentas
Sabonetes usados de hotel (Uganda)
Doações Inúteis
Pirulitos em formato de caveira que
sobraram do dia das bruxas (Furacão Mitch)
Doações Ofensivas
Presunto apimentado para populações
muçulmanas (Tsunami)
(Fonte: Fritz Institute)
Restrição de capacidade - gargalo
Roupas
Alimentos
Abrigos
Remédios
Fluxo determinado pelo gargalo
Brinquedos
Como determinar prioridades e
maximizar o fluxo de materiais?
Vítimas
Ex: S L Paraitinga – Donativos
Total de doações enviadas: estimativa de 420 toneladas
• População: 10.397 (IBGE, 2010)
• Desabrigados: aproximadamente 2.000
Peças inadequadas + Excesso + Triagem lenta = “tsunami de doações”
Campanha encerrada em 12/01/10 em razão de estoques lotados
Restrição de capacidade
• Doações não necessárias no canal logístico
• Vídeos:
• Destino de Doações
A melhor distribuição possível...
▪ “Melhor” como? Para quem?
– Para vítimas e para própria organização.
▪ Objetivos comuns (encontrados na literatura):
–
–
–
–
–
Menor custo
Maior rapidez de entrega
Maior demanda satisfeita
Mais equidade entre os pontos de distribuição
Mais peso para atendimento da demanda considerada
prioritária
A melhor distribuição possível...
▪ Tá fácil? Em geral...
– Quanto mais rápido, mais caro
– Quanto mais igualitário, menos eficaz (em
volume de carga)
– Quanto maior o peso das prioridades,
menos igualitário
Porque as pessoas doam
• Motivação é o principal fator que leva uma pessoa a adotar
uma causa.
• Quando os doadores se sentem envolvidos e motivados com
uma causa, a possibilidade de doações aumenta. Causa é
aquilo que necessita do apoio da sociedade e que visa o bemestar da sociedade ou de grupos Pereira (2001 ).
• Os principais motivos que fazem as pessoas não doarem são:
–
–
–
–
–
Credibilidade da organização que pede
Dúvidas quanto à destinação do recurso doado
Falta de bons projetos
Falta de identificação com a causa
Falta de habilidade no processo de captação
Kother (2007)
.
Influência da mídia
• A mídia exerce um papel fundamental na fase de
resposta a um desastre, principalmente na mobilização
de voluntários e doações.
• Desastres naturais: pessoas doam mais, quando
comparado aos antropogênicos (ZAGEFKA et al., 2011).
• Mídia, em sua visão empresarial, escolhe os assuntos
que geram repercussão e audiência e mais lucrativos
(CORONEL, 2010).
• Necessidades mais elevadas e urgentes passam
despercebidas quando a mídia deixa de expô-las
devido a manchetes concorrentes (olimpíadas). Crises
e emergências podem acontecer simultaneamente e
competir por tempo e atenção da mídia (ARNOLD, 2011).
Fluxo de doações
Transporte
Doações
Triagem
Distribuição
(vítimas)
Local
do
desastre
Descarte de
inservíveis
Triagem
Transporte
Local
do
desastre
Doações
Descarte de
inservíveis
Distribuição
(vítimas)
Triagem de doações
• Dificuldades encontradas pelas equipes de ajuda:
– Doações são inadequadas às necessidades das
comunidades atingidas por não passarem por triagens nas
cidades de origem
– Entregues sem organização alguma
– Sapatos sem seus pares
– Medicamentos e alimentos fora do prazo de validade
– Roupas em mal estado de utilização ou sem tamanho
definido
• Ideal seria que as doações ficassem armazenadas em
locais próximos as regiões atingidas pelas calamidades,
em que pudessem ser calmamente limpas, classificadas
e ordenadas (Souza, 2011) .
• ERRO: triagem em abrigos.
Arrumação das doações
• Muitas vezes: escola (2 ou + andares)
• Disposição de itens: facilidade de movimentação.
– Alta demanda e difícil movimentação (alimentos, produtos de limpeza
e água em andar inferior)
– Mais pesados e volumosos próximos à saída para facilitar carga e
descarga.
– Andares superiores itens mais leves e de fácil movimentação como
fardos de papel higiênico e colchões.
• Fluxo de materiais: por segurança e agilidade, deve-se definir
espaços para fluxo de materiais e evitar obstruir áreas de
passagem. O movimento de entrada e saída deve ser padronizado
para aumentar velocidade de circulação e evitar gargalos,
principalmente quando há apenas um portão.
• Nível de estoque: controle entrada e de saída (pesagem) e
Vídeo
consequentemente, o saldo.
Mariana
Distribuição interna
• Exemplos: Fluxos Lógicos dos materiais
E
E S
S
Aula 3 – Aspectos operacionais de um armazém
174
Distribuição interna: Exemplo
• Exemplos: Fluxos Lógicos dos materiais
E
S
Roupas
Roupas Separadas
Sapatos
Sapatos Separados
Outros
Outros Separados
Alimentos
Alimentos Separados
Separação
Inicial
Aula 3 – Aspectos operacionais de um armazém
175
Distribuição interna: Exemplo
• Exemplos: Fluxos Lógicos dos materiais
Sapatos
Separação
Inicial
Alimentos
Outros
Separados
S
Alimentos
Separados
E
Sapatos
Separados
Roupas
Separadas
Roupas
Outros
Aula 3 – Aspectos operacionais de um armazém
176
Arrumação das doações
• Armazenagem: separados por tipos de materiais
(alimentos, roupas, limpeza, etc). Evitar contato com o
solo.
• Separação de materiais: alocação de salas de forma a
separá-los em ordem crescente de cheiro e risco de
contaminação, posicionando materiais de limpeza o mais
distante possível de alimentos.
• Água: protegida da luz e isolados de quaisquer produtos
aromáticos.
Triagem: Sapatos
• Diversos padrões de numeração
Sapatos
• Encontrar o par
Protocolos
Triagem de calçados
Sapatos: Gabaritos
Com pares e numeração
Sem numeração
Sem pares
6%
13%
49%
32%
Sem condição de uso
Roupas
• Verificar condição geral
• Separação: roupas íntimas, sujas, rasgadas,
políticos ou de times esportivos devem ser
descartadas.
• Verificar gênero
• Verificar tamanho
• Identificar e embalar
Alimentos
•
•
•
•
•
Verificar situação geral
Verificar condição da embalagem
Verificar data de validade
Formar kit
Identificar e embalar
Medicamentos
• Somente triagem inicial
– Condição geral
– Condição da embalagem
– Data de validade
• Entregar a pessoal capacitado (ex.: Sec Saúde)
o material OK e o descarte
Alimentos: Cesta básica
Item
Descrição
Qtd
Conteúdo líquido da(s)
embalagem(ns)
1
Achocolatado em pó
1
400 g
2
Açúcar refinado
1
1 kg
3
Arroz tipo 1
1
5 kg
4
Biscoito doce tipo “Maisena”
2
200 g
5
Extrato de tomate
2
350 g
6
Farinha de mandioca
1
500 g
7
Farinha de Trigo
1
1 kg
8
Feijão tipo 1
4
1 kg
9
Goiabada
1
400 g
10
Leite em pó
1
400 g
11
Macarrão espaguete
3
500 g
12
Óleo
2
900 ml
13
Sal refinado iodado
1
1 kg
14
Salsicha tipo Viena
2
180 g
15
Sardinha em óleo comestível
2
125 g
Antes e depois
Before
During
After
Distribuição de doações
• Os líderes da distribuição devem receber orientação prévia e.
• Dar instruções aos voluntários sobre como relacionar-se com as vítimas
caso estas: queiram abrir novas caixas, peçam mais material, conflitos
para pegar determinada roupa, etc.
• Sinalização adequada das salas com atividades e doações na entrada da
escola.
• Deixar a roupa estocada em outro ambiente que não o local de coleta
das roupas por parte do pessoal. Obs.: as próprias vítimas começam a
abrir as caixas e geraram tumulto no local.
• Determinar quantidade de máxima de pessoas na sala de doações e
organizar filas.
• Providenciar embalagem para as doações serem levadas.
• Identificar pessoas que possam auxiliar os voluntários a deixar as
doações organizadas.
Gestão logística dos abrigos
• Identificação das vítimas
• Ideal – identificar antes da chegada ao abrigo
• Famílias X Solteiros
– Doações são inadequadas às necessidades das comunidades
atingidas por não passarem por triagens nas cidades de origem
– Entregues sem organização alguma
– Sapatos sem seus pares
– Medicamentos e alimentos fora do prazo de validade
– Roupas em mal estado de utilização ou sem tamanho definido
• Ideal seria que as doações ficassem armazenadas em locais
próximos as regiões atingidas pelas calamidades, em que
pudessem ser calmamente limpas, classificadas e
ordenadas (Souza, 2011) .
• ERRO: triagem em abrigos.
Exercício
•
•
•
•
•
•
•
Realizar a triagem das doações recebidas
Organizar o leiaute da sala
Equipamentos (EPI) do pessoal: calçados e luvas
Separar por:
Tipo (roupa, alimento, calçado)
Definir equipes (recebimento, roupa, alimento, calçado, outros)
Roupas e calçados
– Separar por tamanho e gênero
• Alimento
– Formar kit cesta básica
• Identificar
Ementa
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Introdução e relevância do assunto
Conceito de Logística
Desastres
Logística Humanitária x Logística Empresarial
Desafios da logística de operações humanitárias
Estratégias de abastecimento
Dimensionamento da necessidade de materiais
A decisão e dinâmica de uma evacuação
Gestão de conhecimento em Logística Humanitária
Gestão e triagem de doações
Lei 12.608 – Instrumento de Auxílio no Enfrentamento de Desastres
• Exercícios e Estudos de Caso
• Avaliação da aprendizagem
Trabalho
• Exercícios (1 h para elaboração e 15 min de
apresentação)
• Realizar o planejamento logístico, ao longo do
tempo (definir esse tempo) e modo de início,
incluindo:
– Os tipos de materiais (prioridades e quantidades) e
suas fontes.
– Locais de operação.
– Estratégia de transporte e distribuição dos
materiais.
Trabalho
• Exercício
• Situação 1:
• Inundação no Município de Paraibuna, 1400
residências destruídas, 3 dias para recuperar
ruptura na rodovia dos Tamoios.
• Situação 2:
• Seca no município de Guaribas no Piauí. 4.400
habitantes. Empresas de ônibus disponibilizam
bagageiros para transporte de doações oriundas
de RJ/SP.
Trabalho
• Exercício
• Situação 3:
• Vazamento nuclear em Angra dos Reis. Cidade de
Bananal (10.200 habitantes) necessita ser
desocupada.
• Situação 4:
• 20 imigrantes haitianos chegam diariamente a
cidade de Brasiléia no Acre. Por questões
diplomáticas, a ajuda do governo brasileiro não é
permitida.
Trabalho
• Situação 5:
• Na madrugada de hoje, 54 casas foram
atingidas pelo Rio Buquira em São José dos
Campos, que subiu 1,2 metros e transbordou.
Na SP-50, estrada que liga a cidade a Monteiro
Lobato e ao sul de Minas Gerais, ônibus e
caminhões estão impedidos de passar.
Trabalho
• Situação 6:
• Até agora foram registrados 68.414 casos de dengue, 27
óbitos e 211 casos confirmados da forma grave da doença
(hemorrágica), em 401 municípios do estado da Bahia. A
população ainda não está imune ao vírus com sorotipo 4
que tem circulado, mas já há uma vacina testada para esse
tipo de vírus. Sem uma vacinação em massa, toda a
população do estado fica em situação de suscetibilidade.
• O ministério da saúde quer conter a doença e tomar
medidas para coibir o seu avanço para outros estados
brasileiros e a população afetada precisa de tratamento
médico emergencial.
Obrigado
Thank you
Gracias
Grazie
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