Uploaded by Mayke Fontenele

anexo projetos no brasil

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2.9.1 COPEL
Pioneira nesse experimento no País, a Copel ( Companhia Paranaense de
Energia Elétrica ) anunciou em abril de 2001 que instalaria a PLC em 50 domicílios
selecionados na região de Curitiba, que já tinham computadores instalados, de modo
que comparações pudessem ser feitas. A Copel investiu cerca de um milhão de dólares
no projeto e os resultados demonstraram que o sistema funcionou bem em conexões de
curta distâncias – algo em torno de 300 metros entre a fonte de sinal e a residência ,
alcançando taxas de transferências de até 1,7 Mbps.
Para a empresa que investe nas pesquisas PLC, apesar da necessidade de
investimentos altos na aquisição de equipamentos, a solução PLC não exige a
construção de redes subterrâneas nem precisa de novos fios elétricos, o que representa
cerca de 50% do custo das infra-estruturas de telecomunicação. Logo, se a tecnologia
não der retorno num prazo de 3 a 4 anos – “ O plano de negócio não estará morto
porque a PLC será mais uma alternativa para a Internet Banda Larga, que ainda não foi
explorada.
A partir do momento que tivermos escala industrial, reduzindo assim os
custos dos serviços, o PLC irá conquistar mercado, ou seja, para que a PLC emplaque,
é preciso a indústria produza os equipamentos em alta escala, considera Orlando Sesar
de Oliveira, coordenador do projeto PLC da Companhia Paranaense de Energia Elétrica
(Copel).
2.9.2 CEMIG
A Cemig foi a segunda distribuidora a anunciar um experimento semelhante em
dezembro de 2001, na cidade de Belo Horizonte, utilizando a tecnologia da empresa
Suíça Ascom e tendo como responsável pela infra-estrutura a empresa de Infovias, uma
joint venture entre Cemig e AES, que opera redes ópticas em Minas Gerais.
“A Internet chega ao usuário trafegando pela rede óptica da Infovias e nos
oferecem a Última Milha pela rede elétrica, do poste à residência“, explica Luiz
Henrique de Castro, superintendente de telecomunicação e informática da Cemig. A
iniciativa da Cemig em oferecer o acesso à Internet como valor agregado, segundo a
Cemig, não parte da premissa que a companhia elétrica queira transformar-se em
empresa de telecomunicação. O projeto de transformar dados pela rede elétrica nasceu
da necessidade de implantar telemedição de consumo e controle de carga em tempo-real
na rede de Belo Horizonte. A Cemig pretendia vender a capacidade de transmissão pela
rede elétrica na última milha para provedores de Internet, operadoras que quisessem
atuar no segmento de Voz sobre IP ( VoIP) e até mesmo operadoras de TV por
assinatura, quando os equipamentos da ASCOM estivessem desenvolvendo a ponto de
trafegar 4,5 Mbps.
Enfim, passados os anos, a empresa (CEMIG) chegou a um relatório
conclusivo:
A extensa caminhada CEMIG começou no ano de 1998 com o início de
pesquisas envolvendo consultas via Internet, intercâmbio de informações com
especialistas estrangeiros e entidades acadêmicas gerando já no ano de 1999 um
relatório referente à transmissão de dados em redes de transmissão de distribuição de
energia elétrica, no mesmo ano a participação no seminário “Power Line
Telecommunications” promovido pela APTEL no Rio de Janeiro, com a participação de
especialistas estrangeiros e empresas nacionais contribuiu bastante para que as
pesquisas avançassem.
Em março de 2001, a participação de representantes na feira de Hanover e
contatos para definir ações possibilitou a realização do primeiro projeto piloto. A
definição do local do piloto realizou-se em maio e no mesmo ano houve a contratação
da Empresa ASCOM – PLC para implementação deste piloto na malha de distribuição
da CEMIG e a montagem do mesmo nos bairros Belvedere e Vila Paris e ativação
oficial do piloto em 2Mbps com 40 pontos de acesso.
O ano de 2002 foi decisivo para as pesquisas sobre PLC pois, os
levantamentos feitos referentes a monitoração remota, levantamento geral de dados,
recalibração de sistema após termino do racionamento de energia, análise de dados de
campo, estudos de emissão eletromagnética dos cabos que conduzem sinais PLC em
parceria com a PUC – MG, calibração fina e estudos para implementação de novos
serviços levaram a empresa a emitir um relatório final já no ano seguinte.
Piloto CEMIG
O piloto PLC da CEMIG funcionou através de um master conectado a um cable
modem, este master injetava o sinal nas fases e no neutro do circuito secundário, onde
mais a frente era coletado e regenerado no ponto de medição por um repetidor, (em
alguns casos dispensável) e finalmente captado no ambiente doméstico em uma tomada
elétrica convencional pelo modem PLC. A partir deste modem era feita uma conexão
via porta USB ou Ethernet padrão com o computador do usuário final.
Qualidade de navegação – avaliação de 35 usuários PLC
Período - 01/12/2001 até 01/04/2002 (107 avaliações)
10%
37%
48%
5%
Péssima
Ruim
Bom
Ótimo
Tabela 2.1
fonte : www.cemig.com.br
Qualidade de navegação – avaliação de 35 usuários PLC
Período - 01/05/2002 até 01/11/2002 (400 avaliações)
3%
3%
63%
31%
Péssima
Ruim
Bom
Ótimo
Tabela 2.2
fonte: www.cemig.com.br
Principais causas de variações na qualidade de acesso
a)
Padrão da instalação elétrica;
b)
Número de conexões do circuito elétrico;
c)
Tipo e quantidade de cargas ligadas no ambiente doméstico;
d)
Carregamento do circuito elétrico externo;
e)
Temperatura ambiente;
f)
Tomada elétrica definida para ligar o modem.
Conclusão CEMIG
De forma geral, ficou patente a influência da carga no desempenho do sistema, o
aumento do carregamento acarreta degradação dos acessos. Esta situação evidentemente
estará sempre fora de controle e terá uma variação totalmente aleatória, estando
diretamente relacionada com o perfil dos consumidores. Caberá aos projetistas de
equipamentos PLC desenvolverem módulos de correção dinâmica para compensar de
forma eficiente as constantes alterações do perfil de carga atrelado ao sistema, tanto em
ambiente indoor quanto outdoor, no caso do Brasil este é um importante fator de
tropicalização já que nossos cabos elétricos em comparação aos Europeus possuem
características construtivas mais desfavoráveis ao tráfego de sinais PLC, e também
possuímos um perfil de cargas domésticas mais agressivo em termos de consumo e tipo.
Sendo assim, conclui-se que o acesso comercial via PLC será viável se as alterações
necessária forem implementadas.
2.9.3 ELETROPAULO
Já a concessionária de energia elétrica Eletropaulo usa, desde o final de 2003,
internamente o PLC no edifício-sede (localizado no bairro da Granja Julieta, zona sul de
São Paulo) e em mais duas agências onde existem equipamentos de auto-atendimento
pelos quais clientes podem acessar a Internet e serviços prestados pela própria
Eletropaulo, como consultas por pendências de contas e nessa mesma rede PLC também
trafegam as imagens captadas por circuitos internos de câmeras de segurança. “Dessa
forma, se tornou possível em tempo real acompanhar o movimento de clientes em outra
agência”, contou Paulo Pimentel coordenador e gerente de automação da Eletropaulo.
A Eletropaulo iniciou testes práticos de viabilidade da tecnologia PLC na
região metropolitana e no interior do estado de São Paulo. A empresa segue os moldes
do projeto da Cemig e, de acordo com o engenheiro José Luiz, líder de equipe na
Eletropaulo, o projeto de oferta da PLC em alta velocidade segue a estratégia do grupo
Norte-Americano AES, que detém ações de ambas as distribuidoras de energia (Cemig
e Eletropaulo). Na visão do engenheiro da Eletropaulo, o maior desafio na
implementação da PLC é a adaptação de suas condições ao sistema elétrico brasileiro.
“Na Europa e nos Estados Unidos, a rede é subterrânea, ou seja, não sofre interferências
do meio ambiente”.
A meta da Eletropaulo é fazer com que os testes em andamento alcance até o ano
de 2006 todas as residências atingidas pela rede elétrica onde os dados viajarão com
taxas de transferência de até 200Mb/s (megabits ou milhões de bits por segundo).
O engenheiro José Luiz explicou que a Eletropaulo não tem o menor interesse
em se tornar um provedor de acesso à Internet. "Nosso core business (foco de negócios)
é, sem dúvida, distribuição de energia. É por isso que nosso primeiro passo foi
implantar a tecnologia PLC como um meio de otimizar nossos processos no sentido de
oferecer melhores serviços para nossos clientes", explicou.
A Eletropaulo sempre dependeu de terceiros para transmitir seu grande volume
dados - hoje um pouco menos. "E isso gerava um custo operacional muito alto, pois
nossa demanda por esse serviço é altíssima em função dos milhares de sistemas de
telecontrole presentes em toda a infraestrutura elétrica. Esse foi o primeiro estímulo
para que a viabilidade da PLC começasse a ser avaliada".
E a PLC acabou juntando a fome com a vontade de comer, pois essa tecnologia
permite aproveitar um imenso valor agregado - e ignorado até hoje - a um dos maiores
patrimônios da Eletropaulo: uma rede elétrica instalada e operacional que atinge cerca
de 98% das residências paulistas.
Na visão da Eletropaulo, para o PLC dentro e fora de casa, a fase de
implementação comercial do PLC ainda precisa evoluir bastante." pesquisa-se todos os
recursos de desenvolvimento dessa tecnologia, junto a centros de pesquisa, como o
CPqD. Lá são testados os equipamentos de vários fabricantes". Um passo decisivo para
que as coisas caminhem mais rápido é que cada vez mais empresas nacionais comecem
a se interessar em fabricar os equipamentos necessários. Por enquanto, todas são
estrangeiras, mas já existem pelo menos duas empresas nacionais interessadas em se
tornar fornecedoras.
Durante a fase de testes foram utilizados dois tipos de padrão para o uso da PLC.
Um é o Indoor (ou PLIC), como a largura de banda desse padrão é a mesma da que é
fornecida pelo provedor de acesso de banda larga, ela não permitiria o tráfego de vídeo
em tempo real com qualidade semelhante a que vemos hoje na TV.
Já o outro padrão, o "outdoor" (ou PLOC), é o que será implantado pela
Eletropaulo.e funciona basicamente como outras redes, como a de TV a cabo, por
exemplo. Uma central de controle e repetição, chamada no meio telecom de "master", é
conectada à rede intermediária de fornecimento de energia (que fornece as tensões de
110 e 220 volts para o consumidor final). Cada uma dessas centrais pode controlar o
acesso de até 40 usuários simultâneos. E se o "master" estiver ligado à rede de média
tensão - transmitindo cargas de 13600V e ficando em uma etapa anterior à intermediária
-, ele pode cobrir, sem perdas de velocidade, uma área de até dois quilômetros. Assim,
todas as tomadas das casas ligadas a esse circuito contariam com a PLOC.
Outra característica do PLC outdoor é a possibilidade de se personalizar a taxa
de transmissão de acordo com cada contrato de assinatura. Isso quer dizer que poderão
ser oferecidas assinaturas para taxas de transferência de 600Kb/s, 2Mb/s e até 200Mb/s.
Há grande probabilidade de que o preço cobrado por essas assinaturas fique mais barato
do que os praticados atualmente pelas operadoras de TV a cabo e pelos provedores de
acesso ADSL como o Speedy, por exemplo: "Na Europa é assim e trabalha-se para que
aqui também o seja, a empresa Eletropaulo ainda está avaliando como deverá explorar o
negócio comercialmente, por isso, ainda não há previsão de quando a PLC entrará em
funcionamento, nem quanto isso irá custar ao assinante do serviço.
Segundo a Eletropaulo, situações em que possam ocorrer falta de energia já que
a imensa maioria das residências não conta com o auxílio de um gerador próprio,
acontecerá que o sistema de no-breaks dos "masters", segurará em até duas horas a
conexão. Esse tempo, aliás, é o tempo-resposta adotado pela Eletropaulo para resolver
qualquer problema de fornecimento de luz. "Só um evento muito complicado nos cabos
da rede de alta tensão tirariam a PLC do ar".
A conexão entre o computador e a rede PLC, indoor ou outdoor, é intermediada
por um modem externo que também terá a função de proteger os equipamentos nele
conectados de qualquer descarga atmosférica - raios e relâmpagos - que cause um pico
de energia. Como trabalha na faixa de 5 a 35MHz (a rede elétrica brasileira funciona na
faixa de 60Hz), a rede PLC e o modem são pouco suscetíveis a interferências
eletromagnéticas.
A possibilidade de que algo desestabilize a conexão PLC é se algum
equipamento que eventualmente gere centelhas ou faíscas seja ligado à rede elétrica
local como motores elétricos e acendedores de fogão, por exemplo. "Essas centelhas
podem gerar ruídos próximos à freqüência de operação da PLC e causar uma
diminuição na taxa de transferência”.
Apesar disso, os modens externos têm a possibilidade de contornar esse
problema, já que eles têm a capacidade de dividir o sinal em 1200 portadoras
independentes. Com isso, só um equipamento capaz de produzir um faiscamento muito
intenso conseguiria gerar interferências tão aleatórias a ponto de "esbarrar" na faixa
entre 5 e 35MHz e assim reduzir a performance da conexão de dados.
Porém, se a interferência for constante em determinada faixa de freqüência, o
próprio modem se encarrega de isolar a portadora problemática e chavear para uma
outra que esteja livre de interferências. "O usuário pode ficar tranqüilo pois se alguém
em casa ligar o chuveiro, nada vai acontecer".
Ainda não foi definido qual o fornecedor do modem externo PLC. O que se sabe
é que ele contará com várias conexões: uma no padrão ethernet (a conexão de rede de
dados), uma no USB (que pode ser utilizada para conectar periféricos e outros
equipamentos, como câmeras de acesso remoto) e uma outra para telefones habilitados
para comunicação de voz sobre IP, também conhecida como VoIP. Há planos de alugar
a rede elétrica para transmissão de voz para as empresas-espelho como a Intelig e a
Vésper, por exemplo, o que promoveria uma concorrência de verdade entre as
operadoras de telefonia.
Passada fase inicial, o próximo passo é escolher qual a melhor forma de explorar
essa tecnologia comercialmente, o que envolve também a escolha de parceiros como um
provedor de acesso à Internet, um prestador de serviços de telecom ou ainda uma rede
de TV a cabo. Existem razões para a indecisão. Uma delas é que a tecnologia PLC ser
muito nova não só aqui, mas no resto do mundo. Outra é que o Brasil ainda é muito
dependente de equipamentos importados.
A rede PLC não será usada como um backbone, ou seja, uma grande rede de
dados de alta velocidade para fins corporativos. "A PLC é um sistema de
telecomunicação direcionado para o usuário final, o que se costuma chamar no meio TI
de "última milha" (last mile). Dada à capilaridade da rede elétrica, ou seja, pelo fato de
estar espalhada de forma homogênea por todo o Estado de São Paulo, funcionaria de
forma paralela e complementar às redes de telecomunicações pré-existentes", por conta
justamente desse alcance, a tendência é que ocorra uma expansão importante do acesso
à Internet rápida não só em São Paulo mas em todo o país.
A democratização da tecnologia irá popularizar de fato a internet. "Ela trará
oportunidade para resolver o problema de acesso às telecomunicações”. A PLC só não
evoluiu mais até agora porque vai contra o interesse de empresas que monopolizam as
telecomunicações, "empresas que têm em mãos as redes de telefonia são as únicas que
conseguem resistir o mercado”.
2.9.4 LIGHT
Para a Light os projetos pilotos são alguns dos motivos de teste para uso das
próprias empresas, pois a tecnologia permite o monitoramento remoto da rede.
Usuários selecionados da Light já estão tendo o gostinho de se conectar à internet pela
tomada elétrica. A empresa está fazendo testes com as três tecnologias existentes de
PLC existentes no mercado, em diversas regiões do Rio de Janeiro, em residências e
empresas. "Dependendo da aplicação e região, uma das tecnologias é mais adequada",
explica Paulo Magalhães Duarte Sobrinho, diretor do projeto de PLC da Light.
A rede elétrica pode servir como meio não só para os dados da internet, mas
também para tráfego de voz e imagens (vídeo). "Se os testes com a internet forem
aprovados, o resto será mais fácil". Brevemente para PLC, até então, a Light pretende
iniciar os testes de tráfego de voz.
De acordo com Magalhães, "estamos conseguindo atingir a velocidade de 45
Mbps, taxa compartilhada entre até 20 usuários”, afirma. Adotar o PLC não requer
nenhum sacrifício para usuário na hora da instalação. Para acessar a web, será preciso
um modem externo, que terá um cabo ligado ao computador (placa de rede) e outro à
tomada elétrica. O consumo de energia não aumenta muito: são apenas 9 watts a mais.
Em caso de falta de energia, se o computador tiver no-break, é possível
continuar acessando a web. Magalhães explica que o sinal vem pelas três fases, em
redundância. "Haverá desconexão somente se as três fases caírem.". Mas a principal
vantagem da PLC, na opinião de Magalhães, é a capilaridade da rede elétrica. "Há
tomadas elétricas em quase todos domicílios", disse. O diretor acredita que a PLC irá
aumentar a competitividade no setor de telecomunicações. "Neste setor, não há
competitividade porque as redes telefônicas ficam na mão de poucos e há operadoras
que não conseguem chegar à casa do cliente". Magalhães não sabe ainda dizer como
será a tarifação. Mas garante: "O preço será mais baixo do que de outras tecnologias de
banda larga”.
Opiniões de usuários na fase de testes da Light relataram o que segue:
a)
A conta de telefone da jornalista e tradutora Nicole Mezzasalma
chegava a R$ 200 todo mês, por causa da conexão discada à internet. Depois que
começou a testar a tecnologia PLC, ela ficou aliviada. "A melhoria foi enorme", aprova.
"A velocidade é muito maior e a conexão cai raramente”. Quando começou a testar a
tecnologia, há sete meses, Nicole verificou instabilidade na conexão. "Nos horários de
pico ficava difícil navegar", recorda-se. Porém, o problema foi resolvido e Nicole está
satisfeita porque navega com facilidade pode baixar arquivos com rapidez. “Consigo ver
vídeo sem interrupções”.
b)
A administradora Ana Paula Teixeira Guimarães está testando o PLC
desde dezembro. Antes, ela acessava a internet via rádio, mas não estava satisfeita. "Era
muito lento", disse ela, que usa a rede durante o dia todo, para trabalho ou
entretenimento. Com o PLC, Ana Paula notou que a navegação fica mais rápida.
"Baixar uma música não leva muito tempo”.
c)
As instalações para usar o PLC foram simples, segundo a
administradora.
A Light está testando a Internet via rede elétrica em oito prédios, em diferentes
regiões do Rio de Janeiro: no Centro, na zona sul e Barra da Tijuca.
2.9.5 BARREIRINHAS
Projeto-Piloto de Conectividade para Ilha Digital de Barreirinhas — MA.
No dia 10 de novembro de 2004, a Prefeitura de Barreirinhas (MA) e as
empresas Aptel, Fitec, Positivo Informática, Cemar, Eletropaulo, Copel, Star One, EBA
PLC e Sebrae iniciaram o desenvolvimento do projeto-piloto de conectividade para
implantação de uma ilha digital PLC (power line communication) em Barreirinhas, no
estado do Maranhão.
figura: 2.7
fonte: http://barreirinhas.samurai.com.br
O projeto, que vai durar três meses, tem como objetivo demonstrar como a
tecnologia PLC, que consiste na transmissão de dados via rede elétrica, poderá ser a
solução para a derrota total da exclusão digital em nosso país, como afirma Leonardo
Henrique Melo Leite, engenheiro de sistemas da Fitec e coordenador do projeto: “Essa
tecnologia utiliza a rede elétrica como meio de transporte de dados e é uma solução para
que a Internet chegue de forma mais econômica a cidades distantes geograficamente e
desprovidas de infra-estrutura de telecomunicações”.
O acesso PLC será disponibilizado na Prefeitura de Barreirinhas e em outros 13
pontos públicos das áreas de saúde e educação da cidade. A navegação será realizada a
partir do Portal Aprende Brasil com senhas de acesso a conteúdos, ferramentas e
atividades pedagógicas nas escolas e a conteúdos referentes à saúde para os centros de
saúde e hospitais municipais.
O projeto deverá atingir diretamente 1.500 alunos do Ensino Fundamental, mais
de 100 funcionários públicos (entre professores e profissionais da saúde), além de toda a
comunidade.
Para o professor Tales Castro Oliveira, secretário municipal de Educação, “Em
Barreirinhas, as questões tecnológicas são raridade. A cidade é composta basicamente
de zona rural e, nesta, há energia elétrica, mas até o telefone é de difícil acesso. A
Internet via telefônica é usada na cidade, mas por poucos, o que acaba aumentando a
exclusão. Esse projeto via rede elétrica traz uma esperança de inclusão, e trabalhar com
o Portal Aprende Brasil nesse processo nos dá a segurança de que os alunos do Ensino
Fundamental e a comunidade vão conhecer a Internet com boas ferramentas
educacionais”.
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